Você está na página 1de 12

U PI :_ i l

#1116
~~
\
t .t ~ ,.

RECO!AENDAÇOES
AO MEDICO
QUE PRAT,ICA
A PSICANALISE
(1 91 2)
.:. :- _:: - 3= :cri: C"S) C, C~\,i.\ '_11,SCn EN
: =-.: \: _, \~'-:,,_1 2 _ C..\DO PR tMEtRAM ENTE
=._. .: ~--'. -.:- : _3~ ~~ ,=-~ 1'1 ..:-~ y.:-r'OANALY5[
--,~.:. -- c-r
-.._ ~
, - ,--11
.:_, \\ t,Í JfS'
::;i ~"""\"-\ _ C. 2N9
- _,]"V~, .. ,
-- _- _ - -.. . .._
--

=-= _~ 3:3'- S 7.!::.:U::.ID : G"E: G~ :...1.1.'-![ LTE


, .:- •.: , . := =-. :3 ?6-S ?; T-\~-!SÉM SE .L\CHA
:: ' ~ - _ _- .:- ·, .!_ S-7:.SE. [ i::;~~N ::U,YGSBANG

: . : - ~' '=:: ~•:: _EMENTAR ]_ ?P_ 159-8 0.


:: 5- .: · ~:. ::- '-CÃO FOI PUBLI CADA
: =- ~ ' . ~- -'• :ENTE EMJOF?i\',J. L DE PSICANÁLISE,
5: : :: :::tGE &RASJLEIKJ. OE PSICA.NÁLISE
::-=. SÃO PALLO , \'. 32, '! . SS 59, PP. 427 -35,
,\ C. =~' 3t\.J C:: 1999 ; ÃLG Ut--: As DAS
-.: -..:,s C'2 Ft.-~OuTOR FORA0I OMITIDAS
\ ~ cc:; :::5:: \ -;-E :: CJ IÇÃO.
. de lo ncros an os cte ex pe ri enc\,1. -...
, . [i o me resu 1taram :::,
As regras tecn1cas que o ereç tros catn i11 hos. Logo ~e n o L1t ;.\
. d , , . cetar e abandonar ou .
d epo1s e a propna custa en . m úni co prccc1Lo . E.s-
uitas delas podem se resumir a, d. u
que e1as , ou ao menos m ,
· , t is aos me 1cos qu
e exe r cc n 1 ·1
. •
" . L
pero que sua observancia poupe es1orços 1nu e . ., , . . _
. . - . as devo enfatt za r qu e c ssJ
psicanálise e lhes permita evitar alguma om1ssao, m
, . · h · d 1ºvidualid ade . NJ o ,n e at -
técnica revelou-se a un1ca adequada para a 1n1n a in . . , .
'd. d outra const1tu1çao seJa .
revo a contestar que u1na persona l1.d ad e me 1ca . e
· fa ·1 ser cun1prt ch.. •
levada a preferir uma outra atitude ante os pacientes e a tare e: '- ·

1
a) A primeira tarefa com que se defronta o analista que atende mais de un
paciente por dia lhe parecerá também a mais difícil. Ela consiste em reter na
memória todos os inúmeros nomes, datas, detalhes de lembranças, pensan1 e n-
tos espontâneos e produções patológicas que um pa~ieote traoi durante o trat:1-
mento, no curso de meses e anos e°'não confundi-lo~·' :,com n1aterial semelhante
' ~ ..........~ ~ ~ - - i

de outros pacientes, analisados antes ou no mesmo período. Quando temos


que analisar diariamente seis, oito pacientes ou mais, a proeza mnemônica qu e
isso implica despertará, nas demais pessoas, incredulidad e, admiração ou até
mesmo pena. De todo modo as pessoas estarão curiosas em relação à técnica
que torna possível dominar tão grande material, e esperarão que ela recorra a
meios espec1a1s. . +rn-i,? ~Ll''t'.JAJ\,~ç-
N o entanto, essa técnica é bem simples. Ela rejeita qualquer expediente,
como veremos, mesmo o de tomar notas, e consiste apenas em não querer not-
~r n_ada_em _e~pe~ial, e oferecer a tnd.o-o-que_s_e O}:lye _?. mesma ~~atenção flutú=
"9 nte"~ * segundo a expressão que usei. Assim evitamos uma fadiga da atenção,
que c~rtamente não poderíamos manter por muitas horas ao dia , e escapan1os a
um perigo que é inseparável do exercício da atenção proposital. Pois,_ao in-
~ensifi~ar_ª~-li~e~~dam_e nte a atenção, c~me5~1?os t~mbé_l)1 a sel~cionar em
I?ei<? a_(_) maJeriaLqJJ.~ se apse5entª;_fixamos com particular agudeza u1n ponto ,
eliminando assim outro, e nessa escolha seguimof ~ ossas expectativas ou in-
clinações. Justamente isso não podemos fazer; seguindo nossas expectativas ,
J\ +~C/M t_.o... doL ~ '!. ~ ~
tLLcnree :
:;_ µ < i : o ~ ~()>,. ~
~ -
. l: \U.J'tt>-. o.. ~'f'- .
. ~-LÃ. t-o.., Q., ~ d.t (.O)\lliA.
d,,9$ 't"o . ~ L.

