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Este livro cem como objetivo ensmar ao t.

':'ilml1ntc s ,H1t''i
col"t'elac:ionada...;;
,u oornuníc::a,;,:ào-..Í'-.ual. O 1t.·m:i e.•
:apreseruado não corno t.una lír'.lgua eslr.1.n}l:t'tr.1, m,1s comú
tu11alíngua nadva. que o esrudarue --s:..ibc".111.1~n.t Ltu:11
ainda nào co11.'".egue~ler"". Esm :1.n.alügi.a[lrop(Jr 1 ma um
método de ensino útil, ern parte por ruo :-,erd.dx:1r:1cbem
demasia ou a.plicada cocn excesshü rigm. E:-,ci.:1111:rocl,de
ensinar a ver e a ler da.dos visual,;;já t"oipu.-;10 a pro\ cuIn
sucesso em várloo contextos soclo~cxu'lfm,ku ....
Nada mais adequado, portanto, que algur1:-.do~ oi jd1H1'.'i
mais iH-iporcames do Livro cenh.uu sido crnnumc..'adr J....,por
rnelos visuais. Vários exemplos Uuscrado:-.!'-àü usad,,._,p:ir-J
esclarecer CliS elementos básicos do design (a -ap.re11dizagi:m
do alfabeto), para mostrar como etes são usados em
combinações sinrãticas :simples (a aprendizagem de.:
"semença.s" :simples) e, fi.na]meme, para -:ip.re-emar a
síntese significativa da informação "lisu3l como obr~1J,.:
arte acabada (a compreensão da poesia).

Doais A. Donctis ,é atualmente professora de comunicaçio


n.a Boston Unive_rsitySchool of Commu:nication e din.-mr:1
do Summer Term Public Communication Jnstinne. dcs,a
mesma i.nsôtuição,

1 S!N 115-lJ6..C61!3-B

,Jl,JJ!
Esta coleção pfe{endc
r,i;:unir os estudos mais
·ignificativos no campo da
cornu11kação visual e das
.t rtc;s plásticas cm
p0rtk:ular, reservando um
SINTAXE DA
e5paçn pri,,,".ilegra<lopara o
ll . GUAGEM V]SUAL
modernLs,no. Seu objetivo
é g,.1rant~I'a um público de
artistas, críticos, C!J.11.1tliosos
e ama n(es d.aarte àcesso
não :apc:nas aos dá..o,;.i;icos
que sinalizaram a hLqóría
da me, pam a compreensão
de sua ~,.rolução e de suas
cendêncma.s,mas tarnh611
aos m.3nuaLse estudos
recentes que proporcionam
os elcmt:ntos esscndai:-;
para a compr,eensão d.a
gramática da comunic.'içào
viS-ual.

c,.1",!.
a
f'l,i;jtlo gt\lliCOl.(mi 1-b:nlmi. TeDs:!il
lm_,c,il.ciD Sc~O l!.ol:mi,uu:A.s,(de~)
Si.- ~u:;ro6mA.nni), 19')1, ~
74 cm x t(l1 ,..-nir :!E cm
111t11.l1:lild::i,
0:,Lq-:'11~Jl(lrri.:ulM.
SINTAXE DA
LINGUAGEMVISUAL
Donis A. Dondis

Ta.,:iup'lo
JJ!»l!~J. WJZ CAMli."11(';0

Martins·Fontes
.S.00PCt.I(r>2003
T,ft., ....... :.t· A YICC'IU 0F 1•~ urr:ur,r
Ç• ·"-'t' 1C1q ,..... Mumtbx1/J 1,,;,-,.,,,(T.,.-.ãu, l'nJ
C.,,f'vlr e JWJ. Lr.-.r:a 1(.-f!•• N•lf' ~ l.w,
~4,J>nL, ..... ,114 ,...,......,. ..... ,....

1•...
-.i..lWJ SUMÁRIO
l't,Ja,
Jr-tm'...,.,,o/rt"'4~
~IHfi'..II
..,.....,,.,
,wr

t...t,iiõ
J?.UlX...-a, LL ,'Z C,'I.
!t ,te(;<)

11......... .._.,.. Prefacio 1


w...... - N.n-Jr,C..no\.r ...
11:a._.,,.rn
s.-
.i.,.....,~ ..
.11.nn'r,oll.altwai.-U.t 1. Caráter e comeú.do do alfabetismo ,·i51Jal ,
~11,ríl'kJo
2. C.ompruiçiio: f undame-nto s.lntátfoos do alf~becismo visual 29
3. ElemenLOlsbâsi.cos.da co.mu.nk.açiio visual 51
K•tll &, - 7-:"h ..,..LJ
J !Ili<•1)11
1:111 4. Anatomia da mensagem ~·isuBI 8:5
~..,p,.._,...,, .....i-.A
-.s,,.,1 11"'1·!'~.J,1..1.iiJI 1 1
1 V.1 , .5. A dinâmica do CO!'l\rá'5"lr: 107
~,_to ~-idM\o. 7-' '"' r .,w,_ z ztn1
e~ •,-.m.•'..r 6. Tétnicas "'i.suais: e:ttr.i.La:gi.a.s
de cocnunicaçã.o Ili
7. A síntese do estilo \'truaJ 161
~-·
(Clm..._,,,
La..__.
... u.,,,,..SI';~Kfl')
ll'iftll
S. As arte:; visu.Ú1i;função e mensagem 183
~li,Clorul~ 9, Alfabetismo visual~ como e por guE- :227
loirou ,;t., ............ ,,.,... ) Dool, i;.m ; l)inHçln
...,...,_, Lu.• c-pf. - !' ..:l ili p,.~1 : lohnn n,r-.
llill'1?.-1~11) BibJiog1:efia 233
nau~ A......, <li'"""' li'>'"'} FonJ,es das Ilustro.çõe._<1235
....... IL
IS10, U-JJM61~
1 Allmcwno ,oll&I !. ~ Í""U I °'"'f""'IÇID lkr)
4..~••...d I n, 'l Vrle.

T""""'11J.t'n(l'l.'IJ'
,v.i;g, ffilf~l"m D Snu.il ,nm.:.'dw 4
l.foantr M~ if11111u,Hd'ilfl'p LI,hL
.t.~.UO OJ:Ill.(}O(}S..,:i l'iltdo SI' !J.N.,;,J
R,,,. CL\ntt'IYlro ...:,,..,.,l"lvt,
Tn'.(IJI niuo'/1 far ((JJ 1105.6967
, 1"1111.IT . ..,..r.wqr.,,.rn~ IIIJP-'•~
•.,.,. -..r,n<f,Jwu--a,nJir
P-erSor,ellaBorsctta con Cu.ore

Priscilla Ann~ Karb

San Sopostibi. l 9'73


D, D. e M. C.
PREFÁClO

Se a 111-.-cnção do tipo rnóVelcriou o imperativo de um alfabetismo•


~·erbal u, 1versai., san dúYida a in\•enção da câmera e de todas .i.!.suas
formas par.a.lda.s,que aão ~m de scdesc:nvol,,~r. criQt.J,pôr lliU.J.•.cz,
o impel';uh•o do alfabetismo "lsua..Luru,·~. uma riecessld3dc:que há.
mui,o tempo se faz sentir. O cinema, a ccle\•i.sio e o computadores
visu.lJ ~o extensões. 111oderr1asde um desenhu e cle úro fazer que c~rn
sido, h1storkarncntc. urna ~parida.de nAtursl de todo ser humano. e
que as.or· parece ter-se apartado tl.i. c."tpc.ricnciado bomem.
A ertc e o i;isniílc:ado da rute, a forma e~ função do cornponcnre
'VÍ$ualda cxprc~'l.o e d.i. oomunicaçào. ~ por urna profunda
transformação na er.i. tecnológica, sem que~ renh.i.1,1crificadouma mo-
driíkação cont?-:'lf!ODdentc na cstEtica d31:me. nquemto o carâ.rer das
artcs visuais e cle SUil!,relaQãcs com a i;oc:ledadc e a cducação sofreram
transformações radical , a e!.1étic-ad.a ane permanc(;{:uinaJtcradB, ana-
croak.amentc pre?'laà ídéia ck:que a inílul!ncia ft•ndamcntal para o en-
tendimento e a conformação dc qualquer nível da â1éf1Sagem ~isu.aldC\'e
b.asear-sc na impira~o .não-~rebral. Embora i;ej.i.,•~refade que- toda
iníorma.çiio, tanto de input quanto de outpm, dev.i. passar em ambos
os extremos por uma rede dc iatcrprccaçlo ubjttiv.i., essa considera-

• 1.ltt'l"a'C.7
qUtt diz ddec e ~cv~r"
.. t1iJJ11cxhu3r Por ntr.m;io, sipli rr.J 1nm.
bnu "Nlix;ido", .. "L11slrução'', e:c .• 1errno J)Orim, llut' elo tndu-
''conh1;1dmc11ro•
ttl:I o ,~iro smtldQ do\ Odbulo oomo orleli .:quI m1Jll'e,_,ld0,Pl1nié"·iw a intr~o
1k uni nroki11iK110de ~~nrl~ obsN~11.roma, por ~plt,). '".alfabtliil..idr'", optou-se
a.ciwp0r ''ill,1.betismo' ·, dcí1r,-rto no dkionário Au.réüo oomo '"bh1ilo °"q..:ialidadede
lllí.1bclizlldo"'. (N. T. >
PREPAei:o 3

çl1o J,wlada transfomurria ~ inteligê.ncia 'o'l51.la1 c:m .al,g,omnefhante a originalmente::beneficiou o .ilfabtt:ismo. "Entre m séculos X]II e XV J,
uma âr.·OTCtombando silendosamentc numa norest.a vazia. A iexpr,es.- a ordcnaçiio das pa]_a,vas abstiluiu a inncx.ão da~ pala,.•ras como prin-
c:ircumt._~dase para muit11S
sao ,,;suaJ signif'Leiimui.las coi~~. em a:111:itas cipio da ~int~e sraniatkal. A mi5ma tcade:nda se deu ~OJJt a forma-
~es,.~as. !Éprodurto de uma intc-ligfulciahum.ui.a de enormi? oompiex:i- ç-.ãodaR palavrM. Com o surgtment.o da impm~. arnbas ru; tmdéacl.as,
dade1 da qwtl tc~mos,mfelizn1entB, uma oomprecra;ão muito rudimen- p:usaran1 r,or wn proce5SOde acdl!raçào, e houve um dc:sfocamcato
tar. pª~ tomar aocssrvd um conl\ecimcnto mais amplo de algumas dos meios audiüvos para 05 mcios visnai~ da rncaxt.••• Para que: nos
druscara.çtensticas ~dlllS ~ irltelig&ilcia.o pn:scnlt ih·ro propõc- OOl1$"idarem verb-ilmcnte alfabc-t:izados e preciso que apr~darnos: os
sc-a aamlnar os tlementos. visuais bás~. as cstratcgias e opi.;tiesdas oompone11lesbásiws da linguagem escrita.: as leem!, as palavras. a or-
t6cmeas vlsua~. as. implkações psicológji::H e fisioli¼ieM da compo!ii- tng,1'fia, a Jramatica e: a s.inUOO?.DoJlllJnil1tdoa leitura e a c:sc-rita,o
ç:ão e.ria.tiva.e a gama di::mrios e rorrn~tos. que- podem stli' adequada- Q.uese potle ~r,c-s:sar oom c~s PQU(OS elementos e:-princfpi.Qs é re~I).
ment,e classific-.ados sob a deslgn.açlo ,11.rtcse offcim ,,.-is,j· is. Essc- menl~ infinito. Uma ,.,c-z sc-nhor da kenic:ã, qualquer indj,,•(duQé c~pa_z
prooc:sso ~ o começo d~ uma in•.-~âo racional e de uma • nüse de produzir não apc-nas uma inílmt.t vutededc: de sohl.çõ,es;crtath•as
que::sedc::«i.nama ,11.mplfa.r a compreeinslo e o uso da c.l:p:rcssãovisual. paraos problemas da. oomunicaçlo verbal, ma! também a.m ~ilo :pes-
Embora este liivro não pretenda afi_rmar a W!iténciiai de soluções soal. A d:isclplina estrutural ~ na estruturá. v~bal básfoa. O alfabeA
simpfos ou absolu.1.aspara o controk- de uma lins.ttase:mvisual, fira da:ro llsJno slg;míka que u:mgrupo con1partilha o ,s:ig;nific..adoatnbuícto a um
que: a razão prineil)al de ma c-xplorilç:fu)~ sugerir uma variedade de tn6- corpo comum de- inforrna,;;l,es..O .alfab~lStno ,•isual de,•e operarr, de
todos de comp,0siçào e design que levem em conta a di'o'cmdadc d'l!Ie5- a!lguma maneira, dentro desw limites. Não sB .Pode eomrol:á-to mais
trutura do modo visual. Teoria e:prOCC55(1, defürlç!o, e mccrclcio, t':5ta.- rigrdamcnt.e que .i. comunicação verbal; nem mais nem menos. (Seja
r.ão Lado a. laclo ac longo de todo o Livro. oesvina!lado-.5 um do outro, como for, qu.em d.cscrjariacoatrol.á~lo rigjdameme"I) S1rusobjctiv05: são
esses a~cctos não podem leval' a:Q dcscn 1.-0Mme11tôde (l'l,etodok>gias o.s:me!lmos gue morivBfilJllo dc:scnvollvimento da ]inguagc:m r:scrita:
que possibilitc-m um nov<>eanal de commric.ação, t:m última !nstincia oo~trulr um sistema básioo para. a:aprendlza.gmi, a idcntificaçlo,, a
s.11settíve]de expandir, oomo faz a escrlU!.,QSmeios. favorávâ.s .à lnte- crla,;:âo e a comprccnsãQ de mensag-e~ v.i!Uais que sejam acessl\'e:is a
r.IÇJo humarui.. toda! as pe-.ssoas.e n!o apenas àq,uel.is que- foram Cipecialmente trei-
A lina.uas-em ! simpfesmcnte: wn recurso de comunicação próprio nadas, corno o projetista, o artista. o e:rtcsão c:o e'Skta. Tendo cm vis-
do homem, que evotu.iu de.de- i1.lB. fOJ1D8! auclitiY-a.,pura e primitiva, ta ,15-scobjc::tr.·o,esmaobra pretmde scr um ma:nu:albiisiw de todas as
até a capaddade d.êler e escr~r. A mesma i::voluçãodeve ocorrer CQm comunicações e e>q,ressõc-s.visa.ais, rum ~udo de todos. os componen-
toda!i as capacidad1és humanasemvoh.·idas.na pré-visUi11Uut;t10, no p1a- tn. vii;uai.se un1 corpo ..:ommn d~ rrccur-sosvisUM , com a coascr&tcia
nejam.mto, ao desenho e na crla.çi'iode objetos visums, da simples fa. e o desejo de idenLmcar as árc:111s de ~ignifieado compartilhado.
bricação de: fc-rnuncntas e dos ofícios até a criação de símbolos, e, O modo visual con!itirui todo tun corpo de dados que-, oomo a lin-
finalmente, á criação de imageru;, no ~o uma prerrogativa adu- gua.gcm1 podc-m !IBT'usados pata comp0r e:oomproc::ndcrm11m.~gensem
slva do anista talentoso c: instruído, ntas hoje, s,aÇ8$ à.'i incríveis pas- d.ivc:rrsosnl-i.·eisde mUkladr:. desde: o purameate- funcional :u! os mais
sibiüd· des d.a ~mera, uma opç-ã.oparn q1.1alq1.1er pessoa int~1~ssada e:m elevados domíruoo; d.:a.cxpreMão artística_ É um coroo ele dadosconsti-
aprc:nder um reduzido ml.mcro de: rc:gr115 m~câmeas. Mas o que dizcr tuído de I)· ttes, um grupo de: nnidadB$ det.erminadu pô.r outras unida-
do 11Jfabc:tis:mo visual? Por si :só,,a rcprodnção mccim:k:ã do ~o ~m-
bientc- não oonstitui uma boa ex:i)resslo "'is.uai. Para co:nlr(lfar o ilS• • Mlic~l M.cLuh.m. •'Ttie Eff~ gf th,: Prt11.1~Bool; Oll LU\lll3SCj1L th~ 16'1
sQmbroso potrndal da f oto,grafiª, se· f,112ncocssária. ll.lRil. sinE~e visual. ~1111.1.:tr".
in Exp/CNll.loJU in CammH=it»ts, .fm1mdCaJ'l)CJlttt e ManJudl f).kLu.-
O ;am•l!Jlto da ramc-ra é um ill!0filtelmemo eomparsvcl ao do livro, que bàn, edilm-n (Bostoa, MaW1Clum:i",. Beac,.,11PJ\ffl, 1960).
4 SJl'IT.'\XE D.'\ Llfi4Gl,AG 1 \'l!il./A.l.

des, ,cujo s.lgnific;)d.Q,@mconjunto, é uma função do significa.do d.1s


pillrl~. Como l)Qdemos definir as unid.ad~ e o conjunto? Alril\'és de
provas, def.inlçôes, exerdcios, obs.cn,•a~õc-se:, íinalmcntt'i Ünhas me$.-
lras. Que poss.lm ewtbelecer reta:çõc-scatre lodos os: W\'cis da i:xpr,c:s- 1
são visual e todas .a.s~rscte::rfsúcas d.as artes. ..'i.suais e: de seu
''si,gaificado' •, De ramo b\lsca.r o ~ignificado d.e ••arte'•, as jnw::si1ga-
çõcs acabam p0r e<:ntml.izar-sena (lelimitação do papel do conteúdo CARÁTER E CONTEÚDO
.aa forma. .Nes.1e livro, roda a c::skra do contc:üdo na forma S'(:fB im·cs.- DO ALFABETISMO VISU'AL
ti,g.,.dnem ~ú rui,•dmais implc:.! a importãiacia dos c:lernentos intliv.i-
dUillis.oomo =-icor, o tom, a linha, a tc-xtura e a. proporção; o poder
expressivo da 1ée~s individuais., como a ousadia, a .simetria, a. r-d-
ternção e a !nfüse; e o eonrexto do:í meios, que atua como oc:n.ã.riovi-
.suai par.a aiscteeiOes re!a.ti~•asao desig,1, oomo a pintura. 11fotografia.
a arq1Jitetu.m. a televis,o e .\Sanesgráfica~. É iaci,•itâ-.·elque a prcocu- Quantos de nós vêem?
pâção lildn,a do alf-1betis1110vi!IWLlsc:ja a fonna inteira, o cf e:i10 cu-
muJari--·oda co1nbin:)çlo de cf.!emcmo.s; sd~on11dos, a. marupul.ação dás Que amplo espectro ck proces os, .i.ü..·idadcs, funçõc-s.,atitudes, ~a
unidddes b383~ atff!Vésd~ técnicas ~ iUa relsç.ào formal e compositi- simi,lclí Pr:rt!U□ta abrange! A lísta é Lonp_;perc~ber, compreender, o;;OJJ-
"'ªcomo sigciíkado i,:retendido. templar, obsC'rvar, d~obr[r, retottht(;er, visuaJjzar, e~am.ina.r. ler,
A for,ça eulmral e 1,iniversaldo cinema, da fotografia ~ da teki,·i- olhar. As conotações sâo mui 111,ueraii;da kkntificação de obJ~t~ .s:im-
são, n11configuração d.a ;uno-imagem do homem, dã a medida da ur- pl~ ao uso de símbo10,5;e da Jinsuagempara conceituar, do pensarnc:a-
genl'ia do ensino de alfa~tis,no vis~1al,tanto para m comuaieadorcs to iadutim ao dedutivo. O número de qucstõc.<;levan1adas por C'staünica
quilnto p,.m1 ilQtJeles aos quais a comunicação se- dirige-. Em 1'9J.5, pergunta: • 'QU.llltOS. de ruh \'ffil'l?' •, nos dá a ehõl\'e d11complexidade
Moh.ol:,-- ílK)'. o brilb,mee profe.s.sQrda !Bauhaus, disse: uos iletrados do c..a.rátc-r e do conteil.do da inletigência visual. iEss..'!. comp,lexidadc sc-
do fumuro ,·ão msnotartanto o uso da caneta quanto o d11càmcra.'' reflete-nas inúmer~s mane~alra.,,és d11sqL1.aiseste lli.rroV-<lJ pl!'.S.quisaJ"
o futuro e 41:ora,O fru1tlulco pou!11cialda comunic11ção universal, il natur~e da ext)Criênda visual mediante ex:plcm1çõ-es 1 anáHses e defi-
i:mpJfoitono illfabeüsmo'1S"°ª1,esrl à e.,pcra de um runp1o e articula~ niç,ões, que Ih~ perrn 11.inl destn,·olvC"r uma rne:iodoJogi.acapB.Z.de-iru-
do de5Cnvoh·~meaw. Com o p~s~ce U,.•ro,damno~um mocksto pri- trnjr todas a~ pe:.;soas, aperfeiçoando ao máximo ua capacidade, nào
rnefro passo. :s.ód~ criadores, mas tamb~m -de rcocptores de men~lJC=nsvisuais; cm
outras pala\•r:u, capaz de lr.amformá-la~ em lndh·iduos. visualmente al-
fabetizados.
A primeira. expericiada por que-~a u n1a cri.a.□Çill em .seu prooc:s-
so de apr,endi7'd'\g-ent ocorre: através d:111
comc"ênc.la tatil. Akrn dc-sseco-
nbecirnc:nto ., rnanual", o r,C'COnhcdmenwincluj o olfato, a audiç.ào
eo paladar, nu,rnintenso e fecundo comaco com o mdo ambiente-. E5-
scs senti doe.5'io :rapldarnimte intcmi ficados ,e superados pC"loplano icô-
ako - a capaeldadcde vc-r, reconhecer e c:omprec:ndc-r,cm t,crmo5:
visu11cs,as forç~s arnlb[entais e-c:rnoc-ionai~.'Pratleamcmrc: dc:sde nossa
6 SlNTi\X& DA L11'"CU"GF.M \'ISW'i..L CARÃTEli! F. CONTBiOilO DO 111.F.l\lmiJShO VJ8UJU. '1

i,:rimeini.expcric:□c:ia 1110mundo. passam.os a ór,am.izãr nouas necessi- e aprnas um exmiplo d~ i,refe~nda do horm.c:mpela inforrnaç..lo vi.
dades e n05,c~os. prazcres, □o55a5 prcf c:rênd.illie nossos te.mores.,-co.mbase snal. Há muito!! outros: o l:!mamàfieoque acompanha ,a C'8.Ttll.de um
na.quilo que: "''cmos. Ou naquilo quc:qu«mios ver. Essa des.cdção. po- amigo querido q1.1tse acha dls1ruue,o modelo tridimrnsional de um
'°'m, é apena!. a ponta do iceberg, e não tllÍi de fonniJ alítumna..:i. ex_a_,.11 no1Voedificio. Por gue procuramos e&sc: rc:fDT90visual'! Ver ê uma ,ex.
medida. do pode-r e-da importsncia que o sentido ,,isual éAéroe sobre peri-ênciadireta. e a utílizaçâo de da.dosvim.ris parai tranmutir infor-
nossa vida. Nós: o ace:icamos sem nos dermos oonta de que ele pode mações representa a máxima avro,,wnação que podemos obtcr oom
ser a]')e:rfciçoado no processo básioo di: ob5éf,.•aç:ão, ou am,Pllado até relação à ',l,Cf'dadci
ra natur~ da realidade. As rcdc:s de-tdcvisão ik-
C(ll1V€:rta-se: num iaoomparâvcE ínstrumealo d,:i;(lmurur::açâ'On,umuW!.. rnoastraram sua C!ioolha. Quando ficou impouiv,el o oontaio visual di-
A~itamos a capacidade: de: ver da m~mà mru1efra como i.l vlveneiªw reto com os a'itronauuis. da AJ)olo XJ, elas oolocaram no ar uma
mos - sem c!.forço. simula.ç.ão visual do que est.avaisena.o simu,tancamc:ntc- descrito atra-
Par-a os que v&m, o proc-esso requer pc,uca eáergla.:os mecanii- 1,és dlc:palavras. Havr!ndo opçôes, a i::swlba ê muito c.Lara. Não só os
mo~íi!iiológicos são autoauitkios no :siscc:rna.ner~·ot0 do ]1ornem.Não &"'trOm!lutas,mas também o rurista. o:<ip:,mJelJ,~Les de um piquenique:
e.a.usaas-sornbro o fato de: que:a partir des!tt:ourpul mi rumo ~barnos QU O Ctentist21,,,oltam-s~. todos, para Q modo lcôruoo,s,eja parai prc:-
uma enorme: quant1dade de iáf onnaçOes, de todas as manciras e: c:m sero.·.aruma ltmbran~a yjsual ~ja para ter i?mm!os uma. prov-.1técnica.
muitos níveis. Tudo píirc::i:i:nH1ÍLO natural e simplti, ~ngc:rindo que: não Ne.~ aspecto, parecemos todos !ier do Miswurl~ di:-lemos. todos;
há nooc:ssidadc:de:desen~olvtr nossa,cap:i.cidade de vu e de:1,isuafuar, • ·Mom·-e-mc:.,•
e:que: be.sta aocitá-La oomo urna Í!Jrdo n::i;i:ural.Em seu Livro Tow:anis
a Visual Culture, Cahb GattêgnO c.o.me:i--ita, we:rindo-~o à natureza do
sentido yjsuaJ.; .. Embora uSil.-dapor nós 00111t.a.nUI. namralidadc:, a vi- A falsa dicotomia: belas-artes e artes :aplicadas
s.ão ainda nilio produziu sua civilização. A v~ é 't'e-101..,d-e-&rande al-
cance, simultaneamente· nalitiea.,e. intéiica. Requer tifo pouca energia A e.xpc_riênciavis~l h 1.unam.1 é rundamc:ntal no aprendu.ado ~mi
p111af undonar, como f u:Beiona_,à velocidade da luz, que: aos pennilc que: possamo$ oompreender o ll'leio a:mbic:aic-e: reagir a ele~ a informa-
rccc:bi:r(' oonscn·ar um nútttero inílniro de unidades de:informação nu- çiio -.·isualé:o m:l~ ant(so reJi.stroda história humana . ..-\sp.lntur.tsdas
me fraç.ão de scpndw. •• A observaç~o de Gattegno ~ n:m tc-stc:muaho cavernas n:presentam o reta.to mais. antigo que se: preservou wb:rc: o
de riqueza aMombrClfilldenossac.iu,~dadev4ual, o que nos torna pro- mundo tal -como c.lePQdÜI, ser vl~o há cCTC111 de-trinta rnil an~. Ambos
pc:□so.s a oonc--0rclru- c::ntusiaiiticrune;ntecom i\lS!. conclusões: ''Coro a õs fatos: dc:moastram a ne~d.a.de de um novo enfoque da função nlo
vis.ão, ,o i.nfictiton05 é d.adô de uma ó vez.: .:i riqu<::zat s.ua.de'.Seriçiio." somente: do processo, como també.m d.aqude que- visu.a.li:zaa .s:oeier;la-
Não é dificll de deteaa__r.l te:ndl!nda à iafonnaçã.o visual no oom• dé, O maior dos obs,'táculos COflliQ.uesi: depara c:ssc:esforço é a dassffi-
portamc:nto hwnano, Blls~mos um n?fürço visual de nósso conheel• ç.ação das :a.rt~ visuais: n:u r,olarldadcs beles-art~ e- art.C:lo apllc::i.das,
meato por muitas raZ-ões: a mais importante de.las.,é o ca,aler dicero Em qualquC"Tmomento da ltLStória, .i. defirução se:desloca e modHi-c-a1
da inform111ç.ão,a proxlmldade da t?JCperic:acia rc-aJ,Qn.a.ndti a na,•ee! embora os mais constantes fü1ore.sde diCercmciaçAocoswmem et a_uli-
pacial aorte-arnericana Apolo X:1aluni5,sou, e-qnaado os pr.im-eirM e llifade e a cstetk,a..
vaci11111t~pal!isCXS- dos anrot1.am~.s tocaram a supc:rficic da Lua, quan- A 1.nilid.adedc:signa,o de.'Jigne a fübriea: ·ão de: ,objetos, materiais
tos, dc::ntrcos td~ei;t~dotes do mund-a Lnc.ciroque: a-compilillru11..,·iJIDi e d-em.Orutl'ilçôesque: respondam a necessidaclc::-sbásicas. De.s culturas
a transmis5iio do aeo~t-edmento a-o Yivo, momento á momemo, te:iam 1'fimif1v;H il tr:cnofogia de fabricaç~o, eJrttemMl~Ic: avanç..a.dade □o.s­
préü:rldo .i.co.mpanb.ã-lo atrav~ de:uma rcporl~ll'I escrita 01.l falada, sos dia.s, piisS-iU1®pcfas ru[tnras antig;;u ~ C:Onlmporàncas, as neces-
por l!Ili\ÍSdetalbadai ou elQqüe:01.cque-,ela fosse'? ES!:íí.ocastâo histórtca jd.a,des b~cas do homem sofre:ram poticas modificaçõc:s. O borncm
8 su..-rAXE:U,I\ LINGUAGF.P.1l
\~!',fü\l. t.:,I\R.4-TEII. E COl'TTEIC'DO DO ;\I.F AJ!&TIS)tOVISU.1\1.. 9

p;ecis:t çomer; para fa:zi!-lo, precisa de: imtrume:alos par.a caçar e ma- e
abstrato. Como wz HcnrL Bergson= '' A .irte apenas uma visão nlab
tar, lavrar e:oorta.r: prc:cisa de :rocipjc-at~ para coz..inbar é de urensm-os direta dl!lrealiiJàde. '' .Em outras pa.lavr,as, me:mio n~e nível elevado
nos qtiai~ l)l)ssa comc-r. Precisa protc-gc-rst'l.lcorpo vulnerá.,-eJ das rrm• de avallaçtio, ilS artes. visuais tl!m aJgttma fil.nção ou utilidade, 11
fác:il
<hm~- el imática,i; e:do mcio arnbient,e mra.i90ciro,e para is~ necesisíta traçar U.l'Jldiagrama que situc di.,.cso. formatos visUAis.cm algun1a .re-
de ferrame1'la-. para oosmrar, cortar e te-or:r.Pr,ecis.amanter-se qLJentc laçilo COlil essas polaridades. A fl:gura l. l apresenta uma. man~uãi de
,e SéCO e procege:-se dQs predad.orC".S., e-para tanto (: preciso que:cons- e:.:pressar as. tc-ndéncia'i.atuais em termos d~ avaJia:çlo=
trua ailium tlpo de bátilt,u. A 5.uc;1c-za5 da prc-fc:rência culrtura.1ou da
localização iCOaráfica e;i,:en:emP')tt.Çainíluênc:ia sobre essas neccssjda- r:r. < o o ~r..
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~i torne.n1e a l.Dceri,r~ào e-a variação cLiscinguemo produto em ter- :::J ..l
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mo~ da e_Xpress.i.o çriar;lora, como rc:prC".S.c:ntaníc-
de um tempo ou LuF ~~ o o~
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·-~------1~
::i:11-

~ ~~
i::spedficM. Na área r;lodes1gne:da fabricação das n~sidadc;s vitais ::::i ffi
8 ~ ~
bá.s.iGIJS,
supõ~ que modolllernbro da comunidade seja capaz não ape- ili:~ :,; <
_
~~ ---------
< __
_...,__ _.__,___._ ..,_
nas de aprender a l)roduzlt, ma. também de-dsr uma cxpre55-ãoindivi- -------- ......
BEl,A.S-AJffES ARTES APUCADAS
dual e única a seu trnballm atravêl. do design e: da decoração. Mas a
exprc-55.ãodas próprias idêia_sê regida, r,rimeim, pelo prOC'CiSO de:aprc:□- flGUR.A J.I
di:zaiem do oriclo e, em segundo ~ugar, pdas cxigEncies de f u:ncionali-
Es.se dlagrania fitaria muito difne:ak se representasse outra eúl-
d11de. O i:mportame é gue o aprendizado seja e:ssc:acial,e acdc.o.A
tura, como, por nemp]o, a prê-r~nasceati.sta (fig. 1.2),
pc-npecth·a de que um 1111en1bro da oomunidade contribua em dh.-«sos
ni\.·ds da i:xpressã.o visual revda um üpo de envolvimento e pmticipa-
çiio que_graduidmimle deixou eleexiMir no mundo moderno. num pro-
cesso que se tem a~lemdo DOrl.ntimer:\Sr:uôc.$, cmrc:.~ quais sobressai
o conccito cont~mporâaco dé ·~belas,.,;rnes".
A diferença mais citada e:nue o utilitário e o puram.cntc-artí.stk:o
é o g.ra1.1de mol iv-.içJoQue le'>'aà pro,d~o do bdo. Eli<: é o domín10 ----+-----------
da estética, da inda&,il.çâosob~ a natu'íc.za d-apc:rcc-pç.ãosensorial, da BELAS-ARTES ARiE!S APLLCADAS
F1GU~ 1,l
c:xperirnda do btlo e, Lafvez,da n1era befeza artlsdca. Mes são muitas
as finaHdedcs da5<artes \1ísu.us. SiXr~t~ lc~·anta a questão d~ ••as ,c-x- ou o ponto de vista da B.auhaus, qut asrupariil todas as artc:s, aplica-
pcriêncjas C'Slé:tus ter<:mv-.;Jo:rimr(nseeo, ou de scr ncocssário valorizá- das ou belas. num ponto centrsl do contimntm (f a.g. 1.3).
Lasou coadmli-fas por seu c:s.túnulo ao Q~eé proveitoso e: bom''. •'A
,expcrié□cia dó belo não eom:l)ofianenhum tipo de ocmbccimc:ato, seja
,ek histórico, científico ou íilosóCico' ', diz lmmanu~l Kant. "Oda s.c:
pode dizc-r que é verdadeira li'.)01 rornar-n05 mais cooscicatc:s de oossa
atividade mental.·' Seja q t1al for sua. abordagem. d.o problema, os filó-
sofos conooniam cm que a arte indui um tem-a, cmoçõc:s. paixões e
sc-:nt.im.c:ntm. o ..-.. ~10 ân1blto d d l\1ersas arte:, 1,isuais, r~Ügj0Sil5.so- --------------------•---------------------
13!:;LAS-AJ!;TF.S
ciais ou domi:,.s.ticas,o tc:nlã :semodlflea CQm a imt~, tendo em co- ARTES APLICADA.<;
mum npc:mu -ií .;.;apacldade de C(lmunicar algo de- cspecffioo oLJ tlé' flGURA l.3
CAXATER E CONffitlOO DOALt"A.HET['5:uo
''IS.UAI. .11

Muito anlcs da Bau.halJ , WIHi.a.rnMorris e os prê-rafa.e1itmjá. se a forma e o tamanho que correspondem a seu g05,to_pessoal.Em seu
inclinavam .namesmadi~o. "A arte'', dizia Ruskin, portá-vo:t do e.isó, porém, há ama preo,cupação de ordem práC:iea:eS-saforma que
grupo, '•~ una, e qua.lq.~er sepa.r.açãoimtre bitlas-artes e artts a.plicadas lbe agrada podcrá ser laJllbérn um bom recipiente para a água.1 E!ssa
é dcscrutiva e W1ificia.l.'~ Os i,ré-raí.i~itas ac11csccntavama essa lese modjfüaç-ão da utí Iidade impõe ao designer um cerro jrtiu dr: objc:tÍ\'L-
urna dist:in~o gueos afastava totalmmte da filosofia posterior da Dal.l~ d11dcque não ~ câo únedlfiliilncntc nc-ocwma, nem tilo aparente-Da obra
haus - rcjeiLa...am todo trabalh,o mc:canizado_O que e ícrto pela cnão do pintor de c.:tvale1e.O aforismo do arguitet,o llOrte-amcrkano Sulli-
e tK-lo,acr<édiL;:h'am,e atnda gue albre:-ça,;scma cau.sa de co.mp.u:tilhar V-dll, '' A forma acomp;anh.;J. a.Cunção"; encontra sua ilm;tração,mAxi-
a arte oom tudo, o fa1.odevottarem~ CO$ta., às possibilidades da pro- ma ao desig1ierde ª" ôes, que tem 51..lB.Sprefe~nclas limitadlas pela
dw;ão em m;.us.JieonsiitufAurna negação óbvia dos objetivos -Queilfü• inrlagaç-.ãode quais form a serem montadli, qu.i Is proporções e ma-
mil'>'ill'l'l
!legillr. te ri.ais sã.o n:afmen•e capazr:s de voar_ A fonna do produ10 final dc-
Em sua volta ao pas!lado para re_nm·aro iint.erc:sse por um artes.a• jX'□dc da.-qwkipara qt!e eleserve. Mas.Do qll(!diz respe.lwaOilproblemas
a..-uooit.8u1hoso e esm,ere:do,o que o grupo do rnovimr:n10liderado por mais SULisdo dcrig:nbli. muitos produtos que p,odcui rc:fl.ctfrª"'prefe.
Morri.s, .. Artes e O fld~", na verdade-afirmava era a.impossibilJdade r&teias &ubjctiV'a!do desi,gnue, ainda assim, funcLon· r pc,rfr:itamentc:
de produzir ane desvincula.da do artesanato - wn fato fa(:ilme,ne es• bern. O desigrte não é o 'llnlco a enfrentar a qucs_t!lode se du:pr a
qucddo na esnobe dicotomia r?ntrt:as beJas-art,cs e üS- ru1es aplicadas- tun mdo-ccrmo quando o <:iue~Lá em pauta <éo g~to i,es.wal. .ê co-
0\Jranteo Renascimento, o artistaapn:ad.i.1.eS:uoric:loa pa_rtlr(letAf"C?- mum que um artista ou um escu]1ortmb.a de modi íica,r umaobra pcto
fu slmple$, e, apesar desuael!<:\'ada po:siçãósocial, com,partllhava~a f a,o de ter re<:ebid.oa encomend.a de um dk□t.c que sabeexatamente-
sull~ ou ua agremiação com o verdade.iro a,tesão. [S)() ger~va um o QuC'dcsc-je_As iniermináveis brigas àc Miehdangelo, por (.lusa das
sl tema de, a.prc:ndi:zagcmmais sólido, e. o que era mais important~, enoomendas que lhe foram feilaspor dois papa:$,,consrirnemos cxcm-
menoresJ)eici311iz~o.Havia livre intcra~ão irotre artis,a e artesão, e p,losma.isVÍ\'O~ e ilusuachw dt, problema oom ,que~ deparaum a.rti:r
o_ dois podt.Jimi,articipar de todti as rtapas do trabalho; a únicabar- Lil.l.'b ter de- manter suai t<l~lu pessoais sob concrole para axradar a
reira .i ~ar,á-!os era o 'l'(!Spcctivograu de-bab1.Lidade.Com o passar seus dic-ntc:s_Mc-smoa:s;s.im,Jlinpé:mse auc~·cria adi~ Ql!é 410 juizo
do tempo, porém, modi ficam-!c os prooc:dimentos, O que se çtffii fica final" ou o "Davi .. i~o obras córncrdais ..
COlllO "arte"• pode: mudar com tanta rapidez. quanto as pessoas que Os afr~cos: de Miehelanselo para o kco da Capela Sislina dcmo□s­
eriam .esse rótulo. "Um coro ~ aJeluwi.s•·,diz C.ul Sandb~rg em s.eu lmm ciaramc:m.tc- a frragilídade dessa felse d:iootomia, Como réprc'scn-
poema 4 'The Peop!e, Yesº, "'et.ema.mentc croamdo de so~ta-" t.mle das accC'5Side:d.es da lgreja, o papa ia fluenciotJas mdciasde
A con~ão oont.c:mporíilnmdas art~ vi.suaisavançou para, além Mk:hclangelo. a:s:quais Uunbém Corem, por sua Vl?l., mocH tt.c1.das peles
da mera.pol~d.adc entre as 111rt~''bde.s" i:: as '•aplieadas'',e p;u.wu íinalklades c:spccfíiC'.as do muTaJ_Tr.11a-sc:de uma cxpmicai;!o1-Iuai cru
a aborcl.u'Q.i.t~ r,eJauva'iA expressão subjetiva e à função objetiva, "Crlaçiio" para um público em :ua cnruor parte- ana.JfabctQe, z,ort.i.n-
te:ndendo, mais uma v,tLZ, à associação dâ interpraação lncUvidua:I com to, Incapaz de lt'r a história_bjbl ica,_Mesmo que:-soubesse le-r,em pú-
a express!lo criadora como pertencem.teh ''belas-artes••, e à ,esµoaita blko não consc-guiria a.pr~n4;ier de modo Ião p.a]pa~·e:ltod.t a
à finalidade e ao uso corno pc:rtencc,nteao âmblio das "art.es apUca- dramal1.ddt1dc-do .rele.to_O mural é um equilibrio c-ntrca abol'(lag-em
dai" - Um pintor ck cavalete que trabalhe p,.,ra st mesmo,sem a pr,co- subjedvar: a abordagem obje.ti,vad!oartista, e um equi!íbriQ (Qfllp• ril-
c:upaç~od.evender,, ata basi.aua.ent~ ~er<;eãdo uma ,uivida,de qt1c lhe vel entre a pum expres.s!o .artCitka e o Ci}r.Í.terurtifü.ário<lc$UaSHnilli-
dí praur e mio o lc:\•11 a pr,rocup:ar-sc CÕ'mo ,merea-ào,sendo, assim, da.d.cs. E.1se deHeadocquilfbrio é cxtraordinatiarnent,t raro rui:s, a.rU!!!
quase-que intcirarncntesubjc:m·a. Um artesão quem.od.elaum recip1cnte vtsuais, mas, semp_re que i: ilkançado, cem a prei;:is[J.o
de um füo cc:rtc.i-
de-cerâmica pode parecer-nos mmbém subjeth•o, poi&dá a su111 obra ro. Ninguém g Ltes.lomiriat".SSCmural comn 1,Jml)roduto aute-□lioo d.as.
t. ·\IC 1iTER E CO'i:fLL'Uo IJO .\1.. ABlttr-s:uo \'l!iUAL 13

··bel~!MU1c-!i"e. no entanto, ele tem um r,ropó!.ito e-uma utilidade que ocrtc-za n.'io morrcrá. j:unai~; não ob.,..a11Lc,ooss.s cufl.ura domina.d~ pc-Ja
tom radi~m a definição da supos.ta diferença entre bc-las-artr:s e art t-s linguagem Jás.cdc-!.locouSfflii\'clmemc para o nL\<el 111.;Ônioo.
Qui1i-C~
•udo
aplat:adas: ~ "ap!i-c-adas" dc-.·em ser fundonais, e a;, ·•belas" devem em que acreditamo.\, e,a maior parre, dru. rnisas. qlte sabemos, ap-rendl!'-
prt'sdnd1r ue utlfüiade. EilB. atitud(' esnobe influencl;!I mui1os arcist.es m~ e compramos, reconhecemo~ ,:,de!íejamos, ~·emdctc1rn b1ado pelo
de: amba a~ e:iferas., criando urn clima d~ , Uell,'l<;âoe-coa fusão. Por .s.obrenossa ps.ique..E~ frnõm.eoolc:ndc
domínio Que-a foto,g.i~fllii.CX('f'Ce
rnai!í d-' ranho Ql,u~ pareça. trate-se de um fc:nõ1ne,10 ~ tam e-rcccnlc. e inu:.aSJ{ic-..ar-si:.
A mx,:ãode "obm de arte•· é:modana. sendo .reforçada pelo co:ncci1o 0 gnu de innue111d21 da ÍOIOgJaraacm 1odm; as suas inúinc:ras Y.a-
de museu como repos.J1ório definiti,.·o do bl!'lo. Um certo publito. cn- rianle.5 e pcrmur;)Çôes con51imi um momo :'1í.mportsncia dO!íolhos cm
ctwastic~ntc intc:re.~do em prostrar-se- cm atitude-de r~er!1lciil dian• rn~Si.lvida. En1 ::iculivro T/Je Acl of Creorloll, ArthUJ Koe.s.1.li:-r
obscf1.1l;
cc do altar de be~za, dela~ aa,ro:tima ~n, s.cdar conta de um ambienre ''O pensamcn.to ~Lr.i.v~ de imag_e. domina ~ lhimi festa~ do inoon.-.-
iriacred it.avdmc:nte'.'fefo. Tal athude af a.1ia s arte-do essencial, oonfcrt:- o sonho, o S<'rni-sonho hipnagógico, a.salucinaç~ p..icót:ica~e
c:.Jea1t(:,
lhc uma aura de algo ~-pe,;;Í.ide inconsc:<jürnte a ser rcsc:r..-ado aawn:u a ~·jlSão do anisw .. (O proku Y1ídomiriopareoe IN sido um •••~ualizador,
a uma dite e n~ o fato inquest ionávcL de-quão da é influencia.da por e 11.ã.oum ,.-crbaluador, o maior do.s clogio:s,que: podcmru r~r a.o.s.que
nossa vida c- nosso m urufo. Sea<:ei1,11,rrno~ es!';c-ponto de ,.-is.ta, C:)lélre• se sobressaem cm flumciia \'erbal é chamá-los de 'pc-ns~dori:.s v:isioná-
fl'IO~ renunciando a uma parte v.aBosa de nosso potencial humano. Nãu nos' .)" Ao \•er, fa.z.ernm !Ir□ grande nõrnerode coi5,.i;: ,.-ivenciamos o
~ó oo- , ra.nsformamos c:m consumidor,es desprovidos de crité-"Jiosbem que-ená ilCWlte-ccncfo de maneira dir,eca, descobrimos alioque-nnn~ ba-
w:111'1.idos.,corno também negamos a importância f1,mdamcntal da co- ~·iamos pel'(lebitlo. tatvu nem mc-smo v.istó, oomcic-n1lzâmo-nos, .aira,.·=i
munkação visual, •~'lnu:,lliscorica:mcntc-qua.nto em rem\OS de nos~a pró- de uma séríe de C'.lipcr,i!iteiilli
-.·isua4, de algo que acabamos por r«Onhc--
pria i.•ida. ccr e-saber, e pcroebemos o dcscm•ofo..-1mc-□to de tt"".msrormaç,Oes atr.11,·cs
d.s o~.rvaçào pacJenti:. Tanto a palavra quanto o processo da 'l,•i5ãope!i-
sa.r.lm a le-r i.mt)IIC.içõr:s
muirQ rnai! ampla-,._Ver passou a S®tif"icar com,
O impacto da loto~fia prttnd~. O homem de Missoud, a quem se:mostra alguma coisa, tetiÍ,
prova1,~lmerue, uma comprmlSáo muim mais profunda dessa mesma coisa
O último baluarte da c.,:clu!iividádedo .. artista" t aquele t.alr:nto cs- do que- se a~ ti'>~ ouvido fa!M deJa,
peai.LICilk o caractcri7Jt: a capacidade de <l<:.~llltate reproduzir o am- Ex:istesn, aqui. impLicaçõ~ da m~ importlh.cia para o alfabc:tis.-
blerue1~1 como este- lhe aparece . .Em todas as 1Ja;; fo.T11UL'i. a câmera mo ~·isual. Expandir nossa rapacida4e de ,,er ~ignifi.ç.ac:xp.and.iroosra ca-
~r.:.1boueotn i~io. Ela c:ons.titui o üJtimo tlo de liiiil~O enue a capa-cidade pa-cid~cle de entender uma mms.agem. visual, e. o que ê- ;iiinda mais
inata de ve;- e a ~l)llçida.dc- c:xtrinscca.de re.latar. mcerpret.:l.Je e:xprcssar impoi,,t.a.nte,de çriar urna men. agt:m ,.,iswLJ_t\ vtsão c□\1 01\~ ãlgo mais
o que •.-crnos,piresciridiildo d~1,1mcalu110cspcdlll ou de um lom~oi."liDRn~ do que o mero fmo de- ~-erou de que algo J~~ seja mostra.do. É pa11e
di7..adoqu~ no.s predisponha a ef~t111.ro prCltt'>so. Há pouc.as.dúv.icl.asde i:nt~e:□c.c d.oPrõocsso de comuniicação, Que abrange ,oàils a.sconfid.era-
Que o c:-tilo de ..,,da contl'!fflpOrâJ'Jeõtenha sido çrucialmcnte inílucndaclo ç~ rrlativas .h ~las-artes, às 11ctcs apBcad.m1. é cxr,,essão subjetiva e
peta 1r11m.fom1açõcsque- □ele foram im,t.iura.das pelo ad,.-ento ela foto- à rc-spo.sia a ~ objcth,--o f 11□cionaL
gflllf~. Em ccxcosimpressos.a pa1.a_,.,ra_ é o e]en1e,wto fundamc-ntal, cm.quan-
to os fatot~ vi:<iwiis., como o oemirio f'r.sko, o fof1llato e a ilustração, são
~·undários OIJ neceswios apenas oomo apoio. s moderno:, meios. de
comunkar;ão .wo11,eeeexararncmc o contrário. O ,·iisualPf«)0t11in~.o ver-
bal cem a fuor;füJide acréscin ,o. A impressão runcla não n'lOrretl, e com
14 Sll'!T,U:.E Dll l..rNúlJA(;ID4 \'1S,Ulí_l, C.,Ut)iT t< i:; t:D.',;Tr., PODO ;,\I..F,\IRF.Tr. MO ~'IS.L'.\[_ a5

Conlhecimento visual e Unguagem verbal sa. sn subme1iooa. algum; q•~tionarnmtos@ lndagaç&s. Pa.m CO.rtJcça.r.
füu:uagcrn e-alf~beli.smo i.,--uba.ln~o são a mc:;maoo:i~.&r capiaz eh fa-
Vir.úaliz.aré ~r capaz de formar im~ns IR(!mais.LcmbrlllllO-DIJsde um lar ume lingu~ é âtuitissimo diferente d.e alcamçar o alfabetismo rur~'és
camlnho que. 1!135ruas. d.e wna cidade. nos: lrt.'21a um de1erminado d.e.s.il- da leitura e:da eserita, ail!lda que põssamos aprender a entender e a usar
110, e seguimos ~1Bl.mcn1e uma rota que 1,-,ude wn lugBr a outro, ..-eri- a Língwig_emein i:1IDbo!il ~ rúw:~opm;1tr.'Qi, Mas só a lingu:.gem falada
r.cando as pi!,tas\isuais, rccmando o que não nos parcct: rxrto, volrnndo cYOfuin:aciir'31mmtc. O!i Hab.\lbos Jingíil$tieo!id.e Noarn Chomsky i.ndj-
atrás. e íaz-emootudo isso antes mescnode iniciar o caminho. Tudo rncl'l- c.amque il e.strutura ~ofu.nda de capa-cidade üngilistica é b.loJOjic.emcrue
talmcnte. Pol'iétn,de um modo aiind.amal.s mist,eri-0!!0e mágico, criamos inatil- O al.febrtisrno \1etb-al.o lcr ~ o e&;rever, ctc..-et)01é-m11r:r
aprendido
a ,.,isão de uma coisa que □WKa vimM Mtes. F.~ ,isão. 011J pri- 110 longo de um pr~ dh·idicfo em etal)lrui• .Pdmriro Jl)rendcmos um
1,isnaliz.eção,cnro.nrra-secstrt'.illlmrnte ,dnruladaoo salt.ocriativo e à sín- smcma de ~jmboiJos, fcmnas abstratas que representamdt?(enninados so~ .
drome de hcurcca, e□quaruo meios fundaracntm parai a solução de pro- .E-SSC$:&Imoolossão o nosso ã-bc-ec:,o alfa e o bela da línsua g,rqa que
blemas, E eex_acat'fle,-itcesseprooesso di! dar ,•olw atravts. de imagens deram Mm~ a todo o grupo d.e si.mbo4os11000,os ou l~r.l!:, o alfa~o.
mmtitis ~ nossa bllill8in~o que muitas.·.-tl.es1'.106leva ~ so]u~ e des- Aprmde~ nosso alía.betoJct:rapor l:elitl, para depois aprenckrmos ~
cobmas i.Mspesadas.Em Th.eAdo/ CrNIJion, Koestler formula assim eombil'.laçõcsd.a~levase de scui;~ons,Q.t.t~chamamos de p,alavrase cons-
o proc"tSso:''O pemamemo])Or oo□ce:itos surgiu do pensamento por ima- das ooi~s, idéi.!5e açõc:5,.Co11b~
tituem os rc[]f,effilt.illltcsou 5l!lbstitumo:s
!JeflSatra,.'és d.o lento ~l'.l\'0Mmer110 dos pod~ de ãb.S'lr~ e de ~m- cer o ~gnificsdo das pa.levrar; e:qui..-.ilea oon.hccer .is d!M'"miçõe!J comum
bolizaç!o, assim como a t:Saittltil fooéticaSJJ.Tgiu, por protdOCIS sbnilru-es,, que companilh:un. ú último ~asso para a aquisiao clo .alfabcii!.f'!IOve-r-
de$ sfmbolos pid!Ôricos.e do hif!!l'óglifos."Nc:ssaprogressão es4j contido oo.lmvolve a aprendizag,cm da si□IM~ oomu.m, o que nos possibilite es-
um grande casina.mcmlOde C(lttli.micaçã().A Moluç_.ãoda linill38e8l co- t.abeílcccr QS limitesOOIL<itru(ivosmi rom,onânefaoom os usos ilCeil.os. São
m,eç,oo çom cmagcns► B''••ançOUmmo ~s pktogramas► cartuns âúLO- c55õ O!> rud:Jmenros.C)'i elementosiTTcd.'J.ttWtlme:□te bá<iicOS
da ü~
~plicaLl,.-os e 1,mide.dcsfo~ras, e ~hesou fmalmc:ru.c: ao alfe:bcto, a.o qual, vc:rbl!-1. Quando são docni□edas-, tOfllruno-noscap-a1.e5de Le:rie escrever,
rnr 71rt-.· Eye, R. L Grc,gory se rer ete •to a.certadamcru.c
/rr1.:tli1w1.i oomo l!l!J)re&mr e-oompreenucr a informação escrita. Esrn. é uma descrição ~-
• 'a rnlltr:màtica do signif~d-0.,. Cada novo pasSO répl'ffli1U)l.l,siemdti\ti- cremOOJKnt~ supcrftelal. tca claro, r,orém.qur mesrno em sua fC11rm;11iíru5
da, um avanço rum.o a uma oomttnicação mais ef'i.dmte. Mas b_á lnúme- ~rnl)]if"ltadeo alfabe1jsmo 1,~rb,a:l .represmte. uma estrutura dotad31de pJa-
ros. incüciosd~ ,que está em curiQ uma. rc-.-«&iodês.~ processo, que-se nos 1.éc:n:iro.s:
,e deftniÇÕC5 oonsmru.a.is que, oomJ).U11tr,,·amcnlc,eaJiltt~
volta mai:suma ,~ pilrila lin.l.gem,~ noi.-oinspirado pela !buscade mai()a' zam a 0011,u~ visual çoruo quase que intci:ramcmcecare□1c de
eíicillru:ia. A questão rn~ impo!1~mteé o alfabrtisrno e ô que ele .rei,re• orgmüzsçâo, Não é bem is.ro (1 que SCQllrec:e.
sema 110contexto da ünguaiem., bem como quais analogias dtlil p{)dem
ser e.x.traídas. e apl;cadas â infonna.~o visual.
A lin,juagemocupou uma posição única 110i.ll'.lfendizado bnmano. Alfabetismo visual
Tem funciona.docomo meio de armazc□sr e traruumLi.rb1foIDU1~, vd-
rulo pe:ra o intercâmbio de idléiBs~ m.c:ioparà que a mencehuma.ns. seja O rmtilorpe.-igo que pock ame:.w~ o ~n,,o1 ...~a10 d~ uma abor-
capaz d~ oonocituar. Wa<)$, a ps.191,TB. g,iega que designa linsu~sem. in- ~ d.o alfabetismo visual é tentar m,,·o[v@.}onum CJOOCSW de defini-
dui tambcm os significados~ de "'peosamcoloH e ••razão"" na pa- ~. A c-x~cia da li:Jllgu~e,em,um modo de romunicaç!__oqu" 0011.111.
lavra inglesa qur dela dc:r•va., loRlC.As imEJli~ são banan1eóbvi.tS; com mna estrutura. rclati\•amienrcbcrn m~da. ~ dúv.ida ~ u~
a líâ81.l-'semverbal é vkta como um :1nelot:Jechegar a urna fOITruJ. de pen- sobR:lod-0:5~ quesr ocupam dlaidéiamEsmai do aifebctk
fonc prC$.<i_,O
samento ~ui,e.riora.o modo visual e i!IO'tât□. E'5,Sal1if'IÓl~sc,porem, pnx.i- mo ,.;!lua),Se um mcio de oornwücaçã,oé tão flici.l de decompor cm p;;u-
CAli!AtL'K E C0:\71'ECDODO.\U'ARE11910 \'ISm:'AI. 11'

te!>oornp0r1en1es1? es1mtura, pOII" que- não o oL:Jtro?Qm.dquersis,eiTu'\de parte-da corrtUJilk.a.çào'Vi$.1L1Jfoi deixa.da ao :.;i,borda incl!l.içâo e do acaso.
5imbo1o:s é tJtna in,·enç:lo d.o homem. Os sistemas ck sirnbôlos. que d1.i~ Como ri.lo se f~ DC11hu111a lmtati\•e d~ ,lfli.\ÜS.Í.-Jaou defil'ti-la C'Jll tc:rmm:
mruoo!>de lins~•agesn :;~o invcraçõcs au rcfinamC'.□tos do qu!:' Íórum, <ési'I da .cr;rr11curá
do modo 1risual, nenhum rn6todo de- aplicação pode- ~r ob-
outros Lmipô:s, percer,ções do objeto dentro de uma rnrnt..di.dade de!>pô- cjdo. Na \<erd.a.de,essa i un1a ~fera cm que o sistana ieduçaçloaill se-mo~
j,ada de imagem, Dãi .1.~~ne.ia dl? tamos si:.ccmas de-simbolios e ta.nta.s vc-com l1?111idoo
monofüica, l)Cl'múndo ainda, uma ênfase no rnodo verbal
lraguas • .tlJ{umi.\ llg."das entre si po, derivação de-uma mi:srna raiiz, e:ou- que cxdui o fC'Slalltc da lel'lsibUids.de hunlilm.1,e pouco n1,1n~da st" proo:
tras desprovidas de qua· q,-er rclaçõe!'idesse:tipo. Os números:, por t:-xem- cup_ando r::omo c-ar:iter es1nagadorame111e virua.J da cxperl!ad ..a.de 11prcn-
plo. são substit1.11os dt.:1.mrn·~1em;)único de rccu~ração de-ia10rm11Çcics, di:zage1)lda cTia.JJÇa.Au! mesmo a utm2:1çãode: uma abordagem \<Í5U:\I
o mesmo acomre-ceado coiri ilS T)()ta5-musicais. Nos dois e.as<», a rac:ilida- r'Jtlcara:r de rigor e objcti.vos.beindefirudm. E.01 muitos cs.~os.
do .c111sí
dc de- aprC'.□dC'T a infor.n~1Çi't0codlfteada bascia-s;c na siril('S(' origia11Ldo ,.os soobomba«leados com rec\lrsos ,·isuais - d1;\p~iti-."Os,filmes,
os a:lt1
.sistema. Os sigalf"acad~ !;i»O attib1,1E-d0êi,e :Se dota cada s.istc:madC'rc-gras sliti~, projeções aud.io1,•~u.ais-. mas tJ1.U.t,5C'de apre:muw;&·s que refol'-
~ntÁfiras básicas, .E.-d:str:m ma~ de ttês mi! llnguas cm uso 001J-rrntc-no ç111m pa~siva de-rnasumtdore:s de-telcvW!o. Os .recursos
s;ua:ex_periênci,a.
mundo, toda3, ela independeme$ e únkas. Ern t.c:rmos oomp,ar.a.th•os, .; de- comunicação q11c- -.·&nsendo pnxfuzidos e macios corn fins DCWl(gÕgi-
ünguag-mi ,,i5ua.1é Uio rn~f untvcn.al qu.,csua complc:xidadc aiiO di:v~ ser oos são ap~ntados com .._Tileno,s muito defkirntcs para a a.Vctti11ção e
considcrad.a.irnpó ivel d.ewi,erar. A!';ling,~ siio oo□jUJiltOS lótdoos, i!I compreemisão, dos c-fcir()e)(lué produz.cm. O oonsu.midor d11,rlt.aior parte
mas ru::ahurna :simplicidaded se tiJlO pode-s.cr atribuída ili inleJtgêndill ví- da prod1.1çãodos mcím de w.mL:Jnicaçãoeduradorutis não seria capaz de
su111L,e:todos aqec:~, dt:1Llrenó.<;,que-1~m lentado cstabckt:o- uma illlil- idcmiíic.ru-(para rcrorrermOã a uma .analoS;iacom o s1íabeti3mo ~·crbal)
logia. oom a Li□iu.a.Ken'1 ~LilO ernpenhados. num cxcrci'cio inútil. um crrn de sr.1.f"121, uma fra.:e inoorm.amcnre eistruturad.s.oo u 1n 1,:m,a. mal
E,ãstc, porém, uma w.om\<: iml'()l"l!ncia no uso da pala,•ra ••auabe- formulado. O mesmo se P<)deq11asc.sempre afirmar rao q1,1ediz rc-spc:ilo
tis:mo" crn !lionjunç.'i.ocom .i. palawa "vis.ual". A visão ê nalurãl; -crlat i'I opcrici~i.il dos rncio.~"rnru\ipulãvcis.••. As úni,;as instruções IPil.f'ilo uso
e oom~nder vis,uaisé namral atê CJcrtopo111~0. m115,
merl!-.!g,eRS a cf"teâ• de dl.Jne111s, n:a C'Jabora~o e.te mrnsagm<; it11eli.ieatcs, prooedi:m das m1- •
cia. cm ambos os: ,ti,.·eis.,só pode ser alcançada atra,·~ do C"Studo,Na do modo ~·isualnn
diçõe:-::liu:r.uias, e não d.t estrutura ,e da 1n1ç::Jl,ridade:
bus;ca do aUabci.isrno viiual, um fj)'i'O'blem:a d,evescr darammtc idmtiti- sL Uma tliis trag&::tiasdo iívillis.a1ador l)Qltnda.l da aifab~hmo ,·iswil em
cado e C'\1ita.do. No alfabetismo .,,"trbal c:;pcra, das põsaas eduaimu, codos o. mlvC"is e-a funçfto irr.a.cioaal, de depoisitário da re•
da c<lti.;:a,ção
que sejam ~ de:ler e t::saei.·etinuí10, a.nt.c1,que-paLawas como ''cria- m:ação, qttc: as ancs. 1,is-ualsde~rnpe:raflan-i nM rurricul(l!) e:.stulMcs,e a
i h1011 possam ser a.plkm:lru coino ..1uírlode valor. A escrita não precisa .sjtuaçào J'IQ~tdll que se-ver-mca no uso dos rnefo,s de-oomunie.u,~o. C'à-
s1:Taecessariarnmte brilh.lr11e; é Slllftcicnte que se:produza. uma proliillcla- mc:r.e..~.
cin~rna. telt"\•~o. Por quC"hcn:lamm, nas artes ~·isuait, uma de-
ra e-oompre~ru:h-el. de sra,fí:a oorrreta e sintaxe- bem artkulada. O .alfabe- voção cáçit.a 00 aão-intclo;-r~1afürno'? O exame dos 5istc:mas.de tlduca.ç_ào
tismo ~·c:rbalpode ~r ali:.,11,ç.,tdo num ru\'Cl mtâto simple5-de rcalizai,;ão rcYcla que o tlcsmrnlvimt?lllOci!:'métodos COr'Jslrutivo.s de af)fendizagcm
e compreensão de m.ct'l~ es-.;rit35.Pode-mos c.aractC'.rizá-1:a
como mrt ~·isual~o Ígnorados, a nâo seroo caso de aF1.1m» cspccialme111eincc:re.s.-
instrwnc□lo. Saber kr e escre-.~r, pela própria natUT'C'Zll dC'sua função, sados e talentosos. Os juí 1"Jetivos sQ que é fa.ct(vd, adequado e c:fi-
não implica a n,;,,x~dade de e,.:p:ressar. e:em linguagem ma:is elevada, ou wt:z na cornunicar;iio ,·isu.e.l fm.ut'l ddx.a.dos so sabor das famasías ~ de
s-eja,a produção de-romi.lJlteSe !PQeillas,Attic.amos a idtia. de qut: o wfà- amorfas dcfinlt;ões de gos.to, Q1t.'!1 lo aio da. .avilU. ·ão subjai~·.a e; uro-
bc'tisrno ,·r:rbid é operarl, 10 em muitos níveis, desde as meà~ 111ais rdkxiva. do cmi'io.iorou do ro:::epror,~m que-se 1eiue m.>me-nosoompruen-
simples. até: as ronnas ar1fstica.~cada ,,cz ma.is oomp.lf::!ra-s, ucr alguns do.s.mh·ds r~orncndados Qll.(' esperamo:- eocont.rar naq ,tjf.o que
Em parte (]evl'do à s-eparaçAo,na csíC"rado visual, w11e arte e oH- (.;ham11mos de ~Ifabetismo no JnQdOVC'Tbal.Isso ralve-.i: não se dlc~·a1.m1o
do, e c:m parte de"•ídoà.\ 1:imitaç,õcsde taJrnto pará o de.~nl'io,grand.c a um prc:conõeÍLOoorno .ê.firme convKção de-que é impos.si.,d cll~r a
18 '5Jl'\i7"~t: DA Ll "GUAf.lFM \ll51."AL C.All',liT R E t:O.,...n"'Ôoo DO ."\ll.F,\HETl'5MO '\,'l!.UAr, 19

qualquer mecodologia e:a qwüsquC'.r m.d(» que.no r,ermita.m alcançar ção e a.s força~ cínesL!:t.k:as.de n11ture-zapsioológlca, &'i.ode impoirtiin-
o alf abetlsrno \'is1,1al.C.Onludo, a ~Dáa de est11ào dos: mrios d.eoo- cia fundamcm llil[l)ill'il o processo •.isual. O mQdO como J:'JOs mantemos
muai.cã("--ão já WU'1'P~t1 a capacidadi: de tlO~ escola,(' facufà11di:s, c-rnpc, nQ?':r11ovimea1.i.mos,rnante-mos o equilJbrío e nos protc:gcmDS-,
Diante do d~flo do alfabetismo visual, não poderemOi oonúnWI.Trnm- reagimos a lu;,; ou ao ~uró. ou ainda a um movlme-mo súbito, slio
LC'.ndopor muito 1-.WJ termpo uma postura de ignorância do assuato. íator,i:s que 1«'.!rnuma re1ação importante com nossa maneirai de rt"Cc-bC'T
Come foi quí:'cbesa,nu» .a..esse- boro sem saída'? Dellue todm1os mt'io.s e ia1c-rpre1ar as meI'lHieas \'isuais. Toda5 ess3S rt._"\ÇU~ são naturais
de-oornun:iC"S.ção hum.an'1, o 'o'iswilé o únko ql!IC não dispôe d.eum oon~ e atuam sem esforço; não prreisamos estudá-las. nero aprmdc:r oomo
ltmto àe normas e prccéhos, de metod!ol.Qgiae-d.e:nmi wn ilnico siskrna cfrtuá~La.$. Mas das são infl1.1e:ac:iadas,e possh.-elrncnle modificadas,
com crit~rios def'midM, tanto para a cxp~ qu.mt;,o,pera o cntmdi- por cscad0; :J)Slcológkos ~ oondic:ionamentos oolLurnis1 e, por último,
rncnto dos rnetoclos. \·isuais. Por qu,c, aatilmi:cUe QUM!doo dõe:jamos pc-las expecu1li,.·as arnml!'Jltais.O modo conloecu::a:rnmoso rnWldo quase
e dele tanto pli«~. o alfabetismo i,isua.l .si= cor-na_tjo esQW\'O?Nii.o S('rnprc .aícta aquilo gue ,,émo:s. O processo t, afinal, muiroindh•idual
rf.!$'t11.dtwida de que se ,onll!. impcrafü•a urna nova abordas.em que-possa. para cada um dElnós. O controle da psique e freql;len,,eme□ti:' prog,a-
sot\mciQll8J' ,esse dil"11wl, mado pdos cos,Jumes sociais. Assim como alguns grupos c:ultura.is oo-
mcm coisas que-deixariam outros moj111dos,temQ:i prefe~lclalo visuais
anaigad:as. O indivfdtio que cr~oc no moderno rnut'ldo ocide:nta.1
rnndiciona-sc à~lécflJe.];S, <le pers~iva que spresen1am um mundo s.in-
Uma abordagem do alfabetismo visual têtico e tridimensional illtravcs ela pintura e àa focografi,11.,rodos que:,
na .,,-1:Tdadc:. .são plallQS e bidhnemionai:s.. Um abori(!li ne preels:a ai;:m-n-
Tm!Dlium graru;Jeoonll~ciam1rn dos sentidas hlllDBDos, espedalmenm d,:r a dc-codificar a re:pres.e1n.a.ção:sintética da dimensão Que,□urna fo-
àa. visão. Nio sa'belflos tndo, mas oonheeemor. bastente. Tiliilbém dislJQ· •og:rafia, se dá acr;!lvésda p::rspectiva. Tc:m de ap~nder .1 con,·mç-ão;
mos de-muitCX!í sistemas de traballio para o estudo e-a anáüse dos oom~ ~ im.•.apazde ...~la na,uralraeate. O ambiente tarn bém eJl.érC('um pro-
n,emcs. das im~w visl.lai!l.lnfC'.~lé. tudo isso ainda não se ifilesrou fumfo controle sobre nOSiia rnancir111de \'C:T. O balbiLanL~da:s morita:-
em uma forma viável. A classjf.i~ e a anàlisc [PCJdcm a:r de füto re~ nhas. por exe1np,lo, Lem d~ dar uma nova orient.-i~ão a. sl!tl modo de
la.dorasdo que semt,ll'f.ali C':Sleve,.LS orige!lll de-uma. abordagem viável ,.-n quando se encontra numa grande planlcie. Em ru:ahum outro exem-
do alfabetismo v~l Wlhrcrsa.L plo isso se coma mii.ls e,..,dcmtc do que- na arte dos esquimós. Tc:nclo
• DcvmK:isbuiíCar o a.lfabd:ismo ,,.~ ern maitos lupRS e de muitas uma cxpe-riênc:iatão in~eilSil.do bra.acu indifcrençi~do d;, n~vc e do cc:u
manciras. nas métodos àc trC'.illamétUOde arti!ltll.!ii; na ronnaçào técnica luminoso cm seu meio ambiea1c 1 que: resulta. num obs.;urêl;irnc-nto do
de artesãos; na tc0rla tnicollógica, na llà~ e no fundonamento-ímo- horizonte: cnqwtmo ref erêocia, a arte: dos: esquimós ,om.i liberdades
lôglcodo próprio orga.nlsmo humanó. oom os demmc~ vertE(a.iSascC'Ildmtcs e: d~cendemeis.
A s:intaxe visilal ~- Hã linhas geTais para a criação de compos.i- Apesar d~ rnod1f1w19õcs, há um s.iscema ~·l 1.1al,p<"rcC"ptü•o e
çõe!;. Há elmwntM bMiços que podem ser .aprendidos e oornpr,eendiàos. báiioo, qul? ~ comum a 11.odor. os :seres humanos: o siscern11,porém, escu:ii
1XM'todos os c:stuillosos dos mri~ de oomuaic.ação vi.s.u:al, sejam eles ar- sujeito a v.ariaçi.1iesnos teruas estruturais básk()S.. A Jmaxe -.,i:slJal CJCis-
tistas ou não, e que podem ~ usados. em oonjnnto oom cl!(;nic.Mrnani- cc, e sua c-aractcrfs1ica domin.mme e a complexidade, complc:xidad~.
r,,ulatíws, para II crla~o de mcnsage:ns vl$Uais de.ras. O conhecimento po~m. aão si:: opôe à defink.ão.
d.etodos. esses fatores pode kv11ra unta melhor oomprc:e~ das men.i.m- Uma ooisa eoerca. O alfabetismo visual jarn..il. poderâ :ser um sis-
g.em vísuais:. lc:fILil.tão lógico e pr"ec:isoquanto a linguagem. As Jins1.1agt'as:são siste-
Apreendemos. a informação '-'JSl,l~de muir.u maneim. A pcoccp- mas inventados pelo homem par.a ccdifiear, iUl'r'lillzé1iar e decodificar

----- --
20 ·1NT· X-RD.\ LrSGl.',\G 1 ,t \'l!õ,UAL RÁTHH E t:O.NTE-0DO 00 AI.F AREfl!,,\JO \r1Sl:Al. 21

informações,, Sua estrutura, portamo. tem uma. LÓBJca


que: o alfabc1is- m The hrtelfrge111Eye, R. L Gregoiy reíere-!it a.de~ e.orno "cartoons
mo -.-isual, incapaz de ali;anç.ir. of canooas·•.
Porém, m~mo qu.indo e.tis.tem como componente principal do
modo \Üual, ~ í111bolo ar uarn di fc-rentc-menicda Iinguagern, e. d~
Algumas características das mensagens vt uais fau:i. po,r ma.iscomprteash·eJ e tentadora que possa er, a terHíHl\'ª <lc
encontrar cnrerios para o aJfabcdsmo ...i~ual na e&lrnlura dil lfogua-
/\ ccndfnda a illiSO<:i..tra estrutura verb.il e:a ,•isual é p,etíe1tamcn- gc-msimplesmenu: não funcionará. Mas os símbolos. eoqoanlO forç-a
lc oomprttnsi,·cl. Uma da razõc:.sé natural. Os dados ,•isuals t!rn rrês no !mbl Io do .i.Lfabetismo visual. são de-impon~ nela e 1•iabiJ1cladc-
ní,•eis distintos e imfü,ldtu1.is:o inpul -.·l 1.1al,que consiste de mir[adC'.S enor-nae1,
de L•emas de simbvlos~ o material ,•isual N>prese1Jlocioru1I, que idcn- mesma utilidade- parn com()l)r maLer-iaise meosaien.s visuais.
tJfo;~ mm.no mcio embíel1re e podemos reproduzir auav-ês do des-cnho, enC:Onlra-sc-nos outros do~ n fvei d.i i ,neli.sêntia visual. Saber como
d.i. pinLur11 1 da esculturn e do cinema; e a es,rumra abstraia, il rorma íundonam no proct:5so da '\ois~o.e de ~1u=: modo !>ãoc-n!endidos, pode
de Ludoaquilo que--.·emOS-, seja natural ou resultado de uma cõmposi- contribuir cnormcmcnre 1)/1,1'.la 1.:omprcensãode oomo podem scr apli-
ç-ão p.i.m eíeiro~ intcndonah, çatl~ à comunicação.
Existe urn \'asco univc:rso desímbolos que iàen~i ficam ar;ões ou o ni\•clreprese11toc.i,;mof
da Íél'Li:1.iimda vis.uaié fortemente: l!:O'\oer-
organizações, estados de apírlto, direções - sfrnbolos que •;ão d de nado peta cxperi~a direta Que ultrap.w;a a pcr~pçào. Aprendemos
os mais pródi&os em dctalhcs :repr~cntadonab a,, O\ complc:tamente dos
sobre roi~ das Qrtais l'lftô podemos ti=-rexpcrrc-ncia direu1 .i,..-.i.,.·és
abstratos, e Liiodes,.•incuJados da Íil formaç-ão idi:n111icávclquc-é prccl- mdm visuai , de dcrnonstrar;õc-.se de c-xc:mplo~cm forrna de moddo.
s.o aprc:ndé-los.da mimcira como ~ .lPl'fflde uma ünsua.A.o longo de: Ainda '1lli: uma ckscdç-ão vc:rbal ~"ª " r umae pfü;ação e->:trcmamcnte
seu dt:5cm•olvimenlO.o homem dc:u os pras."ios k:atos e peno O."ique lhe erkaz, o caniler dos meio$ visu.ai é muJ,o dif crcntc-do da linguagc-m,
~rmi~cm coloc-ar nurna íorma prc:serv.1.veE os arontedmcnlo e os ges- sobretudo no que diz respeito a s~ narureza direta. 'ão sc-faz occes-
tos fatnil i;;irc.r.de sua expc:riênda. e a partir desse ~roocsso dc-scnvOl\·eu- sâri.a.a intervenção cu: nenhum si rema de wdia,os para fecifüar a. oom-
se a linguagem escrita. No inicio. as palavras são reprnc:ntadi por premsã.o, e-de nenhuma decooifica~o q~rctardc o cntcndimen10. • s
imagtm, e Quando isso não é po fvd inventa-s.e um s1mbolo. Hnal- processopar.i. cornproc-eadc-r
',\C'ZCS ba!iu "'e:r1.1m como e:lefunciona. Em
mcnte, 1wrna linguagem ~rll~, altamente: desen,.·o!\•ida.as imagens ~o outras situa~es,, ver um objc:10 jli nos proporciona 1m conhecimento
.abandonadas e os.:wns ~ a se:r rcprcsc-ot-ildOSPQr simbolos. Ao suficienre para que p05Sarnos a,'B.liá:-loe compreendê-Lo. Essa c.itpcrién-
coatrãrio dasimagens, a rc:protlui;àodos sim bolos e ig_emuito pourn cia da observação scr,,·e nào apenas como 1J1D recurso que nos permite
em cmnos de uma habilidade espeeial, O alfabctwno é infinitamente, aprender, mastaml:x:m atua como no~sa mai escreit.a ligar;-ãocom a
mais ac:cssfvelà maíorfa que: disponha de uma linguagem de símbolos realldadede nosso meio ambicnme. Coníiamo em m:~sos olhos e cfc--
sonoros, por ser mul10 mais simples. Hngu.a inglc-sa ucill1a apenas 1~ dq,rndemos. '
vin I e e seis simbo1o~ ero eu al Fabcto. Contudo, as lingua:s que nunca O ultimo ni1,•c-lde in•ellgênda -.·isualé talvez o mais diíf.;:ilde des-
foratl'I além da fast' piccoaràfica, como o chín@. onde-os simbolo da crever, e pode-vira tornar-seo mais importante para o de-senvo[..,im"n-
pala\·ra-in1agcn,, ou idc-o,r.i..mas.contam-se í.lOS.1nilhares. aprcsrnl.Ull to do a.lf.ibetismo visual. Trata-se- da subcs(rurur.i, da composição
grandes problemas para a aJfabe, ização era massa. Em chincs, a e5erl- elememar abstraio, e-,portaato, da me:nsas.em-.·i uai pura. Anton Eh-
ca e o desenho de imagc-nssão d~ísnados pela mesma pal,wra. caligra- des.envoh·eu uma teoria da arre com base num processo pri-
re:nZ1.1•e:lg.
flo. Isso implica a e:tigênda de alguma habilidades v~ilÍS espcclfic-as rnár iode de5cm.-oh·imento e visão. ou scj~, o flÍ\/e]wn.sdrnte, c- num
para se C"SCrevcr em e:hincs. Os idcoirama!l, porém, rulo ~o imageas. nivel secuadârio, o pré-consciente. Elabor· es~ cJassjficação ~s ni-

