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aspectos morfossintáticos
e semânticos
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de ... " e também de pronome que sobstrrui o suJe:ito ··a rUl'ffl(Jnão estava
acostu.tnada cotn esse recurso". Tanto a turma como a ge,uetêm senndo de
1!.;' Pessoas
.'...J' ,
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! _su,e1to l Complemenco
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~uJeJto
PS tnform;aJ
r•=
pessoa
,ingvtar
ev
UI., 'IIOCf.
h'le, m..n.~
~4c:onci,o#PttP
-·- ev.mt, ,.,.,,,,
prep+w. mim
'ftlf>dlodlci
mais mowtorados quanto nos menos momtorados. O pronome a gmre. ,,..,,,,,.,. +o
o senhor..
~0,-(1'
~~ com <1 'll'rXiloc.lhu
('<dooê,cod!}
no exemplo. tem o scnudo de ttds. porque o cnunoador. a pessoa que fu.la.
refu.rt:-se à. tunna (m:i,;.os aÍJ.tn()ls)que não está conseguindo acompanhar a r peuoa de, ,:la ........,
o.Jo..
lbe,, Sé. SI,.
ekfW~lo
de,.eb, fie.
pn:p+t:Ja,clo
explicação do assunto exposto no slúk. ,.,,.,...,. nós 00$.,. Cc:wt05CO oprue o~prep+o
CM«
Na primeira oraç.o do texto, o sujeito é o substantivo profass,,r, reto-
mado em [ •. ./ aa>mpanliar d, e J r. de""ª""
expiiauiáo [ .. ./. Já na terceira
oraç-ao_ o a gente r.e:tn a futJ.çâ.ode sujei:ro, concotdando oom o verbo <:StOwi.
)• peuoa plural .............
.,;,_ vios:, O'Jf!YOS<O,.
ptep+os ,sent,~
v«.hlocêsJ
cés
~cxês/cê$#
P«P-a<és
"' seM<l<05 os se,,horas
com o sentido de om grupo. mais de uma pessoa, mais de um alu.no. Ve-
rificamos, no exemplo. que agente é pronome,. oomo mostra o quadro de 1• pcs.,soa .......... os/as.lhes.,.se. s,, @lu!M, eles/eu, elos,
Cld:filhõ.Hi:.4
""'
~do,~~
prep~/es,em
Este modelo de dismõu.ição das pessoas do discu.rso é o abonado pda D1.:).ntedo p.a:radigm.a da gramática nori:nativa., a vanante motfossin~
oorma.-padno. Sa~ c:otret.:mto. que: c::lenão retrata a realidade dos 1.11,caaWll'fpu1úu1rf.'.!e é uma forma •~c:rr~da.. da \Lnlizaçào da língua. não é
usos da fala oot:idia.na, Pois a língua aprese.eia oucros pronomes v.;u:iantcs ,lt" ttSO d.1 11onna culla, vi~o que t!le como objeto direto só é admrtido pela
que possibilitam outros usos lingujstic:os. <.."Om·Otno-:t~• o ,111.Jdm llbaixói: 1:1.11u:1liea llOl'matJV-d na SC"guuues1tuação.<..'Onfonnc &~ara (2009: 175):
,
O Jlf'Oóornc i-1~.l'kl pc:,nu..:,u&i trhkk:trlü, -.lt ,11~11n• , om•• ,,1 J• 1,, ,lih ..·1u 1.1,a.1nrld N,•..,11•rxc·ms•k.\. di ...,.~trkH• .t 11IJwt•u1qut- M-1.1!".,,l"Udo
1•dfC."hV.t1IO111•
p,cccdido de to..Jo1)11 ,\~/ (11Jjc1J'-'-,) ou :-4.:(f..JoC;ldo Jt• .u1.-•11tu1\!o.,l•,<'llfll1k.:.&•cm ...,JJM._.um NY"'-1" IK>• ,1\lll<'lé que 1.1rofcn·o discursó. ~xc.rccodo a lunç ...'lo
pt06a ou verso: 11. , ,l),rliO d1l'clO no su1lal(m., ,1.~xn·c.Ú/1 rcfcrCncta a urna pc$SO.tdiscur.;wa
-No latim eram quaaoos prooo.ines demc>.nscrat:tvos.Todos des ~ o , ,pltntamcnfc .;uJs,cnl.edo fragmento textual, Na gramâtiça normativa. isso
-uguês·• IPL. 1, 389]. , 11-.n~•dc."radQc.--rro. d~VlO, qu.and.Ojllc!__':!!,.~Sc tr~ua de uma \rari..ação
-OiJJa elel'º (EQapudSSJ 1.
111ool1,ssm1â1icapn:scntc .no pon:u.guês contemporâneo la.Lado no Brasil,
~ 11110 ,._. Ungua oral quanto na escrita não mouitorada.
Se:gundoPeriru(2010: 116). "ospronomcsquenãotêm fon:nasobliquas
(dele/a) sào usados em todas as funções, sem mudança d< fonna•. Consi- t >prooome ek, co.níorme a gramâtica notmativa, ~ da caregotia dos
derando uma varia.ore fotmal, construída oonfonnc: as regras da g;ramá..tia 11,,,noolt'S do caso reto. No exemplo deixei de na (plitanda, enquanto ew ,'a Já
nonnativa, o texto 1 fica assim reescrito:: .,,,/vov 110 cidade~ eleê complemento do ~'erbo da..0. assumindo sincatica-
t1tt·n IL' a função de objeto, regra muito comurn oo potrugUês falado, etnbora
1 v.1-;imática oormatJva defenda que de s6 ~ ocupara posição de sujeito.