~ ~ ~~ ~ f.0f(n~
os; seg uind o noss as in-
:~rr e~o s O peri go de nun ca acha r se nã o o qu e já sa bem
ebc r. Não deve mo s es-
:lina çoes , com cert eza fal sea rem o s o que. é poss ível petc
rá co nh ec id o· apen a s
::iuecer que em gera ] escu tam os cois as cuj o sig nific ado se
?Ost erio rme nte.
ssá ri a cont r~-
Cor no se Yê, o prec ei to de nota r igua lmen te_tudo é a nece
lhe ocor re. sem crít -
part ida à exig ênci a de que o anal isan d o relat e tudo o que
d.esp erdi ça em bo a
ica ou sele ção. Se o méd ico se com po rta de o utra n1an eira,
a fundan1ent~:d Óil ps-ícanál ise ''
part e o ...... 2:anho que resu lta da ob ediê ncia à " reo-r t, ..__~ Pt . L. . ~

ulad a assim :
po r pa rte d o paci ente . P a ra o méd ico , a reg ra pode ser form
de de obse rvaç ão e
n1an ter to da 1nfl uênc ia cons cien te long e de sua capa cida
expr esso de man ei ra
entr egar -se to talm ente à sua "me mór ia inco nsci ente ", ou,
a.) -• wtx >~ .. ~JLO . . f)lt" l
téc n ica: tc ~cu tar e não ~e preo cu par emn o tar alguo1a coi~
e) que dess e ·m o do alca nçam os satis faz
a toda s as exig ênci as dura nte o trata -

mtn t o . C)s elcn1 ento s do n1 aterial que já forn1am um -


nexo fica rão à dir! :os~ição °"'~ ~1)
t ~~

não relac iona dos, caot icar nent e e eso rd e-


Cl :--:~1.. il'n te d o m édi co; ou tros , aind a
n1ente na cons ciên -
n.1r~c. "· pJ recem prim eü o sub n1 e rsos , mas ernergen1 pron ta
u:i. LJt) logu 0 p:ic ic nte tra z al go nov o , ao qual aque les
pod em se li g ar e med i-
isan do, com urn
J.fHe t> quJI podem ter cont i nuid ade . Entã o rece bem os do anal
~.., :-r>, ). o ime recid o cu1npri111ento po r uma "me
mór ia extr aord inár ia", qua nd o
e nte teria con-
Jr' y , ;_- .1-- :~mtc temp o repr odu ziino s un1 deta lhe que prov avel m
i r: r: ·.c.: J .J 1n t cnç5 o co n scie nte de fixá- lo
na mem ória .
tos e circ un-
bYo s ~~ 1: ---H· p rnc e~o de reco rd ar suce dem apen as e m m o men
~t~n1...:.1"- cm que so n1 os pen u rb:id os pelo envo lvim ento
pess oa l ( ve r ztcli~HHt' \
r:i con1 o rnJ t1..'rt . t! ck
f11.·~rnd u mu 11,; :iquém do ideal do anal isu po n anto . .\lis tu
1

lHJ 1 r"" p:.t u1:1H ~ ~ Jco n recc rarJ rnen te . ~um


a even tual di sp uta com. o ,1n,1 h--, -
) o dh~ t· , ~c' r,d-
Jnd n, ~ubr e d<: ler o u n:to dito cena coisa, o u o mud o conH
men re u méd ico c '.l LJ ct n o . 1
4
. ·- 1 ·- ·~ -- - - - - - - -· - ---- - - - · · ·· . ,

q I t,' :-- e I t 'd i j,1rTl ;\t;1 $


e.te. Além da impressão desfavorá vel que isso cau ~a c m 8. -
~~1 11, ~ p,tcicnres, valem aqui as mesmas considera ções que tece m os a rcsp~it r rJ;J 1

,\t t' t\,-:10. 1\ 0 redigir nota s ou estenogra far, fazemo s forçosam ente uma <:iel eçãr-'

!Hv jud1ci :1l do que o uv imos e ocupamos urna parte de no ssa ati vidad e mental.
que tç ria melhor en1prego se aplicada na interpreta ção d o ma terial. P o d e-se
,td n1it1 r exceções a essa regra , sem qualquer objeção, no caso de da ras. texto~
de SPnlio~ ou co nclnsõ cs iso1adas dignas de nota, que facilmen te são destaca -
dos do contexto e se presta111 a um uso independe nte como exemplo5. :\la s
t;unbérn isso não costu1no fazer. Redijo os exemplos à noite , de memória, apó <;
o trabalho; os textos de sonhos que me interessam , faço os pacien tes rE:gis trdr-
c 1n após o relato do sonho.*

e) Ton1ar notas durante a sessão_po deria se r justificado gela intenção e::


t()rna r o caso objeto de uma publicaçã o científica. Algo que em p rincípi r) :-.2. r::i
~e pode proibir. Mas deve-se ter em mente que protocolo s e xatos : num ca.5 0
clinico psicanalít ico, ajudam menos do que se poderia esperar. .-\ rigo r. 0 s-:er.. -
t drn d pseudoex atidão de que a "moderna " psiquiatria nos oferece exE:rr_p >Js
notórios . Geralmen te são cansativo s para o leitor, e não consegue m su!J5r:.~.::-
para e le a presença na análise. A experiênc ia mostra que o leito r~se estiv e:- é.:.s-
p o sto a crer no analista, lhe dará crédito também pelo pouco de elaboraçã o que
ele e mp reendeu no material; mas, se não pretender levar a sério a análise ~ 0
analista, ignorará também protocolo s fiéis do tratament o . Este não parece- se :- ~
can1inho para remediar a falta de evidência que se enxerga nos rela[o s
psicanalít icos.

