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TRIBUNAi!

>

MAIOR
RESPALDO

LUCIANO ÁNDERSON DE SOUZA

PARTE G E RA t:
DE ACORDO COM:
• Súmulas e decisões recentes do STF e STJ
• Lei 14.071/2020 (Alterações no CTB)
• Lei 13.964/2019 (Lei Anticrime)
• Lei 13.869/2019 (Abuso de autoridade)

DESTAQUE DA EDIÇÃO:

• Vi sual Law \ <) 1 l \ 1l·.


'

Rio· 1,1.1 . c·onsidl'rac,ncs inic i,1is _ 1,1 2 N - •


' L,\ 1 · • • 0<,,10 < 1,1ss11 ,. dr 1
11 ,010 , da < ufp,1b1l1d.1cl1• - l •1. i. Nr>< Jo llt'rx I ' ' · 1 o 1' r:ulpa como
, cnit . ·-. c1ss1cc1 cfolo e r 1 . .
4
1 • •
4 I ,nal,~n,o: dolo e• cu lp,1 11.1 ,tç,10 _ 1-l ,., p . r·
.:,, os. 1nc1 1ismo·
. u P•• e ,11oolog1.i
-. ~
_
.i lo 14 h. [)olo e culp,1: dt•limit,1ç,x•s 1, lrat 10?,t• . · norm,11tv,.,aç,10 cfo
,~\, 6 1 Dolo, l •1.6. 1. 1. r len1<>ntos do dolo· l •I '"' f, 1
nonof>1re1toí'I' Ih ras, 1e1ro:
1 6 12 . . na
"· · . .
14 6 , 1 Rl"'u1,1to, d,t culpa, 1-1.6.2 .2 Moei ,1 1·,1 ' • · ·d,· •P<-'f.
d •es e1e dolo- 14 ·('·2· <ulpa:
· ··' · -, " '1 e eu p,1 · 14 6 2 1 Es · l
Culpa - 14 · O, limites do dolo t•ventual e d,1 culi> 1 cc,nsc 1 ' · · · · pec,es <e•
. do tem,1: prt•terdolo. <'110 e< ulp,1 inii>rór>ria
d<,.,01,itico, • ic·n11' <J 1( ·1.8. <>utros as. pectos
·r 14 • <'gu1•1ra dcl1fwrada.

14.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Olipodc injusto pun1vel biparte-se cm tipo ob1c1ívoe típosubJcu, o O 11poobjrtivo


descreve os elementos e~Leriorcs que parLicular1za1n e limitam o <.ontcudo da proib1-
çào penal. prevendo o comportamento vedado e, de modo mais ou mcno~ completo,
adepender da previsão legis lati va, o objeto da conduta, os '>UJetto. . atiYo t pa. . . . , ,, a~
formase me1osdeexecução, o resu ltado naturalrsucoea relação dela s1I l .1 tL ,L:ltre
outros.,\ tipicidade obJC Liva, não obstante, conforrna-sc pela -.ub1rt1, a, o -.e 1, o tipo
objrtiro denota-se como o rcfcrenc1al fatico sobre o 4u,1I 111r1clc a \'OntacJe <l1rigcntc
da conduta do agente.
O tipo subjetivo volta .,e ao vinculo JJsicológico do agente ron1 rcla,;üo :tl' t·on1-
portamcn10 dcliuvo. r le e rn tcgrado por un1 clen1en10 geral. 1-.to é, o dolo, c, por Vl'Zl'!->,
de elementos cspcc.íat\ , ou ac1dcntab, Un1 clc,ncnto ,11l>1c1tvo c,pc< ia/ do tipo rrprl'~:'':ª
,urne:,pecial fim de agir. É O que ,1cloutr1na trad1t.1on,1I tlenon1ín,1,.1 ·dc,lt>r,pecífic<> ·
tnguagern atualmente en1 dei,uso.
. De rnocJo rx1raord1- nár 10 , un1 Ltpo pcn,1 1 po(1e 11 .•1º 11 os-.u1r · ti110 subjcttvo,
hipótese cm qu<.· esse é neccss.111an1cntc subi,111u1Clo por uin t'lt·nicnto norn,auvo,
representado pela culpa. l:1n Iais !-ii t u,1çoes, r prec1-.o qur haJa prt·, ísao ll'gal cxprc..,sa,
consoa nte o principio da exccpcio11,1lidac 1e e1o cr.·1111<•.t:ll lpt ,so • 1nsculp1do,
· no raso
bras1lciro, no art. J8 par.igrafo único , U<) Ccldigo Penal: •·,alvoº" CCI'-º' e,x,,,_c,,o,
dr,n le '· 11111
• gué1n pode se,
' /Jtln iclo />c>rfatc> /JI cv,.,to cc>nio e, r,nc•• 5t·não quc1nclc> o 1nat1cc1
olosa1ne11te".
2CJl I fllRI ll<HI '- AI ll\R JI C,I RAI \\11 l MI 1

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oh,rr I llt que <l,, r1 t11r<; ,1h~1, ,lla1111 nir Jlrc,,\,
n .i,,k1,o, (clcmc11111 su hft' ll\ o rmplr 1 ri o) • .<, ,t \"11 e .°'tfll
no,~ 1fjtlS 1,H, ,10 ''-• pr~,umn
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1 14 3 NOÇAO NEOCLÁSSICA: DOLO E CULPA EAXIOLOGIA
o 11·g1s1,,,Jor rr1.1n lr..,~
-••rn••nf('
~ dtdar(' sua flUlll\'ílO a 1111110 d,• nalpa 1 ~
, rrren lo r1u.an10 ao llfX' ,11hJ1't l\·11 ,1 b11· to ,k an 11,,, d , <'~cr \ v.ifcH.u;.,o e n co mplt·mcn1.1,;ao do ncokanu,mo ao
.-.com ., 1 llcl,tprr , ) ( ' positivr,mn (nau lrndo
perp,1.S'-l por ..cu dr•tlll'Oh r111cn1<1 n111,t1,111 li ,1cvo luç,111cp1,1t rnol,\gu , fUrfdrco II1O
1 1111 1 1 0 <upcr.1dn . onso,1mr <,u;is 1de1,1,, ao empirismo lrm
t<'t • ' 1 -~ qur a~r.ir uma
nal, Jo momrnfo, l,b,110 .llt o funcwnal"m, , 111, 11 Pt 1 Ç:llo drpcncle nte, ,1<; normas,1,. cultura () n,reno UI1I1 1 d
\~ or.i • L ·<.r o método ax1o-
Jt,g1co ,\ nlllt'f'J>Çao ncot lass1c.i t, a~<,1m, fruto dtrrto de um nlt"lodo Jurrd,w dot.ido
J t Inrlurm rJs v.1lor.111v,1.,, 111tngmdo -;eu apogeu com MJ,er \!
. r rzgcr, oporn1.-.;
rr,pc< 11 ,amentc, d.1 ver1cn11• ('mpmc-.r e norm,111va do nrokanu~mo '
14 2 NOÇAO CLÁSSICA DOLO E CULPA COMO ELEMENTOS DA
CULPABILIDADE Porem, ant es dr.,;1r,; uh1m os, um dos responsá1e1s por aherJr a n~o do dolo
íor J-rank•, u q u.il nota <(llt". ao l.1do dl' aspectos ps1mlógtco-; 0 dolo d(ve ~ r obJrto
Jr um JtllZll valo rau,·o . que um.,1dcr Ia relevãn 13 da norm.1 1tdadedas mou"açoc;do
\ cona-pç:10 d~,,ca d o drl_ 11~, dccorn-ntc do JX1'1lh l!>m11-n,1tur,1l1~ta ,ln írnal suJtllO pa ra .,ua rcpro,a\ ão. 1 rcundrn1hal, por ,ua ,e:, 1rou,ra noçjoJerx,g,bih-
do ,tt ulo .\J.\ r 1111110 do '-t1 ulo XX. cunhou um ml1dclo tcoret11·0 r on!>..igradoco
J.aJe, ncrl'SCe ndo-a .1 íormul:iç.io d._. 1 rank Re<iuhado do neokJnU~mo fm p.1nan10,
"luzr,Bdm,:•R11JJ11 u,h". \ "on 11,21 1for re~pon,,1vcl pel,1 cl1mcnM10 cJ,, :1n11ruru id,J:: urn.t, 1,.10 p'>1colog11;0-n orm.111v.1da culp.1b1hdJdr
culp.1~1hdade, a pnmrtrafundamrnta_lmcmc mílucnr iad.1 pl'lo p,·nsa ml' ntu dr fhcnng.
lldmg , ~r ,ua, e:., cn ou a ca tegona autônoma da líprc tcladc cm l 90o cnlJUJnt Ot·n1m ainda do co n1e,10 neok.rnttsta \lo:ger enge um concrno "hil111do" do
Radbruch 1on1nbu1u ã ll'oria da ação. 0('"'-" modu, o modelo c la,,; ç UI\ ,d, J dolo, que e,taria co mpo, 10 l:tntn de elementos pstcológicoscomo ulorJll\·os O dolo.
10 rn1~0. seria comp~ to de ,omadl· prc\ tsão e con,,.:1cncu do 1111 nn. Ja a n1lp,1 con,ts
1110, t'ntrnd1do como mod1licaçào do mundo e,.:1crior pro"ocada pu1 um mo"llllrnro
mu....:ular r xtuno, com um aspcrto obJrtno e outro sub1c11 vo urra na pre\ l'> 1h1 hdacle. lia dr '>C nolar qur C5S.1 deali:açJ tra:. como consequlnoa a
1mpo,~1brlidade de pu n i,;-l o a 111ulo de dolo cm lupote,;r de austnc1.1 de consucncu
O dolo r a culpa, rn(jo, eram entendidos como un 1t-o.. e lcmcn 10., ela culpab1l1dJd( do 1lili10, a q11.tl, aderna i,. dnrna •,n atual
perfazendo Oll~Jl<'c-10.'>uh1t·111 o dodl'1110 Con,uh..uinc1avam -<;e no 1mn1l o fl'K'''"•
O Ptrl·el>cndo ,~,o - que conflagra c~paços de não pumb1lrdadc -, o ptnal1\ta
que unta agente a ação crimrno!>.I A,'lm, con,i'iiam cm rll'm cnto, a111111,n,, ruiu
1 elabora a t'hamada ltona <lo ~dolo pela .ondu\11odr 11da.. O cnmr, por ronscgu1111r,
Jpn..,,,upo,to era a mpu1ab1ltdadc do agente. E,-.a c·ra a essl'nua da iro, 111 p111,,/,,,;1111
tJ rn f>tlb1/1d<1d1· Dolo ,·onsu•-- · ~ 1 ~rta uma demon,1ra~"áo ,mtom.iuc-a de uma pcrsonahdJJc 111d1frrrn1r ou mr~mo
• · ir.,lanctava -se no qurr1·rwdo C\'t"ll ltl , e nq1 ~n10 .1 n:
rra o não qunn, com p,c, l\il>,1,dudt·~ contraria ao Dtre1to. l •, ,;a, is.1o anudrmotratrrn, coníormad11ra dr um D1rr110 Pmal
O 3\'llnço doS rsi udoS ,,,. d. . dt a111or l" nào dr um Dt rl' llo Pt•n.t l do íat~ repcn:uuu na s1stcmauca n:i:i 5u, scndo,
, .. nais mon,1rou . no t·n1:into. a d r írcr(·nri.t di·,,t· pr 11 '-1 80
mrm o ,\ntr,, dr tudo metod 1 t drpo1s, proíundamrnte e nl K'lld.1 pda doutnna pcrol
0
r 1emcnlos anrrnaco~ . • ,·ra ogrcamemc·,
n:lo ~ 1 a cqurp.ir.i~·ao de do lo t rulp,t rm1 11 -Ih 1nlll Por tudo isso, at:h•x·td:i, .1, cn uca, .10 nt"Okanti,m opor,ru rda11-r,mon\ 111log1
d 1 5USfeni.\r , rnexlst111clo um t·oncuto ,up.-rwr ,,ur 1' lO,
• Lvcmcomoa
_ 1
ncce,,1dadl•Jt· ,ufl<'l'll\ilO do, horror,-s naz,~ia, ' opcns;,men1opcna,
c,'>C" .l!,lronoccrnrdaculpahll 1d 3d A- cJ I lr\l
c·omo prn b1I1d d e 111 a, de ,e 11111,ir q ue ;1 .1prnn,.1,, • c ll1
•~• a r"naltz:wa o I1 d - , f tJ
nat UH•z.1 anamrca, p,1cológ1ca d rcc 1 ª\º C!>ua modaluJacJ,, inco rht'1rn1t' 1l1í '"'
p.ira lasir,·,ra rcprov 3 <>s e r mentos dolo ,·, ulp,1 n,10 p, rm,11,1 , 11,hgr tf,t\
• tJo. O1antrde taIs 111 ,l'ln
o neokanu,mo arnda J)l'rl"ep{óes, nova., 1d1'tdiz,t\Õt.',~urg11 1
• no 1n1c1u do se, ulo XX

