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SEGURANÇA DE DIGNITÁRIOS

Considerações Iniciais
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS

CONCEITO DE SEGURANÇA

• Segurança (Lato Sensu): consiste de todas as devidas atenções e medidas toma-


das em relação a autoridade que garantam sua integridade física, moral, psicológica e
de imagem.

Tipos de serviço: serviço de proteção e de segurança.


1. Serviço de segurança: equipe composta por agentes que tem por finalidade prover a
segurança da autoridade de forma indireta.

Figura 1: Serviço de segurança/ Figura 2: Serviço de proteção.

2. Serviço de proteção: equipe composta por agentes tem por finalidade prover a segu-
rança da autoridade de forma direta (dentro de uma área restrita).

QUEM SÃO OS PROTEGIDOS?

1. VIP ou PMI: são indivíduos que precisam recorrer à segurança pessoal para que
possam se deslocar e frequentar determinados locais, especialmente públicos. Podem ser
assim reconhecidos pelo Estado ou não.
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2. Autoridade ou Dignitário: termos sinônimos designados à VIP que goza de alto


cargo ou de um título proeminente, ou seja, reconhecidos como pessoas importantes por
meio do Estado, da Igreja ou da Associação, por exemplo.

Obs.: toda autoridade é um VIP, mas nem todo VIP é uma autoridade.

Figura 1: VIP: ator famoso / Figura 2: Autoridade VIP: Papa.

CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA
AMBIENTES DA ATIVIDADE DE SEGURANÇA

Segurança Pública: atividade provida pelo estado, às suas expensas, mediante utiliza-
ção de instituições específicas de sua própria estrutura organizacional. Portanto, os indiví-
duos que executam essa segurança precisam fazer parte do organograma, não podendo ser,
por exemplo, terceirizados.
A Polícia Legislativa Federal integra o ambiente de Segurança Pública, assim como a
Polícia Judicial e agentes de segurança do Ministério Público. Entretanto, no caso de vigi-
lantes que trabalham de forma terceirizada fazendo a segurança de um determinado prédio
como, por exemplo, o Senado Federal, mesmo que essa atividade seja bancada por meio do
Estado, não será classificada como uma atividade de ambiente de Segurança Pública, pois
esses vigilantes não integram a estrutura organizacional.

Obs.: PLF: não faz parte do art. 144 da Constituição Federal.


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Segurança Não Pública: atividade não provida pelo estado, porém providenciada e
custeada pelo próprio interessado (pessoa física ou jurídica).
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• Possui dois ramos: pessoa física ou pessoa jurídica.

RAMOS DA SEGURANÇA NÃO PÚBLICA

Quem banca? CPF ou CNPJ?


1. Segurança Privada: pessoal.

• O sujeito protegido é uma pessoa física (banca-se mediante CPF).

2. Segurança Corporativa: empresarial.

• O sujeito protegido é uma pessoa jurídica (banca-se mediante CNPJ): Segurança


Institucional Corporativa.

SEGMENTOS DA ATIVIDADE DE SEGURANÇA

O que é protegido? A pessoa ou o patrimônio?


1. Segurança das pessoas: visa proteger uma pessoa ou um grupo de pessoas,
podendo ser dividida ainda em geral e institucional.

• Geral: proteção de pessoas ou grupos determinados de pessoas, individualmente


considerados.

Exemplo: segurança de dignitários.

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• Institucional: proteção das atividades corporativas das instituições como um


todo, mas de forma indireta também ocorre a proteção dos indivíduos que trabalham
no local (seleção e acompanhamento do exercício funcional e do comportamento dos
Recursos Humanos).

2. Segurança de Ativos: empresarial – visa proteger ativos tangíveis e intangíveis.


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• Ativo: todo e qualquer item que possa ser economicamente considerado, ao qual
possa ser associada uma ideia de valor, ainda que minimamente expressivo.
• Bens tangíveis:
– Patrimônio Produtivo;
– Patrimônio Financeiro.

• Bens intangíveis:
– Patrimônio Social e Institucional: pessoal, meio ambiente, imagem, segredos da
empresa, planejamento, estratégias, dados e conhecimentos.
– Patrimônio Comercial.

Obs.: existem dois tipos de Segurança de Pessoa: a Geral (protege uma pessoa ou um
grupo, individualmente considerados) e a Institucional (protege os interesses da ins-
tituição). A segurança de Ativos protege também o denominado patrimônio social, ou
seja, faz a devida proteção de todos os indivíduos dentro dos domínios de determi-
nado lugar de forma generalizada.
Obs.: a segurança VIP é a Segurança das Pessoas.

