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MAIOR
RESPALDO
PARTE G E RA t:
DE ACORDO COM:
• Súmulas e decisões recentes do STF e STJ
• Lei 14.071/2020 (Alterações no CTB)
• Lei 13.964/2019 (Lei Anticrime)
• Lei 13.869/2019 (Abuso de autoridade)
DESTAQUE DA EDIÇÃO:
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oh,rr I llt que <l,, r1 t11r<; ,1h~1, ,lla1111 nir Jlrc,,\,
n .i,,k1,o, (clcmc11111 su hft' ll\ o rmplr 1 ri o) • .<, ,t \"11 e .°'tfll
no,~ 1fjtlS 1,H, ,10 ''-• pr~,umn
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1 14 3 NOÇAO NEOCLÁSSICA: DOLO E CULPA EAXIOLOGIA
o 11·g1s1,,,Jor rr1.1n lr..,~
-••rn••nf('
~ dtdar(' sua flUlll\'ílO a 1111110 d,• nalpa 1 ~
, rrren lo r1u.an10 ao llfX' ,11hJ1't l\·11 ,1 b11· to ,k an 11,,, d , <'~cr \ v.ifcH.u;.,o e n co mplt·mcn1.1,;ao do ncokanu,mo ao
.-.com ., 1 llcl,tprr , ) ( ' positivr,mn (nau lrndo
perp,1.S'-l por ..cu dr•tlll'Oh r111cn1<1 n111,t1,111 li ,1cvo luç,111cp1,1t rnol,\gu , fUrfdrco II1O
1 1111 1 1 0 <upcr.1dn . onso,1mr <,u;is 1de1,1,, ao empirismo lrm
t<'t • ' 1 -~ qur a~r.ir uma
nal, Jo momrnfo, l,b,110 .llt o funcwnal"m, , 111, 11 Pt 1 Ç:llo drpcncle nte, ,1<; normas,1,. cultura () n,reno UI1I1 1 d
\~ or.i • L ·<.r o método ax1o-
Jt,g1co ,\ nlllt'f'J>Çao ncot lass1c.i t, a~<,1m, fruto dtrrto de um nlt"lodo Jurrd,w dot.ido
J t Inrlurm rJs v.1lor.111v,1.,, 111tngmdo -;eu apogeu com MJ,er \!
. r rzgcr, oporn1.-.;
rr,pc< 11 ,amentc, d.1 ver1cn11• ('mpmc-.r e norm,111va do nrokanu~mo '
14 2 NOÇAO CLÁSSICA DOLO E CULPA COMO ELEMENTOS DA
CULPABILIDADE Porem, ant es dr.,;1r,; uh1m os, um dos responsá1e1s por aherJr a n~o do dolo
íor J-rank•, u q u.il nota <(llt". ao l.1do dl' aspectos ps1mlógtco-; 0 dolo d(ve ~ r obJrto
Jr um JtllZll valo rau,·o . que um.,1dcr Ia relevãn 13 da norm.1 1tdadedas mou"açoc;do
\ cona-pç:10 d~,,ca d o drl_ 11~, dccorn-ntc do JX1'1lh l!>m11-n,1tur,1l1~ta ,ln írnal suJtllO pa ra .,ua rcpro,a\ ão. 1 rcundrn1hal, por ,ua ,e:, 1rou,ra noçjoJerx,g,bih-
do ,tt ulo .\J.\ r 1111110 do '-t1 ulo XX. cunhou um ml1dclo tcoret11·0 r on!>..igradoco
J.aJe, ncrl'SCe ndo-a .1 íormul:iç.io d._. 1 rank Re<iuhado do neokJnU~mo fm p.1nan10,
"luzr,Bdm,:•R11JJ11 u,h". \ "on 11,21 1for re~pon,,1vcl pel,1 cl1mcnM10 cJ,, :1n11ruru id,J:: urn.t, 1,.10 p'>1colog11;0-n orm.111v.1da culp.1b1hdJdr
culp.1~1hdade, a pnmrtrafundamrnta_lmcmc mílucnr iad.1 pl'lo p,·nsa ml' ntu dr fhcnng.
lldmg , ~r ,ua, e:., cn ou a ca tegona autônoma da líprc tcladc cm l 90o cnlJUJnt Ot·n1m ainda do co n1e,10 neok.rnttsta \lo:ger enge um concrno "hil111do" do
Radbruch 1on1nbu1u ã ll'oria da ação. 0('"'-" modu, o modelo c la,,; ç UI\ ,d, J dolo, que e,taria co mpo, 10 l:tntn de elementos pstcológicoscomo ulorJll\·os O dolo.