--
294 1 OI RUTO PEN/\L P/\RfE G[RAL - VOLUMt 1 DOLO r CUI r.1 1 295

. . d • do dolo e da culpa, haveriam de ser rc.· i111rrpretad 0 _ ópíca de aná lise do elemento subjetivo na tipicidad ( f
mel um o-se as teorias d d d . n · s. o qu ~ d 0
çao l . . ' e con ormando em
ocorreu com a retomada do finalismo , o qua I, eca as epo1s, m u1u as dispos, 'ó t nscqu
éncia uma teon a norrnauva pura da culpabilidade) amb
'• .d d d ,
'
as comprccnsõcs
penais do Código Penal brasileiro, cm sua reforma da Parir Ge ra l cm t q 84e ~ es ,o t"r1arnentc assumi as es e então. Amda que se identifique hocl'
ajoíl ~ . . . d . . 1ernameme
111• de-ncia doutnnana e normauv1 zação do dolo-o que e· co •• . .
0111n tcn n1r:mo a pos1çao
• a finalis ta - as construções, no geral ao menos partem do
(1010 1og1c . . .. . . '. mesmo ponto de
. ,cmauco, isto e, de sua analise na up1c1dadc
14.4 FINALISMO: DOLO E CULPA NA AÇÃO vista SIS

Como ,,isto, tanlo no mo_d~lo classico quanto no n_coclássico, o dolo e a cul?a


estavam localizados na culpab1hdadc, que corresponde na ao mo mcn Lo suhJctivo d 14 _5. pÓS--FINALISMO NORMATIVIZAÇÃO DO DOLO
ilícito penal. Com o finalismo ha um giro radical nessa compreensão, em razào d:
conceito de ação final. Com \Vclzl'I, o conceito de ação passa a ser a base da Teoria Atualmente, o funcionalis mo penal revela, quanto ao 1ema do dolo - como,
Geral do Delito. sua "pcdraangula, ••. Dessa maneira, o delito vincula-se às categorias aliás, com relação às demais categorias dehtivas- uma visão de cunho normativista
do ser, da ontologia. Isso significa, em termos dogmáticos, uma re la1ivizaçãodaconccpçãodominante,de
Na medida cm que \-\'clzc11°constala que toda ação huma na possui como elemento viés finalista, que apreende o dolo enqua nto consciência e \'Ontade de reauzac;áo dos
msito uma mtenção,a dmgibilidadedocomportamento assume posição fundamental, elementos do Lipo objetivo, inclinando-se por uma postura de dolo enquanto critério
devendo, então, compor o upo penal que é responsavel po r s ua descrição. O dolo, de atribuição conforme determmadas valorações.
nesse sentido. não é um atributo posterior da ação, mas, s im, seu elemento essencial. Três dout rinadores são emblcm:i1icos nesse iníl u.'<o; Roxtn,Jakobs e Puppe.
Para agir, segundo Vlelzel1 1, o ser humano amecipa os fins , elege os meios e excuta o O pensamento de Roxi n 11 entende o dolo como reali:aç-jo do plano do agente,
comandosobreocursocausal paraaúngiro resultado visado. Como consectário desse representativo de uma decisão contra o bem JUrtdico tutelado, em maior ou menor
pensamento.desloca-se o dolo e a culpa para a Lipicidade, mantendo-se a consciência . grau, d oIo direto dcscgu. ndo grau e dolo eventual).
medida (dolo direto de primeiro ..
do 1hc1to na culpabilidade. ·• ,.,; 0 do elemento vohuvo
Nesse sentido o autor alemão procede a uma normauvmi.,...
' d d · Jo01ca fruto de re
ncxao,
_
Dentro desse paradigma, inclusive, a tradição jundica bras ileira exige para acon- do dolo, compreendido não como exclusiva rea1I a e psico o- · .
figu ração do dolo que o agente tenha conhecimento a tua 1, não mera mc n Ie potenciol, . . . . d crpetradoscon1moin1rresse
mas,s1m, como uma valoração mfenda a parur e atos P
de todas as circunsláncias do tipo, o que engloba elemen 10s descri tivos e normativos, protegido pelo Direito Penal. 1
nexo causal, agravantes e atenuantes, elementos acidentais e tc. o conhecimento da umo d1ferenc1a do 1o e cu pa a
O norma tivismo sis têm1co de Jakobs '·ªseu 1 '_ b I dnde Criticando as
il_icitude, por su_a vez, é potencial, tendo local na análise da culpabilidade. Exige, · d I ação de e,11a 1 1 " -
parur o foco no conhecimen10. envo H' na n . L.. d lo como assunção
amda, nossa leg15laçào, a vontade de realizar a conduta co ntrola r o curso caus.il e v· · d . d · adorconte"" o 0
obter o resultado. ' lsoes e caráter psicológico ou cuco, o. outnn d 3 oente enquanto a culpa
O
da violação da norma concre tamente e, 11:ivcl por parte '.'
Com relação . . . apo rtes quan10 ""º .1c 1110
ao finaJ·1smo , em ,uma, seus prmc1pa1s •
sena a ausência de evitabilidadc dO desconhecimento.
. do resulta par to fundo-
em foco cu1dam~se, em termos de comeúdo. da noção de dolo enq uan w ro11St1énoa . constrói seu pensamcn
1 Por fim, Puppe" , na mesma estei ra de Roxin . . do dolo..\ analise de.se,
, 1vos d o llpo 12 e, em tcrmo~
e vonrade de reahz.ação dos elememos ob,iet· , de fonna. cl, na1·ISLa no sentido de normativiza~-no do e Iemento vo1111vo focando-se a repn:._,;cn-
po . • comporu1mc1110,
nanto, perpassaria pela in1erpreuiçao l 1e seu
8. Conforme tl destaca, entre ouiros Rralc J .
9 BRANDÃO Clá d • un 1or, 0 mu, Nucu etc. l)IÓ
p 135 • u io Curso dr direito p, 1
ena pane ge ra 1 Rio. t 1e Janeiro
• 1•t11en,c 2 -----
~=----
ll R • , 1 l ntd D1ego-Manuc
.·1Luzon Ptna, M1iud 01.i:
4 H e.._,
OXIN, ClatL~. Da echc, pt·nal parte gcncro I MiJrttl (l\'U.t>, 200 3 P· l'd d- Bcl<l
10. WELZEL, Hans_ Drruho penal I a T . y r
Mt 1•1" >t,arcta Conllcdo y Jtwicr de Vicente Rcmesa . 'dO . •usto penal e culpab• 1 '1 e
Santiago EditorialJ •d d ª em n. rad Juan Bu, 1os Ram irez y ~crg io ª li IAKQBS, Gt1111hcr li·awdo dr 1hrd tt1 penai teon.i mJ
. un ica e Chile 1976 p 53 'll\.l-1.
1
11 WELZEL, !Ians, Dcruho f)(!nal , ci1:, p. 5~-5·5 . IS Horizonte: Dd Rl'y, 2009. p. 370 e ss d Lub Greco. S;;,, ra11I" ~1.m,,c.•
12. Para Weficl •dolo t 0 s b · , p,.,u,1, • PUPPE, lngeborg. A 11í.tl11,d11 enll't' 1/<1l0 r nilpil Tro
c1 1 p 95 (t, d ª cr r querer u realizaçdn do tipo" (W ELZfL, Hans. Di•tf< 111
·· · ra uçao 11vre)). p. 23 e SS.
2<J6 1 lllRI ITO J•~NAI l'i\Rlí;l,lRAL-\'OLOMI I
l1o! O E Cll_pA 1 297