-- - - - --
22, l!ilNTAXII DA I.U(ÇIJA.GE!\1 V1Sl:'AL

ve~ Õctrutura.isdo tnodovisual associando o termo cie'Pia(!!ci:,.. sinc-16- J~tif>n, Ralph Ross, só f1'13ide ''airte .. quando ol>S@n•a
que e:u.a"pro-
tioo''', para a 't'isão infantil do mu.ndo a:Lravésda arte.eom o conoeito duz UID111e:xpcri~nc:iado cipo(llK' chamamos de es1t,íca. umaé;{pmmcia
de 11:Ao-dif~caci.açiio.êhrenzwei,g dtscro,;,e a c-riança como sendo CD.'" pt:la qual quase todo,$ pasamosquando nos r:nrontramos dianlt do
paz de 'Ilertodo o conjunto numa vM5o ''global". fase talento, acredi- bdo e que rcsuJta numa !Dl'0funda sartisfaçà.o. O que há sét:uJos vem
ta ele, nunca vem .e ser destruído 110 .adu[to; e pode s:er mmuido como deixando os; filó:mfos l1Hrlaados é ,o;:a..tamemc:por que seálimos. 15sa
4
'uan poderoso iru.trumcnto 1 ', Outra mancira de-anali$:tr esse s3st.ema satisfação, ma!'í p.aT'ececlaro qm:~ela dr:pc-nde1 de rus1u11aforma, das
dúplice de visto ercroahcccr ,que IUdo o que vemos r:criamos eompõe•se qualidade:.. e da orM;ao1zaçãode uma obra de al'1ecom sl"lils:significa-
dias clc:met'l.tosvisuais basioos qw::::r,epr,es-entllma força vis.uai eúr"LllLI• dos jnclufdos, e náo apc:,nasdossi~iftcadQs considerados isoladamen,
raJ, de cmmn.: im_r,iortância.pma o sitaifica.do e poderosa no que diz te'•. P;)lavras oomo significa-do,experi!ncla, est-éricae beleza colocanwe
rewc:ito il rc:!ipOSla,É uma parte inmri,;;,h•d de tudo aqnilo q11c ~-e- todas, @111 çontl,gúid.lde no mr:srno ponto de intetesu, Ílil() e,aquilo que
ffl0$., 5':ja qual for :rua natu.T't!za,realista ou absll'illa, é ~ncrgia vis.uai cxtrafntQs da eÃperiêmia vis.uai, e-oomo o filiemo~. bso abrange toda
pnra, dcsp<>ja.da. .a nper~ncfa \•(suai, em qualquc:Tn~1,•t?I e~ qualquer maneira ,era que
VliriM d:isd1plínasc@mabordado a quesHio da procedência do si.i- da~(!(!.

nificado FLilS art~ visuais. Artistas~ historiadores da $@, filósofos e Pata COméç.trII responder a essas perjuntas é-preciso ie.xaminair
espeçi~istas de vários campos da!I cicncias humanas e sociais já vc:m os compo11e□1c:s indr.•iduais do prooesso vi!ual em sua forma maJs s.iin-
há muito t~mpo -cxplorn:nclo<:0mo e o que a:s:art~ visuais "com11ni- pLes,A caixa de fcrramentas de 1od:ásas comunicações vlsu.a.i1~ os
c:am'". Creio que afguns dM trabalhos mAissigojfü:-Blivosiilessec:!l.mpo de todo tipo de msit(!riaise tnén-
elen1entoo.basicos. a foaie COP1JX)Sití\'.Ji
foram realil.ad0$ pelos p.sicólóiO.Sda Gesttilt, cujo prlru::--ipal inreresse sagens vi5u_aí5,alem dr: objetos e ~pe,riências: o ponto, a unldade vi-
lêm ido 0,5 prim::fpios.da organlmç:lo per.xptiv.e. o pn,c:esso da a:infl- sti1alminima, o indicador e marcador de espaço; a linh(I, o .trlicuJador
gurraçio de um tl)do a partir d.M partes. O ponto de vista subjacente fluido e-incani;à\•e] cb fotma, 5c,ja na soltura vacílame do ~boço seja
da ,Gestalt.oonf 01'PU!:dd'"mição de Ehr~tm, ~firma que ''se cada um aa rigidc.z d,e,um i,rojeLo li:c□moo; aforma, as formill- bâsicas. o circu-
de doze obsc:t"vadoresouvisse um d.o:sdull; tons de uma melodia. a so- lo, o quadrado. o trriânguto e-tod&.ias suas infmnilas1;·ariações. c:ombi-
l!ll~ de-suas cxpmênéias não COTT@!iponderta ao que serta percebido por _na_ções,penmrtar;õr:s de planos e d]ménsõ~; a direçilo, o impulso dr
algu~m que: ouvisse :a.melodia toda'' ..R.udolí Arnheim é o a.utQrde uma movl.Inento que incorpora e reflete o c.anirerrdas formas b,4icas, CÍl.'(U-
obra bfilbantc na qual aplicou Jrandeparte da tcorii'l da Gatalt d~n- lares, diài,Unais, pcrpcndicul1'res; o U>m, a prcsc-nça ou a a~ntia de
1■·01vida por Wenhc:imcr. Kõbl:er ~ lfoffka à interpretat;lo das, .artr;s.vi- luz. a1r.1vesda qual mx:~gamos; a ror. e contraparw do rom com o
suais. Arnht!fm explora nã-oílJ)fflas o funcfoaamc:nto da pe~epção. IJUl5. acrr.&cimodocompone111e cromátíoo, o demento ,•isual mais expressi-
1ambéma qualidade d.as unidades visliUlisindividuáiJ. e fflratê,gias vo e emocional; a textura,óptira ou tátíl, o (alfá(u de ~upcnicie do!)
de sua 11nilkaç!o, em um todo final e completo. Em todos os esúmu.- visua[s; a t>scafa ou proporçiio, a medJda e-,o tamaaho relati.
matc-:ria.i!i
los visuais e em tod~ j)S níveis da intel.lg!nela.visual, o significado po- vo..s;a dimttrsão e o movimentQ, arnbos in'Lplkitos e c-x.pres.,;os eom a
dr: moontrar~~ aâo ,a:i,en:;lSnos d&dos rrtp~li'l.tadoD!l-i!l, na infonnação mesma fre,qü.ência. São CS5(:5 os ckmentos vi.suais; a ()ilTtirdc-Jcsobte-
ambiental r:nos súnbl)]OS,incl~vc a linguagém. mas também nas for~ m.Qimat~a-prlma para todos os nw,e· de ÍJlreli,gêncla visual, e h l'.l'aJ1ir
ças oomposiüvas que e~~~t~ ou ooc:x:istál'licom a exprc.~o f acui.aile deks que ~ pla:nejem e-iexpr~s:;im rodas..i.-s ,·arírdad@s de n1,ml.resta-
visual. Qualquer aoon~111ento visual e nma forma com oontcw:lo. mas çõe:s.visu.aís, objctm, ambJentes e experiências.
o conttúdo é iexlrema.mente influ@ndarlo pr:la importância das pãrttes Os demr:ntas visuaJs são rnãnipulados rom l!nfase.eambiâivcl pe-
oorutitmive.s. oonw a cor. o tom, a textura. a dimensão, a. proporção las tecnices de comwlieaçâo visual,, numa resposta dlrema ao caratcr do
e suas rclaçiõe5,c.ompM:itlvascom o slgnific-ado, Em Symbols ond Civi- q11ee.tá sendo C()ft(ébjdo~ ao objetivo da meliJtigem. A ma.isdin§irn1-
CAR 'l°UK I> co.-,;n: 00 no ALlf W.TISMO Vf5Lºi\L 25,

,-a d. técnicas visuai~ e:o contraste, qut' st' manifcs~à n1.una rel.iç~o quanto efemet1t01S de cone}Càoen~r,: ilJintenção ,e o res1.1lrn,do. lnve,sa-
de: polaridade com a técnica oposta, a ttarmoni.i. Não :.edeve p;ensar mcnre, o conhecimC'nto da na.tu,~ das.té-caica!icriar,, u.in publ.ioo mais
que o uw de 1éc:11~s só seja opcrath•o aos ex!rcrno~i :!ir:11 uro dé\'e per:;pi.(:al p;ua qualquer manEíes[ação visual.
expam.'lir-se.n1.11n
r;u,w s,iciE.por nm conrinuum comprc,:,adido entre fan nossa busca dea.lf:\beúsmo visual, dcvcn-..osnos preocupar com
ume polaridiltle e outra. c-o~no, odos os.graus de-cinza fl.istc-atcs entre cada unlil das âre.as.de análise e derinição ae_imam~nc:ionadas;as for-
o branco ~ o ac-,gro, Sàô l'l'mlrnsas té<cnicasque pode:1111ser aplicadas ças c.s.1r1,1turais que c-xjstcm funciona.lmmte na retaç-tiolr1rterati..,·a entre
na !busca de- soluçõi:s. \·isuru:s.AQ1.IÍestão algumas das mais usadas e os.iestímul~ visuais e-o organismo humano, tanto ao nh·el fisico quan-
~ mrus fá1:ilidcnt1fícaç.llo,d~riosta~ de modo a demonstrar suas foa- co ao nh·eJ psicológico: o earáLer dos dc-mcnc~ vi ~ais; e o poder de
les aata,gõnicm;; confisuração das técniC:1-i.Além disso. as soluções ,·isuais devem ser
re.sidas pela postura e pelo SÍ.!!.r'IIÍLcado prc:tend idos., atrnv~s do cscilo
COrJ/ra:iU:' Harmonia p~so.~L e cultural. Dc,.·emos, finalmC'ate. consideli'.., o m,:,foem si, cujo
lns.t.Loiltdadr: EA:juiHbrio carâci?re c:ujilsLimitaçõesWo re.geros métodos de:soluçào. A cada passo
As!dmctri.1 Simccria de nos.'icQs escudos serão s.ugc:r:ido e-:-:erdcios para ama,Ilar o entC'ndi~
lrrqulãrhfade Rc-guiaridadc mcmo dJi oacurtza da expres!là0 visual.
Cõrnplt~id.a~e Simplicidade Em ,odM o:sseus inú.mcm!Iaspe,;tos, o proacsso é çomplcxo, Não
• r.tiffiélLtar;:;iO Un:idadc: obsrsnie, i~ilo lui por qnc- mmsíom'tàr a oomplc-xidade num obstaculo
Profusão Economia do modo ,tis1,1aJ,
à oom J'Jl't:ie:nsii.o Cc:rtamentc-ê rrui.i~f, c:ildispor de um
E:tagt"TO Minimização co,1jun10 de ddiaii;õe:s. e llmíL~ oomuns para a co11 tru,.ão ou a com-
Espontilnc:rda.de Pr~isíbilidadc posi~o. ,nasa simplicidade cenl aspe,;tos ac.geti'ti'OS.. Q1,1a_JU0 mais sim-
Atfi,tidade Estase ples a íórm ula, nuús restrito ~rá o pOteadaJ dc: variaçâo e r:xprc-ssào
Ousadia Sutik-.za cri.aLh•as. Lollie de ser nega11va, a rundonamidarle (la inleligêncie. vi-
Ení.J.K Neutralidade s.uai emi Li"êis ai,,cis - realista, ab trato e-simlbólioo- 1em a nos o fc:rc-
Trarupar~ci~ Opacidadc- ~ umainteração harmoniosa. por mais sincrélica Que-possa ser.
Variação E~cabiJidade Quillldo .,,e-mos,fa.temos muitas coisas ao me: ,no tempo. Vcmo!i,
Distorção Exac1dâo r,eriíerit-amcntc:, um •;a;s.10 r:runpo. Vemos acra\•~ de: um mmdmc:nco
Proíumtidade Planura de cima para baixo e da csquer(la Pilllil a cüre-ita.Com rel~-ão a.o que
J usl.a:posicio Singubridarlc isotam~ e,n nosso campo vi!l1,1al,impomos mio apen eix~" imp-lici-
Acaso Soqücncialide~ tos. que ajustem o requillbrio, mas ,.1mbérn um mapa 1?$-1 n,, 1.1ral
que re-
Agudeza [)jfusê.o gi~tre e mtça .ii ação das força!!eomp0:sitivas,tão Yitais :D.-.r.i o coatc-údo
Episodicidadc Rcpctiçilio e, conseqOent~:mentc-,para() Jt1f)hle o output da mcnit'lgen'\, Tudo isso
a~nrer.:e ao mesmo tempo em que droodifkamo~ todas as ratc-go:rias
As tttniGu são 05 ~ent~ no pmc:c~ de comuntcação visual; ,! de símbolos,
;pua ..lé!; de sua eru:rgia que() ,.;ará[e, éteuma ~oluçào visual adquire for-- Traca~ de um proccs;so muliidirt :e1monal,cuja ce.:ractetf•le.t mais
]fla. As. opçõc-ssão 1,·astas,e são 1nui1os os formatos e os meios; os trê! extrsordini1irla i! a simultaneidade. C,,d~ fuai;;-.ão está ligad~ °'º proocs-
ni\·cis da 1!5lrulurií..,jj;uaJhller~gtm. Por mais a-Yassaladorque sefa o .soe à eirel.lfl L.nci.a. pois e 1,·isàon~o só 3 ~ ofc-recc:opções me.odoló-
número de-opções abertais a quem prctmda solucionar wn iJ)tobloerna gira.s par-a o ~.sate dr:'in(orrnaçõC'!,,n1;l; [amb&n opçocs qu~ ç~iusrem
Que apresentarão sempre urna maior eíká.cla en-
vis.uai, são as técnÍl..""'IS e:são dispc.mfvel~e intc-ratiYai rao mesmo mome-ato. Os rer.;ul1.;id0;~ão
26 ISL"ff.'\,-.;_ 1),\ 1!,~C:.UAf".EM \'IS.UAI.. CAlilÁ T'f'.RE CONTF.CDe DO ALFABE.fl!i'lfO VJSl:'M.. 2-j"

rnraordiné.rios.., não importando quão oondi.donaclos t!St('jamosa Lomá- s~ a. arte ó, como Bcr~on a dc:ofine,uma .. visão direta da re..a.üda-
los. CQmo vcrda.dci ro!L À velocidade- da luz, a inleligêncie vis.uel traias- de'", então Iião resta duvida de que os modernos mcios d.e oomun.ic:a--
rnitc urna rnulttplicidad(' d'c-unidad'l'5 bás:ka.s d,c inf ormaç:ão, ou biis ç;\o devl!m ser muito 5c:riamcntc:-vistoscorno me:i05naturais de aprcssão
atuando sirnnltanearne-□te como urn dinâmico c:ana1d(' oom1micar;-ão arti.st~a, uma ve-2 que aprcs;cntam e :reproduzem a 1,ida ,quase oomo
e um r,c-cursopcdagóg.ioo .e.oqual eimde não se-deu o d.e\'ido r«onhec~ um esl)elho, '•Qti, que algnm po,der nos de:s.Y!o dom'', implora Ro-
mt_nlo. Será esse o motivo pelo qual aquele que- f visualmente- ativo berL BúrrlS-, ''de '-'etm0S ai 116$l)roprios çomo os outro.s nos. veem!"
parece-aprendcr meU1or?Gatrcgno formulou magi:s.tralme:nleC':55a qucs- E os mt:io.s de eom1.1nicaçàorespondem -com seus V8Sti;i,s,podcre:s.. Não
tâo, em Tr,',t)(lrd$a Visuol Culture: "Há milenios o homem vem f1.m- s6 eol(l(arams"ª m~giaà dispo5:iç:fodo pnblico, oomo tambrn a de-
donando como uma eFianua qu~ v~ e. ~im, ab:m::a.ndo vastidões. Sá puseram fümemen,.e nas mãos. de:quem quer que deseje utiliza-los pa-
rccentttmc-me, porlm, atra~s da tc-lcvisão (e do.s meios mode:mos, o rn ~ressar s~- jd~fas. Numa infinita evolução de- s.c:us~rso:!i
cinema e a fotografia), cle foi capaz de-passar da rudeza da fala (por tccnk:0; • a fotograf'i,a e o cinema pa.:ssam por um oonstante procesui
mm!'lmilagro.sa e abrangcnt~ que esta seja) enquanto meio de cxprcs- d.esimpllfic.açà.o l):lf3 que p~ ~c:rvi!I'a muitos ol>j:ctivos. Mm a h.a-
!.:!o, e portanto de comunicação, para. os poderes iníinito.s da. aprcs- bilid..i.detéi:nica no manuseio do equipamento não ê: suficicaJ.c. A n.&·
:\o visual, capac:iui.ndo,-sca!isim a oompartilh81, com todos m seus cureza dos meios de c,c,111\m~çâoml'atiza. a nl!CCSSidad.c de mmpr~-o
se:metllan,-es e com ~norme rapidez, tmt_nso,sconjuntos ctinãmicos.' • de· ~tl compi;memaCsviso.ais. A capa.d'dade i:nt.elcctual d.étõrre.ire de
:io ,:xjsu~ nenti !/lltla. maneir:l fácil <le desenvolver o a1fabcmismo um tre:.in~mento ~ra CTiaJ" e oomprc-cndCTas mmliBil/:Dlívis11a[s~tá
visual, mas este é tio vital para o ensino dos rnoàc-mos meios de co- se ,omal'ldo um~ neCCSS,cidade "ital para quem prrtenda.,=naajar-se nas
munic2ção quanto a. escrita. e a kitura 17orampara o tex:to impr,esso. .uMda<les[lgadasà çornunicação. É bastante prmrá,.·d que o alfaiberís-
2 verdade, clc-pode: tomar-s.c o componente: crucial d.e tod05 os e.a- mo ,..[suai 'o'Mha a.wrnar-Je-, no rú!tirno ter90 de-nossoseculo,um dos
nais. de comunicação do presente e do futnro. Eaquanto a informação paradiif11as fundamentais. da eclucaçllo.
foi ba-5,ic:ame:nle armaz.caada e di!'ltribuida ami.vcs da Lingwigcm, e o A ill'lc e o si,gniíkad.o da .!rte mudaram prníundamt'.aJ.c:na em trx-
;Ut is,a. foi visto pela wc:icd.ade oomo um 5,cr solitário cm sua capacida- nológica, ~ a, estéúea da arte-aão deu resposta ás a:mdÜléilçoes, A<.:on-
de- e'.Kclusi..,a de oomunlcar-se visu.almente, o alíabetiimo vc~b~ uni- ltctu o eomrárlo:enquanto o carât~T das artes visa.ai! re sua relação
,•ersa-1 foi 0011.$ide:rado~nda.l, mas a inteHg,encia vi5ual foi OOn'I.:asoc:ledade piodi ficaram-se dramaticamente, a est6ticad:a.<'lrtt
am piamente ignorada. A invcnçifo da dlmcra pro\'oc::ou o surgimento tomou-se ainda mais~stadonáiria. O resulltad.o,~e. i:dei.a difusa de qllé
~petacuJar de uma nova maneira de ~·cr a. comunicação e, por ,c-:ii.kn- l:ú arre-s visuais eonsrituem o domfnio exclush•o de intuição subjetl,.r.a,
sâo, a, educação. A cJ.mc-ra, o cinema, a lclcvisilo, o vidooca:s.setee o um juízo tão uperfldal quanto o st_r.ia.a ~nf:asc:c.x:ces:s.iva no :signiíic.a-
vi~oteipe, além do meios. ,.,~uais que a.inda não estão ,cm uso, modi'- do literal.Na ..1udade, a.exp«!ssão visual e o produto d~ uma intcll-
ílcarlo nlo ,apenas nossa (foíiniçã.o de cducsçilo, mas da própria im~- 8,!ncla e:ttrernamentc cornplexe, da. qual temos, lnfelll-.r-neoie, um
lis~neJa, Em primeil'(I, lugar, impõe-se uma revisão d~ nossa~ conhecimento muito reduzido. (J que vemos é umu f)urte ftmdamentol
capa.ddadl?:'iYisu.aisbás.jc:as.A scgui!I"vem a aoce.s;s.idla.de urg,e:ntcd.e se do qµq SQbemos,e o alfebc:tisrao visual pode nos ajudar a Vff o que
l;il.1$(are des.envol\·e:r um sistema r:strutural e uma metodologia para. vemos e a. sa'be-ro que ~bi=rnos.,
o em,ino e o apl!'rndi:zado d,c-como interprrt.e.r visualmente- es idtias.
Um campo que foi oulrora ooMidcrado domínio c-:ii.clusr,odo artista
e do designerhoje tem de !ier visto como objeto da preorupa.~ão ta.ato·
dos que a.tWl.mem quai!;quc-r dos mefos visuai:s d.e comuaic;ação quan-
to de seu públioo.
2"8 SINL\XE J)A, LINCit:'nG f ''l!i.UAL

l:Xer-cfcios
1. Escolha, en1_re:s,empcrtc:m:c:sou e1nre a$ fotos dC"urna. r-e.vimi.
11111exemplo de objeco que tenha valor tan.10 em eermos d~ bcllls-ar,es 2
quanto dc-artes.ap!ic..,,das. Faça uma Lisl.a,av~fümdosua íum:fonalida-
de, sua bclr:za cstc:tk:a. ~Ui v.;ilor ccrmurn.ic:ath·o(,o Ql.le~e faz para e:t- COMPOSIÇÃO: FUNDAMENTOS
pc\ndJr o comlu:cimt<nto do leh:OT!;()bTC si mesmo, seu rneio ambiC"lltc,
o rnuádo, o pa$$8.do e o ~en1e) ~ ~u \•aloT dcoorilltivo ou à~ entrete- SINTÁTICOS DO ALFABETISMO VISUAL
nimento.
2. Ree-one uma foto de urna. re-..·ita ou jornal e faç.i, orna rc-laçào
de re~postas curw,ou dC"um.li só ~lavra qu,evo~1he.1:i,liearia cm tt"r-
mos da mensagem Litcral de foro e de seu significado i;ompos.iiivo sub-
jaoente, e mclua a reação a quaisquer fmbolo.s (lingü.i~1i.tosou d.eoULro
g,encro) que nela ,estejam inclusos. Dei,oi dê analisar a ro,o, ,esere\•a O proces;ro d~ oomposiçiio ê o pa55o mais crucial na solução dos
um panigrefo que de.s.crevacomplctruneme o efeito da fotó e o Qúe l:)O• prob]e:m11svisu11is_Os. resultados. das dC"Ci.sõe.s. compositiYas de.tt"rmi-
derfa !;cr usado c:cnsubs~tuiçào á m~. .11amo objl:4i.voe o sipific11do, da rmmif cstaçiio visual C"tfrn íorlcs im-
J _ Esoolba um l111sca.ntãnco qur::você 1.enl'ulfeito, ou qual.qutt OU• pllcaç:õcs com rc.-laçiio110qu!!'é r~bido pelo esperta.dor. É mssa etapa
tra coisa que tcnb_a des.enhado ou criado (úm descnh.o, um bl'.lrdado, vital do proC'Cssocriativo qne o oomunicador 1,•i.s.ual exerce- o mais for-
um jardim, um 11rnu1.10de safa, roupas), e analise qual foi o C"f dto ou te oont.rnlc sobre seu trabalho e cem a m~ior oportunidade de e:xr,re5.•
a memagcrn que tC"VC tm mente ao criá~!o. Comp;ne a intcnçõt":Soom !iar, cm sua plen~mde, o ~tado de espírito Que a obra se des1lua a
os resulrndmL ,ra.ns,mi1ir. O modo" i uai, porém, não oferé~ sisrerua21estrntw rais de-
finhí"''-OS,e ab.s()Jutw., Como adquirir o controk de nossos oormplcxos
m~os ,•i-$ual21 tom à.Is.urnacertt2:11de que, no rrsultado final, haverá
um s.ipifk.ado oompartilh..ado'l Em termos Lingüi.s.ticos,sintaxe signi-
fk.a disposiç-ã.o ord!!'□a.da das pala\'1'85 segundo urna forma e uma or-
dlma.ção adequadas_ As regras i.il.ocleílnidll$! iudo o que ~C!te.m de íazer
ê aprc:mde:-Lase ud-las imtdigcnt-cmcnte. Mas, no co11tex.~o do ailfabe•
tismo visual, a sintaxe só pode ~igniíkaira disposlç.lioordeililda de par-
les, deiliMdo-nos coano problema de como abordar o prooC"SSode·
compojiçlo com lnteli8ênc.lile eonhecícne.nlo de ,coruo as deeiwes com-
positiva iri'.ioaf ernr o resulirulo final. ãio há regras ilb'Solutas; o qne
e..\t te ~ mn alto grn.11de compr~ernsão do que ~·aiacoatc~r ie,m11.c-rm.os
de s:ignifirado, se fizermos dctC"rmiaadas ordenações das partes que: nos
pt"nnitarn organizar e orqucstrar os meios \llsnaÍ!i..Muitos dos critérios
para o cntcndjrru:nto do signiíicado na forma. \'i.sua!, o poten-cía~ síntá•
cico da cst run,ra no .alí.a.becisruo vist,Jru, décorrernda in,.·,~ão do
procc-5~0 da per~pção bur.-laoo.
FUK"DAME.'lffOS :Sll'n"ATl.COS. 00 AJ.t'AlJE.FLISl'!to \'I LIAL 3l

Percepção e oomunieaçio vismd dlmen...-wo,mcvi.mento. Que: efm1-ent~ dominmn quais: manifosta..çóc.s:


vlsUilihé al.godd~rminacloa,ebnatUTWl daquilo que-está~ndo con-
Na criação de: mc:magc:rn visuais, o s1g_niíicado □ ão se: enco□lra oot,ido, Olli, no ca'io de natureza., daquilo que-existe. Mas quando defi-
apeniu. ~ efe-i10scumulativos da di.s;poiição dos ckmentos básk10s, nirno.5,a pintura basfoamc-ntc como tonal, corno tendo r~fe~n.da de
mas também ao mcca□isrno perocptivo u□i"i:nsahncntc- oomp1utilbad0 forma e, conse:qílentemente. dirc-çlo, como tendo LCJCtnra ,e matiz, pos-
pelo organiimo humano. Colocando cm termos mais simples; criamos ~velrmente refe:rlinda de escala, e nl?nh.1.1ma dirnc:ns:ão ou movimento,
um design a panir de: inúmeras oorrs ,e formas, texturas. tDns e pro- a, tnâo ser lnd iretamente, não estamos nem começando .a definir o po-
porç,Oes,relarit..-.a:s,~
rc:1acionamos intcrat.i\'Bmentc csscs elementos~ ternos tencialvi uai <la.pi !HUra, As i,ossfvei varia~i?.S de uma manikscação
em vi~.:J.urri i~nificado. O resultado é a composição, a intmçã.o do vis.uai que ~ ah.meperf dui..mffltea essa. deS(:fi,;!o :sào Literahnenie i n~
:tr1isu, do fo1ógrafoou do desi8IU?I'.É sc-u inp,u. Ver é outro passo finitas. E.$..YL'i.
Hriaçõcs dcp,::ndc-m da expressão 5Ubjeüva do artista,
d~tin10 da comun[-c-açlo visual. É o prooesso de-absorver iníormaçifo atra.,.~ da f:nfa~c-em àctc-nninad:os ck:mentos cm detrimento de ou-
no interior do si.s;tc-meac:rvoso através dos olbos, do sentido da \'LSÜO, tro:;, e da manipula.çi!o à~s elementos através da opção cstratégk.a
Esse processo ~ C!isecapecidladc são oomp1ntilhados por toda,s .is pd.- da~ técn.iC'..as.É nessas. opções que o a.rtista enoontra S('l.l significado.
~oes, em maior ou menor grau, tendo ma rmportãnr;ia medida r:m ter- O rc-sultarlo final t a ,.'Cfdatkira maniíiestação do artista, O signi-
mo~ do significado compartilhado. Os.dois pa5sos cüsmintos,"r:r ,e cri.ar íieado. porém, depende d,a rc-s-postado espectador, qnc também ft mo-
e/ou fazer são intcrdcp,cndc-ntes, ta□to pare o S"ignificado c:rn sentido difica e interpreca atr,a-,,~sda rede de seus critérios .rubjeti,..os. Um só
geral quanto para a. mensagem. no caso di: se tr:ntar responder a 11rna íator é rnoccf,acorrente c:ntrc o artista e:o publico, e:, na \"crdadc:, cntrr:
co.murnicação específica. Entre- o significado gerei, estado de: espírito todas lt5l pc-ssoas - o sistema íhioo das. pc:rci:pções vim.ah, os compo-
ou smbkni.e da informaç,fo visual i: a mc:ns;aaern es-pecínc..m é dcftriid.t nentes psicoflsioJógico.s do s1stema nervoso, o f uncionam~□Io mec..âin_i-
existe-ainda um outm c-ampo de s.ignificado -.,is1.1al, a ruru:ionalidade, co, o aparato sensoriaJ através do qual •,em.os.
no cas-o do.<;, objetos que são criados, ronf ccdonados ,: m.amufatur.t.dos A p$icofogia d.a Gestoll t~m oontribu[do oom ,·alioso.s estudos e
()ara servir a um propâ!iito. Conquanto possa parcr.:icrqu,: 11mcn!>ilicm exper:-im~ntosno campo da pi:rccpção, rc-oolbc□do dados, busC"coillldo oo-
de ,.ai obras é secundária cm termos de-sua viabilidade. os fatos. pró- nJ,ecer a importância dos padrões visuais e-d.csoobnndo como o º'l!lª-
Y.t.m o con,rãrio. R,oupas, ca.s:a.s:, cdificios públicos e até- m~mo os. ca- □.i~mo humano vê e or~i:zs o input \'tsual ,e artkul11 D outpuf "''isu.aJ.
l-iiilhese os objet@ dei:;orati..-osfe:icrupor .a:rtesãosamador~ nos revc-Jsm EmcoCJjunto, o oompoarnte fisico e-o pS"icoJógicosão rc:l..ati-.·os, nunca
muimfssimos.obrc as pessoas que os criaram e csc-.olbc:rd.111. E nossãcom~ abs.o&utos. Todo padrão ,,is,u11J tem urna qualidade dfoâmira que não
pr~ns!o de urna cultura depende de nosso estudo do mundo que seus pode sc:r dtc::finidainte.lcctuaJ, emocional ou rnccanicarnr:□lc:, alrn\·és di!:
rnemb:rol constm[ram ~ das fC'rrammtas. tfos 11rtdatos. e da~obr-iksde tamanho, rureção, fürma ou CÜ!itância,Esses cstimulm. sã.o apc:n.isas
;;:i.rte:
que criaram. m~rlii;,acs estãticss, mas as forças pS"icofisica.s que descn<:adti11m, oo~
~carn~me, o ato àc ver envoli,;e-uma resposta li luz.. m Oulr.i mo as de quai.squn outros cstimulos., modific,am o esp~o ,e ordenam
paJa,•ras, o efemento rnah importank e nrocsslirio, da c_;,i;pcriênciavi- ou pe:rturb.am o c-quiillbrio, Em oonjun,o. (riam .i. pen.-epção de um fk.
·ual é de nacu~..a tQnal. Todos os outros eJc:rneJll.osmuais nos. são sigrr, de um 11mbi.enteóu de urna co~. As oolsas visuílls rui.o sãosim•
re\'l!lados a,ravts da luz. mas são :s:crundlirio5'l':m relação ao ele1nento plc-srncatc algo que ~á ai~p,Or ac;:a.~. S.w aeoncecici'Jea,os visu~is,
tonal, qu~ é-, de fato, a luz ou 1111w:êndaidr:fa. O qu~a luz nost'(!Vela ocorrcru::-iastotais, :ações Qu~ i.noorpõram a r,eaç.li.oao ,odo.
e Qfcrc~ t a substância. e:travê.sd11qual. o homemeMft,g1Hilé i.magina Por ma.is absl:ratos que põs:sarn s-erM elementos :i'Slcofisioló8icos
a.quilo que n::conhroc- ie identifica no ~-tio ambienLe. isto e, todos os dr:ímk seu r::ãráter s.eraJ.Na ei.pr lo i"!ib.
da sintaK.c:,,,i!.ual,p0d.c-s:c: -
Q11U'O$ i?kmc:ntos visuais: f;nha, ror,/orm~. dirt-Çik>,
textura, e5rala, ê intr:aso; ele Cúloea. o buelec.oe:Jl\ CúrtO•
trata, o significa.do il!l.Crr:ntr:
32 ISJ_'ff~ U LD,:GUAGF:M
VISIJ.\JL

circuito, cstabeleceridoo conta10dirrtamcmtc com as i:mõçõe e os en-


limentos, c:ngp;Sulando o jgniíicado i:ssccaciale a_travessáiádo o cons-
ciente para c:bc:tar ao i.neonscie111te.
A informação vi~uàl,runWm pode te:r urna forma d.cfia.ivc:I,seja.
através ck-sjgnificados incorpotadM, em forma de s(mbolos, ou dc--ex.-
!Deriêneias oompartjlttadas no arnblente e ila vida. Acima. abaixo, Clêu
azuL, árvores vemcsis, arria lispera. e Ít>jO ,·ermelho-alaranja<3o-ama:rdo
s-,o apenas algumas das qualidades denotativas, possivejs de serem in-
dicadas, que-todos oompa:rrilbrunos ..,isualmente. sim. comcieutemcn-
•e ou n!o, rcspo□demo:s oom alsuma cortronnid..1.de a seu significado. FlGUR.A !!.I FIGURA 2.l

1
Equibbrio 1
1
A mais 1Dlpom1mcinfluência tanto _pisioolój:iea como fislca w'bre 1
a p1:1..:e:pç.wEl.&Jmua ~ a nccc:Mjdade que o homt:in Lert1 de e,qui]íbfio. 1
de tc:r o.s ~ ritrnemem.eplantados no solo e::saber que vai permanecer 1
1
ereto ~rn qualquer ci.reu.nscl'llda,cm qualqw:r atitude:. com um certo
1
grau de- c.crt~.m. O c:quilfbtLOé, entlo, a referfnda vi5'ual mais forti; 1
t firme do homem. sua bast c:.om.cíemee inconscicmJ: para faza B\'a- 1
liações.visUAis..O cxtraordimirio é que:,enquamo tod~ os padrões vi- ____ j_ ___ _
!iUaistihn wn ocntro de g,11.,·idadc: que pode :5er'teenica.mentccafculàvcl,
fLtiURA l,4 FCUURA l,S Fl G URI\. 2.li
nenhum método de c11lculSJ" e tão rápido, CJIBL0,e automático quanto
o Si!ilWa irrtuitivo de equiUbrio inermtc: às pt:roepçõesdo homem.
AW1n, o c:.o11-s1ruc:to horizoau.J-1,·m:ica~constitui .li rel..lç-1'.io
bás:Jea Na t?.XJ)r~o ou intcrprctaç_-ão visual, esse processo de-c-stabili7JI.,
do li10mm1cM1 sieume:loambiente. Mas além do eqw.lfürio ~imples çào impõe a.todas as ooisasvistase-i,lanejad.u 11m"eixo" venical, corn
e estático ilusmrado n.11fi&ura 2..1 exi,;,te o processo de ajustamento a um referente lwrizrmtol sccund.ário, os quais d{!tc-rminam, cm eonju!'l-
~ada va.ria~o de p~. q1.1ese dá :all'ih'és de uma reaçã.o de:contrapi:so to, os f atorcs:C51ruturai5que-medem o cquil.ibrio. Esse ci~o visua'I Lam-
(fig. 2.2 e 2.3). Essa comdê.nela intenorlz:8da d.a firme veirtk-A1id.ade bêm é chamado de eixo s,ettll'd(J·,
que: m~lhor ocprcS$8..aipres.el'Jr,;:a
.imisp;-el
em relação a um111 base-csrâvcl é e.K.'H:rnamentee:icpressapela configura- rna.l!ipr,cponderanre do eixo no mo de-ver. Trat;1.,sede uma oonstantc
çào visual da figura 2.4, po:r uma refa~o horizonta:1-vc:rtical do quc- iDOOniÇ!l?.nte,
,escá_s,enclovisto (fig. 2. 5) e por srn peso r<:lath•oem re~_,o a um c~a-
e
do de eQttiHbrio(fig. 2.15),.O equilíbrio 1.ãoíunctrunen~l ~ natur,cza
q'"'nto no homem. É o estado oposto ao c-ol.aJjll0.~ p~ível tn•aliar Tensão
,o deito do desequilíbrio obY:n·ando-sc- o &s-pmo de alarme esUti1ll,')4l,•
do no ro$1.0de unta '>'Ítin1~que, ~ubitamentc- e sem il,·iso prêvlo, ]e,.·a Mu11.a3
cmsa.s ao mcio ambien'lé p.u-ec,tmaiio tcr cs.1abilidade.O dr-
um empurrão. eulo é um bom c-xmiplo. Parece o :mesmo, seja cnmo fot (lU(: o oltt~mos
3,1, S~'il"AXE IM. ~!Jl;IACEM V.ISlll\.L
Fll~DAJMFJl,IT,OS liL~TÃTI005 DO IUAtABB'filSMO v,u_ 3.'i

(fi(!l.2. 7}, mas,no ato de ver, lhe oonf:cr:imos~ta'bílidad:c impondo-U1,e ~~ ~s-.c, de ordenação, de reconbo:::immto illlllimo da regula-
o eixo ."Crtital,queanalisare-dt:tetmina5lCUcquilibrioenquanto forma ,(fig. ridade ou de wa au~ia, é inconscirntc-re-não requer e.xp.lkação ou ver~
2.8}, e ac:escentaDdo em seau1'4t(fig. 2.9) ãJ base horizontal oomo ref@- ba.'lízaçào.Tanío r;,ara. o emL5sor quanto para o rca:ptor da infõmJaçãO
rfnc:ia que complrta II scma.~o de cstsbi6dade. Projetar os rmoresesm.1- ,..isual.ai falta de equlliorio I! r:egul.aridadc-é um fator de dct.õri,:.ntílÇJO.
wrais (K;UhOS ,(ou maniftSlOS):50bre formas rt8ula!r~, como o circulo. Em oolr~ palavfas. é o meio viS1.1al mais cfü:sz para criar wn efeito cm
o quadra.do ou mn aiã.n,plo eq_ililá.tcro, e mmlvarnentc s.icapltlie fáe1l. ra;posta ao ob,ieüvo da mensagem, efeito qa.l'l km um potencial direto
de-comprce:nder,mas, qumdo w---na forme. ~ inesular, ai amàl'isc- e a de.er- e roorwmioo d~ uarwnitír .11Infonnaçlo vi5,uaLA.~opções visuais são po-
mina-çào do equiflbrio são mais dmcm e-compl.e.x.as(ve:rfigura :Z.10).Es- la.ri~. mnto de rqulílrldilde quruuod.esúnr:,ricidadt ('fig. 2.12) de-am
se proocss.o de ~taMi.za.ç.ã.opodeser d!c:rmmsu- ...do com me.ior dareia lado. ou de v~ i.0011)~ e ia_espcrada(íi.g. 2_13) ,deoutro. A esco-
atra't'és de uma s~qüfociã de modif,caçõc=sliiéiti n()!! acmpjoli e dos,dci- lha entl"ê ~ opções determina a ~sta rdat.iva do cspecladoir. tanco
tos da posiçAo do eixo sentido ao c.smd.o-.·ãrii1.ve'Ide cquill"b:rio da fi;gura cm 1cu-mos de repouso e-relaxamento quanto d.e:tfflSão.
2.11.

F[GU!RA. l. 7 fl(jl,,JltA 2..8 FIGURA 2.9


F1GURA :Z.ll (IU:.l~U$0) FIGURA 2. l:3 (JENSÃO)

A rdação catre ttcnsãordati'!·a e •~uih1:i.rio


reloolvor;,ode·
$(':]' demt,ns-

trada em qualquer forma rqular . .Por é.'lélâj:110,um nlio eftl poma no


irue:lior ~ um circulo (fi.g. .2.14) prm·ora uma m:tiotceru:ào ,.,is~ por-
que o raio não se ajusta .ao"eúo visuat••invisf,.-et.perturbando. pornm-
to, o c-quilíbll'io. ú demento visí'w~L.o raiio, é modificado pelo clem.ca.to
invi:m-cl.o euiosentido lfl.i, 2.1S),e wrn~m ·por·.suarc-laçãocom a base
horizonlB.Ie cstab.iliza.dora ((1$, 2..16).Eln termm de:design, de pia.no ou
fLCU!R.A.2.10

1
1

1
1

!
--------- --------- -------
PIGt.mA 2. L4 FtGURA 2.]5 rJ(iUIR.A 2.16
F1GURA l,11
36 11'\"T,\XE iD,I\LINGt' GF."1 \'ISLiAL

propósito, podemos diz.a que, se cwem10.s dois circ11lóslado 3 lado, o


~ acc:nçãodo ~pee1...-\'d01
que mais acrrurtli scr'à o circulo c01ntalo em pon-
1a, ou aãO-OOítOONl:lmc(fi,g. 2.13 mais Ql,lea 2.17).

FIOURA 2.1',il

íCGURA 2,17 "FIGURAl.18

Não há p0r gu_eauibwr juizo de ~-alora e~ fmôcatnõ, Ele não


@ nem bom □mi. mau, Na teoria da percepçào, ,5euvalor t!Sfâ no mod()
eomo é 1USadona c01n1.micação~·isuaJ,i~to é, de que ~iJ11 ref orÇti o
~gnificado, o propósito e a imençà.o.e, aba disso,«>mo pode ser usado
co.mo b;!se para a int~eu1çào e-~ comprcclllSâo,,A \(!ll!,ào, ou :rua 11u- F'JGURA 2.....
~
sê=ncla
1
é o primeiro fator compoolih•o que pode ~ usado sJnUltieami=mc:
na basi::a dC>alfabci.i5cao vi~1.m.!.
J:-lámuirO!laspoct05 d11teli'l!âoque dc-,,•cr-i.am
se, di:Si:nvolvidos. mas. ]'ll"OOCSSO intermiliávd de õtalbc:Lo;::immtodo c-quillbrforelath-o. um trip-
prim::tro, é PNJ,:250ICVSJ" c:ca ronta qu.e a, tensão (o inesperado, o ma.i~ lico, .ai il'lfo.rmaç;.iiovis.u.alcontida no painel çei11ralpredomine, c:m tl!f-
irregular, oom~o e in.·mivcl)não d(m'Una, l)()'f' $i só, o olh.o. Na sequên- mos rompositivos, em relaçãoaos~is laterais.A àrca IIXis.!ck qua.\qllef
cia da visão, há 01.11rosfatorc:s rcsponsà.veis pela atençãoe pdo predomi• c:aJfipO é :sempre aquilo para Q que olhai1tos em primdro lugar; é onde
1lio Ç()'lnposLti"º· o processo de- Cil.!l.b::l.ccNo eixo \'l?rl:icale: 111base: coiss, O mes,»ose aplica i informaçào vi!mal da
espc:ramos ~-c:ra1i!!UJIIA
hõrizomal atrai o olho com ,nu.ito maior intrns.id11depara amlxu os cam- meta.de inferior de qualquer ,campo; o olho se:volta piara ~,:;e [ugar 110
~ visuais. da□d:o-lh~ autorilaticamrnt~ uca11 nraiot rn1portã.nciacm tC'J'- passo secundário de e:mtbelcd.1ni:ntodo <:quillbrio arravé$da reíer!l'lciil
mo~ C001pr,ifüm. Como já foi detnomtcado, r:fécil localizfír~ campos hcrizonuil.
quando,se trata d~ formes regulaJ\eS,a exemplo d11Sque fotarn mostra-
das □11 figura 2..19. Ern formas mais cotnplexa!i, naturalmente é maJ di-
ífcil esubc:l.o..:t:1
o eixo :semido, mas o prooesso :\inda collSC'J"\•11 a má.~itna Nivelamento e aguçamento
i.J11ponàndaoompO~-ilh·a. sim, um elmienlO vlst~l colocado no loc-.a.l
onde se,enooncrao dxo sentido,n~ excmpl05 d11ÍQCl.lra2.20, v~ auto- O poder do previs,f\\el, po ém, einpillido;;c di:ant~ do poder da sur-
m1.1ticarncnt~l!'llfa.limdo. Trata-se de:~:tffllf)lós suni.,lesde um fmf:uneno presa. A csrabiCidadee a harmonia são polaridades daquilo que é ,.., uill-
qLme continua smdo ,·erdadeito, n!\a só □as formas corn~xas., mas tam.- mcnt~ incs~ e claQuiloque cria temõcs na oompo.:;i~o. Ecn p.~lôf;ia,
b!ÍL'l'Iruu composi~ oomplkadas.Contudo, JJOI'mais qtie os ele:mcru.o_s ~ O(X)St(X) silo t:hilmed~ dlc:-
,riW!lamentoI? ag,JftJnw:tlo. um campo
se façam seruir, o olho busca o ,eb.o sen1ido cm qualquer fato vis1a.1.l, nwn VÍ$1.lal ur□a dcmonstraç'ão simp'lc:i de-nive!amemo seria colo-
reta---ngTtku-,,
F11JI\D1\totK."ffO!:i-
Slll,"'l');'fICOS 00 .'\LFARET~(O \'I UJ\L 39

c:onfu~ír o espectador qui.?,i11CO~mtc.mcatc-, precen~ ~abilizar sua


posição fflL te,rmos. dJ? eiquiHbrio relativo. C-0mo a ambiJiâdadc ve.Tbal,
a a.m1f)i&Cfülade visue.1obscurece não apmas a inkn~o oornpo~irr.·a., mas
tambén1 o $ignifirado. O Pf~0 de equilíbrio na11.1raJseria refreado,
FIGURA 2.11 lflOURA 2.22 •ornar-se-ia ooafuso e, o que , 11\ru$jmportantc-, nàQ resohddc axta fra-
seologia espacial sem signiflC.ldo d.a figur111 2.26. A lel da Gt:sto.ilque: rege
e.ar um ponto no cmtro g,camétrioo de-um traçado l?:itrumral (fig. 2.21}. a si111lpliti.dack pcr<lCplh•ai\lf-se txl["('mammtc tr.ansg,ed.lda por ~ c:si:a-
A posição do po□to, oomo é mostrado na figura 2.22, não oferece ne- do tão pouco claro cm •oda a composiç-ão '>'Ümal.Emtermos de-um.apc:r-
nhuma surpresa 1p•isual;~ totalrncnt@ harrnoniooa. A coloca.çlo do p,on10 íeita. 5Lnta:«: ,dsual, a ambisüidade é totafml?nce i11_des,ejli ..-tl. Dr iodo.. os
no c.anto dircico provoca um aguçamento (fig. 2.23,). O ponm esrá fOí'. nossos -Sel'ICkl~,e "''isão I: o que consomeme-aos cttcrgi~. Ela experimrn-
do <icntro não apenas na e;,crwura vertical, ma~ U1n1'1)ém n~ hotrlzontal, ta e iilles1tirLCa (:1 i:quilibrio, óbvio ou sutil, C' as rcla.ç&s que iJ.lUiJmmtre
<iam.oé mosmu:l.o na figura 2.24. E:le11en1mesmose.i,iusraooscompo- diversos d~dos ~;suais. Seria contral)IOduceati:- íru.scrar e c:onfLmdir ~sa
ncntc.s d.'iagonais do traçado mrutural (fig. 2.2S). Em ambos. oo ~. funçâo únlca. :C.mkrmos idrui.is,as íorm.as. ..,;suais Mo de\."erl'I s.erpropo-
nivrlemcnto e agu~roto compositivos.. mácl.iirrza de intenção. Atra-véll sitalme1ue obscuras; ~-cm ha.rmoniMT ou contrastar, :nrajr ou repelir.
de □-ossa pm-cpção 111utomálic.a, podlemos esiabclo:ic-ro c-qu□Lbrio ou uma e;,1abelei;;errelação ou entra., em eoafliro.
a.~ncia marca□cc d'o mesmo. e-tamb±:m rC1.XJ11hcccr facitrncnt@aq condi~
ções visuais abstratas. Mas M um t-.m:xiro e$tado da oompos.i,;.,o ~·isual
qur não i nem o ni'tlda.do □c-m o aguçado, e- no qual o olho pireeisa Preferência pelo ângulo inferior esquerdo
o_fmçar-$.t!par anarisar os componentes no que diz respeiCo a.seu equll(.
brio, A nsc- estado dá-se-o nome-de-ambiigfüdll!de,e embora a conocaçâo, A lé~ de ::.<:ri□flucnciada pelasrdaçõ~ i:-lcrncnaa.rescom o traça-
stja II mesma que- a da linguagc::m. a forma pode-ser vi:sw!Jmcntc dc-scrita. do estrt!tur.J.I, a ti:mão visual é m.l.llimiz11dade d~ outril8 maneires:
~ termas ü~cramr11tc- difcrcm!Ci. Na figura 2.2'6., o ponto não ~ ela• o omnofavor~e II zoas inferior e-Sé)ucrda de- qualquer t::íirnpo ,,,isuat
ramcntc no <lffltro, nem cs.i.ámuito dw:anciado do mesmo. c-omo 5e moo,. Tradtwdo cm íormA de r~])r~l'I.La~o tlia.gramâcic;1. isso significa que:
tra na figura 2.27 _ Em ccrmo.s.vi.iwüi, swi. ~~o não ré-cllaJ~, e poderia c,:iste um padrão prri.màrio de wiFreduril do campa que reage .aos rcfi:-
rcnt1?;;.,,.er,1eais-horizoa11li~ ,(fig. 2. 28). é' um padrão secundário de: var-
redura q,1,1er,e.,ie 110 imputs;o pt?T~pth·o inf:Cfior...csquerdo (fig. l.19),
• ............ 1
...... .................
--->!<---
.,,. 1 ......
...... ✓ ............

flOUiRA. l.23 ftoURA l ..l-S

rlGUli.A 2.2$ AGURAl.19



Hdi 1núrni::rasc:xplicaçõe5,para e~ pr~fr,tnci:u pereepLlv-J.SSttu11-
dári,'t), e, .io coai rã.rio do que ~cont.çc,c com a.sprcf@r~!lc-la~primEirie.s,
FlGURA .i._26 FIGURA l.2.1 n!o é fiieil d<JI-lhcs uma e-x~llcai;:.íoco□C'lusi.,,·a. O fa\•o~timcnto da
410 Sll'Çf.r\Xt: .Ui\ Lll'{GrAf.EM \'ISLI.'l,L

pane esquerda do (;Jm~Q visual tal,.·cz ~.l h1n,umclado pc-]o modo o,;;í.,. po \'is.1.1alsobre il superior, enamos diame de uma cormposiç:!o nii,ela-
dc-□t.i.l <le i1npFimir, c pelo forL~ condidonamicnto dccorrtnLe do f.110 da, que apresenta urn rninimo de tensão. Quando prc:dorninam i?ll!
de: aprendermos ~ lc-r ds esquerda para a direi La. Há poucos. -1:sc !/Idos çondições oposaa.s. temol .umai eomposiçiio \'isuaJ dc tc:ns~o rni'txima.
c a.ind.a muito a aprender sobrc o port]u~ deserrnos organismos. prr:do- fuh Lermos mais simples, os elementos .,;js1.111is quc se i1uarnemáreas
minan1c:mc-t11.e des1ro ~ de termos conccnLrado no hcmisfério cc-rd:m1_I de tensão tem mais !"lei-O tJ:is, :2..13. ;;LN. 2.35) d.o Ql.leos dementos
esquerdo nossa racuIdade de kr c:cscTc:\'tr da esquerda para a di rdLa, Ifr.,,elado:s. O pc.so, que ness,e -cont-c-xtosig□ifir:a capacidade de .atrair
Curiosamente-, e des.trtl..l em:ndc-sc âs cu]tunu que e~cvis.m dc cim.a o olho. tffll. aqui urna çnonne jmp0rtãnda cm ilermos do eq uüabrlo oom-
par.a l)ai~o. e que, ao pr>tSerHe,escrc\'cm de óirdu, pata ~ c!'iqucrda. posjtho_
Também favorecemos o e(limpo esquerdo de \'L~O. Se d~conhcccrnos
as ra.!:ôcs que nos J,::,.·.ama razê-lo, já t suíidmlt :t.ibetfflOS que o fato xxxxxx
e ,;;omflT0\'111 na prática. ua~caobscr,;armos para que ~r1g_ulode um
pi.1kó se ~·c,cll8mo.s o1hosclo público quant'lo ainda .não hi aç!o e s cor-
tina sobe,

FIGURA 2,34 FtGURA 1 ..H


Alguns ,exemplos
Por mal~ eonjei ura1 que possa :ser. a ·iscl!nciaidc djf i:rcnçaS de
))CSD alto-baixo e esQ1Jerda-d;rc:iila.
tem g;r<Ílldevalor nas dccisõ~ com-
posi1iv~. lsso pode: 11Mprof)orcionar um rc:qumLado conmeclme□to dc-
r1oss~ oomprccnsão d.a Lemão. u11como se iJustra na fi.!!.u1a 2. 30, que
mo~rra uma divisão linear de 11.m1 rc:tàngu!o □urna composição ni\leLa-
d-ã; a íi.g_mai2 .J I rcpr~e□l.a um ag1.1~m1mto, rnas nela a Lensào é rnini-
mu ..-.1da,M p~~o que a figura 2. ll mos.rra um máximo de teru;ão. Esse::,
fetos p01.lem'Sell'cc·muncnlc: mooirttadoo p,:ira as pessoas cenhOLas, ou
para aquc-l.a q1.1e,em suais rc:specth·1:1sfüliuas, n~o l&:m da esquerda
para a dirdta.
ffüURA l.J6

Fl(ilJR.A :U,O fl(.i RA l.ll FIGURA 1.32

Oua1 l.lo o n1a1crial •,is.uai s~ ajusta à:ii 11ossascxpcctaliva.s ern Ler-


m0> do eixo ~en1ido, da base es,.abíliLad ora horizonlal. do prcdommnlo
011m.a l"Squercfado campo :sobn:-11dkeiLa e da m-.1itdc inferior do r:.am- ftoURAU1
412 \'15U L
IM. Lfl'(Gl:AGEl,1'
SINT,U..11!; ~"L',,_DMIEll.'TO!. !iT\tfi\1'[0) 00 .i\U'i'I.BETl!ii..MO Vl!Sl\.'".1\l. 4S

Uma demon:'itração pr:iitk.a da tooria demonscrada □a figura 2. .36 simpfc-:c;e menos 0011.'lpliça_d,a,qualid11d.csessas que d~revern o ~ado
revelaque,. n1.u11anantrr?:lJMn.on.a, uma ma-çã à dircita equilibra dWLS a qnc se chegou ~•~suah'nentea.tra-.,k da simetria bi l;p1e-ral.Os dt!signs
maçã.s à esquerda. O predo1nínio-cornpo.s.ilivo é i ntms.mcado ao deslo- de compreender; ~ 1.arnbém
d.e equilíbrio axEal 11.ãosãó apenas. fá.-c~i_s.
c:a.rmósa mat,;ã da dlreíra par· u.inaposi~o mais:11lui. que, a das duas. fac-e~ de-ra.-er, usando-se a íormulaçà.o rnc-n0$CQmr,IE.t..'11da do contra-
maçãs da esQueroa,como se d na figura 2.37. t>eSO-Se IJlmponw tor firmemc-rm::colocado à esQ1.1erdado ei;11;0vc1ti-
Há ~unarelaçàodJreta entre o De50e o predom(□fo vbual das íor- c-alou eixo s~ntido, provoca-se- um esctado de desequJlibrio, mostrado
m.i! e M.1a. .reeularidadereladrra..A comple:ii:idade, a imtabilidad.c e a na figurs 2 .44, Que e) tmediatamcntc- :anulado pclo ,açr~cinio de outro
ircqula:ridatlc aumc:11.Lama ceruâo vlstl.3!1,e, em de(orrcncica dL$SO, pom ll, corno se ~•.e,
na tiliura 2.45, Trata-se de:nma pe:rfelrn d-e1oonstra-
e.traem o olho. wrno se moura !'las forrnasregulares (íig. 2.38, 2.39, ção dQ co1nr-aveso, o qual, 110 sl!f usado numa CQmf)O.SiçJo ~·i uai, prn-
2 .40) e □as ~ularcs (fii, 2..4E, l.42, 2.43).Os dols grupos foe]lre:.e:n- dll7. o eíei1o mais ordenado e organizado poss,,.·e:I. O Lemplo11:rego
uun II opção entre duas ratc,goruJ! fuad_.unélil:ÜSem comi,osiçlo: a com- cl~ico ,é-lUlil tour dt! /orCT!~ simc-tria, e, e-orno seria de se e.~>perar,
p~içãó eqrullibrãda, raciona11 e ha_rmoniosa, ,em contraposiçilio ài um:11ro~rna vi uai de extrm111 serenidade.
e;(iiJern.da, d:istorcid· ,e emocional.

• •
FI CJUM:Al 44 FICrllR,\ i,4}
FIGURA l,38 FIGLJJLA1.)9 FIOURAVIO
S extraordinário encontrar. tanto na naiureLà qu.aaco nas obras
Cfiiidas:pelo homem, um grande mimc-ro dl? e.xern_pf05- c.tpazes d'!' atin-
gir im es1.ido de equilíbrio ideal. Poder-se-ia argumen1.i.r que. cm ter-
mos (()f1'11}~11h·o.s,é rnai.:sdinãmi<:o chegar a mn egui librio dos
e-lemenros de "ma obra vJSU11l a1ravés da t&:nica dii assimi:itri.i., Não
t 1.\0 {~çrl 'rn. A'.:>-.·arim;õesdos meios visuais cn,•ol,..e111f;mm:s rnm-
posi rivoodê peso, tamanho e posição. As figur~ 2.46 e 2',47 clcmon~
m°'n' .a dls1ribuk.ão rodai do peso baseada nQ 1ama11ho. Tamb~m é:
FJGUlilA 2.41 FIGURA 2.42 flGURA 1,4} passivei equi ltbr.ar pesos d~seme-lhiliaccs mudando-se sl..lll.posiç-ão, co-
mo se-mos1 rn na flg_ora.2.48.
Na teoria da peroc,pyão da G~sJall,a.lei da preg_nã:ncia(Prãgrumz)
define a organimção psiootô:pc:a corno sendoC!o ·'boa'' (n:gu]ar, .s:i-
rnc:tri<:a,simptcs) quanlo o pi::1111.ilamascoru:ILç~s\'~11?$. Ncuc- ca-
so, o adjrtivo ,.bom'' niio ê uma pálav:ra desejável, e :ntm mcsmcJ um
~ermo dc5Critivo, leva.mio-se cm ronta. o si,gnlfica.do i,retendido; uma
definição mais p.rcdia.s,cri.ã emocio.nalmente menos.pro"t·ocatiYB,mais FIGLRA 2.46 FIGURA l.47 I IGUR.A lA!l
44 S~,,_XIF.. DJ\ LL."',;G-LIAC.lf,;"liCSUr\.L nl.SDAMF.r..~ SL,mh1cos no A LF';\IIBTlSl\ttJ "''[S-U.'lL 45

Atração e agrupamento a atraçào dos mesmos . .Foi ~se fenómeno \t1SUi.!il que k--.·ou o homern
primifr,.•o a ~lªcionar os pontos: de-lu:1,das esirel.as a forma$ rep~-
A força de aI:ração tt Nl;l~cs. visuais oonstlwi o itrn principio cadonai:$. Aindapodemos fazer o rnesmonas noites clara e enrel.a-
dB CJt3rafr de:grand~ valor corn,pos.lth•o~a l.cido á,Jrup.t1tlento. Ela tcm das., qu::mcloolham.os para o e:éti e.distinguimos a~ forma de Órion~
dol nI~i.$ de ~i(icação para ai linguagem visual. É uma condkão ela Ur.s.aMaior e da Ur58i Menor, já }1á 1.mto trn1po ide_ntifica.das. ]?()-
-.'isual QY-eçria uma cirrunM!lineia de conocssõcs mui uas na~ rclaçiii:s derfamo. rt1eluli•._.etentar um e'.l(el'(1cloorigimd, descobrindo objetos
que en\·O]\lem int~ação. Um ponto Is.ola.doc:rnum cantpo relaciona-se delineados pc:105pontos luminosos dtls ~• retas.
com o todo, como se: moslrn. nill flgorai 2.49. mas ck perr,1an.ec-e só,
e-11 relação é um estado mockrado de intem1odifkaçiõ ent~ ele e: o
quadrrado. Na ílJurra 2.m, os do~ pontos clispl.lLll:rnII atc:lil.Çil0,em sua
intc-raç~o, c-t"ian.do
J'J'Janifestaçõcs colllpár.ãCi\'amcntcindividuais de..-l•
do êidistâru:ia QlJeos ~cpara. e. cm dccorl.l@nciadisso, dando 3 Jmf;)'fti-
são de::se: repelirem mutuarn~nt~. Na figura 2.51. hli uma Í.rllerilç!.o
imediata e miíis ic11,,eru:31; os pontos se harmonizam e::.porrnn10, se
+
atra~. Quanto mil•0t for ma proximidade., m~ior scrà :Sua .atraç.10•

• +

• + +

•• • • •
.. +

F'[GURA l.49 F:IGURA 2..,0 t1(ilJRA 2.51 ti • • ti • • ,i, •


+

No ato cspo11CãMOde ver, as unidades visuais individuai!. criam ourr;u i • -


.. -:. .- •• + ■ + +i•,- ♦• •• • ♦ •
• • + • ., ♦ • • • •
íQrmas.disüat~. Qua1110mais próximas as 1nar~,. mais complicadas FJGU~ 2-5J
as Formas qul!' podén'L dlelinear. Em diagramas sltnples, como o 2.52.
~ o 2.5.3, o olho S1.1preos elos de ligação ausentes. Acravc::sde: su.u p,er• O !l:cgundo nível deimporcãncia pru-aõ .alfabetismo vi!.1~1, noqut:
cepçôe!::. o homem tem necessidade de::connruir ,conjuntos a partir de diz ro!!!ipe,10à lei do agrupamento. co.nsistc no modo como ~t.l última
uJ~.lda.de:s.; caso, 11 nece~jdade t Hgar os pontos de aoordo com
:ne:s.sc: é ilfet..1.dapcla similaridade. Na Jin,guagc::mvisual, os opostos se rc::pc=-
le.m,mas ~ scmdhaJ1tes se atraem. Assim. o olho comp]ctB as cone .
• ;xoo Q uc .faltam. mB.$ rc~cion.a automa!ic11.mcnte 1 e ,com maior força,
as urutlad~ sl!'mclhantes. O processo pm:epci\•o é deinoonrado pelas
pistas ,,..isuai~da figura 2.54, que- formam um guild.n1do (fig. 2..SS).. •a
:flgura 2.56, l)Ofétn, as pistas foram modifi,adils, e sua fonna influen-
,. cfa os clen1entos que s~ liigame a ol'defit em que si!'dá a ligaç~o; a fi,gu-
COURAl.S~ ra :?.5i mostril poss:iv~ Ligações. E.rn todas as quatro figuras (2..54--2.57),
F D 'llt:I\TOS !iL.,.T.'\TtC05 no .\l.P BE'l'J::..MO\ l?il.'i'I.L 417
46 STNTAXE DA L'DIG AC:F.ll VISUAL

Positivo e negath10
D D 0------------ç
1'- 1
Tudo aquilo QJ1evê11'1os tc'Ola qualidade &ramat1c-aJde !icr s a fir-
1
1
!
1 mação principal ou o modlíleador principal - en-,terminologia vcr~l
1 1
-, o substantivo ou o,ad1ethro, A r,elaç-Aoe-:,,tt•rnral da mt"nsagcm °"'i•
1 1 sua.!~tá íorcemcn,e (ÍJ!;,íl.d.t
à seqüência de "er ê absor,•t"r informado.
D D Ot------Õ O quadrado é um bom ~t'mplo de un, ç,Ut'lpo que e urna afi 111\ll.Çáu
posiü.,.a, exp~ssendo clar.arnence ua propria ddinjç!o, eu c-a-
1p·isual
FIO RA 2.54 F1G R,r.1 ..»
ráter e ~ua qualidade (fig. 2. 61). Serl.i com,eniente obsl!f\far Que, como
no caso (la maior parte dcs.s.esexemplos, o quadrndo é o carupo mais

D o simples p05,.._Jvel,Embora a introduç~o d<:um ponto no quadrado ou


c.ampo (fig. 2..62)SeJatambmt um elernen10visual desprovido de com-
plexidade, ela eis1abdccc uma tcns.'l;o,"i~u.ale absorve a aitenção ,•isu,a]
do especw_dor,dti;,.fando-a, cm CX!Jte,d.oquadrado. Cria 1,1rna ~üfocia
de visão que e chamada de °"'is:l:opositin e ncg1uiva, A importà.ncfa
do rpo.sllivoe: do negativo n~e oonteJCtorclaciona,se apenas ao faLO
o o
FIGURA J,j7
de q,uc:,cm todo5 m aoontccimt":ntosvisuai , há elementos scparaidos
e wndaassim unificados, As f'iiuras 2.62 e:2.63 detnomra.m quc-·posl-
tlvo e negativo não e referem absoluta.mente à obs,curidedc, rununos.i•
dudc: ou imagem pecular, como acontece na dt"SCriçàode filmes e
ª ~imilaridãde demonstrada. é a íorma,ro~ muitas oun~-. afmidades reproduçõe:i; ro,01r'1ic-as. Quer se lral!ede ucn ponto,escuro num cam-
visuais rq.em a lei dó agrupamento no ~to de ver, uuscomo o taima- po luminoso, oomo na figura 2.6l, ou d~ um ponto branoo sobre fun-
nho a textura ou o tom, como se mostra n~ figuras l.S8, 2.59 e 2.60,
• do escuro, oomo na figura_2..63, o ponto é a íorm.l p<:,shiva,a ten$ào


mh•a,e o quadrado é a f orrna acgatin. Eni outras palavras, o que do-
mina_o clho na cxpuiê.ncla visu:al seria visto como elemrnto positivo,
.111111 o o

e como eJc:rncnto ncsa1Jvo comidcrar(amo tudo aquilo que $A!ªr,,e•


seota de maneira rnais ~va. A viR~.Oposíti"a e ne-gati'ia 111mic.\s
\le-

111111 o zes eng.a.nao ol:00, Olhamos para algumas coisas c, na pi~ta vi uai que:

D
ºº
FIGURA 2.
t•
FIGURA l.~9
• º'
FIGURA l,60
.,

FIOUllA 2.61 FJClUR.A M2 FtGUllA MJ


4S 5r.tT A-XIF.OA Ul'\GIIJA.GE!'d \'IS.UAI.

ela aos tram.mite, ~·cm-oso que r ·1realid~de ali não se:i?noontrni.Vistos


a di.5têinda.d.ois~li muíto pru;tiÍtnOS podem ~semelhar-se: a um cão
sentado sobre 115patas mueiras,Un, rosto pode~cer-nos moddado
em pedra. O tnvolvlmeíltO ,con1~s l)iS"casrelaci\•as e-aci-.·asda visão de
urn objeto pode ser tis vez.es1Jo com,.incenceque fica quase impassiYd
v~r aquilo i;rara o que estamos realmente: olhando. E!lsas i1UKJC'5. óticas
sempre f or.arn de i,I<\llde JJUeresse p:a_r.ios gestaltiscas. , a figura 2. 64.
a s;cqü~acia positivo-aegalt••O ~ dernocwra---da por ~Ql.lilo que vem~ -
D o
l't( itJRA 2,6:J FIGUR.-'i .?.69
um va5o ou dois pi:rfis -, 1: por aquilo QIJ.e,•emos i,rimeim. i:'i~oru::i
caso de vermos.as duas ooisas. A! me$m· s OM-er..-a-ç;ões r,odem ser íei- e:srnro parecem eJ<pandit ~. ao Pill!>~ que elementos;escuros sobre ÍLitl•
l.i.s,;;om rc:l.•1ção ao modo-comovemo!ilo 2 e:o 3 jw.tapostos as figura do claro parr:ccm oomraif•Se (fi;s, 1.,69),
2.6:S. os dois e(l{ernplosh:11 !l)OUCC l)l"@domfnio de nm ekmento sobre Há um mécodo ~rll11 p._1.ra .i. comurakação visual. NAo ~ preci. o
o outro, o que vt1n tefor~!' ~ ambig_üidadcda msniícstaç-ão, \'isual. conjugar ,,crbos:. solertar pa[.i.,.T.a.!>ou aprender s.incsxc. O apren(fü•..i•
1

