Você está na página 1de 15

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIHORIZONTES

GESTÃO EM SEGURANÇA PRIVADA

ALAN ANDRADE

BRAYAN CABRAL

FREDERICO ASSIS

JOYCE PEREIRA

LEANDRO LUIZ

SEGURANÇA PRIVADA E O INDIVÍDUO

PROFISSIONAIS DA SEGURANÇA: CAMPOS DE


ATUACÃO E CAPACITAÇÃO

BELO HORIZONTE

2018
SUMÁRIO

I – Introdução

II – Referencial Teórico

II.1 - Campos de Atuação

II.2 - Segurança em Grandes Eventos

II.3 – Escolta Armada

II.4 - Armas não Letais

II.5 - Atribuições do Gestor

II.6 - Vigilância Patrimonial

II.7 - Segurança Pessoal

II.8 – Transporte de Valores

II.9 - Referências Bibliográficas:


I - Introdução

A segurança privada é um segmento de mercado que está em constante crescimento


devido ao aumento da criminalidade no país, e ao sucateamento das instituições de
segurança pública, que não dão conta da alta demanda.

Esse setor tem o intuito de auxiliar na manutenção da lei e da ordem, principalmente em


empresas privadas, industrias, multinacionais, instituições financeiras, etc. atuando em
conjunto com as polícias para inibir crimes contra o patrimônio e proteger a integridade
física das pessoas que frequentam esses locais, aumentando assim a sensação de
segurança.

Os serviços de segurança privada no Brasil foram implantados efetivamente na década


de 1960, em pleno regime militar em decorrência do considerável aumento de assaltos a
instituições financeiras por contraventores que saqueavam as agências bancarias para
financiar seus projetos.

De acordo com LOPES (2018), as empresas tinham caráter paramilitar, eram geridas
por militares e tinham como requisitos para a contratação de seus vigilantes que eles
também tivessem um histórico militar. Esses profissionais inicialmente não tinham
direitos adquiridos, não podiam lutar por melhores salários ou condições de trabalho
pois não tinham um sindicato que os representasse. A primeira tentativa de
normatização das atividades de vigilância foi pelo DECRETO 1.034/69, que dizia que
as unidades federativas tinham a missão de regular o funcionamento das empresas de
segurança e estipular as formas de atuação dos vigilantes. Em 1983, o congresso
nacional e o executivo sancionaram a lei 7.102/83, que regulamenta a profissão de
vigilante no país e controla as empresas de segurança.

Inicialmente, a segurança privada atuava principalmente nas indústrias e nos bancos,


para proteger as pessoas e o patrimônio. Com o passar do tempo, a vigilância
patrimonial viu seu campo de atuação crescer, tendo como atribuições também o
exercício de atividades como: transporte de valores, escolta armada e segurança pessoal.
Com isso os vigilantes acumulavam funções, foi assim até 1995, quando a lei 9.017/95,
passou a responsabilidade de fiscalizar e regular a atividade de segurança privada para a
Policia Federal, que até então era feita pelo Ministério da Justiça. A partir daí foram
publicadas várias portarias sobre o tema, mas a que está em vigor até hoje é a
PORTARIA N° 3.233/12, de 10 de dezembro de 2012, onde as atividades que antes
eram unificadas (vigilância patrimonial, escolta armada e segurança pessoal), foram
separadas, exigindo-se assim capacitação especifica para cada campo de atuação, ou
seja, cursos e reciclagem específicos para cada área.

No ano de 2014, foram realizados vários eventos de grande porte no Brasil, exigindo
muito das empresas de segurança privada. Faz-se necessário então, uma análise
profunda dos aspectos das diversas áreas de atuação, apresentando e discutindo
problemas comuns da área, e ainda estabelecer parâmetros para que os profissionais da
área tenham condições de desenvolver suas atividades da melhor maneira possível.
Neste contexto, é possível afirmar que a formação do gestor em segurança privada e de
toda a equipe que norteia o trabalho é suficiente?

