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CURSO DE SEGURANÇA E PROTEÇÃO DE AUTORIDADES – SEGURANÇA APROXIMADA

SEGURANÇA APROXIMADA

CONTEÚDO

OBJETIVOS...........................................................................................................................
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................
2. ASPECTOS INTERVENIENTES NA SEGURANÇA APROXIMADA .................................
3. MODALIDADES DA SEGURANÇA APROXIMADA ..........................................................
4. ELEMENTOS DE UMA SEGURANÇA APROXIMADA .....................................................
5. ATRIBUTOS DOS ELEMENTOS DE SEGURANÇA APROXIMADA ................................
6. MÓDULO BÁSICO DE SEGURANÇA APROXIMADA ......................................................
7. PRINCÍPIOS BÁSICOS DA SEGURANÇA APROXIMADA ...............................................
8. FATORES DE VULNERABILIDADE NO MÓDULO DE SEGURANÇA .............................
9. FATORES A CONSIDERAR NO EMPREGO DA SEGURANÇA APROXIMADA .............
10. FRAÇÃO DO MÓDULO DE SEGURANÇA .....................................................................
11. ATUAÇÃO DA SEGURANÇA APROXIMADA CONTRA AMEAÇAS ..............................
12. TIPOS DE EMBARQUE E DESEMBARQUE ..................................................................
13. CONCLUSÃO ..................................................................................................................
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OBJETIVOS

 Identificar as diversas áreas de segurança em torno uma autoridade e as


missões dos elementos de segurança que as estabelecem;
 Conhecer e empregar as formações da equipe de segurança em uma escolta a
pé;
 Conhecer e empregar as técnicas de contra-emboscada a pé.
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1. INTRODUÇÃO

Segurança
Situação objetiva em que pessoas, direitos, bens e informações se encontram
resguardados dos danos que podem causar diante de certas ameaças e riscos.
A segurança que se busca não é a do estado, e sim a do cidadão (humana): estado
de sossego, certeza e confiança que deve proporcionar as pessoas, mediante ações
dirigidas a proteção de sua integridade física.
Quando se implementa a segurança humana através da segurança aproximada
diante da aparição em público de uma autoridade, na verdade se busca resguardar a
segurança de todos aqueles presentes naquele no local onde ele se encontra.

DIFERENÇA ENTRE AUTORIDADE E DIGNATÁRIO

Autoridade

Do latim auctorĭtas, autoridade é o poder, a legitimidade ou a faculdade. Em geral,


o termo refere-se às pessoas que governam ou que exercem o comando.
Hannah Arendt salienta, quanto à autoridade, que o nome e o conceito são de
origem romana, distinguindo-se entre a auctoritas, que pertencia ao Senado, e a potestas
(poder), que cabia ao populus (pessoas).

DIgnatário

Pessoa que exerce ou representa uma função de alto cargo, seja no sentido civil ou
eclesiástico, ou ainda podendo ser pessoas importantes que, pelo momento ou pela
situação, necessitem de uma proteção especial.

Segurança Aproximada

Definição: é a utilização de agentes de segurança, sejam a pé ou embarcados,


responsáveis em proporcionar e resguardar, a integridade física e o bem estar de uma
autoridade, de modo a realizar sua proteção imediata, contra riscos e ameaças, num
ambiente ao qual está inserido, proporcionando o direito de exercer suas atividades legais
constituídas.
Origem da segurança aproximada: remonta aos tempos da Roma antiga, com a
Guarda Pretoriana. Era o grupo de legionários experientes encarregados da proteção do
pretório (praetorium), parte central do acampamento de uma legião romana, onde ficavam
instalados os oficiais. Com a tomada do poder por Otaviano, transformou-se na guarda
pessoal do imperador
Foi criada por Otaviano, após a conquista do Egito e seu retorno a Roma, onde
recebeu do senado o título de príncipe, ficando seu governo conhecido
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como principado (27 a.C.- 14 d.C.). Como príncipe, isto é, o primeiro cidadão
da república e líder do senado; como imperador assumiu o comando supremo do exército
e criou a guarda pretoriana, encarregada de sua proteção pessoal; como tribuno da
plebe possuía o poder de veto sobre decisões do senado; como pontífice máximo,
controlava a religião romana.