O olho procura urna soluçlo imp]ej para aquilo que õtá vendo, e, do oco~ na práclca. • o modo vi. uai • .,esarnó!>um lâp.isou um crciom
embora o processo de i.\ssir1,íla,;lio da informação possa scr longo e oorn- e desenhamo~; esboçamo:. um Cl'OQLIÍ dt uma DO\'ll sala de (:Se.ar; pi.nca-
pft;,,;o, ~ :umpLi.ci.ilrufeé o fl n1 (tl,le se Oll.5,Ca.
O .iímbolo chin~ de yrn- rnos um cartaz que armnci.a umaiap~:ie1Ha,ii() puttlka. Podemos. espc-,-
)'Qng, moorado :maíiaum 2.66, é 1,Jffl exemplo perfeico de: oontraS"cc si- cular sobre os meio:; \'isuai cap.:iles.de: produzir uma mens311cm,um
muhlineoe de$4g1icomiplementar. Como o .. arco quc nunca dormi:''', plano ou ums in1e,ypre1açlo. ,na-: como o esforço se ajus1a. cm rc:rrnos
o yJn->vma é dinâmico iamo @msua simplicidade quanto cm s.ua com- das RC\.~sidades.do alfabeii ltLO ..+,uaf! As principais difcnmça~ e111re
pte,(Jda_Ale, moveni,'.lo-se
inecS5,S.ntemcntc:seu estado v:isua.Jne:g;ativo- a 21bordag@m direra e lncuiliva.e õ 11U.ab<-Lismo visullil é o ní\'el de con-
Oositivo nunca se resolve. Encontra-~c o mais próximo posslvel de um ft.i.bilidadc-e c-xscidào entre a rne11 s..l..'ltltl{'tKfüicada e s mcru.a.gcn,, e•
eQ1.1ílfbriode ele11'1entos[ndlvid~1ais QlJI? forrnam um todo coerente. a-b-ida. Na. oomun ic:tÇâo ve,b4'íJ, ouv~-s,: apenas ums ~·c-zaquilo que
se diz. Sabc:r c-scre\'ef-0ferece mMioresoportunidades de com rol.~r o,
cfri1os. e rc-stFinge a áreai tl~ inttrprcta,;;ii.a. O mõma a.conccec com ~
mensagem \'~uai. a.pe.>o! r das díf-eri:nças existea•cs. A complcxidad e do
modo ,.isual 11:lloperrnice a es.tre1ta iama de tn•crprccaçõcs.da lingu:l•
gem. Ma'í o conhecirne11toem prof uradidadc dos. proc~s pere.?pli-.·~
que rcgr:m a resposta aos r?Slímulo vjsu.ai in1ensitka o con•role d-0
líllCnilicado ..
Os o.cmplos dc~e capí1Ulo ,epr~Soelllí.lmapr:-nasuma parte da in-
flGURA 2,611 flOURA :z..,(is FIGURA2.66 fonnação , 1isuAI possível dt:!:S_e 1triH1,u110cie~~·oMmc-a4o de uma lin-
gua,gcm visual que-pos.'í3~cr arric-11lada. e 1."0mpn:t"nd[dapor todos.. O
Há oucros.e:-:emplos de fenômc:nos ps.:ioofü;icosde visão que po- con hecimenlo desses facos;JlCr,cerci\•o~edu,·.a no!.s.aestraJcgia comptJ-
dem :&:li ti cW:tadosf,X!J1la.,c-ompreensàQda lingusg,cm ,•irual. O que- é e oferci:c cri1é-rio\sim áric:oi,,.
siü-...·a a, t odM os que corne-çarn 21se vollar
maior parece:mais próximo, de-nem d.o c.ampo ,•isual, como :semo~tra para o aprcmdimdo do alfab<:tismo\oirnal. O- Jlildn)r:~do alfabetismo
na fig,ura.2.,67_ Contudo, a distância rel&tiva é ainda rnrulídari.ul'lente n;lo ~;ii;I.K'Cffl que cada crtador de ums mcnsa~em \li rJal ~fo um poc-La;
ckccnnin:)dar,da sl.lperposição(fig..2.63), EIC'mentosctaros sobre íundo .i. im, não S('ria justo prctcmkr que todo d~lant,- or..i.._:rirt(.Jorde mace-
5,0 !.1 'TAXf. DA U~CUACF.M VTSl."A'L

riais "''isuais foss.c:um 111rtistade iJandc ,.tlcnlo, Trfü,He de um prl,ite5•


ro passo rumo Íll libe:raçiio da hab:ilid:adi:-de uma geJ"açã.oímetsa fillitl
ambiente: oom intenso, predornimfo de' rne'ios visuai! de oomunk:ac:ão,
aqui c:;i.!o as n:gras básicas que podem rcprcse'ntru- uma sinta.:i.;eéStra- 3
tégir:a par.a •odos os que c:arcc~mde ~nforina,;ão -.·Iuai, que assim J)O•
dc-r~o controlar e determinar os rurnos do cont,eúdode seu rraba'lho
visual.
ELEMENTOS BÁSICOS,
DA COMUNICAÇÃO VISUAL
Exerddos
1..Focograrc ou encoamreum ~cmplo dê iectuil.fbtíoperf ei,o e um
e:ir:einplode dcsc-qui~ibriocrnnpleto. Anal~-os do po1uo de vis,a da &mprc que .;1lgumacoisa.,é projetada e-feita, esboçada e rnmad~.
dif.posição compositiva básica e de seus efeitos. wbrenmdo .seu signi- dt:Smbada, rab&":ada, con.5tr\lfdla,esc:ú.lpidiióu g-mirulada. a sub5tãncfa
ficado. virual d.a obra ê oompos.,ta a p;:mit de um.a Listaibásjca de-dcmentoo..
2. F~a uma colagem 1.15,il]Jdo du~ formas dlf e,entes. (orno meio Não se dc-vc-mC)onfundir Q/.i dememo.s visuais com os matc::riais ou o
pam idemiíicare a.'isaciar dois grupos di!tinlos {pôr e11.eroplo,ve.lho/no- meio de c:cpressão, a madeira ou a illr!iÍLa, a tinta ou o filme. Os ele•
"'º•rico/pobr,e, alegre/mste). mcntos: visuais ccm,tituem a u~ancl.i. básica daquilo que v,errios. e
3. Actile um exemplo de' cT.iação,•isual QLleseja de má qualidade seu nümc-ro ,é reduz-ido: o poruo, a linha. a forma, a direçlo, o co.m,
em rermOi de arte grafica, e que, ap~ de ptetender t1ansmitir uma a cor, a tutura, ai dimemào, a ~i::ala e-o movimcr:1tQ. Por poucos qu.e-
mensagem,seja.diíkil do ler e compR!tnder. naliseaté que ponto a Sejillll. são a matnis-prtma de toda Lnformaç-ãovisnal crn terrnoo de
da.de contribui para o flia-cessoda c:~pres:~ visual. E.sboe~no-
;lnriJbi,gü' Opt;õcs e combinações $eli?ti~ , esLrutum da obra visual é ~ fOfÇill
vamente o des.ellho. procurando: 1) nivelar o efeito e 2:)([gt,(Ç(Jro efe:lto. que dctc-rmina quai~ efl!lllffltOS visum,estãopl"C'.scntc:s,e:cc,m Qual !n-
rascessa pres.cnça OCQJJI?.
Grande parte do que sabemosS<ôhrea inter.ação e o efü:ii.Qda per-
cepção burnena sobr@o significadovisuaJpTO',lmt das pc:squi.i. e d.os
c:xperimrnto5 da ps.icologla. da O.t<.slail, mas o pensamento s.e.naLLi~La
tem 1fi:Uíi .aiof ,:rccer além da mera relação en1re fc□ômeao!ii psicofisio-
lógicos e éxprr:ssão visuaJ. Sua b3$1!teórica ~ a crença cm que uma abor-
~m da cornpremsiio e da a.náli:5,'ede todos M sistemas ,ex.il]!cque- se
r«iOnbet;-aqu.e o sjstc-ma (ou objctQ, a;c:omeclmfflto,etc:.) como um LQ~
do i! fo.rmado por partes intcratuantes., que podem ser .irolada.se vistas
-comohu,:.iramcntc-i.adq>mdcmtc-s,e dea:ioisrtunidas no todo. É im-
possível m(Jclifk,arqualquer unida(le do s~Lema seca que. com isso, se
modifique Ulnlbél'i'lo todo. Qualquer oco:rrénci~ 011obra viswtkonsti-
tui um exem 1)10lnoo1ãp;mh·"1de:s.sa tese. uma vu Que ela foã in:icial-
mmtc conceblda para e.ici!tircomo urna toialidade bem equilibrada e
[ne:uri~velrnerue Hgadc&.Sã.o muitos os pontos d.e •,:is.taa partir dos dor ,e ilbMrálo nas mãos de um foiógrafo magi~tr1,1I,como • aron SG,.
qllais podemos ani!Jli!<'tr qu.i.lquer obra v-Jsual; ur~ dos rnais re-velado• kind. A cornpre"nsão mais profonds d.a çons,rL!ÇâO eleo1en,ar das
res e dcoompõ-la em seu$ c:lemc:nLMç0ostl• u, lvos. para rndhm CQm• formas vi~uais of«l!'Ce ao visualizador maior libl!'fdade e di~·er 1d-ádc:
p:retmlermos o Lodo. Esse pt~ess.o DOdeproporcionar uma prníuru:ls d,:opções compos.ithras, as; quais são íund.amenu1 i. í)ílr'il o comumc-.1-
~mprcel'ls~oda n;pi1,1reiade qualqu~r mci() visl!lB.l,e também da obra dor Yisual,
lodJvidual e àa pté•\'LSl.!aliui~o e ~fação de uma mani fc.~ta_çà.o ,.,isual, Pera analisar e romprc:endcr a es, Fui L!ta ,o,al d,:,uma li ngua,gem
sem. e.xduir a i.ruerpreLaçã.o e a resposui.qtte a ela se dê. ,•isuai, ,é aom·enicncc concent ra,-:s.enos ele1nem.Lt>svisuais individuais,
A utWza:çiio dM tornp0nente.s ,•imals básicos como rneiode C"O· um po:r um, [Niraum çonl eclrnen10 m.a.i~
aproíundado de suas. qu-ali-
nhecimento e cornpremlião tantó de -C,He80r:iaseo1nptern.:s. doe. meios d.adÇ5;es~cific.i ,
visuais quanto de obras indi.viduais.é um mêLodo exceleou:· para explo-
rar o suc~so potcncfa.l e consumado de :suaexpressão, A dimensão,
por a,einpto~ c-xiste como elemento ...tsmtl na arq Lll[etur.te 11aesei:!ltli• O ponto
ra, rndos aos quais predomina t:Jn ri:J11ç.ão 11~ oulrõlí elememois vlsurus,
Toda a ciência e a arte da perspectiva foram d~nvotvidali duirance o O pomo é a únidade de tom unic11r;ão visual nui:iss.implei e ir~d.1,1~
Ren:!$Cimcato para .sugeri.r a presença da dimensão em tlbms visuaii ti~·elmememinimill. Na nemur~11, a rotundidade , a íormulaç!o mai
bir;llmen:s.ionais,corno a pintura e: o desenho. Mesmo oom o recurso -comum, sendo que, em ~t11do nei1Jral, a ret31ou o cwadlradoeons,i-
do ltomp-e d'oeff apl ieadQ A pe1spccti'r'a, a dirnc:n5do nessas formas. vi- Luem um11raridade. Quando qualquer rnau:rial líquido é vertido sobre"
~ sé pode es1.tr .intr>iicita.,s-em Jamais e~plic:icar . Ma!!cm :nenhum uma super(ídc, 11sswneuma fonna arrcd.ondad;p, mesmoQuees-.i nao
outro meio é possível intctizar tio sutil e: completamente a ctimmsão s.im1Jleurn ponto perfrtto. Quando fv.emo: tima marca, béja c-0m li.n-
do que,.00 fdme. parado ou emmovimento. A í:ente,.~ camo ,,.,e. o olho, ta, oom uma subs.tâacia dura ou com um bascfw, iPl'ns11mosnesse elc-
em todos os dt:11..i.lhes t coJh o apojo absoMo de todos oo meios visuais. mmto ,•isual como um pomo de:refc:rimd11ou um indirador de cspaÇ(l.
Tudo isso E outro modo de dizer que M 11ítéE~\'Ísua.is Li!mi,iresença Qualquer r,omo tem pande pod~ de atração ,•isua.1sobre Q olho, ex]s•
cxtraonlinária nn nD:550ambic:nte natural. Não mst.e réprodução tão ta ele n~Lurãlmr.:nte Dll t,enh.a sido ooloca.d!o pelo homemero respósCa
perfoita de nosso ambiente visual na gênese d.as id~~ vi5.u11is, nos pro- à um objetivo qualquer {fig. 3. ~).
Je1os e noo çrog1.1~. O qllc domina a pré--visualizaçio é C'S3C e.kmeato
~imples, sóbri() e c.~trcmamcmte cx:prcss;ivoque é a linha.
lÉ fund.;un,,ental~inalSJ', aqoi, que: a csco]ha dos clcmcntos 'r'isua~ • •
ciuesen\o eofa1Jzados e a mª111i1>1,1laçlo
d~s element()'5.,tendo c:rnvis-
e.ao erc:iroprt:tcndid.o, es[á nas mlos do arclsrn,, do artesão e do de..w.a~ •
,rer., ele é o \·isuafüador. O que ele decide r.a.zercorn eles é Sll.aarre e
sc-uoficio, e as opçõr:s são infinitas. Os dt!JJll!"nCos visual$ mais simp!~
podem se:r l.l$adO$oom grande compjcxidad~ de intenç-.ão; o ponto j ll5- FtC.URA U
uiposto cm diícirenccs tamanhos e o eJcrneato essencial tla Llllpn:-lísiio
e d31ch,apa a meio-tom (dkbc), meio mcc.ãnioo para e rcproc:h1lçãocm Dóis pontCliSsão instrumento.s titcis para medir o esi,aoo:nome.lo
1na. a de material visual de tom contínuo, cspecia.lmcntc cm fotogni- àmbicnteo11 no d~smvolYimrntodt: qualqtt.@I!' tipo de J')rojero \'ÍSuaL(fl.JI:.
fi..a; a f OLO,r:LIJafu111çàoé regiSLrar o me[Q,smooc:nte cm !;cus mini.mos 3 .2). Aprmrlcmos cedo a utilizar o pomo ,como 'srem:a de notação ideal,
dd.albi:s. \'L5uruih peideao mes1no tempotornar-seum meio implifica- j llnto com a régua e oulros instrumencos de m~kão, corno o compas-
El.EJdEM'OS DÁSJCOS DA OOMl.1'ilCAÇ.lO 1,-"IBIJAL 55

so. Quanto mai:'i.COllllpleiru,sÍ<OTemas medidas ne~ssárÍ..l ili execução miaia meio-com,peloqual são atnalmi:ntc r,i,produzidos, na :lmp:resslo
de- um projdo vinta.l, canto maior sc:riiio número de i,on10~ w..ido.s{fig. cm 1raru:leest.lil3,(1~ tQdas:as fotos e os dcsc:_ahos.
cm eores, de tom
3.J, 3-.4). c-ontínno,
A c.apaeida~ 'ClnLca
que-uma sfuic d!!' pontos. tem de oondruzir o
olhar e inlcmificada pela maior
proximi-dade. dos pontos (fig. 3. S).
• •
• • • • • • • • • • • • .. • 1 1 1 1 -1! i! lf,

• • •

'
.
F1GU~A J.2. FIGURA U, flOURA 3.4 Flti\JRA. ).8,

Ommdo vistos, os pontos S-elig. m, sc:ndo, portanto, c~pazes.de


dirigir- o o]har (f"[!!;. 3 .5). Em g~nde número e justapostos, o~ pomos A linba
crlama ilus;ã.o d~tom ou de cor, o que, como jli se-ob~,•ou ~Qul, é
o f ilto "isual cm que~ ba~am os :ineiO.!>rnccãnicos para a ~l)Mdur;Jo Quando0-5 pontos estão mãopróxmlos entresi (ll.lesetoma impos-
de qualqun tom concfnuo (fl:s, 3 .6, J, 7), O ÍC'Ilõmc-no percep'Llvo da -í11sew.açlo de dil'4!~o. e
sívellde11tificáwlosindivjdualm.cntc, .u11ílient.a
fusão visual foi explorado r,or Seuml em ~US- quadros po1uilb.isrns,
d\e a cadeia de !J)onlos$e tr~foirma ,cm outro eleme111.0 Yt.81.!al
distintivo:
oor e tom cxtraordinaFiamente ,.·ada.dos, ainda que de só te.nh.áutiliza,. 11linha (fi,g. 3. 9), Também podcríanm~ dcfmh a linha eomo,um ponto

do Quatro cores - amare-lo, '>'e:rmelho.azul e preto - ,e-lenha aplica,. em movllllento, ou como a lmt6ria do movimento de um ponto, poÍ:!il;
do a 1Jnra.com pi:nori~ muito pequenos e pontiagudos. Todos os QUanàof azem,os uma muca continu:a, ou uma ll!ma, n0$$-0procedi-
Jmpr~fo□ist.:15 c-xplora:ramos proc:es~s de fusão, contraste e or 1 arn- mento se resume.a.ooloc-ar um mumdor de po.1u.os sobre uma 5,upcrfl-
rur;ão, que se:ooncrctiza\l;am lilOSolbos d.oespoctador. Erw-oh·enre e cs- el:ee lfi0\ 6-10segundo uma determina.da lrajdórta, de tal forma que
1

1Jmu1antc-. a processo er>{I:


de .:tlauma.fo.rma .semelhante a.alguaun d~ ~ mue.a.sassim formadas se oonvcrtsm em rqbu-o ({l,g. 3-.10).
mais rcccntc-s teorias de Mcluhãa, p111raas qoois. o envolvímc:nto ,·i-
sua.l ~ a pankipaç-!o no aio ,de \/l!'T são part~ do ~ignHicado, Mas cün-
suém inVC"stigou poSfi'blr daoo too oomplctam~tc quanto Seu:c.u,
c-ssas:
Cl11e.em s~s esforças, par,ec,e rer a1U0i.:Ípadoo proces:;o de q1.1adrlcto-
)
flOURA J.'ll

+
- l
-~- ......
........
.,.,,..,
........
,
""'~ ~---- .,,.,..,,
flOU'II.A 3 S FIGURA '.U Fl(il)IL>,. J..'I FIOlJ.!UI, J.lO
.!5G INT.rUI: DA LIIH.O,ua:M \'llfüAL

Nas ru1es\ Í.&11als.,


1
a linha rem, por sua 1Prôp.ri11
n111turc:z11,
urna enor- A linhil pode assumir fonm nn1i10di ..·ersas para e.-:pressaruma
e
me enet$ia. N u1Lça estática; é o efr:mmto visual inquieto ,einqujridor s,ar de varledade dt esrn.do~de es.pirlto. Po<l~~r rnui10 irnprt"ma e
do esboço. Onde Q11e.r Quesejã utilizada, é õ .im;trumeato fundamental indu,dplimula, como no~ csboç0$ ilu~Lrados,para tirar pro·-d10 d~sua
d~ pré•\ILSuaJização,o meio,d~ aprtsi:ntru-,cm forme palpável. aquilo t"spo□1.a□ddade de c::xprcssão.Pode S<'rmuito dt"licada ~ o□dula.da. ou
Que a.inda não wsle, a não se,r na imaginação_ [)rcss11maneira, contri- o(Lit.lae ,Krusi.i:ira,1ms lílaüs do me~mo:a_rti-5-ta. Pode ser hc:-s:itantc,in-
bui ~o.rmtmente pare o processo ,·isua!LSua naturen [inea.re fluida. éktisa e inqui.rid.ora,t)u.a.□do e:simplesmt"□tc uma cxplorar;ão ,•isuaJ c::rn
reforça. a liberdade de apcrimentaçàio. Contudo,, apC$Arde: 51,1a11~i- bus.e-ade um dcse-rano.Pode s~r ainda tão pessoal quanto um manus-
bilidade e lihl=rdade. a linha nào e vaS,a: é dêcistva, tern pror,óslto e crito mi forma de-rebiscDS □en·osos. rcílexo de uma ati~·idade incons-
direç~o, vai para algum lt1gar, Faz al,go de deflnlth·o. A Llnlí.:li. ~tbírn, cieJ11te
sob a pressão do pensamento, ou um ~impl~ pa.ssacempo. 1c.s.rno
pode sCT rigoros11~ t.éeJ11ica, Y:n'indo como, demento fund:)mernili em no formato frto e mccànico dos mapas. nos prnjCIO\ para mna ~?>~
projetos diagram-áticos de ooru.truç~o mecânica e de arqulmnl'a, além ou nas cngrcnagen:'i,dc uma máquina, :l linll:) reflete-' i11teriç._\o do .~rti•
do aparçcer em muitas outra~ represenwçôes ~·Iuais elbl grande esc:ala ficc ou art~ta. seus scntimemos e emoções m~i:r.p~ais e:, mai. im,
ou de:alta pre1:is!o métrica. Seja efa usa.da ,com flexibilidadee -experi- port.amc que tudo, sua 1,•isào.
mentalmente (fig. 3-11), ou com preci.s.\oe .med.iw ritorMas (fig. 3.12), A ]inha raramence exi!ih'!:na namru.a. nu11~ apa:r~c:eno melo artl•
a Iinlla é o meio l..ndl~ensá,.·elpru-a,tornar visí~·i:ao que ainda não pode bicn1e: na ra..;h;ad.~1ra de t1ma c.1lçada,Mil fio relefônkos con1ra o cêu,
ser v,is,o,por ex.is1frapenas n11imegiaaçiio. nos ramos secos de u1tl.i. .írvore l'IO im•erno, nM t:aboi. dt urna ponte.
O élt:1n-í:ntOvirual dil Li_nlw. é usàdt> priiildpalrnc:-□te para. c:"Xpr~sara
justapcmç.ão di: dois toru.. A li□.h11 é muito us.ada para dcscrc-vcr essa
.\ll11 tl11l111!.11U11'111."L
11' j11stap01ição,tratando-~, □eSS<C caso, de um 1>roccdimcnto 1mHiciat
,1t111lt1t111 . L'l1tlt'\\1Ii

F1til,;RA UI FIOUII.A 3.U


"
-·-
li
A forma
. linha desc::revi:uma ronrm. Na lil'liUilge:mdas .arti:s 'Visuais, a
linh.i arti<.:ulaa com_pjc::xidade
da fmma. Existrnt tre-s forma~ básicas:
o quadrado, o d'n;ulo e o triillliUlõ cqüUát~ro. Cada uma das formas
bás3eas(ri,. J.11) 1cm :suas c11ractcristkas t"spa:ificas, e a cada urna
A li□ha e ta:mbcm um im.trumenco n<;is istemas de notação, co- Séacribui uma gra□de quantjdade de significados, alguru. por associa-
mo, por excmp[Q, a esçrira. A escrita, a crla~o de mapas. os símbolos ção, outros por vin~u[ação arbitnú"ia. e:ouuos, sinda, atra\·6i de nos-
clftrico.s. I? a m11Jsi~ .'io e:icemplosde ~.istffl'l.as
sunl>6tieosn05 qu11is11
linlta t o elemento mais importante. Na arte, p,Or!m, .a linhil é o ele-
mento ~ncial d.o des.enl'l(l,um .si.tei!M de norn-çto Ql!t, sinrbo1ka.,..
mente, niio repr~c□ta outra co1sa, ma~ (~flhM'a ~ lnfortn~ç.'\O ._,11,1al
e II reduz II um estado cm que-toda infarmaçào vi!lual supérnua é eft.
minada, e ap,rna~ o ess,endalperrt1a,,eice. ·sa sobrtedãde ,em um crcir-
to extmorcLinãrto rem desenhos ou ponras-i.ei:::u. :xJlogravura.$,
águas■ foftes,e li tog-r.;ifüis, l-1GURA l.1 l
.5,8 IN'l'A:i(P. DA U::-i:G\J.'1.tít:.'\~V15fü\l. Mt:"'TO M e D,'1, co;.rui,. CÃO \'tsUAL .59

sas p-róprias ~~epç,Oes, psi-cológicas e fü-lolósica . Ao quadrado se e.e:


curva. cujo ooru.orno ré.cm todos os pontos, e:gilidistant.ede ~u ponto
associam t::nfado, honestidade-, retidão e ::511'1.êro;
.lO t-riãngulo, ação, C(!ntral (fig. 3. i 5). O triilngulo cqüilâc.crõ ,é uma figura de trfs lados
c-onflito, tensão~ a.ocirculo, infinitude, calidr:z, prot~0- cujos lilngulosc Jados são lodos iguais (fig. 3.16). A partirdec.ornbina-
TodM as formas básicas são .figur.as planas e imp!tl, fundam.cm- ç.õr::se 1,aria.çõcs infinitas dc-s5ru ~s formas bàskas, derivamos Iodas.
~r facilmcnt.e des::-riU!s
lais:, que p0r;le:m e ronsm.1Was, canto ,tisual quan- as forro as fü:k.a.s da naturt211 e da imaginação humana (fig:, 3 .17).
to ,·croalmen1e. O q.1,12:dradoé um.a.rigum deqtW_ro lados_,com àngulos
rrtos rigorMruttente íguais lilru e.a.atos e l<idM que 1-@m exatamente.' o
mesmo oomprimen10 (fig. 3.14). O circulo é 1un.1fl.gura conünuamm-

lf;...-------!------~iii-,· COM:PRL\.IE}."T0S
IGUAIS

fCOURA. 3 l.C

flOUJI.A J li'
"'------TODOS OS l!!.AlOSCU~l
O M:ES..'\tOCOMPltlMhNf'O

Direç.io
Todas .is formas 'báS~-'S e:icpressam ui!:..dire:ç3cs Yisuai.s básicas
1/'
~ CUII \'ATLJJtA CO::-rTlNU:\
e slgruíicadvas: o Quad~do, ~ I\Qri.1,0male:a ,•crt.icsl (fig. 1.18); o triin-
gulo, il dlagonru (lig. 3.19); o dfculo, ~ curva. (fig . .3.20). Cada uma
FIGURA J 1~ das dí~ções. \ isurus1ei11um
1 forte ig.nificado .lliOdaüvo e e um valia-

,,., ;,r
/ ✓✓--
1
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TO IXJ.'i ClS LA IX).S C:OM


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E..-.MO C."ÕF-1
C) 1\.1 PR.1M'.ENTO /1'
1 /"'
til' l(J' +---_J ___ ➔ lt '---- ,,.,
___
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FIGURA U(i ftGURA 3.UI FJGUR.A 3.1'9 f1GURA :no
60 5it:ST.'\.lW I.'I.'\U "(;VAGEM 'lo'll:iú.o\l.
F.l.F.!\1Bi1'0!. B.(BIOCJ5 DA oc»nr.~,n~O VISUAL 61

so instrumtnLO J)íUa ~ cria,ção de mensagi:ms vi!-uals. A :reíere-m~fa da obscuridade ou d11J1i.dade de Qualquer coisa vista_ Vamos grai;;asà
horizontal--rcrtiCill.,(([g. 3 .21) já foi aqui oomcntild. , roas, a, tftulo dc- pl'ClicnÇaou iil.au.s!nr:::Lai
relativa de luz., coas a luz não sr: irradia c:om
r~ordaçc..ã.o.vrue dizer QIJe,constituj a rcfrrénci.a pr~roár~ do homem. wú:f'onnidade no me[o runbiente,scj,a ela emitida pelô Sol, peliliLua
cm te.anos de bem-estar e mancabiüdad.c. Seu signlfleado mais básico ou por alguma fonCemlficiaL Se a'isim fosse-,nos cncontrariãalos nu•
tan a ver não ai>ena.scom a r,claç.ãomtri: o or&a,rtisrno humano e o ma obsr;;uridadi:tão absoluta ,q{l.lllnto a que se maniícsta. atJ. .ausência
meio ambiente, mast~mb~m com III cstabilidil:deemtoõ~ as questões aompli,t,a d~ luz, A htt. ~~da~ çoi.sas, é refletida por sup~ioies
~- A n<:oenidade de ,equilíbrio a.ão é uma neeessiõ~d~udusiva brilllantcs, incide sobre objews que t-êm,el~ próprios. claridade ou
do homemi déle lrunMni ne.ccs1;itarntodas as t-oisâs COMtruídase-de- obscmridatlc:reJativa. As variações de luz ou de tom são os mc:iospd~
senhadas. A dkér;ão diagon~I (fig,. 3.22) tem ref<:rêncladireta com a quais di81in.$uimosolleame-nte a rompl~·xidade da infolimação vlsna~
idê:iade cstabi1id.i.de.~ a rormufação opos.ta, a força direcional mais do ambiente, Em outras palavras, vemos o que é escuro po.r®e e.,tá
pró.xbno ou &e SIJJ)efl)ôeao c-Jaro,~ "'ice-,·CJJ"Sa (fa.g.3.24, 3 .2.5).
i.□5M.vel, e, conseqOentemcntc, mei.s provocado~ das formulações vi-
suais. Seu siBnlf'(,cado @ amcaç~or e-quas.e füeralmem.e pc-rturbador.
As forÇi}.$ Jireclonai~ curvas (flg. .3.2l) têm slgniricados associados à
abrangi:ndd, à repetição e â. caJi:dez.,Toda.. as fo~s dirroonais são
de g,mnde iroponhcia para a inte.nção compOSitiv~\'Oltada para um
eídto e um sl.Kitifo:adodefinidos.

- u- -
FIGURA },:Z.4 FCGURA .3.2:5

da obsçnridadc à luz.e entrecnea-


que ..-ru.
Na aatur:e:za.,a tra;ic:tóliw.
.... da por múltiplas gradações sutis, que :Stoextn::rnamcntc-limitad.a.s.nos
meio~ hu.meaos de- rc:prndu~ dii 1.atureza, tanto n111 arte quanto no
dn-ema. Quando observamos .amonâlid.a.de na natureza. cstBm.osn:ndo
luz, Quando fata.n1os.de t.onal[dedcc:martes r,ráf't.ea.s,
11ve-rd11rl.ci:ra pln-
tulia, fotografia e <:iru:ma,faze111osreíer,enciaa algum 1jpo,de plgIDen·
t.o. tiaJ.a ou nrtrato de praia, que se lli8. para s:imul111o tom natural.
FIGURA.3,21 FtGURA 3.ll Entre a luz e II obscuridilde oa naw~ existem c:c.n.tena..s
de gradações
tonais especificas, mas ~ artes sráfü;a~ o na foto.grafia esm gra.da-
9àcs são muito limitadas ff-1.1.3.26), Ent~ o pigmento branco e o l)~-
to,. a c:scalatona! mais comumll:nteu-s.1datem ccrn de tr~ i,Ii'lcbçbes.
Tom
Na Bau.h11me cm muitas omras e~fa:s cf<:- arte. sempre se desaJi.ou os
s 1riarg,enscom que se U!'iaa li□'.ha para repr~nui.r um ~boço :alunos II dcsoobrir quantas srada.çõcs tonais distintas e identificáveis
rápido ott um minucioso i,rnjeto mecânico ap.a.rceem, na rnruor parte podiam representar entre o branco e o negro. COJn8[arnlc scmibjl[da-
dos çaso.s.,,cm.forma de j usraposii;Aod<:-tons. ou seja, de inti:□sidade dc:,e:dcücadcm, sro inúmero pock chegar a trinta Consde ci□za., mas
62 SO:-TAXE.DA LL...:GUAGE:.\I
VL<;UAL Kl!.liM&IITOSJJÁSl.'OOSDA wl•t. lt:1'1.ÇÁO"i!Sl!'AL 63

va, a liril,a t1:llocr[ará, por si i:ó, uma ilus~oconvincente d11realidade-;


para tanto. prcrus. rccorr~ ao tom (TL.g. dewn fundo
3.2-9).O acrésc.im.o
tonal reforça a apar&tda de rcali<ladeatrués da scma~ão de-luz. re.fk-
tids e-sombra~ projctadas. Esse efeito ~ arade mais extraordt□ruio nas
fCGURA 3,.!6 formas simples e básicas como o c(rculo. que. 5l"IJI informeç--àotooal,
não parei:::enacer di rne:nsão (fig. :3.lO).

FtoURA l,.!7
IJ
wo nií()é p.í:'áüco!l)l!Jf'a
o uso oomum. por ser excess;vamcnte sutil, c-m
tc-nnos.vi!uai$. De que modo. então, pode o visuallt.ador lidar com cs-
.sa limitação tonal? A ma.tlipulação do tom a.través da jmtaposição di- fCOURA 3,l!I
rnimii muj,o a.slirnitaÇôiestonais inerentes ao problema de-i:ornpctir
com a abundâncJa de ton$ da naturc-z-11. Ao se; colo<:adonuma ,csc-..a1a
tonal (rmg.l.17). urn tom de cinza pode::modificar-se dramaticarncnk.
A passibilidad~ de uma represenuçâo tonal muito m.tis ~-asta pode ser
obt-ida atrra-..·fsda utilização desses meios.
O mundo cm que .,-ivcmosé d.!mensional,e o tom é:um d-os:me-
Lbor~ irm:rume:nto!ii de que dispõe o visualizador para indicar e::~pr'=S--
Sillle~ dtmens~o- A p~pcctr,.·a é o i:nétodopara a criação de muitos FJGURA 3,.30
dós éf ~tos vls-taais ei])Cciaisde □osso ambiente natu"ªl, e para a repre-
sc-ntaçiio do modo cridimi!nsional que v,r:moseJl'ii uma forma gráíic-11 A d.tridaàe e a obseutid.ades:\o râo imponanuis para a pcrccpç~o
bidimc-□sio□aJ. Recone a muims artificios para ~imular a di Ul1ncia,a de nosso illmbienteque aceitamos uma reprl!:.)-entaçãomonocrnmàtica
massa, o ponto dt: .,..i_sta,o porito de fa.11!Ja,
e limb11
do horitonte, o nâ\·c-1 da ;eaHdade nas art-es vi!U.tai?>, e o fazemos se-mva.ci.l.aT. Ne verdade,
do QJho, ctc. (fig_ J. 28). ~.,entamo, mesmo com a ajud11da pe:rs~ri, os toris varliivei•de einra nas fotografias, no cincmB.,na tcf~isiiio, nas
ás.uas•fort,es, n;t gra,.·ura!, à manc:ira-ne:grae-nos esboços tonais são
Pot-.'TO DE. rua.-. LI.NH.~ 00 l'IORIZONTE l"WfTO JJI! RJGA subs11,1.-11os e-rcprc.s.entamum mundo que-não ais.-
monocrom;!!.tiç().'i.,
lê, uni 1rmndo i,'[ 11alque só aceitamo51 cic'l•idoao prcdomf.nro dos ,·1110--
rcs ,onrusem 11~5 pe.-~pçõc5 (prancha J. 1)•. A íacilid11d.c: com quc-
aoc::itacnosa rep~ntado visu~Imon.Qcromàtic:a dá a exata m<:didada
irnJ)ol't~nçi~vit.al que o oom tc:m para nos. e, o que é .und:a mais inte-
r~nt-e, de como somos inconsciente-mentesensíveisao~ "'ªlo~ mCt-
nótonos e monocromáticos. de nosso m~io 11mbtmti:-.Quantas pesso. s
• .-'d pral'ICl'ia1l. l e 3.6 e1tJo ~ p611i.nasti7 t' 68.
FIOURA l,28
6dJ SINTAXE D~ LINGUAGEM \'h,UAI. F.l.F.MP.N'm BÃSICO!S lJl'I. tWIUNlC.At;.,o ,tsUA.L
1 6.5

M: dão oonta d.eq,uépO«íiuemessa senJihilidadc? A razão desse sw:preen- vem c.-.:p~ □C$tC: frag__mentodo ]'.IOí:ma"Tbc: Pcoptc-. YC'S", de Carl
de:nk fato o,;i.s:ual
é que .i. se.ll.sibilidade:tonal f: básica pilr~ nMSa ~obre- Sandburg:
vivência. Só I su.pcrada pela referência vertical-horizontal c:nquanco
i,ista visual do rc-]aciona.mcnto que mantemos com o mcio arnbicnti:.
Sendo vermelho o s;angnc de todos. O.$ homensde todas-il$11111çiics
Graçll!i a c-Javemos o,movimento s_úb;ito,a proíunctidadc:, a d~1- 11.Cilll
.a huemadona1 Comuajsta fez vermell10 .eu C$'1ilndarti:
e outras rcic-rcocim do 11mbi.ente.O valor tonal é outra manr:.ira de des-
O papa [noc:êndo IV dcu aos cal'((ul:5, seus prhnelros capelos
crever a luz. Graças a c:lc. e ~du tlv.unenre !li e:k. i quc enxcrgamw..
vc:rmi:Jhos dizendo que- o sangue de 11mearde-.alpertencia
santa madre: igrcja.
O vtrmc:lbo, oor de sangue. f!:um sfmboto."
Cor
re:i,resen.ta~cs monocromáticas que tâo prontamente- aceita- Existem muita,; teQrias d'ai cor. A cor, unto da l)uzquanto do pig-
mos aos meios de: oomunica.ç..ão ~·i.suals.w 1.1mtitut05-
tonAis da oor. mento, tem um c-.ornportamento ún lco, mas nc,sso conhecimento da oor
substirntos dl.sso que na vc:rdaélc:e urn mundo aomácJC<J, nosi;o uru- na ,c,omunlc.aç~o \liSua.l1i·ai.
muito pouco além da C(lleta de ob.~1v11ç,ões
-.·c:rsoprof usru1tente colorido. Eaql!1B.Jltoo tom e:U.Í.~SS()cü1doa qui:s- de él.OSsãsr·eac&s a c-Ja. Não M um slsternaunific--ado ~ dc-finitio,;ode
tõcs de: :sob.rc:ví'l'êacfa, sendo portanto r:s.se□cial para o o.rgani mo como !ii::relacionam os m.at~.
humano. a cor tem .naior,es afinida.di!:'icom as crnoções. E pMLVel pen- A cor tmi três ctim.cmõC'.$ .gue r,ocle.m si:r dc:írnid.asc medida!.. MfJ-
sa, na cor oomo o glac~ ,e:Uélico elo bolo, saboroso c úlil cm muícos li~ ou croma, e a cor cm si, e ULSóLe em numero supcirior a rern. C..i-da
aspectos, mas não a'bsolmamente necessário pars. a criaçãode mensa.- matiz tem características indMdurus~ os grupos ou c.s.tc-gori;asd.e corts
ge:m visuais. E.stlll seria urna ..,tsa.o muito!iupcrftcial da questão. A co, oompartilttam efeitos oomun§. Exí Lemtri:S matizes primári05, 011cle-
e:s.tá,d.e fato, imprcgns.d.adr: inf orma.ção, e é uma das mais penctran- ment.ílJré-5;amar<t'lo. vcrme:lho e v.ul. Cada urn .rc:prc.smta qW1.llda,-des
mesexperiancias visuais: que temos todos ecn comum. C-0nstnui, por- rundammtais. O amardo, f!:a cor Que Sê cornsidcrs.ma.is próxima d.1
t.anló, wn_a fo1ne de valor iacstimavd para O! oomLJnicado:r~ viruais. h1z ,: do calor~ o vcrrnclbo é a mais .;:ui-.·ae emocioaaJ: o azul é Dassi\'O
No meio ambiente oorru:iartilhamos. os sigrufimdo.s assod.ací't'OO d.a cor e su11vc:.O amare-lo e o ~nnelho tendi:m a c:xpandmr-sc; o v.ul, a
das a:rvor,~, da relva.,,do céu, da teua e-de um numero i111Í1JUCO de coi• contra.ir-se:. Quando !iã() assoe das.atr11,·~ de misturas. no,•o-~signi11•
su n11squais vemos as corei oomo estimulas comuns a.rodos. E a t.ud.o cados sào obtidos. O ,•~rmdh.o, um matiz provocador, ! a'br:iinct.do
assoe-iam.osum s.iSJllfieaclo.Também coahcccmos a oor em ten---nosde ao misturar-~ oom o azul, ie- intenslfleado -ilOmisturar-se com o ama..
urna vss.ts.c-atcgori11de s-Jp!JíJeadossimbóllicos. O \'c-nndhó, por ~em& relo. As mesmas mudanças de- e:íe1to o ob1 idas rnm o amare-lo. que
plo, si!!]nifice.algo, mesmo quando não tem nenhuma Hgação com. o se suaviza a.o se- mfacurar com o al!11E.
runblenc.e. O vermclho que 1mociamos à taíva ~u também para a Em sua formulac-ão mais i.imple,s, .J.escruLura da cor pode- se:rcn.
''bandeira (ou Cl!.1:)(:1)
vermelha que se agita i:Uantecio ~ouro", O verme-- slnadá atraves d.o drculo cromátko. As cores primá.rias (amaxe.lo. ~·er-
lho pouro SJpifiea parai o touroi, que nã.o tiem. sensibilidade para a cor me.lh.oe azul), e as.cores scrundárias (lamnJa, ,•t:rd(: e violei.a) aparecem
e só é sé11iSÍve• ao movi~nto da bandcicraou capa. Vermelho sig_niiica ncssc diagrama. Tambérl'I é t:omum que aelc se incluam
im·ar:ia,·clmi=-ntc
perigo, amor, ealor e v[dJ. e talvez mais urna centena cie coisas. Cada
ums. das cores c.unMmtem inóme:ros !iignifkados IIJiiiOCi.aLh·os e slm- • Tk blúôd of .sllmen cf Dll111Drinni;~lr:,g r(dl 1lir C<ir mini~ fotern.;i1icn.il na-
bólicos. Assim, a oor of etete um voicabulàrio cnormc c de g:mnde üt-lli• 11'1~ffi!I ln ib8fbítt oolõr/ P~ [rmocenl l'V g.i.,-e i:11rdlm1r..,
r11clrrir~ "tl haiw sa:,ic.c
dade ~ara o al fabctismo vis.uai. A \latiedade de sig_nifie.a.dos p,ossi..-r:.is 11ciudl • bloo.J btloni:ro w Lheholy mllllu!r dmrch.l Thc ~r n..-.1i~ .s.1)l11bol.
ELDIL,,OS B,\!iTCO!> DA comrsr ,\ÇÃO \'lSU L 67

as ntisturas adicionais de pelo menos doze rnal 17.e!i. A p.1r, ir do simples:


diaarnma do circulo cromj1ko (prancha 3.2), é possh·,:l obter rnúlti•
plas v,niaçõo de matizes.
A 5eQttndadimen !\o da cor é a saturarlo, que é. pureza rcl~ci\•a
de uma cor, do matiL ao cinza. A cor saturada é simpl , quase primi-
fr,:a, e íoi mpre a preferida pelos artista!. populares e pelas crianças.
e
NAoa.pn:sem.a.complicações, e explicita e inequi,·oca~ compõe-se dos
m.lcizcsprim.1.riose:scc:tndários, cores rnr:no. !iatu:rada~levam il un-1a
f' n • :u
neucralidadc cromatka, e até mc:i.rrtoá ausência de cor, sendo suü f?

-
rep,ou.sante!. Quanto mai intc:115il. ou ,;aturada for a oolo,ação de ulll A~JtELO
obJe10 ou aconrcdmc:nto visUAl,ma~ carregado e.1>tarâ de expn::ssii.oe
emoçilo. Os r~ultados inf ormacioa..n , na opção por uma eor satura- .\\I.\FtEI 0-E!'i\fRDfM)O - - AM/úU:LO-ALARA.."IJADO
® ou neutralizada, fundamentam a escolha esn termos de inten~o.
Ero termos, porém, de:um efeito ,·i!.ual igniíicath•o, a diferença entre
\~Kut! - - LARANJA
a s.:lltr1.lçà.o e .a 11a ausencl.i é a mesma que c:~hle cmrc: o con-;ultório
de: um dentista e o Eltttrir: Cu·c1lS.
1erc-cirae úl1ima dimtn !\o da cor é acrom.itlc~. E o brilho rela-
tivo. do claro ao e~euro, das ,,~daçõc-5 tonais ou de \"alar. É preciso
\ ca1>1
....zuu.vo e - LU.A,_JA..A \'ERt.fELffADO

o~n·ar e enf.atizar que a pr~uça ou a au ncia de cor não af ela o


tom. que é constante. Um telc,·l or cm cor é um excelente:mecanis- -VERME.LHO
A7ll -
mo para a demonstraçào dc:s.scfoto visual. Ao acionannos o con1role

-
da cor at~ que a emissão fique:cm branco e pre'\Oe tenhaJl\O'-uma ima-
\.li.. L •\IC O\ AI")() - - \ .l!~IUHO-AllOXEADO
gem monocroJJ'ática, estaremos gradualmente: removendo a aturação
crom· rica. O processo a.ão afeta cm ab •oluto os \'illorcs tonai da ima-
ROXO
gem, AtLmentar C>LI diminmr a s~turação \lem dcmon trar a côl'lst!ncia
do tom, pr0\'ando q1,1ea cor e o 10m coexistem na percepção, sern se J> tfla 3,l

modificarem entre 1.
A imagem posterior .!;o fcnõmello ~·i.iuaJíl iológic.o que ocorre
quando o olh.o humano c:stC",efixado 011 concentrado cm al orna in-
formação vi uaJ. Quando essa infonnaç.ão, ou objeto, é 1,ubstituid-1por
um campo branco e ...-wo, \·é-se ,una imà.iern nc,gath·a no espaço va-
1io. O e-feito f?!itáas!,()ei.a.doàs nuinchas Que ,,cmos depois que oo,so
olho f atin1eidopelo clarão rc:pc:nlinode: umfla~h. ou por luzes ,rr'ltlito
brilhantes. l:.mbora esse eja um e. emplo extremo. qu.alqucr material
ou 10m ,,isuaL pro\·ocar~ uma irnqet'I, posterior. A imaier-n posterior
negativa de uma cor prodULa cor complementar, o a ~eu c.,tremo opo5-
to. ~1un e11baseou toda a e-slru1urade su~ teoria da cor nesse renõme-
68 su,,~AXE DA I.INGVAtíEM. \'ISUAI. F.t.P.MF.......
TOS RA!'íOCO!'.DA cm,Hr!'ilCAÇ,\O VlSl!l'AL 69

no v~ual. Em seu cín:ulo eron'táLí-co,a:cor QJ)O~Ul equivale-à cor que


teria .ii ima,gein·po~Lerior. tas M outras imrpLicaçõ~no ato de- olhar-
mos para um~ ~I' -pelo,effil'Os1,11ficiente [)Sra a produção de urna i:me-
g"1illpm1terior. Vertmc» primeiro a ,cor,comtllememar. Se, por exemplo,
csti..-ennos olhando para o amarelo, o pú ~u ra .aparece-rãna área ~•azia
dc-nossa im.a..acmposter.ior (prandlal 3.lo). O amarek:) é o matiz ma.is
próxima ao branco ou ií luz~o purpura é o mal pró~imo do preto c,u
nc-gro. A imagem pos~crior aa prãntha J..3 õão será apenas 1-on.111 men-
te- rnrus csc:ura qw: o ~-.alordo a.ntardo, mas ~.erá.o tom mediano do
d□za. desde que fwsi:m n~ul'ilOOS ou equílil)r.adO:'i. (prancha 3.4). Um
vcrmc:1bode valor tonal méclio "todtiLlíria um verde complcmcatAr do
m15mo tom médio. A ,inas.enl i,oscet1or, portanto, parece reagir se-
gundo um p['()Oéd.imento tos.. 1ldêmico a.o do piBmento. Quando mis-
turam~ duas oort:S comple:rn~ma1esc.vefmelho e verde. amarelo c-
púrpura, elas não apell.l.hneutralizam seu resr,ecü,•o croma, ou matiz,

que-pana .ae.ilLZa 1 tllas rnmbt!m prQduzem, através de-iUa mistura. ur□
tom incermcdiárlo de drtza.
Hli ou,rJ. maneirade r;lemonstrar ~ processo. DIIJlicores com-
plementares colocadas. 80b-teo mesrnoU)m módio de c:inzsiníluc-nciam
o tom neutro. O painel cim:a comum matiz.la~nja-a~rme(had.o e-quen-
AMAKl!t.O Cf,CZA >1~DIO
te-parece-azulado ou frio (pr.á.□ clta 3.S), enQlUlNOaeont~c- o oontrá-
P'd:ntliil. 3 ..t rio oom o cinza sobre: o qual. se ooh.i,;;ouúm qu.i.drado\rêrde-azulado
(pranche 3.6). ô fom!o d11Zi1i p.1rece ter 1Ul'I toon quente e svermc-lha-
do. Essa exper.iênci.amonr.1 Que o oHliO\'ê o matiz op0$to ou contras-
tante não só na irnaic-m posterior, mas que, ~o mesmo ccmpo, está
vendo um.acor. O i;>rOCCS'.~é:eharnido de contraste sirnultJnco, e s.ua
importância pskoíwolópr,;:a v...1ii , lém r;lesua:jmponAncia para a ccoria
da cor. É rn11isuma r:vid.ênciã.JJ,ndlc..1L' a eJlomie ~c:t;ss..idadc:
de se-aiin-
gir uma complC'taneutralidade, e, p0r1.uuo, umrepousoab~olmo, ac-
ces:s:idadc:que, no conte..:10 vi uai, o hon1em não c~sa de demonstrar.
Como a peroepçJio da oor é o mai!i.emocional dos eJcr□~□los cspc-
E'til!Xba J'} cifitos do processo v-lsual.ela tem grande- força e pode ser usa.da com
rno.J11.oprovc:lLopa1a e:iq,)ressire intemi fica, a i.aformação vi.suaLA cor
não .apemtliLemum sisnifiç~do unr.·cr-salraealccompartilhado a.tra~·és
dá ,~peni:àci, , oomo rn.mbérnum ,•alor infonnati.,·o ~pccifioo. que ~·
dos si.Kàmcados
dá .atra,·r!:$ simMli~s a ela \ 1inculados. Al(:rndo signi-
ficado c:rom~ti~o e,,o!~T~mamcntc- perrnut1h·clda ror ► c-,adaum d.énós tem
70 ~!(TAXE DA LIN61:AGEM '.'15.W\Jl,

suas prcf erências pc:cSso.i.is


poT cores ~pecffica.s. Esrolhemos a e.o~de vé-sde-variações ruíaima.sna supe1r,c:iedo material. A le!ltt t•ta de-.·eria
nosso B1t1bientee-de:-noi1sas maniícstaÇues. Mas são muito poucllli as funcionar como uma apcrifncia sensi--·ele c:-nriquc-ccdora. foíclizmen-
coooq:,çõesou pn::oooplltOOanalftic-ascmn rei.açãoaos métodos ou mo- os ª"isos '' N!ío ,ocar'' coinc:ide-m,ern parte-. com
te, nais lojas r.."<II'rui,
H.,·açõcsde q.L'le'IIQS. valemos 'Dara eh~ a ncw.;asopções pe5-$0ais~m o ,comportamento saciai, e somo~ fortemente condtcionados a nào to-
ceflllQS. do si,;áííkado e do deito da cor. Quando um jóttue3 vcue as car as co3saJS ou peswas de nenli.uJll.ill forma que s~ a.J)roxime-de um
oore$ de uca determinado proprietário, um solda.do cnvcrp se1,1uni- envol,.•i_men10 ~a.suai. O resultadoe uma cxpe1iêncla.tátil mínima, e
f orJlle ou ucaa na.,çàoc:xibc sua bandcira, a tentativa de encontrar um mesmo o temor do contato 1.átil; o sentido do Cato cexo ~ "Lridadosa-
sisnificado si!lnbóU-cocm suas oores pode=:s.eróbvia. Não awn'lei::e na- 1t1eí1te reprimido naqueles q,ue .,,·&rn.Agimos (:(Jrn. ac:cssiva cauce1'1
táràente o mesmo com nossas es,collla.'1 pC'S50aiS
d.asoorõ, que são ml!'- Q uantlo csta.mo~dr?olhos ~·mdados ou no ese,uo.a•.-111nç11ndo ~ apai•
no$ i1lmbólicase. portanto. de deílnição menos clara. Mesmo as.-11m, padelas, e:-,de~·ido à llmitar;..ãode nossa t?XJ)erl!aeiatá.til, oom freqüen-
pea1emoo.nisso ou ,ia.o, tenhamos 011não coasclênciaidisso. o fato é da :s.omosincapazes dercconhccu uma_ce,1H.rra.Na Expo Montreal de
que revdamos muit.i. coisas 110mundo sempre que op1amos por uma 1967, o 5 + Comi ngo 'Pavilion foi projetado .Pilia que os visitantes,e.x,-
determinada cor. plora55<'.m a qwilidade de seus cinco sentid06, Era uma expm&lcí11,a.Br.1-
dii\·el e de-grande ~pelo popular. As :pessoase beiravam uma série de
tubas, quc,ofcreelrun uma g:ranckvar.ieidadede odores. embora suspei-
tasse:m, com rru:ilo, que:-algum. n~o seri.a.magradáveis. Ouviam. olba-
Tecxtura .,,.aim,
de8Ust.l.vam,mas ficav~m inlbidas e rasc:-guraidlruue d.osburac0$
esc:ancairadosnos quai.$ deviam penetrar às:cegas, O que ti:miam1 p~.
A tCJ1.turaé o tleamllO visual que com f rC?qüEnciaserve de: substi- Tecequea abordagem in,,.c:stigadom, amurai, Livree ·•ma.aual'' do be-
U.Jlopara ,il!, qu;a.Hdad~ de om,o s.cntido, o cato. Na verdade, porim. bi? e da cri.a.aça.foi diminada no adulto pcla - q~em sabera ao ceno?
podemos aprtc:iar e ,..cconhccér a rextura lá.nlO através: do lato quanto - écic.a.illlgílo-saxã, r,ela «:pressão puritana e pe]os tabu.s inscinri,.·os.
da -.·Lsao,ou ai.nda medrante- uma combinação de ambos. I=.possj..,i?l ~Ja Qtlal for o motivo, o r~ultàdo nm pri,,.a de umde nossos; mais ri-
g_ueuma te:uurii nilo aprcse:otê q~Hdadie_s táteis, mas, apcrnlS ótkas, c-0sscntid0,5. Mas o problema não é í.nf:reqümtc neste mundoc-<1.da vez
como no caso das lilltw. de uma página impreua, dos padrões de um mais plasrioo e voltado pan as ap.mR<;ias. A maior parre de nossa ex-
deterlfiiri;p,do tecido ou dos traças supert)()stos de w.mesboço. Onde M periência ~m a textura é ót3e.a,não mátil A t1?Jet1.1ra. niio só é-faiscada
wna tt;tmra real, aJi qúalidadt'.s tát<t:15e óticas ooro~1ea---n,
nil.ocomo tom de modo bastante convina?nte 110sp.lás.tico.s,no:; 1lla1eri.a.is. impre~os
e: oor, que são unificador em um valor comparâ.vel e m1iforrnc, mas e nas r,eles Falsas,mas, também. tjrande parcr: das co~ piota.da!l, fo.
dl!' uma forma unica e cspecffka., que permit-e à mão é- .ao olho urna. tografadas ou fitrnad:u Que ~•éffiosnos a~resemam a aparfnc-ia con•
sensação indMdual, ainda que projctl!'m~ sobre ambos wn forte-sig- 11inc1:11tede uma textura que .aü não se encon1ra. Quando co~mo a
ni.cado associath·o. O aspecto da lvcae a scn~~ão por ~la pro-.·ocada f o-to de um ,,eludo sedoso não tcmQs a exptri~cia tátíl OOD\'Íl'Lc~nte
têm o mesmo signiíicado ln~kctual, mM n!lo o mesmo valor. São ex- que nos promelent as pisw visuª1 . O sigrufic.a.doie ~ÜI aaqu.ilo
pniendas singulares, que podem ou não :w,serir-sc-mutuam.ente-cm de- que vemos. Essa faki fica.Çl1oé um importante fat-or para a sobrcvi,•c:n-
terminad.:a! clrcunstãnclas. O julgamênto do olhO costuma sCT cia na natureza: animais, pássiuos, ri!-pteis,in!id.os e peixesas.sumcm
confirmado pela mão atravt\ da objetividade do ia.to. É TCa.lrnem ..esuave a oolCITTlçâo e a textura cft? seu medo wnbicat.c-e-orno prott,;ão conme
ou apenas p:are,ceser? Sm um entalhe ou uma lmagcm cm realce? Não o.s pr.edado~. Na guerra, o homero oopia. ~ método de cam1.1flit•
~ de admirar que sejam cantos os !et11eiros onde se l! ''Favor o.ão rocar"~ gcn1, numil. resposta as n1esmas m:'<:essjdades de :wb.rc,·iYE-ncis que ,o
A textura se re:laciona com a oomposiçiio ~ uma su~'l.âacla :aira- inspiram aa natureza.
72 S:L-.T.'\X D>\ l.l"lC:l'AGE.ll Yl5t.','U. F.l.F_\IE,-7"0!'. 11.Ã!üCO!. DA co~rnNCCAÇÃO \']5(;;\L 73

Todosos c-krneJiltosvisuai sào e-a.pazesde se liáodjfii:.11r e se defi-


nir umsaosou1ros. O processo con 1illli, cm si, o dc:mcàlO daquilo que
ch.lmrunos de escala. A cor 6 brilh.1ntc-ou apagada, dependendo da
justapoim,iío, a im oomo os ,..illl0resconais relativos pas!>ampor enor-
me!. modificações visuais, dtpendendo do tom que lhesescejaao lado
D
D
ou atrá.s. F.rn outras tpala..,ras, o grande não pode e.itistlrsem o peque-
no crlJ. 3.31). Porém, mamo Quando SC'cscabeJc<cc: o grande :ma\'ês
do pcq ueno, a escala toda pode l.iêt rnodificade. pcia iJiltro,;I
l)~o de ou-
tra modHicaç.-\o visual (fig. J,32). A escala pode ser c:stabeiecida não
só .a.tr.a,.·és
do 1amanho relativo das pi ias ,1isws, mas tambét-n através
das rela.,õcs COCll o campo ou com o • mbiente. Em lermo de ~cala, FIGLJkA 3.:U FlGURA :tJ-t
os ~sul•ad~ °"'isuaissão fluído~. e n!lo absolutos, pol estilo sujeitos
a muitas vari,h·cis modint"-Oilora . 'a figura l.33, o Quadr.1do pode scr em termos da distlac:ia ~ai, as _medidai1 simuladas num pt0je10 011 ma-
considen,do 8r:mdc-de\·ido a )U.t relação de tamanho com o campo, pa. A mei.llda ~ p.111einte8r~n1e da e!'icala, ma<;i.ua imporcãnc-ia não
ao pasMJ(.tLteo quadrado dii!iligura 3.34 pode ser vis10 corno pequeno, é crndal. Maí.) impori.,nce é :i, ju~iapo$içào, o que-se c-nconcra.a.olado
e-m decorrêàela de seu tamanho rel.nii,·o no e.a.rapo. Tudo o que vem do objeto ,•bual,em q 1tecená-rio cfoi;e insere; c.~i.es silo o~ facore:<imais
!ic-ndoafirmado é verdade-iro no con1e.xto da e-se.alae fill)O em termos unportanli::i.
de-medida, pOÍS o quadrado da ri uira 3.33 é mmor que o da fig□Ta. No e~LabeleelJiemo da es.caJa, o ía1or 1)!ndamenu1I~ a medida do
J.l4. próprio homem. N~ l!Uestõe) de desiknque envoi..·em conforto e ade
qua.çiio, tudo o que se fabrica está á!>wdado ao tama.àho médio da~
proporções humanas. Exkti: urna propofÇâo id~I, um nível médio, e
toda!. as míinilas ,•anaçu que no fo~m i,or1aclores de um~ n:w,u·e,.a.
umc:a. produ~:ão t:10 i1me ~ <:ertamen1e reilda pelas pror,01çôe~ do
homem médio, e todo) M objet<h grandes, corno carro, e banheiras,
siio a cl.J.b.a.d.i.ptad~. Por ouLro lado, a. rourias i,rodunda. em ~1ie-

D
f.:JGURA 3,ll
D
HOURA j,32
siio de tamanho multo ~·.:Lriável,
i;-..asde tamanho dai. pe5Was.
urna \'e, Cl',,1e 'io enor-m~ ~- diíeren

:ru.temfórmulas de pror,orç.'tonu quai$ a C'3Calapode basc-ar-.s.c~


amai fam<>Sllé a. eç:to áur~ grega, uma fórmula maicmácics de gran-
de elel!l,â11cia 1,risual.Par~ ob1ê~la, é: preciso seccionar um quadrado c-
A escala é muito u5ad.l.no projetos e mapas l).'lra. Mprescnt.ar uma U)tlr a díagon:lf de uma de . uas m.eu.des.oomo rafo, para amp]iar as
mcdid.a.proporcional real. e-tala costuma indicar, por cxmiplo, que din,ens~s cio quadrado,de,al rnoooque c-Jcse-con,•erta num rcit.ãngu-
lcm;I0km, ou lcm;lOkm. No globo tmatrc: são reprfiCntadasdistàn- lo .í.ureo. Na [)topo, çâ;oobrida, a:b =c:a. O mé:todo de construir e.pro-
drus mou11es a.travb de ntedida!i pequenas. Tudo lss.,orcquC'.ruma çer- porção ~ tnomado nas figuras 3.3;5 e 3.36. A seção áurea foi usa.da
ta ampfü1.ç~ode nosso c:nten,;llmento, para que po sarnos visualizar, pelo: gregos 1:)Srnconcc-ber a maior parte das coisas que C'riaram. dC"s-
7·4 !ilNT.o\XB DJ. I.TNC.1)'.AGD! ns.wu m.:EME.'IITUS BA.:511:06 DA CO:M.lJNICAÇÃO VTSV}i_L 75

de a~ ânforas clássicasaté as plantas.lbavcas dos recnplos e suas proje-


,,
ms.
,,! '"-
ções: verticais 3.3-7. 3.38).
H4 rnwtos outros s~emãS de csca.le..a vr:rsão oontcmpotàru!a.mais
'\
ll'lll)()flafilé é a q_uefoÊ concebida pdo falecido arquic.cto írancês le
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/ ' \
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1 Corbuslé:r. Sua unidade modufllr, na qual ~o ba.1-eiai todo o sEs1ema.é
'
,,-/
1
o tw:mmho do homem. e a parâr d1?$S.1i prnpo11çàoele escabel~ um11
'
t/ al.U.u:a.m6dia de teto, uma. porta média, ama abertora. médJa de janela,
ece. Tudo se tnmsforma m1 l!lDidade- e é pa'is,._.etde r-epeelçilo.Por mais
FTGURA 3.36
estranho que pueça, o s.jstc:maunificado da r:iro<htdo em série incor-
FIGURA US
pora esses efeitos, ,e as.solut;,ata$criath•as do designcom fre,qüênr;ia se
veem Jimitadas pdos elementos de que :s,edisp5e para mrabalha:r.
Aprrndc:r a relacionar ,o tamanho eom o objeti,;,o e o significado
é c:ssenc:ia.1 na cs.trutuT"aç~oda mensaaein Yisual. O controle da escala
p0de fazer uma sala grande pa.re,ccrl)«l!Jeila e aeonchei<l!J1lc:,e uma
:salapc:quc:a.a,aberta o arejada. Esse efdw se esti;Jidcà toda mimipu[a'-
ção d.o ~paço, por mais ilusório q11ep~ ser.

Dimensão
A rep«!sern.a.çloda dimensão cm formatos vLSUa1s lb[(ljmeruionai~
:flQUltA 3.31 também depenei.eda ilusão. A dimensão oxist~ 110 mundo reat. Não só
podemoo se.1ni-lã,m11st11mbém,,~la, çom ,o .luxillo de Jl(.)$S:á visão c:s-
ter«ipttca e binórula:r _ Mas cm nenhuma das repre&cntaçõcs brctimc:n-
s[oWlisda. réalida.d~, como o mo:mho, ~ a,lnc.ura,a fotografi11.o cinema
e a televisão, ,existe uma dim~sao Na.li éla i! ápcruts implic:ita_A ilu-
são pode-ser reforça.da de multas ma.neum., mas o principal artifício
para slmulá-la é 1:1convenção tlcllica da petspectir.,.11.Os etcitos prodn-
zldos pe:la penprctiva podem ser lJueosifieados pele manipulação to-
nal, arravés do cla:ro-~~ro. a (iramá[iea enf a.tiz11ç,ão de lnz e wmbra,
A perspectiva tem fórmulas e~aias, oom regras mülliplas e corn-
ple.x;as,Recorre à linh;a para criar ef c:itos.mas sua inte:nç!o final i!pro-
duzir uma ~sação ~ realidade:.Hâ algumas regras e métodos basranre
íáocis de demons.trnr. MMLrair d.e que:·modo dQiSplanos de um ,;ubo
ãparccem aos nouos olhos depende,, cm primciro lngar (corno se ..,é
na rigur11 '.L39), ciç que se estabeléç,a o aivc:Ldo olho. Só há um ponto
ftOU\RA J-J8 de fugano qual um pta.no cfeupar~. O c:ubode cima é i.·lstod.o poDJ.o
..'iJi; ele il
1)4:CLÍ e a etmhocc. Em ccrmos ide-ais, M :ispeeto!. técllico:
~15,;11

fVEl. 00 01.HO
Q \
,\ ,I
,:

HORIZONTE
cm ~ua mente graças a um ~tudo ,i;uida-
llillpenpc:eliv.i. 1ào prC5,Cnu:·-5-
dmo, e podem ~, u ados comgrande tiberdadc.
A perspectiva prcdomiila ria.í 01ogra fi~. A lcr11e-compartilba oom
o olho ailgurnâii das prop •edade!'l <leste, e simular a d1mensão ,t uma
de-sua5 capadcl11.despríndpais.. Mas ell.i:m!momra~ difcrc-11ça.s. cruciais.
O olho tc-m uma ampla visão perifériça (fig. 3.41), algo que a cãmc:n
--------------~-------------- e inC'apaz de- reproduzir.
' ~PONTO DEFUOA

FIGURA J,39'

de vis1a,deum~ minhoca, ,e a inferior, do poacod.te vi. ta do olho de


um p.usa,o.
11 fipra l.40, dois pontos: de fuga precisam ser usados p.ara e,c:-
:FlGUJtA 3.-41
prcssar 111perspectiva de um cubo com tre-s faces à mCl(Stra.Ess.es dois
exemplos são dernon tra.çõ,esext.n::rnam.cntesimpl.c:i,de como fu11çiona A smplitudoe de campo d.1 cârn~ra ! ,•ari;:h•el, ou seja. o que de
a p('rspcniva. Apresen1iA.a adequadamente exigiria uma Qllfimldade podt ..-ere Je:gi:iirar~ dctcnninado pelo al-canc:efocal de s~ia leme. Ma~
enorme- de-cxpJka.çõt!. O artlst.a por certo r:ião 1.15B.cega.mi=ntc:a pe,s- da nilo podeoorup~ l ,com o olho sem a e.aorrne distorção de urna len•
te o]ho-de-pei>:e. A lente nonnal (fig. 3 .43) 11ãotem abiso]ucameme a
amplitude: de <:a1n.po do olho, mas o que e-la ve se apmxima muito da
pc1spccü..-11do olho. A rel~objetiva,(fig. 3.42) pode- registrar informa-
ções visuais de urna forma i.àa~sível ao olho, oomJaindo o ~paço

L,

\ l
/
\ /
\ /
\
\ I
/ \
\ /
/

~ I \\ /
\.L......Lf ,

8 ~
g
!FlGURA 3 40 FIOURA 3.41 1-JGlJR.A'.tAl
º FIGURA 3.44
BAlsi.rosD C'O:'ltIDm;,'\ÇÁU VJ.S
]l:.'.l!F.Nl'CXS 1. 79

A grande an,;1dar auinema -il all'lpllLudeão c.:un-


como um .a1.--:ordcão.
po. mas também mio é de mod.oalgum rnp;u; de ..-.obrira área dos olhM
(fig. J ,44), Mamo sabendo que a cãmc11atem sua perspectiva e-spcdã-
ca e dif ercnLcda do o!h.tihumano, umã ooisa i! tert~; a dntéliil p0de
reproduzir o amblénLt:tom uma préd.são é~t.raordfoiiri.ae uma .aira..nde
riqueza de detalhes.
é-o clmicnto dominante no d~c-nho jnd1utrial.
A dimensão if"Cllll
no arksanato. n~ c-s.culturse na arqlllktura. e cm qualquer material
vis.uaJem que se ]ida com o volume tola.l e real, Esse ~ um problema
de enorme oomplcxidack, e-rc:qnC1" capacidade de pre-visu.aliz:.a.r
e pla-
nejar ffll tamanho natural. A dif crença entre o problClniJI
da r<:prc~r:n-
taç.ão d.o rnlumc cm duas dimcawe3-e a comM.ruçãode um obj,:iLõre:ã.L
remtrcs dimcnsôC'Spode :sertiem ilustrad.i.pela fi.Kunt3.45, onde 's:é \"ê
uma escultura oomo uma !iiJhu~aaumentada, com algum dtta.lt~nu~n-
to. 11figura 3.46 temos dnco vistas (superior, írontal, põs.lérior, di-
rcica, esquerda) de uma e.scultura. As cinco vistas repr~nl.i.m .i.penas
alguns: dos milhaTc.5:de smmrt;;is que~ escultura pode apresentar.
O corte dc1isar:scummura •r:m~daçM da espessura de uma. folha de Pil·
pd resultaria ~ um numero inriniro de silhueta.!. flGURA '.U6

s. inquiridores e ck!soompromissados. Depois


finito de esboços, ft-éXi,..-e
vem os de:st:nh0'5.de pioduçã.o, rfgid05 e mecânicos. Os re:quJsito.s t&:-
nic:ose de engenharia óec:essários.à coas1.ruç!o ou manuíamra e~igem
qnc tudo Sf.!jaícito com rique:,.ade-porméi\ores-. Por último, apesar dos
altex5ewtos que acarreta, a ebaboraç-ãode uma. maqnctc (f.11,3 .47) ta.L-
,.,ezseja. il ,Onica forma de íazu com que as pe5$0B5 de pouca sensibili-

FIGURA 3.45

S ê-$$il e®0rtne.cortu>lexidadede \lisualtuç§o dim,eft$iona.1.que-@:-.:i-


ge do mad.or mna i.mensacapacidade <leaJ)reensâ.odo ,ron.junto. PaTa
a. boa comi;:>reensli:o problema, a co.ncePC!IO
de 11.1m e o planajam~nto
de um m.au:rial"1.SUal tridlmen.s o.nale.xi,g-e
s-ueessiva.$
etapas, a.o longo
das quais se-pOSSaref'leLire eru:o:1u,11tas solu~es poss;fvei$.IP.limeiro
,•em o e$boço, germente ,em perspectiva. Pode bavcr um número in- FIGURA 3,47
dadc: para a. visualiz.s.ç:fapcmsm ver coit o uma dctmniaa.da coisa \'ai se mc:dlantc:um fator r~a.oescencc: da visão. de-tal forma que o mo.,.i-
ficBJ cm sua forma cfc-finitiva,. mcnto parece re..al.
Apesar de- noi$.'l.experiência humMa total cstabclooer-sc cm um Algumas das proE)riedade5da 11 pe-rsisténcia da -yjsiio'' podem coru-
mundo dime~ionsl, tendemos.!. c:oru;~bt:ra ..,tsualtzaç-ão cm tennos de fituir a razão incorreta do uso da pela.,,-ra "mo"irnento" para dt'SCre-
uma c:riai;-aode ma,c.i , í,gnornrtdo os prubkmas espcdai.s da queitão vcTtm.sõcs e-ritmos composic.h,·osoos de.dos 'Visuaisquando. na verdade,
i,•i :uai que no são eolocadospieladimc:-□são. o que-e.stli sendo .,-~10 ê fix.o e irnó.,·1!'1.
Um quadro, uma fota ou a i:.s-
Lampe.de um teddo podem se:r i=suiticos,mas a quantidade- de repouso
que compositi'VBIIle:nteproje1mn pode implicar mo,·imcnto, mi rcspom
Mo...imemto a c-11fasi:-
e à intenç-ào que o artista lC'>'eao concr-:bê-los. O proce:550da
visão não é pródigo e:m repouso.
Corno no aiso da dimensão, o ekrnento ,•isuA1do movimento w O oEho explora. continuamente o meio a.mbien•c. cm busca de ~m:
e11con1ra mai. frcQütmcemenle irnpUdto do que e:xpl[dto no modo "'i· inúmeros. m<:codosde abmrçào ds.s informações visuais. A convenção
uai. Co:n1utlo, o movim::nlo ralvc-z seja uma das forças visua~ mals formalizad-111 da leitura,. por cxrn1plo, Se'gUC uma. :s~üênda organizada
donli.nan,es da ~periênda bumaaa. Na vcrdadi:-,o mo,,imcnto cmquan- (fig., 3.4~). Enqu.a.ato método de ..,is:ão,o csq ll.tdrinltarnmro parcoc ser
to rnl ~ó e;.:iste ll10 clnerna, M telr:visão, nos mcantadorcs móbilr5 de dcsi:.struturndo, mas, por m-111~ que-seja regido pc-Joac-.aw,as pes:quisas
Alt?J.:anderCalder e onde quer que al1Jurmacoisa. i,·~ualizad111 e criada e mcdjçiks: demonstram que:-os padrõc:-sde esquadrinbamcnto burnano
1enh;;iIJrlll.comp011~ncede movimento, como no c-.isoda maquinaria são tão indi.,,·idwtise imioos quanto e.s impressões rugita.is. .É possível
ou <lasvj1d1,as.M t&:nic.a!õ.porém, podem enganar o olbo~ a ílusã!l fazer essa mediçà.o projeca.ndo-se uma luz.no olho e registr.a.ndo-sc, so-
de te.xlura ou dimensão pare;;.-cmreais graças ao uso de uma. intens.a, bre um filme, o rdlcJCo na. pupila ã mi:-didaque-o olho contempla. algu-
u1Mií ena.çiio de ddalh~, como aoontece com a textura, e ao uso d.a ma coisa (fi,g. J .49). O a!lto tarnbitm se mm,e cm resposta ao proocsso
p,erspct:tiva e luz e sombra intensificadas., como no ca~o da d imensl'io, inconsdea•e de mc-dição e cqwlibrio atraYê.sdo "rixo sentido' e das.
A Ullenão de: movinu:nlo nas ma.aifestações ..-isuais c:stáâca.s e:rnai prdcrências csquerda-<lirrcitae alco-bai:xo (fig. 3.50). Uma "a que dois
dlficll de OOru..tguirsem qlle ao mesmo tempo se discorça a. :realidade, ou mesmo todos csscs;crcs rnctodos visuais podem ocone-r simultanee.-
mase!\.Í. Jmplidca c:rn tudo aquilo que "'cmos, e deriva. de nos.<;aCXt)e• menk-, fica claro que c:x:i:stc- ação não a.pc-:nasno que se "e,me.s c.am-
dêrt,;;ia compl~a de::mo,·irnento aa .,.ida. Em par1c, i:-ssaa.ç~_oi1npCídt:;1 bém no processo da visão.
~ proj<:l:a. tanto psko!óg;ica quanto ci.nC51:c-s.ic_ami:-nte,
na informa~o
v~ual estâck..a. Afinal, a acmplo do universo tonal do cinema a.cro,
111111100 que tão pronta.mente aoritamos, a51 forma-$ e:.<._táit~.'i d~s ;pn,es ,r--, 1
visuais não são natura.is a nossa c:xpcriéncia. Esse universo imóvel e : ..., 1 1
<.:0og.eladoê o mtJhor que fomos capazes de criar até-o advento d8 pe- 1 1 1
lícula dnt:matoirárk:a e SC'II milagre de representação do movimento. 1 1 1
Obsi:rve-sc porém que:, mesmo nessa forma, não c-xiscco verdadeiro 1r--f-..l.----,
: ,· : 1 1--,
movim<:nto. como aÓ5o oonbc,ce1Dos;de não se encontra. no m~o de 1 1 j :
11 1 1 1
comunicação, mas no olbo do espectador, atrav6: do fo:nômc:no füio- I I I • 1

lógioo era •'pc.rnstênda da yj5ão". A pdt'cnla cincma101!JriÍiíicae:na \ 1er- J-+----.J


L_L_-::_
dade uma s~r.iede Ími.llgem;imóvds rom ligeiras rnomficações, as quais,
quando .,,i51a5pelo homem a int_eTiralos de-tempo apropriados, íundcm- FIGURA 3.-!lll IFJGURA3.4,9 FlGL'RA 3..50
EtF.MF.!1."TO!>
M.SlCOS D.'\ COr.ílffi CAÇÃO \'l!>UAL 83

O l"nilagredo mo,.,lmenro como componente visual é di□ãmi.co. O ma rc,..ísta, ou em qualgucr outro rnateri.al.imtiresso Oll! d~nhado. A
homem mn \Jsado a.criaçj.o de-imagens e de formas oom rnülüplos ob- cómpOS~0 deve enfatizar B. nature.:ai. dai rorma e:sco]hicla.
je!livos, dos Quais um o~ mais: importantes é a objeth•ação de ,si mes- 3. Pejue urna folha de tpapel colori.do e faça um de:,caho ou uma
mo. ' ennl!lrfl n1elo vii;ua1 pôde atê: hoje equiparar-se .ãi película colagem que e'JIJ)llesse o(s) sigaifkad'o(s) que essa eo:rtem para vocc.
cincmato-ar.í.tiea e!'IQIJan10 espelho completo e-eficaz do homem, Tente eaoontrat um ig_nificado universal pi11a essa ,cor.
Todos ~li elementos, o pomo, a linha, aiforma, a dirl:Ç".ã.o. o tom, 4. Fotoirnfe ou f.aça um.a colagem onde tleltberadaroente se en-
a oor, 11textura, .i e:s.cata,a.dimeru.âo e o movimento são os compo- contre- um objeao conhecido, de pequeno tam.i.nho, ~ que t.orae me-
nentes lrrc:duH\lds dos mr:ios vjsUãis., Coi timem O-Singrcdicmtcs b,ásj- no1 um ôu'lro objeto que sabemos se:r ifilnde. A surpresa. tornará
oos c--0mos quah cOálill'nM :l),Ull o de:s.e11v0Mmeatodo pcnsame□lo e ma.nifa10 o :se:ntld.oí ()Ttffll.cntc-predeterminado qu.e t()do_stffll.os da
da corn1.1□1c:açifo ~+suais. pre ei~ram o dramático potencial de-trai□s­ escala.
miliT Ul10nn11r;õé:$. de forn1il fá_eiI e, dire-ia, mc-maigcnsque tpodem :ser 5, Escolha uma foto ou piature d.equalQ,t1ermna.,e-rc-lacionc-os
apree□did1n com naturillidade iíOt qn~lquer ~a capaz de Ycr. iEs_~ cl.cmcntos bimt:M que voei! a ela idcntiftca,.
C\REJ,a.cidadc-dc-lramm1tir um ~i,gnific.ldonnivcrs,al •cm s1do uni,•ersal-
mmte rc:cor1h~ida mas não bu eaoacom a deiermim1.ção que- a situa.-
çil.ocx:ig,e.A informação imtaa1ânea da televisào nan~form:mii o murado
numa aJdcia globa•. di1 Mcluhan. Mesmo a.!isim, a lin[!:ua.grmconti-
nua dominando os mr:iosdee-0;111uni,c;1çào. A lingu.a_gcmscpara. nado-
naJiza; o visu-illunificil, A lln;&uagemiécom~ex.a e di fiC'iJ;o visu.aJtrn1
a ,1c-lo□dade da luz, e-podii:11:Al)Je r Insu1numea:mc-me1.1mgrande m1-
mc-ro de-idélas. l!ss~ dcmcnl~ básccoo s~o os mcios visuais cssenl:'lais_
A cornpn:('111sào adcqua1:lsde SUilnatur~ e de seuruncionarncnto cons~
titu~ a lbas:ede uma linguagem que aão coáhe.:erá nem frontdr31$ ne:m
barreiras.

