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Cornelius Castoriadis

A
INSTITUICÃO
,
IMAGINARIA
DA
SOCIEDADE
6ª EDIÇÃO
320.531 C354 6.ed.
Autor: Castoriadis, Comelius,
-
Título: A instituição imaginária da

llllllíllllllUHlmm
PUC-Rio PUCB
2:~:~:2
"/\ Instituição fmaginária da Socie-
dndc.:" não contém apenas a pro- 1.
posta de uma nova visão " teórica"
do social, como o título parece
:-.ugerir. A sociedade é de fato o
obje to central da investigação e tal
corno ocorre, por exemplo, em
Marx, trata-se de saber o que é
c.:ssc.:ncialmcnte a sociedade, o que
é que a constitui fundamentalmente.
Mas esta tentativa de concepção do
social é inseparável de uma postura
crftica. Toda a primeira parte do
livrn - "Marxismo e teoria revolu-
don6ri a" - é, com efeito, um ba-
lanço crítico minucioso e muitas
vc.:,c.:s impiedoso do marxismo. E
c\ln crítica, por sua vez, é insepa-
1(1vc.:l de uma contestação radical vrn:VJJi]\,19' .,
du 11oçi1n de " teoria" e da visão do
, nhc.: r que caracterizariam, segundo .,0-VJtG'.J'l/OJ, Ce, Q,
n autor, toda a tradição filosófica
ocidental. O próprio título indica r.iJJ-./O 0-l}o (}21
t11111hé111, muito claramente, a origi- 1
1rnlidadc e a especificidade desta )_fYYf').J l"(W')~
p1oposta: a sociedade, de acordo
l'lllll o autor, seria o produto de
1111111 in\litui ção imaginária.
1'1 c~c11ça no mínimo insólita do
lt·1mo. ( '0111 0 assim? A imaginação
l'olocada co mo princípio fundador?
( 'nrno deixarmos de nos espantar
1·11111 c-.ta ousada promoção de uma
f11rnld11d c.: de má-fama, muito mal
v1•.i11 110 lo ngo de toda a história da
lil1h1>l'i 11, ovelha-negra ou filha bas-
l111tl11 olhuda quase universalmente
11111111 111(1-companhia para as ou-
11111, f11c11ld11dcs através de cujo
1'\1'11 leio pçrfar-se-ia o rigor cientí-
111 11'1 /\ vida social na complexidade
1h1~ •,1111', iw,tituições, do seu intrin-
1 111li 1 l1'l'ido de.: relações, com a
1111111•111il1d11dc dns suas técnicas e
pi 11 1h 11 1, v11 ri11d11 ~, suas múltiplas
111111111', l'lill11l't1i'l, etc.: ... tudo isto
11 ~1!1111ii11 d1· 11111:1 fantasia arbitrá- 1
' 11'1 /\ vld11 L' sonho. . . O homem

j
l
COR EL US TORIA IS

•'

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'
1!
A INSTI UIÇÁO I GIN RIA
DA SOCI DADi
Tradu.ção de Guy Reynaud
Revisão técnica - Luis Roberto Salina. Forte

5• EDIÇÃO

EfJ
PAZ E TERRA
u ScwJ. J9
Traduzido d original m ftllJWOCS L 'lnsr/J11flon imagimtlr~ d
CajNJ J:u:o Lcvitioe

CJP•B!asU. Cat.-slogaç-ão-r,a-fonte
Situfünto lonal dM f dl10rcs de Livros, lll,
UMÁRIO
Castoruadí.1 . Co [leliw.
C34 A loStlruição imag 11.d,uocitdoo / Comeli
db, traduçfo de C uy ~auct; n:vis tkttlca de L · Rer
barto ~ Fo es. • Rio de J iro; Pu e Terra. l982.
(Co o Rumo~ da cuJ UJI\ moderú3; , ,21
Tniduç:lo de: L'imtitutJozi sin~~ de la cté
l. FiJ . o a 1r~ 1. T frulo II. Série

CDD • 199.,C9j Prcfâcl . . . • , ••.. •.. , . .•. .... •.. ..•.• , . .. ...•...• , .. •. •. · · · • , , · · · 11
82--01 1 CDU - 1 Comelius, e.
1. MARXlSMO EORIA R VOL TO RI

1! edição: 1 2 1 - O M R lSM ; BAL ÇO PROVI ôRIO ..... ... .... 19


2! ccr - : 1~6
L A situ o h • tórica do manti mo e ·a noção
D ltos dqui:ridM pela de: ort o io .. . .. , .. .. . .... ..•. .. ..• .. . . ... . .•.. .. ..... .. .•1
EDITORA.PAZ TERRA l i\ tc:ori ena is· d bistórla .... .. ..... .. .......... • .... . . _.26
Rua do Tri11rúo. 177 D-..torrninismo econômico e lut de cla . ... . ....... .. , •. • •.42
0 1212 . São Paulo, P ujcito e objat do e nbccimen o hl.stórico . . • . . . . •.••. .. , •. 4
T~. (011) 22 S22
Obsenr ücs adlcionafa brc teori a man i ta
d h · t6 ria • .. . . . ..•............• , , .. . , , .. ••. , .. • • • •• • • • • , • • • .50
3. A llosofia rxisla d hist ti .......... ... ... .... .... • . . • • 4
O t cionu li mo objetivist . _.... . ...... . .. .... ... ... . ... • • .. • .5
que se r Cf'. • propried.ule dc6ta lnlduç.J o , O d erm in• 010 .. ...••. ... • • •..•... • .. . . .. ••. • .. . •.. ... .• • .• .56
O cnca t mcnto d s signi licaç es e · "astu la

A Jj .léf
·c:··o······ ·· ···-·
"mote-ri· ·· ····· ···
Jii;mo" ...···
.•.···· ····
••. .. . . ···
..• ,··· •·· ·· ···
.....•• .. .. 68g
4. s dois c:lemcntos âo marxismo e seu de uno
2000 h ist r' . .. , •.. .. ....•. . ..• , .....••...... . . . . ....• .. . . .. , • , , •7 i
lmpte o ao B ·11Print~ í,i llrtml O fundamen to füosó ,e: d.a decadê ·i ... . ..... . .... . ........ 84
ll . EORIA PR JeTO REVO' UCIO ÁR(O . . .. .. .. ..... 89
A insti ição odal dm conjuntos .... . .... .... . . . .. .. . . ... . l
1. Prmc.is e: pt ;cto , •• .. . . , , , ... , ••• .. . • , • .... , •.•. .• .. , ,. , .• • , . • 89 A s slentaçio da sociedade na na ure1: . . ... •. , ............ , 267
Saber e fattr .• . . .. . . . , . . . . , •• . . .. , • . . , . .. , . . .. , • ... . •... , • . . 89 O leg, ili e a língua~ m com côdig , .. . ... ... .. . , . ... • . . .. . 177
PrilJt i~ e: pr-ojtlo •.. , •.• , •.. • , . •• , , ... • , • . . , . , . . . . , • , .. • , • •. . , . pc:c; tos do leg~ilf • .. .•. . ....• •• . . . . ••• .. .. . , • .. . .. . , . .. . • .• 284
2. R izes o projeto revolucionârlo •. .• , • .. . , . .. .. . , , .. ... , , . •• 99 Leae n, dc:t,c.rm i nIelude, e ntcnd· mento • , , . . .. .... . .. . ... .. . , .. 2~~
As rafi:cs $0CÍais d projeto rcvotuctonário , ...• . , ... , , , .. •.. . 99 /\.sp os d I e11kh. ln , • • ••• , . • • ••. , • .•. • , •.. . .• • , , , ••. •• • , .• • .3
Re lução e: racion~liza o .. . , ...•.. . • , , .. •• , .... .. , .. , , .. . 106 Hi. toódda do legcin. e do r~uklteJn . . .... .. .... . , .. .. • . • , . 309
Revo luç!o ~ totali1J ade social , ..... . .... .. . .. .. , ... . . , •..•.. 107
R.aft(U -su~jcli as do proj o rc,votucionâr-io ..••• . .. •• ... • , •. • t 11 VJ. A rNST1T IÇÃO SOCI L-HJSTÕR ICA: J
ógic (lo proje o r~ol ucion ' rio ... . .. ... . , .. . • •. , .. . . . ... . . 1 16 O l D1 vr uo A ISA .... . ..... .. . .. . . .. , • • .. . . . .. 15
3, Aulonomi e aJic-n ção • , , .. . , .. .. . , , , ...... . ... , .. . . .. . .. . .. 122 O modo d e: ser do inconsciC"t1 te • . . . • .. . . . . . . . . . ... .... ...... 3 t 6
•• Sentido ~ autonomi - O indlvídti.0 .. .... . .. .. .. , .. .. . .. .. 122
imen ·o socl I da ~utonomis ........ . . . ... . . ... . . ..... .. .. 129
A heteronom ia ln titulda: a ali ação '°mo
1tc:slão <la oó sem da rcpresent:tdo .. • , .. . ..... . . .. . . . , .. 23
A realidade pslquig , , , ... • , •.. . , ••. ... . , , • , , ...• . . . , ... , .. . )34
O mkleo monádi o do sujeito riginàrl • .... •. •.... • , . •... • Jló
• fon~meoo ciaJ ... ... ... .... .... .. ... , . . . . ... .. .. ... . , •. . . • , 11 l
O •• m a.smo" c:m s,va ace o mHic ....... . . . .. . . . . . , • , . 13
A . 1,1ptura da món II e fa$C tri.ádica .. . .... . . .... . . .... .. • 43
coosüt-uição d;i realld.ide .... . .. ... , ,.. .. .. ..... .. .. . .. . " 351
• Ili, A STIT JÇÃO E O IMAGI ÁRJO;
A su.blimaçio e a social" · • da p iq11ê . ...... . .. ... ... .... 355
o co tcúdo social- histõrk() da $ blim o . , . .. .. , • , .... , •• . 360
• PR.IM IRA .BOR.DAO M ......... . .. , ..... , , ... , , ..• • 139
,3~ O individuo e a ap rcscnt.nção cm ge-ri.1 .... . , •• . . . • , , . . . •. • .. 364

.•
io hui o; a vwio eoonômica-funciooa f . .... ... ...... . ... O pr«onceito da pcri;cpcio e o privilêgi da "e is.a" .. ..... 3 J
A i tit i ão e o sint bólic.:o .. .. . ... . . .... .. .... .. . .... . . . , •• • 14 2 Rcptil$Clltação e pcosa mc:n lo •• .... • • , .. • , • • , , • • , •. • , • • .. . • • , J80
o· sim 'Oco e o imagin.ário •.. , •• .... .• , ... . ..... .. .. .. , .. , , 154
A alioi,tção e o imagi àrio . .. .. .. . . . .... .. ... ,. ... .. .. .. ... . 1 9 Vil. AS SJO ' IFICA ôES l MAGlNÁRlA SOCJAIS , , . ..... 385
As i- nifl .ições im ainâr' tAs sociais . .... , .... . . .. ... . .. .. , •.. 164
Os m mas ... •• , .... . ... . .. • .. • . • • ... . • , • . . • • , . .. .. • •. • • , , 38.S
Papél d s si.gnific.toõci i-ma ~nâria~ ....... . ........... . . . .. . . 176
O lms.g.loário no mumt moderno . ., , • •. , ...... , , ...• .• •.. , . 1 7 As ianifi ç · na
lin uagtm • .. . , • • ; .. ... . . .. ... ....... . ·.. 90
t Jmag:in,kio e radonal .. . .... . .. . .......... .. , .... . ...... . . . ,192 As significaQOcs im aginá ·as sociais
e '"f.c.:tlidade'· . • .. .. . ••• . .. •• , • • .. .. • , •.. , •. . .• , .• . • , •.. • ,
• II. IM Gl RlO SOCI E J\ 1 STIT lÇÃO .A ignif'i çõcs imaainária. sociai
e :i nsüt ·ç.so o mundo . .. . .. . . . . . . . . .. .. , ... . . . .. • . • • • • •· 404
O modo ,de seT d s signifle& imagil\.Íl rias
1\1 . O · OCI L-HISTÔRICO . .. . .. . .... . .. . . .... . ..... . .... . .20 1
Os tipos possfvcis de re po ta~ tradictonai .. .. • , . .. • ... .20
A ociedade e os es uem da çoexi ~ênci · •.. , , . .... ....21 l
A história e o esquema~ da s cci1. -o .. . .... .. ... , .• . . . ,218
. itu i • o fllosófrça do tempo . .. ".! •• H .2n
• ••• ' . . . .....

Tcm.po e cri ,..o ........... . .. . , . .... .. .. . .. . ... , • .. . • .. 1


A iiuti ição social do te po .. .. . ...... . . . .. . ...... . ... ll9
Twnp identitário e t1:mpo imaginárl<l . •.. , , • ... , . ...•..246
lodi troçâo do social e do hhórico.
Ab.s rações da sin n,>nia e da diacronia . •. , ... •••.•.• .' .. ,252
V. A l STTTUICÃO OCIA - Hl ÓR.JCA:
''LEúeI ,. ·• EUKH 1 '' .. . ..... .. . . ........ , . . . . .. 259
A lógic iden rtária o os co junios , , . .. .. . ... .. ...... . .... ... 2ó0
PREFÁCIO

0
lvro pod Pª" r heterogêneo. De r:uo é nurn ccr o sentido,
cxplic:açõe sobre s cin:uóstânci de sua composlç o podem
o leitor.
formada pelo texto "Marxismo e lcori volu•
ci n.\ri. ", p blicado &eialisme ou Barbatff de abril de 1964 a j oho
de 1965 1• Es e tc-xt era cm si me:sm ampli ção io tc1mirl 'vel de uma
"N ta sc,,brca filo11ofl· e coriam r lstasd· história",q e acompanha•
a "O rn vimcntó revolucionário sob o capit Usmo moderno" e difundi•
dca ao mesmo cmpo q e este no se-iodo 1upo Soâàl me 8arbar if'
(prlm vura de 19S9) Qu.nndo a publicação Social m ou Borlxzrit' Foi
uspensa, continu, ção mio publicada e m grande p r cjâ redigid.i de
"M rxis:rno e 1.:ori,1 cvolucion ' da". ficou entre meu papéis.
c-rila sob pr o dos praz.os impost s pela pu licaçio da rc~·ista,
t primeira partc:j, éem si n·o um trabalh feito m um l alho se
fazendo . ont riando Ioda!! u re ra.1 de: çon,pos' io, parede,\ da
con li' llo sã exibida uma após s o t lt mcdíd q ndo cdi•

rid od
J id:l i l lil•
c«mti to, oJ IÇ!~i
u das nol d., ,om letras,
li
flc: das, tcrcada pelo quer la de ndatm , do montes de arei e pcd . d p rtc d t obra: e cspeci J, as que dm:m re-spcito ln titui e fun-
de pcd s d vig ~ do trolhas sujas. ssum esta aprcsc:n ação ditada cionamento de wcied de ín titulda, à divuAo d socled de,· niversal •
no lnicio por fatore "o te 'or •·. sem disso f: ler u.ma tese. cvetl ser dade e uni d de da hi.stôna.. ã próprl po biUd de de uma elucid çAo do
uma banal dadc por todos reconhecida, o rato de que no cuo do lr· ba- socisl•h l rico como a que Sé tenta q i. a pcrtin~ eia e t!l]plic • ~_s
lho de reff~ ão, retir:u s s daime e limp r os arredor-e$ do cdifl 'o, n politicas d te trabalho. Do mesmo modo, pccto propriamente filo.
somente cm nada ntribui para o leitor, mas t m bém lhe tira algo de cs- sófico d.a q estão do im.aglnârio e da imnginaç foi r rvado p:ua uma
senci L Ao contr,rio a obra de rte, a i não h cdifkio term inado e obra. o EJemtnio /ma_gf11(1rlo, que ser public d dcn e bren. este
pqr luminar: tanto e ma· que 0$ resultados, importa o trabalho d rê e- tit!o tam ém aso unda parte deste: li ro não é um edifTdo termin do.
do e t 1 · o isto que um au or pode oícrc:tt1', e é ue ele
pode ofercter a. A aprese t, -o do resultado como totalida- Tont r ubstituir qui dl ssiio desla li mas f cs
de f tem tí.ca o q e na ve dade e 11un " é; o o parágrafos s ria ri !vel. Oo t ria de cha o lcilor P ra
processo de e mo 6 tuo fr qDentcmente o caso um único ponto, íim do evitar mal-enten J que, a partir de
ma falado emente.. de ta!lt.as obras · s - ob i rma 1964. denomi:nci imaginário social - t m der,,Oi5 e util do
16g·co ordenado e ton rol do, só efo ehor a il são n um po co torto e direito - e, mais ne o que denomino o
qual ele. orno todos n tende n crne de que imagln rio, nada cm a ver com as reprucn ci orreotc:.-
cons ruído para !e e dor te b ta se 8' 1 lhe a z. C n ·• mc:nte ob este tlt u p rticular, is-s,o nada tem a ver
lruir ted lso eompo oia oã . A sinfonia, ec11:iste in- mu correo te.s psic BA aprt -cn em mo "imaginá •
foni , deve o lclt r e -la em seus p vidos . lar' , q e, cvidentarncntc, é pen _s imagem de e lm cm re ,
Quando suriiu a possi ilidadé cfe conju to, pa, r~fl xo ou, e ouu palavras Jnda. su produto da onto 1
re«u-me for de • • a contin ismo e tco- (tídolon), ainda que os ue utilizem o term i norcm a . O ima-
rL re ol11cion~ri rctom ldê.ias já ma- ginário não# a partir d · o espelho ou no olh.ar do outro. O pró•
ifcstadas e form rte de" olueion ria" prio "espelho", e ua idade, o outro como espelho são ant.c!i
pu blic da e 19 hjs.tórfo , da oc1cd - obr s do im inario q ção ex nihUo. Aqueles qu.e falam de "ima-
de ín l tuime e dJl sociedadê inst huida. do im 1. d instit I• gêohiot• 1:omp ndcn i o o "especular". o r ,ctl-
·o d soc·ed d o u prôpri bre, do ocial-histórico como modo cio'\ .apenas rep cm, írcq entemente m o 5 ma-
de ser mal conh f'lelo pensamento herdado - nes io tetnpo se -o que os prendeu par e a nm ubsolo q alque a ver-
b· · r de to a ato de par• na: é ne à.rio que ( te mundo) Kj_s imagem tfe Jgu l.s agj-
1id qu . tu s.s o. on ider-c1çã 11.írio de que falo rulo é Jm gem de . ê e inOCSSJ1ntc e csscndalmc_nle
da t ns io rtc an os 1 65 a ind terminada •hi tótlca e p q fi formas/imagen.,
r i gc J ). ov estudo, part r daa qua te 6 possível de •. Aquilo
du. ' ,lo trs r; am cm mim que denomina idade" e "ra d o duto .
Cl'it ao mesmo lemf)o e m qu o, no - Es1 nu:: de icna em da es a teoria
m n , no 00 üu nto e se mantinha ligado o como oi ar in a ndo quilo que i . O que tento faz.e · e
mun p que c.le, p , h vi contribuid a uma cearia da sociedade e da hiat6ri , no scnlid bcrd d d teo-
formar. o do ido obre rit s pcJos e: uem s- ria. é u cluci cst 'dação, índa ue apresente lnevi,avel-
te pensamento, e u m esfo il nos de tanto~ afnios mcnt 1.1111a apar tr · oci~vcl de um.a íinaJid de e d um
lncomparli e· - esta é · ocntrais d te li r - projeto politic0$ q lquer out · · " co-
nos qu l e exprime, .s labora tudo o que ria pu é aq uj fi coe cxls~cm l le•
umaní de cento d se uc refle- rior à história e à sociedade, me te os
tem, cm rópna h::n itui socicdadc, pu cs5emo ~iluar p sua teoria - ins a ,
só pode é q1.1c pode se-lo, pela derno 'o prccis e afirmar a nec.e idl,\ er: re-
d alhad • o, do Limites deste pcns t s ncc sida- flcxio nar ou rcOi:ti•I do de
d ln er siut maneira de ser, q e o I ulta~ aqujlo e da hl t6ria pertence cm sim ·d sa-
q uer e es ,içial. lss oé vi ve~ livro e nem mesmo mcnt , qualquc q ue scj c!le e se s
cm vâri neccss,rio. port o, eliminar cfar r alusiv mente um modo e uma form do Jorer social-histór' o
qucst , a meti ver , tào lmportan qu.anto equ isculidas na egun- 1 l- e t ue I e acontec-c mais fre temen e por ccssidsde. oor º-"·
1
sim drzer, interna. fato coa como t.al não o í.n lt de seu ão is e teoria rigo ~ mente rigoro cm rr1atc:m úca; como po eria
modo de s~r. como damens o d lal-hist<'>rico. M as pode permi- c,iistir cm polí il-n. E ninguém ê jem is o ver eir pon •voz de um
li cr 16ci · i mino elucid ~o 6 o tegoria eLormi d a n - ser conjuntur lmenlc - c ..alnda uc o fosso
pelo te i'. z e sabe. o qu cri preciw dernonnHlr que o pont de vi l::i desta cat orfa vult ara
p . Tm ia .Adivi-oa rs otêli• Lodo , que rCQOncluz o problcm prcc.c ante. o se deve escut r ~m
ca tlteorla, praxf. . va h tóri é em:ncí· I• polltico que la em II u! de ... ~ a partir do momento em q e pronun ou
m~ te potlsis, o nã t éncsc on 1ológica no cst palavras, ele c:n n· ou en an::i. pouco importa. Mais do q':'
e polo ri ter e o rep · r a2er e este rcpn::scn • qu q uer outro, o poUtico e: o pen . dor pol[liç, íala~ em u própno
1ar/dJzor se: institu m biit ricamente, a partir de um momento, nome e b .sua pr' pria n:11ponsabihdade. O q • cV1dcnteme te, as~
c;orllo fazer pensante ou pc:nsament fazcnd . premil modcstia.

Este faz;c:r p~osante é lm por acclênda quando trata do pen a- O diswT$0 do p Hüco e pr je10, ~o publi rnen le conlrolá_v ·
mc:nto polhlc-0 e da elucidação do social-hJ tórico uc: el implica. U• rn é. de um~ in midade de aspcClO • I: fá il un in·rr, e esmo ex1 Ir,
rantc muito tempo a ilusão d th orla encobriu este fato, ais m p r- c11cmplos históricos, d psc: doprojet s inc ercntu. M,t. não o é cm se
ricld o é alr,da aqui inevitévc:J , m 1 00meç u qu nd Hcrãclito ou u nucle central, e: csle n,kleo v Je aJ uma coisa - corno tambtm ~o o ó
diZCf; Escutando n • o 3 mim. mas o Jogos, acreditem u .. cm di'.ivid:i o 01ovimenLO dos homens com o q1.1 1 ele deve e encontrar ob pena do
que era preciso lu r tanto ntra a utoridadc pc oal, como eontr a nad r. p que me. outro e sua JU ç,ão 1 m, cri m, rn$tituem n
Mrnplcs opinl"o, o arbilnrlo inooc:nrne, a rccu de dar aos ou tro justi- va.s formas, n oso ente dc intehglbll idade, mas do ínz.er, d rc:prese~tar.
fi ações e razões para aquilo que se d. - logon dfdonal. Mas nio dêem do v ler soe al-hi tórico - r rm1.s que n-o o deixam simplc mente d1seu-
ouvidos a HcrAcUto. Esta humild de não ê nllo o cílmulo da arro-aân• t1t e avalla pari de critérios nteriores dara -o in tltu(da. m ,e ~u-
eia. • o 6 nunca /ogo.s que C:SCUlam; e e npre alguim, tal como 6, de 1 lro e s a jun ão ão a as como momentos e formas do í:12c, nsw tn·
onde e:stá, q e l I e m seus riscos ll pcrig , mas uunbém com os devo- te:, da utocri a • o da socícd d
e~ E a uilo que no "tc6rl puro'' ser coloc do como p fl.U) do
iicocss rio de rcsp ns.abiHdadc e d contro de seu dizer, 1oraou, e., ne-- D~mbr 1?74
ceúariamenle, oo pcnudores po!Jtic um cncobrimeato m sófico por
elrh do qual c:I falam - eles falam. Ele íalam· c_m_ nome do credo eJ.
dos do omcm e da cidade- como Platão: eJes falam em nome das leis da
histó ia ou do prol ri o - çomo M r . EJcs q uerem resgu;i ár o que
tem a d ircr - que pode ser, e ertamente o íoi, infinltamcntc irn rtante -
coro o ser, a o reza, ara o, a hiitória, os inlctC5SC:$ de um classe .. cm
oomc d quaJ" ele& se e primiriam, M1&s ningu~m ( lou jam em nome·
de niogu6m - Ivo quando e~prcuamente constituldo como man datá-
rio. O outros podem, oo m lmo rcéoohccer-.s,e naquilo que ele diz-e
aloda i o nada "prov-a'. p e
ue o que dito pode ir,d zir. e s v [n-
du um ··rcconhe meato ' d qu I nadá. p-cm,ite [irmar q ue teri e is j.
do 5cm e te discu rso, nem que sej ufkicmtc p ra vaJid •I . Mílhõe;s de
Lcm e ,.se reconhecer II no di:sçu_ de H it le r; milhõc. de "comunis-
tas", no de Ul.lin .

O polfll o e o pcns!dor polfUc0r profere um discu . ob su pró-


pria ponsabibdade. Isso não !ílgnifii.;a q e es ç di ur.so :icjn inaontr
láv - ele invoc.a o controle de lodo · nem i nlfk que implc:smen~
te "ar I rl " - se o for, ninguém o escutará. M s o político nlo pode
propOr, preferir, projetar inv cando um "corl II prc:1eo mente rigoro-
s:a - nem" prcscntand como porta• 02 de um tcgoria clerml ada.
14
.
PRI 1EtRA P R

MARXIS O E RIA
R VO U 10 ÁRIA
J. O MAR J M LA ÇO PROVI Ô I

1, SITU ÇÃO HtST'ORICA DO tAlt 1 MO


NOCÃO D RTODOXl

O cmcon ro com o marxkm o ~ imediato e lnc:vitávd p ra quem ~e


preocupa m questão d soc,ed de_Até me o falar de cnconlro ncs-
lc ê · si o, n mcdid cm q e cs palavt indica um cootccimen-
to cootiniCll e e exterior. ~i • ado de ser uma I ria particula.r ou um
programa polhico p oíc. do por ai un o mar,d mo imprc,nou a lin•
guagcm as idéi e a realidade ao pon t o de ter-se lomsdo p rtc da l-
mosfera que r~p í mo vindo ao mundo soc;iol, paisa históric
que fixa os limites de nos. idas e vinda ..
M113, eu tamcnle por e ta razio, f; 1 r do cnarxi m1J torno se um
dos mais dilicci cm~rttndimcntos. Em primeiro lu r. cstam Implica•
do. de mil m ncfras n ilo que Clltá cm ucst o. E este msrxi.smo. ao e
"r liur" , tornou•se ncomprccn v • ' a vêrdade, e q ai marxismo
dim:r- •i. ralar'? Do e hr uchlchcv. d Mao Tst•l ung, de Toi)iaui. de
Thorez? Do de Castro, do! iugoslavo • do revi lonista polo~ Ou
cnt· o dos lf o tskistas (e alnda aqui g r-afia retoma seus d ircit : rots•
kistu fra ce e e ingle\CS, d t dos ni o da mêrlc Latin se dt-
lacc-ra e til: 1.k'n u 11da11 1 , cclproc mcnl ), do:; b rdis:u &t s. de t.:al o u qm, l
rupo de irema csqu«du uc cusn todo o o utros de 1rair o t.:Spír ito
do "verdadeiro" m rxismo que . ó ele p uirfo . ão ex iste somentl! o
s bmo que se-p31a ~ mar lsmos oliçuu. e os marxismo de op ~- ' o. H á
19
-,---

moda a enorme mulclpHcidade de va rian tes, c;a A um a das qui,is a çol •


ca -S(I e-o o élli:luindo tod s as utras. ó isso já ~ ia in1fickntcmcn tc r1 ve. Mas aio.da há mai5, porque a
c:x.i ~ncia da cot1fron aç· o com a re-.3.lidadc hi 1óri ' cxpliciwmcnte
, , , nhum critério si'!'P , permi1 reduJ!.lr «lll oomploxld· e I deao Jnscrl!a na obra de Marx. e ligad1t aseu entido mais pro fu nd o. O maais-
IIJieio Evl en lemcn tc nao ha nenh uma pro va do f1 tos que fale por si m de Marx não qu_etia e nc ,i pedi.a r um tt,oria como as ol!Lr s nc-
li mes~a. • e la~~o o g , cm ante qu nto preso poti ·co cncomrarn- ali enciando s~u cnraizame lo e su.a resso nA cJ istótl · . ão trata-
em S1tuaçoes s~ 1s pan.,culari:s, que oomo tais n· o conferem nenhum vam de "intcf'J)teLu, m8.$ de tran formar o m ndo" 2, e o ple o senti-
1
pdYiL~ io a s1,1as perçepçôes e, ao Q011trário, ornam mdispcnsávd um d t-toria 6 scaundo a p ró ria teor o que tta spar-rce a pr tíe.a que
dupla íntel"pre;taç· daquilo q e di.1,e;m_ A consagrá.ção d poder alio nda se ln5piri. O que djZJ , acreditando e última ln tància, .. d.cscul-
pode ~a. cr m~1 para n ós do que a uróola da o ção irrc: utf , e 6 par" a teoria marxl t : ncnhu a das pr4 iças h i t6ricu q e invocam o
t próprio marx1sm~ q ,e n . prolbc de esqu ecer a suspeila q e. pesa t.11nto mar-idsm s e inspi ....,c,dadol r· mcn te" :e.lc - os mesmos q uc dizem l o
so rc ~s poderes.'" UtuJdos:, como sobre as po.s·cões que pcrmar, ·• cm •• ndenam" o man.ismo como •·stmp orl " e formulai .sobre e!
• i~dcfinid cnr a margem do rea l hislónoo.
A solu ão n.io pode mpouoo ser \J,n puro o 1imp "retorno a
ntjut ai.nento lrr-c:vo âvol. cria me rno li:teral nte o uizo fínal - poh
Marx as um.ta inteira nte grande idéia de Hegel: W,ftg-tJ i<'hfe l 1
a.rx.,, que pre1.enderia ver na evolucllo 1stórica das id .. as das práLl - W~ltge cht '.
cas nos lti mo$ oitc11 ta anos o mente uma camada de GScórias diss.imu- ~ fato, se a p.rática in pirada no m ;,:ismo f. 1efc iv. mente revolu•
'l i lando o corpo respl ndttt!lltc deu I doutrina int ac1" . · o se lrata acpc-
nas de q e a rópria doutrina de Mar , eomo sabemos e com c:ntar
cicmária., d1.uao te oertas fases da h istória moduna, cl.a também fol e,11;ata-
mcnto contrário dur nte outros perlod . E se dois fenõmcno ne
m ainda osuar, esteja I ngc de p ruir a $lmp licidade s stcmáUc--.i e a
• coe em:ia que a lgun qucre-~ a trib ui I e. Nem q e u m l I retorno pos-
cessitam intcrpret l" o ( oós v !tarem os to). aubsi$te que eles ind· am,
de maneira lndubitâve.l, a ambl 0idadc cssen foi que era Q d mat is o.
aua forçosamcm m cat!ucr acadêmico - jli que ô poderi~, n melh r ubsisLe m l:Jcm, e to é ainck mais imp rtante, que tanlo n hist ória
hípó_tese, l'Cs!abc ecc_ corre amc.nte c:on eúdo córi!Xl ~e uma dout 'n_a oo o na poUtlca, o presente pesa lntlnitamente mal$ do qu o <1 ado.
do p Sado, como poderia ser fcí to em relação cscarle ou a S. Tomás Ora, «tc "prc.~e teº'. é q eh quarenta .anos, o n, ismo tornol.l•Se uma
de uino e dcix.ari inteiramente nas som br~ o pr btema mais funda- fdtol ogla no próprio senti que M r11 dava t:Mc termo: um conjunto de
mental. a sa a lmporUln~I e a niíica o do marxl. mo para nós e idéias q e 5c refere uma tull dadc, o o para es<:la.recê-la e ltADB ormá-
pa a bi tór ia comemporànea. O reto roo a M rx e hnp0$$ÍYcl porque, la, ma p · ra encobri-la e j t' ,i:a-la no imaginário, que pêt-ttnte às pcJ-
sob rctcxl() de fideli dade a arx e p, ru rcaliz~r esta fide Uda e. ele soa~ diicre.m um.a c:oisa e faiCTcm oulr , _apmsCAt. n:m qo n · o são.
meça violando os prtm::fp o cs.scncl;\u coloc do-.s p o própri o Mar • O m r ismo tornou-se prirneiro idoolog a, enquanto çfogma olic.al
dos p odet~ ins ituldo nos paJsC!$ ditos po n tffrase ··&ociaJist s". Invo-
m e dade, ar foi o ri.meir rnostt r que~ i nificaçâo de
cado por governos q e vi!lvclmc:nte não encarnam<> poder o pro teria.-
umu. teor ,1 não p de s r romprcendi a lncte1xnden tc:rnen t da rouca d e m1o s o também mt ' "-control do.s ' por e.ste do q~ qual uer go-
islô ric· e .social à quaJ t.a com,: o ode, n qual el .se proto n a ou que
\'UftO bur ués.; repr tado por ç efcs genlai au1os wc.cssor • ~ a i-
ser e pa.r nrobrir. Quem ousa ria p e c nd e r boje m dia que o vc.rdade •
mente cniais, chan'tam de loucos uimi l\0$0S ~m u,dq e, outra CÃplica-
ro ~ li nico eotid do i:ri&ti jsmo ~ aqucfo q restitui uma lcit ra de: •
ção; f, ndamcnt ndo tanto a ·polJt:i<:a de T 10 oomo dos alba CSe3, a de
rada dos va ng lhos. e uc a realidade c,çial e prâ tica histó ·ca ,d · Ktirouchtthcv como a e ao, o marxi~mo torn u-sc o "co nplement0
voz milcn, r das fgrcjas e da cri ta ndadc nada pode nos inar d1! es- solene de justifica · o" do qu. l já tal-ava hr.11, que permite, ao m~mo
sencial a ~u respeito o menos risive t 6 a .. ri delida de a Marx" CO•
tem c-nsíns.r o ri toriamcnte aos cs tudsnles L' Etat et la Rlv I ion e
loca e t rc p rêntesis o d tino ht. tó ·co do marxismo . La é lê p,o r, por- manter o ·ap: ret o de E t do mai5 opreMivo em· 11 rfgido de que se t rn
qu e par um etistàoa revelaç§o do EvanJ! lh o l~lll um fu nd men1 tr· n~-
oendente e uma verdade imcmp r af. uc nenll m· teoria p deri s uJr
a.ali o lhos de um n a.nisu1.. Querer c-0ncrar o senti-do do marx.is m x-
clusiv~men1e no que arl\ cscrc e , igno ndo aqu!to que se tomo a •• f>-00-c· ·due 1 ,ica MO enl cvi caço t~I Coa r:u~partoco•
a separados do testo, mM m dA te, dil ~ tuç4o Oós toch.1 i
doutrina na hl.stóri , é prc: end r, cm e ntradic:· o direta o as idél.:i 1 cçw.çõos neU$SÃria .
e nw1is desta doutrlra a. que a his tória rcat nao importa, que a verdade de 2. M11 , • · mm, .w m a e sobte F'#ll~ çh..
uma teori a esteja empt-e e ciu:lusiva1nentc ''no ~lêm". e. n almenie. J ..A i3t t "1tth-«rial t O J~o final." A~at -de WI n: o'n¼
ubstituir ro olu ao pcl:i rcvelacâo e~ rcfteJC- $o bre o:. f l os pela e11<:- ldt" ma r•dic:dmeni:e • ttia de He • nio e~isic t\ ttnd! lliio ~li1C r rso COI rrn
:esc dos t, t • o <j cootece a ~
tomar<tm~ .
~ "º""° d:di,ii i.fl e uqai que no omam • qailo ent u.ç-

20
nolici • , q uc ajud II bu r aci se on dcr or mi da "pr pn de lhe dava rouky m l 940 •. d ii ndo m ei ou mcn : sabe . os que. o m ~r•
coletiva" dos m ios de produção . xismo é uma teona lmperídta, li da a uma dc:tcrmmadl) e h1st6 rt.
O til r is o u-se idcolog, também ongu in das vã- e que a cl bor: çii. 1córica dt:Ver~a con tinuar, m - • est· rtdo a rf oluç .º
n citas (IUC: e re c~ncia do movímcoto m11 faJ fc:z proli - n• ordem d di • e a crnprcit· da pode e deve espera . ceac4v~I no dia
ferar. Para nó vra sert.t nJo ~ um qu lific Livo, tom um scnLid • • in.su1 ição arm, da, onde t ali 11\lltil, Cli e argumento, depo1s.~e um
clológico e histórico prtl'iso. Um r po pou o numero o _não é n • uarl de sêcul , serve: • ment e par; encobr a i tr e tcrtl1 de
ri mente u :irx e Engels l)lo formav, m uma 1t mc.m s que cfctivamc te car eterizaram o movimento LrOts após a morte de
momento e crem mais isol dos. Uma 1SCit11 é um agrupa eu funda.d r. .
que erl e em m só I d • aspecto ou rase d ovimento do 1 ~ r posslvel, 1 ,nbem , tentar mante um ortodoxia, oomo faw1
é provenient a verdade da doutrina e a \/erda de pura e: lm , Lukacs em 19 19 limitando- .t m mi1odo ma_t is , o I ria sc.p;iri-
.ubordim1-lbcs lodo o o e, p rn m ntcr sua "lrdclidade" o re
lC!par.1-s.e radicalmc,11e do mundo, vivendo dora · nle emº eu" mundo à
, vcl do corneíldo'c:, por assim dlier. in d iíercntc qu nto a ~ste '· inda .º
j marc nd um pr rcsso rchlivamentc às d! ·ersas n cdàde de c:rctl-
P3tt · ção do mar i mo pelas s~i pcrmltc-lhes pens r• e ni mo "orto doxo", este p lç o é ia it!il.entávd, pg_r um motivo que u-
· pr mo algo dl tinto do que ela realmen te são. isto é. como kâcs cnlbora e I ntu rra o de dia létie , esqu • i ! ·que, nio sc.r to-
o Fui revolucioná.-i ~ . te prolct riado no qo Idas não con- mando o termo em u pção mai upc rfiei" 1, o mttodo não p ode ser
u .ar. assim eparado do conteúdo, e c:spc :tlm~nlc quand s e tu~ de uma
, finalmente, t mbém se Lr nsformou em ideolo ia, cm tcori 11 hl tóric:a e ocial. O mltodo . no enhd t11osófico, ~ pc.nu o con•
outro sentido be:m diferente: que há ded:nlos não é mo i~ ttlcsm o como j unl opcnu11e da catcgoriu. Um distin. o rC,.id ont":conteüdo em~
, imples ria. uma tcori vlv e que p t"aremo cm vão na Litcr· 1ura todo somente pode existir nas form mu Lng,~ua do 1d !ismo tran~
cJo Olti qu tenta ano 11pll cõe.s fecundas d B téOria. inda meno ccdCfll I o u criticismo q ue, em seus prime s pas os,~ ra e opõe um
tcnu tiv e e:it cm,ão e aprofund.a.me:oto. mil ria ou um conteúdo infinilo e lncu:fintdo e c.itegonas que eterno
P or que e o · lizc qudcs q e, p rofo s n~ u~ dom t ai o o pode afetar, que são rorm a $em a qual_este mate•
do "defender f o m pouco m eu cadáver sob r iill niio pe>deria ser captado. M ~ te. distinç-o rfgid já está uh~~ª -
as espessas cam e sua imbcç' N!io nos da n:u r m avanÇ9d , mais di lctiza do pcoumenl cnttdtt:t--
1mport m oo . r, ndo dest órlco do Por(lue lmediat11mcnte apa ec o pr ,lema: como saber qual..catc 0~11
rnarx.is mo, não "imput or I qualq ponsabi• corr ponde a t al m tcrial'I e material traz. cm. 1 mesmoº. inal d1s•
Lide.de f · o. no melhor de se u espltito, na su lintivo" que ~rmile colocá-lo :1 b tal le ~na, fl o 6 cn~ilo simples ma-
denúo I o de Ideologias . na u exigênci de tcri I iníotm~ e ca o cja vetdadciramcn e mformc, · apLicar;.to d ~ u
autocrHice. ig examinar eu . d~stino r t.11. d.Jlq cl c;_1l orie t rna-sc indiferente, e a ,distl'! o enue ver a_deno e
E. tm :tSsa de m uito o mann mo. Po q e l desmo na-se. prccinmontecst,, antinomia que, na '1 tóna l!l ~-
amm com o lução coloca o p roblema: é o losofia. énl vària.s <> iões propiciou a pa em deu pensrune_n o ctl u-
destino de I que t I do por essa degeneres- d ta a um pensamento de llpo dialético ..
cência, do mcsm pe gun o dci;lino de toda teoria A que tão e, im se coloca no nh•d Ló ico. E n(vel h is16rico-
rcvoluc[o n.ári11 que é iadi do lo destino au · 10? f est a pe • s~ético, lsto é. uando se considcr o pro !.O ~ ~. cnv~lvlmcnlo do
unta q e nos reter longamente n llm.destc texto•. onhcc:imenlo tal como ele se descn lvc como htst(Jrta, mal (~eqO cnte•
Não é poÍ$ possí vc:l tent r manter ou cncon1r::1r um "ortodoxia" mente foi "desdobrar:ncmo do rn tcriill" que lc:v a uma teVT o ou 11
1 ucr - nctn sob a fo(ma ris ível e • · gadu ue lhe d:io ma rup u.r d tcgor s. A rcvo lu -o, propriamente nlo$6fi ·, pro-
o mesmo temp<> dos pontUíee stalini $CClários, d um
dou rina preteMamentc inu1c1a e •·co nda" ou " tuali-
da" por u11 e 01.1tros, se undo sue cu e em rela,;:º · de ter-
minado pont e peclfico: nem . ob amáli e ultimalisto ~uc ~. m l u.t.c,n
5. •• to ""? n,,,rtdtttu IH ~"', t.rull
B 1,, a , r tw I il l> p d ~ U LAm
po to oro , L11,u l, p. 98 a !2~-
o ljuc •~ ,mut de L't:rat ri lo lf•'• •utlon é qoc,c lladc damuir 1(1J o p m e. nte. o de l fll 11 H~ JJ lnicnn4d o
o de ESI o ciura.do dos mo1..w e o primeiro di dJ lu~;i de A~ AS • i,roblam t.ur l a. rocame nas i lm,u o ra, de 1lo 011 1
r •~fta, cap. li aeo-u hu1os, de Rlckorl a ust.
2 23
duzida na ftsl a mo e na p 6 rei tividede e qua.JrtQ é di so enas un, QÇ - s, o d envo lvimento do mu ndo hi~tôrico e: lp. n farw o •~dobra•
exemplo not4vel en tre outros T. mente de um mundo de ,g.ni l'icàções. ao pode, port n o. ha\'e r rup1ur
Ma.s a impossíbilid de de t bclccer um istin o rlg da ent re mi entre ma te ai e cat ori , cn re falo e ntido. E, ~e do c•te m uodo de
codo e con teúdo, emre cat oria e m:1.terl11l, pare aind·1 mais c lar:i - si ific çôes aq ele no qua l vive o "suje to" do conhecimento his órico.
menle quando .se oonsldera não m I • o conhecimento da nalureza, mas o ele é também aquele c1 f n o do qu I nco riameme ele e pta, r11
conhecimen to da história. P rque acate e· o, o o c.xiste implcsmcn tc o com ar. o conju to de mate ri:1 1 histócl
fato do que ma e p oraç· o mal a p rofundada de materia l j á dado ou a no, a: e<>nstu.tll ões ta rclativisadas, las
apari. !o de um novo mal ri I po con uzir \J ma mod.ific ção d ' ca- j pli que , _todo ins tegor[a e todo
teg rias, ou sej a. do mttodo. Ex·. te s.obrctudo, em ho mal profund • ti nados.. ultrapa dos o ela evolucAo d :i.
mente, e te outro fato pr cisam nte co l · do cm e\•idêci po r arx e n mcnto mesmo em que pensamos-. Em outras palavr s,
peJo próprio L kac, 1: as ca tegorias cm fun das qu is pe amo a his, a o histórica :iúngiu o ponl cm que as n1igas lég
tót a &ilo r r1' lado es5encial produto rt!'BiS do de envol\'imcnto his tó- o ont igo rtlétÓdo deve r "dcrados. é cm cad ião uma
ri . Es ta~ cateaoria só e p odem tran fom, r, c lar e cfic itmerue, cm tão concr~ta. ee v o nao pode c:r feito in-
formiiS de canheéim to d hist ória uma vez encar nad ou reali:zad nas dependente dis · do, não é mesmo nada
forn, s de 11/da oc/JÚ e/et/vQ.. m is d que u os d quand foro so. uli·
Para e1tat penas um eitempl dos m • simples: se 1u1 and50idade as li2i!Ildo, para come an · our.i no corn .icto rom o ma-
<:ttcgorias min ntcs !ób as quai te comprec·ndem rela ões oc-1. e tcrí 1, a oc cssidad ltr· ps.ssá-lo.
hjstória s.io legori s es.~eocialmentc po/Ílicas (o poder no. cidade. a Dizer: er mar sedie i o mê od<> que crmanecc vc •.
1 refações en re cid d • a rclaçio entre fo a e o 1rei10 etc.), . e o ru;peç- . é izer. n . o ronteudo d;t. h úl timo duzen 1os
to cconõmlo só rcocbc ums a tcnç o mar _nal, n o~ po uc intcl i ên- t oriza 011 leva qu 110nar 11s e ceg M r • tudo ode er
ciil o u a reílexilo eram meno~ "deticnvolvid s" nem p or e o matcrl 1 ndid por seu mêtodo. Ê is tom o sob~ o oont cúdo,
eco õmico çstava en te ou e lgnorado. q e n rcalldada do mun• teoria dcílnida esse espcito, e, o mesmo temp(), recu Mio
do antig . a economia oão se tinh con lituído orn o moment o 5ep rado,
diz.ê-lo.
•·autõnomo' , eomo dizia ar x., "p ra " , d tlvidado bumana. ma
verdsdeif'I! nâlis d nomia ern i e de sua i1J1portã eia par II soe • N vcrd de, é pr · mco t~ a ela oraç! · os obrt-
d de .só pode ocorrer a p 'r d o éculo VII e bre tudo do XVIII, u a reconsiderar o método e. porianto, o sis s to-
eja, com o o clm to do capila r mo que, n ve.rd de, erigiu a ccooo - "'ºdcs c;0locar, and lrncnte e . do
mi ~ momcrll dominante d vi d soei 1. a im por tância ntral auí - mandsmo, é que fomos ob rigad r, to,
li bu id por Marx e pelo m-arxist -5 ao f onômioo tr duz 1 1eJm I tc que • 1 teoria particulilr de Marx ío-
ta rtt li dadc históric • n I r:nm "f Isas". mas que a hi i er
1 € ~~ro port anto qu não podetl b ver ffl'I his óril\ "mt odo" que compreendida roma aj uda das lc islas tais quafa u "corri-
~.manuvesse nHo--afctado pelo dcsenvolvlmcn t histórioo real. Isto por gjdas", •·am Undss" etc. Pa r«cu•n ta história n o p de ser nem
11 001npreendJda. n sformada e etodo. O recume em-
razões m ulto m ts profund s do que "ó progress do conhecfmcn1 "as
1 • n vas de.scobe ~·"etc., ~zõe. q eo nce~ncm dirct mcrueà própria t.f• preendemos do . o n o OCQrTe no va2io. n ndo•nos
trutura do conh eomento histórrc:o e, cm _pnmclro lugar à o 1rutura de um cm qualquer l u nenh um lug r. Pard ndo oluc lo•
1 o !Jjct~. islo ê modo d ser d história , sendo o objeto do c,on hccime nto
n no, dleg."l s ao ponto «o que era pr 11n r
histórico. Um bjct signHicnn tc: por si ma mo, ou cQn tiluld por ignl ri• marxi tas e ~rrnaneccr n:vo luc1onâ rios; cnll\l doutri-
na que bá mu,to tempo já n ~ti mu la. nern um a ão,
e a fid lid de ao p rojeto de uma t ransío a ão de, que
ci i e primeiro que e compn:cnda que se dcs • que se
1. NAo s• de, , ev limw:n lcs C81
n o Jlo, nc IO&ita ne is101 v a ")
ide ntifique aquilo que,, nas icdadc, realmen te soâcd de e
do ma~ rial. Uma re ollJÇ!I n o '"" t:slá c.1 luta co.-n sua fonna pr cmc. O mét odo não rs eJ do coo-
11111 tul1I Qle tl'tlo illdcfioidc> (como ocor pç,- tc!J do, e sua nidade, 1 to e. s tcoria, pór su vez n o é se ràvcl da3 l·
rim~tuc;-ao poda '"'ror\-ur·• u i~ umn açao revoluciortár ia q e, a a cmplo os grandes p rtid s
cíio. m ce me o çontt\llSo d · seitas o mosc re, n o poôc .s« iluminada e guiada pelos e,,.
8 " cnt ç íon m p,u1i ubr p. 266 e Q adiciOrHIÍs. .

24
l. '\ Tl!OFtlA J ~. l~TA n,\ lll 'iT RIA uc cst experi~r1c,a mio "demo ,stra" nada po i ~ó.
M ela nos volt rm p ra ;i teo ria cconõmi de Marx, p,ra
Pod ·mos pott · nlt>, 11 tíàs de~em • _c ome .ir n ~so cx;1mc ~side- vi!:r se a 1ção e11l e a teoria o os fa to . simpl mcnce apo.rco te ou
ra ndo O qvé succd.: u com O ~teu do rn111: c'?nc;re to d.i tcoriu m:,1rx1sta, a p.i • · a · o a de quada da teoria não permitirla um:i
sab-.. r. co . n: lí , eco õtu1ca (io cap!tal1,1 mo. L nge e rcpr~n.t~r ;p fa1 n,donar o e s.enci1d ou se, final mente, é 11
um aplicação em plri a, contin 1mte e .ic1d tal, a u fcnômi:,10 h1ston- ·a ue ~s 'ogo .
co partlcul r, e I adlise co nsu11,1 [ ~ e;; me Or\dl! i: d :vc c~nc:cntm r_IO<lu ·
• s mos a <;01 1a a l ria o:
s1,1bstânci!l ua te tia. ondo a téona ,nostr;, e11n_m_ q ue e cop~z n~o .d,e nõ us c.nt ,i" 1 s u ptc nem çm seu
produiir atiu id ia gentis. s de f t.cr col rt 1d1r sua própm d1 let1i- mho utura 10, o, a te ria t · ora" .
~ om dialéd do r~I hi tôrico, e, Jinalm~IHC, de fazer ;• I deste mo- ação ·. ·fa "igno cito das lu er o · rl;l
•imcm do próprio re 1, a mesmo tcrnf)o os ~n a crlt s d t1 11 o rcvo- a rcpn e, 1- e . com sso, ncoessari e, a lO•
Juçiona ri..l e su Mlentaçàl). Não foi se.m mo h o que M:ir con~agnlu o t lida aspectos do funeiooamento d economia, cm cspe b:re a
cswoci I de sun vida a I nn'lisc (nem qu_ o m<.i lment mar 1sta ie- ampli oo mcr · do de bens de consumo. Ela " [anora''
guir ,Jtribuiu emp e um a importiincl capl~ 1 cconomia}. e os " man\i • feito rga adual d classe \!,.pi l list.l, prec· mente corno
1 s" sofisticados de h.oje quc.s (!Uerem ouvir falà r <10;s •!lanu.'lcritos deJu- obj etivo de dominar a$ tcadancias .. cspont.ã ne s" da ccoao · dcrl•
veotn ~ Marx emonstram n o somente s u~erf'ic,ahd ,de, rn:ts ~obrc- ·va de ua prcm d ! que 11,, economia capl ta.!ist co .
tudo uma no anci11 e orbitl'ln te. r quc sua at, udc cormste em drzcr: a pro le · rios ou st fetlva e ntegralmentc trans
partir de t rinta o. os. Man n o sabia .n13i5 o ~uc fa t i . . , coisa&, n:.iílcadoi.; que ubmctidos A a{,;àO de leu ~eon uc
nl)emos uc par Marx a cconom, e pital1s1, .~t su~ 11 _ a oo ntru- em nad,L diferem da leis na l,i.rai~ • . cÃocto c m que uttlíiam es
ltõcs lnsu perúveis, q1,1e se mAnifcs1a1 tanto nas cri cs penód1cas de u- "coll!lcicnt.es" d homens como o instrumento 1,,mnseienr.- de sua reali-
per-produc;ao, como nas tcndénátt a lo go pn1t • cuJo trabalho ab 1 _ zação.
1stem • d11 vet niais p fundamente: o a umento da ta a de e pi r o Est prcmiss é.. porém , u mn abs rQção q ue só corr~pondc, por a,-
(por c.anto mi érie umcntad:i. absol ta ou relativa, do prolctariad-0); m dltcr, a · ma metade cl.i. ido.de e com tal ê finalmente fa sa.
c)evaç· o da e mposíçi4o orgãníea do e p itaJ (ponant o crc:scímenlo do dênci s<mcial d cspitali o.• a rcifieacão n;,o p jam1ti rcal1za.r•se
parqu industtl:11 de ,~erva. o que signi fica d p r o permanen te): a -in cgraJmente. e o pudes e se o sist ema consegu sse cret amentc tn in$~
que,dQ d a t:Ua de lu o (portanto diminuiçii. d ac m la -o e da upa a- form r os bom1ms em coin movida·s unicamente p las "fo s" e onõ-
são da rodução). Tudo isso exprime. m últim an ' tis-e. o contradição m11:· , te dcsm ronaria na1> a lona prazo, mas instantancame IC,
do c~piuli mo tal oomo Ma r:\- vê, a locompatibilidadc entre o d nvol• lu a d os homcnJ con rcifi -40, anl quan to a tcndênci à N?ifica-
vi, cnto das fo~ s pro<lut1v e as '"'rei çõe de prod u o'' o u ''formas ç o, ta condl o do funcionam o do cnpiui lismo. Um ídbrica ,rn qual
d.4! propriedade" capitalistã •. • o operá.rios r, S$1!m, efetivo e i ntc lmc te, simples · 8.$ de mâqu inas
A cxperiôncla d s ultlm vinte anos, no clanL , faz pensar que a e ec-tJtar1do « mente rdens d I dircçií , p ar ti cm quinze m n tos.
ct15':s petlódi<:as d . upcrprod ução n o têm ada de incv[tâvcl rio capita- O pi tismo ó pod (une. on_ar com a oontribuiçilo coa s ante da a_tivi.
r mo mQdcrn o (e,u:ieto sob a rorma eü mame nte atenu:ida de " rcccs - da.dr? pr prl arn e humana de s &\l l>jug dos que. ao mesmo tempo.
sô " menotcs e p assa eir s). E c1Cpétiéncfa dos últ1mos cem ano não tonta rcdu r e desum ni1.ar o ma ' poss el le s6 po e Cun<:ion r na
mostra, n pa[scs éa italislais envolvidos, n~m paupc:sriz -o ( , ()1 • medida cm tW sua te dênci profunda. q u e i efetÍ\' mmte a ifi ção,
. ia ou reJativ ) do p l · ariadC\, nem a tmcnto secul1tt do dcs nprc o, nilo :;e re Uza, na medlda em q ue su no rmt1 sii~ const~te ente co~-
n q da o de lucro, men ainda unu dimj11 ul o do dcsenvol- bati o.s çm s uo. aplicaçilo. A ,Ln jlise mostra q e é w que rcs, r.: con trad1-
vhnc-n\,o d :1s fo s p oduti . cujo rhmo, o contrário. acel.c rou-sc em
pro o rçt'le m t iorm cnLe inimagíná eis.

• Cf. os pt ri ~1
mos d r,. QIJIC .s, · dclínorn 4Q\J ~ponto do v· ta"; ••: • 4,1, ~-m•
9 Uma et~('I entre, li: o a rul!11p,vllo dlO ""pituJ Lom,11, ,a n .,..,., r"'º o o de Mlo fi '7'l «11n6n1fr1r fJ1 rDrit<Ard, l a....-,Jtttd,h'ri d tl'O t> da M r;rrr~a à .nilt lti •
rod DQ q • rom oi u ob •"'fiei , « <:$ e pro1p,,rou. A &0aalit ~ ~oarabalhu r;)ria.. :· ( L~ Cap:Itff, tJ ema , (\Ili.O 1, p , 1-XX:X. id. d .. Ld ,,.,,,.,."~- r. r ~~fl .... lm h a
e n e 111 reln,,,çio dt •!JS r~cu;-so, mJ11.«1als clwcv,111 a m f,<1 nto C,11\ que n o podem · •· B I) !<!.&lo.
ti• l<!ll i n '()I o c:.ipitoli 11,. • stc irrv ucro si. ,Jçic,crla(;a. · QCIU ll cw· proprkda~ 10 re • criti~ teoria e Õ! lco de Maf.r.. ver " Lia OIJ 'ffl)C:flt rtvolution ire
llfllWÍ 1 , O• exproprui ,n s5o. p1>1 SIJI = • c,.proprfail ." ü Caplrfl/, ~ c..,cç -O , l_c pitoli ffl dense" . n n• J I i. S. o i, B,. dt.umbro de f!l60. p, 6ll -. 81.! Iler J..n
J o O IV , ]:>, ?'I : •ri, e LJ1 f'l°' I 1. p. 123~ aJ!{larnl~ ti,; apittrlu,,,,, id. 10/ 1 , h r1 • 1'173. .
26
li
C."iô fmial <I capltali~m ". e não n:, incompa tib jfjdadc de rto modo lho:q casrcls(Õcidcpro<l ú · ocapitah ta.s,quccra no início pres-
m 'nic.is. qút: a rc:. énlária i. gr 1111.ição óml d molécul· u- são m ais de u da e o ln t r1,1mcn to m I eficaz. do dc:scnvol lm to da
manas no ls1emll. tas incompatíbi lid d . na m ida em que ui rapas- fo rodutiv , lornam-se, "num ~rto t:!ltá io", o freio de te dcscn -
.:i fenô meno. purti h1 r e lo lltado , são final men te llusó ias, ·olvlmcoto e devem por l!S.tt fczto dcspedac; r•sc,
De~t.1 re ·onsideraç:lo decorre u ma 'rie de: conc:fo:sõe$.. d s q · 1 A lm como os hino.s dedicados à b rguesla, e ua íase proaressis-
~pcnu i1s mal impo rtan tes no· reter · o q ui. ta. glorifo;.arn o d l\volvimcnto · forç rodu ·vas d' quai.s a foi o
m primeiro lu ar. n·o se: ri de msi man t r a impor1ãncu1 c:cntrul irut.rume nto histór c,o ' 1, cm Ma bem como aos manei tas uJ terl res, a
a tribuid por M r (e r to d o o movfmcn lo marxist ) erom,n1 a como oondon o da bu r il.Sla apóia• na id "i de que descnvolvimc:ato
1 1. O ccrmo ec;o nomia é tomado q ui 110 cn ti<lo rdativam te p~c;íso é d r vantc lmpt,djdo pcJo 'modo caplt lista do p dw;ão. " forç as
que lhe confere: o pr rio conteúd o do Capira1: o $1 tema de rd ôcs bs• poderosas de produção, es te fator d cci lv do movimento his16 co, uJo-
tratas c-q unn lHkâveis que, partír de m e terminado 1ipo de aproptia- cavam entro d e supcre:strutur $ lOc:i ais !lntlquadas (p pricdad.c prl ·
çiio de recurso produ1ivos (quer e· ~ t p ropriaç:io ·un di mente a- d.a, Est do n cional). em q ue a e olu =-o antcríor 11s prcn-deu. A umct1t
ranlida como propncdade quu t rad uz.a si m pl me nte um Poder d e di.s- das pelo csp[t fü mo. a fo de ducã ~ c_hoc vam--se eo11_ ra toda
p si o de fi ()) dctermin a a fo rmação, lro e arep rti o d e: va I rc:s. mora lhas do t.i o nacional e: burg f , e~1 mdo emancipa o atra-
cas relações n'"o po cm ser erigidas cm &istcma autónomo cuj o~ ncío- vés d o rgaoi:z 'o uni rs I d.i c:,con'?ml ocia lis ". ç re~ia Tr ts y
n meato se ,a r ido por leis prôprí , independcnces das o utras rei çõc cm 1919" e: cm 1936 fUndamcntava se Pro rama tra1u/1ór10 com se-
soei 1 . Isso nãol possível no ciUo do capi talismo - e, visto que foi p reci- guin te eoa,tataç o:" s forças produtivas da huma nidade c:iessanm de e
mcncc so o capít;i.lismo que a cçonoml mais t deu "autonomi ,-. desenvolver .. .' ' - porque. ne$Se meio-tempo 11& rei ô< capitaliscM ti-
se" co mo cst a de úvidode s ociaJ, s peitam que ê aind mcn s nham• l r niíormado, de: freio rei.ativo, cm freio provlSoriimcn tc b O•
·vcl no caso das ocicdadC$ a nt rlores. Mesmo sob o capi !Ismo. a luto p ra seu dc.sc::n Jvimeato.
eco om ia pcrm;ane:ce uma ai) t r11 o; a sociedade nio se tr nsformou cm Sabemo hoje o taJ não OÇOrreu e que nm uhimos vl n e e cinco
sociedade económica a lill ponto qu se pos am enca ra r outras rei • a aos, ~ rças prod , 11, s c;,o nbecer m um de envo lvimen to que: ultra -
çõ ~ social como scc 11dári s . pa&$ a de lonac tudo o q11e se poderia Imaginar .1 ceriormente. ·•Este cf:-
Em !iC utdu. se a tc-gori d ifica o deve ~ r rccon ' derad1a. · so . onvolvimcmo foi certamente eondiciot1 do por modificaçõe a organ1•
si~nifica que: toda 11 mo íia da histó subjacen e à aniili do Capital :z - do p t hsmo e provocou o u - mas n· põs cm qu lâo a
dcwe se ri:.:onsldc:rad . bo 11TCmo c:s a qvest ã mais · i a te. ubstii nda d as rela ôe1 capital t !> d e producão.'' O que, pa ra M aa e o
Enfim, lOrn · cl ro que a c~ncepciio que faz.ia Mar d · d in .i ica n1.arxist s, parecia um "concradiçào" q ue dc:'-'Cria ~ e. c:xplodlr o sisto--
soei I e histórica m i ger I é ques.tionad no pró prio lerrcno ern que fo i m , íoi "r olvido" no in ten r d o si tema .
ela b rada mÃ)s concrct mente. e: o Capital urne t:t l im rtâncía na Em primei o lugar, nio _t tou ja. · de um ron1111d çào , Fa.lar
ob ra de fat", e: n deologia dos mar istas, porque ele deve d ons-. d e " nu·adição'' entre as for p roduu v é rc-l ac;-l,e de: prod ç · o.
tra r n e p reciso qu lntercss· primordialmente:, o d soc:ie adcc pi- pior que u buso de lin uagem, é uma frase lo ia que d u _a parln•
taltsl • a vt:rdadc teó rica e práti · de uma co nocpção c:ral d dinãmica eiia dialéti<:11 a ue é apcn um m odelo de pc:nsamcntõ mc:dn100 . Quan-
dQ história. a boct que "n um certo est á lo de desenvolvimento as do um gâs quecído aurn r piente c:xerce bre s paredes um pressão
forçu p odu twas d $-Ocicd de eJHrl\m em co ntr d' · o com as rc:lacõe. cresccnce que po e, íioalmcnte, faz!~las e :plodir. não tem_sent do ãsur-
de produ · o c:xi centC$, o u o que é apenas s ua cxpr são juri i , c;om sc que hã "contnd,ção" entre a pressão d 4 e: a rigide:t das paredes -
rela d prnpr ade no interior d quai -ias se ~·viam movido até d a mesma manei r que n.ão hâ "contracliçió" entre: d4 s for s nl.- ôai-
então" ". c: que se aplicam 60hre u m m esmo ponto. ss1m l mbtm. no C8 d_a
N u v.crd a e, o Qpftal 6 percorrido do prin ípio a 0 m p or esta in- socled de, podcrl mos, ao m, lmo, 1: 1 de ma tcn o, d.e urna opos1~
u ã semeia!: q ue: nad pode d q ui e diante deter o esenvolvimcnto
da técnica e <:OrtCOniita nte dC$eOVOlvi me nlo d produ1 ividadc: do lr _ba -
13 V por e pio a meltJ pane ("8o-ur eol~c• pro l atru~) do Mt1 i/r trC(}ljjj/ ·,.
rc.
11 Ver "L< m u I rêvol 110111\.1 rc r l2 de OJ, 1 L, Tcouk , Ttrr,J , ,; \4"Tlffflin1.rN , cd. l0.1 • P,sris J963, p 41. e.,
8(abril 196 1)/ T m m"1 rlçC:O len du socl11l.sr11e1.IJ I" L' ~/HrfMadu °"''mMI que q~ a.11: rcc,,n.te rnc111c, s i ,st a , lrotsklA&S e "'ultr ~ucrdas" d es-
(H,•rlN, 1 PmllltVfat ~, a,.,utS.•rrt ""• ed 10/ 18 , ~ e se mi , tavam p ca,nulhr. aea r OI.I mlll jtu, sob I os.•
12 K Cdmríb,fllon à /11 rritl w ,Ir katu•<RJ~ /'(11/fiiW", Prcíki o 1r d .. La ta L:,, mnhnu d.i prodl,c'lo Q IJ,lnlt ele I t A· cb I iu-
í• r11>C. G1.ud, 1\1 , 1~ , p- S. t ui de mas l p r e,aus;a ,wochu;Ao de ann
28
ção ou de um nílit ~rurc forças produrfv. (a produção cfetlv u se" .-1.116nomo e onstruir um.i mc.câmca dt• stem ciais. b ada
c11padd· di: de prodm.~· o d soc-ietl:idc). rujo descnvolv1m l0 exiae. em n m osíçiio e ema. e e,er,- mente me. ma. entre u1n técni a ou for•
c:.tda et pa, um tipo dc.tctrnin de organlz ão dai. rei· ~u . ociais, ~ .is produtivó q e possui ri, m ma stivid~lde própria, e o r-esto d. rela•
tipos de oriµ1nl.zac;J.o qcic. ou t tde." ªo ltrapassad •• pela1 í r• .. sociais ~ dt1 vida hu.mana , a "supere irut ura", doui.d a itrbi Ir ri m~l-
ç produtivase deixam de ser-lhes dcquad • Qurmdo ti tens o se torna tc de m p ssi id de e de um inércia essencial
muito i rtc, o connit muito a d • uma ~v lu ão destrói · 11tig,a or• N a Yr:rdade. ali existe a t nomi da Lé<:oicn, nc tendência lm ·
g nização soci 1 e bre o caminho par, uma nov apa de descn,..olvi- n nte da técnica parn um Qc:5envo)vim nto nutôoomo. Ut .nlc 99.5¾ d
mmto das força) pr duli s, u ~ ist· ci - isto e., dursnte u totnlid d.e exceto os ci co üllí1 os s'
Mas to esquema rnec" nico não pode ser mantido mesmo no ofvcl cul - a h.isL6n conhe ida , ou presumída, da hum nidadc dC.'len olveu•
cmp[r' • ai imples. Ele represcnt$ um:i cxt a olação abusíva pata o .e obre a b da<jullo que a arc<:c. hoje como urna csta11nn -o e!
conjunto da his ória de um proccs o ue só re lizou duiftote um 11nl• q ue era viv <fo pelO'S h mcns d · i:p a e m uma tabilidadc cvi 1mte d:i
e fa, e dC$ta hi t6rla. fasee d rcvoluç.ão bu~g asa. ~lc deSCf\lV('.. m is técnica: civili:t.o.çõe e imp,érios durante: milcrüos funôarnm• t1 e desmor-0-
ou menos 11elmen te, o que ocorreu quartdo óa pa ge da $0 iedade nar •. e sobre . mesm "infr a- l uturn.s'' tlc:nicas.
feudal à o<;iedadt capitalista, mals cJtalamentc: d• $« edadcs bastudas 1 urantc li untiglli ade grega, o f to de ter téicnica apliud à pro-
a Europa Ocidental de t650 1 O(qu do uma burauesi & bem de. ui;io permanecido «rtamcnte aq uém da.s p ssibl lidade que or rocia o
cnv lvl ó e economicaroenlc dominanl.e o puoha-~e à monarquia abso- nvolvime>nto cicmtlfíco já alc cado, f'll.O pode r s.cp rado da con-
1ut ~ aos re$(duos feudais na propriedade g_rária ec n ts truturas jurldi- lçõ cultura~ e soeíai do mundo grego, e, pror.t cimente, de 1,.1n1a a •
ç s o poUtic:as), à sociedade capita li.$ta. 1as ele não comspondc nem ao t'\ldci doi. grc os cm relaç o • n111urc:za, a trabalh • ao sal>t!t. Corno, in•
dcsmoron m o da socied de antig e u lterior surgimento do mundo vcn,arncntc, niio se po e separar enorme de:scnvolvi,nent~ têcniCQ do
f; dal, nem ao nascimcnlo rui burgue l.1 quo eme e:, p~cisamentc, fora temf)I» modernos de urna mudan r dic: l-ai nd, que se tenha p aduzi•
d s rela c:\es feudais e à marjern destas, nem à connlt Jçilo da burocracia o gradualmente - o ati ud . A id~· de qu~ · ft tu reza é somente
com mada domio nu atualmente os pal t a d que .se indus- \!r'f'I omlnio" r pi r:.do pel0$ ho e s. por exemplo, é tudo o u~
.t ,iatit m, nem, por fim, â evo luçã l\iit rica do povos não-europeu . qu · ermm X~to evídcnte do ponlo de vi. ta de toda a h I manid.ldt ante•
Brn tienhum desces e: s,os pod~se f· lar de um d nvolvimeoto de fo rç.i rior. e inôa hoie, . povo, !o indust ·Ali.zad Fazer do sabet ci~ntf•
produuvas cm:un· o por ume clu8'Se social em cr lmento, no sistema fico e ~nc lmcnte um meio d dcsw oi lmcnto técnico, dar-lhe um ca-
social dado, des volvirncnto ue "em dc:tcrm i!lado cs 4gio" torn s, ia r ter pre.dominaot mc:m.e i rumco tt l, corr,• 1po de t mbcm uma lf-
lnc:ompaUvcl roma maoutcnçto de$tc si!>tem ..l, conduzindo as:sim uo,a ude no\•a. apart o dcsti.lS atitud é ioscp~r'vel do n cimento cl~
re,,oluçio .d ndo o p<>dcr à elo "cm 8-S(;cnsâ • • tnirgucsia- que. no intclo,. e rcaliz. obre a.se ntig.as uknk . So-
Aqui ainda. e sobre a sig11ijicaçcr() da tcori , sobt\â u e-0n tC'údo iais mente partir do pico<> desabrochar da bli,suesia 6 que se pode, !lpareeo•
profvndo, sobre áS te orfas que são 1\ u se: o tipo de telacão que: eta temcnt • obsC'TW!r uma espccie de dinâmica au tônoma da evolu o tcct10-
vis• esl.llbeJc:c:C'r com a reaJidade, que devemos refl tír, ituando-nos mais l6 ic.a. M.i s.oment~ cm ap rência. P rquc n:-o som nte é e&l cvoluç o
Jém da ..confirmação" ou do ...dc..qrnentido" tr· zi do pdos (atos ' teorl:(. fun ão d dcscnv lvimenl íl_losôflCO e d endl'ico pro vocado (ou aoc crà•
Uma cols 1!r rcoonhC0Cr u imporl!l.acia fun an11?:nta! do ensino de d ) pela Rc asctnç , cuj [nculos profundos cottt tod.a o cultu("ll e as~-
Mao:, no que concerne relação rof nda q e u.n produç-o e ore 1 cicdade burgue · o inco11testávct , mas ~ a é. também, da ve:t mais
da vkla de UrM ~cicdade. Nin ,wi . dl!l)ois de Mar , pode pensar a h.ls• Influenciada pela nsliluição do proletariado ,c a lut11 de cl ~s no sei
tórt "C$quec;en " e iode socied, de deve asse ur;u a prod11çA.o das
ndiwes materiais de sua vid , e q u todos os nspe tos da vid11 s ·at-, •
tã profundamente ligados ao trnb lho. ao mod de Qtgan ização d.esta mt~ - t s jurfdi ux. ptt · . tfUK a ,,, w11qr,e tf;
produção e dlvislo socia l que Ih corresponde. /'~ u~. 1. e / Ili ou :J nté.Tiçlo
o ru;J11 for úos das pl:,~inlô., d ,
Outra coi tl 6 cduzir u prndi.1ç.;,o, 3 atividade humana medi tizad e o ,-:na dii;na 114 flC$11Pi-
por ln trumcntos e obJêtO , o l b ho, ' forçu produti a "o seja. i1- sas 1çmcf1ta.n1es o • 1 aK motcrl de l<1d
nalmcntec, · técnico. u, lllrib ir lhe um d ~nvoJvimc.-ató •• 1iltim11 nn"h• G-sóci.:ltl rio e ·1t1:ir.ji q.i , como
blst6ria do ll ◄ i~ pdo ato , tctm.,• ""'
1 «' • A te1::no rto de ação do bomam 1 ~n e à. 111tllrexõ1,
ck o d.e suu v r.seq ill!lll~~lc, a orla,C'lll ifas relaç •
•~ M·- f: impor~nte dlfil.l-.1111 iernprc entre u t baçdo IQ'f t dru COfldiçõ \1e si COD~thteb:twwqi,c(l,tf doecorrc .~ /.1CQJ>1Ittl. L. f .• T, 111. p.
~Nld ~cana iça, • que CÚ'TW1 . WttU • lilf ft ,~ ,, C(lnf 'IÍI "dra âiM«tr /j,JtvQ, &ati,, 9. : . I 91S./
30 31
do caplt11li$IDO, que conduz a uma .,eler.Jo cfa, têenkas · plicadas na 1no 0 m.1 mos "consciênci " nu m sc-nudo estrito (\!e con. 11:ncia e)t Licita do
du o cntto todas :1$ Uenicas po sivc·s ••.Fina lmente,"ª fas;catu l do - "pc amento de" da teorização do d ado) ii se petmanccc rnda t·
pitali mo a pesqu isa tecaol6gic:1 ô planificad· • rien d ecxplicit meato frcqDentcme111e falsa quamo ver-d ade rn, pois pode haver tanto um ·•atra-
dirigid, para objetivos que~ propõe m as camadas domina t da so- so" d.u nsciê. eia em relação realidade como um "at "dn reõtlida-
cied de. Que cntído te-n, íalar.. da cvolu~o autõno n ·1 da téenica, d cm relação · con lência - visto que, em o tras paiilvra.s, h:1 tan o
qualld0 o gove no dos tados ni os decide dti$tiaar u bilhão e dó- corresp ndência qu;mto di$tância entro o uc os bome s faz.cm o u vi-
lares à pcsqui.s de eurtura.ntes dcfog eh: e um ml lh-o de dólarei1 à pes- ve e o que o h cns p~n am. E o q1.1e eles pens.am nio ê somente a
gui das cau s do cànccr? diíl il elib ração de> que já o lc e mucha Cegante a rás d .sua~ peg ~
A ldéi d uma rela- ·va autonomia da té tca pode con e var u d l" mbêm re/(tti~ocào do uet dad . coloca o a distância, pr de•
q ei,tl o quando diz rcspe to aí: cm:erradas da llis óri , quando os ho- ção. hi tório ê tanto crl:tção consciente- çomo rcpetic~o in<:01m::ient.e. O
mens descobriam al&urn inve43t ou métod , ~-or assim d z_cr, ca lmen- que M n: chamou de superc.st nnur mmbém oa foi mais rc:llexo p<l4Si·
1 te, e quando a o $e <la produção (oorno a d 'Uerra o~• de outras at!vida- voe retardado de ma "m tcrisJid:t.de" socia l (aliá indcfin i\'el}, do que
d6S soctais), era uma csp6c é de pel\ún tecnolótiça - ainda q_uc seja falso · o :i e .epção e conheci me.n to hum n , "re nc:it " [m prcds~ e con-
queesta tknica c:nha sido ''determinn,nte''. num tido exchisivo, cfa f USó de um mund extcrio crf. · 1 ente r nnado, col rido eodorlfcro
t lura e d evolu o d11 soei de, oomo prova a lm<::n$ll variodi1<1c d em l mesmo.
culturas. u icas e históricas (a$i tic~. por êl\cmplo) o 11 truidas ·•w rc ê cc:f o qu.e a consciê-ncia hum na, como e te uansfor mdor ·
11 mesma base té ·n ''. M smo par e&las rases, o problema da rei ~o criador no hist6ti,, é csscn almcn e uma oonsfüéncla protico. uma razão
c:ntre o tipo d ttcnica e o tipo da sociedade e da cultura pcrm · ncc:c. Mas opc:-rame - a tiva, m ito mais do Q uma ren do córi('a, it. qu b pníti-
nas .sociedades contempor.lneas. a m pli çiio cont[nua d ama de i- ca seria anex,,-d.a como o coroltirio de ttm raciodnio e da qual elll .somitnt(t
bilidadc. têçnicu a o pc;rmancnte d11 ociedadewbre sous m~todos m ter ali:zaria ;u i;onsoqn~ncias. M prátic-.a nio é exct iv monte
c'1: trab lho, do eomunicaçiio, de S1l~rra, ct . reíut dcfinillv mente a uma m<>dl 11;t1ção do mundo materi- 1, ela 6 t m~m. ainda mai . modlfi•
l~~i da.a to aomia do fa or técnico e torna absolu mentG eitplídta a f'ó e ç~o dns condu l d homenii e de su rei.ações. O <"rmão da mo1J10-
1 ._-o rcclp«x:a, o tel<irao cl ular ininterrupto dos méto<IO'S de produção nltet, o Manifesto rotm111isl.D pertencem â pr.ítíca hi t rica, m quanto
~ organiução social e ao ntcüdo t ou,J da cult ur:i • . um invér'll têc:nico. e pesam. q anco 11 seus re. is efeitos bre a ttis ó ria,
com Un'I p o infin ita ente m I r .
O que !l bamo. d~ dizer mostra q40 n o há, e qu 111.1 oca h uvc, A a tuaJ co r são ideológica e o eiquec-im n&o de verdades o erncn -
inércia em si do resto da vida sod L, nem privilégio d pas.sivid d~ da.s r • -o tai5c, que que aqui (lizemos pode '&cm dúvid pare r pnra muJ•
''suv-:e:rcstrutur:1 ·•. As . pcrestruu1rns são a pen~ rede de rclaçõ SO·. tos "mar !!tas oo o um idealismo M 1s o idcall$nto, e tm ua espêclc
ciai., nem mai. nem menos "reais''. nem m i nem menos-"ine tcs.. do mais cr n e mais ing6nu • se ence>nlra de fato nesta tc t ti" de reduzir o
que $ outras - t o "oondícion,ada ., pda infra• trutur c:o o e.st:, por coajunto da r«tidadc his tórica a efeitos ds ção de um ô t'i tor, qycé,
e
e las, sie que a p lavra •·condicion t • pode ser ullliza<l.a para desig n ar o ncc s tl mente. ahsJroldp do tooo e, portant , tJbstral<> _pura e simples•
odo de coexis én ·a dos div-crs rn cntos o pci;tos das ;iuvidade. mente - e que, rmaJmcnte, é da ordem de uma íd&. D e í 10 ão as idé:ias
Ctais. que fazem coro que a hi tória a , nec na roncepção cill.a '"rnatcrialis his-
A fam (ra.sc sobre "e> :atraso da e nsciência em relllçào a 1ri •·, ! lón ''. - só que em vez de scrçm ld.ê, ftlosólk s. pol(tlcas, reliaiosas
omenie uma f ~e. Ete presenta um· oonswtaç <> cmpiriea vâlida para e., são idél11 técnica ê mm e .u que, para se tom e oper!lotcs,
a metade da direita dos (e õmcn , e (alsa par. ua metade dia esqucrd· e a idéfas devem "~ncam_n.Me" cm instrum entos e métodos de traba•
a oca o no i con. icnte d marro as totnou-sc um a fr· se tcolôgk;i, e lho. M85 cst cucarn ç o e por a detcrminõ\d.i; um novo insfr mento
como l~ I não tem nenhurn scntid • ão existe nem vida , m rcalidadé é º"º cnq anto rcaliu uma n • mancir e r;onccb r as relaçO,e da
soei 1 .m e uscienda, e dizer uc a consciênc:i.i c,ta atras da cm rel· - o atíY d1tde produtiva oom seus meios e seu objeto. A idéia, têcniêu J>Cl•
are. lidade é o r esmo que diur q ue a cabeçl\ de um he>n1em que e míaha m ocr;em . por ~nse,guinl uma cs ie de primei ro motor, e, enl· , de
estA e nr.tantl?lrtMtc a1 da em relação a e homen,, Mesmo se lo- du s um : o ficam .il e esta concep o .. c::ica tffica" uparooe como
sentando cod; a histót a $Obre um mistério, ó mi~ ério d_a cvolu o autô-
aoma e i cxpli vel de uma 1eaori p "' ular de Jd fas. Ou mcrgulh •
tó v~, ''S lc e tniu d u &-O ·~lísme~ o n• 2 e, • • B.• (jul11o 19 1 . p. 1 nHir. no mente a técnica no todo soda 1, sendo impossível pdvitcgiJ-1· a
• \fçr mMm , cu anlgo ..T«c.hrn ue- ik L'Ei, ,w,.,_,,,,,-;11 u, ,se li,, v I IS. p. rio -ou m mo a po.s-1~riorl. A l ntativa de ogels de sá.ir se di lema
8~. Puti 19?.l, xpr ando u as supercstrutur reagem rtamc-n1 sobr s infr •
32
es1rutur1.1.s. mus que estas f')crma éc-c:m deter inu.ntcs '' em últi n Jlá li- hém ,d~ias. "em 1lv · 11 "(.rrgn icem, atl a ente t ue "resulteº' dt!•
sc". ,, o 1em nenh um ent id '' Nu o explica • Q causal n () e iste ülti- l , C' conftjtctn u dctctm11 ado tud T'Ca}.
r nlilisc:, ·ad elo reecn i incvi tavelmc lC: 0 um ou Lm. u a conccs&ão Que,, hi . tóri minfo oodi! as si ~,,e rn· .. e
de els perman~ ver ,11e ,camos com um i 1, r q e dc:tçt'tnina a hrs- onde to a. a coi a • ni1o las ner,hu-
t6 ·a em er de terminado po r cl ; o t ntão ela real e irói preten- m dess:a~ sign ifi a is é co e sm tt, c: l,is
o de Joç;ili1.:1r :1 e plicaç1lo fi mll do renõ e hl.slóricos em um foto rei ,c1cm sempre coisa: e I co alg m
e peef fico. pode fomeci.:r·n()(S um sentido que ito; br~
O car cc.r p opri men te de: li l da c:on.:c:pção aparece de manc:m1 c:!cs. Nenhum I' to técm~ 1cm um 5e n1 ldo lado do
3inda m a, profund11, qu.ind coo~1dt:ramo m outro pecto das cate- &OCicdadc o d~ se roÕUl, e n n h ()Õe e in<: vi t •
'Orias dcln ír ~s Tutur:i e der. C'I' trulu ta cm .1.ül. u tilização p or Marx. ~·el às a 'vlc,iadcs humán que s , mcs as. A :il-
ão ~e ua II sornon e d e ai (ra-~truH1 a tem um peso determinante , •uos q111 metros um· da o utra, m o sdva ; 00 111 as mC$lt\3S arm as e
cm rç lid de que é ela tem peso, q eéd ue 00nclu 1. o movimento ins lrutn Alos. d u21Hribos primiti envolver estruturas soei i e cul-
d isto ia. 1: q ue ela p ~ui um a verdade, de u,e o r,csto . tá privado. turas t;io diferentes qu:in to possiv ó. q ue a lm quis Oeus., será u~ t
c-0 cli:ncia p de ser, e tlç f: to é, 11 maio p te do te: po. uma "íalsa 1ama "11lm11" slngul.a.r 11 lri o qu m jogo? Nilo. u, e xame da h sr6-
consci~ncia " ; el · é mis ific- .da, seu conteúdo é "idcol 6g1co". A s u percs- tla total de cada um4l delas, de s u1.1s rei ões c:om outras etc:.• pi:rm ítltla
trut u as iio s.emprc a.mb(guas: a primem a "s.ituaçâ ai" do mes- ·om precnd mo a evoluçõ rerentes se pr d ,2ira 1nd que el
mo o que di im harn, s ua fu ção é c:&5énda lmentc dupla. consti- não 0 :r ili .., u o com prce- •• e muito menos iso " um a causa ..
tu· .. o da Repúbli n u gu • por e;cernplo, ou o dir-c:ito cM I, po ui um desu ~ ol ), A indüstriu m lesa t I so rc a
~entido pHcito o aparente; q ue: cxptlme seu te.< to. e um si: tido[:\• mes,ua "ba çniea' ' da indús u franc • com os me:s-
t ntc o~ real: ::1q11dc que cv1:.l:t análí~e m r,çj ·t • mostrn.ndo. por tr.â s m · · em .u e. o rncsm0$ r.t produzir os mesmo
d i u Idade dos ddad o a div' ·odas clcdade cm cl.. s., por l r 's fln o "rel de p odu ~o·' o s.c elà; firmes pila-
..sob rania o povo", o poder. de: r to , dn b ur guesia. Quem quisesse lis .rin ra o mercado e p .ra pregando p roletários .
compreender o direito uh111I timit ndo ,se a sua si niltcação cxplldta, ma• M ~-0.0 :íbricas di(cre e mpletamcntti. na ln fo t rra. r~ves
n f s t • $10tsr-se--ia c:li1 pleno cretin ismo ju idíco. O d irch , como pól(- se: om frcqtiêr1da. perma nente gucrrllh dos o penirios con r l a
tl , a rc,lig1, o etc. ó p dem aJcanç r seu plc; o e rdlldclro ntido cm dt litu u;âo o de rcprcsent ç· o operária. os sl,op .s1e-
função de uma re crênci aos dem ls fenõm _nos socilu$ de uma époc • .._.tJrd.k. t ão dcmocul 1Cêl1:, t:lo combtHiv:i quanto pos.sívd sob as
fas C$l.t a mbi vld de. esta can e1erlstica t n ad de tocfa siG11 ilicac;ão cond lçê'.>es e pi · l nca. a p3ti:i · · dos ope.r · rios, u n •
pard lar n m ndo bis~ ri co cessa ·a no mome o em que abordãsse- formação int ''dele operâr m põc:$ e tre a direção
nt .. ,n íra-cstrutura" . ui, s coisas p ser com l'ttndid . c:nt 1 c . trabalhad a.s •· d pro u d • p~s •
m mas, um í o tccni c<> sjgoiCic1.1 lmcdilll e plenamente, não e ist ne• men e o grau ro C' e· ue asse ua ..compra da
nhumu ambis idade, e le ê o que ele ·• i2''. di;z qu ele é. E diz lll m o forç.a do uabal forem lmcn1e te um a ttn li e
todo o resto: o moinho movido a t aço dizn sociedade feudal. o mo nh do conjunto de a uma da s sódcd.1dcs or SLU! h, 6 ·a
a vitpor diz a sociedade CBpltalista. en1os, po nto. cois · · u são si n i• prco:d nte etc... J o ç permitir e mprc:c:nder-. até u ponto. ·omo
fi c;õ 4:omple cm si , e que, ao mesmo ~po, são I nmca - r lena iÍI a cs tão dife renics pudcrnm emergir
e hncdiatamcrite" pen~tr veis por nós. O s r., tos t~aicos n o são omel')• N6s nos sil u.im.:>s até a.qui. nci a oi I do co1rteudo d
te idúias ..cm. 1raso" s' nifkaç q e: for m cnc.ar ada ), d ão.tam . .. concepção materialista cl:i históri a", t ver em qu medída s
proposi<;~ prc isas d t1cepc:ão p tid. , omo v1:rdadeir .s
u o tc-ndo um sentid o. N ·Lusão é, visivelmen te. q ue
<:s~ nii . ê . ustcnl ·vc: uc pç o marx, ,., da histó i·
11 C: BI O. faio. • ~1><:cssio do Eni,, n.'i xplic11r,; -0 que d a r
.. permn r : "cmre 1nd;i:i.. mm q fina l
mi a11t< n ,L lo que os d blcm ll está Qt considc: r,LC e a
• ÇJ N "(R K. M .t- e xisLn nõo oferece a ex p ad d hisl o
llufr;r ::r. P oc 1~ ~- 15 n~s m que" lwló- existe tah•ez uma o e li vri:, ·c:r n ~Q e uma no
,.. s.e
wb!lt~
11! ri

