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Universidade Paulista – UNIP

PIM VI – SEGURANÇA EMPRESARIAL, PLANO DE NEGÓCIOS,


ÉTICA E LEGISLAÇÃO TRABALHISTA EMPRESARIAL: um estudo
aplicado

JÚLIO CESAR SOARES DE SOUZA

Rio de Janeiro, 2023


JÚLIO CESAR SOARES DE SOUZA

PIM VI – SEGURANÇA EMPRESARIAL, PLANO DE NEGÓCIOS,


ÉTICA E LEGISLAÇÃO TRABALHISTA EMPRESARIAL: um estudo
aplicado

Projeto PIM VIII - Projeto integrante do


Programa Pedagógico como parte da
avaliação para aprovação no Curso de
Gestão de Segurança Provada

Rio de Janeiro, 2023


SUMÁRIO

1 ESCOLHA DO CASO A SER ESTUDADO..............................................................3


2 APRESENTAÇÃO INICIAL DO CASO.....................................................................3
3 DELIMITAÇÃO DO TEMA DO ESTUDO..................................................................4
4 JUSTIFICATIVA DA ESCOLHA DO TEMA..............................................................4
5 SITUAÇÃO PROBLEMA...........................................................................................5
6 OBJETIVO DO ESTUDO...........................................................................................6
7 REFERENCIAIS TEÓRICOS UTILIZADOS..............................................................6
7.1 GESTÃO ESTRATÉGICA.......................................................................................6
7.2 GESTÃO DE RESULTADOS X SATISFAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS.................9
7.2.1 Melhor implementação.......................................................................................10
7.2.2 Melhor comunicação..........................................................................................10
7.2.3 Desenvolvimento de capacidade mais forte......................................................10
7.2.4 Cronogramas de projeto mais realistas.............................................................11
7.2.5 Resultados de avaliação mais úteis...................................................................11
7.2.6 Reduzir oportunidades e pressões para a corrupção........................................11
7.3 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO.........................................................................11
8 DESCRIÇÃO DO CASO..........................................................................................13
10 ANÁLISE DO CASO..............................................................................................17
11 CONCLUSÃO........................................................................................................18
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA...............................................................................19
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1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho irá abordar os processos gerenciais de uma empresa de


segurança de condomínios – Grupo Souza Lima, indicando seus pontos positivos,
bem como os pontos de melhoria.
O Grupo Souza Lima oferece soluções completas, híbridas e eficientes para
atender cada demanda dos clientes em Segurança e Serviços. A longa trajetória da
empresa, que já soma mais de 30 anos de atuação, confere às equipes o histórico e
o conhecimento acumulado necessários visando aplicas estratégias em todo tipo de
contrato, a fim de atender organizações de diversos portes e ramos de atividade.
Sua atuação se estende a:

- Segurança patrimonial: Soluções completas e totalmente customizadas em


vigilância ou segurança, que envolvem diagnósticos precisos, inteligência de
projetos, normas e procedimentos rigorosos;
- Portaria e controle de acesso: Metodologias e processos específicos, atendimento,
controle de acesso inteligente entre outras tecnologias para a entrega desse serviço;
- Facilites: Prestação de multisserviços especializados que visam dar suporte às
operações dos clientes que precisam de uma ampla gama de serviços. Profissionais
treinados que desempenham funções como: Recepção, Jardinagem, Manutenção
Predial, Copeira, Bombeiro Civil e muitas outras;
- Segurança Eletrônica: Tecnologia de ponta e soluções inovadoras que visam
diferenciar os serviços de Segurança Eletrônica.

2 DESENVOLVIMENTO.

2.1 PLANO DE NEGÓCIOS

Segundo Cláudio Afrânio Rosa (SEBRAE 2007), efetuar a análise de


pesquisa sobre um produto que está diretamente ou indiretamente ligado a empresa,
com elaboração de pesquisa de mercado, onde tende efetuar um crescimento maior
e competitivo direto para a ativação de um novo elemento ligado a área onde se
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encontra a maior demanda de mercado produzido. Para abertura ou expansão de