1,1\·ã11 do autor, bem como su.1 anuência p.1r-a com<' per •go prndu zrd11. 11,·,\c, ,: ~onluclt-, d e Ca rraralO dolo
.l,1
r 1r;1 :.i 1 01111 • e a \'ontade d
este ulumo aspt·cto pt·rm,un:1 a dic.tm~-Ao rntu· clnl<l 1· <'trlp.1 lllad10 · 11 :titia doln,;;;1mcntl' o agente que f\lWc d rngida ao rrsulbdo
1 [l1rrn • · ,--, 5 u1n o ron f
,npi1rt,1• ~ 1n1cncio11almenll' no scn11do de prod uz1, Io.
[)t.'>" ~, ncra do rl"'iuhado
,
to ,la rfrrc,en 1<1ç,10, por sua vez ínsa O reco h
,\ 1rc11111 n tomento d d 1
14.6. DOLO E CULPA. DELIMITAÇÔfS E TRATAMENTO NO DIREITO 1 do rc.-;ultado r •
m outras
'
palavras ba ° o on,h1mplcs
PENAL BRASILEIRO ,o~ ~( 1cfl( 1•
, tJ rol\'
1t 1 ·
idrr;i-sc c,;tar diante de um crime doloso
• ~1•1 0 r1emento
<n
""o agentt• tem O
1
rnte ecu,o. Dtsu
I J
pro~hcl,.tindaquc nJoodese1c Cnadord- rl':'iu la ocomo
r 10 ,1u ~,satronza.,1 0 1o1,. 1- 1
o C.od,g1, rrnal hr.1,1k1r.1 n,10 fom,·ccu maiores ,ulh1d111, ,111 rr1tniit1•t• ,rJcpc11s arolhida por Í'r.1nku. Importa notar que por~•-
I
d on 1sz1 ,:ao
'-""- ponto e VI\IJ ruo hav
. • • tm
111a1a1.1 lk d<1lo 1· culp.1 Quan10 ao pnmc1ro. ,mgc 1,1m1·ntr l'q111p,1rou, , 1,111111
. l ,llorrs J,,un,,11 , entre dolo evcntua e culr.1consciente ' r-m
detalhl-.., dua, ml'•dahdadc-- dr dolo.1,101·, o ,fofo, 11.-t,1<' n n·r1111111I (a111go IR') d
,1 t • 1 Porfim,cleauHd_ ocom a1 cor1e1docon\cnt1mrnto• tamhé me tu mada deteonado
m,w,. ddinmdo r,'><' último dr m1xlo ob.,çu10 n 1 n111 .,-.,un\,ío dor r'-1.·o dr produp 13
J,-<'n11rnrnto, d1· Relang • haveria equrparaçao entre consentrr e qucrtr o rcsuhJdo
do r1-,.uhado. <om rdaçto à l'Ulpa, a drlini\-:10 kgal (an 18 mnso 11 ) .,1111 plt, m 0
ente 0,,sarte, 0 mero conhecrmento nao bastaria para a configuração do dolo, >(ndo prc
c-.cora ~ no-. conceuo,<.,cmplo, de ncghgcnc1.1. 1rnprudl'nr1.1 l' impc 11, 1,1 nào ~ cL,o qm· 0 ;igenrc denote uma a111ut..le dr anutncia para e.orna produ~odo f!',\uh.ido.
definindo Pou,,o, a lea nao e:1.prc,sa a c,..tncia da culpa' .
D1an1r drs~ quadro, rno,1ra :.e lumlamcntal ,1 amp.1ro da-, compre1·nsocs dou.
trinjna!, para fins dr uma correta arlica(':llo do D1re110 Penal 14 6 1.1. Elementos do dolo
O dolo ros.,ui d01s elem1•nto>, um rntclcctno, OULro vol111,-o O elemento mtrln
14.6 1 Dolo U\Od11dolo con-,1:,tc n.1 conscienda,ou conhrumentc de mil.J;:açãodo 11poobJl'll\o,
Es...acurbl rência dM.e ser a tual, 1stoé. estar prcsentcnomom,ntodacomlutn (açàouu
D,,lo to demento sub;eu,-o geral do, crimes, entendido ma1or11ar1amcntr,1 om1sslo). Ja oelem1·n10, oli11\·o,ignilicaa \Onudede reah.:.1ç:iododd110. ,\ ,ontade,
par11r do finalismo, corno wnS<1tnâa e ,ontadc dr realiz.1ção dos elemento, do upo mcond1cronada, de, e aba rcn r a com.luta. o resultado e o nexo cau,..il
obJr11,·o De acordo com \\'dzel 1,, dolo e a ,ontade de aç;1o o rien tada a rcalrzaçaodo
tipo de um dd110 A conscaéncaa repl'l'Senta o elemento intelec tivo do dolo, cnqu,mto
a vontade denota seu elemento ,·ol,u,o. 14.6.l .2. Espécies de dolo
O finahc;rnoemrndeodolocomodetentorde natureza p,kologara. l" o ,1gn1fie1 Dolo drrtto, ou dt:tcrmrnado, e aquele rm que o a1teme de-cp o rr5ultado de
que o dolo r natural, despojado de elementos normativo~. kslo ou de ~rigo ao bem jund1co tu triado rrb norma penal. Refenda noçãodrnota
0 acolhimento da teoria da vontade para o dolo direto 1denuíic:2do comª ideia de
,\re-:ar de pm,:.uir raizes na e11ea an,totelrta 1º e remontar ~ no\·õc, d1• 11111mll\
e Johl, eng1das cm Roma • o d cscn,o1,1men10 t1·orKo • do dolo e b,l\t,11111' 1.11 Jw, icz lllltnçdo, ou proposito.
quclnadoadenononrnod r- omc d ana ~ 1ere frnadoapl·na,no!>ét uloX I\ 1 ruto,I·"" ,,.,.. I"• do1II tventual ou mdirl'lo , t>gunda ffil>u
__. 3 1iu.t
., de de Joio· ,,gmlic-a a a,sunção
d
cvolu\':10, basicamente deco r., • l1 dl de produ\"ão do n•su.hadu dl· k,:l, ou de pcngo ao interesse penalmente prot1•;
• rrrm Ir= l1·ona., explr1·a11va, do dolo: a cl.1 vunt,ll ·, a
rcrrc~nta\'ào e a do c.onsenurnento. Tal e11 t. tiraçao p.1ra com o rcsu ta 0
rre-.~o traduz uma 1dl·1.1 d<· ,inutneaa, 1' 1º ·ac • da =lo
Prt\ ._1 \ ""âO dl' dolo e, rntua1rngi r
1 º• rorrm não dc,t•iado, pl'lo .1gcn1c • n..,,,
ló. "Arl IH-T>1t•sro, 11 m, ít1mrJ,I ,J~~w t'gislador brasileiro derorrr d,1 tl'OrJ,I dl1 con,entimcnto.
au11m111 0 ris<o Jc prod l ' ""' 1- Ju/o~o, I/UU11tl11 11 11Kt'lllr ,1u11 11 ,,.,.,111 ..,
Utl• o, Crnnr l u/p li / . / ,,.,-.1••
- , u p,11,11, 11111111<1,, 11 11,i,·ntr , • 11 ,' ,1,, ,,.
usu//aJn ,·- .,,. a, nrg11gfn<1a ou ""'
,,..,, rmpruJ~-,
M.,. sr, pu11'...,opo J1
Puu111 rm /ri • ningurm ,.._ "'f"' ,, '"
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1 •r'"'' 20 C\RR - J 1:,c11mrnal dic1adocn
l.i ft'lll Unl\T~idid
dt1/0111mrn1r • ' u/o !''"' rs1c1, '''"" e ,rmf, ..-11,1111111,III• ' 11 .L AR,\, l·r.,nn'.',('l) r,_,, ~1(111111 J(I' "'"' ,k (lc'{; l'-
17. BkAr-.D.\O, Clautlru. Cur,,, ,Ir • , 11 , ll IH.l U(' t•, 1 1 •
21 I IS,z "'1 ra, S.Cha,11,111 ::.ula. Uucno, un ,- \ 1xn.1hua , 1 r '
li! \\ fl /fl., IIJn, /)r,(Ch11 n.-nal c11 9 2, T, Franz von Jrnr,1clo ,lt .. , cit , fl 175
J Ó - r· •• •p J • 1'RANK
9. ARbl TH 1 '> [lll"a a Nic,,mJ<n Ira 1I F 1 11 <ll ,· ,~,,,,111 21 ,, • Rrtnhaf\L Sohrf 111 ., lll p 57
tsun Bani IIJ111u. l·J1pro, lll\l'l " 1 I JNG
' • Ernst. D1r Lchr,· ., lll , (l 11 1
· RAI _ VOI I \li' 1
298 1 OIRll 10 rH,Al: PARTí C,I .
00Lo r: Cll PA 1 299

