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UNIDADE I

Segurança Empresarial

Profa. Ma. Celia Braga


Objetivo

 A segurança empresarial tem como objetivo combater ou minorar os efeitos de ameaças


no ambiente empresarial, protegendo os valores de uma empresa.
Os valores de uma empresa englobam:
 As pessoas;
 As instalações físicas;
 Os equipamentos;
 As informações;
 Os suprimentos;
 Os dispositivos usados para a comunicação.
Modelo para classificar o nível de proteção

Há um modelo para classificar o nível de proteção de um sistema de segurança em círculos de


proteção, conforme mostra a figura a seguir:

Segurança
excepcional

Segurança
elevada
Segurança
mediana
Segurança
rotineira
Segurança
periférica
Fonte: Adaptado de: livro-texto.
Modelo para classificar o nível de proteção

O nível de segurança aumenta conforme nos aproximamos do centro, que é o núcleo mais
seguro. O círculo mais externo é o perímetro de proteção global. Neste sistema, um círculo
externo presta a proteção para um círculo contido nele. Os círculos, segundo o autor, são
classificados, de dentro para fora, em:
 Segurança excepcional;
 Segurança elevada;
 Segurança mediana;
 Segurança rotineira;
 Segurança periférica.
Funções do gestor de segurança

São funções do gestor de segurança:


 Identificar os riscos assim que eles surgem;
 Alocar os recursos disponíveis para minimizar esses riscos;
 Atuar de forma preventiva, antecipando-se às ocorrências.
Enfoque do programa de segurança

 O programa de segurança empresarial deve ser preventivo, ou seja, deve ser planejado para
se antecipar às ameaças.
Programa de
segurança empresarial
Ele pode ter diferentes enfoques, tais como:
 Análise de riscos;
Análise
 Segurança do trabalho; de risco
 Segurança das informações;
 Segurança física de patrimônio.
Segurança
do patrimônio
Segurança
da informação
Segurança
do trabalho
Fonte: Adaptado de: livro-texto.
Análise de riscos

 A análise de riscos tem como objetivo o levantamento de áreas e de procedimentos que


possam representar as potenciais falhas à segurança.
 Com a análise de risco, o gestor em segurança tem a intenção de que as ocorrências sejam
evitadas ou minimizadas, de forma que a resposta, quando necessária, ocorra no menor
tempo e da forma mais eficiente possível, e o retorno ao funcionamento normal da empresa
seja breve.
Objetivo da segurança de trabalho

 A segurança do trabalho tem como objetivo direto a promoção das pessoas da empresa em
seu ambiente de trabalho.
 É composta de um conjunto de normas, atividades e ações preventivas, e procura prevenir a
ocorrência de doenças ocupacionais e de acidentes de trabalho.
Objetivo da segurança de trabalho

A equipe que atua em segurança do trabalho é constituída de:


 Engenheiro de segurança do trabalho;
 Técnico em segurança do trabalho;
 Médico do trabalho;
 Enfermeiro do trabalho.
Engenheiro de segurança do trabalho

Os engenheiros de segurança do trabalho:


 Desenvolvem, testam e supervisionam os sistemas, os processos e os métodos produtivos;
 Gerenciam as atividades de segurança no trabalho e do meio ambiente;
 Gerenciam as exposições aos fatores ocupacionais de risco à saúde do trabalhador;
 Planejam os empreendimentos e as atividades produtivas;
 Coordenam as equipes, os treinamentos e as atividades de trabalho.
Técnico em segurança do trabalho

Os técnicos em segurança do trabalho:


 Participam da elaboração e fazem a implementação da política de saúde e de segurança
do trabalho;
 Realizam o diagnóstico da situação de saúde e de segurança do trabalho da instituição;
 Identificam as variáveis de controle de doenças, acidentes, qualidade de vida e meio
ambiente;
 Desenvolvem as ações educativas na área de saúde e de segurança do trabalho;
 Integram os processos de negociação;
 Participam da adoção de tecnologias e dos processos de trabalho;
 Investigam e analisam os acidentes de trabalho;
 Recomendam as medidas de prevenção e de controle.
Médico do trabalho

Os médicos do trabalho:
 Realizam consultas e atendimentos médicos;
 Tratam os pacientes e os clientes;
 Implementam as ações de prevenção de doenças e a promoção da saúde, tanto individuais
quanto coletivas;
 Coordenam os programas e os serviços em saúde;
 Efetuam as perícias, as auditorias e as sindicâncias médicas;
 Elaboram os documentos;
 Difundem os conhecimentos da área médica.
Competência do médico do trabalho

É de competência do médico do trabalho:


 A realização de exames admissionais;
 A realização de exames demissionais;
 A realização de exames periódicos.