um novo negócio a primeira providência que um empreendedor deve tomar é
desenvolver uma análise mercadológica.
A pesquisa é um recurso vital que serve para conhecer o perfil do cliente, ela
fornece a caracterização dos clientes nos aspectos quantitativos, potencial do
mercado, participação da empresa no mercado, como também aspectos qualitativos
(estilo de vida, características comportamentais, hábitos de consumo, escolaridade,
renda, etc). Perceber a estratégia dos concorrentes e observar seus pontos fracos e
fortes.
Analisar os fornecedores e as empresas que fornecem os equipamentos,
sistemas de vendas e distribuição, políticas de preço e cobrança, qualidade dos
produtos e equipamentos. O objetivo é possibilitar ao empreendedor a avaliação
comparativa dos seus potenciais fornecedores e a partir de certos critérios, definir a
classificação deles para orientar o processo de compras, ou se for o caso,
terceirização das atividades.
Serve também para dimensionar o mercado, identificar o seguimento de
mercados mais lucrativos, detectar novas tendências, avaliar a perfórmace de seus
produtos e equipamentos, identificar a quantidade ou volume que o mercado é
capaz de absorver e a que preços esses equipamentos poderão ser vendidos.

2.2 GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA EXECUTIVA

Com o alto índice de criminalidade nos dias de hoje e a ineficiência do Estado


em promover a segurança pública, a segurança pessoal e executiva tem tido um
aumento exponencial visando proteger pessoas bem sucedidas financeiramente,
politicamente etc.
As empresas de segurança privada estão investindo alto nessa área,
formando profissionais cada vez mais qualificados chegando a obter a certificação
ISO 9001, versões 2000 que colocam seus profissionais em um patamar mais
elevado. Inicialmente os candidatos são observados quanto ao seu grau de aptidão
visando situações de stress que precisam de uma resposta rápida.
5

Após serem escolhidos passarão por um treinamento rigoroso com


profissionais das empresas que possuem uma larga experiência, e são oriundos de
forças policiais com formação internacional o que seguramente faz com que o futuro
agente tenha uma formação completa, somente após o término do curso o
profissional de segurança estará apto a assumir seu posto de trabalho ainda sendo
observado pelos seus superiores.
Esses agentes trabalham armados no qual utilizam armas tipo pistola semi-
automática da marca Taurus calibre 380, e atuam geralmente no regime de escala
12x36, contudo, essa escala pode sofrer alterações dependo da necessidade do
serviço.
A escolta é feita em dois veículos, sendo blindados e de propriedade do
protegido. O líder da equipe é responsável pelo sistema de informação e contra
informação bem como pelo gerenciamento de crise, daí contando com um apoio
direto da empresa onde profissionais treinados para prestar suporte à família estarão
à disposição para o pronto emprego. A comunicação entre os agentes é feita
utilizando rádios de baixa freqüência, demais atitudes como filtrar atendimento
telefônico e lugares a serem evitados dependendo de combinação prévia com o
cliente.
Contudo o projeto de segurança executivo e pessoal a ser implantado ainda
será discutido, a quantidades de agentes, a abrangência quanto à empresa e
familiares, adotando planos de contingência tudo para que as práticas adotadas
sejam eficientes causando a sensação de segurança ao protegido.

2.3 SEGURANÇA EMPRESARIAL

A segurança Empresarial nos dias atuais tem sido fator de suma importância
nas organizações, preocupadas em antecipar-se para proteger e garantir a
segurança dos colaboradores da empresa. O dia a dia das atividades diversas, os
bens e instalações, devem servir de embargo as necessidades cada vez mais
presentes, e de estruturar procedimentos que estejam adequados ao enfrentamento,
controle e reversão de situações que por sua natureza tragam riscos aos
colaboradores. A definição para segurança empresarial pode-se dizer que é o
conjunto de medidas de prevenção que visa assegurar a integridade física e moral
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das pessoas e a proteção do patrimônio e imagem da empresa eliminando e


reduzindo os riscos potenciais.

