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POLÍCIA MILITAR DO PARANÁ

ESTADO-MAIOR
3ª SEÇÃO

DIRETRIZ Nº 004/2012 – PM/3

“UNIDADE PARANÁ SEGURO (UPS)”

CURITIBA
2012
PMPR CURITIBA, PR, 2 de março de 2012.
EM
3ª SEÇÃO Diretriz nº 004/2012 – PM/3

“UNIDADE PARANÁ SEGURO - UPS”

1. FINALIDADE

Instituir condições para o desenvolvimento das Unidades Paraná Seguro (UPS),


nos Territórios em vulnerabilidade (obrigatoriamente) e nas áreas de interesse da Segu-
rança Pública do Estado do Paraná.

2. REFERÊNCIAS
a. Constituição da República Federativa do Brasil;
b. Constituição do Estado do Paraná;
c. Lei nº 10.826 de 22 dez. 2003 (Estatuto do Desarmamento) e alterações
posteriores;
d. Lei nº 17.013, de 14 dez. 2011 - Plano Plurianual 2012-2015 do Governo do
Estado do Paraná;
e. Decreto Lei n.º 667 e alterações posteriores;
f. Programa Paraná Seguro;
g. Diretriz nº 002/2004- 3ª Seção EM (Policiamento Comunitário na PMPR);
h. Diretriz nº 004/2000- 3ª Seção EM (Diretriz Geral de Planejamento e Emprego
da PMPR);
i. Manual do Promotor de Polícia Comunitária, SENASP;
j. Manual de Polícia Comunitária: Polícia Cidadã para um Povo Cidadão.
BONDARUK, Roberson Luiz; SOUZA, César Alberto. Curitiba, 2004;

3. SITUAÇÃO

a. Em data de 5 jan. 2012, através da imprensa oficial, o governador do Estado do


Paraná anunciou a implantação, de unidades de interação social denominadas “Unidades
Paraná Seguro” (UPS) em áreas do Estado que apresentem altos índices de
criminalidade;

b. As primeiras UPS serão instaladas na Capital do Estado e na Região


Metropolitana de Curitiba. Numa segunda fase, com o propósito de restabelecer a
tranquilidade pública em localidades de maior vulnerabilidade, serão estendidas para
várias outras regiões do Paraná;

c. Para efetivação dessas unidades o setor de inteligência da Secretaria da


Segurança Pública do Estado realizou um pormenorizado levantamento, levando em
consideração, para tanto, índices de criminalidade e também outros fatores diversos de
vulnerabilidade social;

d. As UPS contarão com reforço policial baseado no conceito do policiamento


comunitário proativo de prevenção ao crime e à violência, preservação da ordem pública
e repressão qualificada com ação permanente em territórios específicos, além da
atuação de outros serviços públicos, em parceria com as prefeituras municipais;

e. O Paraná vem enfrentando uma onda de violência, o que tem elevado o número
de mortes por causas externas nos principais centros urbanos, assim, a PMPR
desencadeará uma operação integrada, similar às ações integradas de fiscalização
urbana, calcada nos seguintes princípios: mobilidade, agilidade, rapidez, efeito surpresa,
adensamento e visibilidade;

f. Torna-se necessária a adoção de um portfólio de medidas efetivas para a


contenção dos índices de violência e criminalidade, a prisão de marginais foragidos da
justiça ou em flagrante delito (cumprimento de mandados de prisão e de busca e
apreensão) o combate ao tráfico de substâncias entorpecentes, a retirada de circulação
de armas de fogo ilegais ou irregulares, as quais na grande maioria das vezes são
utilizadas como instrumento para diversas ações criminosas, colocando em risco a
sociedade paranaense;
g. Neste contexto sistêmico da defesa social, a Polícia Militar assume papel de
relevância na preservação da ordem pública, prevenindo ou inibindo atos anti-sociais,
atuando repressivamente na restauração da ordem pública, adotando medidas de
proteção e socorro comunitários ou atuando em apoio aos órgãos da administração
pública, no exercício do poder de polícia que lhe couber, contribuindo dessa forma para a
melhoria da qualidade de vida da comunidade local, particularmente onde a UPS será
implantada.

3.1 Conceitos Relacionados

(1) Polícia Comunitária:

É a conjugação de todas as forças vivas da comunidade (a própria comuni-


dade, a comunidade de negócios, as autoridades eleitas, as outras instituições, autorida-
des e a mídia) com a polícia no sentido de preservar a ordem pública, prevenindo delitos
e adotando providências para a repressão imediata. Deve ser entendida também como
uma estratégia de atuação da Polícia Militar, marcada pela intensa participação da co-
munidade na resolução dos problemas afetos à Segurança Pública.

A Polícia Militar não é mero suplemento social, mas componente vital da


sociedade, situada no vértice de causas e efeitos, como desaguadouro natural da ansie-
dade e tensões da comunidade.

A população deve ver na figura do policial militar, atuante e prestativo, um


zeloso guardião da ordem e disciplina da vida social, digno da confiança e da admiração
pública. O profissional de segurança pública deve ser um ponto de referência para a po-
pulação.

Os problemas sociais, aí incluídos os de segurança pública, ultrapassam a


capacidade técnica dos órgãos policiais e só terão solução efetiva se tratados em conjun-
to com a comunidade e outros órgãos de Estado.