10 rn1~0. seria comp~ to de ,omadl· prc\ tsão e con,,.:1cncu do 1111 nn. Ja a n1lp,1 con,ts
1110, t'ntrnd1do como mod1licaçào do mundo e,.:1crior pro"ocada pu1 um mo"llllrnro
mu....:ular r xtuno, com um aspcrto obJrtno e outro sub1c11 vo urra na pre\ l'> 1h1 hdacle. lia dr '>C nolar qur C5S.1 deali:açJ tra:. como consequlnoa a
1mpo,~1brlidade de pu n i,;-l o a 111ulo de dolo cm lupote,;r de austnc1.1 de consucncu
O dolo r a culpa, rn(jo, eram entendidos como un 1t-o.. e lcmcn 10., ela culpab1l1dJd( do 1lili10, a q11.tl, aderna i,. dnrna •,n atual
perfazendo Oll~Jl<'c-10.'>uh1t·111 o dodl'1110 Con,uh..uinc1avam -<;e no 1mn1l o fl'K'''"•
O Ptrl·el>cndo ,~,o - que conflagra c~paços de não pumb1lrdadc -, o ptnal1\ta
que unta agente a ação crimrno!>.I A,'lm, con,i'iiam cm rll'm cnto, a111111,n,, ruiu
1 elabora a t'hamada ltona <lo ~dolo pela .ondu\11odr 11da.. O cnmr, por ronscgu1111r,
Jpn..,,,upo,to era a mpu1ab1ltdadc do agente. E,-.a c·ra a essl'nua da iro, 111 p111,,/,,,;1111
tJ rn f>tlb1/1d<1d1· Dolo ,·onsu•-- · ~ 1 ~rta uma demon,1ra~"áo ,mtom.iuc-a de uma pcrsonahdJJc 111d1frrrn1r ou mr~mo
• · ir.,lanctava -se no qurr1·rwdo C\'t"ll ltl , e nq1 ~n10 .1 n:
rra o não qunn, com p,c, l\il>,1,dudt·~ contraria ao Dtre1to. l •, ,;a, is.1o anudrmotratrrn, coníormad11ra dr um D1rr110 Pmal
O 3\'llnço doS rsi udoS ,,,. d. . dt a111or l" nào dr um Dt rl' llo Pt•n.t l do íat~ repcn:uuu na s1stcmauca n:i:i 5u, scndo,
, .. nais mon,1rou . no t·n1:into. a d r írcr(·nri.t di·,,t· pr 11 '-1 80
mrm o ,\ntr,, dr tudo metod 1 t drpo1s, proíundamrnte e nl K'lld.1 pda doutnna pcrol
0
r 1emcnlos anrrnaco~ . • ,·ra ogrcamemc·,
n:lo ~ 1 a cqurp.ir.i~·ao de do lo t rulp,t rm1 11 -Ih 1nlll Por tudo isso, at:h•x·td:i, .1, cn uca, .10 nt"Okanti,m opor,ru rda11-r,mon\ 111log1
d 1 5USfeni.\r , rnexlst111clo um t·oncuto ,up.-rwr ,,ur 1' lO,
• Lvcmcomoa
_ 1
ncce,,1dadl•Jt· ,ufl<'l'll\ilO do, horror,-s naz,~ia, ' opcns;,men1opcna,
c,'>C" .l!,lronoccrnrdaculpahll 1d 3d A- cJ I lr\l
c·omo prn b1I1d d e 111 a, de ,e 11111,ir q ue ;1 .1prnn,.1,, • c ll1
•~• a r"naltz:wa o I1 d - , f tJ
nat UH•z.1 anamrca, p,1cológ1ca d rcc 1 ª\º C!>ua modaluJacJ,, inco rht'1rn1t' 1l1í '"'
p.ira lasir,·,ra rcprov 3 <>s e r mentos dolo ,·, ulp,1 n,10 p, rm,11,1 , 11,hgr tf,t\
• tJo. O1antrde taIs 111 ,l'ln
o neokanu,mo arnda J)l'rl"ep{óes, nova., 1d1'tdiz,t\Õt.',~urg11 1
• no 1n1c1u do se, ulo XX
--
294 1 OI RUTO PEN/\L P/\RfE G[RAL - VOLUMt 1 DOLO r CUI r.1 1 295
. . d • do dolo e da culpa, haveriam de ser rc.· i111rrpretad 0 _ ópíca de aná lise do elemento subjetivo na tipicidad ( f
mel um o-se as teorias d d d . n · s. o qu ~ d 0
çao l . . ' e con ormando em
ocorreu com a retomada do finalismo , o qua I, eca as epo1s, m u1u as dispos, 'ó t nscqu
éncia uma teon a norrnauva pura da culpabilidade) amb
'• .d d d ,
'
as comprccnsõcs
penais do Código Penal brasileiro, cm sua reforma da Parir Ge ra l cm t q 84e ~ es ,o t"r1arnentc assumi as es e então. Amda que se identifique hocl'
ajoíl ~ . . . d . . 1ernameme
111• de-ncia doutnnana e normauv1 zação do dolo-o que e· co •• . .
0111n tcn n1r:mo a pos1çao
• a finalis ta - as construções, no geral ao menos partem do
(1010 1og1c . . .. . . '. mesmo ponto de
. ,cmauco, isto e, de sua analise na up1c1dadc
14.4 FINALISMO: DOLO E CULPA NA AÇÃO vista SIS
1,1\·ã11 do autor, bem como su.1 anuência p.1r-a com<' per •go prndu zrd11. 11,·,\c, ,: ~onluclt-, d e Ca rraralO dolo
.l,1
r 1r;1 :.i 1 01111 • e a \'ontade d
este ulumo aspt·cto pt·rm,un:1 a dic.tm~-Ao rntu· clnl<l 1· <'trlp.1 lllad10 · 11 :titia doln,;;;1mcntl' o agente que f\lWc d rngida ao rrsulbdo
1 [l1rrn • · ,--, 5 u1n o ron f
,npi1rt,1• ~ 1n1cncio11almenll' no scn11do de prod uz1, Io.
[)t.'>" ~, ncra do rl"'iuhado
,
to ,la rfrrc,en 1<1ç,10, por sua vez ínsa O reco h
,\ 1rc11111 n tomento d d 1
14.6. DOLO E CULPA. DELIMITAÇÔfS E TRATAMENTO NO DIREITO 1 do rc.-;ultado r •
m outras
'
palavras ba ° o on,h1mplcs
PENAL BRASILEIRO ,o~ ~( 1cfl( 1•
, tJ rol\'
1t 1 ·
idrr;i-sc c,;tar diante de um crime doloso
• ~1•1 0 r1emento
<n
""o agentt• tem O
1
rnte ecu,o. Dtsu
I J
pro~hcl,.tindaquc nJoodese1c Cnadord- rl':'iu la ocomo
r 10 ,1u ~,satronza.,1 0 1o1,. 1- 1
o C.od,g1, rrnal hr.1,1k1r.1 n,10 fom,·ccu maiores ,ulh1d111, ,111 rr1tniit1•t• ,rJcpc11s arolhida por Í'r.1nku. Importa notar que por~•-
I
d on 1sz1 ,:ao
'-""- ponto e VI\IJ ruo hav
. • • tm
111a1a1.1 lk d<1lo 1· culp.1 Quan10 ao pnmc1ro. ,mgc 1,1m1·ntr l'q111p,1rou, , 1,111111
. l ,llorrs J,,un,,11 , entre dolo evcntua e culr.1consciente ' r-m
detalhl-.., dua, ml'•dahdadc-- dr dolo.1,101·, o ,fofo, 11.-t,1<' n n·r1111111I (a111go IR') d
,1 t • 1 Porfim,cleauHd_ ocom a1 cor1e1docon\cnt1mrnto• tamhé me tu mada deteonado
m,w,. ddinmdo r,'><' último dr m1xlo ob.,çu10 n 1 n111 .,-.,un\,ío dor r'-1.·o dr produp 13
J,-<'n11rnrnto, d1· Relang • haveria equrparaçao entre consentrr e qucrtr o rcsuhJdo
do r1-,.uhado. <om rdaçto à l'Ulpa, a drlini\-:10 kgal (an 18 mnso 11 ) .,1111 plt, m 0
ente 0,,sarte, 0 mero conhecrmento nao bastaria para a configuração do dolo, >(ndo prc
c-.cora ~ no-. conceuo,<.,cmplo, de ncghgcnc1.1. 1rnprudl'nr1.1 l' impc 11, 1,1 nào ~ cL,o qm· 0 ;igenrc denote uma a111ut..le dr anutncia para e.orna produ~odo f!',\uh.ido.
definindo Pou,,o, a lea nao e:1.prc,sa a c,..tncia da culpa' .
