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. do para desenvolver uma teoria completa sobre policiamento comunitário, mas trata-
i ...............,,.,-e.
- , lugar apropria . . d 1. . .
2. Este nao e O , h ve que têm sido negligencia as ou ma -interpretadas em discussões anteriores.
C OMO REC ONHECER UM BOM POLICIAMENT O
- ----
tendc!ncia deChãiiiãr 9 ;.-se tudo de "policiamento comumtano é tambéÍniiina p,;.
-- -- --------- ---------~
tica bastante difundida.
Para explorar algumas mudanças na polícia, o policiamento comunitário Pode
ser comparado ao modelo atual sobre as dimensões-chave da eficácia, eqüidade e efi.
ciência policial (Eck & Rosenbaum, 1994). O eú!>li~ esp:_r~ qu:.. a polícia seja eficaz
nos serviços 9ue e!~ fornece; que ofereça serviços de maneira eqüi~ ,.,,'
comunidade; e que faça!;,do eSforço para conseg"uifêjuê eStes serviçoS e1i<azes e )ii;:,
tos sejam fõrõecidõs a üm custo iníiiimo para a socieda"de (isto é, eficiência). o mÕãe-
loCle policiãriiento comuriitário ·vira os holofÕtes iiãrãafflcic!ncia-poticial-de uma
maneira que outros enfoques não fazem. Em conseqüência, este capítulo dará uma
atenção desproporcional à questão da eficácia. Além disso, em função das preocupa-
ções fiscais atuais no Canadá e nos Estados Unidos, este capítulo também dará aten-
ção considerável à eficiência policial.
A EFICÁCIA POLICIAL
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A MUDANÇA IJ O PAPEL DA PO LICI A .....
·ados __-:-
J
a dirigir a esmo em suas rondas
-
até serem despachado s para um mc1
----
. 'd ente mas
ão se pede que eles procurem - ou lidem com eles _ por pad õ d . 'd__,__
n - . .- - - - _ _ r es e mc1 entes ou
"pontos
_-~ ditíce1ç~~ germam um problema persistente
----_.;~.....:..::.::.::..r
_.:.:.:'.'. '. ' no ba1rro.
• - -
Observando-se . o processo.de solução de problemas mais· de perto, - il ummam-se
.
as diferenças mais fundamentais entre o policiamento com um't'ano · e os mo de1ostra-
--=------=-:;=.:::....:.:~~:.
dicionais. A solução de problema não é um dado isolado . -: requer um ~rau eIeva do
de participação
., . da comunidade. Este fato nos leva ao cerne da- teona · do po1·1ciamento
· --
comumtano.
-
ca. Com o aparecimento do policiamento comunitário, a ênfase agora se voltou para a
"co-produção" da segurança pública (Lavrakas, 1985; Murphy & Muir, 1984;
fo;nbaum, 1988; Wilson & Kelling:í982). Neste contexto, a segurança é vista como
uma mercadoria produzida pelos~ os conjuntos da polícia e da comunidade, tr! -
8
balhando juntas de maneira nunca prevista ou encorajada no passfilio •
A razão desta nova orierrtação deve ser esclarecida para aqueles que criticam o
papel da "comunidade" no policiamento comunitário. Se estamos interessados em
reduzir crime, a desordem, o medo de crime e outros fatores que depreciam a qua-
O
lidade da vida urbana, devemos estar atentos às descobertas das pesquisas (e experiên-
cias pessoais), pois nos relembram que os resultados dos crimes relatados são contro-
lados pelas forças econômicas e sociais na comunidade (para uma revisão, ver Bursik
& Grasmick, 1993).
s. Gostaria de observar que o policiamento comunitário nasceu nas cidades norte-americanas maiores porque as
comunidades minoritárias mostraram insatisfação com o tratamento não-receptivo e aparentemente injusto da
polícia. Nesses casos, o aparecimento do policiamento comunitário poderia ser visto como uma tentativa da po-
lícia de aumentar a confiança e estabelecer melhores relações com os bairros deteriorados junto ao centro das
cidades.