Em termos de Segurança Pública, não é possível que a comunidade per-


maneça em atitude passiva. A sua participação e apoio são imprescindíveis como forma
de expansão dos recursos alocados à Polícia.

A polícia comunitária, como uma filosofia de pensar e agir na proteção e


socorro públicos, se baseia na crença de que os problemas sociais terão soluções cada
vez mais efetivas, na medida em que haja a participação da população na sua identifica-
ção, análise e discussão.

O policial militar no exercício de suas funções constitucionais, isoladamente


ou não, é Autoridade Policial Militar. Essa autoridade decorre do poder/dever do exercício
das atividades de polícia ostensiva. Assim, a autoridade de um policial militar, em qual-
quer nível, implica em direitos e responsabilidades.

É importante que o policial militar no seu dia-a-dia de serviço, esteja bem in-
tegrado à comunidade e dê mostras constantes de boa formação profissional, atendendo
de forma eficiente, pronta, solícita e cordial a todos os anseios de segurança, ajudando
na resolução preventiva dos problemas da comunidade.

(2) Policiamento Comunitário:


O Policiamento Comunitário é uma atividade moderna e apresenta-se como
alternativa e complementação ao policiamento tradicionalmente empregado nas comuni-
dades. Trata-se da interação polícia-comunidade, onde esta participa com a informação e
aquela retribui com o serviço.

O Policiamento Comunitário defende a idéia de que já é tempo de avançar


para além do mero trabalho mais rápido e pesado para um trabalho feito de maneira mais
inteligente, através da resolução mais duradoura dos problemas comunitários.

(3) Unidade Paraná Seguro (UPS):

É um novo modelo de policiamento e de prestação da Segurança Pública, o


qual promove a aproximação entre a população e a polícia, aliado ao fortalecimento de
políticas sociais nas comunidades. Criadas pela atual gestão da Secretaria de Estado da
Segurança Pública, as UPSs trabalham com os princípios da Polícia Comunitária. A Polí-
cia Comunitária é um conceito e uma estratégia fundamentada na parceria entre a popu-
lação e as instituições da área de segurança pública.

Uma vez ativada a UPS, os policiais esforçam-se por oferecer atividades


solidárias que beneficiem os moradores e os auxiliem a desfazer a desconfiança que
normalmente existe em relação à Polícia. Tais unidades têm sido empregadas com su-
cesso na redução dos indicadores de violência, principalmente da taxa de homicídios e
crimes patrimoniais.

A essência da UPS é o esforço conjugado com ações comunitárias e o poli-


ciamento comunitário proativo de prevenção à criminalidade e à violência, manutenção
da ordem pública e de repressão qualificada com ação permanente em territórios especí-
ficos. Atuando por meio de gestão compartilhada de ações sociais com a comunidade,
instituições municipais, distritais, estaduais, federais, organismos nacionais e internacio-
nais.

Também é uma metodologia para promover a segurança com a sociedade,


através da sinergia de iniciativas que busquem dotar as comunidades em situação de
vulnerabilidade social de alternativas salutares de convivência e melhoria de suas condi-
ções individuais e coletivas, levando-as a uma prática cidadã e preventiva, com melhoria
da qualidade de vida e a prática da cultura da paz.

(4) Operação de Saturação por Tropa Especializada (OSTE).


4. OBJETIVOS

a. Objetivo Geral:

(1) Capacitar policiais militares (Oficial na função de Comandante da UPS e Praça


como operadores) da Polícia Militar do Paraná para a atuação nas Unidades Paraná Se-
guro, a serem implantadas em municípios de elevado índice de criminalidade e vulnerabi-
lidade social, a partir do primeiro semestre de 2012.

(2) Especificar as condições de desenvolvimento da UPS como Policiamento Co-


munitário no âmbito do Estado;
(3) Regular procedimentos específicos a serem adotados para a implantação da
UPS nos Territórios para prever, coordenar e atuar dentro da filosofia de polícia comuni-
tária e dos direitos humanos.

b. Objetivos Específicos:

(1) Capacitar os Oficiais para coordenarem e ministrarem cursos para os diversos


atores que irão compor os grupos especializados de policiamento e as Praças para habi-
litação em ações comunitárias nas suas respectivas áreas territoriais de operacionalida-
de;

(2) Propiciar aos discentes conhecimentos basilares com referência as práticas e-


xitosas de policiamento comunitário e o papel do policial militar inserido em locais de vul-
nerabilidade social, no sentido de priorizar a atuação de caráter preventivo, buscando a
paz social;

(3) Propiciar aos discentes conhecimentos basilares sobre a participação de todos


os atores envolvidos na atividade de polícia comunitária, no sentido de criar uma rede de
proteção e atuação comunitária, buscando a melhoria da qualidade de vida no território
específico;

(4) 1ª Fase – Planejamento e Preparação da UPS: Desenvolver nos policiais mi-


litares a capacidade de buscar soluções consistentes para os problemas encontrados
nos diversos territórios, referentes à construção de redes sociais no resgate da cidadania
e para assegurar os direitos fundamentais;
(5) Identificar comunidades em situação de vulnerabilidade social usando como
parâmetros os índices sócio-econômicos e criminais;

(6) 2ª Fase – Implantação da UPS propriamente dita: Despertar na comunidade


a importância de organização preventiva em prol da cultura da paz;
(7) Reduzir barreiras corporativistas e burocráticas;
(8) Implantar projetos que possibilitem a transformação da realidade do ambiente e
da comunidade;
(9) Criar métodos de garantia da sustentabilidade do trabalho desenvolvido pela
UPS;
(10) Monitorar resultados através fiscalização do ambiente de atuação da UPS;

5 . DAS COORDENAÇÕES

5.1 Coordenação Geral da UPS:


A coordenação geral da UPS ficará a cargo da Secretaria de Estado de Segurança
Pública.