,,·11doassam, a variante ••padrlto .. para o exemplo de -Yac:bad.o de Assis
I" iCJçser assun reescrita:
1.2.. Elemento coesivo ~e: varianr.e não padr"ão no discurs.o escr;to l~o. mas e muito mais comum ouvirmos e/ ou Jennos a forma bibado.
A reescrita nos pemurc visuali:zaTas cb"TISa.Sformas de chur uma :mes-
Em Memórws pó$r"masde B"15 c..bas. Machado de Assis reproduz
ma coisa.. A CSéOfha de como devemos nos c:xpressar é oondicionada pela
fielmente a fala do escravo Prudêncio:
~1tua(:ã0 c»municacional, pclo CX>ntt:xto.~tachado de AS$i$ :reproduz a fala
Texto2 do escr.n·o Prudlncio por meio do discurso direto, recu1$0 utilizado quando
~ ...n vadio e um bebedo mu,co g:n..ndc. A1nda hofe do,ocçi ele na quitanda. o escritorquetSC' manter fiel à lã.la do per.;on.agem.. Essa ocorrência é exem-
enquamo eu ia lâ embaixo na dd3de.. plo d< uma oraJidaru, menos moni!OT3da, infonnal. Já a forma propc,sia na
reescrita at.t:nderia a OUIJOconrex.t~ tu:n oonro:10 ma.is monitorado, fonnal.
• F.m J'C"âçllois ~ cio oempJo de .ikct:wa. dti stgru.11,cain.PL (Paehtttl 41. Siwa Ji. e. Desen.YOl"er essa rêfle,(ão em sala de au.Ja ~ aos nosoos alunosdéSCJ:l\d-
t.amcan.dt Aodtad.c►. EQ (Eça ~Qu~í.tó-s) e SS (Álv.uo F. de: So,usa da Si.hoci;.t) vercm sua cornpecàtcia oomunicativa, a capacidade que um membro de uma
2fi
de fala deve ter para Ju,c, o que
fu,,- neC1SSâno.-pi-oonada.mC
t)IC T--•~•
AMAZ.ÔNlA, TEI\I\A DC C~ANTl:S
romunidadc o, 2005 ) dJoso: um s6 de seus est:ados..
a ~ualquer ,Oll:J:loam,r, em quajsqvc
r~(Bonoru,-luc:ard ~ Non:e: «N-."lece' U tudo é c,-an Seu
nho de tod.1 ~ reiQ.o Nordeste.
o Amaz.onas. ê quase do um.a do om
6e nome Atn.u.oNis ô o m»CW""do mun
do -ido pnnci.,.-t rio., umbem
3. AnáfOf'a: elemento coesivo na perspectiva fonna.ndo com s.eus a.Ooentes
a m1.k>r"
oomc oompnmento e volume de .lata. &itta.s
"oo"" DX<hda em que um pn, Uli:~te.. ~ cientiuas e ecolo
Segundo CilStllbo (2010: 473), baci.l h1drogrif'JC1 do planec.:a do
usado será l)Qn ado r d;\ a. mWr divcrudade bioll>gjca
-O>IOCM-sc oo luprde um nome pn,v,amenu, o pro oom c t6m da.stac>do que a.lt se •nconva e11t es era um;a.
i,loqoc aospum,.,, an& !Jsu Si(!J~ oma.1c,r•tMlmel"'Odees
péc.,..vr ,•ud if••
ao.üora ·. Tomemos agora om ex= mundo-.ou
en a.tra .i a cobtÇa de: multa get"lte desde
mesma .àr'ea. Po,s toi;b eu:a rtqv
como clemcnro anafórico: os e fa.zendelr'O$
e>~ tctnpo.s du on..vefa.s! M·acte.-.ros pritnpcir'
y._.~o 3 do u mak>res
,nu nSo pusa de t.#TU- c,-aode
ment•r-a.,:e que q: • e,11 ,c:nar pio • pl:a.nur sop onde • tlorts.ta
O ro,,erno dez.que nos • ....,_ ..,,u.r. 1i qu. grande paru deua
flo-
vem depois e aca~ com o nosso
sonho! (A.C ) .;,mcaç.lJ ~ve o 8..-uít preces:a enf. ()os t:
1 ele nos ajuda. po,..Q1.M ele hruile•ro A Am•z.6nia i noss a!
nut2 enconcn-se om tWTitono
vraa,,-est.i na p051Çãode s0Jcit0na oraçao. Sa,lt.Os Cnonços do &,-as,t suas lwst
ôr,os. seus btwi,qutdos. $itCIS .so,n i,os.. São
Neste exemplo, a pala indo
substinu o ootnt goW!1fnD~constitu
-Na qt.atU e .oa qvinu onçõcS. de d.comttnn elemento CIOeSJ'\.~
Pau6o. ,.__ S::hs.. 2008.. p 89)
Neste~.
anáfora ao se referir a esse oomc. seralàz rcferô>cia à reg,3o Non.e, CO<
lmba do texto,
nposta
...
Dando sequência à reflexão acetca do uso do demonsuati,...o com ocomda em uma aula de compreensão de texto. em que P iru:lica a fala da
funç3o cxofórica, temOS a rontinuidaclc do diálogo ai1rç !l professora e o professora, A, a do aluno..
ernidantc; Texto 8
Texto7 (1) P-Primeiro O,ha só. ~'Annasc:icncíf',c;a.s da policia ... De qc.,,cv:u tn~,..