II – Referencial Teórico

II.1 - Campos de Atuação

Conforme MARCONDES, (2017), são diversas as possibilidades de atuação na área da


segurança privada, são elas:

 Vigilante Patrimonial: Responsável por preservar o patrimônio e a integridade


das pessoas em instituições financeiras, órgãos públicos, industrias, comércios,
hotéis, entre outros, contribuindo para a manutenção da segurança nesses locais.
 Transporte de Valores: Atua no transporte de bens, valores, ou numerários em
carros comuns ou especiais
 Escolta Armada: Atua basicamente escoltando e protegendo qualquer tipo de
carga.
 Segurança Pessoal: é responsável por garantir a segurança física das pessoas.
 Vigilante de Grandes Eventos: Atua em eventos com público superior a três mil
pessoas, garantindo a segurança e o bem-estar do espectador dentro dos locais de
realização dos eventos.
Ainda no campo de atuação da segurança privada, a alguns anos com a carência de
profissionais altamente qualificados e com um mercado em plena expansão surgiu
também a profissão de gestor de segurança privada, que ao contrário dos citados acima
que só exigem nível básico de instrução (4° série), o gestor de segurança deve possuir
formação superior (atualmente tecnólogo), para atuar nessa função, trazendo assim mais
"competência" para o profissional, que é muito requisitado pelas empresas para gerir e
praticar segurança nas dependências das mesmas, diminuindo as perdas, fraudes,
desvios, ilícitos e conflitos dentro das mesmas.

Entende-se que os campos de atuação da segurança privada são os mais diversos,


proporcionando assim mais oportunidades de emprego numa área que cresce
constantemente acompanhando as demandas de mercado, a deficiência dos órgãos de
segurança, o comportamento da população e as novas tecnologias.

II.2 - Segurança em Grandes Eventos

A segurança de grandes eventos foi implantada no Brasil no ano de 2012. É


regulamentada pela PORTARIA N° 3.233/12, onde a Policia Federal (PF), viu a
necessidade de inserir esse contexto na segurança privada inicialmente por conta dos
grandes eventos que seriam realizados no país nos anos de 2013, 2014 e 2016 como a
vinda do papa ao Brasil, a copa das confederações, copa do mundo, olímpiadas e
paraolimpíadas.

Esse modelo de segurança surgiu para complementar e humanizar as atividades de


segurança pública, agindo em conjunto para garantir a segurança, ordem e o bem-estar
de todos os envolvidos em um evento.

Os vigilantes de grandes eventos são capacitados pelo curso e extensão em grandes


eventos, contemplando as disciplinas de gerenciamento de público, onde aprendem
como orientar as pessoas dentro do evento quanto a saídas, acessos, oferecendo ajuda a
todos em especial a idosos e pessoas com deficiência, prevenindo ilícitos, cuidando do
bem estar dos participantes, mediando conflitos e evitando crises. Controle de acesso,
onde aprendem a fazer a identificação dos participantes, fazer revistas, conferir
ingressos (caso necessário), recolher objetos ou substâncias ilícitas, entre outros. Eles
são capacitados também para gerir multidões, visando assim manter o ambiente seguro,
harmônico, e confortável para o espectador, praticando noções de combate a incêndio e
primeiros socorros, abordando usuários com comportamento inadequado adotando o
uso diferenciado da força, caso se faça necessário, preservar local de crime até a
chegada das forças de segurança, etc.

De acordo com a PORTARIA N° 3.233/12, a segurança de eventos com público


superior a três mil pessoas, deve ser feita por vigilantes habilitados no curso de extensão
em grandes eventos. Geralmente esses eventos são realizados em estádios de futebol,
ginásios, arenas, ou parques de exposição, nesses eventos os vigilantes são subordinados
por supervisores e gestores de segurança que os designa para um determinado posto, de
acordo com o plano de segurança e a necessidade do evento.

