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RESUMO POLICIAMENTO COMUNITÁRIO

ESTADOS UNIDOS: três fases:


1ª Fase: Política 2ª Fase: Reforma. 3ª Fase: Resolução de Problemas
com a Comunidade.
- forte influência política - reorganização na sua estrutura e - movimentos sociais e a polícia foi
estratégia. a encarregada da repressão.
- contratação feita sem concurso, por - contratação realizada através de - questionamentos sobre a sua
indicação. concurso. limitação no controle do crime.
- não tinha estudos sobre formas de - a administração foi centralizada e - a sociedade indaga a ausência de
atuação e se valia do empirismo. avanço do desenvolvimento políticas para prevenção criminal.
tecnológico (viatura e rádio).
corrupção policial - profissionalização: treinamento - serviço policial é padronizado, é
constante e padronização do dado ao policial o discernimento
policiamento. para a resolução de conflitos.
- Próxima do cidadão, porém sem - relacionamento entre a polícia e o - altos índices de crime e níveis
técnica. cidadão é neutro, profissional e baixos de medo e vice-versa. O medo
distante. se relacionava mais com a desordem
do que com o crime
- estratégia de patrulhamento - as iniciativas em Polícia
preventivo de automóvel e na Comunitária foram analisadas e
resposta rápida aos chamados do difundidas em todo o País.
público.
- resultados: verificação da prisão de
criminosos e das tarefas de controle
dos crimes

CANADÁ
As fases da polícia canadense são semelhantes às da polícia norte americana.
Objetivo global do governo era a parceria entre a polícia e a comunidade. Para que o objetivo fosse cumprido, seria
necessária a disseminação da matéria nos cursos de formação, o aperfeiçoamento e a divulgação na mídia. Pregava,
ainda, que era imprescindível a participação e o envolvimento dos policiais na definição de missões e a parceria com a
comunidade. Naquele país, a polícia comunitária teve uma forte aceitação dos cidadãos.
A comunidade participa com voluntários e atendentes nos postos policiais, o que libera os policiais para o trabalho na
rua. Pessoas aposentadas são encontradas normalmente em trabalhos gratuitos nas repartições policiais. As pessoas
são estimuladas a colaborar com a polícia. As informações que a polícia recebe são sigilosas, preservando-se o
informante.
JAPÃO
No Japão, país que possui as características de um Estado moderno, há participação social efetiva, de maneira que as
pessoas colaboram umas com as outras e com as instituições visando à melhora na qualidade de vida, diferentemente
da cultura brasileira. O seu sistema de policiamento é fardado e não militarizado, baseado na estrutura de Polícia
Nacional. Desenvolve um dos processos mais antigos de policiamento comunitário no mundo (criado em 1874),
montado numa ampla rede de postos policiais, num total de 15.000 em todo o país, denominados Koban e Chuzaisho.
A principal atividade do policial japonês é o patrulhamento preventivo, normalmente a pé ou em bicicletas,
visitando famílias, comerciantes, diretores de escolas, enfim, completamente integrado a uma pequena
comunidade. O mais importante é que as pessoas, quando necessitam da polícia, sabem sempre a quem recorrer e
onde. Por sua eficácia na prevenção de delitos (um dos mais baixos índices do mundo).
Os principais suportes das atividades do policiamento comunitário no Japão são os postos de polícia,
denominados Koban e Chuzaisho. Tanto o Koban quanto o Chuzaisho estão estabelecidos como unidades
organizacionais subordinadas às delegacias de polícia. Portanto, qualquer parte do território japonês é atendida por um
Koban ou Chuzaisho.
KOBAN – (Vigilância por troca) CHUZAISHO ( Residência onde trabalha)
- 12 policiais (3 ou mais por turno de serviço). - 01 policial .
-localizado em áreas urbanas. - localizado principalmente em áreas rurais
plantão de 24 horas (da 07:00 as 07:00hs horas). - residência onde o policial vive com sua família.
- policiais sênior (maior experiência) para chefiar. - mantém vigilância constante e responsável pela
Trabalham em horário expediente. ordem em sua jurisdição.
- Sistema de consultoria (policiais aposentados) - Horário expediente.
- Atividade fim: preventivas (Vigilância e Patrulha). - esposa realiza o atendimento à comunidade.

Os policiais realizam patrulhamento em suas respectivas jurisdições, sempre portando comunicadores portáteis (HT),
proporcionando contato com os postos de polícia e com as viaturas, de forma que sejam apoiados de imediato em caso
de necessidade. Em sua jurisdição, o policial está sempre voltado para:
- cadastrar os proprietários de residências preenchendo um impresso próprio e transmitir orientações quanto à
fragilidade e segurança do imóvel, como, por exemplo, cuidados a serem tomados quando da ausência em residência,
portas ou janelas abertas etc.;
- prevenir crimes ou elucidá-los através do interrogatório de pessoas suspeitas;
- prevenir acidentes de trânsito patrulhando sua jurisdição, especialmente em áreas com maior probabilidade de
ocorrências de trânsito ou cuja característica possam propiciar riscos à comunidade, como margens de rios, lagos e no
litoral;
- dar aulas de trânsito e adotar medidas punitivas contra os que violam as regras de tráfego;
- patrulhar as ruas e locais com maior incidência criminal, adotando medidas de acordo com o código penal, bem
como repassando orientações sobre prevenção de ocorrência de delitos;
- localizar e custodiar crianças, pessoas alcoolizadas e outras pessoas que necessitam de resgate emergencial;
- orientar estrangeiros quando da chegada no país quanto às normas locais.
Outros Países que seguem a filosofia: Espanha, Colômbia, Equador, Paraguai, El Salvador.