qi
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= e til . tamblim. cm pção. "metho ". r, ll tarcfü u
9 lm~~Jll3tflcnte nio c111 ~mi ~ ló@kCJ~~• mcdlílç o, ~• cccm• Esta q uestão i ais imror a nle quç a o utra. pois a flna l de c;0 n•
dt- d. l'f ,;at SIC..- u 1>11lt1> iCr'I do. ta • q11e um :t lcó ria tifice íll0$lrc m 1,1ficicnte ou crrnd • f a pr<ipria
34 JS
lei do rogrcss do conbeclmen tretan to, · ão d progr na a ideologia", n uc · a ideotogia determina a e ·oflonu;a... nem, fi.
so é com r(;cnder porq e uma .!>C rcvélou insutidentc ou falsa, nal lH~. que "eco 1)0 la e ídc:oJogia <leterml am r« 1ri roc,1rncnte ...
O , j ' as coruider Ç:Ôcs q cm ar» permítem ver que o que pela si iples razão d que «>logia e economia. e:nqua.nto ci.f~n15 ~par.1•
está em cau3<1 no fraC3, da e m · his · ,\ uito dai que podcrfatlí ir QU não ag_jr uma. sobr~ .\ tra, sllo m si mcsm;:,~
ma is do ue a pcrtln1?ncin deu , ccn ntetl• produtos dí: uma etapa dadil (e na crda muito 1 centc) do de ·en\l lvl-
do da eo · a, o prõpri· tipo d4 t or tr I t • mento hi tóri.co ''.
"• de e rigi as forças pr dutiv nomo e determinan te d Do me mo modo. a teoria marxista do h . tórill, e oda tec>r11l ger· I e
evo l1,1çào b istónça, · • ·· num a simf'll as simples do mesmo tipo, • ncocssariamcnl , lev· di! po tvla r que as mo.
·ror , ci.r a a ã si p does uema tiv~ç.ões funda ent.ii dos homcn e :1empre to mas mcsm s cm 10•
origina-se de 9uc sol>rc: mos objetos <I 1u ociedad • As "foreas" , rod utiv-a ou outras. só pod11m ~ir na
deve p-r"Qdu ,r o lldeameru de eielt s. his ória atram diu açôes dos homo n. e diztr qu;e · mesmas forças rcp •
M crn que med· mo i:atcgorizar a histó i desta maneira? M:nt.am. em tod a.s i ações, o papel determinante, significa qu~ el ts
Em q e medi o m stórlc.o se pr 11 a cs,t e tratamento , co p ndcm a móveis co nstnntes sempre e c:m todo lugar, A~irn, a tco•
ri~ q e f<1:t do "dese-nvolvl rnento das ío produd as" o moto da hl •
P r c1Ccmp l , 11 idfr de que todai s socie.(Uld~ o dcs.c]lVOlvi- tória. pr up , EmpUcilamente. m tipo i11 atiâvel dt motivaç,"o fi Jldn-
men o das forç;l.S prod li vu " determinou" as relações de pro d u !lo cm me11c.al d s liom ns, a groSio modo a rno1lv· ção ~onômica: d e m•
conseq ncia, re!açõC$ j urídicas, polític , religi·osu '"te... press upõe p,c. a . d d hu,n nas teriam viSiido (oon cteftle u c-on~tcment~
ue em ,oda,S as s r;fCdad e11.iste a mea.ma r lcu lação da · tivjdadcs n o import ) p rimeiro e nt de tudo. o ere imento de sua produção t!
a11as, q e a técnica. a economia. dircíto,, a polít' a reli mo etc. , io de scll con umo . Mu cst id~i a n" é apenas ma terialmente fals : li, -
sem pre e nec ari etatc sep r das ou sepaniveis mo que í: l afirm • quece que os e motivaçã.o (e os v loN: c-orrt6pondwttl$ u.e p la-
,~?. o é desprovi a de . entido. tas isso e extrapolar ao co njunto d:, i.s tó- raz:am e orientam vid d o mens) o ai es $0Clfll , que nda e ltu ,
rl ~• articulaçiio e a eS:tru uração próprh1s da nossa s-0ejedade, q e nt o ra instituí l-0 r q e Jbe são pró rios e'coníonn.a os ln dlvi u sem f~n-
t for os mwte um enti do fora dela. Or.i , esta r1lc lação, e~ t tru- o d~es. E$tas onformsçiíes s o , praticam ce, oni potentes 11t, po que
t un1çllo são precisa en e prl>duro.s do des,e volvi.,ne,uo históti o. Marx não existe ••nacuN!Zll ln m~ oa.. que po a oícm:cer•lhe T'Cll-istênda, post
dizia que " o individuo~ um prodt,110 sor;-ial" - queclCndo com i o dlzer, q ue., cm outra pal::ivr3 • o orne, n..~o nasce wi.z n o c;onsigo o senlid
não que existêoçfa do ló ivid uo pre upruih.i a da sociedade o u q ue a definido de sua vid a. O mh,mo de con in , de pod río ou de s nti<I de
socíed.udc determine o que o Individuo será. m que a ca,,go.ria de. in- não são objeti..., s in t s à c.rian • j a C'U ltura na qu~l cnscerâ. que lhe
divíduo como pesso livremen e- eparãwl de ua fi mftl··, de su ~ Jbo o el'JSÍnará q ue ela tem "necessídade'' di o. E é inadmissível mis tu .tr · o
de: sua cidade nada tom de nat 111 1e só ap. tecr: numa cett etapa d4 his- c:-.xamcrda b.istóri 11 a "ne essidade,., b ol6gi ou o 'instü1lo" e oonscr-
•o rta. O. mesma· m· neira, s diver~o• aspecto ou K t<1 rcs da tividade vaçâo. A " nccc-ssidade" iol6gíca o " l tinto'' de con rv ção éo ptc •
soei J $Ó !e" ut o o miz.arn", como d 1 ia ind ' Mor:, num e @ tipo de up to al:>stra o e univc aJ de toda soe· ade hum na e e l O~o Jer vjvo
'eda<le e íun ·o de m g u de desenvolvimento hl tórico • . .i.s .em Jeml, e nada pode dizce.t obre alg m spécie c:m partic ular, ê bsur-
se ê assim, ê impo ·lvel d rn model doíinrtivo d relações o u e "d do querer f .ndamentar a · t ó ria, pOr d~niç o scmpr,edi(ere 1tc, .sobl'C a
termina(ôcaº v:Uido par tn da sociedade. Os pornos de Jigaçao des a.-. tt:• per,ní!n c:111 de um " ins i to • de conse-.rv , o, or d<:flni o mpre o
t~ções são 0uent , o mo,•imeuto da J1I tória .recoruti tui e rédcsenv lve., mesmo, assim como s ·a !, ·urdo quer~r pH ar pcl t()ns1õncia d.a Libi-
d-: fo rma sempre diferente, cstr ut s<lciais(,e ,.o oocc · 'amemo do a nflnita vaf ade de tipos de oraanlza -o familiar, d:e cur0Sie$ o
no sentido de uma dücreoci ção tt pre cresce te; a est ~spc.lto pel de crversões sexuais q ue e.ncontramos na sor;icdades humi11· • Qu ndo
men o do iaio f 1dal r r-esmta u.ma fn110IUfdó , ma rcconden ação uma teoria post la q o di:senvolvi ento du forcas dutJvas roí
de rnom,en1 s q ue estavam el ramen1e p arados no mundo .cco- tet, l a te e m lcxlas as cil"Cun t.âocias, (1 n o uer dh:er ue o bomen
romano). Em llu m • a o axi te a i tória. com t mbém 1'o e istem
na m,ture23 e tUl: vida, subJr rr,ia.sseparada11 e fix indo .um obre as
ou lras, do clC leria r , à o S<! pode dizer q ue em gera1•·a econom i;i ·d tcrmi- 19 bt-0 E cleramente • isto b e,n "l.c d!llll ~ , tk ío1tclio11 du matetl8 1° me
hi .
f}Oól;, C• omcntc, trel t o,, mdivíd m 11 "8r de o btc.. ,.
• po ;,.~J.a c;,ci.r 1 · i " ~ l•,;uc: • produ :i o~ n· "id:uc,çiaf ê wn.z critQuO cl rgoe• b mctJlc. Mu clet11ro d<>,. limite;, er,Q Iram• 111 h·stó · LOdo o,s
D!!~ li\ oi nC<t 10 do l.i itujçjlo 11ittôriCU1 CIQ>itnli<srno, V~ " la qucs1io11 ç l'hi~ oi e ,fa ti ad 1nmc lo.
(1 ,en,en, ouvrin", li\ Céx{'l1l , ~ d1t lftôil•rll\'nrl a rttr 1, l.r.. p. S1 li 6!i lff, p , ~ .• t'm sun C; ri'qu~ /Ir 111 raútnr dla ,1Ntí ,;,r, , ó6 e ~ l,u..-.
J6
1i~rt1rn :sempre nc~ssl 11dt de~ ;11i1twn11 1 (nesse <:a~o · rii:rrr,an~- parcll1 dl csti\'o faminlo e prira um trnbnlho dcs-
ido macacos). Ela qu · ntrã,;o. q ue h m prc foram ULU(d<J de sen ido, que é a 1 h mcm ,.,.
afim de s.11,u .. nce ssi ic:1s. que se fornlllrttm ''ncccssid des'· • (ais cr que 11 s nõmic:.· · tenham Sld
de utr.i natura· - e: ui, efetivamen te, uma teoria que fala mpn: de cs - pois ~ mo 1e ori:i.s r liz •
da história dos hrm1t'lf '~ :JO me que estas outras das na v1d dade, e · :s. E é foi. prctcndllr
" · •• e cm 1od.1 ·Lr icmcntc • .rtc- que elas ti is1ido sem on sob p arêneia. mislili-
isso clu não(· m er 1. fa la c.1Joras - politkos, reli ·osas ,~ capi ta lismo, dcsmis1ili·
mo. De foto. mens buscn- ado o u csencantando o nnit ~·cr as ~vetdadciru~"
c:nvol imcnt possi ptod\Jt i e is.nilicaçõe$ dos os dos bom~l'I$ que, c:sça seus au t te erl •
o o ~1:iculo t:ido l~ • u que :is soc-ic- meRl • a ccnic ou ó onõ ico "sempre exi.sllram" de certa ocira,
foram " ~ tivamc:nu:" dominadas ten&ncla, e pol.s tod sociedade: deve ptodt1Zir sua vida organizar . od lm e es. a
b:adas eJ • é "' :ibusiYam conju to da pr d ção. (as é e ta ,.cer manci • q ue fu.2. tod ;i oiferen Po1:.,
·a a.s m s vai oviment e [2.11<:i§o a so- orno pretender que o modo d integração eonõmico co l'I ouuas rc:•
~tual . da metade c.ipit i&t iedade atual. 1 ões sociais (as rei õcs de autorid,1de de fidelidade.. po r el\ m lo. n
idéia do que co sí l ri< n ac m na con a• cfcdade feudal) 01\0 tenha infl uência iob s rela: õcs .cç
o de riqueza · 11. qu ;1cumu. ftômicas na soc:.1 d;\dc consid pri o m mo tem-
l::i.m riquez.as p e cxl r e o◊ • po. sobre a forma ~ as.l de brc ade que, um·
mando serfa lo uaís, para razcr de a i- vez am:.titu cu · ·smo ição rodi,;li os nlr~
. m hcí, uc sccit · camadas 'e I a · 'Ssen r suit;,d do jotto
csc m que: e da ,, e ifica Mas uma afirma•
curío~id dcs et n • • de ç.ã. te n no a fonn ~ o feud.-1
caso,~ prttisamc .ir t-
(o Admita que uma soei dadc e •
ram a mentalida omcúdo etc 11 m • pi e;; fairc", tratar o Estado es polhi1:as) eomo
1nan sempre i u1 o inierminavclmen br o- u r: ", cuj.i 4 ndê-ncia e economia é unidi•
i níal e o problc: m • adas , csquecc:m,' e tOCÍ•
recional. t ~nLido tem cst · · q s .ado é p prieLárlo
nios, do1 ter da popu lação . Porque t•m d maiores obstá- ep r cfct ivo, dos me lo o e povoado por úma b ieruq~I
culos q ue 11 per,e1 capil nrontrou cm; ntra · ,p. e, é 11 e atas cuja relBção e; • plora~o 11eees ana-
• usê eia de mo1ivm;ões econõm mcntulidade de tipo c11pita lista .mtt11e medi at 2Ade por u e su.bordirwd" .cst~ -_
entre: p as clá.ssioo, csc:mpri, ;uu so dos ~om e caso daquelas ieas que representaram,
africanos o r· rios du li 1n tempo. aban- dur.1,ue mil~ io~. as monar CQmo é hoje o ca.so essa~
donam o · oo juntar a que tinbam c:m vi.$ta · · es s fológicas q ,a in os outro r,aíscs
e volt m p 10m r o q eu olhos. é a unfoa s"? Que senti •:!C que. hoje cm dio, na
1.da no mentoern qiL con oons it1.1if uma cl:as- U. R.S.S. a "vérdadei a" u iret-Ores de fab uc a
se de o dos cntr~ c$le!i povos, o e· o, corno já bu r cracia do Partido. do Exercito, do Est ado · · · scc:l.à
mostrav os uiu erttc reduz.i-los â de truindo C o pretel'l e:r, tam ém * csUls relações. ~âo
istcmat a·scs at~ de u;i existência dtflte. on• diferente de uma sociedade e tr o tenhi>. Impor · •
scguilt, l uir I pi ente v.i l r . a.s ific:a • de cii1 Como pr~umdc uc as ti , os .ilc,rt!S cria-
sua cu 111, ida LO ,:cr crctivamcntc: este conjunto de um dos pelas iferc:nt.:s 1huros nâ f o ne oucrr. l'lc:io
lêm da de cnc b ·r uma psico gi ccoaômlça que teria CÃJ:Hldo sempre".!
O postul · do p·w doxal de um :1 n IUT'Cl: human inaltcniv,:.I ão é so-
l Vc;t Ruib lk: <•
1c1. l'1JJ1rrlf.< of Cu/ture U duc:. deste livro pa , II011í ç,
1 tulG Ed ntdl ' . n vel, mi!S nlfut1J ít~W"I etlt e~ a m
""ufrA~io)./ 1 ilidadc ik ~Jtl.1 rrcrro 1, v moli • .l <r .IIJ!.m.•1 Mead ,, a Cr/Jr Pa11rrJiYa •· T,rtuim,ifCMn!f"· U ESCO, 1 J
çôes < :u ca1CJ.!,D $- sobre iu DlJ trln sodii:4 ç , te • r- • De b 1<1, é cluro \IC. e a.<01. a rcp,a~ o <IOJ rcc1;1rso5 prodt.ú•os <1~ ra e 110•
c~i<:?i.l'". i urnn panantes de n:rl ire"" '' <IA """nlrop ~~ m-en~ 6 dc1crmm;i.da I iciõl-ntc. e madHi dn 1ce11ir. p lo )uC dç ra1orc e<s.eocial•
ecooómia" coat mentz mio ••~ ü "
8 39
me:n e o l o cncer a , é a tcn t tiva, n ão menos par do l, de I lar a ma , que t do o que os homens f12.crart1 e quiser fa2 r desde milénios,
v-ld; dos bom , tílJ como é cfttf vame.n e vi,•il.UL por eSe {tan t conscien- não era me· do que uni esboço hnpl! feito do/a forysystem. ada pe
te quanto lllC01\SCÍcntemcnte) com um.a sinapfe5 lh,1siio e resr, ' to às mite Jitmar que o ar,; bo uço de os que constitu i o lr.aba l o prod uti-
í' rça.s '"'r-1:ai " (cconómic:35) q ue a OYernam, I;: a inv.en ão de um outr vo em sentido estr it seja m1\iS "v-crdsde to " o u m~I "rea l" do q e o.
inco scit>nte por tr's do lnco •icnto , 4-ic um lneons.clentc.do lncon.seicn• conjunto de stgnilicaçõcs c:m e estes,; t-0! foram ecldos pelos ho mens
1 , que seria, ao m~mo t PQ, "obj tivo (j q ue tota lmente indepcn~ que os e ccu tar11m , da. a n· o er o po -1 lodo de uc a vcfdadeir nt •
dente da i_stó a d os uje.ito e de sua a ) e "raeion r· Gãqlteeo n~(íln- ureza do homem é ser um 11 [mal nômico-prod,1t.lv-o, posiul do tot t•
tcmenle or ntado pa um fi m deílttívcl. e te m eru râvel , fi m e,conó• me to t iLrário e q e implicar! • se fossa ve:rdadc em que o s lalism o t.
mico). Mas., n o uerem os crc:dit t na magl , gcâo dos indivíduos. par· sempre imp ivel.
mo tlv.ida onsclcn tc ou inconscient mente, é o b viantco te m veículo in-
dispcoiàV(I e lod acão de "força "ou de "leis.., n hi-stórl · • Seria p reci• e, pua termo uma t eori da histórP.l, é occcssárlo cJujr à his.ô·
so, cn -o, criar um "psican lisc ooon6mi ", q ue revclari como causa ria qu se tud·o, eJtceló que ac:ootccc durante algun sêcul o ouma pe-
cias, <;ÕC$ humatiu.s seu .. vcsrd dciro" scntid )a tencc (econômico), e n quena faixa t erra cmvoh,cndo o dântico Norte:, o preçO a pagar ê
ua i A .. puJ iio nômlca." ocuparia o lus: r da libido, lme te muito alto; é melhor manter a hi t ria e re u ar a te ria. Ma$
t fora de d6vida que um cntido étonõ mico la 1eate p • rreqüen- não esl mos reduzido$ a esse dite a. ão ne~it mos, na q ualidade d
tern te, ser d v-en dado em tos 1.1c. ap:lrcntemente o poss\lc:m. rcvoluclon cio,, red~ a histó ria preoedenlo da hum nidade a qucrnas
Ma:s i$ o n~ ;ignífl ~u ele$ !ia o ti ico. RMI o pr-imeíro. em so ret . simples. Prcçi:samo , cm primeiro lugar, ornprccnderc íntcrprct.ar nossa
do q e se conteúd seJa sempre 11 maxfrn izaç· o a "sa1l:sfa o e.çonômt- própr l.i ociedade. E i:f4o só podemos f cr r.el<J1/vizand<NJ, mç,$tr o4_o
c· •• no senti4o capi1allsti o cidental. Q~ a "pul - o e om "-u qui- q e nco hum3 du form as d presente alienação social é fataf para a hu•
ermos. o " p11nc:ípio do praiçr.. voJ1udo ar11 o consumo ou apro r[· . manidade., já que elas nem sempre tiveram prese IC$ - e n,.o que.rendo
~o - orne ~ia o aqucl, d ire · o, se n e sob lat ou qual obj etivo e: e transfonnÕ! cm .ibsolut e projetando, inoon ·ente elite sobre o pllS-
1 rrum ntahzc cm tal o qu al conduta , i sovai de:pc der do e nju nto de sado esq c.m.11 e çategorla.s q e c.x primcm prcci. mcmtl! os aspc os ais
fatores em jogó. Isso depc dc:rá. putic ul nnente, e s n:taç om a profu ndos d re I dadc capltal' t contr<l a q ai nói lutamos.
P lsâo s u 1(a maneira pela uai esta se "e,spccifi •· na ciodadt con-
s:idct da) e e m o mu ndo de si nificaçôc:.s e de vo lo criado peta eu!tu• Já vimo • p ortan&o, p rquc o que se chamo1.1 de ron«pç .o m tcria-
ra onde vive o in dividuo H , Seria fi n almente menos falso dizer que o homo l"sta da hi$.tória aos parece atu.almcsue insustet1t;\vcL e.sumindo, porque
oec rr011tlç.u:s é ni prodtJto da c ul tura c:ipiuúfata, do q ue dizer que a cul- ~t <:0ncepçJ.o:
tu caphiilis a é uma e.riaç Q do homo aen;nomlcu:;, Mas nenhum das - Faz do d~envolvi.menio da écn o mo tor da histór 11 "cm '1lt ma
duas c.oisas deve ser dita. Exjstem, em cac4l ocasl!o, hom logia e corres• aoáll '\ tribui.ndo•lhc ma volução a utônoma e uma sis íficaçio fe-
pondincle prof nda ctHre a e trut rt1 dil nafi ade e o conteúdo da cb.nd e bem dctflnid ,
cultu,ra e prcde:tr:rm.[nar um pela tra · o tem tido. - Tc:ot submete o eonJunto da bistótia a cat ó rias q ue sô t~in
Portan to. quando a con ece e, mo na. cu ltu d mllho e tre cena sentido ara a socled de capitalista d ~ olvida e cufti apti o às ío •
tribos I digcnas do Mê~ico, ou M e ltura do anoz nas Ideia:; indoné,. ma precedeot· d vida oc col~, mais d o q e resolve_ problcm .
sias, que o tr.i bal bo agrkqlll é lv1do não· penas c;,omo meio d~ asse- - é bascad4 no postulado velado de uma na~reu hum na esse eial-
gurar a, limcot11ção, ma:; também como momento do cul o de um deus mcnte ln lterávc , uj moti aç o predominante se-ti~ motJva~o eco•
e mo Íéllla. e como d;inc;;a, é que u teórico vem dí~r que udo o que en- !\mica .
volve os gistos pro riamc te p rodutivo nestas ocasiôe , não é cnão Estas eons era~cs concernem ao conteúdo da conccpçio m teria-
m tific, ção li ão ast úcia da razão - . reciso alinn r ~nfoticameate li a da h istóri a, que é um dctennioismo coniJ,ní o (dono.mio ção ada
q e este: te ~riai é uma enc maçã muit mais desenvolvida do capi talis- oom freq Ueacia pelos pânidâri0$ da c.ontcpçâo). M as 11 ceoria é de i.guaJ
mo do uc qualquer pa trdo. P rque nii apenas perm::i nece. lamc n1 avt't• modo Lr,accitavc.t enquanto é ó dctermini:srno, isto t. toquaoto pretende
mente, pre;so às categorias especificas do · p it lismo, a& quer ain da .i.c se po:5.Sll reduz.ir a hi tórl · aos e íeit s de um si. 11rn1a de f, rça, submc-
submC!cr- tbc. todo o re~to da históna da humanid, de, e pretende, e n u• t d s leis palpáveis e eím!voí.s dç uma vez. por todas, partlt da.s q ais
estes efeitos podem ser int raJme ntc e ~au.-.:ti v mente produzid (e.,
poruLnlo, wmbém dedutúios. Como, por trás desta concepção, exl te ln~
v tavc:lmente utna tes:e so l>re o que é Q hist6ria, porco seg n tt ama tese
fll ófioa, voltarem s a.o un to n.a terceira attc deste ç:ipftulo.
4
()cc,ennl Ismo econõmk e luta d' d■ , N o é p r a aso qu~. id~ia deu a p0Utic11 e pltslista, m:ii~ ou '
11os • intclígen1e·•. p cc sempre p
0
um marid ta, como LJ"ta cstupi ~2.
Ao determinismo cconi\mi<;0 parcc opor• e um outro asp,i:~ t do que escondê uma mi.stdi c:i,~ o. Pam. ecl t rmo , Jlás. falar deu a poli li •
marxismo: "a b~lóti da u ma idade é l\ história da luta de class~s": ca intc igentc o n~o. dc\lemos admi(ir qu~ es1a inteligênci , ou sua· -
Mas omente parta. Porq anto, na ~c_dlda em 9uc ':' ntcmou aílrm • ênciit, pode fau.r uma difere 1('a 1t1.:mto i.v lu ão rc. 1. Mas oomo po-
çb CS$cncía da conçepção m cn- hsta da h1$16 a, a luta e cl· SS· deria, jl.\ que.: t evohiç;io é detc ln da por faU>r-cs de um o.utra or•
i,lo 6 na verdade um fator à pa e• . 1 não é nada mais do que uma dcm - "o ~e1iv(j~ . Nilo dircm i equer ue es a poUli n o cai do ttiu,
cadci ' de ligaçfk: '. cau.sa· , esta ol idas I e· da vei:, sem ambigüidadc. o pe num· ihtJa -o d d , n.ào pode I rapa 1\r certos limiu: demnrÇ •
pelo cs1ad da infra-e trutura técn.ico-ocoaômic-- , O que as elas es í ze , do 5 pc~ cont 10 histori(l(), ó pode enoontrs.r res~ondn<;la a ruJid de
o que elas têm a f ur é n~Hrf_amcn e lt çado por s 1a situação n as rc- se- o ul~ condlç cstl crem presentes - tod s coi&as cvldentes. O rn;ir.
lat;Õés de produção, só rc a q1,1 1 das n d.i podem p0rquc ela as preicedc xjiuo fal~ · ç o se cst lnteligêncía n o pudes mudar nad (exceto
tanto usai qu nto logieameatc. Da Íalo, classes s o aomenle oi - slil dos discursos, grandio$0 c:m irabcau. lame tãvel em QicJ) ç se
trumenw no aJ se cneo.ma a~ o du orças produtiv:, . Se são atores-, fixará, q ndo "'to, cm mostrar que o "g~~i o" de Napoleão as~~m
o mo ~ut.amcnte no sentido em q e os atores no tea1ro rcciL m um uixto cerno · •· tupidcz" de Kercn ·y eram 11~e~ :u1amcolc "convocodos o
dado p~ia_meate e ex tam g: tos pred~terminad e. onde repr~n- cm endndos p la itua ao h.i.s órica.
tando bem ou mal, não cons.e gucm impedir e tre géd ,.1 encarrunhc Não~ tambcm pot ucaso ·que !'fiis irem çom obstió· ç o à idéia de
cm direção a seu ílm inexorável. que capitaliimo moderno tentou A.dapl~r-sc à cv~lu ão h! óneo r; à
Ê neccsd.ria uma elas e para fazer tum: on r um si tem sóc e,.. luta social, a:,odi.ficando cm con ~naa , IS$0 &ena dtnittr que u hl.s-
eco c)mlco scgun uas l s., ssim é mo é ne<:c#á a o utra pa derru• tôrl do últim $tculo nã foi excluslv ente detcrminad.a or L ·s « •
bá•l - tão I ele: torne .. incompa !vai oom o dese, v Mmento das nô nic • e q e II ação de ifUJ>OS e d~ cla:15d soclisj.s pôd modi1i as
forças produtivu' ' e que seus lntetCS3CS a conduzam ine itaveJmentc a oo djçõcs n.1 uais essa. leis a em e através dísso o seu róri ·o Cunclo-
instituir urn nm·o sistema que. por s.v vez.. ela fa.r fu.ncio nar. S ~ o lns os niunento.
agent.es do processo histórico, màs agcntci. inconsciente~ (a c.1lpressâo ~ aliás, com csto eitemplo q ue pod~mo ver, m,ds c.:laramenl, que
volta m '1do nos escrito de Mau e Engels), ofrttm a ação m · o que: determin' mo ccon(!mico de um lado, Jut de el,asscs. de outro, fcrcocm
agem, cOffl.11.nta Lu.ka . O melhor, e a.s agem cm função de SU" ço • duas manur:u de CJ(p)icação írred ut lvd um a outt , e que: no marx,L$mo
d!nc[a de classe e sabemo q "não t con ci~ncia do b mcns que dc- não c;d te vcrdadolramcntc "síntese", l?Smagam nto da scgurid cm
létmina seu ser, rnas seu ct cial que · ctcr-mina sua n l~ eia" . ão -efü:io d primeira, O c&encitl na cvol i;:io do capi li mo ci li evolu-
"tnita somente de que a cln.sse no pod scrá(!onservadora, ea classe eru çti têcnlca e os eíeít~ do fun o cato das leis cconómtcas que r1! em
oensão scnl rcvoluc' onária.· te c-onscrvitd rl.smo, e t revo lução se- o sistema? Ou a lutl\ de claSSC$ ~ de grup ~da.is? o t o Capital, ve-
r- o prcdctcrmJn das cm seu· conteúdo, cn, todos a.cus det lhes ''im r• mos que é a primcir.1 resposl<J q t é a de.quada. Um vez cs belcxitlas
nt ·" n pela i uaçã das da:;scs eorrcspondcnle na pro d · o. suas oondiçõcz sociológiCil , o qa.c p demos tlenom inu os ··aitiomas d
sist~ "colocados n.a .rci>I dade bi tó lc:a (grau e tipo dado ck dcscnvol•
vimcnto t!coico, edst ncia de capili! a um I do -e de suficicnt~ n ~mero
• Yrr t · 1t do "I 9iM1tloff ~ c·11111o;,~ d;;""' ,,_ 011> de proleu\rios etc.) e s.ob o impulso condn uo de um progrus o tfcni~
ri~r" l,c. - , no e, ·r.a · ft (188.5-)do 18 bni,, i-
ff. "Foi pt m ol>riu a. .a qu lurnl utonõmo, c:apitali mo evolui nicam te ~egondo os e L"itos d lf'ls
hº c)ricas, IC ç , U r cêonôm· . ~ que wmporta, e q11e MB.Tlt pôs em evidéne11 . 1 l3 de c:las-
outro dom men IIIA
d s cl q 1)Qt 11:tll•
• cl ci, • ~ a si-
t fl cd,; CD•
i la t mc5m1 itnpOrl lei dn ene,gin pan, us do in•llCcfl• ,mo frn • , i,Mém · esse , C$lR poU1i,u ,~ qug uc,
e n;u ontc q I chn s.io ~ 11 rln d li modo Ma m = •• •m Jc pt,rtos 1es, n · • Divi op li-
Ífij ut;o, Lc /J,..,,,,,.t1f,-, Ir ..:iald , 1')119, JL 14). d cllma.da prin clp.J.t on.dc s c,,.,..n i,e IIS conci<õc 1uctloru
25. RifQtl)Stmcn1c ~ando. ê p dlur: em to pO •I U111 (!e. e ~ o !1uo comidc :i<l.o. p C~'C!ffl ut ,e KQ>ndâ
· ·in,o 8Ó l · cD'rno det«mlll':mio in te cto derna.~ r u.111 cti e,~ n o ~i I< o im • mt" i1 , as •
llC'ÚUl Cllt r o;ior.lrio .Jcve1111 ~ t e r .N Ido m qlie dll, dindo ., wi dn cri de vi ndo Ul'li!A-
tta é t o dttcr te r gil! ll,ct'Allllccte P« lrús dá · entr-e o no, çfll tun apfit:· ;j de ~ de li , a p , 1 iiudnº
lllote" dúio". Cl>.tol resccnw. um eut crulo pessoal à 1111.ça rúlicfade.
42 43
-
aqui não nt«vim de modo algum"'. Que um ma ismo maiuuttl e
NC-S eia do capitalismo. Qu nd vcrdãdc foi conq,,ii ·tada, todo o R~to é er-
mais nuançado, ~p .indo-se sobre outros te.l(l de Mar , r se os- 'li- ro, as o erro nada si,:Difica num universo deter in s ; o orro é o r ui-
. ~o unilatera l e firme qué a luta dú cl 5 n:pre6Cm um pcl lmpo1- ado da a ão do inimigo de ctassc e do sist m de exploraç, o .
l nle n história do ·s1em11, e que pode lle:r· to füncionamcn o da Contudo, a Ao dt: uma classe tic lar e a tomsd de oon$ciéncia,
nomla. mas que simpl n te t preciso nâo csqu«e ue esa lut.a se,~ por esta c:las -, de s iott:n:sse:,; e do $Ua itua ao. parece ter u1n eg1atu o
tua cada vez nu:m quadro dctermin:ido, que traça sou lfmitc:s e d me seu A parte no mar-x.ismo: a :i9ão e a omad ce nsc:iência o prolot riado.
. en t ido - e tas concessões de nada servem, n· o contribuem par um Mas isso a6 ~ verdade nurn sentido, o m rno tempo, peci3J e Imitado .
c;oncll a<.-ão entre os dos t mos. Pois a. "leis" cconl> í~s Connulada. Não t verdade no q e s:e íere ao que o prolet nado lé; a fazer~•: e le
por M rll nuo i:m propriamente Msentido" fora da lu de cl , nll. U!ffl que faz.u v h1 ~o sociali. l abanos o q e. re,·olução soeis•
p ue, nenh m conto· o precis.o: a "I do valor'\ t:io togo é·oecessá• li ti tem qlle fazer (resun ' ndo, dese volver u forç oduti"u atê que
rio · plieâ• la à mercadoria nd ament a 1. força de t Ilho, l'I ad • signifi• abundância torne p SJV(:1 a socied de c:omunista e uma hun, mdade li•
ca, â um fórmt1l11 vazia cujo nte' do só oduer forocddo pela lu s en- vre}. fsso l vord de ;9mcnte no q e Sé refere a sabor e ele e> íará ou n o ,
ue emp egádO:i e patrões que determina no e$ enciaJ o nívet absol to do Porqu junto com a i<Uio. de que o a-00iaUsmo ê incvltâve-J, existe
salário e SUél e oi o no tempo. E como todas as out s "lcis11 pressu- M r e nos ra.ndcs m lst (Lenine ou Trot$l< ' or cmplo) idéia
põem uma div[ · o "determinada" cf produto s-ocJ· l, o conjunto do.JJ e- uma eventual n apacicl.ide da s.ocic:dsc;ie f'l 3M uHrap r sua cri e. de
ma fica suspenso no .ir, ,ompletamente lndefcrmln do"· E i$ ão ó • uma "destrujç o comum .i. duas ela~ cm luw.·•, cm uma, a '111.e .ativa
mente uma ··tac na'' teórica - ··tacuoa" a em di r llO central que es.- histórica soci llsmo º"
arbárie. Ma C$la idêiarcpresenta o limltedo si •
lrll.S imcdiaLamente · teoria. É ta íl1 ~m mundo de difer,cn na prà- tema~ de c.erto modo, o li111ite de 10 a reflexão e crente: o:lo está a o~
ticia. Entre o capi r mo do Capúal, onde as "l@l cc:on6mica. "co du- lu. ame-ntc exduíd<> que a história .. fracnsc", rcvd -se, porl ato, abs r•
zem a u.ni os açA.o do :5.1ll\rio opor río, ~ 1.1m dc.semprcgo o en , a da, cnss, n$5$C caso, nãos-o enle "ta teoria, ma t<>da teoria. desmoro-
cri.ses cada vez mais vi le11tas e finalme-nte a uma qu o-impo [btlidade na. Por conseguinte, o fato de que o proletariado fatá ou n~o r-evolu•
de fum:ion pa o 5is ma: e o e pitalis o mil, onde os salários çio, ainda que ncerlo, oood.iclona tudo e qualq , r discu ão só ~á
ocm c;om o p:1S$âr do cmpo p ralclamen1e à produ ~o o onde a ex.pans.ão po55Jvd partind da hipótese de que ele a fará. Admitida esta bipóte , o
do sistema continua sem (Jt\C:oa trar nenhuma an inom i "econ6mica" in- sentido cm que a far é determinado. /!- liberdade a :im m:ed·d ao
up r vc), não exi~ e omcn\o dis ·ncia que sq>,or o mltico ç o n,aJ . p olctariado não di(~e clA liberdade de se lou~oi;, que p<Xle os a-sscg
o dois univcr os, cada um dos quais corl\portando um outro ~silno. r: • : llberd de que não v le, que nem seq er existe, exce,o na coodi•
uma utr.a filosofia, uma out a polític , um ou cc>n o dit ri:volu- çâo de ·o iscrusada. po seu uso a aboli la.Ju.nto <:om toda. • Oó~énclll
t.io. do munçlo 11. · _
ínaJ me.IH e, a i dti e que -11 a -10 ~ u tõnom a d massas p · cons-- M· e eliminamos a idé a o que as classe$ e a ação são 6implc:s
ti t ír o elemento central da revolução oclaU$t,:i, ac: i a ou não, crâ sem- v I Jog; se admitimos q a "tomada de consclfoci "e a tividado das
pre._ 11 ária p ri\ um mani QOosoqiltt 14: - por não 1e-r1 tcresso ver~ ci e d grup<ll'S 5()1:iais (corno indivlduos) fazem aparecer novos cle-
daddro, m íunda.mcotação te-6rica e lilosóíl . O m rxi I bc pa meotoi nfto--prcclctermi nad ~ e niio-pr,edctem\l11;ivc' · (o que não . í_gnifica
onde de~-e ir história; e a - o autônoma d4s ma:;sas se uc ne ta dire,. que uma e outra scj m indcpeodentca d tlti:raçõcs onde se envol,
i;:ão. ela nada lhe cruiina, se ãegue para O·utro lado, ~ u II m autonomia, vem), e tiio "1Cmos ob ·g do a sair do dás.f esq cm-a mar is e :t
ou melhor, o ão é mal~ um a autonom i11, osto que e aJ1 massa n· o di-
ri cm para o objetivos corretos é porque con tinu rn inda sob lnffuên-
2 . w üo se tr.úo cluqu~ o q tal ou qu1l llitl , ou mesmo l o o prold ri <lo, _
ff!P ttt ou da o olJjet nta-tc "~""" gur I o p«1lc:lori.s.do e •
.so lo no_s lanho; • nisi rJ 113 e I e - ~ltalloimo quilt> que, da C011fo ea u ,;t hislo • me"re íorç,a(lo a lve r., diz
mente pefO simple! l'lmcio~mcino da.s ltlt sémplc ro- co lxd S 10 .
' pr • o o cv ri idva Qbc ai,g ltt,I n,1pturo cio Q:ml;,l:m. e i<lbnlu®. 11pc3 p;i~I àcs. Q ~ e e e&·
l.imhlro ,t - o da iocl. li~ o .sem t! A IJw. pio, " a que tr e JJ li o '6 po.
o~ ud.« o q~ <li -6 l'lcc~do ain tth- po-la q obJellY8. , s6 pode col<>nt cm 11W1 iló
çlQ a 1çll~ 1ivas de ç u. q r à.o it>o síwmar • dacc, M~ ma tnt1sfot•
trod'-u 1111jn de <li11111
2?. Vct no r:P I cfc . u 8 .• ~lc mau• ait rev0Ju 1I · .skc r,it:, • me m Ct·
ot;:ío MI poilesier ~ a
1j6 d INlcS ó fr,111
,,roktisrudo" (Hh#a-Irect
ucoer q tcde a d t l~lca
"rcliau, p ,
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11 •·. l,c. p. 4'J a 81 ,/Agorn tamM1t1, ';a() 11a11d ~ d pôc, sós<:: ntim na tte 1> r,rQl;.tari:ldo te 11c; c:.ita a~:•(> line.
44
encarar• hi!tória de UJ'à ,,melra esscn ialmcate difcr~ntc. Voltaremos cm colõc· r o pr b lêm.a do ah mc:nto históda, pois cfe.~ p dcm
a islo n ontl1H1ação d te Le:do. ter a histôri <.iOm<> o ~e de eApcdênci • E., do mesmo modo que ler
li uperi ênda o tureza não coni:iste e-m · lr do Univc.so e contem-
A co ncl são q impo rta n~o é q ue a concc · ~ o mat eritÜi$la da his.- plá-to, assim t m 1 , ler ma e-Apç:r &nçl a a h ~tória n • e: nsistc em
tóri J:. "f3Jsa ' cm seu<: otcúdo. E que o cip do tc-oria que e sta co.l'I• c-onsiderá-ln do cAterí r como um objeL coastimad e colocado em fren-
ccpçio v ' ti 11! tom sentido, que um tal teor ia é i s (vcl de esta bele- te - i tal his tôria n 1nc -ex is iu e une seril. ofereci<,b a nln cm como
cer e que aliás o:io t ne esSÀrl . Diz.cr uc poss u.unoo, finalmente, o .se- obj to de pesqui 'n,
gl'Cdo do ,b h;t6tl. p~ada e prcst.nte e rncs!Jlo ~tur at6 certo ponto) Tor uma expcriên<i da históri enq uanto et histórico e.ser nc e da
n o é menos 11 11 o do que dizer que 9 ul.mos fínalmel'llc, grcdo h. ôria., co mo t.ambém r 11tr e da .socicdad • E, dciitando dt: lado o ros
d noturot , Bó me mo m is II unlo cm razão, pr 'J1amcn o, do que faz sp~t desta mplíea.ç· • is.to 5iga lfü; :
clJI h.istôria um h is tória ► e do ht!cimonto histó riç Ufn nhocimeato - pensar ncccss ri am nte a hist6ria e m 'ruoç-âo d· categorias de U 3
hist6rico . po o de :.u.a adedadu - e e orias csLas que sii um p r-0duto da voJ~
ç!i his tór· ca;
lljth e objeto do c:oah cünMt histórico -peruar a história cm função de uma inta -o pn1ti ou de urn pro-
Jcct - projeto e. te q faz parte de bjs tória.
Quando Íi lamo ~ .. his ó-ria, quem ral, 1 E; lguém de uma 6p ca, de. l~o ar n. o somente II bh1: foi o primeiro a diz.é ela mente.
um oclodade, de uma ela determinada -cm wm , ê um ser h.istórieo. Q uàod e mcci daquc.l que crcdit vam " poder p sar or cim de
O r , cita.tamente o quo fundamenta A po I llid.ade de m conhccimon- u 6poca" dcnunci v ld~ia de que poss.ajam· • haver ums ' cito too-
o his.tórioo (posto uc S,O,ncnte um cr h stôrioo pode ser um.a xpen&n- ric puro produzindo um eonhedmento J:>Uro da h . ia, que s~ p~a
cta da história edis. o falar) 6 o que imp de que e-ste conhtcimcn to p ossa dedl,17jr priori as c~u: otirui válidas r tod aaeriAI históric (a não
um d odquirir o estatuto m saba totalizado e trans parente - j · que como abstrações i re:sfvas e vazias) 11 . Qunnd dc:nunc;iavi
é, cm si ,n o, cm sua esse cí , um fenômeno bj$l6r-loo que exige sor pe dores urgu de sua época, q e apli vam ao 'C:Smo tempo ln-
pt.ado e interpretado como tal, O diseur o sobt a nistóri estA lnc-lwdo 8t?:flttamente aos p 'od precedente catcgo ri q ue. ó em sen i rcJo-
1'14 h i Lória. t v mc11te ao capital~mo e e recusavam a rei· tivil r historicamente: ç.'
E precuo niio con fum:lir esta idéia oom ia firmações do ceticiNmO l tl ltimos (.. para ele , b ve histó r ia, mmi Já o o h mais'' dizia ele
o do relativismo n Q.nuo, o que cada u11:'I d·:z. n ncs. é' m;i.l do que urn a num fras:eq ucpm~ce forj daem intcnç·odQ8" mJlr istas" co nte poNl-
opinl.âo: íal do, trním :;i r,õs mcsm 0$, , a do que traduzi rmo. algo. i;cos} e coacomitanlc ente 11firmsva que ua pr*pria too ia oorrespondin
a coisa de real. Há (ao cornple-tar ente diferente da Lmplcs opinião ao ponto de vist de uma ela :;e, proletariado revoludonárl , colocava.
(~in o que nem di:scu o nem ação, nom s . edade jam ería m possJ.. p~l primeira vez., o prob m~ do que denomina o depois o só ·o - e-e •
vci$), podemos controla r ou ellmfaar os pr« n {tos , as pn:fcrê, ci , os ui o ( fato de ue ca<I 0 c'C'Clade e colo como o ç cnt do mun o
Mios ~plicar iL'í r~gnis da " objcl v da<le entiflw ' , Nlo hâ apenu opi,- o -hsndo todos os outros de seu próprió f)Ont de ta) e ten v· r · lv~-
niõcs que se equiv 1~m, e Marx, p r e e, plo, é um ande economista, lo.
me uando se e~ana, enquanto que Franç,ois Pt:rtou:x não pa de Tentamo. m o trar mai..s cuna que M er-x final e nte ri.io s uperou
um t -arela. mesm q ando n.ão se eng.a . M as feitas tod s as depura- esse óci<M;enlti:m10 e que enconlr:in1os nele o parado de ur-n pcns dor.
' aplicadas todas as re 11 , e respeitados to ~ fa to , aind a. uh.sis- ue tem plcn. coru;ciéncia d relati vi dade his tórlCll d cate orias capi a-
e q e nque le que fala n o é um "co n.~ciêac a tr osçemfontal , é um $Cr H~•.i t! q u , no m m o tempo. as proJcc~ (o u • rttroj~ta) sobre o co n~
hi. tórko, e isso .n ·o ê um cidcnce in(cli.;, ê um co ndir,;ãó lógi (uma jutlto a his ória humun·. Que se oo p.rc:end bem q o n:io se traia aqul
"condiç o transcen dc.n t ") do oonb.ccí t:nl histórico. Do mésm o d urna crf ·ca a Marx., e sim de uma t-Tltica d o conh-ecimcnt d hi-stôrl ,
modo q e .somente re naturais tamb 'm naturais - podem colocar o ó pormlo o em 'lue.uão • cons/ilullw, de ioda 1en1athY1 d" pen. ar tJ /1/:rró-
problema de uma ci&oçiil da n turcza, p o ' . mente as se . carnais po- roa ''· Ê n~ssári . ó io,cvit'vcl u~. si tuados u m sêculo d~poi , PQSS:I ·
dem ter um ex.~ iênci da natureia, 'º mente os ser hi~t rlco po-
11
1t r _ _, Nll ,u, *
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cottomk pa/11/rµ.f. t • li 1.1
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fl!'Ue. r1 pari eu ulates,
• nn lmrod,i.
uftl, r dr /' I•
)O l:!m L«ll\11>$ íil JO 1 ·• 1uiin : li ccrponalid ~~
J ç pc,119ar 1éria e Jlf ente. Em rc Os 111 aita \bl dó Q ,
den.1111 cu ponibili .de de uma cillacin du a.ivccai. ec,
p r lld111t. im llcn , ap,: na~ a u.nifótn d de simpk& de proj<çõe• ou d~ u,;, ua 111c Ma ltlçq5,

46 47
mo relativizar m!lis fo r1em e certas categorias, s.ep rar com mais cl.1- (mc:amo se mu ito •c rnpt~ a), Ele. o e 0CJf! a uma orden1, fo rm ~ u
aquilo ue. n ma gran e t ri , a p ride solid:um:n te a suá êpoc· ~ist a que se dcsdobr· no tempo. dt tmear· ue o q e vc:m dep !$ ut-
p::1 tlic · lar e nela a enraiza, M es t\ porque e está en .i .ada cm ua ép-o ' , trap: .i (suprime çonserva11do) o ut ('Slava antes. O pr ntc com-
que ~ teoria é g n e. T m1'r cons:ciéccla do pro lem a do sóeio- Pf e 11 de o passado (como m mento ''supBrado") e ~or is: o ri de com-
cemrlsmo, tentar reduzir todos os s~us e e entos e pl.ávc,s, é o primeiro preend lo melhor do que e passado . e co prcend 1a a si mcsin . • sS.ll
pi! inévitáw:J de todo pensamento sério. Ai;rcdüar q co cntait.i.mcm t dialelica l, em u sência, dl,tlética hegcli;na; o q e era para Hc ·elo
.uS nc_ga i o, e qu~ e\•erf mos e po criamos livrar-o dcte em funçllo ft1011in1.:l'llO do Jogos. to 1n•se cm :tnt descn11o lvimento d r ;çss
de uma de raç!o iodefinld d ~o. t t11~ão de u m raaionali m6 ing!• produ ü s a sucessão de cl ses ~oc:,a· que marcas as e pas não tem ,
nuo, ão s tr11t somente d e seres e enraizamento •' coodiçlio de n sso rei çiío a isto, ncnhum.i. importánci . llm e 1.1outro, Kant" ll pas-
sab r, do que só o m~ re eti r bis·ór[a po,q ue, por s,c;nno nós: rn S• " PJ e-· o e a sociedade urgucsa é: "sup ri or" à soc·cdade · n, ii. as
mos $C'.ícs histórico$. pe~enoem0$ · uma socic:d.a.de em m o imcnto. te• lsso 3$SUMe 1mportânci cm relação a outro aspecto - e é (Stc o cg ndo
m uma cJCperiénci da cs uturaçâo e: da luta :social. f;: çond' ão po.vltr- tetmo d movimento. P eclsamonte potque est.a. dialética é a dlal6iic.i da
m, é a nossa part lcula rid de que nos ab~ o ac o 110 unive rso. 8 porque ;ipariç su sslvll de d~sas clasJes Mil história ela ~ão é rnai necessa-
estamos lia d()s a uma visão. a uma estru tura te orial. a um pl'ojeto de- riamente, l:n(h h de dtreito "; or , a n· hse h stónca most q et
terminado qui:: podemos d iur algo de signifi"'l! tivo wbre o Pll ado. So- pod e deve ç0m plctar•s.e coro o apa mcnto d ''' ultima eJ sse", o pro-
me te qu1u1do o r enLc á íortemenl presente, é que permlle ver ou- letariado. O marxismo é. po , uma t-:orj ptlvi egíada, porque repfcsenta
ras coisas no pa.$5 do e mais do qu o próprio pa · do podia w:. em i "o ponLO d • vista do prole riado" e porque o proletartad é a 1tima
mesmo. De certa m oe:ira, i! pelo í lo de proj" ar ai um cois :1 brc o cl!1$!1e - ni QItima. em dat simp csme11te,, po rquc. e1uA 1.-on tinua.ríamo
pa,sado, que Marx descobre· lgu · cois:t, ma cois.1 ê <;riticar, como fi. sempre presos, o ntcrior d.a dlat~tica histó:ic , a ucn ponto de vlsl par-
lJ z~O$, c:uas pr jc:çõ enqu 'º se apr1:Scot.am como vetdad integrais, ·cular destinado a ser relativizado a seguir; nus últhru1 em term a.bso-
cx.ausfvas o sistem átíolls. Ou1 ra co· a ê esq e quo. p r mais "arbitrá- lutos cnq anto deve rc Jiz a uprC11São da: cl s e c s pa · em à "ver-
rl ·• que :reja, a lenl3tJva de apre det fls sociedades pn:cc:d ontes sob s dadcira 11· ór a d; buma niruide" . O proleiariado é cl se niversal cê
CAtc:gor s capltaUstas foi em M:.i.r:it do uma imen ~ fccund·dade - m csmo por não ter intéres p.irticula~s p:\ fazer aler (l e podo tal\10 realizar
'se violou a '"' etd1.de ptópria .. de cada Lima desli,s sociedades. Porque, cdade sem classes, e m ter u onlo de v la ~ver{! ~iro" ,.
cm dcílniüvo, prtx;' :am <!:t_'ltc. n o c:x · tal ··vc:rdadc próprla" - nem sobre a bis óri p3.S$ c;IA.
que!a q pão em cvid ncia o matcrialis o histórico, ccttarneote, e nem âo podem0$, ho · , ustents r 8$t ;i pos:lç-ão, por várias .:12.Ões.. ão
ti tampouoo aquda ue revelarfa ma enlati t.,o utópica ~ tão socio- po m s ofc:rec~r-nos r.w am~mc uma di, lê t~. ds bist~rta.,yronla ou
cêntrica íllualmeme, de " •asar da sociedade: por mesma e de itm UI.\SC proota, amda que- la seJa qo.aliflç da de pr6•h st ori\ . N · O po-
!l próprio p to de vista". O que podemos chamar a verdade d o da socie, dem ofer~oer•noa a 50lu .ao a.nLe.'> tio problema. ã podem oferecer-
dadc, é · sua ver-d d na h ' tóri.a, ara eln mestn tambem, m i ual 1 n~ de Início. uma dia léde.a, qualquer q~e seja, porq ~ uma dialátlc
mente para Iodas as o~tras, p is o par. do;,to da história oon iste em que postul3 a ciona!t~de do n:, ndo ~ da h istória, e ~ ta r ci.onali~ ~- e':
cada civiliza · o e eáda é-po ca, pelo fat o de ser pa rtlc:ular e d mina.d s p r pro lema. t"nco teórico quant pt,1t1c:0. N o podemos pen a htStor1a
uas própri o ões con. gue e o<:.i.r e re etar , · iflcaçõcs no as n • c:omo I m. u oJ ade, escondendo s enorm ptoblemas que est· e,cp S•
qucl-ils q ue pre~dem o u çcrcam. sas n!io pod<::nt nunc-a cs.got nem ão coloca, a partir do mo enlo em que 1.be atrlbuímos um cnttdo qt e
fiur u o eto, quando mais não fo e, porque, do,ou ,laf1 \t, transfo n ão o for Hd, nem como U1 ·· çiio dialética progressiva, po~o que PI·
fl!ª""•se cl~ próprl. s e'E_ objecto de intcipN: ção. (ton · mos a.tualwcn e tão iio pode ser reabs \lido por K nt, em o gótico pelo roc:otó, e dl-t,c:r
co111pr« ndet oo mo e por que a R · scença, os s.écul s XVII VJll vi- ue a superiori ade da cu.ltu espanhol~ sobre e dos Ast«a tcou ro-
Nl.111 a ntigulda de c l✓• ·sica. de m ncl tão diferente cada um de] ): tam- vada pcl.a ex iotminação dcs últimos, deixa tl'I resJduo <!e i t$at isf: ção
êm Qâo it! redumc jamal às o b,~es d épooa que coloco cm evi- tan~ no ASlcctl sobnwiventt qu;i lo cm n, q e não compreendem.os.
d• eia, porqttc eot o a his tória seria pe as justa osiçào de deli rioi p ue, e em uc, a Amér·ca prê-coloml,1e oa aliment: va IUS própria ~u-
nem . equc:r poderiam os let um livt do as!ado .
$ bcmos que o marxJ o Cft l 5-Upcr;ir esse para Oito coi\slitu.ivo de
do o pensamento da bi tória, JJ. /\ n«cs · · 11111; ~necenidade seu c on1~ rt-0 · o 11$ doa im•

a superaç.\o rcsul'' deu dur,I movime,nt . Exi ,eu dia étí-


ilEd;ufcs ,erd d.:. e todo di& ka 1 ,na COll!o mi nu. VoJ.
s .e fst
da hi tórl que faz e m guo os pontos de vist:t ucessi das di\ler• Foi u,lt;-q, cm 1/f:sto#rt' n (inr« dr la»t-. qu,e dcsen v ; u cM! aior p,4ÍUII·
s époças, 1 sscs, 'oc·etJ d e , man 1enfutrn entre ~I um a relaoão definida é ~lgOf e p o~ o d.ec ~• 1
48
pres-5:ão dm le le afravés 1.k seu ,i n1 r com çava lei p-0ru1do1es de ncsto ~g mcnl<.I cxt1 ordinaria ente i p rtilnte, pàt cligrn:hi o e hegélO·
11rm3s de fogo. Ni:io pode.mos furtd11menlar a resposta fina l aos proble- ar l l dâ hi tórla que é íl hi tór/a "cur péia" (o 1 -<1ci dcnu.l
ma último do pc sarnento e d.t rát1c1> sobre II cx:at idão da anâlise. por part os mó fos). Podemos chamar stc nlo de p,1radigrrtã ioo e
M · , d dinàm1c;o do capirnlismo, agorn que sa 1ttos que: e lfi cxat" dão ttcgcl • ar:itiJSt ~ por ueele tepmcrm1, cm vcrd d , o único ca em que
e ilus6rh1. c: me mo$ não o Jioub mos, ]'.ão p demo~ oolo M , d~ ini- r.
se pode con truir (ao preç d imtru ras vlofaçõel! de o:. b' t6ric;O$.
cio, urn teori • ainda que fos~ ,1 nossa, orno .. ,eprCSCflt nd o ponto m-0 este to UltO pro lema u rn desc:n vorvimen Lo q 33c :- "dia! éllC .. , n-
de vislll do proletari;1do'" porque, a históri de um siculo o m~trou 1 e~I to na • e .s6cio-econôm·ca como na esfcn filo óllco plrituol
p to de vista do rotctarl o, lon e de oferecer ol ç.i<> de todo~ o {H · cl). Ma. est a e n uuçã $6 pode. cr feit medi fi te um cncobrimc •
problema .. é cm í mesm um pr blc:ma l).lj • lucu.o só o pr lc:t ri ad l d sscs sei ou sete s' u.los q rcptc,cnt~ • comp:m do5 ao munóo
(diiamo. , para evhar tu sutilezas c:le linguagem. a umanidade qu-e trabo~ g e-co-rom no e tomados gl bafmer1tc, um pcrlodo de i;onsidc.ráv~I re-
lha ) podcrii hw ni ar óU não inv~nJ r, Ao podem os. de qu lque modo. grr ão. Os m rxiat não se rcícrc jam1 i:1. a C$$l!S sécu los per,h dos.
oolcx;ar o mar~I mo como repre5c:J\t ntc te ponto d vista, p r ue ele Q ando me cionam o " rog técnlco dur n e Idade tdi11" cl
otém, pro fun da tente imbricados em su send • cl-emcn to11 capilali • quOTetri dizer, n. •erd.t e, os s~cu los Xll. Xlll ou XIV , As di cussõe. t
e pOr<jue1 n '" !!Cm rei o com o, cJe 6 hoje a itltologi.a c:m · çíio d:i min ógiicas niio tem aJor inl esse - ex eto 1e, aqui ui -bém, como de
burocracia cm to ~ os lu a s e a d o prol cariado cm nenhum lu r ' bito, a imprccisiio 1crmlnológice serve para di i:lmul11r a confusão do
Não podemos pen r u inda uc o prolctari d ÍOS$C ~h lrna classe pensament u os !71'Dc-cdi e.J'ltos sofísticos. O que ímpo rl é q e obser•
e o ,nar:x.ismo seu rcprelillntantc autfn ti(;O, S' vi -o da bistófl 6 visJlo vum neste Ro n~o um "acidente' ou um a •• aria • iazonal", mas
quccneorra dt:fü1ltivamc: te o da a discu são. A rei tividade do aber lu um periodo histárlcx, c:ttrcm men1e lon o, durante o quAI, m smo se
tórico não 6 soment~ fun • o do sua produçã por um ela~. t t1un bê rn ho e mu • nças pr ressi ,L•, em I uns p tos c:spccífícos ( f cxem•
(unção_ de sua prod1.1 o numa culturi\ num época, e l. r.o não pode ser p io;~ substituição da charrua lç•;c p,e)a dul.rrua pi: ad ), se con ldcramos
r bsorvido por quilo. O d aparecime.n to das cl es na $O edade futu- ifici ç,cial cm seu tófÜunto, maiorí du re ltuçôcs d período
ra nio· c liminar4, autom I camcntc, toda 11 difcm: e; quanto â 1d~' ptecedcntc e perdeu. Isso mo tra qu~ o técnica n o progride nec~ ta •
sobre passado, (lUC nela poderão e.· tir, não con crirT. . estas um coin• mente de manctra inint<rrupta e que su.i evoluçii niio í:" utônoma" cm
cldência imedíat com st objeto, niio ss reti rará de wn cvolu , o )11 tó~ hum sai tid , mesmo ma' uperficial deste tenn .
rica . Em 1919 àcs, eotJo min istro da Cu.ltura do$ vcrno rev Juci · Em segu ndo lug , fi:i a q tão d.a. m ud n têcn ca, e seu ritmo,
nárlo hô.og.,.ro di:.d.a, vclad,unente, num dis o ofici 1: "ago ta · uc o · .io longo de, hi:.tória em geral. O que e:onstal11mos. é q ut a muíorla das so-
proletariado está no pode,. não tcrn $ mais necessid:ide de mante u1na 4.icd, des al r vessaram \\ 111ofor une ci.(t ua i óriA com hasc eni eondi•
vi llo unfü1te r-al dopa do" H. Em 1 64. qu ndo o proletari do n o e,tà ç,Oe técnk-.is está..,ci-s: ão ts1ávci:., que deveriam pare-ccr ao homem od•
n pode m parte alguma. temos ainda meflO$ pó lbilidade de f, :zc-l o. ckrH I d<:$1eS ~!tim écul o como cqu•valCJ1 o. a um, pura e simples~,-
Em re umo. não pQdc:mos m is c n ervar íllosofia ma rxista da his.- l'1g,tiJÇ ot'c;no ogicanom tcri rdss od edadescdospcriodo5consid •
tó la. dos. T11J '•ocaso, em Hnh.-s gerais. de lon pcriodos a hl:.tõrin ch i11
a. a hi ·tória d11 f dhl dc$de o século IV .C . até invas.3e:. isl mi ca~. e
Observacô . adldooa..i br~ a teoria 1nuxisC11 d bist6ri depois des -1 ãl · a conqu· t ing ' _ - sem falar J\ s sodcda t: "are, t•
cas". Há uma · a rme: diferença en re [ to de viver numa ocieda<lc-
Sobra a oluflio tecnológlCtS t! s.eu ritmo~ qua dos.edis •~ a ques.t o ondc rnn impo ~ n1c inven -o nova su ~ od d ias, ou mesmo e da
d., ·• · gn.a.c;ão" tccnol6 1ca, uer s.ej durante p~rlod.o rouclal u cm dez 0.110s (o0mo no Qc;ldcnte há três séculos), e viver numa · ade
~ral, doí a pectos devem ser claramffltt <listin ui dos. onde !til invcnç~ só apo cem "da trê · éculos, hi tória hum!lna ~
Em ptlmciro lu r, trata-se de ber qu1.1I foi a evoluç, .o tecnolõ ' ca dcsenv lve cs.sencia lmenle neste úl!irno co ntc:itto e II o no primeiro.
na ropa cx;idttHaJ de e o dcsm ron mento d .l mpcrlo ro 111 ano (o
m mo :\ntes, .artir do Jnfcio do ~eulo l Vde nossa e ) até o XT ou S()bre o " pn resso". farx e s grcg<>S. por certo, hr n unca afir·
sé.culo Xll, liá aqui se sete sé-1."111 s de hl:Uó1'i:i umttna inseridos mou, e~plidt me te. íJ ·•sur,e~ioridad~" da icdadc: da <:\lhuru bur•
J!.Ucsas. obre ~ cicdadc e a çUltur gregas: m· e~ta é a l,riplica·âo 16g'
inevitã I d• "dl t •lk •· apf cada t h s1óri,1 da prçtcn,a dcpand Mia d ·
JS. Vw "1 e é rg.e t tlc tooctil)I) mutcriallrot~ bistorfque", H7. rt> · lV>/UcJt ...,
1/, c/<1 • f.l'. e pnUlcu .r. p. 258-$9, 74,.75. M-11.S. " u tr utura" r l t ivamtn te à "Infra• tt utura '' , Preci àoic te porq ue
• 6r, ritw pata tr;idll(Do ltlg a d~ 11urt< prcoedcoi.:, deste 1~ ó (H iJJwy and r ~ 11ao era um filiste u, nem o · pirito absolut transform do cm homem .
r,o,,., publi <I i,ar Solldarir •• r.drl!l, i;.osto 1'17 1). h tf' 'se e n r:id1z'' n lc: ponto - o q ue só o bon a.
so 51
,--

No inédito lna bado de 18 7 (publicado :por Ka tsky na N~u,c Ze11 99, ¼ das frases l das nos volumes pubUcados J)<)T milhôe:; hoj ,-e.m
de 1903: " Inttod ction ne critique de l'economique poll tl que'', C<>ntri• dia'? Se Plat,10 pe teoce urna lnfã ncl feliz a humanidade, Kant cnt o
buli"" ô la c-riti{{u ••• T r. a ura Lali u , p. 305-352 fd, e I Pléiad , 1, ri talvez. mcno. ~W cio ·o, po,ém c~r rnon1c m is inteligente que Pl:i •
p. 23l-266, Marx te u1 l ~t.rar a dependência da arte em rela ão à vid~ t·o. Devuia ~-lo. Po rém não o é.. Se· hum nidadc at.ravc uma uln•
real e. f!~ partic I r, t«nica do período co idcn1do de a 11'1 neira f.\l)Çl ". ern. &-cgwda m Idade adulta (d ontMdo tudo que Ma des-
ra:Loav mente criticável, tlli t urando 8$ condições nece~. árias e su.fkien• ce> t11r no uso d metáfor-u), pino '1 dev-c .i, nc:ccssariam 1e, ser m
tcs ou antes condiç~ nega ti as 1riviais e v rd dc:iras r i suficiente$, .. maduro" que t6t eles . MM não o é. stes enunciados niio têm s nli-
" A id a da n l tem". pcrg n ta ele, "o d s n:hi; õcs socia· q~u: aliment do. K ant não é . upetlot : Plat5o - nem inre or (embora seja bom
a i111 inação 'r a e portanto a (mitologi~) gré:ga. ê oomp . tível com lembrar-nos que um filós ro ... c'entl ,e "o não "literário", . '. W 11•
te~os UI mátic~, s loc;omo :v. e~ telégraí(? o ' ~ Que é Vule. no
ao lado d~ Robcrls and Co., J upitc,r ao lad do pá.r:t• iO: , e He:rme ao
teb d, escreveu q~ a melhor maneira de compreender o e njunto da fi•
losofia o dental é considerando-o como uma érle ~ anot a margi-
1 o d crédito mobitiârio'?... Que contece oom Foma, dia t do Prltíng nais ao te I P lalao). o entanto, a tccnologi contempordne , en-
house Squfu41?, .. Aq i si powvel n d de da pólvora edo chumbo'? O qua1110 tecnologia, t infinitamente ... &up«-ior"' à I oologi.a rega. O que~
a //{ada em ge 1, com imp cnsa, com a máqw.n. imprimir? ó . e:,n• q e Marll. e os mar-.d stas (vulgares ou refinados) tcri.ám a dizu sol)rccc:st$
l , as lcnd li,, • s usa. nii desapareceriam ccessaríarnente di nlc da div6rcio'I à.da . N me!hor hipótese, e s podem brincar C()m ~i pala.
b rra do imp essor'l E eõndiçõc.s ne(,:eS rias para a s.i épica não. e vra , di:z:cndo por exemplo q e a oçle(Ül e burguesa t m is "progr i •
di pacnT' Ele nstau, en o q e a difJCUlda.<f,c não compn!ender que a rn" do ue a s.ociedade antiga. mas não "superl r" esta. M . e as dife•
u te arcga e epo éia C$t o 1 311das a cert fo rmas do desonvo lvime to r-cnças, apa temente l'll<>Oentcs destroem total e lrrever$ivdmcntc o
social (afírrnaç~o trivial se si nifica que Aquílcs não p<idio. u iar- b lue- conjunto da con«1pçao rll.l la · bi t6 ri.a. Se "pr,ogr vidadc" e "ln-
·eans e rev 1..-er, v zto. em qualquer OUlTO caso, pQS,tO q e não pod os feriorldáde" podem ser coloc.adru; no mumo nível. ou, inver mente, se
explicar :i. corresp-0nd6neia, evidente b outr-o pont de vi5ta, en ro ep • uma soe: ed de pode ser "ma crialmentc'' m i "-atrasada" do que oul ,
pêla e aotig Oidnde ou romances e ~p,oca mo crna sob tudo orque esl ma " lturalmente'' s perior a esta.. que resl d.. concepção m lcrialist.1
m mu "f, rmas de de nvolvimento eia l" não prod iram ob ras aná• d história, d seu "de.1envolviment dia lé i " etc.?
logas e outros lu t'éS), mas sim co ,prccncler por que "das II propo
Sobr~a " wtltládedahlstórta", o sóâo•c:4ntrlsnu, o t lalivismn, Com-
ci M.m ainda un, prazer ar.S tlco e sob dcterm nad ponto de •is.ta nos
~ m de n1lrm , - o para nó y m modelo lo· ci::ssivcr' . Ob3etv·.- mos panheiros i nglestt bJet ('1\ffi o e foi ito acima cm re çâo à an ti
q11e, :se ai uma ve:z a história produziu, em algu lugn.r, m modelo in . mla constitutiva do coohecimen o bJ tórico, aílrmàndo q1,1e am ~·
CC$Slvel (e flle$mo simples enk\ inexoed!vel). loda discussão em termos m unid de da história e que somos levado a uo, eelc.tismo hls1córiço.
dt "progresso" lOma -s.c pu a t llce. A solu. o p, r .l a dificuldade fe reci- Porém, o que é a "unidade'' da h istória, alé du defin·cões ura-
da por M Q , eon.sis o em .itribuir 'o encanto q ue encontram nas o ras mcnle d rilivas., como por e emplo oco ~ n((l d atos do bípedes fa-
lantes? A .. unidade dialética" d hJ. tótl é um mito. O tJnico ponto de
de atte" dos gregos ;i ti to de qu eram "crianç. or-mair;"; l;;i
"a infáncia históric~ da humà nidade no mel or ck seu brochar., (!Ue part da elar-o para re e ir obrt o p oblema é que cada ociedade cotcx:o
"e erocrla. a tr-a o e em· do momen to q e n o v ltar-.~ rn i ·• ''Sol • uma "visão deln mesma" q ue é, ao m '11'l 1empo. uma" 1 · o do mun-
çâo nde o g_r-and pen&& ·or se most , por uma ('ih e le mc:m1O puc,11 do• (inclusive de outras sociedade dll q is ela possa te e nhecimcnto)
ô podem rir- diaJ1te da supos)ç de que ldi,X, Re nos encantar-ia po r - e que est a "visão'' fn p re de ~ua "veroade.. ou de ua "rtalidade rc--
sua "tngenuJdade"e . ... ' nccrid de". , que dizer da fil n1:? tamo ~da" l!.ªn dizer com.o H gel - o ue esta se rcdu a ' quel11.
s r,re lendo PI tão e nst6telcs e :ieumulando as interprew.ções u ma Não sabemos nada sobre a Gctcia, se n• o ubcmios o que os 1re-
sobr-e is out r s. porque est;;im s presos ao enamto de $ U non nalidadc gor; !i.llbi am, pensavam e sentiam ~s ito de si m.c:smos. Mas vidcnte-
í í tl l't O t~ to se in rr mpc bruscament neste ponto. e n oh' por- mea te, existem cois igualmente importantes, concecnentcs Or1:cla.,
q e nos dc:lerrn num m:mu~rito não ptlbli do por seu autor - a não que os gregos não sabiam e nem poderi m be-r. Podemos v!-1 - po-
er p.am co t u1r uc o pr bf ma contin u,1, maciço em c· amenh: im- rém 11 p rtir de nosso Jug:u e por iotennédio deste lugar. ver, • isso
s..lvel dentro do reíer.mdal marxlano. omo ê possI el, n verdade. mcm:Jo. Nunca verei nada de Lodos os lugar p ·s:lveis. ao mesm tempo;
que leitura de Kant e Htg l não efimifl a neceu l ade de ler P la tão e cada vez, vejo de um deter mi nlldO JIJ&í.\ r. vejo wn "aspoc o" , e ejo numa
Arístóttlcs (enqun.nto que a lelu1 ra de um bom 1m1-.1do de física dl p nsa .. perspectiva" . E eu vtjo · ifi<:a e vojo porque eu sou eu, e não ~-ejo ·o--
a lc: t ura de 1c: too, salvo formos liislo rrdor da ciência). co o • menuu:om meus olhos; quando vejo alguma e i • toda minh vid aI ~
p ível q e laumas ít;t s desses :iut r<S nos façam reRelir mais d o 1 tá, encarnada nesta visão, neste ato de ver. T1.1do ~ não ê uma "fül a'
5
de nos \'t • é a visão. O rct.to, a ter a íant si;i da te logia e da tilo- ui r pus dn ela pesquisa que ela me na d~nc.1deou. e de tomar sc.u
so rn , lu r n histó ri a d s t~oti .• sem que i ·s ponha cm qu I o seu 1
O , é essa fentesiil queres u e: n.1 retens o de es e cleoer uma vi- do Podemo dizer como he G uevara. q ue nã é mais preciso dccJara r
são total da hi.st6rfo. stio ltn I q u1,: os rnar i-stas jã pens.,m pos uir, u ho;e em tl la q e somos mat I as. como n'lo hã neces dml de izcr que
cn ~o postulam para o íul uro, su bcnten ti do, por e_xcmplo, que o sóclo- somos ~$11: 1ria nos ou 11ewloni;inos - con ,n,o q o se compreenda ver-
cen :rismo seria eliminado num sociedade $Odalis.ta. rs. equi ale â aílt- d detr men te que isso quer di1:.er: odo mundoe"nc l ni oo" íl0$Ctl·
m ç;i o bs urda de que numa socied: de ~ cl r ta poderem cr e ne- ido de que n o se t rat de. volt r ã m nc:irn de r~scn~ r o pr~~.cm
nhum higa (ver de algum lugar, é ver nu per pec-Liva) - e vc:. udo, ri- ou v I r .b categori a,Uetio r~s a e lon: ma., nmgucitt_ r1;ais new-
g r m nte tudo. incl ive futuro~ po· se nã vemo:s o futuro. como o i o" re:tlmcote. v1 t guc ninguém podo mais ser p t d no dt um
odcm<l ral e de visão lotei d h is tóri ? on1O podemos atri uir uma tooria que Q p n\ e simplesmen te ai.Mi' . . •
signfüe, çao ao "passado' se não sabcm0$ e vem depois? Será que e Mas aa base ta teorta hi óri existe urna íil so 1a d hl tóna,
sign ific ç-o d Revolução russa era •·a mcsmt1 " cm 19 1 ,em 192 , é profunda e contntd ilor-iamente te ida junto com cf , e~• própriu c:0111r:1-
19 6 l! hoje? Ou existe, num lu ar vpr.icele~te, uma idéia, uma "signifi- dit6rla corno veremo,. Es ftloson, n o nem om11mento nem complt•
cação cm si'' da Rcvolu(,"lio russa. incluindo, como seria n :irlo, todas mento ela é ncc~'SOJ'l mente fu dem nlo. Ela é aba e tanco da teoria da
es eon e.<Jfll:ncias de&le ac:ontecimenlo act o fim elos tempos, e á qual os bistóri~ pused.i, como da conc;ic; • · poliúc:a, da pe11pcctiva ~ pro-
merlli ta lC- • m acesso? Como é então o ível qu , desde há cinqüenta rnma ,-cvolucionárlo , O essencia l ~ ue ela é urna filo olia r:ic1onahs1
anos, eles não tenham compreendido nunca a da d que e p ? e, çomo todas as moso fias rncionalis ·, 5eorereec a n1ecipadamen1~
Rocon cçer as e i ~ncias n o leva de modo 111; m a um simpl h1ção de todos os problemas que c:oloe
ceticismo u rclu.tivi m . f. to de que não possamosjamai ox !orar -
11ii •• pectos'' sucessivos de um obj cto. n-3. su pr[me a difcrcnÇa entre
um ct!cgo e um ornem que vé, eolre um d alt nico e um normal, entre 1- O racioMI mo objetirista
guém · ito a 11l ucinaçõ e alguém que não o é. Não supn mt o diferen- tifo o I da história m rxL~ta ê, em pnmciro lug ar,
ça enl qu m 11-0 sàbc que o ân ui d · as o q e s e vê dentro '.iau é ,im rac[onalismo objetiv ui.. J:.. cmos is o r1a coria_ ~ª~".
1 , ti his t~rio
um-a i11.1 siio de ~úca, e quem o sabe - e que, por i o, 11 , ao mesmo temp o pile· d história pa · · til.\. o 1cto da te ria da hJStono. r: um o bJcto
o bast o re to. O objetwo tlc Y'erd d , quer se trate de i ·tórl , o de qual- ur, I e o modd o que lhe é aplicado é um modelo análo o ao das c:,jên•
q cr o utr coisa, é epena.s este projc o de e. larcc r o u ros pectos e.lo cias da n 01re1. • Forças que .i crn sobre pon tos de pi c:i ão delinid
obj to, e de nós mcsm s de s LU:.ll' ilusões e as razõts q ue as ori lnam , produz.cm resultud . redeterminados de :1eordo COJTI um grande que•
de :;i rupnr tudo i:s.so e urne manei ra que de nominamo - o utra ,cprcs• m · , u I q ue deve e, plicar ta o a esl,.tic-~ C?mo a in~mtc.1 d h tóri •
;io m terias.a- coerente. Projeto infinh , claro. E. ao contriírfo ti q e .-, e 1'stkui · o e íu nc:io monto de c 1.1, oc1cdade, assim como o dcsc-
pen iwim m m arx l l (e· vez o próprio Marx). a ··pos e da crd de" quilíl)rio e a pertur ção que devem con uzH (1 uma n0vil forma. A hi -
tomnda num sen tido"· luto", p rtan to mi1 ico, oum:a rol e nem I:, tôrla p: . s da é portan t◊ r;i ·oo 1, no ntid de que tudo, r'lc:,' .e d ro-
pr up .toda revolução ede Úma rcconstr ç-o radical da soei«! de; volveu • ,,rndo causas pcrfchamento dcquada e penetrav s por no .tt1
íd la de uma tal .. ssc" nii i mente lntri nsecame.nte n urd,1 (lmpli- razão m su cond1çõ de 1859. real é perfeitamente~ plicável: cm
c ndo à conc:fos:- est projeto lnti il , mas profund mc-nle rc cloati- r,rln cjpio. ê desde já e pli a~o pod~m _ rever monografi11s _tt a.
ri , porquanto a crença numa verdade aca da-e adquirid em ooun itivo 1,1 a$ cconõmicas do n ~ctmcnt do lsla no ~éculo Vil , 1 cnfi
(e ortanto possivd f)Or tlauem u p t lguns)é um dos \lnd memo d r;\<> ,t ll?Orla melerialts l d a bi stória e n da os ensinarão sobre cs1 ). O
nd ão no fascismo e ao stanilis p.i · do da humnnida<k ô e;on formc 1 · , n~ sentido de que l udo
nele po • e ribu11 um a razão e que sas r zoes fo nnam um si 1cm:i
) , r\ FILOSOFIA MAR IS A OA H(STORLA cx,cn: lé e c1<austivo.
Mas a his16ria do futu ro • tambêm rac:1o n, I, p-or uanto ela c-ahza â
A teorfo marxista da história ilJ>r rtt.l•s.e.. em p n melr-0 lu or, cnrn a m'Zão e desta v n m segundo >t-ntid ; n· o mai.J. . omeme no sentido
uma te(m dentHicu. por e n e. u111te como um ~ener lrui ç· o d n on.
tr vcl ou comc-st:ívc-1 a .• vd da in,·estigaç-J.o cm fnc.J . Isso, ela o ê indi5-
36 C<lfni, 11 e ni '":,pr •i .14 '-'
c:11t ivclmcn le e. e-orno ai, era incvilâvc l q ue liv -0 de tino d t du teo• ,d.éi.i d~ "ap auavas" d umn ltl i das
ria c-icn [fica importante. De pois de haver prov ;ldo uma reviravolta """' t i tt~reu.cstn do s · lo I q11~ ampl!l,.,c
cn< t e it i rc e i cl em fl 0$$:1 mane ira deva o mund lti t 6ric-o, ela íot ncJl l la
55
do fato. mas no do valot. A hi ória do íuluro c.-â o ue el.i deve ser, ve, t cert quo n• o podemos pensar h 1. tórl a m a te Qt <f ca
· n set:r uma ociedade racion l que en arn r c1 mpiraçõ da huma, lid de, a m~m que contt riamen e ao q e anrma ram nló ofo 1dc:.alfsa-
níd.ide. on e o homem crá enfim hum n ( que significa q e .sua a ~ s,, a h tórí é por CJtc:clênciJl o doml io onde a causeJidade tem um aca-
li=neta coi ncidir com sua es ência e &eu ser cíctl o a.fu.a • eu 01rncei- lido para nós, posto que el t a de i11~io forma da m · e cm
l ), corueqll e· podemo compreender um e· de mcnlo" o que
1 almc-nte, a histó · · num te • lido: o da lleação nunc 6 possivcd oo ômc:nos naturais. Que 11 em da
de · ado e ÍlllUro, do rr1 râ me te \o lor, desse corrente el~t tor iJlca.nd ente ou ue a lei da aravlta-
conjunto de lcjs quase que ç lutam pela p odu- çào , que a I em tal momento cm tal lug r no ~\I,
- o do cs do mtnos cc da hu de livre. Existe, por são e mpr,c i:, ôcs necessárias mas c:xteri re , prevul-
conseguinte. uma rauo isas, um so icda- vcJs, mprcc and pi no~ de B e B insulta A
dc mila 1:mtc coerente sa ra.z.!I e r m uma ,pr ,mdemos a nec=idadc d •
O isrno como po em ~·crdad ver. í\.ilO est.ã ultrapas • menl ra possam considerá-lo conti gente •· o "dcscon-
do. Tu e ê e tudo o que ert\ n:al, ée .sed ra tonal. 1Jc H e.l p3T 1role' rtkipantcs já q e ..p dcriam ter" se dejxado control r - em•
e ta realidade e t melo ai idade no momento crn q aparece sua pró- bor · b~ndo, por experllnc própria, que em cert io nos
pri filosofia. enqUMIO qu s nJa indef"lnidamcn le at~ ln- pQdcmos ont lar). De m modo mais geral, ·a e. moú-
clu ivc hama ld de c;:om · uecc o ue · • ·1nt o vação, sob a do meio téalic;:o indispen:S.\vel, d resultado obtido porqu
rerorça. O império da no ro ro. (por um utabdcccmos intencionalmente suas con IÇÕcs, ou do cíeito incvltáv 1
p<)Slulado cspe lativo o está d d -se o ra in - dc~jado de lAI u qu I ato pensam 05 nossa
l.4mbàn ludo que ado na hLStória. e que \'Í constantemente $0b a forma de de.
podem dizer desde a qll ,e tOmil-se eis ago na vidlt hi tórlca e social, porque e,ciste o "r cionsl
na medida cm que nos p . n~. rov· õcs con- subj çâo das trop aincsas cm Cannes (e S' vhôrl.i)
tingenl de n sobretudo de fazer o é o te llad o racion ibaL E existe t b~m porque hã
que h por fi · ara ciali 1.-i o "racio a orq e cau is nat ura· e n dadcs
do ÍUluro". de oe : ele. e puramenu? nstantemente presentes nas relaçll históri-
li , e me de. cas: oll ce nicas e ocon· rnieas, produção de ço e extra-
e · o", c;:on o Hq;el, ção de uma relação con tificáv
e a alhando na arantin ria p • g:cralmea e, istc tamb6m o "e que co
s m que hlstória fu csc-j' ~id - mos em poder reduzi- lo a rei çõcs racioa o objetivos,
de te a d r tos é secr e arr roduz~ correlações cstab rundamc-1110 i ularidade de
o bttn. oomportamcn o, adais, que pennaneoc:m puros fill ,
O ·1mplcs e nciado d l e istência causais de ordeo <llfcrcolcs permite,
de e,ctra rdlnilria de problem. além da simples c ,nr...._... "" com m 10 individuais ou de u
e: re.sumid , ente. algun dcst rc ularid de eng ". st:a leis e11 p a strata.s
das qu I o e nlc cntos indi lvidos foi
ddermfoi.smo e !minado. a leis podem fund revisões sa s (que se
verific.im com um prob et rmln d os a im,
Diz.er que históri passada é çomprec:nsível, no sentid da con por cilcmplo, no fu mc111 do pitlihsmo uma qu l'
o arxi.s d.a hl.stória. si nlfica que, cxl ·te um dctcrmini mo ca usal sem dade e.xtraordiu · ria de regularlda tiveis e mcnsur-á\·e· , que po-
Interrupção "iniporlantc" 1~, e que e <ktenninisrno é, em cgundo demos cha " num p · · -o, e que fazem e 1
gr.iu, po emo.s dizer im, portador de lanHicaQães que encadeiam que, sob u c:ro de se cionamcn1 pareça
cm toÚ\lid dc:s em i mesmas ignifica ntes. o nl nlo nem um nem por 1,1a vc compre«: to nto, prev sível.
outra d SBJ idQss de: acr- acelt sem disc~ o, Além meJ i • oxi5 "dinárnicOJ objetivos"
parciai . T d via, não conscg1JI essas cHn mlcu parciai
num determinl I do sist sentido totalmentç, dife-
rente da.q el a crise. do determl ismo na 11 ic moderna: nAo
l?. ct O nn, OUI 2S. q e o termfoismo desmprone ou se tort1e problemático limites do
1st ma, ou uc apareçam í· I II e iovcrso; oom o vidência se pc t· o tos.o a olhamos ena.is de pc.rto onstatumo en -o,
se ul ns spee10s. algumas fo m mente do dai se ub rnctcssem ao cOJll Engels, qu a "hi lórl o mundo d, intc ~s inc:onscic:n tcs dos
dc:lcrm ioisr:n , mas mergulhassem el ou l conjunto de rc1a• fin nã desejados" . O i ~il~ados Mais da ação hist ri dos bomens
çõe f'I o det.: rtt1lnl:st . nâo s o jamais. por slm dizer, aqujJo q~1c I res J1aviam prQ1;Ur, do.
é preci o compreender bein em e se bi.lSei ~ta impombít d~id . 1 · o tatv~z niio seja dlflctl de CQmprccndcr. ó q e cri um problcm.
As dinâml parc1ai qu • e'$\n ele emos ão b i mente incomplet · ce lral, e que esses resultados-, que nin~uêm desejou QOmo 1ais, áprcscn-
las reenviam constan cmenlc uma :i.s oulr '. t dn modifica o de um; t 111-SC como ··coc.ron li.:f' d' um cic-rto modo, p . SUé uma "sisnJ ,ea-
modifica t d as outras. Mas s.c i o pode cri r eoonnes difkuldad<:$ rui. ~o" e parecem obedecer a uma 16gica que n-o ê nem quer uma 16-a.i
pnhica, o_ão «fa nenh ma de prinçipio, o univczso fisi também. umo " 1;1 1~tiV11" (tra.tida por uma cons ··ênda, estabelc;, "da ()Or a lguém , nem
relação '6 al~ d de q1.e "tudo mais pcrmnncÇ8 lguar•. um lógica .. ob'.~ ' va", como-a que acrc:ditilm · de cobrir na natu~. -
A imposslbllid.ad em quc_st-o o;i.O .p rende· compleicidade da ma- ue podemos chamar de 16 ic· l,i 16Tic .
têri· ocisl, prcnd ~ ú própria na ureia. Prende-se ao fol de: que o ~c~tçoai de burg~ese , locados ou não pcl pírlto de Calvino e
cial (ou históricp) contém o não-ca s I oomo um monie-nt.o cs_seocial. pel 1dt1:1 da asoc:sc umver ai dedicam-se a acumulu.r Mllh res de arte•
Esse niio- • ai ap reoc cm dois alvel.s. O pria: ciro, de menor im- -os arruinados e de ()OO s fam intos cont am- .e di$Jloníveis para
port.',ici aqui, é.o dos desvi<a que a tesen1:im o~ e rn ortamento~ reais trab-nlhar n· fAbricas. AJguém iavcate uma ft1 qulna vapor urn ou ro
. d
um novo upo e tear. Filósofos. e Jlsicos ~t:ntam pensar o uni~ • o como•
do-s indivíduos cni reJ çllo 11 seus comportamentos. "tipi<:os". Isso intro-
d z um eJcmcml lmprevis.tvel. mas que orno tal nio p erla impedir um uma ndc: m qujrui e d e-0brlr suu leis. Reis ntlnu ma s ubmeter e·
tratamento delcrm ini t.a, pelo meno nível P1obal. S~ .e desvio:; .i. ca~ ar a nobreza em n, i , t it IQ&s naciooais, d um dos ia djvfd o:
sistem · 1 cos, podem ser submcdd a uma mve li aç!to causal; se :-o e do g.rupoHm qué$lào persegue seus próprios fio , nin uém vis a tola•
ale tori • l1 pas íveis de um lrnt· m nto est11ti!tico, A imp e islb ilidn• !idade social como L 1. ru tanto. o resultado ê e o,pletamcnle outro: é
de dos movimentos s m l ulas indlvidu I nllo impediu • ltOri dnó- pitalismo. É absolutamente lndiforen e. neste ço tOitlO, (lUC este rc•
ll <los: gases e um d ramos mais rigoroso. da flsica, e ê cx"t men- ui ?º tenha si~o fei1amcmc ermim1do pelo conj nto de c usas t
te CJ;! i rnr,ffvisibllldade indjvidu::il que fundam nt a ía r -a e lraordioá- con~Lçilc:s. dm1tam que am mostrar p;L t d,o, estes fatos, in•
riu d teoria. cl vo par a cor dos sap, t e Cc;,Ibcr , todas as çone}(õe causai5 mul-
M o n o-causal p· ee cm outro of e: 1 e é este que no i111tcrc:ssa. ~i~i~~on~ qu~. 0$ H ª"! entre si e lig m u conjunto às •·oondiçõ
Apar~ oomo t mport me to aii lmplcsmcolc "mprcvLsJvd', mos tmc,ws ~o i~tem· , que importa aqlti ~ que t:88e resultado possui um,
cria 'or (dos loôMduos, dos grupos., das. classes o d s sociedades inw-t• cocrêoc1 q e nada nem oingu!m desejava o garan i.a, q et no inicio
); n ~ o corno simples dcsvi relo tivo · u,n tipo e istcnte, ma corno p'1- quer ení u de. envolvimento; e ue ele possu· uma signifi<: çlo (mais.
~lçã.o d l novo tipo de e; mportamcnto, mo Ln.r11'1uirõo de uma nova pa.re« encarn r um ll~le:m vinualmcatc in 01 vel de sig,nificaçôc~).,
r ra so<:ial, ç 1l)O inwtcão deu novo objct ou de: uma form 1 r1 que fat com q e haja ai um ~pécic de etttld d-e histórica que é o cap.lQ•
em ~uma. como ;ipan::cime.nto ou produ ão q e não $C ddxa deduzir a /ismo,
partir da itu ~âo l)rt!OCdcnle, co elu.s!lo que ultr p a as premi ou Esta si ni 1ca1,âo apare<:c de dlvers, maneiras. Ela é a uJJo que,
po i o de novas premissas. Já. o~rv mos que o ser vivo vai a lém do atr: vês <k tod· as cone causaise além delas. çonferc um péde de
s•mplcs m , il Lsm porq uc ode d novas r p .:itas a novas luações. umdadc todas as manil1 t ~.ues d ocicdade capil:alisl.A fnundo com
fas o ser bÍ5tóri o ultrap ssa o M:f impl~mcntc vivo por que ele pod que r(conbcçam lincdiatam ntc cm tal íenómcno um fenômeno desta
diar novas respostas s "mesmas'' situ ções ou então ri r nov s situações. cultura, que nos az imcdi~t11 ente sicuar nesta época. objetos. livros, ins.-
A h' ' tód n o I? de ser pens da scgund o ~uema de1erml,1lsto uumentos. frases das quais nad11 çonhecérfa1t10J1 cm out a pcrspccti a
(nem. ali· se undQ um esquema "dialêtico" impks), por<iuc els é exduindo, la~bé~, i1:1ediat tenle, uma infrnidadc de outru. Ela upar;;
domínio d· r acã(J. YolLUremos a e e ponto na seqüência do lcx~o- cc como a existência SJmultâne e um conjunto i,niini o de possfvcis e de
um co Junto infinito de imp si"' ·s dados dcs e: o inicio. EI aparece:
alo · no fato de qu ludo Q que se p ssa no ín tenor do sistema - 0 50 •
O énCBCleamiinlo d11 • 1,t111fk c;ô !S me11t~ 8 pro _u-L } ma neir d~ atgo como ·•e tspirilo do sis.t • " m
,1 "ashicia da r11i10 .. lorobém OOJ1tr1bu1 po.rn oon:;<itid.a- lo (alnd.a m~amo qu ndo a 01, 3
lcn\le em úl1i m· in tâncla a dcrrubâ-lo como ord.cm real)
is lê do pro lema do deter lal. mo na históri , e i te um
problema das s,gnHk ç s " hls óricas·• . m primeiro lu; t, hist6ri :udo se: passa oomo se cNt Ji nificaçâo glob J do i terna fosse dada
e como lugar das eçõc, cooscicotCli e conscicnl.:$. M s esta previ' mente, como s~ lii "predeterminasse" e sobrcdclcrminassc os cn-
59
c.i.deamento$ de caus.tlidu<ic, mQ se os e ravi , fazendo-os produ - sos e nóJ os, an .- Hsaodo ~ cllpÕndo o u ocion meM desta socicd de ,
zir re.suftado "Orrospondc tesa umia '" i ntct1ç5 '' que, o viaménte, (: so- introduzem mai eoe &leia do que a que Malmente eidste, t.1 tmp~o
mente uma e· ,re ão me í6r ica, posto que não é a inusnçio de ningu6 . •não 6, e nem pede ser totã.lmente il ta: afinal, ç.ssas sociod dcs funclo-
M diz cm algum lugar ue "so n o e.xm· o ~o. a bi~tóri .seria ns.m, e são esí vci~, slio mc:amo" uto-est.abilltadors "e capa2.es de re:1
putt magia..,~ ír&# profund men te verdsdeír • Mas o e ,p ntoso é q ue o SOtvéT çboques !mpQrtaot (,a lvo, cvídcnte eo e, o do oon t:no com
pr-óprlo aiso toma oa bi$1óri • na maioria das yeze.s, n form d aca "(ivit.iza ~a").
s níticaote.. do ac-a o "objetJvo", do "como r acuo", çomo d.!%. tllo Segur mente no mistirio desta coer&nt" podem s o~rs.r uma
adequadamente Ironia popular. O que 6 que pode d r mo itu;3.lculá el. gr.an reduçã e ' usai - o 6 m$SO · que consL, e o cs tudo" exat•• ·•- uma
o w:;
úmero de gestos, tos, pon.hmcntos, cood tu individua.is e coletivas oclcdadc. e os a dultos .se com ti· de deternt oada forma, é porque
compõem wri. aocicd de. es~ unidade de um murt/Í(), onde uma c foram educados de uma c:ert ancira; s:c religião d~te pôYO possuí til!
ta ordem gerada no os (ordem de entido, ,iiio neccuatiarneo te de.cau- cont.eôdo, ~so çorresp ndc à ''petsooaJidade de base'' desta ttura; seu .
sas e cfe.ít ), podo sempre set encontra 111 O qu~ é que dá ao arandes rdat;ãcs do poder s o amm ori.mi:radas, lS$0 é con(llc ona.do por eues
acontecirn nt0$ hist6ri00 . ma apa.r6n , que 6 m· is do que a apar!m::ia fatores coonômioois ou Inver amerue etc. &ta cdução causal n o .o ta
do uma trag~di.a admJ.ra,-ol cnui calcuJada e oea~da, onde or os erros o próblcma, m s faz pe s ap rec:er. no fin l, sua carcaça: Os encadeo-
.evidentes d · • or,cs -S o absol ut _mente incapazes de impedir s produção memtos que e.la põe em evidAnct11, por e emplo, de> encadeamen os de
do tt ulw.do, onde 1 1'l6gica interna" do prooc:6so · mostra ca z de in- ato,s l dividuai., lt\lando-s oo oadro prodctcrrninado, ao mcm10 tem-
ven tar e do ftz« aparecer no mom. to desejado todo o golpes e pontos po de wn vida s ial j á coerente a II momento como t ul.lidadA: con•
'de apol 1 todas a.s compcn!)aÇ e todos os·truques neocasário pars que creca J, (sem o que não haveria comportamentos individuais) e ti um
o pro~o enba txito - e ora o alot, a~ então in(allYcl comete o áhJco conjunto de rq,ra t..Cpllei ~ mas também impU 'tas, do uma organit.a•
erro de u vida. que por sua vetem indi-Spen tvel para~ obteoçrio do re• ção, de uma trulura., que é um s «'lo d totali.d de e ao memo
sultado "visulo..,? tempo d líercnte deJ.a. Essas r~iiras sào elas mesma b certos a!IJ]ectos o
sta s isnlficaç!o, j4 difer,ente da sta:nm çâQ cfctivame te viV1da produto dett.a vida soclill e em muitos cuo (quase n cano que se refere
para atos dc:tcrmln os de ln M uos p . · os, apre ent.a. co o tal, às sociedades ar,caicas, ítcqüe:ntemente pa as sociedades h tóricu)
um problema ropriame.nte in aotável. Porque há lrredutibilid de ds po se inserif'SUJI rodu o na causalld de soei 1 (por OlUlmpl Q, aboli-
·gnificaçào à causalidadi:., con.qtru(ndo as si nificações um tipo de enca• ~º d-ll servidão ou t.lwc oo corrência tn1roduzi ias pcaa buttuc:sia er-
deamento distltito, e no entanto inexplica~.lmcnte ligado ao o cnca. vem 11cm propós·ltni e s o °"Pli ·,amentc ~sejadas por Isso}. as, m.e
d~mentos de causalidade. mo quando chegamo ··produz._l "dcstt1 CDodo, o r. to ê que su.
Consldercmo por cx.em plo estio da cc rindo de uma determi- tores não estavam e tte podi m estar canse ent" <IA lotalidad de SC<U
na.d soci;edade ~ u a socledáde ar iea ou om ociedade capitsll lá. O e,fdtos e de ,ua implicações -e que no cn an o eru:s cfc[t0;s ~ estas itlJ pli•
que é que com quê csu socic:d ~ ·• ha unidade", que: regNIS (rurl- çaçõcs se "h.u-moni:za " inexpfü:avelmcote e m o que Já existi.a u com
dicas ou morai ) que e mandam o com ortameoto dos adult sêja o que outros 00 mcsm momen o produum em out setores da fr.ente
coetent~ com 8$ motivações des ~. qua el sejam não som te com- soclat ,._ e resulta que, msioriA do casos, •·ãutorcs" conscient es aim-
Plltfveis mas proíunda e misteriOISSJlle te ligad J o modo de rabslho e plesm c.nte n • o exist.i' m (no e.ss ndal, a evoh.lção d formas de vida í~
de prod d<>, qu por sua vct tudo ls o conuponda à e trt.tt urs f m iliar, mm r, íunda.ntental para a compreensão ôc odas as culturas., n io dcpen•
modo de: mamor.uação, de dei.mante, de educação das crianças, qu~· deu de atos ~Jativo CAplicit e .linda menos de cos resul~ lcs d
e~ista un.,a estnrtur fin.alm.entê:: dcO ida da per$ona.tidade hum.an nesta
cul tura , que c.ssa cultura comporte somente tuas pTóprias Muro e n
outras, q e t udo I o se coordefl com um viaão do mundQ, uma re.li- 39 ortnnto, i pks 1"<1J11.ll911 à strie 11\r,ll ita de, a ~ n t<ãolve a ' Qo
giio, um manei de comer e de ~ncai'l udando um· sociod· de ar• ~ p,;,d~ . pr siTI~ de pro,~IOS ~ pois IBI
ica" temos às vezes a lmpres,ão vertiginosa de que .ma equipe de psl- eq, · ção ,1 o 114t • to ,
oaUst as, econo~tas, sociólogo cic., de p.1cidade e de sabe,r ot>re-
ccmo ,aJ. eco ii n•
volvido la <I~ o dot t«l<Sós e d0$ õr a-
humanos, trabal ou ant 'padamoate o problema de coer-4 ela e l - o; é pw: iu J6 ·..1a.bdodtSa <b,s .,;r1italidade3 do Zfflllt.)
si lou e t,1beiccc do regras ~alç ul d & p .r egurá-lo. M mo se nos-. -40 Cha.ro, do se tnuG d~ uma ..-erdioclc absol~: • ·v1111" , toe,.
rente$ 011 dcst.nu. das próp , cJos t1 q q . pan:iie lu,
çUrlOJammte, Íi l titaito A.t ~ a.do m emas. M odifle 11bs•
3& cr, por e , ~swd 1k Mugarct Me.a d cm Maft 1Jtrd h ·m alt ou Se:c =d Lo o que 'i mos; d ntillllJI , á varl de reiras &o-
Temrr,1►,,em ,,. Tlrrtt Pritnltive SO#de.1. tl!S.

60
uma consciêrtcia do:. mcc.anism psi<: Oàlí ico$ bscu · s que operam zaçâo da bu ola, faz apul"é! er d sde infoio \!rn sentid coer n e que . e
numa f. mflia), bsiste a.i da o fale> de que em1s re r~s são estabelecida · afirmando e desenvolvendo .
no inl ·o de da scx; ed de'', e q e elas o cocr tcs entt si gu lquer as wn lderaçôe permi1t1n c:ap1 r um segund · . to do
que sitja a di.s1 ncia entre os domhllos uc lhes ncemcm . pr bh:ma. N~o é somente no nfvel de uma $Ocl d, de que sç manlC ta a
{QWtndc> folamo de coerénci" nesle contéXlO, om nos p. lavra- s perposição de um ·s1t}m d~ signific 1çõ se de uma n::dc de causa.: é
no s.cnti<I m is mplo pos [vel: para rn:i. ckt rm inada ociedado até a t11mb~n1 n sJJc:a:..r.,iio da ~oclcd dt.P histôri as, o 1 , mafa sim . lcsmente,
de:$ icã a e.ris.<: podem, d~ urna oe n man~r- significar a co~rêne:la cm cada f'IN>éc:SSO bi córic:o, Qut: e considere, por exemplo, o proc:e so
visto q cl .seio rem cm sou íuncionameoto, n o provoc m Jam i ' do ap~rccimcntQ da u csia, q\la j ã ci mos an1oriormer11e~ ç~ melhor
uma derrocada, ums p1,1l rim ã u e impks.. o ..s . ., cri e ainda aqu e, que pC11$!1r o.s <onhecfl:'f tão em que c:o duzlu à Rcvó o
"sua" lncocrêocia. A era do depressão de 1929 como as dua gucrru ,u~a de l9l 7, prin,el:r , e o p der da ocracl cm se lda.
mundi -~ s-o clar-as m nlrcstaçõ "coerentes" do capitali mo não ~tl\· N!o é po vel aq11I, e liá n o é nr:c ssário, tc,l cmbrar as ~au _ s
plesm nte porque se imbt çam em •eus c:nc;.: dcamcntos de e ~:üid.tde, profundas que r:ib lhavam a.sociedade rus a oondu1Jern~na cm ,d1reça_o
n, s por ut r em progredir seu func:iooameoto en uanto 'fun-ctoa tnl?'fl- de um segu nda aue $0oial violenta i, a de 190 e fill os pnnclpa1s
to do capiteli mo: no q t: 6 mil rn ocir eu cone -sentido aind, po- :i.tore. do dram nas d $$CS esse clais da ~oclcda e. ão aos p!!rcce dJJi•
dem0$ ver, de mil mandcas, o sentido do capi allsmo). cil oomprcc der que sociedade russa estava grávlda de um revofu o,
EÃistc uma se nd redução que ~demoi operar: se todas as ic• e nem que nr:S\:1 revoluç.. o o prolaU1riado teria um papel dert rrnina~le -
dade. que ob!«!tvamos, no presente ou no p ado, s· o coc.r tcs, niio h não ín. 1$tiremós nisso, Mas est:1 C<:eS id:ide compn:ensJvcl eonunua
r-azii para espanto, posto gúe, por JlnL o, s mcn e ns socied de coe-- ·• ociolõgica" e al»trat~ e p ecl$o ue la se médiatizc ffl\ processos r~-
rentes s-o bservâ s; sooed des não-e ercnte tttiam <lesmor-onado de. àsos, q e ela se en rne cm .-tos (ou iisõa), da ados e sinados por
imc<ll:lto e delas nada p()derl.am diza. . ta idéi , por importa te que pe~soas e rupos definido que: atínjam o se 1tici(> dcsej ado; 6 pre iso ai ~
seja, t.1m n o en erra a diM:tJ o; ola não poderia i r "compreen- da u.e ela cne n tre de in feio uma q o.ao tid de de coodiQÕes cuja prcsen
der" a cocrêo ela du $ cdad~ o serrudas. sco - o tecor~do a um p o- não e pode dfacr q e f< se garnntid pel próprios fatores que criavam
cesso de "ensaio e cn " onde wmcnte w sistiriam por uma tsl' ·e de a ''ncce ida o cral" da rcvo1u o. m as-pcçto da que t o, de e:nos
e.ção n, t ral $0ciedade·$ "vi .,.ci " , Masj bioloaia.. onde .cvolu• tm or oci· e quisc-rmes-, ma quo perm.ite VCt" fácil e cl rameote o que
o i ·e de rnill, res de wnoa e de um proe-e. ro infinltamc:ol nco em qvcremos dizet, é o do papél dos indivíduos. Trolslo', cm s a Hisfoire de
varia~õcs ále:a órfas, a sei - o natur~I atravts de ensaio e ro não p rcce la rl'folution ru.vse, rtuQO negiiericia de f rma a uma. Ele i: As vezes t ma-
paz de plicar o problcm da s.enese d s esp~i~ par oe que fo mas d<i de espant , que tr n mitc ao leitor, dJ me d· pufcí odequa o do
·•vi ~•eis'' o produtidas bem acima d probabll1d de eS-tat1stlca. de !iCU cnr ~ d p oas e dos ·•papéjs históricos" que as si chamad a de-
parccimeoto, Em hl5tóri.a, o remetimento a um vari~ç o ale I ria e a mpenha r; também se surpr~ndc com o fato de que tão loso a situ.oç o
um prooe · o de sele o parcçe aratuito, e ali · o probluma se Cí>loca "'exige' um persoo sem de um de erminado tip(>, esse pc:r onag.em e.pn•
num tlf el ante ior ( biologia e mbéml): odes parecim no dos povo:. rcoe lembramo o per Idos que e le traç e11trc ic,ofan n e Lul. XVI,
o naçô descri o por Hc:r-od· s podo cr o rêSUltado de seu encontro e: ltt e tre a Cz. tina e M ria Antoa]eta). Q\l:i.lt pois cbave dê~ mistério'l
o Jitos pov 's que os ~n1:1.garem absorveram , o que não im pede que os posta que irots y dá parece: ainda de n rc.i.a socle>lógica; tudo, ~
primeiros já ti vessccn u i vi da o rg n • · da e coc:-i'i!nte. que tc~a é li o us• ida e na e is~nci histórica de uma classe ptlvnegi d.li. cm decadanc1a,
do sem e ncontr • A lfas, ví os cont noss0$ olhos, pr6pnos mcta- tende a produzir indivíduos sê idéi e sem carátu e se um indMdu
i ri 0$', o n cimo 1 de s.o 'cd, dc9 e St\b mos qu ' o não passa as• e ccpclooalmcnte difcrcnt af aparecesse, e nade podc:tfa fazer com es-
· m. ão vcmO<S, m. Europa do sécu1 XIII :10 XI , surgir um r: r1do ses m tA>rlais co11t a Mneccss1d de histórica"; tudo, na vida e lsten-
número d 1ipos de edadts dlíerentc , das qu · i 1odoi eJCccto um de- eia da cl sse revolucionári , ende proouzír indl vJdt enêrgicos ç com
s p rocem p0rque íncapazes de sobrcviv , vemo \lm fenômeno, nasci- b vos firm . A re$posta. · m düvid algum~, contêm u a grande
m ento {acider,1 l com reíor! cj ao fstem q e p~.dcu) da bur uesla. p, rte de vcrd de, lllas no entanto ola n5o e s fi ·ente, ou melhor, ,cla <fiz
que, atra~s dis uns mil r.i.mlflcaç,õeu su m nifcit· ~õcs m is contrndi~ muito e, ao mesmo tempo multo pouco. Ela ~i muito porque dcvc:tia
lôri;.c::., .Jos l>an udr . lombo.rdoe C.lvi.no, r.rle (Hordano Bruno utili- ser válida para todos O$ e sos, m· s só v _I prc,;JSameo e pa m os 1;; 9,0s em
que n r~v lução fo vitori . Porqu o proteterlutlo lt (m~ 10 s6 produziu
como chefe cnérg·co Bel., Kuo, :i quem Troysk mio e s:ans11 de! dirigir
.sua ironiil dc,:m:d tiva, p rque o prol.etr1r~do a lemão r,ão soube rcco-
nbc:o:r u subs ituir Rosa burJQ e K1uf Li knccht, onde estava ó
62 6
u:"ine fran cm 19367 Dizer que este caso a ' tua · o nll.o -lava tníl- m · o da Rússi o ln(cio, utilizamos proceuos I mi mente dife~ntes,
• d1ma para ue o~ d1eícs ar,ropria<fos ap, recCllscm i precisame:n Le aba.n•
doo.ir fnte.rpretac;ão sociológica, que: p de pretender legi tim·- menta
c:omo a rei ão e rc a ela revol cionátia e seu par i o, a "maiurida-
dc:'' d primeira e a ideo o ' do segun do. Oro, do ponto de vista socloló-
1n.i certa comprei:ns:i bilidade e volt r ao mistério de urn situação sinau- gico, n· o há dúvid: e qttca (orm canônic dll u_rocrac:i êaque mcr-
r que ~xi.ge. ou impede. lhis a slt -~ção que d vh1 Impedir r\· o imp e ge numa etapa adia ntada de dcsenvoMmenlo do éapitalt mo. Cont1,1do, a
s.cm pt hã mc:ío século, o ela. e dominan1es souberam à vezes t$co- burocracia q o rcoe p rimeir hl t de meqtc: é a 9ue urge n R(l ia
lhcr c~fes q e. <1ualq cr que ro$se seu p· 1histMico, nto foram nem ns desde ó dia uinteà rcvoluç.fo, sobre as ruinassoci:\I e ateriais d ca-
Prl c;ípc Lv v, nem os Kc ensky, · s c.xpllca ão ambim não .~ ufi. it11lismo· e ro· l (fUe, a través de rnil lníl11ências dirct;, e Lndirctu. íot•
ci(ntc porqtiO não pode: mostrar pot que o ~ fi • excluído ju ·tam 1c t emente iaduziu 11 acclc:rou_ o movlmern de burocrati2.$ · o do capitelis•
onde e:! apa.recc • ls a tuan 11;, porqu 11ae .sempre "no bom 6enlido' & mo. T11do ationtccc tomo e o mundo modettlo in ubasse .i burocracia -
poque iníltos aca que lhe: opõ m não upa cce,n , Para que a Re:,. e para prod zi--la tivesse lan do mão de todo. o r«;ursos, io h.1 fv dos
voluçâ triuafa$Se, era prcdso falta de ene ia do l.Zllr, e o cará er d qu_o pareCW?ti m mimos adeq <los, ou seja, dom r j mo, do ~ovimeato
iz;irina, cm pr«iw Ra. pud ne o bimrdos d3 Corte. l!l'" prcciMJ Ke- operário e da rcvoluç-ao proletária.
rcns e Qmi!ov, e a preciso que Lenine e f ky volt.assem f>c Como orte no probfoma d e.ência da socied de, também qui
grade. e para isso ern neceuár o u m erro e: ciocfnl do grande Es - há uma rccJuç-o causal que podemos e devemos openar - e é- nisto q e
do- · ior alemão e ou tro do g verno britd lco- p.ara não (a.Lar de odas consiste: u_m estudo o Ole$mo tempo e àtO e racioaal d hir.tória. Ma~
11 dificriu e toda& pncu monías que ns:ci íoumente evit ram essas est redução caus I, co ví,oos, não sup me o pro lc:m fH em se-gu.1-
duá p . · dcsdese\l oas.cimcnto. rotslcy col0ça. objet[v men te a qu d um Uus4o q ue: ê preçiso elimln11r: a il •são de raeion alitação rei.Tos:
11 tio; Lenine, se,,
que a lução teria trl afado, e, após di$'CUS -o,
teJ1dc: a resp der ncg; tiva ente , Pen$iltnos qu ele tem razao e e,
pcciiva. Este material hl tórico, onde MO podemos de· r de vu artk:11-
Jações de sentido, entidades bem definidas., de.apa.r&nda, d.i.ríamo. , pc:s-
Uâs, podctl mos dlzer o m~mo em, relação a e le d , Mu cm que scatido 0:1.t- u«ra do Pclopon o, ta revolta de l:$part.acur., a Reforma a Re
p demos drur q11c a nccessid de interna da rev tuçã.o gar otc o pareci • vol\lç o r neesa - foi e m uc constr I óO.SSa idéia de, uc: são
mcn o de illd vJ u os com Lcni no ê óls y, sua b c:viv!:nd Até 1917 e $Q1Cido e um figu ra históricos . &le& àconteci entos são O! que no.q en-
sda prcseaça,, uíto impr vâvel, em Pc:lrogrado no rno mc:nto nec · 'rio'? slnuam o uc ê um acontcclmen10, e racionalld de que aJ ~nc n ramos
~ forçoso cons · tar que a significaç-!o da revoJ~ se afirma e se com- depois só nos r.urprccnde por - e c::squccêrnos q e daí a b vi mor. c:xtr J.
Peta ~lruvés dos em:adcameotos de e.a sem rclaç~o tom el e que, no do logo de [nCcl • Qu· ado Hegel d~ pouco mai4 ou me B-, que Alexandre
eotamo. sâo, inexpllcavclmenle, ligado II ela. ncces:sariame.nte devi morrer ao lri rll e três ano.s, porque morrer- jo-
O nascim ento da buràcrad na Rússia, :e is da revolução, possl- vem íaz parte da esseoci de um herôi e o o podem<>$ imaginar um Ale-
li mia ainda que se veja o problema em outro nl11 • Tamt>Em ae5tecaso, .i xandr clbo, e quando de ' erige uma íebtc _i;idcnta l em manifos •
,u, r o mostra a pArticipação de fatores proíundM e c-0mprec:nsívois., ç!o da R z·o oculta n a b. tór' · , podemos obsotv.ir que f)~Ís:amente
o re o u;ais a o n podem de er. ui"· O na. imento da b ()Cra- nossa im cm do que e .a 1.1m herói foi cons truida a partir do caso real de
cia R lissla não é, cer amente, um atoso, e: a provu é que a bur raliza. lcxaodre e e outrO\i análogoi, e que, p ortanto, rt· 10 hã nada dt sur•
,;!o p11receu dcpoi , <:ada v mais:, como t dfocia dominan te do p.ec:nd nte no fato de mcon rm.os num a.conte · mento uma fotma q e
mundo odcrno. Mas para oom pr-c odcr a burocr tização dos p.ÚS<:$ ca- se: coasti Eu p r nós em fun o d c:ontccimcnto. li · uma desmi.s ift-
pilar tas, utllizamos as tend cia.s imanente. ' organiz ç produ. c..&Çllo do me mo tipo a ser real tadá nu.ma plu lldade de caso , a.s nã
çiiO, da tç() omia f$ do Es d pitaH t , Par a compreender a b1.1tocrat.i- csgQta o problema. Primeiro, porq e enoontr~mos aqu também algo de
análogo ao ue ~n tccc no conhecimento da na turt · "; qu ndo efetua-
mos a uçü. de tudo o q p de parecer raclo , l o mundo ico é. a.ti•
41 ~dCf · 6 • dert1 ente d ~•ir • re.ipc W> 1nírnda.Ydmc11J~ Podemos ióhr u o dl;. vidade racionallz e d o .sujçito ué conheoe-, permanece atn a o fa to de
l« que o ré'/0lução n.lo tçrin si,1,111 • o r, f II dr u o podff pdo Partí dn que este mundo · rr ciona1 tem q e ser ai que cst lvidade po .i ter
o ~icfo C11JJ110 tc-cdiçlo Coro tk Lal «>n1itknQõcs con trole b~ el o- que exclui qu~ e} possa t1' c.16t.ico. Em wida,
O f nLO éc nio podermos cvbil•I ltl ria to ck se po1quc o sei:uido t,j lÓrÍ'I;() (isto é, um seo lido <! e ulm,pa~ o sentido
- p divu.me1t1c, foro dA. e;ucgo do tttldrnt" qi t' 11mm ctc:cjvameo to vivido e carregado pel indivíduos) parece oomplet~mentc
ttSiflldOHt:11 S ~ i bW"t!NlàlII , J e 2 (10/ 1 197)) ( MLe f d8 1·1.
díl , b anls 11cc de ln b.tua· tic• , la 1.· pif(mt',d11 '°""""' 1# _,
•ri ai Ili ór~1k,n 10/ 1 • 19 , J>. lllj e .tlq»i O que t l qu iGava. iu Crí/fcu. da fi ~tlftdr dt Mg,u, li ..feli• nc.ac>'",
64
prc---con tituído n materi 1 •e h, tória a~ oíen:ce. P~r.l continw r zà esta slgnifi çàcs numa siJnifica-ção d.ada, desde Jogo, do conjun o d
wm o eiwmpl citad acim , e> mito cfe Aquil I! t m m morre u ·o- história(: produção do comunismo)- prc ende poder reduzir integral•
vçrn (e de vflrí , outn>N heróis v tiver. cn o m~mo d tino) n· Foi mente nlvel das · ni I ÇÔc:$ o nívd das ca saç()es. Os do· termo d
construido em fu nção d exemplo do Alexandre (si:rin a.n cs o contr t- antioomi sio . im lcvad~ .io limite de su lrufflsidade, as sua sln tese
rio •1• O atido rticulado: "O heró· morre jovem" pareoc ter :wmpre coatin u p ratpea lc verbal. Qu r,do Lu ·aac di,., p ,a m lt r que tam•
rascinodo a hu anidad , apesar -ou por e usa - d absu rdo que no a, l,êm a te respeito arx re$Ol~cu pr blema. que Hegel i.ó havi s ido.
i! a re11 I d de pa~cc hav r•lhc fornec ido suficic te suporte pl\r que ele coloc· r: •·a.. til ia da razio" só pode deix- r de ser um mit lo ·as.e a
lor-aassc "evidente". Do mesmo modo, mho do nascimento do 1 erói , razã.o teal for dcscl)be1,a e mostr1da d maaeirn re· lmente c:onCTCtll.. En•
que auav de cuJtura.q e de ' pocas muito dlfercn es, apresent ira o tão. la ê uma eJipU ação gertlal para as ewp.. ainda nii.o consciente da
aná logos (que deformam e produt.em. ao mc&mo l mpo, fatos reais). e b.istórl " ~. ele n,. diz na verd de n da.. Não tr11t11 ~omcn te de que
ílaatmente todo os mit . mos tram que(: t se si nificac;ões se mi tur m esta "taziio real mostroda de mnoeirn rerum te ncrct "se reduza ofc-
na rcratldadc hi tórica, m lto ant~ do que a conscitlnc-ià ra · oaalizante <lo ttvamerrlc p t Marll'. I t t té~nico~~on6mico , e gu estc::s sojam in-
hi!.tOri dor ou do lil6sof, inte cnba. lnalmmte, porque a hi tória s1,di [cntc::s □o 6prio plan d causa ão, p ra "eitplic;at" integralmente
rcoe onstantemente dominad por ceirdirrdas, rquc n~l c.ncorltram a produ ão dos rcs11ltados. A questão é: como pod ,n fatores ~cnico-
algo como "l6gic11 interna• do pro os, que confere m tu.s r ccmtr l cc :nômioos or ma rac;íono1l daoo que os ultrapass · dti muito, -e mo
uma significação ou comp-lé o de siinlficaç.õ (rcJ'eTímo-11 mais' i: pode .$CU iuncionameoto atrn~ do conjunto dll história represea ruma
mu o nasclmcn o e ;; o desenv Ma enl eis burguesia e da burocracia), unidade de si nificaçio que e em si portadora de uma outra unl~dc de
fjga entre j série de caU$acão que nuo tem nenhu , concxio intcrn.l e i;e slgni fica<;il, cm out.-o nível? Transfo ,r a evoluc;-"J técnic~conõmica
o~ te<:e a todas a ç.0ndiçõ ·•acident.:i,is" ne 1rsâri1u. Obscrv. ndo hls,. em um11 "di alêúca d ~ forças produtiva ... jH. uma prime r: violC11 t o;
1óri , a rimeirn, urpresa q e experímenui os é consca ar que cm verda• a Sllgund esobrepor a esta dialética uma out.ra que prodw. a liberda !! a
de. o n rit de Clcôp:U a ío= mais cu110. a ía i, do m1.1ndo teria mu da- partir d nec sld de; ler ·ra 6 ret de q e csl se reduza integral-
do. scgund·. ainda maior. é ve.r ue tais nari~ tiveram quase s,emp e mente qucla. Mc:amo s o comunism<> se red ·N e implc::srcumae a um,1
as di e11..'lões .requeridas. q cgtão ~ suílcionle dek volvimcnto <14\s forças p d uli as, em o se
meira urprcsa qu experim niamos êcons1a1. r que em rdadc, s~ o na• e. e desc:n lvimenlo r ultassc incito velmcnte do funcionamento de
rlz de Cteópatra fosse ma' e no. a face do undo teria mudado. c- l~i.s _o bº f-.,as estabe1c.cid $ com uma certeza tot.iJ, o mistério ptt,:n necc•
gu11da, inda m ior, ê ver que lal 11arit.es tiver;Jm qu11 e cmpre as di• na mtoç;idQ, como po to f ncioname to de leis. cegas produ ·rum re-
mens cs ~queridas. sultado q ,e ~m p ra a bumanid de., · o mc:sm wmp-o um.i. ignifiçs.ç,. o
e u alor positivo'?
xi!tQ por anlo um pr blcm ca.$8nciaJ; há si nlficações que ultra. Th., m neira ai da t11ais pn:éirn t mais s rpreendcate, encontramos
1)4'ssam signilic:içõi: imcdj ias e rwlm.cnte viv-1d -se as são dadas por t!SlC mi ttrio nu iôé"a marxista de uma in.i_mic-a objctiv;i (iasco11tr1idi.
p rocessos de causação que em si não t _ signifi ção - ou n!o cm eJ't.a çô(~ do c.apilalismo. Mais pr i a, orque a idél {; apoiada p-or uma aná•
dew min d signiâcaçilo. Pr-éS entido de tómpos imu:morí is pct hu- üsc específicn da economia capitalista, Ma urprccndenl , porque s to-
manidade, colocado p licit mente. ainda que metafoncame111c. oo mito latl a aqui uma i.c:tíe de signifiçaçõ,es ncgafr,-,g. mistc:rlo, :tp rentemen-
e n tragédia (n qui.lJ !l nece sid de a t1 mc aparência do acldcntc), esse te, p ~ resolvido, de m vez que silo mostrad , oo fuocionameot
•P blcma foi clarament pcrce ido p<>r Hcgd, Mas u rc:spo ta que este do sistema cconômi , os en • deamcn o.s de c:iusas e efeitos que o on-
p porciona, a "3Stúc;i;i da o" qut çonsegi e que e erne1nos aparente- d zom a wa cri prcpar.111, caminho p:ir uma ulr ordem so<:1 1.
mente ~m signifiç e;: o sirv.im á su realiz.açi'l rui. n cória, evldentetnen- • realidade, o mistê:rio conlinu:i mtocado. Aceitando anAf1se arxist
te é apen uma rrasc que nad, rcso!~ e ue finalmen e p rt"cip da ve- da econ mia capitalist , e~ atiamo tfü nlc de um di11im i de e ntrad.-
lha obscuríd de do camin11 ® P'r v;d · ç[a. ções l'.1nié11, coerente, e orlcnt dtt, diante desl.i q11lmcra que seria m
Ora , problema Q[nda se totn m 11í agu<,t no mar ismo. Porque bel racion lid tl~ d irraciOllill, este enigm fi!osó fico de um mundo <lc>
marxismo, · Q m smo cen,po, m;)rtlém a idéia de igmlicações tribuíveis contr.i•senso que pro<l ,iria sentido e:rn o<lo o$ nJ eis e fion.tn c-nte reali-
d o~nt • i,nc 40$ e d~~ r, ~ histõrí .• afir111a mai,s do q11.e nen uma zaria nos ·o de ejo. D<: fato, anàli cc ~ 1~ e a proj~çiio oo tida em sua
,ma ç0nccp ão a forç· da 1 íca intc:rn, dos proc~oN h l$tóncos, tot.all- oonolu:s-'io ' evidente. Po _m rouco importa: e.fei,vamcnte o enigmo e. is-

4.S bcmos U.: Alcx:tml tt cll\hll .. , m do col'IIO modd " Aq1ulc Ih•. p.. 1 5.