Existe ainda o lema da guarda pretoriana, que resume tudo isso: "A guarda
pretoriana cuidará de César, enquanto César cuidar dos interesses de Roma; Quando
César não mais cuidar de Roma, haverá outro César".

RISCOS E AMEAÇAS: VARIÁVEIS CONDICIONANTES

SEGURANÇA APROXIMADA = (ADAPTAÇÃO E EMPREGO DE AGENTES +


REALIDADE DO CENÁRIO DOS RISCOS E AMEAÇAS) X APLICAÇÃO DA DOUTRINA

Risco

O dicionário define risco como “a contingência ou probabilidade de um dano ou


prejuízo”. Denomina-se risco uma contingência, possibilidade ou probabilidade de um
dano ou prejuízo, contratempo ou perigo de caráter potencial ou aleatório, que pode afetar
interesses, existência ou funcionamento, de um sistema ou um modo de ação próprio do
usuário, não tendo sido identificado o seu autor.
O processo de avaliação do risco constará de quatro etapas, a seguir:

 Primeira Etapa: identificação do perigo – É aquele que se encontra latente em


materiais, equipes e procedimentos.
 Segunda Etapa: cálculo de reação do elemento ante a agressão – Será a
possibilidade de resistência, avaliação e neutralização dos danos.
 Terceira Etapa: prognóstico das consequências – Será a natureza, a magnitude, a
possibilidade e probabilidade dos efeitos adversos.
 Quarta Etapa: a caracterização do risco – É a relação entre as possibilidades de
resistência e a probabilidade dos efeitos adversos.

Ameaça

Ameaça é toda manifestação, expressão ou situação de insegurança real gerada


pela iminência de um ator indesejado (ator hostil), com o propósito, a intenção ou a
capacidade de produzir um dano ou prejuízo aos interesses, bens humanos e materiais. A
diferença básica entre risco e ameaça, é que, no primeiro, não se conhece o ator,
enquanto que, no segundo, o mesmo se encontra detectado ou localizado, o qual
denominamos de “ator hostil”.
Os fatores determinantes para ocorrência de uma ameaça estão bem definidos na
fórmula abaixo:
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AMEAÇA = INTENÇÃO + CAPACIDADE + OPORTUNIDADE

A ameaça pode se apresentar como TRADICIONAIS (terrorismo, sabotagem,


guerrilha) e NÃO TRADICIONAIS (tráfico de drogas, violência urbana, manifestações
sociais,).

2. ASPECTOS INTERVENIENTES NA SEGURANÇA


APROXIMADA

Aspecto Politico

O elemento político influencia diretamente no contexto do emprego da segurança


aproximada. Autoridades tem apresentado um perfil mais populista de contato direto com
a população, o que decorre da necessidade, muitas vezes, em flexibilizar a atuação dos
agentes. Aparições em Público com agendas menos informais como eventos políticos
partidários e agendas particulares, que envolvem um público mais ordeiro (crianças,
idosos, militantes políticos) proporcionam, à principio, uma solicitação por vezes da
própria autoridade, de certo “afrouxamento” na atuação.

Aspecto Cultural

O elemento cultural exerce influência na segurança aproximada, na medida em que


não só a autoridade, mas o local onde vai estar necessitará de uma adequação da
atuação dos agentes, em que a discrição e o melhor posicionamento serão aspectos
primordiais e serem observados.
A exemplo de eventos em igrejas, templos, cidades ou países com culturas
singulares, desfiles religiosos, povos e tribos indígenas também estão neste contexto.

Aspecto Social

O elemento social influencia na atuação da segurança aproximada de forma que


eventos sociais abertos e fechados com presença da autoridade, tais como festas, bailes,
comemorações de aniversário, tendem a exigir da segurança grande maneabilidade.
O padrão social do local onde se realizará o evento também exerce uma
adequação da segurança aproximada.