1(UI) P- P<:ga.ernr,restado aquele làpG ~ está na estam:e, este $J YOU usar. esse text0t
(li) A - De arma pn matar, anna de fogo,
Em (Ili), a professora unliu o pronome demonstrativo aqude pata se (111)P - &sa arma é mecânic;a 1 (H.t ,nexo pra funçion:u', m:u o texto
refenr a um lápl$d.istante dela, pc::sSQaque fala, e do estudante com q_uem é de armas cientificas,
u:.teragc. pess0a com quem fala Assim, o pro.nome dcmonstratJVO aquele
aponta para um objero distante do lOCUlOre do interlocutor. .Kesce fragmento, temos um diálogo c:ntn:"professor.t e alunos. A
,ntcoção da professora é levar Q.S alunos a identificarem o tema do texto
Tendo em vista o uso do pronome demonstrati ....
o em função exofórica, 1.."ombase em alguns elementos do título. Por isso. ela lê primeiramente o
tem-se o segumre quadro; 111ulo("Anna.s cicDtfficas da polícia") e, na sequência, pergunta à runna do
llue o texto vai tratar. Um eswdantc Tesp()nde: o te:xto trat.a de armas para
il~fer-êttda ; Pronomes demon-.tr.u:ivos
,natar, e a professora.. Jàzcndo a modia.;:ão ôôõ\ <) ólljetlvo de oonduzit a
<:a,,po do loo.rtOt° este(.5),.e$U.(s). isto mnna à oomp:reensão do texto,. explica: a arma para matar t: mttàn.ica., e
•:.ampo do int.erlcx:Ut:OC" esse(s). C$:R(;). isso o t~xto lCata de armas cientificas Em (T(J). a fita de retomar wn elemento
=orado c:atY' PQ do locutor e 00 Wl«.rlC>O.lllor- 'lq~($), .a..queia.{s).:aquilo .,rn:sen.rado por um aJuno. P utiliza o pronome demonstrativo. em essa
Quadro 1-Z lko do pr(ll'OC)IM(t ~$'tl'.WW'O em fl.n.50, ~
,u,na,.refeando-se â a.nna de fogo citada anteriormente. Assitn~ é possi-
HI compreender em (III) asa arnuJ aponta par., a ideia anteriormente
••rrcse.mada (arma para matar, axma cLc::fogo). c:stabe.let':endo u:ma t'eJaçao
Nos textos 6 e 7, o entendimento de algumas expn:ssões depende da
• 1~.siva de referência
s:ra.ação, porque a rcfCJ""êociadelas está na situação concreta dos fala.ores.
No texto 6. pof exemplo~ o nem lexical aqui aponta para o espaço físico Vtjarnos agora com.o se comportam. o.s pronomes demonsttattvos cm
CX1Jpadopor Magati, enquanto no texto 7 {UI} o prooome eu-aponta para 4,u1ro:;. exemplos:
a pessoa do discurso. Es.sas expressões dependentes essencia lmcntc da si 4
Toxto9
tnação d.Jso.irsiva são chamadas dê1ticas. Os dêiacos podem se inserit em Usando fivn» infantis: par-a d1scuur temas exlst:enciaís e.ão pt"Ofundos,
diferentes classes gra.matica.ist como pronomd e advét'bi-os. Em suma., a Lucêlia Pa:iva. c»<plica qlXl esse tapo de fe.l"'t':llme.na na psicoterapia atua:
dêixss faz referência às ca.tegonas gramaticais que relacionam enunciados
como as outt'lls for'nira.sde eltpf'ess:.lo artistic.a: por meio dei.a. a pessoa
aos aspectos de tcmpO. espaço e pessoa na enuaciaçào, ou stja. os <Uiticos consegue d.C'Paz.er- os nQ$ que dincultam a ....el"'bafr:ração .... Através da.
.localizam e identificam pessoas.. objct-0$, cs.'C..nlossobre os qoai._ falatnos
narn.ção li~ia. vem :a~sibiltdade de fabr sobf-e o que foi lido e que.
oo momento da intc:raç-ao vetbaL no final. é o próprio senttmcnto d:I pe:s:soa....ex:pfica (fragmenc:o retira.do
~ aqui.. vimos exemplos de ceferência cxofórica.. A_gOt'a rrata.rcmos ôO texto •·Méc:Ji<:os~ ~s .~tam IM'OS para truar doenças fí-
de referências e.ndofóncas (recuperação de elementos presentes no texto). sicas e <!modonais-, escnt<> por CnStt"3 Almeida ~ra o UOL Ciência e
Dcnc:ro do texto. remos rcfcrê.-ocia a eleme-ntos anterio«:~ (,1tl..\loras) e rc- Sallde, Disponivcl êffl: <hnp://notlc:Lu.uol.com_brful'tnolfdenciaesaude/
f..•rfnci.a d dcincntos J)()61cno1-cs (ca1áfo1·as) VcjanuJI!'. ,, ""c.-,.-,•,lo
,,b~•ixo, ul<no</l008/08/l ◄/ult+477u919.~•m> Acesso: 01/09/201 ◄).
-
No treeho ancerior. o pronome demonstrativo ase érn ase h'po de didátrcos. o desc:ovotvimcnto d.o pc.nsamcnto ciea:rifioo estará ocupando
fermmenra retoma a ideia anteriot, estatfltleoendo a segu:.inte relação: esse um lugar secundário [ .•. ]".
tipc de fcrramc:nta n~ pSicotcrapia = usar livros tn.fàntis rpara discotlr
Reconhecer a n:tomada de informa(i)es .reatfaada pelos pronomes
tema.s existenciais profundo$. Como o pronome, nesse exemplo. aponta
i.fc-moastrativos é ferra.menta 1mportanlê para a cx,mprccosão leitora e para
para algo jã referido no rexto. dizemos: esse ê um caso de pronome de- ., produção texrual
0101\StraL-ivo anafórico.