•. --~ -.cgt1irH, ao sl' focar a u1 ~li11~·ào entre dolo e llaem ímponànc1aau11lizaçâodatécnicaL·,P••~ •r. d
Conforme se ana 1•~ara ' I •fi - . 11l'1ttua1 aw o~rul
. d • e5 irangcirn propõe<.: ass1 1caçao e11\'ersa qua r 1
p.il, vr,i~. evi tabi Jidade de rcsu I tados indcseJados. ' posa, comv151a5
culpa consc1cn1e a outnna d' 111 0 ~od I
c1ss1ve 1
. · o.. d oIO direto de primeiro grau, cio1o ire to de ~egundn <>" t U c cJ0 1o,
.d
nosegumtescnu 3
00
~ P , uc pese sua cltsseminação, não são poucas 35 dificuldad
eventual. [rn q wrnodos c ri mesculposos. cs dogmáticasc
r~tícas cm . . -
0 dolo direto de pri,m'IIO t'""" consisllna na vontade de rea lização do rcsuJLido P O rirne culposo e uma cnaçao da ordem Jurídica, inexisund r,
O dolo direto de scg,1111,.lo g,011, a seu 111rno, sena o co~hec1111cn10 d~ prnduç,io de 11111 f
. torais, con orme nota avares De acordo com O do . d ..,,igura cm
e 1· 2• o essa
resultado inevitável, embora n:\o clr.scJado, o que não impede o SUJ (' ll o dt ag11 . l'orf1n, crnios na . u1nna o,- o dcl11o
1 decorre de um processo de imputação que se escora na 1. •• d
o dolo even lua I conforma r-se-1a pela dcscon fia nr;a quanto ao rcsu ltacJ o, não querido ·ulposo . . .. rea 1zaçao e uma
. pe 1o agenl"~ Cuida-se de mais. adequada forma de analise do fcnõni•·,'no, a :ond u1a que exceda os li m •tes do r1Sco pcrmn1do e se veja assinalada como penalmente
mas aceito _ .
permitir uma melhor intcrprcLaçao e apl icar;ao da lei penal. releva ote em um 11po de delito.
Diversas teorias foram desenvolvidas para fundamentara natureza daculpa. ín1re
A intensidade do cio/o, ou ~eJa, a quan1idade de vontade c ri minosa n,lo pos.sui
qualquer conscctário na aplicação da pena. E\'iden~~men te, o dolo direto significa
maior comprometimento psicologico com o fato dchuvo do que o dolo eventual. No
essas, destaca-se 28a teoria do defeito . 1111elcc1ual,
. ( a teoria do vicio da vontade e a ieoria
finalista da ação • Para a primeira teona_ sccu1o ll.'\111) a culpa consisliria cm um
defeito intelectivo, fruto da fal ta de rcílexao do agente.Ja a teoria do Vicio da vontade,
--
entanto, 0 Jeg15!ador não fez qualquer distinção de tratamento, devendo ambas as
- de Carrara14, entendia a culpa como um problema volillvo, consbtcntc na omi%ào
-o. hipóteses receber a mesma resposta puni1i\·a.
voluntária em prever o previsível. Ambas as teorias, contudo, nào possuem maior ca
::,
acidade de rendimento. A teoria do defeiLo intelecuml porsuaobscuridadc.enquanto
"'
"'
1D 74.6.2.Culpo ~ teoria do vicio da vontade po r sua msu6cicncia, não se exphc:mdo aculpa consciente
~- 1 Até esse momento, incl usive, hã de se notar que na doutrina penal, cm termos
O instituto da culpa possui ratzes no direito romano (" Le.x Aquilitt"), mas so-
categoriais, prevalecia a compreensão de que dolo e culpa pertenciam à culpab1lida•
mente mais tarde, por meio de "Senatus Consultus", foi recepcionado pela repressão de, sendo a tipicidade exclusivamente objetiva. Dolo e culpasenam os componcnles
puni úva. A populanzação da construção dogmática dos dei itos culposos, no entanto,
psicológicos que ligariam o a utor ao resul tado.
é recente. A catcgoria culposa tem sua razão de ser em espaços sociais nos quais.sr
exige a observância de deveres objetivos de cuidado, tal como se nota cm rclaç:io a Com o finalismo de Welzel, no entanto, a doutrina abandonou est35 úlumas
. . o da cu1pa enquan10 reprovação dos meios. esco-
concepçõcs escorando-se o 1dean .
produç.ào industrial ou ao Lrãnsito, fenômenos caractenslicos, de forma crcsccn1r, • . onsensoquantoa loca t!llç.to
1
nos séculos XIX e XX. No sistema do direito natural, e.g., relevante era apenas o crime lhidos. Ainda foi-se verificando pau la lmamente certo e .
• . . dO fi 1 0 ambosdevenamestar
doloso, atribuindo-se a figura culposa o papel de quase dclictum, ao q ual se conunava estnlluraldodoloedaculpa. Comoconsequencia ma tsdm · _ bJetivadotipo
. d . . . . d d odo uma imensao su
uma poena cxtraordinaria'5. sed1a os na 11p1c1dade. aperfe1çoan o. esse m ' d . . emodc 1eonas
de .Injusto.
. h . o como esemo111m
Importante ressaltar que oJe, mesm funnonalismo sis-
A primeira codificação penal brasileira, de 1830, não previu a punição 3 11tulo . li · • 1· 1 lOgico de Roxin ou o
(>Os- mahstas, corno, o funciona ismo te eo .d . e·LrULural quanto à
de culpa, estabelecendo seu an. 3º que "não havera criminoso, ou ddit11/t1C1tll C, 1' 111 ,. . . esma I ea11zaçao ~
km1co deJakobs. a doutrina penal mantem ª m
má-fé, isto é, sem conhecimento do mal, e intenção de O praticar". fato que subsislltl ait
posição do dolo e da culpa. d ompreendido
a edição da Lei 2.033, de 20 de setembro de 1870, quando passou a existir a prc,·•~0 . . b· -se queo dolo po eserc
de crimes culposos no Pais. Em hnhas gerais, como refendo. o serva . . . nçãodc praticar o com·
Nos d.ias atuais,
. perante a complexidade
. . . t 1li 5uL·1ccfadc como a vontade de realização de um fim ilicno, 1510 e, na mte . consub,,tancia•~e
e carac terísticas ms1tas .. . . A con<luta dolosa, assim,
P0 rtamento descrito no tipo ob1euvo. ... )
d (elemcnto\'ohti, o
d o risco,
· h • ·
com cun o econom1co, onde promanam técnicas expa ns ion1s1,1•. pcnill>, naqueIadotada de conhecimento (elemento cognt1ivo) e vonta e
r d d o· . p
con,orma oras eum 1retlo enaleProcessual Penal "mdxim ve r iJ{omw • · " o~drlilO g,
1 1 d d d · bs . . . r 111 011tr
cu posos, ao a o os e perigo a Lrato e omtssivos, recebe m clesrnqu, •
~
. TAVARES, Juarcz. Tc:oria do..., eh , p. 3
2
l; TAVARES,Juarez. Teoria do..., cit., P· 3.
24 Item· 1'I 7". 8 183
29· RANDAO, Cláudio. Curso de..., cu , p. l82·
25 lAVARES, Juarcz. Teoria do crime culposo. Rio de Janeiro: Lumen Ju ris, 2009 P 9 · CARRARA, Francesco. Programa dei.. .• cit, P· 80·
li - VO I UMF 1
DIRrlTO rl•NAI r ARl I· (,LRI .
300 1
llOI.OF.clJLPh 1 )OJ

. d cJc~cn r ~o t'ontida no 11po lcg:tl ele dt lllo. Alia~. <'~s;, c culposoé u ma iníraçao penalcngicla
de concreuzar LO a a ·' ,, -d d b· e <1 t o cnrn . aparn rclcumet
. . li ar a coníormidadc cnu c up1c1 a e o 1n1va t' sub 0ral meoo r desvalo r de açao e e.nad o de manei ra
cxeepc,onal
Ctntntonor111auv
o.
tcnsuca que permue a irm · . Jc11v,
pos,ut natureza d,vr rsa. 1 la pode ~<·r_cntend,d- ,ofll _ utadas a ati vidades coleuvas harmoni d . • por conta de nece,;s,
v,nc • za o a cnterio 3 . ··
.
A cu 1pa, no entan 10 ,
d d
- d . 'd
obJ.Cli\'o dccu1dado, de an1 r ocom a, cahzaçao dc ~
a c111ll
01
dJdl!5 seu sopesamento, quernos processosdecri . • sg ran11stas . Oe-;~a
violação e um cvcr t ng1"<h•, cil'll, 1· - mina1tzaçao pn .
. do scculo >.,\. Por co11srg u111tc, e con ormc \ Vcl.i:cl12 1113° . h penal , quer na ap 1caçao concreta da l~i mana,aoseclegcr
íorm u1ada nos anos 30- . • . , o ri 1rnrn o ~ nos processos
~'·_ -dado analitico. Nesse contexto parcceden la serundarios, hádc
almejado pcla condurn culpos.1 é, no m;11s das vezes, pena1me n tc trr('levantt· rctJ1ndlif 'Jar cu1 • . ' o rexcelenie · h
·cJ de obrc o agcntcdev1do ao rci.ul1adocausudoporu111 ucxu•n o ,n..c . d imputação o bJellva ao se dcscanarsituaçõA• camin ocor~livo
a rcsponsa b1 l, a s d . ia Iidud -ona ª "'em que nao h · ( •
ou uso os meios que o hjc11vara,n ,ic proibidos. irrazoàveis nas relaçõestntersub . ao per az1men10
d e seu comPortamcnl o, derivada d;i ~colha 1
d . _ _ aquele
' de riscos jC11vas.
fim indiferente Conforme R11a~cJunior1 •o rcsu 1la <), no rr1mc culposo, e o lirn11cda Demais disso. ressalte-se a neccssana maior refiex· . .
relevâncra pcn;il da açiio descu,dnda.
. ao quanto à d1sun~iio cnLre
cntual e culpa co nsciente, um <los problemas prali .
do 1o eV . cose teoncos mais !>é rios
Desde j:i se observa que a culpo é u~a excepdonal forma de pun1çào, lendo a ·•neta penaL São demastado comuns na rcahdad~ brastl - .
da c1c _ . eira casos em que por
teoria do crime se engído a partir do paradigma do cnme doloso de ação. Uma melh exc mp •
lo moton_stas e mbriagados
.
que causam
.
morte de ter•·c·iros

.
sao presos em a
n
compreensão do ins 1í1u10, nàoobstante,sc dá com a anaT1se de seu traçado dogmáuco or
grnntc pela políc ia o~ ~ostenor1:1en1e cm:ammbadosao Julgamento pelo Iribunal do
COllJUnlO. Júri pela suposta prauca _de dehto de hom1c1d10 doloso, por suposto dolo eventual.
Culpa é a rnobscrvãnci;i do dever objetivo de cuidado man iíestado nu ma condui. como se a simples emb~a~uez ao volante ou a conduçáo de automóvel de grande
• capacidade motora. po r s1 sos, desconfigurassem a culpa, representando, no primeiro
produtora de um resultado não quendo, mas objetivamen te previs íve l. O con teúdo
estrutural do tipo de injusto culposo é diferente do tipo de injus to do loso. Neste úhi- caso. actio libera 111 causa.
rno,i< punida a conduta dirigida a um lim 1licito, enquan to no injusto culposo pu ne-se Apesar da importância fundamental a doutrina ainda apresenta significativm;
a conduta mal dirigida. normalmente destinada a um fim penalmente irrclc,•ante.O divergências na apreensão da corr111a <lelimicaçãodos instituto), ha,·e.ndo de tempos a
núdco do tipo de rnJusto nos delitos culposos consiste na divergência entre a a~o esta parte uma expressiva tendência de normauvizaçãoanaliúca,admiúndo-sc não ser
eíelivamente praucada ea que devia realmente ter sido realizada. Noscrimcsculposos. odolo um dado psicológico, porém o resultado de um processo de atribuição. Por outro
segundo Cerezo Mi r 14• o fim perseguido pelo agente é irre l.eva nte para o Li po, mas n:io lado, nossa legislação em nada auxilia o mterpretc. sendo a formula da assunçao do
os meios escolhidos, ou a sua forma de utüizaçào. risco, ademais, consoa nte P uppt:17, carente de qualquersencido psicológico empírico
O sistema da dogmática do delito é uma construção valo ra ti va, ori entada teleo-
logicamenu:n. Isso ganha destaque em termos de cnmes culposos, uma vez que seu
senudo não pode se escorar, conforme as caractensticas d e um Estado Dcmocr.ltko 14.6.2.1. Requisitos do culpa
de Direito em simples natureza de ordem conformadora d e ate ndimentos a cuidados O injusto culposo apresenta como req111sitos, também chamados dtmrntos da
d_e~i_d ~s, as_sumindo-se necessariamente, idoneidade e s ignificação na proteção sub- culpa: a) violação do dever objetivo de cuidado, b) resultado: e) nexo causal e d)
s1d1ana de interesses sociais fundamentais.
previsibilidade.
Confonne o ideár io de violação do <le\'t'T objetivo de cuidaclo ",dencia-sc O dc:1-
3o. DIAS.Joi.é de figueiredo. Direito p,-nul: parte geral São Paulo· Rcv1s1a cios Trih1111,il,, !L'l.17
l'll1 . . · d ·eru hádesc tercwda o.
1 1 p. 379. . . . ernormativodaculpa devcn<lo-sepcrqum r porqua,s e, . d 1
Ro · Ili ' · · as de auv1da e estala ,
31. Apud ROXIN. Claus. Du~th,i prnal... , cu . p. 997 _ _xtn destaca as regras j1.1rtdicas não penais, regras tecmc r ··ofaç<10 ,!<>
Pnvad d0 omum Dessa omu, 11
32. \1/EI.ZEL Hans. Derech" prnu/ .. , ci1., p 182_186 ·'- ª• e esportivas, bem como regra:, senso e · . ·d· _ socioculturab
33 REALEJUNIOR Migu~I 1 1 r rtnlt• =rr ob~fltvo
· · dr cuidado significa o desresper·to ,e •= rcgm5 -1un 1cas.
2012. p. 232.
•· n1t tu1çóes dr d1rr1111 pmul: pane gerol Riu de Jnndro: n
34. CEREZO MIR José D h /· I lll'J7
p. 554 • erre "prna · pane general. São Paulo: Revis!~ dos 1 rih 11011 '• • ~ lb Tirlnl Lo Sbnch, !OIS.
.\VARES, Juan:z. Fundamentos de l('orio do delito. flonlnop<' ·
35. BECltARA, Ana Elisa Ube 5·1 ,, s,1l11t ,~ Jl. 373 e 55
1 ra 1or~ 1 va. Valo,, norma r iniusto 11e11ul: considenw•lc. 1111,
e emcntos nonnat,vos do lipo 1 1 . . , 1 11t111n 37 l'lJl'PE .
D'Plácido, 2018 -p. 35 e ss. °
>Jet vo no dtrc110 penal co111c111po1~nco. llc '' lH ROXt • lngcborg. A dislmçdo.., cll., p. 37
N, Claus. Duccho penal.... c11 ., p 999 e 55·
U L \'011 'MI 1
30.! 1 OIRH JO M SAL PARTE C,l
llOt.o f e1.11.\ 101

