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HIGIENE & SEGURANÇA

DO TRABALHO

ATIVIDADES CRÍTICAS
PARTE II
Saúde e Segurança: uma cultura que se faz a cada dia !

O conjunto de normas, ações, estratégias e procedimentos adotados por uma


empresa também configura uma forma de cultura.

É a chamada Cultura Organizacional, que ajuda a estabelecer o perfil de uma


instituição e, portanto, contribui para definir suas ações.
No caso da Vale, as questões relacionadas à cultura organizacional podem
afetar o Sistema de Gestão de Saúde e Segurança porque, uma vez
internalizada a importância da saúde e segurança, algumas normas podem
ser simplificadas ou mesmo alteradas.

Se compararmos com a cultura de uma família, por exemplo, podemos ver


que a adoção de um modelo de gestão financeira gera mudanças no
comportamento da família como um todo. É isso que se espera na cultura de
S&S.
A cultura de Saúde e Segurança em uma empresa é simplesmente buscar a
prática da confiança entre os empregados e fazer com que todos
desenvolvam atitudes baseadas nos valores da empresa.

Para isso, há uma metodologia capaz de avaliar se a cultura está, de fato,


sendo construída com alicerces fortes.

E essa metodologia se estrutura em quatro estágios. O último estágio,


obviamente, é a principal meta a ser alcançada.
➢ Estágio Reativo :

É a ação pontual. Por exemplo, quando há um incêndio e não se pode contar


com os equipamentos necessários para combatê-lo. A compra dos
equipamentos só é feita depois que o incêndio acontece.

➢ Estágio Dependente :

As ações são tomadas a partir de demandas externas. Ou seja: o colaborador


só faz o que deve fazer “porque alguém mandou”.
➢ Estágio Independente :

É quando o colaborador conhece a importância do tema Saúde e Segurança,


mas ainda não percebe que ele também é importantes para os demais
colaboradores.

Por exemplo: ele sabe que é importante usar o Equipamento de Proteção


Individual, mas não faz nada se encontrar alguém ao seu lado sem o EPI.
➢ Estágio Interdependente :

É o que se busca. Nesse estágio, além de se preocupar com a própria


condição, o colaborador também se preocupa com as condições de saúde e
segurança dos demais companheiros.

Relembrando :

O último estágio, obviamente, é a principal meta a ser alcançada.


As estatísticas produzidas pela Vale comprovam que quanto mais
interdependente for a cultura, menor será a taxa de acidentes.

Uma cultura interdependente é aquela que vai além do compromisso pessoal


e da responsabilidade individual.

Todos os envolvidos nas diversas etapas da operação de uma empresa


assumem a segurança como prioridade inquestionável.
Os profissionais entendem os padrões de segurança de cada etapa da
operação, passam a trabalhar para evitar que as normas de Saúde e
Segurança sejam violadas e, além disso, desenvolvem uma postura proativa,
aprimorando essas normas em seu cotidiano.

Para alcançar o estágio interdependente, é preciso, além de desenvolver uma


boa percepção de risco, conhecer a Política de S&S e ficar por dentro das
ações desenvolvidas com o objetivo de garantir a integridade de todos os
empregados e a qualidade de vida nos diversos ambientes de trabalho.
A busca pela excelência :

Uma empresa que atinge a excelência em Saúde e Segurança se torna mais


competitiva.

Em um cenário de forte disputa por mercado, impulsionada pelo fenômeno


da globalização, essa competição confere à empresa a possibilidade de
manter, expandir e qualificar suas operações com base nos processos que
envolvem o modo como ela se adapta às necessidades do mercado e a forma
como desenvolve ações para atingir seus objetivos estratégicos.
Mas a excelência não existe sem segurança.

Por isso, esse é um componente fundamental para qualquer organização


que queira manter uma operação sustentável e lucrativa.