Aspecto Econômico

Aspectos econômicos influenciam na atuação da segurança aproximada. Greves e


crises econômicas interferem na ação da aparição de autoridades em eventos dessa
espécie, fazendo com que a segurança seja posicionada de modo a evitar imprevistos
para a autoridade.
Importante informar que outros elementos podem ocorrer de acordo com o
momento que vive a cidade, estado ou país.
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3. MODALIDADES DA SEGURANÇA APROXIMADA

A segurança aproximada pode ser realizada nos seguintes modos:

Modalidade Escolta a pé

É uma atividade pautada dentro da doutrina de segurança aproximada realizada


por agentes de segurança, cujo deslocamento é realizado a pé, de modo a garantir a
integridade física, visando EVITAR, DIFICULTAR ou MINIMIZAR os riscos e ameaças
inerentes a exposição dessa autoridade ao ambiente externo.

Modalidade Escolta Motorizada

É uma atividade pautada dentro da doutrina de segurança aproximada realizada


por agentes de segurança embarcados em veículos, aeronaves, barcos, etc, de modo a
garantir a integridade física visando EVITAR, DIFICULTAR ou MINIMIZAR os riscos e
ameaças inerentes a exposição dessa autoridade ao ambiente externo.

4. ELEMENTOS DE UMA SEGURANÇA APROXIMADA

Os elementos da segurança aproximada se apresentam da seguinte forma:

 Coordenador de Segurança (CS): é o principal responsável pela unidade de


comando, planejamento e coordenação das ações de segurança, sendo
elemento de decisão da fração constituída de segurança aproximada. Em
alguns manuais também pode ser chamado de chefe de segurança ou
supervisor de segurança;

 Agente de Proteção Especial (APE): é o agente de segurança especial


responsável em garantir a segurança direta através do posicionamento
próximo à silhueta da autoridade, exercendo o papel de escudo, atuando na
pronta resposta de forma imediata quando de ameaças reais interpostas
contra a autoridade, retirando-a do ambiente hostil diante da necessidade. O
APE deve ter atributos como mesma compleição física, altura e biótipo
compatível com a autoridade;

 Agente de Segurança (S1) e (S2): são agentes de segurança responsáveis


pela segurança aproximada da autoridade de forma a completar o módulo
básico de segurança, prestando proteção imediata compondo as diversas
formações da modalidade escolta à pé. Cabem aos agentes de segurança
atuarem nas ações que envolvam riscos e ameaças hostis.
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5. ATRIBUTOS DOS ELEMENTOS DE SEGURANÇA


APROXIMADA

Para compor as equipes de segurança aproximada os agentes devem apresentar


características e atributos próprios que os qualifiquem no exercício da sua atuação.
Atributos esses que devem ser inerentes e fundamentais, sob pena da vedação do
profissional para a atividade. São eles:

 Lealdade e coragem;
 Conhecimento profissional (doutrina, técnica e tática)
 Controle emocional;
 Discrição;
 Discernimento nas ações;
 Condicionamento físico;
 Resistência a fadiga (preparo psicológico + condicionamento físico).

6. MÓDULO BÁSICO DE SEGURANÇA APROXIMADA


O Módulo Básico de Segurança (MBS) é formado em sua composição pelos
agentes mais próximos da autoridade dentro de um perímetro imaginário compreendido,
os quais prestam proteção à mesma, atuando de forma imediata caso se faça necessário.
Atuam diretamente na área denominada crítica, da qual atua e circula a autoridade, de
acordo com os círculos concêntricos.

O MBS é formado por círculos concêntricos imaginários que permitem delimitar e


dar uma noção espacial de forma didática durante a atuação e demonstração dos
elementos de segurança aproximada na área.

CÍRCULOS CONCÊNTRICOS DE SEGURANÇA


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 SEGURANÇA IMEDIATA OU PESSOAL: Situada na área mais circunscrita e


próxima da autoridade, denominada de ÁREA CRÍTICA do módulo básico. É
formada e composta pelos elementos da segurança aproximada.

