Você está na página 1de 12

.

l j
---
GESTAO
1
1
]

. li
como
lDOEN A
SOCIAL
Ideologia,
poder gerencialista
e fragmentação soGiCJI

; E N "f DE G A U L EJA C

EDITORA
. IDEIAS
1
'- LETRAS
Capitulo 2

Os fundamentos
da ideologia gerencialista

( h ~r1inon.1no... ,.m pc,,0.1... ,cri,1.., e cfü:.1Lcs que,


portamo , n.io ttm tempo p.ua perder
lom t)L1Jk1uc r rcfkxào cpistc.:mológic.1.
Alrun-(Jmrli:s Mnrtinet

,A 1:1csi.10 .1pr<·,cntJ-',C como pragm.ítica e, ponam o, não


1dculo~JL.l, tund.u.iJ ,obre .1 t.:fü:ác1a d.1 ,1çào, mais do que sobre
.\ ptrnn~nu.1 d~ ideias. EIJ se torna uma ' mct.i.linguagcm" que
4

mfh1t.:t1l'i,1lt>r rcnH:mc rcprc~ ntaçõcs dos dirigentes, dos qu~,-


dro,, do, <.:mprrg.idrn, Jas empresas privadas, mais igualmente
d.,~ t·mprt·..,.,.., publi1.:.u,, J ,1. ., .1dmini~traçôcs e do mundo político.
\ l h t:,pcrt d., gc~tào torn,1ram-sc pessoas que prescrevem
mmklos. Propôcm encarregar-se dos negócios do mundo.
o~ modt·lo~ sobre os quais fundamentam sua competência
~Jo nmsrru ído~ sobre diforcntes paradigmas. Um paradigma
dcs...:rcvc: o conjunto d.is crenças a partir das quais os pesqui-
l,Jdores cl,\boram suas hipóteses, suas teorias e seus métodos.
Entrl' as dências da gcstlo e a ideologia gercncialista, as re-
1.lçôcs são .1mbíguas. As primeiras cabe descrever e analisar as 1
67
motblidadcs de org~mizaçào da ação coletiva. As segundas es-
t:io ~, stn iço do poder gcrcnci alista para garantir sua empresa.
A g,cstlo se perverte quJndo favorece uma visào do mundo
n..1 qu.,l o humano se torna um recurso a serviço da empresa.
ordem d<.: 1·alc>n:.!> r. um.1 l.'onn:p ç.'io da ação",
. 11/r(,I uJ11,l . .
• 1·deolog ia 1111 itkologi.1 no s<.:11t1do dch111do por Raymo nd
G~~o e ou SCJJ, ulll,1

.. Jl(t'b,J,1, pclm pr.1t1(o~ t· p •1
,/.1n1cn1<. .e> . . . . ta Aron (1968 ). , . , . - ,
. 110 l· Jllll . J cn,111 .1111, u11110 11111 lOllJLJn . r J' Jlll o c,1r.11 <.:r 1dcofog1cu da .gcs1ao e mw,tr.1 r
\ ~t ' • f urk' que . to , l)esrgna ' .
• n.lll,nJ l ,,q . ,u,,,ir ",1 org.11111.11,:.10 d,1 111 dos imrrum cntos. dos .proccd1 1nentos, dos cfo
~r.111< f< ' id,1~ .1 pol . . e- uc por rr.1 _
• . 11,J' ,k,1111, fin.111(e1ro~, rn.llcn.u~ e hunia. l/ '. , 1. inforn1.1ç.'io c de comtm Ka\·Jo cncontra111-1,e cm
,k Jl II J n•.:ur,o, no~1tl\ OS te . .
/hnr 1111hLJ~J11 º' ,,arn1d,1dr d.1 c111pre~.1 ( Bouillo utf t
j )lí l . 1·
,.
v,~.
·ão certa 1
·, • ,, do mundo e um ~,srt·ma de crença,. A 1dl'olo .
ta como r,1C10-
.. ,, 1rJ i:•J(lllllí · rc a ck pcn!>am cnto. que_ se Jprescn
.
,1
ti ·1c> e ont'IH,l l .1 1 • • ..1 'ca rzaç· •1 ,
., ao i,i e um s1s 111 • . . .