66 G7
, te e o m rxismo não o resolve, ao cont rário. AflrmiLDdo que tudo deve vJdentcmen e não 6 sàm, e se Man m n Leve a di leu b egdíana,
er e mpr d.ido e ICTmo. de causa o e qu~, ao mcsm tempo, tu do mantc:vc: também cu verdadeiro conmido filo ófico que é o raclonalis-
cve ser pen do em tcrm de ignlri ação. que s6 c:xi te um único e mo. O ue modifioo foi mente o env61 ro, que é "e$pif!t afü,t "em
imel\SO eneadeament causal, q se é:, s:imu ltenc mtnte, m ílnioo e imen- Hegel e "lllAlerialista" nele. , nc te emp rego, e a deugnaçõc. n o
so enc-.nd~mcnto de sc.ntido, ele eitaocrba o d s pólo que o çonstituem ck pala11ras.
ao ponto de tom r-sc imposslvcl pen .- -la racíonalmente. Uma dia lê:ticají c-hada, como dia16t h eliana, ~ ne<:r:$$óiIÍ1men-
O m:ll'Xr° mo. portanto. n I r passa fíl fü1 ela h IOria,
mente uma out filosofia do. história . le impõc a0$ f to· a racion lida-
~ Le clonali t • Ela pressupõe e ''.demoosua" .º
mesmo tell_\po, que a ~o-
lidade ciJl eJCpcri~n~a ê exaustiv ente tê t,~el .ª dete min Ô<: • racio-
do que deles pilt ce extrair. A ••n sid de hf$tónca" qu elo menciona nais. (Que, in · }mente ess eterminaQÕCS coin CJd m ~em pre, milagr, ·
(no sentido que . t eitpress 1cve rren emente. precis mente o de um s mente-, çom a .. ra:zii " de tal pen ador ou de tal soaedade, u, h;i,i
encad m to de fatos que condu1. a história em direção do p.ogr o) p rtanto. no n cíeo de todo racl n llt.mo, u:m anu:_o~nt.t~~o ou so-
niio difere em nada, filos.oficamcnte f I ndo, da R,'\ -o bcgeJi ,, , No
dois casos tr t -sc de uma llcn ção propriamente teológica d bOJnem.
cio-cc,ntr mo,que, cm o t $ p la.vnu. todo ion _hsmo CllJB em • •
o mi razào par lar, • so ê plcn .mente evidente e Já ba.st;1.rla par en-
Um Pro;idêm:i tm ista . que teria colocado cm o a hi tórla. r discu.ss o). 1 é: a coocJ do necessária de toda fil on especu-
com o intento de prodlil:ir nossa llbc:r<I de, n!I deixa de uma Provi• la lva o htcmática, que quer responder ao probl a: como podemos ter
dcncia. dois caso , cl mrn • e quHo ue é o problema cent I e um conhecimento rd de.iro, e se at lb~I rdade como si tem co -
tod a te não: a r e;[ natidade do m ndo (nat r I ou histór co), d.aado- c:Mdo de r·elaçõc . eo, ambigW da~~ e .ª~ ! c:$iduo. P~ e~ im~cm,,, cm
nt.ecipadamc te um mundo rndonaJ por e nstrução. vidcn temcotc rei o 1 · o, se seu rsc onall:uno adquire m to~a. 'objcuv~a (co-
nada 6 rcílolvido deu man ·ra. pois um mundo totalmcm raeíonal mo om M ~ e Engels), o mundos rulo r-aciooal em ti mesmo sistem de
ria, p r i so m r o, infinitamente mais mis orl so do que o mundo no leis regendo ilimitadamente um sub tntum bsolutamente aeutro e n~
qual nos atem , Uma bis 6 ·a in cgr Jmente racion I seria. multo pcoctrnção dcstAs lei derivando do ri\ler (incompMenslv , ~ p~uf
'ai, m el mente inc m rcensJvol do uc a h · L6d ue con cmos_ di.zer) de reflexo de nosso conhcc:imcnto; o u e toma uma forma '$u Jet1-
u racion Udadc to1 1 e fundamenc ·a numa e l I irr cl n tidade vis a' (como n s f1JO$()fias do id Usmo iilemão, inclusive até mesmo em
porque el seri da ordem do fato poro e de um fato tão brutal, sólido e Hegel). sendo o mundó que se que ti~n. (n verda~':• por çOns~uintc, o
envolvente que nós suf rf mos. F in lmcolc. ncs cond"çõc , de pa- unlverso do discu o) o produto da ttv1dade do suJc1t , o que garanto
rece o pro lema rimordi Ida prálic : q e os homen têm que d r a sua i media o 1ma raclo AU e''.
vida ind v dual e e letiva uma 'gnirica o que não é pré-designada e que Rcc-Jp enlc. toda dia16 ca ci nalists n riamente 6 um·
t!m de füiê-lo dentro de co dlç· · reais, que não excluem llcm garantem diàletica fechada. Sem este eçbamcnto, o njunto dQ s tema ficc.1 em
o cumprimento de 5W projeto. pense. A " rd de" de cada detcrmln ç· o aio é scn o ,remissão à
totalidade d delerminaçõcs, m qu I cada momento do stema fi ~
A dlal ca e o "m1t11rl:allsrno ' o m mo tempo arblttârí e ndcfinido. ~ n s âcio, por.s, àar-so a to-
t tidade sem resrduQ, n d; deve ficar de fo , d contrário o sJ tem não
Quando o racíon li m de Mar I dquir,c uma e pr~são fllosór1ea é i_ncompleto~ e e niio 6 oada, Toda dialê ica sistemát ca deve che a r a um
citpllclta, ele si: prescnt11 como dial~ ico~ não e mo uma dialética geral,. "f1 d história ", sej s a oro, do saber .ibsoluto de Hegel u do
m e mo a dl lética b~ J, n , da qu I tcTia rc:tlr do.. fonn Ideal" "' ornem totaJ" de it.
t mi tificad " , A e ê:nçi da dialt hegeliana -o acba na afinnação de q11e o
oi assim que ger1.1çõc de marxi ta.S repeti m mccani~mentea fi • "P.reccdc'' 03Ll.ll'CZ , e. menos aind , n vocabul rio qu forma
se do en! " e m Hegel, dialética · va sobre cabeça; cu a recolo- ua 'vestimenta tcolôgico", EJ jaz no próprio n:tél4do, no po tul do
qu · obre seu p~••. sem pergunuu·•se se t I ope ção vcrdadc:ira- fündam-en l, u:ndo o qual "cud q e ê real, e clonal", na ioc:vité el
mcnte poss!vel o, s.obr,ctudo, se: era e pal!. de lTilD fo mar a n turez.a de prclcn. de poder prodU2:ir a tot tidade das determln çõ_c:s posslvfl ,d.e
o jeto. Sor ulicicnte Inverter um coi a par m dJficar s a ublltàn- s objeto. Es a essência nll.o pode er trufda pela rep,ostdo d d1aletJ•
c , seria o "co11leúdo .. do egeliani rno tão pouc uaido s " ê:todo"
dielftl q e d ·a se b ituído por um outro radie lmente oposto -
e is tra and •se deu filoso li. que proclamav que seu conteúdo c:r
·•produ ido'' por se m61odo, ou melhor, q_ue método e c:ontelldo eram '7. Elemenloa de d l , '"nbJe1hutaM de$$c I po siío cac,ontr dot ob1as j 11...,n-
omc,uc dois mcnt a produ :à do s1stem ? lll O ç fllr1' , C ror ;utJ do ru:in:tento de UI - · Volta
B .sul11lAa,cu °'j OI - ~
d[ nl ,
6
visivclrocnt i.c IIat r.í sernpr:: d mas O ujdto "trsnsudental" po to que t isfação ~rn dent · dn
;t nimal ultr~pi~ uc1onório· d. ia lêtica bcgiliana consc::i m:ia ato bru de que onsciênci e,dsu~ cm um
que ll recoloquemos s ~s. ma uc, para e 111 und m, captâvlll e ln 1) - fato que a consciên-
C3 ÇII , cia n~o r sim m , nem m lm olic rncn
n· e o ~cmldo (la d1al cfüin em mon e a d1'1 l~1icn po<li: eirnm nlc c-ons-id
mud p dcch m rrnos da diante ria'' o que c.h.:• hi t ri ética ra é o brigada 8- m UJ r para r
mâv, mo larmente de "logos" ou "esp[ri o o mcn n o d · · •la õ s de r
tt1tcndc Senhor de b ba ran do no cé1.1, e • M sformaç êt" possivcl. p<1r ua vez,
bcmos 'm
tcriul" nao é uma objetos colori- e ulLr idéia tradiclon I e sccu
chado e como e 11 empl o. • era e
oria como sislcm íe-
ali:: umJI d ln u1çõe
d se li mpl tarn nteindife e cs l~odâzer-sc
que a natu~za é um momento do I o , ou que rge num dada e. cnci ,. do jo11em M rx.
éUpa. d. i:voluçilo t6ria, pois cm 1unbos duas cntidad
ão e:: 1abelC(;id d como :d essê ci de es incia
. OS DOI S tl.JWENTOS 00 MAR MO
cion.11. AJiâs ncnh tas du ações t , poi nlngulm SEU DE I O HI TôRICO
po e dizer o que é o espfrito ou II matéria afora puramente va•
i]as porque pu mente no minais: 1 rn térlii (ou o espírito) é tudo o que é H • no m rxismo dois clemctitos CUJO ntido e d· tino tóri os f •
etc. ,natéri e ó ,plrilo nestas liloso a mente, apenas o Ser ram r dicalrnente opo~los.
puro, o u sej . como diúa jll!truncn e Heg, pu iderar-se O demento rc~· luciondrio expio bro daju cnc de nrx,
"m:ucri li t " em nada difere de con • ir ' por aparece ainda de v~ cm q ua as de mlll rid d~ r n:
té-ri se entende uma entidade, 111i4 -0ré iv men- ' 1~ \ ' maiores ma uxcmtM.lrgo, Lcrunc tsk}
1e subm · com, ci · e e n o, e por- - re s ühlma vez e u ap.irc ·mcnco rc: en ta
' 1nlo d nctr or nós d n o, osto u'ma e rumo • da humanlda<lc: 6 ele que
q ui! as i.s". ·ncipios sup at o :onhe- quer a filosofia lamand q a aca
cimcnto 'á e; dos; são "p .. s da dia- mais tar. ma im d o mundo, ui•
1 cica" d clnqDeata no alé numerados gra- tra oíin. rcafüi:ando- ue rccu o a o ~ r "i ·
o e T n ), Qu n do u piritua)jsta, ,n nt do probléma da bi:!ttôri ~ uma dl~léti~ a,
co o Si diz: que Deus é urn mac do materi - aíir munismo alio é um 0$1:ldo ideal íl d1rCÇ.10 do en-
hs1as di m tenazmente até-ria. a hlsLórla o minh a sociedade, mas sim o movlmcnlo rc 1 que suprime o cs1ado ~e
l ]mente nces de um de mo, çUj,1ellr,rcssão m tem • ois trza o fato de que os h I cru f ,em su própria
ti ontra dia,~ triste p ue sob cert11 condi õcs histó- bi . que a
r s partid cad uma des o las p oderiam ter fuzil do . cm br: res. í:;
d a (e de eram). Porque todos e les dizem ex tamen1e a rne de
a, dando•lhe implcsmente um nome diferenll?. u
dialltic "nuo e pirltu li r ambém ums di !ética da
" 1crlalistn.'' no sentíd de q c-u a lab lecer um S« rc cio-
a . qu irito, e a ou como tot líd de, já na :!!> acima sa ar mas
d lir~ deccrmi1 i e., Ela deve eUmi11 o p im de ou tros. - i te a □ ão
fechamento rejeitar o si.~tem::i completo do mun do. De . 10 e urn mundo no110, o pr rm
ufa r 11 ilusão
Infinito e o i ndclin
:ice· ar
itir, se
riedadc
camo r
que e:ii;i IC
o trabalho,
o d de, busc de suas cond1çõ na h1stó_ria cfcti~ e ~
nti ILu ão e tivid de dos mcns qve poden m rai.hzií- la. o
q e toda determin a ~o meional deiita um resíduo inado enâo ,~mos no mundo para olh, -1 ou par uportá-1 , nosso d tino não é
elonaL q~ o
« sKl de l'OOnti
· scncml
conlin
do, que nc-
i bricadas 11m11 na outra,
o da o:rvidão, h6 um uc pode apol, M.C sobre o que e.·us~'-"Pª' r:
zcr e i~tir o que uer r; oniprccnde uc wm · a1,nc11d1z'-3 de fc1-
que: a .. nature:m se em prc is e mais do tléeiro j' é um passo d11 i:on lç;io do aprend iz de feiticeiro. e e;~~ ·
4uc cons.c1ênc:1
" Jcto", mas tu
e que
~ to
nlo
mente
mente Pº" o
to wcmpirk .,
pr oder porque o so é um seg~n do pano mais, nltm d~ uma · t•~•-
dede n ; .. ronsci :nte s ve dadcuo f'i n e di: seus rc-sult · dos rcor ,
Uv 71
70
maJ além de um~ lea q1Jé segundo dl u.los exatos modifü: a um 0,b~ Tudo se p rende esLa concepção: an,ticse d çapil :smo, Oloso ra
t S'Cm que na d de novo daí n:!! Uht, podo e deve hnvcr Uma pruts h' tó• gera · t<oda da bist órl , cstatuto do proletariado, prog.t.1ó1a polhko. E
rica q ue Ia S:forme o mundo trat'ls:fonn nc1.o~- ela ptópria, q ue se deiit11 • co~qillnci , mais extr-einas dai rdult m - em boa lógica e em 11 bos
educar ed ndo, que prep til o novo rec ando-se a predetumioá•lo hlscória também como mostrou a cltperi anci:i e melo 6oulo. O dcs •
porque 111· sabe uc homens farem s a própria bl tória, volvimeolo d forças p uti s dirige o t to na vída social. E r:it!lo
mesmo e niio é fim ühimo em mesmo, é fim óltlmo na pr· ti , de vez
as essu intuições por aneeerio inc ui~es, jamah ~rã.o verdade' que o to 6 dctenni ;ido por e , delo decon-cndo '' or acr 'mo' , por~
ramMta desen olvidas 0 • O anuoeio do muodo oovo será rapidanu:nte quanto "o rc-inado d· Jibcrdade só pode ser e clificado . ~rc. ore.ln do da
su focado f'éla abund.Ancia de um segundo elemento que ee dcsen olvCTá 0 ~. de: ', por uc ele pressupõe · abundlncla e a red1,1 • o ds j oma•
ob forma de b tc:m q ue tornará rapidamente prt!domlnánte, que re- dtt de tuhalho e eslu um detennin.a o grau e desenv lvimcoto d s for-
legará o prl«1eiro ao uodmcn to o o utlliz:a.rã - raramente - corno ças produtivas'. E te dc11cnv0Jvim to é o progresso. Seguraf!lente, a
álibi idco 6 9100 e J11oiófioo . Esso !CJl,lnd.o eJetnento t 9 q1,1e re fi no e ideolo i vulgar do prógr . é denunciada e poata cm rldíc: !o, m~tra-
proto a cul e a $0cicdade cap lalístas em s:u mal$ prof'uodss tcn- mos que o progn::sso capitalista b ' ,so na m~rill das mas s, Mas esta
dênci mesmo fazendo- atravé d oeJação umi série eh: a:$pectQ pr-ópria m ~ria faz p "e de u in proCC$$O ascenden te, A ex:plora~o do
_apar-a1te (e reahncme} iniportruués do capitalismo e q ué tece j l.llltos a 16 •. prolet.ari do6justift. d '"bisto amon t _' ', du nlc Lodoc:>te:i_npoquca
ta social do çaprta lismo e o -posili vism~ · 11s clênci.u do sóeu.lo XIX . t; e e burguesia utiJiu U$ frutos para ac1Jm11.lar, co ntinuando amm sua e1t.•
que faz M x cornpar r a evoluçlo l>1'Cia1 a um processo .natural.,,, e pensão econ6 ica. A rguesia, c::lasse eicpJoradora d~dc o lnfcl o, é cl $·
enfatiza d etermin· mo COOflômioo, que ·ê os teoria de Darwin um d • e progmsi ta. na moer da cm que descn volve .li$ fori;;as pro<I utivas " . a
coborta pa.r.iJola à de ant " . omo 11omp~ e po i lvism o cioolista se gnndc lradjção realista hcgell na, r:1! .somente c,Ul exploni.ç!.o m to-
t forrn· imediata.mente em ra 'onali.5 o e cm idc:a.H.ftmo, a partir do d os crimes da burgu . , deserh e de unciadQ em certo nível, lo
momento em que faz pcraunt .finais e aa n:s nde. A hi tória i sis.t recuperados p~a ra 'onatid de da história em outro ofvel e, fin fme te,
~a cional u~metida. te:· dctenninadas. u princip is da qual desde posto que o-o ca:istt utro crll6rio, ju dficad0$. " A bi t6ria Wll ·rui
logo podemos deíl oir. O oon c.imtft o forma um !istama1 já pos.sufdo .não 6 o lusar da fclicidadc1' . dé a H oget
5(.\1 prinápio; exis e, é verdade, prógr so •• mnptô 'co ..' '', Jrul.S c.ste
6 a veriílcaç-Ao e: sptlmoramcnto de u.m núclso ~ólldo de verd des adqui~
p r"i riamc te co111.e l l t,lolrtt ~1 ~ .te clssst. p. 168), tas, ~IÜ1Ulde> t.&r •
r idas, a$ ' 1lc:i a dia éti " . Com:Jativamente, o t~6rico n tém sua po,. Wm o ffll dot filhos \lltu d o pa , ele · · ente <I • a ei:rtai u qw:
Sei mint ntc, u caráter primotdial - quRis.quer q e ~am i.nv • li' 111 . C11cs1cpon10 Jtl ~ i) vttdtld ·,.() çlrilo
~s da .. ,rvore verde da vida", rcf~acia, prática como vctl.fica~o d •• o 110 no o jovem l5um dil••
final ' 1• r. 11 tc: " A qvo:$\io de cto i!bjc:,lrV;'.t b nao é um 11
qu~tJo 1cc) · • mu 11ma q uesl~ srrát lra. N.1 _prática ar a ver-da·
&, ó11 ,:ja 11 ~ •quttn ~ 5Qbre , .
o,uto ponto, s,or , Lulr.a (1n H4t1Tin .,, cMUCtll'Ki! (/t da.r:rr), Aliá
0
cinde o a Rio• """'..,."'- sc1»0do p11umc;u
i ~di I os ri livro, · « ~ alo ucotá.J 11me lc:fumlv ó ll

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li m sdll (~póçi mc.llU: o ma111,11Cdto
d . Polt1 ~ e • lrfk/ogltt AllU11rTlltiC,, oe - o~
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q li 193 1. trosj;\ bevio ·11alado estt teiw:tl 1"4tlc:i pe. , denlf
li to), ela ate $Cl' jama i · \'li> do IJ<l(lt:IIMtlt
4~. · Capr1ul, , qun11tl .do•n de "c~cele:ntc'', d IC! u pecs l1JCn cn.c-on r\SlUa
ç:.!o " iroflM élo S o J>ctesbora:o, qec: UIII CUCI f I prob ·oc,a.
e pcc tt 11 1110 wt1 procc:sJO SJ. ,~ , • 11+ 11S; ed. 0c ode. r I◄
qUG li , d ll e.ia nieJll da l111c:nç~p do, ho c-011cra.~ 4-, Corr~1lva ~ lo q ~a • E a.
rio e/, leJ, •OL J p. XÇtJ. Çf, cd. la PJ 556. Jd i.1 n,l()f'I\I tcmp"Te nQI dçri to• dot Jrar,de.1 çJAttiros do l!Mt.Í o pr~
$0. Eng ~~. eflit ll. 11•0 d.lllcr J)(IO Man) , ,ct11. l'a uc sig iJka . do '
q 1>: po - e 1) rw-ln tl di c:iecx:i ftelll mcsm o lí11 , 1•cinco o o o ca II as f ~s 11ois
das • · la9 em aaal. qi,aroni.a ~ 4 ode urn ~e e
l i. o i dél up1im~" ri.u ~~c.s,.prl -i;lo mente no Anf/. /)fj}jrlffl . t~iaque GAria ccmt d egul111A1.. 1lÍI o
uioobr1; na ç e> <l!sir n o e cn-.erg 11h o e que csl.6 CDfll~di.ç, evld~IA> soçJcllád:ê. n unea IJ!illn lkaell l 111 qu,;
e m tCkl. "dl e lb"1• rueinin~pam con ll!;f''. (Ma~. Ptd e d 'f m,.o:so-
:ll.. • kclc:$ IIIOSU(>IJ rnul~ ad- lll!dammt e IJII a prAtl · , t I e o nacJs 11 e111n1di , 0 11 mk poli r(~, J,;., p. 6) wc, l1C lidltct.v, ..csqu i s e: ot o
e
scj , c:omo .. n at 1ude P.tóprla • ind 'Jtria e à e~pctlR1t11t <i• "o comporta ~n.to mais • mo 1t1 .10 tnba o

72
Vê.rias V1!Zes p.:rguntoU•$C corno os n, rxi ta tinha podid er .,:, • u ~t con p o é verda ei e p r anto deit ne o q11e deve ~cr fe- to ~ o
üoistas. Mas se os pauõcs s o ogrcssi tas, contanto que con~truam que trabalhadorts fucm só v· lc enquanto est; de ac rdo com Í$!IO;
fábrica , çomo não o sainm eomis :1rios c:on.stnri_ndo t to e. atém ·!' ''? nilo é a tw a que pode.ri ser confirmada o u I limrnda, pois o eritéri
Quanto c!HCd em•olvirncnto d s íorÇ . produuv • ê unívoc e umvo• tá n · a., são o trabalh dores qu most m _ç lcanç. ram "a on~tii:ncia
camcncc det cm1 nado peJo csl do da écnica. ó existe wn 6cníca num ·1 de $CUS inle sscs hi tôricos· • , 1 indo de <)rdo com as p livras de o cm
d" rmload otapa, !Ó exisct tambi:m, portamo, um út 'c~ conjunto ra-• m a te ria nas cirçu,utãnci.J s1. Ou eu tão ntivid <leda
clon l e métodos de produç.'i. • N·o trat , não t~m sentido, té ar de- é u fator ht tóric.o autõnomCl ~ coador, t'.RSo n qual toda con-
s.en11olvet uma so.ci.ed de por ou ru viu que não "indl.l-$trializ.tç o'' - cep • o Utórlca só pQdc ser u elo no longo processo i: reaJit: ç o do
lermo apanmtcmcnte neutro, mas que linalmcn~ cn~ndrará todo seu p1Q.[eto rcvolucionâri ; ~1 pode, até mes o deve 11ir a ser penurbadu
conteúdo caplta ista. racio li.zaç.'io da produção é a racion lizaçio já em com, ü&l-ci ess ação, tc.orm en, o não dà a história por mc-
cri.ada pelo c pitallsmo, e sobcrani do ueconô ico'' em todo os se'.'t~ dpação e n, o se col ca mais como padrão do real, r't13S ceirn entr r ver-
dos do termo, a qui.ntificaçii.o, o pia o quo t ta homens e sua ativi- adeiramente na bis ória e ~ revira d e j u!Bada p r chi ". n t · o uun -
dades como variáveis casur veis. Re.1cion,hio !Ob o capitafrsmo a pa bém todo privil l histórico, todo "direito de primogenitura.. ê d nc.g •
1ir do momcoto·cm que csie não e nvo l\/C mais as forç· s produtivus e do à orgaami,9· o bascad M tcorfo,
só se ervc d~las p uma e pior-· ç!o cada vez. m is •• rasJtâri .. , o &$ç estatuto c-ngr· ndc,cjdo do Pa'ftido, cooseq lko.cia lndu itâvél da
tudo se torna progre , st s b 4 ''ditadu a do proleta ado". Esta tnllU- con epção clássica, encontra sua t.-ontnp r lda no uc ~ pe r d apa-
fotmaçio "dialética'' do ntido do taylor smo, por e empl , $erá CÃpll- r cias-, o C$ta u o diminu(do do protecuiado. S-c este lcm um papel hi •
au1da par Trocsk}' partir de 1!)19 ,., Pouco impor que ~t lwar;ão tõrico pd111!egiado, é porque mo classe exploT da, ele ó pode w, ülti•
d ·xe ubslsllr alguns probh~mas fllosóCico:i , jã que não vemos ~~ o ncs• , a iostânc-' lutar e l\ttll o cap !ismo e um ~ntido pnl,detctmio do
su condi>ç&s "infr -estruturas'' id~ntic po.ssarn s11steutar c:dtftetos so- pela teoria. também porque, colocado no â.m goda produ ·o capit •
ciais ,o ostos, que elA ta-mbém aão fd0lva alguns problemas reais, c:n- li constitui na SQCiedadc 1\ m ior for e qu~ "organ~ do, educ do,
qu nto 0$ opcrari s insutic:'enleme.nte m!'duros não comprceadaJ? adi- dlsclplinat'lo" por est pmdUÇão, '- o detentor por excelência desta di,scí•
fere qu~ cpar o ta,-lo ,mo do.s patrões e o do · UI.do soc1alista, plina r.i-Cioll{lt Elo \'ale não t nto como criador de nov· fonnr,s hi5tÔn•
também pouco importa. P aremos por tjma dos primelro:s COtll a ajuda cas, mas enquant matedalitaç o humana do p itivo c pitaJi ~. livre
d "dialét ", cal remos os s undos a 11ros de fu211. históda univer- dt seu n ~tivo; ele é ••força produUvan por e celênci , nad conle do
sal não é o lugar da .sutileza.
fi.n !mente, e cxi t uma teoria v dadeita da b tória, e há ti ,
que p a 1Ser b:stáculo o dcsenvolvimc t dns s produtivas. ro
racionalidade fu c;fonao o nas Is.as. é claro q\l.c a direção do des vol•
vin,ento dev,c s.er confiada aos especialistas d ta tcorl.a, ào ücnico des- J\Mlm, hi&tóri mait urna vez prod1afa algo dlftccntc daquilo que
ta rac:io Lidadc. O poder abs0Ju10 do artid - e, ao Partido, os " cori- pa.rccla 1er prep rado: ~ cobc:.rtu de um.a tcona revoluc;fonária, h· •
r, s da ciência m r.d s a-Je,i,lnista",. gundo 3 admirã . expressão criada -via- cons ituJdo e desenvolvido ai ,eologi de uma fi rca e d. uma r t •
por aU.n para uso próprlo - tem um es-tatuto filosófico: ele tem funda- ma soci;ll que ainda es v para nascer - a idcolo ia d burocracla.
me:nto racional multo 01 i verdadi:Jro nll "concepção teriuli. ta da b~~- e. impossível tc-ntar 'qui uma xpllcação do oasclrnento e da vitórl·
ótfa" do uc o idérías ~ K Uts y, r, om das pót Lenine, sobr1.1 "aio- deste e undo elcmtunto no rnarxism ; isso citigiria retomar a bis óna do
trodu o d e: n.sci&nel a socil)lista o pro e t1I riado elos il'ltel.ec u ais p · movimento operãri o e da sociedade capj sca de há um sécu 1 . Pooem-0
qucno-b.uTgues .. _ Se esta concepção é verdadeira, esse J)(X'ler d, ~ SIC
a !0lut o, toda democraeilí niio.p· S$a de uma conocssão à falibHida hu-
rn;in do di igcnl.é ou procedimento ped g6sko cuj.a do correi.as
somente ele· podem admfoi trnr. A altero tiva é, com efeito, absoluta. . Cnl 1'11çJII ç, f»la r~ rqu_e nte1 ..
nPI nii · aç o da lt p Pf do m e
Oe combaúvidá<le (10$ 1ub· . Da I do p os a•
... do «:npne .tpitn:ccm eo
,es ,~m e IQC)[Y<r
n <l i1I na e eo 11·

:n fot~ns produll s S<Jj' ler q11a010 d40 Ç()nccp~au j ell,ci.l A-Os n,, r•i ,1.n ~ n t lu r~t<> • •1n• pau , fll
ire 11io «>.i e 11ma rdnçll en
lll'OS" ~ · nenl é v· Ln lmpliciln x li u11tuc ·•&semi•
grcui•· l!l•" oJe um n, e l'H!> ou sdc l92J. Já- qu,e niio leu 11llhas
pr o foz. o ntt~ O.. u. Qoc, a, ambém cor dlescnrrilludo lC\111\ • J~
S&, T.-r,o, · rrit ,r C~mm 111Jt. cú 1 18, 11 lli, lo t1fti1
7 75
apena resumir brevemente o que n p rc:çe lerem sjdo os f to.-e decisi- lo que c:ru bela unidade nova se dl s lve. EI · e
vos. o dc5eovol,;lmeato do ma ismo mo teorí fct-Nc na tmosferll i • r uma dc.Krição li e; da rcalida - tc-
tcl«t sJ e filosôfic da se :unda metade do s.«ulo Xl~ esta rol domina- íllosofi e da ccon • decompõe-se e ab-
da, como hu outra oc da hístóri:i, pelo cicntifteismo e po uv1s- filo. on por um rtorn ia qu
mo, 1ti uníalmenle tn dos p acumula :lio de descoberc s cicntific s, iJcgftims d íllosoíia no t~r lno
0 verificação e:xpcrimcnl J, e sobrdudo pel primeira vez OCSUl es la d' lve porq e o que deve.ria ser a uni
"a apliCJ1J o racional cltn i à iadtis ·a·• . aparente onlpotêncin d ci na história real entre uma dou •
téçetJca era quotidiao mente " cmonstrada". tr ruformando• é rapida. xou morte de eu r ndador e um
mente a f cede palscs in eiro devido à cxtcn.s~o· d rcvolu o industria l· máximo, de cobcrt\lra .íd lôgica.
11 uilo qu n progr ~caioo nos par e hoje dia não soruent~ ros momentos ( mo cm 1917) ou z
ambl uo, l'tlil mc.smo indeterminado qw,ntó a sua Siigninca o s ai

1 ~
nA cmer 'a anda. A economia apnmm ava- e como e sê11c;ia d rela2
9 so ais e o prob m oõmiro como o problema cent J da soo e-
nilo ~ slmpl~. a pr. Is continuou
çào entr~ um atlvid e que se que
como o d rei o l re os revoluelon •
lema ciJl rei •
la efetiva, assi
pcnnaneec: lntei•
~de. O meio oíer~ la tanto os matetl • c;omo a forma p ra uma teoria
• .. · tfllca'' da soo'cdade e da. história; lc atê exigja e predetcrmjnav
omplamento as cat
uc tentamos dizct n
riu dominan t , o leitor q o mprecn u o
páginas u prtcedem, lam~n'I pmin crê
ro •
Se pode e: llr u a filosofia que seja diícrontc e mais do que filo-
soria. lsso inda precJ. ter demo tndo. Se p e cxisttr m litica
q ue scj difCN:11tc e mais do q e polltica, iss precisa ig !mente ser de·
que o!o podemos pen r e esses íatoJ'i forneçam" expllc:11 o•· do on.strado. e pode exisú.r m" un t' o da rcnexio e da a o. e C.'Sta refl •
destino do marxismo. O d tino do elemento revolucioná.rio no m ,xi • o e e t ayão, cm vez de parar O'$ quo s pr ticam e os outros, os con-
mo sõ íat exprimJt, A afvcl da ídeologla~, o d ino do movimento revo- duum Ju.n os cm dircç o de uma nova soe ed de. e:st uni·o inda est-4
1 iooãrio t6 ag ra na socicdad pltaJist.a.. Di2. uc o ma ,cJ.m dc- por $C1' íeita. inten ão u nlficaciio e1t t va presente na o rige.m do
po· de u_m *ulo transformou-11e gradu I en e numa i e losia ocu- marxismo. l permaneocu um imp incen • - por m m no~o
pando cu lugar na oclcdadc c1ti tente. e dizer lmplesmentc que o capi- contexto, cl coalm u . um ú I depois, a defi nir n t, reía.
talismo pôde m ntcr-:sc e mesmo eonsordar- e corno sistem . od 1, que
nio podemos conceber uma sociedade onde- 1e consolida 00111 o correr do
tempo o poder das cl.a$ses domina li! e onde, ~m I Jle m en e, vive e se Desde que se es tra a his óri nt dou j.
dc#flvotve um· teo ria revoluci n· ria. O de Lr d marxismo é indissociâ- nas filosóficas s cedem intcrmína D de saco •
Y l do devir da sociedade na qual elo viveu. panh fução da ' ades, i vime aJ cs •
se: de,;ir é lrrevcn!vcl o nl pode haver "re · uraçio" do rn· n i1v prc de todas · 11dcs fo ram
oe:m sua pureza oriainal, acm v lta à sua "metade boa" . Encontr mos d mi lo coan oü latente, cotr ,c osso-
ainda às veus ·•~anc_l s" sutis e cem s (que, de um modo era l jamaJs ei i til de cla:s cada ~z., vis ndo ldêía11
R ocupar· m de poliu , de perto ou loo e) para o q ls, espanto • ob i~aç!lo d eicdadc e do poder e ism cc ivos
rnootc tod • história b!Cqilcnte deve ser campreendid a partir do 6 s ' de forma subterrânea. impl a. não
~ los da j_uveat~de ~e Ma~ - e n '? e tcs tex tos de j i:-n ludc in terp ta• a uma aova lllosofia, que iria ondcr
d a pél tlt d hist6na ulle or. Assim d · querem manter II prctcn o de haviam de ado em er o. o o-
q1.1e o mandsmo "ultr p s u" a filosofia, uni fica do-a tanto com aná- vimcmo poUti r en õcs, num sociedade dilacor da
lise coacrct (cconõmi ·) da socied de., como com 11 prática, e que p r por um no o o m mo.
!nte, não ê mais e té m mo nuo~ fol um cspecul.aç-o ou um O marx ism • eu começo. uma exigcn ·a lnteiramen-
sutem1 teórico. ssa.s pi:ctensõc:s (que e apóiam numa ert ldlu de al- e n • va . união da. mosofia, da poU o mQvlmento rc 1 1 s5c
gumas ~ss cru do Marx e oo e. quecimcato de \Hms inlinitam nte e torada na socicdad nii seria a adi mas sim u íntc-
Bis oumer as), não siio .. fa] &$"; exi tem e a idéias germes q dis- s verdil.deira, um unidade upe r I C3 deste e nto
semos acima, são $0Jlclais. Mas o que ê prtciso cr niio é somcnl qu.: tri ser .transformado. Olosofia dl tra e mal.s do mo'.'.
es gernies fora!" co gelado. durante com no. . que, quando ult ra- .sofia. mah quo wn rerü ioda irn tê uma o dos p m
humt1.nos na id~ia ", na mcdid cm que Lraduziri 5 cxiafoci um
passamo o e ágio das lnsptraç(ie , d int uiçõcs., d in lcnções pro a -
mi1 cas - qu· ndo essas ld6l· devem cn · rnar-sc orn r- e · cume de um
pe amento Q':'º tenta c:nalob o mundo real, dM vidn uma ação qui-
·11:
nova poUll . polílicu pod• s r oum uando ~istem, n· te m nenhuma li - com a cri · • de uni:i nova
li! nica, mi\nlpul <;àCl. u1i li açf do de para íin-s p~nl~ lares, na m so ·c:dade. A burocracia domin ntc n~s orsanizaçõe~ op ias. e a que
dj -a cm que se tom se e pr são con ciCfltc d · aspira õi:& e d int impo nos :p;,.t s dlto.s por antifrase .. pcrários" e". ocialistas" reivm-
res!es d grande maiorh1 h mcns. A lut da cl:ts. o explorada podía djc paFn i o mílt;(ism , faze do dele a ideolo ia o rdal de regimes onde
s,:r maís do que um:t dcfe · oo in tcrc:$ partÍ<:<tilitres, nll mc:díd e que eKp}Ota o. pressão e a aliem ç o conllnuam . Es:sc:. m.irxi.$mo, ideO•
est d o vi:stJssc, atravts da supressão d sua cxplot:.1~. o, a supn::ssiio de logi of'idal de ~,dos ou credo d.s itas. de' 011 de: existir como tco a
lód.a e11pl ração, .urnvés de ua própria libeu o a libcr ç· o de todos e viv : .. marxi l " , qualq r qu s ti sua defini -o, ua facção u ó r
i t:iuraç o de u1 11 co tU'lidade hun111.oa - :t mais vada das idéí s abs~ especifica, s6 pr d cm. b ' dccêm s, oo mpi laço e e g lo · , que são o CS•
trall1$ :1 que · filosofia tt. icional inh podido ale nçar. cá.rolo da teoria . O marxismo est. morto eomo teori e qu ndo o ol a-
O mar. 5MO estabelecia as.sim o J)t Jeto de um· uni.ão da reílcxiio e m01S de rto con t t mos q e t11vc boas raz para trel'. Um ciclo
da a~o da mai elevada rcflcxao.: d a -o ma· quotidl- n.i . Ele e 1>e,. histôrl<: . pareoe, a l , t er sido conc luído.
lec:ia o projeto de uma união e1Hto os que r,r licam esta rellex .o e esta Entretanto, s problemas colo dos no inkio não foram ru.solvídos;
llÇ o e o utros,. da uprcs5àO d:i separ çõo e rc uma dite ou uma a• ao oon nlri fo ram-se er,riqucoc:nd co plicando imensamente. O
arda o a m íl da socicd de, Ele qul ver 110 dilaç r mcnto e nas con- oonOitos que dHa~ram socic-dadc nto foram, per , longe diS$o. O
lradiçõc:$ mundo atual. mais do que um reedição d.t eterna incoerên- que a contes ção da sociedade p ra os que nela vh·cm adqul., por- u
ciíl das $0CÍedadcs hum nas, ele quis s.obrct do ]D_.e, d.i:$so outra coisa. te po e cm lguns p e • formas mais Lan·ares e ma fràgrm:madas. o.lo
E!c pediu que se visse n oontcsl o da odedadc p,elos homens que aela impede que o pro le da organização d sociédadc cja stabelc ·do
vlvêm, m do que um r to bruto ou orna fat~lidad~os rimeiros bal u- nos fa o e pela própria socil'd de. Hoje, como ná cem ano , e ao contr ,.
cios da lln ungem d sociedade J\rturn. V ou a tra ~ l'maçlio consciente ri o de rn iJ anos atr os que 11allam a q!Je$ti\o soei· 1 não são retorm ado•
da socJedade pda .iuv dade autônoma d homens ~ j s l uação r~l lcva n:s q ucrc:ndo i-mpor suas obs õcs urna h uma o.idade guc n o pediu su
a lutar- contra el ; e viu est trao fomt çio não como uma explo:woa:g • opiniã ; n da m I fazem do q e se m~e cm um debate inln terrupto,
aem como uma prãtk.a empf ca, m como úm pruts rCYol cion~rfa., prolon ar e c.xplicit as prc:Oc'1pações de setor,cs inteiros d popul o.
como uma tlvldade coa CÍ'll11 tc que 1:crmaaocc Jú.d d q wm to a si mé disoutir sobn: um pl'(lblema q e e m tido oon '3ntcmeow er aberto pc•
não se alienando c:-m urna nova .. ldeolo ·a••. lo reri rmismo p-ermaneote das próprlas classes dominant . Se assim 6
Esta n va exig!ncia fo i o que o mardsmo ro 1u: de mais profond e não é somente porque I'! exploração. alienação e a opress-o e nlln u m;
mo~ dur'vcl. F oi e-la, que, efetivamente, foz do mar~ismo algo rnai do é q e cooHnuam r'l o sendo ;u;eitas sem mai!I e., so retudo, p orque, pda
que O\llt . ~cola lil0$6 1 ou um outro partid pol[tiQO. l'! d que. no primeirn vez na bl lória, nli o mais a crtamcntc defendida por D n_.
plaao das idéias, ju l.lflca que falemos a inda do marxism hoje em dia, guém . Mas a ess.c roblema niven lmente reoonhcçid , ninguém mais-
oba ndo-aos m mo a fazê-lo. O s-implc:s fato de que ta cxig~cia- t • prc:tendi, d rr-e posta . polh.ica não eix.ou de se.ruma manl ui ção que
alia apareci-do num dado mom to d hUória 6 cm i imensa.mentes] nr• e dcnunci por í .csma, j q e oontinua scndo II p rocura por camadas
fie:itivo. Poi , st n!lo é verdade que " h manidade · coloca proble- partieuJarc:-:., de suas fin d dcs particulares, so m ~ do inter~
mas o p-cxle rc:.sol er'', cm compenução o fã10 de que um no o probJc,. geral e pcJ utili o de u111 Instrumento de natu~u unive al, o Esta•
ma venha l\ ser colocado I duz modificaçõu im pot f\lcs nas pt' ru n dc- do. O universo da teoria estft, mais do que nuncà, prob cmatl:mdo e frng-
zu da existência buman • , igualmente, de um il imensa signl cãç o que mm ado e a 61osofia.. se lnd.a não n<cu, niio ousa m is manter SU'.\S
o marx_i$n o enba pod do, de um oorta me.aeir.i. e por aJ •u tempo TC.I • preten ôés de ou tcmp , ru'lo cstand , Hás, em condioõ , definir
li r su intc o, não permanecendo lmples teori,.• unindo- a moví- para si um nóVO papel. nem de dizer o que é e o que v' a.
men o operá ·o que luta a contr o pit · mo, a pon de tomar-se, condições qoe orlaín m aov exigência do mar i mo, não so•
dur:in e muit tcmp~ e cm muitos í, • indistln uC d dllque lo. mente não desaparece m, mas cxacetb ram e est exigência cofoca•se
M 1>:ita nós que vl\icrno agora. ó ur ra das promessas cedeu lu- para n6 em termo muito mais agudos que há um lculo. P t~m temas
gat à c1 ridade plen dos problema . O movimenfo operário está, sem e~- -' om t am 6m a c:it.pérlhlcia de: um s6culo, que p1m!ce ti-l a cntt vado.
cccão, em todo lugar. Integralmente bur ra • do e ~ "objetivos", Como se d.w rnterpr ~r es. e fai o? 01110 do,•e 5éf comprcendlda esta
dupla booelusão. ou eja. que cs exigêrlc:ia JM!.teça coostantc:m~nte s-
rgir da realidade que a ellp1:.tlênda d oru LTe CJ e ola nllo póu1:J uu,u-
ter-~? O que ig.l'lifiC1111 decadêocia do rxismo, a dcgradaçfo d-o movi•
UJld rt,ell\ • •·M!p~ ~il 1Jwlu1n",w l~I qll ·tu (ClloiÕf.u ou rdi .c>- mento perário'I A que se dovt!m elas, o que traduten1'?ladic.un um desti-
sa.) ur· o '"º dign eu 111uis "obn:: se so v q com o tem J)<)dc szt
no in~ tâ.vcl de toda toori.l, todo movimento revolucionário? A.ssin1
·1e iní:ur~c·• ( ytm,fropwl'lf, de 800).
78 79
ç(> ó t impossivel lntcrp etâ•I como simples ocidente e querer recome- ccr, por6m wb urna forma freq cntem nlc mi.süfkada, como·· IOCá-
çar sobre s mcsm s ba~s-, pro.m etendo fazer I lbor de ta voz, igu:il• me< to das q é$tÕCS" ou sol - fict!cbt dos pro,btcm reais. /\ dialética
mente i impo.sdve ver, numa teoria e oum movtmentQ q e pr tendcmm devia delxar de ser a aucoprodu o do bsolu o, de i doravwtc i ncor-
m· d rad i lmentt wrsodahlstôri , masimple., aberra "o passagei- ponr relação entre aquc:Je qu.., pensa~ u objeto, tornar-se procura
ra. um estado de embriaguei oolstiV1 , inoxpHcáv~I n1as tran. itôria, a s a concret do vinculo misterioso en re o ln.gula.r e o uni11ersal n . hi:st6ria,
q • 1 no, nconl riamos feliz e tristcme te s6brl~. rc c:t0tu,r o se lido io plíc;i Q e o ntido c;xpl[cl to das ações humanas.
Por certo css.'l pe:rgll.11 as só ptidcm cr vcrdadcinuncntc ex. mi o.id as dcsv dar as .otrad.iç es que operam no real, ultrapas ar pcrpc wu1tcn-
no pi · oo da bistórl11 real: como e por q o movimento opcrà · fo.i con• te o q já cs.t • dadô e re sar de se . l.a Joccf como sistem finaJ Rm.,
duzido -até onde c:stâ agora, uai do a perspectivas at1.1 · is de m movi- p za tanto, diss.olvcr-se no indt mi.nado"· ua tarefa. $e1Ía não a de es-
monto rcvol clooário Este ngulo, inconlt$tAvclmcnte o m is importan- tabcJocer w:rdad etcrn , mas de pensa real P. se rcaJ, o n:al porc~•
~e., ão pio e se o nosso qui "· AquJ, devemos limitar• os a concluir nos- cclência, a his tória ora pc s,vcl enqu nto e a não cional em si ou pi;>
so e,c me da eoria marxist an Usando as q-uestÕC$ equJvalc:mtes no pi • con. trução divina, ma. o produto de o~sa própria atlvidade1 esta pró-
no das id~i s; quais foram atore propri mente leóriCQS ue conduzi- pria atividade oba lofiníta varcdado de suas formas. Mas que hist6rí
ram ã petrilicação e à decadência do m rxismo como ideologia? ob qu fosse pe sável, q e nio cs·tivcssi?rnOS presos cm umtl armad &h obscura
ç-oodiçõe podemos hoje sa fazor Q exigência<! e di:Cinimos acima, en- (malér10a 011. beoéfica, pouco l,nporta a cl$te retp«:ito). nio signifie~vá
camâ.-la num:. conco~o q e o!o çonünh3 maJs, d de o início, os gc-r- t do Ja csth1 e pcos.ado. " ogo qut compreendem ... qu< a tarefa
mcs de torrupção qye dot1m11in ram o es ino do marxlismo · ssim e loçada <J)at• a fi.loso ria n:'to é sen o esta, sa er, q e u.m dctc::rml-
• se iem:no, ter re ô teótioo - é por ccrt llm itado; e pelo próprio nado filó$0fo de e real' r o q e pode fazer somen~ toda a humlloidade
çont údo do que dltemos, ão~ trat maJs de estab.i eoc:r de: u a vez. em l'CU de e voM~nto progrcssi o, l()go que compc dem os Í$$0, tet•
por l das -um nova Lcoria - uma a mais - . m s r.í:n, e formular uma: c-on. m na tod · füosofl· no se tido at6 aqui d;tdo pala a·"·
·c:opçíto q11.e possa l,upirar um de e11vol im,mto Indefinido e, sobttW o , Esta in pltação ori~n ãria. correspo.ndJn tt rcalld· des e clal · na
que pn a animar e d rifica.r uma atividade cfe ·va - o que será, com o hislótl moderna . Ela ap.ucc.l.a c:o mo ;i con tu ,,o ' nevluível do acaba-
passar <J.o tempo-, o te. M n.ão e deve-, p<>r i11so, . beslimar ua im.por- me da fll fia c lá.uic:11 o ú fç0 meio de sair do imp sseao qt ai h via
lâm:i . e 2 eJCperiencia teórica só f"orma, sob determinado pont<;> de vis- Qbegado sua fqrnu1 mais e abo da, mais mplern. o he~liMismo. Tão
ta, uma parte d c11:pcri eia h. lóríca, e li ê, sob outro ponto de VISla, SW! logo ormulad ela ~ cnconu~va çom n cces. l ades o eorn 'gnifT a-
tra<luçã uase q uc int.eJral em ma ou ra ling~~; e l 6 aind ais ção maJ pro(u da do movi imlo ope -' rio nascente-. B;t antecipava - se
w:,rd dc:ir-0 em rolaçao a uma teoria Cómo o marxismo que nioddou a hir compre J> emas ma e o • nis co e tamcntc - o se cldo da doc:obc 3$ e
tórl real o s e dc::i~OiJ moldar por cl de tanta manei a~ . Falando d? ba- d srevir3voltas que marcanm o prekntcs1kuto; a füka contemporânea
lanço do ·marx.ismo o da pi;>ssibtl[dadc deu nova c-o,.cepção, 6 amda, assi como a orisc da personaliruu:I e moderna, • buroctatiz:a llo da ocfo-
de m anelra tra forma · • d a pcritncia eíeti va de um ~ ulo e pers dade im com o a psi oáfü6,
pectiva do p111.-sénte que íalam . Sabemos pcrf~t meaote qu.e-0s prob hs es as cr m apen sementes q t! n'"o dor m ínu . liturados
as q e nos prcocu.pam não podem ser rcso v1d0\S por ffléi0$ eó, cos, dtl$de soa origem e-0r11 elcm ntO<S de inspira.ç o con ia", a 001:1 cões
ma sabem , tam b~m, qne ão o $e rio som 1.1 a el cJ d ção d as idé1a~. A míticas ou fant:1.sil s (o homem o mun ista como ..li mem local''. <> quti
revol oão socialista, tal e mo a vemos, é irnpossivcl em a 111.cidez_, o quo 6 01ai5 um vez o Absolut-0.Sujcil de Htg 1baixado de se p~d tal e an•
oão e:xcJui, ma ·10 c.onuário ex.rge, a lucidei. da lucidez em rel.3,ç o a si <1.ando sobre a te t· ), dcs deiiwv m Indefinidos ou cnco.briam pro· lemas
mc:sma, ou sej , o·reconhccime o pela I ddcz de $CUS pl"óprios limíie~. essenct.i· . Sobretu o , a q1,1e:r.tão central para uma cá/ <;011cc:pção: · da r
it1$pira o originária do m:m:ismo vi va sobropuJar a al' é:naç-!.o
d homem nos p roduto de s,ua a tivid.ade tcórlç e o que cb mou de- t.2. q cn d~ ínlo n~írfto diq ,r.il p,ilo j o"Cm H~cl • enu ra lhos
pois de "rep · o do to ao pcnsami:nto" <J., Tratava-se de reitltegrar o q11t Mar dçxonh.ecio -, cl!)ÍI ilo Q t· do1apar u, do dn CIWI r•
teórir;o na práúc:i histórica, à qual na ve«h1de jamais deíxsra de pertcn• o da dialE1ic.i tittcma. Ã F,l,w-111tncJ ( l 806- IR071 usl ..l11 o 0 11ttl\l
pussnecm
6). l", fr~;,INtr/t ( o.
di (1338 mpc•h: quq m fflil! 011-
• bns da ~ la ridad'c Marx e q l<>J (la e COll!i•
60, C L't"f'trlflr« du i r,ni,...mtil1 dt li"/', / L 2. 11u.am a irupiuç. ori.smâ r dí> ~n
6 1. , Frcsid, Ciit<» rsiao ics:, 1). 2S8, 64, li /'fdi, 1111.ft a/1,,, .#41, (184~- ISA6}. deles eni " ~,ic

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lação ~ntrc tc:óri o e o p · t icQ, continuava tornlmcn tc obs ura .. Ao se m r~afülade ô~ ac;-ào dos homea , i o ún,1;0 1 gar rtdc u ides s e
l t ta de int.crprct.ir , m s stm de I r- nsformaro 1,Jt1do'', o c;l;1 r -o oíu ·1n - projetos p d cm ad uM r u \ n=rda dcir; ~gnifit ção. O v ·I 10 mons, r de
tc d t frn não C$Cln roc a f ac- oc: nt rc inturprcta iio i.: transft,rtnaç o. um;1 mosófi3 racio nalista•rn Lcm lis reapárece e s • í1np~. p1oclam,tr1-
e fato, 11 íl nnav~ •~ea m ioria das V't.cC:~ q ue· 1eori11 é.só i~eolo i;1, ,. bfi- do qu tµdo () que é~ 'ma téri . "e que m têria é irueir:i.mente" otio-
,n e-· o, e mpcns.i · o (o que~rl a ío rteménlc rc,ei a<l o eni seguid , quan • n!ll" porque regida pelu "lcis dt• dl dé tica •. que, ,1liãs, ' .\ u t os.
do fez da t~ ri a in_si ncia e a gantntia s.uprc:mas). ', lmctrlcam me, Qu se nem é ne«ssário indic r qu~ esta concepçio sô ()odcri ; e o-
a pt i.s permaae um pa f11v cuja sí_gnificttÇ nada dctennin, vu dlcioo ruma p rilkaç:ão teóricii completa . No horiw nte de um ]$t ema
nem tscfan:da. as.sl mfoch do-cq efazia e ufechamento, o,m otertpo, prova
elabora~· o do .ntarxi sob forma iis.tem lica t l'I OU ,1 dir • ti a co,ucqCli:nc ia da ACQC'Ssidnde dt: pass.i r um~ outra K histórica -,
oposta, de anaira q e. fi nulmc.otc, o rn r:ids mo onstitufd cm teoria (e ue pode.ri b.n V1ll eniio trabalhos de apLica - , mai u me os éOtrcto ,
nós niio c ntendemos por i&so as vetsõc dos vul ariz do es, q11e ossuem complementos, ais ou enos brilhant '! S pr«i tambc,l p i:.mb_rar
ertAmcnt.e • tam m el um gr· ndc imp rt nci.a h ist6rica, m, ~.x .ta• que el collduz i ta lmcn e uma p lítica r donàlisl~·burocnhlca. Re ,
mente m_s ob rns mesus.s dt M rit e 11gds e sua ma,u dade), o manei • sumindo. se c-nste Saber b oi o concurnenu: hlst6 a, o autô no-
m que preci mente protendt: fc>tnecc:r res,p ostas , pro blcmtas que cnu• ma dl)S homens não tem mal$ nenhum sen ido (e.a sen,. qunndo ui to,
,ncráv mos h pouco. situa~e nos llnllpodas desta inspi cão ori inAtia, um dos di.síatces dá Úéia da razio)· fica, por çonsegufo te, par<1 q uclc:s
Este manei mo cm u essênci:1 não é rnllis que um o bjcti i$mo cient t qu.o estão inve lido s dcs e iutber, déclc:fir·qu ii os elos m. is eficazes e
complet do por "'ma filoso fia r a onalist . ós tea amos mostr -lo o· s m Is r · pidos p t'll chega ao objctívo. A a.çâ política to na-se uma o
p rtcs p~cedentic:$ ffltc té~to. S6 querem . aqui lembrar a · uns po nto, t,fontoo, diferenças u a .separam d11 o utra têc:nica o.. o são de princf·
~nciaís. pio, mas de 8 au (lacunas de ,abor im;ótlt';za d lnform cão etc.). Inver•
N lcor'· rnar;tis cabada, o qut' de etia s~ 11 0 início~ dcscrlçio sarnente, 11 prática e dominsação das atmad . b uro nl.d t:a$ que invocam
criticar da econom ia capitalistu, tom • SC rupi ·;imeote . tent tiva de ,c:\pli- o rnar icSlllO, cncor,trar11m nele o melhor "e m lemeoto solene de justili-
car e la economia pelo fu ncion amento de l~ls inde endentc:s d a - o d ~ ca~.~o", a elhor cobcrturi\ dc:ológi , O csvaziamcmw do quotídi.tno e
bo cns, ,grupos ou d· es. estabde ida uma " conétll)Clló m terinlis t do concrct ll .s da lovoc.açiio dos amanbãs gatantidos pcfo entid
da hl tó ri '\ uc prcténdc e:Jtpliccar a estrutura e funcionamento e cud.a d.a históti ; au.Jora iio d~ "efictcncla" cd •· racion · Jização"capi · listas;
so icdado a partir do estado da. tcenlca. e II p ssagem de um,t s.ocicd du · a êníase 11S1'1agad ra colocada sobre o desenvolvimento d $ forcas pro,.
o t pela cvoluc;.io dcs a r:nesm tilcníca. Postul -se assim um oonnec· duttvas., q e dirigiria o. e tantc-; s aspectos e mil outro da ideologijl
coto nerf. ' to de dlrelto, nd uirido oni 11.c:.u prl · lpio, dtt tod· a hislóri rocràtica derivam dirc: .unente d objeth1 mo e pro r i.sm mar-
mm orrid, uc revefaria Rmpre, --em úJtim a .. 1'áliho'' , a ação d mes- xí l:l , .
m eis o ·' tivas. Os homens, porta nto. não fa7.e u história mm.is do ..z;cndo o marxismo a ldes lo io ~feti d a burocracia, a cvotu ão
que os plane s " f zern" u s reVóluç!,es, ~o "feitos" porcl • ou me lb r, hi. tórica tirou iodo o sentido d, questão d.e saber se um.a corr o, um
os dois siio feitos por outra isa - um Dinlótlca <la t, · t6ri.t uc produ reforma., u ma revisão, ma n:llílcação podcri,..m devolver :.o m llismo
as formas de sociédade e: sua u.peraeão ncccsstria, g ra.nte ·eu movimlj::,- e-e,1 c:ar• t do foic·o, f.· :ndo nov mcnl4 dele uma teoria rcvotucio ~ria.
to p,ogrc vo asoendon tc e pa~m tinaJ, at vê· de um lo nga ali Porque hist6rill mostr os fato o que a análise ~córica rnoslra, por s
n o. da humanid· ao u nismo. te comunismo não é m i ..o mo- lado, n idêio~ que o , is em4 ma.rllist par "cfpa da cultu . capitalis ,
\'Ímento real que: suprime o esta do de: co isas éllrMent c' '. elesc t i ocia e t10 ~cn1ido m s mpto do tcro,o, qué é po1 hsurdo quer, r fazer dele o
l.rC a Idéia e umas iedad1: fu lura (1 e.:, sucede:fé esta e um v. me.11to i t rumento da rev-O l ão. 1 $0 é absolutamente v:llido p ra o rnarxi mo
real que é simples mc:i u in me o , o qual tem ta nto paron csco in• ornado c;;omo sistema, como tod o. t
t,.eco roade que o sist ma aio 1
t~l'rt·O, cm ' "' C6tru1u,a e cm . ua vida eíctiv , com o qoo servir para re • co ple1amentc otc; q ue cncontrar,e mo com Cteq~ ' 3, no Ma~
fiz r quanto o martc:lo ou a bJgoma co 1 o produto q e ajudam a ta ri~
car. ilo se trata m ls de ransformar o muntlo. ao i11vbçe ioti::rprct á- lo.
Tr;1ta-sc de pr move, única í terprct çâo vc::rd dcirn do mu du, e
:l$Scgut que ele do'i'c e v,41 cr tr. n íorntlld no se 1ldo qut: .i u:oria dc,- Mcak 1unA u . u na dize q u<' 0.1cc, · monista ç ro a cond ·• o ou 1 ., ,-.r~
du'Z. li.o e: trat m ui$ de pra.d , mas e;,1.., l mente de pnitíca no sentido ~~ 11,c <m bo ro::ratita • que <I d ~ru; d (WIMClllO ,PCTàriu • "\kud,i" q c õdlO-C,
~~cJer('~ncudu M• rit. Cad;i .itiollcmSC'll ,,~ !. n.. du..u · ~pr . a lnll cia ddcm iu ,11
corrent do tet o, o sentido indu · ial ou poUtico v 1.lgar, ídéia d a veri- (li lcun. ,radiciu♦nn l <1c se p<'l'pm, no m.wi111 to ,~olUOIOn rio a s a idciOIO!ila di;
ficação pda " eitperim entnção o :i p a li industrial'' toma o lugar da• sem n o. La.mblm um pft ()~I upcçiti ,, e De~lll fd o m ;rr,.; o scr..;u t 1'0Cnl\lt ~
quilo que a j(itj de p xis p re se· , qu ar rdad hl. t6rica e não po~ ma $t?VÜ•n ,
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d.a mal ridade, u cm seus h r ciro_s, i êias ormul e que conti- te••. ~ ai[ t1 .;ão no ue J.í cmte, rio já criado~ é ne a ao do eonte\ld
n m a Inspiração vcrdadeiramecuc re olucionárla e nova do inicio. ma p oCundo do projeto· revolu 'onârio, a eliminaç-!o da atMdad real
as., ou levam s ess .s l<iéJ :i sê:rio, e elas det c:m o 1· a: ou nos do homen C'Omo fonte ltima de toda si ni.ficaçio, esquecim to da
p.rcndc aos a este idtimo, e enlão $ .is bela. f6rrnuJ t rn m-w orna- rev I çiio c:amo m dlficaç!o t"QdicaJ, da «>nomia como prlndpio su-
mentos: que só iservcm para justificar a indignação <!,a belas almas do premo; é a prete:ns o do ~dco as.sumir luçào dos problc1t1as da u~
marxi rno não oficial e tra o r.n11rxisrn .. vuJg,a.r" OlutaníU sl • Oe qu f. m.anidadc. Um teoria conduJd prctcnd dar rcspo tas ao qç,e só pode
que r forma, o que não pode fa,.er é querc.r jogar cm todas as p rçõcs . c:r r olvido; se é q é pode. pelo praxis histórica. Ela só pode, po s, fc.
ao me o tempo; pn:tendcr que Marx n· c.ra filósofo e-orno o u- cnar seu i, tema pré-escravizando os homen$ se scsquemu, subrnet-cn-
tros, i \.'oeand O Capíral co rc:oept.á Jlo do c[êo 'a rigorosa e o m vi- do-os. a suas e tcgori.as, ienorando a cti.l.ç.âo histórica mcm10 quaodo a
meato operário como verifica o de ua oona: ~o; mascarar o sentido glori.lica f! palavras. EI à6 pode ac:eiw.r o que /JO p II na h' lória, sic
real d degeRet.ic.;ão do movimento oper rio, apelando p r· 0$ mc~ojs- i o se apreserna corno ua oonti, aç º• do contrirlo ela o <:omb:atc - o
1nos e.e nõmicos que Cônduii rã.o, be ou mal, à supe ç~o da a lieraoção; que é a mane ramais cl 111 de exprimir a in cnçJ,o de parar a bistórh1 "',
e defender-~ contra a 11cusaç.. o de me . ismo rem«e.ndo um seu ído O sia.tema tcótlco fechado dev-c, obri tOrÍ.ll.meatc, col os ho-
obscur da e(X)nomia e· um filosofia do omcm 11 quais, afü , nãos o mens como bjctos passftOs de sua verdade teór[CJl, porque deve .s bme-
definidas em p te alguma. t!-los: euc passado ao qual ele mesmo csté ubsneti.do. Por um Lad o, i
que ele pe an«c, QU11$e que ineviUvclmcnte ~ cl bor-açâo e oÓndema-
çio da e:xperlinc:i Jlt adqultld "• que, tncsmo prove do um "novo", esse
O fu.tnlam r o fi!Oi fico d decnd 11cia novo é sempre ob lodos O$ Upcctos, ,~pet/Çt}o II um nivol q_ualql.tff,
uma "trartSformação linear•· do que jã aco-nte.ce11. Mas a tari.oprlocipal
J h alamo , várias ..-~ , que os fator,: qu.e ndicion· nun o pel.a qual uma teoria eondulda óé compatlvcl com um mundo meo.dal•
que nos ap rec:ecomo a de · d~nd· dom r: j mo, o' bandono de sua Jns- mt ce estAlico situa-so num nlv mais. pr fundo, o d estrutura c;ato
pjraçâo o igioária, d em ser procurados na hl ,oria r ai, que le são rial o u d euência lóglc~ de 11.m .si$~ema fechado. Como pod uma teo ·11
oonsu tancl· aos qu~ levaram à degenera - bu oer-âf do movimen- definir. e como teoria e mpleta, ~e não ool:oe4 relaçõ fütas e estâvei.s
to operário, e q e, cert modo, tra.duum os o stácuEo.1 qv.ase que in- que englobrun a totatl aru: do real, s.cm lacunas e sem rcslduos? Já ten&a-
trnn onfv is que opõem ao d cnvol Jmento Je um mo imen to revo- mo rnostrar que uma teoria da his16ria c.o,no a que o marxismo visa , 1
luciomi.rio, à sobtevavénciJJ e o rcn;isçimc to do apftalismo exatame.n lc
naquiJo qu o ooml>ate coo, o malor ardor. O que signifi e n o~
trata, p ra nó <ie proeu r a ori em da decadência num cr-ts tc.órico de
Marx. e d~tar a ic.lêía fa.ls que b· starla subs1huir pel* id-':ia verdadci•
0
66.. A ti"' dç moi o it.,rma ma ~ t " tt1~e11 tui.", um~
sistr.1ae de. t'il0100ÜD ,as de pr<>vt oral <;ueN:tldo con adir-l!IO c.ucn
ra para q e repar· - o ío , dai por dia te, incvlthel. lU cit ema •se tini ao ou-
:r., preci amen~. porq e o m 11do soclaJ e unitirio em seu dilaee- tro, ,A - p.ar us.
r· memQ, elCis~i: eqtllv11lênci s, as .it 1ud reais têm contra tidas teó- ,u :· ba lnsrriU>
ricas. O q e:, no JJIIOO teó :co. correspond à buro rettzaç o no plano n11m o cotio
re· I. deve ser coloc:ado em evidência di$ÇV lido orno tal, e, se não "rd'u- o,po : M ' preci-
sa= M! cfdo
do,,, pelo mén cscl. roci do em sua el'ação profunda om o mundo . tbs 'fltl,
que lhur, s combatemos. e: a rC\lolução soeis lisa.a é uma empreil · da eit.,
c:onsclente. temos al uma ond ao n ~séria, embor niío sufi ien1e, d 67. 111tprculocinplriioc, porffll ncç
todo n o com car,oeidade dQS M· bw dê l-O<lós o~m
14t<> cum o hl$Lótl Tf., ru 11!ànenic ou.l d:24 coto u
origen1 teórica d de~ ê ncia <lo m rxi mo. e uivalcnle ldc:oló• 1nodemu pr itt.iu de melhar o cio mau r-c>'Olu · r
co · dqiel1CfDÇ!o buroc ti,c;a do- rnovjmento • ope .rio do m ser pr • conLc1;1pordncn ou da anc. T 1
c:urndos na ttans~ rmaçi.o rápida ô nova eonoepçio cm um i 1cm te6• iulo
rico apcrfci ado e oomplet cm su lntenç• , na voh :10 concemplativo que
e liO e•pecuJ tivo mo modo prit)Cipal dn solução dos probJ cofo- llunuus m~ n.-
"c'áós" qu D
tlos p· ra a hum~ldade. dont em ,antido -
transformac· o d o.ti1,1/dadt! lcór!c tm s sr~mo teórico que se pre• do, por cumpto. Hc f'ilOf e,;
tende fcch;ido • a volta oo sen ti<l mal profundo d cuJt omin n• dG flu . . de, C1l pr.i po]il, -
8
um eiquc-ma e pile.ui o gcr-al que r;oloce. e1n evidénci 11, lds da e" 1 -a c:a.ç!o de um Hbt t adquirido num c!ominio dclimit do e com ,ris preci-
'1.llS so :edad , s p de se definida p stulando a l'el:lcões ~onst. ntes 05. A alicni.çãoé ciar<>, o con sistia a~ tcoriz.a.çilo, mas sim na uans for~
entre entidades as mc:s 1 s ç nstantes. ~ cl r . o mate.ri I hi tór ioo ao r1H1çiio desla teorização em b õluto. cm pretc S-o e n heoimcn\o ç.om pio-
qua l l se r~fcre. que elí.1 tem qué " explic,1t". êcmi cn cmcnlc ri ve1 • LO do ser nlstórico tanto como rdadoquanto como enddo ( mo rea-
ut;ivt:I, ÍHo ela reconhece de in icio. e é a primeit a proclamá lo. l\tas lldad emp(rica ê-0mo essên<:ia ,. J;\ vimos é eremo~ novamente que ste
c:sta v riabilid d , estu rnudanç: . o próprio objc1lv da teori assi con- pretenso conheci en,o completo S-6 p <Jc baseut num õcscô hecimen~
c1:bid;t, é de red rd-1 climiná-1..t~ logk.ime te, subn t •. l~s ao fum;iom1- Lo completo do que scj o tlistórioo. Ma, ,n b,o.seia, mbém, num dc:sco-
mcnto da mesma,, u,. vestia n Cenome:n I rn lt" cor deve ct te(! • nhcci coto co ple1·0 do que scj n vardadcir dimcn ão teórica; poi&,
da,p.i qucp ssamoscnfimpcl'cl'lbera ncia<lar Udade.quc ldcn.• _por u m dlalét:ic Q-VÍÕontc?, e que se ~ti u cem ve7.CS. n11 hbt6tf , é esta
tidade - mas c,vl 1!1ltcmente identidade i<ltnl, a ídencidade nus d s lels. lr nsfom,11~0 do teórico cm :bsólLttO que pode trazcr•lhc malo.r prajuj-
Isso p m necc vcrdadcir,o, m ' mo qLmndo reoonhecern os a varfa.billd:t. 1;0, csrnagan o•O S10 · pretensões que lé não pod reulizar. Somente uma
de s leis n m cic:n-0 n!vcl. Man diz, ~ razão, o fl o existem lcl:l <lern eolooaçlio cm seu luga r do .. leórioo" pode: res aunHo t m sua vord deir11
gráfic- cm gor l, que da tipo de ocicdude comp0rta sua demografia; o funçã e di.gnid de, as essa co l çit em seu lu ar do teórico é lnsepa-
o mc,mo v11le, na s ua onccpeão e na rcaHd.1d . para ·•1e1s ooonõmico ·" râvd da colocaç-o em lugar do pri1ic.o; SiOment~ em sUá relação cor•
de cad ·po e oci«iatle. Mas o a arc:cimcnto do su · tem dc:te.rmí- ~ta eles podem.. m e o utro, toro · t vcrd deiros.
nade> de !eis demogrclfica.s ou e ooómic s correspondendo à sodedadt
coo Jderada é crn si mcs1 o regulado cm definitivo pe.1 i.stema m.ris e•
ral de lei. que dete m;na m o. evo luçio d"3 hl tórfa. Pouco importa, a e!
respei to, se a tcori · cxtru.i s leis-, conscicm•c o u incon t;mtementc, do
passado. do prc ente oú mes mo de um íu1 uro que e la e , ~trói ou ' 'proj
ta". O q e eJ Yi~a é de qua lquçr forma um i1t1rmpoml, que é de ub . tAn-
d. Ideal. O tempo n e. mais p, r ela o e nos cnsit11) tanto noss ex
rlência macs direta co o a rcílcxiio mai:. de envolvida; res;sumac:ão p,er.
pétWl do novo na po osid.idc do $CT aqlillo que .iltcra id€ntico esmo
qu.110 o o deixa in tacto, é um m i:io n Iro de dcsenvolv mcnto, có d' · o
bst.ratu de coexistên~:ia s siva. mei de orden um pa sad e um f -
luto que-sr: prc pTcc:Jtl tiram a I mesmo:.. A n ssária duplã llus o da
teorfa fechada é de que o mundo jâ está felto desde cmpre e e possivol
pelo p~nss.rrten to. Mas a Idéia contnd d r vol ç· 6 q ue h manidadc
t diant~ e si um vcrd dciro porvlt. e q e e te porvir não é sim-plcs.-
mcnt~ para ser pen ado, mos para SC1 tito.
Es a transforma - o do marxiuno rn teoria ·'•bada ~• oorrtlnha em
si a morte de :.u t Íft!lpiraçiio revoludom\ Inicial. la gnifi vil uma
nova lienação no e pc:éulativo, pois uansformavtt a , tividatle teórica
vivu e1 t contempl o de 111 Ristema de ~ lações deu~rm in ad:as cm defini-
tivo~ ·la cootinhã, cm gcTme, ;i tr:uuíori:n ção d políti~ c_m téc:nica e e
m nipuhtçao burocrútlca, j ue a políti podi.l r da i em diar1tc a apU•

. ~ • Q11aooo íafamil$ de léorin ca~acb.. úo CllÍfiC<I ,.,, ~·ident~mcnre o Jr,. mo tco-


nti. P n se podemo~ ou n.no coco111 t urn. ~•s,c,sf~o $l$1émjtica .. comphla'·
I
pat:o (l t l~f)tl º' O
1u f u '• n vosostcma. Oquc i1n
lc 05. fl'ltlldlltt ' nnnm
• nomnt
i ftlC

fút:un , rt ~v.!lmetHe u ert.rut a 1tmJ:.n .


a Co»tnbt f~ ã fa t:rl llt! d~ ri m ta c om,
sua ccv1dtd~ llffla ,...,,... d.1 c;omo l,Jm
ovo.
81
n. TEORJA E PR JETO REVOLUClO RIO

t. PR;.XlS 2 PROJETO

11:lt e f1ier
Se o q e dizemos e ver de_ s:e n o somente conteud() cspccl
do marxismo como teoria ê ln ccit~vel, mas tamb!m a idéia de um.1 teo-
río c;omploc e definitiva 6 quiméri<:a e mj5tfücadora, podemQ a.inda fa.
tardo um a revolução socia.H.sla, ma 1er o projeto de uma ttaosíomll!Ção
diQI da oc ade? Uma evol o, como UAI o ma.ri( mo vl va ~
co o a q e continuamos vJ · o, n o será um ernprc dimento c0tt
c.i .nte? Não pre upOé ao mesmo temp o, um connecimenLQ racional dil
pre$eAte sociedade e o possibilid e de antecipar racio n l ente :sode,-
dade rut ura. Dizer e uma tran formação s 'iltis é po 'vele d ejã-
vet. niio é dlu:r q ue nosso b.:r efetivo da :.ociedadc at al arante e ta
possibilidade, que noss.o sabtt ntecipa o da soc:ii:4a e fu u Justi ftc·
a escolha'/ N ão existe, nos ~1ois càsos, relendo d possui • em pen-
samento, a or :r;ação soc ial, pt csentc e fu1 ura, com la lidJide cm
.i t , e ao m roo tempo u.m critério q _permite jula••las'l S brc o que
podemo$ fuo damentar tudo · so se oão e:( te e se ão pod$ ís ir ,,a
te 'a e nem mt o, por trás dest tcori , ma filos f1 da h. l~ria e d,1
sociedada?
sas pcrgun s, ess s ob·oçoes podem ~r rorm
V ente, sob êfo(s pontos de vi. l·1 dêa.motr11lrnc:ntc o
mente utilizam memi s premissas.
Par.t ú guns, cr(úca dBJS prl!lcnsas oerlezas s do m.-it L mo é l'o~~o- no oxue!'"~ oposto, consid1.mu urna tlvldadé "puramtn t~
intc c.~s1nte1 talvez ató vcl'dadei - porêtn inace lávc!, po Ql.lc des~r11iria r don~ I • Essa a.e apo1ana sobre u m saber- cu,ustivo u p,. ti mente
e ,novimcm to revol c·onário. omo e nce :!srio m.intê-lo, é pN: ' o • exaustivo ~e seu ?ºmini~ entendemos por pr ticamente e.~· u:Ulv q e
servar. a coúo custC1, 14 teoria, ace:írnnd-o eb 1~c!r suas pre tensões e: e igên- to~ q tsl~o crt1m:ntc para p · u e podendo einérgit o o domfoto
cia ou, e p-(:c;<~s.ário, prontos p fechar s Jh .. sena reaoluvel '· Em função de;ssc s ber e cm eonclusiio d clocínios
p, · outro , Y q_ue urna teoria t ol I n o pode a i.stir, é nec~ário que p~rmite, à ação se limitaria a rolo.:ar na r I dade meios dos tins
-abandon:.r o proj~~o re~•oluci n rio, a uaos q ja olo do, cm plc~ que "t"ll'. a c:stab:l~ccr l!.S causas que levariam os r ul~td d esejados..
na çon iç· o com seu CQnteudo, com n. vont· de ccg,1 de LransÍOrrtl t. ,1 Um tal l1 po de attVldade está aproximativamente rcaJfaado a:i )11 tórl t
tod custo, ume co1s I que não ç0l'l ht!cem O\S em outr· q • nheccmos a I ica 1• Aproxrma ivamcntc. porq e um saber exa ustivo n· o pode
mcoos ainda. ~ll l!r _(~m~ te fraEmentos de um tu.l nl:,cr) esmo no lníe or de um
Nos d is casos, pos u1.ado lmpHcito l! o mesmo; sem teoria t t,, 1, d on11010 1s olado, e porque o í sola mcn to dos omlniO$ j -t ai$ po e sct 06--
n!ÃO pode hih'Cr ação co,iscicnte. dois e os, a fa11tasf t. nq ~ '. Pod rnos reunir Só e t con h o de ''at idade racio nal" umn
sotu10 pét. nccc soberana. E nos dois , a me:sm inve s~ 1 ôn( qu nt,dade de ç o.s q u sem pcrtc çcrcm ii 1• nicn, n emjdo cst.ri 0 ,
e val rea e próduz. hom«n q1Je su prc cn<k e ac;âó ce>nccde de · to o dela e apr ox:imBm e q ue dllqul cm diante e obo remos também tr
prlrn do à teor-iA: crig em crit6fo S-Uprcrno a po,sibiUd dedc va r· des t mo. A, tivid, de repetitivo deu o er, rfo n c:1dcia de monta•
dar uma atividade rev lucionárli\, mas íaz epcndcr cs~ posstbitld..-d d gem; a sol uç3 de uma ecqu ão aJ êl:>rlCII do egundo !! u por aquele
nserva.çl'ie>, pelo me os a parente, de um teoria fi i iva . O füóso f que onbcce.$Ull (ónnula gc~r ; a derivação de novo:s teoremas atemâti•
que se p etende radical pcrm nlXc 11rifiio cjro d q e c-riciço : uma revo- e~ çom a aJu~a do formalismo º mecan izad o' de Hilbm; m ulto jogos
lução ,ons.c.ient<:., diz ele, pr~ suporia o aber b oluto: ct~ amente a u- s1m pJcs e e., s.ao exemplos da alivida dc téaika no se lido ;i.mp!o.
sente, ci i: perm neec. ind.i. 1 sim, mo a médlda ele nossos ato e <tt Ora, o usencl J d:1.$ _ll".ld:ule$ humanas não pode ~r capt do ntm
ffo.<il!a vld . como reflexo nem como técn . Nenhum fazer humano é n"o consc:I nt
as este p-0t 111lado de citamos q e, ao o d at•no mo~ nen~um podcna continuar nem po r u m segundo, se estabelcc e•
a esçol er entr-c . eometri o caos, entre o Saber bsoluto e o rcQcxo mos a ?XL! nda d m $3ber ox.au.,!I o prévio de uma toml clu c$1tç· o de
~go, entre e us e o primitivo, em 15 bjcçõcs m om-sc 11 ~ pu _ficção seu objeto e de. e modo de rnr. (. so 6 evidente ra a totalida e d s
deixando t.r.1capar tudo o que nos é e os suá para sempre dado, a eali- ~tividadcs :'triviais" que compõem a vida qu tidian , i dMd I o cole:
datle hum na, Nad e:> q ur:.li t4fflos, nada daq ilo ec:>m que a · o op - t1v ,- Mas isso é t mbém as.sim par · as atividades mais " levnd
mo ê da cspcde d.a transp,uincia intear.il, acm d:, comple~11 d rdcm mais pt~oas de c;onsegü ·ncfa, aquelas qut tnvolvcm diretamen te vida
m<> l!JCUlar. O n,undo histórico e humano (ou · a. salvo um ponto no in• d~º. lros bem como s que visam as iaçõcs m univer. 1.$ e mais du-
Utllto oomo d 20m os rn i..tmáticos, mundo ·•to l oourl..) é de uma •o u- • VelS,
tr ordem, em mesmo podemos cbam á•lo "o m I to'', pois n o &feito d
u a mistura: a ordem lOUll e a desordem tot l lJJo são componen tes o
n: 1. e sim ocmccitos limites que u traCmo , :i.n cs puról, construções 1c
tomadas absolutamente t-0rnam-sc iJf.gl im:u in~ntes, Elas perten•
cem a esse prolongam nt m[tico d mundo, ctiado pel.a til ofia h
lo te e cinco éculos, e do q al devem liv r-n , g.e qu~ M dC'ixar de
introduzir . nn q_u~ deve ser ensado nosso. próprios füntasmJS,
ô mundo bJStórico 6 o mund dofaur humn.no. {) faur está ~m~
pro cm rdaçiio com o bcr, mas c::sta laç-ão pttcisa s« el cidada.
a c;luddaçâo vamó:s apoiar-11<>:s sobre doí e e_mplos CÃ1rernos, dots ca•
• OIS limite.:,; a "ativid.ide flexa'' 'C il "t,cnica"
Podemos 11 derar u a ividad bu an •·pura.m n e reflexa",
a b poluw.m~nie ,i2n r.nn~ l!l'ltc. Tal atí Idade m1 tori , por Ôl!finição, ne-
nhuma lig i. t com 11m s ber gualqu . M s também é claro que niio
perteooe 110 d omlnio <la h' tórla '.

1 fl cl.u<1 q.u ' r: lan d.e :1 ti d.!s qu ull ~ m o ClCX'P(} dn suj eitD modiliça,içlD
90 91
uc:· r uma crian (quer c;omo aí ou tXlffiO pédug o), o e se dê$ ou daq ele ramo d matcm'licas é $imi vc:I uma tknic:a,
re,10 c;om um e n$Ciln a e uma lucidct cnafa ou imos g ndcs, mes ! pes ui.sa met(ffláll qu ndo se aprox.lma dos fund mentos ou das con-
por d~nn ção impoRsívcl que iss.o 11 ser íett o partjr d,e. uma e.lucida• s.eqlle.itcâss eurem s da d, ipJifia rovela sua c$Sêocia de fazer oào repou-
ç· o lOIOt do sor d crisnç e de. rei ç peda ógica. Q114ndo \Jm mMlco sando ,obre e huma certeza úfti a. A i ão d mat~m lica é um
ou, c:lhor a.ind • um A lista iJlicla m tratamento. pe m-os om pc- JlrO•e o qi.te a um a.nid ade pc: cgu.e desde mil!n[os e ao decurs-0 do qual
dir•lbc: 9 e, prevmmcntc, enquadro !;eU pacic e cm oonc:i:-ílos. uc a fírmeut elo rigor no lntcriot da discipllna tro e fpso facto wn Úloerto•
trace os dia ramas de s as e ruturti coníl ntcs, o dQC!lvol Jmcn o nt za a-~ccme l8JUO quanto aos fundamentos com quanto ao cotido des-
mrieurur do ttatame11to? AquJ, como no caso do ped.igogo, l la-a de ta a ividado '. Quanto à fls ca, nlo ê nem mesmo um fazer, é um Western
ulao be.m ifcr-ontc de uma ignor!nci provi5ória o de um sflêncio "te:ra- onde os golpe de t-e.a tro suced m num rit no OO!\ t ntemCfl e acelctA•
pêu,J ". doença e o do,ente não Jlo duas col , ctma contc:odo ou, do cl · J1do perplexos 06 próprios atores ue os dese.ncadeu m • .
ira ( ss m como o rurnro da crianç.1 nâo é uma ooi. contida n cols.a A teoria como tal é um fazer, a tctH tiva seJnptc incerta d reali r o
riança) cuj cssê: cln e rol çõcs rccíproe pode-r[ mos dcl'ioir, iob a pro· to de uma el ci~ão do mundo•. E isso vak igualment"' p~ra este
co dl iio de lnvcstig o majs comp c:.ta; eia 6 uma m ncira de. ter do forma s pren,;i ou extrema de teoria q e 6 11 ti osofi tc.ritati a de pensar
doente, e j vid~ ntc:ira, piwada e tamb6tn f'u ura, tá e jogo e 51gni• o mundo siem .saber em prev amc:ote, .nem poscer Ol'ente o mw,do é
fi ç-: o qual tiâo podemos fi.xar e cerr r cteoninado momento, cfctivamcn p,en.sávd, atm m mo o que pen~ significa atamente. é
p rquc e.la continua, e, assim, modilíc. as si í_ficaçõe p sadu. porisso, alhb, ue não é prcci5o '"ultrapassar filas fiucalluodo-a"'. A
sencu1J do t.r iamento, assim omo o C>5$00 1 da educação, corresponde filo fia está "ul~passad " desde uc "real ' · mos" o que oi é-: d
à própria rel1ç,ão q . e a~ irá es bdeou eotte o paciente e o médico, ou e rrtosofla,o cja.. ao mesmo tempo muho e mullO po co. " ll ap
e trc ll criaoçe e o ad\JJlo, e à evol o desta t•el çilo, que dependo d~ q e os" a filow11 - a saber; o.ão a esquecemo , ainda menos a dc:sprei.,:
um e outr-0 fariw , Nem ao pcdllS o, nem a médlco pede-se uma teot a mo . ma.~ a çolocamos em seu devido lugar - dca~ uc wmprccndetn05
oomp ta de u.a atividade, uc aliás eles seriam Encapa.u de fornecer q e oi ~ apenas um projeto, occcssátlo mas in erto quaoto a sua origem,
o diremos po isso que se irace de ativld dc:s CCB • que ed car uma seu alor e a d tino; não eiui.tamence urua aventura, ta.lv-ez, as :lo
cri•nQA ou tratar \1 doe.nlc Mlj jogar na role M s cxiglncias co uma part.id <le XAdfc:z também e ampouco realização da tt nspa,
as q~ais nos coníron,te. o fazer io de outr~ ordcm • . rê c;ia total do mundo para o sujeito e do s uJeit o para si mc:&m o. E se r1-
1=: âiuaJ e relaç· o às ootru.s mar\Jfesta de (az:ct h maoo, mdmo k)sofia II col r paea uma polltlca que se pretenclease mcmo
e.quclàs onde ól out nio csião explicitamon cdmplicados. onde o su- tempo, hkídn e radie 1, a prcllmlnnr de um rigor total pedindo-lhe que
jeito "isolado" encar uma 1'1.refa u um a obra "impes oal" . ão so- 5c furidamcntaaso int(!$ralm «: cm ru o, a política cstsfi no dlreico de
mente quan um ortls.t a come um.a obra, míls mesmo quàndo um au- respon<!C't•lhe; não t<ri. v espelhos em casa'/ u, então, sua tMdade
tor começa. um livro teórico, eles e n o s.1bc o que vai dlz.or - e sal:>(: co ~ste cm C5taboleed me<lid que v tem para os outfO mas pc
ainda meoo. que qu~rer6 diieJ. E n o é diferente par a atividade m is quais voce mesma é i.ncapa~ de medíMc1
"racionaf" de toda$. a ativldllde toórl . Dirl mos a ma que a utiliz.a.ção Em sum , se as t n.cas paukuJarc são "ativldacfc ra ·onaJs",
do formalismo de HUbert patil a dcriv io de cc o mod.o m«ioica de l6 nt-ca em (utilizamos íqui e ta paJav cm seu $e:11tido ~stri o e rrco-
novos tcorom é uma atividade tic i . M a tentativa de coo tituir te) aão o é absolu mcn s técn:i00$ perte<noem à téenjca. m a própria
este. íormitlisrno, errui mC!lf a, n:io é bsolut:\mentc um técni 1 mas in-
tcirtmootc um füzcr, uma alivid de co ente. mas que oão pode garan• 7. A iDCtt~. •ru mtrlto mçncn nos rqo.s, q11e11do ,;nco 1·1
tir racionalmente nem cus fu damc to , nem cus rcs U dos:: a rova. tito, tra r;lc Wl'I~ n.u:•~tt d,srum~ a ' ,.. pan
o samos di:ur, é que ela frocu.sou clamoro Mncnte 6 • Mais ge lme:n- canl....- C'lillllr~ do ~ço 0 ~ ptdoifo d0 CQJJr!O)
epticaç o de ult dos e m t o..s ••comprovados•• no interior ,. te tabdcccr Cftc ripr h1tci,ta \O'óu a f.
• ·a de q.-e 1'~• h feciorut do ma~ 6 J111iitil, para ll1»SO
propO!tito, ias. o tino di> t t:uin de
lillbcn. ncl <> il:l.r do mu'l'd<> da um" v,:z por todu
S. M • . çs,,arre, • ~cdi · lfal • per.a, • ftt;n ifi da G ,.., alhtriQJ-, MT W,Jt m .11 qffnr)
1(1•! q10 D :l@_ir Q() CIILCO" , e s iria 011n1.r, e mei e, de1 ~ r .
• r~ c,sfaa dafiaido 4ack pr cc,.. estio doi f p e m tido ""11,t fiirothfJ iruo; ~w.
po8 nç r· f' o.n a p.i como · cicr1• Mais uma lfct, a li 1/Ú p ~ u a ll lUlr.cUJ.
Q:", , Ollh1bro 1'168) p 7 • P.tra itmi j1ntillC1 o dci1t1 idéia, t "Lc m0tíd mo~ectt" (Tf'x.r.. ,.-r. • ◄- 1972.
6. q !vcl dl:ffl rcstrzr 11:lb--<ontn-ctl o d os, aJ p. l a 40) e ••sdcntt od me d ID1Ctrog•tl0.11 c,hil tqu<i" ( lo~tt UlfJll't'fmll.r-
im stiwl p proPQf ~ n!o ~ollh' · (GoiJcl, 193 1). Qrtarrwtt, vol. XVII, e,. 3 a 73) ,
92
uicmca n O e do do fnio do tfcnico. Em sua realidadcbjstó a êcnica mente ã tividade lécnlcu, p<>i-s C$I& tem r~l;,1, .io com um v01dud< ro fim.
ê urn projeto cujo se ido perma11ece incer o, e-, ru uro ob uro u li· um (ul'l que um e nm.
um fl finito e definido quc 11o<1e ~r e utbclecido
11 1 dadé i determin du, odo cvldct1tem ntc c1;3rc: q~é idéia de no mo um resultado nc~ân ólt ptov{i l, cm vista do ([U 1 escolha
tornar-mos "sc11ho se (t~suidor da aaturti na.o s 1 ifica rigorosa- d meios so reduz a uma quCllt:io d" cáktllo m i ou mc11os e. lo; com
n,e te nada. , este fim, os meio mio 1êm nenhumi l11çâo in terna, simplesmente uma
E.x:Jgit que o projol rcvol 1cl n.ário •·~ll fundados t uma t~orm lação de causa e efeito '.
mple<a, é por cons uirite der~ assim li r a potlll a uma l~nl , e as na pr íds a ulo omla d ouuos nfio ê um fim e , em jog
olo r seu domirtlo de a 'i o-a b1stóri - oom~ objt! o po.s:iivc~ de um.s~- de p uvr. , u 1 começo, tudo o q ue quiseTm s, mcnog um fim · ela não ê:
ber ae bAdó e al,l . Ivo . lrilr r tercstc rneloclmo ew e u1rd 1mpo~s1b1- ímita, nií delx· deílni r por um estado ou carnctcdstlc s quaisqu r.
rdad~ de um tal abcr p la imposs ibilid de de toda polJttea revolu~on • Exis rela ão intem entre o q u< é vísado (o de,onvolvimcnt da auto-
:1a ll'lci .1, e em úl im,. an · ~lse rej . itar utl Idades h~~ànas º,'!- h1 t9!'fn nomia) e aqullo por quo ele! vis do (o ollcrclcio duta a, tonomi ), são
em . ua tott,lidade, como '" ufic1enlcs s undo um standar fict,ic10. dois momentos d~ u n proces,o; fill!\lmGnte, dc~n oi endo•so n um coo-
Ma a politi a nlo é nem e ncretizaçiio e um Sabe ·1 soluto, ne ~n • tc:xto concn: que cof\didon.· e devendo levar cm 0on ''cleraçào a n:.dc
nem vontade ci:s.i 11 o se sa e bem de qu~ ela pc. enee um outro complcJta de rcl.i.ç~ u qu pt>tco rcm seu domin io, ri x·s jamai_s
~m!nio, o d az.er, e 11 esse modo especifico do faz.et q e ê a prúJcls. pode retlurlr a escoltla de ua maneira de operar a um simples câleufo•
niio que en~ fo muho comf)r do, mas p rquc, por deli i o. deixarl
Pr xis e prc.>Je,o escapar o fato r pri ci 1 - ~tonomia.
A pr· :<is ~. por certo, uma ativida c»nsclcn ~ 6 podendo tl
b~mamo.s de pr xis este füur no q y I outro u os outr $ o vi- M lucidez; m B ~ diference d pli çiio de um saber rc inlinar (n:
ado. como s1:rcs aul n mos e e 1uiderados como o aae nci al d podcndojus.ti•t r-scp a invoca ·odeumt I aber-oqucnão Jgnifiç-a
d,esenvolvirncnto de sua própri autonomia. A vcrôadcira pólhíca. ave:- que ela aiio possa justiJi.cur• ·). 1: ttpóis sobr-e um saber, m este é
•adcir ped gi·, e:r<lo~ira mcdicln , na mc:did· em que I um din semp~ fragmentário e provisório. É fr m~•tÚtio, porq ue ruio podo ha-
e . ,.
exisüram. pcttc:~cc-m a prll.ltrli, ver tcori C.\a~tivu do homem e da história; elo é provi< rio, porque a
, is e na pra is um or ftu.er. m· s esse por fç;1:r é espe(;(flco: é pt""..CÍ• própria praids faz surgir cónstantcmente um oovo saber, porque elafi o
rncn• 0 desenvolvlmc:n o d utonomi do outro u d0$ U! os (o q e mwu!o falar 11uma /inguag11m ao m sm() t mpo singular e ut1 r aJ. Ê pot
ão ! 0 caso d rclitçõ implcs.111erf\tc sso Is • .comó à m1zade ou o isso q e s · r la com a teoria, a verdadci teoria c::o.r-retameote có •
ª:i, r O de e IA autono, ia é rec:oohcdda p f m seu de!scnvolvimimto cebid·. s.io lníln iumentc mais Intimas e m· • prof~ndas do que d
n· 1:· o!ocad ç-o~o un, ?bjctl ~ parti,_, porque~ as relações ouo tem (\Ualquer tóçnica ou prática .. rigoro ameotc racion l" para 11 qual a tco-
ílnalld ct cMoôor e pr/1pr1 rclaçuo). Podcn rnos drzt:.T ra a p _ Is na não passa deu c::6 130 e pre~c çõcs mortas não podend nunca e11•
0 u,onornia d outro ou dos outro é, ao mc:ísm tempo, o_fim e o mt-10: oontrar o sentido d· uilo que t'ltja. A constituição paralela d,a prática
11 pra. is t aquilo que i a o deSCll\'Olvime~to da 11utono_m1 eo o fim_c e da teoria psic a,lítl~ por Freud, de 1886 ali s ;i mo te, forncc.cm pr •
tiliz 1111ar<t cs1e fii;' a utoo 1t1 i com meio. • ane1 de f3I ré co- vavel nlc . mclh r il tr ç;)o d ta dupla r - o. teoria não p<ldi~
m d , porque facilmcnl~ omprcensfvcl. as ela~· '1
or rMOl ra- stt dad ptevlameot pois ela emerge cor antemcnte da próp rfa vi-
l ntlo, uin abu o de linguagem, e L~T~~ •~ e meio · . ;ibs~lut mante clad lu ld.içâo e t nsfor ma ão do real progride , na pra3d.s, num
inad qu do ~ stc e; texto. praxis o pode i.er r_edllZldn um eM!Ue- condici n;imc:-nt tcclptoco. ~ 11x.auunente l dupl progressão qu e a
ma dê fin e de mel • O esq ema d fim e 06 meios p rtcnce _préél a-

9. -1-.1<ru Lrµ Lllt • , ou m.ci.o,i, ou -0m ç owlt-0 aJ,cmw:la,


() da · - · lido oo ruc. Ma.s dt so m,_1ue ~ d1: ·aha ~du, q~ k pordc nc.lcJ
fu1ll ela lobaoc!:o o ov- ~m v o qo um fi • eremos e ~"
t slilU llliCl1 um cr pre,·i~Olc vu e lx:
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in co cio o to - t te . Nossu i"'"1 • tiil\.-
1 .,,,, tv cum ,1~:1u.4'oc dlult- /tµlt'.,
~pr Lfto míhi lll 1Ium niiid.t- coatl nis pró ir u
do Jc1 flimr . oti xit.
9.S
j dfi Cllc;âO da p r xl ', Porê , na estru t ra lógica d o conj unto q ue fo r- permitir a a, t◊aomi de od , reconheccndc, qlle e I press põe uma
1'11 m, .i tlvld.adc pr-e cdc a el cida ; porqut, para a pra;i;is. a 61 tima tran$form çà radical da soei.e ade q ~. por S\la vez, só cr pOssíveJ
i stà eia I ão é a elucida , e sim à. transformação d dado 11 • pelo desd b ame lo da atividade u.t· noms dos homea .
Falamos do saber fragmentário e provisório e isso p ode dar im- C cordare:inos fa lmcnte { b con 1ção d verificá "o de I uma
pr ão de que o ·c:ncial 11 prUiS-(c de ~odo o r. ier) é ncg 1vo um pouca fuc, hís ória) gu um tal pollt" nun~ e1dsti até hoj e.
priv;1çiio ou um dcfü:iéncla com rcictlincl a uma outra sil ção que. omo e POT que poderia ela e~stir gora? Sobre o que poderia a polar !?
c-1 se ·a c:o plct , disporia de uma teori Cll s tiva ou do ber bso lu- respost. esta per unui · z rctor ar A discussão do própri con•
to Muc5ta apartnçia está t ada à IJnguagcm, subm&Lid uma ma ·,a teu do d o projf1tQ révoluc1onário, o ua 1! preclsame11 te a reorgan · -o e a
mth:41 r de< r o pro emas e '1ue cons1$tC em j ufgar ou cm p«nsar rtoricnt aç: o da soe ade pela aç o utõno rna dos omcn .
efet v segundo o l'ictfclo . Se e ·vcsscmos ocrtos de r compreendidos, O projeto é o clerncato d praxls (e de lod·1 ati ld.,dc). 1:: uma pra~is
.se 11ão tivé.s mo uc con ldcra o prec:onei:hos e prcssupo tos t ~ 6c.lerminada. co,i,idcrada cm s s ligaçõ com o real, na definição co
qllc d lo m os esplritos, t'e os rnal$ crflic • dlríamos simpl mente: mtizad de seus obj t ivo., na ~pec-1 ,caç o de suas media , t!: a iru.cn-
pruis a ln-se sobre sa cfetiv (Hmitad , t cl r , provi.sório, l ç o e uma Lra formação do ttsl,.JUiada l)OT um rcprcsc1nução d sen-
claro - como t udo u é íetfvo) n o tcrf mos sentido ncc,cssidudc de t.ld dcs ttansíorm. ção, te,v~ do ern con.sideração cond· e., reia e
t cr<:lleern • ndo urn.i. atividade lúdd , evide 1cmcntc, nao pod lnvo- :mimando uma tividadc.
~r O f. nta m de um aba ab5ol uto li sório. O que fun dament fJ js pre:d não confundir projeto e p ano . pia o c-0m:sp-ondc 110
oão ~ uma d ciência tem râ tla do nosso sa e . q ue pod ria se r pro- m mento 1"11/co de, uma aL vidadc, quan do C:óndiçôes objetivos, me
f mente reduzida; t alnd. men&.i ~ transíotmaçào d horizomc podem ser e são deter lnados "exat mCfltc", quando a ordenado reçi-
resente, do no saber cm limite absoluto 11 • A l uçidc:2 "relativa" da proc.\ dos melo e dos f1ns apol • so r~ um bc:uufi iente do domflllo
p,rhis nã<l ê um m J menor. a lgo n falta de coi.sa melhor - n o Sàmcole em q estão. ( esulta daí e cx.p ão "plano cconômioo" , con~~
porque um taJ ' melhor" .10 'existe em p-art 1 :guma. m .s p or ue d é nlc11te, 11, , i;onsthu:i, cor -etam n1e rata d<>. mau uso de lingu.i cm).
ou r-0 lado de !I a~ bst • ncia positiva: o próprio objct da praxi é o n • ~ pre<:1so ig almentcd isting projetoeativid.idc do" ujcito édeo"
vo, 0 u.e !'I e dcix rcdl.ll}r ao sim pl s de.e lque mat~rla liz.a.do de um a filos- lia ttadici nal. Esta é g iílda - e-orno o n avegad r pcl ttStrelA
c>rdcnt racio ai pr consth fd , em outros e os, o próp rio real e não polar, segundo a f mosa im · gcm de Kant - peta idcia de mornlidade.
um 1m rato e:st..vcl, li mi do e morto. m s enc:on tr.i•se ao mi::sm o. Le.m po_ uma di ncia ln fi ila d ta . E · te
. ta lu (dez "rei tiva" corresponde igual me te a um o H ro as péi;to pois n · O-cQiD incia p étua ertl e a allvi ade rcaJ de um je;i to l:tko
da praxis .também essencial; é g\le seu próprio $Ujcito ê transformado e a iMI moral. 30 mesmo tempo .:m q ue e ·te rei ção. Mas reta -o
coa.staatern te a p rlir de. 1.1 cxpc_r-iti:oci cm que está eng dado e ue e e pe anecc: equívoc11, p 1 · idéia 6 ao mesmo te p0 fim e uão-fitr1; fim.
/a-, nu, q_1,1~0/(U t mbêm. • pcdagoaossão ducado$", "o poem.tiaz porq e e la exprime Slll exccs o ou falla o que deveria r; não-fim , p-Or-
uu poeta'. E é óbvio que dai rcsuJtá ll!"'lª odific. e o conth_\Ua,
do e na forma, dar larào entre um
ruo-
cito e urn obJcto s quats n u11 ca po-
"º quc, por princlpj() aio 6 poss·vel que ela ja skDnça,d-11 o caliz.ad . Mas
o proj eto viNa sua re.t liuçlo como momento essencial. Se existe defasa-
dem . er d tnido de um vez t toda . gem cnL rcprese-ritação e rcal izn , es n· é de principio, ou melhor.
q11e tê agor11 charnamo.s politic11 foi qur&sc: sempre uma mistura provém de outra ç.atcgor s que n;.io a sepa ração e:nt rc "ideia" e "t~ali-
q1JBI a p arle d I man.ipuh!Ç"ão, q~ trata os homc11 <>mo coi as a p r- dadc'' . d se- reícte a ma nova mod.if1eaç!o tanto da -epreseMação
Üf <k s s propricdad • e de sua rea õ ~up,ostamenle conhecidas, ~ i como da realidade. O que é, a este r~pcito. o núcleo do projeto, é um
domlrrnnce. O que e:bam os politlc:i evolu ionária é uma praltl$ que s;e s Lido e um orienta-eão (em ire,ç:lo a) q e não .e deixa simplesmente
il como o · · o a OTganiu.r,:ão e a rient~ç. o da sociedade do modo .a fix.ir em "dtia.s cLar, e distlntu·• e q e ultrap ua a ró1>ri11 n:pn::scrmt-
cão do pr()'jcto tal cc>mo p cri.a sot fhada qu !quer montcnto.
Quando se trata de poli ti • a re<p ntaçao d trnasíonnação vl 11-
1 l'! tal ou <le ob$etv;,. -'o parec:,:c 4;aJ ln1ç,i1c que a lM• d , ~ defin ç;io dos objetivos. p e :m 1ir - C! deve ncc=ariamenic as•
u ré ~çCC!lc 110 lt'tltJIQ. l\iO 11u o rdem 16 ·e ·e. sumi , sob ce-rtas condÍçÕcS - form:i do pt()6roma. O rogr3.ma é uma
ri ci o do cxpvrimcmo só ! co11ercuzaç provisór dos obJ tivos o projeto q anco pontos eonsi-
m uns de ob- derado.s ~senciais n circun t:iocias d das, na medida em qu~ ua rcali•
1 a. me ·•p,-o do" zação pr v caria o u facltilJlr'in, pi)t ua prôprui dinâmiei; rulft11ção d
u •~011St:1:.n te" ••jny '")
e -" lbi p 1dassc u~ di11 , li• o~l ( su• conjunto. O pr rama é pen uma figur fragmenta,t e: prov· óría do
td.l), isso n 110d afet pra u t6ricu projeto. Os pro ramas p 8S m. o pr Jeto potma nc . Como em qual<Juer
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outro so, pode, '1 l!ilmcncc, correr dcc dfocia ~ degc e-raç-o do pro- ,s ur chimente papel do co sc:ien • mlo faz d · li açiio urn pesa<le l do
gr ma; o programa pode ~cr 1 111ado ~m m ao
luto, 3 atividade e os qu I cstarl mo · no ponto ~ icord e d históri an tc:rl rum infeltL ca-
homcn~ podem se-r alienados no pro m . h , cm i, nad,. prov· con- so? Hã ~ntido e postular uma modlítcaçào radical, não p_e egu1mos a
tr 11 n id ade o pro · m-1. ilU!. o de uma novaçiio ubsolu ? o haver-a, poT lrâs d' ·o Ludo, ur
as nos. o propósito aqui n - o ê ;t 1losofia d.i prática como t 1. acrn ou l filos.ofi da hi$lÓri ?
a elucidação do eo cclto do proJ« por I mesmo. Quciumos mostrar- a
pos~ bitidade ti explicar o sentido do pro·eto revolucion ri , com proj
10 de ttansformacão d s edade dtU 1 •m um.. 50 icd de organizad a e l, AlZES 00 P OJ ETO ltEVOI. ao Á RfO
orie,ntada oo sen ti do da autonomi de todos. odo cst l:ransC rmaçãQ As r11fzes odais d. pt'oj to re,·olucion rio
efetuada pel · ção ;1utõnom Idos b mcns tais com são produzi os pel
present sociedade 11 N~o pode existi tt:oria p~ fcita d ilstóri e idéi de a raciona-
Nem este, nem qW1lqu<1 outr discussio ê re-lt a pl.lrti r e uma ta- lidade total da históri é absurda. M história e socic.do.de JJ40. ão
bul.i rasa. O que diz, mos h Je ap<i·a• e, necessariamente, obre - e i.ll tamb1:tm irracio Is num e-ntído positivo. Já tentamo mos a_r que r' •
certamente poderia si ifi r, se rlào prest· os atenção: s e prende cm - çional e n:lo- ::,ional cruzam-~c on tan tcmente na rcalid de hi t ri.éa e
o que j& foi dho hl\ muito tempo, por o lro e por nós mum01. O c.o n - social, e é prccisam entç esse cru:z.amc:.nio que 6 con íç, o d ação.
to que dilaceram socleclade de hojt, e itracionalid e que e: om n ~ real b' órico llo ê ia tegr Lmeow e cxaustiv mente racional. Se o
scilaçào pcrpétu a dos lndivfdllos e das m $sas cr'llr,e u lu · e n__!lP~t ia, foue, r,ll.o h✓ v cria j mais um problema dofazf!f, pen t doj estaria dito.
incapacidade: do s' 1 ma e adap r-sc esta ou aqveJá: expen cnc1 d O fiw:r únplic que o Té I n o é 01.ihnentc racional, etc imt)llcs tumbêrn
rc11olu~c~ ssadas e quilo que é, do n o ponto de vist , linh e ele não ' tam p uco um c .. os que e mporta trlu, linha$ de for,
ceodo te que lig sena cume:$; as poss"bilidades e um,1 org,mluiçâo; 11 rvuras que delim tam o p~slvcl, o fat:tlvel , indl mo prová el, pc J.
claJista da oci~ade, e us.s modalidades na cnedid1t em ue podemos de- tem que a açi encontre pontos de apoio no dado Imediato.
ílni-las d de o - udo isso forçosarn ntc 1-'S á pre:ssup . to no que di- A simpl exi~tênda de sociedades ins.l tuldas é ufJcienLe par de-
V;:mos não 6 pos l cl retomá-1 aqu , Aqui ueremos wmente escfare- mons râ•lo. M junto çom s "razõ " de u esta iUdadc, 11 socied·1dê
Cér prineipaís q cstõe introduzidas pe cdti dom nismo e a rejcl- tu revela, .-nbém à nális~ su s fcnd llS e as linhas d~ for de s'uá C:M•
ç - o de S\IA an4H!IC do e pitat mo. e s ua teoria d hist ria, di: sua filoso-
fia gcra.l. e não há a •'tise econômica q e pos m tra tJUm m canis.- A d cussio obre a ~l odo dcto revoluciooârio com rea l d •
mo objetivo ao m~o tempo os fu ndam ntos d crise d sociedade at ual d deve 5er des.al ~ada do h:rteoo mel llsico d iru:lut:ibilld de hi lórica
e u forma nct:eScsàri- da s,ocled.ade fut uru, qu ·s podem -ser as bosc!> d do socialismo - o a iaelut billd de hi tórica d não-socialismo. Ela
projeto ré\/o luciortário na silUli -.o real. e de o ado poderem()S tir r quaJ- twe s er, para çomcçar, uma dis.cu ã o s_ot,~ a possibtlidadc de um
qu idéia so ou tr ociedade1 /\ c rftka do racionalismo não e. clui lra!lsform ç· o d· l«)cied de num detcrn1io3do seotjdo.
que pos •imos 1abc:leecr uma "dinami-ca rc olue:ion ária" d e lrutivá e Nós nos limitarem s aq ui II bordar 1a discu s o cm torno e dois
oonstru1l11a? Como pod,emõS C6tabelecer um projeto revohJ · on 'tio sem exempl " • ·
q crer captar ociedade prc ente, o sobretudo futur11 , como tota lrdade e esta ativid (jc wclal fundrun nt l qu to trabalJ10, e oas ,-. açrks
m Is afodll. 1 como totalidade rnc-ionnl , sem recair nus ·tad as qu aca b;1 9
de produção Or'tdc css~ tr.:i lho se efetu · . Q organiz:a o capl ÍSUI •P re-
mos de Indicar? Um voz qm: eliminamos u garantia d . •process obje- ta- e, desde inicio, eomo domi nada por uro coníllto cent 1. Os
lÍ\I ••• que ta? or qut: queremo., are olução - t' Q que IS hocnc n 11 tn1.balhadores só açcltam pcl· metade e executam, P.O..t · , hn dj er, com
quc-,edam? Porque seriam des capazes di sso e o proj 1D de o m revolu• 'uma 6 mão, s taret. . que lb sllo t rlbuíd s. s trabalb· d rc& niio po-
c;Ao soei lista ni" o impllc:i. idâi a de um "h mcm lotai" fu uro. de Yft1 su- dem p· icíp t efctívnme nle da, prodUÇllo e não pod~m die xar de artkl•
jei to ab t to, que b.ivfamos dcnua~i:ido? Que sigoífic:a exa tamen e U• par cln. d ireçã ,, o póde deixar de excluir os t b Ih dol"C$ da pr
onomla e atê que to ela ê r~ liuiv Tudo isw o aumenl desme• du ·o e cl· nlío pode cxclui•I . O nflito qu.c dj so res 11 a - ue é ao
m roo tenipo ueit n .. ' l;lltfe i en e o ex lantc;s o win A! ioriz: •
do", o seio d cadu. exocut r:u e e de cad dín ente - poderia ente-rrar-sc
I' , Is,-, gnuens• i,rna niv lt.1çlo <I~~ ITWI , 1rubo dora c lnrunPBdo doml 11 da
Ioda m ~d:a l'Iº" ul u ,obre cicdade e in o mio pl>lk1 d o-1 wn II da Lt h a·
d - robrc meios pe,:I<>, vida la!. tire o P'tJ/tT'1111fl' qt1~ ncr~ itD nas • ns,
1• e ~ ~ ltist r ,~ :tlu~ <IS ot,j ·1i YIIIS d llfflU 1:11 re• uc o • .-cr • 2 de s . u ll. ijlllllo 195 ► it.m ,·a, n i só de ser mi, t-0 pi, mol õlni&Dd-1)1 a
'"Sur 1c '4nv d soçiollsmc, li", re i WI! C'li çr d em 111 J#. sobr uol

