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Em outras palavras,a construção ergativadivide os verbos da língua em dois 11.3.Classes de verbos
·1 grupos:osquepodeme 0$ que não podem ocorrer nela. Uma construção que tem
11
essapropriedadese denomina uma diátese. Existem muitas diátescsem português Vimos q,ue a cliálcseé um tipo de construção. Cada diátese divide os verbos da
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_ não se sabe ao certo quantas. Por exemplo, a construção transitiva é também língua em d"Uasclasses:o~que podem e os que não podem ocorrer nela. Por exem• :1
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11
1
i
1
uma diátese.Assim,o verbo comerpode ocorrer na conslnição transitiva,como em pio, nossa conhecida constmção transitivadistingue os verbosque a aceitam, como t
J
11'.: [28) A tlmla decepdonOU.
ses à maneira tradicional: decepcionarfica junto com bater, comere faur segundo
um critério, mas fica junto com morrersegundo outro. E ambos os critérios são
!l
1 '
temos uma ergativa,porque a tum1aé Paciente•. importantes, porque qualquer falante da língua conhece as construções transitiva e
ergativa,e sabe quais verbos cabem em cada uma.
A transitivade objeto eHpticovale parabater,comere decepcionar,mas não para
fazernem para morrer.Por exemplo, a frase Por enquanto, lemos simplesmente cinco classes, cada uma com um verbo.
Quando se amplia essa classificaçãopara mais verbose mais diáteses, acabam apa-
• o menno
1291 fez.
recendo grupos de verbos de valência idêntica; por exemplo, considerando apenas
não é aceitável.Mas podemos dizer as quatro diálcses acima, encliertem valência igual à de decepcionar,e desaparecer
tem valência igual à de morrer.Mas ainda assim o número de classes de verbos é
!)O] Essejogado<
batedemais..
muito grande - pelo menos dezenas, mas mais provavelmentecentenas. Mapear
A de paciente com em só vale para bater: o léxico para estabelecer essas classesde verbos é um trabalho ainda a realizar. Por
l31lO sujeik>
batianosfh>s. ora, vamos nos contentar com princípios gerais.
Os verbos da Hngua se classificamsegundo as diátesesem que cada um pode
Essasobservaçõespodem ser resumidas em um quadro, que permite uma visão
11 ocorrer; ou seja, segundo a valência de cada um. A valência de decepcionar,por
geral da validadedas diáteses para os cinco verbos. No quadro abaixo,'+' quer dizer
exemplo,inclui as diáteses transitiva,ergativae transitivade objeto elíptico:
que o verbopode ocorrer naquela diátesc, e• - · quer dizer que não pode.
[32) O professordecepcionouos alunos.(transitiva)
1
.J ll3JOs alunosdecepcionararn (efgilliva)S
li \'nbo, (34) Esseprofessordecepciona. (transitiva de obje1oefptico)
h,,tn ~ +
1 flilh'T + _. A valência dos verbos é parte essencial do conhecimento gramatical que nos
dn.c/11r,ili,tT + .. pemiite usar a língua, construindo e interpretando frasescorretamente. Por isso é
/u:n ... tão importante estudar as valências,que subclassificamos ,·erbosem muitos grupos,
nwrri·r +
cada um com seu comportamento gramatical próprio.
(Ã'.MÃfCA DO PCll!1\JCUS
!IIWUIIO a MÁRIOA P9tN
n
CN'l'n.t.O 1111
WJ1NClA
11
Ou seja, pintarocorre com dois significados nitidamente diferentes, correspon- momento, pintou é uma forma fonológica a ser associada a deterrninados traços
dendo a Y:Jl!nciastambém diferentes.A pergunta é se devemos distinguir aqui dois rnorfológicos,sintáticos, semânticos com base no contexto em que ocorre - basi- ....
verbospintar,ou apenas um. camente, no que nos interessa, no contexto morfossintático.
• 1'
Paraa<li:mt:lf,digologoque pintaré um único verbo,emboratenhaduas acer.>- EssaprMica valepara todas as formasgramaticais; assim,dizemosque a palavra
! :! ções lilodiferentes. Igualmente, consideramos apanharcomo um ónico verbo, em- que tem usos sintáticos e significados diferentes em ,.
1
j bora tenha pelo menos dois significados bem distintos: "ser espancado" (ele apanha [39) O cachorroQlle eu comprei
. 'í
.l da mulhtr)e "pegar"'(tu apanheio brinquedono chdo);o mesmo para perder,nos 1.WIQue cachorroé es.se?
significadosde •extraviar" (tu perdio mtu relógio)e "apodrecer'' (o leiteperdeupor l4tl8a achaqu.evai cholier. il:m
causado calor).AJ unidades gramaticais se definem em termosformais, pelo menos
l 11 em um primeiro momento. Assim, ir é o mesmo vetbo nas fuases etc. E dizemos que a palavra papel tem significadosdiferentes em
Hi
1 '
137)&., ~ a f"ol1X>
~ a semanaque-,,.
l4il Pega uma toalhade p.apdparamim.