Dentro de uma nova realidade, a segurança tem seu foco de atuação no


desenvolvimento dos trabalhos voltados ao planejamento estratégico, que tem como
objetivo identificar os tipos de riscos ou ameaças, a probabilidade dessas ameaças
se tornarem eventos de perdas empresariais e também o efeito nos ativos ou no
empreendimento caso a perda venha a acontecer.
Esse planejamento em segurança aliado aos procedimentos organizacionais,
sistemas integrados e também a análise de riscos, irá proporcionar conforto e
qualidade de vida aos colaboradores da empresa, através da eliminação ou redução
dos riscos visando a continuidade dos negócios da empresa. Nos dias atuais o fato
de que o mundo em que vivemos está em constante mutação, infelizmente não
sabemos quantas nem como essas mudanças podem nos afetar.
Assim, quando utilizamos a palavra risco, tentamos tanto abranger os efeitos
dessas mudanças quanto nossa incapacidade de prevê-las. Se entendermos os
riscos, sua consequência, impactos e causas, estaremos menos expostos a tais
riscos.

2.4 SEGURANÇA DO TRABALHO, SAÚDE E MEIO AMBIENTE

Segurança do trabalho, saúde e meio ambiente, são assuntos abordados em


todas as empresas, indiferente de seu ramo de atuação, como fatores importantes
para os seus colaboradores. Segurança do trabalho pode ser definida como sendo
um conjunto de medidas que são adotadas visando a minimizar os acidentes de
trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade
do trabalho do colaborador.
Educação para a prevenção, assim os conceitos básicos de prevenção de
acidentes no transito, no trabalho e em casa, precisam ser semeados a partir dos
bancos escolares e cultivados nos cursos técnicos e universidades. Se assim for
feito, os seus frutos, ambientes seguros e saudáveis, serão colhidos durante a vida
de todos os colaboradores. Cada vez que essa colheita estiver ameaçada, as
pessoas consciente estarão preparados para combater os problemas que se
apresentarem, principalmente o descaso, desleixo, desrespeito, incompetência e má
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fé dos administradores públicos e privados, sejam eles governantes, parlamentares,


empresários, fiscais ou tecnocratas de plantão.

No Brasil a segurança do trabalho, saúde e meio ambiente são conduzidos


por normas regulamentadoras que tem em seu entorno, deixar bem claro aos
colaboradores que normas existem e são para serem cumpridas. Respeito aos
colaboradores, ao público e ao meio ambiente é um exercício de cidadania, priorizar
a segurança e a saúde do ser humano em todos os empreendimentos é uma forma
de garantir esse exercício e isso é um direito e dever de todos nós.

2.5 ÉTICA E LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E EMPRESARIAL

A ética é uma característica inerente a toda ação humana e, por esta razão, é um
elemento vital na produção da realidade social. Todo homem possui um senso ético,
uma espécie de “consciência moral”, estando constantemente avaliando e julgando
suas ações para saber se são boas ou más, certas ou erradas, justas ou injustas.

Existem sempre comportamentos humanos classificáveis sob a ótica do certo e


errado, do bem e do mal. Embora relacionada com o agir individual, essas
classificações sempre têm relação com as matrizes culturais que prevalecem em
determinadas sociedades e contextos históricos.

A ética está relacionada à opção, ao desejo de realizar a vida, mantendo com os


outros relações justas e aceitáveis. Via de regra, está fundamentada nas idéias de
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bem e virtude, enquanto valores perseguidos por todo ser humano e cujo alcance se
traduz numa existência plena e feliz.

O estudo da ética talvez tenha se iniciado com filósofos gregos há 25 séculos atrás.
Hoje em dia, seu campo de atuação ultrapassa os limites da filosofia e inúmeros
outros pesquisadores do conhecimento dedicam-se ao seu estudo. Sociólogos,
psicólogos, biólogos e muitos outros profissionais desenvolvem trabalhos no campo
da ética.

A ética é um assunto de suma importância na sociedade, o assunto é tão importante


que não pode-se de citar alguns princípios éticos que devem ser adotados pelos
indivíduos. São eles:

Responsabilidade: o individuo deve procurar adotar um critério livre e imparcial na


sua vida pessoal e profissional, evitando participar de conflitos de interesses, de
discriminação, de situações injustas e desleais;
Lealdade: o ser humano necessita exercitar a lealdade em todas as situações
pessoais e profissionais, tanto em conflitos, como em discussões que possam
interferir no seu comportamento.
Respeito às pessoas: a cordialidade, a educação e o bom relacionamento com os
outros são pontos primordiais para que o indivíduo seja ético. O homem
contemporâneo enfrenta muitos problemas ao discutir a respeito da moral, do
individualismo e do relativismo moral. Esse mesmo homem, ao se comportar
moralmente, preocupa-se em saber distinguir o bem do mal.