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CO M O R ECO NHE C ER UM BOM P O LI C íAM E NT o
- A primeira coisa para se entender é que a paz pública das cidades - a paz nas cal d •
'
, nas ruas _ não é mantida pelas ,orças poJ'1C1a1s, . necessárias. t manrid,;
. . mesmo que e1as seJam ça t
l
em primeiro lugar, por uma rede intrincada e quase inconsciente de controles e padrões • ~
luntârios entre as próprias pessoas, e que elas próprias se encarregam de fazer com que sejam
10
brir _____________ -
...._modos criativos d~ C omunidack§ a ~e -ajudarem a si próprias9 • -- ----
munitária. Q~safiQ_para as polícias, no final d~ ~écu!~~ e no século XXI, é desco-
Para prevenir o crime, devemos primeiro entender as forças por trás do crime, no
nível de vizinhança. Um conjunto crescente de pesquisas fornece apoio à teoria da
--
desorganiza ão social, que deriva do trabalho clássico de Clifford Shaw e Henry
McKay (1942). De acordo com este mo elo restauraoo,ã atividade'<:rimi'flõsãê enco-
rajada quando um bairro está socialmente desorganizado, ou seja, é incapaz de exer-
cer controle social informal eficaz sobre seus residentes e atingir os objetivos comuns,
tais como reduzir a ameaça de crime (ver Bursik & Grasmick, J993; Byrne & Sampson,
1986) Ba · ·a1 d · · ·
· irros soc1 mente esorganizados são incapazes de criar e sustentalJ!}st1tu 1-
- 1 . --- ------ -
~oes oca,s. Em razão da mudança freqüente e da heterogeneidade da populaçJo, é
lfiiprovâvel que os ·d d . . , • s
outros e trabalhem res, entes
. esenvolvam relacwnamentos pnmanos uns com 0
. em con1unto para resolver os problemas do bairro.
Bairros não pr · il • d . .
1a) para terem ,v eegia os necessitam de uma intervenção de fora (em larga. esca-
. alguma . .
_ . sperança de melhorar o ambiente mas as opções d~
çao e aut~nza_ção do.cidadão dentro do bairro são inúm;ras. Os residentes locais po-
9. M~mo I agfocia policial 1 . d . .
-- ---------------
. u tc1onal, • ., era·
çao rotai dos mid,ntes loe.a · Pr«s1va , ,orçada a rttonh,"r qu, pouco ,la pod, furr ~m a coop
ts que ~rvern . . .
como testanunhos, informanr,s sobr, os incid,ntrs cnnuna1s.
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A MUDANÇA DO PAPEL DA POLICIA: ...
dem efetuar diferentes ações para ajudar a prevenir o crime e a desordem (DuBow,
McCabe & Kaplan, 1979; Lab, 1988; Lavrakas, 1985; Lewis &Salen, 1986; Rosenbaum,
1988). Eles podem _s~ lver em sua proteção e de suas.famílias, de suas proprieda-
des e seu bairro através de ações coletivas ou individuais. Expandir o papel dos· cida-
dãos comuns nos esforços contra o crime tem sido recomendado por várias comis-
sões nacionais nos Estados U i l t ~ C1al do policiamento comunitário deve
le~r essas idéias para um nível mais alto - engajar a comunidade em maneiras expe-
rimentais de resolver os problemas do bairro. Os papéis-chave ara a comunidade são
clarõ"s~ onstrução da comumaade e reso u ão de roblema. )ti
Construção da Comunidade. Se as comunidades padecem de desorganização social,
deve-se tentar fortalecer os relacionamentos sociais e aumentar a afeição dos residentes
para com o bai_!!2:-.Çonvencer os residentes a trabalharem juntos para conseguir objeti-
vos comuns do bairro é um dos caminhos para estimular a interação social e construir
um relacionamento social. O envolvimento dos residentes da comunidade local em pro-
jetos contra o crime no bairro e projetos orientados aos jovens pode fortalécer os contro-
les sociais informais no nível do bairro e contribuir com o objetivo geral de criar comu-
nidades de auto-regulamentaçã~ Organizando os residentes locais e encoraj~ndo uma
int~ ação social mais freqüente, espera-se criar um ambiente social onde as pessoa~ se
tornem mais atentas ao território da vizinhança-isto é, aumentem a supervisão_em rela-
ção aos comportamentos suspeitos" ofereçam uma supervisão maior ao~ jovens locais e
demonstrem um desejo mais forte de intervir quando necessário para estancar ou deter
um comportamento anti-social. As possibilidades de en~olvimento são ilimita~as, em-
bora os resultados permaneçam incertos. É necessária uma experimentação contínua.