dnl'lll '<'I ,,·,1tu1d,1, pJr,1 h ns 1.k ' <' nuur 05 ,c,n lk .irtc, pr ní1,.,,11, 011 nftuo, po r ,111,{' d
t d.1 c,~m:nc1.1 comum - qur Jltri,~ o rxr.rt I nc1a e conhcumcni
Jcn\'aJ~ de uma con uta d l• " r·"' ~,
ci ,,r.
~,e u lt mlll l ,t'io . cxcmp o e 1l.1do com O ,n,ltví<l .
un que nao .,.~ d l
o ou t :-t(lt-
I" Jthi,nulp<l'<' um ,c,11/1<1clo 11,llttr J l1, 11n1 Hl\nl . rit"' 1 1 fl 1 (' llf(IJCl,1 u m,l l a S,l , ( JUI' vem a e ur 11d0 r~r, ... \UI IJI OntJ
ª'" "·
C:\lgt ~. d J t 10< < .
.... <'l>Jcll\:a d<' Jnn de n11d,1do Por , on.,cgu1111c in,~,r
, lllll;ir,o drt "gtri " • ' • ' o lllor·1dor
dcrorrcntt da , ·101.a1110 r 5( ~ l insJtU,ll'i, IH>l'IH,1nto, no1a-o;ec.1da vczma, d
1, / 1f ,1
. .
,f1011r.1,, ulp<h,1,, .1,,1u,ll',
.
llC<<',,,111,H nrn, ., NoS' 'ºª 113 n onodau11hzaçã d
tnn., e 1ur1-,pr11dr.nu.1 tnclus,vr O ( ó<l ,. ° °'
d()'i ,crnws p1·l.1 dvu
1 1
anah-.;irarraçdo,(<au.,, 1 1' 11 11 • " r ..,.Odt 11:0 1( n.,1M t!H.tr ,·m
d,1110 ou Jt• ~rig,, COOCl'l'h' eJIJ
~uarugo ·
n HH ,,o 1 • a astou -o;e e 1.11~cxprr,;5-0es
141 Í d ' •
C,.omo con ,eClan(l lõaicodo<'\Jll'-10,
,.. r,·,-..ilt<' ,t· Cllll' n,10 ,1· ad111111• imn, \, o JlOr
1
tc111a1n a cm ("n.mt culnt"" , " • hem romo n,kl ,1· p,)(h rog11.1r dt• e011111r11,111110 .l,·<ul/'Q\
"
.,e.ttu - •rt --e ma,, de um a'1,entr, ontnbu,u pJr.1 u m t·, t·nto l1·\1vo reqprn.-..
•lt 1mo~"-·• .,.u_ 14 6.2.3. Espécies de culpo
como cm um andtntt de tran,110 no 4u,1l um motom,ta ult rapa.,,a Cl "nal ,·rrmcJhot
l:m ttrmos dogma u cos, adr ma1s, lumprc d1sttngu1r culpa cun5eicnti- l' m,ons
outr<1-..c r0<,1ntta na n1ntr,1mao Jr dm.'\,IO, \'indo ;1mbo, a cohd1r, íermdo .,.. -. a~
citnlt, 0 que impacta na doo;1mctn.1 d., p<'na \ culpu ronsci<nlt", 011 com prnts.'\n,
qual respondr autonomamrntr p.1r "t'U dd110,
con,i,ie n.1 s11uação c m qu<' o agen te prtvê a po,!>1b1hdJdt do r~uhado dano,o,
f'or lim, p.ira car.inenzarao do tnJU~to culpo~o, ncçcs•,.1r1,1 a (lll'l1is1/111id,,dtob- mJS,apcSJr da ml ra\·ão do uever de l u1dado, acred11a,,1 na 5u;i não o..orrénclJ eulro
Jrtiva do u_,ultado para o ngentr, ,;cm o qur não 5l' pode 1·og11a r dr c.:ulpa Prn1s,bdi- ilU'OIU(ltnlr, ou ~1·m pn·v1,,H1, ao rrvés, consiste n.1 ~nuaçao em que o agtnlc stqucr
"O • dadr ~•gntlil'a po,.,1h1ltdadr dr prognose do r~,uh.1do lf'>1vo no caso l'Ont reto. N.lo t prc,,ta po~,ih1lidadr do rc..,ult.1dn dano,o, o qual nasnUJ~áoconcrcta,rra pre, ist\'d
:> s111õn1mo dr prn,...io t"Íeu,-a, ma,. dt Lhan<<' dr su.1 o<·orrrnl ,a
11'1
11'1 bsa d1s1mçào, ade m.tis, engendra J ncccss1dade de 1denulicaçüo do traç(l d,lc-
1G rtntlll entre dolo evrntual e culpa con,;c.:iente Cu,da-<;edc umadasqucs1ocsprll11c.i-
~4
m.a1,complexas da dogmàlica prnal , vi!,toque conforme t.g 'lucc1'1,t tenuca hnha
14.6.2 2. Modofldodes de culpo
di11'iÕna entre a 1·ulpa ron,;c1entc e<' dolo eHnt1.1.1l, dependendo a ..aluçiio do caso
O cara ter normau, oda culpa potenl'ializa !>Ua anali"'C po r part e da t1•on,1<l., 1m concreto. \'l'Z qut• {: 1nv1a\'cl pcrquinr a m•·ntt· do .1gen1e
putaçto objtll\11 !:>e, nod1urdt· &clura10,a 1mpulllção obJell\'a cons1, te, JJ prn<,cm
um 1mportan1e mc1-am~mo de valnra\•áo pohlKo n1minal. co mprccnd1d,1na espinha
dorsal do in;us10 pt·nal a 1de1a d1· rulpa rnquanto <ria\•ào de um n ,co 1und1< Jmcn1t
dl."Sapro\'ado, não tolerado '-Ol1alme111e, r sua n·ahza~.10 no resu ltado dano,u drnou 14 7. OS LIMITES DO DO LO EVENTUAL f DA CULPA CONSCIENTE
um apro,,·1tamrnto~n,1~rl d,·~sa teorização em 111a11·na de r nme-, rulpthO~.
Ap<·,ar disc;o, <jUanto aos nunes culposos, o intérprete b r.1,1k1ro pu,,u1 p.utOS A di,tinção entre dolo evenlwl e culp.1 con""tcntc po--.,u1 forte rckvo roncrcto na
parame1ro,lr 0 1slat1vo, trndoal L .. I ·d · •r •J- lon1 cmporane1dadc.
• mor m e me em ca-,o, ue., 1r.1n,110,
• co mJr,tanucpara,11u.1çõe,dc
..,
,. • e.i t'!>lauc ec1 o os conc.:ettos-ext·m plo,, 1,1 , up,: · uu:,
rm outro, pa,-.c~. dt· •mprudt•nua nf'gltgfnda e impcnoJ. d1,11u1·a.,au1omob1hslll'a..,
•· . . . 1
ou rmhnaguc;: .11n o ante e mqu·adHmamortr<lcakutm
e '
lmp,udincw ou 1111prt" ,,. · . , o<1 ~- 1 ·J
·><> b •nOuxo midiáuco na con1emp.>rnnc1u.- l', ad cm;u, , prom.mam ca-,o, de co-
' n,..o auva, é a conduta prrc1p11.1d a, s,•rn p1n·,uu;.u ·
afo11a,como,r,: ,omo1ori\ta<.o ., • I l . Jadt, mu.,;10 publica nos qu·lb ,oba ban<lem1lle -e •t'l tlllí '"Jl"ll(ll~w cm uma M,trdm:lttca
lluuz1ndtu oau1orn111orrrn 1·xu•.,,odl•\ c 0 <•
atropt'lando o 1x·dt·,tre N,·11/ · 1 1tadt lrg1,fai· ' • ·• ' d maucnnrnal,tratan omu1
l\1iqucdariaazoa -i1111•11ni,/a1/c,w, l~"crtc•-.c,1 l)~
. ,, igniciu ou unprcvisao p,1<;.,iv.1, por ~u.1, t'Z, t' •1 ' 1 ,.. •
a1cn\áo devida, nu dt· cautela n • • u1n:1 la\,• _ R r. d , bandrira,comum1 ntr
. oagirco1110,\K,,0111rdicon,1or'>h' t1l1 w1°•'1 r- rze,comose dolo~,., k,.,__-.cm conduia,c ul p0"'1' e n, ª
mcn10 l irurg1co, vindo a lllÍl-l·c, . . . , . f ,lia dt
onar o P'-'Clt'lllt l'or f1111 111111n 11111 , 1~111h 1 -1 ·
preparo para a CXC'lU~ào de- um •f· . ' • I • udJ~
ª tarr ª qur o exige, 1~10 é, a i11~ultn1·111 t,l l l •111
➔1 •Ã - -
--- ,, li Oi:-~ e• , nm,·· 1•••11/ - rnlf'l'"'• quando o agl'IIU, n:,
d ando dt Cfflprr(flr a caul<W
u1rll{4o• (JII d1hgc'nn,1 ,11J1,w1ra. ou ,,prchl f, li qur r ' tcn u "~"):ª"''
J;J(r da, (im,n,riln1u"
I1~1na
I a--~-....,,,m,rnilil"'llol
(Ili
39 Vl\'l~,\'ldóN lorna,s.ih11Jor lu,ida t:111•J 'Jt" """P"Ih O rrw,ltado que roJía p1c"\<'I tlU , r'"''"'1,1-1, '-r·
(l~
J .. ~.... t"\U,,.... ,M•- ,-
rrchos conMnu, oonJ!r, VJJtnr . . 11lrn1()) dtl sls1t mu 1,, na/ .1u wn s 11-:111h
-W. IIECIIARA AIU F.lr•• I 1...
1
" ltrani l.o 81.inch, 1001 p l-14,
i.2 Ntqur P<idnaa nltd-111 (... (." R,,,Jd 3 ne1ro forrn.c,
lll e. · J J . •mal n.1rtt t<r.11
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111 p "07.
J().l I lllRUTO ri ~u l'\R'JI C.l NI\I
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~ª"Pi(as 10 l 1r.
I <,( 0 cle prmlu~ao <lo 11·sul1ado lcst,o mn•<
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drscnw, com p1n 1-..u1 r• 1 , .., 1h 11 :,..tnc w: • ~ 107 Al1lr., ' 0
.
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,,rr mai,1rapr1111111 c.lo~111;H1u1. De lf11,1lciun Ínr
1
11C blrmállCO r,emplo de .1plica\'ão de s1mple~ argumento
m i.l' d' .
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,,daa,a1ua1,, H11h,·,1 ,,·e 0111rmJ11,11n(·n1t•qu •
lll;i llo.
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l'"' ~sor esta cm julgamento dera',() de •,,uhu· iuto pob1111 •c0-<nm1naldt
1,1da ,1 ,cn,1 • • ' 1 lo :1u1t>l'l'S 4uc pr,111,-.1m1·n11· 111;111~11ra t tli,, u~, Ili coo lII ,ri•prnhrcc o cloIo even1uaI porque ,;e • 1u,1ijic<1 "",,.. • .mo11~11codo'>IF
. . tm
cmhlcm,111n1,,"o, 11.1< '' J1C '' I "1" •li¼ ,e rt'CO J d I f: 1 1
1
, .uu "ª~rrr,11uo ria'"''ª
t, Vallr," . corn,hor.111,1no ,l"l'' 1·1 ,11 11 por 1 11~"• hcl, que I ,</,Hll'ír."1 c1 r e o :,ta, o rnpo11«cr, gruH r rrirrgicurncnr à
rm ~cgor lt.mformr Rai:u 1 • (" / tcad.ii ,n,111vll• ,, ,'r. Ju11111C 1d10 clnlo,n •· ,Ir lt\oe, cnrporui, •••. Os aruumrni r, a11:u,1",li.- 1j11rn1