É um setor em alta no Brasil, já que os eventos internacionais e nacionais vem


crescendo muito nos últimos anos. Pra muitos e um campo que vale a pena se investir
principalmente como fonte de renda extra. ABEOC (2018)

II.3 – Escolta Armada

Um dos ramos mais importante da segurança privada é o de escolta armada, que vem
tendo uma grande demanda, regulamentada pela lei federal 7.102/83:

III - escolta armada: atividade que visa garantir o transporte de qualquer tipo
de carga ou de valor, incluindo o retorno da equipe com o respectivo armamento e
demais equipamentos, com os pernoites estritamente necessários;(BRASIL, 2012)

A escolta armada vem atuando de forma gradativa para diminuir os roubos de cargas em
grandes rodovias e centros urbanos. Essa atividade vem para sanar a deficiência de
forças regulares como policia rodoviária federal, civil e militar, que não conseguem
fornecer segurança para caminhoneiros e empresas que querem uma maior proteção a
suas cargas em várias localidades brasileiras, a empresa fornece funcionários treinados e
equipados geralmente com armas curto alcance como calibre 12 e revolver .38
juntamente com coletes balísticos para proteger a integridade do vigilante e da carga,
isso aliado a um bom plano de gestão de risco elaborado por um gestor, que
complementa a proteção de caminhões que transporta cargas de alto valor, normalmente
são alimentos, celulares, e medicamentos, muito visados pelos criminosos pela alta
facilidade de se encontrar compradores, dá-se então a necessidade de se escoltar uma
carga, podendo haver uma redução de até 95% de chance da carga ser atacada.
GLOBALSEG (2017).

A empresa que realiza escolta deve atender alguns pré-requisitos.

 Possuir autorização a pelo menos um ano no ramo de segurança atividade de


vigilância patrimonial ou transporte de valores;
 Possuir 8 vigilantes com curso de escolta armada e que tenha trabalhado um ano
de experiência em segurança patrimonial ou transporte de valores;
 Possuir no mínimo 2 veículos para a atividade de escolta.

Cabe ao contratante pesquisar sobre a empresa contratada, pois no mercado existem


várias empresas clandestinas atuando e que não são devidamente cadastradas na polícia
federal. GLOBALSEG (2017)

II.4 - Armas não Letais

A PORTARIA INTERMINISTERIAL 4.226/10, prevê que todo agente de segurança


pública deverá portar consigo ao menos dois agentes não letais, independente de portar
ou não armas de fogo. Com base nisso, as empresas de segurança privada adotaram
esses mecanismos para auxiliar os profissionais no desempenho de suas funções.

Para atuar utilizando esses equipamentos o vigilante tem que fazer uma extensão no
curso de qualificação em armas não letais, que também está previsto pela PORTARIA
N°3.233/10, capacitando assim o profissional ao manuseio e uso correto dos
equipamentos.

O emprego das armas conhecidas como não letais consiste em imobilizar para conter
temporariamente indivíduos agressivos que não portem arma de fogo, esse tipo de ação
preserva a integridade física do agressor com o uso controlado da força. No Brasil
existem as armas não letais de uso restrito das forças de segurança, que são controladas
pelo exército e as de uso liberado que são adquiridas facilmente por maiores de 21 anos
com apenas CPF e RG.

As armas ou equipamentos não letais não tem risco zero de letalidade, ou de ferimentos
graves; mas comparadas com as armas tradicionais tem como objetivo incapacitar
temporariamente o indivíduo, não causando assim sequelas, danos permanentes ou a
morte do mesmo como as armas de fogo.

Com isso conclui-se que a segurança privada vem acompanhando os avanços


tecnológicos, usando seus benefícios para diminuir o uso da força física, aumentando a
integridade do agente e do agressor, diminuindo assim os conflitos e as crises.

II.5 - Atribuições do Gestor


O gestor de Segurança Privada há de ser um profissional íntegro, que tenha bastante
competência para liderar equipes, ser bastante dedicado a empresa e seus colegas,
observando sempre o comportamento dos seus subordinados. Tem que ver além, ter
disposição de assumir as responsabilidades e procurar resolver os problemas que sua
equipe possa encontrar. O gestor deve liderar dando bons exemplos, não estar na função
somente parar punir os erros ou dar ordens, visando sempre o melhor para sua equipe,
pesquisar sobre métodos de linguagens e convencimentos, entender sobre as tecnologias
de comunicação, para facilitar o contato com sua equipe de trabalho.

O gestor deve saber reconhecer os méritos de sua equipe, oferecendo motivação e exigir
com cautela, uma visão além de sua equipe, mostrando que é possível alcançar mais que
o almejado. O gestor deve sempre ser comedido, rever suas atitudes, pois sua função
requer o total sigilo de informações, principalmente em Transporte de Valores.