No ce1to acima, almnlr..io,o tema central, relaciona.-sc scm.anticamenre São vã.rias surpresas que uma etimologia nos pode olerea:r
oom ma.thid-pnnto t«iâada. que constitui a anáfor,1 de alumfmo. Na rela- ANTA
ção sern.ã.ntica de alumfrtio com rr.,ubia,.prima m:.idada, a primeira palavra
COtb'"tiruia hipoolmia e a expressão oonstitui a hipe:ronimia. Confonn.e Pie- Muitos CtCCO't que o nome é na.tivo do Bn.sil. Mas o animal. um dos
crofüne e LoJ,es (2004: 128). •a hiperollÍIDla e a bipooimia saooíenõmenos mais vincul~ à fauna bl":lsllt~Jra (apesar de ~rentes na Malâs.ia).
deriv.ldos das disposições luerárqwcasdc olassilic;açõcs próprias do sistema rec.ebeu denominação de outro bicho. :afric:ano: o termo all(Õ(;tone é
leri:al. Há sigruficadosq-ue. pelo seu dominio S(:mânrico, englobam outrOS tlpir. menos usado.
significados meoos abrangentes'" Dessa forma. a expressão ma/m;(l-pnma [ ...)
"adada l sema.t1tica.mente engJobantc. po.is engloba: alunún.io, emha.Jagcns
PE:7', JJUilf!'l,
J~ de<JJUC,.;d,o. NC$$Ccampo .:1Çmântia;,. mabmla-primQ ffdclada
(M. E..VI aro. RetiUt.a~ Portut".leso,ano S. n. 60. out"bt-odc 2010..p. 24).
é a illperonímia e as outras palavras em destaque são hipOnimiu. Nesse rexto. a. palavra ncme b.z refer@nciaa an1a e animai faz correte-
rê-ncia. Segando Adam (2008: 132), "a com::fcréncia i; uma relação de idcn-
Além disso. a palavra sumta lambém engloba essas matérias-prunas,
t 1d..'ldete.fetenciaJ et.\ln': dois ou ma.is signos se.mant:ica.ment.c intcrpn:tá...,-cis,
poIS. com base oa sentença ..O alwninio é o mais recidado em "irtudc de
mdcpendem:ememe um do outro". Dessa fo~ ammal i.deruifica anta, na
seu alto "alor no mercado da s.ucaca", infere-se qtie mer«Jdo da SUC(JJaê um
progressão rextual Bidtc também é <:Oa'efereore de 0,:14, oo.o.s1deraodo-se
seg,ocoto de compra de: matérias-primas compostas de materiais usados
"progressão de sentido., constituindo uJXLaanáfora infc:rc:nciaJ,visto que a
rcci=lávcis. Contudo. a palavra sucata também tem o .senndo de englobar ,.,pressa.o ourro Incha dá o sentido de que ama 1.atnbémé um bicho.
'"fc:r.roou qualquer outro objeto de: metal não precioso já usado e coos:i(le-.
rado müril. que se refunde para poder ser novameote utilizado" (H.oua.iss. No verbete, o autor t:rabaJbaum coote:XtOsemântico em que o princípio
2009· 1784). Ma1é:ria-primarecidadata.m.bém faz referência a aJumlttio como lk h..ipcrou(mia e hiponimia se aptesenta oa coesao do texto. Assim, pode-
um dos matcnais mais reciclados pela indústria nacional Então, oo teno. mns: entender que fauna a,glcba bicho, ammal_.ant~ Nessa cadeia semântica,
111(u.i:naprimaconstitui .anáfora de:alumínio. E sua:t/0 também fàz referêncra a "'t.1utl(1··é a hiperonimia em relação às palavras menaonaclas. hipooi:ouas.
alumiruo. vJStoquecsse material ê o.m mecal,oqoe reduzoc.,ropo scmãn• M mtas palavras e expressões que organizamos ao texto silo a.uâforas
tic."Odcsuaua. Conforme o Ho11oiss,os outtOS maceria1s n.1u -.c-n;1m "-Ucmas, ituc v.lo compondo o scnb.do e a progressão tcx.tual. E muitos significa·
l::.mouua pc'l"SptX11Vil. cm 11~1t,, ,Ja '"'"'''' " 11110,,.1 ,t<....,t.1t...--ada ,S<,..,
p.1$~m ;1 C'll81obar outros no pmcesso de: anafori;;ação. Explorar as
i1,.ah-.1,'l .1 m,,têt i.1-1>rim.;1t·itad.1 pd,._ .1uh • ,. , t, • 1I'" 1, , 1,n1'l'Ol 1J.:US
~·11,ni,( 11·l1\:t\4...._
de hipc-1·orúntia e bomo11irn.ia pt~scntcs DO$ cextos pemüte ao
proressorconstrutr com os alunos o entcndimeD10 de que. na progressão a palavra meditaçiio ê retomada em diferentes momentos JQStamentc pard
texnal, na comínuidadc do texto. a substituição lexlcal desempenha marcar a 11nidadc temática do texto. A tepétição fünctona como ponto de
i.mpJrtantc papel amarração na indicaçAo da continuidade que perpassa o eixo vertical do
texto (Antunes, 2009).
