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HISTORIA SOCIAL
DA PSICOLOGIA
Organizadores:
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EDITORA
PoR QUJ~, FAZER UMA
HI)TÓRI A SOCIAL
DA PSICO LOGIA ?
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meio qu L , d ras e acontec i mentos p a ra depois ter V. 1gots 1, Piaget e Jun g d . ' r, reu , Lai..ar1.
de decorar nomes, , ent re c;utro\ ah
a nos restes e prova A . o interes se h istórico .
J •. s. ss1m, c h egam a - rem porta, rua
de detalhar ruuo isso . ' . )
devemos estudar H1ston a. Esse interesse inicial .
perguntar: po r que . . de um handbo ok o u m 'quledpode _a re '> urgi r pelo e-,;,tudo
insistência nesse ttpo de pergun ta ate, levou anua e Ps1colo ·
O ra, a aprese nta a consist ênci a que d . g.i a, nem '>tmpre
um certo historiado r francês chama do Marc Bloch a dar evena ter. Isso po rque h
uma resposta bem-hu morada : mesmo que a Histór ia fosse estu d antes que· se posicio nam f rente ao estudo da H istoriaª
incapaz de outros serviços , ao menos se pode dizer em seu como se estives
• sem num museu clássico. passam d
e gal en a
favor que ela serve para divertir ! (BLOC H, 1997). Bom, em ga 1ena, contem . pla ndo os fa tos e o bsenan . d o os. ane-
nesse ponto, se há uma coisa que ningué m pode negar é f atos, sem quest10n arem a razão pela qu a l as c01sas . foram
arruma d as daquel a for ma . O u ainda · , os momo ... s que
que nos divertimos em conhec er a históri a das coisas que
1evara m certos quadro , s pa ra as v1tnnes · · · · a1s
pnnc1p · e ourros
gostamo s (e há quem goste de Psicolo gia!). Uma prova
para stands. em vest1bulos secund ários· Como se - b
disso pode ser vista nos passeio s promo vidos para turista s, ::.a e, os
museu,s .mais tradici onais , apresen tam uma H. . .
porque existem muitas pessoas que consid eram visitas a 1stona ce-
lebrato na e monum ental. E a Históri a dos grandes nomes
museus como um entrete niment o dos mais prazer osos.
e dos grande s temas.
Realme nte, o estudan te freq uentemente tem contaro
Estudar a Históri a é como visitar um museu ? com_ as Históri as psi como narrati vas de um objero cu jo
surgim ento não é muito questio nado. Nesse hipotét ico
museu clássic o, a palavra "psicol ogia", enquan to siono lin-
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gmstic o, tem a funç ão de ser o guia que tanto conduz b
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o . - '.¼ ,. - o visitan te pelos diversos corredo res, quanto organiz a roda
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ro. Je l 1ue cm r.w, . .~ A eles cabe apenas a função de .
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obsen·ando .1 _ H'stória da Psicologia na condição Assim, em que pese o fato de que. en.·;1~ualmt"' ·{', :-i • .-.
Conrei~pL1r ª :eu contudo, implica aceder a um aulas e leituras so bre Psicologia, ,<,mo, t:Yt.>nwaimena
de quen1 ns1rad umteoria mu '
e da verdade do que o autor disse. convidados a visitar mu seus, e preci~ pt:rce~r que • ;t -
conhecimento a b d . levância de se fazer Históri a dos sabere::. pscdt'corre de um.:i
. b, mesmo sem perce er, repro uzu esse
Impli ca ram em, . , • f constatação importantíssi ma: uma Histona Social cnt1.:J
. e valorizar a Historia como se osse, na
modus operand1 • , • d· da Psicologia pode ser impresci ndíve l para desarrumar o-.
melh or das hipóteses, uma enciclo~edia eru 1ta sobre as
museus, desnaturaliza r algum as ideias fixas, e comestar th
·d · d
1 e1as e au o
t res (e a verdade ou a mverdade desse ou da-
fatos consumados (por efeito, não e sem moriYo que. ma1:s
quele comentador sobre esse ou aquele ~sp;c_to de su~ ~bra).
recentemente , museólogos mais anten ados rém perceh,do
A analogia entre o estudo da H1stona e a v1s1ta ao
essas questões e buscado se atu al izar).
museu, portanto, serve para o estudante se questionar Em outras palavras, fazer História e desfaze r museu~.
acerca de sua postura. Dessa forma, vale lembrar a premissa O que pode significar também, no escopo de uma H isroria da
ingênua da conhecida comédia Uma noite no Museu Psicologia, bagunçar um pouco as arru mações trad ic.ionai!>
(2006): uma disposição estática de fatos históricos pode e reificadas - como no roteiro do referido fil me americano -
ganhar vida de repente. Sim, é possível rir bastante, face permitindo que monumentos rígidos se movi mente m pa ra
ao inusitado da situação, das dificuldades de um vigia res- outros lugares.
ponsável pela manutenção da ordem, quando ele descobre
que todos os seres do museu ganharam vida após o pôr-do- Caminhos e armadilhas: precauções metodológicas
so!. Mas é igualmente possível rir da metáfora do controle quando se pensa nos porquês de uma
d H'15: 0' na
! . 1 História da Psicologia
1
pe os museólogos, nos casos onde esses tais
sao ng1dos · fl ' ·
. . e m exiveis para determinar e conservar peças
a~bit;anamente classificadas como tendo valor histórico ou Os historiadores da Psicologia concordam, em geral,
cientifico. De fato há d. ~ . " . que devem pesquisar O surgimento da Psicologia e suas
' uma certa iversao uornca em pensar
como as estátuas d H' st ' · d derivas ao longo do tempo. No entanto, _esses asp~cto~
ª i ona a Psicologia podem interagir·
em novos arranjos, novas arrumações. nem semp I·e sae•Vo adeqtiadamen te _p roblemanzad os, pois ha
14 15
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rc:sq uis.ls J1111ro ·1 · • . nrecisam estar bem clar. as para os sa be r organ izado <: t ran · · d
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1-,er que cer . .
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1 om esses temas . e associ. . ações, com p· rát1c:1<, lcv•ci
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... ., por ,u;i H 1-. ·r, na
no senti'd o de co-
ue querem st • da Psicologia, .
q . , . emerge,nc1a e cot1d1a mdad e, te nd emo., a bu .. ta r n<> pa ., d
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melha nte, corno se naquela t:poca ª" cc, 1, ._ f{,,i_e;-"1 !cr,.,.,
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Pesqws.H ª .d texto histórico, significa eviden ciar
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