O profissional deve montar sua equipe com cautela, e investigar (dentro da


normalidade) a vida pessoal e social de seus selecionados, pois existem muitas
quadrilhas criminosas que podem tentar subornar integrantes de sua equipe.

II.6 - Vigilância Patrimonial


A vigilância patrimonial é uma das áreas mais importantes dentro da Segurança Privada,
devido ao seu contato constante e direto com as pessoas, sua área de atuação é muito
ampla, desde trabalhar com Circuitos Fechados de Televisão (CFTV) até agir de forma
ostensiva como nos bancos, podendo desde proteger o patrimônio a combater
criminosos. Os profissionais podem exercer suas funções em quaisquer
estabelecimentos sejam eles públicos (instituições federais, municipais ou estaduais) ou
na iniciativa privada (bancos, shoppings, hospitais e escolas). Seja em qualquer um
desses locais o vigilante vai sempre zelar pela ordem interna, preservação do patrimônio
e pela integridade física das pessoas naquele local. Devendo fazer rondas e relatórios
sobre tudo que acontece na empresa durante o exercício da profissão.

As empresas privadas hoje, procuram capacitar seus vigilantes, pois além de mediar
conflitos eles devem ser operacionais também. Com isso, o UPF (Uso Progressivo da
Força) é uma das técnicas que o vigilante deve saber manusear, além de evitar crises ela
ajuda a mediar conflitos.

“A omissão, o desinteresse, a apatia, a má apresentação pessoal, a má


postura, são fatores geradores de descrédito desconfiança, por parte da população e
revelam falta de preparo individual e espírito de equipe da equipe responsável pela
atividade. “MARCONDES (2015).

De acordo com a Lei 7102/83, a vigilância em bancos deve ser ininterrupta durante seu
funcionamento, e o vigilante conta com alguns fatores a seu favor como a porta
giratória, coletes balísticos e revólver 38 com 2 cargas previstas por lei. Por se tratar de
um local de guarda valores e movimentação de numerário, o vigilante deve se manter
em pontos estratégicos para que não seja surpreendido, se movimentando sempre com
as costas protegidas e coldre aberto e em menor espaço possível. “A Vigilância
Patrimonial deve ser enxergada ainda como estratégica em determinadas situações, já
que as perdas patrimoniais podem cessar as atividades da empresa” Marcelo Ferlini
“Diretor da Globalseg” (2016).

Em shoppings centers os vigilantes devem agir de forma completamente preventiva, por


se tratar de um lugar de lazer ele deve estar sempre atento as pessoas, fazendo a
segurança sem constranger ninguém agindo com total discrição, estabelecendo uma
comunicação com lojistas em caso de anormalidades, comportamentos suspeitos; nesse
caso a segurança começa no estacionamento e se estende até o interior do shopping
sendo cada vez mais intensa. Devido aos shoppings possuírem caixas eletrônicos,
bancos e joalherias.

Devido à localização perto de periferias, as escolas hoje necessitam de uma segurança


devido a venda de drogas e brigas internas, os vigilantes vão trabalhar de forma mais
simples, sem brincadeiras com os alunos ou liberdade, com uma postura séria para que
passa segurança aos alunos. Em outras escolas os vigilantes podem trabalhar no CFTV
ou na supervisão de catracas, caso perceba pessoas suspeitas a sua abordagem será mais
cordial, agindo com total cautela.

A vigilância patrimonial na indústria é importantíssima para combater espionagem


industrial, guardar materiais, e até combater bandos ou quadrilhas. Esses profissionais
vão fazer isso com rondas, controle de acesso de pessoas, e até revistas em carros tanto
na entrada quanto na saída dos estabelecimentos.

A segurança privada em prédios funciona de formas diferentes: é uma vigilância mais


fixa devido ao auxílio de câmeras, isso em prédios residenciais. Em prédios comerciais
as coisas são diferentes, nesses locais os vigilantes irão zelar pela segurança do
patrimônio, o CFTV vai ser planejado de acordo com as peculiaridades do local, assim
como seu sistema de segurança também.