Neste aspecto, 0 que foi dito sobre envolver os cidadãos no P,oliciamento_comu-
nitário já superou a realidade. Por várias razões, a participação da comunidade no
policiamento comunitário tem sido limitada em muitas ci~ades (ver Sadd &
Grinc,1994). Em bairros altamente desorganizados e não-privilegiados, pode ser de-
mais esperar que os cidadãos individualmente ou organizações populares voluntárias
façam papel principal para interromper o crime, a atividade de drogas, a desordem,
O
exceto em espaços geográficos muito definidos. Entretanto, vou recorrer a uma defi-
nição mais ampla de "comunidade" e sugerir que a primeira tarefa a nosso alcance é
mobilizar as instituições e agê~ ~oc~ xistentes na vizinhança, tais como igrejas, )k
·escolas-e agênc~ço social (adiante há mais sobre este tópico). Teoricamente,
·a apli~a._ção c~ordenada e persistente de recursos ad~cionais ajudaria a aumentar 0
po~ s resiêle~ ocais at~avé~ d~~!!!P.º• se os recursos forem usados para refor-_
çar os comportamento_s in~ee.e~~nte§ e ~.!_lto.:regylame~~ dores.
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COMO RECONHECER UM BOM POLICIAMENTO
42
>
A MUDANÇA DO PAPEL DA POLICIA : .. .
de crime" que podem ser implementadas para reduzir as oportunidades dos crimes
(Clarke, 1992), e medidas "sociais de prevenção do cri~e" que podem ser desenvolvi-
das para atacar as raízes que causam o crime (Rosenbaum, 1988). De qualquer modo,
as opções são numerosas e a escolha apropriada dependerá de como o problema for
definido e quais recursos estarão disponíveis.
Além de uma menor dependência de sanções criminais para resolver problemas,
um outro traço distintivo e crítico do policiamento comunitário é o desenvolvim..,:nto r
de parcerias com outras instituições e agências para mobilizar recursos adicionais. _
Hoje, a formação de '2 j°rcerias--;;~ "coalizões" é uma das estratégias preferidas da enge-
nharia social que procura "fazer a diferença" nas comunidades urbanas. Da perspecti-
va da polícia, a formação e a utilização de parcerias entre agências rryresentam mu-
dança signifi~ativa no papel tradicional da polícia;!-sta atividade de co-produção não
ap enas reconhece as limitações dá põifciã
Cômo organização única de contenção e
dependência, mas enfatiza a impo; tância dos recursos da comunidade como elemen -
tos-chave num plano a rangente de controle do crime. _ . ,. , . ,
- -A t · b" - t , noção de parceria é digna de nota. A 1de1a bas1ca e que os
eona su 1acen e a . ,
.d _ muito comQlexos e é im_Eossível resolve-los atraves
problemas com que l1 amos sao _ _ -- - .
, . . -- - de definir com precisão o problema e fornecer
de uma umca orgamzaçao. O processo _ _ _ _ _ _ - , .
, _ '-:- oordenação e a aplicação de recursos de multi-
uma resposta requer, - efetivamente,ª
- • - c' ri.adas - tipicamente com o propos1to , . de desen-
p1as ',onte.s. por t an to, as parcenas sao c d b ntes (ver Cook & Roehl l 993;
. tégias coordena as a range ,
volver e implementa~ ~ tra _ R_ 11. 1992 . Klitzner, l 993; Prest by & Wandersman,
Florin, Chavis, Wandersman & ic ' '
1985). hado a formação de parcerias para combater a
Nos anos recen eS, t temos testemun t" •dade faz parte de um movimento mais am-
. . . b d drogas, e esta a iv1
v1olenc1a e o a uso e . ·t ' ias em resposta a uma larga gama de proble-
tratég1as comuni ar .
pio de desenvolveres d de avaliação promissores foram obtidos estudan-
. . plo resu 1ta os
mas soc1a1s. Por exem , ' d moção da saúde (Shea & Basch, 1990) e prevenção
. as areas e pro
do-se as parcerias n . Pentz et ai., 1989), em que pais, escolas, mídia
(Johnson et a1., 1990 •
do uso de drogas d se uniram para prevenir o aparecimento desses proble-
e outros agen tes de mu
. d ançastituto Nacional de Justiça, . meus colegas e eu recentemen -
O 1
mas. Com O subsidio ity n Responses to Drug Abuse Program IPrograma de Respos-
i
r mosoCommun
te ava 1ª .dade ao Abuso de Drogas I em nove cidades .
e descobrimos que
tas da. Comun1 Hciais e comunidade . d .,~ .
Pº em e_u:t.uramen.t.e..trabalhar com outras agên-
organwções1'º-oliciamento
-:- - como na .E!evenç_ao,...one.ntand_o
- . os .~ovens (Rosenbaum
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Título do original em inglês
Titulo original,
Vários autores How to Recogn1u Good Potiring, Problem, and lssues
Bibliografia
ISBN 978-85-314-0701- 7
02-2018
CDD-363.2
1ndices para catálogo sistemático:
J. Policiamento: Avaliação: Problemas e Serviços Sociais
363.2