HISTÓRICO DA POLÍCIA COMUNITÁRIA NO ESTADO DE SÃO PAULO


Podemos dizer que um dos embriões no Estado de São Paulo da Polícia Comunitária foi, no ano de 1985, a criação
dos Conselhos Comunitários de Segurança (CONSEG), os quais, apesar de na época não se referirem ao policiamento
comunitário, tinham, e têm como objetivo, a gestão participativa da comunidade nas questões de segurança pública.
Nos idos do ano de 1992, o Comando da Corporação, atento a essas evoluções, determinou estudos sobre formas de
atuação que firmassem os conceitos de respeito à cidadania por meio da atuação do policiamento, surgindo, então, a
estratégia doutrinária da Policia Comunitária.
Paralelamente, a Polícia Militar já desenvolvia, junto às escolas, o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à
Violência, PROERD e, mais recentemente, passou a desenvolver o JCC – Jovens Construindo a Cidadania, que nada
mais são do que uma forma de aproximação da Polícia Militar com as Escolas e como consequência, com as crianças
e suas famílias, levando ensinamentos de cidadania, de saúde e boa conduta social, atuando preventivamente, pois
essas crianças serão jovens e adultos.
O ano de 1997 foi marcante para a PMESP, após o episódio denominado “Favela Naval”, o qual desencadeou
inúmeros movimentos para a promoção de mudanças na estrutura das Polícias Militares, mudanças essas propostas por
governantes e por integrantes da sociedade. A PMESP então desencadeou uma série de modificações internas visando
maior aproximação e fortalecimento de sua imagem com a sociedade, sendo uma das principais a criação da Polícia
Comunitária, a qual teve seu marco inicial com a implantação da Comissão Estadual de Polícia Comunitária, na época
denominada de Comissão Estadual de Implantação da Polícia Comunitária, formada por policiais militares e entidades
públicas e particulares, com o objetivo de assessorar o Comando da Corporação na implantação da Filosofia de Polícia
Comunitária no Estado. Desde então essa Comissão vem se reunindo, de forma Central – junto ao Comando da
Corporação, e também junto aos Batalhões, para tratar de problemas relacionados com as regiões, ajudando a Polícia
Militar na busca do aprimoramento dos seus serviços.
Com a difusão da doutrina e da filosofia de Polícia Comunitária, no ano de 1999 foram criadas, em todo Estado de
São Paulo, diversas OPM em locais onde a maior presença policial militar era necessária, marcando o início da
operacionalidade do policiamento comunitário. Tais unidades Policiais Militares foram denominadas Bases
Comunitárias de Segurança (BCS).
No ano de 2000, foi criado o Departamento de Polícia Comunitária e Direitos Humanos, com o objetivo de
sedimentar no âmbito da Corporação e fora dela, as Filosofias de Polícia Comunitária e de Direitos Humanos, assim
como assessorar o Comando da PM nesses assuntos. Hoje, este Departamento, por questões de reorganização interna,
transformou-se na Diretoria de Polícia Comunitária e Direitos Humanos.

BASES TÉCNICAS DE POLÍCIA COMUNITÁRIA


Conceito de Polícia Comunitária
É preciso deixar claro que "Polícia Comunitária" não tem o sentido de ASSISTÊNCIA POLICIAL, mas sim o de
PARTICIPAÇÃO SOCIAL. Nessa condição entendemos que todas as forças vivas da comunidade devem assumir
um papel relevante na sua própria segurança e nos serviços ligados ao bem comum.
- Participação Social: Polícia Militar.
- Assistência Social: Outros órgãos.
Polícia Comunitária (como filosofia de trabalho). é uma filosofia e estratégia organizacional que abrange todos os
policiais militares da Instituição Policial Militar, independente da função que exerce: administrativa ou operacional.
Policiamento Comunitário (ação de policiar junto à comunidade). é o patrulhamento personalizado de serviço
completo, onde o policial trabalha na mesma área, agindo numa parceria preventiva com os cidadãos, para identificar
e resolver problemas. É a ação de policiar junto à comunidade.
Segundo Trojanowicz e Buqueroux: POLÍCIA COMUNITÁRIA é uma filosofia e estratégia organizacional que
proporciona uma nova parceria entre a população e a polícia. Baseia-se na premissa de que tanto a polícia
quanto a comunidade devem trabalhar juntas para identificar, priorizar e resolver problemas contemporâneos
tais como crime, drogas, medo do crime, desordens físicas e morais, e em geral a decadência do bairro, com o
objetivo de melhorar a qualidade geral da vida na área.
DIFERENÇAS ENTRE POLÍCIA TRADICIONAL E POLÍCIA COMUNITÁRIA
POLICIA TRADICIONAL POLÍCIA COMUNITÁRIA
- responsável, principalmente, pelo cumprimento da lei.- É o público e o público é a polícia.
- preocupar-se com a resolução do crime. Enfoque no - Ocupa-se mais com os problemas e as preocupações
Marginal. dos cidadãos. Enfoque no cidadão.
-Na relação com as demais instituições de serviço - polícia é apenas uma das instituições governamentais
público, as prioridades são muitas vezes conflitantes. responsáveis pela qualidade de vida da comunidade.
- Ocupa-se mais com os incidentes. -Visa à resolução de problemas, principalmente por
meio da prevenção.
- O que determina a eficiência é o tempo de resposta – - as prioridades são quaisquer problemas que estejam
Repressão. afligindo a comunidade. Trabalha para a Comunidade.
- O policial trabalha voltado unicamente para a - O que determina a eficácia é o apoio e a cooperação do
marginalidade de sua área. público.
- O policial é o do serviço. O policial é da área de atuação.
- Prestação de contas somente ao superior. Prestação de contas ao superior e à comunidade. A
função do comando é incutir valores institucionais.
- As patrulhas são distribuídas conforme o pico de - As patrulhas são distribuídas conforme a necessidade de
ocorrências. segurança da comunidade, ou seja, 24 horas por dia..
- Emprego da força como técnica de resolução de O profissionalismo policial se caracteriza pelo estreito
problemas. relacionamento com a comunidade.
O policial trabalha voltado unicamente para a O policial trabalha voltado para os 98% da população de
marginalidade de sua área, que representa no máximo 2 sua área, que são pessoas de bem e trabalhadoras.
% da população.
- Emprego da energia e eficiência, dentro da lei, na
solução dos problemas