5.2 Competências da Coordenação Geral da UPS:

a) Convocar reunião preparatória envolvendo o Gabinete de Gestão Integrada Es-


tadual e Municipal para definir estratégia de intervenção e sustentabilidade no
território;

b) Criar em cada território uma Câmara Nata composta por membros da Polícia
Militar, Bombeiro Militar, Polícia Civil, Guarda Municipal e representantes do
aparelhamento do Estado em todos os níveis do Poder Executivo, bem como
representantes do Poder Judiciário e Ministério Público, com objetivo de deli-
berar sobre as demandas e propor soluções;

c) Criar em cada território Câmaras de Trabalho formadas a partir das potenciali-


dades de seus integrantes ou dos projetos a que se propuserem. A quantidade
das câmaras e as suas denominações surgirão dos diagnósticos realizados
nos locais onde será implantado o projeto, a exemplo de Câmaras para o de-
senvolvimento de emprego e renda, Câmaras religiosas, Câmaras de Clubes
de Serviços e Câmaras de assistência social;

d) Realizar, conjuntamente com os Comandantes Regionais e das Unidades Ope-


racionais de Área onde será implantado a UPS, diagnósticos tendo por base
índices criminais, grau de risco e/ou vulnerabilidade social, para definir a meto-
dologia de intervenção operacional;

5.3 Coordenação Local da UPS:

O Coordenador local da UPS será designado pela Polícia Militar do Paraná, den-
tre os possuidores do curso de coordenação UPS e terá as seguintes competências:

a) Mobilizar, reunir e cadastrar os atores sociais do território para estabele-


cer a rede comunitária de sustentabilidade;

b) Instituir em seu território um fórum amplo e permanente com os parceiros


e representantes do segmento da segurança publica, para estabelecer
metas e planos de ação no território;

c) Participar do processo de capacitação dos operadores UPS que atuarão


no território;

d) Protagonizar ações comunitárias para minimizar riscos de vulnerabilida-


de social.

6. MISSÃO

a. Missão Geral:
A PMPR, através da conjugação de esforços de diversos segmentos que
constituem sua estrutura, e mediante a adoção de ações administrativas e operacionais
integradas com outros órgãos da Segurança Pública, desenvolverá sua missão
constitucional tendo a incumbência de preparar o ambiente e implementar a efetiva
instalação das UPS no Estado do Paraná.

b. Missões Específicas:
1) Transmitir à comunidade maior segurança e tranquilidade, através de
ações voltadas à preservação da ordem pública, por meio de Forças-Tarefa (FT),
constituídas por Unidades Policiais integradas com outros órgãos estaduais e municipais
(Polícia Civil, Guardas Municipais e Trânsito, Vigilância Sanitária, Conselho Tutelar e
outras Secretarias de Estado e do Município);
2) Fortalecer a malha protetiva da comunidade, diminuindo a pressão da
manifestação do crime contra o convívio social, envidando esforços no sentido de bem
cumprir o princípio constitucional da Eficiência;
3) Realizar Operações de Saturação por Tropas Especiais (OSTE) através
de postos de bloqueio, batidas policiais e saturação do policiamento ostensivo em pontos
definidos por meio da estatística de mortes por causas externas registradas nos Boletins
de Ocorrências Unificados os quais identificam maior incidência de mortalidade e que
delinearão os locais de atuação das forças policiais;
4) Diminuir a incidência de crimes violentos contra a pessoa (homicídios,
latrocínios e lesões corporais), e reprimir as contravenções e crimes, com especial
atenção à apreensão de armas, substâncias entorpecentes, máquinas caça-níquel
(jogos de azar) e o cumprimento de mandados de prisão expedidos pela justiça, de forma
proporcionar uma redução dos índices de criminalidade e violência;
5) Realizar o policiamento ostensivo fardado e velado, preventivo e
repressivo, pelas Unidades Operacionais subordinadas aos CRPM onde serão
desencadeadas as operações;
6) Diminuir a incidência de crimes contra o patrimônio (furtos e roubos),
tanto às pessoas (transeuntes) quanto em residências e casas comerciais (farmácias,
casas lotéricas, pequenos e grandes mercados, postos de combustível, lojas de
conveniência, caixas eletrônicos);
7) Otimizar o policiamento e os efetivos empregados, concentrando esforço
pela “ação de presença real”, particularmente nos locais onde a degradação social é
mais intensa (favelas, áreas de invasão, áreas de loteamentos irregulares);
8) Desenvolver nos policiais militares o senso comunitário para pronta
intervenção junto ao comércio local, escolas, família e comunidade como um todo, com o
fim de construir novos caminhos e ampliar o conceito acerca da polícia comunitária,
violência, prevenção, considerando-se o atual contexto social;

9) Em relação ao ambiente, identificar comunidades em situação de


vulnerabilidade social, usando como parâmetros os índices socioeconômicos e criminais,
despertando na comunidade a importância de organização preventiva em prol da cultura
da paz, reduzindo barreiras corporativistas e burocráticas;

10) Implantar boas práticas que possibilitem a transformação da realidade


do ambiente e da comunidade, e criar métodos de garantia da sustentabilidade do
trabalho desenvolvido pela UPS, bem como monitorar resultados através da fiscalização
do ambiente de atuação;
.