,mie-.. e uid. do , hamac1,1 •, •,,,, ,/,1, 1111,1 d,·, c>ur() n 1n, 1n11n1/111/")• . 0, nrr,Jo
1 -.e 1.. ,om< . . .d
Ih m '-<' ma..,,111111a tt"nt.111v.1 ccstab(lcctmrntodcuma·I •
.,., O< tnt.,o u11 tZ.l!ln,
na Ali-manha cm 25 de k, rrrir<> dr l l)'i-1 · «:nlC
' J . 1ç11 o aos ncu,,dos
,s . rr.,pl·1to ,1s rt"gfil'> pena,., Outro l J '>O noto no que demonstrou asd1fic l·'-d
.
~un d oo-. [aio--~1p11-Jo,
,.. •"1'- r "j"n·',(lh1·111r,111h.11 " \l ", q111·111,1111 mh1rrJ
• ,1ç._.! Ã. do-JU'
odotem,1 mo
r d d roque1mado,1,ocm 1997porjovensdeRras1hacm
º'" Uiucs
•L- in·1~11Jinrnll' drlil't'r,1111 p,1r ,1pçr1.11 um unto d,• ,·ouro ,e.,. , 111 1orn • cl .., T b uma
-.c,ua1, com " •~ • . 1101 "º10
11 bnniadtir,1 , qu,HI oo upcnor n unal dr Just1ça,no 1,ro,cr rccur~ ,,,,
de ",\f ". pan que c:,,,e dr,m,ua,,e pc11rntindo a ,uhtraçao. l111a~m.1,a 111 tiur 'M' alrg,1c " 1 1 ,.. o
ronunci,imc nto dos lº"cns acusa e o,;, e cud1u qur "!l dolo f\'mtual ndo e, 11" Hi,le1,/r,
não o., denunc iana ;1, autonifadl·,. l'ITI ra;:,10 das , 11.1da-. relaçocs po,,u,h•rn cunho P l ., .. mtnlr tlo autor, m,1~ \lln ,la, ( 1rcun~dncws·..
homo,,c,ual on,rr,· qui·, n,ncluindo que,\ u1ihzaç,10 do u nto pocl1·na maiar, W '~"ª"Relt·ndos
º""
c.."lc;o,. de notam , cnt.io, a necessidade de u•ílexáo ttcmca a r,~pcno.
11 que iüo c1,,.,l'Iª' .un, re~ol,tram que o melhor modo ,cria golp,·a-lo lllm um sacodt
arriJ cnqu,into dorm1,!>C, par,1 qur d,·smaia,~,· F1·110 1-.so. a l'Onscquénc:1,1101 Jp,·rus Quanio 3 isso, forço,;o notar que as teoria.. que buscaram dehmuar e,sr, Ambno,
co:.tumJm f,tZt-lo geral mente por meu> Ja discussão do dolo 0110 Jc outro mo<lo,
odrsprnar de ·.\f", o que lc, ou o,compar,~ a u11hz.1rem o cinto, 1·onfo1 me o pi •M
prtfrrem alcançar um conct"1lo de dolo eventual ma.is prcu,,o. nlo problenuu::ando
ongrnal. Isso Ir, ou ..M. â morte. Perceb<-ndo o llbllo, .. K" ,. ") t1•111a ram, s,·m , ucc,,;o,
aquc,Lão em wrno da culpa 1:onsueme
ramnu-lo
De qualquer modo, <le,\'ela .,,l. mzua, el eh\ 1d r t.us trona., em dois grupo-. {atrc•
Ate ess.e Ubo, o lnbunal ::.uperior Feder,11 da Alemanha ( B( ,11) ade na, .1, '""·
Lido~ em ma1ur ou menor mcdid.1, rc.-,pccu,amentr. à ,ontadc e à reprcsentaçlo),
soante doutnru então dominante, a teoria da vontade par,1 fin s d e tl1st111\,ln entre
para depois ser apresentada umJ novrl vcr,;ão, As teorias da vontade de maior rdcv1>
dolo e culpa ()esse modo, o dolo demandaria a vl'nfi1·,1ção clo cons1•n11m tn10 il,l'>
,,1 0 a) do ,·un,cn1tm1•nto; h) d.1 ind1lcrcnça e.:) dJ C\'itação nJo CClmprovada Ja li'>
11gc:ntes, o que <letivamente não ocorria na h1pót1·se Pro,urando afa,tar ~e cl.1 s~lu•
tcon.15 <le maior des1,1que .11rdad.1., à represe: ntJçao "30 a) cio conhr~1mcn10; h) da
çao mcno, gra\•o~ no caso, ut1li:ando-'-!' de linha argumentati va rela 11, .1 ao ·ln.ira pos,1b1hdade; e) da prohab1l1d.1<l•·: d) do rt.¼o; e) do pcngo dõpro1rg1do.
,trio" a poss1b11idade do re.. uhado 11pico, o Tribunal roncluiu qu1· o ..1011jM111<11 se•
.
O pnme1ro . uquc1as re1aaon ada-, à ,·ontadc:· ,\~,;im•um,al•
grupo de tt'on.u. sao
rom o r,·~uhadocarat renzana o dolocv1·ntual. A partircla1, doutrina e 1un,prud<'
mente, r com o claro vil·., d .1escola d.b,1ca cm aprc~n1ar ,1 rõpon..abihd 3dc prnal
alem~ pa,sam a dr,Jo,ar•se de um 1dcario de 1·on,ent1mcn10 p.1ra um d1• l'OIIÍvrMJ·
como~orada na 1mputabihd:ide moralc no h\ re 11rb11no humano,( amra'".focando
\':10 ou rcs1gna~.io c<1m o resultado 11p1ro. Assim, a aprova\'ão seria 10m rd.1çJ11 •0 0conscmimento vianodoloeven1ual,ma1~ doqucumaa nutnc1a •,im urnaapro\,1çlo,
rc.. uhado JUnd1co "'
um ª'J)('Clo de ag,rado. A tcorta do con--.·numcntu tc,c, nloob<.tantt, \lt;::grlr codmlo
No ca!>O hra,1l1·iro. ao ron1rano da rcahd.1dc alrm.1, a iurb p rudrnn.1 11>-1111112 '>tu maior defensor. No mesm o inílu,o qur úirraru nc,se a5r-- nttto · paradt e o ,, o
51mplt"smente re11etir a d1cçáo J,·gal, drcidindo 0 ., çasos sem ma ior ·•í!~u111c111.1(i0 . . ialooqueagra rongentc.
C\fl\lual 1·onststiria na apro var,io, no (on~numemo ou en "
cu•ntífi<:a, munas e munas ,ezes l'ncaminhando para julgamento parn tl Ir1hun,1l do
Jun casos de acidentes de trins110 tom v11i111as fatais apl'.na, pda prc,rnP d,1 .rn - - - ualificalo a uiulo ele cL>lo " 111•
bnagurz do motons12 Aliás sol, . . b • ·r . 1•11 ,1 ,t,, i!1 • Pr'11a! lubtas corpu.~ Jríbunal do Ju.11 rmnuflllll /"11 homic~:o ~omot,, l·ml•wgur: alc~a
• • ri. a t m nagurz ao volan1t· n.w -..1g111 1t,11 , 1 •
tual
•'lll"
°'"" la.u!fica('11• par11 h. •m10Ju•, 11lptNJ "'' dm·,clock ,tu~ oa· RI\ a;o,Cl(à' cl'll ~ ,pc ió
h~r.t m l•l"'-1 All'< ""ª .ln <1mrr11lJ4ilO J,, d.-mrotD \ JU\(l. nf,da" (H( 107 ;;o1t:-r l'
\r ,.,J. __ ,,_ 'd c,b.11cl110 Onlan con,:
'I l SILVA !:>Ál',;C., 1!./ )l-~us-Ma11.,1 A I , 01 1.il . <~-,.,,.... ,(lffl =,,f.,mrnh• J<1 tt>n/Unlo I' li((> rr 0) 13 10 2011)
·• rt('<111l,<lt1 ,fo d11r1111 11nw/- .,., ,nh,., .t.1 P•' 111,'II 11 ,., -1 lurma, '>TF. Rtl Mm ü m,cn Lu,~. m,, I 1)(109 lOI I, r
nas -.oocdaJrs nt...-1nJus1nai• 1 d L 1 " ,,
,~~
lribuna"-, 1002 p 62-M ,ra UIZ 01.11110 <l~ Ohvcir.1 Ro, h., ').llt r.,111,,· "''' 1111 .
1; Rrl Mtn CdsoJc \kllo Rf7l3/471\ nrOl 031999
. \IJ, Re,p IQ2 0-t'UOI Rei Min . léh~ flschcr,J 090Z l99'l, ~
'li ~GUE'ilhV-\LIESd,ll,11non Casodtluntur,\11 /11 ~AN< 111·/'.·O'>111.<,ll lll Jtl{tl I'
a,tJ, qur li 1nm, <111,md "' dn. h : CARRARA, Fr-.1ncr\Co Plllgrnma tlrl , cll., P 112 A ro RoJnguc: Mu~oz. llutnc1'
iJ, R,\Gllf',l\'•\Llf;S R '' "ptn,, 1 ~b,l11<l l1dcy, l0ll.p. l\M 7
~E GFR, Edmund. ltatuJa Jr daaho Tra.l Jo!ót r'"ª'
1111
. . amon Ca\o dd • lll • p 19J-l05
rcs· 11.ammurab,. 2010 v 2 p. 137 e"
(TRAI VOIUMI , 1
OIREIIO rrNAL rARlf '
306 1
Dot.o E CUt PA 1 307
11
mento feita poi Jrschr rk , cons1stt• no fai e.se da re presen lação é a de Mayer58 e sua .
·· ostaacsscpensa ' d 0 dr<
A cnucaop va,..;osão tipic:as aprnas o dolo d ireto n~ 111~a, ()1JLíll l ssibil idade caracterizaria a culpa conscie noçao da probabilidade Para
· · asdeapro ,.. • "'º do · 0
referidas caracterisuc: do ~ctnlO de co1110" , as condut as doe; ª "ci t Cven. 1eraP . . d E .. _ nte, po1so doloc
d · casos como o ,., 1 es sr • tlC, a n . probab1 ltda e. :ssa versão in_1c1al da leoria da b b' venluat exigi~
1ual. A emats, em , clolosas O que revela a madrq uação do I>º riallt d 1de1rll d 1· . pro a 1hdade r
d · dentes e n..o ' • , r1sall] ,,r • • ossibihdade e rea 1zaçao prauca,sendo indemon . 01crn1cada
considera as tmpru d cnsamcnto Baumann e Wehcr'2. os quais rº en10 5 lravel ª probab1hdadc
1
Atua mente,sa
- 0 adeptos esse P
d
.
ltado definindo-o como a inclusão cio rcs
• nova
rallt rMsoJ. imP f rida. conforme Puppe •
lis11ca rc e
19