 Este profissional deve prestar assistência em caso de acidente de trabalho.


Enfermeiros do trabalho

Os enfermeiros do trabalho (assim como os demais enfermeiros):


 Prestam assistência ao paciente e/ou cliente;
 Coordenam, planejam as ações e auditam os serviços de enfermagem e/ou perfusão;
 Implementam as ações para a promoção da saúde na comunidade.

 Os perfusionistas realizam os procedimentos de circulação extracorpórea em hospitais.

 Todos os profissionais dessa família ocupacional podem realizar pesquisas.


Interatividade

Mandarini (2006) propõe um modelo para classificar o nível de proteção de um sistema de


segurança em círculos de proteção, no qual o nível de segurança aumenta conforme nos
aproximamos do centro, que é o núcleo mais seguro. O círculo mais externo é o perímetro de
proteção global. Nesse sistema, um círculo externo presta a proteção para um círculo contido
nele, sendo que os mesmos são classificados, de dentro para fora, exceto como:

a) Segurança excepcional.
b) Segurança elevada.
c) Segurança mediana.
d) Segurança rotineira.
e) Segurança obrigatória.
Resposta

Mandarini (2006) propõe um modelo para classificar o nível de proteção de um sistema de


segurança em círculos de proteção, no qual o nível de segurança aumenta conforme nos
aproximamos do centro, que é o núcleo mais seguro. O círculo mais externo é o perímetro de
proteção global. Nesse sistema, um círculo externo presta a proteção para um círculo contido
nele, sendo que os mesmos são classificados, de dentro para fora, exceto como:

a) Segurança excepcional.
b) Segurança elevada.
c) Segurança mediana.
d) Segurança rotineira.
e) Segurança obrigatória.
Segurança das informações

 A segurança das informações tem como objetivo a proteção das informações relevantes
para uma empresa, não apenas as informações armazenadas sob a forma de dados
computacionais, mas todo o tipo de informação, como: processos, documentos, rotinas,
planos ou projetos.
 A segurança das informações também é responsável pela segurança dos meios que dão
suporte às informações, como: computadores, estruturas de comunicação em rede
ou servidores.
 Em um mundo cada vez mais conectado e com as tecnologias cada vez mais avançadas,
é fundamental resguardar as informações da empresa de ataques de terceiros.
Segurança do patrimônio

 A segurança física de patrimônio tem como objetivo a proteção de bens, produtos,


instalações, equipamentos e suprimentos da empresa.

 A segurança do patrimônio é o primeiro aspecto que nos vem à mente quando pensamos
em segurança, pois o patrimônio é a parte mais visível dos bens de uma empresa.
Origem da segurança privada no Brasil

 No final da década de 1960 e no início da década de 1970, o Brasil vivia sob o regime militar,
sendo que as forças de segurança pública eram responsáveis pela segurança em ambientes
privados, como as instituições bancárias, por exemplo.
 Com a demanda da força policial para combater os opositores do regime, as forças de
segurança pública deixaram de prestar serviço para os bancos, para que elas se
encarregassem dos serviços de segurança nas agências e no transporte de valores.
Origem da segurança privada no Brasil

 A demanda por segurança privada ampliou-se para outras instituições, públicas ou privadas,
escolta de cargas e proteção pessoal.
 Isso se intensificou com a violência crescente, não só nos grandes centros urbanos como,
também, nas cidades menores.
 Desde então, a segurança privada teve enfoque, apenas, em preservar os bens e as
pessoas, ou seja, o material físico.
Origem da segurança privada no Brasil