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e encobrir-se se a próduçjo o.s csatátka e a téçnka ltlf'kada: porém 11 pat a comp eensio de m ai-anáe nllmero de outroo õmcno da ~çie- re
e paos o eeonómio c a tr osfor,n ç.ào t noló lca. aontln as revijortim• dado eontcmpotinca. Ern ma. cs fe.nõmenos são rticulad s e-.ntre si,
no c onst tc:mcnte. artic:ul dos com a trulu!'l funda mcnLal do p icar mo, articvtados com
/\. crise do cmpteencUmcnto cap tali ta apresenta v!rio outros · s- o res.ta1H1: da.s rolaç• sociais; e eles exprimem tlilO som4!tHc um nru o,
pec , ~ se só cc:msider ~ll\0$ os ostâg:iossu perio,cst po,d_eríam talvez mas ,,ma l dência no Senti do d solu ·o dcs~ eoaOito ~la realização
falar apenas de "disfuoçio buroc tiaa" . Porim na ti.s,e, no r do eh o do. gestão pcrària da produção, qual implica a clJ.mín ç o da buro ra-
dss oOcinas e dos cscrit6ríos, não se lrata d "dis( nção" , tra •Sei ,e. cia. Tom aqui na própria realidade soc:l.11, uma trutu.ra eonnitu~11·e
g lmentc d um co1tfli to que s;c exprime oum luta in~ntc, aluda q e rn. pr incipio ~e ~1 · o,
implfclt e velada. M ulto tetõ dos revotucionários, foram teóricos e pojs, um <lcscrição e u111S. ar,!lisc crltl
os prádoos c.apitaUstas que de cobrir sua exlsteoc· e gravida.de:. d e cuo, ums roi do p rojec revolucionário .
crcvendo-a corn:tamc,ne-, me mo se não chegar, m, naturalmcmtc.. dscon-, nem são 11crda.doi mcn e". s nossas" um I ido especllic(>, NMsa
e l1.1sões a ue es Jláfiso poderia conduzi-tos domi ados peJ idéia de tcori:zaçao só !&2. e oair cm seu Ioga, o que a .t<>cuniade diz já m11fto c011•
encontrar, todoc1Jsto, um "sol o"q uo c,· opertu.tb aordemcs •• jtlMlme:nte dela mesma em lodos os njufs. Sio dirigentes capita.li tas ou
mbc1 CC da. burocr t.as que se q e· am constantomêntc da opos'9[o do homc:n · são
Este c:onfli\ , esta I t· , possuem \Sma lógica e u a dinã.mica as SCl.1$ oci61ogos q ue a anefl.s m, qu é~istcm p ra dcsarm &• la, rei;Onbe-
quais emergem t • tcn dt c:ias: (ertdo a maior parto do tem po q ue isso ê impossf . ão os operários
- O s operá.rio$ orcani:um cm grupos mío rm i opon do uma que, quan<lc, oi a.mos mais de perto, combati:'lll oonst tcmen té a o rga-
..cont gestão" frumcntát[, o trab tho .\ estão ol'kl l cstabel«::ld
pelá di rcçlo. . ..
nii:ação e.xtstente dA pl'oducâo, ~mose ttd4>M>bem
demos , r con tente5 de haVé!r •·previst •• muiw tempo ante:i u conteúdo
º""
faz.em , , se po•
- n fase.q de«· e soei l, os operá o reivr.ndic m berta e dirot • d rcvoluçio hungara ••, aindl\ $Sim , o o invent mos (e o tamb6m
mente g ao da pro4 çio e tent m r,caJi:,.;;\.J (Rússia l91 7•19l , Cata- em rei ção à lugos. âvi4 oode o ro blcma estt pos o, tnda que de uma
lunha 19.36-1937, H ngri~ l9S6) ". m neira em g.rande 1)8rtc mis ifie11 d ), A própria s,ocicdadc f la su
Ess tend· a traduzem mesmo p obl a a ram _e pat&.CS e ele se nl1.m linguagem que qua:se em exi e uma l.nt<irprcta o". m
fuccs d.iferenles. A anáJj e das oondlçõcs da produção capicaU · mostr
q e ~as n o ão acident • , mas c:o ul>-sl,ao ai ao.\ carac;tçrcs mals pro-
fi ndos <le$ta arod ç o, las n ão cc,rr~g:fv~ls ou eli.minâvel por r-cíor-
11ft pc,dan.~ q~ .-sa~Jo: c;om.o fl() ~ch\05 englob:lr, ,o,'!,•
ma.s parcial do si 1ma, de vez que decorrem da relação capi lista f'u n- nç Atos tio dl ftlCS,;; i pé1 is duoclo,
d mental 'visão do cesso do tr· balho em u01 momento de direção t, tnf)11tena ~ da 0<ncn.J nos l!Jt ;Jo.s Um•
e em um ~o cato de. execuç ão .su. tentados por pól aociais diferentes. ,1o._ ~ & ,~voJIJÇI odas as rearu lbc.10dol O, , mos cf1b00$
o seniído que el 'cmcarmun defi ne, pata além do quadro da produç~o . h
r
t me q;u4ndo Pr d ximor o ••~o o do
ttmA .n.! ._, Hm todo o pcwo Ju~J dez lo,
um tlfX) de an in mia, d e lut e de s.up · o desta andnoml , essencial
apôs o suposto • ,
16. Afirmo11d n~rt!Mi d11 n.çào faria. dai cm dlan•
pu6Ji11 da lnd ao (S• .,. 8 .• n• 1
n ln L11 So...--lt.rl buM lqtM, 1,
14, Q ando d • 1111-se <:•idenmneate ele 16Jh e pa rcioauma• u n.4fücs rei
Atu6,i,ms. P aro o pr uçào, v<.r 1). M Lhê, " L'\ldnu, !o gudon Jl"los nu1;;ti:ut conare1o_1 trazidlm por operOlio• Cc cs.,e C'OBOlto,
011vrifr«••, S, aa dlA!t ou~r. E.d. de Min11lt, U!n.t.1111105 ehxidar s ,caçd.o ._ ll'atl« à 1oz sa Glllt.. l
Paris, l95~ ~111 195' IA de rcfonms.d.o • como "pn
aclo in l ' li!O' .. ( SJn, ~, l"nyat. 1 64, p. do d.e "M itir
e1 ~<-4- k•rs que a w:""1dt da m ~ ro1, -a Ja er os opetli•
s' \ « • do in ri~ .. E outr.u Jtl'I :vra1: caGStat:11 ola ld_..ud.rl a ,;,tão d.e
~, r o 1teonlo sua exf,11blcb 1 ou e.
QOl'lf lO de s. bit B- n ic ria d cnd~r um ponto ck -.ist& i11co
"Lo: que .1p.a• Se'bns, llio o ~ o pon1 La llos
t«C Õo OC)I)- q o•o pmtu1.cenam nm
~ clL~i rn a • ckm<M. n cii dixcr .tlsa -s orird1u!c1 e cntiO p ~
~o ccm ·tti io , rl!\'Ol11elonàrio lo •~ ida.-:!• ~ po101lar que
t s raç,O(;t jlcov o t•mpo lJUD• d« V's mcmbr0$: o dli,cmos d0$ aip lla w , u ~, e cOUil-,
UIIIA t O de eito a b3ixo ;a ~lo de CnJa de, a ' O p roble Cl\t~ ebe,r o
100
tor soclcdall , o 111 m is vit11Jrnen1e in ler~ do nesta c;rl
ue m esmo te- po, tor à- e clllr que o pro blema dit gestii. da cmprcs tiltra-
alêm disso, compreende grande aiorfa, comporta-se Ji,, uma
11 p s~a ampl mente a empresa e pt d ção ~ emete ao todo da .wcleda•
ue, ao cmpo, rmulitui o. crise e mostra ução 1 de; e que alqucr . oluçii d ssc pr blcma implica uma mud
ra e!it C'tl, con · - rga cscnl na : titudc dos homen s cm rr:1 cão ao tr coleti111dad
trói, oo bstituí-111 um, ção- - na g-es• s' oi r as questões dil m 10 li
Lilo da produção pelos pr el n c:irna o d do homc:n - que cxa mais adiante.
utono nio fllnd.lmental do 1,aba lh . la nO$ fcrece m segundo e)( o, crmiüodo clarecer
s e podem k - iti mamente fait:t não siio por- consc- ouu s do problc:ma.
g1,1in 10: a crise, de on de cxt u o? unta . m ~ror que n~o existe e cm pode CJti ti r teoria I temàtl•
e o opcrári , é verdadcirnm ·vel re:ilizã- ea da cconomi phallsta " · 1entat l'lla de- estabelecer t 1
'11 I'! :s-upondo q e eonsi m ma·· da 1coria e m o i nuência detorminruite que e c rcc obre u e ono•
ss(vcl. a gcslào pcrá.ria nii Implica a a llUtâ mi um fator nJo rcdut[vd ao econômico. a saber, a luta de d s t, ela.
choc· -se L rnbém, cm mo imp-0ssibll dade de cst l>elc-
Por m is d perto e rnais r<1rund. men e que I t1 o lha - c:er uma c:dida do íenõm •, e se prcs t_n m, no cn-
ião da cmpr pela colcti ld de do quo neJ t b n -o f: - n o. como gran dcz:as. l so um conhecimento d,e ccon -
ccr nenhum problema insupenhrtJ; ela mostra, ao e rio, a p - mia sej possivd, e que ela p no n\Í~e.-o de con !atacõ
cudc de eliminar um r~nde número de pro lemas :onstanlemcnre e de tendências ( brc q ente a d1scussllo pre sa estar
o f\Jncion e to da e resa hoje e dfa, provocando um bc o que:- co ncc:rn a u 1riaJizados. cs as constataçix
e ma dct oração, a1criais e humano , imensos". Mas, ao ão, ss-11 opinião; .
odutividadc do r b:Jlbo cresce num ritmo cm cekr çào; •Ja
com niio e vE o limite de e cre cimento.
d.. clcvaç- contínua do n(vel de vid~. começ:i as irglr ir-
ls,e (o 1\ crm ltU 11.nal ):
tual um problema de 11bso o do írut dcsta.p odutivid~d.c. ta~-
demos n o póDI de YÍI (.lê qu_~ to $ ma de s~turaçào e.la maiod das n CCMtd des 1rod1c1ona1s,
OI st;lo nlo ~ Ili (O. d corno sob forma de m uma parte cr mio-
scçlc u qu tem que nr i Jrg um O apitalJ 111 s oi fenômenos brica-
0111r •n t r todo tlca de n v · lpuloÇt,o dos consumidor o
ur14'>, i Íl ctln • . 10• viment '$lal U$" e :los :fal Li-
mar par1l,d · aq Scb~
fcr u Q nlv o, manulenç r,rcgos na-
• • OJO la crônico ou p M tamente c:ste e:i1p~·
<Jtc,ariado, qwt t dícnt tisfa it rn duas sol11(ões aparente : di-
., rigir cada vez r o n sentido da atisfa.ç•o dns
to "nccc dades cm suo d efinição eoonccp o plta.lis bem
encendido) - e dificilmen te compatível com a me t alidade
1 cconõmic· pr que é mola d sistema no Ocidente como la!'llbtm

Ili
. n Oriente (ta l polflica lmplicariB um r cimcn~ muh
•• mpost ~·• do que do salários); ou, en tão, introduzir u
pado do
o, cad
pcç 6ÇO SCS~IJ r v mais ripida. de 1em))<) de lTabalh que. no contexto ai, cer-
ili 'lU o tamente · • orme problc 1t n os dois sos. o na ba~.c
Í8 do fu nci do si tema.. ou ja, a motiv ç" e C1)orção cconôm1-
t R m
o ri n ~
~I o e1 o dido
pila}
w d1 c mos,.., e · 1~,1 r q1u, .,. n:1Jt0,~ 6 8 f •A
lfC'.
ne ct hl ,c:,fion vri rc" ~ M> t t Oe !i. menlO d •'iúuíS ~ 1t0q1alscs ~~<k,çnv •i•
e I collc tive" . S oot H. n• 37 e 38 (í111h0 e o u1al>r0 1 641
l01 10
e.as r,eoeberi.am um aolpe prov .!mente ir-repa Avel ' '· 1.ém disso, e c::s,. 1 çã.o com os CUSIOS, tan no Ocidcn onde prevak<:cm shuo. õcs oD-
tas oh,1çÕe$ são ''racional "do ponto de v Sta dos intcres d capitaU&- gop6licas, oomo na UR S, onde sc admite oficial~nte quc,o.\ ~ o
mo como t 1, eJ $ muito íteqUc:ntemcntc n· o o do do ponto de vista dos ,«:$sencislmente :ubhr ri ); utíliz ç· o de uma p rtc do produto e d re-
Jntcrcsscs ap:1;Çlfioos dot. gn1p capitaUsta e buroctAtECO$ domina te e cursos para fln que Só l&n sentido cm relação c.om a estrutura de çlasse
influcnles. Diz.cr que não existe para o capita.li m 1mpossibitid de bso- do sistemll (buroct'11cia de contr n empresa e for dela, cxbr ho, poli•
luta de sair da ltu ~ão que e cri atualment4. aiio significa que e ·sta a eia etc.). Por dcfin· o, 6 imposslvcl q ntl 1car esse deipetdlcio. Soció•
ccrtexa de que elualrá. A resis ani.a ob5tioada e at6 aqui vi torios· • ue logos do trabal~o ~.;lm ram, por ~ne:s. l?m. 50%, a perda de_ roduç .
os grupos doml1\1tntd-, nos tado.s Unidos. op5,c c;ontra a. a<J çâo de ckv d ao ptlmcuo JaLor que menaooam , <: que é sem dúvida o m:us
medidas que lh.cueruun lulares: à monto das despesas píibH · , maior Importante, bc:r, a não-parti \>.içuo dos trab lhadorc:s na produ · o.
••ajuda" aos país~ ubdcscnvo lvidos. redução do tempo de trabalho (q e aJO devêssemos diantar uma tttn· tiva poder(an, diz.cr que a p o<lu-
lhes pareoem o e mulo da e tr vagãncia, d dilttpídaçio e da lo ucu.n), çio atual dO:$ Estado nidos, deve ier d.a ordem de Ufl'l quarto, ou um
most que 1ut1.a crl éJtpl iva partir dcs evolu o é tão provt... el quinto, d q I q_ e iminaç· o de$scs diversos í~tor~ pemtiliri lin•
qu ,no uma nova rn ão pac!fl'Cll do capi alis.mo, alncta mais qu êsta gir m ito rapidamente (ou q e p(lcferl e obtidit c:om u qual'to do tra-
colocaria , tualmen e cm quest o, as:pectos da u1r turn social muito balho gas.to tualmen~).
mais imponantes d.o q~ 112:cnm, cm s époc:a, o New D41a/\ 11 mtfOc li· - nfit11, Urtlli análi.sc das POS i llidades que oferece a cotoe.o. ·o â
çao d economia diriglcu. e~ A automaç• progrid.e muito in is r-apid .• dispos·ção da socied dé<, organiza.diã oon~ 0$ de produtores, do a-
mente do que a dt!Crctinização dos ·1msdor americanos - e.m ora cat· bc:r econômico e de lécniros de inío nieçio, de comunlcoção e decálculo
pude;s;sc ser notavelmente acelerad.a ~lo próprio fato de m crise. as disponfvci - "ciberna o" da economi glo ai $CMÇO da dlreÇio
sctia através deu a crm ou de um lr'. nsformaçào,pacffica, e$&es pr~b . ledva dm; homens - mo r que , ti ond-c podemos ver, n· somente
m s só p ckrio ser r-e$Qlvi6os balando at6 ahcerces o atlJal ed1fic10 nio existe nenhum obst culo técnico ou econômico t Jnstauraç o e
social. o funcJon~to de urna economia sociallsta,. como esse funclonamemo.
- Eiciste (apesar do "piem emprego' ). um e or e dc...~erdlcio po• erl , anto lU) essencial, Infinita.mente maill simples, e Onitamente
tencial. ou um mau rendl coto na utiU ão dos ~uuos produtivo ; m•i!I racional - ou: infinitl!mé.nte menos ltr cional - do que o fi nciõ" •
decorrente de m últiplos f tores tigado na ture.z d sistema: n'"o- rncnto da cconomía twal, privad lJ •'ptanift da" rr.
parlicipaçlo dos tra.balh dores n prod .ão; ttisfunção burocrática a Existe, pois, n c:Jedade mo<lct11ll, um imeru p oblcma econômi•
nivd da empresa c;:omo da economia; e-o conmcia o coneo rcncia mono• co (o q ai no fioaJ. de (l()n tllli é o probrei:na da '' u , · · o ~a economia"),
polfstica. (di erencia~o ficUeJa do,s produtos, f. ha dccstud rdização d !S
prodv,t e dos e<tulpamentos, egrcdo das ln enções e de métodos do
grávido dg um enSic: eventual; m
tem mcalC\ll veis po.ss1bllld.lldca, des•
per i das atu Intente. c.uja r.a lli ç.io permitira o bem-estar gerti, uma
r~ bricaçio, pubUcklade, te$1r i~o deliberada d· produção); lrr clon!1-li• r.iplda rcduç4o 1alv-ci ~ metade do tempo d; trab Jho• ttJaJ e a Liberação
dadc da divis o da capaeíd de produ iva por emp ~ se pot rãmos, dtvi• de t s para satisfazer as 8e<:e$$ ades que a I ln,~nte nem mcsm~
si t a que rende tanto a hl.nóri.a pa55-ad da e<onomra como necea• o formuladH; e cxi tem soluções positivas que, sob uma forma fnig-
idGdes atuais; pro eçâo de das ou setore particu1arcs t manuten- m u ria, tru da. de ormada, .!!lo Jntroduzidns ou propcuas deiscic ago-
ção de tuaoões adq ±ridas; Ir- ionalidade da rcparf o OJráfica e na, e que, aplic.ad radical e unlvcnalmcntc. pormltlriam r lvcr esse
p fissíon al da m o-de~obre: impo~ibilíd3~e 6e planificação raol ~nl de problema, realizando as p cbilidade e provocar um imen~ rnu-
mvestlmen to.s decorrente taoto da 1gnorão dó pl'C!lcnte co de mccr- d i, - na vida da hum ' dade, dot 61 mfaando r. pfdamente a u essi-
tM:a evitáveis concern1:11tes ao turo (e ligadas ao funcioruunento do dade econômica''.
umc:r do'' o d uplano' buro{;Tátioo); lm sfüilt-dad4! nidlc· Ide cél•
culo te n6m.ico racional (tcorl amentc, ~e o pr e urn só dos berts de
p dução contém um c,lemcntQ nrbit:rário, todos os cálc los dem ser
falseados atrav6s de todo o j tem ~ or-a, o r ~ só tim uma lon lnq~a
posslb ldoou da 11m orpniznç o e t uma K lli90 la ru>, tido
' Uf lc. tcDll du ioel n,me,
1 dl", s. º" ..
n• 17 (julho 19$$}, p. ! A 20,
-O proble111u ~ao no n.ddco d3 ~- · aça:o econf>.
<lc. q Md lorrnUl!t Çlo" deu~ ànde pa lC d ■ ,
n dnde, ffll r~dõ · , o fato t: q e vi rná9 o "°" ~ ~ ft,., dll ea:nimtfoo aomo wa lf. em 19JS·l~S7, cnhn u e 1'160urna lhs
tal Hcrbtt1 ~nr e (Er<>J tl eh 14ai"1n) ~ Palll Oolliílmn11 (Grofl.'Dlr U1Abs1mf}fonm llf dQS,e r e <111terfa. '11uiomaLiu:r" a ~-
r iro , ao q~ n l>o ,oa, m.a n~ il 1 ·l.llÇÕcs dessa dlli..aeão virtual• q ai voz Po de tal Sllluçlo é ditici t~
volt~mo m.m di11.11~ ,-.lo do poder da buroct
104
t:. ti, ro que a :apbt: o dest11 1 luçiio cdS;lria ma lrun Í◄ rma~Q cncial, uma mudança qualltutiv : a possibilidade pa os homens, dc di•
rad I da ~r tum .rocinl - e uma transfortnaçâo da atitude dos homens rl ir con~clentcmcntc economia, de tornar dec,· õ~ com oonhc imanto
per n1c socicd de, Voltu.tnos, assim, Inda a ul, . o. dois problc1 aS- da de caus.a - 140 l nvb de :s.ujaeitQr- o cco11omi:1, como agorn u. etâ L'S-Ut
rotall1.ação e d.1l responsabilid de, que t1:nt. remos anali ;1r mais adiante. ecoo ,nia o t11'111enle trans r 1e, intcgr ment.e raclonal7 A praxis !-
ponderá q1,1c esta pc.gun13 n o tem nenhum n tid pa ela, que o e
R voluçio c raclon:aUnçio lhe inter não e cspceufat sobre a impo lbilidadc do a olu10 i
tra.nsform r o reàl, eli minando del~. o i pc~:sivcl, o q e é 11dvttso a_o
O Memplo di ,e cono i perm cc ver o tro pcc10 c:ssendn.l d bom.em , Ela nã , preoç upa ç rn :1 possibilidade de uma p agem dó
problem.\clca rcvol iond.ri m t n.sfonn ç.Ao no Sé •ido indl_ do "rcf tivo' ao "ií oluto", m s n. tata que i nov~çõcs r dJc:v.i.sjá ocorre•
signifi arin uma racionafüa.çiio S-cm precedente da cconom111 •. A obJeção ram na hls ória. ' "'º !le interessa pcl cionaJid.ide complet como
me1allsic11. aparece qui e ainda corno um softsma: uma rac:i ~n.i Uuç5 um eslado acabado, p r m, trat ndo-sc de economia~ pela racional! -
tl)tnp/11a d11 economia é po (vcl? A posta ~: i.sso o!o no.s interessa. çllo cerno pro~so condouo dt rcali.z.açã das co11dícl,e:s da a utonomia.
basto.n e ubetmcM q e urna lmell-$a racionallz çio ~ p s:lvel. e Ela sa e que esse proc o já comportou 11ta,p11:S c..ifod continu.a CQm-
que e a só pode tet l'tlsulta os positi11os na vida dos homens. N «0110• portando. Afinal, o de çobrimcnto do~ o u da América, a invcn~o da
mi.a tual, tem.os um sistema s6 ptm:i~ lmc.n e cionaJ, mas ue contêm .roda, do trabalho com metais d democracia, da íllQ otia, dos \'ic.tcs e
p ibilidadc:s e racion.al.lz.açio sem limite.. Essas p,o ibfüda $Ó po- oulr contecl erno na istóri du humanidade ocorreram num ceno
dem çom~ f a"' N-!llizad ao preço de uma transfotma ão radíoal do m'Olt1en10, eparando profunda.mente o que huvia uni e o qu houv~ áe-
s tcmaccon micocdosigtemama.lsamplo oq alelees-tâmorguJh do . pofs.
Jn'IU$1111'.lé-O e, ~ s mente cm função desta clonaliz11,ç o que étt t O$•
fon11açào radi 1, coacebfvol. .. _
A racionaliza-ção em qucNtâo concerno nilo somente à uttlizaçao do Tentamos m e .a r. propólfito d produção e do uab ' 11\o, que o
5 tema ccon6mico (dcdrcar seu produ o am fio c:xp3fo\t11mcatc destj • conflito qu.e aí se miani~ t a contém, . mesmo tem • s g~rrr1e, de uma
dos pela coletividade): como 1.4\mbém &>ncorne ao fu ncionacnêoto e , fi- soluç o po vd sob fonna da u 1ão op,:rdrta da produção.
nalmente. à prôptia po8$lbllidad de c-oahec:lmcnto do s.ist~m . Em rela- sosembri desoluçi , t m oomo"m o· com porsuasim•
ção c:stc !timo ponto pod~sc ver n diferença entre I a 1tudc contcm- plicaçõ , ultrapa · in e muito o p oblem:a da p d ão. l o é evidente
la1iva e prax.is. atitude contem Jativ Jlmit -se a c;,ons t tar que u a prior , porqu Jtl a produçãoJA f m uito ma do que produçtlo ; porim
ccono passod.a e pr~t1nte oootl!m irnac na.tidades profundas. que é úlil mostrá-lo eonoro1amcntc
impedem um oonb~mcnto complc.to. la ru e contra .i ellpressào perti• ge.itAO op ária ui nipass 3 p rod o cnq an o modelo: e gcs-
cuJar de uma verdade gctaf, a t>P cidade irredutlvcl do d 11d , que vale.. 1· o operá 'a ê vá.lida, é porque elimina um eonm o rctfüando um ,nodo
c.v'dcntemonte, i aJmenlc .para o f\Jturo. Pot conscJ ntc cl .fi rm râ - dctcrminado de sodali:w.ç • , que permititi- a partíclp:içilo. O , o mcs.-
c.orn todo o dir-cil !leste tetreno - que !]la cçon<>mia totnl.m nte tra • mo tipo de coníli o o~is e tamb.êm ém outras e fero.s aocíe l (em 0erto
pan:nle é i possível, e ela dda a pat ir dal, 3é lhe fal m pouo du sentido cm tod , fe tas as ranspos.lç,ões nc:c ri . ); o modo de &tKi li•
r·<&or, chegar r c;:llmcntc conc lu · o que n• vale a pena tcn~ar mudar ,º za ·o que r-ept at a g tão operá ria af .apat e(C, pois, igualmente, cm
ue q er que sej . ou entã , quo l.odu as mudança, po~slva1s-, por tnlllS p ndpio, como u a solução p (11 !.
d*j,veis que cj, m. jatn i~ al terara o c:sseú al. e çon inuar1lo na mcs. e tão opcrã I· uh n.pass 11 rir-oouçio por uas ímplkações!
ma maneira de ser, p<nto que j3lllai.s riam paus de reallzar a passa- elit não pode permanecer impltsmcnle · o opcr4.rla da produção em
gem do relativo ao absol io. on ido rc ttilo . sob pcn!I \!e tomar-se um imulacro , \la rc..altz;aç o cfcti•
A lítudc p lltica cem a a que irr cio 'tidade da ccoa Ot'l lia n o se va implica u te:mancjamcnlo pra ticamente t tal d soc·ed.adc. c:omo u
c nfundc simple mente c:om o cidade de •odo r, q e oi.a cstÁ llg· de consolid çâo, longo pr u,, Implica um outro tipo ck ersooaU o.de h u-
(n o som.mle do p onto de vi humano ou soei L, oorn t ambém do m n.a. Out r tip de qin:çã a oco aomí e: d org- oi o e unl outro
ponto de "'isl puramente a o ICtlco) cm ande p.irte a tod:i a est t.ura tipo tle poder, ou ra educaQ o etc., nect: s riamente devem acompanhá·
c,ç[ ,t · lúal qu.ç, cetuimonto, nad11 ~m d e ell~ no ou d~ fatal; eh e per• 1
guat om ue medid· esta rm1ci nalida.cle pode imi ada por uma
rt'lodi.flc o dcst cstr ra e condui (no qui: ce.rtamca te pode ela e nga- ·vi1tdl r> u, u Çe(\Q<J ·n compreeru.wcl~I camg L1:e me$mo llll.-
nar-so - porêm ~ uma pergunt concreta) qu_e a ' pode o.eorrer, num c. cnl~ 3 ds iaoia «011om1 a rvl~o do lw(i,~m: nin~, poik dú n r.erv· dç q 1e furt-
g u considcráv tão oonslôerá"' quc i1 troduzl ri, um modil'ic-a ~ 00$ e - . lunci nrn ló ~ lncall'l(Wttr\ 1
106 107
1,
11
o dois s ntidos. somc>s levados a colocar o pr blema da tot,11lid - mente impr da desde que ex le um ~Jitica q lquct. A ação mais cs•
de: so .1, somos, iguaJmcuue,.l~v.ido .- p roporsol õ que se aprt:rc(l- tritamente reformi-s ta de e deseja ser Cóer-entc o 1· cida (mas. o ~ .
tam como soluçÕ!!. a lobaiJ (um '"proarama máx imo"). ão sig.t1lt'1ca isso cio l do re ormimio a esse r peito é preomum:nte falta de coerência e de
'I postula ue a oc· dad.e forma vin almernc um todo racional, que fláda lucidez). levar cm conside Çfto o todo looal. so não o faç; , verá uas
ue p-udcsae i rgir outro sctor torn:irla irnpossfvel o uc nos p ecé reforma.$ anuladas pela reação dcs totaliciad que ignorou ou pr du~
posstvcl ap6s um c:,t3 e forçosamente puçial, que o q e aqui gefrtlio rindo um rc=s:uhado d iver$0 d quele q e virou, O mesmo ac-ont~e oni
pode dc5,11t,,rochar am toda parte, e que possuim desde já a chave desta urna açi:o puramente conservadora. ComplctJI t I disposl ,1<1 existente,
totalidade ra 'on.ru: preencher t.al bre-c.ba das de(~.sas do si$lcma, eomo podem • S;l açi 9 dei•
ão. Colocando o projeto rc lucionário. óando-lbe mesmo a for- 11,at de ua r se o Tfflltdlo nã o é pior do que o m 1, e, pa j tgu isSlO,
ma coo tlu.da de um "program.,1 mil imo", nlo omente n o pretende- ve. o mais longe posstvel na ramifü:ações do se.u, cCeito9, mo podem
. o~ esgotar os problemas., ,ião somente sabem que não o esgotam os ctasd ponnr-Kdevisaratot;11idadc~ial- osome te uantoaofim
mas podemos e devemo indicar os problemas qu.e permanecem, e se: )í. q~ vi m, a preserva o do regime glob 1. m:;. t mbém qu no as con•
mitcs - a~ fronteira do impensável. · bemo. e evcmos dizer e sub- 0!llcias p $fveês e ã coe~ndà do entreJaçamet1to de mei que d .n•
si tem probl~as que: 6 pOjiemos formula outros de: q e nem mesmo cadciam? o bi o. esta vis o (e o saber que .sup ) po-dem petmanc>
su p tamos: outro que~ eolocarllo Í3t ' lmeote cm ermos diferentes, ocr impUcit0$, ção revolucionária s6 difere, a (!S e espoito, r CflJCfC
11tu1lme11te iolm~ainávci,-; q uantas qu tões aogus J ntes no m mento, plleltar, o máxl o pó$sfvcL, IJl prcs :uposto$.
porque. insolúveis, poderão mu.llo b<:m dcsaparc:cc:r por si mcsm11.s ou co-
locar-se om termos que tornar fácil a sol ç o; inve: e te, qu.l\nta. A satuação ~ a es, à em outras área q n:iQ a polítfca. w-á que
respostas hoje $Videntes , po~rão ie 1.ar, quando de sua aplic , dl- w preteitlo de que n!l e11,i te teori · tisfatóri do organl mo oomo ló·
mcn~ qnasc:-inflnitas de (llílculdade , bemos também gue tudo so taUdlldc nem mesmo e nccito bem defi nido da saú de. pe1Uariamo cm
poderia enntu.almente (mu não oeccs riamente) obl iterar o sen id do proibir ao rni!d oos a prática dil medicln ? crá q durante~ pr:iti~
que dJio os ora. , . ca, um dlc digno desse n me pode abster-se de levar em considcta.
P~ m , estas o.sldcraç~ nio podem f1 ndamcnt, uma obJcçlio o, na medid3 do possivel, es a totalida ? que não se diga: socicd •
contra a praxis revol ei<mâria. em contra nenhu ma csp~cie de prática de não está doente. lmi de d vidon essa a irrnação, nâ.o se traia dis5 ,
ou faz« em g,ettl - excet-o para aqucl ue dcscjartl o nada u preten- Trata-se do prátiço, o qt1al pode ta- por d lliinio a doC11Q11 ou a s•úde de
dem situa •se no domlnio do sab<:r absoluto e ju lgar tud:o" partir dai. Fa- um indivíduo, o íunclonamc to de um grupo o de um sociod de, m
tor, fazer m livro. uma an a, um revolução, faur a pen s é projeta • que ~nCóntra cons ntem te a totalidade, ao mesmo tempo como certe-
em uma &ltuação ru n q se abre por tod o.s ados em direção ao u e como pro [i!;m • - visto que s~u "objeto" só se dá como to alid11de e
desconhecido, que não podemos. po~s. possui de an temlo em pensamcn . como 1ot11lidad t qu e csçonde,
to, ma que d~tnos obrlgatoriameate supor como definid no ue diz
respeito às decisões aut~H . Um faier lucido ~ aq ~leque não e 'c::n DA O filó oío csp.cculativo pode protestar Cóntr:1 "a fa lta de rigo.r" que
Imagem ji\ aóq ulrida desta s ituaç-ã o por vir, ue a modifica o d passo, mplic::a cs.sa lev r em conside!'11 • o de um ~ taJidadc, q e nunca au
q e n • o c:onfurtde i ntençà e realidade, d~eJável o provável, q o.ão ~e pt r . M · s s • o esse& p rote. t Oti que dcn unciam a •ior fal de rigor;
perde em roflieecuras e pcculaçõe quanto a pec os do fut"!ro que poi.$ ~ essa .. falta de rigor', o próprio filósofo pccuJativo oiío pode-
oão importam para o quo deve ser fcito agora oti q1.1an o aos qu:11.s náda ·a S!>brevivc:- um $Ó momento. So obrevive i: porque permite que s1,1a
podemo , ma.s que não r c11um;ia tambt esta ima em, porq ent.iio mão d.i.reita ignore o que fai SUJI mão esq crda. porque de dh·ide ua
miQ mente• ele nê.o s..abe onde vain, como també:m não sab nem mes- vida entre um :nividadc: te61i comportando c.ritérlo .i solutO<S de ri-
mo m•I onde quer (é por IS$0 que a dJv u de todo rd rmimio. ·•o fim or - aliás, J ai 6lltisfcito.\ - e m simples viver ao qu11J esses criCérios
nJo é- ada, o m vimcnto é tudo", é absurdo: cod movimento é movi- 11·0 ic a.pli ri m do modo lgum , por serem inapfi~vei. . filósofo
mcn o ~ dire o a; é ou ra coisa pretender que, como não ex.incm fins pcculativo iipnsiona-sc do. ta. ancira n ma antinomia iosolúvel. Ma
predotermíoados na bistóri.a, iodas as deíin i'ç õcs do llm revelam S\IQc:S- esta antinomia é fabricadll por ele: m mo, Os problemas que , eo sídet -
sivamente provisórl s). c;;ão da cot lld de cri p ra a., -, .1t' são is enq aato problcmaseoJJcre-
e a ne~ idade e lm po-s~bl!ldade de le ar c:m con ide çâo a omli• tos· ma enquanto impoA. ibilídades e p ncipio, 1 o poramente iJu •
dade d a soe e a e pud cm ser e nlrapost:u · polltica revol ucionária, ri~. Só n cem qu odo q eretnos. v;ilia.r as atividtidcs reais de acordo
as pooeriAm e de r i~m s!-lo '3mbém e. air,d mais, JfHÍtJ polit'ca.. oom os pad • es mhicos d4: U1l'Hl "rta ideoto, ia filosóílca, de um ,.filo o-
qualqller q ue oJa. Pois a rcfe.rência o odo da S-Ocledade está nece.ssaria• fia' ' q e é penas a idco!Q a de um ~ria filo. tl •
to
m nc:i ru. pct quul pr is ,r/rttr1ta a tol, !Idade e e ma~c:1r pclt.1 vi fim de stca ar sua cxjstenc:i . Porlln, não t essa c:x.isténcia que
qual a f1I ofia e necula tiva pr tmdia d -1 11 si me rn são radu;almcnle de: u urá-lo Integralmente. e objeto não é um col u hlcne cujo
diferentes. d«tl o toe I da d.cvcri11 ssumir. EI· róprlo é tivo, po sul lendilnd ,
e e iste um ,ui id de que se diri e a um "sujeito" ou a uma colcli- produz e se organiza - porque se n·o ~ cap cid de de pr~du o e cap11 j.
vid de durâveJ de ujcitos, a otividades6 P?de e: 1. tír bas~ando-sc nc:s- dade d auto-organização não ê n da. e ria cspcculaliv d morona-
lu. duas id6i . q e el cn ntre, n _ eu "~bJclo' , un:in unidade . uc _ela se, por ue ela se atribui essa tarefa impos5' cl, de colocar sobre i a tota-
pró ria não esta lccc e mo catea~na te~rtea u pr_á!•ca, n1 que ex e l dade do mund . f s a pr xi nii trni que canegar cu objeto aos br11-
primeiro (clan ou ob ru.m nt , 1mplk1l3 ou cxphc1tu.mea1 )para l ; e ~ ; agindo sobre ele. cfa ao mcgmo tempo reconhece, nos to que e e
que o caractcrJstlco dcs a unidade r i é a capacidllde de ultr3 a ar ' s1e fo ivamcnu, por sl próp o. Não bá nenhum tido cm intercs.sar-
toda determlo o prclimlnar, de pro4uzir_ o novo, no as formas e ?ovos e por m crian , m doente, um up-o ou um sociedade, e não vc•
e nteüdos (o no o em seu modo de or an1u ão e no que é orgamzad , rn rtelc primeiro ntes de 11131 na , ~tda, c.ip cidade de er fun-
ndo djstinç· evidentemente relati e "ótica"), No que rc~cre à dad11 rc i mesma, uLoprodu ~o e a au o-or anização .
p xis, p demos resumi r a. ituaç.io ~iz.ondo que ela cncontr a totàhdadc A polltic11 revolucion:lrl ron. lne em rcconbceor e C:Jt I cít.ar os
como unidade aberta /Qundt>-.te a s1 me ma. . pr blemas da sociedade como to1 lida o, mas, prcd men e, porque a
Quando a teoria especulativa lf8dicional encontra. to IJdade, ela 'cdade é uma totalidade.-c.la reconhece ledadc como lgo g e não
deve s lar que: pou i; ou c:ntíla, dmiúr que nio pode prcen h é inérci· cm rei c;'io a seus próprios problcm • la constal.i que toda so-
pape! que ela própria definiu para si. Se •·a vcrdad o es.tá n co· a. ciedade oube, de um r. rrn 11 ou de outna, fa~r fre te a seu próprio peso
mu.s .sim na rclaçlo", e se, como ~ evidente, não cid tem fronteiras na re- e sua própria complexidade. E ainda sob esse up to, ela cm:: r o
laçil , e tllo nccc:s:sa mcn e "o Verd delro é o od " ; e se n t~ria deve p lema de ums mancir 1lv • e ie problema que da rt· Q inventa, que
ser vcrd deira, ela deve possuir o todo ou então desdizer• e aceitando o de q lquer modo e tá constantemente implicado na vld cial e poUtl•
que p r c:Ja 6 o fraca so premo: o relativismo e o ~líc:I mo. Esta po~ , não poderia ser cnfrea do pela humanidade: cm condl õc:s <tifcrcn te?
gcssilo d iodo deve: ser mual tanto no sentido lilos6fico e: mo no sentido IJ.llndo trata do dirigir Ida so ~I, n:lo há, atu lmcnLc, uma enorme
corrente: expiicitamence rcaliudu. e pr05entc a todo Instante. distância cntr~ as ncccs id d e a realidade, entre o po IveJ e o u 1-
Também p prax.is, a relti o não tem_fr nt · . Mas dai nio te? Ao estaria ~ta socied de infinitamente c:lh r tuada para cnfren•
corre a nccCMjd11dc de fixar e possuir a 101al1d11dc do terna de rela• lar a 5j mesma se não condenasse à inércia e à op ição nove édmos
exl~~ncia de levar em considet· os tot Jida e u1 sempre pre- de sua própria subst.ilnci111
se 1e p ra a praxi.s, m oon~idc:r.içâo praxis aio ~ rlgada a coa- A prax.is re olu ·oná.r· • portanto, não lcm ue p du.zir o c:squc:m11
cl ui-1 · em mome to algum. ]$$0 porque pa la est totalid de oil é um toul e dctalbado da .sociedade q e vi a lnn urar: tampouco cm que "de-
objeto paMivo t! ontemplação, cuja existência penna, _eccria cm suspen- monstrar'" e garantir cm termos bsolutos q e e t ciedadc poder r
so nté o momento em que fosse c pi t mente atu ll%:llda pela tco ~ olve todos os problem que eventuaJrnc:nte podcruo reoer. Basta
ta to alid d po su ,e de r to é ronstantemcnte Jev da em oons.ider • ITTO$lrar g e, no que a propõe, não c11 te n oe~ncia e que:, ._té onde
ç o p-0r si me ma. podemos ver, sua realização a meotsria cn rmemcnte 11 ca c:id1&de d
Par a eoria cspeculaliv , o 9bjcto não emte se llllO e&td etmi.nado oeledade de enfrentar seu~ próprio pro !em •
e ela pr6pri nii cxl lc se n o pode: c:rmin r eu
contrário, só po e cxJ tir e ffCU objeto, por suo prôpn . turel. , ukra•
passa todo e.caoam nto e é relação perpeLU mente transform da com lhíra mbje,tiv■!I do projeto rc,olaclon.ârio
esse objeto. 1. parte do rcconh :imento e~plfcito da abcrtur d
seu objeto, s6 e;ç1s1e n m id em que a rcconh«e· ua "vi I p l· 1" vez.cs ouvimos drzcr: esta ldti de umn outra sociedade: preseo-
dcsle niio é um d n t u I time mas ê po$itiva.mc lc afltm d e de • 1 • e mo projr.: o, ma· \'~rd d npcnas a projeção d,: de ejo
jada como taL Pura a tcorl· e p culatlva só vale aquilo que ela p e de não 00nfc::ssados, disíar« de moti çõ que r,ermancocm cscondid
uma maneira ou de outra consignar e a rantir nos cofr~ de suas "de- p n1 os que as utill:z.:un. Ela sô serve pa vel ular, cm JJUn • um de: rjo
mnn<al1"$1çoo"; ku ~onh - 11u fBnt sms - e a cumul -o de urn t.c: ouro de poder~ cm outros. a rccus do pnnc:lpio ,:; rc:· !idade. o í ntasma de
de vcrd nutlllzáveis. a medida cm que a teori ullr p· e: ran- u.m mundo n1 coníllto no qlllll todos estariam rc:con ili d ~ com todos
taima, torna• e ~erdadcira teoria, prui da vcrtL:tde. P ra a pr is, o ~ ada m coosi o m~mo, m onlto infantil que dés.ej tia uprim ir o
<: tltufd como tal morre do momento cm q e ~ i n. titufdo, n o J do trág,ico da xistência rn o , um fuga permitind viver sjmuJ a-
exJ te ~ r que n o tenha ne ggidade de ser rclom do 1l , tu lidnde e11me te em d 1s mundos, uma compc sa('âo lmogioárfa
110 lll
wi.ndo a dl$CUssilO tomn l rumo é preei~o in ici lntcncc lem rar lho opcrárl o b ino, é que, s.c ena coi a atisto, somente cu po.sso
que estamos todos no meffllo barco, Ninguéni pode afinn ! q e o q~e connrui-J para mim. n mi.nha mcdid~, como já roe acontc cu e omo
diz não tem lla,ação co desejo inconscleo lcs ou motiv ç:oes que n ? ainda me conteceré, sem dúv ida. as n vida. como c:la feita para
nfess a si m smo. Q rutdo ouv[m "p icanaJI t:ss" d uma de~erm t- mim e par o utros, entrecho o-me com uma q uantidAde de ois.is.,
nada lcndencia q ualificar, a grosso modo, d s os rcvolu on.!íri de inadml ívc· djgo q ue elas n~o s!l ratai e que deco rrem d organl a o
neuró icos.. só podemos nos felicl r por n o e mpartilh r de sua" Ú• da cied~dc. Deseje, e peço q e ntes e tudo meu trabalh h um
de" dcMonopr e seria facfllm desca u o mecanismo inconsciente ~e $cnlido, q ue cu po.. aprovar aquilo ue lhe erve e a m neir como·~
u ronfotmismo. .iJ gener amen , te qu crê ~scobrir ~ ra12. feito e que me permita entregar-me e.fe vcrd;Jdeiramcnte e usar minh
do pro to n::vol o nário te u aquele desejo lnco selente, dcven!' ao facu!d des, bem como cnriqucccr-me e desen\lolve -mo. E digo que J ,o é
mesmo tempo per,au nt r-se qual o motivo que u própria crfüca traduz poss[vel, co uma outra orpni7,ação d socie ade, p ra im e par t o-
e em que medida não é racion 1 :ação. d . o· o que j seria um~ muôan a luodamental nesse eu tido, se me
' Mas para nós, ~cvolu o do uau . nt_o ê de pouco interesse.. dei asurn decidir-, com t dos os outro o que te nho fttcr, com meus
e m efeito a pergun ta ex ste, e mesmo se nln uém a fiU&s~, aquele que oom nheiros de rabalho, corno f: za-10.
fa la de revolu çâo deve fazê-la í mesm , O outros que dcctdam o quan- De ejo er, com todos os outros, ro que se ssa na so a-
o de I cidez obre si m mos s as posiQÕes I p roporào a n:i; um rev~ c, cont rolar exte 'o e qwi.li ade d iníormar; o que me t da.d ,
luci ário nil pode t belocer Umites par u ~e~!~ lug~e.z. Eº,ªº P o para pode'r p:irticipar irct mente de tod s as dccisô wcl is que
poclc rc u3ar o problana dizendo: o que con! , nao sa. •~ motrvaçõe m.- po sam af, ar ha exlstênci o u o curso geral do mundo em qU-e vivo.
consc[entcs. e a signi c11ção e o valor obJetlvo ,u td~mu e d , ato$, a i o ac.:ho qu meu d tino tja decidido, dta apó dia, p~r pessoa cujos
euro e e a lo cura de R. bcspierrê d e B udelaue foram m JS fccun- projetos e $àO hosti ou im ple.smen te de con c:cidos e pan quem não
da:s par human dade do q e 11 "uOde" de qualquer comercian,t c da é• pa.s mos eu e tod os utros, de oõme os num pi no ou peões sobre u:m
poca. Porque a rovo~u o, t I como :i c~o.cebem QS, Te':'"a-se precisamen- tab!AI ' ro e xadrez e que em llltim nãlr.se, rninh vida e morte C$lej•m
te a a~itar pura e 1mp esmen1e e~t ctSD.o tt1tre ouva~o e resultado, nas :-os de pesso~s quo sei m ncces~ r ameo te ceps.
ela seria impossivcl na rcali,d ade e mcoerertt.c em se atido fo lm- Sei perfeitamente q e a Teall ação de uma outra orprti:ta s i 1,
pu ionada p r iatenç~ ioconscient~ em rcl ção COI'!' $W conteúdo ar- e sua vida., n o serio absolu1amentc si.m les, que c1 encontrar! a cada
úculado; e la cnt s6 f: ri n:cdi r, uma vez mal&, a ht tórl~ proccde!)te. txtsso probl as dificcis. M · prcOro antes lidar com pro lemas r is do
, perman cerí11 domin da por motivaçõei obsc\lr , as qua1 lmponam que co as scquêndas do deli e 3ullc, a · uu\cias de John on o
com o tem po u próp ·a fi n lidad u.i pr prl 16aica. as 1 ·g de ruchov. aca dcvcm05, e o outros. encon ro fra-
crdadelr dimert • o d es probl ma é a dlmcn o coletiva; e n casso n cSC camloho, pn:firo fra o numa tcnt tiva q e tem um enti-
olvel d s massas, ú nicas que podem realizar uma nov ociedade, ue do um rndo q e perman aq ui do fracasso e do não fracasso, que
é preciso cxamí.n.ar o oascimen o de novas motivaçõe: e de noves atitudes pcrm ce frris6rlc.
ca es do levar e• liziação do proje.10 rcvoluclooârio., u e5tc cx_ame D ejo poder encon tr~r o outro como um c igu I a mim e sol •
serj mais f cil, se teru.armm explici r, de inicio, o que podem se.r o tam te dlíc.enu: não como um núm o, aem como um npo empoleira
jo e mo tiv ções de um rc\lOI do nârio. do sobre outro d u (inferior ou :Superior, uco lmpo rt ) d hiCIU•
O que podemos dlier esse respeito 6 por dennl -o eminentemc~~ qu i do rendimento e dos der , e.sejo poder vê-lo e q ue ele possa
subjetivo. l gu lmcn é também, por de mição, ctfvcl d l dil.S as tn• vc:r-•~e oomo um uuo $11:r humano, que no a rcl2 não Jam um
terprcta~ que quiscrm , Se pode aj ud r alguém a "Iler mais clarnmen- campo d e pre$$lio da rcssividade. que. oo cornpc:tiç~o pcrman~
t em out ser humano (ainda que n, il e crr<>s te) e auavó d s• ntro dos limite d o jogo, que no - o conflit s, na mcdid cm ue ntto
po e ~ mesmo , não terá sido inúlíJ diu-to. po!! :tm set rcsolvfdos ou upcr dos, di am rcspo to problem e 1 :eu
cnbo o d~~o e sir,to ncces idade, para viver, dç uma outro wcie- reais, en olvam o mlnim pos~fvcl de inc nsci te, o mínimo po slvol de
dade diferente d . a que me rod iu. Com a grao maiorl dos homens, magin~rio, Desejo q ue o outro Ja livre, porquan to minh · libc:rd de co-
50 v ver n ta a ui e comodar-mc - de quiilquer fo a, vivo ncl meçu on 000,c libc de do utro, e, wzin o , posso n mà í:mo er
Po r m I c ritíc mente que tente oíh r-mc. nem minh capac dade de "virtuo o n nfeti ' d:sde", Não e pero q e os homens st tra form=n
da t ção, nem mlnh, us1mil o da realidade me p;uccem inferiores cm a ;os nem que suas ai .is lorne1t1•sc pwas como lago d;1 montanha
o meio sociol ico. ão ~ a imo.rtalid de, a blqilidade. a nis- - q c: a1 á sempre me entediaram profundamente. i. porem. o qu.into
ci~nda. ão peço que o socled de "me d6 a fi licidade'"; sei q í ão é e lttm1 at ual 11gr va e exa. pera a $U;t díficuldado de ser e de ser o
um ra o que: poderia r dlstribuida pela m unicipa lid de o u pelo n- outros e vcjo que ela multiplica ao nlinlto o!. h-<1 ,. .., ~ • .., •••• ., .. __ ~
J _

11 2
Scl. cn.am ote, uc e$81! desejo não pode s.c:r- r liz.ado il u almc.nte_ vont, de 11m reia.ç -o ~ Lei. sem vontade poll ti ~. somente substitui<} pai
riem mh4m revolução ·,!! ocorresse 1 manhã, po,d ria rcaJ i r-:se iote- rticul:tr pel p i ocial anônimo. A s[tu ão infaot l 1:-, d inicio, ecc-
gc ai mente du nte minha vida. Sçi q e haverá homellS um di pil.r ber crn dar, em scguid ( · t ou. ser para reoe' i:t. que 1:u ucro ê um
is miQ existirá nem mesmo a Jembrao · dos problemas que po. m troca u:u.i pa a om~ e up.!raç· o da troe cm cguida . A situ:i •o
rnats no:s ngusti- r hojõ. Ê c:ssc meu destino, o quaJ devo umlr e nssu- infünlil 6 r,elaçiio d\.laJ, fantasia fu ão - e, nesse • en tido, ~ a ·c-
mo. Mas nso o· o pode rcdu lr-m ocm o desespero, nem à rtJmln li.o dade atua l que in fantiüz· e tantcmcntc t o o undo, pela fusiio
e; cuônica . Tendo esse dcs o que 6 o mcn1, só posso trabalhar para sua imaginário e; , ntidadct irre j~: os t"hc~ • a n çõc • oi. coi.monau
lizaçào. já na é$t0lha que faço do prlncip.il intct~ de mlnba vida, ot1 0$ fdolos. O que cu q ero 6 que a socicd .de deixe cmíltn de er u
no cr ,lbo a q me consagro, c:.beio de • tido p· r mim m mos íamill , f f.sa a lém do mai t ivotcsco, ue ela adquir· ua dimcn 11.o
t:1de encontro, e a e , o íracass pardal, prazos o.t desvios., s t.'1.r própria de ~odedaàe, de re e de rei· ções cntl'c aduhos autônomos.
(~$ em si mcsmiU em entldo). no p r ucip r de um coletivid de de re- Será que me desejo é dw::jo e podct? Mas ô ue eu q ~r e a abo-
vol u donári o.s que Ler, ta ult rap a, as rei ç~es, rei ficadas e alie • das da liç!lo do pç,dcr a ntldo at~l, i poder de todos. O podet otual que
socic ade atual - e tou em cort~içõcs de reali:iar par ·aln,en tc e de.~c- o tros são coi ·1 c tudo o q c.q-uero op e-se a isso. que1e p3ra quem
jo, Se cu tiv1:Skl nascido oumA sociedade comunústo, felicíd de ter-me- ou\ros são coisas, ó el" próprio uma co' a e tu na.o quero ser coi Mm
ia i mais fâcil - nada sei e 1111-0 poss.o 4 ~anto a i • Não vou, $0b esse ra mim n para outros. N· o quero que os outr~$C.lam COÍSS$, não t
prrtcxt , ar meu tempo livre vendo tele i o ou leodo ro, anccs poli- tfa o que fazer d.elas. Se p o exl tir para os outros., sCT reconhecido por
·ai . eles, nlo quero se-Lo em fvnçlo da poss sã cie uma coís que me e te.
rio - o poder; nem existir p1m1 eles n lmaginário. O rccoaheclrnc to
Será que minha atit de sjgnlfie rrous.ir o princípio d r-calidadc1 do outro a vale para mim nà edid, cm q cu mesmo conheço.
as quol é o conteúdo deste principio?~ de que preciso tr~balbar - e:, C ,r, o risoo decs-q_uecor tudo Í.!lsO se os acontcdmcn1os me condLu:· sem
en ·o quo é p cclso que nc ariamcri e o tn,b lbó s. ·a desprovido de para perto do ·~po de "1 Isso me p· teee baataate impro ável; caso conte.-
smiído,, e11;plor ldo atrodJg, os obje~lvos pel uais & po tamente cesse, s·ria teh-n m batalha perdida. mas □ ão o fim d guc:rra; e vou
ocorre? E esse ptinc[pio v lerá sob ,:sra fonno 1>3ra alguém que vive de reger toda minha vida peJ !Uposição de que pod~ri um di voltar Jn.
ren Valcna ele, iob sta forma. para os indígena& da ilhas Trol>i rtd fãnçi 1
ou de arrioa'? Vale elo inda boje, r os pcse3dorcs deu a pobre ai• Persegui ri.a cu a. quimera de qucn:r eliminar o lado trâglco di exis-
dei.a medite, nca'? Até que ponto o pri ncípio de realidade manifest~ a êo ·a bum 1a. arcoc-me m11i LO tJUC q uero e minar o mel drama,"
oaturc:tl\ e onde come a mani~ tat a socicdadd? Ate onde manifc.st a falsa tragédia - aquela onde a e 1t.!.strofe ch~a · ncccssid de, o ode
socicda e como ta l e· partir d ond ai íorrn bis ~rica d sociedade'? tudo_poderia te -se pas ado de ou ro modo se a ena$ os personagc "i-
Por que não a servidão, 11 prisões, o campos de concc Lação? De o de vcssimi s bido isto ou fl!lto aquilo. Que o · s morram dé íomc na lndia,
pois uma filosofi cxu•airia o dire l de dizer• : qui n e milfmctro llO momo kmpo ,:m que na América ou uropa os ove,nos inslituam
prtciso institulçõe cxâs.tcntcs vou ,nostrar-1 e a ÍToat ·ra e ntre o fortõ- penalidades pu.ro os camponc $ que produzcmi "muito" - ': uma íar ·i
meno e a c;:~n í , entre as formas hist6ri passagei e o ser e,e no do macab , ê (i,and Gu/g,roJ on e o~ cadáv~c e soírimem são re j
oci I? Aceito o ptinc[pio dc.~rt Hdadc:,, ue aceito li noocssld do mas não é a tragédia, ão c~fate n· so nad d inevi ãveL E se tJ hu ni•
trabalho (co quanto, alias, fot real. pai torna-se cad· dia. mcno evídcn- dade perecer um dia sob os eíeit s de bombas de hi rogéllio, r«Lt.~o-mc a
te) e:· necessidade de u ma or an z:a, o s.od 1 do trnb11lh . M. s não· i- chamar isso de t;.igêdia. Chamo de imbccilid de,, Quero a sup . ·o do
to a inv()ç11ç o de um fa lsa psic· r1állsc e de uma (ais met flsfoa, q 1e in• Guigno-l e da ltan. formação do homc.ns em fantoches por 01.1uos fanto•
ttoduz na di$Cu5 o precisa das p iblUdac:les nistóric afirm · ô chcs que ps ~g v«nam'•. Qu o um ncur k repete pela dei íma quar•
tuit s sobre impo lbilidades obre as qll Is ela riada sabe. ta vez a mesma con ta de fracas , reproduzindo para sl pr6prio e pa_ra
Será meu de 'ejo infantil? ias a ,rn ção infantil,~ que a vid n 6
id nos ê d da para
seus próximos o nl mo tipo de iofcLicidade, oj ud -lo a air dl o é elimi•
d d , e que II Lei n,os ê da a. N situ ao infantil, nar de sua vidn 'l fana grote ç, e não a tra édlA; é permi tir que e veja
, nda e a Lei é d $Cm □ada, rn mais, sern disca - possível. O que que> enfim os problem,, r-cais de s ua vida e o qLt podem contar e t glco -
ro, ê ex lllmt:u iç o"' ntràrio; é fazer mi nh a vlda. e dar a vi,:!11 ""' .u( •oi, que sua neurose tinha por íunç o, em p· rti:. exprimir, ma obroC u<l<l,
pelo meno da para minha vida. ' uc :i Lei mi me seja 11nplcsmente ma,f tttaf.
dada, mas que e d8 a mi111 mesmo. Q m perm l!(:C na situação it,. aooo um dlsc{pul de auda veio in onn -lo, apôs um I ng, vi&-
ínntil i o conformista oi, o apoUtko; ís aocit ll • sem di cu ti-1? e n~o cm . cio Ocidente,, 11c C()lsas mi ui s, ln ru entos., m i · mentos,
dcsei rirt clpar d s forma -o. A uele r.iue ive na soe edade sem &todos ck pcns.amc.mt , tru.tit içÕI:$, haviam l an íõrmado a vidA d
li 115
home desde qu e O Me ire ser ir:i~:.1 l' ris tLS montan~as. este inlerrom- tcsu1cão da essência das relações soei js lg m e i que scnipn: existiu.,
pe11~0 • PÓ$ primeiras pa i vras. Ellmma ele lmtc::za . a doença, m vir1 de de lnlcrcSS<:s diferentes e oposto, dos r pose das a . o-
vclbic1:c:· niortc1 Perg to cle. N-o, respondeu o i cíp11 I . Ent ,eles das u sociedades, pclo menos as sociedades h·stór · fora m dividid e
poder'am ter íll'l!do qu· o~ penso 1e • E novamcnlc mergul hou 1~ o s6 as levo\! rodu.zir utras icdades, ia almcnte dividi
na ua Ctlllh:mpla.c;io, sem dar-se ao trabalho de mos1 ra r u <Usdpulo
Dizemos. rc l ente, que ma ná lisc precisa moslt clemen-
qucjâ não o uta m ',
1 p fund d d odedade c:ontcmporânca são csp ficos e qrAD-
f;1u1iwmumt~ ún cru. Exis.tcm. se d vi s, pscudomarx:ist s inS; n
Lcigica do proji!lo rnoludonárlo q aindo. h jc sabem invoca r lu a de cl e gargarejar com el es-
v a transform d11 soc;icdad aç qurocndo que e luta de das.ses dur h mllén e ue não poder) de
modo lgum fornc:çcr, cm si mesma, um ato e apoio par o projeto
au1ô om omen. nst· vr lo de um socicdadeorga para
socialista. M;is e i em t. mbérn sociólogos psc do-ob livos - e igual-
a autono t i)S m pro} u,. Não é um ctoremá, a co o de mente ing~nuos - que. tendo a nd ido que é pr-ceiso d confi r as pro-
uma. de -o m ndo o que dev ~ t lmenlc conte pró- .• ·õcs ctnod:ntr[cas e ••ê-poco-cêntrica " e r mar no a ten eia a pri-
p ·u i<Mi mo ·o é a urda. Mas t.amb m nifoé uma utopia, vilegiar nossa época corno aJg m· ooi.sa ahsolutam ente , piarlc. ficam
11m ato de n, urna aposta arbit ria. nisso, simplificam a rcalid de istórica e cntcr m ob lima montanha de
O r ~cto uvolucion rio tem suas rafzes o epoi na
metodologia de papel o pro I tral da reflexão histórica. a ;iber, a
real ade histórica efetM. 0111 crise d ocie · e a a. su pecllicldadc de cad S()çjcdadc cnqu nto espec: 1c dadc sentido e de
(()IIJ~ta~o pela g:raadc maio cns st crise dinâmica se sentido, o fato lnoontcstávd , m mo se permanece i c-
a o é que que o mu f.uno . T rcv ão en tre rioso, sem o qual mio haVffla hlstórfo, de que nlgum soe: d;1des mt .
o e 11~olYimento das for s produuvu e a m la cs de dincm dimensões inc;,dstcnte anrerl rmcnte, o novo qu lit.ttivo, n m
produção aipitalista.s tonsistc cm que a J s-ó !)Ode out ro sentido q e " "º o dt:s:critivo. o tu loter e cm di cotir ar•
realizar 0$ se õe 11do md que o- • fazendo gumentos pKuôofilosófic~. Quem n pod ver que entre mu ndo sre•
nascer ciis u pode 1Jsrauc. cstabcL 'os q ue 6
o e m un do eafpc:10-a:ssirio-babilõnieo ou mesmo catre o mundo mc:--
lo c t de n q\lé é _o brigada a viola . bome.ns, dieval e o mundo da Rei, nça, e is e, quaisquer que r:j mas continui-
como produtore!ou çi rm ne que e U- dades e as ca usa ôc:s cv dcl'!t , ~•m ouua diíere11 11, um outro tip , rau
mit~m dentro da u da t lhes im constata e ntido de diferença, que oão o q e há caln: dWts rv r ou mesmo
p assividadc e seu eâ · ·• rticipaç-lo, d l.s indivldu hu • nos da mesma ép - e 111 uém doe11te de II senti-
dcscobtir que não pode tambi - 1 olocam do e n ia l r ç mprecns:io da coisa i l ric;11, e faria m ll)or se se
cm questiio a própri ~ncia d ordem q e viver cm up d.e entomologia ou 01 •rüca.
um dupla realidade, separar um ofi ial e um real que se opõem irredut1-
ve a 11 ão ofrc $lmplc:smcntc deu cnlre classes que s&iro é a · e a ao lise · ntrc n1em-
am cic.terfores uma à outra;~ o nnitUAI, o me por:ine e s nm, to ad alrne
o tcm-c:omo ntcn no u ser, no1> vaJores mC11tc, dc,d l do de urna ri des rlç·
que ela proclama e nega, oo o dc:wrganizar, n ob o falar vcrd cÕte, e
e.tlré!Q socializa oe na ato rc ade que el cria. me a firman do (1 é scmp
Do mesmo modo, o cn.nl ttl f. $ smcni emos o problema cl trab lho OJSa é q
111 dos trab 111,dor contra o , nem sua mobll poUtl oponb a s lor: o. ino e l'«\lsc um e!li r
coima o rtgim~ M ifcsta nos grano. conflito bcrto s revofu. ou peca u tna parte maior do produto, conteste as ordcn
õ« que marcam bi5tôria do cspítelis.mo, da "ti cons:t ente prc- pl· o. p 1zcr da .. qu ntid1.1dc". J ,
~nlc, de vme. íom'I implícita e la ente. m u trabalho, em ua vida cate difer io ~J:i obriga t •
q otidiana., ~ eu modo de e • l ncia. dens d d re ão para p ue não m is
s ,.é?.cS nos dizem: voccs invc,11~ m uma crise da socf d , vocés de do trah:!ilho o do pr bé111 u con a
baliiam de evite um csudo que sempre e tlu . ooo. querem descobrir, fa2 o obje o sanlc - cm e
a qu lqucr pr~, uma 11ovidade r dlca l n· aaturez o ntensidadc do ão mais tlamc um connllo ~tcrior ao próprio o,
dos conOILo.s sociai atusi.i, porque s mente isso lhes per a susten r m deva apoiar•sc cm uma contNld 1o irrurn11, a olli ffl iu simu ltânea
que se Pl'1lpar esta rnd.ic lment oovo. V · dcn m de con- de e cl u e de participa o nn or nizoo o e na dir ·o do tr b lho.
116
e, ' de cmos, 1 ualmen1c, o problema d 11 i" mni e dn C$lr.utur da prc sup6s d reg s de conduta, e $a nçiJ<:s de~ s regr s não eram
pW011111idnde. Ê rnduhitávcl quo or ani'~ção familiar 1enh empre oem somente in con cje_ntes, nem mente materi is-jurid. , m 1 ~i:m-
e()Dlldo um principio repressivo, q e os ín ívid uos len h pro sido pre mbérn nções socH Informais, e". nçô "mct:1s40clais ( ~, 1T i-
ri dos a inlerloril. rum coan,
o enl re suãS p1!1 õcs c a éxigtnci da ca religio $ e e. - etJt suma, imogind a~. o ue porém, e.m n da dim i-
o r a.a· o .soe I dad , que cado cultura, arc:ale u hi.,;tórica, teoha nui sua import ncia), Nos t · rfssimo.s Ql s • cm q c essas rc s er m
apr~ l ado, em ua ''p!rsoa 11Hdade de " , um lr ç ",ie rótl~" pa ab mente uansgndide , só o era m por uma peq enu mfoori {no sê
ticular. M o que é radicalmente: d:ifercotc, t; que não c:xi ta mau princf- eulo X II francês, por e~crnpl , por um a pa rte d aristoc:r ela). Atual-
pio dis.oernlv, 11 base da ors· nizaç-o o u melhor d deso an ização [ • me_nte, a regras e.suu s· e, s o quase que excl vamen tujuddic:is o
rnillar 1 1ual, n estrutura i ic rad d per. onalid de do homem e n- 1 fonneçõe incon len te n o ma· c:o rr · pondem reg , , no se Ido
te porineo. Ccrtamellto t cstOpido pen. ar que os 1 ~ntinos, os Roma- odológieo, o porque, com ai ns psic na Ustas' d ram , o upercjO
nos E.5p;ut• os, o Mun gumor ou Kwaki ti eram u s" o no sofresse um considerável eofr· quecimento 1>, ou orque componente(e
~ntC:111por 11co11, o ••neuróticog" . Mas não mais inteligente csquc:,. porta nlo 1,1 r nçlio propr iamente so i 1 do superego se desagre ue n
cer que o ti~ de IWO lidade Es-partano, ou do Mundugumor, pulveriza O ~ na mi11,tura d lt u;iç es e do .. tipos de: onall :1de' '
qlWSq r qae tenh pod do ser seus compon~IA:s "neur6 ioos • era q o crescem o soe cdade modem . Para alêm d · nções Jutidica4, C:S.•
fanci01tafmnit adequado à ua ocicd de. que o próprio individuo se en- tas rearas não enoon tr:im, n maioria du vezes. nenhum prolon mcnto
tia I pte.do a ele, que p deria fed-la funcfon.ir de ac<ir1fo com s ull$ e:xi- dejustificaç o 011 consciência da pessoas. Poré o mais im rtantc não
p O e ronnar uma nov geração que fu.c!ae o mesmo: enquanto que f o cnfr qucc:imenlo d.u sanções en olvendo as ('( ras-interd' 6cs: é o
ou as•· eurOSC!" dos home l ais apr Cl'lt llfl• e cssenclaJmentc, do dcsnp.1.-eclmento quase total de re s e de alorcs ltivm. vid de
p 04'ltO ck vi5 o. ociológ.ico, corno fenõmcnot de lnadaptaçio, não 1en- uma soc·cdade não pode asear-se somente l!:m uma rede de interdiçÕC3,
lc: vividos subjctl mente como uma Infelicidade, mas sobret.udo ootra- de lnjunç6cs oe ti . Os indivfduos ampre rca: ct m da socied de na
va11-do o runciol'l&muito social d lodi lduos, impcdln.do-os de respon- qua l vivam injunçô positivas, orienta õcs, a rcp n ta iio de li va-
de:, odcquad mente cxigcnci d vida ta l como ela ê e reprodu2:iodo- lorttados - slmult MatnC11tc formu l da$ uaivcrs lmcnte e .. en rnados"
se como i11adap1.ação amp iad n $e unda gcr o. A "neuros~" do E.s- no que era. p ar e da época, seu "Ideal coletivo do Eu'' . ó e,ci tem , nes-
parl(J1JD ero o ~1.1e llli: permltiQ fnuara_r.1,e em suo sodtdode - a ''neu,ose .. se sentido, na sodcdade co·ntcm rf nea, resíduos de f s r,terfores,
do /wmtm moduno i o que o impede defn:€-/o. E. super 1cial lembrar, p r cad dia m is oorroíd0$ e tecluzidos n abst ções cm rei ç· o com o vida
oxc:mp!o, que a bo sexualidade existiu em tod sociedades hu.m~n s ( "mor lid de" ou uni · ti de "hum ani tária"'). ou cntllo ~cud
_ ee3queccr uo ela foi a cada v I o do socialmen te defi nido: um des- valores vula res cuj reaUzação coá lltuiu 1,10 cnc mo tempo uto-
vio marginal to ado, ou desprc:zado, ou s a onado; um h.ib u 1 '. dcnúil(:il consumo e mo fim cm u a mo d· e o •·novo"),
z;ado, ins tu ionalf · do, po ulndo uma funçilo s ·a1 positiva; um vlc o m-oos; mesmo admitindo qu 'êxistc csl ~eda sociedade con•
amp te diíundido; e que é h ~e - o que 11A verd de'? Ou dizer q e ns tempor: ne-a, vo n o dem cstabclcacr legitimam l o proJelo de
ocicd de., puderam a.comodar-se uma 1m a variedade de difor t um no a soacd • pois de o ode p- dcrill.m tir r m oonte.Cído q ualquer,
p:a~s d ouilhét - r csquc:,çer o ía,i.er csq ueocr que t a1 sociedade é a n ~ ser de sua eub • de suas idêi.:i.s, de seus sejos - em rcsum , de
imci onde não IU.i Le p a mulher nnihun pcl defin do - m eu arbit.rl ubjetivo7
conscquhcia dirota. e imediiu,a., tampouco r o homem . Rc: p ndcm · v f: e ntendr:m uc não po cmos "dcmon ira r" a.
~ daremos, enfim, ueuAo dru valor da S-OCied de. Explícito nccessidad ou a excelência do ociall mo oom o "d monstramo.s" o t ore-
0 11 impli ·10, houve cm t da sociedade um l tema de lor , - ou dois, ma de Plt!goras; ou que · o podemos mostrar-lhes o goc1 ll mo prop· •
guie comb t am m estavam presem . enh uma 00crÇ· o m tcriaJ 11ndo-se n· oclcdade estabdeeld como podemo. mostr r um potro au-
p6de mais ser dur ·elmen e - ou sej11 ocialmcnte - elica:t. cm e~ mentando o entre ele um Ju.rncnta, s1:m d 1hida voe~ têm razão, m
"cof0plcmcn10 dc j u tifice - ''; n~h ma rcprc:&São p Jqui representou t mbém fio em ignorar q é n e . e lida com e e tipo d ev1d ncias em
j:11T1:1.is pope J«lal esse prolon mento visívd, um up~o exc/wi- nenhum atívid de real, nem indivi u11I nem col tiva, e que v ~s mcs•
, rmle tnoonscicn1e nio é ~nceblvcl • . A existência da ociedade sem• mos dei~ n1 de lado e~as exige ci s t.!o lo crncu·eendem 1J..1lquer coi-
sa. Mas se voe ucrcm dizer que o projeto revol cionário t duz o
arbit rio subjetivu IJ,: ;tl~uJl indi Jduo , é ue primoi ro v0sc.a ~he-
11u na JUfl rlffl tS<juecer, de prezando os prl.oefplos_que inv · .m. cm outr s st u -
l/km/1r, Londo 59. em parli-
1
"'
lo i<.I ai . n-611 1 Tira· lA) , -1)1 ções, hl -tóri.a do uh m s cento e cínq0enl3 anos e q ue o problema de
lt 19 r.br. /\ multid:- o R>li ~ ivn). wna outr o aoiz.a o d so ·cc1ade foi constaotemelllo colocado, n o
118 11 9
J)Of refor adore, ou ideólo os, · r imensos mo ·mentos colct vos irto ainda: o não pa!38 de uma I itura ua; e "'ºe ooncordarâ
q r.nudaram a íacc do mund quanto a au~s l - que não é a única. po.uJvcJ. Em l'I me de uc:. oeê e faz, cm nom de que
tençõe$ oríglnsis . .Ê, cm se ld v m que esta cri . da pre,endc ue o r tu:ro v· do soja po5sl el coerente. e, so rc udo, cm
q ai ratamo.s não 6 s pi me cdade conn, uai nome do que v cê escolhe?
nlo eu m vi a que apodrece e que se eníerru- oss leitura não é arbitrááa. e c;crto modo el i .som te a inter-
e
j 011 se est ga: a crise aise pelo próprio fa t o mc;smo tempo preta ão do disc.urso que a soe ade oootcmporlnen pr nuncia sobre si
contestação, ela resulta de ma çio e a Umen~ conslanLcmento. mes a. a nice perspectiva na uai torr, -se comprccn fveis tanto a Cl'l·
o conflito no tt balbo, a ~est o da porsonal1da &e da empm como e d política. t.an o o apuecimeato d p:sicamlll
de normas e vaklr~ nã e ne m r vivido. pel como o da psico ocíologi ele. E tentamo mostrílr q o tê onde pod
simples fato ou cal es s, elH lntcdiata mos ver a id!í de umas ·ed e .socr. l 5-la n o presenta ne11hum3 im-
respostas e in e õe.s, e . a~ tem po em q a . po. b1J:id de ou ncocr~cla. Ma no a leitur é tam m. efetivamente,
tuir a rise como vcrda cn além da simples e função de uma esoolha: uma in tetprctaç o deste tipo neste nível só ~
~ falso e mitológfco querer c:noontra r , no "ne , vo" doca pos5fvel. em ltima in tãnci , cm relação um projeto. Afirm mos lg
"positivo", que 1-.e co útua timetricame,ntc., milbnctro por mlllmetr , que n o rmpõc: "n twatmente" ou cometrica'mente, preferimo$ u
seja scaundo o e.stilo objetivista do lgumas f çõcs de M~ (quan- tipo de futur<> a outro - e at, li qu lqucr outro.
do por eAemplo o "ncgatilro" d lícnação é m oe &t escolha l rbitrár o.? quisermos, ao sentido que tod cs-
scdirn o n 11 nfre-<5tnnura materia l de eno ca- c;olh o é, tu de todas es-oolh histó leu, par«e-n ~ a menos arbl•
piu,1 . ado, coatend , com seu oorolário huma- ro- trária que jamais e ist.l u.
let oondiçõeJ necessária e u fid ~ sc- Porque prcíerim um ruturo
au subjctivist ôe al~un mar:x.i d_c O· mos ou C\'edhamo1 desco rir u a signl/T çllo na bl ória efc1iva -
d ssim d 1Cf' desde j constítu(d d p itidade e procu tia autonomia. Mas ou signili só adquire.
tàbric-a e no novo tipo de rcl~es b umonas que 3' • rcccm>_. Tant0 o odo seu peso em fuo o de utras e iderações. • · e simples diido •·~e
desc:n oJ ím.ento du fo produtiv como e evolução d ali ud u- íato" n o b Umte, n o poderia co o tal se impor nó . ·o pro..,a-
m n na ocicdadc c;a pita1it n taro sign ifleaçõc:s que n o !ão sún- mos o que a histó a contempo nea n~ oíc ece $lmplesmentc pelo que
ples, ~ue 11 c: s.eq-uer s o 'm m~e ria, no t.cnti_do de !lm. ''é" ou .. ,ende a cr''. Se c:hegi senios à, <:onc u ão de que a tead~ eia
dieléüca a q ue pro«d or JUS dos contn\n - i1gm- is prováve, ou mesmo rta, da históri conlcmpo oca, é irut ura-
rtcílçôd emos eh ma al a de outro t_,enno, mblgu. .. as o ç'o uaive J dci eampos oonci:ntre o, nll.o dcduzàriamos ~I que
ambJgl,IO 'do em q e o ent-eodc:rnos qul n o é o Indeterminado ou te-ríamos que. apoiá-lo•, e afi amos tcnd n 'a par a au tonoml da
0 indefini blguo aó é m.bl11.Jo pcfa o m poii' o de divers, ii!IÍ- ledade e: temporàoea, se qucttmo tra a(h t por sua realiz • , e
ncaçõ veis de etcm prccl$ada , nenhum d quais p_~vatcoe porque afinniWl05 uton nia como mod de ser d homem, porque nós
no rnornen a cri.se- e nil con t ,;ão das fo rrou de vld;, soaal pcl a valorizamo • reconhecemos nel:1 nos.s3 princip I aspira 'o e ma as •.
bome c:on po · eo.s, existem fatos muito ignificativos - a det~rio- ração uc ultr usa s sin ui rid de nossa coa tilu ição p oal, a ú-
reçllo de autoridade, o le cnto d s mot.lvaç nõm1ca , nica que pode c:r publlc;am te dcfenaá~·c1 com ' luc dez e e er~ .
ten ação d influen im rio instituído, a n ilação d s xiste, portanto, Q ul ma dupla relação. s razões pda qu1ds visa-
regra~ 5í.mpletmenle her o , id só p o nizar m autor, ia s e nllo • o d !poca. ií o o io, por ue afirmaria•
e tomo de um o ouLr es 1gn n um t.lp mos o valor da aut nomia quai!q r que am 1:ir-cu11stJlna , em ,
d.e de mpos..;âo prog do co · his grad 1 profUodameotc, porque pcoSillno,· quc o d Jo de au onomia tendo fa-
e:merg6nci:1 de uma sociedade que mo, de do lmente oma,gir nde e istecn hotnc:m e históri , porque, como a cons•
b em r1:laçllo outros, mr :e5mo, ciea 'a, o objetivo autonomia! o d tino do homcm, porque, pr en-
deserto si.iperp voado, mu.ltidã o · • · ais es elo te, desde o micio, ela con tltui história rnai.~ do que t coa tJtufd por
c:om r condicionado, m o n a; nd~· e ,
n , 0 Tetudo. do que · p rcoc n !l me dert_.
paraa coopçra -o, autogcstão ad Ma ah-
d de, nterpre mos o e unto çe m
n3 s iediu;le da po.1;1/ il d. de e a tono

120
!11óS luc e la arccc mais filt1 I ~ pr ó ito do
1 ., plano que rnaí in u~ o pia•
n , q 1c ê m indivi nQmo - e
ó que é umà não olicn d .
· e "Onde r:\ rd. smi o
' num' 'm,!lt a ap . i-
do origem e 11gar
1 eo mo reprcscn•
ndo o lnconscie iê el:1 e vontad ,
d~e tomar o lu a minam, a,g,c.m
~r m - "at a orças nã o são
1mp esmente - n te - as u :t.s
p:ul. t , llbldo ou fantasiosa e
fünt.4sd~ al uiml orma o e de•
repressão ineonsci a in erprete-
ç.ão da ~rnse ~orna-se ~e i~cdia o nece. ornar o luga r
do Jd - isso nao p od,e s1gm su ressão das u !sões n cm a el im j.
u · reu ..iodo te lugar na
de do ir!d(Úréia d,r ut do ns•
obre o incqn ictlle li roíu ,d '
dade revelada por Fr,c-ud u. ~to 1ca sobre
o indiv i duo li, ~ln e e dnco s~ tempo o
rc.s Jtado da étlc tal oomo a i noza ou
Kant. {b cm si de uma imensa · dis~us•
são. que Freud pr9pon ha urno ia;, efic m ncceu
para os filósofos um ..ideal" acccssiv· t de m s bcr abst •
to) '. Se ã autonomia. a legislação ou .3 or . i mesmo, opomos

fie e:11 A /'ra~. n (µ dn (l 1• n n mcrn~o cons«!cuth•a


da~ íc /'lo c:,s Ç(lftfurn ~ J,11rodw6,irn solNt- l'Jir i5t,
• to (dos esforças teruptutlc1>J da psican • is~• é de refo~r o E.ió, de
nle do S ~ ça po de vi~ão cs1r. 11!Gc1àlo or•
qu~ d,! 11.ll(i,d.,,..,r•.,. e AO ndc er.1 o ld k·
dç rc,; l\ftSaTl cqiaa Lac
,<>lt I oi o Jd iUlcc cu, t■
l". Cll • l'arfs, ) C <lrJ io
!'1- >24 •nm q..i ll dCSiCOber·
u de t cJc rtk1. cu dina. 1ft: ro.."'O 'li.tçlo (Vf1.\6h•
'1!"11'),
. m " 's (1 2 ), lrad fi . nem I o lituloAu a~ddrrh llltf', rrlo, f> ~
rs( , 11111n N l>V• cdlçilo MJb o Llu, l.r Li"<n "' Ça, 1973).
_21 ria uit 1.1 :10 ~ expiar o da rof nd1 do
pJ111u•. que ccnument c n lntdo dcsconbmum, e ,1r m sm
UIQ)Ut I ll~U. ~anta à ft~é ndu e a tu"Oiúaúc da~ ..i ugç()n pUlUll_éDIC-J!I. du C~taln ~ u,,.
o e t11n:too nu do tJl.l uc Fn,• d oos ~rdena •·iAr. e o 111.li:s •m
Sc,it' b • i it0111l1&. - O iodi,íduo tes dele ovidos pelo iodo ~ça hcce-te a ti esmo~ m.uslll 011•
0
e 8 utonornfa ~• · n àm ago do$ objeLí o e d caminl s do pto•
i~ ~OCldattm a cuc111idco que qoer que , ~viscrrwu.. .. J J>:q cs e ~. l.c.. p. 79.

· to rC'·OI tloniifio, aece. sáno preci r e cluei r,: e termo. Ten ta to· l.23
11
Ed1po d,c; de origem d s te: po e j m ei! um om em e uma muU1er tcrí;1
andado obre a te ). · o eonnilo entre pulsões e re Jid de, de um I do,
e elabora o imaginária no interior d wj ·to, de outro I do "·
O /d, nesta-máilima de Freud, vc pois r compreendido como ia-
nifl~_ndo cs c:nci lmcrue cst função d inconscien te que inve te d real •
d de o irt\ gin~rio, autonomjz -o conferindo;lhe pode de de ·são -
ndo o eon el.'ldo deste imagfn' rio cm relaç~o com o di r,o do Ou tro
("repetição". ma t:ambém transforma o a mpliD da desse disc:ur o).
~ pois 1. onde estav cs fun ão do nconscientc. o o di. eur o do
Outro que fornece cu alimcnt , que o Eao d~e a<lvir. 1.-so ignifl que
meu discurw deve tom r o tuaar d disc urso do Ou tto, M s o q ê meu
dl c:urso? O uc ~ m d c:ano quo ê me
discurs.o qlle é meu 6 um dlscu q ue r1cgou o disevrso do ou-
lrOi que o negou, n o n s riamente em eu conteíido, m11s en uanL
dl urs do 0-ucro · em ou tras p Javras que, e pll 1ando o mesmo tem-
po a oriaem e o sentido desse d. e n , acg u-o o u rmn u-o com coa e-
cimento de çaus 1 rei elon ndo eu sentido com o que seco s itu, e mo
a verdade própr JL do ujd1 - e mo rninh própr vc«t11dc.
e II m Jtima de Freud, nesta j tcrprctaçào, fo e tom da em ermos
a bsolutos, ela pro oria um o ~ tivo ioa es:sívcl, Nun a m di curso se
tcg:ralmentc meu no entido d f'inido c:im • t que cvidwtcmcntc cu
ri·o poderei j mai$ retomar tudo, lnda que sin:ip mente para ratifi • ·
lo. ~ t mb6m - e oltarcrnos a isto m • adJ nto - pprquc a n - o de.ver-
dad~ própri do ~cito i em si mesma murro m i um roblema do que
uma olu So.
( é também vcrd de n que se refere à relaçAo com a fun ão ima-
g.fo ria do inconsciente. Como pensar num '1jeito que ter.ia totaln,e.ntc
"r bsorvido" ua fu çiio mag nâri como poderíamos c.sgo r essa
foote no mais pr fundo df, n6s rncsmo , de onde ~rotam --~ mesmo te -
po r. otasías alicn ntes e çria oo Jjvrcs, mas ma.Is verdadcnas q e a ver.

l
•Ml<I
~:nas
neu-
1
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na~·
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1 erada.. e n-cm
j i!OU letUCC$-
5 <fli°'"âaro (c:f, cm
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..a .