nn' . . 1,1~ 1 S11J rc e,, . . ..
/ nu1t·r. /1,1 , , • ,J 11er~pclll\,l, .1 p.1rt1rn /,1ndadi.: d g asso que m,111rém unu rlmao e d1!>s1111ula um proit·to
t tJhd,11k. ·"'~I . lJlll' n,l() . I • .. . a n.iJ,• ªO P• ~.-~o · ilusjo d,1 on1por
· • ef j
o e • ·
011111110 a 1 1uro,
1so
,k un1J " ~e rr.11.1 e t.: f11.: l\cgu1r LJ111a e11cia,
.. , k nt1 1.11<1 l <. • . de uo1111
1
n"l'" , .
fii ,duo., nem um.1 li11..1f1d adc 11 ·daJ,· das récnicas. e d.1 modda. çao. de nmdu1. .1s hu -
~,,1.1l1 ri'' 11 c- da neutral1 , ' • · .
J . •-.11Jh1d,1por J l , •
de um ~,src111.1 cconom rco quc lcg111111,1 o
,
hn,1/rJJu<. t J (olcril'id.1dl', ma~ un1,1 fi nalidade . domin.1r.io
e un 11· 111 Jnas, l'
, 11J,I 110 lllll•nor " I
I:(~. lu(ro como finalidade . Essc proj<.:to .1p~rc:c d.1_ramcn~t: por
I fp (.'\ll'íltlf . . .
meio dos mcc.111i~mos de poder, do~ qua,s sao ob1cto .1 torm.1 -
'
11111'º ' '· l ·iro~ J gc5r,1o tc>1 por n1111ro tempo
( 'nJJ I Jlllf l'll~l•IJ 1ll ' .
• . ·q,ç,io n!>1(,1d.1 cmprc,.1 , rcprcsi.:nta- ção e ,1pcsquis,1 cm ~crcnci_amcnro . Na l10r.1 da globali z_aç.'io,
ll> 11 • .
11i n11111Jd,1por 11111,1 , me(,inr(o. M.m rl'ct·nt <.: mcntc vimos
. cl,is são cada vez 111.11s do111111.1d.1s por um modelo .11ncnc.1no
dJ ( 11111() 11111 ,011/llll1t . .
que impõe suas 11orn1.1s ao mundo inteiro.
rJ~ ,n·ocup,1ç1ks qu<.: 111tegr.1m 1> t,itor hu-
11, líl'l rrr Ili Pll t 1 . •
• • . . ·õc'> t' ,1 (ornpkx1d.1dr. El.1 ~e torn.1, então . . .1
(ll,11111, ,l' 11111 í,1\
u1t,ti,r111c' sem corpus prnpn o. Uma drs-
urn,1 dl'l ,p1111,l 'l1 .
. ti .J drtinr-sc .111tcs dr rndo. por ~eu. ob1cto: a As ciências gerenc ialista s em questã o
i..lJl1 lllJ lll'llll l .
.it.k pela
·li ti\i(·,t O \tr l'i1 o pcl.1 b1olog1.1, ,1M>ricd . .
11J111rrz.1 pl • Cl'r<.:.1 de 70% dos .1rrigm public.1dos na~ n:viMas
J' rmn/>Ort 1111e11t w, hu111.111os pcl.1 p1>icoloi..:1a ...
\Ol Ili10!!1•l , ( J ' • • • • "
de pcsquis.1 \obre gc.!>tjo , m mais cotados enrrl· 199 l
. \O~ll l
. l ·tirnr rm rd,1,·,io ,1 um.1 ti11.1l1d.1dc pr.111c 1 - f.1 ztr a
e 2002 s.io marcad o~ por pdo mrnos um autor csta-
l'lllprn,i /irnoon.ir - .1 gl·,r.io p.1~~.1 ,lO l.1do de ,cu objeto.
bclccido nos fat,1dos Unidos, srndo um fa to que m ai~
F/.1)C Jcromptic l'llt,lo cm domí,110., csp<.:ci.ili/,tdo~, l.'01110 J
de 95'½, dd.1, s.io .1mcrica11,1s. o~b,tados Unidm 0>11 -
gN,1o rWJt<.·g1(,1 ..1gc~1.io dr prodw,:.io, .1 gc1>1.io l.'o mcn:ial,
dl' 111nrkcting, solidJm sua domin ação po r mcio do sa ber cm ciência
J gnr.lo (Ont.ihil, .1 gcstJo li11.1m:cir.1, .1 ~l'St.1o
gcrcncial. Suas norma s rnnt.íhcis st: impúcm .1 rodos
.1 ~<.·~,fo do pr~oJI e do~ rt·cur~os hum.111 0~ ctc Di,Trsos
os paísc~. A formação cm gcstào se rorn.1 uma arma
~.ib<.'rl'' prJtilm yur tl'm rnmo fünç.1o 111odd,1r comporta·
geopolítica. Dcs~c modo, unu das primcir,1s ,1jud,1s
mt·nro~, ont'llt.1r proc<.:s, us de dn:is;io , c1,r.1bdc(l'f procedi-
otl'.recida cm 2002 pelo prcsidr nt c Bush ao Iraque é
mrnro~ c 11orm.1s dr ti111(1011.11nrnro . Temos .ii .1 (omrru ção 69
68 um progra ma de bolsas de forma ção rm gcst,io nos
de um ~iHl.'lllJ de 111tnprct,1ç.1o do 1111,ndo wci.1/ "que
Estados Unidos / ... /.
Na~ esrnla~ dc gestão , n.io se rrara de estuda r os
' IJ, -JU<' l ,mn, • J11,1li,,: n11p1n, ,t d.1> \ 1111.1~01.·, dr ~l·,1 .10 .. , cm A -C.
,\lmmn nl · IWO \ 'P'!ffJ . • ll'.nÔmc nos de poder e dc domin ação , como se rcpar-
1 , .1p11 11l0 d l111111.1d .1 d .111hr.1.
1r lt',rr
Compreender é med,r
por mu,rr, r,·m po hn
\ prc m up.1,.;io J, oh1c::1,, l\ lo
rJJl (cm Llc nul i
• /J Lt•l ll .1 q111 1HC s!i>( IILIJ d.. 1hn
iJC1 lfl / ll•11 Lc:rrc, numc:ru Jc:
,rc uu kr < mrn h /.,,, 1\o bn1 fu
"J ,, 11 cn110 mc J,r :\
" fll1 Htr o,, ,JU ( ~nh .111 0~
' \ C:I~ , dr 11J
t J(IJ OOJCU\'a\;au e tun
u,m ~,, ~•:. i" ./(\ \C pf(N .:O \o 1.k
/1n~II l r,
.,t,n: 11 mo dc/ 11 d,h ma tt.·m ,Hh .J\
1 JC 1
Jdc lom ,.d, tud .u J) \JnJ
.l \, H·1 ,
' ' " mu1ul11 J.a r.il llll llhJ r'.)
uo Cé1 ltk.. tJ.h J p.tr tc, e Jtpo