cl) U rn dos méritos que a psicanális e reivindica para si é o fato de- :-1::~~ =-= ~: .-
cidirem pesquisa e tratament o; mas a técnica que serve a uma co:i.rr2.c.:.z . ::.
partir de certo ponto, o outro. N.ão ~ bom trabalhar cientific amente ~--:: c2.s :
... • t,.L P' .~w-ocee
B. ~ ~~ Q.,l ~ ~ a.'erM:ltr= ~ .
b cl..u..10-rtl_ Ol ~\Õ:A , r◄IQ.1J) to . ~
1

11-.') / 27,,)-

·nq uanto. seu tratamento nao ~ r . 1 'd


101 cone u1 o, compor sua estrutura; prever seu
>rosseg~u~e nto, de quando em quando registrar o estado em que se acha,
:o in o exigiria o interesse científico. O êxito é prejudicado, nesses casos desti-
1ados de antemão ao uso científico e tratados conforme as necessidades deste;
~nquanto são mais bem-sucedid os os casos em que agimos como que sem
pro pósito, surpreenden do-nos a cada virada , e que abordamos sempre de
modo despreconce bido e sem pressupostos . A conduta correta, para o analista,
está em passar de uma atitude psíquica para outra conforme a necessidade, em
nã9 especulas e não cogitar e11_q1J2-Qto analis~, e~ ubT!}~ter o material reunjdo ao
tr_abalho sintéricn_do pensamento* apenas depois que a an_áli~ __r_cuQc]uída. A
distinção entre as duas atitudes não faria sentido se já tivéssemos todos os con-
hecimentos - ou pelo menos os essenciais - sobre a psicologia do incon-
sciente e sobre a estrutura das neuroses, que podemos adquirir no trabalho
psicanalítico . Atualmente estamos ainda longe desse objetivo, e não dev emos
nos interditar os meios de testar o que até agora aprendemos e de acrescentar
. .
coisas novas a isso.

e) Recomendo enfaticament e aos colegas que no tratamento psicanalítico


tomem por modelo _Q_çirurgi~o, que deixa de lado todos os seus afetos e até
mesmo sua compaixão de ser humano, e concentra suas energias mentais· num
único objetivo: levar a termo a operação do modo mais competente possível.
Nas circunstância s de hoje, 11m afeto perigoso para o analista é a ambição
terapêutica de realizar, com seu novo e discutido método , algo que tenha efeito
convincente em outras pessoas. Isso não apenas o coloca numa disposição pou-
pró pria vid a afet iva; par a o d oen te , o maio r g rau
de a juda q ue hojE: podern v~
dar. Um anti go ci rurg ião teve po r lem a a seg uint
e fr ase: Je le pen. mi, Dieu le
g uérit [Eu lhe fi z os cur ati vo s, D eus o cur o u]. O
ana li s ta dev eria se con ten tar
com algo assim.

f) É fácil ve r par a qua l obje tivo essa s dife rent es reg


ras co nve rge m . Elz..s
pre tend em cri ar, par a o méd ico , a con trap artj da
d a " reg ra fu nda men tal da
p<; ican5li <;e" esta b elecid a para o anaU san do . Ass im
co mo este de ve com uni car
t udo o que sua auto -ob serv açã o cap ta, susp end
end o tod a ob jeçã o lógi ca e
afet iva que pro cur e indu zi-l o a faze r uma sele ção
, tam bém _Q m édi~o d~':.°e
colo car- se na pos ição de util izar_tucJo _9 __g_u ~ lh~
tfO!J1U_Qica qo _par a o~ PE_~pósi -
tos da inte rpre taçã o, do__recot}._h~g rnen to• do inco
nsc i~nt~_ocu lJo 2 _em_~ -
st1tu ir p ela sua pró pria cen ~ur_a ~ sele ção a que
o doe nte ren un ciou . Exp ress o
num a fó rmu la: ele dev e vol tar s~u inco nsc ien~_e
, com <;? órg ão rece ptQ_r_, par ~ o
inco nsci ente emi sso r do doe nt~, _colo car- se ante
o ana lisa n_ci...o com o o rece p to r
d o tele fo ne em rela çã 9 ªº
m_is ~ofo ne. _Ass im com o o r~ce pto r tran sfo~m a_
me nte e m o nd as son ora s as v ibra çõe s elét rica s
110 -va-
da linh a pro v oça_çlfis_po r_o_n_gas
so no ras, o inco ns cien te do 1)1édico está cap acit
ado a, par tind o d os d_eri·v~do s
do inco nsci ente que lhe fora m co_!"!!un i~ad<?~, I_e~
ons~rui r _o in~o~scien te qu e
de term in ou os pen sam entq s esp ontâ neo s do pac
ient e.
No enta nto , se o méd ico for cap az de usa r de tal
form a seu inco nsc ient e
co mo inst rum ent o na aná lise , ele pró prio tem que
sati sfaz er em gra nde med iàa
uma co ndiç ão psic ológ ica . Ele não p od_~ tolerar,
em-Si mes mo, resistên cias ql:e
afas tam d e sua con sciê ncia o qu e foi per ceb ido
·" por seu inco nsci ente ; senã o in -
t rod uzir ia na an ális e um nov o tipo de sele ção e
dist orç ão , bem mai s pre judiciJl
d o qu e a p rod u zid a pelo recu rso à aten ção con
scie nte. P ara isso não basr:1 que
ele pró pri o se ja um ind ivíd uo apr oxi mad ame nte
nor mal ; pod e-se exigi r que d e
tenh a se sub m etid o a um a pur ific açã o psic ana lític
a e tenh a tOffla d o co nheci-
m ento daqueles s eu s co mpl e xos qo e seri am cap
azes d e perrurb~n a npr een s:io
Í0(1l.o"> OT-' ~ t l.fY\\11:.h..
r f'O>lNI. "c>-t..U::U,. '' o C1 r'l~
"f(I_ ~ ~ oa,n t~ (À..
tt<><:.o tA ~ c.__Á-0 L-l v~ l
~
~ ....... _ ___ ........ ..... ' ...