4. Unidades lexlcals e construção do texto Jã notírulo. "Mente quicta:.oorposaudável .., observamos a vinculação
Trataremos agora da coesão realtzada pelo ltxtoo, pua rc:conbccer sc,."Dlànncada expressa.o "mente quieta ...ao eixo semântico ~'meditação ....
como as unidades lexmus desempenham impOrtante filnçllo na organização O texto s~ inicia com wna pergunta que jâ nos anuncia a sua urudade
do t:><to. Seguodo An=es (2009), a articulação (coesão) que promo,•e a temática: a ação terapêutica. da meditação. Considerando esse eixo tcmád.•
u.tü6ade semântica do te.no (coerência) é c.::onse,guidatambêm com os re- L-0..pcsçcbemos a palavra m«litaçiio sendo rcpebda em diferentes partes do
cursos das unidades Jc.tjca.is presentes na sua superficie. Antunes _pro:põe lCX'to µara manter a oontinuidade re.rnática., como um f.10articulador. Ao
que o esrudo das unidades lcxia.is ocona também na perspe-ctiva de suas longo do cexro, o eixo tcmâtico e mantido mediante o n:tomo a algumas
funções no estabelecimento da com:inu1dadee da unidade elesentido re- unidades lexica~ tal como se observa abaixo:
queridas pelo texto_, oo seja, d<' coesão,;:: da coerência.
O Mente quieta - apresentada oo tírulo, r.naotêm cstreua relação
Podemos obsen'U que uma unidade le,cical pode ser ...,,.óda literal semântica com o eixo scroãnrioo do texto: ação tcr.tpcutlca da
ou parcialmeotc ou substiruída por ouua equivalente. meditação.
VeJam.06os exemplos abalXD: O Meditaç-do-unidadc lc:xJcaJque secollSt.i.Iui oomo núdco semâu•
Texto 14 rico do texto.
Hem.e quieta, corpo s:.audâvt>.11
O At:1-0 cttapê:utica da IJJ!Cditaçãoe sessões de meditação- aqu.i a
A meditação ajuda a controlar a ansiedade e a a.llv4r 2 do<! ~ palavra meditnçõ.onão aparece sozinha. Ela se juJlla a açãt,~
que wdo indic:a. sim.. Ne:ssas du:u ãreas os cientistas enconu.n.m as e a,,,,_, Essa junção deriva da associação sc:mãnaca possibilitada
maiores e·vJdêndas da ação terapêutica da meditação, medida em pelo contexto.
dezenas de pesquisu. NO$ últimos 24 anos. sõ a clini-ca de reduçio do
escresse da Universidade de Massacht.rSetts monitorou 14 mil portado- Pc:rcebcmos aqui como a reiteração da palavra m«lito;ão em c:ti\.,ersos
res de câncer, aid$.. dor crónica e complicações gâst:l"icas. Os té<niCX>$ ,.,,,tnextosno texto possibilita a interligaç-a.odas ideias.
cleseeb. Iram que. submetidos a sessões de medlta~ão que alteraram
Cll,scrvaruloa unponante funç.\O textual desempenhada pela ttpe!i-
o foco da sua atendo, os pac.,entes reduur.am o nível de ansí,edade e
'.,., das palavras,. Antunes do equ.i~
{2009) nos ad-."CTLC: de a repetiç-d.o
d1mi:nu:íram ou abandonaram o uso de a.Nlgésicos {Sup-erlntt.ressan.te.
.,., sc.·mpre considerada inswkiê.ncia '\'OCabulat. Segundo ela-.a repetição
O<J<. 2003).
t: 11rmbtda em produçOes textuais JJtVOCa.Ddo.seapenas o argumento da
O texto acima rem como finahdadc infuanar ~ cientificas l"''hrc-za VOCiiOOlar,desoonsidcrando-.sc que a rcpcnçlo de uma palavra
,elacionadas â ação tentpCutú;a da meditação. O terna deseuvotVJdo diz ,._)(fc sinafi:1__.,,.
a cooccntração temática de um t.c:xto, ou marcar a ênfase
respeito aos cfc11os da medicaçao como aç.3.oterapêutica. Nesse coo1ex10, •l"C'.;-("deseja atnbuir a uma palavra, a uma infonnaç:ão. a uma ideia. Os
11,1u-i hltt:\.rlos, pot ~xcmplo, ()!li quais prionzam a forma oomo se explora
•M l'tO-.°il Ho,:11il
T.-.x1• 111bli:ie;wdf, •.-;1)111,:::nd11.a.ah1n•)lCd,-.
IC"'ano.41••" ,,.,, 1.,, .. 1..... ·••..tl f'I. lt·nu. p("mlitc..'Tll-noSollservardaramcnte o uso da ,epetição vocabular
11111
1"•1111.t'I",.
<hnr ,.,.,.,,..1,.-,,,.-um(11
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~~fl"'lf'l,.11 ♦ 1111 '"'"" ~ •li ,n 'ltl.C • ~ 1n1 um.a tl,e1,~.:.., c...-,x:dficu, como vc.n:n:tf'Y.i d S(."gUir.
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SONETO DE SEPARAÇÃO •,uu ,, 1..x1u1w1L-.11c.
VinkiU$ "".Moroes
Tc.xw 16
De repente do riso fez-M o pranto A MAGIA DAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS
SUenaoso e branco como a brlll'na Tu~ dil Mónica.. Homcrrh~ranN. ~va_tciro, do Zodéaoo. X•MM ...
E das bocas unid:.3.sfei:•se 2 espurn.1 Que cria~ nà.o éapai,<onada per uma boa hfs~rta em quadrinhos~
E das mãos espalmadas fei-se o espanco. Nós, do Pk?narinho. conlessamos qve somos tu deS$l$ narrações feias
De repente da caJmafez.-se o vento por meio de dc$Cn~ e lcgcndu, dtSpostOS em um:i ~rte ~ quadros.