D1an1r drs~ quadro, rno,1ra :.e lumlamcntal ,1 amp.1ro da-, compre1·nsocs dou.
trinjna!, para fins dr uma correta arlica(':llo do D1re110 Penal 14 6 1.1. Elementos do dolo
O dolo ros.,ui d01s elem1•nto>, um rntclcctno, OULro vol111,-o O elemento mtrln
14.6 1 Dolo U\Od11dolo con-,1:,tc n.1 conscienda,ou conhrumentc de mil.J;:açãodo 11poobJl'll\o,
Es...acurbl rência dM.e ser a tual, 1stoé. estar prcsentcnomom,ntodacomlutn (açàouu
D,,lo to demento sub;eu,-o geral do, crimes, entendido ma1or11ar1amcntr,1 om1sslo). Ja oelem1·n10, oli11\·o,ignilicaa \Onudede reah.:.1ç:iododd110. ,\ ,ontade,
par11r do finalismo, corno wnS<1tnâa e ,ontadc dr realiz.1ção dos elemento, do upo mcond1cronada, de, e aba rcn r a com.luta. o resultado e o nexo cau,..il
obJr11,·o De acordo com \\'dzel 1,, dolo e a ,ontade de aç;1o o rien tada a rcalrzaçaodo
tipo de um dd110 A conscaéncaa repl'l'Senta o elemento intelec tivo do dolo, cnqu,mto
a vontade denota seu elemento ,·ol,u,o. 14.6.l .2. Espécies de dolo
O finahc;rnoemrndeodolocomodetentorde natureza p,kologara. l" o ,1gn1fie1 Dolo drrtto, ou dt:tcrmrnado, e aquele rm que o a1teme de-cp o rr5ultado de
que o dolo r natural, despojado de elementos normativo~. kslo ou de ~rigo ao bem jund1co tu triado rrb norma penal. Refenda noçãodrnota
0 acolhimento da teoria da vontade para o dolo direto 1denuíic:2do comª ideia de
,\re-:ar de pm,:.uir raizes na e11ea an,totelrta 1º e remontar ~ no\·õc, d1• 11111mll\
e Johl, eng1das cm Roma • o d cscn,o1,1men10 t1·orKo • do dolo e b,l\t,11111' 1.11 Jw, icz lllltnçdo, ou proposito.
quclnadoadenononrnod r- omc d ana ~ 1ere frnadoapl·na,no!>ét uloX I\ 1 ruto,I·"" ,,.,.. I"• do1II tventual ou mdirl'lo , t>gunda ffil>u
__. 3 1iu.t
., de de Joio· ,,gmlic-a a a,sunção
d
cvolu\':10, basicamente deco r., • l1 dl de produ\"ão do n•su.hadu dl· k,:l, ou de pcngo ao interesse penalmente prot1•;
• rrrm Ir= l1·ona., explr1·a11va, do dolo: a cl.1 vunt,ll ·, a
rcrrc~nta\'ào e a do c.onsenurnento. Tal e11 t. tiraçao p.1ra com o rcsu ta 0
rre-.~o traduz uma 1dl·1.1 d<· ,inutneaa, 1' 1º ·ac • da =lo
Prt\ ._1 \ ""âO dl' dolo e, rntua1rngi r
1 º• rorrm não dc,t•iado, pl'lo .1gcn1c • n..,,,
ló. "Arl IH-T>1t•sro, 11 m, ít1mrJ,I ,J~~w t'gislador brasileiro derorrr d,1 tl'OrJ,I dl1 con,entimcnto.
au11m111 0 ris<o Jc prod l ' ""' 1- Ju/o~o, I/UU11tl11 11 11Kt'lllr ,1u11 11 ,,.,.,111 ..,
Utl• o, Crnnr l u/p li / . / ,,.,-.1••
- , u p,11,11, 11111111<1,, 11 11,i,·ntr , • 11 ,' ,1,, ,,.
usu//aJn ,·- .,,. a, nrg11gfn<1a ou ""'
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17. BkAr-.D.\O, Clautlru. Cur,,, ,Ir • , 11 , ll IH.l U(' t•, 1 1 •
21 I IS,z "'1 ra, S.Cha,11,111 ::.ula. Uucno, un ,- \ 1xn.1hua , 1 r '
li! \\ fl /fl., IIJn, /)r,(Ch11 n.-nal c11 9 2, T, Franz von Jrnr,1clo ,lt .. , cit , fl 175
J Ó - r· •• •p J • 1'RANK
9. ARbl TH 1 '> [lll"a a Nic,,mJ<n Ira 1I F 1 11 <ll ,· ,~,,,,111 21 ,, • Rrtnhaf\L Sohrf 111 ., lll p 57
tsun Bani IIJ111u. l·J1pro, lll\l'l " 1 I JNG
' • Ernst. D1r Lchr,· ., lll , (l 11 1
· RAI _ VOI I \li' 1
298 1 OIRll 10 rH,Al: PARTí C,I .
00Lo r: Cll PA 1 299
•. --~ -.cgt1irH, ao sl' focar a u1 ~li11~·ào entre dolo e llaem ímponànc1aau11lizaçâodatécnicaL·,P••~ •r. d
Conforme se ana 1•~ara ' I •fi - . 11l'1ttua1 aw o~rul
. d • e5 irangcirn propõe<.: ass1 1caçao e11\'ersa qua r 1
p.il, vr,i~. evi tabi Jidade de rcsu I tados indcseJados. ' posa, comv151a5
culpa consc1cn1e a outnna d' 111 0 ~od I
c1ss1ve 1
. · o.. d oIO direto de primeiro grau, cio1o ire to de ~egundn <>" t U c cJ0 1o,
.d
nosegumtescnu 3
00
~ P , uc pese sua cltsseminação, não são poucas 35 dificuldad
eventual. [rn q wrnodos c ri mesculposos. cs dogmáticasc
r~tícas cm . . -
0 dolo direto de pri,m'IIO t'""" consisllna na vontade de rea lização do rcsuJLido P O rirne culposo e uma cnaçao da ordem Jurídica, inexisund r,
O dolo direto de scg,1111,.lo g,011, a seu 111rno, sena o co~hec1111cn10 d~ prnduç,io de 11111 f
. torais, con orme nota avares De acordo com O do . d ..,,igura cm
e 1· 2• o essa
resultado inevitável, embora n:\o clr.scJado, o que não impede o SUJ (' ll o dt ag11 . l'orf1n, crnios na . u1nna o,- o dcl11o
1 decorre de um processo de imputação que se escora na 1. •• d
o dolo even lua I conforma r-se-1a pela dcscon fia nr;a quanto ao rcsu ltacJ o, não querido ·ulposo . . .. rea 1zaçao e uma
. pe 1o agenl"~ Cuida-se de mais. adequada forma de analise do fcnõni•·,'no, a :ond u1a que exceda os li m •tes do r1Sco pcrmn1do e se veja assinalada como penalmente
mas aceito _ .