OJ" ~cn ,ur, ,-.c ,, ~u . Jc ,n1
J um /tq,no r1.0111,mu11~
Jc /.iro d,m ,n,u /,h Kch :nm o m"
J, que otcr c:"t ;lia) põ
ind,-.,Jur, tk ,omporr.anwnro r.u:1on.1
,,cJJUJt1rc:, 11m.1 1.:umoJJtlJ dc m.1
1or pod em ~ prc \er -.eu
comporrJmcnr11, 011mu..>r \U.l \ ºP\
)K'· u,hmccê 1,, Jo lJk u
~ cs-.a logica de ,x·m .um :mo .
lo e protu.1mJr füJ i: " ' ' ' "" u
que e ,on.s1Jcr.1Ju ...vm o
c-c"lu,m<~ d.1 Jn,.il1«.c rud o .1qudo
,rr.11:ion.1/ porque: n.:10 r,hJ
ctl\a\cl, nlo m< 'n,u r.hd . n.m
. cmc ~1o nJ.h . inu gm mo s e
.:.Ut.UIJu:f Ch rc~Mrc,'- .1/crnc1~
nJo .. onh J\ Cb e njo pu
mbJ ct1-.m '-'" l00\1<.lcrJdo, com o
r,nc:nrc~ "º hm nc. dcs nJo C\l\tcm porque
njo SJb cm °'
/,,., cm num ero ~
,mng, •lo, , Jn,111,.1 lo.. 011
J.Jo J um ·mo mtr c•
O bomtJ uo1111m ,cm po<1c ,a J,,,m,/
r.tlJ Oru l1JJ Jc '-}U l'
Jntr opo lop ,"·º hJOIIJJo por urn J \Up tNJ
.1.1 hum JnJ J um ,._.iJ
rcJ u, roJ m m pm ofc m.1, JJ C'(l\tl'1ll
JO Jut onLJ certo'- ~~ uJ
d ilo~ Bourd,r n 2000 J-,~ h'-\ a
J <•~\c:C"\J~Jo lOn crrr
1.1tJ,,rc, ,1 n,10 m.J1, ,e: prt·<x,.,pJ.r 1..om
no un/ \cr ,o .ib- .tnt o J,15
d.11.omfu;.1,1 hum .tnJ pJr. i \t' nJl i1r
c\jU 1~ocs IHJCcmJu....a.) H.1
um nx o Jc qu.unotrcruJ Jgt.1d.i
10 Jo r ,,un um u l'm ~nJ ,; nam cn• 71
d(
.-\qw nJ,, ..... 1r:,t1 Jc tWirufa, FOt llYn<• ou ~J,l. 11
et ,,..,;m ua,tu n1 nm tcm ro Jnw nno o ,, me J,, t'\'.cM1<:.'C
.a, O'\ lcn< Ímcn c" " , U b ~n. t,
f"" mc, o <lf> pn•
m'J que UlfU HU Cm &:nrw,kr
, J.n ft'• ru~ íf!X k n.ta rm ,1 um
boi#•«•-• "' r.,u um. i ,nti, ..i iu
Dih rc/\.r r 4<> "\br u.!N
u rd.i t:,1, n,,n
• ilo.!.J ,kn n ,bor .bgc m f'C ,km , ..
,ll '(IM
lwn wu" de l.1 qun <.m tn-0 1, f.J;,
J( ( ,p( l 11•1 ,,,d,,., ,h/lh ll' lf•''-'(. ,clJ ohJU " ,<lJdc e loll\ ,t\ cl Ma, LO
"' J .i., ,11
, ,t,,1~ '•I'
11111r .01111 11
, ,·11d1.r , 111uu11 u 1,n, ,,,.t,1ílJ
1
. .\ prt:04.
'U/JJ.,. ,1() J J rtfUJ\JCl J,IJ1l J I', pcr1111llrd• LOlll
JILJ· ' j Je e lll Ulll
' 1
' 1 ,,
j 1111 ./li j li ·
1 ,,,,
t 1111 Jl\llfJH
1 r J rcJlrl ª . 110 Jo, homem e J h1\tl>riJ dJ\
101.J ·oJII J)O(íJJ1lC I
, ' ' • J,,u,/11 •I''' j cr O '-
,t,' ~, .. ,IJ rc:cnl • • -
P tr.t ni/Jl,°od , • rnr cm uma confw,ão en tre ra
arl:'- ,,:,uonano., 01 • .
ão da economia J\,JuJtO~ g A rai:wnalitação é um mecani.'i mo
.-10 <.: rJ/JO.
Da cransmu~ç .i/11Ji,.• . .,"u 15,1 Jc uma ling uagem comum
acemát1cas d 011 lJ(llí l 1J pc ,
em m J <.: rrol'.J• J t .- d<.: nclJrecime nto . Ma.'> e Lambem
1rcocu p .1\ ao •
• 2000 lf/ll mm ,ment1J de Pr t: c.k urna 1 . ·fc:.J que :,ob ,15 aparcnc1J!> Je 11111
~('(J l 1
l ' IJlt~ JlÍ!,010 l.1C (.1C ' . .
~ -' pn,11J JJ moJdJ'I-J" no t'll.'>111,, da ClcJ
. urtl 111e1.J , . . l ·ndc ,1 neut ralu;ar aquilo que e per-
(',H ('\\fJ\ .' ,u log1..c>, c . -
111 ,,11111,1 rn I ( li nJ J·r.111\J O \egu,nrc Cttr r.ic101.:1n . • irn:omoda, aquilo que nao entra cm
• .fnt'II' u I ate, . aqui 1o que
11111111J Jrcfo Jc c1.onom1a ilu,tra O p rurba dOI , _ N. . ..,cntido a racionali taçào está do lado
dl 11m,1 1 rr, ,, Jógica. , C55C 1
, •
d,I n :1IJ~JII dc 11/llJ ljUt'\IJO c.k cum,,rn
jl) "sua so que a razJo nra do lado do conheci
, • , rJml11rt11,1~ • 111a der •1 0 pJ!> · , ·
t\\11 , e do Pº ' . - n:io deve ~ubmctcr-se a um pnnc1p10
l ,nJf ('/llJ fll,I\ , l:,!,t<.: u1til1111 . .
,.,., cq11J\ 11c\ J Jccl',io de poupan\ .1 Je uma t mcnr_" ·, .· e !>im a um prindpio de pesquisa do scnndo.
<,,n~,dcr,w10~ asa J e cficau, , ·ros pontos a cficicnoa
1 , · -
se opoe ao senti o
·d
, 'odos (jtJvem/ "dhm J. Notamos p, ..,ob 111u1 ,
,e dm, fll n
,,11c, , nwmidll 1111 prurn:1ro pc11odo Ora, M' • 1997 ). O conhecimento deve permitir a
11c i> d11 hem to , ' e ( Baru)· tC1,e 1, ., . .• . .
"I ,c 111111 d" pcnodo. )up,11110!> que . Jivíduu rornar inrel1g1ve1s sua cxpencnc1a, as s1-
,i:u prc~o 111> o . a
que c 1e e' 1evado a
_ '
/Ir , . ufJ,Jr J1ia de1e11çJo de rcccb1111cnros
çada_Jll. e ele encontra, os con fl 1ros
l ,I\ J \{} J>lll1C /JI! . . ruaçocs q u . ,
. Nor ,1mm ( 1 e (,z o~ tomumos de ve trazer rc!>postas a sua necessidade de coeren-