 Mudanças no regime de contratação de pessoal pelas empresas também devem ser


consideradas no âmbito da segurança empresarial, pois, antigamente, o funcionário
trabalhava por um longo tempo na mesma empresa, tornando-se conhecido de todos e,
atualmente, há uma demanda maior por funcionários terceirizados.
 Dessa forma, a estrutura de segurança da empresa deve estar preparada para lidar com o
acesso de pessoas distintas às instalações das empresas, por isso, há uma preocupação em
limitar e monitorar as áreas físicas às quais os funcionários, terceirizados ou não,
têm acesso.
Objetivo da vigilância patrimonial

 A atividade de vigilância patrimonial tem como objetivo garantir a integridade do patrimônio


e das pessoas.
 Essa atividade pode ser exercida em ambientes de acesso público ou privado, residências,
estabelecimentos comerciais, condomínios, locais de prestação de serviços e indústrias.
 A segurança patrimonial pode envolver a presença fixa de vigilantes, a realização de rondas
periódicas pelo local, e a instalação e o uso de equipamentos de monitoramento.
Gestor de segurança

O gestor de segurança é o profissional responsável pelo seguinte:


 Gerenciamento de atividades de segurança;
 Desenvolvimento de planos e de políticas de segurança;
 Execução de análises de riscos;
 Realização de tomada de medidas para proteger o patrimônio humano e o patrimônio físico
de uma empresa;
 Administração da equipe de segurança;
 Coordenação de serviços de inteligência empresarial;
 Prestação de serviços de consultoria e de assessoria.
O exercício da função de gestor de segurança

 O exercício da função de gestor de segurança pode se dar em empresas públicas ou


privadas, nos ramos de atuação industriais e comerciais, bem como na área de prestação
de serviços.
 Referente ao regime de trabalho, pode ser com o vínculo empregatício ou mediante a
prestação de serviço de forma autônoma.
 Referente à forma de trabalho, pode se dar presencialmente ou de maneira remota.
Segmentos da segurança privada

A atividade de segurança privada


é essencial nos dias atuais Escolta Transporte
e ocorre nos seguintes segmentos: armada de valores

Segurança Segurança
em logística eletrônica

Segurança
Segurança
contra
da informação
incêndio

Vigilância Sindicância
patrimonial interna

Ministrar os
Segurança Segurança
cursos de
de eventos pessoal Fonte: Adaptado
formação de: livro-texto.
Segurança bancária

 Como uma área diferenciada da segurança patrimonial, temos a segurança bancária, em que
é necessário garantir a integridade de clientes, funcionários, patrimônio, bens e informações
em ambientes que manipulam um numerário.
 Nesse ambiente, precisamos prevenir e inibir ações criminosas, corrigir e redefinir as
medidas de segurança já adotadas, e recuperar e dar continuidade ao funcionamento da
instituição financeira em caso de incidente.
Segurança no transporte de valores

 O papel do segurança no transporte de valores envolve a utilização de veículos comuns ou


especiais, para o transporte de numerário, bens ou valores, além da escolta dos veículos
que fazem esse transporte.
 No transporte de valores, é comum o uso de carros-fortes ou de carros blindados.
 Cabe ao profissional de segurança determinar a rota mais segura para o transporte
desses valores.
O papel do segurança

 O papel do segurança também se estende ao transporte de cargas que não envolve os


valores monetários, como os produtos fabricados por uma empresa.
 Nesse caso, não é feito o uso de carro-forte, mas podemos usar rastreadores em meio à
carga e à escolta, que pode ser armada ou não.

