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de Riscos de Segurança
Medidas de Proteção Passiva e Ativa
Revisão Textual:
Prof. Me. Claudio Brites
Medidas de Proteção Passiva e Ativa
• Segurança;
• Segurança Privada;
• Segurança Física;
• Segurança Estratégica;
• Segurança Complementar;
• Medidas de Segurança Passiva e Ativa.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Compreender o conceito de medidas de proteção passiva e ativa como forma de aplicação de
diagnóstico e análise afeita à segurança.
UNIDADE Medidas de Proteção Passiva e Ativa
Segurança
A palavra segurança possui uma diversidade de significados, possibilitando seu emprego
dentro de vários campos do conhecimento e mesmo sob o aspecto individual ou coletivo.
Podemos entender que segurança se trata muitas vezes de um sentimento, uma ver-
dadeira sensação, de que nossa intimidade, nossa integridade, nosso patrimônio, não
estejam sujeitos a eventos indesejados, ou ainda expostos ao risco.
Figura 1
Fonte: Pixabay
Esse sentimento de segurança poderá variar de pessoa para pessoa, de local para
local, pois sua avaliação, na maior parte das vezes, tende a ser subjetiva.
A avaliação sobre nos sentirmos seguros se dá por intermédio de uma percepção que
conjuga nossos valores e o meio ambiente em que vivemos.
Por exemplo, imaginemos que certa pessoa foi vítima de um crime de “roubo”. Neste
caso, dependendo do tipo de agressão que terá sofrido, em virtude da ameaça ou da
violência com relação ao crime, poderá adquirir determinadas percepções ou receios
que possam interferir na sua sensação de sentir-se segura ou não.
A sensação de segurança, como já dito, tem caráter subjetivo e sofre a influência das
condições que determinado ambiente apresenta, o que implica uma avaliação objetiva.
Por exemplo, ao fazer uma caminhada em certo parque público, a sensação de se-
gurança que determinada pessoa possa vir a sentir será ampliada com a presença de
policiais, cumprindo a missão milenar de garantia da ordem pública.
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Figura 2
Fonte: Pixabay
Como dissemos, vários são os conceitos a esse respeito, vejamos alguns deles.
Segurança:
Estado de confiança individual ou coletivo, baseado no conhecimento e no emprego
de normas de proteção e na convicção de que os riscos de desastres foram reduzidos,
em virtude da adoção de medidas minimizadoras. (CASTRO, 2007, p.150, e-book)
Desse modo, podemos compreender que a “segurança” esteja em volta a uma sensa-
ção de confiança, vista de forma individual ou coletiva, com a minimização dos riscos,
pois, como tratado em outro conteúdo didático, não existe risco “zero”.
De tal sorte que as atividades de segurança, na maior parte das vezes, ensejam a adoção
de comportamentos públicos ou privados que possam propiciar a amenização dos riscos
e, consequentemente, dar azo a uma desejada “sensação” ou “percepção” de segurança.
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Figura 3
Fonte: Acervo do conteudista
Nesse sentido, a segurança pode ser vista, dentre outras, como sendo a:
• Segurança Física;
• Segurança Estratégica;
• Segurança Complementar;
• Segurança do Trabalho;
• Segurança no Trânsito;
• Segurança Bancária;
• Segurança Veicular etc.
Segurança Privada
Nesta unidade, cabe-nos estudar a atividade de segurança privada, levando em con-
sideração algumas de suas espécies.
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Figura 4
Fonte: Acervo do conteudista
As atividades de segurança privada em nosso país são reguladas pela Lei Federal
7102, de 20 de junho de 1983.
O mencionado dispositivo de lei, em seu artigo 10, indica quais são as “espécies” de
segurança privada a serem desempenhadas em nosso país:
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Segurança Física
Diante dessa introdução sobre o que vem a ser segurança, bem como sobre as ativi-
dades relacionadas à segurança privada, apreciaremos algumas espécies de segurança,
levando em consideração nosso objeto de estudo, ou seja, sob a ótica da segurança
envolvida em um processo de diagnóstico e análise de riscos.
Quanto ao conceito a ser empregado, este não poderia ser outro senão aquele apre-
sentado pela Portaria do DPF nº 3233/2012-DG/DPF, que, no inciso I, do parágrafo 3º
de seu artigo 1º, assim preceitua:
No tocante ao propósito da norma, ele destaca: [...] a incolumidade física das pessoas
e a integridade do patrimônio.
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Figura 5
Fonte: Pixabay
Quanto à segurança física, além dessas condicionantes, para sua efetivação, devemos
agregar outros, que, sem dúvida, fazem parte do desenvolvimento de um planejamento eficaz
dentro de certa disponibilidade de recursos, sejam eles financeiros, humanos ou materiais.
Figura 6
Fonte: Acervo do conteudista
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Prevenção.
No tocante às atividades de segurança, sejam elas públicas ou privadas, o grande
investimento deve ser na construção de medidas preventivas, para que os infortúnios
que não se almejam sejam concretizados, ou seja, destinam-se à contenção de resultados
oriundos de um evento adverso.
Figura 7
Fonte: Acervo do conteudista
Como exemplo das atividades de segurança física a serem vistas com foco na prevenção,
imaginemos a seguinte situação:
Uma grande empresa de distribuição de medicamentos possui uma grande área onde
estoca seu objeto de distribuição.
Pode-se aferir que o patrimônio da empresa representa um alto valor agregado, sendo
objeto de desejos, por exemplo, da criminalidade.