7. EXECUÇÃO

a. FASE PRELIMINAR: Capacitação dos Comandantes de UPS e


Operadores;

b. 1ª FASE: Planejamento e Preparação para a Implantação da UPS;

c. 2ª FASE: Implementação da UPS e operacionalização da sua estrutura;

7.1 Ações iniciais:

a. Estudo dos índices criminais, em especial as taxas de homicídio, nos territórios


escolhidos para a implantação da UPS, a fim de definir a metodologia de intervenção o-
peracional:

b. Para comunidades com taxas de mortes violentas por cem mil habitantes, supe-
rior à média estadual a metodologia será “Retomada” com operação policial de grande
envergadura;

c. Para comunidades com taxas de mortes violentas inferior à média estadual até
10 mortes violentas por cem mil habitantes a metodologia será “Saturação” por meio de
operação policial de média envergadura;

d. Para comunidades com taxas inferiores a 10 mortes violentas por cem mil habi-
tantes a metodologia será por meio de construção de redes comunitárias.

e. Aplicação do serviço de inteligência, com vista a reunir o maior número possível


de informações sobre o território e sua criminalidade;

f. Identificação no território da região mais fragilizada quanto às influências da cri-


minalidade;

j. Identificação dos recursos materiais e humanos a serem utilizados no território;

h. Seleção dos policiais e demais atores interessados no desenvolvimento do poli-


ciamento comunitário no território a ser implantado a UPS;
i. Capacitação dos policiais, conforme matriz curricular da UPS;

7.2 FASE PRELIMINAR:

(1) Capacitação dos Oficiais – Comandantes de UPS e Praças - Operadores


da UPS

Os policiais militares que atuarão nas UPS deverão receber capacitação específi-
ca para a missão a ser realizada, enfatizando-se, dentre os conteúdos a serem ministra-
dos, os princípios e a filosofia da Polícia Comunitária, em um período compreendido de 5
(cinco) dias, conforme grade curricular específica.

(2) Competência da Diretoria de Ensino e Pesquisa (DEP)

Deverá adotar as medidas necessárias à organização e à coordenação de todas


as atividades afetas ao planejamento e à realização do Curso de Capacitação de
Policiais Militares para Atuação nas Unidades Paraná Seguro, destacando-se:

- elaboração do Plano de Curso;

- designação de Instrutores e Monitores;

- estrutura física e logística necessárias ao desenvolvimento do Curso;

- expedição de certificados;

- outros procedimentos próprios da área de ensino da Corporação.

(3) Competência dos Comandos Regionais de Polícia Militar (CRPM)

Deverá adotar as medidas necessárias à seleção e ao encaminhamento dos


efetivos para a realização do Curso de Capacitação de Policiais Militares para Atuação
nas Unidades Paraná Seguro, conforme datas e locais previstos no planejamento.

(4) Estruturação do Curso

O regime do Curso de Capacitação dos Oficiais e Praças das UPS será de 05


dias, divididos em dois momentos: dois dias de nivelamento e três dias de oficinas
técnicas de microensino, onde os discentes terão que exercer a docência a respeito das
disciplinas trabalhadas (microensino). Para tanto o discente deverá ministrar uma aula de
determinada matéria, acompanhado e avaliado pelo facilitador e pelos demais
integrantes da turma, conforme tabela abaixo:

1º DIA – Manhã
07 - 09: Palestra a respeito do UPS – Filosofia, metodologia, estratégias/debate.
09h30 - 12: Processo andragógico (técnica do micro-ensino/apresentação das maté-
rias que serão desenvolvidas).
1º DIA – Tarde
13h30 - 15: Trazer o modelo OSTE/SP, GEPAE-RJ/GEPAR-MG/UPP (Unidade de Po-
liciamento Pacificadora)-RJ, através de palestra de um profissional experiente, com
pontos positivos e negativos/ debate.
15h30 - 18: Palestra do policiamento comunitário do Sistema Koban adaptado a rea-
lidade brasileira através de palestra de um profissional experiente /debate.
2º DIA
Dinâmicas e Distribuição das Matérias
Montagem das Oficinas
3º DIA
Oficina técnica Contexto Contemporâneo e Realidade Brasileira e Cidadania e Direi-
tos Humanos.
Oficina técnica Ética, uso diferenciado da força e diminuição da letalidade policial.
4º DIA
Oficina técnica Estratégias Contemporâneas de Segurança Pública e Aplicação da Lei
no estado democrático de direito
Oficina técnica Prevenção Situacional do Delito e Construção de Redes Sociais.
5º DIA
Oficina técnica Administração Pacífica de Conflitos, Mídia Training (jornal da UPS) e
Tecnologia de Informação.
Feedback da avaliação das oficinas técnicas, Avaliação do Curso e encerramento.

(5) Corpo Docente:


Deverá ser constituído por profissionais/oficiais das policiais militares dos Estados,
devidamente convidados pela DEP, que possuam conhecimento e práticas de sucesso
nos conteúdos trabalhados.