E com tudo isso a segurança passa por uma pessoa que vai fazer com que isso funcione:
o Gestor, que agindo com sigilo e cautela, garantirá que a segurança seja feita da melhor
forma possível. A segurança é feita de forma estratégica como ato de prevenção. Para
isso é necessário um plano de segurança que determinará quais são as medidas a serem
tomadas no cotidiano e como o vigilante vai desempenhar seu papel trazendo para a
empresa uma tranquilidade maior para que o trabalho de seus profissionais seja exercido
da melhor forma possível.

II.7 - Segurança Pessoal


Sabemos que a formação dos profissionais de qualquer área da segurança, seja ela
pública ou privada é de suma importância para o bom andamento das operações e do
trabalho diário do operador. Tendo isso em vista, podemos analisar o contexto vivido
em especial, pelos profissionais que atuam na segurança pessoal.
A atividade de Segurança Pessoal Privada (SPP), conhecida popularmente
como “guarda-costas”, tem alcançado importância e notoriedade cada vez maiores no
segmento de proteção de autoridades, dignitários e personalidades, seja no Brasil ou
no exterior. Contudo, no nosso país, os órgãos de segurança pública e as empresas de
segurança privada que atuam neste segmento têm dado pouca importância à formação
do agente de segurança quanto à prática e domínio dos conhecimentos de segurança
pessoal e das técnicas de Defesa Pessoal. Campos distintos do conhecimento, mas
notadamente complementares, relacionados e importantes. PINTO (2002)

Todos os profissionais da área devem entender plenamente suas responsabilidades e


possuir uma compreensão de suas funções, que vão além de qualquer assunto já tratado
por especialistas da área. Devido a alta periculosidade em vários casos relatados onde a
ação do Segurança Pessoal foi determinante na resolução do problema, ainda existem
vários aspectos que evidenciam a dificuldade em se exercer tal profissão. O presente
texto visa abordar aspectos da profissão, tratando cada assunto com a humanidade
necessária para que todos os leitores entendam de forma coesa e simples, todas as
nuances do assunto supracitado.

A segurança pessoal lida diretamente com o comportamento de indivíduos, sejam eles


suspeitos ou não. Visa avaliar comportamentos, verificar hipóteses, proteger interesses,
diminuir riscos e eventualmente defender vidas, de modo direto ou indireto. O
profissional da área deve entender que, estando atento com seu objetivo principal, estará
automaticamente também, resguardando sua própria integridade física e emocional.
Além disso, conseguir treinar com regular frequência e utilizar as técnicas de defesa
pessoal adequadamente, faz com que o profissional da segurança pessoal se sinta à
vontade para exercer sua função da melhor maneira possível.

Nenhuma outra atividade da segurança privada está mais ligada à vida do que a
Segurança Pessoal. Ela se dá diretamente com o contratante ou sua família, em alguns
poucos casos, com os bens da mesma. As atribuições do Segurança Pessoal são
inúmeras. Em um contexto familiar, onde a presença do mesmo é exigida, observa-se
naturalmente um elo, uma ligação profunda com os membros da família. Essa atitude,
beneficia ambos, pois o contratante sente-se seguro com relação à índole do Segurança e
a família por sua vez, pode receber e oferecer tratamento mais humanizado.

Tendo isso em vista, devemos observar as competências individuais do Segurança


Pessoal. Ele deve possuir conhecimento de artes marciais, ser habilidoso no manuseio
de armas de fogo, ter um certo nível de cultura e escolaridade, habilidade de
conversação e relacionamento interpessoal, ter personalidade discreta e entender que
seu raciocínio e sua tomada de decisões são muitas vezes determinantes na resolução de
um conflito.

A legislação brasileira ainda é pobre em relação aos critérios de formação dos


seguranças pessoais. A Portaria Nº 387/2006 - DG/DPF, de 28 de agosto de 2006, do
Departamento de Polícia Federal, Ministério da Justiça, no seu Anexo VII (p. 110),
estabelece no seu programa o Curso de Extensão em Segurança Pessoal Privada a carga
horária total de 40 horas. É notório observar que, na portaria acima, a matéria “Defesa
Pessoal” é sequer citada ou exigida. Como já vimos antes, ela pode ser a base para uma
missão ou trabalho bem-sucedido. Alguns autores verificaram a inconsistência da falta
de horas/aula relacionadas à defesa pessoal e da extrema necessidade da mesma,
defendendo com urgência uma reforma no modelo de ensino e formação do Segurança
Pessoal.

