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1.

INTRODUÇÃO

A criminalidade brasileira toma ares de caos social, as facções se proliferam e se


desdobram com força incomum dentro do território brasileiro. Devem ser tratadas com
medidas de gestão que envolva os mais diversos entes da administração Estatal e não só
os da área da Segurança Publica. Este é o macro espaço da criminalidade.
As cidades por sua vez enfrentam cenários de desorganização urbana e social.
Economicamente solapadas pela crise tendem a receber dos seus Estados sede uma
ajuda anêmica na nossa área de estudo, que é a segurança publica. Grandes capitais
como Belém, sofrem um crescimento desordenado que influencia no perfil sócio
econômico da cidade, rodeada por áreas de invasão e limitada no seu crescimento
urbano pelo município de Ananindeua. Belém se espreme entre a terra seca e os espaços
molhados da orla fluvial da Baia do Guajará.
Dessa forma a nossa cidade convive com espaços urbanos desestruturados e com
espaços urbanos em obras de infraestrutura por terminar (vide as obras do BRT e macro
drenagem do Guamá), todo esse desarranjo urbano favorece o ambiente de medo pelo
qual o pedestre ou o passageiro de linhas urbanas, bem como o ciclista ou o motorista
do carro particular, o taxista, em fim o belenense em geral enfrenta no seu cotidiano, o
medo de ser roubado (assaltado).
A segurança publica do Estado já deu provas que não esta conseguindo fazer
frente às demandas criminosas que se reinventam a toda hora, mas dentre as ações
delituosas que mais consequências trazem a vitima, o crime de roubo com certeza ocupa
a primeira colocação. Por definição a capitulação deste crime obrigatoriamente se define
pela violência infligida a vitima para a conclusão da atividade criminosa, a consumação
do ato se da mediante violência.
Neste cenário as polícias desempenham seus papeis preventivos e repressivos
com os poucos recursos que dispõem e se desdobram na cobertura de áreas urbanas
muito extensas com índice populacional muito grande, o que precipita uma enxurrada
de ocorrências dia, e a incapacidade física de atendimento destas, em proporção ideal
para a diminuição da criminalidade local.
Neste viés, a utilização da tecnologia possibilita o desdobramento de esforços
coordenados, fazendo com que os poucos recursos sejam utilizados de forma mais
eficiente indicando pontos ou locais de maior incidência que taticamente identificados
possibilitem o emprego operacional dos órgãos visando um melhor resultado final.
Essas tecnologias vão desde o emprego de GPS (global position system) em
celulares e Smartfones ou viaturas operacionais, que possibilitam identificar o policial
no campo de ação (trabalho operacional) ao georreferenciamento de áreas com grande
índice de crimes estudo tático do terreno para emprego das forças e de esforços.
Todavia a tecnologia ao combate de criminalidade tem evoluído constantemente,
temos como exemplo o uso da internet para ampliar a pesquisa nas bases de dados
criminais não só da área local, mas de toda territorialidade brasileira, o emprego de
aplicativos de mensagens instantâneas que possibilitam a troca de fotos e arquivos sobre
os infratores da lei, as ligações nacionais e transnacionais que nos põem em contato com
o mundo através de redes de dados e de redes telefônicas. E por fim a tecnologia nos
proporcionou a possibilidade de trabalhar com a imagem e dela dispor com os mais
importantes objetivos de combate ao crime, à identificação do autor e a sua devida
persecução criminal que deve findar na aplicação da lei através da justiça. Para isso a
ferramenta de captura de imagens a serviço da segurança publica e de suas forças
constituintes deve ser de fácil aplicabilidade e manuseio fácil. Robusta na sua
infraestrutura geral resultados confiáveis que sejam de valor para a utilização judicial.
Os sistemas urbanos de vídeomonitoramento produzem provas incontestáveis do ato
criminoso e podem contribuir sobre maneira com a queda do índice criminal tanto pela
prevenção quanto pela produção das provas necessárias a uma criteriosa condenação
penal.

