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UÇAO
FIA COMO 01.SSOL RVADOR
DE VISTA DO OBSE

Eduardo Passos
e André do Eirado

m et od ológica deve ser a �


icu-
co m o dire çã o
A cartografia el a um plano de aç ao
ou
s qu e co m põ em co m ·
la da com três ideia -
. ~
hd de , a de 1m p 11c açao e de
a: a de tra ns ve rs a a .
um p lano de pesquis ____se ____ _..,.., . _
trad1ça o de p qm ­
p.onto.de.\'i!i!a do ob rvaOor. E na
es

oca em qu es tão os pr es su po sto s objetivistas· e cientifi­
sa que col nas ciências huma­
sto s co mo ide al de int eli gib ili da de
cistas impo
o se oferece c o mo alte r­
nas que um "modo de fazer" a invest igaçã
à ideia de disso­
nativa. Nos limites deste texto, vamos nos dedicar
já po­
lução do ponto de vista do observ ador, contando com o que
demos considerar como artic ulação das ideias de transversalidade e
implicação discutidas em outro texto deste livro. Queremos pensar
0 método cartográfico como aposta para a pesquisa n as ciências
humanas e sociais, mais do que fazer a crítica ao p ositivismo .
O método cartográfico, útil p ara descrever processos m ais
do �ue estados de coisa, nos indica um procedimento de análise a
P�tr d� qual a realida de a ser estudada ap arece em su a composi-
çao de lmha - s (De1euze e Guattan, 1995; Guattari e Rolnik ' 1986·,
Fonse ca e KirSl, ,,
2003). E pela desestabilizaçã o d as formas ' pela
sua abertura (a
na"'l'ise) que um plano de composição d a realidade
pode ser aces
sado e acompanhad o . Trata-se de um plano oenético
que a carto º
ri. ndo ao t
gra fia ª
desenh ao mesmo tempo em que ger a , co nfe-
raba lho d a pesqu· -
1sa seu cara,, ter de 1ntervenção 1 •

. Passo

. s_ e, R · Ben
1 nt er
vençao ', n st evide
col tA s ' "A cartografia como método de pesquisa-
e a e anea.

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Digitalizado com CamScanner
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·coeficiente comumcac1onal dos.sllJCl �t�, �pos: o que Guatt,1ri ,
(2004) designou de !ransversahdade.�Analisar e abrir as forma"' da ,'
realidade, aumentando seu q11a11tu111 e-lran. ersalidadc, síntoni- )
C.� zando seu plano genético, colocando lado a lado, em urna relação
8 de contiguida de, a forma do fenômeno e as linhas de sua compo­
sição, fazendo ver que as linhas penetram as formas e que as for-
,'
mas são apenas ananjos de linhas de forças. Esse procedimento
exige mais do que uma mera atitude descritiva e neutra do pesqui­
sador, já que este modo de fazer só se realiza pela dissolução do
ponto de vista do observador2• Trata-se de mostrar também que
todo campo da observação emerge da experiência entendida como
plano implicacional em que sujeito_ e objeto, teoria e prática têm
_____,.___., ______.....,__.� �...., ...�� -� ·- ·-,- • • .t «.:. J, .... b4

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sempre suas_ condiçõe_s de gênese para além do que se apresenta
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como forma perma�ente, substancial e proprietária.

O experimento científico em psicologia


e o ponto de vista
Se tomarmos a história da psicologia, identificamos tr�s
posições que nos revelam como os métodos de pesquisa ficaram
submetidos à ilusão da independência de mn ponto de vista a par­
tir do qual se poderia conhecer sem intervir na realidade.

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