(6) Corpo Discente:


Deverá ser constituído por oficiais e praças da PMPR que possuam no mínimo
curso de promotor de polícia comunitária ou equivalente, indicados por seus
Comandantes para serem integrantes dos efetivos responsáveis pela atuação na UPS;

(7) Perfil do Discente Capacitado:


Ao final do curso, o profissional deverá ter condições de capacitar grupos de
atores em condições de executar suas atividades em áreas de vulnerabilidade social com
base na filosofia de polícia comunitária, direitos humanos e técnica policial. Devendo
priorizar as ações de caráter preventivo, desenvolver e participar de projetos sociais, que
visem à interação da comunidade com a polícia e demais órgãos de defesa social,
melhorar o relacionamento e a visão dos moradores destes locais com a polícia e
respeitar a dignidade dessas pessoas.

(8) Frequência:
A freqüência às aulas é obrigatória e considerada ato de serviço (é dever do
policial militar participar de todas as atividades estabelecidas para o treinamento, sendo
sua ausência, não justificada, considerada transgressão disciplinar).

7.3 1ª FASE – PLANEJAMENTO E PREPARAÇÃO PARA A IMPLANTAÇÃO DA


UPS:

(1) Conceito da Operação:

a) A PMPR, através da conjugação de esforços de diversas OPM/OBM, mediante


a adoção de ações operacionais integradas com outros órgãos da segurança pública, na
fase inicial de atuação terá a incumbência de preparar o ambiente para a efetiva
instalação das UPS. Essa fase terá como principal característica a realização de
Operações de Saturação por Tropas Especializadas (OSTE), objetivando criar as
mínimas condições de aproximação em comunidades descrentes do trabalho da polícia,
ocasião em que será realizado o congelamento da área, o qual consistirá na atuação
permanente do efetivo nas 24 (vinte e quatro) horas do dia, através de Postos de
Bloqueio e Controle, realização de Operações Batida Policial e Saturação, realização de
Operações de Ações Integradas de Fiscalização Urbana (AIFU), bem como apoio aéreo
através de Helicópteros, consistindo em um ataque específico aos locais e problemas
mais sérios com apoio de tropa da área ou de recobrimento.

b) A Operação de Saturação por Tropas Especializadas terá uma duração de


aproximadamente 7 (sete) dias, sendo então substituída pela efetiva implantação do
Policiamento Comunitário da Unidade Paraná Seguro, o qual terá características próprias
e será implementado por policiais militares especialmente capacitados para essa missão.

(2) Condições de Execução:

a) Congelamento da área através de intervenções em postos de bloqueio e


controle: a cargo da PMPR com apoio de Guarda Municipal da área da implantação (se
houver no município);

b) Cumprimento de Mandados de Prisão e de Mandados de Buscas e


Apreensões: a cargo da Polícia Civil do Estado do Paraná (operação a ser
desencadeada simultaneamente à ocupação do terreno e montagem de postos de
bloqueio e controle pela PMPR e Guarda Municipal, se houver);

c) Operações de radiopatrulhamento, saturação e abordagens diversas: a


serem desencadeadas por efetivo de BOPE, Choque ou similar, após o encerramento
das ações de cumprimento de Mandados Judiciais.

(3) Comando:

a) Comandante da Operação: Será do efetivo de BOPE, Choque ou similar;

b) Subcmt. da Operação: a ser designado pelo Cmt da Operação.

(4) Data/hora: Início: no dia “D” às 5h00min;

(5) Local de Concentração do Efetivo para início da Operação: Deverá ocorrer


em local que permita o controle do efetivo e uma preleção inicial (instrução acerca da
atividade a ser desenvolvida);

(6) Perímetros de Atuação:

a) 1º Perímetro da Área de Operação: será definida pelas vilas e bairros que


compreender a área critica determinada pelos maiores índices de ocorrência,
criminalidade e de vulnerabilidade social;

b) 2º Perímetro da Área de Operação: espaço geográfico que delimita o primeiro


perímetro e que por este motivo merecem especial atenção pelos órgãos de segurança,
em decorrência de eventual movimento de migração de criminosos e ilicitudes.

(7) Composição das Forças de Segurança:

Para o cumprimento da fase da Operação será composta uma Força Tarefa


composta por Unidades Especializadas da PMPR (BOPE, Choque, Cavalaria, Transito
Urbano e Rodoviário, Ambiental, BPEC, GRAER, Corpo de Bombeiros), Polícia Civil do
Estado do Paraná e Guardas Municipais do Município de atuação.

(8) Efetivos e Viaturas a serem aplicados:

Cada UOp envolvida na Operação deverá disponibilizar quantitativo de efetivo e


de viaturas compatível com a importância do evento, estabelecendo cada uma os turnos
de serviço mais adequados às atividades e missões para as quais serão designadas, de
acordo com a programação de atuação ininterrupta nas ações referentes à 1ª Fase da
Operação, destacando-se: Postos de Bloqueio e Controle, Batida Policial, Saturação.