7 REFERENCIAIS TEÓRICOS UTILIZADOS


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7.1 GESTÃO ESTRATÉGICA

A definição em gerir de forma estratégica está relacionada a um sistema de


indicadores de desempenho que norteia e define o que será desenvolvido no
percurso pela parte administrativa da organização, com referências às iniciativas e
ações estratégicas definidas de forma prévia. Sendo que a base desta gestão não
está intrinsicamente relacionada aos departamentos isolados, mas pelos processos
que integram de forma sistêmica e tornam interdependentes as atividades
organizacionais (JUNIOR, 2003).
Para Oliveira (2005), a “estratégia é uma forma articulada de unir a ação, os
objetivos e os desafios de maneira que, juntos possam chegar ao resultado
almejado”. A partir desta definição pode ser dito que a gestão estratégica é um
processo que embasa a empresa, por meio de ideias e focos para que alcance com
êxito os propósitos estipulados.

O planejamento estratégico é o processo administrativo que proporciona


sustentação metodológica para se estabelecer a melhor direção a ser
seguida pela empresa, visando ao otimizado grau de interação com o
ambiente e atuando de forma inovadora e diferenciada (OLIVEIRA, 2005).

A gestão estratégica, é portanto, responsável pelas tomadas de decisões em


organização, levando a necessidade, consequentemente, de buscar maior
conhecimento, informações e dados concretos sobre a empresa e o ambiente que a
rodeia, a fim de que auxilie no processo de escolha uma ação para lidar com um
problema ou oportunidade (MAXIMIANO, 2008). Uma vez adotado o modelo de
gestão estratégica, é necessário a adaptação das organizações nesta transição,
com relação ao modelo vigente.
Neste conceito, o alcance de uma gestão estratégica depende de um
planejamento condizente, uma vez que o “planejamento é visto como um processo
que estabelece objetivos definindo a melhor forma de atingi-los”
(MEGGINSON,1998)

Planejamento estratégico é o processo de elaborar a estratégia – a relação


pretendida da organização com seu ambiente. O processo de planejamento
estratégico compreende a tomada de decisões sobre o padrão de
comportamento (ou cursos de ação) que a organização pretende seguir,
produtos e serviços que pretende oferecer e mercados e clientes que
pretende atingir (MAXIMIANO, 2008, p.333).
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No conceito de gestão estratégica o desempenho pode ser medido a partir


dos critérios de eficiência e eficácia “capacidade de fazer as coisas de forma certa” e
de eficácia. Por meio destes critérios “(...) a eficácia torna-se mais importante, já que
nenhum nível de eficiência, por maior que seja, irá compensar a escolha dos
objetivos errados. ” Neste processo de estabelecer objetivos e definir as ações
compatíveis é pautada pelo planejamento. Para alcança-lo, portanto, deve seguir
paralelamente aos critérios de eficácia e eficiência a determinação dos objetivos
“certos” e a escolha dos os meios “certos” para conquistar o que foi proposto
(STONER & FREEMAN, 1994).
Para CAMPOS (1992, p. 69) o planejamento estratégico, em termos
organizacionais, visa à sobrevivência em meio à competição internacional e delimita
como “a arte gerencial de posicionar os meios disponíveis de sua empresa, visando
manter ou melhorar posições relativas e potenciais bélicos favoráveis a futuras
ações táticas na guerra comercial”. Nesta definição, o planejamento estratégico
procura trazer segurança à sobrevivência da empresa, por meio da obtenção de
vantagem competitiva sobre os concorrentes, focado na definição dos objetivos e
tarefas, ou seja, “o que deve ser feito”.
O fluxograma representado na Figura 1 demonstra o processo elaborado por
Stoner & Freeman (1994).