Exerclcios
1. Num quadrado de dez. t'-ffltimetrM-, faça unui. colag,cm com al-
8.lln!'lou LOd.osos seguintes ~]emC'lltosvisuais especííleoS! i,cnto, lin'ha,
t.ell:tur111.Cada colagem deve :serC:011!LiLuídil
de muitos exemplos do ele-
mento, tal oomo ~]e i! c-ncontmdo ~rnpressoou desenhado, e organiza-
da de modo a demonstnu- algumas das c.u:.i,c1er-[Mlcas C'.'ise:nciajs
d.cssc-
e:lemc:nto.
2. J um quadrado de-da centimc:trns, num e(rçulo de da cc-nU-
mecms de diimctro ou num triângulo de di:z tiel\Lunecros~ base, com-
ll)0nha uma colagem com os objetos ow.as 11,;,ões que .mai:5,CQm□mcntc
se associi:m a essa forma blisica, Os e.xemplos podem scr busC'B.dosnu-
4

ANATOMIA DA MENSAGEM VISUAL

E>.pr<CSsamose-rcccbcmo.s:mc·nsagi?n~'>'tsua,sertl tr~ ní~·cis; o re-


prt<:,-tmlacional - aquilo que Vl:ITTO!; e iden~ifica,nos.CO['l'J ba!e no meio
ambu:.ntee na ~periénda.; o abstralb - a qtmªlld;ld.eçÍrlêSl~iéa de um
fato visual reduz.ido a sl!l.lscompcncnt~ ,..í uai8 básicos e derni:□larcs.
enfamfaando os mrios. DU1.i~ direto , emoelo1Lilil ;: mdimo prími1:ivos da
criação de mmsa.,gcns., e o simbólico - o vMlo universo de sistemas
de símbolos rod i ficados que o homem criou ar'bitrariamc-nt~ ~ ao qual
atribuiu si,gafücados. Todos. l?:lSl?.5o nfvei detes_g;ãtedeinforma.cãics são
interligados,:: s,: sobre-põem. ma,s é po sh·eJe:na.bclc:i~rúi.stl□çõc.s sufi-
cirntcs c-ntrc dC!i, de Lal modo que D~ ser i!IIliJIÜsadostanto em te-r-
mos de seu Yalor como tá•!e" pocenelal para a criação de mc:ns.s.geiu,
quanto em tc-TmCldde sua Qualid,ildeno prooCModa -.·i5ào.
A \'is:!lo define o a.o àe ver ern todm .as suas ramificaçÕl!!LVemos.
corn prc-cí.slode de..;]Jb~, e aprendemos e identificamos codo maceri~l
visual elementar de nO!,~ viciasi,ara mait1ermt1sum.arcla.Ç'..ão ma.iscom-
pctmte oom o mundo_ Esse é o rmrndono qual compartilbamos cfu
,: mar, árvor~. rcl\Ja, ~reia, cerra. noite e dia;e1isc~ o mundo da natu-
reza_ Vemo$ o mundo que ena.nos, um mundo de ddadc-s, aviõc-s, ca-
sas e máquinas; ~ o mt1ndoda rnanuf ai ura ~ da oomptcxide.dc d!a
tcc-nolog_i~ moderna. prendemooimrinti ...arncate a comprcc-nckr e a
;1cu;1r i;,,s;eofisiologiearnente no coei.o arnbicntc- ,:: , inlc:lcctWLlmi!me,a.
oom;-iV(:re a operar com esses objetos mec.mi-c-o,s que são nec~o.s:
11nossa s.obrcviv&lc-ia. Tanto iiutinüv.ii ctuanto intélectu11lmea1c, gran-
de parte- do prOOC!iso de: a.prendi.1.;)serné>vbu.t.l, A visão e o ünico de-
mento necess.á.rio ã compreensâo \1isua]. P'.tra fal.ãr ou entender uma
Língua, nifo epreciso ser ;plfJbe1-izado; não prélCLsarnos ser visualmente-
alfabetizados í),Uª faD!r ou compreenckr mensagens. Essas f acuidades co□hrocr um ~1"0- Pod.cm.õs ampli111 esse- co□hccimemo au a
são intrirnieeas ao home(tl, e. a.ti?c:c?rtoponlo. ar.abam poT manlfc::stat- gcncnliza,;Ao de toda uma espécie e s:eusatributo!>. Para alguns obs-ei-
i;e com ou sem o auxilio da aprendizagem e de rnodefos.Assirncomo vadorcs, a infomu;ç~o \t:isu.á!l.
não vai .alem do niveJ primtrio de iníor-
~ desen,.,ol,.·em IUl hi~tória. tambêm o fazan na mança. O l~put vi- ma'Ção. Para Leonardoda Via.d. um pás5aro significaV1L,·o.ar,e seu
sual edi:prof 1mda importância. para a cornpr~asão e IIwbre.,,•h•,ência. estudo dei~ falo l,:vou-o à tenlar a invenção de máquinas voador;)s.
No entanto. toda a área d.a ,•isão ~m $.ido oampartimmtadui e vemso- Vemo$ wn p~o. digamosumii
talvez. um ripo cspedfioo de pá,;sari:.>,
írenclo um pruc:esso de perda de impronincia. enquanto mdo Cunda.- pomba, e ~ cem UJl1 sipif'icado amptiad-0 de 1,az ou .1.rmor.O mio-
mc.ntaJ~ comunicação, Umai=APIL~ilt;âo pi!.Ta eSi:ll
abordag~ bast.ant~ nmio niio se detém diante do ób,·w, a.traves de S1.1pcrficiedm (atos vi-
negaciva é que o talento e a oompet~c:ia 'a'lsUais não eramvistos como suais, vc mais além, e cheg.1 a esf e.rMmuito mais:amp]as de significa.do.
ac:css:[vcisa lodM, ao 0011Ltilrlo do Ql.leocorria com a aquisiç.ão e o do-
minio da li□gu111r:m vcrb..ll. ]sso J!l~Oé mais verd.ado:.frro. se e que- algu-
ma vez o foi. Parte do prese.n1e e a maior parU! do futuro vãio c-star Representação
masmãos de uma geração c:tmdicionada pela íotog_rafia, pelo cinema
e pi?Jatcle,•isão, e que tcrli. ru11éâníéril e oo e001i,uu1dorvisual um im- A 1realidadct a uperíênciil vlsuaJ básta1 r: predominante. A cate-
porumte oomplcmcnto imelcctua1. Um cnelode com\lniç:,w!o não nc- goriil a;,craJtotal do pássaro é di?finida em tennos vi.!uats elementares.
8il o otttro. Se a lingwigc:m pode ser comparada .w modo visual. deve-s;e U1lli~ pode ser identificado atraiv-ésde l:1100forma geral. e ck c-a-
ClQmpr~md~ que não c:xis.tc-uma oompetir;fu) tlH:ftlilmbi:.>s,mas que é rae~eri~ttcalílineares e dctaJhada~. Todos os ~s oompartilha,m rc-
preciso simpl~tc avali.a.Tsnas r,espectivas p0sslbilldades em termo~ f erentc-svisuais comuns: dentro dt?."",s;acategori.1 mah ampla. Bm termos
de efleáda i: vlabiHdade. O alfeboct.ismovisual ttm sido e sempreserá predominantemente reprcsentacionais. porêm, os pma.ros se :inscrcm
uma i=Ace.nsao da ~riaeidade exclusiva que o homem tem de -crlru- ffiffla em dassir:ica~ões individuais, e o eonbedrni:nlo de detalttes mais sutis
sage:lils. de ooT,proporção, tamanho, movimento e-sinais cspcclfico_sI! neç~-
A rcproduç.ã:o d.a infot1naçlo visual natural deve s.cr ace55,jvcla rlo para qu.c possamos distinguir uma galvomade urna cegonha, ou um
todos. De\•c ser ensi□ada e pode ser aprendida, mas é preciso obscrvar pombo de- um gafo. Existe ainda um 01.nro ni.,.d □a identifica~::!loinru■
que nda niio ttá um sistema esrrnLru.tl ru"b11-rário e exitcrnQ,sc:mclhante vidu.al de pássa.ros. Um di?terollnaclo tfoo de canário pode ter traç0:,,
ao da linguagem, A informã.1;00 .;;omplexil QL~ms~ diz ~to a:o .individuais ,cspcclfkos que o ~eluarn de ioda a Clliteg;oriados canários.
âmbito da importância sintátk.a do funclofiiltnentodas [l)erce:pi;ôes. do A mtlcia geral de U□l pá.$5aro .:0111 car.tatrwLÊcrui oomuns a,,·a□ç-a atl!lO
organismo humano. Vemos, e oomJ;>TCCndcmo~ aqwlo que vemos. A pássaro especifico atrav-ésde fatores d.eidentificação C'adavez mais de,
sol11çàode 1>ro'b[ema.$ l?Stá~rcitam~nle J.i~da .ao modo vis.uai. Pode-- talhe.dos, Toda essa ~nfoi:-11la,;io ,,Isualé far;ilmcntc-obtida auavé:s.dos
mos at~ mesmo rel)roduzir a imformação visual que nos OCTca,através diversM ni,·~5 da experié□cia ctireta do ato de .... e:r.Todos nós. somos
da c~ra, e, EruUli ainda.pr,es.ervá-13e e"lpiandi-1:a,com a. mesma sim.- a d1nern original; todos podanos am1.i.ze.11at e rt)(;órdar. para nossa
pliddadt dt que somos eilri,raze:s. ªtravt, d'81escrita e-da leitura~ e-,o que u.tíllzação e:oorn grande diciência visua.l, 'toda essa pma de informa-
e mais importante. a1ra\tés da im1>r-ess~o e(la :pr()duçào cm série da lin- As dif:ere:□ças mtrl? a dmer,ii e o cérebr,o humano reme-
\r:isu.ais.
oc')es.
guagem. o dtíicil e oomo fazê-lo. De que maneiraa comunicação ví- tem à fid,:üdade da obscn·aç-A.o e à cai,aeldadc ti.e:reproduzir a
!'iual pode st"r entendida. apre□wda. e ex.pressa:? At~ a invemção da informar,;;ãovisual. Não hà dúvida de que, em ambasas.áreas, o artista
câmera, ~ campo pertencia exclust.,·ame□te ao artista, excetuando• e a câmera são dct~ntorc-s ~ uma desit~ esl)eeiiíL.
se .i.s crian~ e os povos primitivos. ql!lCdesronhccciam o í.iito de p~ Além de um m.õcldo trtcJjmcmsio□aJ !l'uUsta, a co~ miili prómaa
~uír essa compe1ênda. Por e~nrplo, todos $Ornas rapazes de ver e n:- da Vl?'lãO eonoCretade um p;á.ssa!ro,na experi,ençia direta, sena'lltnâ roto
cuida.dosam~nt" "xpmta e ro~ da do mc!imo. cm suas cores plena~ e r-eproduzí,.,el inclush·e, da talottpia negativa e d(! inrpressâo múltipla,
mu u r.ais. A foco se:cq u1para à ha bil icfad.edo olho e do cê-rdJ-ro, íl!'lJtO. da pelíc\11~Koda.k Jli::xh-eJ,da p,clicula cincmstográíica de 3 foun, dos.
d uzi ndo o pà.s.saro real em seu rneio a mbieme rcaB. Costumamos d1lCr n1é!lodoslen,am~nle apufc:""içoadosde r-eproduç!o d.a fotosraf1a de tom
e.
que !iC' 1raca de-u rn c-t"eitoreah~L<'I, preçi:i.o nocar, por cm.que na expc-- coni.ínuo a•ra.~s de chapas foto-gráfkas de- meio-tom p,a.ra lmpre~:.ão
n~ncia direi.a, ou c-m qualquer ni\·,:I da esi::ala de c->:prcssão.,,is.uai.da cm serie, e do pap,fü 1.:tptci.aispara uma i:mprc:!ii!lomai. soíl :tlcad.i.,
foto ao esboço impr"ssioaiii,a, \OOil exp,eri~cia visual cstli fortemcnH: kvat"1rn, ,odos, ~ oniprcsmça da fotografia. tanto íix~ quan,o ern mo-
sujei Ia â imc-rpri:-1a,ão iadr•·idual. 11~ rc.~pmca ''Vejo um pás.saro" a virnen,0 1 na sodetlade moderna. Através da fmo~,-rafia, tJm reshtrti -.·i-
"V(!jo a ,•õo" e aos mül1ipli» ni.,.-,:is,:g,1ans de: signiíica:do e intenção surue q-..b~ moomparavclment.c- real de:um aconteciàlento na Lmprrnsa
,i,weõlS mcrle:iam e ulcmpassam, ,1 mo::na!:l-ern~, :i sempre- aberta il mo- dUrla, semamtl ou mc-□:saJ, a sociedade fica ombro a ombro i;orn a hl-.-
<l1fü;aç.\o i.ubjeci\·a. Somos todos ún11:o,. Q1.Jalque:rinibição no esrndo rória. Essa capacidade única de re:gi:<itr.ar o.s.f:uos a, inse ,;eu pOJ1tocuJ-
(e a,~ me.s.mona C!itruturação) do poLcnei,tl \•i~u.d humano q11c- provc- m inanie no cíne~a. que reproduz a r,calidadc, oorn um31r,ir-eel~o .untfo
al'la do rnedo di! que: u1.Ia,·anto po!>s.al~.tr à de~1.-uiçào do c-sp(rito maior, e no n1il.t:src::d~•rônko da televisão, qu~ pcrmi1i11ao mundo
criati\lo, ou a oonformidadc, t abl.oloramemc- injustific~h•d. N'a ,·c-rda- imcirQ a.compa11har o primciro passo dado pelo homem na t1.1a, ~imul-
de. a m r~ica que passou a en\·olver-os v•sua1izadorcs. de-pintora a <'lr- cancamem~ ;;io aCOl'Jl~unento, O oonoc:itod~ tempo foi rnodific.ido pi:I.
Q 1.1itero~.deixa irnplidto o foto de que íaicrn uma abord.a.Kcm imp,en:54'1;o eon<:-eitôde c-spaço foi para sempre modifo;.1,do pela ~.-apa-
11.10-~rebral de-5(:U craba1ho. O cle~t'lvolvlmcruo ru:material i,,i:su.almio ddade da dní.crn de produzir imagem.
di:ve ser mai.5.domjnado pela impuaç."io e :unes.ç-sdo ~lo méiodo do Alrn.,,é:ii da fotogratia epo~vcl, então, fi)!at 1,1111 pth~ro no tem-
que o 'SoeUconmirio. Faz.er um filme, produ1i1 um fü•ro e pintar um po e no esp.1ço (ri:!!,, 4.1 )1, üma pintura ou um dc$cnho <lc fotre ~illi
quadro 001utir lCffi se:mprc uma a,•ec□tura <:0mpleita. que-dc,·c recorrer mo podem DFOOULkum efeito s.cmclhantc, um tipo de forma Que 11ilo
Hlir,10 à impiração quanto 00 mi!todo, .."u r@gras não ame,açam o pen- pode prescindir do artista. Os di:sc:nhos de, Audubon, pot .:,,,;~mplo,
a m.emo e:ria1ivoem matemât,ra; a gramátic-a e a onografia não ri:pre-
-~t'ltam 1.1m ob:.táculo à õerita criativa. /\ oocr~ncia não é anlicstétk:a,
e uma 1:or1cepç!a ,dsual bem cxpresJSade~ ter .a me!.ma dcgãncfa c bc--
l('r.t tiue- t.:1,co111ramo.s.
num trorc:-ma maten1;.hico ou num s;oncto bem
clabor<'ldv,
A íotosrafi.a é o meio de rcpresentm;ii.o dá re.°'lidade visual qu~
rmm dependi? da técnica. A in,·enção d.i '·C-..,.maracseura", ao Renas-
ciménl0, como um brinquedo parti ~-{:1 o :unbicntc- reproduzido na pa-
r~,: ou r,o asso_alho foi só a prime.ira eui na de: uma ãrvore- muito
rro□dosa, que nos permitiu che&ar, <'!.travésdo cinema e-da fotog:rafj.1,
ao enorme e poderOl,O efeito que a tn.il!!,Íada lente vcio instau:rm cm
nossa !.,Otiedade. Da c!lmara cscur01110!> meios de comunicação de: m~-
sa.. c-0mo õ !,,;Hlemae a fotograiíia impressa, tenl•Se \ 1erificado uma l"n-
Lü, n1,u firme progrcsmo de meios téC;itíço. 1nais aperfeiçoados de: taxill'
e conservar a imagem. e de mos, ra•la a milhõc-s de pessoas em LOO0
O r'rmr1do. A fotografia jli e um farn COtl.úmado h.á mai:s de:cem ,lJlO •
o~ int\rnero~ passos que separam o '•~_gucrrcótipo'' único, nilo• fllíUII,-,. 4 I
9Q !'.INTAXF. DA LtNGL"AGo.1 '\'ISUAL A.."iATO>UADA JIENS-AC.R\I;lSUAl. 91

destimi.V'.rnl•Sea ~ u ad~ como n?fe-tcaciatérnica, e por esse moti~·o o que se prc:tcl'ldt?e11fatiz;aré o movimento de um l)iUSilro, o.s:detalhes
são bastante realistas. ud~bon esmdon e registrou as imimeras •,arie- esrjticos e o acab3irneo10ma.is rigoroso são ignoJ1ldM,como s~ vê no
da.des de ~us de seu l)ilÍS oom ~me-ro e p,ormcaorcs surpreenden- esboçio da figura 4.3'. Em ambos M ca.sosde-licença visual, a forma
tes (fig. 4..2).Com rei.açãoã seus desenhos, podemos di1lct"" que reflet~ final sCjUeas necessidades da comumca,;..ão.Em ambos os casos., na
a pr6pria realidade. Com iss,Q quewnos dizer que o artista tinhe por iníormação \•isusl es1Jo presentes de.ili~ do, a~pecto natural do~-
objcth·o f az:croom (J_Ue o p.issaro (ou Q;Ualq\leroutra coLSS.que esfr,·cs- par que"a pessoa çai;:K\Zde reconhece.-um pássaro possa
saro su.ftc:[(!_nt.C$
sc:~ndo visualmente rqisrrada) se assemelhasse ao ma.1Cimo a seu mo- identificá-to nos esboços. A clímina;ào uttérior dos ~talhes. até 5e atin•
delo natural. Audubon não élit.i.vaapenas cri.ando um~ ima~. m.a:s. gir a abstrar;.ão total, oodc setuir doí. eilIJ1inbo.s:a a~tração i,·oltada
também r-~tnmdo e ofercocndo, .i.ostiluaos, dados que p1,1.des~~m s.cr par31o ~imbolismo, .,.ezts oom um lgrufü:ado identíílcivd, outras
identificados com segunmça, ou :seja, ele"coJõeava no -papel ir,form~• vezes,com um significado arbilrariamem.e atribuído, e ~ a~tra~ão pu-
,çõe:svisuais que pudi:ssro1 ter o valor de rdcrências. De eer10 1nocio, ra. ou redução da maníf esta.ção visual .aosdcmmtos bá&ieos,que não
111fotografia poderia sc-rcoosidcrada mais semelhante ao modelo natu- con. ervillll Tt".laçllo
algum.a.oom qualquer rcprcsentaç§:o representecio-
riu,mas .argumenta-se também que o trabalho do artista é mai~ llmpo nal ~lra:ida da c-xpe:ri!nciado meio aimbicnte.
e claro, um.a ,;cz que ele pode controlá-lo e manipulá-lo. É o çomeço
eleum proe-c?sso de abstraç.ão, que vru deixar de:lado os detalhes irrde-
\/antes e enfali7.ar o traços djsântivos.

Simbolismo
FIGURA 4.1
A ;pbsrração,,·oltada .r,arao simboíl mo requer urna ~mplifica'Çào
o pro~so d~ abstração é ta111b~mun\ proee so de dcmjlação. ou ractical, ou seja, a redm;Aodo detalhe visual a sr:uminimo lrreduti\·el.
Para ~er e:flcaz;,um símbolo não deve apen.1.$ser visto e reconhecido~
s.eja, de redução dos fatores visuais mú1lipl~ aos traços mais essen-
deve também ser kmb11ldo, e mesmo reproduzido. ' o Pode. por de:-
ciais e característicos daquilo que est, sendo reptese11taclo.Porém, se
gc:510 renhas.ido adora.do. □os Estado:<;Unidos. pelo movimento d.e::
opo-
siçlo !li suerra do Vietnã. Pars. cs:i;emovime1uo,
o p:Sto se:transfor-
mou num simboJo de- paz. Ouiro 5fmbolo paelfiisraf:oi pi:la primeira
có□ocbido e utili2ado pelo moviinemo de ~armrunmto
-..e-L Nuclc-aT,
na lng,l11terra(fig. 4. 7). S~ <ledvação visual foi explicada como .e.com-
bi naçio, em uma ú□ka figura. dos s,mbolos semafóritós do N e-do D.
Enqua.nw meio de comunk:a.ç~o visual [mp.ree:n.adode i□forma­
çl!o de ::siJ;nifk-..ado
uoh·c-nal. o sirnbolo n~o ~e apc□ru; na ringua-
.FJGUII.A 4..4 l·IGLJII.A 4 ~ gemn,Seu r.ao é muito mais .abrangente. O símbolo deve :'ir:::rsjmplcs (fig.
4.8) e refcnr-se a um grupo, idtia, ativldi.lde comercial, inst.ituiçào ou
firu,.-Ao.conte-r grande quantidade- de informa ·ão pormenorilad.i, Mes• partido poütit'o, Ás vezc!i f::exualdo d~ tunure-i:tt, Para a tr.e.osmiss~o
mo assim, pode conscr,•11tr algumas d.as ciuaHd.t.dc~rtais de u 111p;_i~ tO. de inform11çiles, sc-rá .e.inda ma]s eíicie11te (lmmdo for uma figura i:o-
como se vé na figura 4.4. a figura 4.:5. a mc~ma iníorn:títçõlo ,•i l•al • ai meme:tb!itrarn. (f.,g. 4.9). Ne-ssa forma, convene-seem um código
básica da forma do p.ã.s;sa.ro.aCTC'5Cid.a apenas tfe um TillílO i.leoll ~ira. que ser'i'e cornoawtiltar da linguagem escrita. O iscemaoodifieado dos.
uan:'iformou-sc: no simbolo facilmente- ide-ntiimh•t'I da paz. Nt!s~ r,;.,• 1111.hmro.snos da exemplos ~ figuras que tarnl>émsllo oonce.i1os a.bs-
. o. alguma cduc.aç~o por parte do publico se fez neccssiÍri:a p.ira que tr-11.os;
.t rtien. agem $Cja dara. Porc-m. quanto mais abstr11to for o simbt>lo,
mais i11tcnY1. de~-cráser :suapcnetra-<,:ãona. mente do públk:o ~,a edtt...:,\• 2 3 4 S 6 7 8 9 O
la quanto ao SC'IJ significa.do. Como icsto imbólico da ~~~rnda G~1er-
ra Mundial, a fig1u114.15foi outror111o signo da vitôrn.l ,n.olnh}rl:s,arnen• .éxistcm muitos tipos. de inform.Iç:i,0 r;;OWÍtGad.a c:spcci.a.lusados. por
1c-dcsc-jada sobre- os alemães. O gesto t'r.u mu110 usado por \\'in ton eâacnhei..-as, .arquitetos. oon. truwre.s e eltcrii;ist.as. Um dr:1esê o sjsmc-
Çhurcbill, e dele se .apropriaram os inglcse_s,5-C'guindoseu lider, O St!S· ma dC' s•rnbolos rnll.iicaii, que muirnsp~11s aprende-m e ac:ravcs do
10 nio era de:Soonhccido nos Estados Unidos. e era oomum ..-ê-lo crn
foto. de soldi\d~ ru;irrc-amc,icanos, que o utilizavam para c~tC!mil.rsua
esperança de vitória □ os na't'tos qui: 1ransporrav-.im as.tro~, 1 o c.l,,,.

t
pode- bata[ha e-cm leitos de hospitais. IEextrcmarnc:nte irônico que tal
C>< >
F1CJURA-4.t


Fl<.iUll;A 4 6 l-lfiUH:A 4., flOURA 4.9

-- --
esce lhes ~ imposto. A redução de rndo aquilo QIJe\'ellhOSaos C"t~n-
tos v-lsua1sb.ás:ioostambém tum processo de ilbstraç.ão, que:. ne verda-
de-, é muico 1Mi.simp,orla.liltc:para o entendimento e a estruturado das
~~ns \'Ísuah;. Quanto ma.is n:pre:scntaeional rora i.nform11çãovi-
sual, Oti.1.i espedrk:a será sua rcfcrfncia; quanto inais abstrata. mais
IF11GURA
~.10 sera I e ilbra.nic□lc:. Em tc-rmos vi!iuai. , ~ ilMll'.J.~ó é uma simpliíic8-
~ que busc11um signific91do mais intenso e condensado, Como já foi
ciuaJ r:-011wguemoomurucar-s!!' (l)g. 4.10), Todos o~ s.ist~mas forem dc:- i.lQu1 demonstrado, a perce:pçAo h1.11t1ani.l ell.inhm O:!> d.c:talh.cssupcrfi-
se:n~·olvidoisJ)~fa rondc-nsar e infonaaçilo, ele tal modo que eJa possa di111s,aurna. rce_çàoà nci::-essidade de estabeftoc:r o c:quitíbrio ,e- outras
sl!'r reai:ur.lda e oonmnicada e.o gra.ntlt pübHeo. ~lonª1izaçõt:S visullis. Sua irnportãncia par@o sisnií~- do, porém. a.ão
A religUo e o íoklorc siio pródÍ.IM emsimbolismo. As sandl:ilias ti?rmi □a aquj, Nas qncstõc-s visna.is, .a ab~tnç~o pode ~srir não ape-
afad~ de mercúrio, Atlas sustéllt,mdo o mundo nos ombros e a vtJj,. nas fl::lour~ de uma m.anifc-sta.-ção\risual r-eduzida à níinima infor-
são apeam algunse,:emplo~- Mais oonbeddo de nós
sou ra d.as br1.1.XA5, m:w-lio represen1adon11I, mas ia.m~rn como a'bsctaÇiio pura e
como Ulfl;flHn,guag.crnvisual que codosutilizamos é o :i:imbol.ismodas desvin-culada tle qualqun relação com dados visuais COl'lhe;:;idos,sc-
darn.sfestiva, (fig. 4.11). Antes c:i.ue nossiaeducação visual. como de J~ftl eles an'l.bientais ou ~•['ilfflCiai.$.
A esc-ofl!ld.epinuua abstnua C'Stáas-
foto aeomei:;ia, par8ssc- tão abrupca111ente depois d8 escol.a primária, so-dad.a ao serulo XX. e dc-Ja faz parte a.obrai dé Pie.uso. cujo estilo
todos nós desenhávamos e oolorfamos esses fmbofos conhe'(;idos para aimi nho11do ~prcuionismo .ao cll:iss:ico,do semi~ bstrato ao .\bstrato
decorar a safa de aula ou levá-Los conos,co para. ~!'ia. Scnsjvcis a sem (fig. 4.12), Por um lado, modificou os fatos ·vi :uab para enfatizar a
e:no"me deito pub1ic.ilá.rio, ,u e:nll)Te$U de: grande ~rre pMsatam em ror e :,. luz, embora renll11 coru;crvado a iníonnaçl\o realista e idéntifi-
peso a intetizar suas idcnmidades e obj,etivos a.traves de 5tmbol0-$ \1i•
rna.i , T,au.-se: de-uma pirátiça c:xuemamentc- cficez cm lermos d.e 00·
munl,çil~O, [Dois1 se:, oomo dizem os chinest?:'i,.. uma imagem vale mil
••, um s(mbolo va!lo mU. im.'!IS,eliS,
pali.lJ,.·m~

ftGURA 4.11

Absb'aÇão
A absm1.ção, coaludo, nãop~dsa ter ncr1hum11irelaçào oorn iaeria-
çiio de símbolos quando oli s:únbolos têm s:ignificado ãpenas ~rque
FICiUltA 4.1 ~ (ro,r1i,,1r!T(1ir,,I Fl(ilJRA -1,B
98 -O.TAXE DA IDC.Ui\Cmt \i 11Al_ Al'\J\1'0Mfi\ UA Mt:N •.'\GDI H5t.'AL 00

cével. Em outra aborda8em, nl.lmílidevoção qu.asc puri~ta à infortna• dllde ((~. 4.14), p<"Lo orgulho (fig. 4.15), pe)~ c:xprc:ssão(fig. 4.16) e
ção visual repTes.cntadonaJ1 fez ooo à q11alidadc-divina do homem, no pela romuak.ação e proteção ( fis. 4. l '7). Assim, o uso a qllC'.sedestina
realismo liieírameatc c:tasetado de seu estilo clássico. Ai. grandes h- um edifício é wn dos mai~ fortes facorei. que de1ermi1Lal'll seu tama-
berdad~ que tomou com a realidade C'C!iull.!iram, pdmcir,c:>,em efeitos nho, ~ua form· , suas proporções, s.cu lom, ua -cor e LeJi.lunt., Nesse
extremamente maaipuJado , e, por fim. no completo a~ndono do co- ca5o, como em ou1ros coatexcos visuais, a forma seauea Cunção. Mas
nhecido, em Í:Jl"'OTdo espaço e do torn, da ccr e da ce cura. Ass.im, o onde e o quando são tarnbêm que.itões profu~damcnlc: irnpol1Aalcs
es1e:último estilo 1ri!;Ual
estfivaapenas preocupa.docom q~ de com- para, as decisões estilísticas e ~rumrais que cnvoJvcm o projeto e a
poslçào e com aes &neladó design.N~ vanço que o mevouda prro- c:on_strnçãode uma cas;a. O oride é: Janmficativocm fnaç-ào do cHma,
cup,ãÇào com a observa'Ção e do registro do mundo «;UC-1J11dantc a tendo cm ~·istaque a~ ne~idades, l:'m termos de abrigo, variam dra .
c-xpcrimento.scom a essfn-c-iarnesrna.da criaÇJo de mensa,elU vi""uais
e.lemcnlares, o dcscnvolvimc-ntoda obra de Pi~ s.egu.iupor umca-
minho não n.ec:.es,s;arfamcntc ,seq(Jencial,mas gue percorreu ewpai; di-
Cercnlesdo mesmo processo. O eaminho por e:leseguido p()de er ainda
miu$ ela ra.mc-ntcdJ.scem(vcl011 obm de-J. M, " , Turner. qJJe, qu.cando 1 *1
jm,cm, pr~cioou sua arte quase como $e fosse um repórtt"I".us· ndo sua
pintura para o de-talhamento e a presernçào de swa própri<a~- O
inter-~ de Turner. porérn. voltou~ para o método que usou para
di:s_cavoh,a sua pirntur.a,prlncipaJrnente quando esta ainda se encon-
trava no estágio d~ c:sboço. Aos poucos,, sua obra evoluiu de uma ttc-

o
njca de: repre:s,entação ma.,&istralpara uma :s-u1-estãoindefinida e
índagadora da realidade, i,ara fmalmente chegar n uma pintura quase
rntdramente abstrata e c-.i.raccerizada. pela ausf:nda qu.asieabsoluta de
pistas visuais sobre a.quilo qúe e$tava smdo pintado (fis.. 4. • 3).
Os múltiplos ru\'ei de cxpres.slo v:i:suiu,quehw1ucm a :represc-nta-
çionaJidade. a abstraçi!lo e o simbolismo, of c.ré0emopções tanlo de es- FJGUiRli.4.14 FJGUR.A 4.1 ~
tilo quanto de méÍOS pera a :solução,de problemas visuais. A ab.5.trar;ão
cem sido ~culannentc associada à pintura e à e:scultura como a n-
prcssão pictórica que caracteriza o século X.X. Mas um grande n(lmc-
ro d_eformatos visuais sâo abstratos J)OT !il:Lll própria. natnreza. Uma
~a, uma moradia, o abrig,o ITIAi5-simplei ou mn.is complexo não :&e
pare~m com :n·d.li,que e:x.is,a na natureza, Em outras palavras; uma
casa não sc,guca coníigurar;-ãode uma Arvõre. quo cm algum.a.1drruas.-
tãnc~ poderla ser d6Crlta como um abrixo; seu aspeao é determina-
do pelo objctirvo que Jri,,ou o h.orncm e. ai.li-la; sua rõrma. segue :sua
funçãõ, :Em seu nível elemrntar, mua-se de um volume abstrai.O e di-
mcru.ional, Mas as soh:ioõc$poniveis para a n-eeessidadeque o homem
,em de abriio e proteção sll.oinfinit: . Podc:m :serinsf)iraihls pela utíli- FJGUR.A4.lf,i FIGURA-417

-- --- ---
Dioo tudo se poderia concl11irque qualquer maniíc:stação vis,1al
.l~rala é profunda. e:que a repre entacionaJ aão passa de uma tnera
bnttaç..ãomuito superficial, em terJtl05 de profundidade de com u,Llca-
ç.lo. Ma-5o fato é que. mesmo quando estamos diante-de um relaio
visual c:x.trcmamcnte rcprcsc-ncaciona),e de1talbadodo rnt"io ambien1e,
esse rdato coexiste: com outra mensag,e_m \1.i.suaJ
que:-c:-xpdca'i, forças
"lsual!>demtntar~ e-é-denatureza .i.bs,rata (íit, 4..20, 4.21, tG.22).r11as
que e'.>láimprqnada de: significado e exerce urna enorme influên,:;[a so-
bre a rc::sposta.A iubcstrutura .ibstratá é a composição. o deslgr1. O

H<JLRA ,.1 Htil..R \ .&.19

1kamc111e da linha do Equadt)r (fig. 4.18) par.~" Pólo 'orle ( h.s, 4. 19).
O lugar onde s.ccoas1r6, .ilgorna coisa 1am~111influencia a d1,ronibi-
liduu(' de ,naccriais. o 1.-o,1fim, gelado'.>do Ar1ico ~ simplc:-,menieim-
po~~í,,d ~nconi raros ramv r: folhas cxi~Lc:-n1(:, 110s irópicos. nl~ c~11c
111form<'I111.)';,a!\t:guir a runç;io. é preciso qui::-d., poi;,.~mokfar-~ ,1 rani,
do malc:-ri.11 ou dos materi._risf:tdlmcrnc: c:-m:orur.hci~no mc,io mrrbir:,,
cc. Não .ipenas a 1ocaJiza,i.iogoosráfica, m<1>c.imbcrn os limite5 h1,t6·
ri ·o~, ou seja. o qu.i.ndo ~ projeta e:-mi ~Itói alguma coi!,.;.1, ~ ,1111íator
que 1101 mal mente:-conl rola as decisÕ<'!.C'!.Lilí1icas e:cu li ural'. Por mui-
la~ d..r r:l:zl.icsacima menciona.das, uma oi ução cspcci f1l,t r.lerlPsign flG RA ..-.20
é obtir.lit e repetida com 1m1ãropoucas rnodlfi~çõcs alé tomar-~e idcn-
tiíicih•í:-1-com um dc:termu1.ido pcriodo <li: u:rnpo e uma dc:-1crr11in~da
localiz.1çtio gcografira (lís. 4.18, 4.19). O ul1imo fator de4cnnin:unc
desseproti:W'I é o julgamento e a prcfercncia do individuo. .ãoé ver•
dade qt1e rodos que ln llucnciam o projero e a construção de uma casa.
sc:-n,~111 que-ela de algutna forma os repre:.-;em a? At~ rn~mo o aro da.
escofüa na compra de unia cs.~aé "isto corno Hma manif~iaÇ:io do gosto
de:-quem a compra, e, p<:manto. da próptt:t pessoa. Há uma enorme:
quantid:ridc-de iníorma~.lo visual mi tudo i. o. mas não percamos de:
...,islaqui: (mamos c:xamiMndo o projc:-to e a construção de ediffcios.
que: são codos abstral~ e ral\·c-z. até cc:-rlopon10, simbólJOO)>, m:u cm
hipór,:sc alguma rei,r,e~encacionais.O i:;~niíicado se rnr:ol'tlr"a na subes-
Lrullr t3, nas forç~ ~ i-uais clrmc:nlar e puras e:, por r;x:rrenacr ao do-
rnitr io da anacomm de uma me11s11g1:m ~ i:-maL.f de ir,•mde i nccnsidadc
tm 11:1mosde: comur)i~ç_ão. FJGURA 4.21
102 Sll'-'TAXE DA LIN<il.',U,l!.M. \'I UAI, .'IRA TO'MJA [V, J.ml'4SAG~M. Yl!.UAL 1.03

Interação entre os ris níveis


Os ru,•ci~de todos os eUimuJos visuais comtrib"em pã.ra o pro~-s-
so d.e:comcepçlo, crlaçilo e rcfinamemo de t0da obr.a vib.ual.P11ra se<r
visl:Lll.lmcntealfabecttado, e:extrem11mc:l!ltc- necessár-Joque: o c-riador da
obra vi!lttal tenha. C:Oll$C:iênda de:ca<la um desses três níveis individuais:
ma:s tambem qne o espedador ou sujc:[to tc:l!l.badeles a inesnta. C()~
denc.ia. Cad111 nivcl 1 o 7':CJ)rt:SMlmvnaf,o abstrato e o sJmb6fkc,, tem
t:il.I'acte:rfsticas~pC(W,e;;u Quê podem :sc:risoladas ~ defin~d.a;s.mas que
não :são absotutami?:nreama.stSniGas. Na 1,;cniadc-ck:i sesobrepõem, in-
tcra,g.cm e reforçam mutuamente :suasrespectiva.; qu~fü:lades.
A informação visual repr.t.senlaâonale:o nfvel mais eíicaz il ser
utüizado na oomumicaç!ioforte e direta dos d-ctalhe:, vi. ua' d.omeio
.11mb.itnt,;, s~jamclc:snatn:rai!'iou :utlík:iaib.. Ate:11im~o d'8!dmera,
:wos m.ernbrosmm ta!cntoso~ e ins,ruídos cl.ã<00munidad~ e:rarncapa•
zes ele produzir dcs.e:nhos, pinniras e esl;llllLurasque pud~em ~pre-
Flú-URA 4.12 s.enrru-d,c fonna brnl-S1.1codidaa infor.mação visual ta.1qual t?la e moo.~
ao oibo.EsSillln.a'bilid11dcfoi .sempreadmira.dai,e o sitista qne a po.s-
poLerteialdt criação de mensaa,ensatravés da redução da infotmaçt/io s,u[a seml)t't· foj visto como uma J)l?.5,503 rnuiL0 especial. Hé. uma e5r,é-
"'.!suai realista III oomponentes a.bsl'ratos.está na reação do ananjo ao cie de m~ia na obre visual mu1lQ rnJ1md~ é realista, mesmo quando
efeito :rmrtenclidu. Pode haver um significado oompl~o na sube:.s.trutu- ela pode ser -.·tLacomo s.uperficiat Quanclos,e dh;, diante de-um r,ctra-
r.a a.bnra.ta? A música. afinal, é tOWilmente ab-,itrate...• Mtm'lo assim, to ... Parece (orniJo ••, o comentário impEl(a um reconhecimento mni-
definira O! o comeúdo musical como a.Le,are, ,:rnte, vivo, empolado, mar- to esl)eelru do 11rilita que o fez. Mas tuclo isso mudou com o ad>."rnto
,cial. romântico. De Q-Uemodo c.bcgarnos i'.i.tal ldencJficação inforrnati- da c~mern. Uma ,,a que: 11scmefhan~ 1POOeser obtida Blravis de um
\"a, que r:d~ ruJ.lureza lnisumteunive:rsaJ'r Alguns s.i_gnifi.cadm:atribuídas insc.a__nweio ou de uma foto num ~ildio m.etir;uto:sam.c:ntc- iluminado,
à composição musical esrà.oasso~iados é r-e.aüdadt1 ,e oucro.sprovem tra;a-.s,e de uma questãoqnc-ncm mesmose [é-v11 em conta naavaliaç!o
da. própria mrnlura psicofísica do '.homem, de sua rela~o cincstéska àe um retrato. A câmera oorn:põ,eum relato visual de quafquer coi~
oom a música. Assim, dizea1os.que:a rmkic.a é:totalmente abstrata, mas que- C:ikja. à sua frente. e o faz com uma. e~atid.iio e um cfctalhamc:ato
que alguns. de seus aspeccos podem ser in1crprc:tados oom referência icxtraordi nárfos. Em seu reta.to do qu0:~. q~ peea. peJo excesso. Ma~
n urn ~is.nificado oomum. O caráter abstrato pode: realmente amplia.r o cQmun[çador v.i!ual dispõe de- mu.ita:5,maneiras detontrohu o.s resul-
a possibíLLdad-ede obtenção de: uma measagem e de-um determinado tados, tanto e.m t,;rmo:s tê,;::nioosquanto estilísticos. Não obsumtc, a
rcprl?5emt.i:clortalidadc, o relaio realista do que ela vê. é natural par2
estado de- ~pfrlLo. :u formas visuais é a c:omposiçlo,que: 111tu11 como
a oontrap111rtc 11b~Lramda mtisica, quer se trate da manlfe.staçãovisual a câmera:e poiie pi:ncitainent.c: ser um dos fatorc:-si:.s:s:enc.iais que dcte.r-
icm si. quer da subestrutura. O abstrato trans.álÍ[e o significado essen- min:tm o inte.res&ccada 1,1ezmaior pelo ~iundi:, a.ivcJ da info:rmaçâo
visua!l. o n'1.ld úl:>SlralO,
cial ao lDngo de uina crajetór[a que- ,•ai do rnD!e.iénte ao inoonscicnte.
Como já obser-.·am~ aqui, a 11bstraçJo km sido o imtrumcnto
,da.exp,eril!nr:ia da substâ11dallQ campo se:ns6riodlirct.unem~a:o siste-
fundamental para o desern\Olvirne:nto de um proJero mua.J.. É exitrc-
ma neu•o.s;o1 do falo à percei,çlo.
104 Sll'fJ'. 'P. Do\ UN6~J\G 1 '\'l!i.UILL

tt'l.litlen1cútil no prtx.eS.!,O
de exploração ~omi,romissad.a de um 'J)ro das .a.s sua~ formulações, f)Oclt" refo:rç.·:ir, <le mu ins rrianc-iras. a
blc:roa e no d~envolvimenro de opçiks e soh1\;ôeS~·ir;.fvcis.A mllu~za inensat.gcm e o llõiJaificado na comunicação visual. Em te-nnos de írn-
d.a abmaçto líhcra o ,·isualizador das exigências. de reprc-sc:ntara wlu- PrtSlSão, é um componmtc importante e mb taadal doi arnbucos co-
,;io final ,e consumada. permi,h1do a5sirn qu.e atlore111à iUpcrfide 11s ral~ dl!'um li\,ro, tlc:urna rc11ita óu de: um r,ôstt::r, e dc,·e se trabaJha:d~o
for.ças escruturais e :s.ubjai:emite:- dos probLCfrul,"5
co111p~itivos, que il?<I,• rla criaçilo de uin p,rojcco ~lll forma de- ~iJos ~·i.suaii;:lb lratos, a d~
ro;;m'nos elerncnt[)S,viliuais pUT~ ~ que as t,&mi~s sej.am aplicadas atra- D~to do Falo de oonstimi informação, eom forma e imc:gridade pr6-
vés d.a. el'!!l)erimcntação clireta. É um proce~ dlnlmico, cheio de pnas. Parn o designer, ~rala-se de un~a forç-a inrera,t[.,·a que de deve
começoo e fü~os começos, mai; livre e fácil por natureza. Não é de es- abordar ect'l termos de signi fie.ado e aspecto visual,
tranb111 que .nu1iios artistaS se iá1et<essempda pureza desse n(vd. O:i- O processo de: criação de uma mt'nsagem ~·is.uaipode ser tlc-scrico
1nojj s,e obsen•ou .mteriorrncnk. o mista e o visttalizador pockm ter se como uma -~t'le de-passa~ que vão de algti 11i;eisboços in!ci.tis em busca
sa1cido Jibcn1dos para a!munirr umil abordagem mais livre d.a e:xµrc:s.- de uma s.o!ução etc: uma CS(;ol.bee dcc-is.lo definifü·a.$, passando por
à oompetfnda mecâ11ic:a natural d.a.câmera para e
são ~·isual, .11:r,J.ç-as \"ersõe::.cada vez mai~ .sofürk.adas. H' algo e ser ac,~t:-nrado aqui!
rc-produ~ão tle ur1,a martifrstação visu~l consumada e deílnith•::L Por º,tcr~o d.efírtili""1 deM:rC:\leQualquer pon10 Que seja dc:te:nrtinado pdo
que cornpr:tir com ela? Sempre hou,.·e .ii,.i:;.ta$ corn fórrnaç.âo, ~aJ~to \•ts.ueluador. A chave da peoc~ç..ão cn~ntra-se no f~ro de que todo
e inte.resse s-ufidenies flª'ª dar conti.nuLdad~ 21tradição do r~lismo, o proc~ o cri.atiYo parece im•rncr-se l)ãra o rccc:µ•or da:s mt'nslligens
deSah· ..clor Dali e suas obr.i.s hiper-rc-alistas, mil::.s1,1bjetivammte inter• visuai. , Jnidalmc:nle. ele vê os facos visuais, scjaJ1J1ell;$ iaformaçües
iJ)te.tadai:.como s11m:a.li;t.'\S, à ~Lileza das pintut'M rcprcsmtariona.is de c-JCtr~fdaJS do meio ambjentc:, que podem sc::rrcooniheddas. ou s;frobolru
Andre\l.' Wycth. Com tooa c:ertc:z.a.os BlrtistM desst tipo nunC".adeixa- Pill Í\•ei~de: deíiní~o. No segundo nivd de pcrceP(·ão. o sujeito \'ê 0
1"$0 de cxistjr. CO.ll.le~do00'1:J)O' ltivo, os clffll.entos básicos e as tc:rnicac<i.~ um pro-
O imcrcsse em enconcr:111soluções visuais a.trav6. de fü-rc C};.peri- o~so mco11SC1.cnte, ruas é acravés deJc:que se:dá a ~xpcrifncia curnula-
rnenuwlo i;ons.titui, oontu<lo, um dcve.r trnp~selndfvel d~ qu11lqucr ar~ ti~a de: input iníonnati,.·o. Se as Éatcnçõ~ eo1npos:itiv11.5 otiiinais do
tista ou dt:Sf/rner que part.a da folha em branco com o objetivo d.echegar en_ador da meJlS«gi'.'.rn 1,•isualf o.rc:rnbcm-sueeil1tlas, ou seja, se para cta:s
à composição e à ílnalização de um projeto 1,isuel. O mesmo não s,c ÍOJ eacont.mda um.a.oo~ so,ução, o resu]1.1doser.á coert:nte e claro, t~rn
(;)Odedjzn do focósrafo, do ciaea~1a ou do câmera_ l!rn coclos esses todo Ql.lefunciona_ Se as soluções forr:m c:xcrcrnarn.ffltc-accrtadas, a
cas-0s. o m1.belho vi!ual básico e:dominado oela informação t~Hst.a rclaçlo entre fomla e rnnteLido i;;oderé ser descrita oomo efes.antc-.
de1alhada, fic:.:1.ndo lnLb1daportanto, éffl todo aqucte-quc pensa em tn- Quando as çoJ~ões cstrstégi~ n..i.o são boas, o cf rdto -..·isualfína.Jser li
n1os de filme-, .a i111.,1es1iga.ç§Jod.e um pré-projeto v:isuaL No clne111~e ambí.,guo. Os juí.1.05eslétfoos que M: vakrn de rer.nms como '·bi:Jr:za',
na 1elevisilo há um componente Hngüistku 11ie11eme ao processo de pla- nio precisam estar pre':s('ate:c;lleSSe aivel de i 111erpretaçiio, mM devem
nr:Jrunen10.mas., é tdstr: co.rmarar, a~ peJanacSco.u.1.unamser mwlo rnrus íka.r rmritas a.o.âmbito dos pontos de vi5ta 11'1 ..a.is subjcci\'O.S,,A intera-
usad~ na pré-vi"ualizaçiio de:um mmc do que os oo,nt,onem.cs -.·i:S1Jei~. ção t'ntrc propósito t' com):JC>bjção, e entre estruluJ"a si!l,:ática ,e subs-
Uma oonsainei.i mais apr,ofundad..li d,Qni\•e:Jabstrato àas mensagens tância visual, deve se.r mutuill11c:ntc:reforç.ade para Ql!e s~ atêaja 1,101a
vi. uais de par!é: de Lodos aqueles quê usam a e!lme.ra, pode abrir nm·os mafor efJcácia cm e.ermos 'Yisuais. Constitut"m, ero ronjuato, ~ ío.rç-a
cami.nho:s par.a a exprcs.:sio \'isua! d.e s.uas ideias. mais importante de toda comonica\,-ão visual, a anatomia da ror:mlía-
O último nível d.~ informação \'isua'I, o simbofrco, já ío" objeto gcm ,•isual,
de exre:nsos cornm1á.r-los ~qui. O símbolo pode ser qmltque:r coisa, de
urna imagem simplifü:ad.i a 11msfatcrne e~tri:Jn...w1emecompl.cxo <lesís~
niíkados a• ribufdos, a ,exemplo da Hnguagc:m ou dos números_ Ern H>-
106 SlN1'AX.E DA 1.DIC.ll!\<il::bi \ITTl'L'..U.

ExeTi!kios
1. Fotopafe ou enoontr,e nm ,c:x.emplode cada !JPl dos Ir& 111vci 5

do matcrial vbual: rc-pr~nu1,çionlli, abMrato e s.imbóHoo. 5


2. Tire 'úm'l'la
foto éle.$(Ocadae 011tracom roeo e cstud~ a ~rsã_o
desfocadaem ,ermos dà sema"Ção oom,pos.itiva que trans.J1U1.e, Avali_c
o modo corno sente;que a me11sag,em L • . .amam-
abstrata se re act.0na c.olíl'I A DINÂMICA DO co,NTR_ASTE
f esUlçãorcpresiet1tarioaal.SerÜI!possi,·el mdborá-la a.]1,erando:se o ])Qil-
to de1a•istaa partir a.oquali a foto foi tirada? Faça um croqm para ..-cr
como podcdil :tnodiíicá-la alterando .1 1)0:liçào da eS.mcra.
3,_Em:ontre um s[mbolo que voc:ê seja capaz. cie descnhu. e eom-
pa.~ a fac.ilid~ com que 'Pode reproduzi-lo oom as Letrasdo alfabeto
ou os numero.,. . O com role mimi eficaz do efcito vi:wl!:Jenoontra-sc .ao cntcndi~nw
- 4. Dhrlda nma foto em fai:x..i;s da rn~m.a largura, tanto honwn- dc:tque extsLeuma ligação c-ntre me1nsagem e sijnificado, por um lado,
tais. qmm.to ~ais, e rêQfi;kne-m enl Íl,mção de w~ ~cnninad~ pl~o, e técnleas visu:a.ispor outro. Os crLtmos slntárioos oferecidos pela~-
Qual querr eord.cnaça-o rompc:rlia otclem reprt:Serita.cromdé re\ dara a cologl,a. d.i. pc:r,i;cpçãoe-a familí.aridade com o c;árátcr e a p~rtin@ncia.
eitrutura c:ompositi\·11.i.bstra.úl.. dos ele1nenrosv:is.uaise.sscnciais proporelonám ai todos os.que bu.,carn
o .i Ifalbetwno "isual uma hlle s~ida pa,a a tornada de deciw~ com-
. , 2: •
, a t'$ B 9 positivas. Contudo, o controle crudaJdo :signiík-ado vis.uai encontra-
2 7
3 $
' ~ n,a.fol'lÇilO focalimdora. das técni~. E, dentre: todas as tccnica~ vi.
$1.laisgue e:.ttilrcmosabordando aq1;1i,neitbut'll21é mais importante ~'"
,
l
3 ij

4 ·ra o con1rule d.e:uma mcnsag,em visu-i.lldo que o contras,te-.


,4
6
& 3,
7 2 Contraste e harmonia
a 3 2 1
a • 1 g, 7 6 5 ,1,

Corno já obsCl'vamos, as tc:cnicas visuais foram ordena.das e:mpo-


~ó para d.c:caoastra:re acen,uar il vasta 11:amad~ opções
laridades, 11..10
operad\!'M pôiSisÍ\i-C'Ís
na ocmccpçàoe na ln1erp1etaç:ãcide:qualquer rna-
nifestaçâo ,·isua.l, mas também p,an1. ,e,cpresilli' a rc:norcacirnporulncia
da técnka e do conocito de contr.8:$te,em 1odos M ml!'ios de expressão
visual.
Todo e qualquer sign:ific-adoexiste no contexto dessas pola.rida~
ent,cnd.cr o c-alor sem o frio, o a!Jlosem o baixo, o
di:s. Seria. pO-$$:Ível
doce- sem o amar&a'?O ,-oatra:s.tc-d~ snbstinda'l e a rec:ei,4Jv.idade dos
sentido.$ a~ dramatiza o signifiç~do atra.v~de for-
rt1es-.mo1,;õ:àtm.stc
mulações OJiO.c.u. ••oprindpfo básico da "fomtA' de1ermin:a es~ a-
108 'Sl:',T,',XF. U.\ Ul\4,l .\'■F.!\I \'lSL:\L .... DINAl\rrc" DO l'O,;',ITRA!TI'F. 109

ITetl-' refação C"□ I~ •lflidade aper1.:eD4h1a e dis•im;õeo: lógicas, qui:: o,


nhos silo ti tllil esp~ie de p<:l:'l,i,iraÇii.oda mente. que expulse. os vene-
21nL1so., conheciam como 'unidmk na di-.·ersid-ildc-'.'• Ê as.simque, e.!(!\ no, da psique num PtOCeMoeonstanre de limpcn1 e-cJ,uííkm;ão que
sc-ucu~ io '' AbstracLion in Scir:-ncc:~mdA bscraction 111 f\ fl • ••, Susan□r é de importância fundamental para no~s.asalide mental, As~im. 0 pro-
Langer dcScTc:',:e a •·ilrtkulaÇ"ão dos elemc:mosffirll~ 1,1raisde um LOÓO c:essom=mio da \•ida rarnb~ ~ l?)Cigjruma riqueza de expmên-
dado,.. o procesiso de arckulaç.i.O·kual, o conLr<'lste(: uma. forç.1 \'Í· i:ias e□1ióri:B, cspcci,11lrt1.enti:
a.tre\·ê-sda \tÍs~o. Vemos muíro cnais do
tal paril a criação <lc uin todo coc-rc:nLe,Em iodas as.arL , o con1r-il~L~ que prtcisamos \'CT, ma.s se dá por Sil.tisící-
.aoss:c,apetite visl)al rm.nc.a.
é um poderoso ins1nm1emo de expre~~o, o meio p.ara in1cns.ifica.ro 1 o. Estabelecemos coma.to com o mundo e suas complexidades através
signHirndo, e, porta.alo, itrnpli fJca.ra eonwnicacão. e rerorre:rnos à.Quiloqu~ o poeta eh.amade-"olho da ruente''
da "<--lsft.o,
E.rnbora, no rol <lasrécnieas. 11harmorüa seja colocada como po- para pmsa.r em termos vima.is. Se, ao lonii;o de sr:umovimemo, 0 pro-
La.ridacl~ de contraste, é i,teci~o enfatizar r11uicoque-a iml,)Onincia.dr: ~s~ v:isua.J avanç-ar-umo à neutral ida.de.,bwluta, o qW? nosdeve proo-
ambo, cem um sigmficildO ma.is profundo na tot.i.lid-'de do processo c-up;ar é o procc:ss.o.~ n:io o resultado final.
\'Lsuãl. Representam ultl processo con,rrmo e extrem,,nH;:mc ati..-otm
nos~ modo de 1,eros ~fadN \'isu.a.is.c:1 po11:mto, de ooft'lprccndr:-raquilo
que vc-mo,;,. O organb.mo humano pa1e1;ebuscar a harmonia, um r:-s1.a- O papcl do contraste na visão
do dr: 1ranQuilidadc r: re~h1çào que os zim-budistas chanHl1l'Ide "me-
dicaçio c:m reppuso absoluto'•. Hã uma nece!!>~idadedc orJl-il.l'IÍl..'lr toda , 'o alfabetismo visu.al, .i. importância cio s1-1rufkado do COl'llt'.1!.LC
esptcie de-r:stí,nulo~ crn totali<lade:<i racionais. 001110 foi dr:monst, ado começa no nivcl básico da ~·isãoou da alls-êm:iadesta, aira\tés da pre-
pelos t'~ptrimencos das gestal1isuis. Reduzir i.litensjo, radonali1ar, r:-x- sença o i da .i.us~m.·-ia de luz. Por melhor que ftmdonc o apr.aratoíi:tio-
plicar e-resoJ,..cras co□ t"usÕC's s~o coisas que parecem. todas, predomi- Jó,gicoda .... ~. os olhos, o s-l.stcma. nervoso, o eércl:iro,ou por n1:alor
nar cncrr as n,:oes,<:.idadcs do homem. Só no conle;,,to da ooriclusão lósic;) q□c seja o núrar:ro de coisas que-o mc:.iou1bii:□te nos ponh2 dlance
t;l,es~aindagação ir'l~ss:mu e .ath·a é Que o ,•alor do comrastc- lic--.a ~i.•• dos olhos, numa d!l'cunst· nd.a em quc predomine-o cscuro ab5iúluto
ro. Se:a mente-humana obtít,•r:-sse tudo .Jquilo que bu:. ·a 1ào a\'idamc-n- s:ornostod-» cegos. O -'l).ír.tlo da vis.ão h1.1maaatem importâ.ada s.c:-
,e C"m10,;loç.os s.euspro1:e,sosde i;x--nsameiuo,o que se-riacltla'.?Ch~1ia cundâri.-i.;111□2 ê:a c-ha~·.e di: nossa força v,lsu-ll.l.
Em sl?l.lestado ,·1sual
a um cst,tdo de ~uilit>rio irt'Ipondc-rável.c:stf1vele im.ôvt"I - ao fepou- ele-,11.ent11r, a luz. e:ro11al,e ,..aído brilho (ou Lumjnosidadel à obscuri-
so absolu10. O contrasle é ~ma força dr: opo~ição a~ apethe huma- dade-,arr.i.vesde uma Sll:r➔ e de etapas que pôl,1~ 5e.rd.cs:cricas como ~om-
no. Desr:,qttllibra.ehorn, c:stimula, chama ;'J ;.uenção. Sm1 ele, a memc dtuida:- por jl"adaçõ~ rrn1110sutis. No proee,l.i-~dr: ,·c-T,dependemos
tenderia a errilclicar tod~, ~n~çõcs. criando um clima d,:,mo,1ee- da obse.r-,rJ1,:ão da. jll$"tar,osil;ii.o i111te.ra.tuanre
dessas gradaçôes <'letom
de aus~nrfa dr: ~r . .Sintamos ou n~o um forte desejo de morrer, a(Jti ela para ver os.objetos. NAo nos esg~mm de que a prcsenç:1 01.1a àu-
vo1 insi.strntr:e iJ,.,.inu.amcqur: sr.usúrra ·•É agor11" no ou,ido do trape• ~ncia de cor não afeta os Yíl.lorestonais. q tte ~ oons.tantese temuma
zi!>til, o íaco t que-e se estado de resoluç.\o e confinamenrn absoluto~ imporrânçaa fofinicamen1ernafor que a cor, ta.nfo pars .,.e1 Q 11anLO pa-
não nt>5-acisfaz.enquanco escado de ~ma-ção :1.cro.consun'l.H.fa e dcfi- ra conceber e realizar. No pigmento, a funtinmicfadc ,f ~nretlz-aclaou
nith•,1 , Como em qualquer ~mbien1e-c:11'1 c1ueprcdominas::.e.i. cor cinza. Su.gffidai,ela brancura que tende .ao branco absoluto, enquanto ~ ol»-
terimm;-,a cn'Yl.çàoda vh;~o sem ·.-c-T, da .,.jda$en1 ,•h·er. Sr:riamos c:o- rurids.de é ~uieride pclo ne_grorque tC"□dc ao fiéaro absolulO. Ass[cn,
mo Pa.linmo, cmcrrado vivo e condenado a ~J11ir todas .;u. coi a cm [udo o que verno.spode invescir-sr:das duas a,ropriedades d~ va.lor~
s~u 1~,mu!o, um mor! O•\ ivo. 05 ps.ioo!ogos nos di.l:e1nquc □ossM O· tonaii., a ciuali.dadc-pigmen,áriada braneura. 01,1do m:gror rdaüvo-s do
tom, e a QualLdadr:- física da luminosidade ou da obscuridade. A luz
• 1:.111Problrn'I.~o/ A~r. f isica tem um-li.,rascagama de i.ntensjd11:de coMl, ao pas.soque o 15i:J-
.1\ lll~A.c\llC:,'t. DO c:o:-.,lil.A!iTE 111
110 SDfTAXI! DA l.lfftiUAt;Y.M: \'ISUAL

ntento c;osu,ma ser utilizado num âmbito liinltado de oito a catorze ,ca, 3:1,.1m,entanào
e, às vc-zcs.,c-ntrando cm oontradiçiio com o que aos
graus tonai!i. No pLgrncn10,a mais v~sta gafflil!de tons d~ cim.a clara- (ljz.em nossos olhos. Tocamos alguma oojse para dtterminar 5(' é duril
tru:miedif er,mciados gim em t.orno de trinta e einoo. Sem .a.:ine.id@nda Oll macia, ,cheiramos p_araàesrobrir se M ou não um d.dc:rmin.ado aro-
d.eluz sob:re ele, nem mesmo o mais hraa.cô dos branco~poderá sc:r tti. , prova,nos.par.a descobrill' $e um cheiro ag_radá.1,·dindica que-algu-
vise.o. Por1anto, q12er,,enhã do Sol, da 1.--Ua,de uma vela ou luz él!tri- ma i;(IL!ijlj
tambénli ê .t1r.ldá\le] ao pai.ada r, e ~restamos atcnção para
ca, a luz é um elo fundamenral de noMa capacidade físiológica ele ver - saber se elgo má p11rii1do ou em J'àOvi.meiuo.l'odoo os nosso semidQS
Mas a aus!ncia de luz a.ão dec.émo potcnd,al e:a:clwivock bloquear n:ã.ooc:ssamde diSQ'ii'l1Ú1.are refirtóll'I'
nosso re(:Qnh~.drnc-ntoe nossa com-
a visilO-Se todo o a.osso rneio ambicnlc rosse comr,,osto p0r \lffi v-cU.or preensão do me:io ambiente. Demre todos os 11oss~ sentido$, porém.
bomogenco e invariá.ve1 de uma tonali®dc ililtetrncd:iarla de c:imJl, a não há dú\·ida de que a vis:lo ê aquele de ei.uemais dependemos, e-o
meio caminho e11trc o branco e o negro" seda p0ss,._.d .,,e:r,on seja, que sol::trcnós exereé 1.1mpoder rni,edor. E a ~•Esll.o ru11cio11a
com mais.
não e:irpctim~ntar[am~ a sc:nsltÇ~O de cegt,Jcirarnada por um ambien- mcàcia quanclo 05- padrões que Oblil:i..,-illnôlise 1ornam .,.lswalmenremai.5.
te-totalJTIClilte negm. o enlaDIO, a c-ap:a~íi;hl.de d~ àisecra.it o que ~ta• claros e.traves do contraste. Tanto na mlt~l-a quanto na .u·1e, o çon-
ri.amM v.cndo seria totalmente elimjnada. de noi1SM peri:epçõ,cs. Em lras.tc-é d.e:importância fundamtmla.l para o ,•t5ualizador, aquilo Que,
outra,s palavra. , no pr~ de tom ! de: impôr•
da vísão, o a>ritr1151:e cm sc,ulivro Elemenls o/ Design, Doa.alei Aitderso:n ctmn,a d.e ·•mani•
tãnda 1fu) V1talq_uanto II pres.c-aç-.a da ll!ILAU'a,..ésdo 1,0m,pe;rcebcmos. puJaçiio de um aanjua.to de-matmas-primM, como a argila, o arame.
padrões que-simplific:amos.c:mobjttos ce>.mforma, dimensào ,e-outras o piJmea.to, os da.dos.. os .s.ons, as pafa,•r::.s. ~ númcr,15__. transfor-
propriedades vifl.'.!aiselementares. ~ um processo de de.-codifieara oons- lrulJldo-.a,scm mruturas e,oe:su e.m um ru,•elsurierlor de signiíic!!ldo''.
tanitc simpLifi~o dos dados cm estado brutQ, at! que-, atra\lés. dele,
,chegamos ~ rcoonheccr e a.a,.prc-nderil!Scoi.sM do m1.màomi Q\lt ,.-ivc-
mnos,desde ;p_ifo~, que SC;lmove111aprcssaàammte pc-lochto, até
as. estrelas. que rdu;,.,ernno t!ll e:mdif erenles ta1nanhos e intensidades O papel do contraste na composição
tonais. A. luz eria padt(k!s, e, filllS vez ld~ntifiea.dos cssiespadrões, a
informaç,ão obtida é ann.azenada no ~r,ebro para $CI utilizada ern rc- A \'i~o csra fortemca.ic ligada à perce:pção de padrões, 12.n.pro•
oonb.ecime.n.1.os postcri.Or,e!,.É um processo comple:ic:oe easanador, ma- CG:SSOqnc dcte:rmrna a nc,cc;ssidadede CÜ:socm.imcnto.Em seu livro Tht:
gisuahnente desicrit.opor (kraard ~renron, cm seu ensaio ·Socms Md
4
lntelligem Eye, R. 1.. Grcgor~· diz: ., Nesse-sc,ntid.o, 'pad.rõi:s' são mui-
l(nowins.' •= •'Vejo m.msa.sde ..-e:rd'e:, opacas, translucidas o i cintifan- to diferentes de 'objetQs'. Por padrão cmtcndcmos um certo conjunto
•~- São pontiagudas ou iJ,wes:,e, como se ali ~h.-esssm pMa ~tS• de inputcSqut a.tlàsemo receptorooespaçoou no ,empo. 11 Ver signifi-
~ cluiifiear os padrões, çqm o objctívo de- oomprccndc-los ou
las, coisas 1.•agamcntecilmdtlcas e pardacentas., c:s.verdeadase ac,nzcn-
tadas. Quando criança, aprendi q_ueeram :á.rvor,es,e doto,-as de 1-ron- reeofih-eeê-Jos.A amb.lgt\klade é sieuinh:TI;gonat-ural, e ,deve~ evitada
cot, g:alhos, rtbc-ntos, ramas.em e folh.as, ó que- fe.'ÇOde acordo oom par.a que o processo de visào fündone a.dequadammte. Observemos
suas [Prcsua1Í\'e15 espécies, ~inho, ~,;u.nhdro, pinheiro, ollve.ira. ums arvore. Se ela é vfftical e parece firme, sabemos que podera os nos
multO embora rncl!ISollms :só,·ejarn difercnt~ wm; de verde.'' apoiar nela.. Se-da nos parecer pc-rigo.same:atc- inclinada e firJJil, não
Assim, ~ olhos e:o prncesso d_c:'l'isão estca.dem-!;cm\ rnuitlUidire- ousarfamos confiar-lhe nos.so ixso. Mas se-da nos der a imprcs:s:ã.od.e
ções. cluapolando o 111tode ver e aLingindo os domínios e as funçõei< se:rum mis.to dessas. duas qwilidadc:s. ou ~ja, de não sc-rnc-mmldra.-
ela intd.i$.!ncia. Todo o sjsterna netVo.so,interage com a vis.ão, int~~l- mente frágil, nem forte o suficfo:atc-par.a.suste:a.i.arnosso pc:so, estare-
fit:ru1doa.ossa c-.apacldadc-dedi.sc1"intínar.O tato. o pala.dar. il óllUd.içao mos dia,nte de um~ inform~o v~ual 00111f~. O padrão, o inµ,t visual
e o onato oontr•buein para nossa c-o.mprecnsâodo mundo qlle nos ct:t· será, nesse caso, •ru::onclustvo. Sertai p:redso \Js~r out11os:métodos que-
/\ DJ. Ã>JICA 00 wm i>"fl> 113

valer a oontrlllsre (fig. $.2), e ni\,•e:lamentopodi? $er a~·mc:iado a harmo-


1
1 nia (fls.. 5.3). Porém, seja quru íor a Lingu..i.,gern d~rití~·ai emr,r~da
1 pua de:sigmu a!-iduas polaridade:.da composiçjo ,•isua1. a nh1clada ou
1 a aguçada, deve-se-en fati.1.arque amb:u constituem exct":~ntcs irmm-
1 men,os para e-!aborar uma manifestaç~o \'i5uaJ com dari?Za di? ponto
1
1
de vlsrn. Su:;iu1iliza.çâohaomàosa :;ijudamuiw a evitar confusilo, can•
1 LOdo desianerquanto do observador.
1 O gui: o.~~scal1i:srniinvtscisata,n e determil'laramatr.i..,·ésde seú
1 rcoonbodmc:ntodo \'itlor de:.% dur1stétntcê\! vi:suai.sé qué o olbo (t
1 com de o cérebro ht11Y1;.11no) nlto será detido em sua ete:m;.11 bu.sçade
1
resoht~o ou feehamenro dos dado. sensórios que percebe. W,mhci-
1
rner lntrodLJzluo a,rl11c:fr:iio
que rege essahii,óre:s.e.e cll~motH>de lei
FJGIJfólA S.I da pres.11Jr1el:;1,
quedeíine :;i.sim: "A organi1:aç~o'"irológi-ça erá serr-1.
pte Lilo"boo' ctti,mcoo permitam as oonoiçôes-.·i,g,enres ... O q 11ese pre---
nos. confirma:ssc:ll'lt1 resi!\ccnci.-a
e a .solida da ár~•ore. Uma linha trar;a.- u:1,dc:di.Ler<.:om·ooa••11!0 ílc:.iln1eir~rriente clar-o. Sem duvida, o que
ds cm urn quadrado, ,mti10 próxima. d.e:seu ,;;e:iuro,gcomfirico. mas c:lcescá ~uic:s'iâdoé ili resolução em 1ennosde regularidade, simelria
.ici rnc:.motempo db.L;.mLe r;lele,comtitui um ~emplo rnais abstrato da e lrnr,lí-cidade. Forç.1.Scomo ~ neces~jd.adede ooncl1,1ir ou ligar uma
rnc-.smasituaç-.i.O(íig. 5. l). A linha st em:oâ, ra a uma dis.tãlilCi111sufi- linha iriacabada (fig. S.4), como no íechamen.ro, o 1 de oomrapor ror-
cic-nccdo dxo stt'llido para perturbar o ob:servador, rnss niiio estã sufi.-- mas se:melha_rues, como no '' prit1c(plo da slml laridade", sto .aptia!ivei
cic-mcrnc-atc dis.tat'l,epaira fazc-r com que :.ua poi,iç!o d-e di:sc-quilibrio aquJ (!is. 5.S). Conclu1ras llllh , ou -3.i!;n.rPilt'
as forrnas ~rnelbances
~cj.apc-rcc-bidaoom iodai ,a clareza. A utilizaç.,'io rn:;iiseficm: dos mtc11:- eum p.áMó rumoà simplifleaçilo, um pilsl,O lrlevhJ.~·elna mec~nica<la
n ismos de- pm:'<'p;;i\!iovi ual con~istc-cm sjt u;n ou ioem.ificar pistas ,•i- pe:m:pt,-ão do or,gaaism.o humano. Ser.ia, porem, tão dese:jávtlQui.L□to
su :i is como urna co~l Oll outra. cm r:qujJibrlo 01,1n~o. force ou o indicaria o impulso fisiológico que leva a ele? A r,egulacidatle abso-
a1neaça,doramc-ntc f"râS,1l.Os g,escahise& trabalham com essa nc:cc-.ssi- lULilpode :.et apurada e regulada, Lendo em "Vista1,1mi.,erfeicore:,ulLado
d:i:dc, e-dcsrrc:,.·emo d.oi~e~tados ,·isurus a11ta,gônlc~ oomo nivelação ~·iuai. ll f.\cil de r;lecenniflar,e é simpfes
final r.let1cna rnafilfe,,.caçao
e aguçarneato . .êrn Prlridples of Gestall P$ycholoa,y, Kofíka define o reagir a ela, lErn Q1Jak1úer dos e,,:1rert10sdo r1todelo de comuni(!aç$o
aguçamento corno '\11n i11e:rcmcntoou ,c-x_a1,c:ro", e o nivdamcnto co- est(mulo - resp0s1a. t'lada fica ao sabor do :;!Cil.SO,da em1~.lo ou da
mo "um c-nfraquecirnemo ou abrandamento d.J.pee:uliaridsd.c:de um
padr!c''. Na termfoolos.iild;.1~ tkcni-casvisuais. il!lJt;amento pode cqui-
D D


• □□-

□ ••
• • □

FLGURAS 3 FIGURA$.l
114 Sl'NTAXl:I DA _LTNGiUAGID.1'a'ISUA.L

de nada. O .efeito finai ro; o Q~e re.almente busce~·em, um efeito de


harmonia e equilíbrio oonir,Jetos em <11tenada. Jirava visualmffitc ~rn
resolver. Chamamos o estilo a;reio de ''dàssioo' ', e a efe as.s.ociam{li.
uma esuibillcfade •~al. sem quaisquer ~u[vocos por parte do des.ia,nel'
e si:m fatore~ que l,'IOSS.IJl't'l
i:;,erturb-.tro observador. Sem dúvida, res:-
ponde a codos 05, crité'ri~ <:al).íl.tes de produz:ir o "bom'' descrito por
Wertheirner em ua leLda pr•:gmim:ie, e se ajusta ils uigencias inoons•
cient.es (la, merue e mcc-.ânicafüi.ca do corpo. É uma q1,1;plidadeda
qu:.u lmd•ui~oficiaiscmamcntc se apropriaram momoderno.mun-
do ocidental. ~ é muilo oomum se empr~r o es1l!o dássko er:ned1fi-
e:iO$públicos, cm ~pedal nos palácios de Justiça. A opção por es.sc
estilo airqulLetcôruw□ão só associe scu!ilconstrut.011esao amor pelo
ber e aos id.ea[sclemocrá.ttcos dos grcgi:>$,m:u também à rô\eioMLidade
de seu equilíbrio. A figura dia Jusdç..aicom os olhos vendados, que nos
remete a ma busca de cquibbrio e imp,arc.ialldade(sirnbolkamente mos-
inlerpretação rnbJe-ti,.•a.Os .a:resosdemons1ra.m a busca a~oluta e ló- trada pela balança qu.e traz na!'lmlos),,é vlsualrnente 001151.lmada pda
grcã eleresu.Uados bMmonill5ÓSna eonc~ç:.ão d_elcmplM cerno o P~- .s:imrtr:iada concepção de um templo areJO,
knon. lo só se utiliza ali e f órm\lBa de seç:Lo ãur,ca, a pro[)()rçao Ma.~o .. 'bom'•, tal como o define e lei da pr,e-g;niíncia,nAoprecisai
matematLtamenlc determinada, como há lálfi°Mmo mais.compkto u:st1 de simetria t @quil~no como expreS,~e$ ú:aic-.as:. nesse sentido, .. bom'•
do cquillbri.Q axial ou simctriGO(rlg. S.6), Os gr,egos s.caoiei:iparam também d~sa'~ a e~ de uma liDS.llifcsLação visual, qu@pode ser
inclusi'f"énos truques pert~tivos de coru:epção e construção.de tal mo- obtida ::ttr;;w~do .1,iuçarnento, ou, 1110s termm de nm;,;i0utra deflniç1io
do qu.c eqúífo guc se vê pareça o ma.is l)róximo possfvcl _daper.felção J)OSSÍ'o'eil,aitravés de tknica do contraste. Ainda (l\le ;a .neicessida.de mais
de que-0 homem é capaz. Como o olhó mmsíorma wn.almha re,t.ainti-
lRWICUf\'ª ligeuamente cõnca'w'il(fig,. S.7a) quando oonlêlfiJ)~ de lon&e,
óbvià e aparente- do se.r IJ,umano ~•*~ (!(ll,lilíbrioe répOullo, a ncccsstda-
de d.e-resolução é: igualmente forte. e o aa:uçamcnto oferece grande.s
os a:rquit.e.tosgregos projctsram as çolunBrSda fachada do aem:i,looom possibilidad.G.5de ;uingl-fa, pols a l'CSOlução,él!llJIB c-xtcnsio da [ru\ia
umai cQnwcxidadellEJ!ira• mt verdade, i.mpe,~ptívd (fi,a. S.7b), par-ili int,mor de bannonia e t)TOYém mais d.a Orfi:aniz.ar;.ão da complexidade
oornpensar esse fenômmo ~ prod'uiil urna linhaNta :ap~lern~nt~ pcr- do qu.e da pura !5.iml)licictade.Em Art ª"d Vis.uai Perception, R.ud.olí
fcitã (fig, 5_7c), Er:n :u~busca d:a perfeição. não se d.cunham dtamc Arnhc.im se refere à aparente contradição desse fato como '"uma. dl.la•
lidade ligada h atividadcl!iperelCilas do pro~ de cresciment-o e do
esforçopara c.b~ aos o.bjctii,·osvitai~,••. O nivelamento (fia. :5.S).c0-
mo na concepção da facbada d~ um templo sre&o,é harmonioso e sim-
ples, mas o aguçamento (fi_g.!i.9) 1em intenr;õcs muito mais ,i"i.taiscm
seu Càriller vi:sual. Contudo, nlo seria juJ.t.odl-zerque um é mais Cádl
de pcrcebe:r que o outro. São simplesme:nce dif éreala.
O ato d@ver é \lm r,irocess.ode di-scer.nimcnto e julgamento. Na
e figura 5.8, o dois prooessosp0dom ser ativados, e os r-csuU.aàosde
seu f1,1ncioname.n10 podem ser estal!Jctccidosrápida e amoma.tlcamente
116 :sJ 'TAX&llA U:'iC.U,'\Gt:-r;~ JSl" 1.