DIFERENÇAS ENTRE COMUNIDADE E SOCIEDADE


Comunidade: forte solidariedade social; aproximação dos homens e mulheres em frequentes relacionamentos
interpessoais; a discussão e soluções de problemas comuns; e, o sentido de organização possibilitando uma vida social
durável; os valores sociais, papéis e status, já estão definidos por tradição.
Sociedade: interesse das pessoas é de caráter individualista; essa relação geralmente é encontrada nas atividades
comerciais e industriais; a atuação dos indivíduos é de forma separada, competitiva e não cooperativa, sendo muitas
vezes até conflitiva

OS ATORES SOCIAIS DO PROCESSO


O sucesso da polícia comunitária, na visão de Trojanowicz e indicado por diversos pesquisadores, depende de
segmentos representativos da comunidade que irão participar diretamente da melhoria da atividade policial
naquela localidade. Estes órgãos são identificados em seis grandes grupos:
- ORGANIZAÇÃO POLICIAL;
- A COMUNIDADE;
- AUTORIDADES CONSTITUÍDAS E ORGANISMOS GOVERNAMENTAIS;
- A COMUNIDADE DE NEGÓCIOS;
- AS INSTITUIÇÕES COMUNITÁRIAS;
- OS VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO.
OS 10 PRINCÍPIOS DA POLÍCIA COMUNITÁRIA
Para uma implantação do sistema de Policiamento Comunitário é necessário que todos na instituição conheçam os
seus princípios, praticando-os permanentemente e com total honestidade de propósitos. São eles:
1 - Filosofia e Estratégia Organizacional - A base desta filosofia é a comunidade. Para direcionar seus esforços, a
Polícia, ao invés de buscar idéias pré-concebidas, deve buscar, junto às comunidades, os anseios e as preocupações
das mesmas, a fim de traduzi-los em procedimentos de segurança;
2 - Comprometimento da Organização com a concessão de poder à Comunidade - Dentro da comunidade, os
cidadãos devem participar, como plenos parceiros da polícia, dos direitos e das responsabilidades envolvidas na
identificação, priorização e solução dos problemas;
3 - Policiamento Descentralizado e Personalizado - É necessário um policial plenamente envolvido com a
comunidade, conhecido pela mesma e conhecedor de suas realidades;
4 - Resolução Preventiva de Problemas a curto e em longo prazo - A idéia é que o policial não seja acionado pelo
rádio, mas que se antecipe à ocorrência. Com isso, o número de chamadas do COPOM deve diminuir;
5 - Ética, Legalidade, Responsabilidade e Confiança - O Policiamento Comunitário pressupõe um novo contrato
entre a polícia e os cidadãos aos quais ela atende, com base no rigor do respeito à ética policial, da legalidade dos
procedimentos, da responsabilidade e da confiança mútua que devem existir;
6 - Extensão do Mandato Policial - Cada policial passa a atuar como um chefe de polícia local, com autonomia e
liberdade para tomar iniciativa, dentro de parâmetros rígidos de responsabilidade. O propósito, para que o Policial
Comunitário possua o poder, é perguntar-se:
- Isto está correto para a comunidade?
- Isto está correto para a segurança da minha região?
- Isto é ético e legal?
- Isto é algo que estou disposto a me responsabilizar?
- Isto é condizente com os valores da Corporação?
7 - Ajuda às pessoas com Necessidades Específicas - Valorizar as vidas de pessoas mais vulneráveis: jovens, idosos,
minorias, pobres, deficientes, sem teto, etc. Isso deve ser um compromisso inalienável do Policial Comunitário;
8 - Criatividade e apoio básico - Ter confiança nas pessoas que estão na linha de frente da atuação policial, confiar
no seu discernimento, sabedoria, experiência e sobretudo na formação que recebeu. Isso propiciará abordagens mais
criativas para os problemas contemporâneos da comunidade;
9 - Mudança interna - O Policiamento Comunitário exige uma abordagem plenamente integrada, envolvendo toda a
organização. É fundamental a reciclagem de seus cursos e respectivos currículos, bem como de todos os seus quadros
de pessoal. É uma mudança que se projeta para 10 ou 15 anos;
10 - Construção do Futuro - Deve-se oferecer à comunidade um serviço policial descentralizado e personalizado,
com endereço certo. A ordem não deve ser imposta de fora para dentro, mas as pessoas devem ser encorajadas a
pensar na polícia como um recurso a ser utilizado para ajudá-las a resolver problemas atuais de sua comunidade.
PROGRAMA DE POLICIAMENTO COMUNITÁRIO – DIRETRIZ Nº PM3-015/02/05
Base Comunitária de Posto Policial- Base Base Comunitária Base Comunitária
Segurança (BCS). Militar (PPM) Operacional de Segurança Móvel (BCM)
(BOp) Distrital (BCSD
- 24 horas por dia - 12 hs por dia Especializadas - Expediente (40h) - diurno
- 10 – 20 PMs - 4 – 8 PMs. CPAmb - 01 PM - 03 PMs
- Cmt BCS 01 Sgt PM - pode ou não CPRv Modelo “ - Após criteriosa
(expediente). fechar. Chuzaisho” avaliação do Cmt da
OPM, poderá ser
empregada em eventos
após às 23:00 horas.
- Vtr de apoio - Não possui Vtr. Atendimento de - Vtr de apoio – - Shows, Festas típicas,
Patrulhamento peculiariedades. Patrulhamento. espetáculos, competições,
etc.
- Atendimento ao Atendimento ao -Variante BSC - Trailer ou Vtr tipo perua
público. Permanência. público. “VAN.
Policiamento preventivo. Policiamento - Atendimento ao - Desloca-se somente
preventivo. público a partir da entre os Pontos de
residência. Estacionamentos.
- Acessibilidade e - Acessibilidade Policiamento - Opera em Status 03.
visibilidade. e visibilidade. preventivo. (Operações).