É necessário avaliar bem o profissional a ser contratado, levando os vários aspectos


relacionados acima, considerando ainda as dificuldades relacionadas a legislação
brasileira, como por exemplo o estatuto do desarmamento, que dificulta ainda mais o
efetivo cumprimento das obtenções e execuções inerentes à função.

II.8 – Transporte de Valores


O transporte de Valores é o mais arriscado dentre as outras na área de vigilância, os
bandidos sempre estarão fortemente armados, não dando chances de reação para os
vigilantes, que na maioria das vezes acabam sendo mortos.

Contudo, o transporte de valores não pode parar, é elemento necessário para as


instituições financeiras de todos os países. Para realizar o transporte, é necessário um
carro forte blindado, e normalmente, quatro vigilantes, cada um exercendo sua função,
tais como: Motorista: é responsável por inspecionar o veículo, conduzir, e ter bastante
cautela e atenção no transito, procurar ficar atento em possíveis veículos suspeitos.
Chefe de equipe: fica responsável de se orientar pela senha e contrassenha que o gestor
lhe fornece para a entrega. Podem haver mais dois vigilantes coberturas, antes de iniciar
a viagem para transporte. O bom chefe de equipe deve procurar se reunir com sua
equipe, para fornecer informações de rota e plano de defesa.

Todos os vigilantes devem manter a boa aparência, barba feita, cabelos bem cortados, e
uniformes limpos, bem como os veículos, que devem estar com a manutenção em dia e
totalmente limpo, para a satisfação de trabalho dos vigilantes, e passar boa impressão
para os clientes, que além de exigir boa segurança, também esperam boa educação,
cordialidade dos vigilantes e boa comunicação com a empresa responsável pelo
transporte.
II.9 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ANDRADE; Segurança no Transporte e Condução de Valores; Ed; Ciência


Moderna Ltda; 2003

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: Informação e


documentação – Referências – Elaboração. Rio de Janeiro, 2002. 24p.

BONFANTI, César Eduardo; CORDEIRO, Emilio Dal Ongaro; PINTO, Jorge Alberto
Alvorcem. A capacitação em Defesa Pessoal como fator de redução das lesões
corporais no atendimento de ocorrências. Porto Alegre: APM, 2002. Trabalho de
Conclusão de Curso (Pós-Graduação “Lato Sensu”) Academia de Polícia Militar do Rio
Grande do Sul, 2002.

BRASIL. Portaria Nº 387- DG/DPF, de 28 de agosto de 2006. Diário Oficial da


União, Brasília, n. 169, Seção 1, p. 80, 01 set. 2006.

Escola Brasil de Segurança (EBSEG) –Manual do Vigilante – Pág 108- 116 (2018)

https://www.gestaodesegurancaprivada.com.br/vigilancia-patrimonial- seguranca/

http://www.globalsegmg.com.br/vigilancia-patrimonial- por-que- contratar/

GLOBALSEG. Empresa de escolta armada: conheça o conceito, legislação e


atividades, 2017; em http://www.globalsegmg.com.br/empresa-de- escolta-armada/.

Acesso em: 6 março de2018.

Site:http://www.gestaoemseguranca.com/historia-e-legislacao-daseguranca-no-
brasil.hotml

Acesso em 04 de março de 2018.

ABEOC – Associação Brasileira de Empresas de Eventos.


Site: http://www.abeoc.org.br/conect/vplads/2013/11/cartilha_eventos_seguro_web.pdf

Acesso em 04 de março de 2018.

DEPARTAMENTO DE POLICIA FEDERAL ( 01 de outubro de 2017), PORTARIA

N° 3.233/12 - DG/DPF de 10 de dezembro de 2012. 2012

Site:http://www.pf.gov.br/servicos-pf/seguranca-privada/legislacao-normas-e
orientacoes/portarias/portaria%20n3233.12.DG-DPF.pdf/view

Acesso em 04 de março de 2018.

Você também pode gostar