Que dos olhos desfez 2 úkim:a C:mm:ii Adoramos curtir, cena a cana. as avcnwru de tamOS heróis.
E da paixão fez-se o pressentimento A banda desenhada(BD).. hiscória em quadrinhos ou HQ (que
E do momenoo imóvel fez.•se o dn;ma.. em Portugal também i co-nhoclda como livro aos quadradinhos) e
~ forma de arte sequencial ov condnt.iacb•que une cexto e imagens
De repente. No mais que de repente
organizadas com o objeei't'O de contar hístórias dos. mais v:w-1.-:fosgêneros
fez:-se de triste o q~ se rei. am~nte
e estil0$~ As HQs sio.. cM gent, publicad:u no forma.to de revistinhas.
E de sozinho o qu.e se fa contente.
livros ou de pequenos trechos edltadC4 em jornais e reviscas.
fc:z.4c: do amigo próximo o distante PCM" mcio da atual BD. é po$$Ível len\t,t'ar COOlOo homem pré•hlstórico
fez:4e di vMfa urna a-..et1tura errante rep.-es,mt.l"a, com dcsct'lhos. $lia$ crenças e o mundo ao seu redOf'. Ao
De repente. n.io m:tis que de. repente.. longo da his.téw'iada ht.#na.nldade. esse t1J>Ode reiistro se desenvolveu
(Di.sponivel em: <httptlfwww.v.-gaJ~.com brlVW1ic:IUi.-de- de vária$ forma-s, desde 0$ hierógl.fos eg:tpdos (escricas figurativas) atê
moraes/soneoo-de-separacao.html#bcn3AThN bMZr-> _ a prÕpda ctSO"lU aJbb,êoo.
A<c= 01/09/2014). Em sua hlstórla m2ls recem.e. a hist.órta em quadrinhos ori'gi:nou-
Ko Soocto de Separação. de Vuuaus de Moraes. enconrra-se a repeti- •$C d.u c;rit1cas politicu publicadas por Jornais ingleses e norte•
ção da locuçãoad,,.,.t,ial ée_,.,em iodas as estrofes .Es,arepet,ção,junra- -amer1Cano$. que ll"a'll:tm earicuuns (desenhos que deformam ou
mente com o jogoaru:itético (riso x pranto; calmax vcruo; triste xconre:nre: a.cCi'ltua.m .i.tgum upeccos de uma pessoa - aumentam o nariz, a
p::óximo x distao.ce)~ (ettfa a ocouéncia de mudanças na relação amorosa. ~rri:g~ ou distorcem a boca. por exemplo). Mais tarde. es.se recurso
O texto indica qtie essas modanças ocorrera...m de fonna inesperada ("de daria o-n:gem aos ·•t,atões··. f"ecurso &râfic:o que indica ao leitor qua.l
uma bol'a para outra"), e a locução de rtpmte. usada repetida.~ yezes. marca dos persona.gens em cena esti falando (dfsponivel em: <.http://www,
Jatamente o caráter repentino da mudança ao relaaooamento amoroso. p.lcnarm.ho.gov.brfs:ala_leitu.-a/escame-do-plenarinho/a-ma.gia-das•
Thmbém a repctiçãO da forma vorbal.fez-<ecumpre wna função especifica .hl.s.tonas--em.-quadtfoho>. Acesso: 01/0912014).
ao soneto, acenruando as t:ranSformaçõcs oc;orridas ao rclacionamemo e No texto "A magia das histócias em quadrinhos'•. o eixo semântico
e.--p~odo sua mcoostância.
.._;_oas HQs. Dessa for.ma. será possível enronttar no texto a substituição
Kos lext.OS 14 e 15, verificaram-se exemplos de repetição de uma oo dessa exp(essão com o objetivo de manter a unidade temática. O pri.mcin:>
o:aJs palavras que nâo podem ser reduzidos à pobreza v-ocabular, visto que parágrafo inicia.se oom a oração de vã.nos dtulos de RQs, u:tiliza.ndersc
ali a repetição cum.p(e funções texruais específicas, mantendo a unidade u.m processo metoo.1mico: substituição do tcmKl hisli,ri.asem qru,drinltospQT
e a a>ntUlu:Jdadc. No próxuno exempJo, veremos outto aspecLo do lêxi.oo outros que guardam relação rom ele, polS s.'lo tirulos de eonbccidas HQ:,.
38 39
~1 ooca.lo~-
Alada nopomeiro parágraro, apenas na segonda frase, encontramos o t=:no S. Sug-i.ão de t:rabalho
hm6rkúem q,,a,irinhos. Já na tetceua frase do primeiro parágrafo, o termo é
suhstiruldo por sua descnção: ..narraÇ'ÕeSfeitas por meio de desenhos De acordo com os Parâmetros CUrricularcs Nacionais de Língua
e legendas, dispostos em uma série de quadros" Porrugu.e:sa (PCN). roda educação comprometida com o excrcicio da
cidadania precisa criar rondições para que o aluno possa desenvoJver-
No segundo pari8rafo, e, p,occsso de submrwção coruúwa, garantindo -.ua competência discursiva~ Nessa pe~--pcctava. não é posswcl tomar
a contmurdadc do teirto e a .sua COCTénc:ia. São apresentados: no ittício do corno unidades básicas do pmé'eS$o de cosLOo as d.céorrentcs de uma
segundo pa.râgrafo sinõnimos para o termo ltismrhzs e•1 qumhinhM.· banda
an,lisc de estratos, leuas/foncmas, silabas, palavras, sinragmas, fras<:s,
des.tn!uufa, HQ, livro aa, quadmáuthos.