permitir uma melhor intcrprcLaçao e apl icar;ao da lei penal. releva ote em um 11po de delito.
Diversas teorias foram desenvolvidas para fundamentara natureza daculpa. ín1re
A intensidade do cio/o, ou ~eJa, a quan1idade de vontade c ri minosa n,lo pos.sui
qualquer conscctário na aplicação da pena. E\'iden~~men te, o dolo direto significa
maior comprometimento psicologico com o fato dchuvo do que o dolo eventual. No
essas, destaca-se 28a teoria do defeito . 1111elcc1ual,
. ( a teoria do vicio da vontade e a ieoria
finalista da ação • Para a primeira teona_ sccu1o ll.'\111) a culpa consisliria cm um
defeito intelectivo, fruto da fal ta de rcílexao do agente.Ja a teoria do Vicio da vontade,
--
entanto, 0 Jeg15!ador não fez qualquer distinção de tratamento, devendo ambas as
- de Carrara14, entendia a culpa como um problema volillvo, consbtcntc na omi%ào
-o. hipóteses receber a mesma resposta puni1i\·a.
voluntária em prever o previsível. Ambas as teorias, contudo, nào possuem maior ca
::,
acidade de rendimento. A teoria do defeiLo intelecuml porsuaobscuridadc.enquanto
"'
"'
1D 74.6.2.Culpo ~ teoria do vicio da vontade po r sua msu6cicncia, não se exphc:mdo aculpa consciente
~- 1 Até esse momento, incl usive, hã de se notar que na doutrina penal, cm termos
O instituto da culpa possui ratzes no direito romano (" Le.x Aquilitt"), mas so-
categoriais, prevalecia a compreensão de que dolo e culpa pertenciam à culpab1lida•
mente mais tarde, por meio de "Senatus Consultus", foi recepcionado pela repressão de, sendo a tipicidade exclusivamente objetiva. Dolo e culpasenam os componcnles
puni úva. A populanzação da construção dogmática dos dei itos culposos, no entanto,
psicológicos que ligariam o a utor ao resul tado.
é recente. A catcgoria culposa tem sua razão de ser em espaços sociais nos quais.sr
exige a observância de deveres objetivos de cuidado, tal como se nota cm rclaç:io a Com o finalismo de Welzel, no entanto, a doutrina abandonou est35 úlumas
. . o da cu1pa enquan10 reprovação dos meios. esco-
concepçõcs escorando-se o 1dean .
produç.ào industrial ou ao Lrãnsito, fenômenos caractenslicos, de forma crcsccn1r, • . onsensoquantoa loca t!llç.to
1
nos séculos XIX e XX. No sistema do direito natural, e.g., relevante era apenas o crime lhidos. Ainda foi-se verificando pau la lmamente certo e .
• . . dO fi 1 0 ambosdevenamestar
doloso, atribuindo-se a figura culposa o papel de quase dclictum, ao q ual se conunava estnlluraldodoloedaculpa. Comoconsequencia ma tsdm · _ bJetivadotipo
. d . . . . d d odo uma imensao su
uma poena cxtraordinaria'5. sed1a os na 11p1c1dade. aperfe1çoan o. esse m ' d . . emodc 1eonas
de .Injusto.
. h . o como esemo111m
Importante ressaltar que oJe, mesm funnonalismo sis-
A primeira codificação penal brasileira, de 1830, não previu a punição 3 11tulo . li · • 1· 1 lOgico de Roxin ou o
(>Os- mahstas, corno, o funciona ismo te eo .d . e·LrULural quanto à
de culpa, estabelecendo seu an. 3º que "não havera criminoso, ou ddit11/t1C1tll C, 1' 111 ,. . . esma I ea11zaçao ~
km1co deJakobs. a doutrina penal mantem ª m
má-fé, isto é, sem conhecimento do mal, e intenção de O praticar". fato que subsislltl ait
posição do dolo e da culpa. d ompreendido
a edição da Lei 2.033, de 20 de setembro de 1870, quando passou a existir a prc,·•~0 . . b· -se queo dolo po eserc
de crimes culposos no Pais. Em hnhas gerais, como refendo. o serva . . . nçãodc praticar o com·
Nos d.ias atuais,
. perante a complexidade
. . . t 1li 5uL·1ccfadc como a vontade de realização de um fim ilicno, 1510 e, na mte . consub,,tancia•~e
e carac terísticas ms1tas .. . . A con<luta dolosa, assim,
P0 rtamento descrito no tipo ob1euvo. ... )
d (elemcnto\'ohti, o
d o risco,
· h • ·
com cun o econom1co, onde promanam técnicas expa ns ion1s1,1•. pcnill>, naqueIadotada de conhecimento (elemento cognt1ivo) e vonta e
r d d o· . p
con,orma oras eum 1retlo enaleProcessual Penal "mdxim ve r iJ{omw • · " o~drlilO g,
1 1 d d d · bs . . . r 111 011tr
cu posos, ao a o os e perigo a Lrato e omtssivos, recebe m clesrnqu, •
~
. TAVARES, Juarcz. Tc:oria do..., eh , p. 3
2
l; TAVARES,Juarez. Teoria do..., cit., P· 3.
24 Item· 1'I 7". 8 183
29· RANDAO, Cláudio. Curso de..., cu , p. l82·
25 lAVARES, Juarcz. Teoria do crime culposo. Rio de Janeiro: Lumen Ju ris, 2009 P 9 · CARRARA, Francesco. Programa dei.. .• cit, P· 80·
li - VO I UMF 1
DIRrlTO rl•NAI r ARl I· (,LRI .