114
<.lad , dc:11 ·0 irreais~ p m.i_. surreais. cni: du lo t do cCe 'ªt?entc re- maoenl~-me:nle atualidvcl vlhar, obj cl' v11 r, loc· t dim:lncia e mal-
oomcçad de I d coi.sn, sem o qu I nud~ ter fundo. com cbm nur o mc-0le tra formar <> di ur o de Outro <im d do sujefto.
ue estã 03 se de, ou pel me~ . in~11.lrlcavcl~r1te liga o , o que, faz M s o qua 6 cs.se sujeito? Est tuoc·ro termo da frase de Freud que
e nó.$ bom n~sa func,~o sim lt l, ue pr •~ no a capae1dn. cu
de e advir lã onde e tavao Id. c:ertamente não é o Eu do .. pc-nso" ,' ão
de e ,·c:r ~ pc ar em uma col lgo q e ela n, o e, . • , uJdt ,atividede pura, sem entruve ,:tn lnl! ·a êstc fogo-fátuo d fi-
p0 anto, na mod dA cm que t1 º,que,,. os r~-zer d ma 1m de ló~fos sub' 11 ist:if, . ta nama l!)~epcn dentc d~ qu a quer ,uportc, liam~
Freud 1,1r,1a si ipl ld-j rc ui do. ~cfin,d· cm ,r ferencin um e _Lado e ahrncnco E, a ativ1d <!e do UJ<:fto que "LrabaJh sobre s1 mes1 o" en-
im osslwl ~ po tanto ma nova m1sun . o - e:\ te um u110 sen tido 11 con tn ~.-.o seu objeto 11 multidão dos oo ntelid s (o discurso do Outro)
d r-1 e, Ela deve ser comp recndid,1 t-o~o remetendo niio a um estado com qual la nuncá te mi ou de se há ver: e, e ll$SC o jelo, ela lm-
wncl Ido. m· 8 1,11tt 'l ação at111 : nao a uma p oa.ldéal q e se tc_,r- plcsmenlc nii. é. O uj ito é 1. m~m · tMd de, m s a ativid,1dc é a jyjd3.
naria Ego definiu mente, realil;urla u dlscur o J(cfus1vum!ntc se1,1,111-- de sobre I uni e~ do oon cl:i n a f llllda. Ela é ~i ·-dctcrmi-
mais prod ·ria faota 1m1.s - m a.:; Uf!lll pcu a _rc· 1, que n o P ra seu 11 ada por aqull~ que ela dá como objeto . M s este upccto delnerê eia
movinicn to de ~omad do que h 11l s1do Q rid o, d d íscu rso d . ,c lproca ~o su;eí to e do obj w - · int~rtclona lidad , o fato de q1.1e o u-
Lro, que 6cap :i. de ,:evel r seu fo11t· rnas com fanw.srr,ia.11 e não se dei ,1 ;e1.l0 só CJ3 n medida em que põe u.m o bjeto - é só u primeira dete
RDiJmcntc domin:i.r por e~ - menos que assht1 dc~Je. Não~ tra a i to ção n:lat vamente sup4'rl'Jci 1, e o t z. os ~eito ao mu do, é o
de um srmpla "tcnôcr p ara", ciuma sil':acílo, cl i lin tvol por carac- ue o co loca pcrma nen t~ nte na ru • t um outra q ue não c:oo-
1erl$1ic qu,c t çsm uma $Cpar. e o rad, 1entre el~ e o cst do de hete, cun7 ~ odentaçllo das fibras ir._tenclon9/_s do sujeito, o i~ a sua róp rill
t n mla. Essu c;araotcrf ticas nao e nsl «:m cm um •·to m d de coas- mater~a, . q e tra o m tido a.é o ! uje'l l fazendo n Lrar a rua no que ele
cito j ., cfetu da para empre,. ,nas sim n um. oul':' ." ,laçifo otrc cons- podc:na Julgar se . ~ alcov11, Po te ujelto ati o que e sujflitq de ....
ciente e inconsciente, entre luCl ia e fun ·ao
1ma ,nana em um.i outra que e voe , est bclc~c, o~jetiva, olha e coloca a dístil ía. q e é e - seráe
atft.ude do sujeito rela ivomcnt.~ a sim rno, cm urna modin~ç· o profun- q uc é puro Jh r, capaddadc p ra de evocação, colocaçio • distàn eia.
da da mist11r11. tivldad ssivid· de, :0 l no sob o qwtl estia e efetua, " nlelha for do lcm p , nà -dimension11.lidade? ão, ele é o[h r e supor~
do respectivo lugar dos d ·s clcm~tos que 11 compõem. O fat de q_ue p(l• e.do olbar, pens:m~ento .e suporte do pcruameoto, 6 ,Hividitde e corpo
d I mos ompletar a prop [ç· o de F,cud pelo seu iov, r~ : Onde é o U.1vo - e tpO material e corpo metafórico. Um olhar no UAJ n.ão cJlistc
ld dcverd surgir ( Wo kit bin. Jo// Es1JtJjtor,cl1m), mos(ra q u-o p ou- já. o olh do nads pode ver; uni pensarneotà oo q ai oào cxi tejá pt;ru -
co ~ tnta, cm u o isso, de uma olllll.d de pod r pela eonseiê od n d ~ada fode. pensar 3. O q e e amo, .supone não é o simp upot•
scrHL~o trito. O d • as pul es-q1,1er- se tralê de Eros o de Thaoa- te b1o lóg1to, e o fnto e q_ue u-m cortt&do qualquer e:srti já sempre pr, enJe
tOl - $OU c.u tam · m, e irat11-sc de le •los oao omcmte à consciência, e n -o ó reslduo, escória, o ç ul u rn:u.em indiferente mas coridit o
mas ã ltlpt silo e il {: i.stêneia 3.1.
~m ~ujeit utóno,m o é ~quelc q e eflcie111 dn urMdad,: dó sujeJUJ. Este suporte, este oonteúdo não i nem
be ter boas razões ra e; nclu1r: 1s. o b vcrdadc1r • e: isso é b m si~plesmeote,do iujcilo, nem ·mptesmentc do ou ro ou do .:nundo). ta
lnCll dc:s . , umao pr d td prod.utoni de si e do outro (ou d mun o). No sujeito
A autooomfo não pois elucidação m rcs(d1io e eli 11'1 ' o total lOmo sujeito ex· e o n5o- ~eit , e a filosofia subjetivista pr1:par3 as ar-
do discim do utro não rc,c heci como tal. Ela ê instaumçâ de mad lhas onde ela própria cai graça ao csg ecimento d t v rdade fun-
n1 o tra rei ção entre o di curso do Outro e o discu o do sujeho. A dame'!t . No saje!~o i le por certo com o momfflto "0<1ue 'a1-nais pode
total eliminação do djscu.rso d Outro não reoon ecldo com t:tl é um • tornar-se objeto". Jibc1d•dc inare i\vel, ;i possibilidade .sem pte pr en-
tado oão-hJ. tórico. O ~o do discurso de Outro o o rc-conhccido como l do vl:lr o olb r, de li 2-c r abs tração de tod OOJ1téCi do determinado, de
tal, pode SCIT vlsto m~rno li q~e ten t t m rnai$ ical!11ente atingir . colocar~ d ntre pattntcsL~. inclusive a si mcs.mo, lv n.i medida e
fun do da intcrc gaçâo e d a çr(uca dos pr uposto uic1tos - quer SCJ
1>1 tà Descartes, Kant.. Marx ou pr6prio Fr~ud. as CJt tem ptccisa• 1

mente '05 que - mo Platão o Freud - j mais f!Orora111 ':<:$Se movimen- • l(lO n o t u:m~ eo,nd ~6t!S
to; e i!tcm os qu1.1 par am, e quo b VCZC$, LSso, se- al 1en ram em $4!U do sidclto, mnr u.ntr1 1n1l~rn 16
p1ópriu Jls..-iir.s<> torna,do outro . E,-i~ r. fl sibilidude pcrmanerue e per- llll1ç o de, coot r
ai.s, o"° t,;11,lt, qU&l
p r d11 sêneso do ~ lO cn ide i
mente- o SIIJclto um pmdu.to r produ10, e: "n Ofil!,Cm ". 00
)2. •• nuo, ,..e v m t.lCL.. 11· pelo c.un h do modo. m.u sam J> multlloc:o de I e do Ouiro. (o Jajçj10 Q nQ$ referimos aqvJ il o qpt
~ · ·•n. ib i,. 1~7 (E.rrit, , p 58A), um d a 10 ada ~fq11ic:a, V, frt/ril, p. VI
126 127
que O si testa capacrdade quer urge como ~sc:nça proximid· de b~ Portanto, n se pode \MIL:tr dentro dessa tc:laçào < bem de climi•
wluta no momerH em que se distancia de si mesma, Mas ess,e momento n o total do discurso do outro- n~o oruerne pot uma mm in ter•
é ab$1rato, ê v/Lzio,jam aj produziu e nem produz) • nad:l mais do que a min I vel, m ' s por ue o outro cst. em p re pfescn te fl a ivida<le que o "e-
e id!acia muda e in 111 do cogito ,um. a certez.a imediata de exis ir como im in " • , E els por q1.11: não pode também xistir "vc nde pr pris., d.o
peM 11 ~, q e n o pQ e sequer at ing!,r:_legi1 · m ♦1 men c e1<p · o peta pa- s jeito n i .sentido absolu to. ver<la própri do. ujcito é ~ mpre p.i.r-
lavra. Pois desde o momento em q e [av ,1. mesmo não pronunciada. fc-ipa o um verdadt que o ultn:ipa .1, quo $C çt1 rai:t nna lmen te n
a bre lll'l'I primeira brce:b , o m mfo e 0$ t1utro.s lnfil ram•sc por todo 0$ sociedade e na hist6tis, mcsmc> quando sujeito rcaliu sua sul nomi, .
lados. a co eiêoda e in ndada pela corre te du jJni fic, ç CJí, que vem,
se assim podemos dlur, não do Cllt r ore ·im do interior. Somente pelo
rnundo é que podem pensar o m ndo. D e que pensamento é pen-
. mcnto de a um coisa, o con teúdo rcssut e, nt.o omen1e no q e eJlÍs- Já r lamo longan, nte do sentido da tooo mi para o individuo. f
te •ira pens r, m aq uilo pelo qual ç le t pensamento (darin, wodur h que, i;rimeiro, era prcd o dife riC ar e1 ra e fortemen te esse- concei o da
,s gedacht wfrtÍ). ~ esse eonte0d , só acharf.i.mos no 1 -gar do •jcí10 vetha id6 11 filo5'> ica da liberdade sb. t t.a, cujas r~oaâncl s se ~n~n-
iCU rantasmll, nesse Có ntcódo uiscem sempr~ o outro e o outros, d ire- 1n1m L no m ismo.
ta oú 1,,direc mente. o utro estâ pttsentc ta1\to o.a fotrna como no fato f:, m seguid ., que m.çnto ta concepção da autono i e d.ri c-.stru-
do di~u o. com~~. ia:ênd _de confrontaç. o e de v r!J:ade (o que eviden- 1ura do sl.lj · o torna po lvel e mpr n:s.ívcl a pra ls tal como a defini-
tcm nce não ·lgn3itca que· u e de ~e coo und com :t ooncordãncit. de os .... Em quAlquer o tm <:0n ~ -o la "a $o do uma lib<,rd adc sob
opi11l&s). Enfim, só'ap ren temente afa$la.•se ~ nosso p o ósil o lembra urn.i. ou liberdade'' permanece uma contradição n . lermos. uma pe
que o supórle desta unjão do s · .lto do nã ajeito no sujch , o cillO péiuà impo ibiLld~dcc, uma mi rasem - ou u mil re , O ~ntão, e la de'l'C
cl.e$ta articu lac;ão de sj e do ou roe o corpo, c:s a e lrutura .. material" p le- con fu diNe com as condfçõc-$ e s fator de hetcrono ni í·. porquanto
na dc"wn sentido vir ai. O c.otp , que n:10 é alien ção- iss nada. lgnifi- tudo o que vem d outro ·oonccrne ao: "oomeúdos de eon c:íê.nci ", à
caria - mas 'p.l.rl cipação no rnund e·no ~en~ido, ligação e mobilidade, " ic;ofogi1f', sendo pois d.i -0 rdetn óas c:a · ; o ldca !ismo u b ·etiv ;ta e
pri-con titu' Â de um unlveno de I ifica ~ ani de todo pen.sa- o positivi mo psicologista e encontram fi1Jalm1mte dent ro dest.a vi.Ião.
menl refletido. Ma!! rnt n:aHda e. porque a autonomia do tro ão é fui urãncia ab-
soluta e si pies e. pOnts neid.idc q e eu pos. o visa, ~v deS4!rtvolvime to.
~porque .. ::. qucce" e:~t estrul ra Çôno reta do suje t q ue :i fi loso 1a
porque a utonomla nlio é elimin cão u a e simples d() di.seur do
trad· ·oo 1, oan:ismno da consc i&ld.i ía.scl11· da por s as prôprias for-
outro, e sim elaboraç~o <lesse dlscuao, nde o o rtro n o ma e:rial indl•
mm IJ , re~illil ao n!11el de condiçõ de servidão t nto o out ro como a
eorporaUdadc. E é porq ç uc:,r s fu ndamenta oa Ji e d.ade p ra de um fcr li! orê oonta P"ra o contctido do que ele diz, q ue uma · ção in e,.
subjetiv~ é posslvel e q ue ão e ló f1 dada a permaneçr; nütiJ ou a viohn
sujeito lícdcio, 9u:c $C co11dcna cocar r,a alienação do s uj to efetivo
por sua simpl1!$ existunciu o q e escabcl 1;1:; co o :seu prmdpio . por is o
como problema msohlvel; dom o odo como. q erendo b, sear-. e n a
ofl.3lidadeeu tiva efa eonstancemc-.ntc tem q ue csb<arrar n im i• que pode exí.slir uma polit a dn li erdnde e que não fie mos ~duzid a
,,.d rc lidade deu Irracional irredutMI. é assim q ue finalmente ela e colher entre o sil~ncio e .i manlp lação, nem mesmo ã simples ronsol •
t01'll4 uma refa imcionsl alien da; tan to is irr <:ional, n mc<llda
çf!o: "affnal o out ro f: t o qu 9ui.sc-r", t po is..,o uc ou finalmente
pon.~vel pelo q ue dlgo (ç p,e que C11l0} 1,.
em q e proêu.ra. esca11 • depur a indeJintd mente~ oondiçõcs de suara•
çi naJidade· tanto m · atien da q nto I is nlo p?ra dé: aíirm:tr sua li•
i;. ~nlrm, porque a auto o i • con, a eff l os, conduz dlre tamen•
te ao problema p lítico e oct3l. concei, iio que aprosencamo mos1r.i
bcrdude, q1lt1nc;lo esta ~. ao mesmo e po, incontestável é va;,;i • ao esmo lc po q ui: não p mos d ej r 3 .sutonomi ~m d sejâ•la
wjeil() cm que6 o não é pois o mom nto a rato d~ ubjetiYida- p ra t odos e que sua re IJza~iio \ pode conc-~b r•JC ptcn:imente como
ruosólic , le ê o sujeito efetivo to nlmente netr o pol mu do e emprcn a colcli va . Se n l1 e mna mais de e ndeT por esse ermo ne
pcl ou '" u d /lUtonomm n,io é i µ.bsoll!to, mõnsda que limpa e
J\lstta !lua supc rO ie ê. lero-intern a flm de imin r 5·im purcza • t razi-
d. p lo contato com o outrOi e a lns1ineh1 ativa e tu
'da qu reorganí 11
• l >'1W lo-~ fl ai o ria d. di liaçlc:, t
oons,aate te os conteúd utitiz ndo-se desses me.s o conteúdos. e tre " 11 t.ividndc" r "p3 ui iu da pane deite 11~
que pro d u~ com um mat ria I e cm ru •o de necessidades e de- idêfo elas .l4, u e, u!ori<'I fll-Os.
rôp ·:as compo tas do que el a já cncon ro antes e (J que ela própria 3· d p e por~mos em vldenel~
nd1,m1
11í
produziu. q . 101101111 o,

12~
a liberdade in- licnâ ·Ide um uj~ho_ l . 1 ato. M rn ~ doml_nlo de u~a seusanrpl<: "proou lo" . Os cial•h11 ri ~ocolctivo::111·ni1110 .o huma-
ra <."t>nst:iéncia brc um rn:itetial 1nd1kt 1ç;id o e 111.lmc:nte o no-impcsso I que preenche todll. formação social dada, nrn. 1am rn1 ;1
~csm " p r. todo. e .sempre. o~t cu lo bruto t (IH! u liberd, tcri~ d~ nglob , q e inS-erc da &oci<:etade enlri: - outras e s in~ rev..: LO-O.a!.
iupcr, r :is •· 1 ix- ", 8 " i_11é~i~ .' ele.); . e od probl1.1~a_da au ton mlUH! 11uma continuidade. onde de umn certa manc ir3 tão pre l s que
que 0 sujei O encon1ra c:m s1 rvpno u1n senu .º ~ Bnao c.1 o_ .u e que len n o exi. 11.: m ma is. os que estão lb ur 11tesmo que lav por nasoc:r.
q-ue transr tm -1 utilitando•0: se a mllo_nom111 e c:.ssa :e
a~ao 11 qu . ~ ~ por um I do, estruturas dadas, institui ·Õ4/s e obr "mat<:rinlit:?ci3i''.
sejam elll materiais ou não; e por outr lad , o qu~ 1!.)lfU l r insthui,
0 ,tro$ estão semprt pr entes c mo al!crtdadc e e o 1pse1da e do SUJCl•
t~ • ent"o a eutonomía só , concebivol. jâ aios 11camcnte. como um materializa. Em uma 1)8,lavra., é e un ião 11 11:n .'lo da soc1ecdade instituin•
problenia e uma rela ã ?cial. . • .. ,e e da$ cied· de in. 1j1 ufd d.a história feita e da hi!itôrfo se f..z.ea do.
en1rew to, esse tc:rmo s(J(ial contêm mius do u nos ex (1c1rn.~1os,
c:ve1undo medi,uamen uma d mensão n va do probltma. A te 11c1u1n s A h terono la I slltúidai a alleoaç
~efcrimos dltel men te à iruor-s b) tividade. mesmo .. tomai:nos numa com11 reitômeno social
eÃtensão ilimil a - il rclii -o de p~oa a p~a, mesm~ se arucul ada ao
lnfinlto. Mas essa rela o se i1u cm 1,1m conJunto <r1:1is am lo, qu~ o A ali,;nQÇ,i e contr: s~ ~ cond çõe~. para alêm itloonsciente in-
socflJl pT<>pn 1unente di lo. . . , dividual e da rei o inter· ubjetiva que af se joga, no mundo social.
Em o triis palavra. : que problcm da a t nomsa rcmc111 111;ed1a ta- Existe, a r lém do "d" rso outro'·, algo que o sobreca.rreg com
m ntc. identiÍJC.l· em n10. co problema da rei. ção do UJC to e do um p o inamovível, que limita e tome q1.1 se uo i util tod ou o nomia
utro _ o dos outros: que o ou1ro u o outros nao aparcc11Jn oomo o,bs- lndl idual • •. que n1ar1lf~ l!I como nuwia de oondiçõei ôe priv o
~ cu lo$ e tuio ou m~ldiçlio - "o l níern · o os oulr "~. "e1t1ste e de opressão, como ~lrul r soli ificad Ili bil i, lllll terial e ln$litueio-
como um m lefici d,'I e.xiatên ia e muitos•• - . m, como cons.titutjvos nnl, de economia. de oder e de ideolo la, como indução , mi tlficação,
do suJelto. de seu problc:m e da su possível 5?1u, o. l b • ,º que afinal nn nl ui ç ão e violênc': , Nc;nh 11 _ u n mi individual pode ~upcrar
erii certo de. de o (n [cio p· quem n~o _ctSl~ m1sul1 :ado ela 1d_c o!o~a de as eon qüéncl11s tlt~t csLado de coisas, anular os eídtos sobre noss j.
uma oer e ntosofi ; a saber, quc,a · men a huma na~ uma ç 1stencm de da. da csLrutu opres.~ivo da sockd de o ai vivemos ,
muk\OS O e 111 ~ que e dito fora e pr-ess upo. 10 (aindf! que nos esfor- E que alicn ç~ • a be1~ r nom i S-OciaJ. 'não apa= implesmco e
cem<» ,-duarncn1c par reintro duzir "o outro", o qual vmgando-sc por co o "discursodo<Hltr ", -em ora ·teâcscmpcn heumpapel saneia!
tet sido e~duído no toí o d!I subjeti ldad~ " pu a'", m. o e deiA~ leva r é como dl:tc ht ç. o e conLcúdo do inconscien e e do c:onscicmc da massa
m senlido. Mas cst.i. e isténcl de muitos, que se apracn1a assim como d si tUvíduo . M o 1uro desaparece o anoni m to ·olotivo. oa im-
inter ubjct.lvida e p rolongud a. nâo pcrmane<:e, ~ o cm dizer não~ <les. pc oalidadc d as "mecanismos eco11 mlc0$ tio mercado" ou da .. cion -
cte sua origem. simples inler-S bjetivid.ade. Ela é oxistênci· oc1.al e~• ló• lid de do Plano' '. d· kl e lJu n~ prescn da como lei mplesmentc. E.
ri~ e ê css · rn nó a dimcosiio csscnci I do problema. ante• conjuntn.mentc:.. o que rcprt ent ·11 em dlantc o out ro OQ il majs um
ubjcdvi dadc é., d ecert modo, a rna ttría da qual.é feit a o soeial. mas esta di r50: ó u111.1 1tllllralh do , uma ordem de mob liz·_ º • uma folhe d~
m 11 t~ia só eitiste como parle e m omento desse soçl I que cl e mpõe e pagemen e dé merc d ti e ras. uma deçisão dt trlbu na) -e uma pri•
q úi? tamb m prcu ,:i e. · ião. O "o u1r ·• é d ai cm díant "encam <lo" forn do in n. i n4c indi 11-
O soclaJ-hisr6rtco • 1 uão e n m a adiçã inddi nldA dos ca l r 1, Çil· dll 1- mosmo se sua prcs qa por dcJ ., ç~ o• 0 no inconsciente de codos
n,.tn.~ inte r-subjetivos (airida que scj. raml::ém l <>). nem, ~amcplc,

mo p11rn os pouc <ln :1 au

TIO \k \JC llio lnl d11 C I t,


CURO q""
1n ôm diz« qu.e o lnkrno er:i de 11ropriol.
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l~ n~o lin111 IIPC"tf:30. rn ni mldos díspo,;tos , Cfll
"º· nós e pe vã ,5q~ur.suolos ~ il •~O ~pre pequeoas
O rl, n 1 11'? l9. Q~ n<m ê ,.-.e.d,..,, 1 Idéia d.a uLOrwm~ e li<SP~<
37_ tc11ri,u (leda d11 u ffl uhíplicidadc rlccli <l coaa u 1n por ~ n . a.r-... mh1o1tlcaçO · l>4 u LVn•
••sim 111'1 ) t '1• " ( <liKr llllell t~ into soei· e s~ · (l SI s q se bu1· m a
1erm'" so a. D i«tl C) dn p~I . . 8'la ~ação cok>c:a pro iplo5 e co pll'.Ui6, ru ,·cf C\'O·
· rm 0 , ~liur 1m1 vu w1ro péetos. ( ente .a JSto na - aqu i. E'. é; c•llltfl l~cnte ll<I o h OllloÓ lo.ia. dí r- ln, • re
ane do«: li~). laç • o " mil r" e ttlncC>tS de eh, o d.- poder. ~Ôl!d:ido. Q fu:irda,

130 J.'H
os cooccrníd (aqucl~ que mpunha a mett:iJhadora, a qu e pMe q~m o soe,al delcffl'll .sobre o r;onj
aquele I q cm ela é dirl&1d ri desta encarna- ~pecâfica p n a uma d selas de ·e
~o: o ínve o i ualmente verdadeiro, a detcn o das metralhador Desta maneira onomia eapit 10, r iio, ,
por l ns é som üvid nlgu a eondl - o d aliena iio perpêtu e se et - é a.licnan • e é eo n, ubsts.nci I od
nível a qucsCo da priorid de de ums ou de ou1ra co11dição n:io tem' senti• de em proletários e ela bém de m:i.neira esr,eclfica
do e o e nos import aqui e a di cnsão proprlarncnt.e s ciel •• um das d m pr para os · óbvio,
A aUc:nação su c po· wnl lrutltuido, p-el mcmos como g,randc- 01 os caplt li~as tam bc:m: reli antcr·or o mar-
mcnte condicion da pela lnstituiçõc,s { pais r tom, d aqul no sentid 'sta simplista dos capi m s j oguel ism
mais amplo, eompreen do sobretudo estrutura da refações ~is de ccon6mi .,., □ ·-o devemos evídememerne cair no er nhar
pr du o) .•E ':°ª rei o C?m . ,institu çõcs prc:senu,,,sc cor,_io dupl • cOm capitar tas Jj r a • • . .
m pnmciro lu at, mst1u.uc;;ões pOdcm cr, e o sio cíe uvamc nlc, Mas além dcss o a 1- visto que isso
alf ns.ntcs cm seu conteúdo cspccU,co. EU15 o /!o enquanto exprimem e tam da n entam divisão nt gõnica,
sa_nd nam um e trutura de da sc, mai enorlcamcnte uma divisão an- ·· mo m u1 d . r i çà. cdade, todas Q.S
ta ônJ a da sociedade e, concomlwnteme e, o poder de uma cateJoria da.ss/!3 1omq.dos cm conjunto, i li , sr o, ao
a pt:(LOS cs "i.a-ualmcrite" as e o r to
de que a lei, u • rel cícri•
ulÍJJE, ). 11dc • R.rich(A
m nos ao f stf1 ui " l>cJeci.
&0• 11merlea11, (espçãa lmet11c d p rccc Q cl sua l u.a lóaica pr •
pOIQIMI • cfl111et1• pria, u.l1rapa ên ~e efe e ru çüo, su
... ot, por•••·
"fin J dades'
dia ser v· to "no in
socied· de,, ransfonna-se n m
r". As evidências se lnHrtem; o que po-
m conjunto de instituiçõe
oc· d11 dc serviço d l .
da

m

o O e: munbm •• cm sua a
0-
e.
supc da alloo - foi. a emos,
él e I do m rio atingir,
. ~
• m pe o de Lnn r m " e a
m marc;aria "o fi ade trad em
dadein1 histórl ", "o ssltO do rcino d11 nc 11dc reino d
libcrd11dc", Es.sàs idéi pum oeceram impr~i , e n ta.remos
sistem ticamen e, nem discuti -las ao pé d iLS
conota am mais ou menos u lllc não te
cla5SC$, mas lo.mbém eJimi j,,t são d lbo
("n~o haverá mais · , have • bom ari.o"), n.•
Fo rma âQ a instit iais difici l de r, cm úldma inst n•

4 em d l'lrtai e MIO lc capit~JI mocfune" no.,, 32 S. ~


B~ n
.. do p ele11Y0
opc I e O uo c5li~
como autooomi ~ ob ~
1 0 o • dofi • l
•di•ol.,. d a te 'dm ra

..
~lç~. pitt&n cs com de o llJTlbf&IU de
uma so~l,dade m nu-0 !ICJLl m i o
III De
do h
2
cill, da tdll,la das prcs " , to t 1 ~': 1V(1. in.sti!u'çà ( 1i-percc1 li to.do s- form · ção ml • quiva lent e an lvg à dosa r absol lO, u à de um
t do" cl,ininaç[io de d a rc tnça onom1 a) e. no pla n lil ofico, a indivi duo cuja "con, ê.n d.i" r b or"' o s r inteiro.
8 e"'~ncia de .. m homem tota l" ' de uma hui a nid d ,u ctoravu ce Nun(::;) urn a s.ocied de scrã lOt' lmentc uun parente, ptl
em , .. h'ó l
" oml11 r iu suu tst r a . '' q e os indivíd1J que oompõem nunca serã tra n, parent a si mes•
ess s ;déia&, pesar e se ca âter vago. N:1 11 010. ,1uasc grului Lo, nâo mos., j à q u-t li o é possfvcl elimi 1u o lntt111.vciçnte. Em se,u da, ue o
ente tr,_.d m um probJ ma, mas a p tc-o::rn 1nevit ,reimente no •· s ial não impllc1 mente os inoon e ntes individuo is., ne m mí!:imo sim-
so.m O d reile;dio poll~ic rev I cionáriti. t incon testável que 110 m L- ptesmente suu.s ineré ci as lntersubje ivas re ípro .,5, as rtl çõc:s tre
ffi tn L çompktom su filosolio da bistótia, lndefinivel m
la . O que 'pcs oa , consciente$ e incon cii:n t , queíam, L odcrie
gralmc:ntc com conte· d o de to 05, a o ser l t-TOd uzíndo o duplo rt1itQ
· r d ada, lntc-
modl:!1lOS J!ISliroar n-o é tu: M· x e Engels teoh· fa do olas. m , s ''!'
p.O n ·o tenham fala do· b st ate; nã p:i ,, dar .. receit.i p ra COZI·
de um s r absoluto igu !mente pos ufcjo por todos; o social imp lieõl 1-
quht ~Ar1 Lisl s do f-u luto". não ara prender- e a um il defini.!- e umil gumn coisa j mats pode se 11d como 'I 1, A dimeii, o oç:l uJ..
B 8, ,:,vv 1 ~ 1 • histórica , cnqu:utl dlmcnsão d o cole11vo e d I õ nim o, insta ni para
de.crição utópi a de uma soe edade 1u LI , mas -m purit ten,ta r, circu n
c:ver ~ ntióo com relação aos p lemas p s-en es e pr111c1palm n• 1:ada u 1ó o piu todos uma r.;fac;n 1multãnei d intciiondade e de e te•
cr c>m rdaçào ao probkrnil da alienação. A pt, xis não pode d írniit r ri ríd, de, de partici pação.., de exdusão, 11.i l r1· o pode er abolid, nem

~e<: idade de elucidar o futuro que d ~ª; , 1 ~orno .i psic;an~ li ~o m mo " ominada'' m mo num c:n tido ouco tínido d~te te o. O
- 0 µode C$V82Íar o p rablc "do.fim d analise, :1 pohtlca re•;oluctoná n
o eia l é o que(: iodo e n o e ning êm. o qucjarn I está 11u ente e qua e
r~ 0 poi otudir a q estão do seu re ulta do ç d sen tid o desse res.ultad o, nunca p r csc,nte e m o ta l, um nâo-~r r11:iis r-enl qu todo ser, aq uilo em
que mergulh amos t otalmente mas q ue nunet4 podemos 1precnd«- " em
Po1,1 00 nos hnpo 11 • exegese a po a i cm torno de um problem a pcuo·", 0 oci.alé umadi n iiol nde finida, emosces1'r;;l 1mscrito:J
ue -tlÍ gora pennancceu lndefinid • Nas in tui ~es de M arx referent e !J d íns an e; uma e..strut ra defi id 30 m s o cm po m tente, \Jma
q pe ção da lllién.ição, e:if te u m gr: ndt núrnçro dé elemen tos de um a artic ... lação obJctiv vcl e calei ri a. de indivíduos e o que p ra além de
!-crdadc iocontcst vel; éffl pri dr luga , ~v-idcntementd a nee<: sidadc todas as artic11laçõe$ mantém ~u unld de. t o q s e d corn est.nuurn
de b Lir ns cla.ss , ma, tam bém u id ia de um transf-O rm :i.ção d,~ insti- - Corm e conte:' do indLuociá el - conj un l~ human o~ ss q 11e II ra
t · ôes a um tá) ponto ue cíe,h•amente uma r.i flde d istâ .ei • ~s scp tod a m lu da da, um produtivo in tingi cl, um formante In forme, ttn
,ra daquilo q ue S Í ti tuiç " t prescnt· t~m at! ora no. h1~~ona: e Hld.O sempre mru c s mpre outro, ~ o q ue só pode a prese taM-e n:i e p-el n.r•
iss pressupõe e, il.O mo tempo, propic ia uma rn od lli çao 11 · m o do liWi(Cl(), mas ue é sc:mp,.., nrlnltamcnte rn is do que n 1 tituiçiio , posto
de scf dos 1to mons. i ndividual e colctiv.1m~:n.tc. Cl o li mit es 110 di~ceis que i, p.itad , ai mente, ao m mo tem po. o q u precnç:h11 a instituição, o
de perceber. Ma esses eleme nto oÍN: r am , 11 vezes, miumo e M :.rll e que se dei formar pór c:Ja, o q ue so brcdete ina co.ut ntcmcnt seu
E.n els. e di: qu lqur maneira n9s mar~ t:.'IS um d 1~ m. t dir - func:i n;u ~rllo e aquilo ue, 01 Oltima on.UiSt a í u d.11.mcnt a ~ri;¼, a
- 0 de um rnitologi 1tt al dc:finid porém ílr1 lmenlc 1n1sufic 1.1 m an t · m e l$t1ncla. a alter, ti ~ trói. f1éí o ci I inacituido. m as este
aJimilÍtt! uma polêm·· ou U!,JIª .intimito! g.ia i~ ualrn ntc m~lo l. lt21 en- p põe scm (lrc o ~o 1 1iost!t1,1in te . .. m tempo ormal" , o social ma-
tr,e O advasáfios d .revolu .. o. ma deUm nac o çem referc;~c,~ a ~s~s al fcsLa-se o instrtuii;;ã-0, porêm e ssa ma nifestação é 1:1 mumo tem po ver•
d\l4'5 mito lo ia.s, q ue ali s com itr~II bam \tm a base com um . e nt !tlss.ána dadei ra e de algum od ala cios .- como mo. u~ os m m nto onde o
r l mer1m , nu1s permite igu ICJ1entc pro di r na ~-omprc $ão posill• 30ç f • lit uinte ir rompe e: se coloc em ' çlo oom as p.tóprias m iio . os
do p10bte111~ . mo c.1 tos d revolução. 1ú e , tral>a l n vi ime-diali! r'11 0Rle 11m n.:.sul-
la<l ,' que é o d e da r-st no mente um n it i - o p· nela c~í.l tlr de
por om · ni!itnO ("fase super io r") compr •ndcmos 1 - de momento em q ue esta in ·1l1ui o é cst.1 beleci,-
tn :l(lelr.1 " I vel - e d
de 011 de flâ<> c:,;is(iria qU.:tlquer rei.L tên ia, u-ulqucr e:sl' s ~fa. $Odalins ituin }e cs<i ui va- e, d ís · ci 3-sc, já t · tom bém alhur, •.
o pucldJid , u • ue ~~ri, p:ira ' mesma pu ra t _ ; No ia relação com o .socia l - e com o his16tico, que é d aeovolv i-
Oflclt os dc.,cjo ncalmrl.i m espon1:u1eam • para mem o no tempo - n üo pode ser cl-r1mada de ti>lação de: ope nd&lcí , o
ocnici iar-.-e, s id a_de de ,um diâlQSo 1, seri. que m.1v letia n,enhum •nti~o. l! ur a rela êo de llrerêlf ct, q te como tal
e recorr .id o at mb<>lt 110, m soe co bri-
\ formul11ti II vont, de colc,lva se stit ul-
ç.&$. 0 1 caj:is 11 is Cil U!ltlriarn pro lc di o que se • s· l do clo l qtllli! ostno 11a raiz d.a impou1b1l da<k de rd lclÍ•IO pou· rnes.
tr:itll. t p((c' te q ue isso e um d ncoere nte. um , o· cm redu7•• o ao cll! • • - n 1>cn mcnto hc rdtado. V lt rem~ km 111.<:DII! u
e t do irre e I cuja rcpr ntac;fio de e ser Uminad . Ê uma undll parle d ·•1• li fO.
135
134
11 0 e nem li rdad , ocm 31itnaç-io, mas o teneno no qu J Jiberd de e cscje este Cim, aliás fclizm«1to lrrr:.aliz 1, q e ri a dc:strniçllo da
alLcmaçiiO podem cxü,tir e que ente <J deli o de um narcis· mo a criatividade d.i h ist6ri • P· ra lemb r, rom<> implcs ima em . o qu dis•
lmq poderia e et abolir, deplorar, ou ver como um ~condlç-o ncgali- sernc>. sobre o sentido da autonomi a para oi di\/Jduo a im oomo níío
va", Se quisormos, a t .o custo, procutàr um a.nàloJo ou uma mel r ra podemos eliminar o e:· bsorvcr incon ctcnte, também n podcm<>S
para Cli rei, , o.~ em nossa rclaç o com otur 1. que o enconlt3.re• eli inar o reabsorver e fundam~nto ilimitado e ins.ond.\vci sobre
mos. e pi:rteo0er ' a.ociedade e j históri.11 , infinitamente evidente e infi• qu I repousa toda sociedade dada,
nil mente obscu ro, esta consub$1-aneiAlid de, identidade parda~ pa tic1~ o se uata .mbêm de um $0c icdade cm instit I~~ , qu 1 1,,1er
paç cm .il ma cols11 que nc» super· indel'ioidsmeote não é uma alie• que ·a o dctcnvoJvim o dos i divíduos, o progresso da êonica u 11
naça - ·m como n o o ão nossa é$paci lidade, nossa cor oraJid.<tdc, íart ra eecmomrca. enhum dcs.s fatores s primirá o imimcros
e qWUlto aspc<:t0$ ºna urais" de nossa exíttencia q o a "submetem" proble: es que ap ta <:on. rne 1::ntc ,e 'stêm:ia cole~Jva dos l\O•
lc-ls da {is·ca, da qoimicfl ou da l<>logia. l;las só ~o alien -o o faota, me~· nem portanto neee s1dadc de arraoJo e de pr,ocedtrne:nt~ qyc
'as de dcolog.i q e re(:usa quito Q,UC é. em nome da um de.sai que permitem crebute--los e csoolhcr, -a n!c> post lando t.1ma mut~çao bto-
vis~ uwa miragem - a posse total ou o IIJeito · solut , que cm uma n.. o lógíca da Juimanidade. que rcali.mri rcscnç;i lmcctlata de e· da um n1
aprend u o. v[ver, mesmo a ver, e port, o o só pode ver no ser pr va- 1odos e de t c!Q. rn da um (m· ate os ucor~ de cfmc~fleiio11 Jã vi-
ção e detlcit intolerâ is, ao ue eJa opõe o Ser (ficúéiQ), r. m que um «lado de tele:puti uni\♦ tf. 1 I sô dlcg rt 0 uma imensa oon-
ta ide 1 1;1, que não pode ac: itar a I c:r,ê nda, u unitude. a lim ta- f í!O gc:l\cralizad.a. produzi do apcn b' r-ulho e nenhuma infonnação).
o e a fa.tca, cultiva desprezo por se re:iJ "mui t verde", ueda não N o uata tam · m de um $0CÍcdade q e çoÍncidi i 1 1cgr lme ote
pode i cins,ir, de oma forma dupla: pela co11 truçâ de um ficção" rn• com w institui , que seria namente reo bcrta, sem el\~cs.sos nem
plcta", pela i.ndifc.rc: cru1mt.o ao que 6 r:. o que dele pode faze r. • f; lhas., pelo te.cido instit ionaL. e que, por b'aixo esse tecido, não teria
isso se manifesta, no plano c.cór·co, por la exi !nda exorbitante. de re, me uma eledade que n passa ria de m cn r,ela rnen to de ln tít ui-
cupem llo inccgral do "sciuido d lüstórta passada e fu u ; e no plano çõcs i~fíntt.a.meote chãs. H "ª'~ se pra u a dis:tâncta en rc a sociedade
prático, p<)t ta ld! a oi<J meno~ e orbit:inte, do homem •·domimindo ins.titulnt1:: e o que i, ~d- instante, 1 tituido - e es.ta dis1Af\d n-.o é nem
u;i i$Cón •• - a tt r e pos?l.lido. da história, como c:st ria pn:5tcs ator· um neaaúvo nem 1,1m di:ticrt, ola 4! u a das p ~ . da cri' tividade ct
naMe, assim p ... senhor e pouui or d. n ture 11. Essas idéias, m1 m~ história, o que a im_p,ede de çonõcosar► e para cofpre n:s "forma por fim
dida em q s ct1 onttwnos no mar ismo, traduzem sua d4:pcnd!ocia d cncontrodí" das rcl:1: ôcs so ·ais e d s atividade h1.1manas. o ue faz oom
Ide loal, w1dlc on~I; do m mo modo que traduz sua depcnd~nc;ia que uma sociedade contenha semptr:: mai~ do q e .tprescnt.a. Q~cr abo-
cm r a,:{i à ideologi.i tradicio al "ao mnrxl$Jno, o pro cstos im6trieos Ur esta dl. · m:ia, de m o u de outra maoçira, não é "ltar da prç.
e despeitados dos que. a partir d constautçiio <k Que a história. não é ob- história p, t história u o. occcssld• ~ po.ra a llbe:rdatle. m· s querer
Jct de po.1se cm 1 ransíorm.\ '►' C} cm sujeito a soluto oon Iuem pel~ pere• ltar no "~luto 1medi,U , u seja, no n da_ AS$Ím como o indfviduo
nide;de da all o. Mas chamar a iotrilncia dos itldividuo , ou de toda n· Q pode captar ou dar-se o i: quer que ~11 - nem m ado, nem e e
sociedade d da, a um . oei- 1<' um hi tórioo que os &up,er m cm Iodes a próprio - fo do stmb61ico, uma sociedade nio pode d:!r•sc o qu q er
dime;il;SÕ~. t.>hmar a isso alltnacâo -0 tem ~cntfd d ntro d óti da que ~j" for-a e 'mbôtioo em segundo au, q~e as inslltu õçs repi:-
H is ria do homem sem Deu ", «ntam, E, im ç<'.mlo eu n!o sso eh.amar d~ al\eena o ninhar, h1çao
A praxl. rcvol u lonâria, porque e rc olucionári.i e porq e de'►'c ou• com a lin uagcm como tal - n qual cu r, s o ao m mo tempo dizer
sar p, ra alem possível, ~ "reaJis1 " oo sentido mais ttd deiro e oo- tudo e 11alquer col , d.iao e da q ai u ao m~mo lempo deu:nninado
mcça oei ndo o 1 em sua determinações profund s. P r ela um SU• r:: livro, redação COll1 u q aJ um fta~ so é poss:í 1, mas não Inevitável
j 1:ito ue~ ti é$Se livre ~ toda i er~e.ia n histór ia - &ejo pcrando o - assim t mb6m l'lào tem ntido d ominar henação reta ão dasoclc-
"sentido inte-grar• -. q e ti v~c tomadQ a llln te on, rela - o à so- dad m a ift tlt ui -o c:cmo t.a • A aUeoação s r 1p1u_ur rela ~ o, ma el
clixlade-izja udomit1. n o" ex.iusti\r~ e.ate \lá T"t'laç;,o com efa-, n <> é ntÍo é ess~ reJ ~o - como o err lJ dclfrio sós possivcis NJ lin uag-c:m,
u suJcito ;iutõnomo, é um suje.ito p iootico, nwtat~ mutandis a m • ma. n.-o são a Ung a cm ,
ma eois t válida para toda so ied de deter íoad , que: só pode, ainda
que cja co unU , emcrgír. eitfatlr, definJ.-se, n base des5e soei 1-
bi:U · rico que ~tâ alem de: toda sociedade e de tod históri, p,articul~r e
allmC111a a tod:l!S. Ela n· somente que ouo se ta de re-cúpcrar um
"sc:n ido'' da história passad:, mas que não tra l m~m de " domi•
tiar", 31e11tid ,cito d ·a palavm, a hi tóri- fulura - a menos que
LJ6
A lrnstiitilção, !l lsi.o on6míro-tundon1I
A alienação nã t nem· lno,., is õria. n ma c1t ti!cnci.:1 !fa io
lUitão mo ti1I. M altcnaç11 como uma mod(l/1 d, d rela•
ção e m ins ili.lição e, por sc-0 i i • da rei ção com I bistôrf E
esta m d-11Lidade que prc:ci i;irnos eh1eidar, e para i ~ , molhor com r en•
det o que é ~ inslit.\lição.
s socicd dcs b as., a .i I como encarnada na
estrutura de clBl>Se o io por in na verda-
de da ul r;ipas a ~cs . su na upõe cvi-
mcn e a etiminac; domín e m, ai
desse a pe o. (Não que ela. eli alicmi•
bs ' lir, ou o ínvcrso; ma as cf◄ e e:li~i a•
u impcdid u de renascer, r,ara çiio do que co sti•
tui a aliera llo propriamente d' í além, porque a attenaçiio cxisl u
cm socied d~ q uc nii() aprcscn a de nem mcs-
m o una impor nte dHerenda 'a nu ciedade de
alienação, a própri clnssc dom st, ão d: nação: suai.
instituições não têm com e] a r riori e de i tru-
mon t alid de qu I e atribuem às rn •/;nu • niin p ode
mi iil'i o r~t nte das edadc com su sem ificar- e a si
ma ao mesmo tempo. A alieoa ão nprcse ta-se de mício como allc-
na~ão da so iedade às sua ln fniçoes, como ouwnomiza(à<> d· instilul-
~ com rei. ç.'to • edtide. O q ue é qus ~ .1utonomi1.a · ~~ im. r, r q u ão eo11 lestamos a vtsão func onali t3 na medida em qno e ama
como - eis q uc ~ ln1t,1 de wmr,teen et. · ·no ateo o para o 17 t evidente, mas c pital, de que u lnsti ui ões
Estas con iat çücs levam um q11 1,oname1H<> da vi. " o corren te da prcen em íun v tais sem as quais a exi têncl do umasoc· d ade t in-
ias• tuio·o. ~ q,unl cb maremo de i iio e<:ot1ômico-funéionaf 1, Ref~ri- ooncob{vel. Ma c;ontcstarnos na medida cm que proie de que as in ti•
m0-1\0 â visão que Q~er e . plica can1 · cxrs1êm:1a ll i nstitu ição como wfQões s-e limitem isso, t, que sej am pcríêl · · ente e mp otJUCveis p r-.
sua c:aracteiist icas (ideafm nte. . tê os minimos dctal ) pd. cmcào,qu 1 tir de te papel. .
o itlst.ltui o preenche soei ade e, 11S çfr unsl rtcia.s dadas., por .seu p • Lembremó , cm prim 'ro lugar, que a c:oo rop tl'da negativada vi-
pcl na eco1romla dt con. unto d a vid ocfal 1 Pouco importa, do n o são çonte$tada Indica qualquer coisa de ineompreensívol pa es a pr<i-
poa o e vist , uc esta ru ndon lid~de pos-wo u aspe-cto.. 1-!Sali. ta' ' pri visão: o grande número de ~sos mi que oonstat mos, nas socieda,
ou "finalista"; iguaJmm te po Q'.> importa o pro ·o de rut:soime11t e de do.s d das. fu,nçi;ies que "do são préc:ncb d "(embora pudes-sem !-Jo
sobre'1ivência da ·n.stituição, ucr · di&a que os homens. mfo com, nó nJver ~ o de desenvolvimento bistórlco), corn conseqOônci às ve:u.s
precndido a ne<:essldad de .ue tal fun~o rosse preeo cbJd.n,, criaram meoore , ou tras vciéS catasttófiças., pon a soc'edade ern que Ulo • .
coMQcntcm énte ·uma in tit ui - o a uada; ou a li\ titu · "o ondo Contestamo a vlsã funcionaJ'sta, sobr,et do. devido ao azio
surgido .. por acaso" m seno íu llciono.f lénha brevivi-do e ~ rmhido que Qpraenta naq ilo que dêvc:ria sor para e . o IX)ll o ccmrol: q u.ai ào
que a soctcdad1: considerada so reviv , ou qw a soc.iedadc tendo tu:- unecessid del> rca· " de uma socicd de, .q ue instituiç .se d~s.tina-
cess.idade do ue tal (uoc o fos e pN.'énchid4, ,p tro u-se do que cncoa- riam a erv1r '? ão será evid te que.. des4e que ab.indonam a compa-
tr va e:nc rregando~o dest função; ou então qu t Deus a raz:J!Q. e ló icn bia do$ llcacos s periores, o _,X po-\l h mano çonstiluíram 011lr s ne:-
,da • c.6na organiza me e ntinua m oraanizando ocicdades e· s j
ti tulçô · que lhe~ corres ndcm -colQ~mos a é:nf~ cm ma a m . ma
a, cess dades que não . pemas as biol6gicu'? vis: o funciono-lista 8 Ó pode
rcaliz seu p rama sec seoutorg um crlltrio da "realidade" da nc•
coisa, á fun · nalidl\de, o cncade-amcoto sem falha do:i. meios e do fins çculd dc:s de um a cicd.ade;. de onde o tomarfa'? Conhccemos u nci:cssl•
ou das causas e efeitos " plan gec:il, a estrita correspondência cnt dades de _m ser vivo, do organis o biológico, e as ruu funções. corre,.
tra os da instituiçio e as neccssíd de-s "'rea· "da sociedade co nsidera • poodcntes; mas o or ismo biológico o~o ê ma que a lOI liõ.ad da
c:m resumo, sobre a circula~ão i nt1:g I e inint .rrupt ent re um "reà.l • e funcôcs que cumpre e que o fà m viver. m cachorro co e para iver,
m Hr clonaJ.fu ndoóal' ' . ma tamb6m podemos dizer que v1 ve par comer: viver,. pa e (e para a
êcie cach rro) o o é $Cnílo comer re pi r: reproduzir.se etc. M
isso nada sisoHlca par um ae buman , nem p t uma soolcdadc. ma
1 /\ssm,, $ u.n ., Malln.~w.s pi ç!lo d-0 Í:110$ socie ade s6 po existir $e um. ric do funç<>cs são con tantc ente
i.nt olcl$icos e lvc ÔC$ pdo popçl que d,;• preeochidu (produção, c:.sta.ç· o e cducaf"o, ges o ooleúvidade, n>
siemFcn.bun 1\0 - • m pc moio 11nutal. _ solução dos litJ io~f etc,), m se a o.ão se re uz s6 3 ÍS$0, aem iuu m nei-
vis:.<> f\J~ni1lls i li t1pB de év/limçlo, ras de encarar , problem s são ditadas u á vez po; todas p r su
<'Jdt ~ e, Cil) 1, 1 la 1, u.mn 10,cí•
fllJ' reallur, rqr p dis lbdo q, "t,ature:za"; cl~ in'f«lta e e-fine pa i mesma t.into nov-as mane:iras de
( ,dtlt/tr a ~kl>ts .
lr . y" , vol. l. riisponde tis su.as 11eocssid.a-de , como nov · ne id des. Voltarc os
and Lc.1d • 1!'36. p. l )l·IJ1. Vc,rtn111ti l"(JWO. Sl~fi,JhtCJ.11( loog ntc a e, e p roblern ,
l'tilffi.lr,,: Sacütf, lond n. Col1<:1t aml Wcst. 1'>S2, (Ir. I S tn..- ~ ft>M<'l/<1'1 da».• /,a ,ro,:/i;. Mas o que deve fo rne«.r o ponto dei, rtida de'nossa pesquisa é a.
1J pr!l11l1h , Paris, .coJ. 1k Minul,. 1~69t, m11ncira de sc::r sob a qual secon ltui lnstitu· o- a saber, o s.imbóllco.
2 2~ 10 vis qu:,,I · rflpre1çc,tnm eh
l os me uo s se r 2p Me ás c~il:tncln5
eh "in -. I• IYS es: .a) ' ind l 50-
ci>l ns~ l ,.,0, 1110 r,10 e ,1'40 U automàtlc:u C ctJk)nlAA • eme
llt
i ~ o" r«o te ~ iostitllàCoo em
o, uma croJu(ll'.o): b) M via clo-
i o - mai possuio final•
d, ó pri.l ' nas'' clt · d.ui • Di:U,11ew ~ - ro
\ludu • A9
81.IB~ n QQCJal tá. Em 0111:ro e t do, S e,
«>. .,.., -
do.. e pcioclf);tlmcn,~ eom " rcnli e l e CYi•Stnlll . Arrdrf'~ ttl'Uttlr"OI, p . 137.
n obseuta, o u e111ãa é l~1c,r.1.da 139 e p. ),
(como ' ltttdl'tMilt <lo 5i,. J Aw M aiflca ç rea 3qli ~lo cl!c idudc",
lç 1• _ VOl(ar,:m~i mais aQia111c a critica on ol'úrno l()tmuJn• "'file Fu 1'1' rr D OJiwr. C •~I . 944, p.
fl~* s, mu ,,a 'n1cs, ç we ac s j~I. ta-eibtm oi ,·ilidft ~;sra o ,narxiuno. 1 9,
1O
A &lstltulção o shrihófi (1
tr , com instr , enlo pe fcitamenee deqwi.do expressão de m coll•
udo o f.!Ue e nos uprc. la, no mund oc1 1-histórk es-tâ indL- teúdo preexistente, da .. rtllldc1 s bstO.ncia" de rchtoõc:s o,cl- ~. que
·u.ve mente entrelaçado eom o simbôlíc . N~o e se es otc oele, nem aCrl;l ocnta nem diminuj nad , u ent.'i a c:xl~t! cía de ma '')ógfo
tos reais. ladividuai ou coletivo - o tr.1 alho. consu • a guc:rra, o ropri "do simbolismo, reconhecida, mas ta lógica é vista CJtclusiv ~
amor, 11 nat;ilid.ll e - os imnn ráve '~ produto. materiais sem 03 quat n mente como a ·nser\.tO do .sim ólioo em uma ordem racion 1, que Impõe
nh0111:1 socie ade pod«ia vi..,w u ô momento, , · o. iio (nem semp , suas oo,ue.qOên-cias, C[ eras dcscJemos ou não•, Final cote, d tro dessa
não dircL&n n lc) s[mbôl . Mu uns e utros -· o imp I eis fórit (,! v.l são, u. forma eitA sempre serviço do funde, o fundo "nml•
um:i reck simbôll a. . racional". M· nllo ! • 1m na realidack; e isso des róí as preten5 es in•
noontromos rimeiro o hnbólico, é claro, na lingui\gem. M LCCprct tivas do funcional ismo.
cootramos 1 uahnente, 111,1m ou<r srau e (ld uma ua m· nelra. n s ns- Tornemos o exemplo da rcli,gt ·o, esta in. tituiç o tão lmpo«.ante cm
titulçõc:s. institui õcs ttã se n:du .cm ao simbó lico. mas las s6 podem tód:u as ciedade histôriens. Ela sempre comporta (11· o d iscutiremos
existir oo simbólico, $ÜiO impo:s~fvels fora de um lmb ó liço cm se undo aq11l .s caso extremos) wn ritual. ons[dercmo a n:11 ião mos11tc A
u e con Lltuem da qu 1 sua rede simô r :a. orguc1lzac;-ào dad dofinjçiio de seu rltu l do culto (no senti o mai$ amplo) c-0mporta ma
da ecoo mfa, urn s· cm de dl.tel o, un1 poder n: tituldo, m t i · 11.0 prolifenaçllo se-m fim de detalhes; esse rl~ ai, e tabelecid-0 com m !to
e 'stem socfalme e como sistem, simb lcos nclonado . Eles osis- mais det lhes e pr«isão do q a Lei propriamente dita ', decorre direta•
tem Cf!1p.sar as- mb?lo~ (1. signific nt ) 'gnificados(rep nl çõ , or- mente de ma d21Jnentos divino e por i so aliás tod0$ o:. se detalhes são
colcx do no mesmo pia o. O que determina especificidaqe d
ens. tllJunçôes ou 1nc:1tações para íazcr t>U não t v:t, cons 0lncias, -
sigaiflcaçàQ, o s.eo~ido amplo do termo• e r ü-los vai r co o tais, ou talbes1 Por que são todos col cados o m mo plano?
seja i tornar e. ta fíll - o ai$ ou enos forçosa par a sociedade ou o A primeira pargunta, ó podemo. dar uma série de n: post r-
grupo $ider:ido. m útulo de propriedade, m ato de vcn ,t ~ um oiais. Os d hes são em parte detcm1in1.1dos cm ferênc:i à n:alídade ou
lmbol do "direito", ociaJmcntc saodonado, d propricl-ário de procc- ao contcl'.tdo (nu.m tempo fechados o nCXle$Sário.s candel bros; U1l ma•
dl!.I a um HÍ ero indéíln~do de opcraçõ obre o objeto de sua p prie- d.eira ou metal ô o mais precioso na cuJ1ura considerada, dl o cotão, de
dad Uma folh de pa ;iménto é o s:lmb lo do dlreito do 55alarfado de er utitiiado - ma já n çaso aparcoe o sim bolo e tod a p:.C,bkmtld•
igir um, quantidade ~1abdecida de cédulas que são o mbolo d cli- c;;J. da mct4fora direta ou por oposição: i,enhum diama.ole é $Uficie.1te
rei o de: S(U po suidor de de ieat•se a um.1 vade<l de de atos de compra, men1e prcçio o pana. tiara do Papa. maio Cri$to I vou cio mcam ,• os
cada 1,1m deles vindo a se r, por sv vez, simbólico , O pr6prío tra alho que pú dos Apóstol ) , Os dct lhes possuem uma referencia.. nio f nciot1· 1,
r.:stã n~ origem des1 foi a de p3gamento, erubora eminentemente nrnl rna sim~U~. ao amtddo ( e . da rcalid de, ·a do irna 'nlirio rd1'io•
para seu sujeito e s s n: ultad~, t ooost._tmcmcntc pert rrido por w. o ndelab~ tem sete lâmpada!;), Os det lb podem enfim ser dctor-
operaç,õc.s slmbólicu no pen amento cfoq ele que lr., b lha. n:1 iostru• m i.llados pelas rmpllca, õc:s ou e:onseqO.~ncias ló ico- ç ona' das consi-
çôc:s q~ N:cebe, e' e.). ele próprios orn si mbólico o toao, r-edu· ido derações precc:dCJlt ,
prim ' ro a hou1 e m inutos a~ tados por t:lis eflc ient , ek: cnlr na eta• Mas C${iU considcr não permitem ln crpretar de man ·,. utis•
boraç~o contábil da folh de pagamento ou do lanco "rc:suhados de fa 6rl e in e1 l um rh al qualq . Prim~ o elu . cmpre eL" n, resl-
ç-xplorn ·o" dil empr a; 1rn11do uimb m, em coso d.., li fgio, ele vc duos; no qulidruplo eotr açàmcn to cruzado o fun •on 1, do $1mb61ieo e
prcci,cti« as ptemiSl!I e ooocl Õés d sHogis o juritllço que dr.:ci d irâ. de suas conseq ências, o furos 'io m.ais numcró os que os p nlos
As d 'sões do~ planificado s da nomia o imb-OliCi15 (sem., -com
ironia) A ntenÇll do trihwiat ~ simbólicas e -uru co seqilên ias o
·s qunc que int tal:me:nt . atê os 10 carraseo que. real pOf cxor• 4 "Em um Estad.o er o é p1,:,cl50 n o somento q1><: o dir od:i , ltu~io
rnc' • imcdiat.tmcnt~ tarn~tú imbôlíco cm uw nivcl. econ íl c:a ~r: e a,,j.i su.a ~fltessio, u ainda que nja i,11• tico. 11 qwl
T da visão fu nciol'H llsta -conh cc e ÔU\'e r «J nbecer o p pcl do sim• 11 • • se i ·e.e u.m d rnctttiôo prOpna J1 r ~UcH cx,otro~es i obt f~<l,
bolism<> n v· soci l. m n~c cud.i v m,enos fiol!IIC~ ;u ~ dadt.3 cconhmic ~~•. a o1 nr.ad
' J ic t rarrwn "1ue ela r nhece sul\ im poru ncia - e t~nde, en- $ehmwlt de 27 de e, ró ~ 1890, (Rcpr, . K.M,, F.E., Gtwi< i. os,- til. p.
1 ).
lào, a llmitã-ra. Ou o sinibolism /! isl com ·1mp N!vcsttml?nto cu- No Exodo. o Lc tro ca tu.1011 tl) r • 1e a.s dl •
tct cone,: ç tes 1t lo ~om 0111:c 2$ ) s uúlln•
ÇQ COin.CGr ClllU a i pc '""· 1 o 1: rimtf;,.t,
'4, 1-8. 10. Jj, l$, 19 Tqt, ilO c,om ~,Ü s,aodc
riqu,ua de de ÍI ~
142 14
uma p cudo upercsuutura.. um fenó e.no dos cpifcmômeno.s. Vcj •
m cntão um in tllUL · o érfQ como o rc:ito, dlret~ ente (i ad3 1t.
"sul>! &nela" de o a socicda e, u t, egundo dlzcm, a econom1l!, e q
acnhum3 rei o tem com fa.nt sm , ' 1del l>ros o beatice e lm com
essas rcair. e sólida. t _I õ ci is que se exprimem □A proprl ,n s
transaçõeS oo. contatos. o dlr.:ho deverla.µiO<S poder mostrar, uc o
simbolismo está a scrvlç do conteúdo caó deste 1e afasts ~adida cm
que uaaionaU<I de o for Deiltcmo~ também de la~ es . tza~os P ·
milivor. e m que nos enche os ouvidos e entre os -qums, aJ1ás., sena m •
to dirtcU dlr-mci r re ra propriamcmtcjurldicas das ou ra , T e-
mos um &ocicd.adc islórlca e reru am()S.
ircn os, cntio, que em determinada_etapa.~ evolução ~e uma ~-
cicdade hí~t6riea surge oecess.a amcnte a md:itm~o da propnedade pn•
vad~. 0 e correspo de odo funda"?c:ntaJ de produção. ma
vet est olecida n. proprled de ptlv da, uma acne de rc ras devem ser ft-
Aa<I • o dLreitos do proprictério dev«ão ser definidos, viola . c-S de:
t a el.onadas, os casos limite d finJd (1,1m .irvorcer~ na h~ha dt-
visóri e tre doi terreno , a uc:m sxrtc:nocm os frutos?) a cncd1da c.m
qut a sociedade dada se des.c:nvolva ccon?mL mente, que trocas :se
mulüpUqucm, a transmissAo livre d propr dade (que_n i r~ _não 6 de
modo uJ um natural e n· o ê nec arlamcntc ~cuonec,da,_pnncr almcn•
l~P r be imóvel deve rea 1l r:nent da, transaçao,ueacfc ua
do~ r rormalizad deve dq irl uma p~ i~ill~ade de venlica o que
mi nimiu os possivcis litigios. A:5sim, oesta mst1 tlllç!lo que perm ne, um
eterno monumento de racionalidade-, de ~o.nomia o d~ í\lnc on hdad~
equi valente iostit1.1cional da geometria cuchd1ana - refenmo•no ao dlm-
to romano - se cl boca á durante os dez seculos que vão d J.,:;c Diroác-
dm Tabularwn até a codiíi o de Justiniano, es - erdade:lr Jlorcsta
o1as bem rg nÍ:Zád e bem on.struída, de regra que r;$lão .ª ser •i, da
propriedade. trans õcs e os coa tratos. E-. tomando o55C>dirtllo m ua
forma final pod«emos mostrar p ar cad_a par rafo do orpus qu_c are-
gra que O e contém ou cslá a ser d funeion mcnto da economia o 6
N:quer da por ou.tra5 rcgnis que o estão.
Poderem mostrá-lo - e ood ttrernos m tr-ado quanto ao nosso
problemA. Poi n o somente no momcnL qu.êO dite lo mano chega
ai , a cllt es da r desta fu11ciooalidsd I bota.d rcc:u , sofrcnd~
vjda onõmi~ ma rcgr~ão de:;~ o m
,cc l? de no~a era ,
cJe ud rn - neír q , o e eoneern ao d1rc1,~ P, ~nmomu_l, a codifica o
de Ju iniano apar o um monumento mutil ecm 11rando p,nrte t
dundante sti monte à situação t at d Ull t OC(J '. ao somente esse
di,reito, elaborado na Roma d ~ ule éSl1Te$-, encontrará, de

7, fala flloçiol\á i•a. N>Cluodntttc, l de f_atJ> u


ll~c» selos cm i•crt· ot-aiÜc:$ a
,fd
BCi ra pa.radox 1, sua íunciom1IJd•• de it u scati o ''privado" e c.spc:;çio l tal pnlav , t.u l c_~pr ão, nii.o o fa/
partir Rcmiscx:nça. e pcmn,ncccrá Gc R Id eotro cJ uma li r dad ,lim itada rn de · pomr-se ern a i uma cois
pi li ;i.at é 1900 (o que :se c~rlíce, tê ocr o, u "ra• q · e encorur ". ta~ 1 . o é ig !mente 1,crd adeiro para· ociedude,
ciontlidode''. portanto, ni\'ersalld;ide br d do a e um maneíra, difcremc . A 5OCi dade ooru~itui Y;rn pr r-
Íl.lncio üd~dc do direí10 rom no, t::! c:un os a e:: a do- d 61i num '1:n lido diferen te do 4ue o ln<livíduo p fa s
m lnan1t • uran te dez século.s j quilo que faz cs:sa constituiçl1o não é "livre"_ Ela m~ m deve tomar s · o
dele um lo tip de rclaç · stíluição e a .. Que j' existe:" . lS$0 e pri mciro natun:z -
'realida e'' ta ev lu ão foi fo ço para a/. cao , como os o bjetos n.iturais s5o ligado o t
n n alid de, p rt Lado que es1 con q üê ncias , P· r OCJcd de que desse an i-
loll~ in , o direito romano ê um canjunt rudi• m· l, o leão si n!fica a. l mcdlatamcrn a la um
men1:u ad f'onna cs ndo num grau que ul- ímpo_rtãncnl lmbôli pr velmcnu: e quimó .
trapassa de I riam justin cn - do direito a 1s.1.o ta mbém é ·a. · o im boli a rufn
como s-istema formal . Par. c itar urn . ó e liás oq êo d cdificlos simbõ ·ece tcs. ullli riais - mesmo
nii co fUJ1don l d t od t11Utsação, a von, ade e a intenção das p ncs <t ·a. sô p ta pr r as dações de , como o llze-
con trntnntcs, esemp-cnha d ra nte muJto tempo um pa · lo r cm re- r n tenien a guet mê~íca.s , õc:s n t ura, e
i ç· o · Lc=I; o qt.c domina, é o r/1Ua/' da tra a • o, o fa to de que ta p la- h! • s v,rtu lme il.il.das, o significa nte sempre a 1 g •
vra íoram pronunciadas, · c.11os ~ a lizado . Só ente ad- ça _1do a um s.lg o · o, podc:nd lugc1 10 t-
miúr q e o ritual ó pod fetos li: ais, n· me ue vcrda- 1c:nte inesperados. A cons · o si ,nboli il. ial e his tóri-
delra ontade d.1 · rtcs o " "· Mas o corolário dC$ta p • c.a real n ·o tem q · m s dcfi a n e ··1 ra11s•
pOSlção, i saber q e a vo ncs pode co ns tituir obrigações ín- " do lm go de um 1r átloo (o uai
dcpead~ntcmc te da fo s11 eitpre são, p j cípl que é ais podo rc I p .
o íundamen o do drreit s moderno e ue cxpfimc verda- belo e em pio, q ue c,oneernc o tempo a o im boJismo da
dciumcotc .eu ea ràtei ru·nclo a al; pac-10 Jtut rwmda, j ls :ser re- me ao da i ns tituiç,i. ~ o d o .. d com· Mios o pov " _
A li iio do direito rom.i o, con jd o cm ua lu o hi~ rotsky rdntu i:m . ua autob10 rafi a ado os bolehcvis torna-
ii.o é a fUTl ion lld de do dire.ito, e 1 a relati v dep nd n- r m o p oder e form:irnm um govern o, foi preciso e ncontrar um n me
. mo ou do :sim olism em rei cã runci nal de. no ini- para o mesmo. A designação de " min ist nselh dos mi nistros''
u, a o nquista lenta. cjamai int a i. do si ism p ela nâo radava ab lutamente cninc lem brav:i o mim~aro
-=. burg~.cscs e u dC$cmpc nho. T rots y r tcnn "com ários d o
e q e o lmbo ll. mo~ pe r • te " neutro'' o e t:lo - o povo .. e, a_ra G o ver no, u conj 11trto, "Sovfote do comissâri do
o esmo - tot lmcnlc "· o" ao fu ncionamento d os povo - _Lcnme fie u en - av xpres · o "terrivelmente
Is e lnaoeit ãvel e. a b m tn sentido . rc:v luc,on ria" - e esk oi o, va-$C um a no1r lín ua -
Ismo l'lão pode r nem ncutr c\ nem totalme nte e uado, gc:m e. çrcd1tava-se, nov tu i Ma que r nto tudo isso eru
pr uc n · o pode tom I os cm q u !quer lugar, nem novo'?_ O nome era novo tia ea a pcll) m novo
po 11aisq c:r l no • I idcn u: pa o indi..,id uo q ut' encoa- conteu. o ~Oc1 1 a ex primir ; os Sov i e5 , e era de e:, .o.
tr11 sem p~ dian te de :si um li ng . jd constlt id 'º, e qu se, tri bu, ua m 10n q ue o boi · havi m " tomado o pod er o-
mcn to. t amb m n p e um nome), Mas n nlvcl rio
uc. ma revelar-se de d i ti tuiç · em su natu ic
8. p oso.cJ;i lf llSDtÕG no cm segun o rnu, 3 en o do poctcr num oolé: io fcch vi-
meço i in \leJ, cume de um · parelho odmi11i.lfrolf distint dos adminütrado.r - ne
Y. "E:., Y1 R amctnOI a dio 1io11 lltUâf ~
quQlt os prc:U)rc, CCM$<guiu lmcnte
••
j:un Is o u•
:se_nlv 1. ficava-se d 7 fo10 · wros, eornava• :i o rmaj tri, da pelos
ur )<n , 1,i , o, p ~X. R rei~ á Oc ,dent ílm da ld11de Mêdl . L-enlne, q ue os
v M t eht,,,'( l i, p , I• acon~ s hc1 ·i, ni in t r mper · '"o lo Estudo e u
82, W1 Rem, le d-cm lnutilh.l ll tk e vldodc de m o.
10. "HJ
Ç>Sa ordtm 11 o Slij
o p · ug<n~tica. vern a d minl ando das or a nizad:l , tão
ft l cnc llll t ·•. Jac,q- logo _e d ~ªº/ .· do p-1:I rc • e apessr da prc-
e n, lkrmn rio p u.fi .,'Ntol<>tir. vol. • 11•
~en a du novas 1nslll ut JCI~} sós-ou Her ' form, insll•
,_. .
7, 1 til 19St p. 428.
147
li
tucional q e jé e isli · ri , le n•o q cria o nome .. onsdho de O ídeal da interprcca~ão mico- íuncíon· I ê de qu s in •
minl1ros",rra11sc u hodemiitlstros q cquci;ia-e.cleo1c- lituidas dev rc:cc:r, seja ru · · c111, con~ o cit._ -
'IIC 111. (~ claro que isso vc lc taml>t!m pat,1 Iro dirigentes boi- rncn tc impli I regrdS on ta 1mpJ1 u !o-
eh e, p:sr o rnbros do . A revolu o crfava aica n o ~ said , cl u • . nte ho óg1c
u llnru gc ~ a dirigentes ue- simbólrc o sistema. O cxcm d1r~1 to romano , 1_ • . stror
IJ riam djze. com pai is tig que um d d~ (dommada por prcd1 l d1c.1, ~ m
M css slmb ili ,j ando ral da lingu - dcmonst evento) levou z ~çulo.s 1mpli
gero e ln finit:t te s.e sti ir;õc9, n o -o total• submc he apto ímatlvamen le ao sim .A
men e$ bju ados p "que sup mente têm que vcjcul r, t da 16gica simbólica d a l lituiç es e s prog
ma l.amb6m por uma outra r. ~o. E:. que pertencem a tru ras ~o elas mcsm pt~ históric e tcs): . •
1 · e lhes d o próprias, ue se inserem cm rdaçtie qu.a - rneJl cs, 1aoto a oompr n ão pela oc~ u~s 1nslltu1-
r ". A soc;icd de .se d ra constantornente ato de que urn es como II s u3 n · o,eomprccnsA - pesam muito cm ua
s mbólk o qua lq uer dt:vc, ac m ncjado c;o ci ; quer ele o evol~ção ncio asco ü II çtio dos_ho_m_cns.
o, tna sé.ri de co O~cls impolm, q ~r ~ru o , e .: q ue m e d-n dcp rc
tenham hccidas e de$ajada.q eom da cm I u-sc aç&cs u rupos ~ir
rc m ditar que cst~ ból" o o ão de~ta comp on o e uma 1nt
ordem rte responde, não colo pr "fu nejon.i l" , A cxist! e a udlência, de M Rueff ern 1
para a te ria a · en cm tod ex · · o funciona l e mesmo roei nal u_
fun ionali t p r \t sociedade C01'1 do .si p ó prio ·, o racional as imtilu õe.s ni\o
se dá um I ti st conhe i ão mo t- 1 pode aju r o fi neional; e pode t m-
relações simbó s u-: nd b ém er- vcf iole.nta e diretamente ad erlio, a lnlitit iç~o
que, de toda mancit vcri i .i cntrt os dcsmoron. im e {o p pcl-mo de Law). Ma pode 6-lo
"fi.n. " fund ai:s da o onamonto re..i.~ de ma11eir.J insin , e mulativa - e o confllto só BI) rc:cc cntJo
cad vei que um:i regra 6 csta~elccidA, sendo iilan a cocrêflci de
· da uma · nscqOênci eom o «>nj uoto dRS out rasr •-
gras j e i s consciMte o u "objetíy meato" persegui,
d Bsst ar cc: esse po~tulado p ra con tatar eu cará1~
ab urdo; q spí · 10 bsolu preside o rui.se coto ou a 1). 11 e prob~lllll, · m
modiíicaç a • i ão que aparece n hist ó ria {o fato de qu ~ ~

-
lma gi.o mos presente 110 peo.ssmento dos que criam a in citu· l o ou es- ~ u u
condido oa força das cois n da · mud ) " , Wc\N!r Ili-
.....
11. Q1,1ose t:icioo · s an a r.an<k parte, mn CCW11<> no o 1ocial (e n o ~nti )
cL., im otls m;o o ~d "• a ~(on tia1s 3ç o " corno dizia Fta1d (o rcet.àfor.i e m
lonlmia, od · lacan) dliO cons t& nt te ptesent omcu I rt1ifl c tp na ç
Sllllplo-5111en te ~ l\lgiça do im Í_$mo 4()Çjul oom 11m ~1 nem mcsrr,o Cóm • 16-
gi'8 00 dif<Cü rJo llicido
ll; E, · ,,~
vcnla Ln·
b'1-ll-.o (0. 11 •
i ~
,J o
li 1 •
~ ~ Cl! S
L 011don ( so- t o. aii
a ia , h to lnli tis.. e I r o o sa
no f'in um certo ccmpo , crises de upcrproduçii ''norma· "do à - mo d lín ua aa qual erá p · l caplnr um ''cóoteú-
pi car dá. ico p~rtea~rn e. enci11lmc1'lte 3 esse ca '' d "d ,i da ia l que: leria pri r ma rcs ~o aa 111 •
o ma · aatc e o mais · íficalivo e aq lo cm tituiç indepen <kntcmcnte dei t '' (diíctreatemcnte do
que a de titucl n I por 11 lrn diza " ind ífet - que como momc n o arei I e a r epo· e de iní cl
te" q a fun . , o que não i nseq cncias cm uma c:strutun, o esta comp,o in çü.o n::l11çõcs
reais. te:, e gras instltuci nii con- çiais rc-ai " de qu~ e trata • sempre /1tstit nií qu • tenham
tradiz r:u, mas lilnl ém de.Ias niio beleci uma ves11mcnt11 j ur1 ic (c:I· podem muito bc o tê m cert os c;:n •
m que pos amos d • e: fonim p u;1lmcn 1c sos), m . po rque rorsm c:i;tabclecidas como maneiras d ualversnis,
compaciveis com o s1 as clll te s nOmcro imbolizada e sancion:i • &;imbém é váli lv mc:smo
de con Dências lógi as enabe oram Q- sobretudo, pa a "i nfr rei çõc dc"p • A rela ªo
plicitadas no m íclo ~ o deix m de cl real n palrào,c. cc-avo, ervo-senhor, prolelãrio-c:apic list , auahniados•
vida social. EI~ concribuem por oo nscguin esta de um burocr ci já é uma institui o e n-o pod 11p1.u~ccr como rc-lo ão social
modo que n o era exigido pcl fundo "d ocl:iis, uc sem e i st it • ·:zar imedlatamcnc
também não oontradl , que pod va.r 11 sociedade a um.l das ã~ No m· istc uma am 1 uidade e respeito d1 o, <lccom:111c
rl direções qu_c a íuacion ad de" inda e inadas ou ai r crc· de não estar o o e nccito de institu o (me, mo e p l vra !Jli
tos ue'qem de volta obr ta (a Boi e V lor representa, en, rela- é ulilizad · ). s cm sentido estrito, :u im,ltuiç.ôcs pertencem ê su-
ç-o o capital mo indust , essencialmente um dCll e sos), peré tru un, m de crmin d s pt:111 '"inf --est rutura" . Esti! visão e
F.stc aspccio li a-se a e fenõm. o importan1c, que já men iona- crn si pr pr ent~vel como tenc amos mO:m~r rnais 11ci~11 . Alé~
rn os a propósito do ricu · I: da permite dctermin r a priori lu r por d1 • se · ;t ~vcóarn v u como f<?rm11S
onde passará a fronteira do b6Jico, o po nto a partir do qual o simb6Jj- ser,•i ndo e cxpri · s nc a vida, so•
co invade o runciomsl. o podemos lixar nem o u ger Ide lmboliz:a- á Lruturad n o e: eterm,na•
o, vari • vel gundo s culturas ", o (ator que füzero com que a esta por aq • se •• níra•e ·
si mbolização exerça com uma intensid:ide articul:ir obre ta l aspecto ra ··, que co u • omo pode
da vida da 1ociedadc · ad· cstrut rada, s nomi~" . por exemplo,
Tentam Indicar s pelas · · ·· de que o símbolismo dete:rmlna '"diteit çao deter inam s formas
in.stitudoo I seria um - o ··neu eq ad ·• d· runcionaJl- de propriedade, i s ôcs d.e produção podem t
dade, d ··~u stfmcfa" çõ soe entes é in c;eluivc:I. M s comprcoend das m fet i a ente" lógl e
· bem di r esta idéia ntido. E uma ta l ub t:in ia que rcalm~nte) de SUJl exp r'Cloçôcs de: aru -
sena prcco nsl.Jlufd e re iJ as ins a 1. bclcoe que a idn lada na esc11L.i ocial obi on C exta-
soci1d tem "111 um coisa e p ímir'' q ne.ml!nto real ant~ mcs- fcira) aignific:a lp.ro fi r_ne.smo ~cttpo bólica
que sanei a el própr ,e, u!'la tn 1t <:fas-
scs já t!lo nas relações ue:r seJ m ou n hec1das
como to.! por t i nstitulção "e o grau" que~ o direito - F I o
1•. Eu, nio uadu cm. ct'Jrnu I pcn!l;lu_, · acs os ins petA '' d . que tc:n t.amos m ostrar n1 riorme,ue a propósit da uro rac;ia e da P!<>-
o n imero JI t' _._,,1t, rt"tl/1111 dt' r prie e ''mu:-ioaaliz:ida " n . R .S. , "- rei -ão buroer c1 •
• 81 . parn crit ce(l<do}. m o ínlo nlc a ptol iado,na . R. .S., éin. 1Jruídf1 nq1111ntorclaç ode :issc, pr du•
1 ava uL •I• lcl · j~o de 1wu pr uiç s..
a ,, t1vo nõm eo-soci 1, mesmo $C não l. imtitulda eomo ,a i e ell.pressa-
.,ç li $e pode rn o on to de vista juridico (oo mo ali n unca o fo i, nen h um
ll r d cscoticlc ida
d ~~• ~
r 1c r dc:sdc uc ahandon.un01S ;11
Q ta do ou o roxenttbm , 11no !
n m. • 11,,,:1,n ., ....,b Ltl mn• ==o módo, , ,-a lmpie1ílo ile cru :l ll r-,iconoci 1 ~ ron
aia. tempo n
~Lte<Zfll q~eo 11rwl uo dn. .,,..,c, o- <1tl,-p,uu .. m m uno a siml'ks difc-
l'TII lle p.lµc· n grupo e
;r.~ urr, ITIC$a!O JC Uiocra ~• e Ir um c·o, espan•
1 r .1 otJoÃçjo entre a cmmu ti cn tlo si111 '"'
mo to" a rt t1 a asl 1iÇ14 !ndioi 1, e Ju ■ r t- don.lc i i en,tivd.
il•· 1e u a.mdll ili■ de fnmlci que ur o L ui.e, r.i p r e prod UC'llorl e RIJ lc" , in L., Sa iti t,,;,r,•awro-i' w t , 1 r , p . 205-
;Jote to • o• iv dei h 28
150 151
p 1 , a rel:1 à() burguc l;1•prolernrl do mo ull). POC' con~c ui l~. o uma cilii ~ o ime-d11 ta do imbólico, de o sujeito pode se d ~a r do-
p ro b ► mudo mbolismo lnslilucio ai e: de sua rehativ ut _nom1 com re- minar por e 1e. m s ex! le l mbé-m uma uliliiação lücida ou ílct id .
i "o du nç.õc e insti tui o surec já no nível d relaQÕcs de produ • esmo se ~ , a últi1 une pode ser '1ran id a priori (mio se pode
aind m is da conomia no sentido rito, ef nesse nlvcl uma I ão s.im- constru ir um I nguaaem. 1:m mesmo um algoritmo, no intcrio d qual
plesmcnle funcionalist· é in.su lentável B prccls não confundir ta o erro sej "me ni n1~te" lmp06si ·et). ela se reali.1'.a, mostrando ssim
análise com a crfl í · de êcrlO nco ka nliano • cõmo R. lamn,I r, contra a via e e po ibilidade de u m;i outra la io ond o im b óli o n o ó m 's
o ma rxis o. ascad • idéi d priorld;i e d e ui rma' d vida soei;,! au tonorniu.do e pode adequ r-se ao cont •d ó Uma i a ê dizer que
( uic seria o dlrc't o)em rclaçll o a s ua "m léria" (a c:,c;onom i ). la crif nio podem cacolher uma ling:uagorn cm uma H crdade b olut , que
participa da tfle$ma em iguidad e que vii o marxi ta que dcscj comba- cada Jin U,l cm a do que "devo se dito' '. Ou tr coisa ac redi-
te r. própr ;:i econom IL só pode eidstir como institu i o e isso n.10 impll• tar que s-omos fat !mente omina os pel linguãge e que só podqno
ca nc:ocssariamentc uma "forma j u dr,ca" ind pendente. Ql.Ulnto à rela- diz.~ o q e ela nos lc a d r . â podemo Jamais s:u ling ~cm,
ção enu-c a lnstituiç e II vid ocial que I dcs lve n!o po e ser ma nossa mo ilidade na lingue e não cem limites e no permite tudo
viste como uma rei de fo rm a mat ria o scn tlc.lo antiao • e de que t n ar, in I srvc a próprl lingua em e nos relaç-ão COtll ela•. O
q11 elq ucr m ncira • n o como implicando u ma "am rio ridade" de uma m mo ocorre em rei ção ao imb<>lism nstitud 11 1- cxocto evidern
q an to a ou( . T r ta• e de mom,ntru cm uma 'c nrut ura - que não ê n un- mente <JW?' grau de e plexidade neste caso i comparavc lme te m3I
ca r1 da. e jamai id l'llica de uma e><:i~ade utra 1•. elevado. N da do que pc, ençc pro ri mente o sim bólico impõe(: taJ-
Tam ém n podemo dizer, evidcntem0n1~. que o &lmboli.smo lnsti• mente o domioio de um jmbolismo autonomizado d ~ nstitujç sobre
tucion 1 "delerm na" o conteúdo da vid11 soci l. ·slc aqui uma nl ção vid roc-1 1: nad no próprio s.imboli.smo inllítucion 1, exclui seu uso
~peelfica, J1.t/ gcn#ris. u dcsoonhe cm e armam os ao q uerer ca.p- lúcido pel socicd de - ndo tamb6m n~te o o "dencc que n5o i
ui- L c:omo pur usa o o puro cncadcamf:nt o de s_em do. e rn liber• possivcl concdler in.sútu· que impeçam "por con.&trúÇào", " ccan i•
dade abso lu IJ ou de~erm in-a ão completa, mo r clon.alidade lraospa- .ltMote" !jcíção i,14 socicdl\dc a seu imbolismo. movimento his-
re te ou scqu~nci de fatos brutos. tórico real, e m nosso dclocu.h I grcco- idcnt.11, de co nq uista pro n:s-
wcicdadc c.:onstilul u sim r mo. m s não de lro de u m· übeT- siva do sim llsmo, tanto na rclaçõc, com a linivn.gcm co o n rela-
dade to 1. O im babsm se crnv11 ao natu I e se e va no his tórko (ao ções com a.s in ti uiç,ões 1 •. Mesmo govcrno.s capit r tas aprendc.ram
q e j estava lá); partid · , enfim. do racion 1. Tudo I faz com q final mente a utilizar- mais ou me nos ~tl'étamcnce, sob de term in d~
surjam cncad mentos de signifl antes. r-cl ÇÕei; en re slanificnntc e sig- pontos de vista, d '"ling aem '
e d imbolismo crooômicos, a di"lcr o
nitícad , cone (,IC'$ cconscqü~ncl , que não eram nem vi das nem pre- que querem diz r por meio de créd 1to, do :s.i ema fi.~ I cta. (o conteúdo
vistas. em livrenieote escoll:ltdo, ne 1mpos1O à .socied de conaider • do ~uc dÍ:l.Cm 6 evid entemente outra coi ). Isso por 0CTUl n'"o impl ~
nem sjmpl lnsu-u mento ne11tro e mrdfum t.r parente nem opacidade que q I ucr cont.cúdo ej, cxprimf c:J em q u lt1uer llngu.agcm: o cnsa•
mpcnetrável e adve Idade l t[v , nem senhor a .soei d de, nem~ m en to musical de Tdstifo n• o pod i er di o n lingua em do Cr'1YO bem
c:ravo e ívd da funcioo lldadc. nc meio de p rticipa o dfrcca e com- temperado, a dc::monsL o de um teor a metemâtico, m mo ·m lcs,
p cm um ordem ' onaJ, o s imbolismo de ermina as-pedas vlda n!lo é p~fv, 1 na liog sem d o quotidi n . ma ov· ~ledade cria-rã
d. ociedad (e nio o mcntc os que era posto de erminar) tando ~n mente um novo simbolismo iostituci nal e o iinboli o lnstiwclo-
mesmo tempo, cheio de intcrst[dd o de raus de liberdade. n l de um sociedade autõn ma terá pouca rei - o com o q e conhece-
Mas css car cc risLl i do simboli mo, o ind icam o pr, femo que mos até aqui.
e os itu~ de da vez.. p ra 3 oci edado, n t u rezo. imbólica de 1,1 s ins- O do mlnio do sjmbor o d in thu" s não loca.ria, portanto,
tit iç6es, não faz.em di um problem.a io olúvd, e n o :s,ão s uí.eimtcs problcrn csscn i lmente difen:ol dos do domiaio dt li ngu. em (eh. ~
pa e plic ar :\ :iutonom · ção d I slituiçõe _relat ivamente ã w cd • lrai nd o no momento sua "carga" ma terial - class rmas, o Je.tWi 01 ),
de Por mais que enoonln:mos n • lória um : ulonomlz ção do lmbo- se não e j5tissc outra coi Um simboli~mo 6 domináve.i. Ivo o medi-
li mo, esta n o é u m fal ültimo,-e não explica or própri e da em que remele, e,!JO última inst!ncia.. e algo que riâo é si bôlico. O
que ultra a o 5imp "'progresso n r aciono.lid de"; o que pcrmit~ ao

l9. R11do lr , ,v/ R,clll nSiál dum~1trla/tJ1 n • er u~u11da pane e li-r,o-, "ort:ia 10 os pllwlos V e Vil : Iam ·•u d
/= . • d.• B e cl,lo te 1 a lS I el77 CI. le él t"in.diclble'", f'Att, n• -46 (4• , , Ire 1971>. p. 1 a 79.
b llJ a 1escra. cr G~SGT/Jlflflll Au : nu- Ws', ('li C(. O o d im orn.o ais a_ , obre dl ilo ro
1S2
imbobsmo m"11tucional não o desviar JW15Sagcir.i ente:, pa logo serre- A iníl cnc a decisiva d inugi :irio sob~ imbólt o p de ~r com•
tomado (como pode t:imbém fazc:t o di<;cu~o hlcido). massill_' · u1onomi- ptçend ida a partir d uin t onsidera - : o simbolismo. põe a p •
zar..J-c; 1) que, fina lmente. lhe ~ rncce seu su lan:,cnto . e c1 1 de deter- cidade de: estabelecer um vin u i p rmanC11tc: cn1rc dois tc:nn s. de me•
mina • ~ de csp ·r.cac-ào. não faz pa rte do s1mb6hc ne,ra qu um "rcprescn t "o outro ns ê son11in e oas clap~s muito d
senvolvid: s do pen.s mcn10 r. c:fo11al lúci o que e I três clemenLos (o
O simb Hco e o uo•glo · rio signirica lt:_, o significa cseu víncuJoJw rirri) ·o ma 1id como 1-
mulL n nte unidos, e dlstiotos, oum, tel3 , o ao m • mo tempo firme
As determina -u d simbólico que ;i~b mos de descrever n· o e ne ivel , Em outra ctnp· , · rt! la o si mb lic (çujo uso "correto" supõe
esgotam su subst.incia. Subsi te um componente • cncial e para s nos• • fu ç:!o imag, ária l' seu dominio pela fu çã racional) retoma. ou me-
. 05 prop ' sitos., d tsivo: o mpon nte im inârio de todo im lo e d~ lhor. permont:(I.: d de o inicio IIÍ o nde surgiu : no incu lo rigido (n maior
tod sim tismo, ern quu lquer nível q ue &e !tu.em. Reli,mbremos o cnll- parte do t,: r> , b a ~ rm11 de ídeniifica ão, de p;1rt icipac;âo ou de cau-
0 e rtcntc do termo im i !rio, o qu 1. por o . nos bastará: f Iam os sa 110) entre o si nifican tc é I nifT do, o símbolo e a ooi : , o seja, no
dt l inirL quanclo qu mos r lar de 11 rn .«>_isa '_'invc,nl:id • - imag inário ei 1lvo.
ucr e ate de m invcnç o "abs htt:1" "um htsto 1magmnd:1 em Se issc:rno uc o &imbólico p~s upõe o im gioMio r adical e nele se
todas ,ua partes"), ou de um desli~amt.-nto, de um desloc mcnto de póia. i n· o signiíi~ que o simbólico ,:;j t1, lobaJmente-. :i pen o ima-
sentido ond símbolo j: d isponiv I üo in\'e.stidos c outras :úan ifi gmdrio e c:tiv em cu conteúdo. O imbólico com p rt , quase iscmprc,
~õcs qu' não uns si nific çôcs "nonna is'' ou "c:u1ônieas" ("o que você u m com onenle "racional-real'': o que repn:senta o r1:aJ o u o que é in-
sti im ginando ", diz a mulher ao homem ue recrimina um sorri o lro- dispen ..,vcl p ra o pensar 0'1 p r o gir. as este e mponcnle ê t cido
cad por e1 com um ler«lro). os doiscasM, (: e iden\t que o imaglnti- ine t cavc lmentc com e mponcnte ima iniíri efc ivo - e iS$0 coloc.a.
rio e para do real, que pr tende colocar-se em seu luJ r (uma mentira) 1 nto par a te ri dn história como p· ra polltica, um p r4lblcma essen•
ou que aão prtltendc f· -lo (um romançc). cl 1
As pr ruad s e obscuras rei, ções ffllre o im.bólle e o im~n.i~o F.s tâ es~ri l • ). ue o j udcu5 tendo d coberto
11 p11 rccem imcdiatame.n te se·reíleumou br .? se ~m_u: fa,~ ; o 1mag1na:10 um mem qu rn I n que era proibido pela Lc·. coa-
deve utilitàJ 0 ~imbóhw, n o some~tc para xpnm1r• ~ • o q u~ obvi~- d uz:i ram-oo p t • o fixava. n~nhuma p n para a
m s para" ·s1ir' ", pam assar do v,r1wil e . u.alquerc:o ,s a mru • O deh- tran gr ~o, o man ifcstou-:w u Moi , uiglndo que o h •
· 0 m iHlah<>r:tdo bem como a fi tas,a mai ~::ereta e mais va a são fci- mc,n fos.se lapidado - e ele o foi.
lo d "im ns" m I cst '"nn ens•· tá e t!lo como rcprcscnt ndo outr: ~ dificil na fi r c hoca aso - co ·ás. freq w temeutc
rui a: possu m. por nto, \lm_a fünçao .imból_ica. ~as tamb~m. Inver , - quando percorremos a L · m cio t mes.urado d pena,
mente O lmboli5 o press upo pac1dad 1m11g:m ri a. PoLs pressupõe pela II ênc:la de vlneu lo ncc re nsgre.ssâo) é a con-
c •cida de ver em uma coisa uc cl■ n o é, d<: l--1!!, difcren1e do Se(l □ ·
dl! pe rc o ê o Oni o meio de
qut: é. Ent nto, a.t mcdíd3 em q o im gin árío se red z nnaJ m~mc: à ei a i a pem1) uluapus<1
fa uld e origi árí de põr ou d<: r~c. so a forma de rcpre!cn l · o. 111 nlo se usas e do~ efei-
11 ,n coisa umu rcl ç:lo que n o.são (que não ào d das li pcr<:epção o tos, de:» s, om .1 gel. a oper:i , o co -
nun o ronim, fal remos de um lmagin 'ti último u radi 1, como íormc a u e. se: vc l, neste exemplo?
r:Liz omurn 00 lm gin' rio efetivo e do simbóll o" , línalmcnl • a ca- Lc:mbrcmos qu p nhor é imaginàrio, Por trá da lei, que é
pncld de elemcnuu e im:dutivcl de evocar uma cm ,i_ "real ' , u 1 cfrtiva, nrn n1é m-sc o ·cn hor im inârio
q ue aprese s n tc é ;in :lo fin 1. is têa c:ia im.r iná ria
do enhor 01 á ue numa etllp da cvolu ão d·. socicda•
dC$ hum.in slituição de um imngimi , in •t:súdo de rn 1i realidade

0NJ5Ça lllénte, eslll no rte t;uC i,crçehern u~ b-om,n "º' uU.o,s. ""'o ,..,..
te C$CIOrlUltrrriul. li .ic· uomundc> . Op()ll,•1d,r/rQrdr.•r· f1,
1c,,t1·.v,. , , ,J, ai aba,..trmá-/11 • l lluo J()
ó.t 1 i ~ ri • a mn.,â,' rio l"IC
,, aorJ oruoo·· li•~l, J ,1,;,urrRN>'r (Apre.enc.amu ç ír'!'
me1110 ru 1nduc;.io ck .i;,.1 · a nou. • 1), 180)

154
do qt1e q r~I - Deus I! mais eueri 1nen e.- m irn inârio reJlgioso - é tax. de mais-valill u, curv da freq_üêncin dos <X>Ítos nas socicd dcs
"conforme llS lioialidJd~·• du ~q ied· de, decorre de e nd~õe$ r-eni. e c(st- que apreserf a máxim· petiôdi s · da sete d,· e o tédio ortal
preen hll umil íuoçào c:'i,et, ·:11, e t rem 1ttos ra • num perspectiva ·os domi11g, ing.loK.
mnrx islil ou íreudi:i n (que no e:, ·o p ente , somente não :.e ex• ~ja, em o utro e emplo, o ca&<> d.as octimônia. de •·pa sagcm'♦• de
cl m, mas e c:ompl t m) q ue e ca soci~d de pr dtrz n ari meato es.- " oonHrmação", óe "inlciaç o" q e marca a entr de uma elas ·e de
ce im,\ginârio, tu "j) s.i io". como d êr,ia rcu<I fi bl,nd da reliJião, d idade de ildol 111c.s n eh1sse ad lta; ce,irnôoias q1.1e rep sentam um
qu I eta o síta .seu l\mcion mcnto, Esta l"terpr t çõcs s· o ver• papel til.o impor otc na vidt socia l todu · soei . ' dcs ar icas cu-
dadcír se preciosas. Mas cn c.ontram M: U li ite n per-guruas: Por que é jos restos n o ia.signiJk nl .subsistem nas oeieda es modernas. o
no Jmagíruirf< que um a s<,çicd de dev p rocurar o orn plc:ment o n<lCeSSli• conteit o cada vot da do, e. · s CC't'ímônia f,n:c:m ap, reóe, um lmpon n•
rio ~ sua o rdem?' P rquc eaconu mos, tló nüclc deste l agin: rio e te componen te n ·oaal-cc:onõmico, e sao urdida de mil ma neiras com
stravés de toda..s as 11s exprcs Õélí., algo de irred I fvd ao Jimcion, 1, que a "fógka" da vid a sociedade consid roda (.,lógica ampl mente não
ê com um iav tlment inJcl,11 do n, ndo e de si m o pel :s:ocled de consclentc". é da ro) . ~ necessário que a asce ão c;le ma ~e de jndivi-
oom um ntido que ni o ó " ttado" elos r tores ~ais porq an to ~ antes duo.s plenltudo de seu direitos seja ma.rc da p lica e olenementc (na
e que confere essc.!1. f.llores reais tal lmpor lân ·a e cal luaor no univer r lla de estad civil, diria um Funcion Jlsta pr aico), q e uma "ce ific •
ue coostitui ara si mesma sociedade - t:ntido u.c: TeCOJlhec os ao çllo" tenha Juaar, q e para o ps iquí,tl\O do dolesccnt esta et pa cruci 1
m mo tempo no «inteudo e no estilo de ua vída (e que não lá t· o de sua atura o ·a · .ssin lad po uma ÍC$ta e um:i p ova, Mar.
af: uidQ do que lc:gel cham a d "espírito deu povo")? Porque, de torno de. úcleo - ~riamo.s q ua. e tentados 11 di z.ct. como é m rela~
to • tribo astoraJS que errarnn;, no se,gundo llêoio otcs de nossa o:itra5 de ptro l11,s; em tor o desta impur - cri:1t~liza um edime 1ta-
era no deserto en lrc Tebas e Babíl nia., !Ç,(l men e "escolhe u expedir Qio incon1·'vct de ras. de ~tos, de ricos, de lmbolos, mt ~uma de com-
ao 6u· um Pai inominável, vcro & vingat v , faztndo delo o unico cria- ponen te repletos de elementos má lcos, e. m.i.is ger l cato, ma in,ári s,
dor e o fll da ento da Le e int~ duziodo a sim o monotcl mo na histó-
ria? poiq , de tod o!t povo.s qu fundaram cidades na baci medil r-
cuja justifi -o rolalivamc le a o nu eoru onsJ é cada v~ m:us mc-
ctlat11, e fln I ente nula. O tldolc,centes devem j ej r tal n mero de.
r!ne.i, som cnte um de 'diu beCK iste uma lei lmpesso I que sdmpõe te dias e sô comer altipo d e comida, prepara d por tal lcgorl de m fhe-
11.os De • cs at>eJcccu•a como c(HU b&lancinl ao discurso coerente, e res., passar por tal provn, dor-mk cm takab a o u nêo dorm irt al número
quis rundn 1ent r obr e Lo os as rolaçõcs enLre os b0OiCfl5, nvon• de aói t~ u r tais otnament0$ e tai, cmblem. e e.
, n do, assim, e em mesmo ges o, li o sofi. e demo&;1'ac:ia? C mo oitplicar O etnólogo, auldliado por cons:idernç6cs marxist freudl nas u
q Lr mil nn s de is, s.ofr mos ainda as oonscq Oê ·as do que tónh.a.
ram . Judeus e Qs. Gte or.? Por que e como e l.c imaglnârio, um •
s,
bc:tc:ddo, õca iona conseqOênci prôpri q e vão além de us "mo~ i-
= ta-
outras, mtarâ :.l cada vei o ferecer ma intuprctação da cerirnônla c m
odos os sc11 e]cment , E. faz bem - se o faz be: • é I o evi dé!Ole qu~
aio pod~os in1e rprccar a cerimônia por uma redução di ctl! oo s 5-
vos" fun lona·'!!~ mes o às vezi:s os contrariam, q e sobrevivem durante pocl(I fun ·on I assim como nuo interpretamo uma M roso dlz.endo
mui to tem po após as circun ·oda ue os r~ram n· scer - ue fina l- que ela se relaciona com vid:.l se1'ual d ujeito); '1 (unç, ê sempre maJs
ente m tram no im g n ·rio um fa tor sutonomii do da ida socia.t? ou meno~ a m"ma, portanto, i cap de ex.pile.ar. iavcrosslmil abun.
eja o · o da reUgião mósai I stit ida. Co o toda tdlgião, ela dincia dt: dctalh cdeco pl icaçõesquue rnprcd ifen:nte. . intetpr-c-
estâ ccnll'ada n um imagi &rfo. nquan religiã , deve lnslaur-ar ritos: taç o eom tlílrâ uma sé ·e~ reduções indlrtttrs a outro.s compon u es,
enq acuo insti tuição, cve cercar- e do ançô . Mas oi.a n/ío pod~ c.xistfr onde, encon t remos novamente um cJe ento fuocioo I e outra coii~
nem como reO lio, nem como instl luição, se, ero volt do nagliiário cm- por e: plo a com p i,çâo da rcíci o dos ad lé$cc:nt ou a catego
/rol, não começa a prolife-:ração de um Jnrp;, inárl :uc nd6ric, Deu criou das mulheres que. prep rar o s«ão tigados à c,trutur <lo clã ou ao
o mundo em se e di8$ ( eis mais m). Por q estte? Podemos ifnerpre o pall~m alimentar da t bo, qui: por sua V<:z ser r-cportados a e lementos
n i:ro sot maneira freudian : poderlamor. eve:ntualme te tam êm •·reaiJ.. , m tambêm a fe nómeno..~ otémicos, tab a tingindo tais li-
aludir a r tos ou a costumes p o<lutivos quaisquer. o f to é que uma d mem s etc.), • sas r .cluções u.ccs.sivas noontr.im cc o ou arde seu U•
t inação lerrcstre (talvez ·•rea l" , mas t lvcz j imagin ária) exportada ite, e is o rob du .l$ form : s elerocnl últim - o s!mbolo • de cuj a
para o C 6u,,,ê reimportada .sob fo rm de sagr da seman: . O séli•
mo dia orn:1-~ gora dia da adora ·o Deur. de rcpo so obri11,a~6rio.
Daí começa a decorrer númer· i; con~q liêoc! A pri elrn foi o pc- 13. í1cntcmentc 1cri• sido mulcó 1nals l<!Qqvado 6 ''Me,.,.." d1>·=ci
la •dotar 111
drejamcn o daquele ~bre di bo, qtte apan · va gra etos no dé$er o no ca ,,ü rio « •• écadas'' com 36 CJ• 7 1füu de d llll o f o do q;,cc 111Dnt~ nJn&fl'l.t
d" do S e or. otrc a mal tccc:n , roen ·onem ao acaso o nivel dm e o, 2 doo nllóS,
156
c:on ti t u· i)o imtl nem se 11'1i~·el nem isol;\vcl; . íntesc r'IO:l e o que provo rrepio ao IO l'liO di! colun.i. vertebral do patrio1as
suç ~11~ de:-.. clcmçntos. 1. ·· 1ot·1lld.ude p.:irci,ds". a. quais õo fe,. qu. assi ti:m ao de~frle militar.
uis :1 vidu e tt cstrutur: de uma !iO icdndt:, :is ··(i_gur " on e el;i dcix . vi ~ l'T!ºd tn3 d instílul<;:io que rcdu,.- ua si ni 1ca o ao uod -
ver p;u11 cl:i Jltóp rla (o e s. u~ erimônia . momen to d, relig1iio, ,t nal. e só p r ralmcnt ('O rreta . 1 me-did!l cm que. e orr ~nl como n
forma d rel ç cs de utoridade c l . pos ucm el rõpria~ um scntí• verd 1e sobr o ~ro.bl_c:ma <l !" ~itui ão. t) ó pro·e o. Uu projcc btc
do ii,divisfvd como e pr · d se d uma r,craçãc> origjr á ·a que q esta- o coruunto d historia urna 1dé1a lomada de emprés timo mio prop •
bel ccu d<:$de o lní io - e esse entido. dorc vantc · ,ivo corno ta~ se llun mente d realidade: t.!~ ti das ioHítul 'iks do mundo 1,itali:m1 oc-iden•
num nhtel diferente d e q ualquer dcte-rmi naçAo funcional. t 1(que sem fomm e 'i , p r do enorme mo imcnto d " e i n li-
1a. dupl ão pode ser vist m is fitdlmcnte nas lt uras mais " in- zuç ". ~ parci_a l~c:nt · fun cionJÍs), mas aq ilo q ue cs.se mund ostarlo
lc ri11.1as··, 1u11lqutr que . cja modo d I in te~ r çâo. 1.:i e ser v1 ta qvc U!5 •~ tlt ~1çocs ,fos er!, Visõc, 11in~a mais re ntcs, ue sô querem
n t tcmismo onde um s1mbolo "elcment r " ao rnc:mo tempo pnnd- vcT" mst,11U :ao o s,mb<Sli ( o 1den11fic:tm com o raciona l) repre:,cn•
pio de organb:aç;'lo d mund o fun~ en o do CÃi tf na d tribo Ela tam ambc:m vc:rd à somcate par ·a1 e u gcncr, lizaçiio on tém
pode ~•T vist na cultur:l g~ g11. ndc II cUgiao (ln pa rávd da cl ad e ua lmc n te uma projeção,
d 3s o r anil.a o social-politka) encobre com us símbolo e da elemen- ~s viwes : 1 n~f?S sobre ori cm ·•divi na" das insrituíç- $ er m, cm
to da nahuC'l.11 e das a.11vld des hu mant1 e con fere o mesmo lem po um us invólucros mtt,cos, bem mais vercl-ldelr . Q ndo Só focles n f;i l va
9:nti lo glob J ao univefs.o ao lu r dos homens neste". Ela põAtccc: d leis divínas, mais fort e mais du ráveis do que s feit e a m o do
tê: m mo na ·eda capit list oeident 1, onde, com vc:rcmos, o h mcm (e, c~m ~o r caso._ tra_to-sc no e so preei o da proibi ão do in-
"~seacanco do mundo" e a d\:!! ru i-ç$ das i r ma.s ntcrlo es d ímaJi• oe:$to qu~ _ed)PO violou) ele 1nd1 a um;1 fon te d ln ütuiç.i para al~,n
a~rio pa d xAlmeate ocorreram J irnto e m a e. n!Ítitujç o de um novo do nscrene, lúclda dos homens como legislador . e: mesma \ 'U -
ímaglniirlo, ccnlr do no "p e: do-r· eional" e cnglob rid o mcs o tem- daclc ~ s ten o mit da ~ci dad Mois· r Deus - por umpt11e
os "elemento õltírn<>S" do mundo e ua o rg n.ização total. ab.scon<!rtu_, po r um invisível mdesignd cL Além da a tivi de consciente
O que dizemos eon«rn o q1-1e podemos dc: nomi n r de ima nário d~ ín t.1tuc1onaJí2 çã~ •. ª~ instll içõe.s encontr ram s~ fon te n imíJ$fnó-
centr Ide cada ultutn, que sjtue n o nível dos s-Imbol<n clcmen t'Cs r10 _oda.l . E te ,m g nano i:ve, sc entf' r com o ímbóllco do con•
ou de urn sentido 1 Job11I. Evidl'!1temcntc ClU.Sl além disso o que pod lr,ír•? a sociedade não te-1i:i podido "teunlr-sc:", e co m o ' nômko•
mos eh mar de lme lnário p riíéTtCO, não m enos lmport otc cm cus f nc,on 1, do co ~trário ela niio 1erla podido ,obrevive , Ele pode colo-
efeitos re:i is, mu do qu I niio lrll rc aq ui Ele corrcsp nd c a uma sc- car.se, e nec na mc:nl& coloca- tambêm 11 seu serviço: , iste, ecri -
auo ou enê. ma elat>or · o im14&ln:iria dos $únbolos, sucessivas ca• m~rllc. um futtcão dp ima~imi.r!º, da instituiç.. o, embora 'nd qui
madas de edintcnt;.r.çfo. m fcone é um obje o simbólic de um in,ag,iná• const~tc~. s q~e o e c:it do 1m agm. r o ultro~t sua funç: o; não ê ..fa_
0 - as é investi do de uma ou trn lgniflc-i1ç o im gin á.ri q uao os l?r ll~mo (ahás niio o pr ur11mos) - rnas sem ia: e., a dctermi a o do
ftcis rasparn pin1un1 e a tomam.e m o mcdic mcn to. Uma b11ndcl ê s1m~ohco ~mo a do ~u ncl n 1, a e.,;pc ifi idade e :i unjd.ide do p rim iro,
um lmbolo com funç~o racional, si 1 de rcconbc:cimeoto e de reunião, OrtCl\laçu a ITn ehdoda do scgu nd p nnan«em ínco pkt11s e On3l-
que tor o rapidi.lmcn te aquilo cio qual podemos devem s- matar• mentc incornJ'I ensh·cis

alicnac.~ e o Im gioi.r o

• C•-«luctncH aro r. llJlr o ~..ern oert rncnl"- mais banal: • deus:, w.s cerru". •
. l r c1rniçiio é uma rede · lm bólica, s · ncion d , onde: se
dcuso◄ er.~. Oçmctor. di OBi.i. nr is pr~••5 (OUtfn• rora too1btra pi sti:u; cf, c~m b111am em proporç e em rél3ÇÕCS ç mponerr1,e íun-
LI cll-Sc1>rt, Gr« ··fintl,n, l.,xm,rr. iíard 1 O) e Moln, G,1i!t•Meter, 1crni-m5 cional um corn ponco e imaglnilrio. a utonom z:a ão e a
o I i o rrwcs t<!ml)O o nome do 1orT1 e da p mcint d us:i, <l com Un11~ é'1 f1 a o ri-
;iem til I n em dos dei.IS< . A cena e •ÍC$d<! o inicio 'ri,ta 4:Qmo dçV'JI ori •·r,"ru, 11a<l1} 11>di,
!
om a· n_ 1 do mo~en •~ im . in _rio, na i propici a auto-
nomiz e; o e d om1nílnc1a da ,n t u,çao · octedadc. Esta
e, QIIC j ·, ~lu. sido · como·'abje10" Es~ to o qutdcilota atc:rr.i, conota 10
m '" u;ntpo "t"nJlried.Wcs''. oú «tcs a,s f m •~ de er es.w e ,s da l ·rr.i:: r«-U nd e
11utrlcnl1<- E o qlK llWlbtin c01101 li o•· nili nle 111,;f ll~o. ua mc:lh<lr ._ icJcn1,r, a~ o
dos do~ si fictdos. Tc1ra, 1ie, ~ cvi te. se primeiro mcwr1em0 imng,n rio • l11dluu-
•• '>'(l da ou r : e T ctt••M k •~ div,nJ de, " n1roporn ríu - ricceiiatla.mcat.c. po,• 4' . •··- 1\3 lai ,dtVil • AICI o ctçr ~cJcue, da• q111i õ Olim ~ o pai. que
1n é Mkl O comp nento imll&lllll.rio ele) t.imb lq flCl · r da esma wbr.,j,, ·•• e nio íor,1m c~cn n• ala a, wrcu motllll ~ J home . e uc entn, ,quec nto Ja-
usinI P"dem11tt di1,cr, q,1e o im ' Arlo lvb.l dcil c1>lturu - que 1/r cha.m n tlc d.- i o~cc ·: porque 11el jat u r gnade d u . q"e nann ç veihcce" _ui, Rrl. ~~-
&71.
•inid · ~ anuopom rli.ça das r◄ t da 1urcm.
1 9
autonomhnção da in tituição itprime-,se e encarn -se na m t-etialidade NII podemos ceitar este COl'l~pção r az& jâ e~post em oul o
d vida s0c;ial, mas ~upõc sempre m ~m que aso ied de vive su rela- trab tho " : r umindo, Porque 11:lo oderno dc:linir um nivcl de de n-
ções m sua institui ões à man lr do imagin rio, ,ia, não J<Cconhe- volvímento técnico o de abundá nómic II partir d qual div-
ce no imagin4 o das fonituições seu próprio produto. o em ela es ou a llcnaç, o perdem suas "r cs de r": porque uma
1 Mar o sabia. arx s b ia. que ..o Apolo de Delfos en na vidu bunct.ancia tcc:nlcamcn e a lvcl jâ e á hoje e dia enLra da; orq e
dos regon1m força ·1 o real Ullnto· qualquer o ln", Quando e Calava "neoc.s!ld dGS" 1 p rllr da. quais somo te m c3 · do de pcnôna pode
o fetlchimt da mete doria e m trava sua impor c::I para o í nçio- cr dcfinid nadn têm de fixo mas exprimem um estad so I J-
namento efetivo d ec:onoml capitalista, e ultra ava cvidcntemcn e ni l~ric . •: ~ sobretudo, porque d c:on coe completamente o papel
íí vi$ o aimplcsmc t oconõmica reconhecia. o papel do um [nério :., do 1mag1nano, a s bé q e ele ~ á n ; z tant da fic:na o como d
Quando enfatizava que a lcmb ça das gcraçõ p s das pc$a forte- ciiação oa hjstória.
mente na COl'lSCÍ~neie dos vivo , ele lndicava eJnd forma p. rtic:uJa Porque a cria o p cssup , tanto q nto a alienação capacida:•
do im intrio q e! o p sedo vivido como preSt:ntc, o f nte.smas mai de de dar aquilo que nito I (o uc: não 6 dado na pe- e !o ou o q e
pode:ro :os do q\Jc os h-omcns de me e osw. o mor1 que se a er do n.llo ~ dado nos encadc mc:ntos mbóllcos do pc ,nento racional j4
vivo, orno osLa a de dill:r. qu11 do Luka diz, cm oulro ontcxto, COO.Stltufdo). E n O pod 05 distinsuir Imaginário qu Cllt atUBJllc n
volt ndo a E s que consc:i8ncl rn d ficada d0$ aph Jistas 6 con- cria o, do [magin4rlo "pura e s mpl~' , ditcodo que o primeiro "aotcci-
diçlo do f ncionamen o adequ d d ec:9noml co.piwlista., _em u,tras
palavras, qu.e as Jc:LI 16 podem realizar-~ "utill:undo'' as ilusõ d in-
vfdu , ele mo r ■ i nda nu Imaginário especi 1c:o uma da c:oodiçõe$
da funcionalidade. · o ru1 r31de uma longa e peu cv
u e p.tpcl do imlainArio e a vl lo por M r -ÇOmo um pape li- 110 era 1110 • d to pcn111:111 ·•JntN>-
mit$dO, precl .mente como p pc:1 funcio ai, corno el "niio-coonõmh:o" ;pdo 110 mesmo tempo qv.c Q CtJJJ/1< u•
na cadeia "'econômica". Isto porque etc pen ava poder lig4-lo a. uma dcfi- l 859~ '"todo m 1 1>
e pel• lmaginq 1D
-!ncla provisóri um provisório que l · pré-bistó I o comuni mo) t ~
da hi tóría como ccono à nào-maturid de. Etc va pronlo a rcco- 1.tn~ nem
ohc:c:cr o poder d • c:riaçõe lmaginé.rias do homem - sobrenl\tUrat ou b.11 de at-
.sociais - mas podccr e p ■ ra ele mente o rcfle de sua impor tn- 'om :lin
c a real, Sffla qucmttioo e ·mplcs d' er que para M
na omenLc: um outro nome da enúria, mas é rlnalmc:nt e dadc que em
al iena .
"),_1'.. IG-
to
sua e<>nocpçio da hlst.ória, tal como é formuloda oea obr de matur , 1111 lltn
de, a pc úria 6 condição ncoc;ssárl e uficicnte da licnaçlo 11 fato
ún.J»
•no
. qlle
l " ~· rel•~ aooal deter ll'la.ch1 ulnen11: ~Ire 11t óprloJ hamCJl , s.dqu.l~ uq · li lu-
se lhos e Iarmt fantu ~ Oluna e mh-
. ~ t e
p d rda-
1 e O llJllC
ec pa
o, produ.tm r adi a
lfl)n.sfon:no CA\11 111 • para
57 e 59; &l. e I l'liio& 1, dl "fc- 28 .
úchis:mo da mctGadorú' ') B. , . 7
"1:7, 6 de · • du.sotirn> de: • • te
mundo real J •• bio:
~ m ln cnle rot10nal1. dos h 0 • usi t Orh
rta l !Al'CL O ,o moi~rloJ de procluç lmuiruirio .secu dâdo e • tend cl 1:11ruili
sell "~ mts1 ~unto oporeccr le!l'lpal'.lne4J.. 1'1111 u q d ou ma r,c111 ·
li r cn n.s • ~ do s1JJc 1 , ""~IO JÔ lo im ilo, Vol 01 a iR
ca:slirlo e uQ uma ~ 1lctlal e 1 tntc ,.,,,ir,d.a p11rl ro.