Patrulha Comunitária (Ptr Com) É o efetivo policial-militar designado para realizar o Policiamento Comunitário
nas áreas ao redor de uma BCS, por meio de patrulhamento a pé e/ou de outro processo de policiamento (motorizado,
usando a Vtr de apoio; em bicicleta etc.).

Viaturas Comunitárias (Vtr Com) São aquelas utilizadas no Programa de Policiamento Comunitário (BCM, Vtr de
apoio às BCS e Vtr de apoio às BCSD).

PREMISSAS GERAIS
- fixação do Policial Militar Comunitário: Princípio de Polícia Comunitária cujo fundamento demanda que o efetivo
policial nele empregado disponha de tempo suficiente para conquistar a confiança e desenvolver parceria com a
comunidade, sendo desaconselhável a substituição constante desses policiais militares, sob pena de comprometer a
qualidade do resultado pretendido (parceria da polícia com a comunidade e a consequente diminuição da
criminalidade). Os PM recém formados serão prioritariamente empregados no Programa de Policiamento
Comunitário, em funções fixas, para atendimento ao público;
- postura do policial militar empregado em BCS/ BCSD:O policial militar deverá adotar uma postura pró-ativa, bem
como observar as orientações abaixo descritas:
a) não permanecer no interior da Base, do Posto ou na via pública em “rodinhas”;
b) não ler jornais, revistas, livros, assistir televisão etc., durante o turno de serviço, devendo manter-se sempre atento e
prestativo para com a comunidade;
c) não fumar nem comer quando estiver atendendo ao público;
d) zelar pelas condições de higiene próprias e do seu local de trabalho;
e) não atender ao público sentado ou encostado em qualquer anteparo.
* O policial deve interagir com o público e ser receptivo a critícas e sugestões.
- a decisão, favorável ou não à instalação de uma BCS, BCSD, B Op, e PPM, deve obedecer a critérios eminentemente
técnicos e isentos de influências político-partidárias, para evitar a decepção da comunidade com a criação ou
alimentação de falsas expectativas;
- atuar de modo a estimular e maximizar o desempenho dos CONSEG, Associações de Bairro, Centros de Integração
da Cidadania (CIC) e outras entidades onde a interface Polícia Militar x Polícia Civil x lideranças locais para a
resolução dos problemas comunitários seja propícia;
- racionalizar os meios e integrar os esforços para a solução dos problemas, partindo do pressuposto de que, com o
comprometimento das lideranças locais, o emprego do policiamento será mais eficiente;
- buscar constantemente o apoio da população, formando laços de estreita colaboração e de respeito mútuo, tendo
sempre em vista que o sucesso da prevenção criminal tende a ser mais eficaz na medida em que puder contar com a
efetiva participação da comunidade;
- atuar no sentido de angariar a confiança e fortalecer as relações com a população, buscando aumentar a sensação de
segurança e melhorar a imagem da Polícia Militar; intensificar a realização de patrulhamento a pé, integrado aos
demais processos de policiamento, de maneira a possibilitar completa interação do policial militar com a comunidade
em que está inserido;
- fixar o PM em área geográfica limitada e definida, onde atuará como elo entre a comunidade e o poder público, de
forma a sempre dar a resposta mais adequada ao problema do cidadão ou da comunidade, indicando, sempre que
possível, o órgão ou instituição competente para adoção de medidas.