l1Yl f' ~1.¾(1 c1 r' l_'(\1111.) J}gu~ m pü


...
de tor na r-
-:.~ :f' ~ :)
...__ ,

"~L
.... "\o,

- - _, ~ -:~- --~ ::~: ~ ~~-- ;--:: ~ ~r<


. .~, rr\ "p ri0 :; S\, ) nb c,s ,.. T .11 prê p~r:1ção basta pa ra
~ t3 : -..' _:_::2,_:_>-:-: : -? ~ .: .:..~ .~: ~~ 1 ~

~ n
. ~c" p-.1.r.1 t<.1 d(~s g1_1 c qn ê'rc-1T
1 ~1pren de r a an ali s-
:'':·.~ :-.: ~ ?--~.:',::>-.. .:---;:-=-:-2.::.-: ~.:-:: ~ ... ::1~
() S pr óp rios so nh os Se1_ 11
.::: ' _--;_~~=::. :_~~ ~. . :: ~-:-: : 0:: .:- -~ :-~ ~ ~t" "s1:ç1:n in rcr pl'f't. U
. --.l d e
,·"<.,H'lJ-1'lllC
, J·J p ::-.1
~ , • • ., - , ..J . _,., ;u1
,.; d J. '--:-
- , _
--- -- ~--.-
· __ __ ,_ """
,..___',--.
~~
, .._ ___ , ,1 -:--, __:}~ )~0 ::-- TI] ç'D 1(\:
:- --..., - _-.:-
...: ~ -=-:). - - ---
..io- -~nc.i·1 dê qu e_l od o in -
_,__ _, __
,,.,--..::. , - : ~_,--:..,. \." ""'~
""- .. ~J. , J~Y
-~d (" n'1 e::--
- ::
=::::-..::---:..: -.. ---~-~
, -----
:::":.- ~=~ --::,1.. ~
--- "-- '-.\.
subn1-ere.i;- se
~ .l ..J. - X, ~ ./ ...., ..- . ~ \. ...

f"-l.._.:~ 1r·\.,...i1·~ ?.l)Le.


J1l'~
~-.::-=----- - _____, ..J:: ; _;-= :::---.-.._ -◄
,,......
"-.,-..........,\.
1...::-.,-\----;,,
,.._ .....,. ., . --;--,
\,.\. ~ j ......

. este tra -
\,
.:_ .:_: : _ __ r -- -, · - - · --~ 1,,.. '-
~

--
--..: - ~-

' ,.. ~: J~ \Jl '


... .__ ... _.___._._ _.__._
] ey~u- :1 se, no
~=- -:- -:: --~ - --~-=--::.. . ~ ~ :-:-=.: -.:.=-: ~~_ ?~:- .:..:. .-s: lcl J1
crifício
:
- ~
:-~ ~~ :
.., -------- ~ -:_---. m--. ;:,- ~-
r .J. 0n"'""'t;:, , - ú-j 3 ;;: \~ rna ~Tên s· o s:1 ~ . .,

.:-2 -2 _- :::,::: -,--::-.::.~ ~~ l...! ~ '-... \ .. . .. .:t '"--


""j - \,,._
..._ ---- - - -- - \.. ...,
rn1id ad e o ob rig ue a
-.