A atividade de escolta armada tem como objetivos assegurar:


 O transporte de bens e de valores sem intercorrências;
 O retorno em segurança da equipe envolvida na atividade;
 O retorno do armamento utilizado.
O objetivo da atividade de segurança pessoal

 O objetivo da atividade de segurança pessoal é garantir a integridade física de uma pessoa


ou de um grupo de pessoas contra violências, como: assaltos, sequestros, agressões
ou acidentes.
 Essa atividade é, geralmente, demandada por pessoas com um elevado poder aquisitivo ou
com destaque na mídia, como: empresários, autoridades e artistas.
O objetivo da atividade de segurança pessoal

São funções do profissional envolvido em segurança pessoal:


 A elaboração de planos de segurança pessoal;
 A orientação dos vigilantes que formam a equipe;
 O desenvolvimento de planos de ação e de contingência para o caso de alguma ocorrência;
 O estabelecimento de um sistema de apoio;
 O monitoramento para os profissionais da equipe;
 O fornecimento dos recursos necessários para seguir o plano de segurança.
Interatividade

Entre as funções do profissional envolvido em segurança pessoal, podemos citar, exceto o(a):

a) Gerenciamento de atividades de segurança.


b) Elaboração de planos de segurança pessoal.
c) Orientação dos vigilantes que formam a equipe.
d) Desenvolvimento de planos de ação e de contingência para o caso de alguma ocorrência.
e) Estabelecimento de um sistema de apoio.
Resposta

Entre as funções do profissional envolvido em segurança pessoal, podemos citar, exceto o(a):

a) Gerenciamento de atividades de segurança.


b) Elaboração de planos de segurança pessoal.
c) Orientação dos vigilantes que formam a equipe.
d) Desenvolvimento de planos de ação e de contingência para o caso de alguma ocorrência.
e) Estabelecimento de um sistema de apoio.
Utilização da tecnologia

 Atualmente, com a sociedade informatizada, muitas vezes, o principal ativo de uma empresa
não são os produtos ou os bens físicos, mas a informação mantida em meio digital, como a
nuvem, por exemplo.
 Como a segurança da informação é uma atribuição do gestor de segurança, é importante
sabermos que há uma grande gama de dispositivos tecnológicos que podem ser aplicados
na melhoria da segurança, como: câmeras, sensores e meios de controle de acesso, os
quais podem ser utilizados pelo gestor de segurança.
 Assim, a segurança eletrônica é um ramo da segurança que não deve ser deixado de
lado, devendo ser usado como um complemento do componente humano no sistema
de segurança.
O gestor de segurança e a sua atuação em eventos

 O gestor de segurança que atua em eventos deve estar preparado para lidar com um
significativo fluxo de pessoas, atuando em shows, congressos e exposições.
 Para tal, precisamos ter o planejamento prévio do evento, o plano de análise e de
identificação de riscos, o orçamento prévio de segurança, a contratação de equipamentos,
e o serviço e o treinamento da equipe de segurança envolvida.
 Durante o evento, devemos distribuir as equipes, fazer o controle de acesso e orientar
a brigada de incêndio.
 Após o evento, necessitamos acompanhar a saída do público,
dos artistas ou das autoridades, acompanhar a desmontagem
da infraestrutura e elaborar o relatório de ocorrências.
Formação do gestor de segurança

O gestor de segurança deve atuar tanto na parte operacional quanto na parte administrativa,
sendo de sua responsabilidade a organização, a coordenação, e a supervisão de atividades
e operações de segurança, mas será necessário que esse profissional tenha uma formação
multidisciplinar, com conhecimentos em diversas áreas, como:
 Administração;
 Economia;
 Direito;
 Contabilidade;
 Marketing;
 Gestão de pessoas;
 Logística;
 Qualidade.
Gestor de segurança e o setor de Recursos Humanos

 O trabalho do gestor de segurança em uma empresa aproxima-a do setor de Recursos


Humanos para garantir a segurança no ambiente empresarial, entretanto, é necessário que o
profissional em gestão de segurança dialogue com outros setores da empresa, assim como
com os órgãos externos, como as empresas terceirizadas de segurança e os órgãos públicos
de segurança.
A segurança empresarial, com ênfase na segurança patrimonial, precisa ter foco na orientação
e utilizar as seguintes ferramentas de segurança:

Elaboração Gerenciamento e
de plano de prevenção de riscos
segurança
Planejamento
Organização do estratégico
departamento
de segurança Gerenciamento
de equipes Fonte: Adaptado
de: livro-texto.
Gestor de segurança e os aspectos jurídicos