brio não-axiaJ e. dC'Vidoa clareza desse fato. podemM dizer que se tra-
□□ t11de uma boadc-monscraç!odo ~lado de •·.liuçameato'' visu.aJ. Para
cri..aruma manifcstaç.ào 1,·isualclara. é preciso optar decldidruru:nte por
□□ □□ um ou outro caminho, o oi-velado ou o a81JÇado, o oontrastedo ou o
h111rrnonioso.O designerd~ Se;S\IÍI' o dito pOpular; "É pegar-ou lar-
□□ gar.•· A área entre ~ ni~·elaç.ào,e o <lJl:Uçarneatoé-c:oafus;a e-obscura,
e normalmente deve ser e,•íta.dai,poi.s a comu.niraçilo que-dela cresuha
nlo é a:pe-nasmecHoere, mas lambiém estct~camc-ntcfeia. Qua_J)dOas.l.à-
ftGtlRA H FlGUR.A 5.9 ieriçOes,,[ l!laisdo dtsignw niio forem esboçada$ e -rof'!troladascom di:-
cermin.ação, o resullado será ambiguo. e o efeito produzido será
p:Jo observador. O c-xc:rnplodei--nonsua um cquilíbno completo e ia- in!iatisfaw1io e deoep;ionantepara. o plibllco (fig. 5. l L). O eqtiiUbtEo
quc:stionável, Ma!l tam.bern podtmos t)'revc-r,com relação ao observa- não pode ser estabeledclo cl.a.ra.mrnlcnem de-um modo, nem de 01.1rro;
dor, a rt1esma resposta ,,pLda e :)utomátk..a li ÍLSura S.51.A dd"inição em pri,neiro •~. os c:lcmc:ntrunão podem ori!Janiz~r-see relacionar-
da escmmr.a não e tão incquh•cx:-1,a não ser num 5enlidonegativo~ os se emre sí, -il>s:.imcomo tamt>c_rnl'1ÀOc:onscguem fazê-lo com o c;arnpo.
ek:memos visu~s não são s:im.c:rricos.Nã.o se c-qcülibram.no senudo ób- A liáó Ilia- que: s~ja i:ssa a uprc-;s._~ã.o procura.da pelo designrr (urna
vi:~1.ml
vio qw: o faz.em os clcrornlos da ÍÍJ~unt;5.&.Mas o c,quilibrlonào pre- possib1Lid11dc- remota), a ambjgfüdade de,.-e ~r evitada corno o mais in-
cisa. assumir a rorm:a de sim d ria. O pc::rodosel~tos do dt!sig,rpode de.s.ejáveldos efeitos visuais, não apenasii)Or ~ pS1oologicamc:atcpr:r-
ajustar-se assimetrlca111entc-.As forças adicio.na;s aíastam o design da lumadora. mas. por ~ua natureza desleí.:w.dae infmor, cm qwi.J.quer
simplicidade-~rnu o eleico final 1:um equilíbrio escruturado pc-lo peso nívd de critfrio da comuni,;;açâo \'isual,
e pelo oontrape~o. pela ªçll.o,e pela reação. O efeito íinal pode se, lido,
e o obsc-TV'adorpode responder a de oom gntncle cl~reT..a;trata-se ape-
nas de um proacsso mais com(;.)le.«:i,e-,porta.ato, mais ]ento (fig. 5. EO).
A mescna c:11.pacidadcperceptiva da psioofüiologia humana cruedl!l:c-r- o □
mina o equilíbrio simkrioo pode, .1u10111aiicamc-nte. medir o ~ullíl.nio
a.smnétrico e responder a de, Não é um proi;e$SOfâdl de demonstrar
,e-definir, e:, em decorrência disso, costuma parecei:-mais intuith,o que
fis:ioo,
Urna coisa é cercano que diz respeito -ilO,eq1,1iljbrioassimctrioo da. FJGURA S.11
figura 5. 1O: quase não es,á equilibrada simc:tnea1neme. O ob.scn•ador
nAo é 1>101,•ocado pda il~ncia de 11csoluç.ão.ne>mse vê incomodado A harmonia, 01.1o estado .nh-efa.dodo design visu.al, é um método
peJa runbig"Uldade't'isuaL O desenho ~ u:m11darai idéia de ~uili- ó.til e quase infal!vel iPill'il a.solução dos problemas composlü,.•os que:
ams.ern o crlador d~ mc:nsagcm visuais ine~m:,erienree pouco blibiJ. As
re,grM il :!cri.::mobs.cr-.·adil..s
são extremamente simples e claras, e-, se fo.
rnm seguidascom r.il(lr, :scrndú'Vidaos result:i:dos obddos serão atram-
res. Simplesmente: n.ão bâ c:omo c-quivo~r-s.e. Por ratões de seguraaç.a,
o e,quilibrio axial mquanto c-str.atégla,de.dtsig'l cemsido um iuscjmá~
FIGURA ~.HI ~-e]1tu:cüfarpara a cri~.o de dffigrrs de linhas dcspoj.ada-. e çoncisas..
118 !UNTAXE DA LIJ'(Gl,.,AGEJd\'ISUAL A DO CONTitA.Sff.. 119
DCN'ÃMICA

o .designde livros. te:rn sido dominado pelo aspecto dassioo das objetivo a. oblençâo dé um eíâto intenso. M.u .11incensiíicaç,lodo sjg_.
páginas cm éQ,uillbrio,ahso!uLo (fl.Q:.,. t2). iJ)rinelpalmentc-d~dic' a in• n.iJkado vai ai:ada ~ lonee que a. mer.11 j 1uU1posiçlode elementos
~ do tipo metáli,co móvel. A natureza mccâni~ e matemática da. díspares, Coasistc cm uma suprmiiO do superficla.le desnecess:á.rio,que
,compMi~ lipográíic.a prcsllil.-.se perf citamente aos câk:nlos que:~sul• por sua vez Je,,.aao enfoque nalurall éloessencial. .Rembrandt1uifüou
tarn cm ,equilíbrio. Porém, por cn~or que ~ja a seaurança e-a confia• ~ método no dcsrn,·olvimcnto de sua I.Ccllicado c:1:are-e9i;Ur(). O no-
bilidado que .atécn1cabarmoni.oisa do (1esjgnrm-d_ad.o pock oícrNer, me des5a.técoira \'e.DJ da oornbinação de duas ~a\tnlS Etafümas:ci,/(lo
p~ociando, coino no caso dos lirvros,uma configur.a~o de oomposi- ro e scrcro. São ess:cs os demcntos que ele usa, ai claridade e a
Çii;ovisual que não intert'erccom a mensagem, a mcnlé e o olho exigem obscuridade. Em suas tdBJ.1(f1i1.5. 13) e em suas aau.M-fortes, Rem-
um ,e$tJmulo.A monotonia rcprcsenia. P'ifa o .d~gn Yisualuma amea- braadt des.c:IU'tava.
os toru mrermcdiârios pi'.\ra acen1úar e realçar seu
ça tão grande quanto em q~lqncr ontra esfera da arte e da comunica- tema com um aspecto majmos.o e leiltral. A inc:rívelrlque-..widos r~ul•
ção. A mc:atc e e, olho exigem estímulos e-~urprcsas, e um design. que Lados ê um argumento tão forte [Pilfilo cnti:ml:immto e a utWzação do
HS-Ulteern .ro.to e alldácla !iugere a necessidade-de aguç:aimemo da õ- oontrsste,quanto qmqucr outros que possam ser i:atuntrildwém.(llk'1.l•
lrutW'ª1e da memaj.e.m. quer ni..-.el,no oorpo d.a obra visual.
O contraste é rumlnstri:unemoessencialda elotr!ltégiade controh:
~ efr:i1osvisuaJ.s.. e, con~Uentemente, do igruíicado. Mas o con-
trd!tc ,é, ru>mesmotempo, rum[nstruntentio,\lll'la técníç~e um concei-
A PRIMl::H (Y- VJSUb,l LITERA<::Y to,. Em e.ermos basic-os,n~ comprCêüsJiodo Lisoé maisprofunda
qul!llldoo contrapomos ao .;lspero. :E:um fenômeno físlcoo rac.oeleque,
quando toca.mos ,cm a.lgum11ooisil áspera é aranu]osa,, e emseguicla.C0•
t:-iJ.]])~ superfícielisa, o llsc OONceráainda mruIiso. Os 0PO$·
t:m. uliUli
tas p.irtéérn str ainda inals inL~e.rue elesmesmosquando penS3.mQS
neJ~ cm lermos de sua slnsularloode. Nessa ob3er-.·~o encomra«
o significado cssend.al da palavra.ocmrras1e;esLaroonlra. Ao compa-
rarmos o dessem!.'lha.nt.é,a_guçamoi.o sjplfiea.do de arnbos os opoo-
tos. O oontras.te é um caminhof uod.am~nwlpara a d:a.reuld!oconteúdo
cm arte ,e comunfuação. Em sr::uensaio "Thc Dynillllie Jm.J.$é"", Su-
s.anni:Llirlserdiz, com r,elaçã.oa esse fenômeno: •·urna obra de arte
é uma.oomposlç.iiode tensões e rewl1i1.çôes 1 eguillbriQ e d1!$equilfbria,

®éfêm.ia rirnu.ea; U:cn11unidade r;~ia. r,orémconUnua.A v:idaé um


Flô'IJRA 5.12 proees.so natural c.ompostopor essil.S11.ensOes, equilíbrio e ritmos; é
:iu-0o que se11Limo , quando calmos ou e.rnocfonados, corno o pulso
Como e.str.atégiavLsualpara aguçar o signjfic.ado, o i&Ol'.LU'Mtenlo, de n~ própria \·ida.'' Ma o lm,pulso demonn,ado pelo contraste
só é e.apaz de c:stimulãr e at.rair a atenção do observador, mas pode cn~ o,s o~Hi~ ser ma11iputadocom tanta ckllcade7.aguantoaque-
também drruriatizar esse :s,janl(lcadQ, para torná-lo mai$ impoflàlile e ht,e,:igl~ pelos temperoo na culinária. O principal objci:oo d~ ama rna-
rmi.isdmâmico. Se-,por exemplo. ,quisermos que aJgu.m!!Iooisa parCyãJ nife:<1taç~o é a cxpr~.
1í'i:suaJ a t.ran!.misdo do id~ias, informações
claramente ~de,,, basta ool~o~ outra cOWl.pequem.aperto dela.
bso é o con1raste. tuna orgenizaç:lí.o(los C!itimulosvisi.:uüsque teca por • Em Pr0-blttm.,;o/ An'.
entende-lo rnelbor. e preds.o v~-lo em termo.~ da
e sr:-n1imetu0'~ [PI.Ira:
ClCprc-s~o.Rudolf Arnhc:im dc-u a intcrprc:taçiio mais crlatlva. da inre-
ração entre- p,ens.amemo e estímulos ,•i.rua.is.Em seu ensaio'' Exi,tes,.
sion and Gc-st11ll·rheonr''. q1,1çfaz. pane de uma 1.-ast11oomp1l.açao de
1cxtos cntitula.d11Psyd10IORJ1and the V1SU0J Arts, Arru=ira define ex-
pressão como Sêndo a_'·cont~apartida psioológica dos prOéessos d[n;ft~
micos que resultam n~ orBani:,.ação dos estímulos pcrtcp-tivos". Em
outras palaH.as, os .nesmosmeios de que o organismo humano ~ vale
para dec-0ditk,;ir, or11:anlzare da,. sentido à infonne.ção YlSeUill, na \'er-
dad.c a toda informa.Ção, podem t)T~r--sc, com grande cficâcfa, ,·om•
posição de uma mr:masem ~ 5ie~ C<Jlocadadiante de-um pul:>Boo,Em
,sua~ ramiftceÇ'ÕC':S psicoló.ídcase fisiológica!i. o procc:sso de inpul m-
formati ..·t, humai;o f)OOCscr.·ir de-moddo p11r11 e, output i.rtform~rh•o.
Seja no ní~I da expressão que-implic11íip;=n-- o contraste- de ele-
mentos visuai!:o,ou rlO '"'-'d da nprc:ss;ão, que em-olve a rrarumi.5Sio
de jnforrnai;õr:5 ,diuai co,nplc:xss., o comunicador visual d~ reconhe-
cer <>e-ará.terde: eãcád.i11do contrMtc- e sue importândi'I enctr.:iamoins-
J IGL! R.\ 5. IJ trumento de-trabalho que pode e dc,·e sa usacl.ona eomf)o içio i,·isual.
O contraste e o .a.guça,;lorde-todo significado; é o definidor bá.,;ko des
idéie.s. Entc:ndemO-~m1,1i10111Ai5a fdkidadc quando a COfltt;)pomos à
t-ristaa. e:o mesmo s,epode di:,,:croom relação aos op,O:ste»amor e ódio,
.l feição e-hostilid11dc:
1 moci,.•~çjo e passividade:. partidpar;--ão,e solidâo.

Oida polaridade puracaence conceitua! pode ser c:xprc:ss11 e assoelada


,Ur.'!.~S de dcrnt!'ntos e tél;nieas 't'[S!,'lais,
o~ quais. por s.u11vc-2, podem
a,;socier-se e seu s1sniti~do. O amor. por exemplo, pode :.er t1B1?rido
por curvas, form..LS-circt1hm~.'-. OOJ!:$ qur:nti:s, texturas macias e propor-

FIClU!l!:A.
j_J S FICiUIRA~-141
FIO RA ~.14

-------~ --
l!22 !i.l,._T.lXF.. DJ\ J.JXC1JI\GDI V~l.'Al.. ,\ OJNÃ:MICA DO CO."'lTRA5'1'E l 23

çõessemelh.inces (ris,. .S.JS). O ódio, corno~u op;<mo.podttia 5-4:!rin- pMsibilid'.adcs ck produção de-ili fonaaç&s visW1.is. oorntraitante:s,. A li-
tensl ticad.opor ãnsulos, formas recas, coresagressi~•a.,
, tex:turas ásr;.icra~ nha, por cxc-mp]o, pode- sc-rformal 01.1informal. e no,5 do~ caso5 sgrá
~ proporções <l~rnelhantes (fig. S.16). Os elernemo. nbo ~o óllbsoll•• portadora de-fortes: pistas. i:aformativai-. A fl~ibilid.a.d.e cb linh~ iníor-
tam.c:nt~opostos, mas pów;O falta pam ,c1ueo sejílií:'I.Demte todas a. mal res..ulta numa sc-.nsaç!o d.e jnve:. i~ção e t,muulva n1ioresol..,id.a
têcn.icas 1,·i.suim,o coalnUítc éonip,~alc: oos rnan:ifi:s1.a,;õcs,·1-sua1:s efi- (fig, ,.20}, ao pa~.soque o uso formal da linha conoia pretls~o. pla11c-
cazes cm todos 0!.iai,·e.ls d..i.~lrnturn tocai da mer'LS~s,ern, sej()jela ecm- jame:mo, técnka (fi_g.5.21). So.1nemeatr,h'-és d.ajusraposjç.ã-o, dos do.is
c~itual ou clanentar. Assim. é 1;m,1:iso dizer ciue, én(l'lial'ílO iMrumemo opostospoderemos erlar uma oornpos'i,;.:iiocontrastante (íig. 5.22) cm
.,..isualde- um valor incstimá•;cl, o contmsti:: d~t sempre ser urãa rde- que se .acefltue o c:arái<!rbásl-codo tratamento dispensado..- cada linha .
rénd11 obrigatoria. desd~ 11 etapa gen~raliz:a.da da oomposição v~suál
atê: o car.á.t~ cspcctfioo de e.ada um dos d~mentos visuais. c'&oolh.idos
r,ara arckuler e c-xpr«:'5sar~·isualrncntc-uma idfu. 1
~
i
i
1
1
1
1

ftCiURA 5-,1"1

É étb'l.•ioque podemos explicar multo ma~ fadlmeme o alto se o


cornpararmoi; com o baixo, wbml.ldo ,;i;ua:ndo~o Us.ólldos esr(mulos
s.
Yi)uais (fig_ 17). A propor~o é de lm(;)Ortànc:iafu11drunef'l•runa ma•
riip1,1lacãocoã,p0sích•a do erunpo.AsI,lm, i,arae~préSsru- eo:mpr<:e.i!ão
a êl'Jrase n.i desse;nelh.íl.□lyi}I das pl51.asvisuais, o pOnto pri.acipaJ deve
f[CIURA l-,20 flGUltA ,..21
ocupar a rnamr proporr;.ão do e-5paço a ele dedicado (fig, 5.18), peJo
menos um ou dois terços do mesmo. Essa divisão proporcio.□al dc-vc
aummtar a prcc:js~o da~ intc:nçi'Jcsrompo 11.ivas(fig. ;5.l 9). QW1.lquer
que seja o cf:cito prctrnctido, a informa~o básica deve:ocuprar uma su-
pc:rfícic grande e dr?!iproporcionamdo campo a ela dedieado. A pmpor-
ção e: a esc:al~ àct~ndem. no mie diz: r,,!Speito ao efe3to visado, da
do rnnrn..riho 01.1do espaço, mas, ainda qtte es.rnseja 1.1.1t1a
t1li.11t1ip1,1laçào
consrdc:rai,;ão bási.~a relativamente à estrutura do ieontra.~te. não ê de:
modo algum m:ç~a. Outras forças eJeruc:-atan:ssiio de grande im-
portãnda para o cf:cilo final. Cada ckrncnto 1,·isu::!Ioícrccc- mü.ltiptas FIGURA S,21

---- ---- - - ---


124 SIST,\XE :UA LI GU,\t:,F.M \'ISUAL A VIN " flCA. DO CONTRASTC 125

Contraste de tom sições e, ;flO mm;r..arcontraste5 intmsos, claro oontra ~turo, escuro con-
tra claro, o'bceveum dQsmai~ortraorcfinário:s rc"SUltados..,i.sua.isde toda
Com o tom, a cl.itridadeOt.l a ob~curidadc- reJ.a.ti~·e.sde um C-il.mpo a hl5t.órfa.
estabclccc-m a intensidade d.o QOntr.a.sie,O tamanho ou a proporç..i.o niio
é a úa.k.a coisa a ser l~a em C(lnta. A di\•isão d.e □m 1;;11rnpoe:mpar-
tc-s iguais. pode também demonsuar o comrastc tonal (fig_,5.21), 111na Contraste de cor
wz que o rampo e dominado pelo p,eso maior do negro. s~ um 1oan
cadai\'C-:Zme.isclaro foss~ usado emsubstituição ao negro, e proporção O tom uper~ a ~r em. nossa relação com o meio ambiente, S-erl•
da área coberta pe]o tom mais escuro pl'eci~ ria ~r aumentada para do, pOrtanL0, muito mais importante que a oor na rrl111çãcdo cOlilrM-
c-onser..-iro efcito da dominsç.ão e rc-,;;~h•idade Quedá r~forço visual te. D-à5lres dlinen~e:s da cor (matiz, tom e crome}, o com ~ a Que
il.s mel'lsaaenconoeituai.s (fig. 5.24). O tom o::rtan1e11tenAo costuma predomina.. Joh:arines ltten íe-z uma abordag'°m estrutural d.o esLudo
~r di;.1ribufdo no c-e.rnpode forma ,mim tM rígida e TCE!u-1ar; no ca.- e uso da cor com bas~ cm muRos contrastes, r::nfacizando bia_:s,ie,arnen~e
LanL0,a análise de □ma composição vi~llil.l p0de tno.suar se hâ uma d.i- a opos3~odaro-C5-Curn_De-pois d.o tona.!, talvez o m,tisimporrante conw
1,.isãodos eÃcren1~oonai.s.substancial o imJkicncesmraa ex-pressão do LtilStede cor seja o quente-frio, q□c cstabdc,t-e un'radisc,nç:loen1-re2$
co□lrastc, Rembrandt c-hcgou a utrcmos no controle de . uas compo- c,;oresqt1e11re-s, dominadas pelo \'r:nnclho e pcfo amãrelo, e as fri..-u,d1r
milLii.dasoelo azul e pclo vierd.c. A naturc-:zarcc;cs!õi.vada gama azulw
~fi'l:Pl'eíoi usa.da para ind.ic-a.rd.istiiacta. tmqllillltO a qu.ãlidilde
.,-er-dr:
dolil.lnanté dá :e.una \i'e:fJ11elho-ame.rclo
tm1 sido use.da para C---XprêSsar
eKparulo. !Essas,qualidades pod~ atctar e posição ~1'aeial, urna 'a'e-.'!
(l ue a temperatura da cor pode sugerir pro.idmidadc ou dls1lncla. Il-kn
ei1a. alsul'IS O'\RfOl conu-asm.es de cor. ca.tr.c-os quais o oomnplemem~r
e o simultâneo,C;lda um dclcs tem a Yc-room a qualidade: dt eor ~ue
pode ser u:sada l,'),alilag~r uma maaifcstaç-ã-0visual. O coa.traste:oom-
pkrne-nlar é o ê(l t.tílllbriorelativo entre o quca.t,c-t' o frio. De acordo
reco e teoria da cor de Mun. ell, a cor compkrocaui.r si'.'situe no c.úr~
mo opostodo cirrolo cromático. Em forme de- plJlllC".llró,as eo,nple-
ment.uies dernonsumn duas cojsas: primriro. qu.a.ado mn:ist 1U'i.1'da.
,
prudu~m um tom neutro e i□tnmectiàrio de c1az11; em squndo lu~r,
ao !.ertl'llJU-"U.aPO!itaS,a~ cornpkm.cnt:ar~ f az_-c!'Jllcom que cada IJma delas
chegue a. lima irwen.~idadc máxima_ Arnbo:s os fmôrn~~ csUío asso-
cirul~ à teorla de Mun~dl do oontrsstc sim□ltãneo. :i.·lun!iéll escabele-
ocu m çer-es oi,osUIS nQ drculo CTOmáticooom base ao renômeno
rr:~lotósicxihumano da imagem posterior, ou se,ja, a .::orq 11e1,•t?rnos nu-
111a sui,erfície branca e vazia depois. de:termos fixado o oll,ar em algu-
ma ,oucra oor por alguns segundos. O pro,;;e5so i,o,;le.:!15..
1,1mirainda uma
outr.a forma. Quando um quadrado c:irua é colocado dentr() da super-
FlCJURA5.24 ftde de uma cor fria, scrli Yisto como .(11.1eme, L5.10é, matiz.ado pelo
126 SNT Al;E DJ\ UNGUAGFA\I VTSIVAL A Dl'IIÃ.MlCA IDO COO!ITRASTE 121

tom oomptementar dll cor c-mque e-Stasituado. Em OI.li-~ pralavras. Os mesmos fil11oresde jus.raposição de-quatidadcs dcspropordonais. e
a cor oposta não é apen~ um111 ooise que se cx:ped:mema perce1niva• r no emprego de todos OS, clcmcntos ..-is.uais
dmfCff:':RCiad..is !!e r.ue.tl\ 11.fflôi
mente corno llma.imagem postrnor; ai c.'"perlênda qu.e dela temos é s.:i• quando se tem por ob,íetlvo apr<weitairQ \·alor do contraste: aa d.cfini-
multâm::a, amravés de urn proceMo de n1:1.nrali2.açâo,associado ao çiliodo :signiffo.a.do,·isuru. A fu1lr;ãO1:1rind.l)alda iecnica t aguçar, atra-
impu.lso aparente de .redll7irtodos os r::àimulos visuais i1IS\l~ forma mais vés do deito dramârboo, m11scl11 p0dc, ao lfie:5a1\.0 mTit,O e çom muLto
nr:utrae simpüfirada pOM-fvel.Ins.crimosa ror oompleum1uu· emqual- cxfto, dar maior reéium1eà atrnosfer~ e à5.s,,1.!11.$aÇOO que cnvot ..·em uma
guer oor que csti•,1:'JmOS\lendo. As.~im, parece que não só ,ex.perimen- mani fosteç.ão 1,•isual.O oontriUlé deve lmerr ificar as iniençõ~ do de--
l.ru»oS um deito de Rldu.çào OOimante- (105 c.,;túnuJosmi nossa perc:cpção sign.er.
dos ~,cbões, ma:s tambê:cae~1amos fislologiçamcat(- envolvi.dos cm um
prooesso de:supressão c.romiti.c· ~ nossoúJput informativo visual, nu•
ma l}m(a incessante de um tom inrermediàrio de ciaz-a. O conlr.LS.le Contraste de escala
é o anHàoco_p:rindpa!Icontra essa Le'!'ldência_
A distorção da c-scaJa.por exemplo, pode i;;noearo olho ao man[.
pular à força III proporção dos objetos e c--0ntrad.izi;r- tudo ll.Qüilo QIJe,
Conh"utt de forma em f11riç.'50 de nc,s.<;a expcriincia. C'SJ)eramos.vt<r(fig. 5.2.7), A idé:laou
mensag.em subja~nw a.Q uso do concr.e.steatn1ve"Sde urna esc.ala dis-
A à~ess..ldade que todo o sistema perc:eptLvodo ser burnano tem torcida deve da :&ei'lóglea~ deveria ha\•er um motr.·o racional para.:ame-
de nivelar, de .atingir um cqujlibrio absoluto é o fec:hl)lmcntovis.uai é rupulsção de obji:tLwll visu:a.~c:ont.«ldos. o e,:emplo que demos. a
a te:□déncia oontriíl a q~l o oontrast~ d.csem·..adeia1.unaação ncutrali• rcl\s.'çãot'lltrc o s~nificedo da gr-d.11d.c:
bolota em ptimelro plano eo,car-
zantc:. Atra't'r:-sda <:ri.lçàode uma força oompositiva antagônica, a cii- valbo menor a.o fundo ~n~lite vlsualmerile a idéia,de-que .. os grandc-s
nimiça do contJ'B5te poderá ser prontament~ dmiom1radai em cada canal nos nasc.cm de pequeJJas bolOC.t.$'',mas dramatiza a import41ncia
exemplo de:demento visual b.i!J·koque dermos. Se o objetivo for a1rair da bo1ota, e. ao faz-f.Jo. articula. o :si,gnitirado b.ií.lco que se procura-
a alcnção do ob:ser\•ador, a f onne regular. dmples e ~so1vid'8.,edomii-
nada pela forma i~gu]ar, imprmí.,•e]. Ao :semn justapostas. as tex-
turas desiguais. intensificam o canilcr unk:o de çada urna {fig. 5.2.6}.

FlOUIRA S 25 FIGURA S.26 FtClUIRA.!.2.?


i\ Ull'o'Á-'ltlt:.I\ 00 COXTRA!.TF. 129

Çomo cêcnica v.isual, o oontraste pode ser ãlnda. ma is i nccnsifi~ado


\"!l. pomo da hil?'.fi,nqui~.de'>'-':ser d~ipHuada pela inttnç.io comunicativa
a11a,•é5.da jmcaposii;ão dc meios diferente~. Sé a bolo,a for represe:n. do de.çigt1r"l', Quer se ,rate. de uma s,emaclc:se-nnadanuma árvore para
cada em tons, e a âr,.,ore por meio de Linhas (rig. 5.2A), ou se 3 repre- indieflt o ~l'lliãho numa floresta, ou de uma imponente r:atedral quc
senrn.ção tonal íor urna foto, C o desenh.o li linha, mais interpreti.Lth·o er&t•es1,1astorres pi.ll"ilo céu, a organização dos dementas , 1iswlis de\,c
e 1le1'!i\·el(fig. S.29) o oontrastc: s('râ. intensiricaào atr.:h·& ele pi tas vi•
1,
rc:;ponder ao obJetlvo da rnaniíesr.t,ção ...~uai, ou seja; a Corra.a.dC"Ye
suai. elementares a partir das quais pc--rcebc·rc:r□o!- 1.mísísnJ fie-ido. $1?8UÍra: fun~o- Nessa busc.\, o contr.we é a ponte: entre a dc:fmição
e ~ comr,reens.ll.o das Ld~i~ \'Í-!.uais, n.=:iono sentido verbal da defini-
ç.'lo. n1as no se.nridovisual di:: tornar mais ,·isíveis as idéias, imagens
e.sei1sa,;ões.

lEKerdcios
1. Tire uma foro CIUenoomre exemplos de rnna manifestação vi-
~ual que . eja (1) equ 11ibra.dae hamtonisa, e (2) assim61.ri.cee-contra.s.-
• anw. A11a.lisee oortiJ)i.lt•eo efeLLode cada uma, e sua c..apaC'idacl.cdc-
1ra nsrn 1,1r informações ou criar uma tlc:tc:rminada atmosfna.
2. E:.ieolha.du~ ldéi=-scot1oeí Lua.is
opost~ (amor-ódio, 1u.c:rrn-paz.,
cidade.campo, orsaruz..açâo--cot'lfus.ão). 'um quadrddo. faça Ull111 00-
lag_e:mque re1:>resemeo <:0t11.tate de idéia!I, uLiüza□-do t&-nic:asv.isua.is
FJGUIIA. S,l:$ que refor-cem o ~sníík.adoatrilv~ do material usado.
3. Faça uma colai em ou rire uma foto l!'lil que: materiais visuais
No nível básico de co□-s• ruç.'io e deoodi ftcação, o rontrs.stC' pode: deisst:Jndha.n,es estejam justapostos, mendo ern ..,ista uma intensifica-
ser utilizado com tode>5os. c:Lemcnl~ Jxi.•oos: linha, tom, oor, -direção, ção ou a.i,;uçamenlo do ef ei.to da mensagem.
forma, movimento e, prindpalmeiue, ptoi,or,çifo e:cs.cala. Todas. esses 4. Procure 1,1m e,:emplo de dtJ11mou arte 1r.íJica r:m que: 11surpre-
forças silo valiosas panrn ordr:mlçfu) do fnpui e do outpuJ visual, cnía- sa resultante da Jusraposição de. infonnações -.·isuais ine5Pc::rad11s dra-
ri7.ando ai importãncia fundamental do c:o.1maste no conuolc do ~gni- matize a intendo subj.a(e1ne ào -i.1.rLL5-La.
fLcado. Toda mensqcm ..,i11La.J <:ombinaos elementos cm uma intc:racã.o
complexa. Muitas coi.s:as.e:!U~Oa~on,eeendo ao mesmo tr:mpo. e -édifi-
c-ilevitar a confus.ão e a a:inbis,üldade, Se o que se procura é um c:fc-110
final coerente, o vago e o Jenérko devem SeT modificados., atra..,·6 do
oontra.i;tc, r:m dir~.ão ao ~r:ado pr«lso e ~pedfico da realidade oon-
CI"(!~,C'murn proc~ i:m q~ o d-e.s1a;r 1:1es
1lte:de uma sêric: de dcci-
sàes. A visio inclina-se para a Or&aliizaçJo d0$ dado.s, e. atrave"S de
uma oompll!'.!Údadee· d.avezmaior.\1ai das sensaçól!S primári~ (a e11-
pressão e II oompréet.1.si'.10
de id~as simples) ate -o nr.-d abr.traLO. A in-
forrna;;;.ã.ovisual remessemesmocaráter evolutivo, embora, c:rn.al:surn
6

TÉCNlCAS VISUAIS: ESTRATÉGIAS


DE COMUNICAÇÃO

O coatrudo e a forma são os oomponenlC!i bá-s:icM,írredu1ívei.s,


de todos os me:io.s(:amú&i'c:I,a poesia. a prosa, a dan~). ~. como é
nossa principal pR'O(:upa,;:fu)aqlli.,da.s ilftes e oficlos ,•isu;p.is,
O con-
teúdo e rundmru:ntalmenk o que e:u.ásendodileta ou lndir«ameiue
apresso, e o çruál,er da informi\çü{I,,à me~m. Na. comm:li.eaçào
v.isual, por,6n, o conteúdo nunca está. tliMó~adodá rorma. Muda su-
tilmcntc de um meio a outro e dleum formlll.Oa.outro. adapt:md.o--se
às circunstâncias de cada um; vai desde o design de um pôster, jornal
ou qualquer ontro formaro impresso,com sua clepe.ndeocla espeeífjea,
de-palavras c s.imbolos, ate uma fotô, oom~ típjeá$ ob.!ier1w·a.~ões rea-
listas dos dados :ambientais, ou uma ptalura abstrata, com tua utiliza-
ção ck ,c-lc-mrntosvisuais purns no interior de ama ecstrutur.a.Em cádà
um desses exemplos; e cm muitos, muitos outros, ,o oontc.údo pode ser
basicamente- o mcm10; i:nas deve corresponder a sua oonÍlillraçüo, e1
ao fazE--lo. proceder a modiftcaçiõl!'Smcnor,C'llan seu caráter c-lc:rni:nlar
e comp0sirivo. lJma mensa.aemé eompost.íll 11.endo an vina ur:nobjeci-
vo; contar. expressar, c:.xplkar, diriJj.r,ntspirar, a! etar. .11busca de
qualquer objetivo r.izem-llieescolhas. a.través das quais :sepretende.re•
fo~ e i.ntc:nsifit:ill"as intençõc:s t:'Jq:m!ssh·ils,parn que se pMSa detei
o c:--0ntrolemliximodas I'C!ipó~tM, ~ e.:tixeuma enorme llaibllid'.a.de.
A composição ~ o meio interprt;t.ativo ué: contromr• reuneirpret·ç;10
d-e-wna mmse.gcm visual por parte de quem :t rr:,;ebe,O sianií.1.éãdo
se enoontril i..ilntono olho do ob6ervaoor q1,1imtono ta]l!nto, do cria~
dor. O r,e:rulrndofinal d~ toda e~perifnd!li vismd, ~ nawrtta. 4.!.b~i-
eame,ue,no dtsi~n. escána iote:ra.çlode '1'01:uidaciesdup!<8.$:primeiro,
132: S1!1/TJ\XE DA LINGC'.1U,i:;,o1\'ISúl\1

as forÇas do conteúdo (meosas.eme isnilicad.o) e da forma (de:.ign, A mensagem e o método


meio e orde1~ão); cn'I.s.e_au.ndo
lu.gãr, o efieitoréciproco do 11rtirula-
dor Cd~1.-ignér,
artista ou .me-são) e do m::q;,tor (público) (íi.g. 6.1). Em A rncn!isg,cmc o me:todo de expressá-la dependem grimcikmeme
ambos os c-~s, um mio pock :s.c:separar do outro. A forma é aí ceada da comr,recn!'lt!0ç da capacidade de m;ar as 1~eníc-a.i\ isuais, os instru-
1

;i,elo eonteúd0i ô oontéÜdo eaf~11dopela forma. A mcmagcm ~ emiti- mentosda compo: iç.\o visual. F.m F:fememsr,JDf!sjgn. Donald An-
da pélo cri11dore modificada peto obsC"rVador. derson ob~rva.: ''/\ técnica é à ~-ezes. a fo:rça fondament~'llda a~raç:!o,
a redução e a s.implifü;açào de d1?1alh~compll!XQSe carnbiávc:i$:i rcla-

I
çvessr.UicasqlJer,odemserar,reenà1d..1s - àiforma da ane. •• Domi-
~CONTEÚDO~ nadi.1.s as t~nlcas de expr~o ~·I 1.2al .:'loos meio~
pelo conc.111.sH:1
essrnclrus de que di:,.põi:o dni~,rtr para te:staras op,;ões.d l:spor'th·els
ARTISTA< )PUBLICO para II expr<=ssiiodr: uma ideia em termo~ comi;iosit1-.·~. Trrat.a-isi: d1:
um proce5so dr: ~,x~rimenta,iio e opção seletiv-ilque Ll:mpor objetivo
~FORMA~ cncoairar a. rnc:Lbor:soluç~o possi\·el para expressar o coa.tc-údo. l!rn
:s.cuensaio • 'Tbe .Eyc-is Part or l be Mind· '"", Leo Sceinb«a dest..,e,·e
flGU.RA 6.J
assim o quc-acoatcoe; '•Para Le,·11r à plerulude seu poder de organiza-
ção,. o pintor tera de busc-ar :su11s peroc,pções.no limbo em que-c:las SI!'
Oi símbolos e a informação f\C'J)rescntacionalgiram em tomo do encontram, e:fazer com que elas participemdo projcto que tem em mea-
cotl1eúdocomo transmissores c,U'itCUrlsticosde iníorm~ão. O desian tt? . ., ão ~ó na pinmra, rnas em qualquer ni\•c:1de exprc:s.sio ,..isual.
abscra.10,a dlspOSJçã.odos eleme11tosbásicos.tendoem vista o efeito o proble111a!ierá s.ellfloreo mesmo. Basicamente,o pictórico ou vi~ua.l
prCll.endidoem uma.manif~tação vi.suai,~ a forma rt-11tit:tda. Os -com- e':deternti□ado pela i11forrnaçãovisual obse,r•·ad.i'J.,i,el.:i.interr,tetaçãoe
poa~ates ds íorll!Lil..isto é,, 11c.ompooção, são aspectos convergmtes percepçãode dados e pistasvi 11ais.pel.a101.alidadeda manl rescaçlo
ou p;a.ralelosde cada ima,;c:n'I.,
seja a estrutura aparente, como 11urru1 visual. O runteúdo i: a forma d.c:1crmjrliidõspelo d(!$.rgnerrepre!iêntam.
formulação visual llbstrata.. sej11c:111
substitu(da por detalha rq:,raea- apr:nas tr~ dos quatro fatores prc".scnt'5no modelo do proc~ dr:oo-
te.cionais, como no caso d.a informaçAo visual realista, on. a.inda, in- municação visual {fig. 15.1): artista, conteúdo, forme.. Que dizl:Tdo quar-
formaciorui.lmcnte: dominada por pala'IITS.5 e simbolos. Seja qual for a to, o público? A percepção, a capacidade: de organizar a informação
s11bst.!nciavis1,1..a.l
hásiça 1 a oompo~ição é de imp,ortbcia fuadarncntal vis ,ai que se percebe,depend-e de: proCC?sso.naturais,~ neeessidadcs
emlermosinformacionais. :Essep,oncodevlsUié defendidoJl'OfSus.an- e 1'topensõesdo ~,tema n,m,osolmmano.Emboraiodo o corpo d.a.
ne Ufiiér emPróblt!msof Arl: 1 ·F~ wn quadro dl&ribuitld~ pl1- psicolog.lada ,Gesu,11 ·sejachamado pelos franceses de Ja r,sychoff>gie
men1ossobreumni:,edaço ,detela,masa lm.lsemcriadanâoé a somatórta de la Jorm{', seda errado n,o aulbulr a mesmaimportânciaà psiool~
do pigmento e dá ~tn.11 ura dl!Itela. A bn~em q~e eme:ra;edo proctSso lPil da percepção ao c,;l!;amillarmois à maneira como r:xtraímos informa-
é um11estrutura de-cspa~o, e o pr6prio esP'<l-90 é um todo emergente çõc:s visuais dagumloque -.·e-mm,O coatcudo e a form11coastiituc:rna
di: formas. de volumi:s ooloridm e ,·isívc:is.·' A rncasag,cm e o :s.ignin- manifcstaçio; o roeranismo perceptivo ê o meio para sua inkrprcca-
eado não se:encontram na subst§nda fisica., mas sim na cornpcmç_-ão,. ção. O input visual é fortemente afetado pelo tipo de nc~siidadc- que
A forml.lexpressao con~eúdo. "Artinicamente bom @tudo aquilo que: n1otivaa in,•esügaçàovisual, e u1mbémr,elo esrn.ào menrnlo ~ humor
ardcu!a e apresencaom se1nlmemo a nossa com1neensào." do suje:ito. Vemos agnilo que precisamos ver. A ,•isão e:5,t~ Hg,ad21 à so•

• Em R~#Wl1 r.111Arl, Si!i!liltJrC K, l..&ilytr (ifd,)


134 11\"T,\~F. DA I.IP.,"CUAGEl\1 VlSl.:,\L littNJC.'\!io \'l!ioll.1. •• t:.STKAflGJAS D 00),IIDIJCAÇÃO 135

brcvive:nc:iacomo sua me.is importante fü□ç~o. Mas 1,cmos o que:pre- póféru:lãl revela a imponincia f1.md.a.menútl,~rn tmnos de control~;
CÍ$8.m0$ ver em outro ~c:nlido, ou seja, através da influéacia da de!iSiliirncdfa1c1:de ~pressão m\lit.o ~pecial, qru: é:espc:dfica da oomu-
di:;posição mental, da$ pirc:fcrancia'ie do Cl,tado de C'S!J)írito cm que cvcn- nica'Çãovisual e semrutífesua. aitr.\\'és do uso àe técnica.e;qu1?□O$ pc:rrni-
n1almente nm em:ontramOS,.Si?japara compor, seja para i,·cr, a infor- tc:m controlar o Maruf'icado denu·o da estruturra. O design, a
1~0 coniidª RO$ da.doo. vi. \Wllsdeve emergir d~ ~de ~· int~reta~ maniputação de ,clemr:ntos ...isuals. é un1iac:o[:sa fluida, mas o métQdo,
subje,.ivu, ou. ser J:101'ela filcrada. •·As p.alavm de um !tomemmono de: pré--Yisualização e de pl.a.nejamento ilustrao ca.rá.1ierda m.em.a_gem
slio modJficadasniu entr:anhas <losYivos", renec.e W. H. Aurum, c:rn siatrtiza:d.a. É um tipo especial de intdq:êncla. n.ão-vetbal, e sua nat1J•
seu poema "ln Memory of W. R Yeatsº. P~ra re:alm,ente cxerct:ro raa estli ligada à cmii,são de eoncell<k> em tunaforma,acravé$ do con-
máxuno de eo1mole possível, o eomDOsitor vi.s-uald~ compniender 1rote c:xercido pcla t«rúea. Par· elt;.umos SusanneLanger mais uma
os eompler,.;osPli'oeedlmerHosatr,a,vés d~ quais o org,ani!lmo hum.ano vc-z.,c:tscomo. an Probltms ,()/Arl, ela <les«e-i.iecom mu]UJ.pc:rspicá-
\!!, e, 1u·aças a esseco~tei::lnlenao. apr-ender.- a iníliuenc::i.ara~ re:s.p~ta,i C'ia o fato de cxpr~ão vi!úaJ: ''A forma, 110 se11tidoem que os artis-
au.1,vés de téi:nieas \tJsual . tas falam de •fonna s.iplfkante• ou 4 expresslva', nào é-uma estrutura
A i:akli.glncia não atl!l.asozinha ruis abstraçõc-s ,•erba.is. Pc:rwrr. abstrata, mas uma a.pariçãoç e os processos Yltalsda seniação e da: emo-
obst:rvar, eatmtkr, e:tanw outras qnatidadcs da inteligem::iaestão as,. ç~o qu~ uma boa obra dé arte e:<prtSSadilo ~o observador a imprc!is§o
soei adas à oompr-ecnsão v:isual. Mas o pcasrunmto visual não é um sis- de esrarcn1 dlret,Ultel'l« contidoo nela, não sirnboüzados, mas rralmentc
tema irrtardado; a informação é tra.:msmitidadiretam,:ntc. A força maior répresentados. co.nsruênda é tão assomlm:i!ia que sirnbolo e:signifi-
da linguagem visual ~Lá.rnwseu ceniler imediato, mi sua c'tii.dênciac:s.- cado ~m consdtl.Jjrunui $i'.ireal[dsdi?."
pontãnea. Em termos visuais. nossa percepção do coaleúdo e da for-
ma é simultlinc:a. É prreciso fül.iaroom :ambos como wne for~ úak.a
que tra□sm:itc- informação da mesma manc,jra. Escoro ir: cscurn; alto Inteligência visual aplicada
é:alto; o !ii!!:nlfiradoé obscrvavcJ. Quando adcquadam-c-ntc dc:scnvolvj-
da e cornpaste. 1 urna ~~ visual vai di:rc:tam.c:nte a nosso cerc:bro, A prt-visualiz.ação é um pror.;:essoncx.(vel. Jdealn1e1ue, é .i. e.apa
para se_roomprtlenrlid.a sem dccod.if'"tcaçi:o,.tradução Olil Biraso cons- do design em que: o artista--00mposilor illUUllp.ul<l o elemento \'Í.Súilllpet-
clellte:.i,.''Você \'Ei aquilo que coa5egue ver" é o comentánio q,ue se mor- linenle com t&:nicas eproprri.adas a.o conteúdo e â mcmaFrn, .ao Lont0
nm.1marca rcgwrada. do bnmori!.1:aFl[p Wilson. E quão acertado e esse d~ uma serie de livres tc:ntafr"•as.Por serem C0[15]ru:r11do:s dtsncOéisSiÍ-
~eu dito espirituoso. cm termos de análise da comunieação visual. Na nos, nessa fese do desenvolvimento de umaid.él.ã..,í.suaJ s~o ab:anctona•
verdad-c-,não entra abrolutarnealc cm oonflilo com a ohsc:n·aç.ã.oda dos os dmlllcs, e ta.fvez iltê mesmoã-si'.Wôeia.çôesjá ldencííleáveí:s com
grande fil~fa da e!rte:ticaque é Su!iannc La.nger: " ... como escr.evc:u o rõUltado final. Cada a:rt:iM.a de!iiénvoh•e11mag,'efi'1 pessoal. Talvez
um pskólog.o que tambc:ro e mLi:sko, 'A músic-a:soa como os :s:enti:mcn- dl!"Vidoti llc:xibilidade é ili caisualiciade desse p._-is.~,na busca de uma
tos srntc:m. E o rncsmo acont.cc;c:com II pintl!lm. a es<:.ul.tume a arqui- solução oompositiv.a que tcLIJi\deiiiO dtsig:tier,ajusce--sea S'1tll íunçâo e
ktura de: alto afvel 1 onde as formes e as ,cores cquiübradm, as linhas. expresse :asidéillli ou o carlitcr pr<:tcndido$, a elaboraçàode r'llani f~la•
e as massas se as.sc:rnclbam1 na. imagem que: nos transmitem. ao que ções viswris co:stwna ser assodada a ati ..·idadcs não-ci::rebrali. Uma ~-
ap('.rimcntam as emoções. knsõc-s \'itais e :re50fuçõc:sque delas pro- ric d.ec:sboç05rápi<lo.5e ostensiv·menteindl:s.elpClnados cercamcnu: niio
vfm• "•, O q'1e voi;f vt, vocc vé. Na funediatcz se c:noontra o ineompa- s.ugere nenhum 1:ipode rl2,01tinteleaual. AHnal, o artisca ~ \'•sto como
rávd poder da intdigl!:llcia vi.suai. O rc:oonbec:imc:ntod~ fato e:desse se estivesse num r:s.tado hipnótico, •·no mundo da: Lua" cm.quanto co-
ma sutis dec::isoo, O q1.1eé que re.tlm,e1ueaçomc~? Na vcrda!k, o ar-
tista, dtsig.n~. artes.lo ou comunicador ~·is~.al~á envolvido num ponto

----
136 !\l,,_TAXIE.DJ\ LlNti- /\G ;\I \,T~Ult.L

crudill. de s.ua Lornad.ad.e dccisõc!i. num proct:sso cxLreinameme oom.- i,afa\•t.u, a forma é a estrutura de-me-mar. Mas o que se precisa faztr
plc-xo de seleção e tejeJç!o. para crnu <l ~trutura demc-ncSI1 As opções que levan11a.oef e1to ex-
o 'Lale.uo,o ,contr-o!e:artístico do mcio de ~rwão e a Intuir;lo prcuh•o d~('□dcm da m.aaipulaçjQ dos clerr,emosacrnvccsd" L~nkas
costumam set visem de um modo um tanto confuso. D~ f.a.Lo,o que visuais. E□• rc o.s:dois, cleme:nt,as e r6cnlça:s, é o~ rnúLLiplosmeios que
chamamos de inmiçào na arte: é uma coisa extremamente ilus.óri.a..A ofc-rcccrn ao designer, há um nú1nerorealment" ilrrnicado de- opções
ra.iz latim1 do termo, l°mutrus,significa • 'olhar ou oontemplar' ', mas, para o controle do conteúdo.As op;oo d(' design, literalmente infini•
cm iagle:s, a palavra pil.!-?>Ou a indtc.ir um tipo especial de: conht:c.imr:n- ~. tornam difícil .1.de~íção das tkafoas visuai.s s.t:gundo o i,rocer;lj.
w, "conhecimento ou oog,niyii.0!lt:nlpensamento rac.io11.s.J".A dcíiom- mcnto rígido e definitivo com que estaJbelc,cern1os o signifi~do comum
ç~o do dii:ionário tarnbem traz. sianiJicados oonio "apre-casão ou das pala\'l'3JS-
cognição imediatas'' e ''irrsi,ghtrápido e immntãnco". A cornbiaaçiio Vef é 1,11nf.:uo llil.tural do organismo humano: .a.p,erc:epç~oé um
nada mais faz que aumrntsr a conf ui.ão.Nu q111esrOes 1,isUAis,a aprC"C":□- pro~so de (.;i.lpac1cm;ão, A prética do design cem um pouco a ,·er r;Om
s4ioín·n?.<i!iarade !iignifii:cadofaz c-0m que cudo ~~ muito fácil par.a as Ql\lilSi,;ÕÍ.sàs, Ou,·ir aão implica a capacida.dt de esc:re~·r:rmu~1rn, C:,
e, le-vado a:sé:rio •□tclc:ctualmenlc. .Ecoml:l.e-~ eom o a:rrista a inju!iLi- i;,,elo,
mesmo motiYD, o fato de ver não garainLea nlnsuém il c:apaddade
ça de pti'o'á-lo de seu gf-nio ~ocial. de tomar comprc::C"nsii,·ds e: funcionais 111.1□.ifi:.uatões visuais. A iatui-
Q1Ja)Q1.1eravenn1ra vi uaJ. por mais sjmple:!,,bái.icaou desp,-ecen- çao implem1ente não basta: não é:um:11fo..-çamistic:.i.da e.xprcssão vi-
s:iosa, implica a cri.a.,ç~ode also que ali não estava antes, e em 10:rnilr ual. O sigaific.ado vis.ua[,tal como é transmiLido ~la composição. pda
paJpâvel o que ainda nào e:icistc.Ma~ qualquer um ,éét\pãz. de c:on-ceber manipulação dos elementos. e r,eta:. tk:nit:as visuais, implica uma enor-
ou fazer aliurna cois~,mesmo que seja urna torta de barro. Há crh6- me- somatória de fatores e forças esp::dt"icas. A técnica rundamencal
rios a serem aplicados ao processo e ao j111lg111mento que dele fozi:mos.. é, sem dóii,•idi,1, o-comra,ste. :Éar orç..aque torna as ematé&ias eomp,osi-
A inspireç-..ãosúbita e irraeioc1ru rrâo é uma ÍQrç.a acc:ita,·eJno design, t.ivai ma is ~·lsNeb. O significado. poJêm, emerge das ações psicofísio-
O pl.anejamcnto cujdadoso, a iml.iia.çào l.rrtetecrual e Q oonh.c:cimmto lóa,ic.isdM. ~1í.mulru cxlcriom; sobre o organiuno hUJrnlJlo;a tmdem:fa
téi:t1ioo sào ncce:s.sáriosno design e no pré-planej:a.iue:ncoi,•i:uai. Atra- a organiz:ar todas as pestes 1,•[51.]a.is cm íormas o mais ·im?le-spossivcE;
vts dê SUãSesrr-atégjas e:ompo.sitivas, o artista deve prOCLmJIsoluções il :a.ssóciação lllltomâcica d.a.$pi tais visual (I ue possu~m semc-lhençes
pata os problemas de beleza e funciooolid11dc. de cquib'brio e do refor- identiíicà\·c-is~a incontomih·el necessidade de cqufübrio; e assodaçjo
ço mútuo e1meíorma e contc-údo. Sua busca e cxtremrunence üuelec- cornpul.si\•a de nnida.des \1isuais n<l!cidm da proximidade; e o favoreci-
tual; sure. o~ões, a1ra:v~sela,esec,rlhade técnicas. devem ser racionais mento,, cm qll.lllq"er campo visual, da e.sguC"rdasobre a difeim; t do
e controladas. Em Le:nnosvistLals.,a criaç!!o cm múltiplos □freis de run- ãnguto inferior s.obrt: o superior. Todos. esse; fator~ rege.Ili a pércci>-
ção e exprc-.ssão aão pode dar-se num estado estético sc-micornetoso. çâo visual, e Clréoonhecimcnto de como OJ)e'talllpode rortalecer ou ne-
r,or mai!i sublime que o mesmo supOMa.rnenteseja. A inteligência -.·i~ gar o uso da L6cn.ica.Ma.is a.Jtrn do conheçirnenco operadvo desses e
uai 11i\o é diferente- da intdi.,glncia gera•. e o controle dos elementos de outros fenômenos pc-roepti\'0$.humanos enco11.Lra-sc: a forme de to-
do~ meiosvi.suab aprtse□Ul os mesmos probh:irn.as que o domínio de da~ ilScoisas visuai.s, na arte-, na manuifamm e na neluraa. SC"urará-
outra habmoiu:fo qualqucr. &se domínio prt"M-upõeque Sé sruoo.,com tc:r, e a pc:rccpçào do mesmo, -criruno todo, 11forma. Peul :Stern aborda:
que i.c I r.i.baU'ul,e de que mod() ~e deve proceder. :sua dc-finiçi() no ensaio '"On lhe Probkms. of Artistic !Form"•: "So--
A oompó:.içfü'.!i\'iSuru ~l'te- dos elffllmto.s: bãsicos: pomo, li□hill, me1u.eQllilitído1odM M fator!:!- de um111 imagem e t,odo.sos eu efehos
forma, direção, texlu.r.i..din'tén~o. esail~ e movimento. Na composi- indMd uais éstão em e-0mplct11nmonia com o semitnemo \•itàl, intrin-
ção, o primeiro p11ssDtem por base urna escolha dos dcmencos apro-
Ptiaõos a;ovetculo de oommticação com que !:;é vai tra~--übar. Em outrai ~ Em R.~ioM O.li' Art, Stmmne K. L.IOí.tt (td.).
138 ~1\""l'AXE D.''L Lll"íGIJACE!'i~ VlSl.'.rU. Tlk:1m; ...u; \'ISLl,"LlS..ESTRA1'iG-D\. 1),1? OO)IUNJCAÇÃ.O ISY

seco e únlco que se npressa □o todo - Qu;pndo. por assim dizc-1',a mais da co:mposfção total- C.ompor um carLu: formal e Lk:ii\·el para o
cl.i.ré:t.iêl.
da. im;pgem coim::idc rorn a dateza do CQnteúdo intc-rior - é: objeü..-o em questlo se ajll$taria pcrfcit.amcnte ils opções (;i°iativas de
que se:alcança uma 'forma' veroadcirillmer:liieattf;stiea." E!msua mani- um designer (fig_ 6,2), mas as :rc:5ultados11.aLMn muito pouco ai,•c::rcom
festação, vis.oal, ;p.ío:rrna oompõe-:sc das ,c,le.mentos,do i:arátc.r ,e-da djs- .JS ~õcs de ua afaç!o. Podemos vu que-, nc:.s.sc: caso, 11sCl!ioolh.asdi:
posiçiio do!. .mesmos, e da energia que provocmn no o'bs:crvador. A t6cnicas ruioSftOericazes- Q~ ~nka~ visuais pod~ c-xprcss11ra es-
csoolh.a de quais eleroent,oi básicos serão utilizados num determinado séncia. do :aconcec:íinenwatravés de um çartaz? A luminosidade- do tom
d/!$ign, e de qruc modo isso scní frito. Lc:m a ver Lilll'lO eom a forma ~ a íragmc:nlação suierem es1L.1Dulo e arreba~mc-nto; a.espontaDe.ida-
quanto oom a direçâo da c-nc::rgiaLibemd11;pela rorm.aque resulta no de indica parliclpa.ç;lioe movimc:mo. A clara formuJaç.ão da mmSilJém
oontcl.ido. O objtd\lO analisado e-dedar11do do comp~tor VJsual, seja •;~al re.si,onde à f unçâo do c-airtaz, on seja. solkitar a preticnça do
informatii.o seja íuocionaJ, ou ainda de runbos os tlipoo, serve de-critc- púbU.co. !Mismrn._ndo l-Q,;l.;psessa;$c-0i!la~,chegaremos a um.a solução (fig.
rio para oric:nL;u.li b1.1sca da forma que será .151~mld~ por uma mani- 6.3) que p."tret.:e adequada.
íestaç-ão ..,,iruaJ. s.e, ~omo afirmou l.oui5. Sullivan, "a forma segue: a
íunção ., • sc:ria.ló1ico amp!iar seu pensamento e acresce:niar ''111 forma
segue-o conteúdo•·. Um a~~o cem um aspecto que se ajusta àquilo que Técnicas de comunicação visosl
faz. Sua forma é reg.Jdai,e-modc-Jada pôr at1uilo que ele-faz_ O mesmo
aoontoci:-r:iacom u,m cartaz que en1mcla11seuirul quc:nncsse paroquial s técniças VJsuaisofr:rccern ao dé.J•ign~uina ar-ande variedade de
de- ,,c-rão. Sua forma não de-correria 1.i.1110 (]e sua íunção em :sentido melos par~ a expres!lão ~·isualdo c-0ntcudó. Exis1em como pol~ridade::i
mccii.□foo, ma.s, mullo mai.:s,da Função de seu çontew:lo_ O cartaz cx- de um continuwn. ou oomo abordagem detiiiuais e aata,gôn1CM do sig-
prc:ssa o ot>ictivo e1n funçAo d.o qual foi criado'? De-vc-rfaser .,.i,...o,:a1{1- nificado. A fragmentação, o oposto da té:co.ira d11 unUlade, é uma H•
gre, atraente. movime11~0 e di.vcrtido_É préCLroque represente e re\\Clc r;iefenteopçao tNLnl. demonstrar mo,·iroemo ~ variedade, como ~ ~ na
o fim a que se desuna. âo apenas através de palav~ ou s,mbolos, ÍI.S\l.Tfl6-3- Como funcionaria enquanto mraL~.a ieo.mposith,'.'!1 gue TI?-
fletJsse a natuTcza de um hospital? A illlálisc deS,~ namreza e um t)TO-
je1.oQll.ê a rep~nta-.sc- cm termos com positivos dever.ias~ o mesmo
padrao, em b11scade dc-ser:içõcsverbais eficazes. Sem dúvida, a '·f ra:g-
mcntaçlo" enquanto técnica 6 uma ~ss:imB eswlba ix-rra fazer uma
associ:açào eon, um C'Clntromédico, embora seja ótima para dar ni~is
vida ao a111.'mc:lo de uma quermesse pe.roquiaJ. O lit.inificad_oi11~r[or
COM!o 10 1 HE FAIP de .ambo~os:c-xcmplos di:tmn:inaú op,;oo de que dis~e ,o designer
OA.V!:S l:XH BITS
FUN HI D[S., PR I ZFS par~ reE>Je:sentâ-Jos._ Essas opções oomcimuem o C:Olltl'Ole do efeito, o
DONºl \AISS I T 1
5A fUHIJAV
que wí rC:$ulw muma oomposição f Orle.
As c.écnica!l-.·isuais nã.o de,·em ser Ji!éli'l!adils
em. temios de opções.
ilt\utuamente excludentes pare a conserução ou a anilise de ~ndo aquifo
que vernos. 05 extn?mos de significado p,odern.ser muisfonnados cm
if-iUS menor~ de mntc.nsidade.a cxrmplo da fl""3.dlaçãode cons de cinza
entrf? o bra.noo e o negro. Nessas r.rriantes encontra-!le: wna vastíssima
gama de-poss.:ibilidades de e~preissão e comp'l"Cem:6.o.Ai sutilezas com-
FIGURA. 6.1 lr"IC:iURA6.3 po~tivas. de- que dispõe o dm~Fierdevem-se em part.c-amulti.plicr-clade
J 10 !i.n.lTAX'I:: D.r\ 1..1'1:C.UJ\GE),J 'i•i r.
L.1/11 N.C'.'\1EÇ~~ 'V.ti.Ili! IESTlilAff..G~S DE CUMUr,;CCAç.Ao 141

de opções, mas as t~enicas; 't'i.suais lambéni são combimh-el~ e 1ntera- Equilíbrio InstabDidade
rnanre:s.tm sua utifü:açào composiliv-.i.. É pr~iso esclarecer un'l ponto:
a.s pol.i ridad.cs tcc:ni..-a.s
rilm<:adevem ser sueis a ponto de oomprom~~ Dcpoi:;. do contraste, o equilibrio Cfig. 6.4} é o eteménto ma:is im-
a. clarez~ do resultado. Embora não seja ner.:~ ário utiliz:á-w.s.apet'la. portante das ,éenir:;as visuais. Sua illlportã.aeia íundament11J l:llascía~se
éli'I seu!. extremos de íl'liemidadc, dcwern se-.guird aramente um ou ou- .ao funcic;m111nentoda perocp~o h111maaae na enorme nec-«s:idade d~
tro c~minho. Se aão íOTem dcfini\·eis, 11.0rnilll'•!'le:-!!io
traasmiJSsores am- sua prc!'limça, emito no derign qU-iliálo1111rr.:-açãodiímte de uma maní•
bíil.10<$e:~ncficicnte.s de il'Iformaç'.ão. O peri&o é especialmente sério na festaçào \!"Iua[. Num contin.u~m polar, seu oposto é a instabilidade.
c-.omunicação 't'i.suaJ.que opera com a velocidade: e IIIimediall:Z de iim O equílfbrlo é uma estratégia. de dé'sigJl cm que exiscc um centro de sus,..
e.anal de infonnação. p,cruAo a meio caminh.() mtre dois pesos. ,.\ in.sta.bilu::lade(fig. ó.S) ~
Seria impos.sivid cnmner:;u todas as 1éi;niças disponi\•i:i:s, ou., se o a ~nda de equilíbrio e-uma form11lação visual e<XC remamcnit~ inqnie-
ddfo.içues
fizrs.:sc:irnos,da.r-U1.cs Aqm, como aro□tcce u cada
c:nn!'lÍ.Y.CalC:5, tante e provoe.!.dora.
paJSS0da í?:'ifrutura dM me:105de comunkttçâo visual, a ialerprecaçào
pessoal co□!'ititui um i11'1,Portantc- fator. Cm'IIudo, k,.,ando-sc em coma
díiô!ISlimiu1.çõcs, cada t6cnica e sc-uoposl0 podem ser ddtaiclos ern 11?1'-
mos de uma pofa1idade.

~klaTrio
Bl,tl~
'l.h

FlGURA ~.4. IE'.QUIÚBRtO

FtGURft. t:,.S. CNST/\BILIDA.DE!


142 D,11"AXE DA Ll)JGlJACDI \•1 U,\ 1.

Simetria Assimema Regularidade lrregular.idade


O equilíbrio pode ,er obtido auma manifestação visual de duas A regularidade (fig. 6.8) no dtsign é0n~rirni o fa-.•orccimcnto da
maneira~: s.imétrica (fi.g. 6.6) e lllisi.meukamc:nte (fig. 6.7). Simetria ê unif orrnMade dos clc:mentos. e o d~nvoh•uner.no de uma. ordnn ba-
equlli'brio axial. É uma fo:rmula-ç-ão\'Í.!.tJal wtalme:□Jc rewlvid~, cm que: s.ead:aem aJg~m princípio ou método mnstanté e jn,.•ariávcl. Seu opos-
cada unid~dc:situada de um lado de um.11lirlha central é r•.1<>toamc:atc to é a irregularidade (fig. 6.51), que, enquan10 e~trar~gla de der;i§n,
rcpcrjda do outro lado. Trata-se- de uma concepção ,risu.al cai:.teteriza- c:níatiz.ao inesperado e o insólito. sem aj~tar-se a nenhum plano deci-
frá,;d.
da pela lóair:a e: pela si.mplleldadc absolutas., ftl4'il que pode: tomar-se
l?lltática,e mesmo cmfadonha. Os gregos veriam na a.~srmetria um equi•
&fbrioprecário, mas. na "·cn.lade, o equilíbrio p,0de ser obtido alr.1.vés
da "'ariaí;ê'iode clc:mrntm; e Posições, que eQuh·alc a um cquilíbr-10 de
compensação. N~ tipo de design, o ~uilíbflo i compücado, uma
vez que requer um ajuste de muitas forças, e..-r1boraseja interessante-
e fecundo cm sua variedade.

o FIGURA 6.3. REGUL-\IW1Al>'P-

-..-.......
.___ -
flCURA 6.6. SJ METR.CA

FlOURA 6,9' IRilcCi\lLARIDADE

FIGURA 6 7, A!iS[MlITlUA
144 Sll'\Tz\XE nA LINtilAGF.P.f \'ISU.1.L
Jtt"'J ,\ \'lbU.'\fS. ESTRATÍÊClAS DE CO'\ll"NJCAÇÃO }45

Simplicidade Complexidade Unidade

A ordem contribui enormcmt111e para II sint~_c visual da simplici- ~:s lérnica5 de unidade (fig. 6.12) e- fragmenraç:Jio (fi.11.6. JJ) são
dade (fi3. 6.10). uma t6::nica visual qnecm,oh•e a imcdiatcz e a unffor- p.iseçidas com as da :s;implicidadc-oompli?Xidade,e e,1.,·oh·em estracé-
inid11de da forma ek-rner,~r. line de oomplic. çô ou elaborações 8i.a.sde design que conservam o mesmo pa,emesco, A. unidade um e
sl:eundárias. Sua forrmllaç.'i.ovi:.u111I
oposta, acomi;>l~idade (fig. 6. l l), equilíbrio_ adequado de eJcmcmos dii,ersos em urna ,orahdadc que se
oompr~ndc urna complc idade \'b.ual constituída por inúcnerll.5uni- p<"rcebc:\o'LSuaJmcntc-.A junç.àQ de mult.--s unicl.ld~ dc~·e ha,monizar-
dades e forças elementares, e rc.s.ulta num difidl proc~ di: or&,'lniza.- sc di: modo i.ào completo que p~se ;i ~.- vista e c.:om.idc-adaoomo urna
çiio do signi 1c:ado no funbito de um detnminado p;idrilo. única coisa. A fragmcntaç-!o é a d~oinp0:s1ção dos clrn1rntos e unjda.
de de um design cm partes separadas, que s.ere-Jªeion.i,n entre s1 mas
COrtlíerv-.unseu c.aráter indi,.·idual.
■ ■ ■ ■

D D D
•D ■

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■ ■
• ■

D D D
■ ■ ■ ■

F[GURA 6.10. Sl)'iPLLCIUJ\ DE

HCH,RA 6,12:, u:-.toAD.E

,....,.,..,.. 1T- ..
..... --~---►_ ......... '
... ,- ........... ...-1

FIGURA 6 11 COMPLEXIUADE
··-
1"'- ► -. .... -. -..T
! ...... ~,111111...-

_ ,...-._
,..-.-
.-. T -~.,... ... -..._
~•-...
...............

I-ICilJRA 613 FR,\OMENTAÇÁO


T.0C.: ICAfi "'ESUi'ú5: ESTRATOOIA..<im: CO:\llr.ilC:AçAO 14 7
146 SDITAX"ED.A LL-.GUAGEM\'f!'i.1JAI!.

Economia Profusão Minimização Exager-o

A preselil\-a de. únl(ladl?:'imínimas de melos de comunicação visu:al A minimi.Taçlo (fl,g. 6.16) e o ex.agcro (âg. 15.17)silo os equiv~lffl.
é tipica da 11.éenicada cco□omia (fig. 6.14), Q~ contrasta de anrittis ma• t~ intckrtuais da pot.aridade e(;Onomfa-prorusão, ,e 1m~stam-sc:a fins
adra.s com seu oposto, a ttccüca âa pro fW:ao (fig. 6.15). A coonontia par-ocidos. atada. que num con~xto dm:rc:ntc:. A m.ini:mimçiio ,t uma
~ uma org.a□kaç;'!.o vlsu-a.1prarcimoniosa e sensat~ em $Ua utiliZEtçãôdM a.bord~m muito abrsn~a, que prn,::uro obter do obsc_rvador a má-
c-lcrne□tos. A profusào é carrcg.ad111 em dilJ"et;ão
.l acréscimos discursi-
:tima rcspo!l'ta a partir de elementos RÚrumos. a verdade, mi sua es,-
vo~ inflnitam<:nt,: d'e•iH,ados a um desigrr b,bieo, os quais, cm termos de (fia, s.rru1des ef éitos, .a m.ini:mimç_ioé a pcrfe-ilA
tudada tcr:utatit.·:ii
ideais. atenuam e:embelezam atra\·és da orn.1Jnen1açl!,o. A. profusão ê imagem c.~p,llC'IJi.ar(!e ua [l)O)arldadc ~-~ai, o exagero. A seu próprio
1.1rt1atéc□ka de- e□riq uecímento visual assoei.ada ao r,oàer e à riqncza,
modo, cada mna toma grandes liberdades com a manipufa~.o d05, de-
enquanto a economfa ê visualmeliltc: f u11dame:ntal e enfatize o <:o□!CC'• t.alhc-svis.uais. Para i;er vi.$ualmen•e efü:az. o exa.Jern deo;,erccorrN a
vlKloris.mo e o abt:aQdamc:nto do pobre e do puro. urn re'lsto profuso e mra.va,gante, ampliando sua expressividade para
muito além. da ,•crdadl?, em $Ua t.ellltath•a de intt::ml.ific~re runplificar.

1111

à r. D rt 'Y. T H

ffüU IV\ 6.14. EOONOM IA


FIGURA 6. L6. M IMMlZAÇÃO

P'IGUR.A6.15, PROi-\. ÃO FTGUIRA6c17. '.E'.ICAG'EQO


148 li'- ,UF. llA 1.11'\0VA.GEl'<l VUíUi\L

Prel'isibilidade Espontaneidade Athidade Estase


A prc,,•isibilldade-(fig. 6.13) sugere, enquanlo ttrnica .,.i:s;ual.algu- A a.üvid11dc(fig. 6.20) e-orno 1écnk:a visWll de~-erefk-tir o mo,,1.
ma ordem ou plano e.x.tremamen~con..,e:nc:lonsl.Seja atra.,·ésda.cxpe- me::ntoiUravés da repn::!ítlilta.çãoou ela 5uge-~tào. _. postura mérgjea. e:
ricnci11,da obstrvação ou da razão, é pnec.iso ser capaz de pr~r dc- estimuhmtr: de::uma técnica visuail ative ve-se profundamente modifi-
Blntcmà.ooomo vai :sertoda a mc::maa.em visual, e íazê..looorn brill!ie
num citda aa força imóvel cfBIu:~n~ de r,cpresenm~ão e.statica (f"-.s.6. 21),
minimo de i.nform11,;.ão. A c:spôntanddade (rlj, 6.19), por outro lado, a qual, atr11,·ésdo ectuil(brio absoluto, a.pre::s.en1a
um ,:feito de rtpouso
~racte::r:iza-sc-por uma f11ltaaparente: dc-pLancj11mcnLO, :Eu:ina.técnic:.i_ e-lra.Jl(tililidadc-.
samrad~ de emoção, impnls1va e li.,.rc-.

F'IGURA ~-20. ATl't!JPADE


FIGURA 6.JB. PREVISJEIILll1A.m-:

FlGlJRA ~.21. ESTAS."E


FIOU~A ~-l'J. BSP-ON'l'ANECDADE
l 60 Sll\."I'AXB DA UNG\JAGf;l'ol VtsUi'tl.

Sutileza Ousadia N eulndidade Ênfase


Numa me11sagcm~-1.sl!al. a sutileza t a t,écclca que-c:swLberf;amos Um desig~ Q'1é piírttl:'5:5Cncuuo (rig, 6.24} seria, em Lmnos, qua■
L'.1'8.Ta
~t.abelecu uma distinção apurada, que f u,glssca toda obvicdade se nma oontr~djção, mas lliL vc:r(lade há ocasiik!ilem que II oonfigura-
e firmC'Za de propósito. Embora a su1-ileza(fiJ. 6.22) !iug:in\ i.nnaialbor- ção mc-n05<1m>vocadora de: uma fflilllifi=sta-çi!Qvlsu.al pode: ser o
visual dt?lk.ada e de extremo requinte:. de\•e . er criLmOff.mC'llle
t;lí)gc-.m procedimento mais eíLC-azpara. \ICJiC:er a rc-sistlncta do observador, e
cotloebida para qw=as.soluções cnc01u11tdassi:jilm t,á,bcise inventn.·as. Rlc:smosua bellgerânda. Muito pouco da atmosft?ra. de neutralidade
A oi,sadia (r1.1. 6.23) é, por sua próprla. naitun::za, uma tccnica vi mal ! perturbada pela léenica da lní~ UJa:, iS.25},c::mque se realÇ-111
epc~
óbvia. o~c: ~r u1-i1iz;ada pelo de.signf!rcom aud.kía, sc-guran,;;·e coa- uma coisa co1m~um fundo em que prcdomil!la a unlfomudadc.
fianÇ.t, uma ,·et que- seu obJetim é: obter a máxima visibilidade.

D
FJOURA 6.24. 1,-;UT&ALIDADE!
FlGUIIA ,ri..t?. SIJTILE:2-A

~ Bulletin3

FIGURA 6-lS, tNFASE


fL(iURA 6.l-3 OUSADIA
132 ~INT,\XE li/\ LJl'{'91!,rnEM \'ISllA.1.