Responsabilidades 1º Passo
Formulação de Valores dirigentes
sociais
objetivos
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2º Passo
Identificação das
estratégias e metas

3º Passo 4º Passo
Análise Análise de recursos:
Ambiental forças e fraquezas

5º Passo
Identificação das
oportunidades

6º Passo
Análise de Hiatos:
Determinar Extensão das
Mudanças na Estratégia

7º Passo
Tomada de Decisão:
- Desenvolver Alternativas
- Avaliar Alternativas
- Selecionar Alternativas

8º Passo Medida e
Implementação da controle do
Estratégia Progresso

Figura 1: Passos do Processo Formal de Planejamento


Fonte: Elaborado pelo autor a partir de (STONER & FREEMAN, 1994).

7.2 GESTÃO DE RESULTADOS X SATISFAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS

A gestão por resultados é uma ferramenta de monitoramento e gerenciamento


da implementação da estratégia. Em muitos aspectos, é semelhante à abordagem
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da estrutura lógica, uma ferramenta de implementação de estratégia amplamente


utilizada por organizações não governamentais (BÖCKERMAN & ILMAKUNNAS,
2018).
A RBM é uma estratégia de gestão pela qual todos os atores, contribuindo
direta ou indiretamente para alcançar um conjunto de resultados, garantir que seus
processos, produtos e serviços contribuam para a obtenção dos resultados
desejados (produtos, resultados e metas ou impacto de nível superior). Os atores,
por sua vez, usam informações e evidências sobre os resultados reais para informar
a decisão na concepção, recursos e entrega de programas e atividades, bem como
para prestação de contas e relatórios.
Silva et al. (2020) defendem seis razões para usar o Gerenciamento Baseado
em Resultados:

 Implementação de programas e projetos mais eficaz


 Melhor comunicação de resultados
 Direcionamento mais eficaz de intervenções de desenvolvimento de
capacidade
 Cronogramas de projetos mais realistas
 Avaliações mais úteis
 Menos oportunidades e menos pressão por corrupção e desperdício

As pessoas que trabalham em projetos de desenvolvimento internacional


sabem o que estão fazendo e o que querem que aconteça. Eles querem uma
maneira fácil de explicar seus resultados claramente para outras pessoas: para seus
colegas, líderes políticos, funcionários do governo, doadores, profissionais de outras
áreas e para as pessoas que estão tentando ajudar, em vilarejos ou cidades ao
redor do mundo. Uma estrutura de Gestão Baseada em Resultados pode, se for
bem feita, fornece uma maneira de planejar e relatar nossos resultados.
É certo que a Gestão Baseada em Resultados não é a única ferramenta de
planejamento, monitoramento ou avaliação disponível, mas, se funcionar, a RBM
deve tornar a vida dos profissionais de desenvolvimento mais fácil, não mais
difícil.    O fato é, no entanto, que muitas pessoas consideram a RBM um pesadelo
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burocrático. Para que seja útil, precisamos de uma estrutura de RBM mais simples e
uma terminologia de Gestão Baseada em Resultados baseada na realidade

7.2.1 Melhor implementação

Pensar em termos de problemas e oportunidades, entendimento explícito e


compartilhado dos “resultados esperados” pode fortalecer a avaliação de
necessidades, avaliações rápidas, planejamento e monitoramento e revelar no início
do processo mal-entendidos ou desacordos sobre os objetivos entre as partes
interessadas e os parceiros de implementação, que podem prejudicar a
implementação eficaz se forem ignorados. Obter resultados claros no início é a
melhor escolha, mas esclarecê-los mais tarde ainda pode ajudar a remover
obstáculos de implementação.

7.2.2 Melhor comunicação

Esclarecer o que se espera com resultados permite com que se lide com
diferenças de entendimento antes do início de um projeto e ajuda as agências
implementadoras a comunicar os resultados aos financiadores - governos nacionais,
agências doadoras, comunidades e contribuintes - de maneira clara e inequívoca.

7.2.3 Desenvolvimento de capacidade mais forte

Identificar os resultados pretendidos de forma clara, viável e realista, nos


ajuda a construir capacidade, porque nos esclarece em que precisamos nos
concentrar, quais recursos precisamos trazer para o trabalho e quais são nossas
premissas reais sobre causa e efeito.
Compreender os resultados como parte de uma “cadeia de resultados”
incremental pode ajudar a identificar onde as intervenções para aumentar a
capacidade são necessárias e provavelmente funcionarão.   