Acreditamos que estas diretrizes contribuem para a ampliação da percepção


de risco e para a prevenção de incidentes e fatalidades, valorizando A Vida
em Primeiro Lugar e o engajamento dos profissionais.
PREVENÇÃO DE FATALIDADES - REQUISITOS DE ATIVIDADES CRÍTICAS

Os Requisitos de Atividades Críticas (RAC’s) deverão ser seguidos pela


empresa e pelas contratadas, conforme avaliação da aplicabilidade de cada
RAC ao escopo do contrato. Estes requisitos foram apresentados na aula
sobre Atividades Críticas.

Cabe ressaltar, que além destes, devem ser atendidos todos os requisitos
contidos na legislação local aplicáveis ao escopo da tarefa e/ou contrato.
Os Requisitos de Atividades Críticas 01 (Trabalho em altura), 04 (Bloqueio e
etiquetagem), 05 (Içamento de carga), 06 (Espaço confinado), 07 (Proteção de
máquinas), 08 (Estabilidade de Solos), 09 (Explosivos) e 10 (Trabalhos em
eletricidade) são requisitos que já estão contemplados na legislação brasileira
(NR´s e NBR´s).

Os treinamentos especificados nas Normas Regulamentadoras 10, 33 e 35


substituem, na íntegra e em caráter de equivalência, o currículo de
capacitação especificado para os RAC 10, 06 e 01, respectivamente.
Para os demais, deverão ser utilizadas as diretrizes de capacitação e material
didático dos treinamentos de RAC.

Para os projetos fora do Brasil cuja legislação local não contemple as


atividades críticas mencionadas, as mesmas devem ser cumpridas em sua
totalidade conforme escopo do contrato.

A proponente deverá declarar que todos os RAC’s aplicáveis ao escopo do


contrato serão cumpridos ao longo da sua execução.
Considerando a preservação da vida de todos os empregados que atuam nas
áreas operacionais, as empresas contratadas deverão possuir no seu SSSMA,
iniciativas com foco em Prevenção de Fatalidades.

As iniciativas deverão considerar ações de bloqueio, boas práticas e


orientações de segurança que objetivam a prevenção de acidentes fatais e de
incidentes com severidade potencial classificada como crítica (incidentes
incapacitantes permanentes ou 01 fatalidade) ou catastrófica (incidente
resultando em múltiplas fatalidades), considerando as atividades do contrato.
REGRAS DE OURO – H, S & S :

As Regras de Ouro não substituem os requisitos do Sistema de Gestão


de Saúde, Segurança e Meio Ambiente das proponentes e representam
os princípios invioláveis que devem ser aplicados nos Projetos de Capital
da Vale e por todas as empresas contratadas.
1. Não trabalhar sob efeito de álcool ou drogas ilícitas.
2. Realizar os bloqueios efetivos antes de intervir em qualquer
equipamento e instalação energizada, fazendo uso dos EPIs obrigatórios.
3. Utilizar cinto de segurança e respeitar o limite de velocidade.
4. Utilizar cinto de segurança devidamente fixado para as atividades de
trabalho em altura.
5. Relatar todos os acidentes de trabalho.
6. Realizar atividades críticas somente de apto, treinado, habilitado e
autorizado.
7. Permanecer fora de área isolada e sinalizada onde ocorrem
movimentações de cargas.
8. Executar atividades apenas em área e equipamentos liberados para
trabalho e com os bloqueios necessários.
9. Iniciar uma atividade após a realização de Análise de Risco para as
tarefas especiais e somente realizar atividades críticas com a Permissão
de Trabalho Especial aprovada.
10. Cumprir as medidas preventivas estabelecidas pela Vale para
prevenção de Malária no local de trabalho e alojamento da empresa.
CONCEITOS E PRÁTICAS SOBRE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO :

O curso aborda conteúdos e práticas relativos a uso, inspeção e


manutenção de Equipamentos de Proteção Individual – EPI’s e
Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC’s.
Conteúdo Programático

Tipos de equipamento de segurança:

✓ EPI’s
✓ EPC’s

Funcionamento de equipamentos de segurança:

✓ EPI para proteção de cabeça;


✓ EPI para proteção de olhos e face;
✓ EPI para proteção auditiva;
✓ EPI para proteção respiratória;
✓ EPI para proteção do tronco;
✓ EPI para proteção dos membros superiores e membros inferiores;
✓ EPI para proteção do corpo inteiro;
✓ EPI para proteção contra quedas com diferença de nível; e
✓ EPCs’.