1111/IICl,líJIJ}, /li . , . . • J vivcr. D c , _
. . ,cuundo pcnodo da 1.a~a. As e:ogcn. .· de lógica, fazendo apelo a razao. Deve , finalm<.:ntc ,
fll JIJlCJ({J C l 1() ,:,
. rJna~ imrwráncJ.'i de!>re u rimo \obre
, J . ua, ·r·r que ele de!>envo1va suas capac1'd ad cs d e 1. 11sron. -
1. J,l\ 1,n,.J ll]Cíl . _ , . pcnni 1
.,
\CIJ'I uUJ\ IX
·rímlm di: vJda ~ao definida!> por p + I 1
e 'd d·· o u se,·a ' a faculdade de melhor compreender o
CI a ~,
)r pJ(·1 • 111, cm que W corrc!>pondc ao assado pJra melho r se siruar no presente e se projetar
Ili • W e P' - ,
l O ob1'ctivo das locaçocs e de maxi- ~o futuro . Estamos longe de uma concepção objetivista
,J1Jflfl non]J,ld •
·1Jadc iJHcrrcmporJI, norada U, sob sua e utilitarista . O impo rtante não é fazer o repertório dos
1111/J(' UJ LJl, 1
l'Xigém:ia inrcrrcmpurJI. A e!>!>e rcspeíro, definimos: fatores, de medir seus parâmetros, de calcular funções co-
L' . 1,,g e, + J/{ J + d ) log C2 ... Supomm p1 ,. ( l + letivas, razões de custos/vantagens ou custos/ eficácia , de
/li Pr i:m que pé a raxa de inflJção ou de deflação, otimizar curvas de vendas ou de maximizar sua margem .
l·,m/ormc p > Oou p respecrivamcntc.:.. . o importante é compreender significações, ajudar cada
um a analisar o sentido de sua experiência, definir as fina -
/-1,nri:· I.Jurcnr Maudu11 , /,e Monde, 2 1 Ji: junho di: 200 J. 73
lidades de suas ações, permitir que ele contribua na pro-
dução da sociedade cm que ele vive .
1-. fü i:xcmplo moHra cfJmo um probkm,1 económico
a1.1J,,, Jdi11i1ivamcn1c, como uma tarefa de maremá-
_ , um dado
..... çao e , d . ·obc.:rt,l dm mc.:c.rnil>mos de adaptação c
A orgaº'"" lll 1S J t.::,C •
1 c JbordJd,1 pc.:l.1!, ciên ·i
d,11,1!, hu• 11 • • • no!> impliciramcnrc a sen ·1ço do poder
1.: as d
. co locamo
i
. .-in,, ,1(1011,1 . . .
111Jhsc or~• . . . fun(1t>11Jh:-r.1. O h1111.:1on.1lis <lc dn"1º· •r d poder impúe normas, regras explícitas e
. . do 10 o
n · ·rspc1..fl'•1 . n10 esrJbc t1..I · ro um.1 "ordem" à qual os agentes dl'
• J clll uJllJ pt 1· r OS tcnÚnH:11O!> !>OCl,l l\ ,l!, fu1 . e , .' s e portJn ,
uo rJ1 . cnlk .1 igJ . . l\<1<:~ jn,phcir.i ' .. Ek s.uKiona wdo ,1fasrnmenro cm rcl:ição
~,111.1 rt•oriJ qut r s· )11rc o moddo d.1 fa1olog1J, Podei,-, . subrneru. , . ,. O . 1
,•rn1 ~e . . . t:id.u, co mo " normJtS . s pesqu1S,l l o-
. cks g,1r.111[(:fll, ( l . ·til ar ,,uc c.1Lj .1 cntll ' j
.1dc.: dcv.. ••()~ . . ·i'IS .1prt Sl 11 •
qut ... J!O pJríll • "1 _ ... cxe
.1c,.igenc · l'chr css,1 ordem, e sim compreender su,1s
i111 dc1c(r.1r o J nianurcnç.10 ou pJr.1 a h,1r111 , .- dc,·cm , ,1 , '
.l'>~ -ribu1r p.1r.1 . . , <lh1a rrS ll,llJ · Jrorcs eles devem comprcenckr seus
, , Qu,11110 ,1m, , • . .
.·unr
. . r,1r.1 cone lo quJ1c1.1 Jrpcndc. Aplu:Jd.1 J gcM.'\o , a teOrta r,u t c~. . i~crem di~cut1r sua pert1nenc1a e dctcnlll ·
Jo coniunro l . . o JS .ibord.1gcn:- comportamc . l in1e1HO) \e q li • .
. 1ss1íll lOlll . - llta. llJJll' . d rJ com conhec1111enro de causa.
fünc1onahstJ. · . J ·on)idcra .1 org.m11;.1c;.10 coino n;ir su,1 c<Jn u
o ,ndivwuo, ... . . uni
li)t:is p.1rJ ·nrid.1dc que tc.:111 um tu nc1ona1n '
· rcm,1, umJ t:
515 . cn.
J.1do, 11111 . .: -ilidade é g~1rant1r ~u.1 reproduç·
j'' e (Llj3 1111, • . . ao.
ro ..norm,1 ' ioddos d;i lls1ca, d.1 cibernética 0 reino da expertise
·. sobre os n • ou
El.1 ~c .1po1a • 1· c,s desvio::. cm n.:l.lçào J norma . 1
, 1 ~· Jí,1 J1lç( 1r . , l;\ . A .irirudc cxperimental consisLe ~m pcsqu1s~~ k_is cau -
JJ b10 ogi~ d . d . .. l\'olvimcnro c de cn:sc11nento que ,
11\'t'IS t ( St:I C . . difi:rc.: nn.:s ekmenros .1 partir de cxpencnc1as que
c:ul.1r 0 ~ 1
. •
• t· ·.i o de odos c de par.1metros pr~ s:us entre .
.· 1--111~·:ir cm u11 . e- "pcrir ·:10 infinito, e que produzem resultados s1-
prn iso 3 l• r:idos como indteadorc.:s dos níveis Ót' pode1110s r... . , .
. . o saber 1Jode, então, .se 111screvcr..cm uma log1ca de
.
. nsrruídos, i.:011s1(1e . . - 'd •· 11111ares.
co , ·o·v c:onfhros sao cons1 crados c01110