7.2.4 Cronogramas de projeto mais realistas


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O planejamento claro baseado em resultados produz cronogramas mais


realistas, forçando-nos a pensar nas pré-condições e na sequência das ações e nos
recursos que elas exigem.

7.2.5 Resultados de avaliação mais úteis

O esclarecimento dos resultados durante o planejamento e o monitoramento


interno prepara os projetos para avaliações eficazes. Qualquer organização que
saiba onde estão seus resultados e como documentá-los está em uma posição
muito mais forte para defender seu caso de forma eficaz quando ocorrem avaliações
externas. Mais importante, tal organização também está bem posicionada para
aprender lições de seu próprio monitoramento interno.
A gestão baseada em evidências substitui as vagas esperanças sobre o que
funciona, por uma compreensão real de como as coisas podem ser melhoradas. Os
próprios implementadores podem monitorar mudanças progressivas à medida que
trabalham, verificando se e como estão fazendo uma diferença incremental na
situação - em outras palavras, obtendo resultados. Eles podem continuar com maior
segurança ou tomar medidas corretivas conforme necessário.
Os implementadores também podem identificar resultados não planejados, à
medida que ocorrem, e avaliar se são desejáveis ou problemáticos, exigindo apoio
ou estratégias de enfrentamento.

7.2.6 Reduzir oportunidades e pressões para a corrupção

Concentrar-se claramente nos resultados e fazer as ligações entre os


insumos, as atividades financiadas e os resultados a que devem conduzir reduz o
potencial de corrupção – ou simplesmente pensamento indiferente e desperdício de
recursos na tomada de decisões e na implementação de projetos.

7.3 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

Chiavenato (2001, p. 107) afirma que “a avaliação do desempenho é uma


apreciação sistemática da atuação de cada ocupante no cargo, bem como seu
potencial de desenvolvimento”. Assim, o autor considera que toda avaliação é um
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processo para julgar ou mesmo evidenciar o valor, a excelência e os pontos fortes


de uma pessoa.
A avaliação está relacionada a forma de gestão que teve por objetivo inicial
conduzir o desempenho do trabalho de um colaborador com apoio nas atividades
realizadas, a partir da evolução do seu conceito, a avaliação de desempenho
vinculou o comportamento do colaborador no desempenho de seus trabalhos. As
expectativas estabelecidas passaram a serem avaliadas, os resultados obtidos pelo
colaborador e seu potencial, tendo em vista o planejamento do desenvolvimento do
profissional avaliado (MARRAS, TOSE, 2012).
Os autores Bortoluzzi, Ensslin, Ensslin, (2011), definam a avaliação como
sendo a utilização de dados criados por meio de método, isto é, a aplicação dos
dados é essencial para a contribuição da tomada de decisão dos gestores,
almejando um maior desempenho da organização. Em tempos de mudança,
transformação e instabilidade, o padrão burocrático cedeu lugar para a inovação e
para a necessidade de agregar valor à organização, às pessoas e a todos os
stakeholders que dela se servem (CHIAVENATO, 2014).

A avaliação é a estimação do valor organizado, do desempenho de cada


pessoa ou de um grupo de colaboradores, em função das responsabilidades
que desenvolve, das metas e dos resultados a serem desempenhados, das
competências que oferta e da capacidade de desenvolvimento. É um
procedimento que ajuda a julgar ou estimar o valor, a excelência e as
competências de um indivíduo ou equipe (CHIAVENATO, 2014).

Lobos (1985), ainda complementa que a avaliação de desempenho tem


finalidade imediata, de essência motivacional, e contribui principalmente para a
tomada de decisão. Estatisticamente, a avaliação é uma ferramenta utilizada
essencialmente para: promoções (73%), ajustes salariais (69%) e treinamento e
desenvolvimento (61%). Sendo assim, sua principal característica é verificar, sob
determinadas condições, a aplicação, pelo avaliado, de técnicas de trabalho
adquiridas no treinamento.