Inspeção dos equipamentos e itens de segurança.


CONCEITOS E PRÁTICAS PERMISSÃO DE TRABALHO :

O curso aborda conteúdos e práticas relativos à permissão para


procedimento operacional, sendo assim considerados os procedimentos
aprovados pela respectiva área, desde que atualizados com análise dos
potenciais de riscos.

Público-Alvo : Todos os empregados Vale e terceirizados


praticantes de atividades que necessitem de autorização.
Conteúdo Programático

✓ Importância da permissão de trabalho


✓ Responsáveis pela emissão e liberação da permissão de trabalho
✓ Pré-requisitos para aprovação da permissão de trabalho
✓ Permissão para realização da atividade
✓ Noções de Trabalho em Altura - Espaço Confinado - Bloqueio e
Sinalização
✓ APT (Avaliação Pré-Tarefa)
CONCEITOS E PRÁTICAS DO PLANO DE EMERGÊNCIA :

O curso aborda conteúdos e práticas relativos ao plano de emergência


das áreas operacionais.

Público-Alvo : Todos os empregados Vale e terceirizados das


áreas operacionais.
Conteúdo Programático

✓ Conceitos de emergência
✓ Nível de emergência
✓ Estrutura para atendimento a emergências
✓ Instalações e Recursos Humanos
✓ Funções e responsabilidades
✓ Ramal de emergência - Como utilizar & Quando utilizar
✓ Alarme de emergência - Como utilizar & Quando utilizar
✓ Pessoas com mobilidade reduzida
✓ Riscos específicos da planta
✓ Abandono da área
✓ Simulação
CONCEITOS E PRÁTICAS DE ÁREA CLASSIFICADA :

O curso aborda conteúdos e práticas relativos ao trabalho em área


classificada, apontando os riscos existentes nesse tipo de
instalação.

Público-Alvo : Todos os empregados Vale e terceirizados das


das áreas de operação e manutenção que desenvolvem
trabalhos em áreas definidas como classificadas.
Conteúdo Programático

✓ Conceito de área classificada


✓ Aspectos técnico-legais relacionados às áreas classificadas
✓ Critérios de classificação de área
✓ Reconhecimento de riscos em áreas classificadas
✓ Medidas de controle de riscos e critérios de indicação de uso de
equipamentos em áreas classificadas
Ações de Capacitação :
CONCEITOS E PRÁTICAS DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA :

O curso aborda conteúdos e práticas relativos ao uso e à inspeção de


equipamentos de proteção respiratória – EPR’s indicados para trabalho
em área classificada.

Público-Alvo : Todos os empregados Vale e terceirizados que


executem atividades que envolvam riscos respiratórios.
Conteúdo Programático

✓ Conceito do risco respiratório e a importância do uso do respirador


✓ O efeito do uso incorreto do respirador no organismo humano
✓ Funcionamento, características e limitações do respirador
✓ Utilização correta do respirador & Manutenção, inspeção e
armazenamento do respirador
✓ Reconhecimento de situações de emergência
✓ Exigências legais sobre o uso de respiradores
✓ Medidas de controle coletivo e administrativo
CONCEITOS E PRÁTICAS DE TRABALHO EM ALTURA :

O curso aborda conteúdos e práticas relativos às tarefas de acesso e de execução


de atividades que geram possibilidade de queda por diferença de nível igual ou
superior a 1,8 m.