Nessa pcrsptc •1' 0 5 . . - ,, . -~o , · da lJLIC rJis predições se venfiquem apenas no
predI\" , '11 11
mos. , •o termo •·d1sfun çao subentl'nde a l' Xis-
d· ti.ui-ões. 0 propn
15 . quadro da experiência. ~h sucessos dessa abordage1~1 nos
\ de func:ionarnemo aprescmad.1 co1110
r~nciJ de uma norn13 . , .. . domínios da füic;i e da b1olog1a levaram .1lgum, pesquisado·
ideal. i\ 1.1s esse I'de.i .. 1r.iramcnre e quest1on.1do, . . como , . se fosse res a identific.í.-b com ''.1" .1tirude cientifica e a querer aplid -la
• ; obi·ero de uma ace1taçao tac1ta, consi- :is cicncias do hrnm:m e c.iJ sociedade .
.1nsoluro, porque t: 0
derada <Como indiscurível. . _ . _ A gestão encontra no modelo opc.:1imental os funda-
AabordJgcm fünc:ionalista nau qtH.:stJ<~na a ordc.:n~ subia• mentos de uma cicntificidadc.: quc lhe escapa. Por exemplo ,
, li·t· r··• fonções csnrdadas no seio da . organização.
ccnrc as l cren '"" . 3 "organiwç.'io cienáfica do trabalho", .1inda que hoje.: seja
Ela procur.1 niio ranto analisar a re~idade do func1ona1~cnto consider.1d.1 como ultrapJssada, é uma rctc rência importante
do indi\'íduo e da organização, e s1111 encontrar os meios de dJs '\iencias" d;i gcsr.io. Nessa oric.:ntaçào, o trabalhador é
mdhor adaprar um J O ourro. Estamos cm uma perspectiva 0 objc.:ro de uma observação atenta e sistemática por experts
mais normati,·a do que explicariva, mJis ad.1ptativa do que que irão tirar suas conclusões operatórias. O ato de trabalho é
comprccnsi,·.1. Se os indi\'íduos podem ter comportamen- decomposto em unid.1dcs de base, que permitem reconsti tuir
74 75
tos considerados como desejáveis em um dado contexto e, a atitude ótim.1 11:1 cxecução das diferentes tarefas a rcalizar.
porramo, ad.1pr,1dos às rxpecrativas e às c.:x.igi:nl.'ias de um O objetivo de tal abordagem é, evidentemente, melhorar a
.imbienre, os pressuposros que fundam css,1 normalidade produri,~dadc e o rendimento. Os trabalhadores são conside-
del'em ser analisados. Quando rcduLimm a an.ífüc.: das con· rados como ,\S engrenagens de uma máquina ou como os ele-
A refl exão a serviço da eficácia
l \mfotnll ' n 1',lr.,di~Jll.1 111 il11.ms1.1, (.1d.1 .11or pro~·,11-.1
"m,\\im11.1r :-u.1::- ulilid.1dc:-", 1)ll si.:j.1, n1i111i,.1r .1 rd.11,:j11 l'II
ire os rc,uh.1do:- pi.:ssn.li:- 1k Mt.1 .1,·.\n l' n~ ri.:rnn.ns q11i.: .1
1~0 1."on~.1g.r.1 . A 1'rtnl.'.up.1\'.i1> '-°l'lll .1 u1 ilid.1dc i.: t:1\.'ilmcntl'
rnlll.'.l'hl\ d l'tll um universo c111 q11c ,1::. pfl.'lll'llp.1\•ôcs (Om .1
dki~nci.1 l· .1 rl'nt.1hilid.Hk ~.in n1nsr.1n1 cs. E prl'l.'.i:-o l>CI !-l'lll
prt' m.1is di(,l/ l' pmdttri\'o p.11-.1 sohrl·vh·l·r. A (Otnpt·11,· jo
l' con~idn.1d., (omo um tfado "n.1111 r.1I", ,H> qu.1I e l'l'l'l.'1:-11 77
.1d.1pt.1r-sc bem .
Ni.:s:.l' cnnrc,tu , ., pi.:squis;1 l' o l.'.onhl'(imi.:11111 ::,:\o 1.·011
~idi.:r.1dns l.'.nmo pcrtini.:mcs .1pcn.1s :t mrdid.1 qul' kv.1m .,
A uc~tao 41('. comprometeu L 0 111 lJ
,-a,.1onJ.1S • r-
solú\<JC\ opc JTl'" :io 1.. olcx.anJn a tn:n te .. o pr ll' humano é um recurso da empresa
,.k autoIcgio • ,1~ 0
procc~"'' dJ empirismo come, mct,xJo .
o hnah a e, O ear cror comcro.11, ddiniav.1menre rcm sentido apc
mm0 o ,m A .....~uisa da verdade: cicnufica \e e 1
umo meio t'- , d ªPa~ NO> ue r rt nt.ivcl O 11naginano · · • soc1a1 t:' d omma . do
r1,na " ·Llmaçbes de eficácia, a c:mon<,traçào lf 1 Jl.jlll JU l.j .
dia,m: d.u prcx: . - .. Marancr. 1990 ). ªºte na!> . . ·;ipitJh'>tJ qut: can<1.hza º" tanrasmai., os de!)qos,
d a Jog1La l , , " • . ,,
J a torça J c comwr30 ... P .- . ~ r.1mbem a pulsao ep1stemologtca , o u
. - rema como senhora. ~l:)Jrn po\it1 vr-c1., is J~p1ra\.oe~, 111 . .
A ocun1aç.w ,,. é • . J curiosiJ ade q ue impele .1 proc.lu.lir o conhec1mt: nro .
:r,. rmancnte Con\cm prancar "a aborda , . · • ·J ei o c.1p1ra
· 1·ismo , !)Ub cnrcnd Id J
uma m1unç.,.., !X bl StllJ ·sqa, ' . . tornou .1 c1cnc1
- ., . so e"ocar um pro ema a parti r do A gest.10 i.e .
v>luçao , ou s<:Ja, • . roe, por uina '