2. JUSTIFICATIVA:

Com o avanço das tecnologias o rápido crescimento populacional e com a


transformação de crimes simples em ações complexas, a sociedade passou a ter cada vez
mais a preocupação com os processos de convívio em sociedade, gerando locais mais
vigiados e monitorados. A tecnologia de imagens também (captura, transmissão e
armazenagem) evoluiu fornecendo resultados imprescindíveis à persecução criminal.
Sendo assim O monitoramento por vídeo pode ser uma ferramenta de prevenção ao
crime de roubo a pessoa no bairro de Nazaré?
A partir do Fórum Mundial Social ocorrido no ano de 2009, o que alavancou e
deu inicio ao projeto que resultou em nova licitação feita pelo Estado no ano de 2011,
expandindo assim o sistema que hoje conta com quase 290 câmeras espalhadas por
vários pontos do Estado, e por locais da Região Metropolitana de Belém ate este ano de
2017. Tais câmeras de vigilância urbana estão operando 24hx7 dias por semana gerando
um fluxo de imagens ininterruptas e todas com a possibilidade de detectar os mais
variados tipos de delito penal e ações de perturbação da ordem que obrigam o Estado,
por meio de seus órgãos de segurança, a restabelecer a paz social no menor tempo
possível.

“Atualmente, o CIOp monitora 190 câmeras de segurança pública distribuídas em


vários pontos da RMB – incluindo os municípios de Ananindeua, Santa Bárbara e
Marituba, além dos distritos de Icoaraci, Mosqueiro e Outeiro -, sendo que somente em
Belém elas estão espalhadas por 28 bairros.
O vídeomonitoramento é feito também no interior do Pará, com 100 câmeras
distribuídas nos municípios de Castanhal (15), Capanema (05), Santarém (20),
Salinópolis (10) e Altamira (50), administradas pelos núcleos regionais, sob a
supervisão do CIOp.”1

Só no ano de 2016 o Centro integrado de operações recebeu uma demanda de


ocorrências das mais variadas formas e o sistema de vídeomonitoramento detectou em
11% delas os crimes de roubo.
As principais ocorrências flagradas pelo vídeomonitoramento no ano passado foram: 2
1) Acidentes de trânsito: 18,87%
2) Roubos/assaltos: 11,32%
3) Obstrução de vias: 9,43%
4) Consumo de drogas: 8,49%
5) Abordagem policial: 7,54%
6) Situação suspeita: 6,60%
7) Tráfico de drogas: 5,66%
8) Atropelamentos: 4,71%
9) Homicídios: 4,71%
10) Incêndios: 3,77%

No caso especifico do nosso trabalho buscaremos explicitar o sistema de


câmeras urbanas implantadas na RMB no bairro de Nazaré, demostrando de que forma
o sistema pode influenciar na variação do índice de criminalidade da área afetada pela
captação de imagens publicas urbanas de suas câmeras.
O bairro de Nazaré é um dos bairros mais antigos da capital e possui uma
população fixa em torno de 20.504 hab. com variação de entre homens e mulheres
mantendo uma variação para o maior numero de mulheres.

1
http://www.segup.pa.gov.br/node/5744

2
http://www.agenciapara.com.br/Noticia/143334/ciop-encaminhou-mais-de-25-milhoes-de-chamadas-em-2016
Figura 1 Variação populacional bairro de Nazaré.*

Figura 2 Variação da faixa etária. *

Vemos que a faixa etária economicamente ativa é a maioria da população


residente do Bairro. O qual pela sua característica comercial ainda recebe um publico
flutuante muito grande por conta de vários comércios, escolas, órgãos públicos e
faculdades existentes. Atualmente o bairro possui 16 câmeras instaladas em pontos
variados do bairro com predominância da principal via de trafego do bairro a Av.
Nazaré. Nela temos o maior numero de câmeras instaladas cobrindo a via de circulação.
Nº ENDEREÇO BAIRRO
AV. COMANDANTE BRAZ DE AGUIAR / AV. QUINTINO
42 NAZARÉ
BOCAIUVA
43 AV. COMANDANTE BRAZ DE AGUIAR / TV. RUI BARROSA NAZARÉ
44 AV. NAZARÉ / AV. GENERALÍSSIMO DEODORO NAZARÉ
50 AV. ALCINDO CACELA / GOV. MAGALHAES BARATA NAZARÉ
66 DR. MORAES / AV. GOV. JOSÉ MALCHER NAZARÉ
90 SERZEDELO CORREA / AV. PRESIDENTE VARGAS NAZARÉ
146 PRAÇA DA REPUBLICA / RUA ASSIS DE VASCONCELOS NAZARÉ
157 AV. NAZARÉ / R. QUINTINO BOCAIÚVA NAZARÉ
158 AV. NAZARÉ / TV DR. MORAES NAZARÉ
159 AV. NAZARÉ / R. BENJAMIN CONSTANT NAZARÉ
160 R. DOM ALBERTO GALDÊNCIO / EM FRENTE A BASÍLICA NAZARÉ
161 AV. GOV. JOSÉ MALCHER / EM FRENTE AO CIG NAZARÉ
162 AV. NAZARÉ / TV. 14 DE MARÇO NAZARÉ
163 AV. GENTIL BITTENCOURT / TV. ALCINDO CACELA NAZARÉ
164 AV. GENTIL BITTENCOURT / TV. GENERALÍSSIMO DEODORO NAZARÉ
168 AV.GOVERNADOR JOSÉ MALCHER/TRAV.14 DE MARÇO NAZARÉ
Quadro 1 localização das câmeras instaladas no bairro de Nazaré