Após isto, o levantamento das potenciais ameaças e, por fim, uma apreciação da
vulnerabilidade do ambiente onde deverão ser promovidas as ações de segurança física.
Ao fim, será possível elaborar um plano de segurança eficaz.
Controle
Após a análise dos riscos, ameaças e da vulnerabilidade do ambiente para o qual se
almeja propor um plano de segurança, deverão ser concretizadas medidas de controle
da circulação de pessoas no ambiente, com o emprego de barreiras de acesso, ou por
intermédio de alarmes eletrônicos que possam anunciar e registrar o acesso de qualquer
pessoa em uma área daquela planta patrimonial.
Uma outra ação muito comum vista como instrumento de controle é a criação de barrei-
ras de acesso, direcionando às pessoas autorizadas ou não a planta patrimonial, sob prote-
ção da segurança privada, a fim de que seu acesso seja autorizado para pessoas cadastradas.
Detecção
Uma segurança física bem planejada e concretizada cria mecanismos que possibilitam
a detecção de uma possível ameaça.
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Dependendo do sucesso na detecção da ameaça, isto permitirá o acionamento do
plano de segurança, com a adoção imediata de ações de correção, visando à desconti-
nuidade da inconformidade que ponha em risco o patrimônio, ou uma ação repressiva
contra o infortúnio.
Importante!
Em qualquer plano de segurança em que a iniciativa privada esteja inserida, em sendo
materializado um evento adverso que não seja previsto, deverá ser realizado, com todos
os agentes envolvidos, um estudo do caso, a fim de que a troca de informações permita
o aprimoramento de medidas que estejam aptas a conter ou evitar uma nova ameaça.
Intervenção
No que concerne à intervenção, esta poderá ter um duplo caráter.
Figura 8
Fonte: Getty Images
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Duas medidas distintas, mas que se complementam, deverão ser implementadas por
um gestor das atividades de segurança física.
A primeira medida terá caráter passivo e a outra, de modo contrário, de caráter ativo.
No que concerne às medidas de caráter passivo, podemos afirmar que elas devem
fazer parte de um planejamento que leva em consideração o ambiente para o qual a
segurança privada irá se direcionar, bem como o objeto específico dessas atividades.
Figura 9
Fonte: Getty Images
Segurança Estratégica
O escopo da segurança estratégica está voltado à aferição de cenários e a como os
fatores internos ou externos possam vir a tornarem-se riscos ou ameaças em curto, médio
ou a longo prazo.
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lítica, econômica, entre outras, mas que possam vir a afetar a atividade de segurança
atualmente desempenhada.
Por exemplo, qual deve ser a postura de um gestor de segurança patrimonial de uma
indústria que tenha seu desempenho no mercado comprometido por uma crise econô-
mica e venha a pleitear uma recuperação judicial?
A empresa em uma situação como essa poderá demitir funcionários, deixar de pagar
certos credores e outras ações que possam causar insatisfações, as quais, por consequ-
ência, originaram riscos ao patrimônio e às pessoas que eventualmente continuam suas
atividades laborais.
Figura 10
Fonte: Getty Images
Diante dessa percepção da segurança estratégica, podemos dizer que ela deve pro-
mover análise constante dos cenários, criando condutas planejadas por parte dos atores
das ações de segurança, delimitando medidas de contingência a serem empregadas
diante das perspectivas nas quais os cenários se apresentam.
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Figura 11
Fonte: Wikimedia Commons
Segurança Complementar
As atividades complementares às medidas de segurança contam com o desenvolvi-
mento de equipamentos e tecnologias, que permitam um melhor controle das áreas de
segurança, seja ela pública ou privada, tendo como foco a defesa e proteção do patri-
mônio e da incolumidade física das pessoas.
Figura 12
Fonte: Reprodução
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Como podemos observar, esse tipo de atividade de segurança tende a fomentar
e exigir uma constante atualização do chamado “mercado dos serviços de segurança”.
Tais inovações atingem tanto a segurança privada, como também a segurança pú-
blica, pois a tecnologia atrelada à ação dos agentes e protocolos de segurança aumenta
a qualidade dessas atividades, bem como amplia o que já fora abordado com relação à
sensação de segurança.
Figura 13
Fonte: Getty Images
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Figura 14
Fonte: Wimikedia Commons
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Leitura
A importância da segurança patrimonial nas empresas:
https://bityl.co/8s2m
Constituição Federal de 1988
https://bityl.co/8s2n
Portaria 3.233, de 10 de dezembro de 2012
https://bityl.co/8s2r
Setor de segurança privada cresce e lucra com aumento da violência:
https://bityl.co/8s2h
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Referências
BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil, de 05 out. 1988. Senado
Federal. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>.
________. Lei nº 7102, de 20 de junho de 1983. Dispõe sobre segurança para esta-
belecimentos financeiros, estabelece normas para constituição e funcionamento
das empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte
de valores, e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/Leis/L7102.htm>.
AMARAL, F. Direito Civil: introdução. 10. ed. revista e modificada. São Paulo: Saraiva
Educação, 2018. (e-book)
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MEIRELLES, H. L. Direito Municipal Brasileiro. 5ª ed. São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 1985.
MORAES, A. de. Direito Constitucional. 35. ed. São Paulo: Atlas, 2019. (e-book)
SIRVINSKAS, L. P. Manual de Direito Ambiental. 16ª ed. São Paulo: Saraiva Educa-
ção, 2018. (e-book)
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