•o ntJLk de do mínm que i.e apresenta como lun-
. , . _
emos rcwl\'c-lo. Om 1m,,._ lrey ucntcrn.
mcnto cm que pod cn . lnienrt· racional. b ,sc c.1011111110 nJo tem em , I!>·
d ,1fllCJl[ 3 . . .
. declararem a seus subordinado<,: " Aqui campo da ccono1111a, 111.1!> a socH:daJl.' 1nte 1rJ.
rc rcsponsa' eis ,., Oào • •
raJ~n~ 0 - .
ha, proble,..,, 5. há apenas soluções! O pemarnento é con.
11 ..... , • • • ":-:ão é !>Ollll'l1te nJ produçao q ut ela J en : se realizar, mas
~1. dcrauo
.• . i
como inútil se não. permitir , conm bu1r . para 'a cc11c1. • 1 ·nrc no consumo, e 1150 i.omente na econo m1J, m.ll>
1gua me
énoa do sistema. Cada indivíduo reumh t c1J o conforme ;a educação, no direito, na vid a políticJ etc. Seria um n ro
suas capaadad cs de melhorar seu funcwnamcnto. A pe11:r·- _
0
erro marxista - ve r cssai. extensões como sccund.íri.u,
néncia do conhecimento é medjda pelo metro de sua utilida- cm relação ao domínio da produção e da econo miJ, que
de para a organjzação. É djficiJ, nesse contexto, dc,envolver seria O essencial. E a pró pria significação im.1gináriJ !>OciJI
um pel153JT1enro crítico, saJvo !>e a crítica for ''comtrutiva". que se apodera das l'Sfe ras socia.b, umai. depo is lb.s o utr.ll>"
Podemos exercer a liberdade de pensamento e de palavra, (Castoriad is, 1997 ).
com a conilição de que essa lfüerdade sirva para melhorar os A jusnficaçào des~e est.1do de c.:o i!>as é a dt: racionahzar a
desempenhos. Aquele que levanta um problema sem trazer produção com meno r custo para fa,·orecer o crei.ci1m:nro e
sua solução é percebido como alguém que perturba, um ser satisfazer as "neccssidack s" dos co nsumidores. Podemos ficar
negaá,o, ou até um contestador, que é melhor eliminar. O admirados com a eficiência dessa visão do mundo. Podemos
conformismo é a contrapartida do utilitarismo. também ficar inquietos com os custos que n.io são le,·ados
,v1ais profundamente, tudo aquilo que não for útil é em conta, q uer se tr<Hem dos atentados ao meio ambiente,
considerado como não tendo sentido. O único critério re- do desperd ício de ctrtas matérias-primas, e.la pressão do tr.1-
conhecido como dando sentido é o critério de utilidade. A baJho, de suas consequências psicológicas, como o estresse ou
questão não é mais, então, produzir conhecimento cm fi.m- o cerco moral, ou ,unda da exclusão de todos .1queles que não
çào de critérios de verdade, mas segundo critérios de efici- podem ter acc~ o a esse mundo o u po r ck foram rejeir.1dos.
i:ncia e de rentabilidade dos o bjetÍ\'OS fixados pelo sistema. É O paradigma utilitarista transforma a sociedade cm máqwn.1
78 um outro aspecto da racionalidade instrumental, q ue tende de produção e o ho mt:m em agente a serviço eh produção. A
79
a considerar como irracional tudo aq uilo que não entra em economia se torna a finalidade exclusiva da sociedade, p.U"tici-
sua lógica. Aqwlo que Herbert Marcusc ( 1972 ) chamava de pando da transfixmaçào do humano cm " recurso".
uni,·erso do discurso techado, "que se techa para q ualquer A maio ria dos manuais de gestão d escnrnlve o seguinte
outro discurso que não empregue seus termos". pressuposto: a cn1presa é um co njunto de fatores nn in-
r
tn., ç.1 0 u111;. '-'-1m th l lUt n>, l '-)ll\~11
1, pnrc.into, est u~
,h 1t1 tlll l, h111, 1)(\ 11,·c ~,, H 1.1: r.ir .t " ll\ ~I, un~nro
'-1'-lUllJ t· ,,,1, tum,.,~' drhlh.: lll J"I Jik rt ntt s ' \!U ,l
4w: 1..011M1tuc111 "''' 1..1cth.tJ,
dJ fl..'.'tJ'>. tinJ.t'1..J,, :str ;ir ~
u>1H,1b1hd,tlk, u•mrr'-1Jl. m.1rknus.1
1, lllr~1to. , .. 'lllStr:1\:.u
c,n1trPk dl.' ~v. tJP l'l( ~\J , hJ um f.Hl lf qu~
l('··c,~ 1,c-.i Prn.
bk·m.,, o ~·tat,ll hut llJl ll).. Dat J \. '- d\J1 czn
p .lrtl '-lll Jtt·s ·
pr,ll11.. ,l \k lllll dtp, trlJ lll\9 11[ 1> ~,1 x:d
J.hl JU\ I, -.hJnl.luo ele "'r,~
dll' -P' hunt,llH" .. O llY ur, o humano
,4: tun 1J wn ,1b1cra Jt
lnnhniml.'iHt• e untJ pr~,)(upJç<Jo .. entrai
dJ ge,c.lu
t ,,.1 .,hrn d tf.UU 11:pous.1 ,ob n.· ,J , prc,su
p, ,cu, tJr.l
11\l 'lll~ e.: ,plil 1\ tdt ·~