fonte 1 *Centro Integrado de Operações

O sistema de vídeomonitoramento no bairro age em duas frentes básicas da


segurança publica, ou seja, na prevenção e na repressão do crime. A variação do índice
do crime de roubo a pessoa (art. 157 do CPB), e a prevenção que a câmera de vigilância
exerce de duas formas, seja pela simples presença do artefato tecnológico ou pela
resposta mais imediata da força policial nos mostra a importância do sistema de
imagens. Aliado a este condão temos o fator repressivo que é demonstrado pela
capacidade de captura, armazenamento e armazenamento e gestão informacional desta
imagem o que pode produzir provas contundentes de autoria e participação em crimes
da modalidade abordada em nosso trabalho.

Tanto a capacidade de prevenir ações delituosas, quanto à de gerar provas


materiais justificam a implantação e manutenção de um sistema de vigilância urbana por
parte da Secretaria de Segurança Publica.
Também deve ser destacado o poder estratégico que essa ferramenta gera
principalmente na tomada de decisão do gestor público, quando da sua necessidade de
implementar os equipamentos em ambientes propícios a situações complexas de
gerenciamento populacional ou social, uma vez que imagens geradas pelo sistema tem
influencia significativa no gerenciamento urbano de transito, mobilidade e acidentes de
grandes proporções que podem afetar o cotidiano da urbe.
Vemos que o uso e a aplicação dessa tecnologia além de gerar segurança e
confiabilidade nas abordagens policiais geram também um melhor controle em áreas e
ambientes de risco eminente de crimes ou afins.

3. DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA

AVALIAR OS INDICES DE PREVENÇÃO E REPRESSÃO AO CRIME DE


ROUBO A PESSOA NO BAIRRO DE NAZARE NO PERÍODO DE
COMPREENDIDO ENTRE OS ANOS DE 2012 A 2015 SOB A OTICA DO
MONITORAMENTO DE VIDEO IMPLANTADO PELO ESTADO.

4. OBJETIVOS

4.1. Objetivo Geral


Verificar como o sistema de vídeomonitoramento urbano implantado nos bairros
da região metropolitana de Belem-Pa, mais especificamente no bairro de Nazaré,
contribui na prevenção e na resolução de crimes de roubo a pessoas (art. 157 do CPB).
Avaliando a eficácia e eficiência das câmeras de vídeomonitoramento na diminuição do
índice de criminalidade do crime de roubo. Propondo a criação de um procedimento
operacional padrão (POP) de atendimento através das imagens urbanas da cidade no
sentido de auxiliar e orientar o policiamento preventivo e o repressivo, visando o
levantamento de imagens, gerenciamento, análise e realimentação dos requisitos de
imagens de ocorrências para o sistema de segurança publica.

4.2. Objetivos Específicos:


a. Definir como o sistema de vídeomonitoramento pode influenciar na taxa
de criminalidade;
b. Determinar a taxa de variação da criminalidade entre locais monitorados
e locais não monitorados;
c. Indicar como as imagens geradas pelo sistema podem comprovar a
autoria de crimes de roubo.
5. REFERENCIAL TEORICO.
Percebemos que o emprego dessa tecnologia tem um aumento exponencial na
primeira década do século XXI, porem ela já existe a mais tempo e vem sendo
empregada de diversas formas.
“Nesse diapasão, ganham notoriedade, essencialmente na Europa e,
principalmente depois de 11/09/2001, nos EUA, os sistemas eletrônicos de
vigilância, com o objetivo de monitorar determinados locais e prevenir ataques e
danos (VIANNA, 2004, p. 340). Não demandou muito tempo, estas tecnologias foram
transportadas para a esfera pública, com a implantação de sistemas de vigilância
eletrônica para ruas e avenidas de grandes centros.”3