que. desoonte..~alizados. são nonnahnc:ntc tomados como exemplos de
Alguns desses sinônimos são retomados no texto .. No tc-.rcciro csrudo gramaticaJ~ sem relação o:.>ma competência discu.rsiva. O texto é
pari.grafo. por exemplo. o texto faz referência à BD. $igl.a d:e banda d~- .t unidade básica de ensino.
sorltada, am dos sinônimos apresentados para htstórias em quadnnhos
A mccraçAo pela linguagem <XX>JTCpor meio de textos; é nessa instância
no segundo pari.grafo.
quç o usuário da língua org.m.iza e transmite: ideia.s.infoimaçõ,es, opiniões
Qu.C$1."âoimpo11;;u1tc a ser considera.da sobre esse texro é o público ao cm siruaeócs de interação.
qu..l ~ destina· crianças. O texto ..A magia das histórias rm quadrinhos"'
Se toma.nnos o texto como unidade: báSlCilde sentido, remos de c:onsi•
foi retira.do do Plcnarinho, site da Câmara dos Deputados ,com uúotma-
ller.trque o significado de uma parte depende de outras panes comas quais
ções e noticias voltadas para o público infantil. Reconhecer o púb~al ~'O
da se relaciona, e a coesão ç unpona.nre justamente para que,. por meio
dc:ssc texto nos permite compr~odcr pôr que de foi estnnurado dessa
fcnma. Além disso, é pos!nvd também idcnriflêar que a CS(X)Ihade di\'ttSOS d,1 ligação dos- dcmcntos 1:inguísticos na supccficie do teno, Sêja possh>el
sin5nimos pa..ra o 1ermo deu-se jusm.mcn1e com o objetivo de ampliar o lm·mar uma sequêocia que veicula sentidos.
vocabu1ário doo pequenos. O u.sod.e elementos coes:i-.os tt:m unportallte papel na construção de
O léxico pode desempenhar função coesl''3: foram apresei,rados e:xem• "'ntido, comribuindo para uma maíar iegjbilidadc de alguns gênaos renuais.
pios de repetição de unidades lextcais e de variação lcx,cal como
de submtuiçào de um cenno por outro.
= A mamfestaçã.o da coesão ocorre de fotma diferente em diferenres
1:•'"fleros.A maior ou menor presença de elementos coesivos no te.xto dc-
Sobre o uso de rcpc,içOes lcxicais, vale reforçar o que Anrunes (2009) rcoder! do gênero textual.
de:fundc: não devemos ooodcnar a repetição de forma genêrica e sjmpfü,ü, Ê necessário coo.remptar. nasatividades de cnsJ.OO,a dh'erSidadc de tex:·
tcntaodo impo:iir o seu uso. e sim analisar os contcxtô!. em que ela cos- 101 e t."Cncros..na.o apeoas cm função de sua ceJevãn.ciasocial. mas também
tuma aconteo:r e as funções que cumpre parct a promoção da ('(')'"'do. da ,...•lo f.uo de que textos pcnencentes a diferen.tC$gêneros são organizados
infi;,nnaovxladc e da coerência.. . k dtíct"t-'TllCS formas.
Jâ em relaç.ão à substituição de um termo por outro equivalente., caso da
Além d.isso~ ao abordar a tefetenciação coesiva no ensino, podemos
sfoorumia, por exemplo. Antunes (2009) ad\atc que apenas o a;,nr'C'Xtoc:la io- .w.,Jis,u as \'árias possibilida~ da língua·
teração. materializado oo texto.. permne decidir as cquivaJ&ló:., t..inunímicas.
,, l.1\"flit- -.,uonimi•
AnJUncs dt.."Slaca n:io ver reJcvância para n C'$1:ud1,tSot:• 1 O Um cxcn;icio uu~n:.-ssamc (: o professor mostrar aos alunos as
rit.-..c-utrí" uni(L1de< do léxiico lbm d,, pt'nt.'NfiuM.,11,, 11, ui• t,1111\·~,, fr•\ir.,t de uin fonônu.·no linftOisl iro, JJJ..ilisaodo-o cm seu coo"'
~• 1·L.1n<cs
texto e nas :;11a.is ..1 f
possibilid.J.d.cS d.e us..1o:cni tJt.ull 1..:frc.:unsü111i:i O I• AJ)IO·IM ., ,11\,Ut•~ ti., dl\'f ,s.•US-.ldC' .,,1.110,u t'"\ltllO '-'ieOl.(..'lllU
,•,111,11..lr
utiltzado, demonstrando a rcabdadc da. variação linguí~tK;a do C."l~·•avon.1 pmduç3.,l .Jr h:-,11:10.
mosu-..mdo como utiliz ..l-la para d.:Lr
ponuguês brasileiro. :.cncido ~ progn-ss.lc1 1cx1ual, e muito ma.is aoonsclhâvel do que
Suge:timos também trabalhar textos tra.nscntos de falas rea.is, (._'ll..'iinarnomencla tu:ra e classificação gramaticaL
coletadas no cotidiano dos alunos. Desse modo, os alunos po-
dc::rão verificar por mc:10 de anã.Jiscs como a lingua ,-a.na, prin-
O Quan10 ao tta.balbo com o léxjco. é importante cfcsc:nvolver
apalmente no que se refere à coesão rcfereocia.l, cor:oo mostra atividades que contemplem as funções desempenhadas por ele
nà construção e na organização do tc'.Xto. É preciso rt!VCr alguns
a análtse do texto 1.