NORMAS PARA EMPREGO DAS VIATURAS COMUNITÁRIAS


As OPM territoriais, onde houver BCS e/ou BCSD e BCM deverão empregá-las em observância aos preceitos
estabelecidos nesta norma, a viatura comunitária deverá operar diariamente, observando-se o seguinte:
- BCM - período diurno, com meta de 100%;
- Vtr de apoio à BCS e/ou à BCSD - período diuturno, com meta de 100%.
Será empregada, rotineiramente, nas seguintes situações:
- patrulhamento pela área de atuação da BCS e/ou da BCSD;
- realização de visitas comunitárias;
- estacionamento junto da BCS e/ou da BCSD;
- atendimento de ocorrências levadas à BCS e/ou à BCSD;
- atendimento de ocorrências emergenciais não geradas na BCS, excepcionalmente, como último recurso, quando não
houver Vtr de outro Programa de Policiamento disponível.
Quanto ao horário de emprego, acompanhará aquele da BCS e/ou da BCSD;
Sua guarnição ficará sob comando imediato do Comandante da BCS ou sob responsabilidade do PM que atua na
BCSD;
Só será empregada na área de atribuição da BCS ou da BCSD a que estiver vinculada, sendo proibido o seu emprego
para missões distintas das do policiamento comunitário ou em outro subsetor;
Quando em deslocamento, deve ser conduzida em velocidade compatível com aquela mínima exigida para trânsito na
via (metade da velocidade máxima);
Deve ser estacionada de acordo com as normas de trânsito, sendo que o PM, ao estacioná-la junto à BCS e/ou à
BCSD, deverá comunicar ao COPOM;
Quanto ao grafismo, deverá seguir as normas previstas nas I-15-PM.
Prescrições diversas - a filosofia de Polícia Comunitária transcende o Programa de Policiamento Comunitário e se
aplica a todo o policiamento ostensivo;
O efetivo destacado para atuar nas BCS, BCSD, B Op, PPM e BCM, dever ser constantemente instruído sobre as
normas e princípios que regem suas atividades, em particular os de Polícia Comunitária;
O efetivo empregado nas BCS, BCSD, PPM e BCM não deverão atuar na área de averiguação criminal, mas sim
canalizar ao Policiamento Velado e/ou Agência de Área os dados obtidos junto à comunidade;
O efetivo a ser fixado nas BCS e BCM, principalmente o comandante da BCS, deverá ser mantido pelo tempo
necessário à consecução dos objetivos propostos, evitando-se a rotatividade (considera-se como ideal o tempo mínimo
de 02 (dois) anos);
Deverá ser promovida pelas OPM, no nível de Btl, orientação e acompanhamento permanente do efetivo, sem prejuízo
das reuniões extraordinárias de ajustes de procedimentos, sobre as normas e princípios que regem o policiamento
comunitário;
É fundamental que as várias atividades desenvolvidas pela Polícia Militar estejam sintonizadas com a filosofia de
Polícia Comunitária, de forma a não comprometer a operacionalização do policiamento comunitário.

FUNÇÕES DO GRADUADO COMANDANTE DA BASE COMUNITÁRIA DE SEGURANÇA


São funções do comandante de uma base comunitária de segurança:
- acompanhar, in loco, todas as atividades da BCS e as relacionadas à sua circunscrição, durante o horário de
expediente e, quando a situação exigir, fora dele;
- planejar ações que atendam às expectativas, a partir do conhecimento que tem da população local e das
particularidades da área, promovendo a aproximação com a população e fortalecendo o elo de confiança e cooperação
com a Polícia;
- elaborar, semanalmente, considerando as ferramentas inteligentes e as bases de dados disponíveis, Cartões de
Prioridade de Patrulhamento (CPP), submetendo-os à aprovação do Cmt Cia, incluindo:
- locais e horários das visitas comunitárias e visitas de retorno;
- locais e horários para a realização do Projeto de Assistência a Vítimas.;
- definir diariamente as funções dos Cb e Sd PM escalados na BCS, de forma a possibilitar o rodízio de atividades,
observando as prescrições e exigências necessárias para a execução de cada processo de patrulhamento (motorizado, a
pé ou bicicletas);
- elaborar proposta de plano de afastamento regular (férias e licença-prêmio) do efetivo da BCS, encaminhando-a ao
Cmt Cia para aprovação, respeitando as normas vigentes na Instituição e observando os seguintes critérios:
- em cada mês poderão se afastar até 3 (três) policiais, computando-se férias e licença-prêmio e, no máximo, 1(um)
afastamento por equipe;
- caso haja algum afastamento que não tenha sido previsto, e em razão dele os limites acima forem extrapolados, o
Cmt BCS deverá, imediatamente, solicitar ao Cmt Cia o remanejamento do efetivo da própria BCS ou a reposição do
policial militar;
- o Sgt PM ou Cb PM mais antigo da BCS só poderá se afastar em período não coincidente com o afastamento do Cmt
BCS, vez que e seu substituto imediato.;
- organizar e manter atualizado em banco de dados o conteúdo dos formulários preenchidos pelo efetivo da BCS, além
de pontos críticos, pontos de interesse (órgãos públicos e privados, como: bancos, hospitais, escolas, associações,
CONSEG, ONGs, etc.), lideranças comunitárias, estatísticas criminais da área da BCS e outros dados de interesse etc.;
- instruir o efetivo da BCS quanto à dinâmica criminal da região, destacando a importância da adoção de uma postura
proativa, buscando a prevenção;
- propor ao Cmt Cia planejamento mensal de instrução a ser ministrada ao efetivo da BCS;
- ministrar instrução ao efetivo da BCS, ou adotar as medidas necessárias para que seja ministrada;
- elaborar com os demais policiais da BCS, em parceria com a comunidade, projetos que visem a melhoria da
qualidade de vida das pessoas inseridas na circunscrição territorial, que deverão ser encaminhados ao Cmt Cia, para a
devida aprovação;
- supervisionar e acompanhar os projetos em desenvolvimento na BCS, apresentando sugestões de aprimoramento
ao Cmt Cia, ouvindo a comunidade e o efetivo da BCS;
- encaminhar semanalmente os Relatórios de Atividades ao Cmt de Cia;
- supervisionar e adotar as medidas pertinentes à conservação e à manutenção, preventiva ou corretiva, dos recursos
materiais (equipamentos, viatura e instalações) da BCS;
- atuar como multiplicador de seus conhecimentos quanto às Diretrizes da Instituição e da Filosofia de Polícia
Comunitária, principalmente junto ao efetivo da BCS, tanto em situações informais como em instruções formais;
- manter contato com as lideranças comunitárias, tais como associações comerciais, Conselho Tutelar, líderes
religiosos, ONGs, núcleos de ação local e outros órgãos públicos, buscando integração e parceria nas questões de
Segurança Pública e melhoria da qualidade de vida;
- criar mecanismos para recebimento de críticas, elogios, sugestões e solicitações, com a finalidade de dimensionar e
avaliar os serviços prestados, por meio de reuniões, caixa de sugestões, pesquisa de opinião etc.;
- manter em arquivo, físico e/ou eletrônico, dados relativos ao histórico da BCS, bem como planta baixa do seu
prédio, contendo documentos e informações que originaram sua criação, parcerias desenvolvidas, projetos executados
etc.;
- manter mapa com a delimitação da área de atuação da BCS, com a plotagem dos pontos de interesse, dados
estatísticos da criminalidade, forma de emprego do efetivo empenhado em patrulhamento, para subsidiar planejamento
de atividades;
- para reuniões envolvendo assuntos relativos à comunidade e atividades da BCS, encaminhar pauta e obter a anuência
do Cmt de Cia, remetendo ata da reunião no próximo expediente;
- desenvolver o jornal da BCS, no mínimo bimestralmente e o informativo da BCS, com a freqüência que a situação
exigir, afixando-os em local visível, ao público depois da anuência do Cmt de Cia e distribuindo-os sempre que
possível, às lideranças comunitárias, órgãos públicos, entidades e associações da área da BCS;
- buscar parceria público-privada, autorizada pela SSP, para a tiragem do jornal e informativo da BCS, na
quantidade suficiente para atender a comunidade;
- PROVIDENCIAR para que o quadro mural SEJA INSTALADO em local visível e acessível à população ,
contendo informações tais como jornal e informativo da BCS, notícias relevantes de jornais de grande circulação e
circulação local, datas de reuniões do CONSEG etc.;
- registrar formalmente o cronograma de atividades planejadas pela BCS, em conjunto com a comunidade, para
acompanhamento e consecução das metas estabelecidas;
- atuar nas causas que interfiram diretamente nas questões de Segurança Pública, orientando e promovendo a
integração e atuação efetiva de outros órgãos públicos e da comunidade:
- formalmente, pela elaboração, encaminhamento e acompanhamento dos RAIIA (Relatório de Averiguação de
Indícios de Infração Administrativa);
- informalmente, por meio da mobilização da comunidade para a busca de soluções.
- desenvolver, mantendo atualizado e em condições de execução, o plano de segurança e o plano de chamada da BCS,
os quais deverão ser remetidos ao Cmt Cia;
- encaminhar, anualmente, ao Cmt Cia o calendário das atividades a serem desenvolvidas pela BCS, já consagradas
pela comunidade (eventos comemorativos como Natal, Páscoa, Dia dos Pais, Dia das Mães, Dia das Crianças,
campanhas e outros peculiares da área);
- habilitar os policiais a manusearem o banco de dados físico e/ou eletrônico, a fim de obter, de forma rápida,
informações precisas, com a finalidade a que se prestar, orientando sobre a questão da segurança dos dados e a
restrição da publicidade de determinadas informações.