(9) Atuação das Forças de Segurança:

a) BOPE e CHOQUE

Deverá atuar através do emprego de Guarnições RONE e


CANIL em atividades de patrulhamento radiomotorizado, batidas policiais, saturação e
incursões a pé em locais de difícil acesso, concentrando seus esforços no espaço
geográfico denominado “1º PERÍMETRO da área de operação”.

b) TRÃNSITO

Deverá ter sob sua responsabilidade o desenvolvimento de no


mínimo dois postos de bloqueio nos locais considerados de maior movimento e
circulação de veículos;

c) RPMon

Deverá ter sob sua responsabilidade a realização de um posto


de bloqueio e aplicar o policiamento hipomóvel da principal via pública da área da
operação até o limite da divisa do bairro ou localidade considerado;

d) GRAER

(1) No primeiro dia da operação, ao nascer do sol, o GRAER


deverá empregar uma aeronave do tipo helicóptero em apoio às operações
desencadeadas por terra, permanecendo pousada em local estratégico nas proximidades
do local de Operação, bem como realizando sobrevôos sobre o 1º e 2º Perímetros da
Área de Operação, de acordo com orientações a serem repassadas pelo Comandante da
Operação.

(2) Do segundo ao sétimo dia será empregada uma aeronave


do tipo helicóptero em sobrevôos e apoio em horários específicos, a serem estabelecidos
pelo Comandante da Operação.

e) AIFU
No período de uma semana que precedem a implementação
da UPS deverão ser realizadas no mínimo duas Operações do tipo AIFU (Ações
Integradas de Fiscalização Urbana), uma na região denominada 1º Perímetro e outra na
região denominada 2º Perímetro da Área de Operação.

f) Guarda Municipal e de Trânsito Municipal da área da UPS

No primeiro dia da implantação a Guarda Municipal e de Trânsi-


to Municipal deverá apoiar a Polícia Militar em atividades de controle de acesso ao 1º Pe-
rímetro da Área de Operação, mobiliando o seu efetivo no terreno.

7.4 2ª FASE - IMPLANTAÇÃO DA UPS E SUA MANUTENÇÃO

1) Conceito da Operação:

Esta fase é a consolidação dos esforços anteriores, pois consistirá na


materialização plena de um dos vetores do Programa de Governo Paraná Seguro, ou
seja, a implantação propriamente dita Unidade Paraná Seguro (UPS), que terá suas
atividades iniciadas a partir da solenidade oficial de implantação e a executará por tempo
indeterminado.

2) Comando:

a) Comandante da Operação: Atribuição do Cmt. da UOp da área


considerada;

b) Subcmt. da Operação: Atribuição do Sub Cmt. da UOp da área


considerada;

c) Comandante da UPS: Oficial Intermediário ou Subalterno,


devidamente capacitado na fase preliminar.

3) Composição das Forças de Segurança:

a) Efetivo:

No mínimo será composto por 62 (sessenta e dois) Policiais Militares


previamente capacitados para a atuação na UPS.

b) Viaturas: (estrutura mínima)


 Módulo Móvel: 1 (um) Módulo Móvel;

 Viaturas: 2 (duas) Viaturas Leves;

 Motocicletas: 2 (duas) Motocicletas;

 Bicicletas: 2 (duas) bicicletas.

c) Turnos:

Conforme planejamento a ser realizado pelo Comandante da


Operação;

d) Uniforme e armamento

O orgânico de cada OPM/OBM empenhada.

4. Após a implantação da UPS:

Após as operações de impacto, inicia-se a implementação da UPS, com a entrada


do efetivo previamente capacitado para este fim, e caracteriza-se pela adoção das se-
guintes ações:

a) Introdução do policiamento comunitário permanente com a retirada da Tropa


Especial empregada na intervenção operacional;

b) Cadastramento dos moradores do território por meio de visitas comunitárias;

c) Identificação dos parceiros que irão compor as Câmaras de Trabalho;

d) Reunião com os comandos das Unidades Operacionais de Área, parceiros, po-


licias militares e órgãos de segurança que irão atuar permanentemente no território;

e) Identificação das demandas da comunidade através das Câmaras de Trabalho


estabelecendo os subprojetos;

f) Tecer a rede de ação comunitária;

g) Capacitação das lideranças comunitárias na doutrina de polícia comunitária e


na metodologia de Redes de Ação Comunitária para desenvolver a segurança de modo
sustentável e permanente;

h) Fomento aos projetos das Câmaras para resolver os principais problemas da


comunidade;

i) Implantação e acompanhamento dos projetos dos parceiros (denominados Sub-


projetos).

j) O policial militar integrante do Sistema de Bases UPS deve estar cônscio de su-
as responsabilidades profissionais, utilizando o sistema nas situações de interesse da
Segurança Pública e com estrita observância às garantias constitucionais relativas à
pessoa humana;

5. Avaliação de Desempenho
Deverá haver um Acompanhamento constante do desempenho através das ferra-
mentas típicas deste contexto e com suporte no elenco consignado abaixo:
Índices criminais (Georeferenciamento);
Contato direto com a comunidade;
Relatórios;
Correção de Desvios.

6. Ampliação do Sistema:
Treinamento de novos grupos de policiais comunitários;
Ciclos de palestras, cursos, e estágios em todos os níveis hierárquicos
da Corporação;
Escolha de novas áreas utilizando-se da experiência adquirida.