Segurança Institucional de Dignitários

Exemplo: o Congresso Nacional presta serviço para a sociedade e o órgão de segurança


garante a segurança dessa Instituição, dessa forma, a prestação do serviço de segurança
ocorre de forma indireta, ou seja, há a devida proteção de determinada instituição para que
essa possa prestar seu serviço à sociedade.
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A Segurança Institucional possui um aspecto tridimensional: Segurança Estratégica
(conhecimento), Segurança Patrimonial (segurança e gestão de áreas e instalações, bens
do prédio e policiamento) e Segurança Especial (segurança de dignitários).
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A atividade de Segurança de Dignitários é classificada como Segurança Especial.

Obs.: a Segurança de Dignitários se classifica como Segurança de Pessoas e pode ser


Segurança Institucional ou Corporativa.

PECULIARIDADES DA ATIVIDADE

Escolta de Pessoas não VIPs

• Atribuições do cargo: cumprir, em caráter privativo, atividades típicas de segurança


de autoridades de Senadores e de servidores em qualquer localidade do território
nacional e no exterior, quando determinado pelo Presidente do Senado Federal.

Obs.: os servidores, em regra, não são VIP’s, mas o Presidente do Senado Federal pode
determinar a qualquer momento que o devido servidor se converta em VIP para a
específica doutrina.

Formação do Agente de Segurança

• Devido às características específicas da atividade, é necessária uma formação própria.

ATENÇÃO
A formação militar ou policial, por si só, não constitui credencial para o exercício da
atividade de segurança das pessoas.
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Caráter Preventivo da Atividade

• Na Segurança Pública (Latu Sensu) e na Segurança Não Pública a atividade deve


ter um caráter preventivo.
• O objetivo prioritário da atividade não é combater, mas sim proteger o VIP.
• Deve-se trabalhar com informações de inteligência e também com planejamento.
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Gradação das Técnicas

1. Do mais simples para o mais complexo.


2. Do menor para o maior grau de dificuldade.
3. Da menor para a maior interferência no VIP.
4. Da mais discreta para a mais indiscreta.

PRINCÍPIOS NORTEADORES DA ATIVIDADE


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Princípio da Prevenção

• A prevenção é um dos principais pontos a serem observados pelos agentes de Segu-


rança Pessoal.
• Torna-se, portanto, fundamental evitar confrontos desnecessários, antecipando-se
sempre ao agressor.

Princípio da Objetividade

• As ações devem ser objetivas, simples, rápidas e pontuais, evitando-se extrava-


gância que chamem atenção desnecessária para o protegido.
• Evitar conversas prolongadas com o protegido dentro da equipe.

Princípio da Prudência

• Qualquer atitude intempestiva pode gerar consequências terríveis para a vida e


para a imagem do VIP.

Exemplo: “Não atirar em um cidadão só porque xingou a Autoridade”.

Princípio da Surpresa

• Planejamento adequado que possibilite planos alternativos em situações críticas.


• “Surpresas” ou modificações do planejamento devem ser esperadas com a devida pre-
paração com foco na antecipação dos fatos.
• É preciso que a equipe de segurança pessoal possua sempre um “Plano B”, também
conhecido como “Contramedidas de Ataque”.

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Princípio da Iniciativa

• Um bom profissional da área deve estar o tempo todo, não só no planejamento, idea-
lizando situações possíveis de ocorrer e tentando já viabilizar soluções.
• Solução de compromisso entre ter iniciativa e ser prudente.

Obs.: um agente de segurança deve estar sempre atento durante o exercício de sua função
e prever todos os possíveis cenários.

Princípio da Simplicidade

• Devem-se priorizar ações, métodos e técnicas mais simples em detrimento das


mais complexas.
• O Agente de Proteção de Dignitários não deve “enfeitar o pavão”.

Princípio do Uso Progressivo dos Meios

1. Uso Progressivo da Força: obedecer aos critérios subjetivos do uso da força, res-
peitando os cinco princípios CLPNM (Conveniência, Legalidade, Proporcionalidade,
Necessidade e Moderação).
2. Interferência Mínima: deve-se, sempre que possível, alterar no seu mínimo a rotina
do VIP, respeitando sua privacidade. A interferência, que é essencial para o desempenho da
atividade de escolta, deve ser exaltada.
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Princípio da Finalidade Primordial

• Preservação da vida e da integridade física do VIP e de seus familiares;


• Preservação da imagem do VIP perante a sociedade;
• Preservação da saúde emocional do VIP.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Fernando José Marinha.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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