Transparência. Opacidade Fstabilldade Variação


As polilriàades té-cnicu de transparfncia Cfii• 6.i.6) e opaC'idade A estabilidade (fig. 6.28} é a técnoca que expressa a oompa~billd.a-
(fig. 6.27) defínem/4-emutuamente em termos ri!leos:a prirncira en- dc vimal e d.é11cn"olvc: u~ eornpo.sição dornúlathtpor urna abord.a-
,.,olvcdetalhes vísua-isairavoe.sdM qu.a,lsscepode ver, de ui modo que gcm 1ernáü(;iluniforme ~ coerente-, Se a estramé,iiade memagem e:i-;_iie
o que lhes fim a1ri. 1amb<:rnnos ê revelado aos oJhM~ a segunda é mudanças e eJaborações, a 16.:nicada varia,;.i.o (fig. 6.29) of etecc cü-
exatamente o oontràrio, 011 seja, o bloqueio lotal, o ocultamento, dos versjda,de e sortimento. Na composiç-ào visual, eontudo, essa téeitJCa
elentellt0$ que :são -.·ts.11almcntc
substirniàos. refie-teo tJ~ da variaçlo na composiç:fa musical, no scncjdo de que
as: muta~õc:s são controladas por um cerna àomimmt,c-.

- -
- - -

flCiUH:A 6.26. TRANSl-'ARf!.NCIA


flOUIR.A 6.~A.,E5TABJUDADE

FCOURA6.27. OPACJDADE
1 1
154 51f\'TAXE D!\ Lll'OOUAGEM VU:ilIM. Tfu tt:Afi V.ISUAJ51 ESTRAn!;cilA!õ DE COMUNlCA.ÇÃO 155

kaddão Distorção Planura Protundidade


A exatidão (fig. ,6.30) é:a técnka natural de cimcra, 11opção do Essas du,a.stécnlca.sslo basieame.oter,qid..í.spelo uso ou pela au-
arüsta. NO!'ISII!~ri~ncia visUAl,e natural dS!icoisas ê o modc-lo d.o rea- s!Dcla de perspectÍ\'íl, ,e são lnkll:$Í.tieádal5pela reprodução da infor-
lismo na.i,arte!! visuais..,e sna utiHz:aç§opod,c implicar muitos truques mação srnb;enW Hr~vé.sda •mitaç.â-0dos ereltos de luz e sombra
e eonv~es d~tln~os a r!?produzir a-; mesmas: pistas: visuais que o C111'8Cterfstic~do claro-~uro (fig. 6.32, 6.33), com .o,obje1fvode s.u-
o~bolr. nsmlt-eaodretiro. A dmera. segue os rpadrõc:sdo olho, r~ro- namral de cllinensão.
,ge:rirou de el.i.minara ai,il'IJ'ênela
dut.indo,00nseQílenmnente, multoode .seusefeitos. Para o artista, o
uso da perspeetlira,erorçada:i,elat6cnlta do elaro-escur-o,pode sul!le:rir
o gue vernosdirei.· menteem ncm;a.experi!nc:ia. Ma..,~ ilusões óticas.
~ e:ii:a,amence esta a de:nominaç-lo que. em platurs, se dá :à fonna mais
estudadae in•enclonalde exatldâo: trompe J'neil. A dí!'itorção(fig_ 6. ll}
adultera.o reaHsmo,pT'Oe:urandoc()Jltrnla.rseus ,cfrjtos através do des-
,_•Loda formaregul~r. e, e.malgum: Ql!ltroscssos, acê:mesmo da forma
a
..·-etd.adeira. uma ~ic~ gue r1?$pcmdebem â compo5.iç...ão visual mlll-
cada por objeli;l/0simensoo,d.ando, ne!'lse- ~ntido, n~Lcntes respostas
qu~ndo bem manipulada.

FICiU:R:A6..l2. PLANURA

FIGURA 6,,JO. EXA TEDÂ.O

!FIGURA~.JJ.. PR.OFIJNDJDADE

FCGURA 6-.)J. DCSTORÇÂO


1.56 Slr..T,\XE D!I. Llllitil'A6KM \'ISI.JAL
'l'~~JC.1.S \'ISUA.r<I; ESTH.'\TÊCJA!i, () CWIUl\1CAÇÃO 1.57
Singularidade Justaposição Seqüendalidade Acaso
A s~~Laridade ena.6.34) egu•,.·ãlca foc-<lliz..u-,
numa compoi1i- No design. 1,nnaordcnaçi!lo següe-ndal(fig. 6.36) ba.s:cia-sena res-
,;,;iio,um terna isolado e independc-nte, que 111.ão
oonta. oom o ápoio de- posta compositiva a um projt?to de r'1)r~11ta:çto qul!'se disi,õe numa
quaisquer outrD5-c-stlmuJosvisua.i5-,tanto pa.nicuJarcs quanto gcr11is. ordem lógica. A ordenação pocle .seguir umai fórmula qualq1.1er,mas
A mais forte caractcrtstrca dessa tÕl!nicaea traasmi.ssão de uma ê-nfase em geral cn\'Ohe um11serie de coisas di..sp0,5,tas sea:undo um padrão rit-
especifica. A justaposição (fig. 6. 35) exprime-a interação de estimulas mko. Uma:téc:nka casual (f3g,6.37) cfr:vcsu!erir uma ausenci.ade pla-
visuai~, colocando, çomo faz, dWLSsug<!stôeslado a lado C' a•h•ando ntj:amcnw, 11ro.a dcsorg_ani~çfü, iat.caci()ll:\lou a apresentação acidcat.a.l
a oomparaç!o d~ relações qu.e se es-tabtleeernentre -eJas. da infolfflar;ii.o visual.

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FJGURA 6 34. SI GULo\~lDAP.!:i FJO'URA 6.36. SEQÜENCJALJDADE


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,-...,11 Ili CIT'•

FIGURA 6.35. JUS"[ A~J<;,~ÃO


T8C. lC.-\S \'ISUAl<i: TRA~t."I.S DE 00:\ll~ICAÇ.,\O 159

Agudeza Difusão Repedção Episodlcidad.e


A agudez.a.(fig. 6.38) como téc:ni~a visual e'i1áemcitamcntc liga- A rcpeii~o (fig. 6_40) cormponde às conexões visuais ininterruptas
da àclar~a do estado fük.o e à claré;t;ílde e:\pt o. Atra'o'é-sda preci- que tem inlportânda. C!ipcc-ialem qualquer manifestação visual unifi-
~ e do uso de contornos rígidos, o efeito fit)a1 é c:lsro e fácil de cada. No cinema. na arquitetura e na~ artes a:ràfk..as, a concinu1da.de
l n1erp,cear. A difusão (fig. 6. 39) é suave:, pr<:O(Uria•.e m1mo;; com a não se define apenas pelos passos inintc:TTUP4osque- kvam de um pon-
precis~o e m~i com a criação dc-umaaLmosfera d,: ~utín1en10 e ~lor_ Coa outro,, mas lambem por er .a força ooc:i1h1aQue mant-ém onidaurna
oomposiç!o de: elementos dfsp.ãrcs. As ttkni-cas cpi.sód.ic8$(fig, 6.41)
indicam, M e.x.pr~ão visual, a dcscon~o, ou, pelo meno,, apontam
para a cxist!ncia de:coru?xôesn1uJlo frágeis. E:uma 1écnicaquererorça
a. qualidade individual da.s parte-s do todo. ~ abandonar por com-
pleto o sigrtiflcado maior.

6~ .6
6. 6 6.
6. 6 6
FJCiUitA r,_ . AGUDEZA
6 ~ 6
~ 6 L
FIGURA MO, REPfillÇÃO

FJGURA 6,J.9, l>IFL'SÃO

FlGURA 6,41, EPISODICIDADC


E.s.sastecn:icas siío 11pcn.a.salguns d~ muitos pó55íveL 1110di fie."l•
dor~ de-inforrnaç.ão q,1.1eseenoo11Lramà dl r,o)iç.\o do designer. Qu.-a-
sc todo formulador visual Lt:msua conu·aparLlda, e e.ada um esrá ligado
dos dementos visuais (lue re~uLLamna oonr.s1.1rn~odo con-
ao cOJ1trolc- 7
tc-údo e na c-Jaboração da mc-asegem. Muitrus outr.a.s L~nie.1 visuai i,o-
r
dem ser exploradas. dc-scobc-rtase cmprc-gades na oompo~1,;;iio,scmpn;
tlO .Smbi,o da polaridade- açãa-rceÇ'ào: luminosidade, c-rnbaçam<:nlo;
AS TF.SE DO ESTILO VISUAL
tor. ráOttoi:roma• i mo: angularidade. rotundidade; ,;crticalidadc, bo-
rtzonui li,;l;;ide;deJineamcnto, mccanicicLadc:; interseção, p11r11lefü.rno.
Seu escado .1nCJ1.,gónicos de polaridade dilo ao compositor VJsual uma
yruKleOJ)OrtuttidaJfede a._guça,.graçu à utilização do contraste-, a obra
emnque são ãp]iea.do. ,
.Em todo esíorço i::0111i,oiJivo, a~ técn iea v~uai~ se sobrepõem ao Nos i:apitulos anteriores há uma ttivcrs:idade de :J)Ol'IIOSde vista a res-
umo. of erieoem
sjgnirk.ado e o .rc:forçilrn; <:mi::01,J ao ;mim1 e ao kigo peito de qua.is f;p.torese forças de-vemser conhecido pelo artiste e pc:Jo
os meios mais dicaz~ de- cri.ar e oompr~nder a c::omuní-caçâo~•~ual comunicador visual, para construir, compor e pr6-pJanej ar qualquer
c-cXprcssiva,a.i busca de uá1a LI1l81Jai.t-eit1visu~ 1 uni\•e~;iil. material visual i:m tc-rrnos de significa.do ou .t.Lmáosfc-ra.
O oonhcdmen-
to de pri11,ipiw perceptivos cornp:i.!'Iilhados oonstitui um ponto de pa_r-
1ida. uma bll5e para o prrognóstko de octtas decisões vi5,1,1ais s.obre -ili
her~ícios organização de um pr:-ojeto, Os ekmcntos ofer~em ao com'1aic:a.dor
vtsual a substância fundamen~ (é saturada de significado) para essa
1. Escol h~ qu~lque,- j1SJ de t.frnica~ opo:itas (fníasc-neur.mlidadc, construção. A classificado <losdiferentes nivcis de tnpur e oulpul vi-
~ro-1ni1úntizaçJ-o, profut1dldade-planura, etc-.), e cncomre. para ca- :sums indica o caminho para a dd'1nição i11telige1ueda tarefa e de-seu
da wn, o maior .nthnero po,ssível de exemplos. Ordene-O$.de uma pota- propósito subjace1ue.A5 t&-afoas ~iEoos c.apaclrn.dorcs. as opç-õcs par;ii
ricla.dc a ouira. urna toma d.li<ledec::isiíoque- con,role os res-Ultados. Em conjunto, es-
2-.Esool.ha qualquer tema \•ísual.e ÍOL~af e-o prua demonstrar um- ses meiosvisuais ofcrcocrn ao a.rtLsta um outro aivcl de forn1a e oon-
tas 1crnicas visuais quantas for capaz d~ i:xprcssar ~•Ur.i.vés de diferen• (eudo, qul:'abrange- a manifeslação pessoal! do criador i11divid11al ,e, além
tc:s enfoques e po.iiçlks. alem de outras v11ria,;õ'5t~nicils que: incllJ..il.ál disso. a fd«Mo(ia visual comum e o r:.u-átcr de urn grupo, uma eull 1.ua
a luz. ou '1m pc,r(odo histórico.
3. Esoolllauma d;iist,éçni~ enumerndlt$ ,e- não ilustradas, e íaça
um esboço ab.$naco para iluscní-la.
4, Selecione algum am,nciQs, cartaze~ ou fotos e a.ssock cada um Estilo
ãs Lét:ruca~ rtr L\.e\·ioetnespre!ienres. em sua comrosiçào.
O estilo ê a sintesc vi!t'u~Ede elenu:ntos, técnica.~. sinta,ce, Jmp:lnt-
çào, npressão e finalidade básica, É complexo c- difícil de: ~sc~ver
co1n ela.reza. Telvc-z a melhor maneir.JJ de estabd~1~Tsuadefilliçio 1 cm
termosde a.lfabcti.smo \'isual1 seja'>'é-Lo como uma c~tegolia Oll d11sse
di: c-xptrcssãovisual mode1adapela pfcnitude de um amb(entc cultural
.1\ Sll'ff~F. no ESTU..0 1,,'CSUAl. 163

Por uemplo. 111s diíerenr;.àS en1re a arte orientill e a. ocidental s!o as. pre são v:isual ajudam a mtender a relação mtre o estilo indi\•íôffl e-
com·cnçoo que as r~c:m. Dessts dois e!.tílos cultural , o or-.lecmtlé de a pre:cedi:ncia e o _predomiruo do estilo cultural.
longe-o mais. com·encionaJjzado, ismoê. go ..·ernado por reiras sólida Há muitos nome de estilos .art~Lkos quc;de1uifrram mlo apenas
e principias básicos que mvoLvemtr3ÇO!,(uJturais de çons,enso. a qua~c uma metodologia e. pressiva, mas também um perfodo rustórico e uma
totalidade da arte japonesa, e também ao estilo de vldil do povo japo- posiçào gc:ográfk.a distinta: bizantino • .rc:nas.cemlsra,barroco, ít11pres-
~. há uma aílid111 deferência para oom o meio. b.w rtll"tle basíc-1- .sionl.>!i11,
dadafsta, 0runcngo, gótico, Ba.uhaus, "i1ori111no. CAd.l nome:
mente à maneira de Fazer as coisas, quer se trn.te do desenho de 11ma e\loca uma série de pistas VÍ$Ua1s idéntificávci qoe, em oon.jumo, abar-
imasem,da conccpçào dt' um jardim, da prepamção do c:Mou da eom- cam a obra de mullos artisca. , .alem de um periooo e um lugar. A se-
~iç!o de ha içai5..A abordagem de todas essas ooiSil.Spressupõe crité- melhança. entre a obta dos im.rrressionistas leva-a a 5Cf ~-ist111como um
riOlselevados, ,u110, ao belo e devoção IJ)Orparte- do indiyjduo qu.c se grupo ~Lüisifoo único, cocr,entc e eow:lacioruido, Que de-modo aJaúID
dedica a tais tarefas. mas o oonccito de meio ._,aialel'l'ldos. c:rit!tio.s aqui compromete: a individualidade rcconbcci•.e] de cada artista id.cntlfkâ-
mtncionado~. A mdhor maneira. de:ilustrá-lo oon.sL te em desc:re\'er as vcl no conjunto. O i.,er.íodovitoriano pode nft.o suaerir os nome de
notmai que regem a criaç.ão de: ba.ka.is. A forma! nsídamence defini- um grupo de anisias qui: trabalha,n se1undo um n'I.Climoestiro, 111.is
da, Un1 hak.ai dc\·c-ter deze!isetc silabas, ru:m 1nrus, 11e111 menos. A~ não hj menor dúvida de que ~xisre uma riqueza de rcf crentcs visuais
var-JaoOeinâo silo permitidas nem respeitadas. Todil e qualquet e:5(0• que se íl!isociam a ~ designação, C:,mo isso é pMS1veL1Em ua bus-
lha de cécnleai e de c-xprcssão incliyjdual deve"a.jfiltar-se a um formato c~ de noi,• formas, ~da grupo individual t"Stabcloce uas próprias tra-
prt:Serito. Trnt~•se de uma convenção. M~ os japoa~s não só ac:el- diçàõ. Ao rtíveJestrutural, a busca.de 11ovrusforma~ implica a rcal~o
cam .lS regra."absoluca.s para a escrita d~ üpo espec:lal de POffll.8., de experimentos com uma orquc:sm~çào rornposü:iva dos ekmenros, e
como t~mbtm proC'Urema ~ibenlade dentro da discil;)linaimpo.Ua e pa.- o cscabelecimcato d~ :novas trawções e resultados dentro de: uma. me-
rtoell" sentir-se avontade: ao trabalhar no ârnblLo de uma determinada todologia basC".adana eseolba de têcn lem,visuais m.uúpulativas. A prc,.
es1r1uura. Os resultados niio pareocm menos cri.a.LLvos do que os das [crfnç[M metodológicas são compartilhadas por a rtJst.is e artesâ~ que
forma~ .,otri~s mais Uvres, que: ofC'rcocm a p<>ssibílldi.lde(]e opções trabalh~ segundo umdeterminado cslilo. É po Ivel, então, escolher
subjcth·ais. Ninguém,de rato, poderia ..-c-r o ha.icãi.ooano um elich! em wn C1Ccmplo de um perfodo estilístico eq,,cdfioo e an~sá-lo sob o r,onto
potencial. de vista de ua c:strutuH elementar e da.s decisões oomp0siti..,a.s quais as
O estilo lnflu.cncia a expressão a.rtfsti.ta qu.1-s.e
tanto quanto IIIcon- :sec-hc-goupela c:scofh~das têcruca:s:q !le p~ibiJita111ni bua ai$>tênda.
venção. (as M normas cstmstkas são mais sutis que. as convenções, Os rcquintd e as variames 1écnica" podem SCfl'irpara Jdmtificar .a.Jn-
e extrctm M>breo ato de criação mais influmc:la que çontrole. As con- ctividualidad~c-Stillsticade um artista especifico. mst- ~unaaaáfüc a l}ilr·
venções are-ísc1~ ocidents.:issão mais livres (LUCa arte do Oricrm:, e, tir de-um i,onto de ,..ista ma.is.amplo Irá cfeti\•amerue di:f'inir o estilo
no entanto, o estilo pcs$0al cujo deseni;o]v1mento favorecem é rl?$trin- de toda uma escola ou de todo um l)el"iodo que abn\Jlic sua obra.
gido pdo contextosuperposto do c:stüo cultural, O arquJleto Louis Sul- O impressionismo, por exempfo, é um pcriodo e!ltifütico inLcira-
füran sentia a e:urutura imposta deste modo; "Voe! nâo ])ode: mentc-.a.s:SOcla.do ài pintura. Foi uma ~cola francesa, cujos membro
cxprdsat-se, a, menos que: tc-nba um sisrem_ade expr~o; não p~ trabalhavam e.n Paris e arredores C"m meados do século XlX. A pínLU•
ter um si ~t:111,ai de expressão, a menus que reilhai um Ststema antenor r.l de Monet é um e-xemplo dos drmenlQ.S e t6cnicas que eonUguram
de pc:nswnenro e percc-pçào~não pode tet um memade pensamento ~ e-scota toda (fi,a. 7. l ). O lilo gótico ~o .J.pan-ceapenas na forma
e-percepÇil!iO,i.lmenos que tenha um slsteina ~oo de vida." Para os rquitetõnica, mas tambcm na.esrultura, n êirtc:sgráficas e no arte•
artistas e as pess.o~s em geraJ, os sistemas de viela são c:uftnralmc:nte sa.naJo. Difundiu-li~ pela Europ.t setentrional, d· França à Alemanha
condicionados, e a defif'lição gradual das cateao.rlas rnai!'iamplas de ex- e TngJa1cn111,abrangendo um pc:rfodo de ti:mpo que vai de fins do s;éc1,1•
Dar nome a um C'5tiloou a uma escola de expressão visual uma e
grande-com,enie_ada bjstórka pera fac.Wta.ra identificar;ão e e rc-í«E'Il-
cia (fig. 7 .3), c-mbor11,no pmodo contemporâneo, a nomendertura te-
nha se fragmentado de-tal forma que-se prc-cipirou em urna situação
absurda. Do op ao pop e ao /op(ográftco), 8!i mudanças de nomes acon-
recem quaie todo, os dias, a ponto de podermo!i dizer que-oorutitu.cm
uma e~pr~o em si mesmos. Certamente a individualidade- de uma
Qbra nãos.ô edi:scjâ1,-cl.mas tambcm incvicáveJ. Todo ser humano km
um rosto Linico, imprc:ssões djg_icaisúnicas e ucn padrão ünico de cs-
quad rinhsmrnto, c se pc-d~mos a cada um que dcsc-nnasseorn drcu-
lo. todos os. círculos seriam ünicos.. No entanto, o ag,upa.mcnto c:cn
es~il0$apare~ na análise de-um pcr(odo histórico, tanto \ i.sual quanto
0

filosofieamcntc. Não só a obra de a.nistas individuais.sc agrupa de-modo


fl-OURA 7.1 na•ural com base nas ref!tÇÕc:, entre meios, mttodos e:ttcni~; os gru-
pos cstjfütkos podem. da mC'SJllamenci1r11. ri:la.cionar-st"entre si. gra-
LoX~~ ao século XJU, e-c~ga 110 ~rui o Xl V, numa r.i.~ de: Lram:lção ças às sccneJhençes d~ forma e conte-elido.ainda que: esti:.jacn muito
carm:c_e:rizada d~mtivi'.U. á'I exem-
por ~õcs do ~t_iloc:rt_["('rnllillmte dist.antcs no tempo e no c:s:peço.tanto histódoa quanto gcog111ficamc:atc.
plo puro do esti!o gótico, e-taJv~ o mais. íamos.o, <éa catedral de Cha:r-
crcs (fig_.7.2). Mais uma 't'CZ, o exemplo espcciitco serve de:e:spdho pil.rtl
coda uma clas;,sc.que ,,ai buscar muitos dcmc-ntos de-sua foTTnill e con- CATCGO I,•\ ES'Tll1Sl1C.o\GEJI.AL
reudo na esc-oLhsWl$ ttc-ni~ oompos:itiva:s:.

CUS!il:: OU ESCOLA

PCGUR:A7.2 FIGURA 7..l


166 !,CNT.AXE DA WNGUAGB» VIS'Ui'I.L /\ S(;,i1· 'E DO ESTH..O ''l!i, Ali. UJ7

las artes visuai~, o .estilo é: a sintcse última d~ todas a5- foJ"Ça.8 e e abrangentes. Para e111endert' ~xccutar e&~s C'Atcgori~oões, ê preciso
fatores, a unificação, a. intevaç!lo de inümerM decisões e estli.gi°' dis,. elcvM-sicaci_mados t'Ólulos e:stacotipados e :air;ocndera ~m o.iviclde de-
tintos. o t:irimejrn o.ivelestá a escolha do meio de çomuak.açiio. e .i. fin.lçÕêliuquctipi~. Por gemplo, as primeiras tentativas que o 1to-
iníl.uênt:ia desc.e-sobre a forma e o çom.cúdo. Depois ~rn o abjcti,,·o, me111fc-zd1t'regfstr:u e t.ransra.itir informações nas pinmr.11srup<"stre$
a raz:ão pela qual alguma ,colsa, está $cndo f i:âta; wbN:\•i\'&lcia, oomu- do ui da França e do norte- da B$mmbacostumam ser chamadas de
nrcação, expressão, pessoal, O ;no de íazcr apresenUI.uma !ié.Ticde op,- prlm.illiva.s.Em T/JeHislor-y o/ An. E..H. Gombrich cfü.; ''não por se,
çõc-S;a b\lS(a de decisões oompositivas através da esoolha. de eJementos .remmais s.imptesque nós - !ict1S l)rocesro.s rncntsis s~o f.T'C'giirntl!fflen,e
e do rcoonb.eci111ento do ca.rátt:r etemeptar~ a rrranipu[il'Çkid.os efcmm- mais cornple:ri:osque::os nossos - mas por csc.a:rernmais pró:ti mo: <lo
tos atravês da ,escolbaidas têcak:;aS3,'{'.lro!)riarlu.O resultado final t urna él!Crulodo qJual coéla a ltumanidade cm~rgiu' '.
e,cprcssão i.ndividu.al (â!i vezc=sgrnpal), regida por muitos. dos fatores
ac:ilrulcnammidot, maJs iníluem:iad11,especial e profundamente, pelo
que se passa no a.mbi1mt~social, fülco, polftico e JMlCOlógiço,todru Primitil'Ssmo
el~ fWld11tmen1ais ~ra tudo aqui.lo qtHl ía2cmos ou expressamos vi-
su.a.lm~nte. Jliique a únk.a. ooisa que resta d.a.sintcn~es do homem pTimJtivo
QW!l é a infiiJ!nela r,erccptiva das forças cxte:rioir~ sobre a cria- ao criar $eW tlescnh.as. trint.a m.ilanos atrás, sã.o os próprio!! desenhos,
ção de todas as cl~ ele objeco_s,•isueis, e sobre a ~ressão de idéias? só l:}Ode.iiiosformular hi'.PÓ'e.séSsobre a!) objetivosqw: ünhaim eru m~ate.
Aoos, 1nnado a viver num espa;ço !l"cduzjdoe ,:oin -pouca luz.. o hábitan• Para ~s homem:, os animeis em !ie1,.1 meio ambiente reprc,s:mta,,am
te-dlllietand~ florestas. ti:m uma enorme dificuldade i,ara caxcrgar nu- tanr.o uma ameaça mortal quanto um melo de sobrc,•ivêncla. Em qua-
m· pl!!inlc::ic aberta e intensainentc ilumina.da. A fol.'mulaçãiooposta se se todos. o~ casos, esses arurnais oonstit 11iamo tema principal. de su.a.'i
:aplicaao habitante- d05 de:se.rtoo.:acostumado Ih Sf;lllÕe.5- distwias. en- obm. Por qne eles os dc:5Cnha.vamnas profl11ild~ d~ caverna~ em
xerga eomdiíiculda.dc quandose en-contra cm ambiente- fci:,hado, .Es- qu.eseabrigavamno inverno, e sempre na pane mais ã.lta das paredes'?
tas são tun.dições p111'.amc-ntc p!ioológiças, mas 06 padrôes sociais e o ~ltllna!i hipóteses. p,arce'(!mrnaJs prova.veis que outras. Uma da.s qua-
çomportmnento dos gnipos. mtrc- si e com relação a outros ifUDOSex.cr- lidadl!S dM pinturas. rupestres é seu realismo, uma c-a.racrermica inco-
eem cmormc innuência sobre a pcrc.epção e a exprcs.são. As pétc:epçôe5 mum da art.c primitiva., o q12c.sugere queeídJD oom:cbiclu para se-ruma
,são f omtaclas por crenças, re,lig_iãoe füosofi.1.~a.Quilocm que at:reài~ ajuda visual, um manual de caça oomp,ouo ?iJ.rª rcc-riar os probfcmas
mos exerce wn enorme controle sobrie aquilo que vemos. M ,;;:las,es da c~ça,e n:vigorar o conheclmcata do caçador, além de inslruir os que-
dom inantcs e-:a5-que s.io dominada.s, ou seja,os.ía.torcs de ordem polí- ainda e:rrunin~xperie:rues. Essa troriit encon.mraapoio em dmlbC!il de,
tica e econômica. atuamem çonjanto para influeoi:iar a pc::r,ccpçãoe deseah~ com flechas que apon~m pará! órgàos vitais e partes vulne,
dar forma à e11:prcsmo,J uritos, a p,ol[tira.,11cc-0nomia. o meio ambi~- rá~·eis.das lllnimals, ~ d.c!ienl\os cemliaha$ de um li.rismo !.>□r])reen­
tc-e 05 padtlÕes :wciais. criam uma ;Psique coletiva. Essas mesma.SIíar- d.é.atc~e !ião realmente cnca.ntaclo.res,indicando er provávtl que 1efiha.m
ça!i, que se de::senvoh.•emcm l~aieru individuais no plano wrbal, sido feitos com grande amot e apr,c-çopelos animais: rcpresenrados. E
combirumMic no modo visual para c.ri.árllffl estilo comum de expressào. pomvcl que nosso homl?B)das. taverna.$ de uuua séculos atrás rcal-
Ao loni() de toda a história do homan, quase todCJiS os pTOdutos mcnt~ C()mpilf~11ha.s3c cfit nosfülgia dtl $eUS pretlcocssores arboriooles,
r;i;!I.$artes e d0$ ofícios visuai5 podem ser associado5 a dnc:o g~ndc$ bem como da lcmb~ de estaçõe.s mais quentes, quaru:lo a caça CT;;i
cate~es de estilo visual: pl'lirnjtivo.cxpressio11isca,classico, ornamen• abul!druue. e h11.1,•ia,
portanto, muito a.limemo. Pode ser q~ esas obras
tal e fundonaL ~ p,c:rtodMe:ttiHstioos>ea-s escolas menorc:s.se.:asso- CE!nhru:n :saído d.e$n1los dos primeir"Ospintores de-dotnillio da socieda-
ciem,,por sl.W carartmstlcas. a urna ou a1gwlü!S dessas çarcgorias gcriLis de, e deve-se c:nfl.UUá.r •o fato de seremdt"grande beleza e extri?mamen-
l6R !.lNT,UE. DJ\ Ll!SGU.'1.GE:U VlSl.nL

te-sofisticadas., sc:jam quais forem os p.idroes ilrllS!icos pelos quais as


julguemos. Mas o meio runbiente ameaça:dor ~loca\•a o homem pri-
mjtiyo dia.ate:de quc:s.tõespara ilSQuais n~o tl3,viarcspOSiAS,e, à se-m~
Lhança daquilo que busca\'11 a maior.ia dos omens, ~s dc-s,cnhos
àe,.·em tcr tido 111lg□me. rdaç-ão oom os n:us1érios Que ele ten~va com-
preeni;'ler. e, riortanto, devem ter-se-prestado, de al;uin~ f onna lli um
objc1.ivo Quaserelisi~-
Ca-ta.mente o anliinal.junto com outros objetos da 11.atureZ_a .:o-
muns ao mêto ambierne, apar,eoc ocupando wna posição relevanle nas
reHgiõcs primitiva • e;KJ)tesando o podn místico que os homens lhes
111tribuiam.Os símbolo.szoomórfkos, chamados.de totens, djferém em
muitos ~spccto.s d0'5 ammrus dese.nhdcis nas ca.1,crnas. Antes de m.ili
Á
11ada, sua finaUd11desoda.l é mais complexa. Atém de-seu sjgnificad1'.I
rdiJioso, t~mocrn c-s.tãoU~dos ao r;umpr[memode dcc.crmins.dasJcis,
proil:>indoo i.llceswnossiitcmas sociais simplesàe homenspré-Lccrlldos.,
ao c:xp]ir;J,.ir e:om mais clareza 11slig11çõesdo _grupoque cornpe.rtilbava
r
o cm.·smototem. Os totem do clã. assumiam umil Lllalidsdc-cientifica
qu_ando eram u~dos ;:i;.u~ identifiesr II rc.Laçãoen.trteas constelações
no ~u e sua.s posiçõesvariáveis. 11.8.$dikrentc:s estações. Mais tarde.
os cotcns do zodíat:o servirant oornoprimeiro c-alendàno do ho1nem.
S~o ~s O.'i sjmboJos a!i1roló1jit0ssob 01 quais nasc-crnos, e que: mui~
ros ainda hoje vécm oomo indicaç:-Õt:s,extre,nament.e ~ignificafr.,·as de
SUill personaHdadc, e- 81~ mesmo dt: seu d.estino.
A única maneira 1,·.áHda éSSesd~n'hos. prê-h.:istóricos
de-d11sstfi(;ill"
e tea•ar deíi:nlr o :pl'imiti\•ocorno um estilo. ~om base em uma fina.li-
de.de:e e-matgun\i\S 1écaiças, A. arte r:o design primith·os. slo escifü,ti.<:a-
mente ,iimpks, ou seja, :não desenvolveram tômicas de-a:p.roduçào
reã1israda informação ~·isua.lnatural. •averdade-, trate-se d~ umes1i•
lo muito rico em " ímbolos" com íortc wsa de sjg_nifice.do.e, por
~ razão, podem ter muito mais a ver com o desem•olVJmt:ntoda es.-- panh.-eiros não tinllam. Se□ desenho se torna, ent.ão, uma linguasern
crita do que oom :11exprC$$ãovi.suai. E posish·e]esboçar uma ~qüc:nci.a que todos podemcomprcende-r, ma5 que ne:it1 todos siio capazes de fa-
das "'ariações de resistro i;l;pinformação visual, Q IJe calvezsc:Ja muito lar. O totem é en'I. ,er.aJ uma absu--;pç~oda. natureza, urna sinu:iJJlicação
ooarc-cc-dora em termos d.aiiin_g□ agcm ambigua dás mes ..-~ua.is. A que corpo.ifiCã a essEncia do objeco. Essa simbolização ibsrra1a da na-
pim ura da!ócavernas é umh ten,.aü,.·a humana de-olh.ar para.il J1;u1,1rc:za tureza ;pode :serreproduzid~ :por todos; é uma lingusg-ern(Jue todos são
e rep,resenrá~lacom o máximode ireí!ilismoposs(vcl. Ê. um <1~1no fe~- ~Pilzc:s de cntend~ e falar. MM □m passo t dado qu. ndo surge o sim-
to por al;um memlbro d11tribo dot.ado de umai çapacide.de C5peci.ilde bolo que não tem ligaçao çom guais-gue-r objemos do ,neio arnbie□tc,
e
ci.:pressat sraficarncnte aquilo que ..ia. mna capacidadt: que seus oom- C1!le e-oatém inform~ç:lo codificada e pode ser manipula.do por todos.
11'0 !'iL'ffAX.E DA T,ntC.UJ\GIDf Vt!mAL

como d'SLura.~e os números. ll!lll que deve ser aprendido, 1.lmR,•ezque: Tknkos: primitivas
sc:111signifleado lhe- foi arbitrariammte atrlbufdo. _ _ Exagc-ro
Considerando-se que q.ualqucrforma d.ealíabcusmo, ou seJa, qua.1- Espcatancidade
Que:rmtcrna de escrita, en"l!.lito irnpro,•âvelem um povo prunJ.1Ivo, não Ath·idadc-
sui:-premdcque haja uma riqueu tão gra.ml.ede sfmbolos. O sírnbolo Simplicidadc
é., caracte:risucami:ntc. a esteoografia d11 eoml.lnteação ..-t-sual, e omic Distorção
quer qnc: seja usado, sobrtltldo na arte pruniciva, canaliza uma grande Planura
e:ncrgiai:aformat!YBdo criador a seu publico. Outros aspct.tood.a arte- lne:guliuida.de
primitiva rcfotÇalflc!,lsasqualidad~ de: ínt<:nsl~l~açãod~ :s:i:amrl:a~~ • Rotundidade
s,mphicidadedas f()rmas, na verdade-,e s.implLadade:,e:um.i.pru1:1u.1- Co[oriscno
va técnica \•isualde estilo. A rtpt"esemação plana é também u_rna das
16(:l'liea;s.
mais. freqüentemente d~1ectá...·e1snas obras visuais. primi.ti~·as,
• ·m como 118cor-e~primárlàS, A somatóri.a de todas~ téeruc.es !Expri:ssionismo
constitui uma ~6=ie de atribuEOlnfantil do c:!ítilo primi,fr.•o,que te~
al.Kmnaimportânc~ na s.intescdesse mesmo estilo. Aoton Enrcnzwe1,g O expressionismo escá estreitarneatc-ligado ao C'.í1ilo pdinith·o; a
,..a)orJ;,,.a,
tanto ~s:s:ilabordagem que diz, cm The ilidd.e-n Order o/ Arl: úttiea tlifer,c-nçaimporcame em~ os dois é a imenç.\o, E eom□m q□e
• 'é preciso nada menos que a d.esprcocu~ão da crl:a.nça~ra c~rn..o o detalhe-cxagcrado r;lopri.mith·o seja parte de urna.ceade,nciapara a
ponnenor csté:tk.o,e suaimpetuosa tenõênCJApara o todo smcréttco , rc-prc-sc:ntaciona]ir;lade, umíllt!!'nla.tF'il&
~incernde faz.ercom que a.~CQi•
o que",Elulenzv,~igcnl.c:"1depor ••s~ncrctko' • é uma c-spéc::ie de desprezo Sil.sparc:ç-11.mmais rerus, 1entíllth•aqui:-fracassa pela f.al111 de- tôcnicas.
dclibi:.rado'.l)Clodc:talru:,na bus~:ad11apreensão do sjifi:l_fl~dodo ob- O c-xprc-ssionisn-10 úSil o exagero propositªlrne1uc, c.om o objcfü•o de
jeto total. Na arte prlmitlv.!.,na obra vi.suaidu earianÇaS e em mnit~s distorcer a r-eaJidáde. iÉ um c-siilo que busea pro.,·ocar a cme>Çâo,seja
outras forn'l,a.,coo arte, a visão sintrética e um inten$o e podétooo m~o J"c:ligiosl!l
ou intdc:ctu.a.l.Parte de suas r.á!ÍZ~encontram~ no primjtivo
d,e,,exprcssiio. A carica1ur11 é um bom ,exemploda manipulação da rea- conflito cristão entre: a ico11oàuüa e a icoaocfast.ia, Em seus pri:mõr-
lidade das partes de um rosto humanoi, que-; ,cmWtl}\lnlo, se .as5étne• dlos, o Cristiani!.mo foi uma nO<var~Jigiãoprof11ndam~t~ innueai:ia-
lha muito mais à pes.!riOa. retrai.ada do q;ueum rctra.to realista. Por qu!'? tla pela proibiç§o hebraica d11adoração de-imagens, que eram associadas
Porque 05 traços cspecííico:sda pc-sooa.ret1atada :são ~a_s.erados:,e o a fal!os àeusC'.S.Chegou-se depois a um mrio,rermo; um11abstração
rdUlií1lÕO co1oca éffí curto-circuito as lnforrnl!IÇÕcs mais importantes, da realidade-,quura. a!Jldarctoah~vcl. A disrorçãoc a ênfase na c:mo
levmido-~ dirctammte à percepção do o~rvador, ção í.a.ze.mda ~l'ie bl~nlloa um ti pico exernplo do estilo c-xprc-sf;ion ls•
COI\!Jderamos.irnc.ipiemea obra d11scriança.'! ,e-dos povos.primiti- ta. Oa!fequer que C'Xista, o estilo ultrapassa o ra.cioaale-atinge o nmtieo,
vos mm antes d@a-cd.taressejolgameato d.e\•erfarnosrea"aliar a obra uma \•i.sl\olnlérior da rc-a.lidade,s.itur-.t.dade paixão e interuifleada pe-
tendo cm vista os objcrn,os que levam a sua criação. A ad.c:qua,;ãoe.fflÇC lo :sentlrnento.
11m grande:cícíro sobre qu.alquer obre viswü. e dever(amo.sdar o devi- O cicp~oni!ffll.O sempre dorni□ou a obi:-~de ilrtilít<.tS individuais
do ,.·.alor à intensi~cle e à pureza desse estilo. ou de escolas inteira.,;,c1,1japrnd11ção pode ser C:\1:'.actetuada por seati-
Todo ntilo -.·Lsualextrai seLIcaráter ,e-:sua.forma da.~ técaka -.•í- rnen105intc-nsose por ~ande êb-pmtuafüiade. A Idade J\o'.(cdja, por exem-
su.tl.saplicadas, ~j.a çon!ic:icntcmente,PQT parte do ar~esão 011 artista plo, produziu um dos anaior,e5c-xc:rnpfo:s, desse estilo, o gótico. Foi 1.lm
que receberam umái sóllda fo:nna-ç-ã.ü, seja inconscicntc:nterik, como no pmodo histórico cheio de c-rro.s,simbolizado pelas Cruzadas. Uf'il e er-
caso dos tiomc~ primitÍ"'OS ou das c.ri.fil'Jças. ctcio de doLsséculos de fuulidade. Acravés de-t□do isso, DOrérn,num
11:2 :'ll!'ff,\XE :J.J.'i.Lll'iGl ,'(",F.'.'11 \ 1151,;,\L no t: ;'J'lLO , LSU.,,,1, 113
1-\~-:'<l'FP,:'lf:

uso intenso das Li_nlta.s vcrtiea.is. dava a q,1.lernse enoontrt!iS~ an s.cu


ln,cnor um11sensação de- estar lc\·itsndo e $efldo alçado a.osc:étJ,
A mi:.-smaintensidade- de-se:atimcntm: ~tá presenw n:u ('.lllljsasetls
e retrruo:s de El Grc:co e Kokosc-hka, cuj~ obras podem ser-forteã'Jetl,e
as:.sodades aos mosaicos do Irnpé-rio Bizantino. Seja no gótleo ou no
bizantino, ou runda na obra de: artiM,a.sindividuais, o e.stí.Loex,prc:ss10-
□isca está presente se:mpre que Q a-Tti.ta ou de.sigtterprocura evocar a
máxima r,csposu emocional no o~~rvador,

Tknicas: expr:emonrsJas
Exag-cro
füp,onten-cidadc
Arjvidadc
Complexidade
Rotundidade
Ow.adia
V,'inar;.ão
Ois.torção
lrrc51ul.uida.d e
3uMaposição
\'micalidedc

CJassicismo
O canita cmocroaat do expressionismo cria um com~ te direto oom
a mdonalidedc- de rk.sigJI mctodologica.ment_ctipica da ane greg.3 e r0-
IDilnil, que- prodU2Ju o c:stilovisual prototípico do cJSi-gcislflo.Em ~1.1a
forms mms pWll; o tstilo classico i::xirai sua in$piJ:?Çào d.e d1,1asront~
gesto continuo de devoç.11.o a Deus e de procura '1a saf','~o eterna no disLi.ntas,Prlmt:tru, ê innuc:ade.do pe1oamor a natureza. ide:aliz.adopckls
céu. as pessoas j unrarant . e1.1~
esforços para comtrulr ua~ igrejas oo- greg,os de modo .a tomar-se- urn11e.!ipédcde supra-f'eaüdadc. Em vc-2de
mo uma ofe,rénda de sua~cidad~. Sob a ~uper,.·i~o ck m~trcs c-00.S- \'et'ema si prupr:i~ (romo f eziam os ju~u-cristàos) oomo cmis!'.árioode
trut,ores ,e artes~os. ~da cidadão trillba.lM"'ilanonimamente para dar Deus na Terra. adora,·am muitos deuses dotadas de variá,·cis.e ~pccffi.
alguma oontnbLiiç¾ioduradoura a sc:u Deus. O resultado foj um fmlõ COO< poderes. de ~upcr-homcas, deuses cm geral cm busca de praz.crc-soc-
mas .apau:onanle (le5<envoh1ime:nlo de catedral gótica, cujos .arco:siliJl:U- c1.1emrunente rnundilD~. 05 gregos busca~·am a ,·crdadc pura cm ~
dos e abobadados, e cujo:i aroobot.antc-s abriam e:;paço para que a h1:t. fitowllae .;;iêm;ia,,; aqui ~ cnoo□trB a .scgu□da fonte-do _cyjloclhi[cci,.
entrasse 11travesdos vltr3Ji.!>.O movimento pãi:'31cima, ate:auado pl:lo Formaliza~ ~Ili!. ruu a..ra
..is da rài'llr:málfoa. e criaram a seção á111-ea,
174 !.lN'fAXIE D."I.u~·G AGU.mVlSl:,U. A srr..~"l'F.. LI() 'TILO vistrAI. 17 l

Gfma e Rorn~ foríll'à .i. f ontc do Rc.na.,;.eJme.nto. wn pcríodo c.11jo


nomr significava, e>:.uame11Lé isso, uma rc.tornada da tradição clá.'isi~. Os
mi.ditos e 0$ :trilistasiLaliililos.
do século XV escudaram todos os tesolJJM
r.cmancscente.i des~ culturras, e, soh sua influência. voltaram Sl,lil acen-
~o para o humarusam, afastando-se o~ ttmiL!i cristàO!'ida leia~ Média.
Embora os artistas e art~s ~ ooni:ent1a.ssem na versão greco-romaaa
de estilo clássdco, o .Ré.as5eimcnto foi, na \\erd.adc.uma cirpressl!ioindM-
dwd do mesmo terna. Como SCl.1$riredeee.~~. admiravam a realidade,
e, através do descnvo.Lvimcnto da i,erspei;Livae de um tratamento único
d~ luz. na pintura, roascguiram, reproduzir cm sctJSquad!l'OSo meio :aim.-
bience Qltast oomo se de e::i~ siead.o ~:l'ld:ido num espelho, Não foi
por mera. ootntid.ência que 0$ primeiro.svislumbres da !uLurn in~o
da fotografia Lenham surgido no Rerwâmento, R8i fonn-..lda ,câmara C"S-
rura, uma c:sproe de brinquedo par.ai .repiioduzir o a.mbieme nas parcd-e-s
de urna ,sala escura.
T:ãnLD DD s6:u[o XV C[lli.lnCODO XVI. o artista visuàl se libertou ~
seu moaima.to e.p~ou a ser rcconbi:ci.c:ki, nlo só oorno individuo, mas
também como um mestre::cuja educação t.i11hade ser a mesma de um eru-
dito d.ássiCQ. a. 6pora. e corno nu11C.1. deixaria.d.e scr, a perfeição tl".a
associada ao estilo cl&rioo. A occ.mploda c:i.tlturagra:o-mman~. o Re-
nascimento foi uin ai-ande marro di,visódode idéias artisticas e filosói'I-
cas, ,e-um ('el"ÍOO.o
de grandes ~s.

Técn~ cidssicas
Harmonia
S.impliddsdc:
Exati.d.ào
Simetria
Agudeza
wna tórmula para oríe:ntar as decisões no cainpo do design. A c.L~i.a Monoo-omati.smo
,,isuaJ qur b-uscáVrul'l esuiva ligada II esse SlliLi:ma,mas a rigidc-.zqne dele Profundidade
decorria era rngmndeeida r,or uma ex~ perfeiu. e SU:)1,'izadapc.los F..stabilldade
eálidoo ~feitas da c.sculLuradecorat-i\•a, pela pimura e pelos artefatos que ~
a rubcstrutura. dé :sua fórm1,1La.O!i g~s
fl:"".ilça-.•rut1 prôtUra:vam a belc:- tJcúdacfc
za na rcalJàaae. OLorifLcavam o homem e seu ambicnk nat1mu, Apcecia.•
Vám o l'.)el'ls.llnl?nCo. Seus e.;ío~os prodmiram um estilo vi!,,ml dot.'tào d.e
mdona.lidade e lógica, lBnto na ane q11anto no (ksjg,r.

------- ---
174 !,l)iT.'\ .."m l!U, LL',lGUAGDI 'VlSU,t,1.
,\ 'Sif!.7iESE 00 ESTILO VISL'"AL 175

Orl?Ciae Roma foram a fonte do R.cnascimca.10,urn paiodo cujo


n001esignificava cxauimcrat,eisso. uma retomada da tradição dâ:s5LCa.
Os
eruclicooe-os anb.tas italianos do ~uJo XV cstudaJam todos os tesouros
remooesce11res du-sas ,c11lurras,e.• .sob$WI. i111luênc:fa, ,•oltaram .$Uaatrn-
ção pru-àio h.11marusmo, afa.nando•sie dos ·~as crisl!osôa.Idade Médiai.
Embora os artisw ,e 1,1rte8ã(;issec:onc:cntras.,;cm na vcr$ào greco-romana
de esriloclássJco,o Jttnasç·mentoíoi, na verdade,uma e:i1:pr~S$Ao indivi-
du:a.ldo ,nesmotema. Como8euspl'e-deeessores. admir31'fflll a ~lidade,
e. amhti. do des.e1h10lvimento da a,ersr,ecciva e de um cra.tamenml.lnloo
da luz na paa1ura,OOIJS.eiUÍram reprodw:irent se!ls<1uadroso meloam-
trimtc qu~ como se ele esth,r~e sendo reOecidonwn espelho. i'.:"ôfoi
por mera c:oinddencia que os primcirm vislumbres da futura invr:nção
da fOtOi,Jafia'lêlÜJiiJnsmpdo no Ren.iscirnemo, 1.:i. forma da câmara es•
rum. uma espéciede briaqutdo paFã reproduúr o .lihbít111e nas paredes
de:uma sal11 escura.
Tanto no seculo XV qullillo no XVL, o artis-1.avisulll~ übrn.ou.dc-
!.CU anonimato e passou a SCT rcoonhccido,não só com.oilldr,íduo, mas
~mbém CQmol!1m mc:.trc-cuja ro~o tinha ele:5,Cr a mesmade um eru-
dito eláss.ico.Na éf)OCa.e wmo nunca deixaria de su-, a pe~íeiçjo era
assoei.ada ao ~ro clá.~co. A e:xmnpllo da c:ulDJmgrecQ-1onuma., o Rc--
nascitnentQfoi um ~nde ma!"OOdivisório de idé~s artes.icase fil05lÓfi•
ca11.e UJHperíodo de arandes &!ruos.

Téaricas' clássicas
Harmoo.ia
Simplicidade
Exaudlo
Simetria
;\gude-za
uma í6rmufa para orientar as.diecisõesno campo do á~. A degllncia Moooe.roma.LWnO
visual que busawam cstir..·a1~ a cs.sc-s~ma, mas a rigid.éz.~~e dele Profundidade:
,decQrriaera etl,\lfandccidepôr uma cxccugão perf el~ e SW1.vimdai,elO!l Estabilidadc-
tálidos dcitos d:ii.esculturad.econ1rrva,pela pintur.:i.e pelosart~111~ que EstBSC'
realçavam a su.'besu,ururade sna fómtula. Os~ procur~-..·ama bcle-- Unidade
za na real1dadc:.Glorilf.ieavamo bomcrn t seu ambi~ate nat1.traLAprcci.:a-
varn o pensa.meato.Sem esforços produziram um estilo\'iiual dotado de
racionillk'ladc:
e lógic:a,lfil\1-0 na arte quanto no de:s.ign.
,\ sasn-::sE lJO E!::i"'TEW \'I "LIAL 177

O estilo omamerual feito p.lra um re:lou irnpe1"ador cuj11spreocupações :n~o~•àoaléln d.a


s.ati:sfaçiio de se1.1spróprios prazeres. São muilos os períodos e escolas
O rnüo orm1Jncnw1le1daci2.aa a,enua~o d():í ângulos agudos com de arte e desian que pod(:rn ser a.grup11dossob e-S-s.J. des1sru,~o geraE
técnicas visuais discuir~iva:sQue re~~•l•.1•li em eíeicos clHdos e elegantes. de ornárnenwçâo: Art , ouvcau, estjlo vitoriano, romano ca.rdlo. Em
E5-5:e estilo □:ão só esul'Jll!IO-SO
em si m~mo, como também costuma s~r todos os Cilsm.,o design é tipicamente grandioso, rnrn uma deeor.1,,çào
associado à riquc;rue ao poder. Os d~tos grandio.sm que pode produ- infiruta de 5-upc:rfici~Q'úeo r~ pare4:cr rc,gido pelo ~guinle aforl~mo;
zir oonstiitucm um abandono da ~alidade em ra..·or da decoração tca- a. ligação ma.is dcsej.h·eJ entre doi ponr.os é uma linha curva.
c.:raJe do mundo da fantasia, EmoutrasPfil;;il\lf.li • a naturC:7..adcSSJCcs.tilo 'cnhuma ~o1a ~ mais representaciva das qualidades desse rnLLo
efreqüentemente florida ec;i,;asemda, eo11fla.úrandoijm smbiemc per- ào que o "Barroco. Esse periodo ser,·iu de p011ice enl re o Reruucirncnto
e 31(:ra moderna. difuadiadô seu estUodesde uas origens italfanas, ao
norce do_sAlpes. ate Flandres, Aleinattba, ]n81acerra, França. Europa
Central, ~.<ip31nha e, le.,·11dopclm missionário.-sc~tólicos., Ammca l!..a-

(2 c;na e Ex:nemc:>Oric:nte.O Renascimi::ato linha s,do lt.alfanoc, cm qua-


se todos os :5,emaspectos, um estilo homogêneo. A a11e'barroca é um.a
> Cii.LejOtias.enérica e muito inadcqu11d.a que 11grupa llm per[odo \'asi;o
~do de eJ<1)1"eSSàocria.ti"'ª e $C ,estende pc-Jos sec:ul~ VII
e dii~·,C'J"sif
e XVIH. Por rnais inad_cqua-daque posse ser, oontudo, reflete uma éi,o,
c:ade ID1aero11lsmo e d~ gran-dcs riqueza,; Ladoa ]ado oom uma rua.nele
pobrC'Za. E uma arte ecn que ,certamente não hà espaço par.a a objeti..,j,..
d11dc ou II rcaJidade, .não hnporta a que n!ve'l.
A cxubmind11 do .Barroco ~in dúvida par~ ter muico pouca rc:-
laçj.o oom o pe:Tiadoi,-itoriano,iembor11.na verdade, os dois esrilo.s com-
panilhem a mestnlli categoria estm.uica. As fontes. de inspirar;:ão de seu
car;.her orrt,amental diferem nitidamt:□tc-. P11111 uma cultura, o decora•
tt~·ismo deseníreado era uma postura simbólica de glória e pOdr:J",ao
passo que, ~ o pertodo vit.oriano. e.ratava-se mais do que de 1.m'lã
simp]~ orgia de .mi.bes;;:osdomésticos..

Técnica:i;()rtlttmenu,ri.~
Compfo..itlade
Pr()fm,ilio
E,cagero
Rotundidade:
Ousadia
f 111.,gmentação
Vari.a~o
Colorismo

----
.... s.b.,ESE oo E'STILO vms.U.i\L I 19

Afrvidadc: haus.1.unaescola de:arte iruciáda por Walter Gropil.15- e: um @n!P<J dc-


Brilho c:rninentes profe-ssor,d alemã~, imcdi..at11IDcnleapós o tc:rmino da guc:r-
r.u, e-m 1919. Seu obictivó era B criação de novas formas e-o c:m:oatro
de novas soluço~ para as accessjdadc:s básicas do bome:m. sem dcixar
Funcionalidade de [ado suas acces:s:idadc:sestéticas. O curr:lculo da Bauhaus retomou
os íundsmcntos, os matmais básicos e a~ regra$ bá$icaci do design. As
Embora a fum:ionalidad.c costume scr fundam.enwmc:n~e a..._sociada qu~U5es que ousaram formular L"aram II novas. d~finiçocs do bc:fo ao
ao design oomc:mporãneo, ela e na verdade t.li'.>antiga Q11:lntO o pri- funbito dos aspectos prática5 ~ niio oraamcntais do fundonaJ.
mcir.o re,::i-pie:mc:
para água criado pelo homem. É uma mctodo]ogia
de des.rgncst.rcit111mc:□tc l1ID3d111à regra da utilidade e a oon.s.1dcraçõcs
de ordem e-conõmica. O ad,•e:nto da Revolução Industrial e do dc-:;e:n-
vol1,·imento tcC'nológioouniu a filosofia de: meio:-.simples à capacidade:
natural da máquina. ainda que ~s: mci05 simplc!l sempre tenham es-
tado ao alcance da fabrica,;-ào e da maaufamra. A principal diícrc:ni;a
entre ou.trai; abordagms atilí:s,tica.~e visuais e o estilo funcional I?a btt"ica
de beleza nas quafü:ladcs temáticas e c-xprcssi\·asda estrutura básic:-a
e subjaccatc, em qualquer obra 'lo'i..ruaJ.
Encontrar um 1,alor est~ico nos produtos artcsanai.s. aào ooratitu.i
novidade:. É um procedirnc:□to típico de qualquer artes.ão que se dcfci-
ta com as imperfeições relacionadas à Juta travada entre ck e seu meio.
As mesmas pessoas, que pela primcira ve:2 dese:nvolverram uma filo:m-
fia moderna do artesanato, os pri'l:,rafa;t?'liras,fi~ram•no com l»ise t1a
recu.s.atotal do conc-c:ito de- fab-ricação pela máquina. Na Jnglatemt,
liderado por Wil11am Morris., o Arts 011d Crqfts Couru:rl adotou urna
filosofia para a qual •'A ~·erda:dcda fabrica:ção e a fabrica,çào manual,
e a fabrica:ção manual ê a fabricação :por pra:zcr-'•. Optaram por voltar
as co.s.tas à d.csagradá1,·cl~alidacfe- da produção cm rnassa. Ma!i o fato
de go.s.tarcm ou não careci.e.de: importância - a máquina tinha. vindo
l)llra íicar. O primeiro ~rupo que realmente tentou con1preenct.erai im-
plfoaçõcs da rnáqufrta e: coJoc-ar-sc:à a!ltura de seu potencial foi urna
ooníc:dc:raç-ãoindc:pcadentc: cfearquitetos, designers e ert~os. que .,.i-
,·cram e trabalharam na Af.mumh.a antes da Primeira Guttre Mundial.
De'lo·arna si mesmos o nome de Deutscher Werk.ó1md, e tentaram che-
gar a uma coascié:ncia roais profunda do signific.ado interior e da natu-
reza das coisas que: cOJ11cc:biam, atra ...~ da busca da Sachlich.keit, ou
objcth•idadc de: 5c:U.S.rnatc:riais. Suas tcmativas de:c:nconrrar me:iosque:
reconcfüas_scm o artista com a rnãquina inspimram a criação da. Bau-
180 S :ll'f ,rR O.\ l..rNC.trA.GEM '\i[S\M.L ,\ s.r ... n:s.1-.11111 1-.STII.O \ 1...L U UH

Téarü:.115
funcronais Exercícios
Si mplicidadc
Simetria l . Faça um desenho Oli! uinil ~lilf,it:rn ab!>Ln1taque ('Xprcssc uma
ngularid~dc ra1c-goriaic~1ilí:uio;;:a básic.-t,e combine as téc□kas 'l.·iswrisque nela mais
PrevjsíbllEdade !>;oh,e-~em, Você p0de empreg,u técnicas de colagem. mas C\litc a in-
Escabílidade fonnaçào ..,.Luai rcp~st'IltacionaL
Seqüencial id~de 2. Jnspir.1r1do-,s,e.no exerddo anterior. tire- aJgumas fotos ou cn-
Unidade contr-t reproduçõesde fotos que expressem o ~ilo que cstA i;cndo ana-
Rcp,etii;.ão l is(ld0.
Ee-onom:ia l. filii;-<1 uma rcl11ç.ã.ode exemplos C'.'ipcdfico~que irlenrlfii;iuein os
Sutikza nru:o difcrrnte estilos \'isurus cm qualquer um do.<;seguintes ~ os; ílr-
Planura. quitetura, moda, design de interiores. :Se possfi,.,el,encon,re eJ-;crnplois
ReguJarid.adc que- jlustrcm seus: prc55upos.rm. Voe! pod-etía fa~r o mc!>mocom ('S-
Agude-ze péic1~ \ h·11sda natureza, como árvor~ ou pássaro&?
0

Monocromatismo 4. Faça um esboço de come poderi.a fot0811'lfar o m~mo L'1na ~m


Mcranicidadc ('Stilos diferentes. Anote as técnica que vooê uLiLizaria,

~, nuura e o significado do cstiJo tem muito mais 21.specto.sdo


que pode.1nser abarcado· ex.clusivamentc cm termos de catcgorias 1 ou
de técnícas Que tim participação inl.cnsa no dcsr:m,olvirncnto dessas c:a-
cexorfas. Para efeito de defi niçAo ~tética ou aplicação prática, a sjm-
plifk~:ão Jw. oone<:ÍCMescilfstico, e as varii!l.ç~ técnica..<;.
sào de grande
ut.ilidade □a oomprecnsãõ e no controle dos .melos vJ 1mis. A s.impliíi-
caçào, porém, não af ct11a cornpJcxid1n:lcdo alfabe.jsino "isuaJ,O exer-
cício de cauigorização ,é puramente: .arbitrário, e o numero de t6cukas
é Jníinicoem su:15sut~vairiaçõc!i. Da forma oomo são abordadaJ. aqui.
o apenas uma sug.cstão cm meio aos imensos ro.:ursos de n0SM'.:I voea-
b11lário vistit.al. Mai, é preciso que a pessoa inexperiente c sem forma-
~º visual ,enba 1,Hnponto de tlartida qu~ funcione, e o co□hecimenLo
da md.url:!Zadt: tod~ os co.mponemesda.«imunic~o visual oferece
um meto de buscar métodos <le d~.sJgnq11epropiciem a.lgurna certeza
quanto ao acerto de.s soLuções cm:ontradas,
8

AS ARTES VISUAIS: FU ÇÁO


E MENSAGEM

Qu.e.iss:lo 8$ ra7lôes básicase s.ubjat:ént~ para a criação (coaccp-


ç:;ão,f11bdc11~0.construção, m~1,1fatura) de iodas as inúmcn.s for-
mas de:mate:ria.isvisuai$? As cir,cun tâncí..ilssão muj1.as,al8i1Jmas...,cz.cs
dares e diretas, outras, mulcila[era.isé !i0bn:postas. O prindpra.l fator
de motr.·a;çjo é a r~J)ootai .li uma n,.;ce_5gd11rk.mas a gama de n-ecessi-
dade-s humanas abraãie uma áréá enorme:_ Podc:m ser imedi:atase pfá.
tí(as, tendo a 'Yércom qucstõ,cs triviais da vida çot(àiana, ou podem
esrar ~-oll.ada.spara nCQCSsidadesmais. elevadas de auto-expr~o de
um estí!.dode espírito ou de urna idcHa_O ;p:morao belo, por e:Kernpto,
pode in!])irar a dcooraç-ão ck um objeto de uma rl'Laáe:lnt modesta c:-
pc!isoal. ou um gramiioso l,llaoo pa_racodo um ambrmtc. cnid11d.asa-
rncnt~ com:icbidopara a obtenç!o de um eleito es.tético conjunto_ No
modo ..,,,imaJ.muitQS objeco:s se dt:$'liamn a glorificar ou a preservar
a m-emóriade 11ml.ndividuo ou grupo, às vezes oom alcance monumen-
t~I, rna[s freqüentemente oom fi□ailidadc.s: ma.ismod~UU- Mas a maior
parte do material \llsu.alprodLLZ:ido diz rc:speito naicamen~ à De(:e8SI•
dad~ d~ res.Istrar. presto·u, rc,produzir e idC'.Tldfi~T'pess001S1 lu~.
objet~ ou cl..wes de:dados visnais. E~s materials :io cfe~de utili-
dade para demonstrar ,e em~as.r, ta11to formal quanto lnfonna.lmentc:-_
A ultima razão motivadora., e ai de maio li' alcance, e a utilizaç.ã:o de:-to-
dos os nri,·ei!idos dados visuaispata arnplii.aro pror::c:ss□ da comunica~
çào humAna.
Os dado "is,U\is podem traJJsmitir informação: mensagens espe-
cfficas ou sencini'lêntosexpressivos. ta.ato il'ltcncionalrne11te,co.m um
objet,..,·odcfrnido, quanto oblfquamcl'ltc-,oorno um subproduto da uti-
Lidedc. Uma coisa é certa: .no universo dO!i-mcicis de corm.mkaçiio r,rl- da, il image:m e o .iímbola continuem semfo os priaci pills meiosde co-
su.aJ. inclusfrc: il!í i'orm.l.!i mais causai. e so:u ndá.ria.s, algum tipo de mu11ícaç:J.oe, den~rc: dcs, $â o \'isual pode .ser mantido cm qualquer
informação está prcsrncc:, 11.enha ela tei=ebído um.;1configuração artísti- el rçun~úl neis prática. Isso, é- tão ,•erda.dciro hoje- quanto teca ~ido ao
ca ou s~ja ela r<:sultado de uma produção c,mi.il. F,.mqualquer nívcl ]or,~o d:l hisrória. Na Idade: Média ~ ao Rc:nasdmento. o artista :sc:nfa
dea-.•aliação sempre inconstante do que: coastjrui arteapLicad;) ou bela$- ti l8reJa oorno r)ro~gandista. Nos ,,im1.is.,nas cstârnas, aos entalhes
arcc-s,toda forma \'isuail com:iebivc:lcc:rnuma1..1paeidadelncotnparável e af reseo5,.n pim ur3/ e ilusnaçôc-s de-manw.critos. era ele quem trarur
de iníormar a obscn·ador sobr<:si rnesrna e:seu próprio mundo, ou aioo.l mitia ,.·isualmea,e ".i. Palawa" ~ tim pr,ihlico que, graças. a s~s c!ifor-
so'blle'ouc ros tempos e lug_S1es,distantes e:desconhecido~. &sa t!a ea• ço:s, podia .er as hLstórias bíblicas de forma p.,lpá\ 1el. O comunicador
ra1.1etí üca mais exclm,iva e in~cimá~·d de urna ,·a~c~gàma d~ fomta- visual tc-m, de fato. :sc:r.,·idoa.o irnp«ador e M <:omassádo do P<)'í.'0-
Los v:isual$ aa,.Jrentemente di$.sociados. 0 "realismo social'' da l{e,·ol uçâo 'R.•s :ll pu nhai ~lguns. faros da co-
Um ri1elo visUAlp,odA! desempenhar muitos papéis ao m!C$mO cern- rmmiicação ,.,i.sual dfantc dr: um púbfü~oanaH abeto,e J)r'(l\ 1.;1'í."e-J1ncmc
dA!s-
po. Por exemplo, um p&tcr que se dr.:stína basit.ilneace il al!lunci~, um füuido de qualqui:-r soíis1iru~o. Em lilrnes corno..Os dez dias que
concerto de piano, pode acabar sc:rvmdo i;:><ir« dérorar a.par.edede um ab.aJaram o mundo'' ou "0 c:ncouraç.ado l'oLemkin", Ei en ,eir1 il'ls.e•
es,úd lo, superando, a,;.sim, e finalidade: comunkativa que moúvo 1 su~ riu trechos de-jornais cinc-matogràfic.o~ reais, ma~ c::m~ mnaLerlalori•
cnil~O. U1t1aJ)fnC-ur.;1 abstrata, coacc-brda pelo artista dr: forma iuLed• ginaJ seguia té-cnicas documenta.is que bus-ca,•run e a.utc:nticida.tle e si:'
rameJ1tc:su.bjc::civ;i e como expressão de se:usscatimc-ntos, pode ser 1.111a- àesti11:av,u11a C:Qnvenccro püblico de-qu~ se tracava de um tc:stmmnho
da oomo Uustrai;.ão dé 0011Ltil•C.ilf;.lade algum folhcto editado por uma h;!!tóríco. Na il~tração, rui. pintura e ao desrgn, os russos seguem a
organize:çào de-ca:rided.e, c:om o obje11\'0 de levanuir fundm para suas me.'i,ma,écnica do hipcr-r:-C"Bfümo, e o fazem com o mesmo fica. Arn-
atividades. Os obje{jvos dos medos,ds,Lai se mi.Uuram, iatnagc:m e bos os ea.wsrespondem ~o fato de q~ .a oom unicaç!o pictóTic-adi rigj-
se 1ransfonnam oorn urna oornplcx.icladeca.leldoscópica. Para comprr:eJl- d~ a grupos de bauo indicie de alfabet i1,.'tçllo,se pretende i.er cfic.a.1..,
det os n1eios de oomuniceção visuais. é pr<:cisoque noss_oconh.ec:imcn- deve ser :s,ímplesé rc:alistà. A su1Uezae a !iOfisrieação 1ender"Q .i ~r con-
to sobre:: eles e fundamente nurn critmo de grandeampllc1,1de.As traproduc~ntes. Dc:~·c--sc bU5Caru.rncquilíbno ideal: nem umil Hrnpli fi-
respostas às.iml.-gaç:ões sobre os motivos qu~ os kvam a serem OOJJCe· ca~o e:te:gemda, que exclua d.ccalh.cs; importantes, ncrn a complexidade
bidos e produzidos siio fluidas, e ª r,ergunta!i, portanto, também de- que: introduza detalhc:s de.mccc:ss.á.rios.Sã.o esses os proccd~rne"atosca-
vem si!-lo. D~cm intc:rrog,aira aalu:reza de c:adª meio de comunicação, paze:;. de ampliar e refon;ar a cornpr~a:sào. O realismo simpl1ficado
swi. função ou nivc:i:sd:- i'unçã,o, SWJ.adequa,ção, a cliente-la a que sr: rol cambéma abordsgE?m de um utrs.ordinàrio grnpo de pintoTes mc--
des~ina e:, poT último, sua história e :su:amaneira de se:TViràs acct'.SSida- icanos.- Sictueros, Orozcof.) Ri,.·,m1- 1,ara transmitir .as mcmagens
des soei3J.. d.e:rc-.·olução social de seus,&ovemos. Elese mul,osoutros air,i 1.ai;tev
suscitaram a técnica do ilfresco, e u5illmrn-aa para tlc::ooraros nmros
das cidad~ provincianas com imagens cujo objetivo fundamental era
Alguns aspectos unh 1ersais da ,comunicação viisual a pro~nda pol(tic.a. Os mcios ,·isuais oom finalidades roucativas tam-
bém forn.m utilizadas na campanha de co□trok: dcm.ografic-o na i adia,
HIÍImujtas raz.õcs par.:i.leva_re:mconsideração o potc:aci..iilelo .i.lra- na identificaç!l.o de parrtid0$ poHdCQ:ína mundo incci ro e □a doucrina-
betismo ~·i5ual. Algumas são pro,•oc:adas pel~~ limitações do alfabr,ti:s- çto policieaem Cuoo. En1re ;p~pol)ltlaçôes analfabe'-3-'i-,a cíicácfa da
mo verbal. A leitura e a e5crita, e uil retaçâo C()m a educcaçiio, oomunlcaç.ão visual é illQlúestioná~·e'l.
uem a.inela um luxo das nar;.õ~ m.:ili.ri~ e w-cnologkamc:me
i;;o.1mi, Mas as implicar;.õ~ dil naLun2a unh·enill tla informação ,•isual n.ão
mais de~e,wolv.1.cfas
do mundo. Para os aaelfabct.o11, a liluuag~m fala- s~ c-sgot11mc-m seu uso como substitu.ti-.·o da inf ormaçã.o vc-rbal. Nã-o
184 ~INTAXE DA LL'IG GRM '\'IS.\J.1\11.. /1.S ,\RTE5 \'l!i.L'Al!I.::Ft-.: ,."0 ~ ~l:::", • ·Ui EM 185

lida.de. Uma ooisa e-oerca: no uni1,·crso dos meios de oomunicaçã.o ,•i- da, a uma.geroe-o simbolo contim.i.an1 SoellClo os prindpais meios de co-
sual. inclusi,,·c-:as forruas ma is causais e-scrundâri.a , algum tipo dc- muafoação e, dentre eles, só o \tJSWl pool:' :sr:rmantido c-mqualquer
infonnação cstã presc"ntc, te11haela rc:c-cbjdouma c-Onflau"ªçàoarcisti- circ:unstãnda prática. Isso é tllo verd.lldciro bojl:"quanto tem sido ao
ca o~• ~ja efa !l'c.s.ultadode: urna r,roduçifo casual. Em qualQ LJernf\•cl Jongo da história. Na ]da.de M~dl.i e no Rc:na:sC'imrnto, o arti~a ~n•í~
de av-.a.lí..J.çlo
s.emprcinoon:slaJlteelo cu,1e cons-ütui arre 11plicád.a0111
bela à lgrt"j,a como pmtJ13g,a ndi lil. NOli viLrais, n11scstàiuas, nos en Ia lhe~
art~, Loda forma 1;isu11loonabh·el temuma capacidade ~acompru-tvel e afocscos, na.í pinnara.s.,e lluscrar,.-õeiide-manu.s:criios, era ele Ql,lel'n1.rnru-
de-ínronna.r o observador sobre si m-es111a e seu próprio mundo, ou :ainda mitia vim~lrnen1e ·•a .Pata~-ra•·a um público que. (!lraç.i a seus csfor-
.s:otireoutro ten1t)Oi e lugar~. disLilnLe:s. e deaconh.ccidos.. Essa é ili Cil• ço:s, :podia vet -M hu-Ló.riasbíblicas de forma r~lp.",.·e]. O cornnnkador
racterh:tica cnais e;{c]auiva e in~srjmávd de Utl'la vasta gama de íorma.- visu.al 1em, de fato, sr:rvido ao imperador e ao çOmissario do po.,·o.
to.s vjsuais. aparememenrc: dli5.sodados. O ·•realismo soei.ai'º da Rc:,,oh1çãoRussa punha ~f.8~•1'ls fato.s da ro-
Um meio visual pode de5Cmpc:nhar niuitos papfü ao mesmo rc:ro~ mu11ie:açà;o \tlSJJaidiilliltc:de:um püblioo analfabeto e prov.ivelmt=nled~~
p,o. Por e empto, um p&tc-rque ~ desllna ba!!icamrntc a anUôeiat um tim•do de Quak11.1ersofisticaç.ão. Em mmes oomo ··~ dez dias que
concerto de piamo, pode- aab11r :ser-.-Lndopara dccorBTa parede d_,e1,1m aoolar~m o mundo'' 0111 "O encornaça:do PoremH□·•, Eis.c.-astciniru.c-
c-s.tüdio,super-ando, :u;sim, a f'ínakidadecom1,mic:ativaque-rnoti..-ou sua riu Lrechos dc:joma.i:scinemato-gráficos reais. roas cm seu materi.aJ ori-
criação. Uma pimora. a.bstratBI, oon~bida pelo ;(lrti!ttll de forma intêi• &làalse.gufa.teicnicas documentais Quebu::-i.;àvamII autenttcidadc e se
ramcntc- subjetiva e ,como c:xpressão de ~s ~e.n1imento:,,, pode-:s.crw.a- dc.-stinava.ma 0011vcnce:r o tli.Jblicode que se tratava de um cc.sTeftlu ,1ho
da como ilustração ciecontra-capa de 111,gum folht10 editado por ume hi~16rko. Na ilustração, na pinmm i::: tlo design, os russo~ S.C!'!luern a
de- rar:idade, (()11:l o objcdvo dt' lc-vmJta.rí undos i,ara suas
Or{!::l!llli:zaçào mesma t~cnica do hipet~reali ~no, e o fazem oom o mc:smo íim. An'l-
atividades. Os ooietl"os dos mc-io.svisuais se misturam, imtcragc-m e bos os.c8!ios rc-!ipondem ao faro de-que a comunicação pic1óri~-adM.gi-
se transformam oorn uma oomplex:idladc- c-alcidosoopica.Para comprcc:n- da a grupos de ooi..:o índke de ai fabetizaçlo, se pretenl.le ser eficaz.
der os meio.sde comunicação ..-i,1.1ais.é preciso que aos!<Ocort1te:dmc-n- deve ser simples e rtalisLe. A sutileza e a soíisl icação Ltntlcrn a ser con-
to sobre eJes se fundamente mml critério d~ grande amplirnde. A.$ ~riproduceates. Dci·e-sc-buscar um equilíbrio ideal: nem uma simplífi-
n:sp,ost.t.!i~s indagaçÕll!ssobre os rnoLivo. Que os lc:\·am a ~rc:m i&Or.tce- caç.ã.oex11gC"111da, que: c:xclu~de1aJltesimportantc-s., nem a oomplexidi.1:de
bidos e-produzidos slo fluidas. e ~ p:rgucu.as, E>Qnanco,iB.mbém d~ CIde inLrlJduza detalhes d~nccess,á rios. São esses.os proccdime:ntos ,ca.
vc:mse-lo. Devem inLeJT08l.Ua namrc-za d~ cada melo d~comunkaçiio, paz=s.de ampliar e reforçar ~ compr«mão. O re:ati:;mo$impHfíe.tdo
.s,uafunção ou nh·els de {unção, sua edcqu.-i.çilo,a elicntcla a que se foi tambem a aborda~m de um e.xrmorrumirio grupo de :pimore~me-
dcitirui. e-,por ülLirno, da his-tória e-s.ua maneirade S>ef\1ir às necc-s.sida- xicanos - Sique:ros, Oroz,co e Ri'fCn - para tran~m[cir as mt"ns:agcn.s
des s.ocirus. de rc-voluç~o social d~ ~s go-.·l!'Tilos. He:<i.e:m11icos:ouLrOS.artistas rcs-
msei~rruTI a 1écnka do afresco, e usaram-M pi11iil decorar os. muros.
das cid.aclc:spro.,,fociAnas com im.a.B-eas ,CUJO objeth·o fundamental e:ra
Alguns aspectos universais, da oomunicaçiio -visual a. r,ropag.ulda poJitic-a.Os meios visual com fi□alidades. cclucatiYa.._ tarn-
bént for.am utiliza.dos. na c:amEX'!nha de conLroJe dc-mográ.fioo na fndta,
para levar c-mconsider~o o pote:ncial do .alía-
Há mui1.- raz.ôe.<io 11.áidentiftt:açiio de partidos polilié~ no mundo imei l"Q e m.ido1.11rin.a-
bctismo Yi.smd.AlgLUl'la- são provocadas :pelasllroh.Jii;llc-s.
do alfabetis- ção poJitic-a c-m Cuba. En1-reas populaçõc-s. anaJfabe1as. a dk,kfo de
mo t,\Cfbal. A leitura ,e a e?'icrita. e :s.ue rd.ação OOPl a cducaçiio, cornunica~o \'LS-UaJ é i1ttquenioruí.1;cl_
constituem ainda um luxo das, nações mais rk..as e tecnotogicamc:ntc Mas a.:implk.il\:Õi:s da natureza universal da informação vis.ua! llAo
mais desenvol~•idas do mundo. Para os analfabetos, 11Hmcu~-em fala- ~ esí!Olilá'l em :seuuso como !'.Ubs1-i1-u1-lvo da informação ve:rbal. N~o
186 ~NTA~ p,t, l.fNC.U C'.P.M\'l!i.tJAI.. A5 AlilTEli Vl5U.r'illi1 l'UK(AO ISloffi: SJ\G~1 181