7. Critérios de Atuação profissional


Tempo de aplicação semanal por PM de 44 horas no máximo;
Turnos: a critério do PM comunitário, cientificada a sua supervisão;
Apresentação diária ao Supervisor ou Cmt. da UPS;

8. Quanto ao subsetor de aplicação:


Extensão variável, obviamente, mas o PM deverá levar no máximo 8 (oi-
to) meses para visitar todos os endereços;
Preferivelmente o Centro Integrado de Segurança Comunitária deverá
estar dentro do subsetor ou pelo menos dentro do Polígono de Seguran-
ça.

9. Casos fortuitos

Demais aspectos referentes a procedimentos de funcionamento da UPS não


especificadas neste expediente, em face da dinâmica estrutural, deverão ser tratadas
com o Comando-Geral (Cmt-Geral e Subcomandante-Geral) e Comando Regional, com o
escopo de promover o ajuste pontual, salientando-se ser imprescindível o
desenvolvimento de ações comunitárias integradas pelo Governo do Estado e do
Município.

8. MODELO DE PROJETO LOCAL DE POLÍCIA COMUNITÁRIA

8.1 Planejamento estratégico:

1ª etapa: Identificação das lideranças locais

- Verificação da existência de Sociedade Amigos de Bairro, Entidades Religiosas,


Conselhos Escolares, outras Entidades governamentais e não governamentais.

- Através de contato com a Polícia ( Militar e Civil ) da área e Administração Re-


gional.

- Anotações de todos os endereços e telefones para contato e agendamento e


visita.

2ª etapa: Contato com as lideranças locais

- Através de visitas explicando o objetivo do projeto;

- Entrega de um esboço do projeto;

- Convite para posterior reunião;

- Palestra sobre Polícia Comunitária.

3ª etapa: Palestra sobre Polícia Comunitária

- Esclarecimento sobre o que é a Polícia Comunitária;

- Divulgação de material sobre Polícia Comunitária;

- Apresentação da proposta de trabalho junto à comunidade;

4ª etapa: Identificação dos problemas do bairro

- Reunião com representantes da comunidade para identificar os problemas do


bairro.

- Priorização de problemas do bairro.


- Indicação de representantes que formarão um comitê (ou conselho) de implan-
tação dos trabalhos de Polícia Comunitária;

- Discutir estas questões com as polícias do bairro; .

5ª etapa: Coleta de informações (características sócio-econômicas, característi-


cas geográficas ambientais)

- Informações: perfil da área (mapa preciso, número de residências, número e ti-


po de comércio, escolas igrejas, associações, postos de saúde, área de lazer,
entre outros; perfil dos habitantes ( idade, sexo, grau de instrução, profissão, esta-
do civil, se empregado etc);

- Verificação de responsáveis pela coleta e locais a serem coletadas as informa-


ções. Estas informações podem ser fornecidas pela própria polícia, órgãos públi-
cos locais e entidades existentes no bairro;

- Tabulação e análise das informações. Sociabilizar as informações a comunida-


de.

6ª etapa: Indicativos dos problemas locais

- Após traçado o perfil da comunidade local, verificar quais as dificuldades que se


enfrentam para o exercício dos direitos e garantias individuais e coletivas e o grau
de segurança;

- Registrar e analisar os resultados que implicam nas dificuldades de se ter uma


qualidade de vida melhor;

- Identificar os órgãos envolvidos nas questões;

- Desenvolver um plano inicial (esboço) contemplando os problemas locais, os


pontos de participação de cada órgão e da comunidade.

7ª etapa: Fixação de metas

- Após a avaliação das necessidades deverão ser fixadas as metas;

- Para quem? Onde? Quando? Como? E Para Quê? Se fixarão essas metas?

- Não basta fixar metas apenas para serem cumpridas,

- As metas deverão ter significados e que sejam interessantes à comunidade;

- Identificação das áreas de aceitação comum ( criação ou melhoria de áreas de


lazer, programas de requalificação profissional etc );

- Fechamento do projeto, com a participação de todos os segmentos, estabele-


cendo responsabilidades, cronogramas e metas.
- Eventos que consolidem a sistematização do trabalho de Polícia Comunitária e
que uma vez compreendido não será mais esquecido.

8ª etapa: Estratégia de Implantação

- Identificação de responsáveis capazes de auxiliar na resolução dos problemas


apontados, possibilitando que se atinja as metas fixadas.

9ª etapa: Controle de qualidade, desenvolvimento contínuo e atualização dos


trabalhos

- O comitê de implantação se reunirá no mínimo uma vez por mês ou sempre que
necessário e será responsável pelo controle de qualidade, desenvolvimento contí-
nuo e atualização.

- A avaliação poderá ser realizada através de:

► um indicador (um fato que indique se o projeto atingiu ou não o objetivo):


→ dados estatísticos – acompanhamento da diminuição ou aumento da cri-

minalidade, referente as ocorrências na comunidade;

→ pesquisas com levantamentos (registros de ocorrências) e questionários

sobre o grau de satisfação da comunidade e se continua temerosa.

→ contato pessoal com a comunidade.

► forma de verificação (atividade que permita a demonstração do que foi feito


em relação ao indicador);

► momento de verificação (o momento da verificação do aprendizado, no iní-


cio, no meio, ou ao final das atividades.

É preciso observar se :

- O projeto atingiu os objetivos dentro do prazo previsto ?

- Se não atingiu, quais foram os entraves que surgiram para o impedimento do


avanço do projeto ?

- Quais foram as atividades realizadas ?