É fundamental que o gestor de segurança tenha conhecimento dos aspectos jurídicos de seu
ramo de atuação, para:
 Saber os direitos e os deveres de sua equipe;
 Ter consciência das necessidades legais para a sua atuação;
 Conhecer os limites de sua atuação.
Decreto-Lei n. 1.034 revogado pela Lei n. 7102

A primeira lei que trata de segurança privada no Brasil é o Decreto-Lei n. 1.034, revogado pela
Lei n. 7.102 . Esta última regulamenta a segurança em estabelecimentos financeiros, e
apresenta as normas de constituição e de funcionamento da segurança privada. Em seu
primeiro artigo, a Lei n. 7.102 diz o que segue:

 Art. 1º É vedado o funcionamento de qualquer estabelecimento financeiro onde haja uma


guarda de valores ou a movimentação de numerário, que não possua o sistema de
segurança com parecer favorável à sua aprovação, elaborado pelo Ministério da Justiça,
na forma desta Lei.
Lei n. 7.102

O sistema de segurança referido no artigo inclui pessoas adequadamente preparadas:


 Vigilantes;
 Alarme capaz de permitir, com segurança, a comunicação entre o estabelecimento financeiro
e outro da mesma instituição, empresa de vigilância ou órgão policial mais próximo.

Um dos seguintes dispositivos:


I. Equipamentos elétricos, eletrônicos e de filmagens que possibilitem a identificação
dos assaltantes;
II. Artefatos que retardem a ação dos criminosos, permitindo a
sua perseguição, identificação ou captura; e
III. Cabine blindada com a permanência ininterrupta de vigilante
durante o expediente para o público e enquanto houver uma
movimentação de numerário no interior do estabelecimento.
A segurança bancária e o transporte de valores (Art. 10)

A partir do Art. 10, a Lei passa a tratar sobre a segurança privada, conforme mostrado a seguir:

Art. 10. São consideradas como segurança privada as atividades desenvolvidas em prestação
de serviços com a finalidade de (redação dada pela Lei n. 8.863, de 1994):
I. Proceder à vigilância patrimonial das instituições financeiras e de outros estabelecimentos,
públicos ou privados, bem como a segurança de pessoas físicas (incluído pela Lei
n. 8.863, de 1994);
II. Realizar o transporte de valores ou garantir o transporte de qualquer outro tipo de carga.
A segurança bancária e o transporte de valores

O § 2º desse mesmo artigo lista os serviços que podem ser prestados pelas empresas de
segurança, conforme segue:
 § 2º As empresas especializadas em prestação de serviços de segurança, vigilância e
transporte de valores, constituídas sob a forma de empresas privadas, além das hipóteses
previstas nos incisos do caput deste artigo, poderão se prestar ao exercício das atividades
de segurança privada a pessoas; a estabelecimentos comerciais, industriais, de prestação de
serviços e residências; a entidades sem fins lucrativos; e a órgãos e empresas públicos
(incluído pela Lei n. 8.863, de 1994).
Requisitos para o exercício da profissão de vigilante (Art. 16)

Para o exercício da profissão, o vigilante preencherá os seguintes requisitos:


I. Ser brasileiro;
II. Ter idade mínima de 21 (vinte e um) anos;
III. Ter instrução correspondente à quarta série do primeiro grau;
IV. Ter sido aprovado em curso de formação de vigilante;
V. Ter sido aprovado em exame de saúde física, mental e psicotécnico;
VI. Não ter antecedentes criminais registrados;
VII. Estar quite com as obrigações eleitorais e militares.
Direitos dos vigilantes (Art. 19)

Quanto aos direitos que a Lei n. 7.102 assegura aos vigilantes, de acordo com o Art. 19:
I. Uniforme especial às expensas da empresa a que se vincular;
II. Porte de arma, quando em serviço;
III. Prisão especial por ato decorrente do serviço;
IV. Seguro de vida em grupo, feito pela empresa empregadora.
Armas de fogo (Art. 21 e 22)

Quanto às armas necessárias para a atividade de vigilância, a Lei n. 7.102 diz o que segue.
Art. 21:
As armas destinadas ao uso dos vigilantes serão de propriedade e responsabilidade:
I. Das empresas especializadas;
II. Dos estabelecimentos financeiros quando dispuserem de serviço organizado de vigilância
ou mesmo quando contratarem empresas especializadas.
Art. 22:
 Será permitido ao vigilante, quando em serviço, portar um revólver calibre 32 ou 38, e
utilizar um cassetete de madeira ou de borracha.
Parágrafo único