SERVIÇO DE PERMANÊNCIA NAS BCS


O policial militar para poder auxiliar deve, necessariamente, ter pleno conhecimento das ações adotadas e saber do
que está falando, e, para isto, deve seguir as etapas abaixo descritas:
- realizar a análise do ambiente criminal do espaço geográfico – informações criminais, Fundação SEADE e outros;
- realizar a análise do perfil cultural e sócio-econômico da população – IBGE, Secretaria Municipal de Assistência e
Desenvolvimento Social, Fundação SEADE e outros;
- realizar análise do perfil geográfico da região – IBGE, Secretaria do Meio Ambiente e outros;
- marcar presença constante do policiamento ostensivo a pé e/ou motorizado na área de responsabilidade;
- travar conhecimento pleno com as lideranças comunitárias, representantes de estabelecimentos comerciais e
residentes da localidade;
- realizar cadastramento das empresas, instituições, comércio, sociedades, associações, igrejas e outros – por
meio de rondas, contato com a prefeitura, associação comercial da área, etc.;
- reduzir e realizar a manutenção dos índices de criminalidade, obtendo-se o “controle do crime” – sistemas de
informações criminais e outros.
- atender ao público que procura pelos serviços da BCS, acionando o apoio se necessário, lavrando BO/PM-TC,
resolvendo, as questões de competência da Polícia Militar ou indicando as providências que devam ser adotadas
por outros órgãos;
- orientar e informar sobre logradouros, pontos de interesse na área da BCS, dicas de segurança, e outros, desde que a
solicitação não tenha caráter sigiloso;
- consultar o banco de dados existente na BCS quando necessário;
- atender ao telefone e estar em condições de fornecer informação ou orientação sobre Segurança Pública, projetos em
desenvolvimento, serviços da BCS e quanto a outros órgãos, indicando, sempre que possível, endereço e telefone
desses últimos (desde que não seja sigilosa);
- retornar a ligação ao solicitante, sempre que não puder resolver de pronto a questão;
- elaborar BO-PM/TC das ocorrências atendidas na BCS;
- preencher, até o término do turno de serviço, todos os formulários de registro pertinentes ao Serviço de
Permanência, disponibilizando-os ao Cmt da BCS;
- estar atento às comunicações operacionais;
- relacionar todo o material ou documento encontrado ou entregue ao efetivo da BCS, dar ciência por escrito ao Cmt
da BCS, manter tal material guardado em segurança e sempre anotar o destino dado (entregue em agência dos
Correios, entregue ao reclamante, apreendido em distrito policial, etc.);
- ATUALIZAR e ORGANIZAR o Quadro Mural, de acordo com as orientações do Cmt da BCS.
A função de Permanência deverá ser realizada, sempre que a condição do efetivo permitir, por dois policiais: um no
lado externo à BCS e responsável principal pela sua segurança, dos seus integrantes e beneficiários dos serviços,
inclusive mantendo o primeiro contato com qualquer um que a ela se dirige e, o outro, responsável em realizar as
missões diárias, administrativas e operacionais.
Caso eventualmente haja apenas um policial militar na função de permanência, este deverá postar-se do lado externo
da BCS e priorizar a função de segurança. Na mesma hipótese do item anterior, quando houver solicitação para
preenchimento de BO/PM-TC ou solicitação para prestação de serviços, deverá solicitar apoio da viatura da BCS, a
fim de não negligenciar a segurança.