- Quais foram as tentativas para a realização dessas atividades ?

- Quais as dúvidas que se manifestaram ?

- Quais foram as interferências necessárias par a realização das atividades ?


- Houve demonstração de independência do grupo em relação às atividades ?

- O grupo revelou progressos ?


- Se almejamos um desenvolvimento contínuo, necessitamos tomar certos cuida-
dos como acompanhar as atividades analisando os avanços e dificuldades, bus-
cando meios para facilitar a superação dos obstáculos, incentivando o grupo a
caminhar, uns ajudando os outros, sabendo que é preciso de tempo para exercitar
e incorporar uma nova filosofia de trabalho para interagir com o meio e desse mo-
do os conhecimentos adquiridos se tornarem definitivos.
Os desafios da vida são constantes e isso requer uma atualização permanente pa-
ra a elaboração de novas informações adequando às situações de momento que
surjam durante o transcorrer do processo.
A eficiência e eficácia de um trabalho de Polícia Comunitária pode ser mensurada
pela ausência de crime e de desordem, pelo apoio da comunidade nas questões
de segurança.

9. ATIVIDADES QUE PODERÃO SER DESENVOLVIDAS NA COMUNIDADE, COMO


FORMA DE PARTICIPAÇÃO SOCIAL NA PREVENÇÃO E PREPARAÇÃO DA COMU-
NIDADE:

- Palestras sobre variados temas conforme as necessidades locais;

- Cursos de preparação de lideranças comunitárias,

- Debates em Escolas envolvendo o corpo docente, administrativo e operacional


(Participação da Escola na melhoria da segurança no bairro, Relacionamento co-
munitário, Participação da comunidade na Escola etc );

- Eventos com apresentações de música, dança e grupos locais;

- Encontros de moradores de uma rua para atividades comuns e sociais (um chá
da tarde, um bingo, etc);

- Educação para o trânsito nas Escolas (Polícia de Trânsito);

- Campanhas de prevenção e orientação ao pedestre e ao motorista;

- Semana de prevenção à saúde (Secretaria da Saúde );

- Semanas cívicas, de meio ambiente e de mutirões no bairro;

- Finais de semana de lazer e recreação (Escolas ou outros espaços disponíveis-


Secretaria da Cultura e de Esportes ou Empresas Privadas);

- Reuniões de trabalho com as lideranças locais, com os poderes públicos locais


e com a iniciativa privada;

- Orientação com relação às medidas que devem ser adotadas quanto a:

► Segurança pessoal de seus bens;

► Segurança residencial;
► Segurança em relação as crianças;

► Segurança escolar etc.

- Programa de restauração do bairro (ruas limpas, árvores cortadas, calçadas ar-


rumadas, muros pintados, etc)

9.1 O trabalho de Polícia Comunitária deve ser:

- Apartidário, apolítico;
- Envolver a Polícia Militar direcionando à prevenção e quando necessário, inten-
sificação do ostensivo;
- Envolver a Polícia Civil, para aproximação e familiarização com a comunidade,
esclarecendo questões pertinentes e bom atendimento do cidadão no Distrito Poli-
cial, bem como dar o caráter social e preventivo a investigação criminal;
- Sensibilizar e manter contatos com autoridades de vários organismos públicos
para a garantia do desenvolvimento do projeto;
- Desvinculado de qualquer interesse particular, religioso e ideológico;
- Com objetivos claros e definidos, sempre prestando contas à comunidade;
- Voltado à reeducação da comunidade;
- Em qualquer das situações mostrando sempre o lado educativo para evitar con-
frontos;
- Estar sempre preocupado com a integridade física e moral dos participantes;
- Esquematizar a viabilização de formas de proteção aos participantes do projeto;
- A qualquer indício de exposição de qualquer um dos participantes, providenciar
apoio às autoridades competentes;
- Desenvolvido priorizando o respeito a dignidade humana;
- Priorizando os mais carentes e necessitados;
- Ser flexível e constantemente reavaliado.

8. PRESCRIÇÕES DIVERSAS

a) No fórum comum, as ações da UPS serão planejadas, atendendo-se à vocação


de cada parceiro, às necessidades de cada comunidade, aos anseios da co-
munidade atendida e principalmente visando a redução dos índices criminais e
de violência.

b) Os atores envolvidos deverão ser capacitados por multiplicadores certificados


pela SENASP, obrigatoriamente para os policiais e bombeiros estaduais, guar-
das municipais e conselheiros tutelares, desejável para os demais parceiros;

c) Quando da implantação da UPS em uma localidade, a coordenação estadual


de Policiamento Comunitário deverá mobilizar e orientar as lideranças comuni-
tárias para que multipliquem o conhecimento acerca da UPS;

d) Quando da implantação da UPS em Território de vulnerabilidade, o Comitê


Local Pronasci será membro da Câmara de Segurança Pública, servindo como
elo à SENASP para que todos os projetos Pronasci oportunizados sejam exito-
samente instalados no Território da paz.

ASSINADO NO ORIGINAL
Cel. QOPM Roberson Luiz Bondaruk,
Comandante-Geral da PMPR.
DISTRIBUIÇÃO: SESP (Gabinete do Secretário); Cmdo. Geral; Subcmdo Geral; Gab. Ch EM; 1° ao
6º CRPM, CCB; Diretorias; GRAER; UOp e UOp Especializadas;

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