Parágrafo único:
 Os vigilantes, quando empenhados em transporte de valores, poderão, também, utilizar uma
espingarda de uso permitido, de calibre 12, 16 ou 20, de fabricação nacional.
Interatividade

Para o exercício da profissão, o vigilante preencherá os seguintes requisitos:


I. Ser brasileiro.
II. Ter idade mínima de 21 (vinte e um) anos.
III. Ter instrução correspondente à quarta série do primeiro grau.
IV. Ter sido aprovado em curso de formação de vigilante.
V. Ter sido aprovado em exame de saúde física, mental e psicotécnico.
VI. Não ter antecedentes criminais registrados.
VII. Estar quite com as obrigações eleitorais e militares.
Assinale a alternativa correta:
a) I, II e III, apenas.
b) III, IV, V, VI e VII, apenas.
c) I, II, III, IV, V, VI e VII.
d) I, III, V e VI, apenas.
e) II, IV e VI, apenas.
Resposta

Para o exercício da profissão, o vigilante preencherá os seguintes requisitos:


I. Ser brasileiro.
II. Ter idade mínima de 21 (vinte e um) anos.
III. Ter instrução correspondente à quarta série do primeiro grau.
IV. Ter sido aprovado em curso de formação de vigilante.
V. Ter sido aprovado em exame de saúde física, mental e psicotécnico.
VI. Não ter antecedentes criminais registrados.
VII. Estar quite com as obrigações eleitorais e militares.
Assinale a alternativa correta:
a) I, II e III, apenas.
b) III, IV, V, VI e VII, apenas.
c) I, II, III, IV, V, VI e VII.
d) I, III, V e VI, apenas.
e) II, IV e VI, apenas.
Portarias n. 992/92, n. 387/06 e n. 3.233/12

 A atividade das empresas de segurança privada passou a ser normatizada pela PF,
com as Portarias n. 992/92, n. 387/06 e n. 3.233/12.

A Portaria n. 3.233/12 estabelece que:


Art. 1º:
 A presente Portaria disciplina as atividades de segurança privada, armada ou desarmada,
desenvolvidas pelas empresas especializadas, pelas empresas que possuem um serviço
orgânico de segurança e pelos profissionais que nelas atuam, bem como regula a
fiscalização dos planos de segurança dos estabelecimentos financeiros.
Portarias n. 992/92, n. 387/06 e n. 3.233/12

O Artigo 1º dessa Portaria estabelece os objetivos e as atividades que envolvem a segurança


privada, conforme reproduzido a seguir:
§ 2º A política de segurança privada envolve a Administração Pública, e as classes patronal e
laboral, observando os seguintes objetivos:
I. Dignidade da pessoa humana;
II. Segurança dos cidadãos;
III. Prevenção de eventos danosos e diminuição de seus efeitos;
IV. Aprimoramento técnico dos profissionais de segurança privada; e
V. Estímulo ao crescimento das empresas que atuam no setor.
Portarias n. 992/92, n. 387/06 e n. 3.233/12

§ 3º São consideradas atividades de segurança privada:


I. Vigilância patrimonial;
II. Transporte de valores;
III. Escolta armada;
IV. Segurança pessoal;
V. Curso de formação.
Portarias n. 992/92, n. 387/06 e n. 3.233/12

Art. 4º O exercício da atividade de vigilância patrimonial, cuja propriedade e administração são


vedadas a estrangeiros, dependerá de autorização prévia do DPF, por meio de ato do
coordenador-geral de Controle de Segurança Privada, publicado no Diário Oficial da União –
DOU, mediante o preenchimento dos seguintes requisitos:
I. Possuir capital social integralizado mínimo de 100.000 (cem mil) UFIR;
II. Provar que os sócios, os administradores, os diretores e os gerentes da empresa de
segurança privada não tenham uma condenação criminal registrada;
III. Contratar e manter sob contrato o mínimo de quinze vigilantes devidamente habilitados;
Portarias n. 992/92, n. 387/06 e n. 3.233/12