Caso exista legislação específica, a menor das diferenças de nível deve


prevalecer.
Público-Alvo : Todos os empregados Vale e terceirizados das áreas de operação e manutenção
da Vale que executam atividades referentes a pré-operação, execução e manutenção
relacionadas ao trabalho em altura, com risco de queda igual ou superior a 1,8 m.
✓ Prevenção de Riscos em Trabalhos em Altura :
Conteúdo Programático

✓ Conceitos e práticas gerais de trabalho em altura


✓ O conceito de altura
✓ O trabalho em altura
✓ Tipos de recursos utilizados
✓ Tipos de trabalho em altura
✓ Escadas móveis
✓ Escadas marinheiro e vertical
✓ Escadas plataforma
✓ Andaimes
✓ Plataformas suspensas
✓ Plataformas elevatórias
✓ Balancins
✓ Passarelas para telhado
✓ Riscos associados ao trabalho em altura
✓ Benefícios da prevenção de acidentes do trabalho em altura
✓ Tipos de riscos de acesso ao local de trabalho em altura
✓ Medidas de controle
✓ Noções de resgate
✓ Direção Preventiva Teórica – Prática – Online :
✓ Prevenção de Riscos em Equipamentos Móveis :
✓ Prevenção de Risco em Bloqueio e Etiquetagem :
✓ Prevenção de Risco em Proteção de Máquinas :
✓ Prevenção de Riscos em Içamento de Cargas :
✓ Prevenção de Riscos em Içamento de Cargas :
✓ Prevenção de Riscos em Espaço Confinado + Reciclagem :

1. Primeira capacitação
2. Reciclagem anual
✓ Prevenção de Riscos em Estabilização de Taludes :
✓ Prevenção de Riscos em Explosivos :
✓ Prevenção de Riscos em Produtos Químicos :
✓ Prevenção de Riscos em Metais Líquidos :
✓ Prevenção de Riscos no Trabalho com Eletricidade :

1. Primeira capacitação
2. Reciclagem anual
3. Segurança no Sistema Elétrico de Potência – SEP
✓ PRIMEIROS SOCORROS – NOÇÕES & AVANÇADO :

Conceitos gerais de emergência


Suporte básico de vida (RCP E DEA)
Atendendo a uma emergência
Avaliação da vítima
Posição de recuperação
Transporte e remoção de vítimas
Engasgamento (vítima consciente)
Ataque cardíaco e dor torácica
Prevenção contra transmissão de doenças
Sangramentos e ferimentos
Estado de choque
Queimaduras
Lesões graves
Lesões em ossos, articulações e músculos
Males súbitos
Envenenamentos e intoxicações
Emergências relacionadas a frio e calor
PRIMEIROS SOCORROS – PARA EQUIPE BRIGADISTA

Conceitos, técnicas e procedimentos referentes a resgate, avaliação de


vítimas, atendimento cardíaco, recursos adicionais e condições especiais de
ressuscitação de acidentados.

PRIMEIROS SOCORROS – BÁSICO DE RESGATE

Esse treinamento é obrigatório para os profissionais das equipes de resgate


que atuam em atividades críticas e é pré-requisito para a participação nos
demais cursos de resgate.
ARQUIVO DIGITAL : Vale - Diretrizes RAC
As estratégias para apresentação dos conteúdos devem ser orientadas por
intermédio de:

►Exposição de casos de risco para análise e avaliação dos empregados;


►Demonstração de atitudes seguras para cada tipo de atividade crítica;
►Análise de estudos de caso de acidentes ocorridos com empregados
expostos a diferentes tipos de riscos;
►Análise e manuseio de equipamentos de proteção indicados para a
atividade crítica;.
►Utilização dos equipamentos em situações simuladas;
►Observação de fotos, ilustrações e vídeos, apontando acertos e erros de
conduta segura.

Ao final do treinamento, o empregado Vale ou prestador de serviço -


terceirizado deve realizar uma avaliação de aprendizagem.

ARQUIVO DIGITAL : Vale – Exemplos Práticos

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