Além da análise de re,aos da làla, ê aconselhável pesquisar na gra- proc.edunentos: por exemplo, repisar que repeução de palavras
mática normari"a. em fü'TOS didátio::,s e também em outtos livros de:nora. pobre:2a vocabu!at. Or~ se o vocabulário d.e um ceno
como os autores tratam o fenômeno investigado. Dessa fon:na. for considerado elemento csscnaal para sua coostru.ção. pode-se
os alunos nâo fica.rão engessados em uma Uníca perspocnva de consldt:tar que a repetiç.ã.o d.e alguma palavra cumpre uma fWl-
co.nheci.mento sobre a língua. rnas te:dio visões diferemes do que ção texmal especifica. que pode. por exemplo. estar relaciooada
seja o estudo linguístico. à etúatização de aJgu.roa ideia importante. Pol' isso, o léxico de"'ie
Esse trabalho de investigação pode ser aprcsc:nta:do em sala de ser visto de forma con.tcxn.:i-lizada-. dentro do texto. excrc:eodo
aula na forma de sem.mário. artigo coleri,•o ou até mesmo por funções especificas para sua construção.
encenação teatral O Quanto ao uso da sinoru:mia como recwso coesivo, o ptofessorpode
O Ouaa atividade produtiva é o rcxt<l colem-o, Depois de cstU<iar trabalhar-com a substituição de: uma palavr.J poToutra equiva.lc.ntc
alguns tópicos de coesão referencial. vamos selecionando o que em ooruextos de interaÇão. enlàtizando a perspectiva tenuaL Exetcl-
uabalharconforme o planejamento e o diagnóstico qae fazemos do cios dcscontc::xtuali:udQS de sinoní:rnia. como a at;ívida.d.e mocân.lca
con.hccimc:ntc> dos alunos sobre o assunt.0, visto qu~ é um assunto de elabocaçâo de IJStas, não permírem ao estudante observar o papel
QXtqnso e qtr.e d4pcnd.c::la. mi_4:/;a.oo dQ csc;ola.ri:z~o. Dcpoic c!c:uc dn,;; .sinônimos na cnn.~cã.n da coesão. o qu,e poderá prc:judicá-lo
processo. com"l.ria tirar duas ou três atdas para produzir um texto taruo na compreensao leicora quanto na produção rexroaL
co!eti\."O sobte wn assunto escolhido e ,q)tado pela numa. Pode-cse
cscrêvtt um artigo jomal-ístico, um relato, uma c::rõnica. um texto 6. Considerações finais
oarran,-o. A escolha do gêoero textual depende da sêrie (ou ano) da
wrma,. No momenco da produção do texto colcnvo, os alunos vão A Lei de Ottetrizes e Bases, em seu arugo 32., t.Odica que o ensioo
'Yerifica..odo
como a coeslo se orgn.1tiza por meio da utilização das lunda..mêntal obrig.at.6rio visá à formação bá..~ica do cidadão, cendo romo
aJJ.áforasque dão progressao de seoLido ao texto. Nesse rnomeoro~ objenvos bâ.sicos o pleno domínio da leitora, da escrita e do câ.Jculo. Ler e
é oportuno de :i(:lll.Ído DO próCd.SO de rc:fc-
explicar a COOSl..n.1Ç,i10 dé:rC'\.--eT dc,·em ocupar o centro das atividades pc:dag~cas. já qut: sera.o
re.nciaç-Jo. Para os alunos d()'; anos lin.-i.isdo t::nsi:oo fu.ru:la.rncntal, lunda.mentais para o ap1endiza.do de todos os oontet'ados escolares. Em
é interessante abordar a hiponimut e a bJperoninua na construção c;1da erapa esc::x)lar,o aluno precisa desen110h'Cf' sua capacidade de ler e
de textos infotmati~ da áft.':clde ciê.ncias da natureza.. era.ta.ado de escl'C'\,-er.Esse compromisso oom o descnvohimento da oompeu'!:nci.a
de fuuna e de flora e de ourros rema~ ém que se possa explorar a <._'Omunicativade todos os escudantes deYe ser ama das principais respo.n-
anáfora cooforme CS5C pnncipio scmã.nttoo. sabwdadcs assum,das pela escola_
43
Para assumir c,sc COtnJ?tom.i.3so, a escolo tem de repc:ns.:t.r ob,eto <lc
ensino dasauLa.sde ponuguês. Segundo Anrunes (2003 ), a escola não d,:\-.,
ter outraptt:tensãosenãod1egaraos usos soca.asda lingua na forma em que:
da acontece no dia a dia das pessoas. Essa Ungua só acontece catre duas ou
mais pesso~ com algunia 6nalida~ num contextoespecifioo e soba forma
eleum texto perr,noente a algum gênero (Sdurudt (l{)ud Antunes. 2003).
Consider.mdo q_ueas aula."idt português devem se centrar nos usos
sociais da lingua, a escola não pode ignorar as diferenças socialingub--ticas.
.Para8onoo.i-Ricardo (2005), os profcsSQfesprecisam esuu conscientes de
que existem di,'Cl'S~ mancuas de dizer a mesma coisa. Devem também
estar conscientes de que essas fon:nas:alremati,ias servem a propósitos
romunicativo:sdistintos. O professor consciente dos diYel"SOCS
usos e foo-
çi>es a que a J(nguase presta terá condições d~ dtsenvol'-'C:1'a com-pecência
romunicativa cm seus alunos,. permitindcrlhes let e escte'\'tt com profio•
Q)cia cro quaisquer situaçêlcs de interação. Com base nesses prfocípios,
dcscnvoh•'CI.TIOSeste capítulo.