O “11 Setembro” trouxe a luz um mundo tecnológico que poucos conheciam, o


mundo da inteligência cibernética de alto fluxo, o USA manteve a politica de
espionagem pós 2ª guerra mundial sob um tratado denominado “Five Eyes” que foi
assinado por Austrália, Canada, Nova Zelândia e Reino Unido conjuntamente com os
Americanos e tratava basicamente de espionagem no espectro de telecomunicações, e
que se expandiu para a comunicação de dados através da Word Wide Web, após o
atentado as Torres Gêmeas.
Esse projeto foi substituído ainda por volta de 2010 por outros mais modernos
como o PRISM da NSA (Agencia de segurança nacional americana) 4 a qual é capaz de
monitorar imagens de todo o mundo através de intrincados caminhos digitais.
Para Natália Zuazo, cientista política, jornalista e autora do livro "Guerras de
internet", publicado em 2015 pela Random House Argentina, “Se nos países do norte e
nas nações mais poderosas a tecnologia é usada para combater o grande inimigo
terrorismo, na América Latina a grande ameaça é a falta de segurança urbana. Para
derrotá-la também é preciso comprar e utilizar aparelhos e tecnologias: câmeras de
vigilância, drones, sistemas biométricos de controle de pessoas”. Verificamos que
grande parte das necessidades e medos são compartilhados pelos países integrantes do
Mercosul, dentre as falhas de segurança observadas nos vários países componentes
destacam-se a segregação espacial e a proteção patrimonial através da vigilância urbana
de câmeras. A autora ainda destaque que “Na Cidade Autônoma de Buenos Aires, seus
três milhões de habitantes convivem com 3.200 câmeras. Ou seja, existe uma para cada
930 pessoas. As primeiras foram instaladas em 2005 na Praça Houssay, entre a
Faculdade de Ciências Econômicas e a Faculdade de Medicina da Universidade de
Buenos Aires, durante o mandato do antigo chefe do governo portenho, Jorge
Telerman. Em 2007 foi criado o primeiro centro de monitoramento da cidade, cobrindo
3
VIANNA, 2004, p. 340, apud A (I)Legitimidade das câmeras de vigilância pública como mecanismo de prevenção do
delito no Estado Democrático de Direito: O Caso de Belo Horizonte/MG. Grifo nosso

4
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ag%C3%AAncia_de_Seguran%C3%A7a_Nacional
as praças públicas com 74 câmeras. Em 2009, com a criação da Polícia Metropolitana
(a força policial local), ampliou-se a vigilância. Atualmente, existem 2.000 câmeras,
que se somam às 1.200 instaladas também em solo portenho pela Polícia Federal.”
Ainda no seu livro observamos a figura abaixo que nos da um panorama das
cidades mais vigiadas do mundo.

Figura 3 Natália Zuazo é cientista política, jornalista e autora do livro "Guerras de internet", publicado em 2015 pela Random
House Argentina.