há nenlfl~un <:Ol'lfliroenu·~ os dois tit10s de: informação. Ceda uma tem


sua~ e:s.pt.,;::líicitfades1
m~s o niodo,, isual ainda nào íoj utilizado cm sua O símoolo rn.attmiátiooci1.1esis.nifiea ·'eJJsAe"
•.
plenitude. A çomprtens~o vist4'!1é unl m~o natural que: nào prcci!'la ( ..---... ) denota um vubo.
si:r -i!ipr-eodi.do,~s i.lliXll.í ~f'iat.ido ,Ulfa\•é5, do alfabetisnHl v:isual. O
que: vc-mos n.ão é:, como 11.i.Eingu~eni.. 'llft1 umritnto que prec:isa ser
u.a.duzido de um estado p-i!ir-ili ourro. Em tertnoo pere:ePJ.ivos, 11m,11 ma- O :sinalinterna.clona]de trimito simbolizado por
çã é a m~ma oois11tento i>ara um nort~arner.ieano quilinto oora.um uma tiiíurcação na e:nrada.
fr11nce-s,a.inda quC'o p.r:iméiroa t:hame de apple, e o segundo, dt pom-
me. Mas, da mesma forma que na linguag_ern,a eomunicaç-Ao visual
efetiva. deve:~ 1itar e ambigüjdatic th p~li.l~ -.·Iuais e 1ent2r expressar
as idéias do modo mais simples e diri:to. ~ a1r.1vésda sofi~icação cx- A faixa oblíqua é um st□al intemaeional de
cc-ssi,•ae da i:soo!lta de um simboli:sntoeomple.>1.0 qt1e ~s dificuldades proibição.
interculturais podem surgir na comuni.çação ,•isua1,
Jâ. hou\'C muitas tentativas de dc:3envoh·i:r siSl:eiruisq1;1e pudessem
reforçar o alfabetismo ~·lsuaJ unh•exsal. U"1a.de.las é:o cquivak:nt.c \'Í- A mão que aponta.é: umil fonna idtruif1cávelque
:s;ualdr: um didonârio que usa, em vez de palavras.,imagens.diagramá~ !iignifie-a "isso· ' .
trcas extrcm.a.mmte s:impJ~. l'llúl"'rl.'Itenrn.Li~·a de c$tabckccr uma
uniíormjdade de-dados visuais. E:sse • Js1ema i;>ierográfioo @ chamado
Simbo]o mmg.inal pill"a denornr a]gauna co~s.111e:;-
ck ESOTYPE. uma abrrnação de ~u no.tne cornJ)leto: htterno:tional
pocifica. Símbolo liEljf;üistieode pergunta.
S;·stem of Typo-graphicPicture Ed11rntion.A cornpílaçào consi te-cm
1.m1a ~ic- de desenhos cm forma de cartwn, nos quaJs s-erepre•
811'::tnde:
sentam objetas oonhccidos, que se tltstiili"llin a M!r~ ídenü ficados de
imediato graça5 à cnfase das c-aractcristi.cali maisEmporULn~sdaquilo A mé~cn é exm~{d~de HamJ&, dt Shal::c-speare: .. To be or
qtH: represen1a1n. Até o rnome:oto, cssC'sistema, ou outros l)ll~cido:;, nol to bé-,lhal is 7M que.stton.''
ainda r1;wf orilm ampl.amr:mcutilizados. iio si: iltentou aJnda em sUA ô maio!' problema do si~cma de Effd, quando comparado ao
importíincí.a l,X"lra. os oomputadores v:isuei.sou como ro11na .adiant~da ISOT\' P ·, é que ele '11~0 pa.s..,ade urna aoo;a vc:rsio de quelqm:r Lin-
dr: uma Lin1ua,sen'Ide, signo-5,imc:rnaciona.is. su~ern 'baseadacm !l(mbo!os pi:cto_gráríoosou .ib:stra1os. Todas as suas
O c.artunistà frilnds Jea111 Effe:l tentou dr:semrolvcr ou1_ro tipo de pus adqui-
plsu.: visua~ são substitutos que pr,cçi.$am5él' 1r11d1.1zi\'.10i
sistema de oomuni.caçlovh;_ualuniversal, urna npéde de ''esperanto" rir sign ifil!ado. Em oumis pa]avmli1 EfM e.sLárealmente im·encando
,•isua.l, quC' oonctbéu para apro,·e:ita.r os múltiplos sist~ de ~ímbo- outra linguagem que ignora aqucfa qu.tlidade espec:lal da i□form2ção
los. que já são de uso çorreme no mundo. Um exemplo do Qt1eele eStá •Jisual, ql.le:é .a.c,.·idencia esponlill'lea. 11 essa q1,1alidadc:,a aprC'C:'asão
1entando fazc:r pod~ dm1onstra1 as [)Ossibilidadcs de tal sistema. O lei- ditelil da in format;,ão visual, que atres-cemamai5,uma dimensão á con-
1or (;)Odetentar l~-lo visual1"'rle111e. ..-e,Li!ndildos dados , 1isu11isrenqu.anto meios de comunicação: a extraor-
dinária capacidade de expressar imlrneros segmentos dr: informação de
uma só ,,cz, i11tantru1e-.tme.1ce.
A.traves dac-.xp~~o ,•i,s.ual, somos c:ap~ de ~turãt uraa afir-
mação clirct11~etrnvés da percepção "''imal. vi..,·enciarnólíu1ruliJiuefJ)re---
188 . ll\rT A."XF.DA u:,,;c; W\l.:il:.."tt\ l li/li L

cação direta daquilo que es-.amosvendo. Todas as unidade~ i11di,.·idW1.is todos ao .akance do leiRo, Mas as arre:. e os oficios vi.sua"• o dc:'S('aho
dos estímulos ~-is.uaisínte.iagern, criando um mooaic-ode fo11,;:as sacura- i ndu triai, a fotogrdi.i, a pinl ura. a e:;~uhum e a arquitcc ur~ hiJiem
d. s de significado. mi1lide ufll , ipo espc-cial de significado. exi;Iu~ivo do::,que os praci~m um talento específico e uma. formação e::,p«ial.
do alfabetismo visual e 03s fv-clde ser d.irrta.mc·nteabsO:r••ii;fo
com muito Cada um dos mci4'1:s di: rnmunicaçào \ í.,ual tem não apena :.c:us.pró-
pouco esforço, se compara.do à lenta dccodiric11ção da lit1SlJagcm. A p1fos clemencm ~lrutun,js, mas 1am'bém uma rnetodologi, unka para
transaute í_nforrnação a uma cxtraordlnária \"eloci-
Jnreligência -..·i3.ueJ a aplicação ct..1 tltdsõcs composit i\':t e a utilização de 1éi..'111cas
cm sua
dade, e, S( os dados c:stlvcrem clru-amentc organizados e formulados, ronccitwiliza4,·~o ~ rormulação. O catc,ndimcmo de~::,a::, forças amplia
essa lnf orm.¼i;!Onão só f mais. f áeil de .iibsorver, como tambc-m de re- o campo da c.,ixri.memaçào e da interpret3çâO rnnro para o criador
ter e uulizar refercncialmente. quem o ~ r.i o obser,•ador. e o:. ]eva II um conjunro dt çritêrios ma is
O ma.is dir~o, ainda que ãaformaJ, de todo-- o~ meios visuais, ê sofüci~dm, dé' in"Bliação vi lJ31, capa.zõ de unir m.ih estrc-ilameme a
aquc-le de que ,odos participamos, oons~-ietl1en1c11te ou não, atravês da reati.1aç.'io e o significado.
expressão faci.il e da gcsticulaç..ãocorp0ra.L Um ~bor amargo pro,•oca-
rá, cm qualquer pi.U~ do mundo, a mi:-~rnarcaçâo: uma distorção dos
mú..~utos do rOMO.Acre:i;ccn1c-seo medo il me.sm_ae 1;>rcssão,e cla pas-
sará a comuakar o 11ofrimento provoC"Adopela dor. O ri---ode ~ar-
ruo,o sorriso e o aceno de C3bcça são variações expressi v.t de A.C".55~ciadae~culturacoasistc no fato de !>Crrom,tmidJi com m11-
sig;niík:aélounivc:rs.a.1,
que p0dtttl ttanscenàer fronte-iras nat"lo.nab, cul• 1eriats sólidos e c,<iscir<:m três dimensões. A maioria das 0~llra) for-
turí!.Se Hnguas diferc-nlcs. O iuilianos possuem um "'ai.to arsenal lin- mas.de arte \'t uai - pmlura, dc:5enho,art<'sgráficas, f~o~r.1 ri.a,áaerna
güi~Lico(]e [mp:rrcaçõcs, rodru;elas 3companhadali por expressões faciai: - Bpcna$sti~te ill três dimcm.ôes atra'l-·és.de uma tlCi(ízai;.ãoextrema~
e ge~to~ doq(lentes. O mc-sm<'.I ~ feíco por outros grupos étnioos. Ape- mente soíi tkada de pcr~llCctív-.i. e da luz e sombr.i. do claro-e5euro,
sar de-str uma invcn~o nortc--americ.ana, ernquase todas a.spartes do A pontas d~ nosso~ dedos colocadas sobre ~una foto ou pincu.-a não
mundo um motod ta identifica como um pedlélo de carona o punho nos dariam nenhuma informação sobre .1 ,;;óofiguração físic."td.o tema
cerrado rom o pol~ it1dicando urna dctermmada clire~0- O punho representado, ma-. a evolu,ao da rcpreser1ta1,iiobidimensiona I de obje-
cesr3do e o braço lc.,,•antad.oé um ímbofo de unidadi: t01nunlMa; a l0S tridimcns.iona is J'J().) oondkiono I a ,Keit.JirII ilusão de 1.tfflil forma
mD.oabe.rte. com a pruma. Pillra bano e o braço forcmuldo Ul'i'I ângulo que, na verdade, é apenas sugcri~. .i. csc-ultura. porérll, a forma ali

com o corpo t a saudação fascisra tomada de cmpr~o às 3ntig3s c-stá;pode !,e:r rocada, lida ou conwrecndida pelos ~gos. Lorenzo Ghi~
]e_glôe romanas pelos fascista~ italianos, e mais tarde adotada pelos bcrti, o escultor e pintor noren•Jno,obscn•ava: "a pc:rfcjçào de 1(lis
mttlsta da S.A. de HiUer. Todos tsses exemplos estão relacionados. ohr~~ J'JOS.foge-aos olboi, e ó pode ser entendida)(: passarmos a n1ilo
a uma lia,iuagem eomunicati-..·asimples e básica, empregada pelos bô- pelos plano.~ e cun,•as do mánnore''. Embora 01. avisos .. Proibido to-
me.nse atê mtsmo pelos animaii.s(todos sabemM 1n11itobem o que um car" tornem quase impo s(~--eta ex-pcriénci~ t.itlJ d11esculeum, e~ica-
c~chorro quer dizer quando aoona sua cauda). para ~ comunic31' Vl- rá,et d.imcnsional pode ser pe-rcc-bidopiela visão.
~uaJmente. o movimento das mdos forma o alfabeto dos. urdos. mas Como o restante de nosso mundo naturíll., a.csrutmra: exi te numa
fll maioria das c-xpre~s~ e dos gestos e mwto, rnc:nos fonnali:r~da, e f onna que, altm de podc-r s.c:rto~da, tambrni pode :.er \'W.taa partir
)Ó exi ,e romo uma espccie de lia&Ltas,empopular. 11dança e 110 tea• de um numero iuílnito de ãngul~. com cada plano 1,.-0m:spondcndo
tro, o ges.roe, a expressão recc-bem ou, ros nome;. - balê, rcprc:senUl• àquilo que, em duas dimcnsõe , ria um dcsmho completo. Essa cno,
r;ão - e, m:sseconu::no, são visto:-. corno arte. mecornl)lexidade dc,.·efunél1t-senuma estrutura Lào unificada que, co-
O gesto, a c:.,press~o. a linguagem escrita e a simbolização estão mo obser..,.ou Michdangelo, deveria ser pOMf vtl a uma cs.cuh1.tm
tação diret~ daquilo que-esta.mos vc:ndo. Todas as ,midade$ individua.is todos ao alcance do lei._ii;o.
M11sas an4??lt O'.!- ofícios v:isuais.,o d(!i.;enho
dos estímulos visuais. interagem, criando um ntosaioo de: for'rfil,$.atura- indus1rbJ, a fotogrsfja, .apJ11rura.a csculmrn e a arquitetura c:i.:igem
das de si(in.iíleado. ml!!ll de- um tipo csp..-cialde sqnific:ado, e~Ç:lu:5,i\10 do q u~ os pr.atkam li 111 talento espcctfico e urná formação cspetí.tl.
do aJf.abetLnio vi$uale-passí,•eJde-ser dirctrunêl'llé aboorvido com muito Cíida um dos me:ios de eom1micaç-Aovistt..1I u:m não apc-nas se:us pro-
j>OUOO ~fotço, 5ie comparado á lenta d~wclifleaçilo d.1 linguagm1. A pdos clcmcntQ;í,es1rnturn1s. mas U1.m~111 umil mi:todologi.a únic-.1para
intc--ligêncitt.
visual tranifflite infonnação a urna cxtra.ordü\árla veloci- 11aplicação da! (lec;isõcscompositi\•~s e a utUfaaçào de-cécrti,;asé'm sua
dade, e, se os dados esiiverem claramente- organizados e fotmulaclos, concc:irnalizaç;lo e formulação. O e,n~ndímcato de.5,$3.~ for,;-.csamplia
~ ~níormaçiio niio só é ruais íá.cil de: absorver. e.orno t11mbifun de re- o c-ampo da e..-...pl!'rimcntação
e d.ã intl!'rpreta~o ral\t0 p,1ra o criador
ter e utílizar rcf«endalmente. quanto para o obs.em1:dor. e os 1~ .iJ um conjunto de critérios mais
O mais direto, ainda que informal, de rodos os mc-ios visuais, é sofis.ücado: de a~·alfação visual, ea~es de-unir mais estr.:1ramcntc a
aquele de: que todos partk:ipa111os,consçientcrncmc ou não, atr11,1~tia reali1.a;ç¾io
e o significado.
e,:prCl,Sâofacial e da gcstk1.dado corporal. Um sabor BJruJJiOprovoca-
rá, em qualgucr ~rte- do mundo, a mne.smareaçJo: uma distorção dos.
mú~ulo.s do rosto. AcrC'5,(lfflti=-~:seo medo à rnesm~ c:xprcssiio,,e-ela pa:s.-- E~ullura
s1mi a oont1uú.car o ~frirnento pro'i1DG11tl0 pela dor. O riso de csclr-
ni.o, o soni$0 e o aceno de- 1:abeç11são v11riilÇÕese>:Dressi\'ªs de A essE-nciada c.scultur.l éonsistc-no fato de Sér construida com ma-
signifü:ado univtrSilll,Que podem trarucrnder fronteirns naclonais. ctil• 1eri11issólidos e-cxlstit ê[l'I tres dimc-mi:\es.A maioria das ou•ra: for-
turas e tinguas c.1ifenn1~. Ch italianos possuem urn vasto arsenal lin- mas de-arte 'ilimal p[ntura, desenho, artes JÇáfü:as, fotografia, ~fomi.a
gjifstico de irnp~-çôes. loda!i c'la~acompanha~ po.r~pressôes raciais - apcruis sugere as lr~ dimensões ai ra ..·élid~ urna utili:1.11;~0 e:\:tr~rna-
e gc?5tos c,loqürntes. O mesmo é feito por outros grupos étnicos. Ape- mentc sofis1k:a:clade pcrspcc,i1,1a_ e d11 luz e .sombra do ciarn-t"SCuro.
sar de se:r uma im·enç.ãõ norte-a111eri,canai, em quase todas as. partes do A~ t)Ofll~ de nossos dedos co-Jocttdessobre: uma foto ou pintura IL~O
mundo um motorista idcntifü;a como um ped· do de: carona o punbo nos dariam nenhuma inf orálaçiiio sobre a co.nfi,gurnçiiiofiska do cel'lla
cc-rrado com o polegar indkando uma tlctércnJ11iJ.da. óiN;!çAQ.O punho representado~ mas a evolução da rcpr.c!lcntaç;lobidirnens1onaJ de obje-
cc-rrado e o braÇII)Le\lantadC)é um s(mbolo d11unidade eomunl rn; a ,os tridimcl!l.sfona.isTIO: condicionou a acell.tr ,1 ilusão de: uma forma
mão aberta, com l1!palma ~ra baixo ,e-o bJ""dÇ0 rormando um ângulo qucJ na verdade, é ®~ils sugerida. N~ ei;culture, porem, a forrna ali
com o corpo é ~ sauàação fascista tornada de cmpréstltno às a11rigas está; pode: SI!'.!'roçada,lida ou compreendida pctos cegos. 1..orem.oGh.i-
lcgiõe.s romanas pelos fasci. as italianos. e mais. tru-de a:do,ada i,elos bcrri. o escultor e pintor florentino, obsc-nava: ''a oeríe.ir;.ãodc ta~
nazistas d11S.A. de Hillet'. Todos esse$ exemplos estio ri::ladonados obras 1'0& fo&e ilM oJhos, e .só pode sr:r entendida, s.epassarmos a mào
a uma linguagem comunk·.atLvaisjmples: e bás~, empregada pdos bo- pelos planw. e c:un.-asdo mármore''. Embora: ~ avis~ ''Proibido ro-
me.ns e atemesmo pc:Losanimais (todos sabemos. muito bc-mo que um c:u .. tornem quase impos (vd a {:'Xpl!'"ricl!lcia rá,1] da i:scultura. seu ca•
cacborro quet dlz--erquando abana su11cauda), para ~ comunica, vi- rám dimensional pode ser pmc-b[do pela, \t]Sâo.
sualmente. O movimento das mãos forma o .alrabeto dO!i,surdos. mas Como o r-estante de noisso mundo IL"l,íUL'al, a escultura c-xis,enuma
a maioriil das tXJ)l'(!SSôes e do!i gestos ê: muj10 menos f ocrn;di.-:ada, e: rorma que-, além ele p0deT sc-r tocada, tarnbi:m pode-ser ,..i rn a partir
só existe como mna espêcie de linguage:m popular. a d.am;a e '110te~- de um m.imero it11inito de-ã□gulos. eom cada plano cor~ii>Ondcndo
tro, o gesto e a c:\:prcssiio recebem ou• ms nomc-s - balé, representa• àquilo que, em1 duil5 dimensiki •. ena um d~nho e:om!l)leto. .ess:ac-nor-
.çào - e, ~se: comcx:to, siio v:i:uoscomo arce:. me comple.údad-c de,;c fundir-se numa mrumra lào unifica-da que, CO·
O ges.10. a exprCS,$,ào,a linguagt!m es,;;rirae a_ "1I1'boli1.açào estão mo observou Michc-Jangelo, dt-'l'eria sc-r pos.~rvel a uma t"SCultura
190 Sli'iTAXt:.DA 1,1,.-cl:','\GE!l_l\'lb AL ,\5 ARTF.. \'I t:.us: FI..--XÇ.\O P. ME:-. A.GE:\I 191

despencar de uma coiina sem Que se desprendesse urn único s.egri,_cnto lilde própria, P:lr<:õcmlular con1r.a o mármore cm 'i,U;;I hmliUiva de
do todo. :pedra e o mármore, 1na1eriaisnos quais a C"SCuJtura é c1nze-- libertar-se. D seis figuras originalmente projct-ad1 pa_rao túmulo.
lada, são baseante fortes, mas ta1nMm quebractiços. A sutileza de de-- somente du:\s (oram concluídas. s 0111 ra5-qus1 ro es.1ilo na Acedem ia
talhes é im~jvd, e a ooc:sãod.ô cksitn é impr~incli\•e]. A conJIQ~l(Í:t. de Florim,;a. e, nesse estado único tlc obras cm p;irlc Goacluidas, e,n
que Michdangelo tinha desse: íato d1~plinavai ua concep,;.ão de uJf1i11 pane inraetali, ofe-reLXn1a li)Q:ioliibilidadede 11m esLudo oomple10 e in-
obra. Ele pensava na. es,c1,1l1ur-a como já e.iu!leJte no interior da. pc:dr.a., compará-.·d de corno a escultura é concebida e r:xecutada.
e via com<>problema fundamental do e!ieullor SU-31 liberação para a rea- A p.ilavr.i cscuJtura vem àe sn1lpere, emalhru-, embora o ~e-g1ar1do
lidade. Em aeahwn outm exemplo da arte -eseultóriça essa filosofia es- mftodo 1m:f~do em c!;;e11luiranão recorra ao entalhe, mas a um pr<i-
tá mc-Jhor dC'1Doastrada do que a.as fipras. cao apropriadamente ccsso de (0051.ruç-àoque 1.11Uiza materiais male,h·ci5., como a argila ou
çhamadas de "E.sem..-~'\ QJ\leconcebeu paril o túrrmlo do papa Jülio a ~ra, 1$5-0 oferece rnaiorts oportunidad~ de e.ic~rimc-msçào e al1e-
(Ii8- 8. t ). Em cada fiiura dessa série, Michela~do demomtra o pro- r~ções; durante o prooeSS()de co~truçlo, a obra nunca está dcfiniti-
ces'!iOd~ escultura; o esboço rúsrioo das formas gerais. a busca de uma vaimcate e.cabada, de I.U f onna qm~os.err08 podem ser oorrigidos sem
•nforn1aç.'\o mais dcsccltiv-.in.i m~ma forma, ei por último, o mármo- dificuldade. QW11ndoa <>bre.está concluída, bá duas marnefrasdt="fazer
re ex1 remamente detalhado e Polido até-resultar urna. forma final qua- co,n que a argi:lamacfa ehe1uc a seu C:S-1:ldO definêtim~ pode serwz.ida
se \•ivai. cuj~ tocidos dão a !mpr~ão de respirar. Esse cfcic.o é a alta lemperatura, a,é solidificar-se nunt material chamado terracota,
inLensiílcado pelo oontraste, pois ~a figura se C'DOOntrem ilh•ers.os ou vazada cm molde~de plástico ou de um metal pcrm:mentc, dos quais.
e mú]liplos ~LadO!, de acabamento: 1,1mamão jâ conduida e mirmcio- o mrus com1,1m~ o bronz_e.Esse, mélodo pennitc- Ullllil delkadC"Zee uma
sa, que emerge de um braço tooGllll.Cnleesboçado, que por rua ,,,.ezsur8e íluidcz e~('lfessiv-.iimpos.sfvei de obter na pedra quebradiça.
de um mármore inracto, numa juslaposiçâo Q\JC ;nt~nsmca cada um Com exc,cç..ãodo ~ixo-relc\'O, uma @spéci~de ponte .. em braile"
dos estados, ru r~~s 11!0só emergem ela pedra graça,; à habilLdadc entre.a forma bidimensional e a verdadeira forma tridimcn iorLal,a~-
inquiridora de Micbelangclo, mas também. quase como se m-c~ voll- cuJtura de..,e si:r controla.d através da compacidade do deslt11.Seje
eníatiZillndo e figura luin111naglorifiaida, oomo aos melhor mornea-
lOS do pc-rlodo cl..á ie<>çego, seja acentuando a c.r;piritualidade do ho-
mem, e.trave:$rui fl.iurns ,expressioruscru;que integravam .; arquitct\.l ra
da Idade MécUa, a simplicidade é o ingredience ,nai ncocssârio ~ra
a eficácia d..11 êstultura.
Projetar uma obra tridimC'Dsional ~([ uer dois õboços b •dimen-
sionais gue permitam uma reflexão :sobre o diferentes ângulo a par-
tir dos Quais a obra será vlsta (fig. 8. 2). No ca.so da escultura que ,·ai
-5ef cinzelada {tanto em pedra quanto e:in madeira), o dffign d~c
concentrar-se n,a ~mpla moldagem àa massas, mais que nos dc<talhCi
e nas sutilcza:s. ~ outras considerar;iões serão su,s:eridase trabalha-
das numa trapa posterior do àesen,•olvimemo. A principal preocupa-
ç.ão d~e s.er imagmar o material dc:sde orna forma geral .aré uma
informaç~o \llSu..almais es-pedf'N!à.
A mesma observação .:i.plk.a-se à csc;:ulturu ern ar11ila ot• <.:tra,
FIGURA 8,1 cnfatiz.llldo,..scscmpre r;iue.n,:ss.ccaso. é ])~ivel dcscnvoh,•e:r- um pro-
192 SINT .UE DA L-ll'iGU,'\CiEM VlSIJAL

---.
l

,... , 7- FlGURA BJ

FIGURA 8.l eac.alhei em outros casos esse trabalho é c-ntrcguc a esp,ec-iafütas em re•
produç.ão II partir de: urn original. Isso a.concccc prinC'ipaEmcntc no ca-
cesso muit•o m.ai5 lr-·rt: dé e;iq:ilornçfü:i- cu
e b\Ii&Ca so]\IÇ'Ôes-.,'\ argjl3J ou so de C'K'Ultured.e:monumentos de grs.nàc:s di.mcttsõcs, nos: quais a c:sc.a.la
.a reire podem ser facilmente ~eréSc:entadM ou relirndas,de Ui] m;lneira é o mais importante 1:Jemrnto de intt"rprctaçào. Mas uma csc-ulrura que
que-; ainda qui= poHam ser uLillZil<los os esboços a Unha, o .1noce:s o perde: contato oom a mão criador.a do artista ou de:signer, ao long() de
de acrcsrcntar ou rct1rar comítitui, em si mesmo, 1.1111. esbo,;;o qi,e ,•ai ~ proi;dso de cri.i.ção, tilillbém pet"d.c:
muito cm termos de irnc:gride.de.
da iatcrpreta.ção, ta-su e livre a uma. etapa d.e deíin[~o e.ada 1P1CZmaior Os rntltxl~ m-odcmos de produção dt- esculturas ·,ão desde a in-
(:fig. 3. 3). Alauns eseulcores ,que tra.'baJll)a.mem argila a,•ançam, a1ra- formação realilita extraída do m.c:io 11mbl.cnte, pessaado por uma in-
..,,6dessa progrmão, até um estado íinal e:-:t'femarnentc- r,eafüta e bem formação cada ,,ez menos natural, atf uma abstração absoluta. que
.acabado, .ao ;pe!iso que outrM., Ql)tnO Jacob ED6le[n, prderc:m deixar cnf at1z..i.a forma pura. domiaad.a pelos c:Lcmc:ntosvisuais d11forme e
111riqu~e tcxtund doprCM.:i:MO como·pane integ-rante e "'i.sfvcl da quali- da dimemão.
dade de obra. tuooaquista.s mais c.arnctcru.ticas. da i:srulture contC'll!lporãnc:asáo
Um moddo i:rn i'IJ"iilai p,0~ ser w:ado Pªffi o eoralhe de grande~ :1, "bs1raç.io, .i Siem1■.1blitrar;llo,
a mobiJ1ti.ade do dtsix.n b.Wco, no-.·os
obras i:rn pedra.Oú má_lffiote,mando-~ compa'i!ios de calibre ou ou- m~cerlal e \1elh0: m,ate-rfah uS;)dtis de IrJ;)m:m~no~·.i.. 1esrno mu. Lt:ll·
tros iastrum.enLM de medida. Algumas wus. o próprio artista ía.z o dê"eia mais e;,,:perúnel'l1.us, as olml::. modtmil con~r,.·amo car.í.t~
194 . l~'T.\ F. rlA. I.IXGll.t.GF.l'lr \'ls.m: ..u.

e~ndal dessa forma artistica! a dimensão que pode ser vi~ta e-toca- r,C1ijdcnciais,::cilifil:-fos tpublicru:, os ml?todoi e m:uerlals e,:primem o
da. A csrnttura tem de- existir no ~paço. espú-Jto e a àti1udc de um povo e de uma é:J]oca, o que- lhes confere
um e11omté si.iaifu.:ado,Muitas das fonnu expressam um significado
irnbólte0; o pinàrul.o, busca.ado o céu; a aúpula, re:presmtando QS CM
Arquitetura e o rLrnlílrnento i a torre:, signif"tGllldOo poder; ()S postigos e 3:$ Janelas
cm forme de nir:ho, sugerindo um rcliro aconehegan~ ~ pro1egído.
A. arqui,eu1r11JLl~rr,ilhacom a f!!lculcur~ 3JçaracTe:riscica da dirnen- As prcfrrfncia!'I ~ o gostQ r;,essoal do .i.rqwL~o sobrepujam a téc-
•ao. Na .11rq11i1~1,1rn,
a di~o enice:ria um es;pa~o
cuj~ finalidade M• nica, o.s:mate-riais e os estilo simbólicos. 11ele o artista, o, oonce-itualli-
iea. é protegei' o h.omem çon,ra os çaprichos do meio ambieme. zador que cri.a a p,anir <l0;5,el'eme:ncosbi1sic:osdo dtsign, Ô05estilos ac.uais
Qui.ll(1UerLÍPOd-e edirrcio é LHRt)roblerna CO.Oll)OSici'o'O
envoh 1el'JdO
os ou históricos, do4 material e técnlcas deelljmbarle. Sues d-e-cisõesar-
erememovisuais pum~ de: tom, forma, te'.!Ctura,escala e dimm.s!,o. A quitct.õnicas siio modificadas pela for,ça de , ua dls.clpllna, pela fineli-
casa é-a unic41-desocial bá,;ica, um lugar ond@ o homem pode dormir, da-dc:Liltima do cctifido e:pela a.doqWLçft.Q de el.ls proje~os. :BasLC.i1mr:.nlc,
prep.trar s-eualimenco, comer, trabalhar e mamer-se aquc:cido e ern se- então, seus i=dificios d.evc:mpcrmaru?c:er crn pêp.lra eunwrirseu objcti-
gurança. Variaç~ na ca,;a - h.a.bicaçixs colech•a!'Ie-apartament,o!l - ,•o; ser p~mia.oca.tes. Es.sas l:?cigências.e:om l\e'laçlo à ane e ao ofü;fo
fornrr1 des.envoh•idas inicialmente pelos romanQs, que: prcci!ia\·am a.ço. d-o.arquiteto, 111iAdas às cxige-ncias deseusciie:nces, licni!M'II11uaé;llp~-
m01.far uina i;,opLJlai;$ourbana de grande densidade, e essas "''ariaçOoes siio su bjc:ti\•11.Quanto maiores as finalidades utili1:á.ria.sde um cdifido.
Lm1 orilt;tm 11.á~Cá"ét1rn.: e moradia QLleabrl~v~m &f\lPQS tribais nas mais intensas. ~,ão suas limitações. A,pesar dessaslimitllÇÕeSe dos pro-
es~r-pas das r'flon1.11nl1as. blemas ava55aladorcs. de: explosão urbana e reparo d.e eãfficfo$, o ar-
A tIWdlda que a cu1niras i4! eornaram mais de:s<?nvolvidas.a arte quiteto continua a c-riar pa-oje,os a.mblertC.a..is .imp0r1antcs., rdnter-
e a L~nleai d.acori 1r1.1çãor,assaram a servir tamWm à.i acividade:<i, e aos prccando con$Lantemente :u necessidades prátit:a.S. do homem -e r•e--
inter,i:ss~ do homern: .a lta reHgi~o. com i~Jejas, santuários e monu- flcl!.indo sua. cultura atravé$ da e, pres..~o e do onn1eúdo de sua :ar-
mt:'11Cos;-i.1seu go ..·ttno, OO[tledifício~ admiflis,ratii,os, dnuu·a: legisla- quitetura.
ti•.-ase-pa]àdo~ de:juscjça; a ~u lazer, oom teatros, .audi-.ór[os, itlnâslos O elemento íundamencru do plamrjwnenlo d.a ,cxprc:ssiioarquite-
de esporte- e: museus; íl seu bcm-e!Lár e sua -eduea.~o. com hospiLai • tônica ~ a Linh.a. Tanto :na e>:ploraç.ilo prelimiaer, cm busca de UflUI.
dirolas, u.□1\·e:rsidad~ e bibliotec:u. soluyã-o, qu-8..Illonas: fase..s:finais. dê produçlo, o caráter linear da prc-
O ~Lilo e a forma dos edi ffeios pilbliço--5e privado:i C1;:imun1ca.m pílra,ção visual domi.□a todos m p:mcedimemo .. Os primeirós. l!Sboços
alio que ultrapa,ss.a. uas íunções soci~is. ~pressando o gosto e as 3:$• podem se, Livrese iiadisc-ip]inado.s, buscando f orruas espaciais ao lon-
pira-i;õcsdoi; KTUPOS. sociais e das ins.tituiçoo que oo eon~b~ram e cons- go do proocsso de pré-visualização (fig. 8..4).
truíram. O e~Lílosarquimôá.lcos nl!:o ~ variam seBundoa fillalidade As etapas: mais rig,orma~ do planejamemo arquitetônico origem
de um ediricio, rnill tarnbém se,s,1.mdoas nad lç0es de um.a. cultura, tra- e elaboração de plaa.tu be:ixa.se deva.ç~ de1alhad_.i.s. -ec11truturalmcn-
diçõs que: f"rc:qüentc:mc:ntce sã.o lnJluenda.daspor dlf Ct'eilÇaS nadonaís, tc :ide-ntifir:ávcis(fig. 8.5). A.$pl~ntas ~as délcrrnfoam o espaço in-
googràii:QS, rcUgios-as.e íntdect Lal . Os piadrôes que derivam de::.sa~ terior real, a pGsi.çiio das jencla.s:,pona~ e outros d,ernlhes i:::struturais.
intluêndas si; mari,~m :numes1adode íluxo con"1riuo.que gera \•aria, Além disso, a planta dc:~;e~tAr rc-pre:icntada na. escab e na proporção
çiõi::sde- desigrre as "'1:'~S resulta -ell'i lnov-açoo radicais. A di. J)onibili- ,e;,,;alaâ,,d:: tal modo que o construtor @ o propr[~.á.riõ stjam capazes
d.adc:d~ materiais innuene.ia. o-c.-u.íte. ,,;loeStilo ill'(l,JJitetô~ioode um~ de inlcrpr~las e poss.a.mter o.ma idéia, elara dos resultados fi~ (fig.
c:ultura, d.a m~ma mand.m que Í.i.z OGOnbt:(:uru:nl,O d.as lécrucas d'e COUS• 8,6). Como se faz ncccssârja ums cena formaçâo para visualizar a plan-
crn~o. Como um todo, e etm.vê.s da oonstrucão de ca.sa , eoujucuos ta cm rrés dic□CJJ!iÕC!i, e nem todas .aspessoas são itapaz.e.sde imaginar
--'

J-l(iL !Ui. 11.6

o deito .1 p.MLÍr de desenhos csgue:màuoos. ou ,elevações bjdime-.nsio-


ual. , em g_eral05:arquitctos prc:p.a.ram e aprcst1mun .a se1,1sdien~s re-
pres:erm:1ç~stridime:nsfonais, e~cm algun! ;;:iuos,r,u11bén,maquccc-;.;,
cridirl'lensionais.
o que ,,c-ma minimizar a.m:ces~idade de v~s.l!alizarurna
que ainda não existe. e. mfo :ser eco f oilllll de proje,o.
oou.1i.l
deve -5,er um arti:são e um rngt'llhdro que conheceos
O ~r<11.1íreto
métodos de eonstruçào e de-manipulação de- rnmcriais. Deve:~, um
poJfüoocap;azde lid.arcom si;;usclimtc-s, que-~·ãode rndlvíduo:s a in-
dúucfa!, 01.2J11srimiç&sg,m•e:rname:ata.is.Deve ser um soi.ióloso c.ipaii,
<lt rornpreender sua própria cultura e criar p-roj~ex5.que resi,ondi.lni
FlOURA 8.4 ãs nec.essidaties de seu I empo e se ajustem cocr-entC""rnenrc ao meio .i.m-
bicnte-. E, o qut é rnai dlfí,c;I ainda, dc-vc se-rurn artista que wnhér;.i
os eJemrntoli, a cr!t;nieas e os estilos das artes visW1.is,e coasige combi-
nar a forma e a íun,çâo,para atingir m cíc[t~ i;rrctcmlidos. Nt'.SM: cam-
po, seu laJr:mll:>deveçOntpetir oom o do escultor, uma vez que-,~ última
insltint:Íi.l, .etr J)tO)el(lS fic-srão oomo rrumifcstaçfus visu.i:isab:scra1a:-
d sc-rcrnes-1.e,ieamen,e avaliadas.

Pintura
Quando usarl'J().)
,11ll.llmenie a d,mominaçào ''bdas-artcs'', em Rt:rrL
JtOSreíe,ín10$à pinrura e-aos quadros traasport.í.ven ((~e pendem d.ti
patede:5<de ca~a~.cdifkios püblioo:s e museus. Essií f OMllíl. última d.ti
FIGURA:8.3 artes v-Jstui.i~
derivou de muitas ronte-s,oome~do pelas i,:rimeira~ tcn-
198 'llS'.l'AXt: :U,i\ LINGllMiEM \"lliU.I\L S .-\11.Tl:.'!i~-l!il.iAC'S: FLJXÇÃO E l'imF.N':;lAGF-'ol ] 99

ti.ltivas feltas pelo hQm.cmprc-h~tôrioo para cri.lir imagens, descnlu1.- para a e5-S1ê11da doespíri10 areio, ou 9ej.a.para urna arte dircta e faeio-
dasou pLat.adas, etc chc:ger ao ce:nário da. ane comemporâai;.i., com nal, Rom.a J,erdou o t:s.tüoclâssico, e, juntamente com ele, a ê:t1íase
Séu "i=stablísb.mmt" de crítico1, muse1,1se eri,érios pan o r-reo.ahcci- sobre o realismo, ;p l)IOl)Ol'r;fu) materna1Jc-ae o monumento, rcstring.in•
m.cnto e o sucesso. Os d~nho.5 pF.lmitl.w:,s 1 eom suru; cores tarOS8$, do .a.~füdd~de do !Pintor aos. murais dos t'difici~ public0$, à<ica:,..r de
sobreviveram nM cavcrna.s do sul d.a França e norte da.Espaahe como Ç11mpodos rioos e a a.lau□s. rc:tmtos, uma e-.s;fcra bastance r~1,11.[d;;:i
para
e:>;emplos das primdrss t,rntaciYa;rturuanas àe w.u-imagcmscomo meio a ;ai,l[cai;ã-od.e seu oficio.
de registrar e compartílhar infotm.tÇô~. Desde os primórdios da ci\·i- O colapso do lmpério Romano trouxe consigo a a~ensâo do mun-
Jização, a crisç§;o de imasens te:ms,ido parte iratcgrante da vida do ho- do cristão. A_pcgr de ainda pr~s ã tradiçâo hebraic.i.,QuePf'Oibiaído-
mem, e íoi a pa.n•rdela Quese tlt:sl!llvolveua linguagem escrita. Os los, os primeiro_scristão~ rej@itaram o reallsmo e ~ voltaram para o
~boços, os objetos retigio:sos, a mobilia dr:corada. o~ m~icos, as ce- exp:ressfoni.smono desenho e na pi □lura, e:mbusca de um efeito de .al-
râmlc.ase os awlcjo:s pintados, ~vitrais.e a!Itapeçarias manc!m, to- ,o wnttúdo emocional. Os mosaicos das igrejas blzaml t'la e~ \'itr11is
dos. urna est.reiti.lrelação com a ptatura. e se equiparam A escrita em das C'-iltroraísgólfoas se mtrc-1aÇ'Jlvam a um eslllo plctórko plano e:nii.o-
sua cap~dd.a\'.leele co:tmrr hisr6rias, Mas:, e:rntodas a.s sua!I formas, .a drimensionel, rico e:m cnistidsm.o, até gue o R-ei1asc:l1nento rcde-!>Cobriu
criaç:.lo de im~1s eompi:Ut1lh.aoutros aàibutos: a contemplação da a mradiçãodàssica. Nesse ponto. os doisesülosse fundaram ne busca
natute-za, uma forma de o homl!ffl enxergar e compre.enàer a si pró- d~ uma resposta. e.amo emocional Quanto r.adonal. A. eclosão de um
i,rio, a ilorifrcaç.ão de grupos ou indivíduos, a expres~o de s.entimr:n- g_randcin1CT~ 1>ela ana101nia e pela ~rsp«tlva ,.·cio a combinar-se
tos. rcHgrosos e a decoração, para tornar mais a.gradável o .arnbic:ntl!' oorn o incremento do ~1ronam. A parrfr dai. :a pintura. passou 21ser
humeno. v~a como uma rorma e.tearte su~rior e- uma des mais importantC:)
O artista e sC11 dom de criar imaiJens ce.mtrad[clonalrnetll.c·in:sp1- fo:nnlU.de e,cl)ress~odo espmtô humano. A pintura abandono1,1as pa-
redo admiração, mas o uso desse dom as.wc::ia.doaos ritos Rügfosos redes dos edLrídose seu pepcl de auxiliar da arquirerurn, adQuirlndo
ecrescc□tou-lru: uma aura de m..'\,8la. que nunca deseparcocu por com- ldenüdatle pr6pria, Com suas. orig4:n.$n0-s~Hares 1nó•1,1e:is. e na dcoore-
pleto. Cada eulrura interptaou di.fcrent.crnc:atc-o, papel do srti~tlli na ~ã.oreligiosa, a pincura de c:avale-ceas urniu a romu1.em qul!' boje a co-
expir~sâo rel[jiosa. AliumBs dc:L.as,com.o a muçulm;pna e a hebraica, nhece-mm. O artista a.s,çendeua uma nove posição na estrutura :íOdal.
i,rolbirnrn a cri.ação dl!' image:as. OOR$ideni,ndQ ami..eUsjo'.>a e tornou--sc solicita.do, ce:lebrado e rko. ea.qu.anto fu.'"U trabefüo atingia
.aswc;:iàndo-ailia-doração de falws de\Jses. Esses,eMmplos Gõa.stitucca, um pubüco cada vez maior, cumprindo rod.a.sas fin.alida.dc:sd.a.enaç!o
s.ern(lú..,ttfa,uma exceção. Quase:toda!':a:s.religiões, maiortS ou mcno- de imagem. da narraçào d.~histórias, d.a objc:tiYaçào do homem e de
re~. 5-ernprcrcoorrl!'ram ao artis,ta p.~ra criar objeto~de cu[to, deuses sua experi@ne.la, (la slorific:a.çãoda 1greja e do cngandecirnento do meio
em forma de: homens, animais, a tua, o sol, insetos, flores, e atf mes- amb'ien1e. 1mliluJurou-sc,Ms1rn, a idade de aur,o de uma pi11.tut.-i. ecn
mo ooníiguraÇ'ÕC'.\ $.imbólic.as
a~Lratas. O estilo do desenho e da pin- dlíeren,~ dtjlos.
tura tendia p.a.ra o n:io-Tealismo,o exagerado e misterioso, mas o Tendo chegado a esse nh1d<le reafüação, o pinror se ctissodou
surgime11toda traciiçãodaliska grega transformou esse l,'Nlnorama,en- cada vez ma.isda participação e do e1lvot..·lmen10 ll-il.5 qu~tões sociais
fotiztmdo principaEmellk o homem e crian<lo de~s eomo uau,espe- e econõm.iC"BS ck st:u kmpo. Em Pi.li.ses dife:rent~ t por razões diferen-
cie de sui,er-homcns. ~ postura exigia o realismo na eJCi,r~w tes, as coad~c-s c,oncribulrarn pil!C'.íà diootorn_iae"□trc o pintor e a SO•
;pft( Li~, a compn,c,nsão das leis da perfl)ectiva e o conhec:imenco d11 c-icda.di:.lde:nt:ificando-secom à Reforme e com a subl.eva.çlo política
anatomfo. humana, o que por sua \'& re([l.lerfaum cuidadoso estudo do Hurninismo, o • rtista com freqütTicia tornou-se: o poi:-ta-vozde cau-
da neturC"Ze_lac~·itavclmemc, a;s anes ·i,láscii;as.~oluim.m, pessendo sas ltnpoplJl~s. p!:T'drndoo apoio que sempre u,e fora dado pelo ''es-
da primiti 1;a arte crist~, cemrada uo e.xpressionismo e nas djstorçõcs., ráblishmenl''. Em seguida à revolução política vdo a Rc:voluçào
200 S:C."ffAX.ED,\ LC.'liC.Lr.l'lGEM
'>º15-U.'i.L

1nduslriaJ -e-a melhoria do p:adriiod-e-,·ida da clH.liC media, que trouxc- comunicar-~ com essas as.piraçõc-s.e-agir cm non'lc dela , Com.o desti-
consi.go um dccr~cimo dirrtamcat-c- proporcfonaJ, c-mtermos de-gosto laç-io de ..,-ida,deveouri fkar a \'c-rdadc BL~ o minimo 1t'redu1fvet e en-
cstêtico, e a qua.lidadc- gucstioná 1,cl dos artefatos produzido.s c-m:=;crie. tão projc-tà-l,1, conl uma a firmação poderosa C' ric--.ar:m Slilâl ficado
A iR.c,,,·oluçãotndustrial provocou uma c.rsnsfomuição d[nãmiça universal. a lodos M uivei d:i, sociedade-. Quando uma arli: é ex~gera-
cm mdas as coisas feitas pc-la maquin~. pelo arte ào e pelo .aFlí Lil~,elils darnentc- csoténca ,e perde .J c.i,paeld~de de-comunka.r ~us obji:t1\·os,
11!0 eram m!\i rroduzidiU pot encomend.a, mas para fins p~uJati- 1.preciso questionar ,m~ mesmo ;ua .,,,alidad-c-.E provável que os Que
-.·os.AQui es-1,áo i,rod1.110,críado e manufaturado; alM:uernvai quer~ imcrpretsm com ma~ conneeimenros. o.s.cspcci.alistas; csmcj.un admi-
lo? Romp $<!, entlo, 1000 o interc:'limblo entre o cti.l.dot' e ou u,kio, rando as ·•roupas do rei .. , te.meros.o dt parccc-rcm loucos ao se tlcpa-
dando !usar a meiO'" mais tdvíais de emendimenro. O -.·alJo6 prt:en- r.aircom a óbvia nuda dt» objethos da p,iniurai oontcmporãac-a. ó
chkto por rodo tipo dea.bor<lasem .i.rlifki.i.1, quetem por objetivo est1- dl eer111mcn10,o bom gosto 1'.'0:S juiws de valor r,odcrn falhar por com-
1tí ular a demaáda do cOnlíumidor, como a pubücicfodc c- 11:spesqu,is1:u pleto na e. eita~o da de-5eoberta, rn~, qu.-indo~ ci.@n,cia,atra,•és do
de mr:rrudo, mas ó teste dcfirulivo si:r.í. sempre a rc5Posta do con- C!);.perimento,rompe com 1,-clhosconceitos, os dado:1, r~..dcscobcrto~
sumidor. l~in-se .àe:,pcrança humana de proaresso,, ~ pintura, i~ aprnascria
A càmcra ürou do artista a cxc]filivjde:dc de seu iAlcm.to.Mesmo ua, tHWOe mai!. seleto grupo fechado, e a arte S.;! :ií:ts-cae-ada 1,·c-zmais
os que busca,·am o pintor e sc-us produtos reduziram sua dcmAnda e de aos.s.a..1ida,uma arcc que, oomo a dtsrn,•-eu 11dréGidc-, \•olta-se
ousadia. permitindo que o artista se enccnass-c- numa "torre- de: mar- para "uni pl)bli,co impaciente- e marcho:,rds es.peculadores".
fim'' e compartilhando com clc a ide,ia, agora a~na por lodo:.., d~ guc- Gomo õ.W~U o ;)rtL~ podC"Jnrcronci)i.ar-~'? No século XT:X,
as ''bdas:-anc~" n:fo tem ou1ra fi n;)lidade 'S'en.!o~ati:--fa1.e-ros desejo. William Morris imaa:i.nou uOl.1.soluoão que consistia em ni:pr iJ 11ilti•
cria, i1,os do orór,rio .mista. Em seulivro Piottttrs oJ Modem DeSJ°Jfn, quina_ SaJ\•arcrnos o í'uturo, apre_aoa-.·ilJ,
1;-olLaindo
para trás, p,ara o pas-
, ikola.usPe\'Snet desc:rev~ asslm dSa oorrosiva evoluçilo: sado onde<a arte e o bornem se seT,1i;)m mmuamcatc-. A l'tlosotia da

"Schillt:r foi ó primeiro a formular uma fifo:soÍLada arte que- frz. &uh.am; aborda1,·acom mab realismo a ei.i 1@-neiairremo\'i'l!el da mâ-
delt o sumo sacerdote de uma socir:idadtsec:ulârizada. Sc-heHingado- quitia, pleiteandci qu.-c-a arte a considt11"lMeem seus pr4prios termos.
tou essa filosofia, no que: foi ~uido por Cokridge, SbelJc:y e-Kc-ats~ atrav~!, da ênf3.M! na utmdadc- e:na cconorn111de me::ios. M.as nenhuma
o artista niio ê mais um arte-são nem um criado: cle agora é um SltCCr- àcssas abordaRenS,r,em qtiaisquc-r outras que-pon·cnl ura tenham ldo
dotc. Sc-u e.,,·angclho pode- ser a humanidade- ou a 'bc-JCJ..a, uma bc-lc,.a fcitas, foi cap-dZ de isolúcior1ar o problema do abismo cada ,..c-zroaior
'idcntica à .,,.crda:de'(Kcat!;). um;) bcle;r,a que é·;) m~i:s comple..aunid.n- que separa o artista de seu ea\•olvimentocom sua própria êp,oc:a.A
de entre;) vid:l e;) foJma' tSchillet). Ao crfat., o artista toraa COl'ls.Cien• pintura continua rada ~z mal. ,esoté:rica. O publico rn-cla um inlcres.-
te 'o e.ssenCilal,o u1uvenal 1 o il.Spéctó e ill expressão do cspfriro que habitill se ce:da vez. menor na:st,encativ-M do arti ta para c,cprcssar a :s.imesmo
o in1eriord.aNa,ure'La'(ScbeWn,a),SehíUer lhe wegura; ·a dí.Rrudatle· sel,!lspróprios pcruamc-nlos, nurna .'ltitude de e>!pe-rimcmtaçãopela e:x-
da H.umarddadee~ui em Luas mãos', e o compara a um rei 'que vive perlme11ta,;.Ao.O pintor e uma wdedade Que pt1ecis.\des~pcradsmcn-
mlti pim:aros da Humanidack'. A conscqüenda i□c:1,"it1h·1:J de tal adula- lc de ~úa inu1iç~o especial e de s~ talento pc:cullar con1 imtam
ç-io torna-se- e.ada \'C"Z. mais visível à medida que- a\ 1ançs o século X~X. irrC'('.oncüfadM no nrnse:o ou no 1iUbúrbio. enquanto a pintur.1 e o p-in-
O artista começa. a desprezar a mimidadc-e o público. Distsncia-:se da tor sc dastam cada vez H\í.Ü do ignificado e do 00111teúdo,"Dc:M: fi-
,•ida real de seu tempo, ~rm-se ern se,,1circulo sas.rndo e cria a ar,e car claro, cm.Uio", diz Edgar Winà cm Arl OTid A'ITardr;,·, ''que, ilO
pela ;me, a .1.rte para .J ~ ti r~lio do artista.·' coloc..ar-sc-à mariem, a arce n~o :pc-rdc!iuas qualidade! enquanto arte,
A ~me, qualquer at1e,é ~ r'i)illll f~caçãodesseilnsel-0b11.-nru~o pel.i, ma!i perde apenas sua relevân,:;i~direta para nossa c."tistê-m:fo.;
reafj...a~o tspínlu.'!J. Parn ~ ,·iilida, a arte nuntã dc-.·e de:ixar dt- rramforma-sc- numa cspJéndida coisa s"'pérflt•il-"
20'.2 !.IST.\JCE IM Ll:0.:6L.\(.l::t\1 \'ISL.:. \L

M.i o ar1isu., o pjnror e o <;l'íar;lorde imasen têm qoalidacles !).!• ei.~c-Hico_ O controle de tudo isso .5e encontre na capacidade do pi11•
ra o corurole dos mei~ de co,nunicaçâo ql!e ainda fazem de seu Pr:'O- tor de-projetai e prt!--.·LuaUl.ar, uinLo qusm.o de repre:stnl.lr e reflli1..ar.
dulo uma parle d.~ej;h•el e nc,;;J:Sliánada cxperiênci.a.hurnana. Emborn O .artista pode acréli~ntar o que ali não está. ,e r,Jiminar o Que~tti,
o prod1,110p1é-f01os.r~tioo que no cl-J~o La1.ra.11és do pincel do::;pi,110- ltrna possibilidad1: de gur: o foLóg~fQ não dC:Sfruta, ao mm~ t:O[â ~
l'es. rrosor-e,eça de oomo ernm ascoisas.o cilXIde roupa
\'Ís1,1ais
rel-i!.LOS se gt~u de liberdade. Ao conlr.ino da.exatidão informath•a da câmera,
Que ;:U pessoo..~Y!{lvaJl1 e coda.ainforrnaç;lo-.·Iuai que hoje ó noscJ,e- indiscriminada ainda que adollrável, o criador de imagem pode modi•
ga atrn~·és da cãmer.a., da qua.l, ntli:sl: il.~pei:.10, nOli 10:rnairnos dependen- ficar as circu□st.àndas "'llêlilles :a.Léo ponto de abstrair a inf orma~o
tes, os pintor~ rizi:rd.Jn muito máis que i~~o. Der.i.m-nos irrsighr, n.a. de porn1cnorcs e atingir a mak p1.1ra1,enninologia 1,isual do sisnifie.ado
exata m~dida de :sua sc-□sibiJitlade e lale-nto. O método parn o desen- formal.
\'olvimcnto de um desenho ou de uma pintura demonstra essa busc-.a O s.rau de infl.ufncia ~Jsl(;nle ClOi,re>cessce:no produto da ph\lu•
de co□1rotr: do~ meiOli dr: cornunk.a,;,:ão. P,lrnelro lie foz un'l.'t .s.érie de ra conrempo:ránca é uma que-stão ern (lberto. jmpos.s.fvd de ser r~h·i-
esboços .uparlir do n.1.lur.llou do imaginário, para tnves.tlK.J,ro mate. cl:ano momento_ Uma coisa é terti.l; o artlmal humano e:um crlilldOr
que v:ai f azcr parte do quadro ( l•K· 8. 7). m. 81,1
rial ,,.-isu.11 ld.11Soede. de unagens, e, seja corno for qu~ ~ faro se manifeste, sejaen quai~
sen1•olve urna estrutura Wmp0$1C1vaQue adapte o m,J.Lerlalvisual à forem os meios de ctm1úrueil~O ~ados: e-as finalidades preLendidas.
intenção dl!'JJtentar e abstrata do art1stà (fis. 8 .3). Ou:a!e todo o~ ele-- nunca deixará d~ se-lt>.
mentas visuais estão pr"C"S-('□tes numa pintura - ünba, form.i, lom, o'.>r,
ceuura. escala 1:,por sugmiio e trnpLic.ação.o rno~·unentó e a d,me□-
silo. A composição incorpor.a o prote~so de manipnlaçilo dos e]emen-
tos atr;1~·k do uso de técnk~ ciuc têm põr; objetivo ob!eli tlm efelco Ilustração
A produção em m.t s:a de: llvms 1:peliõdioos, dctorretl~e de: uma
maior ~rfeiç-.ão Lecnic:a da N,!pmduç.àoimpressa, abriu mâ nO\'O carn.
po d.e participação p,mí. os arri.sr;,1!! - a íluscmçio. Corno HustradoT,
o pintor ele cavalc-te ser,·ia freqt;Jentc-m~cc de ,•isualizador p,.11.la ín•
d1hnia g;rãfica, ate c:ntão incapcai:de reproduzir e irnprlmlr fole.o. Em-
bol'a fotógrafos eJ1.traordináríos, como Brady e SuJli·-an, lenham
trabalhado obstinadaménle p.lrói r;loc1,1me11tar a Guerr.u Ch·al. lOOOo
r-c-]atoyjsual dei,i.a &úeff;) ficou a cargo dos iluslradores. Os c.$.boços:
que fiz.eram □o carnoode ba1.11.lha eramrapidame□lc xrãv.JdOi cm me--
tal ou madeira, para qt1e pudessem ser usados por jorna i e re:-.. i:'itM_
Qua.ado llll Li!(;uJc de reprodução íologrlific.i formn descn, ol~·i-
das, os jornais. pasrorar:n a LJs.'\-ls!l oormudusividade, dc~;u)do o anis1 a~
ilustrador em oornplr:10 abandono. Só os li'.·ros (fü-roll té.enloos e o ílo-
rcscc-:nLc,•eio dos. Jh·ro.:.i_nfa11t ~). as r,c,.•istase a public1tla.de 00111
i m1arn
dcpende□do ba~rameào ilmtrador,ede sua rup.i_t;ld~r;le especial d.eron-
troler stu Ler, • _ O toque e:.sscndalme-nte luminoso ào ilfiltrador ~ a
I-IGUR.A8.7 rlGURA BJ! mai:stria de setJ 1r.ib:,dho ooru.tituem seu pri_ar;ip,,Ifn)Clnio_ Em fü,ros
ou ri:vmsls:.,a fiç~o e a fonrn.~i:asão o Lerri1órioprcfearido d.e sua ima- prefe.-ência à fotografia, muito embora seja extremamente fldl exage-
ginsçào. rar com uma C'âmera. Mas a tclc.,,i.s;ão,o gosto e.as rea.ções do público
Emoora os plntolf~ de i;a,,aJr:t.ef:açem iJustreçõi:-5(\"'inslow Ho- tãm contTilbuido muito para reduzir o erunpo de açào do ilustrador.
rner f01 1JJJ1 tios artilit<l3-que oobdnun e. Gut"rra G ..'il), os iJustrador~ Mas. o objr:tivo bãsioo do Uustradior é refer,enc:ial,!.eja no caso de·
pmp, iarnenireditos, assirn como os d~:.-ig,r~~ gnif'icos. são espi=-ciafü- itfna foto8raíia, de um detalbado d~nho a traço ou de um.a foco-
ias QIJesededie,ani a seu campoespecifioode atuado. Muitas •'C'Zcs, irav,.ua em [l)N!I.O e branco ou ,em cures. Traia-se, baiicamcntc, dc-
um il!jstrador é tão bel'll~uc-.cdidoe l'ic:-a.
tão famoso que todo um pe- ]e-.·ar 1.una informação \'ti.uai a. um dcterm111.adopli'bli~, informa-
ríodo passa a itlfflLificar-sc oom ele: Scardsk)' e a Art NouW?tIUdofm ção que err, g_eral.iignifi.ca a. c:.1:pa.nsiio
de urna mei1~R1 verbal. As-
dt :si~t:Jt;John Held Jr., e a juventude dos anos 20 nos Est.s.do.sUni- sim, a varie,cfad.ede ilu!'.traçõcs abrange dc-sdede5enhOSdernlbado: de
dos; orma111. Rockwdl e toda uma geração ligada à,; capas, do Satur- m.:áq~1lna.s d.escn,.·ol\•idospam e-Xplka.rseu f unclonamenw até dc.scnhos
dQ}' Evening Past. Tanto em sc-ude.s.cnho quanto cm sua pjmur.a, o e~pres ivos: folrlcospor artistas talentows e i::ons1,1_inados,que aoompa-
ü,ucratlOcTd~c: ak.anç,u o rne:5moai,·eJ de qualidade- do pintor; na ver- nh~nl 1,Jmromance ou um poema.
dade, devt ~er ilíada rnrus .ígiJearápido. Oc,vt'trabalhar por enoomcn-
d.i, e çrfar dimtrn dos prazos estab~~idos pela publicaç-ão para a quaJ
Lrab.il.ha. Muj10 si!'exige del,:,, mas as r~ornpcnsas sã.o grandes. Ape- Design gráfico
sar de toda II sua hebiJida<k, o ilustra.dor em gcral não & pretc-nsiorn,
e ias \'C'Z~, corno o c,aso d.e 'orma.o Rockwcll, a~o cem o menor ince:- Para o desig,r g,nmco, 11 ind1utriallz~ção e :l pr-oclu,ç~ocm sfril!'
rcsse cm ser eh.amado de artista.. Hã outra cla~,;e de ilusnsdore$ cujo -collleçaram em me-ados do seculo :XV, com ,o desenvoh•imcaio· do âpo
Ll'áb.ilho tem sido muilo imp0rtante pere .as conquistas te>enológic:as 01ó~I. e seu grande- mornc:nto !"oiasslnafado pela Jmpre:isão da Bfblia.
de nos:sa cpõca, c:mgemi de natureza deatJfk.e.. Trata-se ào ilustrador de Q1,J1.•.m~rg. Pcla prirnc::irai,·c.zno mundo ocidental, em .,,,czda pcno-
tccnolôi,ioo, sobre o qual Willi:arn lvins diz., em seu li-.,-roPrints and .!,.à r::ópla,manWLlàe Ir.oras, foi possivcl produzir símult.--neamenu: mui-

Vi::iM.afCcm1munic111ion; L~ r:.x.empl:Lres:. Para a eornua.icaçiio, iM .implic.ições sào enormes. A.


''No sêculo XJX, o.s livros informatwos, muito bem ílUUr.adoo. com alíabr:t.i:zaÇãofoi uma p,o:s5ibilidadeprática estemliida não apenas a~
maajfost~õcs pictórica.5 pamvds de uma rcpmduç!<;i extrernsmente l)rivilegfados: ~ idêias dc:ixam de ser urna exr:lusi...-idadedos. poucos,
aa.ta, toraaram-seài5poni~i:s.a uma gra:Bdepa:rte da ~mrnªnidade, tan- Q11ea,é emão controlavam a produç-ão e: il dimfüúlç~o de livros.
to na Europa Ocidental quanto as América. O resulta.do foi a maior É bem prnvá.,,·elque os primeiros impr-essores nb.oe:ons.idnasscm
re,.·o!ução no pensamento (e l!'I!l1 ~ua coasumaç..ào prática) de: qw: ja- Utll grande p:roblc::mao fe.to de lambem se~,n designersgráficos. Vi-
Rli.lis se teve coah«-ilnento. Essa revolução íoi de e:aorme irnportAncia \·i.aru .i.toflnmtarlos por muitos outros probl.érn;i.s.,Além de desenhar
não só do ponto dl!'viste ctko e polfüco, 11L1U tambêm mcc-ãruooe eco- seu pró,i,rlo tipa de-imprCliâo, prccisa"am aprender a fundi-lo em me-
nómico. As massas tinham oom.c:çadoa ter acc-sso ao grande instru~ tal, a consc1mlrP'J"en!'ia'i,a oomprar pepcl, a dese.iwolver llmas adequa-
mento de que necessitavam para c.apadtar-se: .a rcsoh•er 5'lll.'i. ª
das, vender s.cus sc:r,•iços, e fre(l üe1'lmemente também a cscrc,,-~r o
prob!~." Platerial qW?pretendiam imprimir. Ao longo dm st?CulosXV[ rc-XVII,
Essa compilação enc-iclopéd!k.a. de:informação visual oorncçou oorn os impro:qsorcs avan.,.aram muito, ai,er(eiçoando constantemente seu
o dcsc:nvof.,,i.rnentoda linguagr:mescrita, e continua. a expandir-se. ofício. Alguns deJes tiveram sCilltrnbalho imortalb:ado por sc:us desrg-
A câmera. e sua iaoomensurliveJ capa-cidade d.e rc.gistr.e.ro detalhe ners de tipos., rawtos d05 qu<IIS.aindil silo usados hC>jce:continuam sendo
,..isua.l,tem reiro contmu.a.s inc:ursõc:snos do mini.os do il1.15tr.e.dor.
Ern jd.entiftcados pelos nomes de ~ijS, çdad:-0res,embora poucos saibam que
qualquer caso cm que a crcclibilidede srja um fator importante, dá-se esse-snomes sc: rcfC'TCDl II pc33Õilli ~ais - Bo,doni, Gararnond, Caslon
,\S A.RTil:JSV~l.'nJ ; IPUNÇÃO E llll::N&.'\G :\1 205

ou re-,.•im1s,a ficção e a fa□tmfa siio o terrilório prcfrrido de sua ima- pn::forê□d:a i.t.f otografi11. muito et:nbora sc-jaexaremamentl'!' fácil ~ase•
gi naç~o. rar com uma câmera. Mas a. tclevis1Jio,o gosto ~ as reações do púbUco
Embora os pintor,~ dr: cavalete- façam ilustraçõc-s (Winslow Ha- têm oontribu(-do muito p.ira tedU1Jr o cEl.lllpode ação do ÜU15ttad.cr.
rncr foi um dos 11rtistasque: c--0brirama Guerra Civil), 0$ ilU$USdotes. Mali o objetivo büi.a:, do ;li.1s.tradore ~f eremdal, seja no c.i. o de
r,roprJanlénLe ditos, i?ISliÍm como os design~ gráficos, são espccialis- uma fotogr<1.ffa1 de um dcta.lhado dcsc-nho a traço ou dl!' uma foto-
lilS Que liededit:am a seu campo espcdfioo dl'!'atuação. Muü.as vezes. gravura m1 preto e branco ou em cores. Tr1.ua«. basrcam.eme. de
um Uustratlor é tão b<>rn-suoedidoe fica. tão famoso que rodo um t>e· levar uma infocmação \'tsua.J .a um d.ctcrminado pú.bli~o, iàfo.rma•
riotlo passa a íd.c:ntiricair-seoom ele: Bcardslc:y e a Art J\'ouwmu do fln i;:àcque cm geral significa n c11:pansà-0de urna me.n aBCffl'>'i'!'Jba1. /\s•
de :si.fc:Je;John Hc-1.dJr .• I'!' a juventude dos anos 20 nos Est.ados UDL• sim, .a varic,d21.Je~ ilu!icrações :abtang~ desde d.c:se.nhosdetalhados de
dos; o:nne.□ Rockwdl e toda uma gcra,;-ao Liga.daàs car,as do S(m,,... máquinas dcse1wolvidos para exi,Licar Sl'!'U.funcion~m.ento atê de!ienhoi
da;· Evening Post. Tanto ern $C-U d~m'ho quanto em u~ l)J1fü1ra, o expressivos f el\-O!lpor artistas talentosos e c--0ns_omados,qul!' acompa-
ilustrador deve alranr;..a.ro m~mo ai,11'!'] de qualidade- do pimor; na ver- nham um rom,.'l.nocou um poema.
(.fade, d~ 5-Crai□da mais ágil e-nipido. Dc\'c. trabalhar pOT c.ncc,irnen-
da, c criar d~ntro dos prazos C'!.tabctc-cidospela publicação para a qual
tr.abaJha. Muito si!'C".,:igc-
ddl'!'. mas as recomp,cn.YLiiiào grande:.. A.pe- Design gráfloo
sar de-toda III sua. h111bilicladc-, D mlustrador cm geramnõãoé:prcten ioso,
e ils ~zcs, como o caso de Norman Roc-lcwcll,não tem o menQ;r inle,. Par<1.o (!es1in g.rafioo, a industria.li:z.i'iç.ã.o
e a produ,;fu) éit'I série:
rC"SSC em sl'!'Tchamado de ani!it.a. Há outra classeõe ilustradorescujo comcçanun e:i-nmeados do s~1,1loXV, com o desen\'olvimcnto do tipo
lr.abalho tem sido muito importante para as conquistas tccmo~ógiCll.:5 m6v~1. e seu gr:;1ndc:momento Foi assina.lado pefa imprcss:ão d.i Rfb!ia
de aossa epoca, cm geral de-a.aturcza cientffica.. Trata-se: do itust.rador de Gute:abcrs, Pela primeira \'e2 no mundo tx.:íclental, c::mvez.da r,eno-
rernológíco, wbrc: o qual Wirnam h•ims diz, ~ seu livro Pri-111.i an{i sa cópia manuill de livr-os. foMpossi\'cJ produrir 1mulranc-amcnte 11mi-
Vis1_1al
Commrmimtion: lOOexc-mplm-e!..P;Ullia comuníc.iç!lo. a.s implleaçôe5, ~o cnom'l.es. A
"'No scculo XlX, os livros informauvoo., rnuiw bem ilustradoscom álfabe-tizai;ão foi 1.1mapo_ss;ilbi.Lidacle prática estcndl.da não apenas aos
rnanifie!õtações pictóricas pa"isr.·cis de um~ l.'@l'Qd1,1çJo e}ltremamerite privilegiados; M idfi.ss. deh.atn de su urna C:.lr:ll~lvida:dcd05 p0uC0!'l,
exata. tomaram-se ctisponivlri!!a uma gr;:md,ep.meda lt11mruridade,tan- que: att mtão ~omrolavam ;J1 r,rodução e a díscribuiç§o de li,,,.ros.
to ae .europa Ocidental quanto aa América. O ,~ultado foi a maior !É bem pr-0\'á\'el que: o~ primeiros impressores não ooruíde.asse:m
re~·olutão no prnsa.me□to 1(1'!' em sua consumação prática) de que ja- um grande: problema o fato cie Lambém sc:rem desrgnersgràt'ioos, Vi-
mais se-teve conhecimento. Essa re'i'olm;Ao foi de enormf? imponlnc.ia viam atormr:111.a,dospor muimos outros proble.mas.. Alê-m de dc.s,enhar
não só do ponto de-~·~ta ctioo e poHúc-0, ma,;, tam Mm mecânico e eco• ~u próprio l~po de impr-cssão. pr«i.savam aprender a fundi-lo i:tn me-
nõmico. As massas tinham começado a ter s.ce!'ISOao grande lnnn•• Lili. .a oorutru1r prensas, a.C-Otl'lpt'airpapd, a êlr:.Séfl.\tOl\·cr
tiru.a.s.idequa-
mcnto de- que ltCCC!isêta,•ampara capacitar-se a tesol\'er seus d.ss., a ,,en_der seus serviç,os, e frc:qüc,ntcmi:n~e tambrn1 a ~rc.vcr o
problemas." mat«ial que vretcndfarn imprimir. Ao lona.o de>$s&:ulos XVI e XVII.
Essa compilil.cão mcccl~pémra de informação i,•iiiua.lcomeçou -com os imprcsso~s avanç.ar<lIDmuito, apcrrc:íçoando oomtantemente sc-u
o dcseavolvimmto d11lingwi..gcm escrita, e continua a cxp91ndir-se. ofic-io. Alguns deles th•-cr,uri SE?U trabalho imortalizado pór eus. desig-
A cãm~. e sua inoome11LSurávl'!'J cape.ciclade de-registrar o detalhe ners d.e:lip,0$, muitos dos (lt_i.t1sainda são usadmhojic e contínu.am !i,'Cndlo
~·i.~ual,tem feito co□linuas incursões nos domínios do ifustra.dor. Em idc-ntmi;ados pelos JIDJRC.S de SC:US criadores., e:mbora polKO ~bam qul!'
qu11lqur:rr;;.aso em que a crafibilidadc seja um fator importante, dá-se: cs,sr:s11omesse rc-fcrcm 21.pessoas rc-,ai5- Dodoni, Garamond, Ca.sfon
- todos eles impr~res QtJe exerceram rnodest:11mc:nte51'!1.1lrabalh.o 10 apreço i,e]a q11alidad°J? dJIS obras. O anõaimo "artista comcrdaJ''
mu1to tempo atrá..-...A ill1p,~são e o de:signdos materiais ck imprcs- do passado íoi substitujdo por um artistagrafioo c.-.:tre-□111rni'.'ntc im.a.gi-
slo. enquamo a4ivid~cle ..:omerdal, trndc:nm si:mprc ao ano11im-a.to. nerh·o. cujos norl'les ,e e5,tilos !iõ!lo honrados atravc:s de c-xposi,;õ~ n~-
De modo oom-0o conhei.--emo~hoje, o designer gr.iifico sosurgiu ses santifkt1.dos ba.:ttÕçS da "Art.e 11 pura - os museus.
dura nu: ;p ll(!tda(lelra Revolm,:ão lndustriaJ do s&ulo X CX, qua11do a Embora o ~ba,;,;o do de.s.,·g~ grá lleo ~eja comparável ao c.s.boçona
sofi l i(.1ç.Ao di ct!i;;nicasde-i.mprC"ssii.o~ de: oonf~ào de papé-1spermi- plnturn e na escuh1,1r;1,de é mai~ literal. É muito útil para o designer
tiu a erla.çilo de éf citos decorativos mais criati-..·osna mani1Jul.açâo cio i'.'rnsua busca. ptefümnar(l;ps i,ossf\ocis soluções para um trabalho irn-
U?'l>!IO e d~s LILhiCraÇôes.f 0rillll ~ artj:stas gráficos i: os pjntorcs de c:a- pri:u.o. afcrcocndo-lbe a or,ort~niruu:lc de procurar, com grand~ tibc-r-
v;plete q~1ese interessaram pd~ proc~so_s de- impressão lui pouco d~ dade, inúmeHs ir.J.Ifa1lle&e modiíiçaç:l}e:,. ao longo de-uma concepção
serwol vide.,~. produzia do resultados e-xtraordinariamc:11tc cri-a.ti,.·os. visual imk.a ou de runa sedede alternativa<; tcmálica.s.. O esboço gráfi-
Toulouse-Lautrec .scnt•u-s.c:.atraido pela criação de põstcre:;: William co eautotlcscriuvo; é uma r,epr,esentaçào em miniatura do produto fi-
Morris, ba.sicam~le um desenhista-industrial, fundou a Kclrmrot, aaJ. As pequenas dimensões desse esboço oferecem ao designer muitas
Pr...:ii; ambos, porim, constirni:m casos excepcionais. O precursor do vanl.i.Ji:m Que os ,esboços cm tamanho aatu!fal oão lhi: oíc:r1:ecriam.
dési~rrgráfico «a um trabalhador especiali.zado, a quem se oo:::tum;pv;p Em primeiro ll)S.\r, J)Qdem ser feitos cm grandi:-número, sendo pos~i-
eh~111ar'' .1.rtlsla ,;;0rni::.rci.i.1'
•, dc:nominaç-.ãoque contém urna certa car- v,el aller.:i.-losOIJ des-c;;!rtá-losfacilmcnt,c-, um-a ,,..czqui: sua cx.cruç,,fu)é
83 pejo1a1Jva, Qu,mdo talentoso, esse-tipo de profissional foi m-a.is.tar- muito r.ipida. IJ.>otouu·o lado, esses esboços silo simpli:s. dr=conlrol.i.r
de ressarado da cidadania diesc-11.mdadesse: a que: tinha sido condenado emattter limil'OS,e nos dão urna baaid~a do :aspecto que a solllÇ!o terá
p,elos pintores e crili001i. Tendo à frente primeiro os cm.pcahos de Wil- cm sua. forma rinal. Essamin i;ptura oferece ainda uma outra \'antagem
Liam MorrLs, e dl"pois os da Bauhal!l:S.surgiu um novo ponto de \'ii'ta ao designer. num d.paço muJlo ~queno não ~6 é. po.ss.fvclfaze, um
- urna retomada do inti:ri'.'ss-eixla.s técnicas bãsicas de impr,cssão, e Jri.mdr: número de esboços, corno c.s.mbém, ao caso de um folbt'to ou
uma lc:nlath•a di'.'oomprocnder as pos;s.ibilid ades d~s~ processos e a di'.'urna rr:vina cortt um ce-rt.0númcro de páginas, ,r:possi\'c:-Iver toda
dh•en:Jdãuc: de :s.uarnequin.aria, o que ac.abou :resultando cm um novo a peça impr~ia corno l.!f'll todo. um efeito que o lcitor só podera obtc:--r
perm dós m.i.ti:riais impr~o.s. Muitas \'ezcs, o "arti~a oomerdal" rea• curnulati.,.111cnen1.c:, ~ a.ttil\'és de urna experi~ncia ~qücnci.aJ (fig. 8. 9).
l.iz.i.vama tarefa oom uma ignorância !lotai do proce:;so meciJILCO,dei- O oontroJe total do conjuoto .nrl!;vés desse método de pré-visuaHzaçiío
x..i.□tlo o irnpr,cssor oom o nada im·cjá.vc:Iencargo de a:dsptsJ a obra significa qur: o de:.;ignt--t raamérn wb çomrol.e o cícito total.
d,:, ill'tc-11 uma form-a.q111tpudesse ser impres~a. O e:ntendimcnco entre A prática desse exc,e:íeio de enconirar múlt•pla)'l~oluçàcs. para um
ambos pralicarncnlc ine'Jà.sti.a. problema de desi8,ngráJioo equivale a demonstrar a relação imrrc o uso
Com o re_no,.•adoiotcre:s,scpelas. tó:nic.a.s.básíc.1s do ofício d,e im• de c:lcme111os e a n;;ituN!7.8. do meio de oomun:ic..a.çiio. 11irnpres~o, i;ior
pressor, o desig,rw aprc:ruku a trabalbar em bannonia com o impres- exemplo, o e]el'lle!HO visual domina.me e II linhe~ outros dr:mencos, co-
sor. e: essa oooper.açiio tem sido um dos mais importantes fatores. da mo o rorn, a eor, a cextuna 011 a c-.scala.são se-cumiários. rnud~nça
quaHdade c-.ad121 vc:z maior do design na impressão contcmporJl.nca. Em d~ um a outro grupo de esboços pcrmite que o designer possil ôptilt'
tod~ os campos das. artes gráficas - design do olho de tipo, de-folhe- por difcrr::ntr.:stécnlells vlruais., num pro~o de:d.c:cisõcsfinais.que:-mo~
tos, de: c-.art111Z.cs,
de-embafa.gc-ns, de-cabcç_-a.lhose livros - a e:{p,crimcn- lra cl.i.rmnenre .i rel.Jç~o entre forma e oonteúdo. Essa rc:laçii.oe cs.pi:-
l.a.ÇãoIC\'OU e resultados sótidos e dinâmicos, tanto cm termo:::da eficácia. ei.tlme111eimporta.me nos meios de irnpr~o c:m rnãSSa, Já {g.1eeles
de oomunicaçào; quanto da cri.ação de um produto mau. acrae:nte. O en\'Qlve,n uma combinação de pala\·r.as, im.i..1-t.:ns e ftmnu laçô ah:s-
go\·r:mo dos ~lados Unidos rcalizou, no cxt«ior, inúmeras exposi- h,Has d,e design, e: S"uanaturC'Zllibâska se define- por sua cornbinaçâo
ções do trnbillbo de s,:ousillttstas g;m.fioos, dcmo11Strando assim seu ai- do ,..etbll-1 e do ,,istJal. auma tcntafü·a diretil dr: cram1ni1it IMormsções.
A. •• •urr \'I 1)/U"l: FL,:".:Çl.O E l'JIE!'(S.'\Gl: 209