• n humano r um tJtn r da cmpn:SJ..


• ,, hum.mt I l um rc'\. u~• dJ ct11prc~~

-\hrm.1r qul' u humano~ um tator di cnt prc si C\ .i .:1


pe
r-.ir u,n., m,a -..io JJ, rd ""''~' ~P'rr o c--~ono
om. o e o so(JJJ
Dt· t.nn, r .1 rmp rr-.. .i '-01110 "'ºn,tru~~·' '4-1'-ul.
uu~ e-u ma pru-
du\JO hum.u1J. t' n.1.0 o t11, ~N1 f rm " iqw
urna confü....jo
d.1, \.,ll1 ,._,h J .1dr,. r,p n:, .,jt.>,upl~11cntJ.r w pnm
.uia o) --\.~..:!
<.Ll ._1 r,1(10n._1hd,1Jc do-, mc:10, ~lbrc .1., tin..ilid
.Jd~ l
n hum.ln<, (t nm I um tJtor t·n ~, iutru, r -r~
r-,a r um proces-
\(l de r\'.1ll1...1\· ,10 dll hom
l·m l) J'-~ n,, , \Hlh .·nt \.1 "'~
,o tem ,cn udo ,e \.llntnblllr p.ir..1 ,1 fil(' .h,' ru w S()\ ....,C ~t: (,
portanto, dn tx~m l',rM tnJ l\ 1J u.tl e ú>l~o, ,>e
. d~fuuo, :.irue:.
te, \e c,u ,rr J ,t-r,1\u JJ ,,J.1 hum mJ ln.-
r(',u J.r o fll!!!'..mo
tom o um rn llf">(> ,,o nh: ,mo t1tuk, qu('
n.ic tnJ ., r"~...l.i.
o l,lp tt .l l, ()\ m,trumcmo, d~ rn"'1u, .1d ou
~nd a J.." C~":1..,
10~1.1, , l" u>h>\..t r o \_k\l'll\l)I\ lllll "ntü
J.1 cn 1r ~ ~00 1,1 um l
h11.1hd.1dr ,·m \1 md~JX'.111..kntt·m'-·nt\7 '-t\., lÍN
' 1voh1menco dl
dJdc e '- on . .1dcr.1r l}llc J m, trum'- mJ11i..1, ;10 du-.
'4 )\. lt
h .lfl1l'1l'>
l" um d tdn n.illlr.il do \J,h :nu de prn Ju, ão
1\h11 .il dl lt>I HJ.. ,, J '-nn(cp,.10 !;C,t1',nana k"'"J J int<:fi'\-
1.u \.,td .1 md1, 1duo, .1 hrn J~ d~ com~ um J_;cmc .1t1 n>
a

do fJ uJld" p, ,xiu U\ < () Jl111 dt: l,1d,1 wn' 11,cd1,j, , «li

fui 't u li. u H t II o hn J n u: u ' ,,_, < , i m J'' ' ,d 1/ ri \ ' , '> \ .1 , ' ,1 ;, Jl 4l
14
d~ . pc J1"-1 ue \'. k , ~e Io li l.l 111 IJ ll l h : 1, p.1r 1 , , n 1111 , j, 1 ( • ., t d
• t,t-J =.. d 11dl·,,lu v1) d., H ,/ 11 / , t, IIJ ij, ,
A~:>J',llJ l10~ J 1 , lJJlJJitl)

n.c~iu<, . A nnahdJ tk d.t ,lll \ 1d.1dt: liurn,lll ,t 11J, , <. 111.0 ~ f i1t ,
)i(Jlu:ctadett, ou ~qJ, J r1 >d 111 11 l1gJ~.1" 'lOU J I, 111,1"- t :,, pf,,,J, ,,
u ur~o '> ~,·1afll dt ~ JllJ lUJ J I\ 1>11 hu111 J11,,, pa t .1 , , 111.,1,,r J11 u ,,

<.l.CJ" \!..t ~t 01 ,.no '> d un!.Clll <. '> qw.: guH· rnJ111 J '> ClllJ)H '>Jl')
() quJJ rc; '-{'g111JltL n·,umc o , p11nu p.w, p3r.JJ1y111.1~ n11
a-çao 1.0 4> manu:!1 ~ de gc,t J<> t.: J'> r,l/CJt.:'> pdJ, 4ua1'> dt l> n.1.,,
,ao p trtJ!lUl l l "> pJrJ u m1prn.: ndcr ,, nwnJo d.1 t.:rnprt 4>J l
ª'"~ oriJnJ / J \ OC~.
Crítica dos paradigmas que fundamentam a gestão
,
I' PARADIGMAS PRlNCÍPIO
I
CRJTJC A
BASICO
1
I
10 !.J 11\ l~ J-\ Compn.:em.kr t Prin1Jdo J.i
medir, calcular linguage m
matcm.ítica '>obre
qualquc.:r <>utra
linguag tm