o ideário de aprovaç!lo o rcsu ' uIlado na esta- ... l


Aliá e;, esta ultl m~ autora e a p: nc1pa expoente de unia van,1ção dessa linha de
vontade do autor. . ,
nto na aLualidade. Puppe desenvolve peculiar pcnsamcnt d d
.
Eng1schn, por sua'.cz, poswlava uma nocão . de 111cliferença
d . do age,11 c quanto . nsarn e . • 1d o, enlcn en 0
pe d IO sena um caso espec1a e cu1pa havendo em ambos a . . d .
• possíveis . resu 1tad os co later:us 1os con, exiwri . ,1
· upicos ' exclu1dos . .os 111 c~erac
f '11tva d, ro o - . d . cnaçao e um nsco
q1~ errnitido. A proba?1ltda e sena o reconhecimento de um perigo qualificado
_ . Q
ausenc1a. uanto a~ sr pensamento, íoi-lhc cn11cado o ato de que a falta de clesc
•.-1 0 excluiria o dolo eventual do conccn o d e clolo No 10. nao pO bem jurídico, realizado por um prognose intelectual. A consciência do perigo
presente em sua deli1m.... . . . . .. 13 ras11. nara
r
• d 1 d I A ··
re imprcsc111 ive para O O O. crruca a este rdeáno co~Luma ccnlmr-se na
Tavares:11 noLa que a 1·ndt.'rrcnça
1, e o marco 1111c1al da assu nção d o risco. e sernP
_ . ão de um da d o s u b'1euvo. •
A teoria da e\'t1ação não comprovada deve-se ao íinalisr~o ele Arm in I<aufniann,1 obJeuvaç . . -
Ademais, existem a, nda Leses denominadas do risco E O caso do pensamento
De acordo com sua tese. odoloevcntual consistiria na a~sênc1a de atuação sobre ocurso
Frisehº', para quem a d istinção, enLre dolo evemual e culpa consciente, é pautada
causal com a finalidade de se evitar o resulLado. A Lcona demanda, po is, a verificação 6
da exteriorização de um comportamento, com o qual, con1 viés fln alista, é possivtl ~: grau de seriedade do risco.Jakobs 2. por sua vez. rechaçando o elemento volu1vo,
imaginar os fins. Focando o dolo, nota-se que a teoria não diferencia claramente o dolo busca O critério na relação entre risco e resultado, para encontrar o grau de menos-
eventual da culpa consciente. na qual também o agente não atua para evitar o resultado. prezo à norma realizada pelo agente. As cn ticas as tt:onas do risco centram-se em seu
artificialismo, praticamente rechaçando a postura do agenle pela falta do elemento
O M'gundo grupo de teorias é diametralmente oposta às teses da vontade, pois volitivo e redução do ãmb110 in telectual do dolo
defende o critério da representação. No cerne dessa teoria, também conhecida como
do conhecimento, Frank)<) postula duas de suas conhecidas fórmulas a respeito do finalmente, merece menção a teoria do perigo desprotegido, de Hcrzbcrg"1, a
dolo eventual. A primeira afirma que atua com dolo eventual o agen Le q uc, embora nJo qual extrai O elemento volíLivo da concepção de dolo e íundamenta a distinção entre
querendo o resultado.atuecomaceneza (conhecimento) de sua produção. Asegunda dolo eventual e culpa consciente com base na natureza do perigo Desse modo, 0 dolo
fórmula aponta para uma ideia de indiferença, qual seja, atua com dolo cvcn1ualo eventual seria um perigo desprotegi.do, ou seJa. um pene,·oocuJ·aconcrcúzaçãoemdano
agente que reflete ~ocorrendo A ou 8, mesmo assim agirei". dependa de fatores de sorte o u azar ( exemp1o. ro1eta- russa) A culpa . consciente, por
.
. é, ha\'cria um cuidado ou a1ençao
sua vez, consistiria em um perigo protegido. isto
A teona da possibilidade fixa que o dolo eventual consiste na possibilidndedc
ocorrência do resultado, consoante Srhmidhãusers1_ Em uma construção artificial.
.
do agente, da vitima ou de te rceiro com n scas ª evitar 0 resultado.
_ . dUma d vez ue
mais, as
passa
. focam no artificialismo emse es,·a.:1arocontcüdo subJeuvo
crtucas _ ,o OI q º·
o autor culmina por eliminar a categoria da culpa conscien te, pois en Lendc que ioda . de um critério quant11auvo.
culpa seria inconsciente, o que não encontra respaldo na realidade. por uma tentativa de objetivação por meio
. . . . doras do dolo eventual e culpa cons-
Feuo esse panorama das teorias diferencia _ o-i · I se denota corno
·
ciente, contudo, merece menção o pensamcn10 de Roxm
· , o qua
5
1. JESCHECK, Hans-Heinrich, WEIGEND, Thomas. Tratado de dereclw pcnfll pane i:cncn»
Trad. Miguel Olmcdo Cardem:te. Granada. Comarcs, 2002. p. 321 e ss. _ . ftil Se - PolilolT Ubdut::. \lonten•
52. DAUMANN.Jurgen, WEBER, Ulrích, MITSCH, Wolfgang. Strafrecht. ,1llgr111r11111 58. MAYER, Max Ernst. Dnec ho pt:ncJI· parti: general Trad rg10
Lchrbuch. 81clefeld Giescking, 2003. p 418 e s~
53. EI;64Gl5CH20'Karl. Unt.ersuchungrn úher Vonatz und Fal1rlassiglieí1 im Strufr~c 111 A,1lcrr s.·1r1111,1.
~ .
dc0-Buenos Airt.'S'. B de F. 2007. p. 327 e 55
.

· PUPPE, lngcborg. A c/iscin(QCI... , c 11, P· 7l.


. p. 5 e SS.
54. TAVARES,Juarez. Teoria do in· 1O l J5I ~- rurrE, lngeborg. A clisti111:ao. .• Cll.. P 82 l . desam>\IO. lundlm~ntos ycu'5UOílC>
IJUS penu Ceio Horizomc: Dei Rey, 2003. 11 ui. FRISC• . . .
. d, Wolígang. La 1mputacwn o ~euv b- . a dei rtsuhac
. o. 54 e ss
55. Apud ROXIN, Claus. Dtrecho p,mal ... , <:i1., p. _
436 437. l\l abu:nas. Trad. lvó Coca Vila. Barcelona. Atcher. 2015· (l
56. FRANK. Reinhard. Sobu la ... cit p , 2
, ••. ess62 ,(U:
63~. JAKons, Günther, Tratado de ..., cit., P· 461 · 4b - ,,
57. SCHMIDHAUSER Eberhard v,0 501 zbc . . .r . ht 111'1111~
J. CD. Mohr. 1968. passim.· ' griffundBegriffsjurisp11ulc11 z 1m Stru1 111 • bi.. l\pud ROXIN, Claus. Derecho pena1... , cit. • p· 4-13..,.., 5.
ROXIN, Claus. Derecho penal..., ci1., P· 424 e ss.
•••• • •111EC.íJI.\ L-\'OLL")CI' 1
108 OIRfllO l'L""' " ' llOt.o E C"l Lt\

~ o <b q~tão. Pa rtt' o proÍC<.,;cir dC' Mur11qu d out rrna mrnor11.ina, como, tntre nós n.
ITK'\.JOlt' para a comprren (" t tr~
fiT.ti
r,r11 1l mc prctcrd o Ioso d rícnna dr cn~' udt11<.ourt"'
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..,.,1 -c1mag11ur li ,1IU,IÇ1IO l'ITI ljll C' li a ~t' ll ll" d,-..,.,a

relo chamado dolo d11T lO d t' pn mt1ro )!rau. como t'llp 1 ~


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11
_..,
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p!J;I 00 ~ m ·urid rt:n les:, o não esta conudo n 0
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d CSCf,U\"D-"'-IC'Ológ101 • "<'gll lll ., 111)<'11.:~t' 1' ,lllU1·I ._.,,~ 12). 126c 127 do<:.odtgo
,·on1adr. com narnreza ,,. ~ rin dch1"dr. J•"'
,._ rodu:tni O rc:-,uhado e, amda qul' não o cl~tl', atu.1 :,..('~e. 0
o rrro ,a,;cu tumo, dom~omodoqucoellcessona,c:ausasd Penal
agtntt" ,.;iLJC que p d 11 " ca~
. d J , nonrokanll'11lO,nàO"-Clrata Cl OOC\('nlu.111 ·lo r dolo de uma condu1a intcnc.,onal nnc.<ib I
con1rano o .iprcgoa 1
.,rau JU:-.ulicado mt m" pelo cl1•m,·n11l vol t11\ 11 1, 111 Hs I .......,
11.1\ ck ,L, _,,k oc lul O • r ~ I r llando su1 e Just1Í1taç:\o '.
d lít"IO d(' scgun do ~ ' ' Ilt n log r~ <urda -se da chamada culpa unprópna ckco d punição a 11111l0
L t ; úhrmo ca...o to do dolo t:\Cntual, o q ual ocorre quando na. c1tcUIP•1 1l rrmtr osrrgra1I1tt11osn:btm,s
u,o. , nu Imtne.. ºªitn ,o erro de up<>
e\Chbl\1lmrn1e dõCOnfia do resultado te