SERVIÇO DE PATRULHAMENTO NAS BCS


O efetivo da BCS será responsável pelo patrulhamento na sua circunscrição territorial, em sobreposição ao Programa
de RP será comum a motoristas e encarregados de viaturas, assim como a policiais que trabalhem no policiamento
com bicicletas, com motocicletas e no policiamento a pé.
São atribuições comuns aos policiais militares no serviço de patrulhamento:
- cumprir os CPP elaborados pelo Cmt de BCS e aprovados pelo Cmt de Cia;
- quando em pontos de estacionamento; estreitar o contato com a Comunidade, conhecendo seus integrantes, bem
como os problemas da região;
- fazer as visitas e retornos de visitas comunitárias, durante as quais deverá:
* cadastrar estabelecimentos comerciais, preenchendo formulário próprio;
* cadastrar residências e seus moradores, preenchendo formulário próprio;
* executar o Projeto de Assistência à Vítima, preenchendo formulário próprio;
*preencher corretamente os registros de ronda existentes, especificando em detalhes as ações durante o patrulhamento;
* atender as ocorrências da área de atuação da BCS.
O encarregado da patrulha deverá:
- preencher e dar encaminhamento aos relatórios de visitas, assistência à vítima e motorizado, quando for o caso;
- registrar e encaminhar ao Cmt da BCS, até o término do serviço, os logradouros, pontos críticos e de interesse, para
o Policiamento Comunitário e para a realização de projetos específicos;
- no caso de ausência do Cmt da BCS, providenciar para que, na primeira oportunidade, os registros cheguem ao seu
conhecimento.

RELACIONAMENTO COM A IMPRENSA


Dos públicos citados, recomendamos uma atenção especial aos integrantes da Imprensa. Aí incluímos os jornais
escritos, bem como as programações jornalísticas de rádio e TV, pelo seu imenso poder de convencimento na
sociedade, podendo causar grandes impactos na opinião pública em curtos espaços de tempo.
No caso dos jornais, principalmente os de bairro, recomenda-se a aproximação com o seu editor, uma vez que é ele
quem decide sobre as matérias a ser publicadas, bem como a linha editorial a ser seguida. Isso pode ser alcançado com
visitas à redação, convites para que ele conheça a sua OPM, bem como participação de eventos que possam mostrar o
lado positivo da Corporação.
O bom relacionamento não impedirá que o jornal publique matérias negativas em relação à PMESP, porém existe uma
grande probabilidade de que a matéria receba um tratamento mais justo. A Diretriz PM5 Nº 001/55/06 dita normas
sobre o relacionamento com a imprensa.
O RELACIONAMENTO COM O CONSEG E LIDERANÇAS LOCAIS
Ao consideramos que é dever do Estado manter a Ordem e a Segurança Pública e que a participação da população em
cooperação com a Polícia poderá contribuir positivamente para a consecução desse objetivo, o Governo do Estado
publicou o Decreto nº 23.455, de 10 de maio de 1985, autorizando a criação de Conselhos Comunitários de Segurança,
com o objetivo de colaborar no equacionamento e solução de problemas relacionados com a segurança da população.
A filosofia básica do Conseg está calcada na crença de que quando as pessoas passam a se relacionar com outros
cidadãos, seus problemas comuns tendem a ser equacionados e compreendidos de modo mais racional. O Conseg pode
ser definido como um grupo de pessoas do mesmo bairro ou do mesmo município que se reúnem para discutir e
analisar seus problemas de Segurança, propor soluções, acompanhar sua aplicação, desenvolver campanhas educativas
e estreitar laços de entendimento e cooperação entre as várias lideranças locais. Podem participar do Conseg as
pessoas indicadas pelas Entidades Comunitárias e Instituições de Serviço de bairro.
O número de conselheiros pode variar conforme o tamanho do Distrito ou Município, do número de Entidades que
existem e das pessoas que se interessam em participar. O Comandante Policial Militar e o Delegado de Polícia Titular
do respectivo Distrito são membros natos do Conseg, sendo obrigatórias suas participações. O Conseg funciona por
meio de reuniões ordinárias, em local de fácil acesso público, sempre fora das Delegacias ou Companhias da PM,
previamente designados.
As atas de todas as reuniões devem ser remetidas à Coordenadoria dos CONSEGs, na Secretaria de Segurança Pública
e a comunidade deve ser informada dos resultados, através de seus representantes e/ou pela imprensa local.