160
pa" um eahdade i nda nã<> dada. mas ' ~e vcrific " cm s~gui Pois Er se tratando de hisLõri· e urn ind1ví puo, que scntitl e i e ~m
pr~isa.riamóS prl~cir? cxpr car e'!l que~ "anle ii~,ã~" pode cor- dizer tjU SllllS (o ,1çôr:s im 11ginà. s ô ad ulrctn imp rtli.nçí.i . só r ' te•
rer sel'ft pm nn tic'lárto e o q e II pc'Ci1rn este de Jam1u r,sc. scn m um pra I po que i:11orcs "reai " - repres~ 8.$ p-11ls.õc ,_um
Aijm diss • o e scn ial da criação não ê •·ocscobert ", m· stinúção trui..,rn tismo - ja ha iam criado II onníto? O ima inó.ri ge bre
do ílO\'O; rl não dcsco nstilu\; e a rel o · m lemm onde e i l ~j,ress.ão d pulsõ e partir de um ou ,,1,ios
tu 1com o "real", re ç:\o li: muito o ,n tr• u1 ias; ma esta rep s$ão d :J pulsões stá sempre pre8e te. e o que
ã · icaç.10. E no p .ueê a ui te con:1-tlt i um t 1.1unta? Afora a.sos c,ctrcm um acon tccirn r to sô a: tr:iu-
cm d~ nova instit oov e mbém m · tico porque<: "vi i o como lal" pel indivíduo, e e~ta rra e quer 1z~r
n o " constit 1J ltão s s no caso p ~Mi:. porgu1: lndivldu lhe im ut uma .i,ignifo:uçtlo d da,
de utras ores q , qu n-o e: 3 •113 signilic ç,10 • canôm ", ou de qualq er mantira, m'io S4!
Pny s dc:Sé:nerra una ~cb.ajx, ímp fatalmente oomo tal .
cal~m~nto d não ·desc es ,11 O mc:s:mo modo, n caso de uma socic~:ladc, a idt!ia de que su 1 íor-
no cêu c!u.s i inspeg<,nar tod3s s o tlft 11-es im · &lt,A ias •· · l'iitam m impêri independe le n nuvc-ns"
ai 5C cnc»ntr eiq,ost a porque a ociedad considernc!a não c;,onsegue f'éso lVI: seu r-0blemas
,q Ot'Tlan "â . "na i<hidc • ê v1rrd de no se undo aiv 1, ma nlo oo nívc-1 origlnári •
as m rn. desde que ~ ístiu, mod sen• o ue isso s km 5eótido se po emos diu: qual é o problema da soei~
a 'n cinco s ulo ou cena r n tlepoi$ COtHi- d de, que la teria. "do temporari men\e incapa der olvcr. Ota, are ·
cnlé" na história. &w "verifi çüo" nada tem ver e posta éSI pergunta 6 impo vel oãopc:>rque as y,c:s uisas n:io este-
a circunavegação de Magalbtks., da Mêia de que. lona é jam sufw::ienti.-m 1c diantad ou p t e a o saber seja r a ·vo; i!!l:ll é
que ~la u1m.bcm se d no irií io c<>l a que não impo ívd porque p«gunt n o tem ntido. :!o e1d t o problcm·1da
SllÍ. oa percepçfu), mn.s q . e refere a m rl!a rl1ur. o, N soei ade. iio ei.l~te "alguma coisa" ue os homcn queiram prof nd •
Quando ()firmai os, n caso d.;i instit1.1içlio m gimirlo só re- n 1.: lQ e que ,Ué 3 ora o puder m té porque a técnka não era l>I.I cico-
piescl'ltn um papel porque hi\ problemas .. r~is" que os bom ns n-o con- le u mesmo p rqu~ a cit?dad~ ~ maneei: divididà cm cl.t.. cs, O ho-
sc u~m resolver, esquecem ois, p um do, que os homens s6 che• mcn~ foram, individu l e ooteti rnonl , e e querer. es~a n~ sidade,
,. ptcci mesnte a ~- olver esses p h!crnas reais. 1ta medld cm q ue se i: e fazer. que de cad ez se deu um ou1ro objelO e atrnw. disso uma
aprescn m, porq são c1Jpoa.es d lmagiri· rio: e por outro l-1d ut :i "defini o'' de i mesmo ,
ses problemas só podem ser problem s, :IAS se e; n t! u o Dizer quç o lrtt ginã.rio i.ó aparece - ou 6 representa urtl papel -
p blci as que tal êpoc:t ou l 1 sociedade se propõem re oi porqu~ o homem i in paz de resolver eu probl ma ~,. supô que S, j:
de 11 ,na im li1ári11 ~nual. ,~ poi:a ou da ·ociooa e ro r, bamo ., ue p ssam os diur q uai é esse problcrn e real.. ioda a p rtc e
ão s,gnlfica que e~. problenias sejam ota.lmente i ovcn , surjam · empre, e que t!lc (oí, l: crá semp e o m o (vi!,t que se esse pr blcm'
l> · no vazio, Mas o q e, par.i cada · leda a pro lc- muda, wmos obrig.idos a per lUltll.r porque e :.01nos lev3dos flCTtun1
m urge co o tal a 1m nível dado de esp ac;âo e de prccedenlc). l$$o supõe qu b mo , e qu podem izer que é. hu-
e ' nsep:i.râvel de sua n aneir 1n g o !enlido rnaoid.a<te e o que <:l:l qut!r, aquilo pa lja di ç o el w,dir, e mo di e-
p bleméüco e m que i.: a inv do lugar ael Mos ou e mos pode dizê- lo) dos objetos..
s t· I não é t!ffl ~ deiro, nem falso, nem vc:riJicá el est pergunt.ll, os m rxis as · ão sempre uma re~post" dupla , um
n omo reíe~,ci a "vcrd lmi 11s e su11 .. ver- rcspo 'kt oontradi órb. cuja c;onfusã e. em ú ltlma i , lànciu.. nui fé. ne-
d:1 o, , j om urna accpçà c;l, qu..,I ret mu• abum11 di letica. pode dissim1,1!ar:
rc ó$. humanid ele é u 11 q 11e ti:m iomc.
h u manidudl! quil <I uc que. a liber-d.-ide - não :t fibe ade d fo-
m '. n liberdade simplesmefltc, sob · qual eles est.arão de ,.oordo em di-
zer Cj e ela não li!"m ae pode ler "obje~ " determinado em ger.'11 ,
2~. doro ~ 9-,,ww,, r11>dcrj ctinr çt'llprc l lustõ • n d i;co-
htJ1n S"OGt · vei é'lld tdoeoJ e • lhulolv-
mu ol• loolat ,ais po içol) -
, e ,. e tõrl , ' rtld t·'" e 11 um
uur11 •ct>nlc ' enJO • miuinirio e quaruo
de p t~ m: d {f\J~q cr qu~ O ncon l 10 trau,a4t ét
era ssfvd, é nu l kl nüo ctt~ion ·n~ui\m 11 :uma1nmo.

162 16
A humanidade tem fome, i ee-rto. as cda 'tem fome cJe qu eoomo? integrada de arranjos de$tinad s â satisf. çào das nc0essid~d.cs d soe e-
la ainda tem fom no t1l d lltcrnl, no q e d , re.spcüo metade de dadc. T oda Inter-preta o dc$$C tlpó lc;:v'!nta J cdiatamcn tA: a pe unta:
cus memb 0$.. e esta fome cett menle te m que iser sat'3fcilu. Mas será funcl() r1 -.t cm relação q e e com que ru,, -
pergunta que nl c:omp<>rta
que ela só tem romc de a1imC'nto? Em centào ela dl ere da ponju ou resposta dentro de uma pérspcetiva íun ionaljsla As institui õcs cçrta- i•.
dos corais? orquc cs· fome. uma \le tisfeila, de· scrnp~ aparecer mcntc o funclona· n. rncdid ~m q e Jle<:éSlarÍa.men Le <i~' n 115s.egu-
otJ tros ptoblemM e oultllS. ollcita~'/ Porque a vida das e mad.as que r r a brevivenciad sociedade considerada n _ M;1sj oq echam mos
sempre pud m Qt f;i cr WJ fom e , ou e odcdade" in tei ras q e p • ''wbrcviv nci "p~u· um conteudo co le menté difereni~ segundo a
dem faz.ê.Jo oje. ao oro ou 1;v rc - ou v ltou a ser é ctal? Porque w,ied de q~~ conside moo.: e. aJêm d te aspoct , a inst.it i9õcs o
saciedade. a e rança e e oop u t:1ti libimm t\ & socicd des c s.c ndi- ••funcionais" rclativ mente · fínalid:ictes que não dlzcm pei to nem ,,
n va.s ma também, cada ~z. mal , toei s !I ocicdade decaplt lismo funcional! · nem o se oposto. Um socic(lade teocrâticg; um.a socie-
moderno m bilhão de im;fiv(du ) não foz co que surgissem ia iv~ dade e cialmeM~ org,aniUlda para permitir e u.ma camada de
duo~ e co le1i vld;1des uutônoma.s? Q ual é a neussidade que ess.as popula,. nhor erre:e interminavelmente; u enfim , mo sociedade como a o
çõ não oon~ uem tisfazcr1 s~ d isserem q e C$53 n~&idade é msrnl• · pita'lismo modano q1.1c cria num jato condnu o novas .. m:c~sid dcs"
da co saantcme.ntc insati feiln p elo tOgI"C$SO téenico, que faz apa.r oe• es o ta-lie para - tisíaz4•1• , só podém r..;r de ritas. o u compreendidas em
rem n vois objetos. ou pela 0llistcnci d,e cama(las privlle 1· das g e ooJo. sua propria frmd.o.rwJidade r ativamente a enfoque orie taçoos. cnca-
cam diRíltC d lhos dos outros o u ras maneitas de ,atr, fazê-la - terão dcamc.ilt de sig,nUicações que não some,nle escap m à fünelonalidadc,
1;1'.lt~o admüido que querem dizer: que éS5l1 nccessidado nilo traz em si mas aos quais uncionalidade cm grande parte 11 suje[ .
próp ria a deliniçiío de um obje.lo que p dcria p~aché-la, eom o a neces- Não pocl(mos também compreender ins:tiwiç stmple mente
sidade de rcspi r e oatra seu obje o no ar atmoJférico, que ele a.soe como urn11 rede s:imbóllc "· As l tituiçõcs formam uma rede simbóH
hb1ori men te, que ncob.uma flc,c;essidade cfinid éa necc sld de da u- m essa fC.d~J>Or dc::finJ o, remete a sJso q nã sànb li5:110. Todn
m njda . A humanidade teve e lc:m f. me de allmcn o ma ela tambêm
teve fom de vcstit eot e cm $Cguida ~ o utras timent.as Q e nll.o as
do no anterior, e. li\ h!Ve fome cJe utomóveis e de televisão, fome de O•
der e fome de sllntidade, ela .1.evc fome des$cetismo e de libcrti1u1ac:m, cl li - .. .dillff iJGC ~ Ô ! ! fi "cio 6 cm tNt 11t0: rruu. di2or q,ue tu
Leve ~ me de tioo e fome e~ ber r· eional, t, ve fome de amor c: de f'i - dililc fuqçioila tum ab111 o". C1 li.de ij[ Ira u.A11tlm,ptd~!# tru:ctul'
temi mu mbém fome seus róprios cad VCi'CS, fome de fC$U\S e 17,
32 Mdmo i o ão c$1, llY!'e d 15 mcl)eio~m
fomcdet $êdias,cagor parc:c quewmcça terfometlaluaedcpla•
Uli90U disfan.C!lo cillhlloni.c no• Clckt'aQI Oll - Q *
netas. É prcciro uma boa dos'c e cretinismo ra pretender ue ela in• tu)QOer JIC Cl!U:Í!ÍJ ÇOCL
ven tou todas essas fomtS porque n ó conseauja comer e fazer mor sufl,. op e.r lf:s vo; m Cl;,.ude Us.,..Sbll
dcn tcme1,s ar,fa,rt Va e a. di CIO com 1> t Ricon>r, ro
ai 11>"..lllC P- 63 dit_.. <t ite 111 • ••
O homem nio é asa necessidade que comporto. seu ·•bo o bjcto" çe; pua tt\illl n@o
compl.:mc:: a.1.ar. uma fechadura q ue t:em ·sua chave (a enc-ontrar ou fabri- iosí
car). O omem ,6 pocJeeitistir de0nindo-se de cada\' como um conjun- . Is.te
to de n~d.a.des e <lc objeta$ 1;41rrcsp n entes. m ltrapasso r.cmpre :smb
essas dofi11í~õcs - e,~ as ultrap s (não $.Offlen te cm urn irtual pcrma• ens pe
' ltV
ente ma a •efetividade o movimento histórico) ,~ rquc saem dele cert ~r
próprio porq e ele as ínveola (ni11o arbi ricamen q, r cert o, e lstc sem• oe ex do o
pre a nat re , o mfnimo de cocuneia que a racionalidade cxi.ge e a hi$- digo p fvcl, capaz de dar 11

tória p~cdente), po · nto, q e ele as ftr; raundo •"'' fazendo,~ nenhu• tes-," (J), O, rublin.Judo no Lut
cignific:ado último q\lo rffllC!te ~ rtin
ma defini ·o ra ionaJ , n t tJral ou bJ tóric.i permit-e fixá-tas em definitivo. (!IIC l pirccl~o que 6nalrnen10 1; ta ast.i que
'"O homem é o que J\IO ! o q ue é, e que ê o que n o ê", já dizia H c l. f9~ iwro 1ugc~ ê qu"' o mitos ui,do d
csmq tu j)aru" t•b. J1 1(1.10 $ia·
rd>ro. que este peno possui
A. lfléllções lmagl rmrias sociais •á~3ote f1COl)fiedade d liur ~8 01rt.rns concluído
e llbde do e i rito c,omcjpr,; .simbol~3t-3c a ,a il 1011a
Vimos que n o pódcm s compreender lnstiwlç e me aind de pq1hr 1imbali:r: de Coru do, o 11 110s imp L aqu.i ~o 1~0 111 apo>rlas mo licAs •
o e , ~unto d ida soci.iJ con, o um si tema simp l ~a1te fundo n ai. me qut c,o dw: ert 1) s,çl!o, ma& o Q <l.1 delM upa, dê ci11I rM> cx:ina-bi,t{l~o.
uuetpreta io puramenu~ afrnhólica ór,. insu,ul es II lta imedl3tam •
to seguinte perguntas! porque e r istcma de lmbolo:s, ç não um ou- Qu;, do, anda, uma an,lise cscrututal reduz. od um conjunto
Lro; qusj s o a Jfg1Jificarôts veic11 ladas pelos sim olQS os' ema de s • atcako para, slgnifü:a , por m~·o da opo , o e t o çru e o cozi o, a
nif'1-C,:do ao q ai remeto o sistema de igmfi nte-s~ orque e como a.s ro-- pall a cm d , natureu uhurá 1 , ni\o t dar que o con~udo a. l ·g-
des simból CM coo egu m autonomiz r• • E j.á II peitamos que 115 r aifte dopo ttl um sentido fundamental: i.i q tilo e a ob $são das rl-
sl.U cstiu pergun1,,~ estão l'Ofund.imcote li das. geo , r rm e parte d ob:Se&à.O da ide1u idade, tl r do grupo que: n o-
fl) Comptuen~c:.. n medid , d possivel, a ..escolha" que uma socJe- i ? e n . o.áliae em qu • tAo é e cfadeir-a, el:. s l~il1 o se 'nte; os bo~
d!lde f-at. d1: ~m ollsmo, e10ge ultrnprusar .u c:.-onsidcraçõ formai cru e1gL111 tam o q e ê o mund bum.ano - e respontlem · isso po
ou mts o "c.,truturaJs". Quando diz.em , a propó ito do toteniismo um mllo: o maod hum no t aquek ndc e submetem a uma tn.n for-
que t.◄i is e P~- s. animais são in es idas totemi mente aio por-gue "bou • mação os dados m turais (onde cozinhamos o, 1tlimc:1Uos); é fin lmente,
p Já C0"!3er", mm rque .. bo para pe1 S:ar' .., desvendamos sem Ú l• um a rcs ta ra.ctonal dada no ima inário por eios simbólicos. Exis(
~ ma Lm ; ª?te
verdade, Mas cst~ r, o deve ~oonder as ucstõe q e um senado que jamajs pode er dado in.dcpendcnternent" de todo :.igno,
vom em 51Cg-wda. p,orque essas p~C4 s·o ºmc.lhores para pen r•· do má q e .n ão é 11 op · i!o dos signo,, e não c:$tá fo çosamcmtc li ado He~
ue outre.s, porque ~al par oposiçõe , escolhido de prcferinci eois rilwma , . r.rotura signtflcanu paniculn,, pois ele t, cor o ditl-a Sh noon,. o
inúroer0$ outros ofe ~do pela na urcu , pe sar por qüem, como - em q e pccmanc invariante qu ndo uma mensagc111 é tr.aduz·da de um có•
su_rna, ela li o d~ve su':',r
tnlD r a refertnCJ uo 1gmJkado. Qu
ra ""
r pc.rauru.a do cor,te6do, _pan cll-
do uma ribo csu1bel cc dois à
djgo e outro, o mesmo, po~erfamo acrcsomta r, o que permite def'inir
identidade, (aind u-e parti 1) no mesmo oódigo de me sage ~cuj~ com-
como homólo Ot ao par. fü.Jc!o-corvo, sur1e imediatamente a ques1.âo de t
po.siçllo é diferente. ·mpo s[vcl sustcnt r que o sentido é implC$lle te
~r porque esse p r fot C8CO}bldo e111 todos que podi::riam con I r o q e res lta d com iaaçii.o dos 'gnos 'ª. Podemos igualmente diter que
11m difuen.' º.º ~ rc:n t;esco. da o que a questão~ ooloca com iofini- a e mbin· çào dos stgti\lS rc:sulta do ntído, poí enfim o m ndo n o é só
tamfflte maior 1 s1stlnc1a t1 o caso d s sociedades h istó rka.s , , feito de pe oas que ln~rpr tam discu o dcn outro ; par que qu~J
b) ompreeade , e me o sim lesmcnte captar o s.imbolismo de existam, é pne:lso primeiro que c:s11~s tenham r11l;1.do, e falar já é escolher
11ma soc!ed do, é ca tar s 'gnifica:çõcs que carrega . Esi; fignilk oos si nos, hes.it r, orr·gir-sc. etificar os signo$Já escolhidos- cm fun · o dt
ó p4tecem ~ieula~ ~r estruturas si9óiriean ; mas · não ql«)r di,. um sentido, O m sícólogo e trutu lis(ii .! umà pessoa infinitamente~ ·
w que eJas t'cduzem 111sso nem que daf resultem de m.- cir uni ra, pc:itâv 1, çontanto e n·o asqucç que dcvc!l,la e1tis encia (do ponto de
nem enfim .que p rel as ajam detcrmif'I das. u.ando, ropó ito do vista econômico, m tambern ontoló lco) algufm que, ant dele, pe:r-
1111 o de ~d1p<> paramos um estrutur u coo i te cm dois p r de cone o c miaho invc:.so: sabe , ao músico criador que (conse~nlc 01J
o ç,õ "· indicamo, provavefmont u ma condição coe s'rfa (como lacoo ·ent~m~nte, ouco lmportaj tnbdece1,.1 ~ imno lbeu u
Qi opos _ C8 fonemát e s na llngua) p r que atsuma cois uja dita. Mas " op içõe.s de; 1ignos", cancelo oot nu a p rfüura, cnriq w:ceu ou
o que é drt 1 ~ qu· !quer cois - is oi, o nad• ? o cu presente é ind1f◄ cm brcc:eu tal · corde, ~ ofiot1 finalmente •~ ma 1:ir al fi se inlcial-
rente ~u~esta esuutu~a, cstà orga ização ó vário níveis de sig11ifü:;1.rucs mc:ote dada .aos me a s, guindo r ums ~-ignilic ção music.Ji a e1tp mir
e de 1gn1licado~ PartJ.«:u larcs, tran mit~ flnalmcntc ma si nificaç;ió glo- (e que, é c lat , não p ra dó ser iof1 encí;ida, ti lon o da eomp03.Íçao, pe-
- 1 u um entido artt. _lado , a prol bt o e anção do ino to, e, p r los si nos disponivei , n c6dlgo utili.zado, oa li_ng t!icni musical qu o
t o fll(Smo, a con. t tu1çi1 do muado hum.ino .como esta ordem de e compositor adotou - embora flrtalmente um r:mde composiL r modifi-
ist!ocía on e o 01Jlro não himple, bjc o de m~u cfcse ·o mM e:K.i te pot que e a rópti lin uagem coosth 11 m ciçamente &cU!I rópri o $Íg-
e manlém oom um terceiro relac,õ à qu ls o aoe$$0 me ê proibido? niíi ntes Jsso vai~ também para o mitólogo ou para ao tr pôl 110 es-
truturalist , eitC'C IOqu qui rlador um. sociedade: inteira., :1 rcc ps-
truç o dos c6cfig l muit mais radie l, e muito m. i.s profunda - em SIJ•
ma, a con liluiçâo dos lgnos em fun ão de um sentido é um proccs o in-
ílnit men te r ais complcl( . Con lderu o sentido mo si rnplc:$ "result.a-
ra • w,', t..c .• p. 1 , do" d· diferen d ssignos e trans orm r · cond õcs ne~uárias d.a Jd-
)5 l?su, t)<(I u poda l~n,ci,.qu~ 1,11 ,t, r,or.us3m 11«. ao
nf•c 1 ~ • J:tek obsoA e fl"1rtlstíq11r 1"'•'ra/,- • turo d3 hi Ló ria cr:n çond'çõcs ulicicntei de a e ·illt1ci'1. E c,:f m te.
rif l JJ ct l'aJ1 g I d la, g~da leu ' 1n , cs oondiç cs dé lciturajd sii lntrinses amcnte co diç~. de c~isté ·a.
tm oecoloc.A,la ~d.omJn.ioltfa dn iscó-
.• , R$.ido am er rio oo "arbitrário •fo $jg.
no".
)6 V<!r YÍ·~ ~ •• Anl l~fl<>IO ,. U' UCIUtll • I.<!~ p, 23)-2,$3. 1 Ltvl-Str·J. I..« C ri< tl Lt C u it. l.c-.
)8 11<?1<> o foz Uvi•Slrn 1~ . in spn l, 1.,
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pois só e.iciste h istór PQr lle os omens comunic-am e cooperam num est l ra insthudona l, 7 o logo cstsbélecida, torna.se um fator o qu 1
eio unbólico. Ma! esse Jmbol' mo, ele: próprio rfado. A bJstór ia ó vids efetlva da wcicd de está subordinada é su medda? Re$ onder q ue
c:ótte n e pela ttjj ua.gem ' (todas cspé · eti de lingU3Jcm , mas e a fa parte d na -url?Za do lrnboll mo o utonomizar-se seria o pior do
1, u m, eta" (li, efa e nst.it\Ji, ~Is transf rm , Jg or te uid da qtt uma ln c;cnte l utoJogia, Isso nificari11 dizer q e! pano d 11atu•
q~stã,Q. estabdecor para $Cmpre a m ltipllcldadc: dos sl~u:ma imbóU• ~a do sujeilo o alienar-se nos sf bolo uc empr<:111. pQr oon uinte,
cos (e por coo guJnte iosti 'ol'l is e sua SUCC'SS o oomo fatos brutos sbQlir todo í:;curso. iodo dláJogo, toda vetd· de, cst be end<> q etucJo
e~
propôsit dos quaí nadâ h veria a d zer aind.l menos a fazer), ellrni• que diz.cm os é piov do pel· fat 1J ade a tométl das c deiuuirt b6U-
nat li q es i o histórka por cxcelên a: a g~nese d sentido, a pr()d . o de cas 1• sab mos de qualquer manc[ra, q1Je a utonomi~ç.ao d ·mbo•
novos sis1err1.í$ design licados e de s· nllicar,l t~. s.e i o é ve-rdadc e lhmo como 1.: 1, na vid cis l, é um fenômeno ecurid.lrio. Q üíl ndo a reli-
reloÇ, o à e à tit1,1Jção histórir;a de nov sistemu s&rnbóli • o é tam• gião ~ aprese ta perante a sociedade, como u:m fa tor autonomizado, os
bên, quàll lO à iUta-,iio, cada mo e.nto, de m sistema m ból.íco esta• im boi 1Hetigi sos .só tlm md entl!n la e valor porque e encarnam s
bck 'do e dado . Ncasc: caso, também n o podemos d íter, em :ab olu o, significação reU&iosa se brüho é artlílcf 1- como o m tra r Lo de uc
nem e q ent1d '-'resul a'' da o_p 'ção os signos. em o l vers<>: por- a teligião p e iDv tir novo 5imbolo~ ar novos s.i nmcs,ue • ape><le•
que is o 1 ns1_10rt. ria aqui r_el~ cs de caUfll!idade._ ou pelo men_os d t . r•.sc d~ o tras rcg pa s;icrament.i-las.
cóttcspc>11da,ncu1 b1un(voet1 ngotosa, que d1ss1m larram e en larra111 o Não é inevi :ivel t:air nas rmadílhu do simbolism por ter t4:conh
'q1,1e ês ma· profunda auacterf r
do fcnómen simbólic;o, :i saber, ua cld sua in,portãncia. O discurso não é dr;:pc dente do slmboUmo. e
i dctem inação relativa. No n vej mais ele cotar, ta indeurrminaç,-.io j l signiflci uma cois· cm dlfe:rcntc do \lma •·condição e)lterna": o dis-
é ctaram lc índic;ad pelo fenômeno d sob redetermina !o dos {mb • çurso 6 tomado pelo ·mbollsmo , 119 isso não quer dii.e ue lhe II f -
los (v rio si niflcados poõcm se.r , dos ao Clltno significante) - a talm~ te submel do. E. sobretudo, ue o d l~c;urso v! é outf coisa
qu..11 ! prc: ~ ctesoçrnar o ~cnôm~ o inverso, que poderia.mos cl}arnar a o s' rn olismo: tu :unlido qu.e pode ser percebido, pensado ou í agina-
sobro ~ l>ollz:i.ção do $Cnhdo (o mesmo significado t e rrcgado por do; e ão a modalidad · dessa ~lação, com senlldo que fazem um dis'-
vd_rios s niíicaat i exi ttm n mt mo ódigo , me.nsagc:ns equivalente$, cu: ou um de!Crfo (o qlll\l pod11 er gra.mat calmei,te, sintatí. mente e
b cm toda líri ;i "tr~s redund tes" e.) lulcamcnte mpcc veJ) . A cJifet ç , que não nos é J>O sável cvlto.r, critre
- A tcttdê cl.as ex; remis i do~ ruc ralismo result.am d fa o de qU4! queJo q te-, olhand Torre iffel, di.z; "f: a Torre EiffeJl", e quete q®
ele cede efetivamente à ••u,opta do $í)oulo", qu;il nio 6 ''CQDStruir urn nu mcs as cfr.cun • .c;ias dl ; .. é, cl a vovó", só pode ser cHteon lrada
[ttcmo de signos nu só nível de nk:ula lo" " · mas eliminar" senado tu relação d signiflc: do de u isc~ rso 00111 um significado canônico
,n~r:imc:nto (e, só um out forma. ell in r o homC!ITI), ~ a. im qul.! . d s termos que de utillu eco u m n1kleo independente de todo o dir
t e<hizi o sentldo, na edid em q e n é iderit1íicável a um combi- e rso e de toda sim litação. O acnttdo ~ esse .n ·cteo independe te que
n,açâo de signos (anda que Só como eu resultado nccc ário e unívoco), vem expro11 -10 (que. neste exemplo, é o "e-stado re I d e isa~•).
li u II lntcrioriclade nii.o-t asportávd, um "<:crto sabor" . !'.! que pa c-
eemo, ó poder conocbcr o ~ntado em sua ;iç,cp ao psic lógic • fe iva
Es be eoemos poí que ui tem si&n fica °"
rela dv me l~ indepen-
dentes d-os ig.oific: nlC$ e que dcsemponharn um papel n c.scol Q e 0a or-
maú limitada. a proibição do iooe to n o é u sa r; ~ ma lei, ou ganizoçlo desse si oificaritcs. Ess s signlffoaQÕe podem conC$pondcr
.;eja, &1ma i tituição que l uma signl 1caç!lo, Im olo. mito e on ncis- ao pue4bítfo, o racional ou o Fm«gin6rlo. s ~l.>,çõc:$ lcHim s Q e ell;ls·
do de regta que remete a u sentido or anl ador e uma rnfin dàdc de
ato boma.nM, que faz levantu r no me·o do cam po o poss( ela m r: 1
que ~ar o Udto e o ilícito, que: cria um valor e reor ni1.a todo o sistc• · od ' oi 1J10t
H de slt lfl õc , dando por exem plo· c;on nguinidsdc um ·conteúdo 1 P" l'd •t,{re MI
q~ ela nli p,0$~1 i ••antes''. difere.nç,a entre n. lUreza e e li rn n o é t. cio a dmi.:i cvlda
àlii° a ãm es d1fercnç dcs bor e cre o c;ru e cozid • ela li m mundo na 4im lClll aâo CXÍ3lb
de sigalílca es. Oois oq e pk idad · ·
et ,), «li IJ fo i::to o5o o •
e) 11 ffl t ltnpossfvd dlmin r · per unUJ : como e pof"CfUe o sj.$1<.m ~. do cani1c.r milito m i ç-,ip,1ar ign lk:t~ •
·m klo dis jn :tiluiç~ consegue au nomiz: r-sc? orno e po que a á.llís ~ ,Jç J= "m01ctial iz11
• A ail l do ~e$1Nlll,1ralis n D um~ ~11ocesJi,dttde
ii,u,,_- p ara a a 1 , m:u atk f)c(l(lmt:r.net ill 8 o à q ..1. h.i
dez o s,01Ka• 11=1>1 a f.-çlfro..nte pod otonaolla e a
J LI:• Sir un. L,• <:'n, I lt (';,i1. p. 3 fk o ê um tar fi u~ ~ e111~ a f11rn.aç uuu111 lismoeSl&K
1.!.,i·Slr.1111:L ra IZ\Ork ,.~.p. 637, 1. imsl
tem pnitic.me te mjlrç CJltre tré$ ,-;ólos ~ o devem fa• r com
se p~rca de vist s ,11 éSpoci ,c,dadc. nirnal eomo no cs vo, e sendo pscud -tuc-ntid d. dos pr pricdsd
Séja. por exemplo. Deus. cjam qu1f for ·rn s pontos de apoio que . rei.tis es!cnclida ob e o todo dos objetos oon !dera d . M e~sc .
a represe tacão umh.a no pc«i:bido; sej q1,1 1 for ua cfic-.icl11 raciona} v10,de sentado - que é- a fin l;,. o pera~ Indefinidamente rept'tidn do i im-
corno prlm:fpio de o rganiu. o do mundo para a g ma, cuhurn , Deus bohi.mo -, fo to e que sob um idg,mficanlé ~ rja um outro si nifüia r::
não é cm 1,101a signíOcaçiio do rc:.at nem. uma si nificaç-lo de ~ i nal· s mplt:11~í:MC' u ma tieir de de ··;reve r o que se passou, e n o eitpU' a
to.mbtrn nlloe fmbolodeo 1ra coi t . OqucéDc -o~oco n~ito nem o scnese, nem f; m neít.l de ser do fenômeno oo iderado. O que e~
de teólogo, nem com' idt¼a de filósofo - m para ó~ q ue pensam os o Lá~ quc~tão. o:i. reafie~ o - no c--.dsO da esc ' dão ou no so prole-
que e t para-os q e ~ om Deu.. sã podem e"o -lo e rcittir-1Se tariado - e an~1aur~ç e uma nov,11.lg11iftcat<Io opérallfv, a cap1 ç!!.o
a Ele c:orn a u da de símb-ofos, nem que icje apenas o "Nome" - mas de uma cate or1~ de nome, · p,o u m o t ra é tego ia çomo S5-ttnll~vcl,
p ra eles e para nós que: ~ n&idc mos e e fenômeno hlstóric<> e nsti uí- em ,tc~do:t os .nttdos prálkos, a a nim Is o . cisas. ~ uma ~,tacão Jma•
do ~or Oé1.1s e os q ~r~• em Dc:1,1 , Ele uhrapa:l indefinidamente esse gln":rJa, de que nem r lld de, nem · ciom.1,lldade, nem as leis do sim-
•· omo" , ,! out ooi a. Deu não eacnt o no m~ de Deus., n,cm Imagens ~! mo podem o,cplic r (é dife ente se esta er· ção oão pód.ç ••vi I r"
q e UJ!l povo pode dar- e dck, nem n d~ e similar. Ólrrcgado, 1nd·cado le $ ~~ r.:.il, do racio 1 e o simbólico). e q ue não tem ncc idade de ser
por todos este sím bolos, ek 6, em da religião, o qtJe faz desse simbo• expl!-c ad n_os coaccll<>s ou nas representa ões p existir. que age na
tos, s(m olos rc ígioS-Os, - um s/ltJljicartio çentraJ, otgaoiuç o em i.ist prática e no 1aicr da soe· de oon$ldcrada como sentido o rga tú • dor do
ma do sis,niflcan ~ e de$(gnificados, o que su tM ta Q unidade ernzad e e _m!)i)r\ ..e-i,to human~ d~ rd çôos sociai lndepend.entem en tc des a
uns e de uttos, o q e pctmitc tamb6m sua extensào, sua multiplicaçG.o cit1rt6ncm para consei! c111" dosta socl-ed d.e . e cravo é metaforiza•
sua. 111odifi çlio, E cs • • igni ,cação, nem dó urna peteepçi.-o real) né~ <lo _como animal,. operário oomo merc.tdoria rr prãtk soei I cfctiv,
de um pensamento (raciot111l) é m significaç.'i ima inárfo. muito ~empo ante:. os ju.rist.t tom n0$, ristóteles ou Marx.
· Seja ' nda _ fenômeno q e ar,ç cruuno1.1 de reiú _ o, m11' geoeri- O . ua torna pro~lc:ma ificil, o que pro1ravdrnenic e1Cpl1ca potq ~
cam1mte, de .. de umanl,: ção'' dos indivi duo das das.ses eiq:,lorad em só <>1 Vlsto durante muito tem po de m;,ncira p cial e porque ainda hoje
~cr .is f sc:s histórica·· um csct· vo é vij o como 11rrimaf ocal, o operário ta to em antropologia oomo em psjc nAlisc, constatamos as aior di•
comQ "-P rlÚUSQ de mâqulti.a' o\l simp[el mctC dor'a. Pouc lmport , r~uldad.e _cm diferend ar ree.istros e a ação do $imb6Jic.o o (lo im gln!-
aqui, q"(! C$ta assl tnllação nlloche uej mais e realtt~r totalmente, que no, n o sao ~omcn e . p~conc:ei t ·•rcalí t s" e •·racion afütas" (dos
rc !idade hutrutna dos era o e dos opcr ios questl ne etc , 2. Qual qu l.s as tcoden as m a1s e,ctromas do "estruturalfamo" coniemporâneo
e a nat1,1re1.a d ta siai Lfícação -, qual. ê preciso !embt,j r. lon~c: de ser rcpR~c!1li1m um_ c.w'iosa mistura) q e impedem. do admitir o papel do
slmpl mente a>t1ceito ou representação, é uma si ifkação opcwnte, lmagma rl o, o s1gmfü:ado ao qu 1 rem ete significante quase ·na-
com p adlls oo c:q0!n il.l1 bis ór' , e soci:us1 Um e cravo n é um p~nsívtJ com~ tal, e por dc:finiç· o $CU " modo <l ser" é um modo de:
animal. um op1:--tário Qo é u ma a,b.i; mas a reifi~ção niio é n uma nao: ~-r. ~o regii1r .do p cebido (real) "axtc:rior" ou "faterior" ui$-
falsa pcrçepção do rc 1, nem um erro ógíco: e não p()odemos lambt m f • t~naa 1 1camc:n ~ d1:nln do sianífkan te e do siani 1cad é medi ta:
:zflr dei um " m-omecnco dia'6tlco" cm uma hi~tória totalit da do advent ninguém coo~ nd1d a pai vra .tvorc com uma árvore real, a pai v arai-
da verdade da e11s8nç• hum na, ond~ es a e neg ri radicalme te antes v~ ~u t.nstcza oom o ilfetos corr pondent . No ~gis rodo racional. a
e fim do podP r lizar-se positl11amen1e. A reil1ca ·o ~ um ignífie.i- ~stmçao , o 6 men · clara: sa em~ que a pala vra (o ··termo") que
çiio i,naginári:i (ln útil salie tar que ima.git1_ário social, t I com Q t,c s1g~a u~ co~ccito li um cois:a o próprio oon~lto outra. M.i no c~
demos., é mais rc I do que o "r a i"). Do po to de vj 'la estritamente sim- do t ,a.groãr!o, · . çoisas s:o ~enos sim les. c~n:uncnte, podemos aqui
bólico, ou .. tl gU($tl ", ela :iparcçe com um desfocaml!nto d entid , •~m~m dJst m !llr,_num,pnmcrro nJv •I, s pai vras~ o que cl.;i dcsi1nam.
01tto um.¼ combinação de mctãíora e de m ronlmfa. O ,avo :só pode ~ign~c. ~l e s1gn1íka o : Centauro é uma p lavra que remete a JM ser
" ' ítoimaJ m.:laíoricamente, e rn mct fora. como toda mc,t áforn, 1magmano dl.$t into .d~ pai vra e q e ptXiem '' e mlr" por palavras
11p6ia-se sobré 1.una metonimla. sendo 3 p· rte tom 4a pel to<lo. la l1l0 00 (pelo que e e mmmil a um pse1,1d oconce:lto) ou repru<: tar rima-
gens (pcl~ que s, assimih1 um pscud p,cm:epto) 0 • M sjá e caso r~ il
e J'lerfic,al (o Centauro ima iná 'o é npenas uma reunião de parte des-
N noa ~(c,llca.1 cm 011tro ,11g,ir , ~ n r at i i '. de do «inccila de rcil'lc o ; cr
"b 1ívn I têvu 11!1-c, no~in Ulil te ca colitmc me ·•. u partiçufar S . 011 , N•
j , p. ~ _. ; 1an1ti.!m " Rf' 1,;1rnr<'r J.1 rlw,/111 · •, ín L · f;,,~rit11rr .i-11 UJVff'•~ -ra l';.JJvric,.
2.. L.r, p.} 11- UI O q ue IKS!lomui rei . ~· o c n ft fü'll.l oqmo catq od • 10 , o r ulida•
d i a /wQ d ~ra•ot u deu op r. r i-os.
170
'71
tacad de Mrrcs re,ai ) não se e ota por eu s conside sões, poi! p r a Qu tral · de - q eeYidentemcnte n o se quer tr ns--
cuJtura q e v-lvla a rcalidudc mJtolôgica do cntauros, o ser destes era form r dto· · próprio, nem mct.i oticamente -
difcceoto dcscriçll.o 11c:rbal u a rcpre. et'I ção es<:ulpid11 que po erí • cncontr d, redobrado Portanto, temo aqui,
mos dar. a esta s rrealidade últim , como :aptá-la? , ó e dá. de u m · egin& a tam!! te na uperílde da vida so,
e:r1.o odo. «>m a.s " coisas cm si" , a partir de su $ n qü~ eia • de illdade r ao labirinto da imboll o d lmagin •
LI resultad0$, e seus derlvad . Como cap r Deus. cri 1.J;into signif.- h·cad chegaremos 11Si nlíteaç que oão se en-
c ç o lmagi:n ri , a niio a parti dassomb s (Abs<-ltallunge11) r ~eta- concram af paro rcpr r outr ooi , que s como rticulaçõcs 1-
d s.ob rc: o agi social efetivo do vos - , ao mesmo tempo, como ti uc oc1cda q estão impôs ao do, a cs e s .is
não ver que, sjm como a 00is rc:cbid , lc: é condiç o de pos.sibllid • n ade , os esquemas ar ;m· qu cond[çlo de reprc:scn-
d«! d uma sé.ric lncsgotá J de tais sombr~. ma a conu rio da co.is ta de e tudo o que ess cic:d de M por su próp,fa
porce id , ele j mais se d "cm pes · ' '? n , esse$ quem s não I a~ · dt ma r<:pre cntsç3o
Sc;ja o em pio de m suj eit que vi e um oene no im gl n ' rio, en · q cda,n s aúnglr utrav& de • Não po demos Cal r aqui d
trc: a-se a um eva aci ou repele f I tas tic mee1 e um ema vi id • A uma "im gcm' , por vago e indefin ido que ~a o sentido a oss.e tcr-
cena consiste em' ima e s" no ie- lido mru amplo do L o Essas ima- m De u.s ê talvc-2, po a ca d um . 1éis, um '"im em" e pode se
s o fdtas do mesmo rn téri I m ue podcmo:1 faz er Jmbolo ; se- mesmo mn rcpre cnteç o "prcd " - . mas Deus., en u n 11nific ·o
rão si bolos'! eons.cl6ncia expllcl t o sujeito, n'"o; elas o1 C$lão aí social im gín ri , ni10 é oem a • m a "parte co ". nem
para n:pres ta r oulra eol :i, m s são "vi id u por i mesmas. M isso "média" d=a.s i }' s .i o de p füi de e o que
não esgoc.a a questão. Podem t'epresc:ntar o tra cais , um ant ma ln- faz com que css:as 1mag II Deu.", o lco im i-
consc· ntc - e é geral cate assim que se~o vistas pel psicanali ~ . ~ - nário do fon~mcno de t o o em" para nlngutm. Corre-
im cm é porran to a ui s.l m lo - mas de que'! P:i ra ·s b6-lo. é preciso c:n- tamente (aJ.ando, signincações lm in iai n·o ex tem sob, (or-
tr r nos labínntos da l bor ç imbólic imagin rio no inconscíen- ~a d uma reprcsen ; ou1r~ na ure-z.a, p ra a ~uai é
lc. que hó, no fundo. A o que nãocstâ lá pa rcprcscmar outra col , 1ml tí l pro unu u'!'a o ln,os de nosn cxpenc:{lci3.
que é an tes condição ope ante do tO<l rc;pr ota ão ulterior, mas qucj:l omp(l adas à s1gn <; ívlduais. e l· s são lnfinita-
ex.lst 1'10 modo · ,rcprese-nt çiio: o fantasma fund mental do, ujeito , sua me te m:iiores que um ían subjuoen lc ao que de-li na-
cena nu le r (não a "cen a. primitivt1"), onde existe o que co titLJi o sujei- os corno a "lmilJcm dom ' Judeu. re o ou ocidc:nt J estende ao
to oa u singularidade: seu esquema oraonjzador.organindo que se re- infinito) e elas n o têm um lugar de existência preciso (st! e que pode
prcsent11 por im gem, e que e jstc n n simboll ção, mu irn na pre- deno minnr o i11 :on ·ente individ I e um lupr de e1.ist ci pr,cclso).
scntifica o lmagin ria a qual j á é ar o u ito i.ani iio e e mada e Elas s6 podem se:r ç.uptad 2-neira dcriv da o obliqua: e mo a pa-
operante, primcir c pt çào e éonstitui .so lo o de inlci de um si. tem raç· ao me mo tem e ei e deJimirnr exatam ente- cn·
relacional artlcul do, oolocando, t1:parando e unindo "lrucr:ior.. e "e te- o e te pr meiro te m a o eíctíva de uma o ,
rior". boço de to e oço d percepção, rcp r tição de papéis ar- e c.,te outro termo igu te impo5.Slvel de deíi • esu v-ida e c.'ll
quetl icos e imputa ão ori ínaria de p p I ao própno sujeito, v. loriz - iz.aç· o idas d cir · ente "fi oaal- f'; como
ç o e dcsvalonzação, fonte d s inm nela lmbóli u lterior, oriae uma u •o " a do s tos, d et e de
d s investimentos privilegia do e específicos do sujeito, um tru ur nte IJas orno tu iíi a ca spa I; c;omo o
estruturado . o plano índ1 ·idu-nl. produ ·o desge fi n ma fu11d:1.men• cime l man u.n imenso á-bta ai.. de t
ta l del)cndé que chaimamos o imaginério radical (o Imagi n a -ora- cional e de simbólico nniu1i toda sociedade e como o prin ípio que
d[e-al); esse fant"rna e J te ao m mo tcmp n modo do ln, inário cJe- e colhe o iaío c1ttremidadcs e os pcd ços que ndmit do ,
tivo (do un ln do) e é prindlY.\ I ignl!i o e ntlclco de iia i lic çõc ul- A s" nifie çõ fo ria ociais - pelo menos as vcrdade1ra-
tor iord mente últrm denotam nada. e co11otonr • os tudo· e e
E du\•idoso que: o.s mo captar d lret mente cs fontasrna f nd • por i que elas são ta Dentemente ronfund corn seus simb~los.
mc:n 1; qu:1ndo muito JJOdcmos reco itul-lo a partír óe suas maniFe ta- '!ão somente pelos pov tilizam, mas pcl ic ue sana.
porque aparece efetiv1rn1ente como Fu ndamento de p s ib" idade e 1~ e qu~ e h ,p jdcrar que .se Jg ue $igni.
de unlda de tudo o uc a:t a singul:irid e o sujdt nao eo mo singu- c:am por sl os ( niio remetem nb 1. n nhurn
rld de pur· mente e rnbmatórl ; de t udo o que aa vid o S-ujcito ult - clonai que p sscm • e a trilruir a e ses .si ntes como
p sa 5 a rc:a lid de e. ua hist ria, condi • úlurna p uc uma rea lida- tAis, oo sim bo o to 1 mo, um papc:I eu ci nfini•
de e 1.1m hiSLória obtcvc:nha ao $Ujeito. t mcnLe .rnpcr s às e.nte pos 1.1em.
172
M t11io ·1 ri p . sibiliifade de u1na "rcdt1 -o" dttste i ginário çõcs ·ocl..is ravor veis ten m r.nold do, urna ére inde 10id , os in-
social a megln rio in llvidual - o que fo nccerí , o mC$mo tempo, um ,conscienLes ln ividunl.s e os tcmham prcp· do par· t a" -nova'\ ·
con elido derroróv~l a !i I nifican e: ? Não . aderíamos dizet que próprio pr<)fcta trabalha no e peló in.stituldo e m mo se o t111.nsf rma
Deus, por e.kemplo, deriva de inoons,cie-ntcs individ uai t q e •i11iflc ne le se mpoi; ; todas as religiões cuja génese conhecemos o tr.11tsfomrn•
pr'Ccis meato um momento í:intâst eo es!>cnci 1 de es inconwicntes, o •Ç.ÕCS de religiões p eeedcntcs então cont6m um enorme com onent~
pai ima inárlo'I Tias rcdui;õ - como ri que rt d u:nt u para eli i 10, de sincr-eti mo. Só o mlto das orig.ens formulado p r ret d cm T<>Um t
e as q e tamb&n podtrfamo nuu par s signifi çõ lmaglnári, s d Talm, c.s pa em parte .a c~w considera I e sso porque ê m mito,
11 ssa ptóprla cuhurii ~ p ectm conter tma arte de erdade i port n- mt também ~orque s1' refere a urn estado híbrido o, a cm dizer, incoe-
tc. mas não csgo'-'l.m a qui=sUlo. é loCQntc:suh,el que ffill signill .. ç:lo
Imaginária devC- encontrar u, pontos de apo·o oo incon:S ente dos in•
r
rente. o institufdo Cllt.Í p sente. e ll pr6prL'I hord primitiva n o é um
fato da n turcza; nem eastraçao as crí nças de exo masculino, nem li
divfduos: ma est condl o não l sufk-ient , e lc: ' tlma rnente podemos p rvação do liltimo nascido odom su considerados cll,no origina.n-
perguntar-nos se é oondiç~o ou r ult do. O lndivld o e su p iq ue parQ- d se de urn "ín$tinto" biológloo (oo n que finalidade e como cria ele
~'" cm certó aspce\os. sobretudo p• , nós. homcn de hoje, p,oss i-r "<IA:sap recido"' a ~., ui.r7} m já tr d1.t m a pena ação do imaginário.
uma "realidade" om.incnt~, da qual ocial estaria p rí~do. M b ou- em a qua l, aliãs, ubmissão o dcsoe d ntes ~ i n ncebivcl, o 1m i•
~ros a pcctos esta concepção i! ilusória, "o individuo ê uma a ltaçllo": o noto do pai não e ato inaugural da 5ociedade m rcspoua à e tra.ção (e
fato de que o cl!.fflp aod ,-histórico j mais ja cap1ivcl corno llll, m s est o q e~ l5CnSo umm ddi antcdp da'/) como a eomuní ade do Ir-
s.omi::; Lc po seus "efeitos" n o prov. que p<):!8US umo. menor rc.a 1(1· de, mão , cnqu nto ins i uiçiio, iUoede Q poder a o luto do pai, é poí revo-
e1ia 11ntcs o eontr!rl<I. O peso de um eot o aduz uma propríed de d - 1 ç o mal do que lnstauraçfo primeira. O que ,.in a n!io e t:í aí, na
e oorpo. mas tB.JJibém do campo grnvitacional cire nd nte, quaJ só é " bord · rimitiva", que a in,t ltujçfio, l dos os o Hr-os elemenlM da CJU 1
pcrc(}ptfvcl refeitos "mistos" dessa rdcm; e o que púrtcncc ·e:m parti- estão presentes. não e imboli d como tal,
cul r" ao coroo considerado, sua rn a na oonçcpç· o clássic::i, nio scri • Subsjste ue for-a de uma postul ão mitk· das oríiefls, 1 da cntatl•
~ acrc<Ht rmos cm ccrt oom:c-pt;ões moló 'cais mód rna&, uma \li) de deriv-, o cxausH das sianific çôes ociais a partu· da psiquê.iod1•
--propriod de'' do corpo, rnas a CJ(pr !lo da ção s hrc e corpo e lo• vld al p tece li dada ao fra so por me nh«e. 111 lm pos bllidadc de
Q óS ou ro~ corpos dou iveno <principio de ilCh), cm resumo, una 1 1 resta ·quê de11m cont!nu -OCial o ua.l não pode c::11.' Ir 11cjâ não
propriedade d " coex' ti:ncla" qu.c urge ao nf •el do onjunto. O fato t cm! .sempre instituído. E para que uma · nifica o s al imagín ria
que, oo mundo humano, encontrC:l'tlo& lguma cols q e 6ao mesmo m- exisl , são neocssâri significanies eoletivamcntc di ponivc:i . rnas50bre•
JX> menos e mais que uma ''subs1âncie", Individuo os jeito, o p •. i, tudo signific dos que n!o ex is.tem sob fo n1ta sob o (J ai exiitem os sig•
não deve fa:ter diminuir os no olh rcafüJ de do "campo". Con- nilicado iodividuais (como percebidos pensados o im sinados p tal
cret;imcnle, cot mio como na inLerprc ·o freudi na d Hgião • .- suj 'to).
eitistanel de um "lugu p preencher' no lncon ·cn e ia ivid .ai, funcionalid· de toma de c:rnprêstimo use 'do fora de s mcsmn;
cita do su i terp-ret ção do 1)1' Sc!ó que prodtl7.cm necess d de da o simbolismo ri:fere-~ oe riamence a algun1, coisa q e não t! imbó~
$1.lbllmaçiio religio a, ainda • ss m 'subsl. te que o individ o nâ pode lico, e: que tsmW ~ não e somenu1 rca1•t cional. te etemento, q e dâ •
preencher e te lugar e !i as próprias produ - cs, mas somente u ilit:3tl• fuocion_alidade de cada sístem in!'ititucioosl s, qrient !fo cspedfica,
do significaates dos quaiu1ão di põe livrem~ te. O q ue o indivídu pode q1Je redctc::rmin, a escolb.i e as conc:x g das redes simbólicas, c;tiação
produzir siio fantasmas pr-ivado,, 11!!0 ia lltui ·õe . A junç~o opera• e, às d• ,eud:, cpoca hist ·ca. sui. :1,fogular m · neira de viver. de ver e de f:m:t
vezes, até mcs o e manei q ue odemos . ituare-da ar, nos fundador ua própria e lstênda, seu m undo e uas rc:fa l!S corn le, cs .e es rutu•
de reli(&ião e alguns OUl!05 •··, divlduos e cepcion is", cuja íant fl ·_ nte origin rl • css.e .s a., n do-sian ficante c."entral. fonte do q se d·'
vada m pree e:her onde é pr ·1, e no o'H>mcoto exa o o ~azio dó in- cada. vez. como entido indi tlvel e indiscutido~. uporte das articul ç6es.
conscie-ote dos o tros, pos~urndo suficienu: "coerencia" fi n .ionnl e r - ,cda ctl tin õc:s óo uo impon e do que t1Ao impor, , oriaem do itmen- 1
c;ir,à p ra reYdar-ac \'jâvel uma e:z simb li.7.8.du é-$lln<,iooad - ou , to da eiti~hmcia do objetos de investimento prati.c o, a ctivo e in electual,
iostitucionaUzodn. M e. t con t La o"" rcsol e Q problema no sen• iodividuaís u (.'(Jledvo - e~tc elemento nada mais do que o lmagir41 o'
tdo •'pslcológiw", n o somente porquló t:88«:$ cus~ .r;iio n mais f' r ~. da soc' c:d de ou du época co liurada.
mas p rque mcsmo neles o. m:dutibUidad~ do social 1: cilmcrtte tcgivel enhum ociedade podo e~, tlr ~e niio organiza v p1odUÇio d.e suo
P ra que e ta jun .io ent~ tcndênçias d°' i oo sei ntes ittdividuais "da matetlal ~ sua reprodução º"quanto sodcd de. M s nem ma nc
po sa ptod,nir•se, par que o di u o do profo a nii pcrm n lu !· ucra dessa o g nua~ . !lo ou podem ser dit das i evltavelmente por
nação oal ou e:redo de uma 5Cit, elcmcr é ne« irio que concl1• lei :,turais ou por conside.rações cionais. No que assim pate~ oomo
17 J7
m rgcm lndctermin ii o, 1 •s:c: o q e é o cssonç,eJ do poato d vist q ue si ente é, e nele .dgnificaçiJe q .e não s~o llem r ílc,1l0
da ltistó a (para a q1.rnJ o que import não 6 ccrt8men e que os homens dope nem i lon ento ublun d s tcndlnc1as
l ham cada vei comido ou erado crl llÇ B n1cs de 1udo. q e o te- d :mimalidAdc, nem cão tritamente racional dos dad
nham f. ·to de um:i infinita v "edadc de fo .sab r, c1ue o mund écada \Jl?l-C:onsli tuldoc rtic: lado em fuo o de um
total dado · prado de um ira deter !nada, pr atj- s· wma ,caçõc • e e as si nlficaçõc.s t f.rlem , um vez coo. ti•
camentc, a lm te, que ido o.nlt:ulado lhe · i • uid , n que chamamos o m,a in/Jrio t/◄ livo (ou o ;moginadp).
posto, que çõc coro la ue vale e ao q e n - o Êsó relativamente si 1\1 1cações que podemo. compreender, ta n _o
vale (em t alavra ler, do mais económlc ao rn· is a" colha" que ca cd de foz d ev im!:>oli mo~e princl p lmcnLc
cspecuJ tiv e é o que não deve ser (cito", de sé u ~imbolismo i ion 1. mo o fins os qu 1s ela subordina a
E5 e a to pont0$ de apoio n a cor- ··runcion ljd de"'. ncontcst vclmentc entre as coe õcs do e
poralidade o 11 ria.lid3dcjâ é ~ces- do racio ai, sempre inse rida cm uma con inui i_s,ó 'ca e por -
.triamentc d i ~m em que a cor por - qüência e<>• cter · lo que já~ enc~n ai tra lhando •
lid de já i t jc te objc no, p r com um liim d cu· mamp não 6 hvrc, su -
Umcnto se .st e o ln d ç- 0 ailo p tiv te rcduLida dessl!.ll f: tores o
neocss a de, corri o objeto o um ção o se conjunto. o nenhum desses fat o res pode pr«rKh1::1'
h umano, p rt ra "definição" do s com a- s11u papel, p cr' pe rg às quais ''l'Cllpond " ,
de e -o oom e "5Sa c ce:.ss,i ·á cs t a Alt aqui toda socfedade ou e rc _pona pefiUO•
istência biológica. prCJ upos1 ver J, e toda a ent i.s: som s., ~ oleuvl a mos nós,
prc o mesm o é b lc in 1p de explicar uu,10 as a- outro e e em q ue Ml • ó Que uc dcsc-
o a cvoluç ,o d a formas da vida soei 1. j mos, 0 que nos .socicda di! deve definir sua" ": su _a r-
uculaçl1o· o mun rda :õc co eo m o, CO 1cm;
Papel da niflcatõeii ima aJnárl s as e~ dãdcs de 'os. Sem posta" a nt ";
cm essas 'deliniç e1liste u mano, n de e nem
A hl tó ·a ê 1mpossJw:J e Inconcebível fo ra · imaginççào pnxiwlv ltura -· porque tudo j,érma.oeoena ca diferenciado. • 1das sla•
ou cri(Jdo,a, do q e nós e amam os o Jm gfnd lo radlw ts.l como se ni- nHi ç- a màrias e e rcs s per~untas.
fc.s ta o mesmo tempo e ind issoluvelmen1c nofa:.er hl tôiico, e na 00115 ti- rupos evidentem " ade" nabdade"
tul -o, n cs de qualquer racionali&de itplld t , de um uni rso de ig- pode c«r { Ivo especifico. u ,e
nlflcaçtfr: ''. Se ela inclui esta di mensã que os fi!ó50 ideafüt chama- que, qu n tk "-petf,untas' , post de
r m liberdade, que cria ma.is j to de omin · r indetennin:ição a quat, " de li •• fala m ntc. N o s e IJ'Sta de pergun e
prcssupos pelo q e deflnimo oomo a utonomia n o de c.r confun - respostas colocadas n. definiçõe nãos o wida~ -
dida com o), ê que cs fa.u r est elcce e se dá out r coisa en o o esmo feiw:s prcviamenlc às s-
tlt
c
·i
o emer ' r uma re pos de r t . . s
idade. oo o. ~rde ca da co letividade
• elor nsll · · Ól1 • , mo q ti li TCSJ>OSlll li CSsai perauntas, é f -
a ,iç;\o <:$l or M a vc~ •· _. zc d nder como rcs ~.t II per untas que ele
IOf • n.i -'r.1.I , 110 dvcl, m
seu co11te ""
própr pti e.
4S. O r.-pol fu{jamcl\l I d u t1tl · m slr :is questões e respo •
·,to ico 1 l ~ corresponden tes prov parte ercst lura" ideológica
dtl t 1 que · · ·- o e na re I ó .são rcf'ello defo •
ru mad n •· 's e ad ocial d bomen ,
Je a medidil cm q tco rbação cJtplía la, n a
mcd e e$l, é efe ·ya e • !nt~tal ente)
, sub i def rmJ -o 1dc:ológie,1, e enuco de U!fi_
;I
soc:i e ~r procurado cm pri me n d e u~ _auv1-
lcrnl U
dade cfcuvas. na•se q u nd e t csu .ahv1dade
p,1rte csle hvroJ pos.s:un er eapt ra de um scn iid u 5

17
!i'ntido ••é inqucstionãvc:I" que descri,, r exemplo. a •·~iU isfaç-o d· molfcul per vc1s, responde â pergunta de seu i--~ c de u ít.l nti •
ncQ:. sidat1 s"), Ida e· tlvid e l.la. socie(ladcs são prt!ci.-ia.mente a posi- dade reJetinclo-os ló uc , unem a uma out ro "rcahdade'' •
o. a delin iciio dcs~ .sen ido; o tra.b:;i lbo d homens (n sentido m • A n:.cão · s Is de ·de o iriunJ do c:apÍl ' · us.-
Qtri to e · · · por todos os I dos, nos se s objc- lri 1, · ri m ista qu não Stalin e lk 1cm
t s s, n seus instrumentos. uma mo.- d<>S aciden tes lU hi tórica) tem ho~ este r c.h
d undo, de d finir-se como nec;e. si- e. a dei o esta rt!ferê ia 1 · · · inúria
outroi. gçrcs hum no Sem tudo • um tôria comu m" - tripliccmenu:, porq e á•
repte .nt ~ão enta.J pré ia do do, n C que nlim o que !
di \inguiria. efcti •amcnte da ativi• upo cs e tivi1,aolc nu. e
, s r '' ent çâo mitico em LI i agin.'t io da 10
do" m que u boi im J in• só Ji(l u id-n.d ~. com o o mostram · s.
(lf ófioo, quu fez a. si s p,;tguntas dti filosofia dia i:s e a re clonalismos. O!> "i:l rxi as
tempo antes de que a exis reflexão 1tam eli a;- e"do :simplC$rnen1e: ºO oa
cxplfcita; anim I poetíco, que ro im rr1L ilic "éVidenh:m.cntc isH 1cam, Que: O li
es s PCJBUDlas . seja umo mist.ificac;:ão, não sta tl(wida. Que uma mistífica.çi<> tc~ba efc~-
tos tiio maciçamen te e t errível e111s, que ela se m . trc mutto m L◄•
Eis aJ umas i di ações preliminar brc o par,el d for e d ue t das u íorça11 "r clu ·ve sunple~ iostl rHo de sobre-
socia.i s im~ "nãrí ft()S'. domfni evocados m is acim .
vivência) que "deveriam" 1er impe lido há multo tem s a
Pri1m:1ro, os upa e da colet ivid th,: cada um .e define, e é de- u · confralerniza1;1 o, ci b · - "a -
finido pel outro J J;ii a um ' 'nó " , Mas esse .. nós.. , es~ grupo, o li mo cru uma J!implc ca 'Segu g i$0 ddr•
coletivicude-. iedade, é quem, éo que?~ primeiro um sim o- rtal, ~ qu.~ ek s,c d lssolver la ', orne te
lo, a insjgnfas de exi.slettel q ue se der m sempte cada · a çÍdade, cantar vil6 ia antes da h d o q vernn\ d1:
cada povo. n1es de tudo, é ccrt· mernc um n e. M ome, çon- 1900 a l 6 e quem abe atê quando a i , ilMc:s de ?lº~os
Vi:rt ional e rbil.rário, S<;Tá assím tão con endona l e arbi trârio'? Ess.e si - d.e d uas gucr"n• e tod s os o tros que so reram com l!ISO e - o soltdá no
nificante remete a dois lgnifü:.adog, que reCine indissoluvelmeotc. k do- - todos vocls in,exfatem. ocês. sempre incidi-tiram a0$ o lhos d11
sign.i, a coletividade am quas as oa como simpl se ten• Vi d.adel ôri~ htdo o q e vcx vi,·e m (oram aJutinações. pobres
s-o, cl ·sna sm o re>co âo, como a lg um a 11hos ras., níio era história. A verdad ei história ertt ~ vir•
.:01 , de o ic:d ós pardo, . Somos as ara.- tual i vi uc será e ue, tr- içoeir meo lt:. prc:sr,ara,· o ,m d «: ~o , s
as. filho éu. o povo eleito q e il ·ôcs''. di ur&ó ~ incoerente, porcµ.re oe il a rc:;irdadcda h1stóna
Deus nfar- seus mími nos - os da luz . d11 qual particip (atin 1um discurso nãó é um. fonna ~o movi 1en o d~!i
osn amos, ou os outros n -s. fon.;as produ.tivas) e porq nvo<:. orr11eto · rreaLS esse homens ,r-
os ~e l vo . Somos o filh por reai a fazer m urna rc cal.
n bolo com fu Do 111-csmo modo d iine e el· b,ora ma I agcn,1
p do Slm p m do ,undo r a tura 1, doJ u ivc, tentando , da vez fa-icr u rn
p ada p r rcfc conju nto sigoi 1can1.e.. tto e 1e de~•c:m enconlf r l objc-
d e("o ha e os e &erts naturais que importam par· :t vida da colctivlda tam•
• a nlloscr t bem · ta p rópria oletlvid dó e finalrneo e uma rdem do mun•
modem, . Ao contrári h do'' . E ta imagem. e ta vi o ma o u menos os ó ~onJunto da
cons • t.a,nos que o D a deriorú-1 • C-'PCtit:1 eia human disp nível, ,u.ili:za as _erv n: ,. do ~ado,
no m mo tempo -e -se a um 1ficado que ni o e mas ;l ' '<,ti.spõc segundo signilica<;ÔCS e _.s sub nt~ca< ões , u_c
nem pode r ai, n agin r lo (qualq ,, que 'ej a o e-orno t11is não dependem d racional nem, ali c1omll po 111-
oon tcOdo e~p1:dl'h:o. ur. d ste imu.l:!,lr, :\,;n) vo), m sim do rn±1$inârlo. Iss evidente um rc11 ~s .dasso-
Mas. ao mtsrno empo uu p. rn n u;,tcns, n deu-
alé::m do nome, cicdades rcaic: s' c-0mo ara l'lS con1:o:: e., 11~ wc1cd dl!S
ses da cid de, n xtc ão es ci.ü e tem por 1 da pessoa do Rei. s ç ns-
•itui, ,,dqui peso e .se ma riuH:u institui o que coloca a coletividade 1lv.i (lliC de·"' vi,co eo teria! ft •
Lh'l I niuss 111 L • />e (lúe do 01>~0 mH·
com e.x.i.stent , e ,no substãm;íu de fini a e du el pare ·,I ·m de u, s
178 !19
hist }ri ~: e m6 o o '"ro do :1Jisnio· 1 cxt r o d ·oc·cd.idcs odern Com se faz c.st elabo E& e t um problema imenso, ~ toda
ni'io e. cnp 10 111lmcn1e c-511! pc:rspectiv . rc:spost " ' mplcs" que ign~r in eraç '! comple ~~~um grll?dc nll•
Jmal:!cm d o rn und(> e i m:1 cm de~ me. mo c:s ~ cvidc:ntcrnc:nte sem- muo d o fato rt:5 ( djsponib es naturais, p sibtltd des icem
pre lignd1ts ". M s ~u.1 uníd.de é por sua vez tta.7jd a pela definição que 0 estado " histórico" 0$ jogos do simbolismo, ele.) i:rla d - per
cadu ocicd de dê d su nece~sidndes., t I co o e · in reYc nil ativl• mente- in ao u . Mas~ fâcil ver que o que C-0?3fitul.a n~dlld _h11
d,de. o fu t social efe tiY . A im age_ de i m ma quesed;i sodcdade (como distlnt da ncç sidade animst) é o 1nve u~ento _do ob,eto
comp rt.u como momento e cial a csc lha dos objetos, 11tos. ecc .• onde um w lo uc ultrap a, por emplo. e lmplcs m l o na opos
SCt?nearn oq cpa cl msentidoc Yalor, socied desedeíinccomo "lns.tint ual" nu ritivo-nâo nutritivo (q t?" ~ le" amMm para nimal) e
quilo ~ exi tência ( exi~tência "vaJori ds", a cxi.U ênci· "di na de que cstabelooe no inte ror do nut tivo diferença en_tre o com_!vel e o
vivi .i " ) pode er que:s:tio1111da pc:Ja · ela ou a ~s:sc: de t Is coi• io-coml e l, uecria 0'1limenro no atido cullural e d 1. põe osahméllt~s
a e. correlattvum nte. como ativfdade que visa fazer cx_is Ir css coi- numa hicrarqtlia, wif'i " melhores' ' e ''menos _b ns" (no ·ent1-
em qu nt1dado $ul'ici nte e seg ndo a5 modalid des adequadas (ool- do do alor cuJtu 1, e não s subjetivos). E rctJrad culluraJ no
s uc: odem ser. cm certo çaso , pcrreitamente im tenais por exem- nutritivo dispon,vel, e a b ização. t.ruturaç o, etc. , ,c rrespo_ •
plo, a " ntid de"). de tes enoont ntos de a oio em todos os d dos n tunm. m nao
Sabemos d de emprc ( pelo mcaos d~de Hc.f6doto) que: necessi- dec ~m d c.;;te e oda/ q e cri · ade eomo ra Ido.d e
dade, ja alimentar, sexual, etc. .só orna necc.ssid · de ocial cm~ nçio social e oão o i ª· Não é nem a dl!i oni cm r ridade dos
de uma cJ bora '-o cuJtur1d. M ! no recu amos a . aior parte do t po cai.mujos o d uc m que, par11 ao I g s- contem-
o tinndamentc a ·raras eon. eqUancias desse fato;· e refuta, j o d issé• r ncss e próitímas. cl i, pr1lllo de requl tado. lá. vo-
mos, tod a irt ctpr -o funcíoaalista da hi tóri como "inLe-rprctação mit6rio de cfic faiermo o c.'I.Ulog<i de tudo o que os
últim " (p rqW1 nto , longe de r úJtlmA, la perma,n~ uspen a no ar homen podem cate oomera 3-ervando boa O-
por não poder í1'5p0 der ena pergunta: que define as • sid dcs de de) atrav das cs épocas e de er~ebe:i:nos q e
e.
uma socicd de'?). c laro tambêm q~ lluma inur reta ~o "racion • que é c;omiv~I p ltrap lo uc Já foi, para cada
I' ta" p de b tar para e~pllcar e ta el boração cultural. N o conbea:• • o slmplesmcttt o n,bítid d natu,
mos oc cd4 onde _11 ahmcnta o, o vestuário, o babil I obe ~ as i s que deter a escolh a. 1 o se v~
coosidor puramente·• lilitA rias" ou •· ·onai ". ão conhecemos m exam m nçc es q ue aio
cultura onde ão aja Jimentos uiníeriore ••, e ficar! mos ct antados se cn clt p m de si i;ões imagi•
jamais h uvC.$ e ex.l tido uma (afo cas "ca tr6ílcos" u marginai$. q rizam, ru tura m e hiera rquizam u con,-
como os aboó,gcne a trall nos descritos em Les Erifants du capltoine junto cruzado íal ta.s rcsp le_s. e n _q ual pode-se
Granr) ••. ler, mals fadlm alqucr outro, isa tio lnCCl a c mo
í contes ~'CI q do uma s e.
"' ntre u>rctn • por cnm pi 110 •<>I• lmN> P aralel ,me nt e o jct 1ituld correl.\uvos e
(' pcwmn()ccam IIX'O ,
~utoloJi o• C()m do_de po- c;,o ns ncial ades, define-se uma e trutura o um ar-
_,, cmo!I q ~ tal • Licu da s de. como vemos no lotcmism ("verd deiro" u
outro O ser tcm3 d e mun, "prc "). q ua ndo por exempl o de um clã ede " f; z-er cxl_stir..
, pelo roen~ uo os para tr es êcic cpàni a "etapa ', o melhor. vaneda•
IQe 11,Cm, p.So q ÓC SIW
d im io i,- clu1~
de. la i.al é hoMólo nção do ObJ~OS, · s vezes r-
nckment. ln , rcz a sociedade tabcl«(U como pertinc e . Qu nd~ os
, Yinte e cinco uoos,, u ~
-aoci aua do ,mpJo • e
dado prime ra vet, ao me üo pcraistc
Jo.l> m,n:illltt tioll d. porq " lm da 110oic4 49. Su1~ • 200c 1. Soru~ - ~
ro, porque chu tendem CíldJI urna pot ,u"' eon1 11rn;ào - 1dud, 1k
do ima ruirio (ínsUwfdo) no uodo moderno. oo qu val- rrthllf' ditnhk'o" (p.
i 110 t.cxto). ~ d l 1 • eu dil
!lei inulll.dos pe li!tia.. er-um re o,s" , J lo 1tnc. J.,,s &/◄ ffl.Sdü • or.:i corp ncc
raitl, PnrlS: HJÍohçlt,e. 1!r29. p. l62 e V e. ço for me ou hli ho. ter 1 - O· , D " ; cçj,o QIJ
mado 03 ele lcls. de 111• arn •u de um ill,.ian1 piora.d r dJl lp<,ca. (Ver rnb!m um a. da tVCL a co ~5o da Criliq1'f' d, L,
aaor:. Col • Turobull, ff fl#-'-f'(e d, /m, .r, Stock, 1 , NfsON dl4 r«
1O
obj~o o coloco os eomo i~ndários relat,v rn ntc a s rnovi.mc:mto Pof uo, apM~odo o e cc:ss~, não foi ele gradual e mpcrccp~ivclrneole
bstr· 10. das a ·vic;hJc sociafa que o prochm:m - o q ue otn dú ·id11 rcabsor\'ido num bem tar crescem (011 um (.niato " mal-estar'· do
prci;supoe i:_ma cvolu · o desenvolvid.t dcss a tividade~ como rêcnlca, conjunto d;i tri , com não tomo pane intégrantc d definicllo do
u:_ma lttcnsao l rnanho das e rnunidadcs., etc - 5.ão e • prõpri ,.ui- "mínfo:10 p, a a eolcti'vid.nde am. ider d · •7 Os casos em que as d S5C11
v~da .que f◄ r <:em o fu nd mento de um iirticula ··o da socieda de, e:tplorad·,s !1-o .rc:d zid a um minimo biológic Cl( ' t irnm ,la uma vez,
nao mais cm dis, m s cm e t· • de o tra a ncirn ue n" orno éSsos. mar ·nais Pode-mo mesmo d•fi•
O apar~imento d divisão ni,1 tmica d11 ·ed do cm class4'. ·, no ttir m "mlnim t:riológico·• e, íora de condi ões sem si -nificctç!lo, te:rc•
sen1ido mar~ t do termo. 11, sem dú ida, o fato capit 1pa • o n scimcn- lgu M v~ e con tado urn coktlvidadc hu.rn-ana que s6 se. cup-~ de
lõ ~ a evoluç· o das s ctf des h ' tóricas. For o anumtc tem os q ue rcco- sua limenta -o? Não terá h vido; durante pa!col[ti e: o neolltic-o,
nhtcer que c1 perm 11c~ eovolvído num den o mislêrio . uma prog são, pen ndo bem, fantásti d produ.tlvi~ de o tr balh
Os m~rxistas ue acredíu1 que o rn rxismo e;(plica o nas ·mento e m dúvida tamb m do nl ~I de vida - sem que pGS. mo fal r d
íuoç.io, e a "m o de ser" , d.a. clasaes lt o ntão n m nível de oompr e'n- "cl ses" no sentido verdadeiro do icnno? ão is e or trás d<: tudo
são s pcrior .io dos crist- que c-rêe-rn que Bíblia c11.plica a c inçio e a isso como im som de homens que· guardam o momcnt em que o ercs•
razão de r do mundo, A pret1::osa "e"pli o" m.irxis-ta d classea ~ - cimento .d produção utlngir' cot "pcrm tindo" a cxplor· ção par.i e
dui-se d.e fü10 a dois e~ emas, s1:ndo cada um d qU Is insat' fatór:io e: .rreme. rcm UO$ sobre o outN> e estabdeare ,se 0$ venccdo~.
ve, tomedds em co jun o. são hetcr gên s. O primeiro ·· consiste cm nhorcs os vendido , -e sct vos1 Es a p.róprl imà em, 11êo corresponde
eolo r, o origem d, evolução, um estado de penúria por assi dizer ab• . obr~ udo e.o imaainârio do ~ulo XlX pitalista, e como pode•çonci•
scluta. no u , a 50 'ed de :s:cnd inca , de r,rodu~l r um ·• eitocsso" li r-sç com as desc.riçvcs dos froq\lescs e dos Oerm rtos cheio de humt1•
qu_lquCT, tnmbê1 n o pode rnan c:r uma cam dn explorador (a produ- td d.adc: ~ de no reza, sobr-e os quais Engc.Js se es ende com compln~n.éla?
tl dadc por bomc:m;ano e juit; mente iaWll ao mínimo iológico, de O iundo cutuema consiste em I gar, nlio cxis1êncfo d-115 cl
m do que n o podcn mos Qpl r:ir lgué em fazê•lo m rrer de inani- cotno tal u.m csted gc:nil da eç noml (à existincia de um "e cesso"
ção mais cedo ou m js t r de), No fim da evolur,.-So havc , , como b q p,erm nece lnsu!ieicntc), mas cada [onn pree de divido d sodc-
mos, um estado de absolut abundãnc;fa onde a c1tploraçi n!o terá r - d e li uma etapa d~da tócní a . '· moinho movido a raç0 cor "-
t.;o de s.cr, cada qui.,J poden o tisfaz.cr toLAlrnemc suas occ.cssidad s . ponde: sociedade feudal, ao m lnho ll vapor a ocicdade capitalista''.
Entre ~~is, shua-se a hi t6tla con cc:lda, f e e rolativ penúria, ,t<lc Mas, s ~i tê cío de relação e tre teçnologj; de c:nda oclcdadc
produ~• _idade d tr b ho eltvou-sc ~cicnlemente p..ira pc itir a e divis..10 cm classes !o p de 5ct ne 1d.u u: a urdo, t totalm~mte
çon. tic Jçao de um e: ·oed te, o qu{àf servira (. omcntc em parle) para diíeronte quer~ sear e ta n uels , C.omo hnputar a Unl t ni agri•
man « a cl rucplorndor-a. cola que rm ncccu pnti 11T1c:nte a me ma o fim neolítico aos nossos
Esse mc.:io~lnio se esmoron {lUAlquer q e ·a o lado pelo quar o di (na randc: 1 aiori dos p ;ses), ligaç.Õe:s sodais que vao d hlpo ~li•
ox minamos. Admitiudo que partir de um mome oxplor. . c:as mas prov eis c:oinunida<fes agrárias prim.iliv· 05 faz.wdeir s Uvres
doras se: t ham I tnado p ;veis; por(fut! e tor nece.rsóri<U dos Esudo Unidos do sêculo XIX, pat1s.ando pelos pequem s lav radores
indepen~nles a primeira réci e d prirnet-ra Rom , pelp colono, pehl
ervidão medl v 1, etc,? m coisa 6 diz.et que os falldes tr balhos h •
OOID&i:l. 1an t 4e Rn, drâulicos condicioná amou fav rcoer ma exjstêncla de uma proto uro•
• lll': ,S,.. cr clu cent Li%-ida no Egito, na M opot!mia. a hinll, etc.; out e ll•
q o ga cua hid ta lic'dad çons nte 11t1av· do tempo e do c:sp o
IQ
rí~cõcs e tremas de um p · ls a outro e n h1stó1ia de ea.d~ país.. d ~·id
e • b' óri e (ias forma da divi o 50C1.tl. Os quatr milanios a história
gnto lpcia 11:lo são red1,1Lfvc· · . quatro, mil cnc:hentc do • ílo, n~ à •aria ão
das do md util d0$ para eontr la-la . orno rodUZJr ex1~t nc:i de e.
div-
1ccni ohotcs feudai à cspe ºfi-dd.adc das t cniç.u produtl s da época. quand
ond.ú-r o es senhores çStâo por dclini !lo ~ r:i d qualquer- p r uçiio ~
C:J oato,
ccrn ) 1JIt!'Jll','Q t!i-
lvi o )'Z O !1$l'1n!• • D tnl)lMnlG e qi,c JéCk~adc , , t ,.m •'cxCC$U1". cl do•on uma rte1 es•
,.. ncfa:ti-t a um di• Mntial em .. li • des absvr1Ul$ 1111H tito os hrncr iJ.. l,lérimõnl • u i;,il\l a= 6e urti<, .1
a,nm ç de plr iditi., c:i
182 183
QWlndo u tn terpretaçOoes m rxistas ui pa m os esquema. sim- ct.ades ocidentais. o · IO do e prcen d1mento pit 11 ta lá.s-
pi , qu ndo el e rc:ftf'em â m téria concreta de uma 11 aç hist6ti- sico (a "g ndc ind x), se t vez à ma nu fatu -
• ent o abandonam , na melhor hipótese, o r tor ~. etc., e no limiLc bu ês , à .. acumulação
Q e pr<><i ziu · da $o0cicdada em r-se. rlmitivs", por ou it mcn as ·
como meio de a totaHdade d, si u nto r ' d ntal, a par • lo na
si uaç· o ltl 16r ue remete, pa .$ua e e • e se, verd deir ihi em pi
va dado. Foi o que Marx fez m felícidãde qu os • to da burgu cimento
pc,ct.os QU fas cse do capitalismo•. Mas d um s, cied id cm cl m
que ni o p ra blcm da hisl p compreendido,· pwa Q n, is gcr 1, ~uco imf)orta aqui II di-
o P~ ifieo d sses. Então nii expli• fcr do 'cJass~ • econô · te_ • " m meio
e çao eral la, ma · a hi, 1ória, on clei-00 po inform é~ si nJ 1ca•
uma aproxi grcssiv mq m\n. ç1 escnws cm t es ' de pri-
eia o conjunto dos fat res, mpre os fatos , os r: t va olve mil rutura icd •
.. brut s". co ciment u:açi\o utlvcl ao é nos tr;,1ços cspeellicos d bu (podc-
que e iste, e c;om do que é dado n r.i- c:onccbe 'igual stru tu-
~u ção por i e es · " m úl i• ad fcud aa o novn
ma an"lise" to de sou n nu cm inso abel ti t da
dável. Isso, n e que od ilo n o pl no, rgu q:u e ~ ir
nem q e o ~brc h u . cm ress · m 1a, · o ln o · rq>Or·
ra s li dcst tcoriz o somente nós temo~ do lm otc u 11m
q e trata históría, de alauma e pre à começada, ou 0$ Ge d sido sua ors,:i niz.a-
o qu ·· con ituldo, cm sua i,speclfki ade, n o çã terlor, rora . vid nt ' inedo~" pcl
p do como r.implcs '"variação nwml ote" da qual po• es cis.i$ Q; e encontraram .
d ra o; m t am bé ludo, o histórico 6 exis e odemos mtel' omper este n:cuo an cs que nos tenha me uJha•
e m tur o trazi ilic-..1çõc cuj ênes,e nos do de que e: bn: a p em do neolítico à proto-his16ria.
e m r comprcénslvel e ele pertence ao im· inã- No u provav mente de doí ou três milêoios, riente
r 1. Ptô o pelo menos, cnoootramo a uansiç- vi m
mos dcscrover. e p li r e atê "cornprccndcr" como e porque as as mas io d · · a1, imel-
c1 perpet am na ()CÍ dade at 1. M s aã os diie e ·ana o o i a t~
c nto maneira como nascem, o n ccr r- de Crist e in leio e ati n o
que todn. explica ão desse tipo tom · s cl cm urna - scnd 1 d ic-0ad a a Ii-
de já dividld,1 c,n c::lass~, o de sigtl{fic av· di cl. cia, s p t s. O jog ::h o omo e porqüe
U ez n cida as las.se info ara o hjstórlea ulU!• as im deu .
rior: uma vez que n ramos no ciclo da reza, d poder e Sabê-Jo-cmo algum d1a1 ,,a envolvi 11S rarão ~m-
da submi.s o, um vez que 50ci edo s • o com base na di- precr1der o mis ét o do · cl onfessam o o ~ t
ontre categorias de omens (q avelmc,ue sempre e-xisli• \'er como d.escobcrtu uqu ic. o ~ compreDld r w ;
s n diferenças nao simé1ricas, toda a q6Aneia se "e plic "; que a pattir de um "mo to' h n agiram u s cm rc-
" ma ez" i todo o problem • outros, não mo ali p a aro dominar, lnl•
Podemos ver o que, no meç nismos d a sociedade ai: sus cn 11 c,itermi u mesmo comer, s pa. ir.
e;xi:slí:ncia d rep d1.11, on t l'ltcmen te. A o i~çio bu o- Como oco'nteOdo d vis e dc$t açã arbitrário, não
crá ica 6 au uto ultlplicativa. 11 odCJl'los como ela in- mos em que pode on ' tir sua expl reens.ão. orno
ÍQrm o olljunto da 1,·ida social. {as de ond vem ela? é, na sacie- podcri · mos ns Ir o que é constUuf, hi lbricatl
Co o comprccnd ·ta s><>sição r gini e cornprc:cn-
• Sobre • op · <> cntn, os õ.!,scn çoo 1 ~ lcaa d• M~r · e, ,u 11stru .io d " ncci- sibclidadc do dcs lvimcnto utte ior? pos. uir e t11
10" de clu t, ., ~, 10n de l' hiu 'r• du ouve, ont ouv · r". "l'E.q,Jri.- ,,. du ignificaç o inicial: um homem pode ser • a u outro
"" • ,,. 1 u,vi,r, 1, /,e , p. 4.5• ho cm, e U115 C-O cto n num reis o a , m:a no noni•
m to da so icdidc (n mercado d l!Scr11vo~ nas c;Jdades ndustri· 1 , e as - e evldeote e:ntc isso sig.nHi a,.- ui m111s do que em <ju,dquer c, 1,11r lu•
( brlcas de u · gr.tnck: parte d: histórl: do capit lismo}, p odcr r: agir- - contina~n ia, u pobrct, , a in I nificãnda d te ..sii;.niílcan-
compreender 11 histõrla hfl sei milf-nios, Podem • e mpteendcr hoje esse t " das socied.ides i tôri qut ê ti ivlsào st:nhor o cscr.wos. cm
;;sl do de ••qu sc-ob; ~o" porque dispom ~ dcsu, lgnift · ç o, na~mos d omirtao tes e domi nados
nestrz ltist i-a. fas • ri· um ilusã cr~r que podertam produzi•la , e r-c- Mu o q es ' me 1caçâ que representa
ptod dr. na comprcen,s:!o, su1,1 emcrgém:la. Os meas 1zoram CJ1i tira cieda em c:s, este im· gln ri • de f1.1l
p<mibílldade d escr11vld!o: isso roi uma cri cão d história (so rc · qual o ccd a 1 • j,ú mo tempo que cl:
Engc ~izí , se ctrú mo. ue foi a condição de m grandioso progrt:S• a fulo Jal'. •e ·anordial{IUCabre umr1
f; e d e da o, a o po ição no int
so) . Mais êXatamei\U?, um11 fr, çã d hom n foz e1ti5tl csla o~sibilid •
de t.:JJ11Jm os ou1ro. , os q ais sem oe ar de com at la de jJ maneiras da p róp ria de. ,-ç.fo hnediat.i da CO•
dela também participaram de mil manei . A 111 tlru cão da e-ser vid o : Ietivld de em suas ínstituiçõc llom~ns âs uas crià-
ap re ·mento de urn nova signlíkaçio lmagim!rl., de um nov.i mancí- cs im ,glnárias, unídade qu perturbada lo e.les-
'ª de e viver ara a ociadade, de se v ç de e agir como articulada de ou a i □ Cr~ç· o. t
ntcsla ão da sod
a,g
oi
d s eonílitual. 1:1uto-
orn.a-se u C}{ lerior. e
rnanelra ani.agôn'ca não sim tri • si nificac;l'io que e simboll:r..a e se
sam:iona imedi tamente las ré ras ... o, rtn medida cm ni o d,1 sociedade, dis•
~la i_gnllicaçao e estritamcnlo lii da tt, outr:\ ~ignificaç-0es 1 g:i- ci menta e a cr[t s o mslhuído, é 11 primeit:.1
n· ti ~ntrais.d wciedade, pccialmcn e d tini ão dcsu neocssíd.i• crg-incia d r Llto a ; do ima inário (ins.ti1u[do)
d e sua imagem d mundo. ão examin emos. qui o prohlcm a uç E e rto que ISSt.a luta e_ demora muito tem , rcc i quase St'nl•
esta rei· o coloca. pr~ novAmente. na ambi ilid E como poderia ser dt outr· ma□ cir.i?
Mas' t lmJ)<) blrd de d~ compreender as ótigens d ela e não O oprimltl s. que lut: m coo divisi da socicd:Jde. cm b.sse , lutam
noi deixa de.qarm ados ante o prnblem da e~stência das cl, ses ço(n :s~brctudo contra su própria ssão; de mil m n~ras el pcrm11 necem
problema atu· 1 e p.ralic - assim eomo cm psican · llsc a i pQssibil d de mbuuirios o im inãrio q 1,1e combatt:m cm um.i de su s manif~sta õc:s.
d atin Ir uma "o~igcm" n~o irnpi::de de comprecn er no atual (no dois e com frcqil~n-da o que visnm nada mais~ do que uma permucaçâó de p •
sentidos da pulav~ ) que,~ · em qu ,~o, nem de rd ti l:zar. de pren- s no m mo rot iro. Mas wmbêm muito ctdo. a dtts e oprimido r,es.
der,·· 1?$9acni.me.ntu" $ignifiç.J.çõcs con 1ltutivas do sujeito como . ponde negando tn c·çamente o ima cial que Q oprime. e opon~
Jeito doente. Cheea um m.ornc□to em ue o ujcno, não orque cncon- do-lhe. r alidad de uma lgualda Idos ho cns, me~rno se ela
lrQ a cena rimá.ria ou detectou a inv II do péni 1:m suo vó, m s por mantém crn tom des1 finnaç· o imcr1w mitica:
. ua luw nasu vida esr◄ v e à for de rcp1:1i o. ~brc o signiflcante W nn Ad, m grub und Eva pann,
oentraJ d.e su neu se e finalmente o lha-<> na sua conling!ncl sua \Vo war denn da det Bdc:lm nn'!
po rl!2A e sur f'íalgn(fiC<ÚJda. D mesmo modo, para os homens que vi- (Quando Adão a\•,tva fv tecia,
vem -~ojc. a 9u.e$tão n o 6 comp c~er como se rei a p s agem do clã Ond• ta' e tiio o no re?)
neoll rro às CldB! t Já randemente d1 ididas Akk~ d. ~ compreender
can tav m os campone5C6 a l~m cs no culo r, incétídi □ do osc:astelos
dos lil:nhores.
, 1. _Enpl ~ viu qua:s1: a 1l1' do ;,•10 ~: ' 'Vi-mo ma.Js ::wlm• como, t1um grll' lllnte Este qucs1lonamcnto do imagin,\ lo soei I tomou ou t:) dunens o
pr,mmvD do oksen,·olv rrten10 l!n prodúç • f◄ do balho humua o torn:,, i<c: e; paz e :pós o n imcnt do pro ttrlado m crno. VoJtar~os I nga e11ie :í
íot11coer om pto lllo bem o 5 considcri,'ê! do q u-, i ecies • Asubsh~cla do, pf i, isto.
to3, e C:1)1110 c_sto u d~ d cn~rocnto t, 1:.1:.cncl..llmeotc o mesmo q e aqu I cin qlM
a Mtccm drv~4a do tr oolhoe ll crOcP ~ rc indh'lduos. Nüaj. p,~'dso ,..,..,,,,, ,,., J>ilra
tk ;, ara tr1.1J1d1 "rrrd •·· qu~ o ~.w1m1 la, 'IIDlriJ ptXM ~,, u- rt ~ ria. q forra
~ i' ,., 1hta 1 ~ , aplorow/, ~, 1m'left>f!IO<lt1Jos o llf,lffll ,.,., , ,tt'ra,;o, T logo 0$
l1omoru CO<t'I ~~ rum o r,rMic:.r e lfOCO j · éltS prôpiiw, ro m 1roc-.1d " . ( L ·Or/gl,u de la /lf· O l m Jnârfo M mundo nioderno
•1t1II~. c1c. l.e.• f,· l ~l(>t . su_bli Mi o po~ fM)l). Estn ir:; e•·, ode'', °" 11 11lmcnlc
m< 111 IR.- - fflll(lol'llr<l \lm,., por í\cn llO l>licoorns1,,rnrifth11d, l.'ln~,t,Jh~ . (? mundo modcn,o aprcscnt:t-RC, super ICÍ 1t1ente, como aquele que
- oc, YO'dnck. 11cm lmpo,o,r , pon nto, po•h~m se( M~obcrl PJ" ;-· ,wcntu.u-.": e1: impçhu. que tendo a impcltr ~rinnAliitacifo a eu c;Hremo e que, por
r«1 q11e fossem i Q1ttmht t t r ~ - . 1sto p t(), Obs.ervu o que En éls Bpt•8CflUl, 1 • perm te• despreiar -o olhir c~m uma curio idade réspci l :;i -
1.1 111 e llwr , a C)( l! Yl~ e-. 1111u. ext" ii n ttocade objcl-O por ho1 n~. c:nqu 1110 r:strnn hos co:.tumcs, invenções reprcs.entaçõe~ ima inária~ a ocicda•
. L~ k u fllOm<_olo cn~cu1I ~ ll'à ÍQnnaçàO do lic)mctU ~m uut>,c:(os"' - ,r~ precisá çt\1.C
,~,o Q rtilD '11Jl YCI 8 C01Uilkra~o)e$ ~c,;on6m • s"
dcs precedentes. as, parnd almt'.olc, :1pcsar de. ou mel or. por us
l&ó 187
001 "racional çiic>" e~rrcm , 11 id do mundo odcrno depende do is na oda ou n:ao pcr..su m tal ou qu· 1 "ap,cr íeiooamcn t " frc-
imaginalrio t nt.o Ql o quaJq ucr das cultl,Jras arcaie· ou bi tôticas. qücntemcnt o U sório.
o w;" dil como racionatid de dll socied de mo<lema, simples-
men te aft>nn<J, s c;oncxõcs tcriormen te neeessarias. o domi nio erpê,
t inútil · prcsen resta si 1uação eJusiv le oomo urrH1 "rcspo •
", co rno oferta tle sub.s ·,utos p
1uo do silogismo. Mas ne-s es tio · os d vi da moderna, prem is s rd ·u'\ q e a presente NO dé d
1om11_m" oonteudo do im má rio: i e prevalênci do silogismo como Por in tai aeoesii'd da ex.is qu
1, obsessão~ "racionalidade" epar da o resto, e o.stitui um imag • las, m is urpreendc te que sWI · cr t lal-
Mrio e scgWJdo r . A pseudo-raclonn.lid de moderna é um a das fo r- m otc rta pot um s .. P · mio-real d.i. ade oo
m hi. 16ricas do ímaginário: ela é ar bitrária e seus fl · s ultimo11 n m cxttns bremos. ·ao :ocial d2 ind.ústri alm te
didn em que cs e$ não d e-ndem de nenhuma razâo e é arb i âria qu ilnhll querer e lmina oblem , li m it 1tdo-o a seu aspecto de manipu-
do se coloca como fi , visan o somente um ''racionaliza ão" form al e f çio da soc;lcdade p caro d dominan tes lcmb ' fun-
vazia. Ness.c aspecto de sua exlst!nci:,., mundo moder é atorm ntado cional" -o ' nu.a de novas fl ecssid d~ od
por um dellr o istemil.tico - do qu Ia au to omiza ;t da tecn ci dese • ex ansã da evivincJa) da ind0$lria mo nã
cad , e q e n o está "a orvíQO" d e nenhum fêm dctenninávet, e a for- omc:nt ad mia n.tes são ar-n · m d om! ima-
• roais imediatamente percep ível c a m i diretamtn te ame:iç:adot • inár o r~enie: oâo somente seus ifes-
eçono1r1j no 5cn ido mais amplo (da produção ao co sumo p· s- tam 1 'dade, p.ira o slste a, d uma
sa cl e~p r o por ex i:lêocia d nacionalidade do capitali~l'llo e da dem nd t. pan.s o, não existe du •
oc1edades tnode nu. M. é a economi11 que e lbe a maneira m ' s sur- 1riatiza in são do lllo dec suíno moderno fai-s.e
p cc;oden1e - pr«i tneot.e po que se pretende i tegral e exa stiv men te J muJto oss mos falar de · o qu.3lq ucr dos
r cional - 1 su premacia do im si n no em od o· oivei.. mcfcados). o q ue conslàtam exemplo, i! <jUe
~ e. ,• sive.lmcnte o caso no que se n,(er definição da mu:esJ/d.a• esse íuncion coso n imagin rio; a economia do pltatismo
da que eJ é sup te atender. Mais do q ue em q lq uer o t.ra sociedade, ode o só r na medida em que ela l'l p nde As nctessid de
o caráter •·arbrt-drio" não netu~ l. n-o (uocl nal da delinição 'aJ da.ll que ela ptópria col'lfeociona.
neçes;s.idadcs aparece na soe ed de modern a, preci meo Le devido ao ISieU minaç o do imagin r-l<> é igu lmcntc c1 r no que~ refere o
cscnvoJvlrneato produtJv , 11 sua riqueza que I per-mhe ir muftt> além homens, em todos os nívas estrutura produtiv e ccon6m •
da sati.síaç das" eoessid adesclomentarcs" (o que ali's, com rrcqOcn- ev: n o ra n l e:xíbe JA o sab~mos e já o d $SCO'IOS
cia, mo contrupartid não menos sig:nllíca tiva, o que H tisfa o es- há. muito tem fli m levou a sérlQ, cxocto e. s:i pessoa. q e niio
us neccssida cs. cleml!ntarcs é sacrifl da à da neCCS.$\d dcs "gr l uj~ são 'as, os anci tas, tOd:J~ a ea.racted ticas de um ddl-
tas'' ). M do q nen UJrtà out oci ade, t m m, a sociedade mo- rio 1cmáti ·1ulr, tratando- e do ope~rio, do emprcgad , ou
derna permite ver fsbr l ~o b l tórica da neCC$ idudA:S que -o manu- d "q o o cm por m c:o · tr parei i 1!!$CO-
fat radas todos o dias sob nosso olhos , A escr io deste es1ado de-0ol- lh.idos arbitra cm fu nção de um it de fin e por
ns foi feita desde há rnuüos anos; sa náli.ses dcworlarn r considera- reler· uma p eudo-con uiálizaclo 11 ·n e traul,lo
vdmcnte profu ndadas, m s não tem • intcn de voltar ll isso aqui. no p de acordo co m isso, traduz u imagln!rlo,
em remos somcolé o lu r gr1dualmenie crase-ente qul! suroem ne:s q, e, cr que ·• su "eíie eia' ó difere em nada d •
dce$pesa~ dos c:()ns1,1 ido~s s comp • .s de objetos c-0rrcspondA!n o a quda cicdade.s · caka mais •·cst ho cm com
'C8.SS[da~s "artilici i "~ ou eot.ão a re ovaçl...9, sem nenh11m11 rai.io .. fun- coisa ou como puro s.i ec.m mecânico niio · imag:insrio,
cional" de objet q11c podem ain · servir 5 1, simpl mente porque não do q e prelcn cr ver nele um coruja, isso represe utro g u d
aprofundamento no m gjn~rio; pol n ·o som ente cesco r · 1 do
ho mem e m um coruja é inco par vclmentc maio o é com uma
o •I do~ troas u.nu iHto mode108 " os
máquina, mas taro btm nenhum a sod :i.dc primltí is. plicou 1-i o
t e dôla n:s i - .ino "" mf~ p:m1 diu lm\lntc as i?ºº eqüências d $UJI • ssimílacões dos ho ens a out ra
n o lllCÍort•I C• m
• míll,õ!IS nles),
B8 miot que •tido
on cll IC> n ·m flpcl m • r . "&tretn • o c~101 fo ram lio é.,1raoldi nr AlllonLe d cvadoos,
col'lanno nm,oJ d• A $IO(Íu embro 1961) niio neglllll pan:oed valo~ n J'C"" p K.nlmr n $ll>I • p,,r lll\1 r·!G u1ro 1i:nme1Uc .., eles vu•
ltOC.U pod ó tn blftl lz que el pllif n t11r ~ido 1cm' f fi r G T t nd K:,y1cn i ,fmeri<VJ coMml ll ·~u•. m 1 1 '. p 151>),
c:ois1 , c-0mo o fut. a industri ,11 ,-ri oderna com sua r'IH!táforu do horm:m• mericnno (.Principalmente Rie.miar e Whylc) dos v.ilo~. de " , d._
utômato. soeiedad<?;i a eruca pa r em cmprc onscrvar uma certa rnento'' ao v lares de ••aj,utamenl ", A pseudu- :1.cion.1' adé "anaUti-
duplicid ade ri sas imil.i õe. : m ocicdade modcrn 1 1oma-es. ca'' e reilic11 nlo tende a ceder lugar uma p et d ra lo lid ad " 101 li·
s prá tica, .ip ~ da let da m· ncira m d . elva c -n. · o x enhu- z.arHe" e " $1) ializ.11r1te" · Q menos i ~inári11, \.tas cs cvolu -o, em o-
ma diferença sencia l. qu nto ao tipo de o rayt1 !t me tuí e mesm d ra sej um i.t1dl ador muit lmporLn.otc d riss r e fi ; lm~tc: da crise
:uitudes fq ul,c,ns profu n 11 • ntre um êr'I c nbeâr taylo ri an ou um p. i~ do sistemn uroc-r' ico. w o altera ~ as sigm1Je11çõcs e otni11. Os ho-
cólogo in u 1rl 1, que Í50lam gestos, m e.m os <>eficientes, deco tpõem m en imple.s ponto nodais n em.rela ameillô ,a,. men agens, ó exis-
a esso:a em "fat res" totalmente inv.?nt dos e ·1 rcoo p amem ~•m ot>-- tem e tem em função dos "stat~t '' ~ <in& po. i~oes-q e 0CU'1á tn na e~-c0]
jcto secu dí,ri ; um fctic ' La. q ue so com v(s o de um . apat de lllcrátquica. O sen !ai do rm.111tio é su~ rcdu líbilidade a um i$tem,1 de
s lto alto ou pede a uma m lhcr que imite por gcs os um lamp11dá rio. ~ar. formu' inclwlve as q pennílcm "ca lcular" ~u futu ro. Are li-
Nos 9.oís casos, vem o~ c:m ão esw ro, ma partic lar d o í aginá ri ue é dade só exislc n. medida cm Qt.e é regist r da. oo lim te, o ve daddro não
idc::ntil'iç~ o do sujcit m o objet . A difere n · é que o re icb! ta 4 nada é ment.; o docum _nto ,: verdade. E qui su e o q_uc nos parece
r.
vlve num mundo ri do e s ~u ntasia n·o tcm -efclt<:1s par. lóm do nr. ~ o t • ç0 esp djk(), e m i pro f\sn • do imu' n • ' moderno. o ma.i.
e,e! que a cl· $e f'TCSta de om grado; m.-. o fetichismo cupitalista <.h,> pleno de conseqüências e u1.01t>ém d prom s. Es.tc im g-i.nârl não
"g sto clicai", ou do ind iví uo definido f)or test , determin \'id real possui i:arne próprfa, ele tom ,1s 1a mati-rl de ou lra oo· a, éim·es imc lO
do mundo scx;i.il n. fant1ht i • vak>riz.aç5o e auton<>míiação de e entos q e cm si mesmo
ltamos mais .icim o csb-oç que M · jâ fomt?cia do p,!lpel tlo nii de~ c:n1 do im11 ln rio: o rocion I limk i!o do entcndi,n to, e o
imaglnirfo na econ mia ca pita bsta, fsland o ..canhcr fetidils1a da simbólico. O inundo u crãiic-o 1ul nomiz t3ciont11idadc num
mc:rca do tl:l". Este b ço deveria $t! pr-o lon do por uma amilis do seu momento, parciai s. o Jo entendi cnto, q\Je n· se prco.:upa co m
imagin ri o cstrutu i nst itucional ue assume cada~ mais , ao I do e r;orrcçiio çias c-on õcs par(i i igno n a que~tilo dos fundamenlos, e.ta
a rtl d<:1 "mcr d " , o pel c;cn1 ral na soe edade derna: a ganiza- tot !idade. dos fin-. I! du rcl.i o da razão c,>m o homem e com Q mundo
ção burocl'átka. O un -ve o burocrihico e p voado de imagin.ári de um a (é por J soq ue c ham.1mos a ''rat:ion li d ade•· ôe ~udo-n cionsJid de);
extremidade a GUL , Geral,:nc te, nlfo pr<:st mos átec\Ç o ai S-O - ou so- ele viv\'!, essencialmente nu univcr o de ,lmbolo que, a maior p 11c
mente para raci:j3 -, porque s6 emas í e cesso , u m a da roti.n o tempo nem represen m o r~L. nem sl'lo nec slui - para PC115Ô•lo ou
ou "ll:tros", cm s rn;, dc: terminu<;<'ks eicclusiv:imcn te negativos. Mas exis• rn anioulâ•l ; é aquele que reali1.:1 ao extrenio a autonomização d.o pu.l'o
te segu ramente um sis cm d si nificaçô~ ima 'nãri.as Mposhiv " qu ~im b◄>li mo.
aniculam o universo burocrático, sist~m que ode:mos n:cons tituir a s11 utoo omiz.i o, o r u de inOuêo a que cfa e crcc sob,e a rea•
pattir dos fragmentos e d os (.ndices que oferecem a instruções liObn: a or- Lld de soei I a nt<> de provoc;ar ~ deslocamento, m oomo o g_rnu de
ganiza ~ da produção e d tta ba lho, o própr.i modelo d t a or · o iza- alicnaçt a que e.l subméte a próprio e mada dominttntc, foi p sJvol
ç o, os objeli vos que ela se propõe, comportam1;:Qt0 Lfpic a burocra- vé• las, wb a foTma e I mas, n e-conornirui bu 1icas cl Leste,
cia. et . sutcma. ali·s, evoluiu oo m o l mpo. T r ços est\'ll dais dll sob·retudo an do 195-6, quando os ecouomlst:u polo e , p11rn descn:-
uroc:racia de o tro .. , como a refc.r&lci· U'I "precedc:,ne' • a vontade de \'Cf' a situação de seu p ~. tiveram que iovcnlar o crm.o "cx;onom ia d.-
; borlr o no~·o com tal e de uniformi U.' to do tempo, for am sub ti- Lu. " . Pelo fato de ficar uqu~m s llmttn cm temp norm.ii., nem
t ido pie i antecipa ão sir.tcmàcic. do futuro; fan ui da or aniz:1 -◊ por is:s cconom a ocidenl, J deixa de :lptescnl r os mesmos aços es-
como má4uh1a bem l u rlf'kada cde lugar " fantasi a organi1.a('âó senciais .
como máquina tlU o-reformad ra e au tÕ--expansiv . Do rnesmo modo, a Este ~mi.pio ,ni.lo óeve er.ir onfu.são quafll <> ao que c:ompt-ccndc-
visão do homem n universo b1.1tocrâtico tende evoluir~ -iciste, a o. seto- ' o~ por 1 a 1n rio. uando :i burocraci se obstina cm querer con.s-
"pro ;res l$t " a orgQniz, o bu r crâtica, p. sage d, 1rnag m do cnm u~ mel ub torráneo n m: cidade - Budapé t - oodc isso é fasi -
nutõ,n to, da máquina parc;iaJ, pat.1 a imag<m1 d-a "pWSonaHd de be:m me r\t cmpossíveJ; q uando não somente cla s uslc orante a popu -
integrada um grupo'", p r fo i à pn agem n 1ada pelo. so ' ól gos çil? que~ plano de producã foi r · liz do, mil. a próprit1 co111inu a
;:i J r , dcc1d r, e. em~nhar em pura perrui e rccurs~ re:i is como se ~!e tl-
veu,c i reaJ1zado, o. dois sentid os d 1ermo imagimíri , mais c:orten•
53. A rclOeo • •~1 corno n 11 IJU1Y11 k.K(ll (Htrro 1r.. ,., ,,. ri~ cl<#AC, Parà ie e supcrfiefo l e o m is pr~íundo, ~"' jun r m , e ru1tl 11 podemos qu rH :t
1960. c:spromlm«11 p. 1 to 141), 6 cvidt!nt 11c:111c u.m;i ~11ifi elo ·ma,:r.iâfl . ;.u 1 1sro, sobrctu () o que importa, ê cvident~mentc o undo, que p •
~,e tó P rllQ: como tal, porqu II n possui um valor lilcs.ôílt() m1ttico, t1:o tnwida nn
qu~. li r ~m te ela · 1Jlfl 1egoria ~~ i , I" podendo tr r nom;a "d J11Etic;i h i jl<\f • demos véi' e:.m a.çâo, q rando uma economi moclc na func'ona cllcaz e
co .. r~, 1 l~l'l lc , segundo eu$ 1 rópri()(S crit6rí s, quando ~la rt. o é suíóc ,.
190 191
pcl excr oê11 ia; cm cgundo g u de seu próprio sim o U5rno. P ois cn- o que e tava sempre al "n o lnlcio", o que, d<: m ccrt modo, sempre
tllo o car ter udo-ra íonaJ de sua "r ci " e.pattce claf rncn- ai "no lnido''? A bem dlier, a pr6prl.a. . prc&sã " e auton iur" ~ vi l•
t tudo é efetivamente s ubordinado " m eftcáci pa vclment~ madeq d a esse r ~ito; n o estamo. lidando om um e O•
quem, com vista que, para f; zero onó ico mcnlo que, primeiro subordinado, •· e dcsli a" e lorllA autõno
rcall ; m 5 é cre cirncn10 de que, par pa chegar Q num undo tempo (rea l ou lógico), m com o tlemento que romtltul a
q e? Um, anrEntoparcial de i tema e s ro momento hist6 como tal. Se ex.iste l um.a col · que f pro~Jeme, ser, antes
quaatJtativ<>· uma arte do momento o ente ctrtos emergtncl do radona.1 na b · tória e, so bretudo. ua "sep r ção ', s
bens e sc.rv· o ) ~ erigido em moment mi , e. re rc- e nstitu o cm mo en10 relatlv monte tôaomo.
sen tada, por esse mom · , a economia, ela pró rnomcnto da Se a iro e, um 1mcnw i,roblcma j urge no pi no da di - o de
vida eis 1: crí da e sobcr: ociedade. on1:1e1 os. orno podem O$ dis.tinguir :IS si nificaç.õe l agm ri · das si •
plec· mente po inário demo não pos cor- ficaçõ racion i n histód '] Del:inimo ma.is acima o si bólic~
m: pr6prfa, • porque ele ul>stãa cioo l, a um momento racional como aqu no q uc rcp cn ta o real ou cn ão~ Indispensável para
ora 'ooal que ele lran m cm acion 1. que elo m pen •lo ou par o.gi-lo. M o representa para quem? Pensâ-lo mo?
um · antinomia radJ ai, ado li crise e à usur , e que as - 'A gi,J cm qual e:; a texto? De que real ta? Q I é definição do re l
de moderna conth,J p ilidade • objcúv nsfonna o i impt da? N o está clo.ro q e corremo., o r isco de lntrodu:1;ir
que foi tê qui o p pel do imaglnArio n h i n l de a sub-rcptlc mc:mo unro ncion Lidadc ( nossa) par faze,.1 rcpr cotnr o
este problema., ~ prccito eonsidcrar ma de o do imaginário papel da radon.illdade? •
e do racl nal . Q ando, considcr n<lo u a cultu de outrora. ou de out.ro lugar.
qu Jiíí mos de imaginátl tal demento de a a v[R o do mu·ndo, ou cst ·
lmaalmirlo ndonaJ própria visão, qual ê ponto ,dc rcfcrbicia1 Qu ndo nos encont mos.
n o dl n1c:. de uma " tr· nsíorm ação" da terra em di lndade, m diante
impossfveJ comp end foi. o que é a bis ria human , Fo ra d m· identidade origin, 1 • para uma cultura dad , da Terra-De a
da catégori do m iné.r o a outra rdlctir e 1· s quev mãe, identidade inextricavelmen e entrds da. por ta e lt com au
tõ : o que é que cst:ibclece · , sem Cuncion dadc d maneire. geral de vtr, de pc r , do aair. e de vivc:;r tnundo, níio é m-
ianil i proa os s m ancc rmlnada'? O que é po íveJ q 11lificare , identidade, ~em mais, 1mag[l\árie? Se o ,imbóli•
que, d u C:SlfUl li er.pecifk um siste• ço.rseJonal 6 o que rept sen o real ou o ue é iodíspea ãvel pa pc11 •
ma tal>c e as re!Ações canõn1 lentes. ricnta én, lo ou gi~lo, não 6 e dente que esse p pc1 é m .ruido t mbém, em todas
uma s direções poni 5 metáforas e as metonlmia il.1I ocledades, por iariificaç s imagjnárias'? .,real", pera <:ada soeie•
abs vei$? o o der un, ocicdadc dade n·o compreende. inscpar~velmcl"lte, cs e omponentc imaginário,
se um fa tor unJ te, qu or nific:iido -e o entre• tanto no q1Je diz respeito â n.e.t tcza camo. sobre1udo, no q cse rcíere ao
la 1im as er n imple.s ·, cada numdo ltum no? O "rc 1" da aatureza não pode ser capt do for-a de um
soei re-a ã d b lho d · ílcat qu dro • lc:gori 1, e princl fos de or aniz ç o do d do s (vel, e ialã
que mais ot n1e arbi Elo I m O.;.,Q, n • o - mesmo em n $0ÇÍcdade -simplesmente ~uiv lentes. um
"ra mais ária da história é suficTente p os-trá- ocs , a f11ltas quadro das cate ona con,t,ufdo J)l!l lógic
lo· s tórín lcri · verdadeiramente hi • e sim (aliás. eternamente rct do). Qu. oto ao "real" d mundo humano, não
uma otd aal, ou n mo, pura pro,, 6 omcntc enquanto objeto pos lvel de conhecimento, é de. m neir ima-
grc, ade. M se a ia c<mi m cstavalrncnte"à nente, no seu cm si e p ra si. ele é cateaorizad pela c:1t tu ração
pro alidadc- oh a i to - cl dcsc r~duzf. social e o tm ainário q11e csle si n l 1ca; rei c:õcs entre indivíduos e gru.
da ntido s ,-ae al, «d igens, uc um sent do de pos, co portamtnto. motivá õcs. não.são o ente tneampr, ensú-eisp r
rçaJ (referido o.o percebido), que não é tamb~rn raci u posltJvamen- n • s o impt)#l'veis ~m f rtumtto., fora deste im.agln.irio. m prlrnit vo
e irracional, que não é n m verdadeuo nem f lso e a nto f d ordem q e quisesse agjr i,norando diíere cl!ln , um bmdu de out ra
da signljkaçào, e q e é c:riaç!lo lmagin l!La própria da hi tória, aquilo q e decidi e ign rar a exisl!oci das ca s, scrl muito provaveJmente
Cfl'I que e pelo que h.istórfa se oon titui par oo louco - ou se tomaria. rapl<hmcnte.
ão temo portanto qu .. cxpllclv'' com e po
igniflcaçõe .50Cia' imaginárias e a i1utituiç s qu
· aglnário, as
m rn. e au-
é. pf'C(;iso poi ab cr e, íaJ odo do im 'nân , de faz.a dtslizsr
uma ímpu à soc:led de con iderada de uma capacidade ra.cional a.b-
ton mizam . Como poderiam elas n o $C autonom· que cl !ão so lut que, presente csde o Inicio. terl sido repelida ou enoobc:ru1 pelo
192
imagin.\rio. Qu11nd. um ind1vlduo, cre ndo ~ nossa c:ulturu.., poian- o racion 1~ l! ~sli' imagj ol;iri o ue fa.1. com ue o mu ndo dos G rc os ou
d • num:1 rcalidado tru.turada de , modo preciso, mcrgul ando (f0$ randa o"Q seja u11'1 caos, é ,im uma pi ralida e ord nado. q ue
num conlt'o e :social pcrpétu. "decide" o u •·escolhe.., ver em cada r> oa uno · · niza o diverso setn csma i •lo, que fa2. mc:c ir o valor t: o n.io-
que cncont um o re sor- cm potencl11I e dcscnv lve um de;Hrio de persc- va.lor, que traça pars as ocied.ade dem rca o enuc o "vcrdade i, ·•
gwçâo, podcm10 quallílc r sua per-ccpçito dos outro como Jma 1níir-h e o •· r◄ 1 o", o permitido e~ proibido ~ m o que elas n~ podcrlam e~i •
niio somemc ·•objctivaruen1e" ou $0cialmcn1 - por tefcrênc:ln aos m r• Ur I m por um gu.ndo !•. Este imn ín~rio n ·o desempenha somcnt
co tabclcc dos - m b'c:tiv11rnente. ao cntido que lc "tcri po- função do cioaal, ele já é _. forma ~ . de o oont6rrt. aum:i indi tin-
dido" forjar- e uma v· ão eorrot do mundo; forte ptev lênci <la fun- ç· o rimn rill e inftni .amente rcc1,1nda e podemos I disc;(:r,ur os demenl ()S
ç o imq!náfia cm eu de.seov vlmcnt citige um plicaç~o â parte. que pr,essup6e osso p prl racionalidade •.
medida que outros dcllenvolvíme tos eram po sívci e foram r-c llzados Sob esse pc>oto de ' 1:1, port anto, seria, n o incorre • mas b em
pela grande maioria do, h omet1 . De oer rnaw.:ira, nós imputamos · nos- dite sem sentido qucrc:r C):)ptar tod :) bistóri:i prec e.n e d humanida•
o loucos ua louwra, não .so ente nosi::ntidodc e éa deles, m po . de em função do par de c:.ltc:gorlas icnagmário-racion aJ. ~ue só tem verd e•
que !cs t,:r o-m podido não produ.ii-la. Mas quem pode dJzcr dos Or gos dei:ra ente seu pleno sentido para nós. r10 cnlaoto - aí está o p rado;,i;o
ue eles blam muito bem. õU q uccl 1eriam podido sa~r, que o deu.~ - n-o p demos dé·xa, de fai!-lo. A sim como não podemos, q ndo r~ ·
s não e;,i; ' tem, e qu.e s,eu universo mítico! um "dtsvio" relati amentc a famos do domínio fe dal, fm.gir quccer o conccit de cc;onomia, m;m
uma vl$âo sóbria do m ndo, dcsvk) que pode ser e_xpfl do mo tal7 imir-nos de c11k3ori.zar e.orno l!Conõmie feoõme os quo não o er:im
~ ta vi o sóbri , ou prctensruncntc tal, é simp!e:smcnte noss . pnrá o homrn da época. n o podem°' ílngir ignorar a di$tinçio dora-
E6ta obs.erv. ç es não õo insplrnd.'1s por um~ aútu e agnósli a nem cional e do imagin .tio falando de uma s0< ~de p a qu l el não tom
relativista. ô: berno, que os deu não ' 1em, ql e os homens não lôCfltjd ou o esmo conw.i.ído que p t-:> '1Ós. 1•. Est11 ant]nomia, nossa con•
podtm "' r" corvos, e não pockmos e ucoé-lo dclibcrndutf\cnte QU ndo -deraç!o da h1 ~ória deve ne ~ssariame:nte assumi•! . O hi toriador ou o
cllammamos uma sociedade de ou trora ou outro lugar. Mas encontra• ctnôfo o dc\'c obrigatoriomtnle tentar- e mprccnder univcr~o os b.-ibl-
mos qui num nível m·' p ofundo mais dlílci l. o m mo irnrndo;,i;o, a lõnios u dos bororo .• natu I e socla..l, talco o era vivido por el , ten-
mcs ntinomia da apJícação retroati das categorias. de "projeção tando citpH ' •lo• .abst-ct•se d introd r detcmi rta.ções uo não éllis.tem
par l.ri$" d noJso modo de ptar o mundo, qu~ re vatt1os mais 11cl a pa e ta cultur· (cons •eo1emente ou nJo oonscíef'ltemcote). as efe ni
11 propôsito do mar imo, antinomia sobre a qU.ãljá dissi.,mos que 'cons- p,odcfica r oisso. O ctoól go e sl mHou t- bem e vis o do mundo d os
titu ív do conhecimeoto bi tôrico. N ~ c:nt o ons1 tam q e não po- b01oros a ponto de só poder vê-lo à sua maneira, não é majs um etn61o,
dem , para maioria d s sociedad pnx· pl ta list , manter o esqucm· go, e: um boror - e os bororos ão são t nólo o , ua rmo de er ão é
marxista e um · "dotermin r;!lo" da vida social e de :uas diversas esfe· o símilar-:sc os boror, s, mas cxpli aos pari:ilenses, os londrin • a~
ra d pockr por cll.'Cmplo, pcl coonornt11 por-,que te cs.qu. ia prc li• nov ior-quinós de 196-5 CS~õJ outra hurn nid de qu~ os bo n:>s represen-
põe um autonomização des as esfe • que $6ex:istc plenamente a soQc• tam . E so, ele sô po fazê-lo na. /111guagem, no ~tido mai5 profundo
dadc Cilpítaüst.a; num i:aso tão ró imo de n 110 espaço e no tempo do ceono. n:o i ~cms çale ria! dos p11tisltn.scs, 1 ndrinos, etc. oí-"'a , e _
omo socied de te dai por eitcmplo (e as odcdades b rocri iicas urnls
d.o s pa do Leste). relaçõe de poder e rclaç~ oconôitticas o esttulU•
radu de ti.li maneira q e a idéia de "dctcrntlnação" de uma pelas outra. é
sem entido. De: u,n mod muito is profundo, ia 1cntativti d dis tinaulr . Sob e6'$ C ponto de tipo de • do inu ioâr e feti-
nitidamonte a fim de ar-tic;~J r sua ~I ção , o funciono]. o Imagi nário, vo 11 rncdldn e <flle de ncl ' o ele e ç0 111SI o da
simbólico e o racionai cm o tms sociedades que não o Ocidente dos is cxinil>CiP socit41d.e e •e t11I cio r~i,ondc a
aull~ ftlnci~lll ado nlo
últimos é.cul0$ (~ · fguns momento da história da Gr6cl.a edc Roma) de·
para-se com a impo sibilid de d e dar esta distin iio um conteúdo o•
ss. ~o que pn ºº
cvi•S\rA1ous, em
Ot ln
~li'
rdn coo1ti u:ição de
o p a~ntcséo e tte
r o, e que s ·u vc:rdadefr mentes nificatívo para 11~ oc·edades -c omid • ato ... , • lcan e iCiaa,; 10 r'I'' e •
r.1,d:1$, que tenha rea.hnentc apoí nelas. e os podél"Cs divinos, se a das- de Ji ,~menl~ roblc fioo si.
sific:.1ç<,cs ..l uti:u1lca.s", iio, poro uma socleditne t ,u.iaa ou arcai~, r '"' i o de J. e 10 do
p ncipios oategori . t$ de or o izaçilo {lo mundo natur I e social, como i n- iffluglftii ri<> 1'U cúlllo ... • do hom.çll) ÇC)IC tJ m a ordem lr3 l\30<'1da1tli>,
oôi aq 1) pode.mot- d• lo l>erto. dl.lVÍd nl1o ,ali.As que '1<Us moo• .tis 31;ir (lç ou•
contcs avelme:nte õ s· o. que iJnifica do p-onto de vi la opt tivo (i to é. trn • nclrn, Es1c p a 10 - meruc dl cuudo na ktu•u!ri nc deste li ~.
paro a e mproc: · o e a ,"e pLica.çiió" dessas cicd s), a td'=i de uc .!6. IJ~o , o b. a rcu pelo liltó d<: lfl!J! toda' ~<lâéd.-de distíng .e neccnOfillmar,le tre o
cs~cs prim;lp o~ depen m do imagin · rio na m did em uc elo opõe qUJ! é p(HíJ da rcál•ro naJ o o e 1, paro r/41 rnaRinário,