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na ·- Ít'ila O dolo com cu nho tH·n 11t.1I a,sumc , Iara d 1m1·n'i,to nor,,
atribwçio. ou scp. há de -.cr capu de atnburr ao a,1:.cn1 ,; · o seu plano dr
z:l\'2O ,mera! O dolo e'.' eniual, entlo, rnl sc p('rfaz.n l ,1,,1 o -.111 1• 11 11 tcn ha '-l'
m,,~,
1<•~,g: JA Q. CEGUEIRA DELIBERADA
cm mduir um mmt cm ..cu plano de :l\,tO. A• ulp;i conx 11c 1 te ao rr,,·,. t" a rll,
dodcl11o dc;,scdcqdt rato. Por L-.SO, Pup~ ' rc ......:iltao caral('r Ollm1a11vo-a1nbu1n do fm ~i:dc: jurts prudcnetal -ameia que de modo basunte bmnado- 005 ulumos
d o lo ,nos. alguma-. dec1,;õcs brasileiras tfm se escorado ru ch.:11t1.1da doutrina da •criuriri,
E ;;c cunho normau, o fn..;aJo quanto ao dolo. t•m c t·rt,1 m edrd.1 , aproxun~ cb
,!dibcra.1.:i", enquanto suposta catrgona complcmcnura ambuiµosubjc-tl\.i dt rr.-
Poº~b,hdadc p('nal. ao lado de dolo dnno, dolo nouual, culpa
culpa rm 1rrmosdo1:1TU1t1ro,., ,mahzando pela ronfinna1;ao da, p.11.1, r,c.de llec
qmndoa:,)(\c:nqur ·ocanunhardoD,rcrtoPcnal deu ,,nlcJo, ma grnrluti\'11 ,c,un,lu'/111 Auprrs<.lo sena, a pn nc1p10,a traduçaoao vemaculo do 1ns111uro anglo-sax6nico
wfrmdo tk moumnuo perulular; no sentido tk funalrnmaito da , ui," ,1. . nmmat, • -.ilffwblinJnc~\, construçao de on~em Jun,prudenuJ qi.c tr2du:as111uçlotmque.
bas1e2mrntr., o agente e r~pons;ib1hudo penalmcntt por ;;e colocar dchbrratb.mcntc
nns11uaçio de ignorâncr.a para e,·1tar o conhec1men1odr uim pr.mca dd11J\a, como
14 8 oumos ASPECTOS DOGMÁTICOS DO TEMA PRETERDOLO. mtto de assegurar a ~ua não pumçào
ERRO E CULPA MPRÕPl?IA ~na algo como, grosso modo. a conduu dr um ~e-;tru:. qur procura propo,1•
udimcnte não saber o que~ pa.,,:,.a a ,ua ,oha em s11ulÇÕt"S du\'1dos;5. õ-'.Ondcndo
OtemadosclrmrntossubJt"Lila5doupodcnundaamdaatcn( .í, a ,u1ra,qu a cabeça, como no exemplo do agentr que acnu porek\-ado ,ator tran<portar um
dogmauc.as com S1gndicat1\"a rrperctbsJo pratica, todos a a fe tar a al nr~,io d,1 Joio P3cotc sc.m perqu1nr -.ob re -.eu conteudo. ao fim re,elado peb!. nutondadc:s como
Cuidam•!>t' das snuações de prrurdolo, erro e culpa imprórrra. drog15 ilici t.as. Perceha -..e q ue a rtOl,'30 procura e,U!xkccr b.ili:as purull\ 2'.- quando
d l:pos5htl\enficu-umupopenalS1multancamentedoloso, ( 1.J .0-,.1 Trai ruo~ con~gue dem on-,trar plenamentt .1 mtençio cnnun°'1 do a~r.nte
oscnrnoagrtnadospdo,rsulladoou prr1uintrncionai),l'm que patcda tia n1111.lut.1t O rn,tituto ~monta a d t"Cl'-ÕC' do <.ec :\1\ na Inglaterra t no-, tSllld t:mdas
u~pu taJa aoagentea lltulodolosotoutraa título culposo. :,ãot rim,·,t u1 "rcsul <ÜAmrncan O primeiro prt\.edcnte conhl'c1do dJt2 de L 1 no aso Rau:M ,enus
, ao a1tm d.a mtr-n""o do 3 p . SI , de mrtais ío1 acu..ado de
~ gentr reterdolo51gnrfica "albn J0Jol11" p..1r co11...·gum1t tq,. Na oponun1dade. \\'ilham :-kep, um ~omeruante ·
em ia,.,
cnmcs, o rt"Sllludo cxt 1 ' d
rapo aodolodoagt"ntcº 7• J·mbll'ma11c.1h 1p111,...c e
2n,,,.
-roupnaç.10 de bens publico, por ter entregue P em ..,312
b:Jmue ,m IU\10 tner...2I1te
catrgorra ta leslo corporal da d i,i;
_., scgu, e monrl"', em que há d o lo nas Jr..()cS corro
amecnirntes e culpa na mortr consequente
69 -8 - - - 1 . Paulo ~-a.".a.. .!016 "l P- >-'-'
ITE" COURT Caar Rohcrto r,aiaaodctlirnropcna
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65 l'Ul'rt . lngd,or,: A d1s11,,,1Jo
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complcxldJdc, o tema do erro sc:rá a = º e
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BE:C.HARA, Aiu f:11~ Libenatorc Sih~ \lllo
fl 23 ~ i~ 71
72
An,go 23, puagralo unico, do <.óJ1go Pen.li
67 BRANDAO. C:Uudto <.urso dr . ~ II01ma , CII p 39 1] An,go 20 Jo Código renal . nd wdlful 61•~ Thc l
~ , 01 , p IN t.1A1tcu._, Jon.athan l Modd Puul Cooc ~ton ! O!tl) a ® ' RaffiOn lJI ,pioranaa
An 129, § )º, do Código Penal i 14111
~,. JourflG.I vol 10-i - n ~ 19'13 p 2233 e~-• R.Jt,C,\;f' '
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IJlll o agour não qMIS II rl'lllluufo • qtlt' tu "sr t l'llllla mn11r r as nuunst4Jl;WS "
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sr m,1-11<1u lomo • . 1•Jcno i·nnhc, 1m1·n111 dn, lato, \l!Jo 0,111u •· • 40 rmi..tr.irur<,t h
qu,mdo o agentr "·'º P"" 111 ,~• 4
0 doidc.1riod.1n·g11e1r.1dcl1bcrada ,por,iqu,fora l · · ran rzana
rtmpul:t\J,1,ub1r11, .1 mh ordc11.11111·111c",111010 n11r1••~•• m simp r,mr111c 1nvrn1ad
Orom· qur ,1 ,1,1rma 1" 3 d ,. . • ,.. '·•~~IIJ. jlllr-J d,ci,tl, e ntrnos p,1ra a ~ua apl1<:ah1hdade c·om ~-
ai_,. e JU •. . Vl'l.ls, no 1undo, a se punir
d l ·n 111 ·da acolhida no,p.11..,1sdr m,11n ~ru mp,·1a 101111 e 1111;içôcs em que não (51,1,.1rann1z.1do nem ndol d
co~r 1·0111ple1amrn1r 1 • ' • 11roL11 P"r do1o' o 1rr10 ntm O e\'cmual
c,,rno o lk1,il qur adoum ,1 lnma Geral do lkhto.
' rurtir do c~wdo d,•{ .1,0, como do furio Jo l.bnco <.entrai d 1 1 n
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,,a common I ª'". , . ..
O~lrnu-nlll ,ub1r11vo e rh.1mado 111r 11, IC11 r,nri•~s••o que ,. · •en ,1 470/M(,. o!') fl caso i o mrnsaldo") • Gu1lh•nn "
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tk,adJ prooob1l1dadc d~ estar cn, oi, 1Jo cm .1lgum nina·; h) manter St". mJúcreme
~-... p<Xkm ser Lr11du:id.i;. por intrnçjo, conhrrimr1110. imprudenc1,1 l nrglii:t· mia cnt rtl,iç,lo ,t ,s,o; e e) ~,·nar ,1prol undar o ,eu uinhrumcntn accrc.1do cume rm que
embora ,cu, contorno-. não dt'trnham e,:11amt·n1c o mt·smo s1g111h c 1dn d;tdo a IJls Jc-.confi.1 õtar cnvol,,do . D1am1· d,·,~,• pl'cul,ar quadro mdusl\ e, 0 ,iutordisungur
palavra~ no Ura,11". willfull blmclnn, de "cQ~11e11e1 J dil>ncu/,1" 13 4ue ruo s 10 e,trs oscon1ornosdado<, na
NoAmhuonmtr amn1cano,em qul'a troria do II i///11// hli11cl11r" -.c.'<lC't'll\'ol,·rod( common l11w.
forma maisaguda,da t u1ih::adacomo ,ub~111u11,·o do k11owlt'cl~,- rm l·rrt:i-..-..1111,,çõcs, [m ,intesc, pode~ ,1íirmarqUl·a tconJ dacr~ue-1r.1 dd bt'radacm nad.iac~t.'nta
~,1s1rma11ca hras1k1r.1- suíin1·ntl ml me di~c1plm,1d.1 pcla~ca•e~oru~dc dolo1hrc10,
74 As tApn-;,.sõcs são aph<ad~, pelo Ctid1,to rcn.. l \foddo norto:,amatC.11111' •2 LI.? /ir Julo r,·entual e l ulpa, cm qu e pc,l mu11:i~ \Tzr, mal mJnqado, na praucu -, sendo
Grrau d,- Culpahu,JaJr ( 1) Rrqu1m<1> mrnimo, dr cul{"'b1hd.i,k l.::c<t'ht wn/fllm,· J.,1"'111 ~acionamento isolado, ,l'm qualquer r,·spalJo c1cn11fico e que ·•p(na, confunde o
""Sei"'' 2 05, um,, /'('S''"' nll11 r culr,ufu Jr um J(/1111, a mrnm 'fU< 1rnl1.i .ig1J,, dt f•••""'t'"' m1rrprr1c. Sua importaç-.io, ~ iu1da de hi::.im, •aJap1t1cdo •s1nalJ;J1-,;e apena, romo
po,11al. C1111M1t'lllc, 1nipr..Jrn1r"" nrr,l,r,rnrr. conjormr a Ir, I"'"ª nig11 ,m11 rdac,1,1 ., C<IIW
1m1.11iva de ampliar a repre~~o penal "ub,enenJo os 1nstllUl0' de leona (,eral do
rlnnn110 matmal do dr/110 (:!) Tipos dr ll,lf"ll,1/1Jadt dcj111;J.,, (u ) /1111·,111111 ( lma 1~·1",u ugt
prilf"')Ualrnaur"" rd41<ao a 11111 rlnttmto m..11rrial dr um d.-11111 no, >l'!:Umln rn,01 c,J "º Dcluo, opc;ào pun111vista sem re~pal<lo legal ou doutntúno e, dc.s1:1 ícna, ab,oluta-
rlrmn-.1o nn h,, a natu= dr sua conduta ou um r,•,ulta,ln ,lrl,1 r J,,, ,~11 c1l111·t1>11 "'"" 11'111< mcmr inde~jávcl 111•
~ t'fl>olw-r""' uma cond11ta dni,a nat111na ou'"'""" tal ,,,.,uliad11 r ( 11 ) ~r II clm1rn11• ,-n1.iltfl
a., n•rUll>úblt,.:n P'OfflUS, o agmJr otd clnur da rx1sllni ,a ilr '"" cm 11n , 1r111w1, ,,u "' rtllu
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