~ -~ ,---,- ="- -::::--. --,_ t", ~J: i) qu~ :1 en.te


~ - ~ : . , :: -- -;- :::..... -~ , .:;.:
- .:
~-,-:.;,,.---: ; . . : ---. ~~~--
- ---------
· - -~- ,"\- m ~ Beff".l' rê~li- 3Jnu ito..t11J.is
_r- ----
~ __ ~ ~ _

=-. . ~--- ---e:-


- .=-
::"-.-- --=:- ------~:;: ------
..__~:::,.t 1. _ _ _--..;: . _ , • - - ..= l _ ( - ...L

-..-::
-,.,--~ -2.::--
- ~ -...-- ---- - -._ \, ._ ,__~ ~~ ..._.:
- --- ~ .....
"" - --:;""
---"'.~~
....-= L ~l... :.-..- .... ...~-.... b ~ ~YY-:--1:.oo hc L--i-n1c1J.to do
_ .:::- _... - - ..-~ - ~-
-~ ~-- ..::---
-~e=- ---.=
.___,_ ___ __ ,---"'
_ ..__ ...__ ..___

d.3 ~-21:~dou r .3 re.L1çà o


cs pir itu:il qu e
.:=- =-~ -·::-3.~ .:;__....,--=-.:iE:" --,;: ~ -.. ~ ~ 0 _:)::
--~
-
:.
--
:-e--=
~--
= ~,"
--•
" -=- 1
[77-
.
c::, o ()1.11 -•
•:i
._,_ -_ •-. .=. _- )
':1. -.\.. 'l...,...J. \..._:,
~

----- ~
- ~--~ T ~-=
7°'- .....
_ _ ----
__
-
~
.~
_ =--
. . _ -=-
_____ -=- l, - - - - .. _ l,_\,, ~ ~ ,-
""3-,.
-, -"'.C:

- .
- -. . . - -~-- --... ,~- "" .... -~ Pe.:-.. . f:°'--' ::: 31 s se ~ '- . . , e O-'..: c
~
~ I,,._ -- .... - - - ~ --- · --- .J.
pode se torn ar peri go para o~ (JUfrCJ~. El e; E., c.Xlm ,.:nt<; c~,r~ 4
rl J f (:nwc/.i<J <k pr<,
jetar sobr e a cién cia, como teo ria <l <:: v~11d(!d r..: gc.: n:il ;Jquil() rjtJ
7 r:rn t;}y,c ur;J
I.:
percepção ele enxe rga das pcculiarjdad(;h de ~ua prfJpda pc;·-;·:,r)a,
carrc~an<l<>
desc rédit o para o méto do p~icanalítí c(J e: <lc',cncamính"-nd
o <Y-, ín <-:1.pc.: ri~ntr,:'•,.

g) Acre scen to mai s algumas regra!); em que pass() dv. atitu de d()
médk<J
para o trata men to do anaH sand<1.
É sem dúvi da atrae nte , para um psicanalí 4ita jr;vcm e <:ntu
'Sia·-,mad o, coloca r
muit o de su a indi v idua lidad e, para arras tar con" jgo o paci
ente e elevá-lo acfrna
dos limi tes de sua estre ita pers onal idade. Seria perf eitam e
nte adm i s~í veJ , e
~es_!11o adeq uado para a su pera ção das resis ténc ías ativa s
n0 doen te; que o
_méd ico lhe ofe rece sse um v islum bre dos próp rios defe itos
e conf hto~ men ~ai s,
e lh e poss ibili tasse pôr- se em pé de igua ldad e, dand o-lh ~
notí óas confidencjajs
de sua vida . Pois uma conf ianç a vale a outr a, e quem solic
ita jntim idad e de
outr o deve dá-l a em troca. ·
)las na relaç ão psic anal ítica muif a coisa tran scorrt de mod
o diferen te do
q ue se espe raria conf orm e a psico logia da.con scién cja. A
experiénc1a não de-
põe a favo r de uma técn ica afetiv a seme lhan te. Tarn bém
não é difícil ver que
com ela aban dona mos o terre no psica nalí6 co e nos apro xima
mos do trata -
men to po r suge stão . C o nseg ue-se que o paci ente com uniq
ue mais cedo e mais
facil men te o que ele próp rio já sabe , e o que resis tênc ias conv
enci onai s o fari -
am reter por algu m temp o aind a. Qua nto a pór a desc ober
to o que é inco n-
scien te para o doen te, essa técn ica não aju da, apen as o torn
a aind a mai s in-
capa z de supe rar resis tênc ias mais prof unda s, e em caso s
mais difíceis fr acassa
devi do à insa ciab ilida de que foi desp ertad a no paci ente , qu
e entã o gost aria de
inve rter a relaç ão e acha a anál ise do méd ico mais inter essa
nte do que a sua .
T amb ém a reso luçã o da trans ferén cia , uma das prin cipais
taref a s do trata -
men to. é dific ultad a por uma atitu de íntim a do méd ico,
de sort e que o even tual
ganh o do iníci o é mais que cont raba lanç ado, afinal. Não
hesit o, port anto , em
11 11 ,i Ii1 1 1 1 q 11 11dl1ki1111 it-i~I tt-, t,íl técni ca. O m&díeo deve ')C r opaco para o analis-
111 1d u 1 \J, hd l UJII U 11 p1 !Jti pelh o" n~o m oiS 1rar senão o que lhe é rnostrado. Na
111,\1\1 11 ; 11 , 1•111 1 'l' ll'. 1wd,1b<-' pode nbj etar qu and o um psicoterapeuta mi sturJ
11111 'li'" ,1.- .i 11 ,'ili ti t' 1'11 111 Llíll ü p;i rLe de influência por sugestão, para alcançar êxi-
\111~ , 1t, \\'1 l t1 PIII IL1n 1111111 ~1Í s ci 1rto, tal co m o é necessário, po r exempl o, em in-
1 1

•,1 li 11\1 11110: 11 1,1 0 111 ,d,, se Pxiµ;i r qu e ele renh a dúvida acerca do que faz, que saiba
1

q11 1111 M:lll 1\\ Ól1J.\ 1111 1 11 ú n d,1 vP rcbd eira psicanálise.