1 ~

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.....~

•'ir.- :~-- ' t • t r a.• 1 • -. 111111 r-


._. t • a 1 • • ;t 1 1 t. '

'F'fCiUR.A
11..9

A parLlt'dos esoooo!, d.a r~ iakial, a escolha das p,oss,,.·eissolu-


ções de desfgr3e.m aeraJse redu:zcm a dois ou nes dos melhores esbo•
sào rran~fc-Tidosda vC'I'Sãoem tillfl.i}rnho
daiesei.llla..
ços. os quais • .atrari,·é,s
pequeno para as verdade5ras dimensões da impressão tleãnl1iva {fig.
8. IO). O que lfin.OS então é o le:hmte.
Cada passo da tr.ajr:t.ór:laque vai do esboço A etapa Ílaal rcéj_uer
ais.um conhecimc-nto d05-.a:spN:tOs1é~ic:os da ,mi:iress:fo, com.o a corn-
po~içi'.§o• ipográ.íica, os difCJeatcs tipos de imp,res.s.ào e sua convcniea-
cia para o proje.o em andarncnit.o, os proces:.so:sde r<:p.rod:1,1ç§;o para
a impressão de rodo tipo de ~Tte-flnal, desde-os de3CnhO a traço ac.é
a.s fotog:ravures cm prc-to-c--brant:0 e em COTC$. Potim, mesmo pa-
ri\ o prlneiJ)i3Jnte oom a rcsponsabilida.d-e dé produ2ir um p&te:r ou
um fo]hcto; o problemil fundamentam scrá sc:mprc-a r-0mposição, '1m
Qrdenamcnto das unidades de informaçlo 1,,•e:rhal e-\'isua1 qut resuHe
na ênfase t)Tctc-ndidae-nprcss~ danun-=nte su.a men~gem. Os imE)TCs- FIGURA B.10

- ---- - ---- --
210 L',jTAX IM L.L.',jG."\G \'ISU/\1.. AS ,11."RTT-"
\ 11!!illfAISJFllN ~O E-XEf{:!lACD! 211

sorcs podem -5,erm,1,1i~o füel com 11asrotu9ões têrnicas. Com algum c:aç&!s1?m p,c:çascuj.a ro,ma està kntando modifitat. Se alguma~ têc-
conhci::irne:nto de ~lfabeciunovisual.a abordag,-e:mdo design e da pro- pi~as si1ioprcdo.atinantes na concepção e na prot.1oçãodo artcss.nto, são
dução de- form;pt,os imi,resws l)ode ~W"mais culta e sofüticad!a; além .el.asa economia, .aisimplicid.adc e a harmonia. Mas quafgucr artesão.
disio, e-o que calvei sej~ a3nda .matsirmportanlc:, cssl!"mr5mo, tipo de seja tfc- strio e:de sólida rormaç!lio, ou um simples diletante, deve oom-
abordagem pes a noslevar a.uma wmprce□são m!!"lhordo taknto ar- preeruk:r muito bi:m rodos os. sspc-ctos do aJf.abetism.o'Y~l,lalpara S(:f
tísíijooou de sua .ausência 11.is rnernage□s impressas qw: chegam are:nó5,. capar;t de crc:scc:rtantco técnica quanto C'Stcticamelitc.além de a:dqnirir
um conu-ol.e L"S.de vez mru.or d.e$11!1!1
meio e de sua tt!cttlea.
Os tipos de artnan11to - c:.er.ãmic:e., k-Odegc:m.muitas va_riedad~
Artesanato de trabalho cm metal 01.Jmadeira - alêm de oomtltufrem mcios. de su-
prir um mercado de: const1midores cspecí.fioos, ,ex.el'a!muma atração
Ho_k-emdi:l!,os ru:tesãos QOmunsocupam um lugarcsp!!"Ciale eso,. cada '1'C"Zmaio.- enquanto aúvidad.c di: ~r. Multas pessoas: se voltem
tcrioo cm n~ soci~d..a<le.Tudo o que: produzem provavelm,e:□tc pode pªr-a o artesanato <::0□10 um C)a'isalcmpo, ó Qu.é zjuda a.fiecupcrar o in-
ser fabricado m:,ela:mâQllína<le modo maisrápido e:barato, mas !!e- csiA ter1?S;'icpor essa atividade.
é c.tpín: de fazê-lo de modo mais artístico é e.i111de u.me qu~.ti1io cm
abcr•o. •opa. sado, o.sprodutos ferros e rniio eram dr!"absoluta nroc:<1-
sidade; em nossí.li i!poca, são produzidós pera pc-s.soa!il de-gosto cspe--- Desenho industrial
ci,11.l,
que podem permitir-se pa-1~1uum preço muito maior que, o doo;
produto~ feit0$ em .série. O .mesi'tos se trans(orma.r.am cm petrts artis- Ao com.rtriod'os scotári.os do nt0Vlfflet11-0de an.cs e oflcios na ln-
les, e !ll..lB.S.abras slo coleclona_,ciasOOn'í.Os.c(~em quadrcxs:.Ainda per- glattna e .n.aEurop111,que: -i,.1oltárd.lll
suas. eMt.as ·!)ara os quc:s.tioruivc:i~
sistem eco.'>tardios das iàiLaSàe William Mo.rri&e seus acótitos, pSia padr,ôes da pmdu.ção c:m sme. o g:rupo aBem!o da Bau.baus proe.urou
os. guai;s.a beleza ser3a im,pO!.$.Ível 5ém o toq~ imlividue.J do a.rtcs~o. coma:,~encfff ai possibilidades únicas. d.ai111j.quina.e bll!ioou sua capa-
~ prottsto eomra í\ ináQuina é essa fflfa~ no individuo. do outm cidade es-r,ecíftcadi: produzir objeto.s que :l.n(orpor~rn ume no\'a C(ln-
l:ado da.qu~ão, neiáIJl lCldaimd.boria no p,a.drão de vida que ~ê t.or• ~pção de beleza. O designer industlii.11se l-fflnSÍ()111!1.0U no art~o dos
no~ DOSSíveJarar.as à RCVC)tuçiioIndustrial. A produçl[o cm :rn~ ln• tempos modem~, e a palavra design adQ,uirrluurn nm•o significado -
viabilizou o produto manu.al, m..i.s ainda ha muito o que aprender com " a a-dapUl.~ilo de l,lln produto à produção tm série". A filosofi111 d.a Bau-
o art~o e $eU c-onhedmentodos matelii.al!,e da mandrn de utilizá-los haus. coninbulu e;rn muito para resgilli!I ,o objet-o produzido cm :série
com rompetlncia. da cópia de mau gosto do ôbjeLO man~l: inspirou produtos sirnptes
Cada tipo de artes.maco tel11 úali cspcdficidadc:5, no que diz rc-s- e (unclona.is,de: 15ti!o moderno. Em nenhuma outra ,esfera do mO.,.Í•
p(!ito 80$ ef~memos visuais báticos, mas todas eras tendem a s.cr domi- mento LTtLtico vcrifioou-se um interes:s,emais sincero pelo retorno ao
na.das pela. dlmens11oe i,el.l.t-ex_t1.1ra. Ptaa.cjar e _produç"ãoda trama de bi.\slco.:Emsua cssmda. o pro-gr.una d.a e:.,c()]a conduzi.a 5'CU.$ íllllll\08,
um tecidoou forma de um Vii5ó de ccrim.ica não, implica um dctalba- atr.ir,.·ésde explorações "manuai.8•• das gu.almd.adcsc:ssccaciaisdM ma1e-
rne:nto t~ rigorooo ,;ruªntoo exlsir!am oulros meios .,.isuais. As :solu.- riais com que traba.lhanm. e o f..w· de uma forma que km.bra,·a mui•
çõcs podem l!"!ltarnai ponca dos dedos do .u:ti.sta, e pode-se cb.c:gara to il pesq1,1isados compom::ntes visuaJs básicos, uma im·cstipçi'fo
eles .e.tr11vE-s. d.a daborltÇ!o de cªda. uma. daspeçillí, ou seja, arraves de hnpon.anto qwmdo o ob.ietlvo f o aJfabctjsmo vis..ua.l.
uma. inC"Cssaatec:xperim.entaçào, A exp,eríêficla rambérn~ um método Há muitas tendêm:fas em d~nho industrial para i1 prod~o cm
fundamental para a evoluç:!o de um dcslvt • .ttr.a.,-&de:umã produção .série-de: m.ó,·C'.is.
rou-pitt, i1Utomóvc:is.,~uipem.c:ntM domésllcos., fC'.T'Ia-
lentBIe pmgre11~iva,que !Petfflikao mlsW inlN)úuzir pe(J_ucnasmod.ifi- mcota.s, e-te. A abordagem rnais comum é a pu1i11tnen1-e funcionaHsta,
21.2 'IKT E DA I.INm:AGE.M. \'I A1

que apõe- o.s elementos dia estrutura v:isual bâsi<:a oomo o tema ,•isWLl e materiais a partjr dos <11Ui.1ii S\L.U obras. são cria.das, Os hõãlens de
p:redorninank. o que-por su.s.~·c-zri=:s.ultanum a.s.pectoimpC:isoal, cm negócios s<C- c-.ómciélniz.un çada vez mais de qmmLO wn dt$/gn bcm-
neutrnlidade~Pt'4.!Ssi1,•ai.Alguma$ ~tativ~'i do d~enho indUJCrialre- suocdido é-C'.apazde aumentª' as venda.5. O idc.".al :seria que o d~1g,ier
sull81arn numa supcn~stmtura que ignorava os mecanismos: intNiorcs e o homem de ne:gódos ,chegassem a. um eg11.1Uibrio. Waher Cropius
do produto. Um dc~s l'!H(I~, e o ma.i!iílagnuuc de codos. foi o design -e,<ip11e:.sou muito bl!':messa necess..ldade. i?m 19L9, aos comc:ntario~ QI.Je
das i,rimeira5 loconiotlva'i para a un;cn.Pacific R'ailrood. Ao se-rem fet obre os objeti-.·os da Ba11_baus;·•Noss~ambiçilo era ,~i<Ltíllro .lir-
testadas, oonstaoou,..s,eque toda a $\laescnnurateTiade ser erguidaca- ris1a crlaitivo dcs.s.e outro mundo ,en~ Q1.1eele- c~tà scrnpn: situado,
da vez que preclwse ser ensraxa.da.Na \ttrdade, ít idé.latoda ctode• rcinte-g:rii-loao 1111.11100da$ realidades cotidianas, ilO n1esmo tempo am-
oomoéSLÜotnodcrnodif undiu-s:ea pa.rtfr~ produLõii
1,·igna.erodinâJrur.:o pliando e humanlzandoa mentalidade rigida e quase e~elusivameme
que: tinbam na vclocid11dclillil c11r11oticristkaCundruru:nt11I- c-.rrros, matt"rfal do homem de neg,óciQS.''
av:iões,tr.1rcos.- pár-ã muitos 01.1rros quemmeã prer;Jsãtirun.movtr-se.
Para ~én'íl0lver belosdt$1gn.tde .l'àáquiniíse artefaLos em série.
é prcdso desem·olve.r trunbémum delieãdo e,quili'brioe.ntre a éapat."id.a-- Fotogra11a
de técnica e o Bmor à. beleza. E isso não ,é fáclt Mas o mc::Ji11.dbona
força dim1mica das considerações \'Lsuaispl.ll"a.s. e absoJutamcnte neces- Para as artes"'~uais,o, dC$Cm•oJ\•imem.to da fotosrafia repr~n-
sário para o técnfoo, oforcl."Clndo-lbe.oomo de fato o fez, nma forma tou uma 101al revoluç~o.O sJo.tusdo artfata e su:a relaçãococn a socie-
de amipliar !UU.1.compreen$ão do problema diante do qual i;c encontra.. dade pacS~ram por uma drástica transíorma~ão; sua singul~ridadc
Q □el!D, mais que o rngi:ahciro, pode: b(\ndiciar-sc da natureza abstrata iasubstitui.,.el viu-se para sempre alterada por l:'S5C novo n:té1odode,ob.
c conce~tual do componente visual. tal como clc e! visto e dcfinido no ter imagens, que podta reg~1.rairme~nica.mcnte urna 'infinidade de de•
context.n do alfa.be.tismoi,•i:\ua[?A mente lite:ral :pode benefiçiar-s,e uni"" ralhes. O talmto c:spc:C'ia.J e ~ anos de a11,lnendi:mdo que modelav-J.m ~
c-amemede tim ponto de ·,,..ita qlle esperaafastar a e,c_J)resslio vis.uai apr1morav~m a~ habilidades a.rtís.tlcaispassarama ser desafiados por
da órb,im da intuição e .1pro.ximá-la ~ de um processo ope.r~ional uma máquinaque.depois de o:mbreve 'P"ríotltide aprendizado, podia
de entendimento intclect□aJ e de opçiões racionais. si:r utilizada por (11.l~lqullZr
um. Em meados do $éeulo XX, cuja avassa-
O fa1or mais qll.C!ltioaávd do modC'Jno d~rnho industrial ê a ot>- l11dora.rc,·ol1.1ç.:Lotec11ológica produz. interrnfo1h-éis lfiil.a.greseletrõni-
solesofncill. a n.atURm ~rcdvc.l de sua 11pan=m:ja, que-nele j.á.se-projc--- oos, ai fotografia 1ambém p;.m;ollia ocupar uma posicãolnQ,11estio11ável.
ta tendo em vista ums consumte reno\'açil.o da produção. Contribua o s&'.nlo XLX não tra soflsc.lcado o s.uf'tcic-nl.C para deixar-se dontlnar
ou não para urna qualidade inferior do$ produt~. CS-$a prétmc-areal- inteiramente pda fotogr.ari:a,
mente cria um c:lima ravo:ráve[ 80$ modismos passageiTos no que diz Primeiro oomo brinquedo. depoJscomo ne1:cs~idade:social, :a fo.
respeitoà ap;u!nci..ado.-objecos-criados, o que exlse. por s.ua vez, um to~lla esleYe a i;crviço d"81 daMC média, s.ua maLsdedicada prOk:Lore,
número cada vez maior de:dt·signers com idéfas no,•as. Foi só '1110$ primórdios do :sérulo XX q1.1e o ple110imp:!Cto da íologm-
Essa in~,;ante t:ramform.ação sem dú,·ida põe il prova a fOT\2, cria- fia sobre a -cornunicaç~o se tomou uma .realidade. Como disse: muito
tiva do dí!,o;ignu. P11r11 .ser bem-sucedida, :sua obm não deve perder de bem Artnllr Coldsmith, IIZfll ,iCll artigo "The PhoLoirar,hef ~ a God".
vista a noção de lucro; deve oonocbcr s.uascriações como nm elemento publicado na re~·.lst·PoJ)lllw Ph,;Hography:.
11 mais na produção econõmil:'a de um produto i,'Cfldável.Nesse-coa- ''·Vivemos numa ép0ea domina.da pela fotog,af'w.. No uruverSO in-
ccuo fica di fkil dc'!i.cavolivcrc.wi.integridade que se VQltapara a pro- vi11!vcldo inleJ.ect:oe das emoções do oomem,a. fotografia exerci: hoje
dução de JH'odutos belos e funei0113i.• .algo Ql.!eolo se queítiona com um_ª força CQmparâ'a'cl:à.da libentç:ão da en~a nuclear ao univcr,so
r~ação aotrabaTho dos EUtesãos.oom seu inti.moconh.ccimeruó dlosfi.ns fisiço ..O glll!'pcasamos, sentirmos, nossas impr~iõcs dos aconted.men-
214 &L-.TA.XE DA J:.~G AG'J.OI~ lM.L

tos. ê:Ontémporâneos. e da história. recente. na&sa. c:onoep,;ãés do ho- se "'tl.lcomprometida pel:à ab1.utda»cfade amadore,;. As :g:rtmdescâme•
mem e do cosmo, M (;C)isasque oontpram~ (ou debuimos de ,i;omprar). ,as de. seu e5;túdio e s.s t6micas de teto.que confrrem a u:u trnbalho o
o parirão de nóssa.s pcrc:cpçõcs visuais. tudo isso t madi:lado, em certa atributo form~l e:xigidopcle dem:anda M:mpte ~naltcrada de rctHtos per-
rudide e o mm das vezes decisivamente, pela íotogrefia.' • son.aJfaados, que d~de os pi atores e daauearrei:,, lp~tas do passe do coa-
Fazer um rqtistro de femilie. dos antigos e ck suas Blr.i.dacks. ajruia 1.i.nurunsendo muito solidt.a.do:li.O rotógrafo documc:ntarista, hoje mais
continua ~ndo a razão fnndamcatal da popularidade da fotografia. frcQüenum1ent1?a ~crviço da ândustri.1 e do governo. aiada trabalrui n.a
O instantãnco consen:a sr,u enorme podtt de atração, que só fez au- rnr:3JOatrad1ç!o do passado. Scr"e à ,1:CX_perlrnentaçio cic:alifir:a. com
mcaw. graças à im'cnção, por Edward Laod. de cãmue Polaroid, que seus microscópios, cãimcras à prov11d'âiu.i. e peHculas especiais.
prescinde do que.ntocscuro e produz. imagrns. irutantsncas. !Dcw: grande A fotow;raíl.i.é domina.da pelo elemento 1•isuruem que interatuam
exército d~ fotógrafos qn~ utiliza a câmera oom fins limitados, $"Urge o tom e II cor, alada que dela também partidpern a.fomu, a tc->:tura
um gTUIJO cada vez maiGTde::dilctaritC!iscrios. gue estuda cm profundi- e a escale. M11sà rmostaf ia.também põe diante do artista e do e$pecta-
dade as possibilidades d.o meio, cmbafh;tiem .seu próprio qu.rto ~c:urn dor o mais wn\l:ln~nte: !iimulacro da dimtnsão. po5s a li?nle. como o
e pretende al)etf elçoar sua capaddade eriadva. Alguns passam oorao olho hurnano. v!, e e:i-:r,ressaaquilo qu~ ·,ê-rm uma p,erspcctiva pcrfrj-
campo profissional; a maior parte continua ~envolvendo uma ativ.i- ta. Em conj 1mto, os dememo5' visuajs essenciais dã íoiog_rafia repro-
dade amJ1do1a, c:orn.umindoenormes guanUdaoo d~ dinl1eiroe tempo duzem o ambient,e. e Q,Ualctuercoisa. corn rnonru: pooer de per$uasão.
Uv.recom o Que con.5tltu1, semdúvida, o mais l)Ol)Ulardoo r,ass;;uern- O pr()blcrna do cocaunie.i.dor vi. uai não t p~mitir que esse poder do-
pos co1nempomeos. mine o rc:s.ultadodo d~ig,r, ffl.íLSco11trolã-lo e subrutê-lo iíM objeti•
Mns ai fo[oirafia também é uma proíwã.o de importância funda- ~·ose à atit.udc do fotógrafo. IDe que modo"! No proccsso ck toma~a
mental para o wli,•CJ"Sõda GOmurúcação, e umã profissão que cODlà de imagens c0Cllbin11m-sea ima.sínaçào, a capacidade- de ,•isuali:tÂiT,e
com imlmcras cspcicializações., o conhec;:irnc::ntode Unguagcm corporru. l)!lra colocar éi disposiç.ão do
O rc:pórter fotog:ratiro faz,a c()bcrtura dos 11oontc,;:imcnlosatuw:s f otóaJafoas mcmias opções ilimitad.<llide Quedistiôeo designer-artist.a-
dt' uma m11ncir.e. simples e dlirc:ta.É :s:cutral:>alhocomeguir fotDS niti- sinteti:zador, A p:rimcira vi5ta poderi11parecer que o criador de: ima-
clas e::andacio~a~, que conservem. sua rnen!iagernapesar da ma quaüda- gcM se vê liCllirn.dopelo que ;tiliCitá diant,e da cimern, e que, com cxcc::-
de de:n;?produçAodQ!l jornai$. A5 melhoR!l possibilidad.1.:$ de rq.iroduç!Q ç~o daCalguns oontroles lnf ormªt.ivos (sorria, ,•oltc-st' um pouco para
d.as revisw dlo a.ofotógrafo a oportwud.làe de cobrir oo mesmos ~· a «isquc::rda),tem de se subme1er M circun~ã.ncias. Mas. não é bem ilS·
reeirneruos com inais sutileza e pt0fllttdldade. O.s avanços méettk:osdos sim. ma centena dlc!at6s,raf os com sua,;,c§mcras volteôas para o mes..
anos 30 ~-iabili:zaramtoda a -ooncepçã(ldahistória cm ima.aens, em p-ri- mo tema produzirão 01:11\ soluções \•isuais dis.ti:atas, cm mais I.IIM
n1CiroluJ<lr !jrn,;.J;$ ao advento de pa_péL!; de melhor q,11alídadee nov,os. demonstração prc.,ish·el d~~ facor meviul.velgu.e é a intcrpn,tação :sub-
mctodos de impressão, e mais tarde toca e invenção da câmera de pe- jetlva.
que:ao port~ e lcnks de Ilha vdocidadc! uma cs.péciede rcvoluçiio den- Há inúmeras variáveis à disposição do fotógrafo, e csta!i ibc pc:r-
trn da revolução, que: libertou o fütór;raf o do inoomodo peso de seu mitem rontrolar a inexorável informação ambientál. Em pnm~1ro lu-
,equipamento anterior, e:, na (alta d_eilu:z ade:,qnltda,do al!)orreciml?nto gar, c ~ ti:o ~ importante d~ tnd.o, está a c:irpansiiodos conceitos.
pdas luzes of usc:arnes do flash. Graças ;p 1.:nnalente e
llel)LleSent.l!.do ª ,dsueis 11tmvésdos eutcicio:.. do alíabetismo visu.al. Os projetos para
uma pelieiila níilii r.lpid.l;!..foi-lhe dada ã op0rrun:ldadêde obter a que• uma foto ou uma hls1.ótla ern ima~" podem ser elabórados obre o
Laimagem mars intima, 0-usaàa e revela.dom, que semanalmente tl"il'lll papel - tr.e.ta-s.ede uma boa :formad~ pré--plan~jamen10. Mas é i:iro-
.l hisróda. pilta noss.a sala de. est.ar. vá,•d que o f:otóg;mfo vã pens.'tr em termos de imal,'lcmviW11is,e vê-las
O fotôgrilíó retr11tist11 rundil é muito !10lkitado, e rua acMdadenão projeULdas numa espécie-de tela mental. As OiPÇÕE?$oompositivas ex-
2[61
11\.'JiAXE.
DA LIN'GV GU11'U!,IJ L

pioradas C'mforma de esboço e IJ)l!'Ojetodi=:vc:rn &erooncret~d:u deou- Cinema


tra~ numcir:e.s.Cerrar os oCbMpara reduzir a informação v1s1,1al il forma~
:simpfes e :abstrata$ é ~l,80 QIJeoíeree,e um11inforrnaç_-ãooomnositív.a .à Se .a fotog:rn.f'ia está representada por um oi1a-.·o de polc:gada ao
qual se pode rc-s.pond.er,e Que pOdé ser rnoctificada ai:r:e.vésdo ato de b~,·e pc:r[odo dt' tc-rnpo da história vi uai, o cinema nàQ ~·ai além de
agachar-se, curvar , saltar rol:m: um11 r:.,adciraou :5,ubiruma eseada. um pequel!lo e-imignific.antc-ponto. Os (::!(p,=ri111êm~de Edi~on e o I riun-
Todos e:.ses métodos e jlnásticas ooastituem, par:e.o fotósraiío.wn i:,gui- fo ,,,ecânico de Lu:micre utiliza.mm o fenômeno ,daper ist!nci,t da \'i-
\·atente dos,esboços da fase de prê--1,i.sualiizaçã,o. As opções tomam-se sâo para obter fotografias que pud~rn re'j.Js,rar o rnovimcl!lto. As
aiindaimalOre$ riraças ili01istE-nciade diíerenws tlr,os de c.imera, longi- açOese os acomccimcntos. dr.s.mlitioos podiam Sç;r re&iStfados e rcpro-
tude foc-al, filmes (colo:rido QO fl~IO•e-bra..noo) e horas do d[a. Uma d1,1zídos mui.naa:s, \'~C:'i se-qui.scssl!".As etapas c:.xp,crhne1md de s.eno~·()
coisa é-certa - clifkimmc:ntequalquer outro mclo visual podera sN co- mefo conta,•,un com I irn11~ÇÔC!lincril!l.scc:e.s ,(ausênciillde cor, :som e mo-
JOC11do ,eat i;.ratica oom tamanha facilidade, oferecendo wm isso opor- bilidade da r,;;'rmera),qr,Je ampliaram os coahedmc-nlos bâs1c:os dM
tullidades de c:xpcrlmmtaçiio tiio rápidas e barat . Desde m primórdios cineastas. Os g~M e:-;as,erados e a mímica compensavam a imp0:s~ibi•
desse mnétóéló visual. sempre: cxis·fü'am íot6sraf o.sQue o viram corno Lidade dos diálogM. A ,;;omr!dia•l)~I eHlo, clCclm.ivado ci□c-rna, foi le-
uma forma de arte- e a tpraticavam sem füt ,;;omerciais. Nos dubcs de -.•ad.s.à. pcrf:cir;.ã.opor Cbapll 11,o maior t1aJhc3.ço da tela. As t6cnicas de
f otogrdta. nos salões e-concursos mce:macionais, esse fotógraf:o-arti:Wl. documentário ampH11r111m o contaco em pfimeira m1o com uma r:sp~
sempr~c,cplorou as p~jlbüJdaciesda.câmCTade urna maneira inrelra- cie de Iivrn , 1i\·o d.a história. que ant~riorme1ue j;J.tnais 1eriai~ido polif-
meate criati"'ª· 'os último:;, tempos, tais esforços v&n sendo rcconh.e-■ ,.•el, Em seu en!'.aiio.. Climertc of Though.t'', i□el úLdOe'1'! Gate~wy m
,;;rdos atrll\'tl de C'.XpOloiçõese comparações c:orn 8 pintura.. ih~ Twenlierh Century, Jcaa Cassou assim rc:sume as in e.:n~l\$nos..<;1bi-
A íotog_rafiaiu:rn um.ai earaccerÍ$ti.Gaqnc-não compartilha, oomt1e- ltdadesdo clne'ffl
3i:
nhuma oucra arte vi uai - ili e['(:dibiüdadc-. Cost11ma--sedi-ier que a câ- '' AJ m, o -1.ltimo im,•e:nmmccànico a sr:rviço d11 r,ealidade, dr:sti-
mera. nito l,'.IOd.e mentir. embora. se: trate de uma crenç.a atrcmamentc- t1ado ~ de.s.empenhairmais tarde- seu papel dc:ntlfico oom tal perreéçào.
quest"onável, elad.í.il fotografie um cn~e poderde i.ofluc:-ncia.r
a men- demoM-tt'M slmulumeamenw ser umA arte de potc□ciaHdade tão "'ª!!i·
te dM homens. No artigo, al!lt<t?rionn~cec[tado, Arthur Go1d!>rnithas• tas ~ propritd11des tão .lnsrala_res(llte n!\o só ab,arcaiva todas as outras
si rn s.emaniíesta sobre es;;;s. qu.eS"tAoçrncíat; erte-s, oomo tambcm as super.1va. O cí.nerna é ao mtsmo tempo um ins-
·•Uma cornpree:□são ma.is profunda do piiÓprto meio de comuni- trurnc□to de-absoluta pr-ecisão e 11m iJ<'lnde criador de magia: um cs-
cação e de oomo eJe atua !>Ob'feo iDreltctoe as emoções humanas r,e- pell10 d:e.v.crd:e.de,um sonhador dr!"ronbos e um operadordemilagres.''
pr~nta um pa.s~C)adia.n,e ~ uma. ampliaÇ'ão mai!. ütil e sensa,ado O cinema também precisou cnfrc:nt11ro mi=smoe -.-dhcidilema ecl•
grande tpotencial da focogrnltaenquanto forma de-arte e de eomuui..;a- tre express;!lo artistica e succ:s:soHaancdro. Faztr um mme. tneimo os
ç-ào. Como técnleai, J)Olitml,a fotografia. tcl!lde m,ai a um avanço rápi- primlüv,oo, em que $4! u.s.avaapenas um roJo, era algo que t;tÍJ[.J. capi•
do QUe.i. te. irn,ightsa~.a das implicações esréti~ e pskológicas des~ tal, e, potcruuo, um ,certo çontrok: sobr,e o produto fiaal. Milli os fil-
céc:ni~s. Na. lon.ga perspectiva da história do homem. talvez iMOnão mes se tran-síor1naram1 num SIJÇ~() finanociro ~□rumti□eo e total. O
SUTJ)reenda.Si: uslisscmos. um sistema de medidas. que nos dl:55e o in- publico os de..-omva., e o no,·omeEo~ \rJU diari,e de enonnC:'ioportuni-
rer,..alodr: t~mpo transcorrido desde a pimur.asrupcstlie5 do Paloolfti- dades de:_expansão e o.pmrnc:ntação. Mais tarde a;i,areeeram o:s. longai-
cc átc: nmsos ctias. a ~rira j.á estada cx.istfodo hâ oc:rca de se;is 111Wtr:e.gen5 11osdos rorna□ e.-es, e -com
com ,c-nrC'dosmuito se:cneJh11ntc::s:
polegadas, mas a fmogr:dia não passaria de um oitAvo de PQ'eg,ada! eles essa inoomparavcE figura d05 tempos modernos: a estrela cincma-
Nessa minliscula f ra,;ilo dt" tempo, rnaJ comc-çamos a çom!l)reende. a cográFic.a. Introduziu-se o som, mais tarde a coli. é .ut1bos ,..e111P-1-an~
nacure,-,a da e.a.mera e ~u mifagre." do alé hoje por um processo de aperfeiçoamento cont,mJO. A reaUzaçilo
d,: fíJmt"Sronvcneu-se .num.aindústria de gr-an<leporte, em que os g:r.1.B-
dr:s ,:odisp,c:l!ldiososesi>ecácu a !Hollywood. e os es-
los «srn S!'i!iOCfados
forços criati.,·os, de OrçilmC"ntosmajs rriodesLos, ao cinema europeu.
Existe-, porém, uma forma dC' intcrdl.tl'lblo que boje em di~ constilui
umil r:xct"."Çilioa @!;Sef;;no, QUilndo um grande número ck atont.; e vro-
<luiorcs cruz.aro freqü~1ccrn,:-atc o Acl§ncko em ambas as direçôes. . .,r
~ ,
Tanco para o esp,t:~ador quanto J)arrao realizador, o cleme11110 ,,j.
~uai prcdomin~rue no cinema é o rno~·lmen,o. Quando ~se elem~ló '
r:.-,:~• ~
..
vem sonui.r•~e ;'1.5,Cilracleristi.cas reali. l.H dii focograflA, o res1.1]1adoe
uma c-xpcrii!rielaQ 11cse aproxima m 11í Li simo do que-se-~ no mun-
do tal como o obsc:rvamos. O cí ni:tm.aeert.amcnte pode fv.er muito mais
do que apc-nas Jei,todmdr com fidcl idade a e;,,;pcriêndavisual huma_na,
Pod~ transmitir i n fOrmilr;ões.,e faz.e-to cor'll i!IT<indere-afümo. Ta mbétrt
pode rnntar histótw.s.,,:: encerrar o tc:rnpo em uma oonvcnçào ,qtre Hte
é própria e exclusiva. A magnitude- de-seu poder nos dá a rnooid.:idas
diíku.ldades para 11;0mprcmd~-Jocsuurumln1mtr:, planejá-lo e n1a11ti:-
lo sob controle. Am.d11que os rofeirQS verba~ sejam os mais: u.sado.s
no p]anejarnento e na elaboração dos íilrncs, B1mdh.or forma de ga-
ranLir B qualidade é 1uilí.zaro .story board, um C'JQUÍvak.nt.c- viimal do
e:s.bo,;;ogni fico o I pia órioo (fig. 8. l J). A u1:mplo do csbOÇQusado
pelos artistas gráficos, o story board tarnbé1n ! fe.ito m1 dimensões re-
duzidas, o que dá ao cineasta a p~ibilidade tl~ uma visão de um oon-
junlo, ou, pelo meãos, de .segmento. mal ores que .as simptes 1omadas
indj,•iduais, o que pcrmil.e urna maior pOMibiJidadc de insight dos efei- FIGUit.A:8.11
tos cumuladvos. Pi:rm~te também ;io plancjador excrceJ' um controle
:ssmullineo das uni<.bdes vêruais in.terat.ua_.111.es que oonstitucm as çenas, tna1:s. e cicntlfioos, e t.ambc-m se C'ftCoatra ao alr.aaoc de cinr:a5tas:
numa ,<is~opanor~n1k.a de lodo o desifl11. altamente criativos, que- f22!c-mfilm~ como afinn.açõc-s pessoais de s:cu
O .story QOl}.rd 1.ambérn perrnit,c-que o (;Íneasta incorpore oi mate• tslento artLStko. Ta.is obras. filmes. de:ilrli:: ou do,cument;;ú"ios.,~ ~J\
dai verbal a um de.Jign.de maior cominuid.:i.de, assim como a rn~ka sua maior parte exibidas nos !estivais de cinem.-i i:1escinadose,,:-,munerr-
e, no caso de seremusados, o.s C'fctt~ so~o.ro:s.As forç.a!. ~c-gme1uadas tipo de filme, e n(» p.roaramas. da.~televisões educati,.•as
te :a C'.s.sc cujo
do fLlmc podem ~r previstas e controladas iraças ils soluções experi- número se torna c-.adave:r.maior. At! mesmo as redes oomerda[ Jáfo~
mrntms do swry Õúard. e uas técnkas ~1irY1ulante.s.
rarn invadidas por essas obras ,e;,,;prd:sL..,.a.s
O maior conhiecimenLOtccnic:o ampliol.l as.áreas poss:[vcis da rea■ ,e-c-xperimentais. 1k fato, a tcl'="isão, um Jt1eioele,1ônloo d lvidido en■
lít.ação cincrnatog_r~fi(a. For.un inventada,j ~âmei-as rnrus barata.s e gM:?• tre a utilização da cãmern ao vh·o e: os íiJrnes,e que de lnfc~ pared.a
Ucu.las. mais adequada.!·a.osàmadorr.s; e :s.urgiuenrn.oo cqui,,,alcl!lted.o rq,rtSi:nLilr uma grande .uneiça à so'brevi,1ência do cinema, um na ver-
inna.atânro, o cinc-m~ feito em casa. Esse equipam~10 amador, Ligd- dade ,q;O.àl..rlbuídomumw p;tra, r;llfundir junLo ao público, a consciência
rrunente aperfeiçoado, foí adotado por rc:alizaàore:s de filmes indt.1.$• do que é o cinema. ru :INQtJern,esrepriises de \•c:lhosfilmes. e o uso de
.2.2,0 SU'IT,\XE IH Ll?liCl-1.\GF.M \ll~l, ,\1, A • ..uri \'I UA : FC . 'ÇÃO E I\CEN5,'UiE~C 221

cxpe1imcntais cêm f e1to aumentar o número de cíni::-


CI.Jfllil.~-ttlctrageas :sópodedrun ímiílltrr~r •no conteúdo das mensagens, oõm(I muito pro-
íl!Ob, O$ quais .,.-ê~mc!i~ meio çoo1u1na.no,•a smedadc. que os lraz v.a.vclmenté o fadam. O resultado fina:15eria que ncm todos os rtOép-
de volta assalas de projeção cou1 um gosto mai.s.apurado. lOrê!l das lnf onnaçõN cornunic.adas podct"Le.rnter oerrez.i. de estarem
Embora ainda ni!lopr,assede uma. criança, o cinema t)l'OllleteLbma.r- n:~bendo a.me!';tna mc-m~agcm.Essa variação da measaiiem bá. ica ter•
se uma fo:rma d~ arcc cxcraordin.1iri.i.e inwmpará.,.·cl. Em "Clim;ne or mrnou com a invenç!lo e o uso c-c.ada,,,.czmaior d.otipo móve~. Uma
"f hou&J]t'•. Jc.an Cassou a!ISÍn1 \'ê essa promessa: ,.-,czfu:atla. em 1-ipo,e.ada uma das c-óp:iasde uma poi;s ímpri::ssã e abso-
~'O d nem.a, e só o cin.em~, com sua lj:i:.s.tualid.adc e:s;c,1 rirmo, com Lur.amente unir onne ,e iàêntica_ A idtia de: uniformidade: pode não ~,
~uas r~• riçõcs técnk:as, ço,n ~ua~ Limitaçiie.s.espc-cificas ,e s1,1a_ ind.,ên- atraente. ·rcmseus bons e seusmalliaspectos, mas iés partir dei.a que
cia fantasc icamen1e fért.IJ,i;>Õdc C"n~ndrar cs;;e:cipo de _gmgul.hsda de: s~ dá o incvim.i.vdru:h·e1uo ((a_1):11.l;pvra
mossQnos "mcios cf-eoomuaic:a-
qu~ toda!; as classes wei:a.is podem parhcipar. <lcsde os que riem por çii.o de ma~sa ...
qualque1 moci\'O acé os (lue ~gern a saü.s.façãa dç neç 'd.aiJi:.sC"stl'.1.i- O Uvro provocou e ·inc-cntivouo alf~tfamo, que: rompeu oomo
cas mais sutis.. A absoluta originalidade do cin,em:a - a •s~ima Ar. monopólio da iníorm.a~o mantido por uma minoria c:ulrae podera a.
t~• - com suas i n fit1Jrn, possibilidades, já fiç.l\'il muito dara de-sde: A oolct.a, a ,r.-omp-lla~oe a di!ttribu.içào de: informaçõ~ insinuou-se a,or
<i5-suas primeira<; e rudime,mue..s produções. Dcv~se-. po~ni. iJ.dmiLir todos os nível da sociedaru: durante o Scrufo d.as Luzt.:!. O renõwe110
(e até mesmo prodam.lr) ctr..reo dc.~••oh•imcnt.o da ane dt1em,uogrà- do Livro aluda ~tiid[)a de nossas 1nda.s. A mcclida que M ttíbos, os
fica. corut~tui 1.1m3e,c1r.1.o:rdil'l~rla .a,.·cntura; que-o cinema é. na ,•,:rda- Yilarc:jolíe:.i. fa11;ulíai::ede:J11mlugar a idc-:at:ida:dcsg;rupais e leáildades
de. a c-aracce:rfsLiç.1,e .11;8.JilJildeforma anística do s.éc:uto~ • , ·' it'tillSa111 'ª
pl;:u;,o livro e os de-mais formatos imprcuos vierrun iUb :i:t-
1uír o míto e, o s,mhoio, a fálbuJa e a. moralidade, O (ll.leíazet, o gue
pensa.r, o que sabcr e como comportar-se são gu~rões Que soetoma•
T,ele'1são ram mais 1:nlbll~ e uniform~. Ainda boj~, numa cpora dom:ln.lda pe,
los mtiM elecrôrueos <!ecomunicação, o livro ~ os imprtUos iern B~I
.Em sentido moderno, o coru.:d10 de meios de comu 11ieaçãocst.í. oontin1JiUnsendo po,derosoo a,gente:sde tramfonnação. A prmcipal di-
incxtricaw,:lmente ;}S.~dado iliideia d-eaudicncia mi maJ'lSil.Em termos fc-:rcnçeentre uns. e outros estana sl-muftaneiaQde. A unif ormidadc dos
estritos., quJ)quer porra.dor de:mca.sagc:n~- um:1Jpi r'lt lil'il 1nural,um formatos imPtew:)S - fü•ros. rc-v:istas,jornais, folbeto.s., p(,J t~es -
discurso, um.l ç,ut.i pessoo.l - pode scr chamado de meiode: ,;;omuni- tórnã possível ~ 1.-ra-nsmi!ls!lo de uma me:asagm-1para um grru'lde públi•
c.ação. Essa refe:~111(:(:lJ~rl.1 v.ílida por dcfirriçào. IIUt$ ho}e, quamlo c:o. J,;filso i.làv-entodo rádio e da televisão fC"Z rnra (1úe ~ ilil~sma
falamos c-rnmcio.s de çomunie:1,;,;ão,a ideia implícita é:um s,a11de, ,e inrorm.a.çilo e e,,c~eni!nc:ia~ tomasSffll ia.staataac:a.mi:rue aeess[Yei~a
possii;dmcnt,e im[)es.wal, grupo de pessoas. É cm lCrmoo de SJ'Up(),,ou uma aud_l!nela_em massa.
de muitos gru[)Os, Que .a.smensagem de massa ~~o coneetiàas,com a Os. rno«Jerno.smei~ de comunicaç.ào surgiram de duas COl"lquim1.-;
intenção de: obter "ma N:Spona ou urna oooi;ici:-aç-âopor ·parte do paralefalí que açabar.H1l por unfr-se. A prirnC"jmdelas fo.j a_elmera, o
públko. crla.dor mecinico de imagem~ e segunda roi a capaciàade que-as ondas
Os. modernos .mdos de cornua.k.a.ç:fa, com ~\la aud[êru:ia era rnru;- de ri1cHo t@mde transmitir dados atraw:b tli::oouducores ou rla .atmosíc-
:s:ae "im•rs[vd, são os p,roàtttos wl:atcm.is da Revolução Jndufltrla1 e de ra..O milag1e:da c-Amcra,qu~ começou com .i. ~mara e:scura, um brin-
:suac.apacidadc ck· prodl!lçilo em :&éri~.As ilwnia.uras da ldadf,! Méà la_ gu.edQ ~na,;oentis.ta. niio t~rminou nas fotõgr;\fi,;; fixai ,eprcsc-1va,•ejs.
não Sl!'.riarnclai;s;ifica-das meios de comunicaçào nc.s.sc-
co1110 sentido, n,em A e.'l.n13raescura era capaz de"fc1Z-Cr aliio Qúe ill.O estava ao .akaacc da
os poemas êpicos: doo gregos, ou ilS baladas. (e noticias e opiniões) dos ~ili-era: mostrar mov:imento. Es_sa.wnquJs1a. !!l()aTl?m.emcntc impossi-
mencstrei.s.c-rrancC$dai Eut'OPi!i,Por quê? As variantes individ~ is n:io ~-eleongetizou-sc lllraça.saos esforços lentos. e penosos de-muüos no-
mens. como MIU)'brid.sc,.Edison e o.s i rm,os Lumim:. Utilizando o o cinemtté a.iesca.la.TodOSOSClutro.s:c-Jc:memos vmsu.a:issãoos mesmos.
Cc:oomcnoda persist!ncfa da visão. a ilus~ de ~o\·imeJ1to foi reprQ• O eiDelhillCoiconoct,ido l'ilril rcprodm!ir im,ljéns maiores (l!Jeas de
duzida pela ju~taposiç:ãoJ-e ime..gffl$[mpetce~L~..-clmc-nt-e
difcr~ntes, út111'allhonatural, enqU&l'ltOque na tclcvi. ~o aco.atcoc-cxatan1emeo oon-
mostradas em ~tdasuccssiio-e □uma ~q0ênela regular. O olbo s~m- U-áJio. Tah-ez seja ~ o níótivo princip:-tl da utilização majs freqüentc
c.arrcga,•a do ~to. d.o:1Jóryboord no planejiimento de uma a,pr=ntação televisí\•.i.Outro
Em conjunto,, a fotografia fixa, e a s!r.ie de fail.osque consrlrnen1 fatO!ilmportantc: é que na Lele-,-i.s:ãopredornlnam rígidas limitar;õe.s.de
a pel fculac::incmatográJica são a.r,enas um cam1nho para. o cfese11volvi- temi)(). Planejar para efa sisni.fk.a.s:a~r nlo sé o que está aconcei.:endo
rncnto dos l'llodernw: meros de comuni~âo de mmsa. O outro está e quando, mas, mai ~tamente, qu.ancfo e po-:rquanto tempo.
Ligado à busca de meios de cmta:r men5-fl.gensil longa djscãm:ia. O pri■ A! OpÇ-Õ15 visu~is da 1dcvisiio são profMdarncnlc influendadas
meirn mérocto foi o-telegrafo (do prefix:ogr,ego,~re, que s:i~iíica • 'd1s- Delas pequm11sdimensões da tela e-pclas oerturb119i5csdo ambiente.
tan1c"), que irnascnitiaum código audi1i\'O, i;,ormeio de pontos e:traços, Essil.slimima.çõcstomam pdorhliria uma formulàçiio visual cl;prc,a e en-
atra,..êS de cond1UOrC$-el~ricos que, no começo d-estestculo. intalig~- fática. O criador d~ 1.1mPt0iram11 deve te!:'u.in pumk domlnio d.'tSfor-
va:mo mundo, pa~sando sob o ocl?'Ano.Mas loio essa invenção de Sa· Ç3.!Icapazes de neum1füar as r,er1urbiaçõc!i: pro'a'-Oeild"M
por crianças, que
muel F. B. Morse foi modffreada e aperfe:iooad11. dando lugar ao choram, :PeM.Oil!:ique: andam pela. cru.a e tc-lcfones que tocam, e ]),Uil
tefoíone, um aparelho capaz de lransrn,,ír ooru mais complexos. Foi faze-.lo deve rcoorn:r a ücnJcas ..,isuais fortc:l, e ciomin11ntes, que vâo
11pos:s.1biHda(leeletr.an:miilir sons através do espaço p0r meio de onda$ do oontrasre ao exagero, à ênfase, à ousadia, à ~udez11 e a outra g~e
e1c:tromagnét.iea • ~sultilllte das cxper~.u de S!.;õtcilma.nMaxwell pos~am reforçar os cfcic.nsobtidos.
e Gcrman Hefll!, Qucse lra.nsfomwia no 1)()11110de pàrt]da da.quilo quf? A essa àltur11da biscórla clilioomunicaç!o, a tele.,·i:5-ão□:fo só é t:.1.-
mais tarde ser-lao rádlo. Assim como o tel,81af o d~ Morse. que crans- paz. de atinj:ir simuttaneamente o maior públk:o de todos 0:1 t-empo.s,
mitia sons por um fio, tinha sugcri<lo o telefone, que poilia. transmitir corno também, a.traYésdo.ssatéllt:~ Tetstar. de fa_zetcorn que- ~e l)Ú•
urna c:on1,•,e-rsa
entre pcssoss, a transrniss.lô si:rn fio de Marconi. mie blico ultrapasse f rontcirs~. continéntt=s e cnltur-as. As implicações de
enviava siriais elétricos pelo ar, Log.icamentesugeriu .i. p,ossibiliclade de tudo isso são assombrosas. O n'l.ómcntos histótioos da. humanidade
caviar urn discurso .i.rticuta-do ou outros sons mais apurados, como a podem seroornpa.rtilliedos por eodes, l!ffl qna!qu-er parte do mundo onde
múska, ar.raves de ondas 11é'rc11s. Essa façanha foi reali:zada pela pr:i~ um 1eleviwr. E, pelo çon1rá.rio 0 051fatos que poderiam ter sido
c-xisui.
mcêra.,•c:i por '1.l'Bnort~amer:icano. Regi11aklAubrcy F~endm, em .eliminados d.a~rn<!ccia. direta, ou att mc:-..:mo ·ilenciados,s~o rni_nu-
1900. ci~te c:xam.in11dosp,ekl olbo _penetrante e ine11:oni.vc:L
da clrne:ra.
É a.qui que O$ dois caminhos se unem. , criação de i:magea~ e a, 1 Ye.rdade que o conteúdo audiovi:m.iil da te1ci;i.sãopod~ sCT oontrola-
onda:$de r.ádlo combinam-se para çriar o mah poderoso e ino,•ado:r do, e mesmo manipulado. Ma'1 n;\o si\o j usLas ll!l quei~ d<:que a tele-
de todos os mooernos n'l.er{lsde oomunicaç!o - a televis:ão.Os passos visão ou o cinema podmi distoroer M iníorma.ç&i1 mal que os outros
finais: do inven,o sao cornplc:xos e enormcrnente ã]spendioros; o selé- meios. O resporuávcl por cs:.sa. atitude defensiva talvez seja o poder pu-
□mo e o disco mecânlco, a. ,,áf.,·uJa·dc: raios c:atódkos. o konoscópio. ro de ima!§ens e palanas qllC!a tde,,ísão é cepll!.Z. de ttansmitir, com
o cin~cópio. C;!lda ~undes~ passos foi lento e vadtank:, e todos en- um c:.uáte1'l!o íntimo e privilegfacto (fi,;. 8. 12). As eabanãS de papel
volv~ oonuibuli;ões de ioü.mc:rosindMduos. Uma program:ação ain- a.Lcatmado do ui rural pudcrsm 'vet, araç:-as. à t.c:le~·Ls.ão,
urn mundo
da muito limitada 1e-ve início no fmaJ do.s:an0$ 30 e prl1-nórdiosdos que jamais pcn$3,ra.ffi e.unir. O mc!lmQ a.oontc,ceu com 0-5: morndor~
anos 40, ma-$a veN1adeiratdc:visão, c-a?B2de:formar redes de tram;- dos bairros pobri?S do Mrtc:.
mw;ão. só veio a d~nvot'ile-.r« dé:pois da Sc-gundaGuerra Mundiat ' iniué-m deve e llrprcendcr com os resullados! Toda a. rutÇão
Em tl!Tfflosdementares, a 1Priodp11Idliferença entre a teE-evisiioe 111orce-amcrican111
pôde aoompenbar. noite ai)~ noite . .as reporiag,ens
m:uos QIJe ulticnantenLe ,1em adquufodo tmportincia eada vez maior
é 1.una r. rrdfí~tç;l.O do plaru:jamento urbano a que se dá o nom,c <k d~
sigri arnbienrnl.Embora vivamos muito próximos. dclelo, será ,q te o
pe:rcebi:mos.7 Mais urna vez, ê preciso pcrguntar: ''Qua n1os de oós.
1
vi@en1? '

No futuro, porm1, nào mais existirão o~ anist'1S C'11como hoje


os c:oaheocrno.s,e como foram dcfinidoi pe[o mundo il'loderilo, A m~-
mas forças que no inkio inspiraram ao homem íll LLfaçilo de H.Lill
necessidades e a expressão de :suas idc:ias através dos meios vistt.al já
não são :propriedade e:x.clu.iva do arcisra. Gr.i.ç.,s à <:ãm<:-ra. mesmo a
nuús sofisticada cri.aç~o de im.1&-ens se éfKôntra lc,i;nicarnenteao alcance
de qualquer pessoa. Mas il t6cnk:a, a intukão artistica ou o oondicio-
llBlrnenoocuJrnral, i5oladameme, n.'1.obascrun . .Parac()mprc:cnd('r os
meios ",'i.s.uaise c:xprC5S,8.r [dei.as sesLindo IJIÍl.â ,c:rrninologLa,•isuaJ, sera
pn:ciso esu1dar oscoml)()nerues da intêliimdá visuaJ; os.ckmc:ntos bá-
F'JGUR,\ 8, ll sicos, as.~Ll'1Jl1.1ra: sll"ll.Í.L~, os mecanismos pc:rccptr.·os. a.~têcnicas,
os e3.1llo~e o~ :s:inemas, Alravc:s de- seu estudo, poderemos control~-
Los, da mci;ma forcaa que: o homem apre:nd4!u a e:numder, il conctol.tr
de uma guerra distante onde seus filhos Lutavam. Da cxpcriinda mr- e a usar a linguagem. Nesse momento, ~ só emlo, seremos visu.i.lmen-
.siu coda. tuna nova _po-Stnradiante da guerra. As convenções poJitica.s, Le alf ab:=tizados.
~ beróEspopulares, os distúr'b •os ,eos est)etácul.Qspo<km todos ser \'CS-
tos, no e,,:.uomomentoem que se:dá .a ação, 0-u pouco depois. Já :se
Lornou um lua,ar..çomtun imasln,ual&uém assi tindo l,lmll!versão du-
blada! de '' r Love lu-çy' • ou do •'Homem de Virg.ínla•• diante de um
sofüario aparelho de: tel.cvisão,io.u.11:ado numa cidtidez.inhado Brasll
ou de Gan111.Pod~ então elevar-se o cântico: .. Todos e,sLãOw:ndo",
vendo a si prôprios, \lendo-se uns 11osoll1ros, e o rc-sulta.doé umil prn-
(unda_ inílu~d~ sobre: as tran!iiformaçõcs sociais.
Existem muifo:. formatos menores de art,es visuais dos quais não
poderemos nos ocup.ar aqui: muit0,5.ddC'!lsão pouco praticados ou co-
.nheddos, como o dtslttn de ill•rnin.t.rias.,a decoraç!lo de- iatniorcs e
o design de:tipos de impre! ~o. Por mals namra.1 e rele,.·ante:que seja
ua v~ibilidad.e, talvez não pcrC'Cbamoso quanto irnprc:gaam nOMO ~m1-
lo de vida: o v~to univerj.() da.s charges pollitrcas. os quadrinhos, e o io-
ca~vet e em permanente tramformação design de roupas. Em parte:,
são todos variant~ e oombiruiçõcs do modo visual, que influenciam
cada um d()!i a'ipccto.s de nos!'io meio ambicmtc-. De fato, wn dos for-
9

ALFABETISMO VIS AL: COMO


EPOR QUÊ

O muado nào atingiu um alto grau de aJfabetl mo \·erbal com ra-


pidez ou facilidade. Em mui100 pruses.ne:rn mesmo e uma realidade
'"'iá-.·el. ti ca50 do alfa~rismo visual, o problema n!o ed1f,:noate.• o
!inaio do problema do ana.lfabéLi:smo visual cxis,e Urtlparadoxo. Gran-
de parte do processo já oonstitui uma competênc:ia d.as pessoas inteJi.
gentes e dotadas de vi.~,fü:,, Quantos de nó.5,v!em'? P"Jm dize-lo de modo
ostensivo, todos, :menosos ccg,os.Como estudàro que já conhe(emos?
A T~Po- ra a essa pergunta encontra-se numa defmiçAQdo aJíabctmno
,•isual como alao além do simples eri11,etgar,como algo além da sim-
pi~ criação de mensagem \'iiuais. O alfabetismo vi uai irnplka com-
preensão. e:meios de vc.Te compartühar o significado a um certo nível
de unh·ersalidadc. A realização tHsso C'Xi8cque ~ ultrap.asK'm os po-
deres visua~ inalos do oraruilimo humaao. a lérn das capacidadc:s in-
tuitivas cm nó~ pros,amadas para a tomada de decisões ,,~uais numa
base mais; ou me11oscomum. e das preíet!neias pCSSCJais e àm gos.tM
indMduais.
Uma pessoa letrada pode ser definida como aqucfa capµ de ter
e cscrc..,e:r,mas es~ dc:tmição pode amp'Jfar-se, pas_mndoa ind[(ar Wllil
pessoa in 'lruída. No caso do alfabetismo "isual também se pode fazer
,111mesma .ampliação de ~igniílcado. Akm de oferecer um corpo de in-

íorm.açooe cxpc_ric!nciasc.omprutilhadas, o alf~betJs,no visual traz~


j .a promessa de uma c-ompm::nsão culta dessas informações e expe-
rl!ni;;i.a;s.Quando nos damos c:o.at.i.dos. inúmeros (once:iros nccessário5
pata .i. oonquista do al!a.betismo ,•isual, a complexidade da tmcfa se
aoma muito evidente. ln(dizmcnt.c, não ex·-te nenhum atalho que 110;
228 SI "l'M& DA Lll'íGUAGEMViis AL
J\LFlWl::TISllO \'!SUAI.: oo~ro E roR QUt 229

permita cbe.,gar, atrav~s da multipücidade de definições e característi- siológtco.s da perçepç.10 bumana_ São dadm dos Quais o cornu□ic:ador
cas do ,,oC".abnláriovisual. a um ponto qu~ não ofr:rcça quaisqucr pro- \ isual pode dei,el'Jd~ .. A conscie_ncia <la. ubs.Lânda yisJ.ieJé pcrceb[àa.
1

blc-mas de cluddaç-jo e controle:_ Há um !jTandc nümno de fónnulas não apcna!I au--avésda. vjsão, mas aitravê$ <le todos os sentidos, e nAo
\imp]cs, e os manuais- cst§o cheios de.la'i. Em geral tendem a $ef unidi- produz sc,gmc:nws Isolados e individuais de inf or1nação,mas sim uni~
mensionais, frágeis e limitadas, ~ a.ão rcprcscmsm a qualidade- mais dadcs im.c:nti\!,U Jme1'r.-i.:is, totalidades que a similamosdirc:tamente,
desc:jã,,el dos meios ,•is-ua.is,ou seja, 1::euilimitado []Oder dc:;critivo e e com grande, ~•e-Jocid.ide,.atrar,1ésda vh:~oe d.liperocpçã.o_ O processo
sua infinita 1,•aricdadc. Existem pouca$ ra:zôl?5o para nos gueh:armos da leva so c;onh.echn1mtode rnmo se dá a or11anização de wna ima_gem
qmmoo noo.d.lmo.1,COl'lUt de ·se1,1
c;ompk!,:i<ladeda. e:,cpress,o ,•is11aE &ra& mental e a_estnnuraç"ão de uma comti0s~o. é de oomo isso funç·o11a,
de potfflcial e wmos (ft!Pí)~S (]e \tllor~á-lo. ums \'e'.Z Lendo tlOorrido,.
A ques1âode Quea 1i11,gu.'lgern .nfü) ~ an.11.oaa ao .i.lfabet.i!:rno,-.·l- Todo esse L'.)focesoo podesc::r aplicado a gu.alquer probkma 1,·isuat
sual já foi colotadil imimí:r,H vezes, e por diferentes raz.õt:!i.Mas a lin- Para se cbc:gar A Interp:retaç.ão d-eurna. i~ia dentro de uma composi-
guagemé um melo de expressiloe eomlJJ1k.lção, :sendo, i;,ortanLo,um ção. os critério formulados pd11psicologia, sobcretudo pela psicologia,
siscema p.1.ralelo ao d.aeomunicaçJovi!úal. , 110podemos,copiarser- da Geslolt, com[Ple111entillll II utilização das té,.:;:n
leas visuais. Tanto no
\'ilmemeos cnêtodos usados (X'Utl.ens~n.-ira ler e .al:lic;re-.·~, n'Lil$ po-de- caso de um. t?:5.boço,quanto no ,:f,c-um-e.fmogrdla oo dei;ign de inccrio■
.no:s coroar conru:dménlo del<:5e apro•.cilá-[os. Ao aprénder a kr e a rc:s, gr.amic:parte do oontrole ciosre&.u[tadosfinais es-cá na .n.i.niput-e.-
~rever, cumeçamos s~mprc pelo ni,·el c-lcmi:ntar ~ bá5ioo, dcoorando ção dose-lemel'JIOS por parte dia oomplcxo m~smo de tôcruca!l\ iswiis.
1

o eJfabeto_ Esse método lc:CDwna abordagcCD corrcspondc:at~ no crui.- A Familiari<lade-.alc::u1çada illtH\'i5 do uso c:da ob:wrvação de cada téc-
110 do alíabctis:rno visual. Cada uma das unidadc:c;mai!i simples da ir1- nica dá fü•re,curw à illt'lpfi'l. pro.a de:efeitos DOO'büm1.Ldospor sua sutil
(orm11,;ão~-isual,05 clcmc:at.o.s,dc:Yc:SCTc:xpklrl!dae aprendida sob todos gradação <le uma pofaridade a outra. A gama de opçõe1; e t'□ormc:, e
os pontos de vista de suas qualidades e dC'seu caráter e: potcrid111lc,:- as: esroll,as ~ múltiplas.
pre-.s:sjvo.Não ha por que preum<lc:rque css.~1uoce:,so scj:;imai:5,rápido ~ conjucnos temposilivos, cm c;onJumo com as t"scolha!i<lcté:c•
que: o aprendi;:acfo do abecedário. Uma vez que a infor-maç:ào vjsual nicas e SLta rel.aLa~- .. importàru:i8, c:Qft..-Slimem um ..,.oc11bularioc-:icpr.essi-
é mais co:mpleJ1;ai, mais ampla mt Sl1il.Sdefinições e a~dativa em stus vo que. ,-orrc:spondc às disposições escr1111ur.ais i: ils p11La1,-ru,no ca:w
~jilliík:ad.os, é: ootur.1l que demore ~ais .a .s<:rapr~ndida. Ao fin.al de do ai fahetlwo 1'iefbal. O aprofuadamcn10 das pes.qujsas e do conheci-
um longo pl:'l"iodode einolvimento oom os ckm.c:ntos visuais ~ ex,po,sj- mento de, ambo. • tr."t.i péi'miti:r que: se a.l;,r.am110,•asp,ortas â oomprc:en-
ção ao.s mesmfi5, os resultru.los dc:\·mrunrefletir o qrucsigaifir::.atermos são e ao co11 rrole do.s mdos visuais. Mas i.$:5.Qfev, tempo. PTecisarnm
tiprenwdo todo o alfabeto. E preciso qui: haja uma grande íamil:iari- ,examinar no.s.sosmélodos com o mc-smo rtior (llte apJk..amos á lingua-
dade com os elcrnentos visums. Precisamos co□hccl!-los "de- 1;or" _Em gem ou à matem.átii.:a,ou a qualquer s:i~1.emaunive.f'Sillment~oompar-
outras pala,•ras, seu nxoahcdmc:nto ou Rua utiliza~.o deve-alçar-se: a tílhado, e po11adot di: slJ□incado.
um nh•cl m~is alto de conh.ecimemo que os lneorpo1eta.moà mente Dealg11ma fo.rma, por algum moc.ivo ou v.1.r:iosdelc:s, o modo 't'L•
eons.cieme Quantoà inco!'lscle1ue, pat,i]j que o ates:roaté e1essejaprati- s.u11I é ,•isto 011como L.nltiramcntc fora do alcance e con1rote das pes-
c:amentc: ilU tomátioo. De,;em estar a.li, m.as niio de modo íorç.ado; dc- soas sem u1.knto, ou. i,e]o oo□trár.io. oomo imc:diairamerue - quando
\ 1en1ser perceb[d0, , ,nasnãosol.errados, como .K"úlitéeê como,s ]ei1.ores não instaritancamen1e - i:lltiessívc.l. A suposta í.acilidade d.ee-xprcssão
prlnclplarues. visual talvez c:;teja ligad.a à natura.lida.de:do ac.ode i,er, ou à rnirturcza
O mesmo método de txplo:ração inlc:nsjva dc,.·e S.C:11' aplfoado na fa- l.□1ililliltà.Jllc-.a da c:A:rne-ra,
Todo esse:pOllltOde \ iita por certo~ ve rdor-
1

se c:ornpositi"a de input ou output ,.,iiueJ_A composição é basicamente Çildo pc:Ja farta de uma mecodologi.a que: possiibiliae ai çotlQuisca do al-
i□ flu.crn:iada pcla dil.·c:rsidade de forças imp]kita n~ fatore:;, ps.ioofi- fobi:1:ismo vimal. SeJa.m qurn5 forem suu fon1e~ ell.i1.tas,ambos os
230 ~INTAXE DA 1..1\NG.i\GEX \1 lJAL 1 f lfBETI MO \'IISUAL; COMO E l'OR Qut 231

pFCS!iUpostcxs são falso:s,e !l)rova.velmente r~oa.sávc:i:s pela baixa qww.- ,e- fundamc:ntalbcru:fido cslá ao d-csc:avot-..imcntode critérios que n!-
de:dc do produto visü:alem tantos metQs de ap~s!.ão visual. Os cdu- trapas.sem a resposta natural e os.gostos e preferências pessoais ou eon-
c.adorcs devem oontspo.ndet às exp,ectatr.·as de todos aqueles que dkionadm:. Só os v:isnalmcntc soíit'ii:içadQsPodem el~r-se .i.clma dos
precisam aumen.tar ruíil co:mpet!nelaem tennQS.de alíabctimlo visual. modismos e fazer seu!i próprio:s ju[w de va.lor .obre o que conside-
E~ pr-óprios precisam oompreeru:ler Q.lilea exa,res~ão virusl não enem ram apropriado e 1?$Wcicamente ,11grªdável.
Como meiollgelram.emc w-
um !l)~uatc.mpo, nem uma formái éSOLérleae misdca de magia. Have- pe:rior de participa-ç:!o, o alfabetismo vifusB penniw domínio sobr-eo
ria 1 enclo, uma excclcnk oportunidade de inLrodutir um prosr:.unade modismo e: c:oru.ro!ede SCll.$efeitos. Alfabeii~rno si8nlf".capart[<:ípa-
es-tu-élosque consid.«assc: instruídai; as.pessoas que não apc:nas domi- ção, e transforma todos que o alcançaram em obse:rvadores mt11ospas,.
nassem a l~nguagem verbal. mas t.rmbéirua linguagemvis,uaL :s:ivos. Na \!erdade, o alfabetismo Yi uai impede Ql.lese in:t.11u~ a
Uma mctodologia é importacue; [menlo profunda nos clcmentm. sindromc: du "mupas do imperador", e eleva nossa capaeldadede .1,r.i-
e nas 1-écni~s.é vital~ um proc\550 lento e gr.aâativo é uma necessidade lfar !teimada acciLS.Ção(ou recll$3.)meramente iru.ultlva de uma .marú-
ÍmJnénte.Essa aJ>ordagempod.c abrir portas ao ea1cnd.imemoe ao con- fcmaçào vimal qualquer. Alfa'beti movi uai s[gnHica 1.1mai.mcellaênd.a
trole dos meios visu.ats.. M8.5o caminho a pcrnorrer e lona.o, e o pro• v:i:sual.
c~o lento. De. QUárltosanos l)reçisa Ulillacriança ou um adulto que Tudo isso fe.z.do alfabctisano vis.uai uma prooe:upe.ç~o préci~ do
íwa perrellame11.t,e:r,araapr,c-ndcra Jer e a e-s.crevcr·rAlém disso, de que c:duC'.ador.Maior intcl~nda vi!lWil~ignifica comp~1?11Slo mais fti.ci1
maneira a f illhlliaridadecom o instmrne:nto do 11lf11bctismoverba.!.:i.re- de-todos o.si significados. as.s.um~dospda, íorma.i vi. uais,. As de-ei5bes
t11o oontrole da ltngiaasem eserit.aicomo mcio de c::tpressão'?O tempo v:isuai.s.dorninam gran<le parteda!I cofaas que examinamoae idenriíica•
e:o e:avol1,i.mento1 .aanálise e a prátíça, s!Iotodos nca:ssários. para unir mos, i11ctush•e: na leitura. A importJ!neia d.esse-f,uo tào simples vem
intenção e-resultados. tanto no .modo \ isual qu.anto no vcrbal. Em am-
1
!lendo n~ligencia<la -por tempo,longo demais./\ JntelJ&!nela\'lst1alau-
bos os casos., há uma escala cuj01s. pontos podemos marcar di!fcrcatc-- menta o c:fcito d111intdil!l~l.".iahumana, ampHa o espfrilo criatb10. Nào
me1ne,roas o alfabetismo, sigcüttca II Gapacldacle de expressar-see se trata ape:aas d.e:uma necessidade:, mas, fo)iz:mente, de uma promes-
çoma,n.!t:nder, e tanto 11,C'.apacid11de verbal (11.11illiCO
a vÍSl,lalpode- !ler sa de: enriquecimento humano par-a o fütl!l.l"Q.
aprendlda por todos. E deve sê-Jo.
Essa parcieipaçl_o,e l?$S8. $Upr:raçào das limita~õe5 falsamen.1.e im-
postas à i:":Kpreuàovi.suai sl\o fundamcmtai:.slpara nossa busca do alfa-
betiscao visual. Abrir o sls1em.a. educacionaJIpara que:neJc:se introduza
o alíabctimio visual. e r!:$pO.nderà eiJriosldade do i11div[duojá coli]5.ti-
Umn um primciro passo firme e di:,eiélido.wo também ~de ser fcilo
por qualquer um que si:nta necessidadede e,cpandir seu próprio potc:n-
,cialde fruição do v:isnal, desde a exprt$:ii.Osubjeclvaaté a aplicação
práüca, Como Já dis.s.cmos, trata-se de algo com_ple.-w,mas nllo miste•
rLc,so.~ _precisoQ.uenossa reflexão abranja d.c:sde os dados.illdJ.vidurus
até uma vi!:ãomaí.sam;plados meios., e: que também ob:servcmõs em
profumtidade aquilo que expe:rimenui.m~ vclificando como o:soutrcxs
aleançam sc:ns objetivos e filr.én.do nossa.s própri~ tentativas..
Ql!lc:vantagms lrJ.Z para os q~ :nl.o sã.o~:r;ti.stll$
o dcse:a.vot.,·i:mcn-
to de sua acuid.ad.cvisual e de sw p0rencialde e.:ics,ressão?O prim~ro
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( 143), 6.17c ( 147), 6.18b,( ( 1~). 6.23b (.li50), 6.24c (151), 6.25c {1S1),
6.26: ( 152), 6.28b,c:(1 Sl) 1 6. Jlb ,e (155) e fiAIb,c ( 159).

A foto da íisura S.J (193) f de Wafdo.

Ca:rlZabn, do Muscum of Fine Arts de Bo.iton, criou o ruacerial.glilifi-


eo reproduzido nll.5tiguru 6. l Jb ( 144), 6.15b O46}, 6.16b ( 147). 6.3lc
0 $4), 6. lk (155) e- 6.40b,c ( 1S9).

O dcsmbo e-a íQ~O d~ ma.quete(lo Bo~tcmCit)' Hall, figuras J..12 (56)


e-3 .47 (79), :s.Ao~Droduzidiii! por oort~ia dos arq□itetos T{allm,il□,
Knc;rn•lese Mck.l.nnell.

A-'Síis.1uas
4.2.(90), 4.3 (9]J, 4.12a (9S). 4.12b,c:(96}, 4.13 a,b,c (4,7).
.S.13-u20, 5.14 (120), e 7.1 UM) são r~produz:idas porcortes:ia do Mu-
seum of Finto Arts de Boston.

A autora forn.cc-(:U o matc-rial ~ figuras '.U l (S6), prancha 3. J (67),


figuras l.45 (78), .L4'6 (79), 4. l (89'), .S.27 ( l 27). :5.28(l 29), .S.29 ( 129),
6. lOc (h14), ,f;i.11e ( IM)c, 6. 12c-(14S), 6.13-c tl 4,n, 6.19c ( 1491), 6.20e
(149}, 6. 2 l b ( l49), 6.24b ( 1:51), 6.29b (133}, 6. 3-0a(1.S4),6. J.J.b(1 SS),,
6.J4b,c (LS6), 6.3'b (IS6). 6.37b 0S7), 6.38b (IS8), 6.39b (IS8}, 7.2
( 164), 7.4 (16-9).7. .5(172), 7 .6 (1'74},7. 7 (176}, 1 .8 (119), 8.1 (190), 8 ,7
(2.02), 8.8 (202), -8.9 (208), 8-.10(209), 8. H (219) e fUl (224). A ~eul•
mr-.arep1eseriia.danas r'1,guras3.4.5{78)t: 1.46 (79') é de autoria dt EmorY
Ooff, e faz pane da ooleção d.1 autora.

Ar;.figuras 8.2 (192) e 8.4 (196), foram tiradas. dos !Livros de Esboços
de-Leonardo da Vind.

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6.37c U s1,, 6. 39c (158), 8..5 (196) e 8.6 (m97) são reproduzidas. de li-
vros e i.i.□ ÚJ'lcios publicados pcfa MIT PrciS,.A capa e a figura 6. ?b (142),
foram cd.tdaispara a MIT Press por lkrnic LaCassc.

A-sHauras 4.20 (lOl ), 4 .2 l (l Ol), 4.22 (l02) e 6.31a ( 1:54)são cxc-rci'-


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