300 1
llOI.OF.clJLPh 1 )OJ
. d cJc~cn r ~o t'ontida no 11po lcg:tl ele dt lllo. Alia~. <'~s;, c culposoé u ma iníraçao penalcngicla
de concreuzar LO a a ·' ,, -d d b· e <1 t o cnrn . aparn rclcumet
. . li ar a coníormidadc cnu c up1c1 a e o 1n1va t' sub 0ral meoo r desvalo r de açao e e.nad o de manei ra
cxeepc,onal
Ctntntonor111auv
o.
tcnsuca que permue a irm · . Jc11v,
pos,ut natureza d,vr rsa. 1 la pode ~<·r_cntend,d- ,ofll _ utadas a ati vidades coleuvas harmoni d . • por conta de nece,;s,
v,nc • za o a cnterio 3 . ··
.
A cu 1pa, no entan 10 ,
d d
- d . 'd
obJ.Cli\'o dccu1dado, de an1 r ocom a, cahzaçao dc ~
a c111ll
01
dJdl!5 seu sopesamento, quernos processosdecri . • sg ran11stas . Oe-;~a
violação e um cvcr t ng1"<h•, cil'll, 1· - mina1tzaçao pn .
. do scculo >.,\. Por co11srg u111tc, e con ormc \ Vcl.i:cl12 1113° . h penal , quer na ap 1caçao concreta da l~i mana,aoseclegcr
íorm u1ada nos anos 30- . • . , o ri 1rnrn o ~ nos processos
~'·_ -dado analitico. Nesse contexto parcceden la serundarios, hádc
almejado pcla condurn culpos.1 é, no m;11s das vezes, pena1me n tc trr('levantt· rctJ1ndlif 'Jar cu1 • . ' o rexcelenie · h
·cJ de obrc o agcntcdev1do ao rci.ul1adocausudoporu111 ucxu•n o ,n..c . d imputação o bJellva ao se dcscanarsituaçõA• camin ocor~livo
a rcsponsa b1 l, a s d . ia Iidud -ona ª "'em que nao h · ( •
ou uso os meios que o hjc11vara,n ,ic proibidos. irrazoàveis nas relaçõestntersub . ao per az1men10
d e seu comPortamcnl o, derivada d;i ~colha 1
d . _ _ aquele
' de riscos jC11vas.
fim indiferente Conforme R11a~cJunior1 •o rcsu 1la <), no rr1mc culposo, e o lirn11cda Demais disso. ressalte-se a neccssana maior refiex· . .
relevâncra pcn;il da açiio descu,dnda.
. ao quanto à d1sun~iio cnLre
cntual e culpa co nsciente, um <los problemas prali .
do 1o eV . cose teoncos mais !>é rios
Desde j:i se observa que a culpo é u~a excepdonal forma de pun1çào, lendo a ·•neta penaL São demastado comuns na rcahdad~ brastl - .
da c1c _ . eira casos em que por
teoria do crime se engído a partir do paradigma do cnme doloso de ação. Uma melh exc mp •
lo moton_stas e mbriagados
.
que causam
.
morte de ter•·c·iros
•
.
sao presos em a
n
compreensão do ins 1í1u10, nàoobstante,sc dá com a anaT1se de seu traçado dogmáuco or
grnntc pela políc ia o~ ~ostenor1:1en1e cm:ammbadosao Julgamento pelo Iribunal do
COllJUnlO. Júri pela suposta prauca _de dehto de hom1c1d10 doloso, por suposto dolo eventual.
Culpa é a rnobscrvãnci;i do dever objetivo de cuidado man iíestado nu ma condui. como se a simples emb~a~uez ao volante ou a conduçáo de automóvel de grande
• capacidade motora. po r s1 sos, desconfigurassem a culpa, representando, no primeiro
produtora de um resultado não quendo, mas objetivamen te previs íve l. O con teúdo
estrutural do tipo de injusto culposo é diferente do tipo de injus to do loso. Neste úhi- caso. actio libera 111 causa.
rno,i< punida a conduta dirigida a um lim 1licito, enquan to no injusto culposo pu ne-se Apesar da importância fundamental a doutrina ainda apresenta significativm;
a conduta mal dirigida. normalmente destinada a um fim penalmente irrclc,•ante.O divergências na apreensão da corr111a <lelimicaçãodos instituto), ha,·e.ndo de tempos a
núdco do tipo de rnJusto nos delitos culposos consiste na divergência entre a a~o esta parte uma expressiva tendência de normauvizaçãoanaliúca,admiúndo-sc não ser
eíelivamente praucada ea que devia realmente ter sido realizada. Noscrimcsculposos. odolo um dado psicológico, porém o resultado de um processo de atribuição. Por outro
segundo Cerezo Mi r 14• o fim perseguido pelo agente é irre l.eva nte para o Li po, mas n:io lado, nossa legislação em nada auxilia o mterpretc. sendo a formula da assunçao do
os meios escolhidos, ou a sua forma de utüizaçào. risco, ademais, consoa nte P uppt:17, carente de qualquersencido psicológico empírico
O sistema da dogmática do delito é uma construção valo ra ti va, ori entada teleo-
logicamenu:n. Isso ganha destaque em termos de cnmes culposos, uma vez que seu
senudo não pode se escorar, conforme as caractensticas d e um Estado Dcmocr.ltko 14.6.2.1. Requisitos do culpa
de Direito em simples natureza de ordem conformadora d e ate ndimentos a cuidados O injusto culposo apresenta como req111sitos, também chamados dtmrntos da
d_e~i_d ~s, as_sumindo-se necessariamente, idoneidade e s ignificação na proteção sub- culpa: a) violação do dever objetivo de cuidado, b) resultado: e) nexo causal e d)
s1d1ana de interesses sociais fundamentais.
previsibilidade.
Confonne o ideár io de violação do <le\'t'T objetivo de cuidaclo ",dencia-sc O dc:1-
3o. DIAS.Joi.é de figueiredo. Direito p,-nul: parte geral São Paulo· Rcv1s1a cios Trih1111,il,, !L'l.17
l'll1 . . · d ·eru hádesc tercwda o.