11 \, ,,111 ~11 14 11l d¼·;11, ve rn da ati vid ade pedagógica que no tratamento psic-
1111 1d1 1i1 ·11 11 •1 id ~i11 b re o médico, sem que haja intenção por parte dele.
1, h ~i1\ h '1•111 l,1- w• i\ H inibições ao desenvolvimento, ocorre naturalmente que o
11 w d \1 ·1, ,·\11 µ; 11 l_. ~ ~lt11 ação de indicar novas metas para as tendências• liberadas .
1

I? , 111 ;,1 , 1'1HnprL·r nNiv el que ele ambicione fazer algo extraordinário da pessoa
1

1 111 1·11 i11 l\li r1r 1~11;fw d~


1 , neurose ele tanto se empenhou, e prescreva elevados ob-
11 q 1, 1 ,~i p.1 r" p ~; dese jos dela. Mas também aí o n1édico deveria se manter em
, ,·q11 , ll\'l~ nl i1r-se ff1 ais pela aptidão do paciente do que por seus próprios
1 ,·

,l 1•~:,·j ,i~, Nem 1odn ~ os neuróticos possuem grande talento para a sublimação;
, k 11\1 i\ 11 ,~ pode mos supor qu e não teria1n adoecido, caso dispusessem da arte
,l1 :.1d illrn :1r ~w 11 s instin tos. Se os pressionamos demasiadamente para a sublin1-
1

,11,, \1\ 1 lhr•:, tirn rn os ~


1 ,s gratifi cações de instintos mais imediatas e cômodas, etn
..:/ r .il lllrs torn;irn os n vid a ainda mais difícil do que eles a sentem. Co1no n1édi -
1
,·, ,~ d1' \'c' rn 11s so bre ll id o ser to lerantes com as fraquezas do doente , tetn os de
, , , 1 :\ 1.' 1 )1\l t' l\1 ;11' e m rec11perar, aind a que sej a para alguém de não muito va lo r,

.dt,' 1 d., v:1p:1cicbd e de rea liza ção e de fruição. A ambição pedagógica é tf1o
1)1111 1'1 ) ,1dl·q11 i1cl a 91,anto ~,terapêutica.Há a considerar, tambén1, qu e mu i tas
\ \ 1''•" 11 • 1~ :td 1>r•u• m prec isa mente na tentativa de sublin1ar seus instintos alén1 do

1" ' 111_1" 111 1~ 1wr mi1ido po r sua o rg~mização, e que naqueles capacitados para a

~11hlln1·1
• ~ 1' H' l'~ l ê j) I'<>,ce•'so
,
1
• , ·
r
s. cos tu .ma se e1etuar por s1. n1esn10, tão logo as inib-
1,•1\\•,; s \il \lt'l\ l' I(\ • , ) •\ ·
· ··
, ., . j
ds I e ,.\ ri na 1sc. Ac 10, portanto, que o esforço de regularmente
· e Io u v :1v e· 1,
~~:--,u · , , p. w., ., ~ti l) \ \m.,\.H
t \'.H .rnw nr ,, ·
.H ,,\ h (\\_
'\'
,-
) oL 1nst11\ 1() s, l\
j , · , · , 'nl \H
st..'.

nu~ ,k nh' d,) Jh~um ,h\'1'~,,\h.\\' t'l t'tn t(1dn~ t)S c.\ .\St)~.
'