i 4 19
su língua em, n o sio "oódi o cquiv lénlt:S" - prec mente po uc ern vez c:ncon r no p nte vivo d história que não seria presente ístõ-
su estrurura 'o, as Jnific-aQôcs im inâria representam um p pel cen- rlco não ultrapa ccmdire ·o deu p rvirqucde~-e$erftitopor
tral". uós, o Ci to de que não possamos tomprcc:nder o outrora e o alhur da
por i o que o proje ocidenc I de c,on 1it • de uma hí 1órl humanidade a não ser fu nç o de nos!s p óprias te 01ias: - o que
to ai. de preen • o e do eir.plicaç~o clta iva d s . cdade de ou s cm compe o ao. reto nc catc:gori s.. as rel~ti~i~a. e n ajud.a
lu~are e tras ~pocas contem neccssari m fr e o em ua super- r a sujei ão a no $ própri (orm.as de magmar10 e m03mo de fa-
rai:z. é o como proj 10 pccul u ivo. m ocidentill de con- cio alidadc - n~ o trad -implesmeate as condições de t do conhec: m-
ceber a história af)Oi -se na idéia de (l1Jc o que era o ps si. se ~ido to h istórico e seu enraizam to. m o fato de ue toda elucidação que
para o as5frl de su socied de, p e t mar- t;tmen e, sentido empreendemos 6 fln mente intuessado, 6 para n6s em scntid cfc:tiv ,
para t1ós. M isso t, evickntemcnle, lmpo Jvcl e ocilSiona a lmpos lbm- porque nã existimos P.o.rs dize o que~. rn s para í ti;r er o que nio ~
dade do projeto eip,('J/Jativo de um bistóti tota l. hi tón é sempre (ao ual o dizer daquilo que ! pertcncx corno momento), _
bis~ór para nós - o ue não gnifi que tenhamos o direito de mutUé.. o p rojcto de ucidaç· das íoffl'I s pass, d dll CJtl I eia ,1
la a nosso bel-p razer, nem de submeta-ta in enuameote às n ssas p ~c- b 11nic:iade s6 adquire $éU sco "do pleno co mo momento d projc o~
ÇÕCS, p o 'l ! p · s i~111res a na hist6ri é noss.n ul- clucidaç.Ao de noss e ' ênci • p r sua nscparâvel do nosso Jazer
Ju/dade, autêntica, do homem em s ua singularid.ide at al. Estamos já ine,xoravelmentc engajad num tr nsform · o dcstll
a oluca n s ingularidade abole ncocssarla- exl lência qu nto à q ai um lb temo é enlre sofrer e faz«.
mcntc.. d t im co oem mícron i• eót~ confu. ;i e lucldei , O ía o de que isso aos lc e lnevitavclmcr1te
e , do ff\ m osJç· o, da udesapar roln torprc:tar e a recri r o páS d , pode &er deplorado por algun e de-
i;c" como quantida nunciado com m "canlb mo p ritual pi r que o outro". 6s,
o entanto, o q omi ia5up r vcl p a como el~. nad p ernos contra is o, a sim com não poderoos imp d r
rttão especula iva, m integramo, a cons:ide • q nos o ali cn~o ontcnha, cm propor ão coo utatcmente crcsc,enlc.
çã da h tória cm n e o teó ca do mu ndo, e e os clcm nlOs que e mpunh m o corpo de noSSO$ ancestrais hi trinta m[I
particular do mundo humano, ndo vemos afuma parte de no a ten• gera
tativ rprc: ar o mu do tr1u1 form - lo - n subordln ndo
verd d ·gene as d Unha par "do, m abel endo e~plid~-
mente, dadc articul da en clucld çào idade, entre teoria e
pr tice dar su realidade plena a nossa vi quanto fa:ze aut&no-
m , ou uja, ativid.ldc crl dora ltlcida . Porq e o. o ponlo ültimo de
junção d e doí projct - e precnder e tr rm .r - õ p ç,ad

S1, Como diria ' °" lina ua.,.ess llt111ia ent o!!
· ~ (011 diria ir.ora: ldtHUftJ e
-· lmBJdu w xllfl
11ai~ 111duçio
p.
·
A
• o,
mplic:a 11,n~ t 'li LÓ •
pc,eda ablo , ,
ç jOitivoa e pMticns. A tg1d8a
el fH'r~ o li
de Hrzmla t • 1t11J11ática d
o l)lln.lcu.Jnrdc 11- :i-
a n■ dida cm q e:
'ªº· ••,•.
cu
1'11
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du • d
d cortlc. n o ■proith1111.dll, atn:v!t ~
daas. u e ir o fa10 \J• qt1e t lc.lllr.l poT ai ul!m
196
P RTE

O ( GlN RIO S0 lAL


E A IN lT 1 ÁO

199
IV. OCI L HISTÓRICO

O ~ue a<Jul se vi é a el ucs o da socíedadt! e da que!•


· o d h.islória, qu tõcs que po<I entendida como um e mes-
m : questão do socíal-histórlco. Para esta clucid -o. coat ribu· o
q e pode lrarCf' o pe-ns mcnc.o herdado é frigmenul_rio. T lvczscja sobre-
rndo ncgaliva, tr çado do lfmites de um modo do pensar e Citíbi · de
suas impos 'bilida .
E.na afirma · o pod rprecndentc. cm vl. da quant idade e da
qu:Jlidade do que, pelo desde PI • e sin ui nnente du rante
últimos s«:ul , fo i forn I reOcxJlo nc:ssc dom lnio. Ma o essen-
cial desta renc ão - 5:alvo incidentc:'5 g s, esse scqOfo-
fa, momentos de prcscn ln nt ap 'cou- e não
abrir e ampliar a questão, mas ri-1 lo crta, a red uzi-
! tã g ida. O mesmo s liv ões, 0311 •
estcmcobrimcato e n~ t ução, e no encobrimento e
d tão da lm _gina o e do i nlirio - e pelas rn mas ra-
J
Po r um lad o, rcflo.ll herdada nunca o · oparsr o objeto
o e coru: de · lo por i mesmo ob" to r se c:.n-
rc d locado entre um ocicd rid a outr coi-
pri e aeralmenle a uma nor u tel<>.t fu ndados
tótill que 5l brcvêm e ta soei · de como pcrturbaQão
, ou como d en volvimen to, o ânico ou dialético,
fim ou trios.
Assim. ô ·to m qt,tç. 150. o ser Jlí ·r -histórÍCQ, encontro • Por Vl r O I do, rennão d·1 hé tori • da socied de: situo l·SC sem~
se con e dcport.ido para o ulr p no terreno e a' s f onteira d,1 lógig• n10Jogia hc:tdad-0 - e como po•
rvid I\~ sm ' 111 rd bre o o• tle:ria ter ftito diferc:ntc:mentc'? Soclédade e i. 1óri11 nà potlcm cr ob ·c:1
·111-hi qve s no ar qu deri mos d!! re ·-o . ~ cl niio são. ;J o que:~- o elas, 111 que se: tido ão elas,
b.i lbu ui ·ni+ l - rc mente dl • com ~!I elas'! A r gra cláu,c susterit11; nJlo .se dtvem multiplicar o , en-
ri ida h u rc lJI m o · istória do tes sem necessidade. Numa m.ad mai profu nd.1 ju umu oulra n:gra;
ettill rt1 h h1 uz las d t,em ão se deve multiplica, o $Clltido e: ser, é prc:i;.i. o que ser tenha u :;.cn-
dos . O que dirige a tt"r g c:11 r re a S(lcic:- tído uni~:_ E te cri tad.o. dctcm, in do d início ao firn co o determin i•
dade e , a uílo npcs r do qiu.i d ~ hc,ga a dcs• d.ade - p.. para o gos, Bt>s/rr,imthtll f!fi Hegel - "á r i c.tcluí, que
cobrir. ~ por c11c:mplo o lugar- d sociedade e da hist6ri ·-0nomi cli- pl!dcsse hocer um op de s-..: e escapasse c:sscnc.:iaJ te à deter•
ina d cri cão, ou na vida 1n n i da rnz:.io: ou a r !idade, par:i. mi idade - corno o social-histórico u o ima inário. p rtir dói, ·abcn-
elas, de favorcccr ou cnlravar a realização d h mc:.m cmquanto suj •lt 6. do ou n o, q ercn o ou não. é mesmo nos casos ond pôde e plici tame -
uoo; ou seu caráter de avatar ullimo do citi ten · riatural; u rei -o da te vi r oontr· rio o pensamento herdado foi 11 :ui.a.m ntc lc:\·,Hh> a
m têri social e de su e rru~ã o inst bllld de: hi ótica (seu caráter Rduz1r sociat-hi tórico a tipos pri itivos de ser que ele: conhecia ou
de indc:n r, ido-indct-0rm inado, a:p iron. dc:i,:rmin11do por sua privaçiio de julga conhc1:cr - tcndo--O cocutruid , portan detenni;,ado -s b ou-
dc:tcrminida e:; de si.mpre ern c,fcvir, a~í gígnom ,wn) oom a íotm e nor- tro ponto de vist.i, fa2u dele~ um v· rhrntc, um.i combi a, õSo ou um
1n a da cidade polhica det • :i e esr...l••el, implJc: , do a subordinação . ln tcs.c: d cnt corrc~pondemc:s: coi a. ujcito, idóia ou onccito, par-
d exame: daqu ]g ta, portanto a boo f'orm.t e da lloa ci- ir de e11t-o, sodedade e hi l ·a cncont ve.m- e ubortlin:1das ãs ope -
ÔII ~ mesmo a r su11 ibilid de 1• côels e: fun ões ló eas já anr:s rndas e: parecia p sâvc:· por melo de
lm tam · m. represe: c·tç o, ima ln çào, imll ili rio nunça f, rll
categorias est bdccida$ de ~ to para ptar a i ns cxittentes arllcula-
vistos por. i mC$mós, mas "mrr.i referido a out a oois - s.e sa o, in tc-
re~. m s çol<>eadas pela ilosofia oorno unive sais.
lr:a; o, percepç· o, rcalld de - submi:lidos à normatividade ln rpor d Eues slio apenas dois as ect do me mo movi,nento, do~ efeitos in•
ã oncologia hcrd da, condulido.s sob o ponto de ,,j L do veróodcít() e do di$SOci 'veis da imp íç <?, ao soei· 1-histórlc , da 16 i -antolo a herda•
falso. i,utrum llll~zad<>S n ma fu11çào, meios ju lgado$ p r u ntri- d11. Se o soc:ial-histórié pcasávcl por mc:10 cate: or s que v · )em pará
bmçâo p sivel rcaliz Çilo deste fim q e t. ave d· de ou o ac os ou ros en, , e le só pode ser esscnciaJn ente homo neo a e$tes; s
vc:rd. dciro, <:l\le sendo (ontos o,i). modo d.e: ser n!lo coloea nenhuma q eslão artkul r, m· s s.e de a rcab-
so ver p lo ·r•cntc tot 1. Re ·proçan,en te, se ser signilic;uer deurmina•
im, en ,m, não hou ó preoC:,upação em bt.-r o q cr diz.c:r fa er,. do, :so ·c:da(fe e: h' tôria sô ·,o oa mcd1d 11 em que o d~ermln.ados, o
qual é o se.r do aur, e o que que o razcr foz ser. cm vütudc d bseiSão· mcsn,o tempo, •u lugar na ordem otal de ser (coR\0 result d decau.s ,
e lstcnte tomo d s per une Se: o que q ~ bem (· ;,,e ou mi.l fa.zcr"! meio de fins, ou mame to de um pro o), ua ordem lotcrn e arelsção
N-osc n5ôuo fazerp rquc: ó~qui pc:J1sarne sseusúoismome • neccssàri dos dois; rdens, reli ~C:S. nccc: sidade& que so tr. n ·.onam
tos partlcufar , o élko e o tóe'nioo. nem l5C pensaram vcrd dcira ente sob a fom, de catc:sori:is, is o é, de dc:terrninaçoes ele udo o que p de
es tes dois , já qu(; o :se havia pensado quilo d que e1 eram momeotos c:n uaruo pode se {pensado , O me lhor que im se p-0de obter e a
<: se ha ia pn~v amenle ".n
lado sua ~ubstllncla, i norando o fazer oomo v· iio h e lo,.manis da soç; ed de e d: história; • ma e $eq ência di:.
í: ur r e sub-otdinandO• essas delettninm;õl:$ r<:íais, pr dutos d ;u,ô (conscientes ou nã ) de urna multipllcid de:: d ujcitos. d~(rmína•
azcr mu. apres,entadas como a oluto impL-:rándo partir de um alh u• da por rtlaçôcs nctds rias. e pt>t meio d · qu is u stcma de Idéias se
rc.5, o b m e o mal cu ~ílcáci11 e i elicá 5a 1- dcrivad s). encarn num c:Qnju nto de coisas (ou o rencter). que ap.1 cc n histôrla
cíeliv:;i como imdutivelmente en1 e ces:so u em ful\a cm rc:11\çâo e este
ma, torna-se:: t o csc · ri-1, ilusão, c::on1ingénci • aso - cm . uma,

1 por y li<, J.,c, do v<Ndndvit


• "rufn ,fo iattf artnrl• A d, ulibck <)IJ im~i Uldadc ~ 11 Íllff · e g!nda é rççon cddo, c:011>1> Ili•
I'< &obn, 2'!.- e ele o dà. 11;,t ;
ll. que dornin:i tod.u o bcm05. J)CIO mcoru <lc ç ◄> Svj/Jr,,, de Plíllllo. 0 e,.. c·1AI ,._f..,.çí> de ris.1~rln rro . {
•ca RIO: ~ria dnf ( HIUSJ. ai/~ Ytirtf} ç ~ r ~" sem · , hS() eflti .,. su • r e mui · plicidr,. e dose • dc:~cr. o e ele denomi fl(lll /to:,/~
fu o .c~sc , q1te ele, t>~ nlo po• aç mod u próprio sistana , 'IUJJMOR. A ., . Q dcl!I! s mido e mo lf"' dm'l'I 1amb6 o nlç,sofo vi l<frrtr, o q~ lc ~
11> olrc u: mo• e:mattc ◄1 0 rlcr". ln r du """'""' ""' • r;i. 1 , l't<!, u t:rud~.tlr a di(oKQ o• de sonlioo de ser por a.1 çi)cs da " llihde de
vrkr, 1 a 1211-. 1cr l>IJ d.i .. i._tffll°d:idc -0mok\gia'· cecorihecida 06 1ipo~ der c111es .:on- spondentc
2.02 o
in llllcli Jvcl; o que nAoconsti t i um cándaloem i m o, m sdevcs. O primciro t po é o tipo tsicalist , que redut dire ou Jndirctamen-
lo para um fi ó ío p ra o uai inintcllgi e t apena$ um nome do im - tc, lmcdiatamen1e ou cm última an l e, socied de eh" t6rl à nat reza.
'vel. E$ta nat re · é. cm primeiro lu ar,•a natureza bio16 ·ca do homem; p u-
Ma , se decidimo · J. · ' · oo importa ue esta scj vista como, r su -w:z, reduH cl ao simpl me·
mpreendelnos que el o caoismo físico, ou mo uJ ,passando-o, po xcmplo, ser a:cn~ri o
mo; se recu, mo clim co tendo-o pr~ia- (Galtrms.ti• e ) par o jõvem Marx, oonceito hegeliano 1• querepresen
moo te à dctermi n s uma ct- p ulterior d el· bor 'o lógic -ontológica da phys do ser vivo
outro ponto de vista ~ uc totêlico , aspecto/ espéci& ( jdru) reproduzindo e ~mprc e fixad o
ontologia h rdada.s. P e scre nas cntcgo- para scmp • O íundon smo ~ o representante m · p ro e maJ típico
nas U'3dicionais Meto e vazi e per ite cntr~ deste ponlO de vin : ele dá nec · dadcs h u_manas nus e e plica a o •
vu urna lógica difere te e rça a reco s lim ites C$l rci- p_nlz çio so 1 1 como o conjun o d funoões Qlle vi am ti faza-La.s.
to da valida d.aguei • e, acimti d ai crar radical- t· explica , • o vimo mais ac-lm , aio crxplic:.i nada. Uma qul\ntida-
me te o sentido de; ser de de a.t.lvldades cm tod ocicdade n· o pr«nchc nenhum fun o tcr-
minad· no scntld do funcJ li.smo o, bret d , a q~l o mesma uc
O tipo. pc,s eis de r O-adicionais rnporta, a da l(crcnça d cicdade , é climiMda ou encoberta po r b -
na!Jd d . A precen&a expli çâo permanece o ar, na ceia de um
pcrgunt ; o que ê o ocial•históric reúne ein si as do perg n• ponto utávcl ao q~I pu-d relactonar s íunções • que servir e a or a-
t!s, que tradição e ocuwcn o cm geral scp m, das 1:dadc e d hisló- nWlçlo social; cu ponto til el aó pode 'a ser fornecido pela postul1-
11 '· Um breve e;,iamc o e.s411uJo · rcsp0$ s tradici n is se f ci lit - çlo de uma I cn 'dade de ncccssld dcs atr vt das soc'c<fades e doJ
do por uma fo rmu l ção mais espccific: o núcleo d as duns questões. per! dos históric , identidade que a SQV-ação ma_is superíu:ial d his-
que a sodcd.ade_ cspecl lmcnte, o q e unid de e a idcntld de tl>r:la contrad . Deve os então recorrer ficção de um n ko inaltcri-
(ecr:eldatk) de uma 'ociedade, o q é que da unidade uma sociedade? vel necessidades abst:rat a.. q r cbcriam ou lá c,pecifica s difc-
O que · história; e pecialmentc, como e porque M altera o lem- rcnte4 ou meios de sati f ção vart4vcis, e b.inalid eles ou t utologi3
ral de u à sociedade, cm que é ela a ltcrac· o, h emergênci do n vo p e plicar e t d (crença e e., variabUldad ~ocobrimos auim o fato
la história, e q e si nlfi a ela'. cial.: as neeessidades l\umanas, cnqu.anto soe ais e n o simpl mente
Podemos Jan:cer meJh r o s lido e nj ade d sas q tÕC5 b iol aices, ão inseparávei de a.c,us d os, e t nto um quanto outros,
ntando: cm que e porqu há vtlr s socicd d e aão uma só, cm vc institui.dos cad.a e pela 5,0ciedade co derada. O mesmo se dá em r
rqu há dlfercn entre icd.adcs? Ainda que e disswie q ue a dit laç ·impo tur · conent ente proi> a·das d e que o ""desejo" n-
a da sociedad , e sua hjstóri , ilo somente apar n~. aind S1Jbsis-- moda; red • de fat:o sode.d de ao de tjo e à su rcpr "o,
• co o 5CMJ)TC. a pc unta: porque nt o existe t apatênc,a. por- sem o ld o de explicar a dücre ça dos obje os e das formes do desejo
o i êntico apare e como diferen te'? e sem surprec:ndcr-.so te esta eStr nha divi do dcse:l cm desej e de-
s inúmeras respost fornc 'das desde o 'gcns d;t rcflext.o sobN? ~o de re-p iodo dcsoj que devo caracterizar, de acordo com el . _a
s uas per untas pod cr reduzidQ à d · tipos e ncial e a su m 'ori2 das ·cdad a possibil ade desta d1v1são, e rllZ~ de sua
s combin çõc . emerg~cia.
O segundo tipo é o tlp logicista, se rcve te de fo rnas diíerent
undo a a~ ão, oeste termo, do r~dic;aJ /tJfl •· Quando a lógi. •CID
J . Subct:n questão n i:stc fioalmentc (q i~qucr que sejam su complicaçõe, de
(I H nl C· i superfl ) cm orden rum número finho de pcdru bran · · e pr til num
d~lc ~ su:a nt'lmcro p~d.ettrminado de casas. e do alg-um rcg simples (Jl<)r
i~
11 ·
-~ exemplo, não m. do que tt pedras da me ma cor na mesma Unha ou co-
luna}, temos forma mal p bn: do I Jc:i mo, o e rutura!" o. A m~
"ª"' ma operação 16 i , repetida um determinado número de \Ides, t . mbêm
( cxpllcari a toll\lid de d hi tória hum • e as diferentes íormas ~ so-
• Llvu ra • a ir-
di .,,.·nci · ik- a~s
a sarnêt cC111da 1~ , Hegel. Wim,ucAa , dct oeilt (Las, 11t, vol. U. 4'16-41'9).
cledade, q ue erit1m pen s s c.lifcrcmcs comb n õ possivcds. de un, tem nen huma imporútn ia que: te elemento se dc.nomioe ra,:ão, com
n · rnor finito dos m-e. mos elementos isc-retos.. sta combinst6ti:\ ef po I eliant~m , m téria ou natureza. corno n.a ver o canô lca dom r-
· m l r - que põe em açiio mosm faculd d intc!e<:1 ais qu !1 utilt- xi&mo (matêria ou naluroz.a rcdu1ív"'L, de dJrelto, a u co ·un to de dl!-
ad, 11a oon t ru~o de cubos mágico ou de I vras c ru z.ad11 - d ve tern,i n çõei. racionais). JA indicam , 11a p imeira parte te livro, lg -
cad" ~•ez dar-s <,tno indiscutíveis tanto o cot1j\rnto únilo de dcm<:nt<>s a m $ das inúmor, e interminá ~ aporias às qua.i conduz o6ta c:on cp-
q1.1,ç se refere ~ uas open•Ç • como u op iç&s ou dlfereo que pos,. 'i.
tu l e ntre e e&. M3s mesmo em fonologi - d· qual o f;!ltruturall mo é ssim. a quce:. :ão d unJdade e da identidade da roclcdade ~ de ui!
penas um a tr poJ cão busiva - , não p d mos upoiar-nos no dado occic:dade reduzida à alirmocão de uma unid de s idcmUdade d das de
11a111~ Ide um c:o ·u to finito de ele entos di <:retos - r o mas ou tr ç um a>nj ri to de o unismo. vivos; u de um hiper-org:mis:mo çompor-
distinli os podend t cmitidOs ó 1.1 percebidos J><:IO bornem; como j sa, ndo pr6ptí' ncocssid d e funç s; o de um g po natural-
bia Plat o, ' · ons emitido e perccbiâos são u indc:tcmnlnado ape!lron, e lógico de: elementos; de um StSltmt3 d e: determin çôes ra1;3<>n i.s. Da
o pera.t, dete m nação a p iç o sim ui nea de fooeólas e de u s diíe- . ocicda como aJ n o $Oh em tudo i o, nada; o da que çja o ser
rcnç.1s per iocotcs ~ uma ins ·cui ~ o pela llngua e cada Hngu:a. ia insti• p óprio do social, que mani~ l um mod de ser dlferc-0te do q ue jã
t 1.1lçi o, e su difel'C:nças, - ... dií~nça entre a fono logi a do fra ncês e do sabfam . Tam bém 11 o resta grande coisa d hi t6ria, he1"açio tem•
nglb., po r exemplo - s~o ecebid3$ pela foaologl como um íato e e~, poraJ produ:rida c:m e p<:ta wcJedade. 0-iant da q uestão da tória, o r.-
não es tá obrieada II lntcnogli•las: abcr po$1tlvo e limJ ' do, el pode dei- sic, li. mo torna-se n:ituralmcnto ç usatismo, ou seja, llpr são da q l:l •
xar dormecMa a ques.1.- o da o ria m de seu. objeto. Como podcdii os tã • Pois a questão d história é 1.1estão de emcrgérH:i da ltcridad@ ra-
fau:r o m e1T'l10, quand · • questão ocicdade e da história essencitl• dical o do nc; o absoluto (d ue seria I temun o próptl afirprn o
mente st o da natureza e d, rlgem das diferenças? A lngcnuid de do do contrário, j q e nem as am~bas nem galàxi f4lam para dizer q e
estrutur lis m-0 a este ri:Speito ~ dcsannantc. iio m oad . a dizer obr tudo é ettrnamente i :!I}:; e a causalidade é sempr ncga~ao da alwrlda-
O! conjuntos de el1m:11mto que manipula, sobre as razões de eu ser- d . posição de uma dupla lde:ntldadc: ide tidade n a n:pcti · o du mes-
a m m, sobre su• modifia õe no tempo. M u lino e reminino, r te e m. causas prod ndo os mesmo tfeitcn, identid de última rui ca e
sul, lto e b iÃo, eco e úmido, para ele não pr~dsam ser ques ionado$, do cícito, p to que cada um pertenu oc,cC$$U_rJ mente o out r ou os
parccem•lbc encontrados 1111 pel homens, pedt· de se:n do j3Zcndo tlil dois a rn mesmo •. ão é PQ is pol" acaso, se o pt pri o elcmc n to no e pelo
Te d"de as oMgeoa num cr-assim, o esmo temp plen _mente na- qual &e de!ldobra inentemcnte o social-hi tórko, j to 6., as ·gnilic -
l I e tot lme ta signifi tivo, dentre as quru cada sociedade rç~ira Bl,. çôes, é ignora o o u então transform ado em impl eplfcnõmeno, aoom-
umas (s undo o result do de um jo o do acaso 1), se do e Ulbclccido pa.nb meato cdundonte dp é e passatfa , eaJmcnLe. De fa o, como po-
que e la só pode retirá-las por pares de opost , e que o retiracm de certos deria uma signifi çiio 11$a de uma outra I nific:açao, e com pod •
p.1rc:s ocasiona o u excl i a de o utros . Corno e a orgunizaçâo s:ocial pu• riam si nlíl ções ser efc:h de não ignifica -
desse e red uzid11 : u,na seqüência finita de ~m/nâo, e como se, lã m Corrc:sponde igu lmeole • s pres o da ques.tão da hlslória a fonna
mo onde um sim/ ó lío está em aç" o, o tc-rmos a que se refere fossem d~ ue as um frente a ela o logicismo, tornando fin Lisrno racion· Ust.a.
terminados ob o utro pónl do vista e desde mprc - quando le são, Pol"que se ele 11i nas si.gni ç ôes o clcrne nto da hl~tória, de 6 incapa de
como termos e como c&l tc.rmos, crlaçiio da sociedade co "id ra dn. considerar essas sjgnifi ões de outr maneira q e não Qm o rn io n.ais
Ou cnt o, oo extremo opo to e.sob sua form · maLs ri , n lógk pre• (o que: n,.o i p i' é claro, que deve coloc-á◄ la çomo conscientes p;i os
tende revolver das as 1 unis do universo m teri I e pirit · • N ão agentes da ' l ria . Mas si nlficacôcs cionais devem e podem er de•
cei1ando nenhum limite, el· q u tl1' 0 deve f'azel" com uc tod· eolrcm em dutidás ou produzid UJnas a partir das out as. Scy dC$dobra el\to é a
jo o, cm rd acâo um com a., outras, c:m dt;)terminidade rc lizadt\ de- p.i rl r d:li om cnte am I a. o novo é da v construí<! pol' opcr~i;ões
•~rmin.n ão rocipro exa u tlVii, t deve então l tnbém eo endrar uma i tm1iráffns • (,lindo que deo om inadas dia · tica ) mediante o que já @){is~
partir das outras, e: todas a p lir d C!mlO elemento primeiro o u ôlti· ti ; totalidade d o proçcss é apc . cxposlç, o das vir1 ua lidades oc;-
rno, como auas fi uras ou momcn• necessários e n cs.s· mente dts•
obrados nesta ordem occcssári , da qual IA próp la deve neccssa rl •
mc:óte 37.cr pane: 00111 ,cncao, refie .'lo, n;pctiçüo ou QQroame11 o. N •o
8. "O • ual 10 idc0Lte11menca dl O<S ,..,,1 ,,.
""'" nu.rv..u. o i(!,'Jlll"
n.
hu . /)a Jrt! ur • d,1 l'Ol'l'llJW: • L ,;m• sm• co,ndltÕC!s, cng~dra. o
1>1amo: oco u11to f mudo peta Cfl ll ·10 coa ttm c:s~~ corno ruu p.Jt•
<;. r,1ffJo, 11 b - IR d. 1 • C'f M r1,,jt1Iro, 11. 1: .. é a ~c~s us.u · 11 n ccern.is"
1. Clalt<IC l, évl•Struus,, fü1r,.,, li .m>iu, col. M ·afio O d r, 1967 9. O setttido ~ e I o sof lori 110 t>l!ulo V.
20 2 7
~iameote miliz das de m prindpio orl lrnirio p ntc desde sem- 00m o m lCTial 9ue enta.m pensar desvencfa algo difotente daq llo que
pre e o sempre. O temp bistc\riÇ() torna-&ç., a m, 1implcs nwlium a~ eles pensam explu;:·tamcnte , os r ui a dos . íl.o infinll' mente mais ricos do
trato da cocxJ têncl s uoe iva ou simples re1:ep ulo do encadeamen- qu(! a teses pr ram! 'cas. Um grande autor, por definição. pen~a mais
to dlaléti ~ o tempo vud dciro, Ltmp-0 d at e ·dade radi l, a lterlda- ale 1 de se meios. le é grande, na medida em que pensa o que aind.i
de não dcdutJv~J e n o produzi 1, deve w- aboli do, é nenhuma r zã nlo tJnha ·do pensado, e kus eios ~ o o rc:.su I do do que) 11 nba sid
que não seja ron rngenlc pode explicar por ue a touJldadc da história pcfi do, qutt nunca cessou de interferir no q e ele p o 11, quando maJ.
ss d e futura não 5Cria de di e to <lcdu ivc:I. O fim da hi tória incomo- ni fosse, porque n!o pod a ulart udo o que rcoebe i:: c:olo se di n e
da os çomentadores de Hegel, porque parecei I e:s absur-do que se situe do um tàbul rasa, mesmo q ando tem a il s o de fazê.lo. Prova dlsso
cm l 830j oom r~nsão insu.Ocien,e d ncoc::ssid des ao pe samc.nto d o fi- ~ o c:ontr dir,;ões sempre presentes um grande autor; íaJo das oontra•
tôsofo, para o quales e fim já h.lvia oc rrido ntu que história oome- djçõ eri1adci.ras., grosseira írreduúveis que ê tão lúpido pensar que
çssse.. Porqu.c h t6ri ão pode ser Raz. o, se niio te,-n u a razão de por .si s aoul contribuiç o o a l0r, quanto inüLil tentar dltsolvc-
T, que ê seu nm
tç/o.s), que lhe ê tilo ece rio.tnt"nte fi udo (port.a"to las ou recup - 1 s _em nJveis s~ sívos de intuprew.ção m is pr funda..
desde mpre) quanto as vi de pro rcss o, ~ ê ape uma outr.i A forma mai~ plena. mais r d,e que. e rcve.stem es M concr· diçõe ·
man ·ra de dizer q e o tempo · bolido como o é cm oda teleologia ver• é. que n lta d impo JbjUdade - pe s r .sirnp smeo tc cm oonju to e
dadcira; porq e para loda 1eleologla rca 11.tàda e n ssárfo, tudo é diri.gi• pelos mcsm meios o que o au tot descobre - qu.eê, nc»casosi mpor-tan-
do a par\ir- do fim. que é e labeleoído ~ dett:rminado desde a orl m do tcs. u.m outra região daqu lfo q e tum outro modo é um ov lro se111 ido
p ~ o , e t.aboleccndo e determ in ndo Oíi meios que o f; rã .pan:c:cr d . r - e: o u~ já i:onhcddo. da g rante rm,viamente a cocd1tchi.,
e mo realizado. O cmpo é, estas condi e , apenas um p udônlmo úa 011. mais ex amente, a dentide.de (imedi t ou mcdiati da) do moei de
ordem de ootocaçâo de en cndr, mcmo reciproco termo do proces- ser s objetos <k um.a no~ n ião. portanto da lô ica e da ontologi q e
so, ou, co.mo tempo e~ Ivo, simp l condi o exterior que nada tem er uma taJ reai-iio~•ac- e d lógjc e da onlolo l já cl~bored s sob outros
co o p~so como t:11. Já i!ldiquc:I mais m , e cm outro lugar 10 m• pomos de vista, menos anda q ue esta coerenc a setâ da esma ordem e
bé:m, que o m ismo c-aoônico representa um· len ativa de jun ão d0$ do mesmo t po qut que eidste n 'ntcri r das tl!'3ÍÕC$ c:onhtcid s. Em
pon tos de vist:i çaus lista e final . pa ri' ular a.s egiões de que é tr-ata aquj - im a lná rio radical e o social-
Observem que lêm da inc· pac:idade c:onllngi:cne dos rep.rcsen~ n- " s~õrico - irnpll · m um questio amcn10 profundo das signlfic:1.çl!cs ,,e..
tes do estr turali. mo p n enfrc114.a o problema d a Ili tótla (a não ser cebtdas .ser eom o detcrmü1I de e d.i lógl como cletttminaç • a
r r. mais ou m os cl n1met11~ que t I problem e ste) nadai • medlda em q ue o confli o que dai resu lta é pe ebid pelo' to r, ele tende
pedlri do colocar a 1cç(lo d uma · lrutur d· istóri em cu dcsenvo l- a ser n:.sol ldo p hl su b rdina o novo obj to · $ sí ific:açõcs c:.i\s de-
vime to to1npo ral, u melho r, q e o postulado de uma t I t utu_ra .seria terminações já adqufrid:as, prop ctand () encobrimcnt do uc foi desc:o-
necessário para ma conc:c.pç.· o estru ralist uc qui~. e ~ consc• berto, a ocultação do q ue fo -dc~~nda o, s ua ma inn lizaçno, ai p055J.
qOente, A bem da verdade, n o pode levar a sério o lruturalismo bilid de de lcma tld•lo.s u,a csn tUnção por reabsor nu.m l tem no
com oonocpçi.o ger. l c::n ua.n o n,_o o s· afirmar q ue a difcttnt !ro- uai permanece ttanl; ·ro. sua pe_m,anêncio Si)b for a de :1pori irre--
turas oéiais que prcteode de.wrever .ó .são, ela próprias, ek!._ ~ntos de dYtivel.
u a hi ·r- ou rneta--c trutu r que seria a bls Lória torai. E éomo · o equi- A im, Ar' 16t es desc()b.rc fi1 ofics.mente a l.magio ç.ão - phanta-
valeria cnccrr r a hislór i cm idéia - f lar de !ll tr u 1.1ra nio signi ea - m Q que: ele diz. a respcit . tem li me.ntc. qu.ando ata disso ç
nadu ,;e não,,c pode d ermi nar, de uma vez por I cfo • seus clc1n tos e prof~ o (quando fixa a ,maginação cm $1:U pmellso lu ar. entre scns,a;
su relações - · ool r-nos no l a r dos· er absolu t o " . também não çâo da uai s · uma reprodução, o in lelc ao, e a 'm d mioa há vin-
pode ·arnos levá-lo sério nesto ç.i, o. te e c:in eo :têc.uto o que l o m u.-.do pen a. respcho) pe 11 pc:, co ao lado
O q e ,mpor&a vor<ladC'itamente aqui, não s.-1. as concopC'()es ~ o do que ele tem ves-dadelrnmenl il dizer, que ele diz fora de lugar, cqu
tal • nem a crlt1ca, e mcmo aind a crltí dos a utores. os auiorc::s nilo h.á meio de rCQOnciliar com o que pensa da p hysis, da alma, do pcosa-
i mport ntcs.. as conc.es,,çõcs nu nca ão pura~. seu cxcrcíd cm contato men1 e do ser. A ím também Kant, pelo mesmo movtmerno m tr~
ocasiões {n u dua. cdiçé)l?:!I d ·Crfllç1,1 da rauio pw-tt, e na Crltfca dafaro.J-
diJd d~ ·1/gar) d~ob e e encobre o p pcl do que: dennmi a de rm iaina-
10. et.&l~m da prl ra pnne deste 1 vro," qurittioo d l'h11to n:.du m llffll'ICiil OU· o tran$c:ettdc!ltal. As:sim também He el, e lnc;omparavcl.m te mais
vtic •, 1.-C.. M rx, 11.e o· o podem d er o q ue têm a du.er de Cí n1famen ta I obre so-
11 . ll o q-. Cl<tu ~ Loêv •Suaw.s n ora o.plii;it mcIllc " ... om ru .•. 11. 1rl.le ret~ão
escnit r 1.., ,nhc pi' , 10 mcs: o tcropo a la llM:f, • ns o mn" 'ffpl'lfl.trt! IOII, 1971, P· ciedade e e. h~ 16ria. não ser tra nsgredindo o que jul m sibet sobr o
.SCtl que ser e p ar sjgnifí m. e rcduzl!ffl m lnumte lntroduz:.ind o ã r. •
2.08
ç .. num sis.1e 11 que não pcxie cont~lo . Assim, cnJlm, Fr d, que dC$ e ser ignifici. ~ determfoado, e on,ente pa r dessa posic!)o se desen-
d· o iocoruc ente, aCirma eu modo de incornpat{vel oom lógicã- volvem as op içõc.:i o menti:$ à q uen o de be:r o q u i que é verda-
ontolog.i dturn , e no et1t-1nto sô consegue pc; • -lo, até o fim, invocan- ddr amea le, isto é, o que é que e vcrdad(:l :1, ~ólid < '3lcn11 cnte tkumni-
do odu a aquinaria dos aparelho quioo,, d instàncía. , dos lu - ,rgdo. Sob e te ponto de vista, nã somente a oposjção cnl:rc maloríatism
tes, das forç , da.q causas e dos fins, aca ando poc ocult t s iodçterml- e spiril salismo ê. ecund ri ·: mas é l mb~ sa1,1ndâ a oposiç· o entre
neção enquanto im ln:1ç o radie 1. Hegel e rgi s, por exemplo, 1mtrc o a.bcr absolulo e o absõluto aio-
A rcp:rodu odes llS u~çõcs corn tra os C$Klldelmc:nle an.álo os e s11ber. a verdade, dois panici am da mesma coooep1, o do ser, o pri -
em tratando de e p1riJOS tão profunpos e tão · udacioso.. mos uc meiro col ando--o como aut ctcrmi ção inJl ita e a força doR rgtt•
1 qui atu m fator,és Cuodameotrus. lógica,.oat-ologia bet'dada csc~ s.olida- mcntos do egundo (<.-orno d dos os• ento céclcos e n1hfü5taS que
me e anoorod na própria in titurçíló do. vida sociat-hi tórica; cht seco- jâ foram cn ociad9s)- u n do quor demon t r que nadil í,,$ e alguma
roJza 11 neccssid des inetirni.niiv l desta i tit ição, el.l t-, cm CU«> scn, coisa t n o é e riosc!v - resul do cm q e oad ê ver<i::t.dettrarnente de-
tido, elaboração e rbo rcsoeoci d as occcs idada. Seu nóclco é :1 lógi- ter in.ávd, qve a ex.ig eia de detcrminaç o deve c>cnn oe er p rasem•
ça ~1ttitária ou C(),YWJJúltJ, e esta lógica q Ie im ptfa $Obe namcn te e prc v~ia e ill5 ü feita, porque t oda detcnnill~ ,.o é ~:ntraditória (por•
inevitavclmonu: cm du n tituiQÕ em as quais não h ' ~da sod~d: tanto indetermina mo)- o q S,6 tem · ritido a partir deste critério tácito:
instituiçio do legdn, oompooentc inclinável da linguagem e do repr<scn- se alguma coisa existisse e] seria determl.rutda.
ter soelol, a 1nsti uiçã~ do 1euklu:i11, componccnte ioelimrn vcl do fu:ter O• A dlsc0&são d~ conc~çôcs herd das da cicdáde e da blst6rin. ,
cl . 12 O fato de q e ama vida cial tcnhà pO Ido exisÚr .most11 e esta pois. ins~arável do cseJarecimento de seus fundamentos lógicos e Ol'lto-
lógi.c a id til.Aria ou co ·untists tem apoio no qu~ cit~tc - não somcn e lógieos; a5sim mo aua çrftica ,6 pode se. er(tica d cs fund mcol.Ot .e
· ao mun o natural n q ai a sodcda<Ja surge, ma 11s própria sociedade, elucid11ç...o do aoei J-bistô e oomo irredutível (l tógíca e à ontolt,.gla ber•
que não pode reprea.c:nt r e 30 represcnl r, dizer e dizu, fi -x.crc se fazer da.d s. A tipolosia da1 respo~tiu à questuo da soo,edadc e d histôri • des-
sem colocar em a o tambêm c:sta lógic identitária ou eonjuat ta, que crit mais acima, impÓrt na mcdid.A em qu.c e,s.cs tipos de re.spost do
só podA! Instituir e Instituir insth indo tamb6m o lttgdn e o tnikheln. os \inicos poSSl\'cts a p· rtir ~ta lógica-ontologl . El.eJr co cr,etlzam a
•s lógloa - o ontologia c.iue lhe é homóloga - longe de. es ota.r o ma11cira.s pé]U quais $âo co co Jvcis. p re o pen,· mento hetdad11, uma
q u é o se rnodo de ser, . 6 óonoernc um primeiro e$1rato; t'll as a.o m~ e.oi; infoci ~ uma sueess!!o, o $ét, o scr-.a lm e s ra:t!o dcsl'Jl'{o porque)
o •~mpo ,swi c,d lnda interna!! de cobrir tt flgoíartodo estrato poss(- de umn OOCJli.ster,cia e de uma U0e$são.
vcJ. problométlc:a boçad mais acima é some te a. concrc:tiuç:lo, aos
do ínios do im.ia nário e do odal-hi,tóri-co, desta antinomia.. Plsica.Lis- soei dAde e os q11ema!I da coextst· cl•
mo e log;icfsmo, u_ alismo e ·nallsmo • o upcnas ma eiras de estender
as ex: ênd e os e quomAS fund!'lmenta.1$ da lógic lcko it-a.rl à socied ' • A sociedade se d6 imediat1Amcnte como ce<:x ~ncí· de uma quanti-
de e à hi" r . Porque lógtca ideolh ria é lõ~ca d dctetminação, que dade de tctmos ou de cntid de diferentes ordens. De que dj$põc, e:n-
s.c espccifü: ~gundo 0$ c, os como refação de ca sa n efeito, de m io a tiio o pensamenlo herdado, paru ensar uma coCJC.isten ' o e o modo de
llm, ou de imptie, çlo lógica. cstut,junto de ma diversidade de lermos'?
EJ só pode operar colocan o e as rclaçÕés como rel11~s eotte elc- O u ta ooe;rj t.êncla, te es.utr-junt de um dlvcnld deé eonsid~
meo os de: um conjunto (no sc:i:iudo que têm os crm na malo ática r.ido como um sistema real qualquer q ~ ll4!ja a-u11 comp~xí.dade. Deve
1;0nlemporãnca,Jn'1 que está cm a~ dC$dC- tnstituiçiio do le-g~fn e do entiio haver possibilidade de decomposição efetiva (Ti I ou ideal•
uukh,-in); e isso o esse çí l, e não o fol de qualificar o modo deserdes• ab rata) d-0 Si$tem.a cm sub siem1As cm dcrm(veis, cm partes e final-
~cs elem ntos como o de cntid fbic.is 01,1 termos •ógl<:os. Porque., mente cm dcroen os prQvisorhnne11te º" dcfrnitiva mcmtc últim~. s~
d• 1 a n, neire., t.i n,o p ra ela. com para a ontologia que dela dcco~ el'Cmel'.lt0$. l>em di lnto e bem definid , devei!\ r s c.Uveis çiedcfin •
ç un fvoca. vem ligar-se .cn lrc cl por rdoçacs de délcnnin ç' o ca u-
~ l, li e r ou clclica (red roca), categórica ou prot,ablUst - retações es--
cam ·m susoc:tlvé:l de dcflnjçào uo'fvoca, e relações do mesmo tipo
12, O ~f'l~fo V 6 •11:pliviuoçiió.s.-.= dok ,......,_ ia dirnc Ga e m vuler· cn tre partes, sub stemas, etc:, do $lgutm.1l glo l. 'Dai l"e$ 1ta
hkt11l.c4 P d1> r~~ 3 oodo lct~, lt'iglca 1 ~ tw- • l'Ot também uc: <lcv~ li ver po ·bilid d.e de f\! ·onlposiçiio (rc'11 ou ld:~al-
- )Wllllr - con tord,,,c i ~iuenta.do pol ente (/,d, o: o ubstrn ),. sem e~ · uo nem íalt.i, do sistema piirdr de seu.s clcm~n100 e
t<: si ncn, detJOmin o /lil.fJJO. O tn.kA'11t êa. dim -
dlll {OIJ (1tntionnl ou lr1s11 fucr ;oclak ,.,JJkJm,. (Oc acit tttll , i,tc. de.ssas rd~ções. e nsiderudas cor o ali unico 11 pos,ufrcm u a TcaLidf.d.4!
, ç J 11t•r-a· blNI ricut-.io1i,;1 J, últlm . - u tão, o estar.junto da di rsidade 6 o de um s.istem lógieo
210 2 11
(no sentido amplo, incluindo a m temática), esse tamb6m, deve tempo cm q ue detcrmln do, porco eclto 11quele3 que encarna no
bavc:r colocação de: elem ento •últimos, bem distin tos e ~ m definidos, dc- sabe •fll.Xr t6cnlc:o de cada época . ão 6 dUen:nt~. apesar dt ai um~
flnidos d maneira 11 nivoc , e de ri:laç6es unlvocas enL~ esses clcmc:at , Cormulaç~ ex'J) oaivas e iD 'milávcls, pa-ra fri 1.1d, na medida em que
Nos dol casos, o que está em ação é-a lógica conju tist.a-idc:ntitâri11. de considera o O<JlaJ: é a p !quê., com au a or cm corporal, au eon-
o dois caso 4 sociedade ê pen 1d11 mo conjunto de eletnentos dJs• [rontaçio rn uma arwnlc, nuural. seus conílitos interno e s história
llntos e deílnJdos reíetindo-sc W'IS aos outro r rcla.ç-õ bem dc:tcrmi- íllosen~tica, que cve explicar todo o mundo humano. '" .
nad s. Na medida cm uc: - vol aremos a Isto longamente - a ocit d de 6 Mas como pe 11 .sociedade eomo coe I tencia ou C001p,0SIÇ de
outra cob qu um conjunto cm roa hierarqul de: conj nl , não se eJcmcntos pré-mtent~ o u determ1 ado - realmente, ogicamente ou
pode pcns , por c.,tc caminho, nada de ~nd 1. Mat também surae a.aleol icamente - .!Sob outro ponlo de visi:., qu~do cs prctffl50& ele•
logo qu tio: essC9 clement e s:as ret çâc:& de uc aocl dadc, en• meolos s4) iio cm ger I e só são o q e I na e pela sociedade? ó se po-
qua lo coex:ist2inâa-<:omp ão, ia o ma (re J ou ide I• trato), deri compor uma oc·cdade - se a Qpreulo tiY«!se entido - a parllr de
ue s o el e qual sio? Ora, a dificuldade ou a de reco.nhcccr indl•íduo3 j á sociais, que Já l zcm o eial nelca m m . Tampo o é
odo ser próprio do sodAl-bist Qrlco si nlfica neeess riamen t e q e, p o_s (vel utilizar aqui o esquema que pare e mais ou me 0$ aplicável em
quaiaquer que cjam a5 reservas, quàlilicaçõc:s, rest çõc.s o modaliz.a• outros domínios, a n bcr a id~ts de q e e.me no nfv~J de um totalida-
ôe,s conco itanlc , esse elemento$ e es rcla~e rão, cm álti ma de propriedades que: nllo ex cem ou nn tem senti d no nfvel d C>Om-
náli , aquelas cujo ser e modo de ser ' á foram recon os alhu.re , e poncntes - o que os 11 e» dea minam íenõmeno eoopcrati ou cole-
portanto tambêm que um e outtos · erão finalmente dcicrminados sob liv0$ 1• e ciue corresponde: ao terna coah · d da trantf rmaçlo d quan-
outro J) n to vi.sta. e a p ·r de outro lugar. T is são evide temente s tidade em qlJt1id de. Não te nenh m sentido cons·deru que. a li ua-
rcla~es áe causaUd3dC. de finaHd11tie ou de iml)li · çào lóg . Mas tais gelll, prod ilo, rcgru soei s urri propried:adcs adicionais, qu-e emer•
ão Ulmbém e 5C$ lcment ao.s quais, por raz profu nda , o pen men- geriam a tra e uma justapos~o de um núm~r ,ufi e l de l, d "''-
t herdado f. i desde cedo conduzido conferir uma su tanciatid de e d · Q$CS individuo, não :ruun mplcsmen e diferentes, mas lne 1steo-
um con .sténcj 'ltimas: p oa~ a coisas, as idéj te e inconccbl e fora ou antes de_s propried du co tJvu - sem ue
sim , por e11emplo , t a ocic:dadc se prcscot Imedi tamcn eles sejam por I red Uveis elas..
como coleção de indMduo . Est apar!ncia lmcdj t ê logo contcstad 'edadc n o 6 cm cols I nem. uJeíto, nem ldt1a - e tam 01'co
pelos p sadorcs ftmos. Mas o é rea.lmenle7 H4 skulos afir-ma-se qu e col o ou sistema de s 1eilm, d coisu o de id6iu. Esta coo üt ção fl •
homem o o cx.i~to c;.omo homem f; r d cidade, oondcn m-sc os rt1Soh ci lmente parece ~0111 para a uelea que fac'lmcnte e: c::squecem de p«-
e os cotUratos socla .s, proc lam -s a irre utibil dado do s.oçial ao indivi- gunt.u e mo e porque pode-se en1 o falar e uma socledade e desta so-
d l Mu QUillld O K- olb m com ma atenção, coorta -se não somente ciedade. Por-que n J o uagem tal:tc!CC'ld e aa lóglc. q d tru. " um"
que n da 6 dl~o bre o que sim pc::rmaocc.eria lrrcdutJvel, mas q e, de e: ·•tsto'' 5Ó se plicam a que ubemo.s deú nar, e nó s6 sabemos duJ •
fato, cs e u-rcd tfvcJ cm realidade edt12ido: a ocicdade reaparcc rc u- nar c:ois , 4Jcitoa conoeitoa e suas colcçõe.s o u rcuniõ , rc:laçõe4, atri-
larmcntc com de ermin da a p rtir do indJvld uo eomo caus cfici ntc butos estad J, etc. Mas a nidadc do u_ma-sociedade, oomo ua eccddade
ou ca u final, e social como consuu tfve l ou com ponl ela panlr o indJ- - o f Ío de: ser e.st oc;iedad e ru1o outra q u11lq cr - só podem acr oalí-
vidu l. T I é j i a irit a • o cm A r tó ÓIC$, para quem " cidade ~ primeira aadas ~n rclaçõe en cre sujeit o mediatizadt» por coi ,jé que toda rgf •
segundo a nat reza", com referência o ho m indlv uai. · lafllbém · o entre 5ujdt ê rcJac§o $oclal entre suj ei os socia' , toda rei o com
ser da d ade t dctertninado por fim, e: este flrn é o bem -viver referi- coisa é rei ç o .social e rn objct s0ciais, e $Ujc:ito.s, • aa e relaçõe$
do o bo cm i ndi idual. ., Mas t I ê também si UaJ li.o cm rl~ a "b.a• só sã aqui o que o e tais co o aão, l_)Orq !!lo 1m iruutuldos pda
e rei r• da oded d e que "condic: ona ", do o resto ê o "eonjunto daa rc- soc!cdad coru1derad (ou ]Xlr wn.i a cdade cm :ral). ue algunt ho-
laçõc.s de produç o", q ue são "d-eterminadas nece9sé i s, mdependentca mens p ssam ma r ou matar•9é pelo ouro. e o nio, nl tem a ver
da von de" dos h mcn • M que ao e refa de produ~o? S o no com o elomeo_to químico A,, nl!ffl com s p pncdad ADN
''rela - en re p oas mediatize.da por coisas". pelo que o "dct
minadas"? Pe ·•ci1 do das fo pr duti as - Isto é, por um o tro S•
pecto de rcl ção d s pcuoas e m cois , este mediatizado, o mesm
14, Miqu 11 , der, to c, 11
""' pcl11 mao m111c al.llnCSO., do
R, ca ulo l, e
15. olcatcm 10. V adlan,t~ o tulo VI
l qu-~I n de l'bi ta Ul dq º"" e t ouvner", /,e., p. 32 3?. J Cl O, Pltyslcs. J.t . r~ J?nice, ~ Yor 1 13 1 - 1 ◄9.

212
uns e de ouLros; e q diz , tJ\I ndo mnl m o o e mat m pc! lo Cristo 0 s re laçõe ~ntrc e, ses próprios lores . Por.qu - e isso prca:ae toda ó:~-
r AUtih. cussao sobre o contcüdo, od crflic:a, por c~omplo, da determina · o
é :só cm pai r-as que upcrum difku ld dcs, quando 1nvocenlo~ causul d p tensa aupcres utura flela prc s-a fnfti;-cstr tura - lodo e -
uaia c;QnSlCicncia coletiv1.1 ou um i e; ctscieotc c;o(etivo, rn tâforas ilesJti. q e a conhecido de rei.a o ressup que o quem da scp11ra o é
a.s, taf'mO.S cujo único si3nifü:ado p()jS(vc t o próprio problema llql.l.i aplicável no campo consi . ado e permite CO_? i t~i.r BIS entidade, (r-eais
ciisc; t do. e tambm cm palavrr1, que as bupe,ramos qu rndo afirn, 8 • ou 11 t1atas que s.lio pmt~s o reláç• o. T I n:30 é quí o C11.$0 p~rq e os
os ·lmplesm nte a eidsta da de um Qt aUda de ocial. de ocicdtde domínio da 1ividaclê social n o são vcrd de1rn.mc.1n.; separáve~s - rM •
c-0mo um todo, difCTentc d~ 6U ~ partes, uJtrap ndo-as e dctermio41n. rno ld lrncn e - i ,o o suo vazia o n min..1lmen1e. E is ·õ az retor ilr a
do-a.s. Porq é. e isso é düo !M!m mais, p demos · ir no ll nko q ema de um cem da mais r,rofund da questiio: m1d , no pensamento herdado,
q e di pile- o nsamento herdado par pens rum todo u~ não é um is• nos p-ermi e dJzer o q e do e d.o que maneir.1 Ao, quanl cn1id~de
tema pari~ extro f!Orle:r.. o esgucm do orJl) mo. :sq ema qu!= apesar particul:ires.. Cenamonte n· o se tr 11 de as ecto$ bstratos, correlaovo
dü prcc uçõcs retóricas tom11d· • rctom11 ,iuito meís íreqD.en tcmcnte d o • o lugar e. colhido para o en•ar o objet.o ou às call:goría posló cm
que pensamo. , e ainda hoje, n di.~cussõcs 5obrc: · socictla é. as I r .iç o p ra capt6 •1o; e iss-oJá pela raz.lo de que esses lugar« e essas cate o-
de organismo, cm sentido próprio ou fJ :urado, d hipc,r-orsanlsmo, e. ·,u sô ex.istern · partir e e.m função de uma instilUiçiio s0ci11l•bistórica
f· lar de wn si.stema de fu~u :s in terdepondcmt~, de.terminad a partir particular, e absolutiit'OOIHC n~oprlvtlegia ·, que os íaz ser em e por uma
de um fim; e CSlO fi.m é <»nscrvação e a rC'J) roch.1 i do mcgm , fümll- realidade soçlal parltcular. Se o ce6rk:0 d'stlng.u.e U('l'I aspecto re~ioso e
çito da pcrmanêocla através do tempo o do. acidenc , da cssênc;i , rido.s olll aspecto jurld' d ariv dades em tal 'c:dad.c trndlciomtl ou a.rcai-
( pccto/ t)bcie) 11• Qual seri então o mesmo que, aqui. ~céOóServaria e ca, que ollo os dislingul , isso não de~·o ao progr so o ou de
.se rep du2iria E quais Krl mas fun ões cstâvcjs e determín•d s sujei, pura o e primor,tmen o d rru:Ao, mí o fato de que a socledt!de rn.t
t11s a esta eonservuçao-Nt>rodu. o'! u.al ele vlve, h~ mui o tempo, ins.tltulu, cm su real dade catogorfa.s
ó apa_rcn temcote, e da otanci mais supc ílc1 nl, pod1:n mo.li identi- jurldica eu cate OTias reli lo as oom rclativarnen e d' tintas.. · Cl es~
ficar ou fazer corre pond-cr tais funçôe os dJferentcs ~tore ou dom l- cacegorfo sua d!. t in.çio uo de e t apo!a do passado, ~cm :e inttrto ar
nlos no uais se d dobram ativid d.es !Oci is - economia, direito, cm sere.1 sobre a tr:gitlml de dcs extnipola o, e pos ul ndo, t cl.ta.
poUti n,ligiào, etc. é útil, re alé de toda c:tltica do fundonalismo, mente, •UC'. as d sti~c lnstrtwd em aua ptópri socieda e t•orre&p n.
do orsan mo, ou outras c;o oepçõcs lntilare:s, c::o ldcrar m is atenta- cm /uu-êocia de toda !WC da e e exprimem ua crdadeira 11rtkulsção,
ente qucrul.o que é colocada. pela r,eJ çilç, cnue CSSC$ setor . ou domi- Mes l mbém não pod.c m s cons.ldcrar CS$e ~tores da vid s.oci 1
oi , a or anb:a o ou , vida 'de e t1jun o d sociedade:; p rque, aqui como smcmas purciaia c;oor nados - como os i em circulatôrlo, res-
alnd~. trat •~ de um tip de c.ocxistê eia entre \IM toda e suas parte , e piratório, dig_eiti'>'o, ó oso de um o rga.nl mo - po to que potlemo oo,-
mesmo de um tipo do _fstêm: o dessas · tl , inaprce-~1 lvcl no q uad o contr t, C'. freqllcntemént.e cncootntotos, a predomin.\ eia o u li rclativ
do pe meato herdado . Evid \emente, n o e poderia constitu1 aso- au1onom' çllo de. tal ou quaJ desses setores n i,rna organin1ção ~oclal da-
ciedade p~fu de um economia, de wn direito, de uma rc:Jígi o, qu~ se.- da.
iam <»mpone ccs com uma ' lê:ncia inde~nd nte, caj· <;Olo ção em Ql.l são cnt,10 esses cto a? Já vemos ue, ,a e; mcçat a netir
oom1,11n faria p c,e.r uma$ cdadc (po utndo ou n o além do m is, seri:uneotc Jobte te questão, é prccis.o tc.v: r m co sldcrai;·o, plena-
nl8,umas propriedade:\ novas); a economi , por exemplo, so é <:011 blvcl e mente, te fato maciço, irreduuvel e, ern riealid,dc, in milável p ra. o
só Cll.ÍStc como e nomia socíii l, economia ,;te uma &0cir:dade e ta_ !lO· i,ensam to tradici nal: nao hã artieulacio do ial dada cm d f'ini ivo,
cicdade. 4as o p blcm vaí muit mais loó e do qu.é essa t id cj. (e- nem 0l1l supcrflcle. nem crn proíundid11de, nem rt? lmcntc ncm 11bs1rata-
vidências cujas mplicaçõc , que ultrap ss de muito questão d so- 1cnte; est.-. a.rtic; la ão tanto quanto ~ parte.a uc ela coloca. ex, o
e:' de, o lon ~ de teTem sido e traíd as). enhum uema d' ·potil- quanto b tel1Lções q e e.Ultbelecc entre essas pa le6, corno entre p ttcs e
vel aos pttm itc captar verd dc:lramenic J retaçõ cmtn.Hconomi , djret- todo, e, d~ da vez criação da ociodn e cons.idet da. E ost.a criação ê
·,o, po!11 1ca, rdigião. por um lad • e da socic-d, e, por outro: e tampouco · !11.cse ont lógica, ê i ~o de, um ~rdrn: porque o que é assim colocado.
estnbd eeldo, innllufdo, cada Yez, certwn1mtc sempre trazido pela m.aie-
rl tidade conc reta d s atos e d cois.as, ullrapas:rn c:,ta ma.t rialidedc
conc;n:ta e todo &to particular, t ripo qu.: ve1111 lé um rcpro<luçdo índeCl-
1 nêttd a · ~a vist~ rom II fu:l<lcz · 01~ltc:u., m.,H 11<1 nid su ins-tãnqi , qua s só ~!lo em ~ral e só s, o o que s Q, en-
llmi .d11 por un 1Ç40. ~ nniu nllctu ~ ú . ncr vivo n · d3
vel. e en ilidndccc J:i.lm como e· ocld ~ ar,to in.st· ttci:u des tipo. Um ln tfUmcnto dctcnnin do teu.khc;u-j -
U' rod rtpe • lo do r11 o faca. michado, martelo, roda, arco - é um tipo ou eidfu criado; 1 mbêm
214 215
o 6 u m palavra (/exlr) como o o o cuam.ento, a eomp · e venda. a cn,. podl!l'emo, resol esta qun:tão q u do a ti etmos r
prc 11, templo, a escol , o livro, n erança, a elci ão , o quadro . Ma ido, sentido e oc do de n il·la ou de encobri-la co
tambem o lo, em outro ní el. e o entanto não ep rado, articulação riJ1..
de i de ca s<x:iedadc e setor O\I domínios o~ e pelos QI.W ela exl. . Não e • te também me o, dentro de le mesm o limlte.dc,pe ns11r aso-
A soc·cd de se institui como modo e ipo de cx[.st6n a; como modo e cicd de ç.om o co stên · ou como unidade de urna diversidade. POIS 3
tipo de co lstcncia cm geral , :ináJogo u prcocdcntc a uma outra re- rcflé:;,tão da sociedade no . t u diante d t· cxigenci , que nun po~c-
gião do se , e como esce mod e tipo de roex têncin p rticular, í11çãQ rn satlsfaZl!!r p or m o da ló ica hcrd da : considc.ru termos que nlo sc:-
cspeclfica da sociedade con&iderada. (Da m a manelr como ela se ins- jarn ídadc:s d.is« lllS, scp arad , tadividu li veis (ou só ~ cm r S•
titui., eomo ercmo , QOfflO modo e tipo de ucffliio, i 10 6, como tcmpo- .sim locadas tr n toriamcnte, como termo e rder!n_cl ), 1.Sto !, que
ralid de aoclaJ-bi tórica). lm, a rtk:u laç5 60 social em téeni , eco, n o ato clcmcmo de um conjuoro, ocm redutlvels a tal$ element ; rc--
n ómioo, j urid co, po Utico, rc i ioso, a riliti , et~ que 11 parece eviden- 1 ç6es ertt.re e · termos que n o 'am separ veis ac m donofveis de i •
te, é apen s u m modo e ias ltuiç o do soc,aJ, particu lar a uma eqU ncia. a, a unlvo<:a; enfim,() par term s(rcla ão, 1eomo ca~ vez se apresenta
de ied d , catre as qu is no sa. bc:mos perfeitamente, por e em- num nlvcl · do como lmpoMivc de captar n~le nlvel independentemen-
plo, que economia e dirc.i to ó aparecem come:> m men to., e11pU ' tos eco,. te dos outros. queeatá em qyestio,aq_1;1 i n o~ uma co'1!pJCAid~de lógi<:,a
locad com tais, 'd org; iza · o social uirdiameruc; que o rdigio o e o m lor que podcrl mos 5uper r muhrphCji.ndo as oper oca l6g1 trad1-
a:rilit.iC(i como separado MS são, na cs J da hlstór-l • cria mw to re- cioo , mas um i u çào lóglc;o-oatológi inéditll.
ce tcs; ue o tipo (e ni o soatento o ntelldo) da. relação entre trab~lho .Esta ,huai;ão é inldi o. do pont o de vista ontológico: o que o ial l .
produtivo e outr•s atlvldad . social ellibe, ao lons o · históri , e trav~s e m neira pela qual e, nlo tem an6logo. ObriJ , portanto, a_r idc-
de dlfenmces ~ociedadcs, en ormes modíficaç s. A ora11nizaç· da socie- r r o sen tido de ,r, ou cnclio cl ari uma outra r. c;c a~ qw a o vtsta,
dade se ro-d dob ela mesma, de cad vez de ma eira diferente. n o so- d~ e tido, Por isso mesmo. e:mos mais u vez. qu.e o q uc se de o-
mente enquanto esta cce momentos, setores ou dom !nio-S d lfcrcatcs em mino t "difere a ontoló • ". 11 dj ti iio d ques - o d ser e d quer
e pelcn qu J ela eKiste, mu cn a n to faz ser um tipo de relaçio entre es- tão d entes. 6 impossível de sustentar ou, cm outras paJav , só m:i.nl-
se momentoi; e o tod o que, p e ser novo , e mesmo o é cmpre num sen- festa o limite do pensamento herdado. Resumindo, a ontologia tradl o-
tido nã t d-vial 1 • c m o p rimciroi; nem o se undo podem r inícrid nal só rol posição ubrcptJda como sentido de ser, dom do e c:r des-
po in duç o a partlr das fonrui de ld social atê aqu i observada , dcd sas c3Legori.as parti lares e tes sobre os quai eu olhat perman Íil
zidos o priori pel reflelli'io teóri ou pensados dentro de um m rço l-0gi-
co d:tdo om cririltivo .
e
fixado. d 3S, e - t m ' ou menos o me mo - das nccessid· de~ da ll n•
gua e como ltgffln como lna.trumen conjunll t •idcntítilrio) 1 ue ela
refie o do ocial remele ssim dois limites do nsnm~to her- tirou o sentfdo do ur oomo ser-determinado. Isso nlo rmpcdJu cmpre
dado, uo ó Õ, om verdade, limite um da ló ica~onto logia identitá- de ver outros tipo de 5Cr, roas a levo\l sempre II quaJificA•l lmpUc:ita ou
r' o hé nenhum mel , d ct1 tro d te limite, de: pensar o llUl<>- c,cplicrtamen te, como meo ser (/,d to,i on, em opO!iÇ o ao mais•ser,
dt:.Sdoh merito de uma c111 ldad como coloca o de aov tcnnos de 111allo-n 011), pelo que ela sempre quiJ dizer isto e unicamente isto: menos
uma artlculaç o e de no rela eJ antre esse termos, port nto como detcrmln do ou menos determi ná ·c-t
coloca ·o de m a nov orga izaç· o, de uma no a rorma de um outro el•
dos; porque n " o há ne11h um melo num;, lógica , nto logi do mesmo, d ta sit ua~ é 'também i ~ La do nto de: vista lôa co - peçt.o in•
rcpct· o, do mprc intemporal (ae-,) de pensar u a criação. uma giflesc di ociável do preceden tc, já que, a pesar da aliaaça, apan:n temente 1:$1
nh m em vc.dade n tural. quan to a este pont , dos pos ti vis sé de
que n o seja mp mente cvir, aeraçl e corrupção, en endramcnto
pcl m çs o, do mt!Sfflo co o e e piar ifcrcnte do mesmo tipo, mas He"dcgger, não c11istc pe ameoto do se-t qu n/!o $êja tambcm lo__11> ~o
apareçimento da ltcridadc, g6ncsc ont lógica que faz ser do ser e mo d• ser e lo&os organi:tado e organlznnd se, po~t.an o lógloo, como nao is-
to ló ·ca sem um colocação do er (ainda que íou.e e mo ser cm e pelo
dos. e como oinfa de e dos, ouwa maneira e ou tro tipo de c:r e de •
sendo. é possível que esta cvid ncia tia efe ivamcnte fuscan t , 6 di rso). io pode:mos pc:nsar o sod 1, enqu3nto coexi l ci1, través
()OMivc l que cl seja, no mé.xlmo, reconhcclvel mas n pcnsávcl. Mas só d tóg. he-r<lada, e isso ~lgnifica: n o podemos pen.sã-lo oomo u lÍllde
de um plur tidade no- cnt:i o hnbitu 1 <lc$s:c:s Lermo.s, não podemo pen-
s -lo com o um conjunco detcrm in.nvel elementos be m disti ni e bem
deli.aido . emos que pens••lo como u m<:tgma, e até como um magma
18, s.sun, u rgu ·a in taun um no•o mcxk d, J#r da p rodu o, e m ovo lfpa t"' de magma - pdo q e çompreendo nll o caos, mas o modo de o aniza-
lar ctllrc: 1 produÇ; o., o tanJc rJ ■ d• eocia.1, ,; U1J1 e lo - q ,~ pro;.,t.n ..,. c;ão uma dlver.sid de nã conj um iz.ável, ~cmpl ficado pelo oci J.
lrO\ll)«tmimcnlc LOtalid d• ' (Ófi ll . Vct ··Lu1u • de rh.l oirc. ..". l.c., p, 4-' 3 6.
2 16
pelt1 magin.frio ou pelo incons len te , P t deh: f lar, e qul\! ô po e:m 03 co, pot.le cxistlt sem ou o ro, c:lc fazem, po1s, parte do rne. mo. i o pa r-
fau r na U agem socia l aistent , api;:lamo incvü.avelmeme J> ra 0~ e <Jc um mesmo oonjun lo ••. s~i i t mb,;1 no que. e rtfcrc a mc:ios e.
termos do l"JU' "' ronjunti ta. tais<: mo um e várlos, p• t ~ e to4 • com p0 • lirl A :ú m. Cin atmcntc, se consideramó não s entidades. m 3 tl!i I i •
·ç o e inclus..1 • Mas Cti e$ termos ô funcionnm aqui oomo term s d ri:. C3 i ou tin ais: a L~I 6 i no e pelo mcs o identidade cssenci 1~ 1rucrna
ferência, não como verdadeiras catcgon'1 Porque r\ o e11.i tem c~~~o- à q,ml temct a difcn:n n eitlcrn:1 d fcmimenos e sem qual esta não
rin I nsrcgiom t~: a regr, de ligação q 1i raz e tegoria é azia se nilq poderia e ittir. Ou: esta CJÇtonoridade cilfitreotc d renõm~nó omo tal
oonsidcrll aquilo oom que de b ver liga ·o, O q ue ainda 6 p~q d ve s~r idea lmen te lt zida µ.ara a lntoriorído11de idr. 'e.a de 1 ::i l~L
uma ou1r11 m ancir.i de dizer q u o ser só é mprc ser dos cnt , e que A s us compa h 1l' os efeito , os meío:s acompanham o fim .
cada rc i· o dos entés dcsvcncfa um outn fa do ido d~ t , te aco.rnpanlrar esl" ar oxplieitamente, pelo men_os de ois d defl ni ·o
11 ruto1~tica do silogi.sm : "di rso no qu 1, algumas coisGS sendo e taber
hist6tla e os · qu e,nas ,d essio fccid s, uma outra coisa... ncooss r iamente a ac:ompanh (u ananké
s,unba nn) pol fato de àquelas serem" , r,mbaiM r11. ancwr }unto, acom-
hi~tóri $e dà imt:dl, l:un e c:o o suoessã • De q e dl .põe o pen- panhar, comitari (cum-eo); ml>lblkas, trndawdo pelos Latino oomo ac--
samento herdado para fKD anima suocssao? Do-s uemas d e· u 1tlida- cidi ,is, signifi a realidade o que acompatiho. que podem o deve Ós
dc, da finalidade ou da co scqU~ncia ló ica. ês s ~g emas prcssu~c:rn 1raduzir por comit1InU. Swnbalnr-in. Jwnbébél<t>s design~m m i fre-
que o q e deve se,r captado ou pensado r ~eu mci deixa-se redl.J2.ir, no qüe-'tc:roe te. Jlilni irtôtclcs, que acompanhou, o u-e exteriormente
t
e ncial , um conjunto. predso podtt separar elementos ou eotid de$ coiocidiu - o aeidenu:; mas dcs' nam tambê , fl(I cootrtrl , o que cn-
dlscret, • bem clislintas e bem dcfütid s, para poder dizer q e G é II cawa dalrncnte e iu:ccss riiamente acom anh algu cois.a de d ife crno. 11 N11
de b, qtse x é um meio de y, ou que,, t uma ç n cqOlnçla 16gic e p. definição do silo ismo. Ari ló eles niio pode, evi entemente, deixar mar•
Porl nt • o pensamcaw herdado · ó odetia Ç11ptar um uccssão n imi para nenhuma ambigDi dade: condusão e p emlssas ~ tJnankés s r,m
i I com oondi:y e tor conjuncl do este ou conju,Hu:nndo-o; aca. t,alnrl, cusari m&otc se com anbom, aminham inevitavelmente
b amos de ver e v rcm inda lon m ente que ' é i mposs[ e:1 . ~ o me juot
mo dizer que ete só pode pens r a ucessão sob o pon 10 de vi$1a d idtnU- Mu que é o q e ~empre 11ec ariamc11 te .tcompan ba lsumn cois
dad~. Caus Hdadc, finalidad~ imp Ucaç.ão s apenas formas mpllad sé difera:itr:., senão p dcs o utr CQWl. ou então pàtle, mo el , de
dl!Sdobrad~ de uma ídcntid· de enriqu«id:1.: visam col caras d il'eren urna m ,na out coi.s11? Como o orque .i · rnas e o eo p-o de um ~n.
como simp c:smcnte a.p arentes e encon rar, cm o ut ro nlvel, o mesmo ao anil s,c e m Bnhllm sempre, si; n.i é porq ~ pertencem tio mesmo .uti•
qu. 1 estas pertencem. No pr~1He contexto nã Importa ue este mcmio mal?
eja cntendjdo como ent dade ou oomo lei. Ê claro que a qu 1.i.o de s.i• Se que su~de acompaabll. necessariamente aqu ilo a que SUQ e,
bcr como e por uc csu:: mc:gmo . . dá como, o I arecc: a e pela dif<:rõn~ sucessão s6 ~. na me1hor hipótese, vm arraajo su ~ctlvo de fo pc · oda
ç11, permanece orla central do pensa.meato herdado so 1 das !lS for- co· total. cuja contrapartida detiva mt coisa é, e 6, uom o 11.m de
mas. er 5C tnite dB on,olog.ia máis nll ou du c'J!nci itlva mais oot:lti,t<ncia. em verdade, a eoac!u · é dada co · as premiss ~: il0$
m derna. Apod · q ue decorre.do fito de sehavc:.r decidido ua o ~mo i fia. do c:splri o roma Ciência d lógica; e C'Jtpan o do uni uw com o es-
e
e, mol ainda, q ue num sen1ido Ollimo $Ô o mesmo . fácil vt-r que esta tado iní Iai hipcrden$0 e as lds uc em o ciü&tcn te ftsi<». Se a sue o
pro-pos ão vc: Juno com C$ utra: que: o que é é lem1m t~ de ermi- é determinada, o u a ária, ela é d d com su· i e seu primdro tenno.
na o de de scmpn: e no sempre que ,6 pode ortt o ser tlgorosamc1-te pcl!l-
sadó e,on, um ae lnternponll, trnnsationa.ll:do- e ou n o, num ~mprc:
oihn hcmporal. ria d 1;Q1tj11rrl<1~, 1'0ff r , alt11cflle um 1 i·
foto de que o Implicação ló ica seja urntt i dentid, do dêsenvolvidA, e · dh fcwmnl <1u '"hOllca. e aJ ou imbOI pres.
•u 01111 to de qite d (i lo ra lr:ttt como iridiml-
e a c:onch.1siio ja apenas um, de implic11~0 do que j e. tá nas pr voü 1$ivecs e i:t11Jltc:feltu quuto i u lhl) conjunto. n elil doúnç
ml .is(, nalitkidade), é evidente e onhccido. O~f' e o m mo cm rela• u.ma nil:.tção deu. • • · çil n mc:sma
çiio uo quem as d e. alidadc e d fina lidade. Causa e efei o pcrle.n• q 111do a5o "cr ertti
(.'<'ffl , ~. meun n , ~e pod~os C)lltar e detcrm ln I r um conjumo de e usas.. cln:ulo lõgko •m8te ir. a léf;ic íor•
1 ai ,c,ftt e umeT.ar m uc, as nllrne,o,
e v, 1 JU □ lo c;om o conJ nto de u efeitos., nim hu 1 desse~ do· CO □Jun- n.sst.rn uolo ().5 1 • , 11õt'ftmáJiéd. ...
iln l 1 1 ~ •Is, • d oi:s · ('111j.iotl$ta.
l l O que •om, .-,11r1g., e ~. na verth-
1<:l. Ver 11'13i8 dian te a piClll VI I .e, uistem p~ rn Ar!stóte C'Óff'lll1t1tu.r e.. J/ '

218 219
ela só~ eJll próptfa, um rdcm do ser-juolo. O tempo só ê ent o rei çilo marginal ou implc.s mcntc · · tente, de11en.volvcndo- o ~ncm_l de
de ordem, uc 1111da permite dJ lmg ir- intrl ·ecamente de outras eln 5 a vida na tabilid de e n • e mo as. cied d.es u m b1st6-
de ordem, por c cmr,lo de um otr ·o c,pacial ou a relação "malorn; e, ti.a''. c:spccialmelite a.s ' i o cJc nAo omcnte l'épe-
na medi II cm uc s termo ~o nccc ari mente coma.dos 11 sta rdem, . -o e auseocia de d , mas onde parece • ler
el · o "p rte '' d Um-Tud9 eco-existem cnqu nto ''part " de um modo de rei çã ss ~~ sou J>ró.~rio f~lu ~o,
-Me mo, o sempre intemporal pode no má irnq h • .,.~ ordem do dl inguin6o-as rad e~ h 16r s . EMu d1s-
e xist!nci.u, não ordem des ,cessõea· e, o.sempre omnttemporal d e- tinçôes n • 11ls as e · importante. EI $se tor l'lm
termin ão, n or em das uce. ôes ~ ·tpe.nas um \'anante e ordem da. · · uecess e remetem: modo drn~re d
e:xi.stência., su('ess po e e deve r r0d r: da um ti po particular de d ii.o m stória ui, opon o-se u u-
cxist ncia :J. d 3COlá tcs de Instituí o ef~tiv3 d tempo
Mas im mo a sodrdade n o po de ser e :rada dentro e ne- hl or rcn~, o · , modalidadc:3 diferentes
nhu n1 do5 quemas 1radicionais a cowst~n I· a hi tória não od ser o s sociedades diíer<mtcs rc tam e f zem su uto-
pen da dentr<> de nenh u m os quemas t1adi ais d wcess o. Por- ii e - num extremo negan ou mel or. tcn do ne-
que o que so d' em e pel história nlio é q ~ncia determinada do deter- Cc:rtamentc isso r: diferen n mente no que"- refel'C à
mina() , m s emc ancia da altcrid de radie 1, cri o ima.nentc, noYida• velocidade ou ·1mo de -ah.unção mas também qu ato ao u
de não riviaL ~ 1 o que ma ifestam tanto a exh ~ncí de um b.is.t6r ln con te.ód , as isso nio a Impede de lstir,
'º!º· como ap técimento de no\'os so eda , (de novo tipos de socle~
dád ) e a a utotr· nsforma o in~ssanlc de cada 11,odedadc. E é somente A im. a excraordin:iri es abilicfadc d i
:1 partir desta tJtcridade radl I ou criaçllo, que podemos p n sr vc da- gr das ptcse-ntaç~C$ que r. etc.riza a e mpon
deiramente a tcmpor lid de e o tempo, cuj efclivid de exc.clcntc e emi- ropeus dura11te século (e, cm certo ~tido, de tod mp n
nente encontram na. bist6ri , Porque o bem o tempo n-10 é nad~. es- neolítico século XX) não pode r u nd .
lrllJlh tlu.s o psicológlc que m cara intc poraUdadc e nela! de trastamo a ~ da ' ó q os h-abnual-
uma r~lação e ordem; ou be o h:mpo é I so mesmo, a manifcu.::i.ção do mente, nt me a ld or das guemi..s, das cs-
q e alg d}fcr ntc d uil que i~ e az s.e:r, e f,.z ser mo novo ou ou- cobert , Q im p • idéia5, as udal'I a~ de
L e n o slmplc mente como oscqOência u exempl r diferente do g t-tnos re im nto cs importan~e. desse cam~csina -
me mo. to, pus:uu, ao cs s dcc!nlos.. deu unweno de p 1.smo e
é útll pa r a u per exs.minar um confu o que parece prop~r• de brwtaria à Refor tão q e essa pa. · sem coloca - e toda. pa5-
eh 1 um tempo, emergência do novo par~ com uma i nt.en dade sàgcm - cvidcnh:mcote a ctimlna_da, n;m mcs~o- reduzida, e!" um
p rl.ici.ilar por OOt i o da tr nsform ç&$ ou d • oom mento cata&- milímcu(), pela il us da prct n e - e l~vd - drv1são 110 n~n!to da
ró 1cos ou g ndios que marcam e dcsta~m a cxJstên i das socleda- distll · q e .sepa o a11tcs e dcpol ~asão que só f: • multtpl ~ o
d que freq en emente dcaorninamo.s "hl t6ricas" no sen Ido rtstrito prob ao Infinito). Para acentuar o a_s ·_cto; R_eforro lmphc-a
deste lcrm ; e no e rhnimoll à vr:r. como se a istoricidade só ponen- um ifica ºo violen da o ntz ps1qu1ca d $ mdl (duos con•
cc, C!I cate orie de sociedade! , às quais po<lerCam s opor, dentro ce ue dcYcm p $Sllr de m estado onde tudo é preso re rcsenta-
de: poOlo de vi la. tanto s iedndcs "frf• - onde a m ança seria çiio soluto, da Lei, do Mcs rena e pela organização vislv~I d~ 1 re-
ja e u • ios c:n, e rnec OS$ , a ame. do o nd pare o 1nd1víduo
não iconce tre t e rans- dcncia, nenhum lntermcdh\rio q e
não o ext I intcrpre1a cor1'e.nd prio risco e pe~li .
ll, o Essa n,odi deve er mscrida nn duç (1 aparentemente
ad
do
cst vele rc d rase preoed te-: p atófü:o num cie-
01
. du?;iram nlbos e filha rn.arcm prote,taotes.
n a ocof'rido n de o ou de de mil g a-
r s a qucst entemente, é a ilusão do h1.Storl dor -
KT e · ri II a t e mede etC1'n dadc pei sua p«l!O•
i\ á· p3 ucm q mud durante três s ulos é "es1ávol",
pre)babi]idadcs)! e ~ o
er.ci,cia imento u escala mpo e estrcla do d nç r o lo
mente,
220
Ocorre o mesmo com 1111 ciedad rcai s, ainda que oqu ân 1n- ·1empo. Como ~mp re, o homem sen to refere- e à ei~nci11 l.lnl mais fa-
finltarnC11tc mai dillcil, por razões evl ente~. 1lustr r por conseqllên · N ·cilmentc qu1tnto m l igno ra. Seria preç1 . levã-1 - o que sc,almcntc
aparenl , u lmplac;á,•el e ince:ssaatc · uto-altera o que e d envolve em ele não aC1!ita - · entr r em conuuo Có1 o lisic:o oontempo • neo, q u lhe
suas profund dades. u O caráter "cst4d co''. "repetitivo", •• -histórico" dir~ que ele, pelo me-nos, n·o sa~ o qµ to tempo, e é vcrdadeir.i:n~nic
ou •· ltmporal'' d u, cl de s0<:kdadcs ~ omente u maneira pró. dàtlnto do espaç e com o é, :se é inllrtito ou finito, berLo ou ~clico.
pri11 de t~ iru utído su própri &em poralidadc h i~órí • corresponde a nlgo de sep I do ervador ou o menle a m manei•
M t impo slvel í era economia de uma discussão da ão do re obrigatória para este de ex,· minar umn multi~II idade . .
tcrnpo cm geral. Porque, por um lado, é daqui q e p rtcm e pura qul ,e. De foto e cl roque, desde que com mo a mt rrog~r-oo a pOSSI•
torn m os rios com os quais o tece · nc ação d história e da ê!"l çllo billd de de dis inaui r absoluLamente ..lcmpo", "e5paço" e· o q e" ai se
p o pcns me to herdado - neaação do tempo vcrd deito, como aquilo encontra, torn -se d s m ais pro lcm lica.s, e é s11pérnuo lcmbnir que. ua
em que e porque h, ltcrid de, cm ome do er lntcrprct do como deter, disÇussão pe rre a bl tória d.i ,Uosofia de um ext remo o outro, em
m.inado e de ennin do no mpre: aJei. Por utro lado, nn quest o do mo a história do p s me to cicntliico, cujos ltim cinqlloot nos
tempo, é po lvel tenter uma prime.ira elucidação das rclaçõ lnílni ·• pu l cri ·1t m as cc:r1ezas a r peito di o e de outras coisa . E1d l«? o,m '1-
mente ~mple as que cn· ntam; • reocpçao pela c:lcdnde e um "dad ti plo - ou, como dil.i Kant, o ivcrso: e~is,e.; cnt o , dado d diferença
n tural" e o que. denominaremos aqul, retomando um lermo de Freud, a ou da u.lteridadc (termos utitl:l:ados qu[, pro\'l$0riamcnte, como equ ív -
Justentação da inst it ulç· o social-hlstõri no estrato n uml: e ta lnsti ui- lef\tc:5, e que serem lcvad a distin ulr e a opor radi !mente ulr).
o cm si m ma como nsti uic.Jo simulU1nea e indi ociável de rclac;õcs P rq ue, então. 1 diferença ou alteridadc 6 Jempr< coloc: da, pe lo suje i-
identltilri e de .slsnifi~c:, nílo-ld tiüria.s; cnfirn, a problcmâtica fi- to e 3 soei ade, como da.da lfUl primeiro meio, o.. paç •·. e tambll.m
losófi~ que surge, partir deu determina.do momento, n c::lcd de, e 11 um ~guado meio, o " tempo", ~ tam · m como eparáv d quílo no
sua oc1açlo/alirmaçlo do mundo soeial-h tórico das ianifiaçôes. qual cl uis e
Pnra medir a proíundidade e ll 1mpficaçõe dcst qú ~ã • cria pr -
A ht1t1ru1ção fUosóOca do lempo cl o v ltar lon amonte tio primeiro sr nde l o da ntosofia no quul "es-
paço", "tempo" e "o que" é fo ram c.x:plid mcotc te atizado e di eutí-
oda sociedade ufate i tituindo mund mo seu mundo, ou KU dos sua retaçõc:3 e ndc parcecm jâ t da as oe~s1d d qu in-
mundo e mo o mund • e institu ndo-se e mo pari'-' deste m ndo. Dcst:i superável que d r irão, 6 agora, o pcns.arncnto fil ól'ico: o Ttmeu de
lnstJtuiç.ão. do mundo e du &aciçdadc, pela sociedade. • ln tltuicão do Platão. J o não pode ser lc: to qu i 1• . E ncx: · r o simplesmente Indicar
tempo é sempre c:omponenlc cssenci 1. Mas sabemos porq\lc o tempo ê i,fgun:s dos aspectos onde :iparcce a lmposslf>llldnde, p ra o n~am nto
i tuldo corn separado tanto do espaço como, brcmdo, do que - í se herdado, de pens.o.r v~dadcirarne te o tempo , um tempo essenci Imen ti:
produt? difettote do espaço, o existe. no inicio. nem tempo nem espaço n que
O homem se · t sacode ombros d nce dess rgúcias til fi. Pl11!!10 se d(i - dá o Demiurgo - pua construir o mundo. Eiti e o send
cu: l.,te tempo, os bom se tem crescer, mudar, morn:r, observam o e.-nprc ('1tl o,r) e o de ·oda mp l"e (nri glgnom no1r). •• mprc" é aqui ,
\,O I e as cstrel que se lcvo.nlBm e se p&m, et Nós também sabemos PI t o o di. e pr amente, um monstruoso buso de Lia uagem : não a
Mas porque então o que istc nuim indubitavelmente. foi co locado c rc- omnltemporalidadc, é II temporalid de, cJar mcote coloca como irn •
pr ent11do r CMCS h mens ind ubitáveis, e maneira tâo lndubil.i: vd- po "bilid de, incoi,c:ebílidadc do movlnt~nto e a lter~ ão (aklnéto,i) ,
me11te diíi:rente, no deQ.lr o da hist6ri '? Porque pensa.mm e m a rto Qu I é o pf'i\•ilégio ou simple ente o próprio, êncís do ndo " m •
ou fechado, uspe.nso entre os doi tt:tmo fixos da Criação e da Par-ousia, pre - <Jll• 1 é a es~ncla da e · ~n ·a? O sendo se:mp~ é~ pre .se undo o
ou infinito, como o tempo de pro~ ou tern~ de dc:çadêncl como mesmas d termina(, (ae kato ,auto); i o signifi a: atemporalmente,
i,b luta.mente homogeneo u quaJit.ili :unente diferenciado? Tudo isso ob tod os aspecl , e le ldent i ménte detetmio do. detcnninndo •
t- di'z o homem de bom oso -confu ão repre en tativae o pr resso du gua o o mesmo. O dcvind sempre n o dcve:m - com u no tempo - nll
eilncia dela n livra g:radu lmeotc:, 1bemos d cz mai :s o uc é o hii" Jnda" lc nponoqu I elcpoderi devir. Iterar• e. ~tcapuentcab-
~urdo é e uma ne-oe [dadc cv de e: o devindo .sempre, e,rcriJ como
l I ou q uc ó preciso ou. r den mln r o fidox da gên e, o de ir absoluto e
puro, t tcq ilv que n oi ;,jamo.ia' HSWldo as me m determinações,,
O dc!C1L•olv 1>1cnlo e uabaO, l~lklca 1r~r o~ 111 i
rai~losa. • id Sfl!ll cn ln d;a. a rkidad da 3ocictb. d d ~
tiu "e ui ", Cf, ll11llbhn 1 " So . 'd hi$L01' til". J,.,.
Soe,
, ,oi, 12, 1951. 11.- R umu, ~ &ui r, "'"" uc espero p, cr public.,, csn br...-c
122 22]
que ~ "~mpre" se ndo detc-rmlnações djferente , como " sempre" e ,hora, o "espaço", .. o q "rect~ "o q e" é-<le\lérn, o "em uc'' ê tudo
"jamais" alo ta.m, é não podem ter qui, um eotid tempo ral, Í!i.$0 .si j. q é., na Terra ou no Céu e que não é nem lnteliglvel, como o s.ctldo ~ m-
fica: o q •· todo momento (16glco) e sob toda rela o" ,.mantém doter- pr t:m senstv~ mo o devindo, 1' lerceiro género lnoorrup1iv que dl-
m in õ conl r dit rias, o que significa dizer q ue não tem, ob nenhuma ,•isamos como m .sonho", .. espécie de eldós invis!\lcl e info rme". Eldox,
rei ão, um determina. · o q IÜq er. O sempre ckviodo sl ai fic nest ou sej I rorma/aspcclo, portanto forma i nforme, specto in · lvel:
ctap · o totaJ men e niio defe min_ado . "tana,lvc:t, fora de tod n ação p ra um teflcxllo b stard " - sensível,
inscnsivel, pensável. impensável. Apor()talOII, s r:rlativam~tc intralá-
Tal não é o c:iso d g~néSC efetiva, do devindo no mundo, mlato do v-el: o o sentimos o ospaço 1 di Pla1à , e no entanto o toe.imos (haplon);
evindo a~l -a indetc mmid de. ~iron dirâ Platão em Fil~b~ - e de º-"· n6$ o tocam , mas não 00m mão. , m s p or uma reílex basta d ;
do atf - de de terminld de, p,:raJ -. port ato sompre. ujeilo a formas, a a renexão bllsta da dirige-ie II al.go que pa rticlp do in cll lvcl, que ê
relações raciona· " a medida cm que so era ive l" (32 b), a determi- inoorruplfvc , q e ê um a neor:ssidade absolul - b d numa \'i o " 00•
oaçõ par iaj&. ê entre cst, qu é preciso cont r o cempo do mundo; mo cm sonho". AporaUJton, cíel vamcnte - e iuo umlo m quan to ao
e este é aparent o com a gaaeso r su mobílld de (o ue, afad· uma rncsmo l-empo 4 piecis separá• o de, qu1 "al" se oootr-a e que " I" se
vei, si nifica vcrd dciramente! ind term nacâo), ele lla ra-representa- p3s s, e que cst para o não pod ver<I dcira cnté ser feita, (Timtu,
r-imaac;ns, por ua inoherabilid glob 1, po ua r, p çio clica Sa- 2.e).
(po r oe ele ê ~!U!ncialm vnte 'cUco). port nto por ua qu.tsc:-idcntidade Abramos aqui um parênteses uiplo. Em primeiro J ar, ta sepata-
própri , a e ternid d atemporaJ idade. cuja marca ll.$$Lm imprime no bilidadc•insc-p r ilidade do Re~ táculo (d«ltome,u111, 50 b) e "do q ue''
m undo e no ôcvir er~vo, aqui i mbim nos IJmitcs d possfvi:I (37 d); "i- al eilitc 1 r uha na fisJca c-ontemporlne-a. e relatividade geral: a mat6-
m a em mó ·cl da eterllidade ... da eternidade imóvel que permanece no ria-enc la "e' r t ura I l do espaço- empo e, po r oulro lado, as
um, imagem eterna evoluindo segundo o mero". O tempo é lma cm- proprlcdade.s glob3j do e · o-tempo "d~endem" da q Olidade de
figurn do não-tempo: em c:crto .scnlldo, q ndo se rccobr dÕ ~paoto, e mat ia-ener I que " ntêm". Em 5 ndo Ju r-, é impossfvel vitar a
afasta da aporia, e quer d /ter ai uma e I a ar peito, a fllosofia (e a ciên- pro lmaçAo entre a choro platõnica vislve1 c:o mo em sonho, paniclpan-
cia), no fündo, nunc fala de modo diferente. do do senslvcl e do loteli lvel, m as iio cndo nem um nem outro, form
O tem po ê o q ue permite ou reafiz o lta dom mo: o f iode que info rme - e o que Kan d ir das formas p uras da lnuúçio, e5paço e tem~
essa volta e,ra pensada com lnalterávcl emtcr lcli do devir (co mo po. Mu Ka I crcditA pode eparar e llS rormas, n\10 somente de
cosm Jogias ntig ~ ma tarnb~m e m certas soluçõ de cquaç·cs da todo e n teúdo p rt'c lar, mas de urn conf do qualquer; ele creditar-:\
relativi dade Bcral) ou simplesmentç como repeti o na e pela determin • poder um ço e u m ◄empo, nio conec do n""'1 (nem mesmo
ção causa.J. não al4era DBd de e scoci 1. Em quc, en tão, ciclos que ae pu figuras , ou ja um cspa e um te po como ,I!llra sibílld de
repetem ão outr s? E · não podem er dit outros 011· medid cm que da difere-o ~sido ldfnt , ou pul"il pr o da d1fmnça a p-artlr de
e lAo num "ou tro tempo", porque o tcntpq é e é t1m esd u m de.~ses ci,. o:ada - o que provoca de fatÕ, rno veremo , num astame, a i.mpossibi-
cios, ele só é "prop ledade fo 1", çomo tam bém, ali , sua 'itr~versiblU· lld de de ma v~rdadei disllnção trc o paço e o lcmp , é as.sitn q ue
dade" (minha mo e n~tc ciclo pruedt me na cim CJ1 to no cic:lo scguln• n seguindo A ristóte Q, coloca que represe tamos tempo pelo p ro
te). o o-tempo, jsto é, linha; He ~1 eontfnua Ni n<J mcsm mln bo. ' ta
Em que, a mbém, podemos bolecer um dffffc · css n i· I entre sep o - epar . o da. temporalidade e (Í() ue é razendo ser a t p o-
o tem po e "c,paço"'? ão someote o tempo - Jte uimpo - p upõe o ralid de; alltridade - produto de um· 11bst r· ç'o n litica, reflexiva e
"espaQO" cnqu nl o c{rcºulo, enqu nto irn em e mo ta 1(um im gcm só ndária , ê dcíato [mpos h·el. l;.m terccí11 lugar, utilid de du C()nsi-
p e cxi tir no aíast:tmeta e no pa ~mento e unidade do que • espa- der çõcs ur: .se seguem sc perocberá melhor se idéi1' que as gu. 11 ó enun-
do. cen ua nto imagem de - portanlo ,iunra rela <10 e aquilo d que ci da de dr: ngor , Só e is~e tempo essenci 1, tempo irredutlvd a uma
é lmagem; m ele ~ ~spaço n med da em que n da aqui pcrmile distln• "e,-. c:latidad ., cr aJguer, tempo que não sej simples referencial de rc-
gulr o modo d eo-patticipa -o de su:i part o u mo c:ntos d modo de conhccimen lo, se e na medida cm que h · eme1ganci II alte dade d.i-
c:o-p rticlp das p rtes u pontos do paço. 1.lal, cri :io bsolut -i$loé, na med i · cm queoquecmerge n-ocstá, 10
P ol o que ó o ~p ço'! Peruâ Y rnos q ue PI · o j d " ra tÜd o que
tinh dizer, q~ ttdo de repcme, após um lon o desenvot.... imetilo e ap .
a C()nfôeçio o mundo (Tímeu 28-d-4 e). e lo para. volt.a p11 trás e c;onsta-
2S Aristôrcle. fúlro, 1 . 10 • 14, " nneme l l9 b l f>-2S, 22(1 9-21 a 13,co
t.a Q e~ prcci5q reco eçs r tu do, relam. r de m is e ma a dl vi ~o. colo- • ~alJIJJtlJ Il i. 6. 4JO b(i-14 Ka.nl, Cn"iíra1dar4140 .P"'P , 6 b. Vertombl o texi rigo-
r ue i!lém do ndo $<:mptc e o devindo sempre e i te um T e-r Iro: a roso J Ja.-quc Dorricb ~oia , tm,,,,.,r, i,i MarR, d, la ('ltila1!'f"II4-. 1912., p. Jl 7
224
que ê, ~j:a "logi amcnte" u como "v r : lida c",.if1 const ituído, em que ccs • o não serr po1 deli iç-ão, eo n •l)03SÍvets, niiu haveria o di crente,
n o e tualiz 1t;.io e possive· pttdcterminad (a di~tir,~.ão da po ência. Mais pr«i:laftmcatc; ô h veria cntiio dife~rl na nl dida ertl que, "em
·e do ato t apcnu maneir mai sutil e ma' p ri nda primir o l lgum lugar" - n iospeçç~io <:um•· tad r rc cnd nal1 '. o u no Em
po), ~tt nto, que o temp<i n o é simpJ<i. mente e ~omentc in- ida co si:-rv c;io id, 1d tr n rttdo - o Plur; 1qvc só lerh sido lt u -
determinação, mas ap redm to de dc:tc-ml.in oõ ou mcltlQr, e for- do-po;t lomado na 11ind11) s ue ão, p desse r r:-am•posto, co111-
mas-fl uras-imagen,~ddé outras, tempo é uto-aJtc:r u. daquilo que prccndido, :u.1amm"~irse1tt. A P'-'ra succssào nuncr1 foi pensa a, e oâo
é; q Ué 6 é na mcdldu em que ealâ p,or..H!r. Nc mcdid t da s.cpar ção pod(rle. nunca &•lo, de ou tra maneir que rsl com modalidade d:i
do tempo e: daquilo ue f revela-se reíleJt.l a, anaUtic , seeund ri - ldi:n• ct>-exis,~cla dÔs té:nn de uma 6tlo. Um f pos ~, ind.a e çmprc req c-
tlttrio. E é oomo esse temp , tempo de lt.eraçio--aheridade, que te 10$ rido, por<1t1e o 1opos i isso mes o, que haja iden tld de do di(ercnu~, co•
que pensar a hiJtória. pert.;:ncer do Plural, un[dadc d.tu ·parac;ões, tudo, s.o scmpi"f! es ndo ·
PlaLâo coloce um chor , una ··espaço", e mo se 11r vd-lnse r · vef (dito} q 11ndo o diforc:ntç, o Plural , .i separ· ç oê(dit.i). -E, certllmente,
do que nçJc eidosenvolvç, Est choro, ela própri,1f!ldq$, cnd semprein- inver: a emc. o '· tt:mpQ" como 'ordem d~s cessõ "parr4"e requerido-
co ruptlvc:f, diferente da tê e~c que ela "recebe", ele só a refürç aqui ao , e~te refcrenci· I, 6 é requ(:rido - pa p~rmitlt di(cr nça dr s do
devindo on fvel,. â gc: efetiva, q ue é "ao " uodo . f . como não
gcneraJrz r e tadk.a.lêutr ta idéia? O próprio Pliu· o se c1'prime de ma-
nei ru am blgui a ale respeito: u • •• dizcn os que é nccessá rio que odo ser
n o sofreu oen bum a •• ullétaç o .. , pcl fato • qu.c ~•~t
ldc:nt~ a "mcam"" ooiss a· o t mais exatamente a mc:3ma, mesmo e

po. a cm q e então t outro tem o é wtr<l? Ri oro mco1e fal ndo.