1 1 p. 379. . . . ernormativodaculpa devcn<lo-sepcrqum r porqua,s e, . d 1
Ro · Ili ' · · as de auv1da e estala ,
31. Apud ROXIN. Claus. Du~th,i prnal... , cu . p. 997 _ _xtn destaca as regras j1.1rtdicas não penais, regras tecmc r ··ofaç<10 ,!<>
Pnvad d0 omum Dessa omu, 11
32. \1/EI.ZEL Hans. Derech" prnu/ .. , ci1., p 182_186 ·'- ª• e esportivas, bem como regra:, senso e · . ·d· _ socioculturab
33 REALEJUNIOR Migu~I 1 1 r rtnlt• =rr ob~fltvo
· · dr cuidado significa o desresper·to ,e •= rcgm5 -1un 1cas.
2012. p. 232.
•· n1t tu1çóes dr d1rr1111 pmul: pane gerol Riu de Jnndro: n
34. CEREZO MIR José D h /· I lll'J7
p. 554 • erre "prna · pane general. São Paulo: Revis!~ dos 1 rih 11011 '• • ~ lb Tirlnl Lo Sbnch, !OIS.
.\VARES, Juan:z. Fundamentos de l('orio do delito. flonlnop<' ·
35. BECltARA, Ana Elisa Ube 5·1 ,, s,1l11t ,~ Jl. 373 e 55
1 ra 1or~ 1 va. Valo,, norma r iniusto 11e11ul: considenw•lc. 1111,
e emcntos nonnat,vos do lipo 1 1 . . , 1 11t111n 37 l'lJl'PE .
D'Plácido, 2018 -p. 35 e ss. °
>Jet vo no dtrc110 penal co111c111po1~nco. llc '' lH ROXt • lngcborg. A dislmçdo.., cll., p. 37
N, Claus. Duccho penal.... c11 ., p 999 e 55·
U L \'011 'MI 1
30.! 1 OIRH JO M SAL PARTE C,l
llOt.o f e1.11.\ 101
dnl'lll '<'I ,,·,1tu1d,1, pJr,1 h ns 1.k ' <' nuur 05 ,c,n lk .irtc, pr ní1,.,,11, 011 nftuo, po r ,111,{' d
t d.1 c,~m:nc1.1 comum - qur Jltri,~ o rxr.rt I nc1a e conhcumcni
Jcn\'aJ~ de uma con uta d l• " r·"' ~,
ci ,,r.
~,e u lt mlll l ,t'io . cxcmp o e 1l.1do com O ,n,ltví<l .
un que nao .,.~ d l
o ou t :-t(lt-
I" Jthi,nulp<l'<' um ,c,11/1<1clo 11,llttr J l1, 11n1 Hl\nl . rit"' 1 1 fl 1 (' llf(IJCl,1 u m,l l a S,l , ( JUI' vem a e ur 11d0 r~r, ... \UI IJI OntJ
ª'" "·
C:\lgt ~. d J t 10< < .
.... <'l>Jcll\:a d<' Jnn de n11d,1do Por , on.,cgu1111c in,~,r
, lllll;ir,o drt "gtri " • ' • ' o lllor·1dor
dcrorrcntt da , ·101.a1110 r 5( ~ l insJtU,ll'i, IH>l'IH,1nto, no1a-o;ec.1da vczma, d
1, / 1f ,1
. .
,f1011r.1,, ulp<h,1,, .1,,1u,ll',
.
llC<<',,,111,H nrn, ., NoS' 'ºª 113 n onodau11hzaçã d
tnn., e 1ur1-,pr11dr.nu.1 tnclus,vr O ( ó<l ,. ° °'
d()'i ,crnws p1·l.1 dvu
1 1
anah-.;irarraçdo,(<au.,, 1 1' 11 11 • " r ..,.Odt 11:0 1( n.,1M t!H.tr ,·m
d,1110 ou Jt• ~rig,, COOCl'l'h' eJIJ
~uarugo ·
n HH ,,o 1 • a astou -o;e e 1.11~cxprr,;5-0es
141 Í d ' •
C,.omo con ,eClan(l lõaicodo<'\Jll'-10,
,.. r,·,-..ilt<' ,t· Cllll' n,10 ,1· ad111111• imn, \, o JlOr
1
tc111a1n a cm ("n.mt culnt"" , " • hem romo n,kl ,1· p,)(h rog11.1r dt• e011111r11,111110 .l,·<ul/'Q\
"
.,e.ttu - •rt --e ma,, de um a'1,entr, ontnbu,u pJr.1 u m t·, t·nto l1·\1vo reqprn.-..
•lt 1mo~"-·• .,.u_ 14 6.2.3. Espécies de culpo
como cm um andtntt de tran,110 no 4u,1l um motom,ta ult rapa.,,a Cl "nal ,·rrmcJhot
l:m ttrmos dogma u cos, adr ma1s, lumprc d1sttngu1r culpa cun5eicnti- l' m,ons
outr<1-..c r0<,1ntta na n1ntr,1mao Jr dm.'\,IO, \'indo ;1mbo, a cohd1r, íermdo .,.. -. a~
citnlt, 0 que impacta na doo;1mctn.1 d., p<'na \ culpu ronsci<nlt", 011 com prnts.'\n,
qual respondr autonomamrntr p.1r "t'U dd110,
con,i,ie n.1 s11uação c m qu<' o agen te prtvê a po,!>1b1hdJdt do r~uhado dano,o,
f'or lim, p.ira car.inenzarao do tnJU~to culpo~o, ncçcs•,.1r1,1 a (lll'l1is1/111id,,dtob- mJS,apcSJr da ml ra\·ão do uever de l u1dado, acred11a,,1 na 5u;i não o..orrénclJ eulro
Jrtiva do u_,ultado para o ngentr, ,;cm o qur não 5l' pode 1·og11a r dr c.:ulpa Prn1s,bdi- ilU'OIU(ltnlr, ou ~1·m pn·v1,,H1, ao rrvés, consiste n.1 ~nuaçao em que o agtnlc stqucr
"O • dadr ~•gntlil'a po,.,1h1ltdadr dr prognose do r~,uh.1do lf'>1vo no caso l'Ont reto. N.lo t prc,,ta po~,ih1lidadr do rc..,ult.1dn dano,o, o qual nasnUJ~áoconcrcta,rra pre, ist\'d
:> s111õn1mo dr prn,...io t"Íeu,-a, ma,. dt Lhan<<' dr su.1 o<·orrrnl ,a
11'1
11'1 bsa d1s1mçào, ade m.tis, engendra J ncccss1dade de 1denulicaçüo do traç(l d,lc-
1G rtntlll entre dolo evrntual e culpa con,;c.:iente Cu,da-<;edc umadasqucs1ocsprll11c.i-
~4
m.a1,complexas da dogmàlica prnal , vi!,toque conforme t.g 'lucc1'1,t tenuca hnha
14.6.2 2. Modofldodes de culpo
di11'iÕna entre a 1·ulpa ron,;c1entc e<' dolo eHnt1.1.1l, dependendo a ..aluçiio do caso
O cara ter normau, oda culpa potenl'ializa !>Ua anali"'C po r part e da t1•on,1<l., 1m concreto. \'l'Z qut• {: 1nv1a\'cl pcrquinr a m•·ntt· do .1gen1e
putaçto objtll\11 !:>e, nod1urdt· &clura10,a 1mpulllção obJell\'a cons1, te, JJ prn<,cm
um 1mportan1e mc1-am~mo de valnra\•áo pohlKo n1minal. co mprccnd1d,1na espinha
dorsal do in;us10 pt·nal a 1de1a d1· rulpa rnquanto <ria\•ào de um n ,co 1und1< Jmcn1t
dl."Sapro\'ado, não tolerado '-Ol1alme111e, r sua n·ahza~.10 no resu ltado dano,u drnou 14 7. OS LIMITES DO DO LO EVENTUAL f DA CULPA CONSCIENTE
um apro,,·1tamrnto~n,1~rl d,·~sa teorização em 111a11·na de r nme-, rulpthO~.