i\ D\'nt 1\ , ~k qu{' lirnitt'~ d~\' ('t1h)S hu~car :, Cl)bbt )ra~·;} ointdec.:tu~il do anal -
i~. rnçk, fh" tr.n .1nh.'nh,'I? Ê difil.'tl afirmar al~o de ~,plic~,ção geral neste ponto
. A
p,'l~1..)n,1l.ü.b rk d0 p,Klt't Ht.' t:- qnt' d~t·idt' cm prttn(!t n) lug3 r. Mas de todo modo
~,' ctt'\' c' 1.)b~~'n\ lr ~~nud . l t' rt.'~erY ~\. l~ errado colnc~r tarefa
s para o analisando ,
Ji_· ,'r qnt' d \., dt'\~t'rt ~l \HtH ~lr :-;na~ krnbr~,nças~me.xi irar sobre um determina
do
p,'rh"<lo <lt' ~u . , Yid~, ~t\.'. Ek t~m qut :lprend~t\ isto sin1 - o que para ninguém
\, t:h"1-l ,h-irnk ir - -, qnt.' (\'nn a arividadc nh.' tU~1l dessa espécie, com o esfor ço da
\',)nu d,' "-' cl,i ,H-:nç ~\. _, n~t' :.;~ t~so\v(' nenhum dos enigmas da neuro se, m.as
~,'>~l.h~nh.' m~1-.; ~~ tb 1.>b~~r, ~\ncb paó~nte da regra psicanalítica que manda
~rfa~t ..n- ~1 ~nri~' :1 :10 in~1...,n$ci~nte e s~us derivados. De modo particularmente
itnpL.1 -...'..h·d d",~~tn0~ in~i~th nessa regra junto aos pacientes que praticam a arte
Ctt' c'~~ar u\fr p:H·~ t" ~·hnbitCl intdcctual nú tratatnento , e que então refletem
bJ~t~1n~'~ J~\~::~s $:lbian, ·ent~, sobre o seu estado , poupando-se de fazer al-
~~tn i~1 l"-") ;$:.1 p :1r.1 , ~nc~ k"- Por isso 1130 gosto que 1neus pacie
ntes recorram à
1
.?it:: t\t (l-.' t-('~ (( \ ~ p~ic ln:,litico~~ p~ço que aprendam na sua própria pessoa,
e
~t:c~ s--~f'(HY~\" qlh' ek·~~ 1nüd,.'\ s~1b~t~o tnais do que o que toda a literatura psic-
,Hh~~ irt\.\. ~ ~',"\~,,-ri~i çn&in~rr-lh ê~. ~las reconheço que nas condições de um
inter-
r::l:-:t~:1..:," -:n1 i:1~t1n1~ ~~h~pode ser rn.uito vantajoso utilizar a leitura para pre-
~),1.r-..1r \'),>- -~1,:il,~:.H1d('~ ê p:.u·~
1pt~odu :z.ir urna aunosfera de influê ncia.
l)('~-h."'-' ns:dh("' t."lH~ni<:an,t:nt'e qn~ se procure o apoio e a aquie scênc ia de pais
(' ~l f-.\J.~ n~~ d-~~nd,rlht:~ un1a obra de psicanálise para ler, seja ela profu
nda ou
~:1 (r\){h~t\."riJ. E.$..,:., rnc-did:, hen1- inrencionada basta
, via de regra, para fazer sur-
s~r r ~~n~H :.:r .1n1~n ~ ~~ n:.ltU t":ll - e., cedo ou tarde , inevitável - oposição dos
r -1~':"'.~' ~ ,h' :x--..ti'J01. ~nh~ p:;., ~an:~lítico de urn dos seus, de fonna tal que o trata-
qu e • . •. · ·"
nc · l e1os nn a 1·1s1 ;1s 1<..'v ~11'.1'
t~
Nianifesto a esper1enç•:ie, de d p1og1ess1va ex pertc
· · 1 · men Lo do ~
ra
do ' ' eq uada pa ra u t ra
en1 breve a un1 acor
, . ' quan to a tecn1ca rnais ac
to de pa re nt es , co nf es so minli ~, pcrplc~id -
tratatnen
neuroticos. Com relação ao
uc a co nfiança no seu tra ta n1ento individual.
ad e e de po si to be m po

eú . Um a no t~l da Sta nd ar d inµ;k:s;1 in fo rn1.1 q11 r·~ ;in


de At~fmcrksamk
• No or ig in Jl , gl úchscliweben av elm en t e a um a p:1ssagc1n dn "A1dlisc (b lu-
o, Fr eu d alu de pr ov
di ze r qu e já us ou a expressã h:t um a lig eira difere nça entre:• as cl1,1;1s
p:1ss;ig(·ns .
"
os 1909( ) , e qu e
bia de um ga ro to de cinco an lle Ar ~fim:r/..:sand:,er'r , "rn c-s m:, :itc \·:i
11 u ", cii -
no Ha ns " Fr eu d usa g! úc
De fato , no texto do "P eq ue for ma do de schwt1ó,md (cio verbo sc~
rwt:b,·n,
a em pr eg a é tam bé m
qu an to o adjetivo que agor rec e se r a me lho r ve rs5 o (llilO co ns,dcran
d ~) :i
ly-susp en ded , qu e pa
pa ira r). Strachey utiliza even nte igu nl ao al em ão : gd ijk{wt:wrule). t\ nnt i~; ,
composto exata me 1 1
ho landesa , que po de usar um en tin a, opt :Ou po r pa ni1 111 .:111e.fluM11 1t·, L' :1:1111 ~;
oia me, a no va , arg
tra du çã o espanhola uti liz ajl . : ''flottan.te".
as ao a d'1er1vo
ve rsa, o f rancesa acrescenta asp de sig nif ica r "c on he ce r, n:: co nhL'CL'I' , dis CL" l'llir,
eud, erlcen nen , po
· O ve rbo aqui usado po r Fr m: de scu hrimos, unu [ ... ] dr'scemir,í ,
se rL:I.L~lt', rr'
est r~m ge ira s va ria
pe rce be r"; po r isso as versões
cido").
cogni{ed, onderken.d ("reconhe o alg o, en qu an to po de mos g:-H·~1nrir, n>1
11 t r:111 -
do afi rm a já ter dit
, Com frequ ência o analisan ve z. En tão se v~ rit ka qu e o ;111 ~tli s.111do j:i
á fazendo pe b pr im eir a
qu ib superioridade, que o est did o po r uip a res ist ência aind,1 Clll .i':!·;iu . A lem
-
o, ma s foi im pe
reve antes a intenção de dizê-l da lem brança de sua rca lizaçüu.
ra ele ind ist ing uív el
br ança de tal intenção é pa so nh o" : las se icli vo n clcrr Patic11tc11 ,w d,
dt.·r
em ap ós o rel ato do
· "Faço os pacientes registrar é tot alm ente clara. Po r iss o ltá <li vcrµ:
0 nc i,1s
en. Es sa or aç ão nã o
Er;_iihlung des Traum es fix ier mo pon .ga po r esc rit o .1'11 relato de.,pu/.1· tl1·
go qu e e! mi sm o en fer
n~s traduções consultadas: lza sm os los jij en {por t.:s1:1úo } l~ic; c 1llr L' ck
1 \ ' t'~ J
qu e los pa úe n.te s mi
habJrselo or'clo de palabra , hago n de fi:x er !ui -m iJ'm c l •.. J, f g1.· t rir!! p,1 rr"1·,rr w rt·-
nn e au paticnt le soi
rras reiara r e/ sueiio ,J'abando Jix the m in "~Y mú u/, l1wk t'k ,luor Je r ,rrt
'?n -
re!ated tlze m so tfia t I can
p ea t rirem ro me afier hé lrns bl em a é du pl o: o se nti do do vr rb l>j l.u 't' ro ; \l'
om vastleggen. O pro
rm na lze r 1 at ,dlen van dt! dro o (é o ,111 ~tli st,1 u11 ti 1>.l t' in i tt·
?
1