RAIA
Relatório sobre Averiguação de Incidente Administrativo. Instituído pela Portaria do Cmt G nº PM3-002/02/10, de
19AGO10, sendo publicada no DOE nº 163, de 27AGO10. O RAIA destina-se ao registro da constatação de indícios
de prática de qualquer incidente administrativo (violação de normas administrativas, sanitárias, fiscais, trabalhistas,
civis etc).
O RAIA destina-se ao registro da constatação de indício(s) de prática de qualquer incidente administrativo. Somente
deve ser preenchido pelo policial militar (PM) quando no
exercício das atividades de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública, de bombeiro e de defesa civil, durante
o patrulhamento ou no atendimento de ocorrências policiais, ou,ainda, no exercício das atividades de bombeiro e de
defesa civil, se o PM for comunicado ou constatar a existência de indício(s) de prática de qualquer incidente
administrativo que, de alguma forma, possa afetar a ordem pública em qualquer de seus aspectos (segurança pública,
salubridade pública e ou tranqüilidade pública), deverá, incontinenti, preencher o RAIA, sem prejuízo das medidas de
caráter operacional que eventualmente couberem;
O RAIA deverá ser preenchido e assinado pelo policial militar que constatou o incidente administrativo, não podendo
conter rasuras, devendo ser refeito quando houver erro no seu preenchimento, em seguida, deverá ser conferido e
assinado pelo Oficial comandante imediato do PM que elaborou o RAIA.
São exemplos de incidentes administrativos motivadores da elaboração do RAIA os constantes na Tabela de códigos
do grupo “Z” do M-16-PM.
Exemplos de incidentes administrativos:
- recusa de albergue em receber pessoa apresentada pela PM;
- recusa de órgão competente em receber criança ou adolescente apresentado pela PM;
- estabelecimentos comerciais que não emitem nota fiscal;
- estabelecimentos comerciais com visível deficiência de higiene sanitária;
- logradouros com iluminação deficiente (lâmpadas faltando ou queimadas);
- terrenos desprovidos de muros e/ou que contenham lixo, entulho, mato etc;
- obras abandonadas, abertas e sem iluminação;
- existência de buracos na via pública ou nas calçadas que, pela dimensão, possam representar perigo à integridade
física das pessoas;
- local que produza ruído ou barulho que incomode a vizinhança; - falta ou defeito na sinalização de trânsito.

OS NOVE “P” DA POLÍCIA COMUNITÁRIA


1 - Filosofia – Philosofy;
2 - Personalização;
3 - Policiamento;
4 - Patrulhamento;
5 - Permanência;
6 - Posto;
7 - Prevenção;
8 - Parceria;
9 - Resolução de Problemas.

O QUE NÃO É POLÍCIA COMUNITÁRIA


Policia Comunitária não é uma tática, nem um programa e nem uma técnica.
Policia Comunitária não é apenas relações públicas.
A Polícia Comunitária não deve favorecer ricos e poderosos.
Policia Comunitária não é antitecnologia.
Policia Comunitária não é condescendente com o Crime.
Policia Comunitária não é espalhafatoso e nem camisa “10”.
Policia Comunitária não é paternalista.
Policia Comunitária não é uma modalidade ou uma ação especializada isolada dentro da Instituição.
Policia Comunitária não é uma Perfumaria.
Policia Comunitária não pode ser um enfoque de cima para baixo.
Policia Comunitária não é uma fórmula mágica ou panacéia.
Policia Comunitária não é uma simples edificação.
A Polícia Comunitária depende diretamente do profissional que acredita e pratica esta filosofia muitas vezes com
recursos mínimos e em comunidades carentes.
A Policia Comunitária não pode ser interpretada como um instrumento político-partidário, mas uma estratégia da
Corporação.
Portanto, talvez seja uma roupagem para práticas positivas antigas. Afinal, o que foi que esquecemos? A natureza do
policial sempre foi comunitária. Nascida ao início do século 20 com o objetivo de proteger o cidadão de bem dos
malfeitores, anos depois, ao final deste mesmo século, se busca este retorno às origens.

NÚCLEOS DE AÇÃO LOCAL (NAL)


A expansão da missão policial para impedir a desordem e a decadência da comunidade significa que os policiais
operacionais rotineiramente terão que apelar para a ajuda de outras instituições públicas ou não lucrativas.
Isto pode significar ter que envolver a prefeitura em esforços para fechar pontos de drogas, pode significar pedir ajuda
ao departamento de limpeza pública para remover lixo, iluminação pública, dentre outros.
Atacar este assunto no planejamento ajuda a antecipar problemas com as autoridades, evita batalhas administrativas e
muitos outros obstáculos com que é possível se deparar ao lidar com agências públicas; se esse assunto não for tratado
com cuidado, os policiais comunitários poderão acabar ficando estressados tentando ser tudo para todos, ficando cada
vez com menos tempo para as suas atividades policiais usuais.
Os policiais comunitários, especialmente os Supervisores, podem ajudar através da identificação de indivíduos nas
diversas instituições dispostas a ajudar. Os supervisores eficientes costumam agendar encontros diretos com diversos
grupos que podem ajudar, inclusive apresentando os policiais comunitários às pessoas importantes.
Como foi discutido previamente, o conceito de centro de comunicações do bairro permite que representantes de
muitas instituições trabalhem a partir do mesmo escritório, o que facilita muito os esforços de coordenação para
socorrer indivíduos e famílias multiproblemáticas.
Na ausência de políticas públicas ou diante do investimento menor do que a demanda, os núcleos de ação buscam
otimizar seus recursos técnicos e administrativos, dando melhor aproveitamento a sua capacidade de trabalho,
procurando resultados em maior escala.
São núcleos existentes na Comunidade que realizam ações em benefício da própria Comunidade. As associações de
bairros, igrejas, hospitais e escolas oferecem à comunidade diversos tipos de apoio, tais como: atendimento a idoso,
biblioteca, serviço social, tratamento de saúde e prevenção de doenças, atividades educativas, culturais,
profissionalizantes, etc.
Alguns núcleos são instituições filantrópicas, sem fins lucrativos que visam facilitar a inclusão social e dar
atendimento às pessoas necessitadas.
Exemplos de Núcleos de Ação Local (NAL)
Associação de moradores, Albergue, Creches em igrejas, Centros de referência (idosos, câncer, mulher, etc.)
O policial comunitário deve conhecer os núcleos de ação local para que possa direcionar problemas de sua região.
Deve conhecer os dirigentes e as regras para a utilização dos benefícios oferecidos pelos núcleos.

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