Ap<·,ar disc;o, <jUanto aos nunes culposos, o intérprete b r.1,1k1ro pu,,u1 p.utOS A di,tinção entre dolo evenlwl e culp.1 con""tcntc po--.,u1 forte rckvo roncrcto na
parame1ro,lr 0 1slat1vo, trndoal L .. I ·d · •r •J- lon1 cmporane1dadc.
• mor m e me em ca-,o, ue., 1r.1n,110,
• co mJr,tanucpara,11u.1çõe,dc
..,
,. • e.i t'!>lauc ec1 o os conc.:ettos-ext·m plo,, 1,1 , up,: · uu:,
rm outro, pa,-.c~. dt· •mprudt•nua nf'gltgfnda e impcnoJ. d1,11u1·a.,au1omob1hslll'a..,
•· . . . 1
ou rmhnaguc;: .11n o ante e mqu·adHmamortr<lcakutm
e '
lmp,udincw ou 1111prt" ,,. · . , o<1 ~- 1 ·J
·><> b •nOuxo midiáuco na con1emp.>rnnc1u.- l', ad cm;u, , prom.mam ca-,o, de co-
' n,..o auva, é a conduta prrc1p11.1d a, s,•rn p1n·,uu;.u ·
afo11a,como,r,: ,omo1ori\ta<.o ., • I l . Jadt, mu.,;10 publica nos qu·lb ,oba ban<lem1lle -e •t'l tlllí '"Jl"ll(ll~w cm uma M,trdm:lttca
lluuz1ndtu oau1orn111orrrn 1·xu•.,,odl•\ c 0 <•
atropt'lando o 1x·dt·,tre N,·11/ · 1 1tadt lrg1,fai· ' • ·• ' d maucnnrnal,tratan omu1
l\1iqucdariaazoa -i1111•11ni,/a1/c,w, l~"crtc•-.c,1 l)~
. ,, igniciu ou unprcvisao p,1<;.,iv.1, por ~u.1, t'Z, t' •1 ' 1 ,.. •
a1cn\áo devida, nu dt· cautela n • • u1n:1 la\,• _ R r. d , bandrira,comum1 ntr
. oagirco1110,\K,,0111rdicon,1or'>h' t1l1 w1°•'1 r- rze,comose dolo~,., k,.,__-.cm conduia,c ul p0"'1' e n, ª
mcn10 l irurg1co, vindo a lllÍl-l·c, . . . , . f ,lia dt
onar o P'-'Clt'lllt l'or f1111 111111n 11111 , 1~111h 1 -1 ·
preparo para a CXC'lU~ào de- um •f· . ' • I • udJ~
ª tarr ª qur o exige, 1~10 é, a i11~ultn1·111 t,l l l •111
➔1 •Ã - -
--- ,, li Oi:-~ e• , nm,·· 1•••11/ - rnlf'l'"'• quando o agl'IIU, n:,
d ando dt Cfflprr(flr a caul<W
u1rll{4o• (JII d1hgc'nn,1 ,11J1,w1ra. ou ,,prchl f, li qur r ' tcn u "~"):ª"''
J;J(r da, (im,n,riln1u"
I1~1na
I a--~-....,,,m,rnilil"'llol
(Ili
39 Vl\'l~,\'ldóN lorna,s.ih11Jor lu,ida t:111•J 'Jt" """P"Ih O rrw,ltado que roJía p1c"\<'I tlU , r'"''"'1,1-1, '-r·
(l~
J .. ~.... t"\U,,.... ,M•- ,-
rrchos conMnu, oonJ!r, VJJtnr . . 11lrn1()) dtl sls1t mu 1,, na/ .1u wn s 11-:111h
-W. IIECIIARA AIU F.lr•• I 1...
1
" ltrani l.o 81.inch, 1001 p l-14,
i.2 Ntqur P<idnaa nltd-111 (... (." R,,,Jd 3 ne1ro forrn.c,
lll e. · J J . •mal n.1rtt t<r.11
• - h><fJl01<· S1J,. \' /
a !I ill, l'IOrm..i ... CÍI • p HN. .2o , •utlhcrmc 1k <.,1u2.1 Cu"" r '""'' ('< ~~
111 p "07.
J().l I lllRUTO ri ~u l'\R'JI C.l NI\I
Vl)I I \U 1
Doto l QJlpA 1 30 >
~ o <b q~tão. Pa rtt' o proÍC<.,;cir dC' Mur11qu d out rrna mrnor11.ina, como, tntre nós n.