[43) O Rodrigo valfaz.er~ de avô no teatroda escola.
1 1381
Acho que ~ chol,,er.
aw.tÃl'ICA 00 POlnUCUS
IIWI.IR) 111MARio A PERN ~nlll vml'-OA
....
objeto pode ser topicalizado- mas isso não é Ct1mctcrísticn
do verbo eucher, ma,
0maisdas vezes com preposição,como nos exemplosacima; mas às vezes é expres-
de todosos verbosque podem ler ob jcto.
sotambém por um nominal, como cm
Assim,podemosdi:r,era construção lnmsitiv11ou a di6tcsc transitiva, por<111c lS2) ~truçlo amblenLal.
{Paciente)
toda diáteseé uma construção. Mas não é correto chamur n construção de objeto (S3IA deds.lo~ C,,gen1e)
top.icalizadode diAtese,porque nem toda construção é diáte5c,e essanão é. U111a
di:ltcse.em resumo,é uma conslmção onde só cabe uma parledos verbosdo llngua, lt bom notar que, ao conlr.!riodos verbos, muitos nominaise advérbios,talvez
em virtude de suas propriedades lexicais. Correspondentemente, pode..scsempre a maioria, 1111'0têm valênciaprópria;por exemplo,ca,a pode ter adjuntos. mas estes
detcnninar de que verbos uma construçllo é diátcse (por exemplo, a constmç~o são definidos por regrasgerais, n~o condicionadaslexicalmente:minha c08a,ca,a
transitivaé diátcsedosverboscmc/1cr.comer,malar,mas não de morrer). demadeiraetc.
u
E o advérbiofa~ravelmmte também exigea:
decidiu~
[49) O trbJ1a! IA mama.
O papel temático desses complementos também precisa ser cstipulado na '"J·
lência dos diferentes itens. Por exemplo, o complemento podeser um Paciente,
como em
l! f.501
A demoiçJoda.row) ficoua c.argoda imlll empresa.
i ou um Agente:
A dedsãoda<h1Plia
1S1J foinulO contestada.
1
Assim,o item lexicalcorrespondentea essesnominais e advérbiostambém in·
clui a listadas diáleses
em que elesaparecem. O complemento dosnonúnaisocorre
OtAMA,v. 00 POlnUO.ts
llWl.(IOO 1111
MÃIUO A. l'fRN
CNfru.on aw,ilNOA
--And-
-MortO<Mardonlfo
~-c.obual-
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SUMÁRIO
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<H&Ull. CArM.DU{Ao"" NOTA 00 EDITOR ······· ............. ········ ................................................................. .
5alCAl'OIUOOIML
IQS llfl1IIIES
li( unes,li
l'SZ19 APRESENTAÇÃO
........................................ .......................................................... 17
-AUrioA.(WlloAll>fflDJ, 190·
-dapom,gutsbm.lolro/-A."'1W.· Slc>Paulo·
1.Agramáticanão é instrumentode aquisiçãoda línguaescrita........................ 17
-~2010. . 2. f: precisodescrevera língua falada............................................... ................... 19
~ "'9"'tla ;◄)
3. Estudara línguacomo ela é ............................................................................. 21
lnduf blbi"9ra~
IS/IH-.S·7'9-8
4. É precisousar noçõesgramaticaisnovas..........................................................21
5. A gramáticaniloé uma descriçãocompleta.....................................................22
> Ulgw ~. GBIMia. 2. Lfnsluo
~. 8rasll.
l Tltulo.
l Sfrit. 6. A NomenclaturaGramaticalBrasileira(NCBJ................................................ 23
10-002.I CE>0469.5
7. Quadro teórico..................................................................................................25
axJ 811.134.3.36 8. /1 quem se destinaeste livro.............................................................................. 26
-~--•/ ..__
0.5. A gramáticacomo disciplinacientlti~-a ..................,....................................... 35
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=:..,-:,~HtrivN~~obttl,odtwr~ou
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0.6. A ciênciana escola.........................................................................................
0.7. Como ficaa gramática?.................................................................................
37
39
0.8. Concluindo....................................................................................................
41
ISBN:97M5-79J4..oow
CAPÍTULO
1: NOSSALÍNGUA.............................................................................. 43
O do -- A.l'omi.2010
1.1.O portuguêsno mundo..................................................................................43
0 d>odlçio l'lribola~ saoP~
bmllelra: ~.,.. 2010
1.2.A língua do Brasil...........................................................................................
44
• SUMAAIO