ri a? ) e o ag e ntL ' de sse ,-c rb


na me mó
reg istrar po r escrito ou fixar n::i pr im eira e n:1s~g11nd :1op</>çs, rt·-
es pa nh ob co nc ord ::im
Os do is trJdutores de língua es , ac ku n- sc no tl'\ tn d:1t·di,·:'10 ,t1\~<·
11ti11. ·1
or escrito", en tre ch av
spec rivamenre (.:is palavras "p s tam bé m vê o pa cien te l.'0 11\0 s 11it'i t1..> dt: f ,
o ,1
rte da or: :iç 5o , ma
A rr;:iduto ra francesa omite pa rsã o ing lcs:1 ~ a qtt L' 111;1is disLTL'p.1: u
·,rn :d is1
is qu e o or igi na l. A ve
nJ o espec ifi ca esse verbo ma P: ua o 1r; 1du 1 or hn Lrn ck~s, l'S t:'1d.m> q1w .1
e fez o paciente rep eti r.
"f, x..1 n::i me nte " o so nh o qu
122 /

tarefa cabe ao pacient e, e o verbo qu e usa parJ verter fixicrerz é vascleggi:n ( aparen
tado ao
alem5o fastlegen), qu e signift o "asse ntar, consign ar". Um profess o r alemão - e
profess o r de
alemão - que consult ei acha bastant e provável o sentido de "regist rar por escrito
".
• "Comp or sua estrutu ra": seinen Aufoau {llsammenset{en. Alguns traduto res preferi
ram ''recon -
struir, reconst ituir'' para verter o verbo alemão : reconstruir su estmctu ra, compon er
su edifício . t!ll
reconsti tuer la structure , to piece togetlzer ús structure , de loop ervan te construeren. O
signific ado
literal de z..usammenset{en é "coloca r junto"; nada nele recome nda o recurso ao prefixo "re''.
em
portug uês. E lembre mos do próprio título de um import ante artigo técnico de Freud:
"Con-
struçõe s na análise " (Konst ruktion en in der Analys e, de 193 7) . Outro ponto passíve
l de dis-
cussão, nesse trecho, é a versão de Aufoau por "estrut ura". Aufoau pode signific ar
também
"constr ução, edifício , montag em, organiz ação, carroce ria ( de automó vel)". Deve-s
e ter
present e que a Standa rd inglesa empreg a com relativa frequên cia o termo structu re.
para
traduzi r diversa s palavra s alemãs , e isso pode dar uma maior impres são de rigidez
ou solidez
das formaç ões psíquic as do que a que o origina l nos transm ite. É talvez signific ativo
que a
edição holand esa ( a mais nova entre essas) use a palavra loop ("curso "_ equiva lente
ao alemão
Lauj) para Aujbau .
• "Traba lho sintétic o do pensam ento": no origina l, syntheú schen D enkarbeit; nas traduçõ
es co n-
sultada s: labor mental de síntesis , trabajo sintético de! pensar, trarnil de J)7Ztlz.ese~ .:!>) "ntheri
cpro..·c:ss
ofthought, syr1:thetisclze denkarbeid.
• "Energ ias mentai s": geistige Krãfie - energías psíquic as,fue't as espin'tuales. ( omissã
o n:1
traduçã o frances a) , mental forces, geesteskrachten.
• "Recon hecime nto": Erkenn ung, no origina l; nas versões estrang eiras consult adas:
déscubrimi-
ento, discernúniento , découvrir, recogni{ing, doorgronden ["pene trar"] ; Yer nota sobre
crkc:nr. c·n na
p. 150, acima.
·· "Perceb ido": novam ente o verbo erkennen , agora no particíp io - descubierto . dúcem
ido. lc.· ~-
perceptions, perceived, onderkend. ·
• "Tendê ncias": não traduz exatam ente Strebungen, substan tivo (atualm ente não mais
us:ido)
do verbo streben, que signific a "esforç ar-se por, aspirar a, ambici onar"; os outros traduto
res
usam tendencias, aspiraciones,pulsions, trends, strevingen.

Você também pode gostar