 SEGURANÇA MEDIATA OU VELADA: Situada no perímetro de área adjacente


com interface mais próxima da segurança mediata. È formada por agentes de
segurança avançado e agentes de inteligência que vão monitorar e informar de
possíveis riscos e elementos hostis.

 SEGURANÇA AFASTADA OU OSTENSIVA: Situada no perímetro de área mais


periférica da área crítica, composta por agentes de policiamento ostensivo para
atuação preventiva e pronto emprego.

7. PRINCÍPIOS BÁSICOS DA SEGURANÇA APROXIMADA

a) Princípio da Flexibilidade - O dispositivo à pé ou motorizado adapta-se


facilmente a qualquer mudança na direção de deslocamento da autoridade, mantendo-se
sempre eficiente e postado com estrutura compatível para pronta atuação..

b) Princípio da Preservação (Autoridade) - Um dos princípios mais importantes,


pois a segurança aproximada tem que internalizar que a integridade e a segurança da
autoridade estão sempre em primeiro lugar frente da sua própria segurança.

c) Princípio da Cobertura - O corpo da autoridade deve sempre estar na área de


cobertura da segurança. Esta cobertura deve ser realizada pelo Agente de Proteção
Especial (APE), suplementado pelos outros agentes de segurança. Em casos especiais,
poderá ser utilizado um componente da comitiva ou um obstáculo fixo ou móvel. Caso não
se possa cobrir a autoridade em todas as direções, preferir o quadrante voltado para
ameaça ou risco.

d) Princípio da Discrição - É um princípio que qualifica a segurança como


discreta, que não chama atenção, delicada em suas ações e gestos. Agir com discrição
também é entendido como postura e compostura reservada, que tem um bom nível de
discernimento. O ideal seria que a segurança cumprisse a sua missão sem ser vista, o
que é impossível, por isso, devemos, ao menos, livrar a imagem da autoridade de nossa
presença, sem que isto aumente a sua vulnerabilidade.

e) Principio da Atenção - Princípio mais importante para a segurança aproximada.


Deve sempre estar atenta principalmente com as mãos e olhos quando da presença de
ameaça com ator hostil. OBSERVAR TUDO, SEMPRE.

f) Princípio da Coordenação – A segurança aproximada deve ter todas suas


ações coordenadas dentro de uma unidade de comando. Na doutrina seria o
Coordenador de Segurança ou outro elemento de decisão e definição das ações, dentro
das missões especificadas de cada agente de segurança.
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g) Princípio da Impessoalidade – A segurança aproximada visa tão somente a


“proteção da autoridade” sem qualquer caráter pessoal. Independente de quem lá esteja à
segurança deve atuar visando a integridade daquele que está na função ou cargo.

h) Princípio da legalidade – As competências, atribuições e ações da segurança


aproximada devem ser pautadas nas leis, decretos, normas e manuais específicos e
pertinentes que estejam em consonância com o ordenamento jurídico vigente.

8. FATORES DE VULNERABILIDADE NO MÓDULO DE


SEGURANÇA

VULNERABILIDADES FREQUENTES

 Carência de doutrina;
 Falta de sinergia entre os elementos da segurança;
 Falta de planejamento;
 Rotina do dia a dia;
 Improvisação no emprego;
 Falta de unidade de comando;
 Indiscrição nas ações;
 Desmotivação e apatia;
 Despreparo profissional;
 Falta de informações;
 Falta de interação da autoridade com o sistema de Segurança.

9. FATORES A CONSIDERAR NO EMPREGO DA


SEGURANÇA APROXIMADA
Vários são os fatores que devem ser levados em conta no emprego de uma
segurança aproximada. Variáveis que devem ser analisadas e ponderadas quando do
emprego efetivo dos agentes de segurança e seu quantitativo.
Segue abaixo alguns fatores que devem ser avaliados:

 Localização e tipo de evento;


 Extensão do evento;
 Horário e dia do evento;
 Deslocamentos da autoridade e sua extensão;
 Riscos e ameaças;
 Fatores climáticos;
 Eventos em cidades na capital e no interior;
 Outros.
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10. FRAÇÃO DO MÓDULO DE SEGURANÇA

O Módulo de Segurança apresenta sua composição uma fração levando em


consideração o número de elementos que o integra. Tal quantitativo dependerá da
quantidade de agentes disponíveis, com uma formação de composição mínima de 01(um)
agente até vários agentes, a depender da exigência e necessidade de emprego.