IV. Comprovar a posse ou a propriedade de, no mínimo, um veículo comum, com um sistema
de comunicação ininterrupta com a sede da empresa em cada unidade da federação em
que estiver autorizada;
V. Possuir instalações físicas adequadas, comprovadas mediante o certificado de segurança;
VI. Contratar um seguro de vida coletivo.
Portarias n. 992/92, n. 387/06 e n. 3.233/12

Art. 18:
 A atividade de vigilância patrimonial somente poderá ser exercida dentro dos limites dos
imóveis vigiados e, nos casos de atuação em eventos sociais, como show, Carnaval, futebol,
deve se ater ao espaço privado objeto do contrato.

Art. 19:
 A atividade de vigilância patrimonial em grandes eventos, assim considerados aqueles
realizados em estádios, ginásios ou outros eventos com um público superior a três mil
pessoas, deverá ser prestada por vigilantes especialmente habilitados.
Portarias n. 992/92, n. 387/06 e n. 3.233/12

Parágrafo único:
 A habilitação especial referida no caput corresponderá ao Curso de Extensão em Segurança
para os grandes eventos, ministrado por empresas de cursos de formação de vigilantes, em
conformidade ao disposto nesta Portaria.
Portarias n. 992/92, n. 387/06 e n. 3.233/12

Art. 99:
O plano de segurança deverá descrever todos os elementos do sistema de segurança,
que abrangerá toda a área do estabelecimento, constando:
I. A quantidade e a disposição dos vigilantes, adequadas às peculiaridades do
estabelecimento, à sua localização, área, às suas instalações e ao seu encaixe;
II. Alarme capaz de permitir, com rapidez e segurança, a comunicação com outro
estabelecimento, bancário ou não, da mesma instituição financeira, empresa de
segurança ou órgão policial;
Portarias n. 992/92, n. 387/06 e n. 3.233/12

III. Equipamentos hábeis a captar e gravar, de forma imperceptível, as imagens de toda a


movimentação de público no interior do estabelecimento, as quais deverão permanecer
armazenadas em meio eletrônico por um período mínimo de trinta dias;
IV. Artefatos que retardem a ação dos criminosos, permitindo a sua perseguição, identificação
ou captura; e
V. Anteparo blindado com a permanência ininterrupta de vigilante durante o expediente para o
público e enquanto houver a movimentação de numerário no interior do estabelecimento.
Portarias n. 992/92, n. 387/06 e n. 3.233/12

Art. 155:
Para o exercício da profissão, o vigilante deverá preencher os seguintes requisitos,
comprovados documentalmente:
I. Ser brasileiro, nato ou naturalizado;
II. Ter idade mínima de vinte e um anos;
III. Ter instrução correspondente à quarta série do Ensino Fundamental;
IV. Ter sido aprovado em curso de formação de vigilante, realizado por uma empresa de
curso de formação devidamente autorizada;
V. Ter sido aprovado em exames de saúde e de aptidão psicológica;
VI. Ter idoneidade comprovada;
VII. Estar quite com as obrigações eleitorais e militares; e
VIII. Possuir registro no Cadastro de Pessoas Físicas.
Portaria n. 3.233

A Portaria n. 3.233 lista os cursos de formação, de extensão e de reciclagem no âmbito da


segurança privada:
Art. 156. São cursos de formação, extensão e reciclagem:
I. Curso de formação de vigilante;
II. Curso de reciclagem da formação de vigilante;
III. Curso de extensão em transporte de valores;
IV. Curso de reciclagem em transporte de valores;
V. Curso de extensão em escolta armada;
VI. Curso de reciclagem em escolta armada;
VII. Curso de extensão em segurança pessoal;
VIII.Curso de reciclagem em segurança pessoal;
IX. Curso de extensão em equipamentos não letais I;
X. Curso de extensão em equipamentos não letais II.
LGPD (Lei n. 13.709/18)