8 DESCRIÇÃO DO CASO

A fim de colocar em prática os temas levantados, foi delineada uma avaliação


de desempenho adequada a realidade da organização objeto deste estudo.
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As questões foram elaboradas com a finalidade de interrogar colaboradores


de organizações, como um todo, para saber suas impressões sobre o ambiente
laboral e principalmente sobre sua satisfação.
Foi desenvolvido um questionário de opinião sobre mudanças no trabalho.
Para cada pergunta listada foi disponibilizado uma única resposta em cada questão,
mencionando o nível de discordância ou de concordância a respeito de cada
afirmativa apresentada, conforme a escala abaixo:
5 (discordo totalmente); 4 (discordo muito); 3(discordo); 2(concordo); 1
(concordo totalmente)
01 - Quando tenho dificuldades no trabalho, recebo apoio e orientação.

Figura 2: Resposta à questão 01


Fonte: Elaboração Próprio autor

02 - Os treinamentos que a empresa me oferece atendem às minhas necessidades


de trabalho.
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Figura 3: Resposta da questão 02


Fonte: Elaboração Próprio autor

03 - Em geral, a chefia do meu setor está disponível para ajudar-me quando preciso
dela.

Figura 4: Resposta da questão 03


Fonte: Elaboração Próprio autor

04 - A empresa oferece oportunidades para o meu desenvolvimento e crescimento


na carreira.

Figura 5: Resposta da questão 04


Fonte: Elaboração Próprio autor

05 - Tenho a impressão de que não sei exatamente quais são as minhas


responsabilidades no trabalho.
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Figura 6: Resposta da questão 05


Fonte: Elaboração Próprio autor

Figura 7: Sexo dos respondentes


Fonte: Elaboração Próprio autor

Figura 8: Cargo ocupado pelos respondentes


Fonte: Elaboração Próprio autor
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Figura 9: Há quanto tempo o respondente atua neste cargo


Fonte: Elaboração Próprio autor

Figura 10: Há quanto tempo o respondente trabalha na atual empresa?


Fonte: Elaboração Próprio autor

10 ANÁLISE DO CASO

A fim de demonstrar os dados de forma que a veracidade das respostas fosse


mantida, foi utilizado o recolhimento de dados de forma eletrônica, tratando de forma
estatística os dados colhidos. Com a análise dos dados, os resultados são expostos,
buscando demonstrar a importância que cada um teve para o desenvolvimento
desta pesquisa, cada pergunta será tratada de forma individualizada.
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Os gráficos apontaram uma insatisfação por parte de alguns colaboradores.


Isso remete a falta de esclarecimento dos objetivos da organização, do envolvimento
da liderança tanto no trato como no exemplo.
Outro ponto importante analisado, é sobre a ausência de feedback,
evidenciado na questão de número 05, onde foi questionado se o respondente tinha
a impressão de não saber exatamente quais são as minhas responsabilidades no
trabalho e, 40% respondeu concordar ou concordar totalmente.
A satisfação do colaborador diz muito sobre sua impressão do trabalho, isso
é, não somente baseado nas suas conclusões, mas na interação de sua liderança,
dando retornos periódicos sobre sua conduta laboral.
Ainda cabe ressaltar uma análise feita ao avaliar de forma separada as
respostas. A grande maioria que demonstrou insatisfações, são no mesmo cargo há
mais tempo e do sexo feminino. Isso pode representar a falta de oportunidades para
promoções de cargos em determinadas funções e nichos.

11 CONCLUSÃO

Para que uma organização seja competitiva ela precisa entender a


importância dos seus recursos, evidenciando o recurso humano, para que faça o
devido investimento. Essa característica configura grande diferencial no mercado
atual, mas para tanto é necessário analisar de forma detalhada as necessidades
para que o investimento no desenvolvimento humano não seja empírico e sim
baseado em dados obtidos através de uma avaliação de desempenho.
O mais importante recurso que as empresas possuem é o corpo de
colaboradores que fazem os planejamentos saírem do projeto e se tornarem reais.
Eles são a extensão da empresa e levarão o selo de qualidade que as organizações
buscam para estarem em um patamar de qualidade.
Este estudo cumpriu seu objetivo com a elaboração de um modelo de
avaliação de desempenho para um escritório de Advocacia da cidade do Rio de
Janeiro, além de evidenciar pela ótica da gestão estratégica os pontos relevantes.
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