ITK'\.JOlt' para a comprren (" t tr~
fiT.ti
r,r11 1l mc prctcrd o Ioso d rícnna dr cn~' udt11<.ourt"'
! li · com '--- ··
~cmau1or~
dro, 1'11mtiramt"nte• .,.,..t
..,.,1 -c1mag11ur li ,1IU,IÇ1IO l'ITI ljll C' li a ~t' ll ll" d,-..,.,a
=- .
na ·- Ít'ila O dolo com cu nho tH·n 11t.1I a,sumc , Iara d 1m1·n'i,to nor,,
atribwçio. ou scp. há de -.cr capu de atnburr ao a,1:.cn1 ,; · o seu plano dr
z:l\'2O ,mera! O dolo e'.' eniual, entlo, rnl sc p('rfaz.n l ,1,,1 o -.111 1• 11 11 tcn ha '-l'
m,,~,
1<•~,g: JA Q. CEGUEIRA DELIBERADA
cm mduir um mmt cm ..cu plano de :l\,tO. A• ulp;i conx 11c 1 te ao rr,,·,. t" a rll,
dodcl11o dc;,scdcqdt rato. Por L-.SO, Pup~ ' rc ......:iltao caral('r Ollm1a11vo-a1nbu1n do fm ~i:dc: jurts prudcnetal -ameia que de modo basunte bmnado- 005 ulumos
d o lo ,nos. alguma-. dec1,;õcs brasileiras tfm se escorado ru ch.:11t1.1da doutrina da •criuriri,
E ;;c cunho normau, o fn..;aJo quanto ao dolo. t•m c t·rt,1 m edrd.1 , aproxun~ cb
,!dibcra.1.:i", enquanto suposta catrgona complcmcnura ambuiµosubjc-tl\.i dt rr.-
Poº~b,hdadc p('nal. ao lado de dolo dnno, dolo nouual, culpa
culpa rm 1rrmosdo1:1TU1t1ro,., ,mahzando pela ronfinna1;ao da, p.11.1, r,c.de llec
qmndoa:,)(\c:nqur ·ocanunhardoD,rcrtoPcnal deu ,,nlcJo, ma grnrluti\'11 ,c,un,lu'/111 Auprrs<.lo sena, a pn nc1p10,a traduçaoao vemaculo do 1ns111uro anglo-sax6nico
wfrmdo tk moumnuo perulular; no sentido tk funalrnmaito da , ui," ,1. . nmmat, • -.ilffwblinJnc~\, construçao de on~em Jun,prudenuJ qi.c tr2du:as111uçlotmque.
bas1e2mrntr., o agente e r~pons;ib1hudo penalmcntt por ;;e colocar dchbrratb.mcntc
nns11uaçio de ignorâncr.a para e,·1tar o conhec1men1odr uim pr.mca dd11J\a, como
14 8 oumos ASPECTOS DOGMÁTICOS DO TEMA PRETERDOLO. mtto de assegurar a ~ua não pumçào
ERRO E CULPA MPRÕPl?IA ~na algo como, grosso modo. a conduu dr um ~e-;tru:. qur procura propo,1•
udimcnte não saber o que~ pa.,,:,.a a ,ua ,oha em s11ulÇÕt"S du\'1dos;5. õ-'.Ondcndo
OtemadosclrmrntossubJt"Lila5doupodcnundaamdaatcn( .í, a ,u1ra,qu a cabeça, como no exemplo do agentr que acnu porek\-ado ,ator tran<portar um
dogmauc.as com S1gndicat1\"a rrperctbsJo pratica, todos a a fe tar a al nr~,io d,1 Joio P3cotc sc.m perqu1nr -.ob re -.eu conteudo. ao fim re,elado peb!. nutondadc:s como
Cuidam•!>t' das snuações de prrurdolo, erro e culpa imprórrra. drog15 ilici t.as. Perceha -..e q ue a rtOl,'30 procura e,U!xkccr b.ili:as purull\ 2'.- quando
d l:pos5htl\enficu-umupopenalS1multancamentedoloso, ( 1.J .0-,.1 Trai ruo~ con~gue dem on-,trar plenamentt .1 mtençio cnnun°'1 do a~r.nte
oscnrnoagrtnadospdo,rsulladoou prr1uintrncionai),l'm que patcda tia n1111.lut.1t O rn,tituto ~monta a d t"Cl'-ÕC' do <.ec :\1\ na Inglaterra t no-, tSllld t:mdas
u~pu taJa aoagentea lltulodolosotoutraa título culposo. :,ãot rim,·,t u1 "rcsul <ÜAmrncan O primeiro prt\.edcnte conhl'c1do dJt2 de L 1 no aso Rau:M ,enus
, ao a1tm d.a mtr-n""o do 3 p . SI , de mrtais ío1 acu..ado de
~ gentr reterdolo51gnrfica "albn J0Jol11" p..1r co11...·gum1t tq,. Na oponun1dade. \\'ilham :-kep, um ~omeruante ·
em ia,.,
cnmcs, o rt"Sllludo cxt 1 ' d
rapo aodolodoagt"ntcº 7• J·mbll'ma11c.1h 1p111,...c e
2n,,,.
-roupnaç.10 de bens publico, por ter entregue P em ..,312
b:Jmue ,m IU\10 tner...2I1te
catrgorra ta leslo corporal da d i,i;
_., scgu, e monrl"', em que há d o lo nas Jr..()cS corro
amecnirntes e culpa na mortr consequente
69 -8 - - - 1 . Paulo ~-a.".a.. .!016 "l P- >-'-'
ITE" COURT Caar Rohcrto r,aiaaodctlirnropcna
- -
65 l'Ul'rt . lngd,or,: A d1s11,,,1Jo
70 p111 • .,._,. m ca"'tulo propno
complcxldJdc, o tema do erro sc:rá a = º e
)lia r
Oó
'"' •ª' ,
BE:C.HARA, Aiu f:11~ Libenatorc Sih~ \lllo
fl 23 ~ i~ 71
72
An,go 23, puagralo unico, do <.óJ1go Pen.li
67 BRANDAO. C:Uudto <.urso dr . ~ II01ma , CII p 39 1] An,go 20 Jo Código renal . nd wdlful 61•~ Thc l
~ , 01 , p IN t.1A1tcu._, Jon.athan l Modd Puul Cooc ~ton ! O!tl) a ® ' RaffiOn lJI ,pioranaa
An 129, § )º, do Código Penal i 14111
~,. JourflG.I vol 10-i - n ~ 19'13 p 2233 e~-• R.Jt,C,\;f' '
1 "' 1
IJlll o agour não qMIS II rl'lllluufo • qtlt' tu "sr t l'llllla mn11r r as nuunst4Jl;WS "
• nem assunuu o I Í.i<o .Jr Jn"Ju ;z:1./11" •bcrada ~ dcr« , ; ~I. & ~lona a1d1cr. 2007, P 65 e'-'
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po,11al. C1111M1t'lllc, 1nipr..Jrn1r"" nrr,l,r,rnrr. conjormr a Ir, I"'"ª nig11 ,m11 rdac,1,1 ., C<IIW
1m1.11iva de ampliar a repre~~o penal "ub,enenJo os 1nstllUl0' de leona (,eral do
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