J-t ".< l<J'\ '.J I\IA A organização é um 0 1.'.ulração do'>


dado rm:cani'>mos de
poder

J.:>.l'r:Rl.MJ :--1 AI. A objetivação é um Dominação da


dado científico racionalidade
Ín5trumcn tal

L' Jll.IIAR1'>1 :\ A reflexão está a Submi.s.sào do


5erviço da ação conheci mento a
critérioc, de utilidade 81

f',<<) \'();\1 I'> JA O humano t um Redução do


fator da emprec;a humano a um
recurso da empre'>a
J>ri11 1.1du d., ,l\,l<J , d ,1 111 n /1d.1 , d .1 1 JhJ<: r1 v1J,,dt, d,
ur ilid.1<k, c, JH:11.-..1n1c uru J,l,C. ' "tiun .í riu [- ,, <.: II L,Jr/la ~.lr1 l i
rir.11 11 r.tl do p c11 -,,111H.:lllo ,H.:idc11r .,J. N u 111u11d,, 1 >udrnr.1,
con vé m p c 11-..1r " di., , in t.111 1cn r e.: ''. A 111 udc.:/J~ •'" m .ir c,11.ír,
c.1 e .,., 1cc n o l<>gi.1.., d ._1 111/"r111aç;iu ~c 11J',<. r c vc 111 <.:111 u111 J
lc', g ir.1 /i1 11d~11nc11ral111 c..: n1 c hin.íriJ : A "'' H. (: 11111 p rn~J
111 c 1110 do .1c onr cci m c 111u e llJCJ du 111<1111 c11 1,, . • Cn,1nd1J
o ,1co 11t c<.i111 c 1110, c.1d.1 " '- id c11r.d c r i: do111i11ar" c 11 n,, JJ
hi.o;ri', ri.1. No:-,.,;i., rcprc-.c11 1,1<, oc'> c.fu rc mpo .,,10 pri-,Hmtr
r.1., d e un1 ,1 oh:-n-..w d., m cdid ,1 d e w 11 tc.:mpu ,1h .. rraro,
tk u,11.1 co ncc pç,w c11Lrc..: um i11kiu e um fim . J--, }a ., .,e <.:/1
conrr.1111 , ddi11i1i v.1111 c nr c , d c.,co lad a ., do rcm p<> dJ \'ÍJa
hum.111 .1. Ela,., obrigam " ·" /1orn c n ., a ,.,ofrcr um l<.:rnpo Jb.,
trato , progrJmado, Jo contr..írío J <.: .' ,ll:J'> nccc.,.,idadc1,. A
t<.:mpor.1lidadc dor rab.ilho le va a ÍmJ1<Jr ri t l11CJ'> , cad i:n cía, '
ruprura'> que .,e.: afac,1a111 do t<.:mpo bio/,', gíc <J, do tcmpCJ
d.1s <.: ,', t,1<J ><:,.,, do rcmpo d J víc.J.1 hum ana. A mt:dí<.JJ ab~
rrara Jo tc.:mpo fH.: rmirc dnligá -lo c.Ja!-> 11<.:c<.:!->.'> ÍJad c~ fic,ío -
lógi<.:.1s ou psicolc'Jgic1.\ : o sono, o alim <.:nto, a procriação
o c.:m·<:lhc.:cim c.:nro e tc O indi víd uo '>U b m crido a gcsràc;
de ve.: adaptar-se.: ao " tc.:mpo do rrJba lh o" a· . 11 CLC!->!>J • • ·c.1 3L1<:!>
, 7

produri vas e.: financc.:ira s. A adarJtabí r


liJ ac.f,·
'
,. a f1,<.: X J·1) J·1·J(.1JüC
'- '-
i

1 ' 1--'rJ n çoi, J11lli<.:11 ,alic


. nr.1 que J China c,crnc , 111 . 111\lun.1
· . t·m r .,. 1
prcJCC\\O\ e d e " rran,lormJçoc.s ,ilcncío,,1' " . () an mrr .· . , r.: m<J, l e
. . . ~C1n1cn10 e •11 , . 11 .
pumJ da h 1~r6 n a, ,cm JundJ não a d c rc rminando · 1-·1 • r.:• n ão em • ·e ª' · 1
e,
índice Jc 1r.1n ~for111Jçt,c, im·l\í1·cl\. O ~ J conrn:im.._. 111 • 1
º' sr.: 11cr1r · ª" 4uc 11111
cdip,.1 o 0111n ,. Jo p.1\\0 que "' momcnr"' ,e ClllllJ>Ie· L.1111 ,e a' um
li irçam 11111111.1111<:111..:. " Ha 11 n1.1 fi.:c11 n d id.1dc d ., C hin 3 ' . • poiai11. ,e rc
• no taro d .
ind1,1in11, e: , portJn l u , .1 1ran,içao e , pon a1110 , ,1 mudan .• J • e p c n,ar o
• l 1· J . ça , e.: ia uma 1'·. .
d .ide na Eu ro pJ pc o a ro e pcn~.1r o J1 ~t11llo e ' J><irr,u ll to e, JÍ.1.5 C<.. und1 -
p o rt.1nw. o m ovimento 1- /. O cn vdhccímc.:n 10 11 J 0 .._, a ' • ra nH.:n1u e:,
. . f>J,s ,1gc m . .
c.:,rado, dl\111110~, ma, 11m prrn:c.:"" <..J U C.: corre: 1n1pcrccnri, •1 r.: ntrc do1 ~
82 . • . 'f f f'
d e: tod,1 .t cX J/>tcnu.1. l: e 11.10 , e: le m e: cm n:IJ .,:;10 a um a nr . .
r· r.: 111CJJ t<..• 1 /
• <J o n g o
. ' • f • • • 1 . e, e a un1 d
mJ, p or 1nd1no,, . _ e 1nic10 1111pcr,cp111c.:I\, , c p o l\ ..:aJ ;i ,·c.:.1.. n1a" pr . . c.:poi, ,
rug.1, 11111 tio b r,1111:0 110 ..:ahdo, um rc/kxo m .1i, lento do l 11 . r.:u,o, . urn a
11111 inc,pcr,1J 0 J.1p,o l e m emoria..
j ' . " ( J11 li 1c.:n,
. e.:,'"
2 ()(JJ ) . 1-:\\c ll c.:r.:\ t'' . 11n1l·ir.,, ·
·
por C ;i rh c n11c l: , p111.1, ,c - ( ? ()() 3 1 " e r <.:s · un11cJ0 .

são exigidas e n1 111ão única : cabe ao h omem adaptar-se ao
tempo da cn1presa e não o inverso.
o gcstionário não supo rta as férias. É preciso que O tem-
po seja útil, produtivo e, portanto, ocupado. A desocupação
lhe é insupo rtável. A abordagem da qualidade ilustra de modo
caricarural essas rcprcscntaçõc~ que concebcn1 a vida humana
em uma perspectiva instn1n1cntal e produtivista.

s:

Você também pode gostar