 A Lei Geral para a Proteção de Dados Pessoais – LGPD (Lei n. 13.709/18) dispõe sobre o
tratamento de dados pessoais, inclusive nos meios digitais, por uma pessoa natural, ou por
uma pessoa jurídica de direito público ou privado, com o objetivo de proteger os direitos
fundamentais de liberdade e de privacidade, e o livre desenvolvimento da personalidade da
pessoa natural.
 A LGPD, esquematizada na figura a seguir, é de especial interesse para os profissionais da
área de segurança, pois ela dispõe sobre a utilização de dados pessoais, seja em cadastros
utilizados para o acesso, seja em imagens de câmeras utilizadas em monitoramento
de segurança.
LGPD (Lei n. 13.709/18)

UMA REGRA
PARA TODOS
FINALIDADE E Cria um cenário de CONSENTIMENTO
NECESSIDADE segurança jurídica Uma das dez bases
São quesitos de válido para todo legais para o tratamento
tratamento que devem o país. de dados pessoais
ser previamente é o seu próprio
informados consentimento.
ao cidadão.
PENALIDADES DEFINIÇÃO
RÍGIDAS DO CONCEITO
Falhas de segurança Estabelece, de maneira clara,
podem gerar multas pesadas. o que são os dados pessoais.

A CONSENTIMENTO DE MENOR
TRANSPARÊNCIA
Se ocorrer o vazamento de dados, a
ANPDP e os indivíduos afetados
LGPD Nos casos de uso de base legal,
“consentimento” para os dados
de criança, o consentimento
devem ser avisados. em um giro deve ser dos pais
ou do responsável.

GESTÃO DE RISCOS ABRANGÊNCIA


E FALHAS EXTRATERRITORIAL
Quem gere uma base de dados Não importa se a
pessoais terá que organização ou o centro
fazer essa gestão. de dados estão dentro
ou fora do Brasil.
TRANSFERÊNCIA
INTERNACIONAL
RESPONSABILIDADE FISCAL Permite o
Define os agentes de CENTRALIZADO compartilhamento
tratamento de dados Ficará a cargo da com outros países
e as suas funções. que também
Autoridade Nacional
de Proteção de Dados protejam dados.
Pessoais (ANPDP).
Fonte: Adaptado de: livro-texto.
Interatividade

De acordo com o § 2º, a política de segurança privada envolve a Administração Pública,


e as classes patronal e laboral, observando os seguintes objetivos:
I. Dignidade da pessoa humana.
II. Segurança dos cidadãos.
III. Prevenção de eventos catastróficos e, consequentemente, a diminuição de seus efeitos.
IV. Aprimoramento técnico dos profissionais de segurança privada.
V. Estímulo ao crescimento das empresas que atuam no setor.

Assinale a alternativa correta:


a) I, II e III, apenas.
b) III, IV e V, apenas.
c) II e V, apenas.
d) I, II, IV e V, apenas.
e) I, II, III, IV e V.
Resposta

De acordo com o § 2º, a política de segurança privada envolve a Administração Pública,


e as classes patronal e laboral, observando os seguintes objetivos:
I. Dignidade da pessoa humana.
II. Segurança dos cidadãos.
III. Prevenção de eventos catastróficos e, consequentemente, a diminuição de seus efeitos.
IV. Aprimoramento técnico dos profissionais de segurança privada.
V. Estímulo ao crescimento das empresas que atuam no setor.

Assinale a alternativa correta:


a) I, II e III, apenas.
b) III, IV e V, apenas.
c) II e V, apenas.
d) I, II, IV e V, apenas.
e) I, II, III, IV e V.
Referências

 BRASIL. Lei n. 7.102, de 20 de junho de 1983. Dispõe sobre a segurança para os


estabelecimentos financeiros, estabelece as normas para a constituição e o funcionamento
das empresas particulares, que exploram os serviços de vigilância e de transporte de
valores, e dá outras providências.
 BRASIL. Lei n. 8.863, de 1994. Altera a Lei n. 7.102, de junho de 1983.
 BRASIL. Lei n. 13.709, de 14 de agosto de 2018.
 MANDARINI, M. Segurança corporativa estratégica. São Paulo: Manole, 2006.
ATÉ A PRÓXIMA!

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