A composição da fração pode se apresentar nas formas:

 UNITÁRIA;
 BÁSICA
 COMPOSTA

A mínima composição de emprego chama-se UNITÁRIA. Nela teremos apenas 01


(um) agente de segurança que fará a função de APE (Agente de Proteção Individual).
A BÁSICA é formada de 02 (dois) agentes de segurança, estando na função de
APE, Coordenador de Segurança (CS) e/ou Agente de Segurança (AS).
A COMPOSTA teremos uma multiplicidade e quantitativo de mais de 02 (dois)
elementos de segurança aproximada desempenhando as funções. Pode se apresentar
nas mais diversas formações de acordo com a necessidade durante aparição em público.

FORMAÇÕES DA MODALIDADE ESCOLTA A PÉ


De acordo com a necessidade da ocasião, se faz necessário adaptar e dotar a
segurança aproximada em formações para melhor atender e garantir com maior eficácia a
segurança da autoridade.
Desta feita, apresentamos as seguintes formações: solo, homem ponta, linear (à
frente ou retaguarda), cunha ou “V”, Lateral ou “L”, losango ou diamante, caixa ou box.

 Formação Solo: É a formação unitária e mais elementar da segurança


aproximada. Apresenta apenas a presença de 01(um) agente de segurança
que exerce à princípio a função de APE que fica disposto a retaguarda da
silhueta da autoridade. É bastante deficiente, vulnerável e menos eficaz,
expondo por demais a autoridade. Segue abaixo ilustração:
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 Formação Homem Ponta: é a formação básica da segurança aproximada


em que apresenta o agente de proteção especial (APE) à retaguarda da
autoridade e um agente de segurança (AS1) à frente da autoridade, de
modo a direcionar o fluxo. Mais eficaz e menos vulnerável que a formação
solo. Segue abaixo ilustração:

 Formação Linear: é uma modalidade de formação composta da segurança


aproximada. Realizada a partir da necessidade de adaptação e
maneabilidade dos agentes de segurança na proteção corporal da
autoridade e cobertura visual diante a riscos e ameaças que se encontrem
no perímetro frontal ou na retaguarda.
Apresenta-se com os elementos da segurança aproximada dispostos um ao
lado do outro, perfilados formando uma linha imaginária.
Ressalta-se que o APE deve ficar no mesmo quadrante de segurança que
se encontra a autoridade, seja à sua frente ou a retaguarda. Nesta última,
favorece a imagem da autoridade porém a torna mais exposta. Segue
abaixo ilustração:

 Formação em Cunha ou “V”: formação composta utilizada quando o


perímetro à frente para onde está voltada a autoridade e seu fluxo está
estéril e livre de riscos e ameaças. O agente de proteção especial se
posiciona a retaguarda da silhueta da autoridade, os agentes de segurança
ficam equidistantes da autoridade de modo a flutuarem nas suas laterais
dando cobertura aos riscos e ameaças da direita e esquerda. Dependendo
do nível de proteção, poderá ser composta por 05 (cinco) elementos.
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Tal formação proporciona certa liberdade na área frontal a autoridade


quando em público e aglomeração de pessoas. Segue abaixo ilustração:

 Formação em L ou L Invertido: formação composta realizada a partir da


necessidade de proteção lateral da autoridade, quando a ameaça ou risco
está concentrada a direita ou esquerda, tendo como parâmetro a posição da
autoridade, tornando de modo mais eficaz o reforço na área de ataque.
Segue abaixo ilustração:

 Formação em Losango ou Diamante: formação composta utilizada quando


se faz necessário proporcionar rigidez e maior segurança a autoridade em
ambientes com riscos e ameaças reais. Nela os elementos de segurança
aproximada “cerram sobre a autoridade”, cada qual no seu quadrante
formando a figura de um losango, com o elemento APE fazendo sua função
originária a retaguarda da autoridade. Utiliza-se de tal formação em locais
com grande público que tem a intenção e alvo a autoridade, seja em
ambiente hostil ou não. Segue abaixo ilustração:
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 Formação em Caixa ou Box: formação composta utilizada quando se faz


necessário proporcionar rigidez e maior segurança a autoridade em
ambientes com riscos e ameaças reais. Nela os elementos de segurança
aproximada “cerram sobre a autoridade”, cada qual no seu quadrante
formando a figura de um quadrado, caixa ou box, com o elemento APE
fazendo sua função originária a retaguarda da autoridade. Utiliza-se de tal
formação em locais com grande público que tem a intenção e alvo a
autoridade, seja em ambiente hostil ou não. Segue abaixo ilustração:
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11. ATUAÇÃO DA SEGURANÇA APROXIMADA CONTRA


AMEAÇAS

a) AMEAÇAS

1) Ataque verbal
Multidão xingando, ofensas verbais. Procedimento: cerrar a formação e seguir
rápido;

2) Ataque físico
Arremesso de objetos. Procedimento: cerrar formação, proteger a autoridade;

3) Ataque com arma de corte ou de fogo


Procedimento: retirar a autoridade da área, reagir com golpes ou armas;

4) Ataques com “Bombas, Granadas ou Arma de Alcance”


Procedimento: alertar “Bomba, Granada ou Fuzil”, proteger a autoridade, retirá-la
do local.
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12. TIPOS DE EMBARQUE E DESEMBARQUE


I - Introdução.
II - Desenvolvimento.
- Características dos Motoristas;
- Comboio de Viaturas;
- “Balé de Viaturas”;
A. Tipos de embarque:
- Ortodoxo;
- Não ortodoxo.
B. Tipos de desembarque:
- Ortodoxo;
- Não ortodoxo.
III - Conclusão.

1. EQUIPE DE SEGURANÇA PESSOAL

Características dos Motoristas:


- Rechaçar uma emboscada;
- Não pode ter maus hábitos;
-Conhecer rotas de segurança;
- Bom operador de rádio;
- Conhecer ações de fuga, situações de impacto, técnica de aceleração e
frenagem;
- Habilidade na tração e direção na superfície da estrada;
- É imprescindível que sinais de emergência sejam convencionados entre os
motoristas, e isso pode ser feito através das setas, luzes de freio e faróis.

COMBOIO DE VIATURAS

- Distância entre as viaturas:


* 2/3 de carro
* não permitir que outro carro se posicione entre os carros do comboio. Bloquear
ataque à retaguarda, à direita ou à esquerda.

“BALÉ DE VIATURAS”

- Combinação entre os motoristas, de luzes e setas;


- Sempre sinalizar aquilo que vai fazer, da frente para a retaguarda, para que o
comando seja obedecido da retaguarda para a frente.

Tipos de Embarque e Desembarque

1. Embarque ortodoxo a duas viaturas.


- A autoridade embarca pelo lado direito da viatura.
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2. Desembarque ortodoxo a duas viaturas.


- A autoridade desembarca pelo lado direito da viatura.
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3. Embarque não ortodoxo a duas viaturas.


- A autoridade embarca pelo lado esquerdo da viatura.
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4. Desembarque não ortodoxo a duas viaturas.


- A autoridade desembarca pelo lado esquerdo da viatura.
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13. CONCLUSÃO
É notável que um dos mais perigosos momentos do trabalho de proteção VIP
ocorre quando o mesmo se desloca a pé. Durante esses momentos o grupo de escolta
pessoal deve permanecer muito mais alerta que em outras ocasiões, lembrando-se que
as formações de proteção são a última “linha de defesa”. O agente de segurança deve ser
consciente de sua responsabilidade.

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