“A violência e o medo combinam-se a processos de mudança social nas cidades


contemporâneas, gerando novas formas de segregação espacial e discriminação social.
Nas duas últimas décadas, em cidades tão diversas como São Paulo, Los Angeles,
Johanesburgo, Buenos Aires, Budapeste, Cidade do México e Miami, diferentes grupos
sociais, especialmente das classes mais altas, têm usado o medo da violência e do crime
para justificar tanto novas tecnologias de exclusão social quanto sua retirada dos
bairros tradicionais dessas cidades. Em geral, grupos que sem serem ameaçados com a
ordem social que toma corpo nessas cidades constroem enclaves fortificados para sua
residência, trabalho, lazer e consumo. Os discursos sobre o medo que simultaneamente
legitimam essa retirada e ajudam a reproduzir o medo e encontram diferentes
referências. Com frequência, dizem respeito ao crime e especialmente ao crime
violento. Mas eles também incorporam preocupações raciais e étnicas, preconceitos de
classe e referências negativas aos pobres e marginalizados. Invariavelmente, a
circulação desses discursos de medo e a proliferação de práticas de segregação se
entrelaçam com outros processos de transformação social: transições democráticas na
América Latina; pós-apartheid na África do Sul; pós socialismo no leste europeu;
transformações étnicas decorrentes de intensa imigração nos Estados Unidos. No
entanto, as formas de exclusão e encerramento sob as quais as atuais transformações
espaciais ocorrem são tão generalizadas que se pode tratá-las como parte de uma
fórmula que elites em todo o mundo vêm adorando para reconfigurar a segregação
espacial de suas cidades”. CALDEIRA, Teresa P. do Rio. 2000. Cidade de Muros:
Crime, Segregação e Cidadania em São Paulo. São Paulo: Editora 34/Edusp. 399
pp.
Neste mesmo entendimento temos Marta Mourão Kanashiro em “Sorria, você
está sendo filmado: as câmeras de monitoramento para segurança em São Paulo,2006:
“No contexto brasileiro, a utilização da tecnologia confere ainda um caráter de
aparente modernização da segurança e se conjuga, nos espaços públicos do centro de São Paulo,
com um projeto “moderno” de gerenciamento das cidades, que congrega noções como a de ascensão
à modernidade, e que acarreta em segregação espacial, discriminação social e restrição da
acessibilidade aos lugares. Os “modernos” dispositivos de segurança, como as câmeras de
monitoramento, representam em nível local, não apenas uma solução para a diminuição do medo e
da insegurança, mas uma espécie de sensação de ascensão a outro patamar de desenvolvimento, que
a tecnologia parece representar”.

A autora se vale de pesquisa para validar um posicionamento que não é


contrario ao uso da tecnologia, porem alerta para as consequências que o uso pode gerar
para determinamos grupos que seram afetados de maneira direta, colocando uma visão
sobre a forma preconceituosa que pode advir deste uso indiscriminado.
Em uma perpectiva mais técnica e criminal Rafael Mendes Zainotte Pitzer, em
Câmeras de Vigilância – Um sistema de controle social: “Vivemos em uma sociedade
constantemente observada. As câmeras de segurança estão dentro e fora das casas,
prédios e estabelecimentos comerciais. Instaladas pela iniciativa privada ou pela
administração pública, não há mais como fugir de suas lentes. O que resta então é
questionar suas funcionalidades bem como seus efeitos sobre a vida em sociedade.
Será que as câmeras realmente são eficientes na redução da criminalidade?
Qual é o limite da sua utilização? Existe alguma política de segurança pública ideal?
Quais são seus efeitos sobre a formulação e aplicação da lei penal?”

6. METODOLOGIA
Será uma pesquisa Quantitativa v. qualitativa, aspectos qualitativos e
quantitativos da pesquisa serão considerados para a análise interpretativa, buscando
apresentar sugestões práticas a partir deste estudo. Utilizaremos critérios metodológicos
que apontam, portanto, para uma finalidade aplicada, com objetivo explicativo e
natureza quali-quantitativa, por meio da adoção de métodos proativos.
A pesquisa para obtenção de dados quantitativos será procedida entre os
operadores de segurança pública de Belém, bem como junto aos bancos de dados
oficiais da Secretaria de Segurança Publica, sendo ainda verificadas as referências
teóricas existentes sobre a técnica de vídeo monitoramento em conjunto com estratégias
de policiamento atualmente empregadas no Brasil e em países lideres de inovação
tecnológica.
A prevenção e a resolução dos crimes e delitos por parte da policia ostensiva e o
índice de atuação sob a tutela do sistema de vídeo monitoramento do Estado. Nosso
problema é o controle da criminalidade no que tange o roubo a pessoas, com o emprego
do sistema de vídeomonitoramento, firmando a hipótese de que a imagens podem
auxiliar o policiamento na redução da criminalidade em especial nos casos de roubo a
pessoas.
A abordagem selecionada para a pesquisa foi a qualitativa, que será utilizada
conjuntamente com a metodologia de análise de pesquisa-ação. A coleta de informações
ocorrerá através de entrevistas com os operadores do sistema de vídeomonitoramento,
sendo estes são integrantes de Órgãos da segurança publica, bem como de pessoas da
população onde as câmeras estejam instaladas.
O instrumento de coleta a ser utilizado durante o estudo é um questionário
contendo perguntas abertas e fechadas.

7. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO.

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