nw11 u ro tcrn~

(lo o.rr {lpç11) esteja t:m algum lq r (pm1). num cert o lu r étJ t tJi topo'j e cst mos ainda aqui no "sonho" de que Cala Pla o. io podem<n pcns r
ocup nd-o um dctennlnado esp ço (t horatt Iria}. C' que o q e não é na ter• o tempo, se n~o n dcsva»çifhamos de uma ce t man 'ra - a m ncirt1
ta ou. em afgwn lugar no eu tt o é nada" (Tlnrlu, .S1b). o e ·ué. certa. berd da - de pens· r sor. 1sto é, d coloc:1r o~, çomo detcrmirudadé.
mente, aqui. o mundo; mu todó r, er deve ser em ''algum ugar" , T d ão é ob lutament verdade q1,1.e o tempo seja ncces-s.iiri para "Impedir
ser excluiria então o que é v,etdadeir~rnc ~ • o e prc sendo? Pia\' o fala qtte tudo aoo l a mca-mo te1 po". p rque se tudo éj d do (3indn
cm ouuo.s diãlo do "log· r pracelcstc" (hyperosmmltJS topo omlecs- e.
que idealmente:), e tudo e certo sentido ...adq 1rldo" c:m a i um h.1-
t.ãó Idéias. ,et foras pQrnc:u, como dirá e Aristóte e.(/ Mas gar, tudo pod acontecer "at) m esmo t mpo" - e talve1. Ludo aco nteça
m Q hâ in tellgl el. eidós u exist11 se.m relaçã<J ~ 11t• •• • como o mostr .. neste momcn,o n1i:smo" ao esmo tcrn o, mas lmplc:smen lc ,m outro
fofista. ~ um el(/qs implica nc:ces damente N r "c-0m", "diante de .", lugar· e w re, cl ludo j aconteceu ao m 10 tem o, e este, desde tm•
• o ost.a a..!' outro ~idos; e o topo.r. o lugar, quer sc;ja çelestc, upr cc: • P"• ft»'· do tempo. Ê fat I no reíere.nd l b1mfado que n· o haj vcrtladei,
,e, ou "idea.1" com n:íé1'ilncia a isto. e S-O é i so mesmo, tel"-numa- ro lugar p ril o tcmp<i ou q e o tempo não p a rer vcrdad mcnto lu-
rc:1 ç. o.com.~. ser., n-: O.. paço" e o "l gar", a clwra e o t o(J().r, sao o ar { ç:t) orque, 'prec:1 • 1ncn1~ do· os buscar n, lugar par~ o ler ·
r n ordem das cocidstên ias, se q eremo-s fal , ç mo Leibniz. e esta po. um lupr ontológico detcrminodo aa determinid de daq u1lo que é por-
própria ordem . l\. te intc:Ji ível se nio e em e por uma ordem t cocxis- lan o ue o ,empo sô ~ ·a um modo do lug r. enhu m lil.e uturn sobre a
tênel· . t necessário um 'COS'paç • um "dimensionalidade'' e os ddi "tcmP?r111id de .. ou a-o n: G "epocafidide do Srt .. poder modífícu isso,
d~ •m pode-r e:s.1 r juntos, ao mes o temp , amo -e elcsdev-çm poder~- enQ nto o SC'T for pu1sado d ntl'Q dom mo h ri onl da deiermínida•
ta 1\ Rím. porque n· ,0 podem St!r uns se os outros. porque 6 · o em e: de e do s-empn! a-temporal, como um l•m~ ,nr> indubitável, ttlbsr, isto~.
por es!.a rela<: o. O topos e t:i necc s ri amen te irnpll do dcsd que e l te. ainda e c:rnp-i-e o rno pe sa a Plat· : auto, at! kara wuta.
m is do que U,n - qunlquer q_ue seju. u a1urez.a, :s.u -tllncia, onsistc:aei· e lA!mpo não i auto-en eodrame:nto da alterid de abso lu.ta, ac
{. ndvel, intcH ll/el ou oulr:l) desse mais . O topos u e/tora é po I ff. não ê cria ão ontoJógie aquilo pelo qu.i.l existe o o troe 11-âo simples•
ade prim ra do PI.uni!. (E evidentemente o sunplcs pen mcnt do m mente o idêntico, ob a Conn::1. então ncoe.ssl\ri mente exterior da diferen•
deve CJIC luir ·o 1opo.r: Parmmidcs), e senti o ele é aquilo que permite • . e o tempo nifo é i~. ent!io o tempo é s,~rjluó, repeti o na ciaíci•
i rH-idade do diferente (e o vc-rctnos dentro d um instance, a dife• dade ou .simples ilusão de "esplr to finit ", o menos mod lização
ren do idêntk ,j que f\inda o e.o-pertencer últi mo de lodo os di(creo• privilégio de uma r:lrom rig,iniirla de que o "esp ço1 • .s.cria penas
, uaisqucr q 11c ejam • . difcrc:nÇQ : diferir (di -pfl ro),.: d slocor, uma ou rn moda]i ção. Mai que ~upérílu , ele é ncfa 10 se assim po e•
fl'(JIU•portar, diferir é ainda rcfttir ll .. ,, !l'llr·&ll do, ou -r,nlncmfo u m s diz.cr e como j . e dj ln tcrmin.t lmc::ote). Pois c::st. ídéi11 de que
•Mom do ( •r,cnde do d3s escol· ) Ju,110. p rtanto nn unidade d um ~1, su · tindo abs uu1men1 idêntico n sJ mt:1Smv, 11~0 t ma í~ ..e1'cita-
pac;amento u de um di. nciamcnl . mentç" idêntico a i mesmo simplesmt'flte porque existe "num 011 to tem-
orno podcri existir o dlr tentC', se n o houve~ lugar. Mpl)S? P • po'". ou puro n- senso (e de sem re, foat~ i11umerávcl de p0racl.o-
derla ele ,ri•r e pel " rdem s uccss.õc:s''? Mas o ter, os de urna su- J(ó ttio imedi:itos qu oto in olüvc:i rto pc-nsarn nto i c:ntitário)j ou só
2 6 227
adqu re sua aparência de scf\tido ~•a
coloçação c m relação - pelo "cm"
.. cm m outr lcmp " - de A e-om I uma coisa que eo•c1dste com ele:
([lferenus pelo que tles n.6o Jâo - seu lugar'. D, r•JC a li bã como figura d o
1c:mpo. ! contundir a. diferença (cspacíaJ) e 3 ahcridad4 (temporal). os
nrmra rei o outra (q lquct que sej o seu t ipo) q e n"o a h vid 110 pon o.s de uma linho siio fa( c:io sa1 ente colocad ! <:0mo out ro e n o
" p:ri · r o tempo'' or eÃemplo. um rclóaio cujos ponteiros est o n-um;i simplesmente dife~ntes., por ue já me ou o tem oom o aquilo que
outra. posiçdQ). Mas tanto to<l<J. esses em como · c.omp r o (corn- se d0$env lve o exame ou o traçado da lin ha. 1 o implica que me dei já
paréncia, co11-aru&ncia) assim lmpU<:ada entre i tuacã.o de "dtpo1s" e a plenamente o q e p de di$tl!1 uir um li nha "tem por l" e urn Unha '1 es,.
ituação de "anl1:S" ·á itvaram todas s COMidera õe nn chora [dcal pacia l". M e~11 possibilidade é ílu 6ria, a não er que o tempo como 1
uc as to ma p tvc· é lhes pcnnit iria , L \Ycz., ur" e 'rBiS" dispon. jll me t enha sido -do, e el me ê dado pela a lteridad~. pelo fa lo de apare~
do $1.13 C'O--Cl(Í$1!ncta lógJca e a-tempo I oom o eo- is tênc:ia nc~ ' ria, - ocr do outro. 1 ão hã , pois, tempo "pu ro••. cp,u~vcl <l o uc se fu ser
isto é, como dcterml njdade absoluu de Slilas determinações rcclproqi.s. pelo cmpo, fatendo ser o tompo. Mais eu mente: o esquema "puro'
De nad· vaJe cr:it"car a "espacialltação" do te p<>, sua "r~ução â do em po ~ •O csquem II da altcr3çf o cuenci 1· de um a figur , ·o esquema
ext.en · o ', $C mante.mo as determ inações tradkionais do s11r - isto li, o ue presentifica a ptura e a pressão de uma figura pelaemer~ e a de
ser como d.t!lermin d de. Pols. det.de q1.1eo r foi pen a wmo detcnni- uma (outra) fl&u ra . Como tal, ele t independente de.toda figura parti u-
nkiadc. e le neccm1.rl cnc1ito foi tamb~m pensado e o a-temporalidade. lar. mas n.io de uma flgura qutJlqu , . O te:mpo, <:orno "d1mens!Q" do
Toda tcrnpor !idade s6 pode ser, desde e.n~o, modalida e secundária~ imagjnârio radical (portante. como di rnCflmó tanto da imaginaçã radi-
derlv da; s uoica questão que subsiste (e tortYra .a f1I fia ao lon o de ca.l do $.Ujeito coqu 1no :ni:jci to Q)mo do imaginãrio s 11l•hi, órico) é
sua história) ta pcmibtlidade de de miinaçôes dffcTente niio .anui. ndo ~orgànc a de figur ou tras (e e ccialmente. de ••image s' ' para() S'Õei-
a idl!nlid de, pott Jlto, do Ph,1 ai~ e para q e to seja (penS$Vel) é occes- to, de eldl social-histórlcas in tituiçôe.$ é $ia:i,iflcaçõe,.s intaginári s so-
SÁrio e basta que haja hora ou Espia m to originário cm e po que a
ciais para a e:lcdadc). aJteridade--allen.ção de ti u:ras e 56 6, o~ín4•
pode aer detcrm l11 do o que t o o d«c;rminidade (quço que tscja e/dos. ra e uclcann e, isso. - Esas fig uru ·o outras, não medi,arite o que-
owfa o u " mat6rl ", etc. ~ rlaorosamcote in lfcrcate). ob sua forma das n&, âo (seu " lugar' no tempo), mas mc«;lianteo qlle eJ s :a""o; elas ilo
mais ·•eleme tar•·. mais absl.TTlt , ma s ti:Ua . esta põ$Sibilidade é ~gul.ad;i Qutns a rnedida em e rompen,-a d crminlcf,adc, em q não 'P dem
pel "c.spa " puro que 11 da mais é do que o segui n to milogre: os pon to.s ser detcnninada.s. na medid a em que o são, a partfr dc detettninaç qw:
x e y io dJfetentes scrn q·uc rrada direren,eJe um do out r , e1toeto "seu lu- lhes sã<> ◄ -~t erlorc," ou Ih vêm de 41/Jrures.
g ,·•. Mas 4.a pOS$lb tidade: d ,ds'tência do cllfeténtc, e a o e-m O rà, ó e tn <ietcrn,in ç~o como tenor oo v ndo de slllure.s que é
cla implica to requetid .s cm tod:i pá te. Seu lembr.i.nças são, num sen- d fcrença, es~ ientidQ, iim ~aço "puro"~. do pooto de vist reflexivo
tido quaJquer, adquirlda.s, - C11tão ~ mem6ria é u lr'1Jar. u topo-sonde e anatltico, ncoc:ssidade do pensame 10 e de su:t operaç6ts • ais ele-
ena pluralid94c de lembr nç;is pod e-existir sem que ma ~xpul:se o met\tart!. Pa peruar 6 preciso podet e plar o mesmo oomQ diferente, e
d ~tua a oYt.ra (como llás ela, ln.contes ave[n, te, o ê 10:mh/m), E o reciprocamente; poder por ejemplo, ite1YJrou npe1ir, reter como plural e
fato de que não pMSamos medir es e topos com um c:eotfmctro o impede difcrcnr1:1 o um abs.olut Cllté id&:ttico a que se ure e". ~ uta possi-
tão po c:o de ser o, quanto a impo lb tidade de medlr as distAn as e a bOJd de ·qu.e fornect o ~paço "puro", P.OSslbllidade para o "mesmo''
proximidade d;is p ropc»iç • s matem Miça.s as jmpcdc de estarem Jun tas ponto de ser difere te se cstã hu do "cm out.r ó lugar": n.i;ue sentido,
nesta du,ra, neste topos da mttemát·ca q elas ía.z ser scnd "verda- rcfloxivamcote, o espoQo preexiste figura, 6 eu a priori. Nada de taJ
deiras" - Isto ,é, m n tendo entre elas uma "ordem de c 'stcncia de r- p .o tempo, que nlo aeria no.da se ro,sC\ simples síbllldeck de itera...
minad11 e necessãria", que le os "'su ~etivtamCfltc" co uma orde de ção da wa tico . Um e p#ÇO "vazio" 6 u m problema 16 ico e ffi,oo; um
sucessão de d cm n ,ações. :a tempo ..v11zio" é um a . urdo- ou cntíl é ó um nome particola.ratriboI-
Só pode haver tempo se b emerget,da do outro, do que de n flhWD do, n-o sabem os porque, a um ll dimensão e,p.iclal. Q e $e a o tempo se
maneira 6 (/ado com com o uc !, não forma unida ~com este. O t po e 6 houvesse o mesmo1 Se upr toogo"' um <JU drado ,ou u drcolo do
emerg.ência de ft ras outr 1. Os pon to, do uma linh nfiodo ournu; slio p an num p,araldep(pedo ou num dllod ro rnfinitM, SC< on ão os ~itero
i atermin.1vclmentc nu.m~ d i:mens o adlcfo oal. tenh o redsame.nte apenas
Uffl3 dünensão cspsc:-i I adfoional~ ntinuo Íaiffld0 gcomctr . Igual•
meot , e e tiro "a ttfo do mundo" ogundo uma Q\IIU'ta dim a.o. çS~
6. Palllllcfo àcs ,11.QOCtn:las r11.1tcm,u pu,qens que n,o..qc, . t ria faiendo a geomctri dé urna h1pcrC$fera cm R •. Até mesmo í1rica
inicie to !ai colf\ o t m.,o. pQ o o, Qt lo d ivino, ó a lia. as 11,.v nam não pode pennancctr ai.
i1tSta111c, o q 11~ Eo esmo que dl:tat q cio lbjn e pr t• para tcd '. /)jálD80 s,abr,r
os 11 r,rau,n's # lf!MIU da;,,t,,wio. Op~;;. • f, V il , p. 1 3: cho ,.<\.\exaru;lreKo,", 6,- O espaço " puro" é a possi bilidA da diferença na mecüda otn que é
ttui~, (Q'/I(áNJt.S, t 66, a condição da rcpl'ltl ão do mesmo oo-mo di ferent.:, ~to é d a luracdo - r
228
pe ·çu-O :1-tempo,.if, no se., 1pr •, 11;,i, da paci.i lt cfade ou da ~~xl~tcncia Eê,,inda esse "c:5 ,. ço" primoTdi. l quecn emjo oqu, ndo OC.lC is-
ou d.1 e ,n-posição. So sua for 11 m L~ cleméntar. dei: a ullo quo con- l t ILko é penscid mor cioraallt vcl. É a· leque se rcrerc impl i<:it:1-
(._-éde a po i II dadc de afi rm · 1 QU de ·•ver") que os ponlu e>' s • lló mwtc Oern rito. qun(ldo p OSJl poder fazer o m111'1do com ·ítomos e a-
mesmo l~mp . mesmo n rn dida em que nada de inlrln. cc-o os di . . zio: ;;s dífenmças percebidas tornam• rranJ diferentes de átom "q e
tin uc) e difcr•ntes (em e por se c:spa~aine1110}. Como wl de é pressu. nad dífcrcnc;l , n!io s gu posiçã . t mhém a eh: 11lnda que s rcfer
posto") icamcntc" (e n o "psicolog'c ,nente"} pela 16 íca e a matemli~ PI úio e I ndo q1,1c · diferença de "t!lemento "é a dií I',!nça dos p lic-
tics, porque ' 6 pr uposto pel lesein m11i elenic lar. P rg que: h.aja dt ~ recul11rd;; ou ll Fsica ocidental d~e 1ccãnit. cláss1 · t.é pesq 1i•
s l{lfO é pre · o que o diférente seja id" tic que o idé111ié • c-ja difere u ;1 QQJ\lempor;ul dos qu· r s.
ou p ·a diferenciar- e, multiplicar-se, plur llzar-se sem deixar de ser o
m mo; a e a .,,o o mesmQ iade dentem te d s I r,es du págln em
que estão. E o n o signo - lctr.1 , u íoaema - se nâo pode plur 117. r~i:. em.p e cri1(;Ãt1
ser ilerada, e li.e tt· o pode tom r• ''diferente" (toma "valores" (iiicr-c •
e.s) p,i:rman ndo m mn e sim le. m nte esta ndo numa oulr ..p s·- O llmlflO - no •~1tido que d mos aqui .io te o, o tempo :on10 altc•
çã ": o dois "J ·' d n M ro " l l " adq ui tem sua difi:; e:nça em sua "me~- rld de-alter - o - mplic;a ccr1amcntc o e. paço. jft ue é cm ênci, deji-
midade•• or seu h,gar. gUl'aS cmu·as e a f1 ura, o Plural ordenQdo o u m• imamc1Uc Jomwdo.
O espaço é 11 po . .·ibifid de d dlf'i ença do mesm< com o mesm , pr upõe Q cs çamento. M dizer q e figuras ão outrM (~ n o s_i m•
se que nada cxistc, ~ que é (pc;n~do} deve ,~r (pc s do) oba for- p lesmenLe diíererm:s) só tem entido se de Jguro maneirn ri.gur.i B não
m ôa dif'ercnea do lCS-mo com o mt mo, é pr«iso é basta que haj.i pa• po de provir e vm :1 dispo i Ao difer~nte da figu a A. - e-0mo cl rc ul o,
ço ou p~çamen o orlginõ.rio. Todo s_i tema "ri.gorosamenlc ló o" eli , hipêrl>ok, arâbohl ~rovêm uma da 011 a, e portanlo,siio <1s mes•
iat ê Ide ntitário, i t etautol gi<», ô, cnqu 11lo t I e ud e ~r so.' nws pontos cm d"ISJ)OSiç&s d1íereot cm º"l av , que nenhuma lei
mente ' o, encialmenle .. p cia l". Se c1s ;)temáticas pude !tem ser ou grupo de l~i identilári ueja suficiente para pnxluzir B 11 pa lir de A.
int ni lmçJllà íorma lizad e fech das sob e i me. mas - o q ~ cJu o .o Se pfefere : dcno mi o Qutras as fi uru neste caso, e somente. neste c::aso:
podem sencialmeo te r -. críam exatamen e i550. Pois~ disp0nho do no çaso n rá rio 11s i:n mino diíere,tte . E di que o dreulo é diferente
''es ç ", d um ponto. e do opera dor iler ç· o (com o ícfac d do- da e.li se: mas que D v(na Con:Af. a é outro q e não Odlss ·r<J, e a socle-
res ident1 1 tl s que e,lc implíc· condensa) pos e. tabeLcc;cr um ponto: dade e· pl Uillsta outra que n-o: !õcicdadc feudal.
••.' , 1' dois pontos: '· .,", que sig.nifiçn quo tttn ho um lf, b&t() binário no Dizer <111~ 11 figuni B é ouLra que n o ftgu A-significa portonto c:m
qual posso ser; r 1udo (os Eleme,rtos de~ r mátirn dé . Boufb ki, p.timc1 o Jusar, que ela não pode ser dcduzítl , produ,ids, c;.on t rui a me-
bem mo a Ore.ti <1 o Fenome,wJogilJ do 1::sp[r/10 ou e lnterprer ção do~ so- dfantc o uccxi "cm " , impHdlao\l ex licitamcnte, o ueê lo-
nhos). t a matcm1hic fosse apenas m nlpulaç;Ao orgaa.iz.ad de sig- do, lm diata ou m dtatamenl , ºcom" A. 1! dizer que, uando bou-.'Cr
nos, pod rJdo fecha r-se sobN si mesma, enuoci.id se demon tr çõe, se> tirado de todas $ prc:s u $içõc:s implica <XS.. conKqll nciu que A
ri m penes arrnn d s iterações de diferentes orde deste signo ,1nl- 0 e ou lraz c;on!slgo (no Mrnl do de que quase toda a mutcm;itic é dite a
oo": "."'; e as .. n:ira, "que decidem o q o um "cnuncíad l>em formul • ou indiret mente implicnda por 1,2,3, ..,), uptl ·tedo todas i às quais
do" e uma' dcmonstrae • o" s.criam de f to a:p,em,s·as "Forma adrmtld " si: refere e que determinam no seu lí 10 de se 1:cm $CU scr•..c sim, n ilo J?O-
o u " csco[ttidu·• de njos esp d de pontos ou, ~ ptefcrirmos, pOS• derel jamais. a r rrlr de tud i.\so, con 1r ir, edu.:ir, produiir 8 . - Ê o
·uitt, m rcprcsenl çl(o rigorosa ness formas. adi\ dl1.emos de dí- mem,o dizer que, na medkla .cm que B é deicr-tninedo. uas de crm ina-
fer,e.t,te, quondo dlz o ·que a "ve:rlílcação" de um texto integr.llm e õe. não od n l ser elas p tias dct~n iinadas .i partir de etermio· ções
form lizado vem é e ame dc:$$e t to, sseg"U nd<> que signos de de A - portanl , q e são ddetminaçõ ou/Ta ; oa e o ser de 8 n o de•
form a apropriada cm: nr.r.un-se em lu~res propriado , o que r • ulm riYa. do ser de A , que <mquanto cr (fato de s r como u ser-a ~; micro.
em co, statar a congruência de fl c.i as no esp.i por um lrebalh .. de 1- ndo os doi lndis "âvi.:I ), ele v,ern de ,radt, e de mml,rn,i lugar- que ele
um manci,.r m nico .. 11• niio provem. rn que ele advem. - q e é ô cão.
Muito tempo -'lllCS da rormul "4iO dos princfpios <I. conscrv o em
íisica ocidental ( o 11 · rcíutaç o d id · da ' · t:açjo ~ ntAnea" cm b io•
• Jlou,baki • .Ell ~ 14 e rr,,ulrl t ~JtllURJbl~J (19 O►• f logia) ftlosofü\ J avtu 1,: lv~ado q ue a crÍQç.io irnpos~iw:1, IJlle. ~ se
IIOS qvc $0! ltal II iJ.II . 1 1111\ te
pe'Jdl! pensar um cn eco o provi,id() de um ente - rido esta pf() ni~ 1
· nd qaa o eo í> o ca
l)d•• vag.usuc <.IIIQI la, semiólica- a, Qdo C.Cf mimte tambtm ·•material'. ma ahretud<> Hformal' , cidét"ca cs en-
cial lóg' <>-Ôntolôgica), P«1i1u o que é torna-se en1· o fteces • riamcnl~:
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romon1 r su ori&em o seu pr-lncíplo Rcciprocamcate, se este te- men e determinada a artir do ai res e os rnpre alemporal de Deus; cl
ont ré pcns11r. e e lc n.-o deve ri , r su.s nso no ar, e ncc s · rio p rar ocor u de um v pór todas e p ra s~mpre (é r o qu predcst a.
em 11lgum lug11r •. an11r1 i .f tinah est e poni de p rad ê cn1!lo incvnsvcl- çilo, pcc do, lvação, gr ça, qualquer qu seja u lntc.rpretaçí'lo. e que;
menle o t'ldóS (o iste a, u hierarquia de ridf} como a p o,i ao m m o:s ncci te os ou quer os r~ usemo • deYe:m p rmanecar m ér os da fê·
tempo lógiQO e toló ·oo, e como I tra::1endo QOD i o nccassariamen10 p lém dos Jimi s da teologi dita rac:ional). A cri çlio e ntlnuad.a
o peru;e cn o do Qvi, do sempre a- tem por ili o u da •lcmporillidade, p r. st nl 1<:a e $6 pode ifJificar n te referencial, o uporte indis ens'""I
tento I mbém. dll delermin[dade completa sob to dos o poolo~ à vist que o unico scr-iendo vor() dcir , De , concede oorutant nte _os en-
pos,Jvel (o que vi cr a deílnlc;ão" plfr:ila d ''su" por ant). Lon o l 'ados para mante-los neste mun-do de ser menor uc ~ seu e
de po cr perrniú r um c ria~ o ou uma ai cr· cão e si:ociaJ qualquer, um lhe devem; o mundo criado não pedem nter-,e no • ele não 6 oo-
gên ontol?gi (q e é, ncs • s condiç , m is do que incon«b(~cl, tolo camentc :iutárqul , ele apói ao Onico r ao qual " nada li lt
uma contredJ o nos termos), temporalid de ó po ser tão, de - par, existir.". _
ênaa. o enl!io imltaç. o imperfeita da eternidade (Platão), oa melhor A gr v dade e ampfüud.e desta questão ão t I que ~cmo e de-
hipótese i ndctermin cão relativa dos entes rpor Is na medi cm que vem , se ixa r o eixo de nossa preoc p ções, 1 vt-13 pouco mai
~tc:s o sfeta~o. de matüfa C t o t deap lron, Indeterminável), ou de Pi'" Jon e. que dlter das passagc onde I tão finn contrariamente a
umcfa (dunarms o~quanto ncomplcmenta o, p ibllldad dc ser d1i q11e diL sob utros ponto de v· ta e à D 'ção uc imputamo ft toda on-
r ntementc, p rtanlo d!fü::it de cr u sej , de tidoJ), ou de nro ln ,110 , tologia tradicion 1, uc hll ctlação (poiésls e que esta~ "cau do enca-
tr! termo aq , riioros.amente qlHv lente~ jé que da u implic ~ nünbarncnto do nlo r ao er·•. o que "conduz um aã~nte anl ·o
áois outros lt . um " cst" nda'' (outla) lt.erlo r" 7 Q oi podom .sc:r Ômprceodida e
A cri çã , no quadro do pensamento herdado;~ impo vel. e Jnterprc:ta-das C:On'Clamen e a nio ser considerando o que si niftea. aqui,
da teologí só é evidc:ntementc um pseudo-afa_ç ão; d fabricação e te "c□ c m nhar", partir ~ S[UC e p ra q e encam oba. ra, o ç0a e11-
o produç-ão. Podemos discutir intcrm navclmcnte para abcr as "v«- to nlo deixa noohuma dlivid.a a esse o . Plati observ que e
dJlde$ e ttnlls" impõem o u não a Deu . O falo é que um Deus :io qual tuma ~ tri ngir ln cvidame,ntc termo, "criad r" e " · o" (p (ité .
nenhuma "vcrdílde elcra_a" se m pu j ma e a nenhum respeito (por pof_êm) o que é penas um parte da "pol6t:ica" ( que concerne ã "mu-
cm pio, que ele 6 eoquamo e, que eoqu _nto é ele ê nocc llriarnc□ te tal i e à mstfrla"), ~u ndo tod trabalho ·ello uma arte (techné) é a
como é, isto e. Deus: que lhe l lmp fvcl mesmo para ck. não cr, ou beru diz.c:r "po t o•, e o llrtcsios que rcall m do todo "criador "
nu.o ser De s. ou cr ut e-ois qu não Dws, o~ po suir tal atrlb to ex- - poiltai. as em oonslste es-le trabalho, e o q e é um uchnt Em que é
cluído or s II os l:ncia, etc.)é rigor a e uperlativamcnte i mpc □ vd, 6 um artc:aão um artesão, e corno tsl criador'? a medid cm que di a tim
pode e r representa mf tlca e iaefiivel. - " undo" mado é oeces • pedaço inf. one de matêri , us fí rms. seu 1fd<M {e aqu pode os ut)ljzar
rlamc:ote criado, ainda que como cíafto ncoessárío d ncccss ria es. ê eia indlfcre□ tcmc te e lingu om de P]atiio de ArlstóuJcs, porque 'stó•
de cu e, anquan to a e produto de Deus ele é nc - 11ri11.mcnte tal rol li cJ1te l'e$peito pe □ as pr ·sa e de.sen olvc uo cxlltmo o pc:nsamcn-
como é em seu ser-ass im> . A próp ia cr açAo é pre c term inac!A e total- 10 e
Platão). este eldo:r. esta f. rma que faz e que madeira $eJ a
me , o bronz~ está ua, li t vaso. Or-a, o bronzo é bron2c qualq er que
scj u form • mas• estalU ó é e Latua, como tâtua, por s1.1a forma;
26 eo om (1111:fat) " ;i parti, se com.a oe de c1111llcçe- • seu so e tilu , sua !nds, seu eidos. Dizer, p rtllnlo, que criamos a
J\:rl e ~ . M~1i>físJu,., , 1.
29. COIJ),O Sa OS, AM$1Ót.l9 de o e o lnn orim to iegu do o cstãtua (o□ tol icamonte) .só lCrn t_ido dàcm (o qu e é erdade,
• .... (l'IT)'S. , (V, 2 19 b 1-2-: c-J. o - cntdcquia d· pelo meno!. P1l o esculto r q não copia outra des$a) que cria os o i-
q · iamct1t• "'entelçqllia d do:r desta e,tãtua, ue criamos e/dos. SófazernOJ ser es 1hua como cst6•
o ctc,) e ci", ptta :acb tua e oo mo e la estâtu se Inventamos. írnapnamos. se tabelc~em a
to ll 7- " 01 <>mcm
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Philp • 84 po
~flça de e :a (i · 31. B •ti <" 205 • Sqfl i 219 b. 26 t>-266 d ,
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pari t de n d11,. u e1dor. se im rlmi os a um c:tfaQO de bronze um ~idos contf r.J• .aqui ainda n:1 fronteira ou a i · da írontcir· do ns11meato gre•
j · d do. só f~mos rop ir o que, ~scncralmente, enq aol es cnçia- -~ocidental. e ai umas de suas formul~ções sobre a 1 (lrtté pot1em · ln•
tfdo , j t va J, n· o crÍllPlos nada, imil mos.prodtnlmos, ln~rsamcn. terp laclas com co)ocan cm causa o CQnjuoto do 4ldifi io; m s, naaJ-
1e, se ••fvb icam0$" um 0 111ro tdd ,. íav: os mai o que ••produrir", m~n e, ele: não dirá outrn coiaJl. A ar e criodo a por e oléncia. a que
crlAmr,s. A roda Que ~ra cm tomo de um ·xo 6 urrio cri ç~o ontol ca como bservava P l.atão, rmln por .onopoliztt o term polésis, a
absolut ; ela oi m · , ola pes• ontolo r;11.mente mais do que pesaria um pocsi· t! ,1 lJ1lgêdí.· . · crâ t mbém dclir:1idt1 por e como lmuaçâo " ·
nova galãxi surgind de mJ<l aman ~ à noite en T-c . Vta Uctea e An- UrJca :caba.ri mos de e: plicitare enumc · , a. conseq ,ncias d~ t
dtõmc • Porqu~ já h6 ou11ui de galáxl - mas quem in cn 11 rocJ. , posição funds.mcnwt; em certo san ido, qi.ta t: tudo que pen ·t hoje o Oci•
ou um i no cscnc • não l hava e nao rcpctill nada. d~ntc, i clu~i em i;cus dlscur os ai apan:ntcmc:n e " ubvenivo, •,
Ora, C$lA cria~· o do tidM no e pel (azc,r ocint-b stórioo q e prc» ~ dela d rrc, cst, ligado a ela, só ad ulte sen.tido rc(crldo d , O
pO< a cxist~nci do artesiio, por exem·plo, o f lO de que rtcsào $Ó pode exempl que mai nos intcrts a 1: fornecido pcla ocultação do imag.in4ri
ser artcs·o criando um e/dos o u Imita do um eid que foi criado por um e do social•hÍ$tórico diri8,id cmpre pel deneg o da cri ç!lo, pela oe-
outro artesio (ou, num outro domlnlo. que instituição da polis n'o im1• oci;sldadc de reduzir a q,i lqucr preço a h-iatória à repetição e d<: aprcstn~
1~ nem rc:petc n a, mas éctlaçào dceldru), sofr~ um cné b ·mcnto lotai, w ln própria e,r,etiçâo :i par ir de um ai ures - fi ·co, lógioo ou onlo·
é excJ icla de toda Có ide!'açào no pcmamento herdado, desde Platão e lógico. AS$im, Heidegger e os "maul t- " se CJJc tram curlosamen~
Ari tótclc~, e depois dd por rod a filosofia ocidcnc 1 "· E qué ela dcs- (cm parêncfa) quan o so cema da ''prodi,çfo" - cujo ntido, n'o entanto
1ruiri de crnuntdade do l!r e a idê,la do 5et como dcterminidnõc, q e é claro (pro.duçen, Jier rbrlngen col0<:ar adianto, íaz.er vir diante), só
deve n~arlameote ~ansacionar- e cm imuta ilidadc, inalter· bílldadc po<lc cr pr~samffltc aquele quo a ,o ntol i hei aeriana tr consigo
dos efdi como tot lidack, · tema e bierarqula fechado e detc:rmin do., c exige: "dcsvcnd· ·r". · colocar-na-írente daqui!o que es.tªva escondido
exduÍndQ que se p am af lntrodnir outr tidt deixa ndo lntactos os m s, é cl rO, já estava a{, Or, t: então cstllY:t escondido o piano no neoll 1-
qve j4 }j se encon ram; e que outros, e p, par ir de nde? P r, ver clara- ~o? e c:uav<1 n . possfvcis do cr: isso afinilic~ quc. 21-uQ ~s!ncia ut ve
mente a situ ç· o não~ nttess rlo disc:uUr sobre origem d e/dos que "'ã at". ssim também Kant dc-nomJnava .. ptodutiva" ll lmagioaçi o,
contempla, Imita -e reproduz o artc:slo err-estre. Basta oonsiderut o que pr-0d utiv e não cri d a. l.>so c::orre:si,ondia perfeitamente · o papel q e
faz o át-adigma de todo .-ttcsão, qude d qual tod r e.são 6 penas ele dcvJ ncceuariamcntc atribuir-lhe: produzir . pTe as ,nesmar fo •
uma pál da 1.m· ç· o, o próprio Demiurgo quando "crêa" isto~ em reali- mas e, QU(\ 5Ó valem na mwicla cm q e reà.lium fUnç,ões dtttttttlNJdos em
dade fabrica ou prodrr. o tnun o. o Tlm<u, de é pro isamente deno Í• e para o conhcdmctHO do dado. ím enfim, cl s necCS1id des deste
nado 1 · nlo dé:mlw-go (fübricanl~ produtor, artesão) quanto poc.t (cria- refc.cnei:al e noma i termin.áv C.O.média de ttros, o "m tcri mo" e r
dor). M poeta, ele na verdade n"oé ab$oluta-m te: cJe •·olha" seu mo• in'>"\l,~ rcgularmi:nte em "idealr " •e o ''ld liS-tt10' ' crn "matermHs,.
ddo (p~radlgma), e confeciona segun~o c=1•c: mo~ele> mundo, qua~ "é mo". Ji illl$trd bundn.ntemente .. pt mei.ra pt-oposiçio; cu g_ora um .
ll0CSS8nWTlfflte un -m de aigu:t'llll coisa" (ananJc: ton.de ton k (#tron 1/,;o- Uuuração da eg nda. Porque. egnndo Kant segundo Heidegger,. (e
M tinas 11inai, 29b); ~r o mundo . · . q uc se dútinga a im•gem d!) de f to segund da a filo.sofin) homem ê um •~ er finho"? (Ignore os
seu paradi rn (ibid). E$te paradl ma é o, vente eterno, inteU lvcl. c<m• o c;aráter estranho desl expressão, vi ·velmcnlé sem scotido - o homem
çlu l11do (pant li, 31b, A criação.do mun pelo De:mi rgo não é cr-J • ~ o um número , e ll o sei o que ini o s.ignific fhra das matemáticas u
cão, não I passagem do □- o-se.r o ser I· e dirí <l pel-0 paradigma ptc- do fY'a tematiz áve - e que sã adqu' um sentid em rc(ctatlçi.a 11, e em
CJ(i tente. ptedetermi ada pelo rid<JS que el imita, epete, re•pr duz. 1: op ó$ição ~m a fanu1.si.i teológi , e sua tradução cm tc::se fllosófiea obre
nu nu cocrêm;i I total <:<nn ttSta v• , o q uc o ofrsta dirá que ..as coi4a5·qu.t h11initu C! • Deus . O horn om "ser llnito" não em run ão dessas
dlttmo:i ser _ro por n ture-.z11 (phy ~l) romm crÍJldas por um orte divino" ··t, na Lidad.:s'' q ~ ião sua mo talíd de sua O ação •~~paço-temporal"
Ih la te lmL; 265 ~); 1l "cria<; o" do m ndo r vi·m efctiv, mente de etc.; falando filo:;oficamentc e m rcs1.uno, o homem é um .. er finito"
11m techné; prcel menl~ no sentido de que e! im ta um modelo. rlstó- porque 11/ • nt'Jo pode criar 114d4. f as crl r o 9ue? C r um mílig,rama de
teles, levtlnc!o ao eiu mo o pe amento de Plat,.o. esse r cito, se 4!.fl-
33. 11 verdade. u rom •Idade e o umb~ ·-,,i . dos fonz,11 et de A · 6~deu. -
) _ C ,t etçàodc K l flll ia,áa 1'11nJ.4od~d~jttfct>r, onde no citlilltllO, oqlilcicm- pçi10 lo c,onatd.iró • • l ■ r>lci f<>cn r 'e"'.;,.. ~ M clln u raspei•<> em outro ·1 1_~r
fifll reoonl,ccid de rac corno ~Tiativll! de do i1n:apnooa,o (no obra de 11ne) Dilo lç1t1 resc ("Tcdlt1lquo", Encyclol)t;dia. Univ ntli l 15, 197 , P- :1 i . Cf, 1&1/Isf.01, JIT,
on1ol6sioo. N o é da r« ,- a umu II u o ~.. cm K.- 41 prabk~, ;Ju m,rajfsf<:a, ob
1-0(í, 1070 a.
cm @fandc pqrte ~QII adll 110 pllJI de lmo in ".Jo cm Ka.nl, HeiiOep~ Bio oc,, ldcr11 a 4, Ver 01<-U lltp mc,t lamit~inqw. • .J\ t( ullo csmu • ~,Jnusnlo
tc"'1; tA rlrlro. a oonda em Vdi'IJ dr, On.tttl~, tr. Cr. in -Qúfit/~ l, l968, · 1.-6 e 1 •
lVUf<'JJ

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mat~r1a, ê disso que se trata de r: to. Quando o homem cria in titui ôeil, alteridade- llcração, n o se pode íe har, num instante qualquer, u.m l'\I•
pocm , música, iriurumeotos, Un uas, - o u cnt moostruosid , e m• pode determln cs ea.scnc;lal.s daquílo uc ~ - e meno ainda, dtur ver•
po de concentração, ele. - e e niio éri ada (e m
mo, e.orno veremos dadeiramentc porq e casas dcterminaç e são tais como lo; em com-
mai diaolc. me que d ). Certune,ite,, tudo illo o t1idé; port .n- pensação t impcri o consider1u o outra aspecto, iguahnentc dcci Ivo da
to, efe e ia eidos, est ldéia é lm só I no refor rtclal herdado . O ti~ q tio, e tamb~m n«cssa.riamente duoonhecido e ocultado na 16& a-
dos ê aklnitori, u v <ladeiras formas s o mutâvci , incorruplfvc· , ine- ontoloJia hctdada : a lr/8 torlcldad~ do pcmsmento e do f112« e nascente.
gcndrável · como que qu rqueseja p dcma cri.á.-la~? N a melhor bjpóte• O ~mpo, par~imcnlo de fi ums o tra , port-llOtO tamMm de cktcrmi-
se. as forma. qu.e homem cria são produçâes, íabri du a partir de ... e o tru. ~ genese l611iço-ootoló ic.a: pens o que 6 como temporal
aundo tal form a-norma. P ort n10 o homem n•o crie eldl; e, não tendo j e ensá~o como fuiendo ser modos de iet (e de peru.a ento) o uc ros,
um "OA cndlmento I uJtivo", como diz Kant, ele níio pod d r• e n in- A ist6ria com tal e o d nvolvimcnto da hi1tórla dJS$0 fornece u a
tui ·o acnslv I o q e ele pensa ou se re r ma (se ima;:ina) ele não f z ilustniçio ofü. nte. O a aroclmcoto d.a história rc:d~ a nnda. ri orosa-
r como ensml ( to ~. com matéria d ct!vl\) o que elo pen ·, ou que ele mcn~ fal rtdo, tudo o que ai uma vez foi dHo so rc o s.tr e as nece»ida-
imagina implesmen1, pensando-o ou in1 n ndo-o. A .. finil de" do ho• des de pco 6-lo; po.-que 1> que é a bistótl nilo I se n atcmOJ ao que pô-
m m significa is o e uni mcnt l o; e e: n o pode fazer e.d llr m de su pe.n do até aq I como sentido · ac.-. f': também uma necessidade
el troo o panir de oad . T o dq o te$lo, (lUC çJ r se.- a partir d n· da, de: vida ou m e para o pensa cDto bcrd do, eliminar de uma forma ou
n o on~ 11 norma do ser, para estes nLôsoíos não m terialista , é om de outra, a lwl6r ia como tll.l - como cllmln r a soe d&de, como eliminar
gr o dé mat~ a imaginaç o e o lmagjnhio. O que pode te.sido dito de verdadeiro e de
feeundo paios m ioccs pen dores, sem re foi dito apesar do q eles
V t mos à ues o d ai eridadc e a u d.e eu s aspc;c. mal:s pen ávam como e. e como p~ vel, não em virtude dl oa de ac o
Importante ainda. O i cr q e liaura B 6 o n o Ji ura A. ao com · o. certa.mente., é n se apear qu e esprim e, t am b~m e atnd
6-0ntído aqui dad a este Ltr o. é dize que B M lmkt(!nnina~o sua ndez •
l!.t ut iaL b 11io signlílca evidentemente que a lndc:termi to-
tal, que tudo oque6 determi n4vel em B deva ur outro que n de- institui !o filosófica ida do t.em po é Portanto instlt-uição d o
tc:nnin vel cm A. ode ha ·r, e de f; prc:, per lstôn is- tempo como lde'!tltdri<T. ela~ lns tui~ão d lcm_po mo dimcns o csp -
tência de QC:Ctas determinaçi>es. A " o' dcst.a.s dc:c.enninaçõcs e: a ciaJ suprao.ume • - e, mal êm. ac:lva de poria.s "r iduais". I=: ela
allrnt ão c;onj de que as . pcrsist lc e • que funda a ln tll'uiç.ã o 1lfica ha itu I do tempo - até o mom ento,
s:lo empn, e sarlamc::nlc açõ "princi p como oje, em que o próprio fazer cicn rrico compromete proíunda•
d i.s' , é a t ílsi d su ocia da owia, lr U• mente. & ta i.oslituiç·o filosólic o tempo é, eJ própri produto e reaü-
rificaç!o lilo$6 n referencial identi ttrlo da L sli U: ill~ 10 da dcpu ç o J6gico-onc lógica da ln -ti t içl ocial-h t6ric:a do
histórica da "oo no sentido ma· te l. ~nhcclmenlo de uma. 1 tempo em uma e s as dim~osoo, dimcn ão do l~el11 e da dem rcaçã
lndcterminaçio eS$encíal crfa dificuldad msuperáveL para a 16g_f • repéiag~) . um vez qu l a dim são foi Integral ot1te submetida âs
on tologia Jdentit.ári orq o implica somente o q tlonamento e igêncºas do/ g~ln l~vadas até seu extremo, isto é. · sexig~ncias d lógi-
do csquom suoc o ncc os aoontoclmentos ·•no" tempo (cau- ca conj unll l •iden ti tá rl .
salidade), mas do grupo d l6g"co-ontol6glcu centra· Este te mpo idcntlt ri o meio hom caco e neutro de ..c:oc:xistl ncl
tegorias) cOJJ'IO rechado, • nte, para n lutar da im- s~vfl • que é cocxist!nc;ia imp . m ente para o O lhar {Th orla) que
po id ~ de um a "dcd s catego ri . A é, pc:lo e: amina ex diante d , . Aqui, ontoloa{a tradicional, lógi , ale-
me se egoria o dcvcn o uscgurar um a cap• m'1ice. e mec4nica, (e a té ) clúsica enconuam 11bsotutameoi e. o
taç eti quilo ente e, m Cilt álog XI• tempo idcntiutrl e istc o ~«nte identitário - e r proca mente, 0 cem-
ge mf do d nquan to los tramento de dcmarc , m po ident it.!i I é penas rc pe1 io inumer-ávc:l (e nwnerocw) de csence,
ou 1 se as silo con:sidc:rada.s como rormas nccc»ã- iden titári os, mprc fdêntic omo ta.is a dife n:nt omenJe por seu u1u-
ria. oi dopo o · que é (ou de sua constituj o), e
não como íon_r1as g 11 , 1c: o tffllpo ~ verdadeiramente
"to ria Lio risrôtdc:, no traia Catr,crl(U , nQq ''dcd 11dib~" ., cra;p ema e an 1u'e&I-
e csl .,, tudo • ~ ecc,sld•dt3 do /g d<J lési m ular, btm . ·a d. o 1k l)ut em. o que rancle>-
/~ ic responda n • que. , iu ••rd Arbat.1 e fliio ao tr tlldo d11
cnlé s, s" d pu l111t1scedeii1•I do a pQt• C'~ rq o d
236
gar", i;omo o disse dmiravdr erHt t stotelcs; "E o presente (ri14n) 6 :;.c:ntc filst6ríoo II nao r no momento de um
num sentido como o m mo e num s~mt d como o nãó•n:,esmo: porq e lu ão. Memio quando, llpt'!re.tl c.n t? ele só faz "consc
ea u ,uo lo é rm um Ul e cm um oul (t'n al/li kai af/ó), el1: 6 difcN:'1• ciedade sô ó ai erando-se sem oe r.
te ( eteron) .. ma 11nquanto o J)TC!cnleéo que é (o pott! on) ele é o ~mo
(to aum)"; '' onquanto ele é límil (dctcrminaçiio, pt! , o pr~tc não é
A Jnsritul ' ■O so~al •li te,mpo
te po, a não set por eomlráriciff ( a/la .tum~bekt!II) , Ült: te.mpo idcntitâ-
rio é lndi pen ávcl pau que haj dctc.rmin ç.·o i~nl cári . t: o presem te Tod ~ s perg nta reapa.rcccm quando co sideram s institul,
idcntitâri que fornece seu , trbmcmo a toda determinld d, é ele que ção soei.ai d tempo. P:i •nos evidente que a in titujçâo d mundQ
pamUe o "m ,
o "ao mesmo tempo", co,prcscneli e o co-perteocrm enti, pcl ocie.dade ev n~ss.aria mente com oruir,como um de seus ·•e m•
t11a '"<>bjctívo" oomo" ubjelivo" , Para afirmar- o principio de identida- ponentcs" ou "dlmcnsõcs", LUl'l,l ostitu· ilo do t· po. M;i.$ tambim é
de, c.caho ncçellsid de do mm, do p~scatc absolut . A. nào pode$cr dife. evidente que C$l. p 6 r evidência é i · rávc da nossa c;xperito ia d
reritc<le A lt<J mesmo momenta e oba mesm rcJaçiio, dlr• -á in crmln - uma vid,1 no interior de uma tcmpor lid t le instituld11 , Ocslll p- ri~oci ,
vclrne:nto. Ne3U marmrnlo, A. 6 A plenamente A e sorne te A . E, para po- como podc;damo sair? Pod o tcrnt3r cxpcrirnél'ltar RU Umitu, e o fa-
der div:r l so, devo estar presente e p,érl de no me mo mome to em zem intc.rmlnavc)mentc. Lan to na dtr-cção ·•empfri "(do tempo com
q~ o digo e em que A e t l como o digo • • "d do natural"), como na "psicoló ' "(do tempo como evidénda lvi-
Mas o icmpo oilo rcdu ' do ~ necc!l.sid dcs de: de a~ açllo e do Je. dà). na "tr11n-sél:dcrital'' ou "ontoJ6gjca' {do tempo oomo condição da
g,in. o tempo verdadeiro. o tempo da alteridade.aJtéraç- o é tcmpO da~- cxpcricncia para m sujeito ·- 11 • 10 dime Qo, elcmc-1\IO, horlz ntc.
p .s o, da emcrgm ·•• d cria o. O prrs,m1<,, o rrun, laqui c:x-plosiio, ci- ou como quise o dizer. do ser) . Ma esta cxpc-ricncia tsc:rnpre probl •
slio, ruptura - a ruptu d que 6 como tal. te enteéçomo orl ia • mática. por razões banlll~. con ecida.~ b • ,nulto tempo. ós não t mos
ção, co,no tt11nsocodc!ncia imanente, oomo fonte, como $Utghtltoto d nunc.i or eltemplo, oc:s dBdo- p ·motd]almonte "naturai.s ', m s
gtnC$~ ntológjca. O que sem n1~m .t'm ute pr,cscmtc, a( n o se mantém, sernp~ d do já elabor dos. Certamente, M!!nh ma ela raçao de X se•
porq_W: e le faz cxplod' r e mo ''tugar" d etmlnado em qrue algo de de- ria poss( cl se X ouo fo elaborável, n;io irouxesse j uma cc:rc org.a.ni•
tcrmmado podetí $implesmcnu~ m.aokr•~, mo co-prcsc-nç d I r• zação; m desta or afli · o única wi ue podemos cada via aftr•
tnlnaçõescornpat!ve• . De $C tempo o temp ocl· l-hlstórico - o tem po mar-, ê ue e!a "se prcst " l I tipo de cJ b raçâô (a saber. a tal ma ncin
que é o soe aJ.hlstór o no mostra a. form mais plena. mah rn r1.: .nt • de ln ·tuir o mundo, ing.lnua ou ~entlfica), até um ceno p<JnlQ - e é css.c
Desse prcsenlc, o pt ente .social-bfat6rico no fotneoe a ilustração ofus,. "u~é um ce rto ponl " (ou sob deter inados pom ~ de vi$t , ou quaffto
cante e parodsuc tod as vezes em que há krupçllo da ocledadc lnsli• o.. qrmte,ms), que é Ioda a qucs ão.
twnte nasoclcd de ínstitulda, autodc:strulç d soc:icdadeco-mo thu.1- Consideremos. por e:x mplo, esse d do esscncinl. ao meamo tempo
da ela socled de co o inst ituinte. isto autocriaç o de uma ou tca ãogênu cic,ntííico, nú Je d aos.sa vivência do tempo e ingreóimte de
cicdadc ín1titufda. Mia não 6 orque quei m tornar m l Laro o qt1c tod in tit.uição ociaJ, que cnçoot SC!U corr pondcntc e u apoio n
dlu:rno. atra~ deste ex:emplo, que deve Pfflsr:u que lSO en-.e e. sias i r- fat "n tur-al" d.a irre~"trdb/Jldadf' d su D.o dos oontc:cime-n1-0s ou íc-
oç e. catecltsmicas fazem .ser o tempo corno histórico, que .n o há rtro- nóme QS. i.s u dado incJubit v v rifi ado undo após se undo por
cad um de ô~ e- a pro pós.ito de L1.1d e que pode os ter a e,c.poriencl.a.
cr II e rl.3mcnte ab ·urd dizer que a irreversibilid.ide do tcnt -O é instl-
tulda, no sentido de que. haver-ia possi ' lid de iw ;i uma wc dadedc alio
J6. Phy , l l~v em consider.i o; el3 não ê in tufda sem fn e- como o homcn5,,
dll lfllfflte o te, po; «wu S(Jmonl 0$ nnlmal ou as cslrel· nio sâo iostl fdqs se íra . ~!a pertence ao
tllçil 1>0 H ' dr.s ptimdro est t 'l:it.ural o qual to4 instituição d soci,eda e deve fat I•
Ir v1ul11. A prc.s ó oogrutooa ou mí!rlte (sob pena de morte levar em consideraçiô, Mas. wm para tudo
rl\idadc. ,tcrnpo~II r mliud ee que pertence a e te tralo, ô~ notamos I go qu a elaboração sodal•
r. <kiuminado • mes o ll&>fC6, l<Jnge. utlg;,
hi.st6ric,.i 6 obr-igad.a a levar em coasider:i. o de um'1 cerra mar, iru, não
ftf, JIO llWIIO,nio pR<mle- que o fotode~n. i mi11i de. ~COBvtl
diícnml fonnu d "prc:, ", 1 :rei em 0111.ro Lt1flut ( n, " absolutam nte"; o que i_gnifi diz.er que u ser-a.:rsérn, p n la.! o,
t!tJQ8marn ) q oe cs1.t O:Q8tÍIK'l8 (1() (por exemplo 1111 o., 1Pftft1 dcdadc,, irr-ntibilldade do temp0 lo, íin11I, in it ufda. Com e(eilo. qu
Arislô clu}o p<ciisupol'lo imf ·lc a vis o -~n1 , se trace dr: um wcicd de ire ica;ou d.t ciência ocidl!l'l l-1 , em seu apri-
da em "" , f • nni ••, há um.a ma. b$0b,tt r
r,rmcrue" - e c.sta dír.woci só podo se<r, n dl 1111,:la ,ero": a verdade d moramc:nl . mais d envolvidos. a elab mção ó! o rlgada absoluto•
lo • º''"~" · . incld!o~i.<I c.1pgcbr' n 1.!.l'lle considerar uma ine cmbllid de local. 1 m dis o, t!l pode.
23 139
como ~m um .grande número de cultur~s conbc,cid e de e mol ,11as li- de ex~riir1cJas por 10 a exper' eia cont~m tamb m º .9~~ ~m da
losóflc-as oo c:ientfftcas, me ulh:it ta lrra"C biJidade I J n m t.c:mpo ''rt«f)lfvidade das I ssões) e todo jul o &Ob~ il s1m11ttude es-
q tomado totalmcnt , é dclieo (onde por oo seg lnce a morte · nto sencial o tc:rmo ide de nilo tct l JCnt l) das "lmpres:sõcs" ffl·
pre ceie qu nto sue e o ll · scimento)· ou coo -la co o ilusória: co n ·- ccbld~s por umas e s seria emplrico ndo tau (de empa5-
d~4 -la como uma imples "probab Idade", ainda que muito srande:; ou .sa r pelo estudo empírico d p lc:ofi ' í citos., etc.). O uc, en-
dizer q l53o não passa de uma rnaneira obrl lóri. de da r o múh - t - o, a cocr~ncJa, ainda qu , de.ss s dJ veru e pc-
p io, ligad a raeter!sti s ma is do •·obs ador" do que do ''ob. va- riênci sua fon, , cnquanc ,10 tempo em geral, ao
dó"' (o que, certamen te remete um cr- . 'm uposta.rncnlc ln ubitl\ve.1 pa r I â.s m mas ca teg mas no .seu ser-a im pleno e
do próprio "obie dor", co oca11do•ll0$ o amente nte a mesma i te con e rt ~ente não s ldé.11tidado 0\1 u simiUtu do "d do", j
roga iio sob outra f. rm ul ão), que, n I per pectiva, o do como t 1 • , ê tudo o que podemos
Ora, do mesmo mod com o r•.soc Ido . eia l n:io se n 'a affe ta dizer. bilrmon ia prê•c:stabcl ida mon dológica '? Ou, então, ~ -
nas propriedad do hum nos enqu nto cre vi os s uado , mas no te de e r contrato ci nsciências COI\ lucm u .:ootralo n-
cr-a im dos h me e d mui erc.s e a diferença dos s os como inslt- to ló · · upo to evl ·mciro) com rome1endo-sc ar
uldo : assim t bém , o qu_e c:incte-riz um· sociedade nll.o é o seu r«:o- nhcccr um na o trfll, ee forma/m enu,
nh~írnento obri atór da lrrcvl!t' 'bi lid de lo a.l do tempo, trivial e se . mas ma1,rialmto111ecornptall co m conscg~m
pre igual mas 5im a m ncir pela qual é$ta irreversibilidade local é nst s.sber ~ o n trnto ê r~J> tado po r cad que . que M;J~
tuld , e lcvad cm coat no representar e no a d.a ocicd de. E'. 1 so 6 eaposLII, a unica conclusâ de o à 1nscln.11ç o
indJ socfjvcl d m ndo de significa ô i m:iainári dcs socicd de em ociat--h· lóricá mel e, mp der, de
eraJ, e.. m · !Yolrtl larmente, do tampo i ;1 inért tot I no qual esse uma ou de ouu t:ira, isa n cmca ou se ~o-
tempo I calmcnle ir~ve lvel e tá mergu lha o . e obre e sa retoro da do rno a compat de n, per h os na mcd1d;i
dado .. natur I" d lrrcversibil dade in tit uic;!o ocial do tempo ue rc- cm que estas tas i c.mpo, 2 o mcs:':" ~lzc:r q e P!rma-
pousará ou n o) a po.s.sibilídade de metem psicose, o retomo do an tepns- oroemos com esrn cnviaJidade: é preciso q e hQJB ansm çilo soas l de
s do n rcc6 •rut. do, e1tis1ência .: a for da agia e seus llmitc , a um: demarca o comum ou coletiva do te mpo.
eventualidade do milagre, ou vi o - com a qwi l o O dento "ci ili -
d~" viveu du ntc milênio - d que ~se t(mpo irrc~rsivel ê apenas um Ret memos mais lC ai , sabemo que~ o mesmo.
minOsculo ()B f tese cm u ma eternidade euj lrrupç~o nn:te tern(')O, i I• o CT. no por-ser, e ()Cial- h i$t6rico. ele ~róp~o ruptur~ do
ncn e a todo ins · te, deve aooli-lo. omo dcdllllr ou lnd 1zjr rudo · o ser e "inatô ncio." da pari I oc1a l-histór1 o t:: 1m9i1nâ•
do dado '"nat r2t" da rreve sibilldade do tempo'! rio saber. ori ln •S crld.1dc que ílgun e fi.
Q e podem agor diz r, se queremos c~perime:ntar os Jimit do gu , anelo e se figu a mo r r e Ogura ndo se e le
rb1trário da irutit • -o ciaJ,-hl tórlc:i. do tempo de um p nto de vist próprio cm :iégU do grau ("tcO~ivamente"), . _
íilosófl - .. ,ran end t al" ou "ontológico' "'! aland ri otosamc:rnte, ~oci l•l1ist6nco ê es 1mcnl ur.is e rchlçao,ck e e m es-
a nada: s o qu_c nada, num li lo.sofía t n ocn cotai. fornece j.l o sas fi uras . omporta su ia tem de como c:naçio; c~o
meio de pen!lcllr um pluralidam de:. sujeilo5. 11 nio er como con 'n ên ·• criação elo ~ lam b-ém tem ,11de, e a c-r m
empiri (a quaJ, liâs, mcsm como tal, perm necc ina 1millM:I. se 1u u:mpQra lidad , tempo ralidade soeis co '
cs outro homeol'I cmplricos de11em cr também consclênc:ias - com o da ecspcc i da vez I icd cu m 1
mo t ra a imposslbilid de irre utlvel do alter ~o na fllosolia de HUYerl. que ela fa do, Est a cetnpor tidade ao mcs!'.!1
e~ uan to el parmanec.c con:tcqOentc). uponhamo. que esi c:on ln én- nst lt ul -o, e ela ai se a, s~ cnnJ •
CJ tom e eícciva, Ocorre, en1ão, que exi te plurahd~de de u·eito • de da temporalidade. O ocial-h l. tórico
con ei~ _cias. ad ma delas o r nl s u eit()Oríênci ~ sue Erfahrun , e ó pode ser d31'1do-se figu.-.s "está o
nccess w mente segundo as forma plLra do espaço e do tempo e as e· Le- q rn a vi!tlvel , e visivcl o. e par:i , i prô bê s •
garias (ou .s vis o das cs~ncl , Weunsc-h u); e, mediante um ju lga- xiv ld~de imp . l que é t mbtm n,-, d1mcn u modo de ser, fi-
mento oment.c prov1h1cl, e j mal nec~rio, pois c:ontt eleme ntos gura .. e tú.vel" primor-da J ê aqui ln Lltuia;ã
cmpfri , e1 posl la ue fenômenos f lan t que c:on1r são upor-
LC!I c:mplricos de o tras nsci ncia . la reconb«c cnt o um identidade
essencial (provâvel) cntredn própri e . • enquanco <;onscíência., ;1 sa-
b-er, for s o g:mi.z:u1or de uma cxperi eia, mas não um iden tidade
240
s.odai, hjl>tórioo emcrgt! n que n, to elaJ-bistorico - no pri. ue a identidade seja "es à eleâd " p ta in ti l içllo or ,o um de reto
~oeial. u 110 n_at ral. A cmcrg~ncia d alt~ridadcjá csLA ln crit rlatem- ustcnwodo que de~ haver o ld.d1tic ~ llC I própd;,1 institui o só
por !idade prc-so ai, ou o tural . ·e tcnno visa um ser-assi et Is., ao pode ser como n rm d Identidade, de id.ot1tidade d:i ínsti utçào C<)n i o
mesmo lempo inc morn;ivcl e indcsç 1tlvct, d prtcnc:lro estrató" ico''. me ma, ei sô po . scn do ela própria e> que ela dccrwi c1:1mo devendo
t: "biológiw", que to • cicda<le não somente pressupõe .mas da qual ser: P""' IJ!adt' do ,.,or, 1a d Jl mesma t'.rtoh ,:e.ida pela nomw para que po •
!a não pode J.irnais ~er separ.i di , distingulda-ab:slr.iída absolutamente so haVf'r , wmia cl úlemiJ. 'lle a si me.'11w. sim,.tam ro , "cxi t leis" ê
pelo q u L. cm --~rl a
atido. a 1ot.almenlc: penetrad , que el-n uro~ e" fef pressupo ta por lodo o nju t de Jets, que só podo er ' es •
obrigai ri mente. mas ue el "retoma" difercntc:rnentc, e • rbi rariit- n,eo e se. cx:i l«im 11:is. Ou aiod1: "é pree o cdccer à tei" - a primeira
menu: . ern o iua i ·lltuição. A indissocl bil daderl ta rcccpçã o ri- ld m qu não ba lei- e que não é ci, purq ue ela ê v11z..la e a- o exist m
16ria e desta retomada - r i~ · ri t. qui esignadtt pelo termo de st1s- lei&,
1cnt11çii<> da nstltui ãQ obre o prl ciro cst ato natut 1. De uma mMcir. 11nAI a. e profu!\damento mais romplexa coloca-se
Orn, eclaro que. institHlç¾o soei 1-hist6ri d temporatidade não é a q estão~ ~ela~o d;i instituição soei 1-h !lóri do tempo e da tempo-
e não poda ser uma ~ etiçãQ ou um rolon ameoto da tc:n poratid de ralidade na ural. Porque." ni " de ser instituição txpl!ci do tempo -
n tural - 0ssim omo a in tiluição .-ociaJ-hl órica d identld .i, por posição de n:fcr-ênch. e de medidas. co títui~o de um tempo identlt -
é emplo, nã pode S-et r,c.pcd o ou prolongamfflto de nma idealidade rio submet1ido num ma do ·ignificações imaginária ele próJltio 1 •
n furai. O que iden id11dc nat ra17 E:ris1 lgo como uma i 1idade ~ufdo mo tempo im 'n.l rio - ocicdade é el· esm· instituição de
natural, e:tiste um s n1ldo cal mático e inellmín vel. 110 mesmo t~mpo m· temporalidade "imprcita" que da faz sct ndo e q_uc, s:end • a fa
imp ~fvel de explicitar e sem o qual não saberiam.os dar um paMO, se- sct: e e:st" lnsútu li é impo. iCvel. to nto Cormalm~rlte 00mo material•
g ndo o qu.il homens d ncolltico viviam sobre a mesma er qtU! eo cttl uma iostltuição e:lpllcita do tempo. A socicd de ceada 5ocie-
~ q uc cnqu nto homens eles eram o:s mesmos que nós, e n i por dian~ oade, ~ •·r,rlmeiro" ÍB li1 uição de uma tcmporulidade implícita; c l.i é
te. ias 6 existe plcpa e puramente iden ida o çomo instut-ufda, na e pda "prlmc·ro' <:omo auto• Jt ração oomo m do cspcelfico deJt ,1uto-allc:.-
lnslitujção J.histól'ka 3clcntidadé e do id tioo. A ci,igmati.cidadc ra.çlto. Não: c.ld~ socicd: de, tem su m· ' prôpr:i11 de viver o tempo, mas:
da idcntid de n rat dos b mens, por ec amplo, só i, e só é enigma cida- CRda socicd ade / ambém um a m 1tcira t:lc fazer o tempo de o r zcr ser o
de. médl n e identidade indublt.1 eJ da p lav "homem" qualqueT que que signifi · : uma m11tl •ra de ~ fazer ser ~mo s tedade. esse azer
seja quem a l!fiUncia ou , orne ló tm que ê. uncia-d _ A identídade ~ do tempo ci,'ll~h tórico que é t mbém o fazer-ses~ da soe cdade co-•
instituíd11 c»mo esquc a nuclc'lt do fel{elrz ocl 1. e d. scssc:m ue qui mo te lidade nAo é redutf I à ins 'tu· ão e,cpllcita do cmpo soe 1-
tambécln la não é jam,1í. "eíetiv " ou "re11I", iMO só r ria C<lnflrnia.r o hi$ L rico, n,esmo tempo em que e impossfvel sem esl • O i l-
que C\I • O; Identidade 6 nst itu{ :t ornó r cgrn e11orrna de l ntid:1de hist · rico é cs 11 tc:.mporalid11d~ cada v c:spt<.°'fica. iMlltuído como insti-
co~o primeir nonna e forma sem o que nada pode ser da soél~dade. ou tuição lobal da soeledade e n:to explkitada como tal. O tempo que cada
soctc:ditd(:.. para a socicd11de. A in \hui o ê mpre inflltuição, t:i.in ém. :toelcdade fo cr e que a f:.z ser é n modo p~prio de l«n p rali de hls•
da normu. "A Terra cr.i. esma Term b <fu1.e t milhões de nos"' - tórica q ela desdobra existindo e pel· qual el se d o lna como c:ic-
e, p~uão indubitável e indctcn · et Mas., para rcu:,mar o cxcn,plo CSJCO· d:ade bistôtica, sem que noces arlamcnte ela o eonne ou o ropte$(nle
lar, o 1eo a de Pit · ora 6 o, smo. cm !lmos. há vinte e ·nço • - ara s1 como t 1. Não e.na nem uficícnce di' · que descr' o ou a aná-
los. e em Paris atu lrn ntc; po co importa em que 1:le é utüi do pelos lise da: \1111!1 sociedade é inwp d.vcl do descriç o de ua temf)oraJídadc:;
qu n ~ p am, ou m mo se el é: "efetivamente• o mc--..mo: elo de,ve dcscr~n() e a anêli~ de um sociedad ê evl<fcntemcntcd ·ç.io e o n li-
sê-lo. só pos o r.1ar-pcns t utabcfeçendo esta e ndiçâo, devo est clll ê- :sc-de s irust luiçõcs· e destas,r imcirí1 aquefa que a i nstítui corno
la no momento mesmo m que eu gostari de mon.r.1r que ela~. bsurda e ser, como sendo,socied de e esm icdade,aqui, ou seja .sua in t1ttfçilo
par· p cr mostrá-lo. Não é ·tpe11as pelo f to d que só a ir. dtuição so• como cmpor.i lidade própria.
cial~ is tórica possa '"enu ci r''. "formular", "exptl ·tar·' idóia. o S•
q e1na. a efetividade dai tldack: souu.:n tc a inuitu çào socfal-histônc.i r cmos li m: mos de di-zer voca do rilpida.tn te
n; .,er. e isso pel ptlmcir ~ na bfatóri do mundo. ãJ identidade oo o do[ e empl mai s ilia
tal f- ~utlv I u ldtn ico como ris<>r amcnte id,11,n ion . Nesse scotldo a O que é o e pi uant e inumcrével de coi . de ra-
l entidade Hplcna., é, e só ê, como insti~ufda. A ·dontidade que fazsec a to.s, de cont~m 05,, • i<l ' de ropre., nt õc, , rte máqui-
socied de é utra que ní'io " identidade" que odemos (devemo )postu- o , de instiLuiç 11: ç&s., d ull11d ~ - q ae podemos, n, is
lar na na tu z.a; a edade t :z; ser a ideal idade com um mod de ser i.m• ou me os, rc.duzir ias1huiçõ lgu as signi LC oõo~ nuclca-
possível e ln· fl blvel em outro lu . Niio é, omcotc - isso é see nd:iri es ou crmin is. ínstituiçôes e cs s sigalflc:iç,õ são, teriam
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ido, cfoú · mente 1mpos !veis, f ru da tcmporalid dé efetiva lnst ura~a e o tem e signifl ção tempo im "nário) não é a lig ção
pelo capit lismo, fora d modo particul, r de aut ltcraç:fo d wcte-- é muito mais Intima (os m rcos p cm · i o ars cm
dad ue irrompe com, no e pelo e3pj aJisrno, e qu fio [mente, cm cct\o l'Únç.âo tambêm e um signjfjc c,ão; as n 1 ~e
en11do, é capitalismo. odcmos dizer qut é o pi lismo 9 e r z; ser estações " funcionru.s", etc.). Em seguida. en11e o tempo e~plia-
est t poraUdade hist6rle c:fetJva, ma 1ambêm que o capll, li C? só tamertlc ifl e temporalidade eíct' socicd;idc é outr , o,u
pode ser em cpor,comr, uma tal temporalidade eíeüva, Esta temporalida- 0 mcn reoe outra: n· o constal mos en te os tlob li mç;sm cli•
de -ot: t{p/l'cllan,~nte in titufd eomo tal, e menos Inda ~sad . 01_1 re- v gem, o mesmo gnu e o mam~ tipo decli voicn:1· lnstituJ o expl1~1a
prc en1.ada eJtceto, taJver., de, m ncira nllo com.cle.J'l~c). Poss ~ ln titu1 o do tem po num.- ociedadc arcaica não é em ~hdadc, o n e aal-
cllplícita do tempo no pit hsmo, e q anto tempo 1dentltàno o tempo mC11le. a de w nuxo ho og6neo no qual alguma e i~ cr sei!' fl.m
de dem reação, é· ck m íluxo mcnso.r v I omog~,ie , uniform , lotai, (como ela é no pi UI.li mo), ma m uito ma.s o de um c:iclo cpct1çõcs,
mente ritmetizado: e enquanto emp,o irna inário ou tempo d sl.an1fic - e5c:1ndl o pela rl!ocorréncla de nconte<:imcntos n 111 • hei de si nifi-
c;-ão. tempo c:ap itallsta típl o ê um tempo "inflnito" representado f!!O co~ ima inArl :s ou de rituais imporc n(e , Co. J. ela está muho
tempo de progresso, de cimcn~ ilimi ado, de acumuta1;ilo, de r c1 rnais próÃima d tcmporalld de efe va ~ l soca • tal e p o-
n 111: ção, de conqul t· da n l rcz , de apro.xlmação cad vez mai~r de o com reen d 111, que â por swt Vt:' c:omparável a pulsaçõ lar-c -
um .saber e ato to'41. de réalizaç o de u_ma r nlma de _onlpotmc,a . O cnqua11 o .. acidcnlcs" e n o vêm inter romper u m o t•
~tado tu I do plall a es ai para mostrar que CSUI.S n o são P I vras so - por tr.1 das uto-alteraçio continua sile mente,
vazi , que e, aignl çõcs imag;i nári s.lo mal "n:a· " ue _lodo r J. como da noite o ud ólo celeste se dei I ca com ur çào
socied de capitalista existe em _e Pº! . t_ ins~l . =-~ 1:Xplí 11a_ etc: sev imperceptível.
tempo iden itáno e <k 5CU tem o 1m ma~to, alias ~scv_elmcnte 1ndi.sso-
ci veis. l lil não é tcml)Oralidadeeíct1va o cap1tahsmo. o que o <:a- · undo c.xcmplo como ucJdidcB i:a.çrcve, pela boc:a dos cn-
pitar mo faz ur como tempor lid~de, rn~Jantc o que ele! o que é . E viu iano Esparta, algu s aspe tos d tempo eíeti a
esta te:mporalidndc efellv não t s1mplH' ou "homogênea •
0
"!ª de A t na:s, cm 5Wl oposição:
mada de sua eíctividade, o tempo capita li t· é o tempo da ruptu,ra m~ "P rquc cs (se. os tenio o inovadores, e r pldos n invcn-
s.i.nte, d.à.S ca~stroíes rcoorrtnt , d.as evoluções, de uma e tnm;ão per• -0 e na r~liza o pelos at o dcxidlram; enquanto que vooê-s,
pétua do que j é, admi vclmentc pcrceb do e dcscrll ~or M rx oomo (&e os Laccdcmon 1•. os) v ·, cs sal ar o qu~ po uern. não in v~n-
1 1 e na sua oposição a tempo d.is ,ocied cs tradlclonius. Em utra • tam nad n,..ó raillzam nem o nsével , a1nd , ele o sa 1cm
m da de ua efetividade, tem po e pitalista é tempo da cumulação: d~ de t ua po1• • curand o o perigo, não o r.iz.oável, e permanecem
lincariz çüo uni er ai, d d" estão- simila .-o, da cst tiílca o J d1m\- d'leios de dian dvenidedes; quanto a vo~s. a em
mico da opressão efetiva da aJte ·d de, da imobilid, de na ''mud:snça" aqu6m de a, nã rc no que ó to, ej uc nun•
pcrpticua, da tradição do no o, da inver ~o ~o "ai~da_ m Is:• no "é inda se hvrar sm ·o ln'3tigáv , cnq ooês
o mesmo , d dcnrujção da si nifi ç o, da 1mpoténc1a no mago d po- moder m seus ria r ci.lm e cnq n
téncl· , de um pot~nei ue e esvazia à pro rção cm que estende. E podem abandon artind , eJ cnn algu-
css, du-D.S c:;1m das lnmblm =-o indi c:i veis, el<LS e-x.istern uma n_ _u- ma coi e v ao q uo poderiasofr s jj
lrn e peta outra. e é em e por sua intti çiio e .seu conflito uc o c ptt 11.
mo e pitafümo " · Ob rvcmo ,Laltoríd ~e ~uc epar_ e., a tempo,ralJ•
ucm: '/1tori
16 'a. e, enCJdo
igo , eles e
ter .. E, se
II vi•
reali-
d de .:fetiva do e pitali mo daquela da ma1 na das soocdadc.s_ arca1ces. zar o que iJ1v nt rn ~ido pri Ih
Primeiro, 11 ins ituiçiio e pi iu do tempo q e faze!" sas soc1ecl11dcs, a crtencia: o que nd do e! ma m como pou ,
relaç-ocn tl'1? tcmp idcntitár o(lcm dcrcferên a. tempo · lcnd rio) eo cm rela -o a bter agindo, [!U vc:1. fracas.-
iam cfc:tiv:uncnt pr lo til aq cm
que folharam p r novos projeto., . te lcs m ntc
er ai uma coi e: p ar uc ·n po que
in· i_am lmcdiat «il cid at t alh er,
• E vide ~ome-n e, o tem {,dv cSc> a ~I ismo n t tllmJ)IOUco " puro": d.ir ntc. ui,
pe uamentc atrav~ d se cs m p do
u> 1, mpo, ct _.., so de•• c0c,_~is1e • sem r de r ·. 111, a tcmporutidadc cf •J que po uem, n rquc adquirem se coisa, só encontra . . re-
do f 1111 es e $ am -0;,s $OCl\li 11ntcriotts q ~ wbr~ snb o o ~ , 1 o ou <10 pouso li .lendo o nee-e porque p, r ele uma tran il1hdu e
la.! dCJIC ocio nào ê men os e u-1: uma e;upaç o labori 11 . De mn-
244
nc;n:i. que:., se, ri,~Uf!lind di~scs ,e sua n~lurl!Z!l é <Jç 11 o d Je consi erada. exm1ordin• rio bcr · tron · mi
4 ujc em de deixa em os OU lr 1ct s. dariamas il crd d empl , (que Ih pe.t mjtia., como pnreoe, pre ·cr os na
p cm poderia ~cr mente comcntad . O m um cno de um dl cm seis mil anos) nii. imped ia deu ili1 r p m-
· en uc rtel .iparccc cl nt a tem ralídode et iei men te .. ilJlO "ritu ais d 260 dias. Q mesmo rnodo, o <:alcndâri mu-
u d omo cu modo defQ;rtr q e eslc.é vis to cm~ .a p çulm 110 com CU$ meses luo s e seu 11n s "cur1os·• cm tel çã aos
rclnc;Cio co ·g,,{Jh'açdo do pass , (l r, tndisscx;i:\vcl nos larc não provcltou o que já cta abc r adquirido na r cullur 1
vei. da s/gnific"tiió da "realid de" (o ué 3dquirid a ê cm e n 6poca de u i ns.t.nuraç;'lo.
rei que cstâ p· ra er ou por u, o q1.1 e vem o mes- O Lcmpo lruti u[do omo tcmpO da signi ção, t mpo i niíic(sli\lo
m f und-ac;õcs ullun do qu que n~o 1-a/ e. para ou temf>O irou inório (social) m otém carn o tem po ide til rio t o! c;:ão
q e
m, nao de modo a lgum qu os lcnlt odifl. de ncr nciill clproca àU de irnplJ !lo cm:ular qut! cmpre existe ntrc
qu quer ~a n ·u. in Lituição n,p/fd1a do tempO l.lS dUA, dim en. s dt: 1 da lnslituiçi!io soci 1: a dime s o conjunfütn -
id orno i ária, in sti tuição ue lhes é mum. exa:l dcotit · ria e a imcn · o da 'gm ão, O tempo idcntit.\-rio só i "tem-
Ih outro os. Pam que :usim scj , é pr iso b ~ta po" porquc referido tempo m ·né.ri que lbe oníçre ·u si nHica-
fac;: fazem , que se iostüuam e 1110 Atea a d século V, f: çiio de " tem "; e o te ro imaginário Sérill ind elínlvd. irrefer(vel. in •
,ds!ir esse modo de f r modo d ser de uma cidade, que allás t pt n fvel - não scri nJtda fora <lo tempo idc:ntit-' tio. Assim, por e em-
impor t odos, nSo deixando ni · paz. obrigando . u pio, articulações do tempo im · alnário do m ou aumen l ~ o~ mar-
zer com eles contr-.a eles. ou a er. E isso também é q ue cos umérloo do tempo lendário. O ue nele ooom: não e . 1mpl
j •o na guur o PclopoM o. lc:n :; airá vea da, ma tcm- coatccimenlo rcpe1 ido, mas 11iícstaçâo csscnt:lal da rekm d mund_
po ral idude .i teniensc vitorio s ê.cul s - e 1a l\le-L t! hoje. 1 como insticuld pela ociedade con. idend:i. da força que a ani-
mam, dos momentos pnvilc indos d· ativid de sodol - quc.r diga respei-
rnpo ld nl tírio e tr:mpo lmagf lrio to o trab lho, aos rit , s fcstn , olitka. t evidentemente oca o no
quu .s.c refere aos momentos cardin is <lo ciclc diário ( u~r ! crepúscu lo.
Se cons ideramos agora o t em po explicitametlle ln ~i luldo P<)r e da mt:io-di ·, mcia-n ite), ~ sl3QÕCS e ~ qúcntemenlc pr pnos ano .• co-
socic.d:idc, impô e imedia · mente~ 1 tJnção e n re duas d1mensõe di• locados so o signo tlll sj nmcação p rt.lcul r. supér uo li!mb r
ícrcml o obri ,Hóri desta instituí o. dimcn · o identitân e ::i di• que par nenhum c"cdade, ntes d 6poca contcmporãnea, o inicio d
men ào prop riam ente imag n:1ri • O tempo in. tl tuldo como iderHitãrio é prlmaver.l ou o inícl do vcrlio. nu nca íot m simples m rcos no cr.1 nsc-u r•
o tempo co o tem po e dcm reação, ou ta po das medid o . O lempó o do n • nc:m me mo sinai íu don is para o inicio de tal aliv idade
inslltuíd como im g.inório (socialmen te imaginário. e ntendc-s.c) é o tem- "produtiva", má~ sempre entrelaçado com um complexo de igni líc.i-
o da signific;a · o, ou tempo j nlficativo di tln o qu • n o implica de c:õcs mil' sou rcU iosns· e q ue mes o o socle ade con1emporfincu n o
modo lgum uma eparaçilo do que dl ti nguimo ). hego viver o t empo mo slmplesmcnle e lcndârio.
O lcmpo lnstltuldo como iden tit ·no, ou l mpo e dcm rc ç o, é t lambêm no tem))('l imaginâ ri que sii estabclçcidos. p r um l;sdo,
quele Lativo l medida do temp u imposiç ao temp de unl mc- os !Jmítes do teml}o. or ou1ro la do, "períodos" do cm . Os limites
ida, e c mo ta l inclu i su segmento,; o e m p rtes " idffltl s"" ou ldcal- do tempo itus l m a ac idade 1 iea d11 i trtu. o do 1cmpo con10
mcnu: (e im po5$iv~lmcntc) •·cong,-ue tcs . I! o te po c:alendârio, com imngin rio . T11n1 idéí de uma ori cm e: de um fim d9. tem pO .• com a
suas divls<'les •·numéri as", cm sua m.i o,ia apoiad· obre os ícnômcnos idêia d u.sênci de uma lei orige:rn e de um t I íim nllo possu m nenhum
r,criódic s da est to n tur:i l (di :1. in!: lunar. cnações, a no) dcpo~ pri- cOnle do ou ~c:11tid o nn1uraL ló ic , cic llfi ou m mo fil ófico. as
mor· d . em íunçil de um a clabor ç t ) !6gioo-c:ien1 1fica, m s sempre por um ou outrll deve nc ~ ar iamen 1e ser p . n inmlu~ !lo s ·at do
referência fcnõ en() espaciais. 1esmo esse apoi brc o e.~trato m1tu- mundo: e tempo "no" qual soticd.idc vive, dtn ser ou sus nso e •
ral nao a Iutamcntc deter ln nte, e isso p r ra:z.õe "n tural •· o- lre um ia l lo e um fim, ou "irtnnilo" Tanto nurn caso 1110 n<> o utro,
n hecid.i • • bcr, ue grand es perlodicid dcs mllUt is não tem. nt rc: colocac;:•o 6 nc ariamcnte e pu mC?nte lmaglrtária, em uulqucr
d . rclaçÕI:. numéri simpl (n - o e iste um nümero inteiro de dia ou apoio, n lural ou lógiço, Assim ex.1. u: "data" da 'c ri o mun-du
de mcsl'~ 11,n,_,,..,. nn 1tno. 1, r ou side 1. . es do' .inos a-o oincidem simplesmente ·•m coto" de um ena · o do mund . o u ciclos que se r •
estrilam nte, etc.). s I lwm p r razõ ~uc ó dizem respçlt :i soc;i p1:I m. ••fi m"" cto m umlu para pcrat e cKii;ind prep -n e1u" o r\111
indefinido". eu;_ QUll to pcriodizaç· do 1cmp , ela 6 f-. visi t:lmcnt~
parte do m11 ma de i nilicaç - e imagi n.- ,i:is da $0c-lcdode considcradll :
.t.lO. Tuddid , 1. 70 eras cr istã e mur;ulnian ... id des" (Jc ro, de pra ta, de bron1.e., e ·,).
2 6 2-n
n . 8 ;inde~ çicl<.>. :1hl , 1:l.:. ~!"tn pl.!ri,, i1m;:1o pode rer ~ t r um rrtentc e csscncialmwtc a · n medid .:m que pc , .
3~1 '>Cnci1Jl 11:1 imlh~•it" o inrniin ,iria do mundo p~ra n s«1cdadc con- 1rumcnt1l ·o do fa /e: rmucn, a 1n,v
iücmtd • ssim exístc, pur o~ cristão. , diícren u qu lit~1ivu :1 solutu qui 11ind-a, cxi •o ,natural, evidcmte ~• os trabn-
entre o tempo do nt i o e d vo e111amcnto, En~rn çao tabel . lh . natur 1. ou pa 11 após h;a\lcr ~tabelccido i-
cc umu bipare ção cs nci I d h tôrlu d mund entte litnlt du dados11mentc tot!o~ . de que ele <füpõ , o bl tori._.
riáÇào e da Parusia. o d tino eterno de um h mcm erâ r diculmcnte dor o ool cm cw1danc1u· ' dura m O.'I lratados de trlnt
diíercnte sc:g Ado tenha vivido 1ml ou dcp n En · rna o sem uc cJe a110 dos upó.s :1 mas no déci o q
po a interfc r. ' h oe q s sa erdotiia A ~
n11rn,' e te, p ra e d--i tcdadc. o que podemo nlsi en, • te dos atenienses r, 0
qualtdadt o mp corno t.il. o qu o Lc mpo "choca" u "pri:pa u", m~~ ainda. no e apó& P idieu, e começando p ·-
aqudo de que .. está rávido"~ tempo do Exílio para judeu$ n Didsp mavc:ra .. , os homCllS tcb nos, u .ai d trezentos em aúmcro.
r tempo de s íri cnt e de espera ça p ra os costão , tem de "pro- e trara o n hora do pri mci ro soao em Pla ea de Bc6cia, sJJad
resso" para os ocidental,. Qualidade correia i a .io m ma d signllica- dos te ·apoio" no natu , I ap::in:cc como injunção poten-
çõe_s ma lnãrias instituldas , quo pode ap r r como "dcri da" desta, cial, r iç~ f oráveis ou de fi vor veis p r o íazcr· 1ru1s
mas a qual seria mais ex to dl cr, medi me um11 liberdade e: ling - só~- e ~ se torna tal, oorrelativ;imcntc a faz.er e a tal Fazer, •
sem, q11-e 6 o" feto" e cnclal dra soeicd· de co idcradn, Es. qu lld ele Aind vem aqui n Irredutibilidade do tempo a um temp simp
do tcr:11po com 1, mostra que o tempo lnstituldo n pod jamais ser ente: calendário, porqua nto, nd uc apoiado n turalmcntc:, o t j'.>Q
redUl1do 3 sc-u a.spc: purame11tc identitário, ndárlo e mensuri vol. do ía:zcr a r cnta•sc e é como I tctiormc:nt diforencl do, organiZBdo,
Mcsm o so lc:dad ocidentai de cspit tismo moderno. ndc II tcn~- a o homogêneo. ln ep ávcl do uc nele se faz. "Há um tempo para con-
tiva d ta rcduç-ão foi levada m i. lona , n somente subsiste. ma ç • cçber e um tempo para morrer, há um tempo mpo
mente, um qualid:lde de u o t mpora.l e mo tal (tempo do "progr • peru sar r" ... c:ssc pojo n tur I não some
o''. da" wmul ção", etc.); m est própri red uç o do tempo em tem. dor: ter (o temi)() das s mC!ldur s e: o tempo a
po puramente e om~tc: mcn urA el, é apen s um manifesta, o entre mil! n o os di e o anos fsttor. e ncr. toi): o te
ouuas do im gi ~rio desta ocicdade e instrumcrlt de su .. m t.e-rialrta- tempo do fazer e mesmo não ~ia tempo, e nij
çilo". ~ p eclso que o tempo só scj is , pu o medlum homogêneo neu- cri ico. a singul ridsdc q só é t.tl "o. jct.lvament
tro, ou o pa f~metro r do um família d funções ex ncnci is, para q e o fazcr aprop do, do q 111 nem a ocorrê cl11 co
h ·a. cx:,mo duem o ec nomr.st , uma "taxa de a ualir.aç-o do futuro" , calcadâri de realização o de a recimento s
para que: tudo 3pareça como mcn urávcl e cal u lávcl, para que si !ri- (quer se lr te d ca~ primiti • ou do momento a
ca ima iná ri e trai desta oded de; a p. c:udo-"~cfon. t çllo" p:SJc nálise)- cm sumu, o que: o escritos hll}OCr! s
po.ss parecer po uir um mfn imo e oer6ncia un do uas própri s e 3 J)àrlir do que oi dcll em o tempo: chrOll()S es1ln em ô kJJiros. kalr'O;
normas. se C,':emplo ó faz ilu trar. n caso do tempo, um propo jção d'm d diro11o.s ou polus, "o t.cmpo ê aquilo em que: e l te l<Di nlc
geral: um tempo instituído como puramente identitário é impossivol, por• prop 'o e lapso de cr , oc is.Ao), e o kairos é em
ue um mundo ia tituldo como pur- roente identitário ê impo sível, por- Q 0 âo h muito tempo", D mente muito m is e do
que a sepa ção d organiz.a co 'unilst d mund soci31 e das ljlli• que qucla que vf 110 L · náveJ d "p on-
flçaçôes im gio ri sooia· ~ impo lvcl. t11 is, t d~s idêntico · só os escritos bipoc. ·uc .
mo aqw lo em que há de de agir.
Tudo O que foi dito rc:fer~•sc em rimoir lug r e e pltcltamentc: ao O t:mPo do fazer de: iostr Ido como contend
l~mpo do rt1prts$1Uar 1<>cJal--: do qu l, o tempo rep nt:ido co o tal ll mbêm sin uJaridades nilo tem o, oomo possiblhda-
somcf'lte a pc to ou m mento. o tem que deve ser in:stituldo ( mes- cie do .1_parcclmento do irregular, do acidente, do ontc lmcJ\to, d rup-
mo tempo como id ntitário e como im ginArlo) a fim de uc o represen- 111r da recorrfn la. Ele de~·e, em suai tilul ar 0 1,1 corurol_ar a
tar social eja po$Sivel, o tempo no e pelo qu I csso re-pr tare lste e ~crgtnda da alterid:tde como po Jvol, ntrinsecam ate (nilo
cm: representar ío.z clli5tir. M tempo t indiss.oci vel do 1ernpo do· co o ossibllidade do miJ~grc ou do ato • Por isso m rno, o
/a. r rodai~ tempo que deve :ser nsthuido a fim de q o faz.cr s eia! scj
po !li . ~. o tempo no e pelo qu~l es. e f.· zc:r exi te. o tempo q e esse fazct"
faz e1u.st1r. tempo pól~~e sobra os m rcos c.alc:nd os do tempo
ldentitãrio, tnas ta mbém podemo duer que cs marcos slio primordiaJ-
248
lcmp do f112.u e. t Õbr gat fr mente Uito m is pró mo dt temporaJl. r~ndo mrire n~s m_es,nos rio , c<>nd zmdo empre 1)5 me mas fo rmas.
dade ver<l deir;i de q e está e pode C:SlAr o tempo do represcnLilr oclal. 11u,zMdo o que J..r fi , e J't't! uran do o que v I r. El:i eKprime, Utmbem
v rdadc, a instiluiç--io sooal do tempo imagi · ri como temp<> ,~ro fu damente, a prô ri1 1 1 a da 16gi • u l\ nc essidade s encia l da
do represen tar soei I tcmdc cm rc ser cm: brimcm10 e ocul ação, denc- l~g° a identi tárla-cor1Jun i e, . cnrni7: da na própria exiatênci d iingu,.
•· cii dn temp rulidadt" com aJterld de• l ração. Desse ponto de isfo, gc.m. do !, gc,i1, , o pos t uJ do de -temport\lld de que ele:: f.ti cr e en r•
é abs.ol utamett e indlfcrcn\e uc tempo seja r<:prc:.~.~1rntado oomo cicllc:o. ssagem de . ne si adu às necessidades d fifosofi:3. tia onto-
mo linear e infin 10. u como eniam&ticu ilus-o uspen níl tran e- e imedi ta. Para o eaçud pai olJtfoo, .. ntétn havia um
dênci. . a ln e r ação ngust111du uc eh: s ooloca, ri oertezu de a urso ,n flor,c sta ' deve t\ nd a ~er verdade nojc- e amanhã com Lt:nunci d
ince:ttcza: "Eu ob$él voo meio que Oeus d· ho cns. T\tdo que cl raz r~f◄ rindo-se a o 1em. Para o fit ofo. "pé ve r<lade" n o si nit'ic<, nad11
ovén1 · u hont, ma.-. ele lhe d arn nslde rar o ç,onjunto d ter · - se n· o diz ' p sempre verdade'', p /: verdade in e endcn temente d
po!, sem qu e po a capt r o uc: Deus íaz cio inicio ao fim". o pró tio f
~mp ": "a verd de de nlo depende do lQJlp ". E!. o qm: h do ma is im•
E,ç} !ti •te responde pela. l1tm3çào da nlhUid de do tempo: "Eu scj q te a .º _:mte que veroad~. Que e1'iste ú ou,ro além cfo verdade' er setltpre
,o duta de 01."lis é con tan . Isso n d1t há actcscen ·1 , dh nada há se, nificou lle'r vc:rd dei ramc:ntc, e er verdade :mpro Jgnificou 1er. Co-
a upriml ... O que é. já foi; que rá, jli ~ ... ,. ••. m . eoli'io. o que é verdadeirmcn te pode 1a verdadeiram~nte depender do
Assim, rudo ~ passa wm se o tet~po do :izer ocià l, se ci lmen- te po, como p dcrla ser "no" tt"mpo. mo, fin Lmcnt~. f'.>\Kkria o tem-
tc: irregu lar. ac en ~ado, lteranh:., devesse pre r im ginarí, mente: pO verdadeiramente er, j.\ uc o que é vc:rd dei ente ' d lre:ren te do
.reabsorvido po r uma de ção do ccmpo medja t~ o etcr-no retorno do tempo~ que. ~e n· o fosse di fcn:nte do tempo e sem rei .ç·· o com o te p ,
tsrno. ua rcp-rescn .ç ão como puro desgaste e corrupção, seu a-pi· · ·. tu'ió se a: porque, u u.a dorerm in acõcs rrtitd riam c:om tempo de a•
ment0 na ind fcrea da di fere simpl men1e quarn ltativ , a n ula- nei lndetermfnad • a q uilo não seri verdadeint.mmle, ou sô sena se un•
c-o perante~ Etern idade. Tudo e p com e o terreno o nele a criatl- do um modo de sl!J' m~nor, o u ent o , e l m d ri m de m n i detcrm .
vid~do da 'ed de manifcsta•se da maneira 11"1 ,ts t n 1 •cl. U! reao nada - e_ o cmpo nJo erj . A través ,i o rn e$ffio, vemos fim q ue csla
11de ela faz, íl ser e ~ faz ser faicndo ser. deves.,.e ~, recobcrt por dcnc~açao do t o m.inifem uma ne sid de da in htul o como tal.
u .\ crinçio im ináóa arra,u da pnra Que g so ed de po a esconder ,1sc.ida cm, p to como um ruptura tempo. manlfe t çllo da aut0•
dela prôpri o que ela ê. udo se passa como se a c-iedadc dcv e ne- a.heração d s cfrd:.1de instituirllc, a nstf t • o, no sentido ofundo do
aa,--se ela prõpf'la como soe edade, o ultar seu sei de s.ocic:õtlde ne Môo l o. ó pode ser locando-se corno fora do tempo, cusa nd o :su :i lte-
tempora lidade que ê primeiro e an de tud o su p rôprfa tempotàlida- r.ição. colo nd a norma de sua id1:n1í dado im utú. V1!l oolocan do-se
dc, o tempo de alteraçiio•alt<.'rídade que el.:1 ra.z S<i e que faz ser como <:ºri:'º norma de ideritid d im u t.ávcl, s:cm o ue ola o·o • Dizer que los.-
cied· de. Outr manei I do dize o inesmo~ udo se pa sa com so- tatwçilo pod1: prever, reguh1r, era, ,ua própria mudan~ ~ nda dizer que
ciedade não pudçsse n he~r e com f. zendo-se e!.l próprí , omo ef3 a instiLui conto s.ua não-mudanç própria. que el r> cnde ciiri i o
institui o dcl róprfa •. orno · uto-inst ~uiçio. tempo, que ela se recusa ser lte da con instituiçã o.
Estil dcne o. esta ocuJt cão, ode os compreendê-la, irne prelá- P<idcmos a5:5im e m rt!end r. inlerpn:.1:lr o nc-0brim~n 1 :a alteri-
la em vílrios n,vels e de iHvcrssas m:mciras que, long1' de <:ontradizer• e. dadt:.. a dctte ç1' do tempo, o dcsco hc:eimeoto pela $OCiedadc de s u
u de e cluir-sc rnutu m nte, convc om. EI corresponde J s n cccssid • p_róprio se-r cial-histór'co to enraizados na próprl instit u k; - o d.i so-
d~ da ellOriomi pslquica doo sujeito enquanto 1n<iividr.10 sociaÍ$ 1 Ar- àedade 111/ como a conhttemru, ou seja: t I como ela. Lê uq , lrmit lu.
ttcando-os for~a de sua lo ucura mor,.:ldica, de Wl n.:ptcsenw. -o o- Ê o mesmo djzer que nós os intctpretarno como e_xpr ão da alien.. o
scjo-afet-0 origin!trios d a-te mporalidade, da an• lte dade. d ep is de da élcôa~c ncl" n1 . m , manifestaç~:s de$ a 1) tct<ooomfa (hétêr , o
nip,otência. imJ)-Ondo•lhcs, ao ins ' Lul•los c;o,no indivfdu S-Ociai.s, re- outro, aq111 sendo; 1n em, purl.t) de seu mod de ln tit ir com o com •
coohe.cimcn~ do utro, a diferença, lim ita<.- , a rn rte. a ocl dade po~n_d_o a ecu de ver que e/a se ins tit ui. Rccu .i.: alguns diri am, h •
lhe r,roporeio a, de uma forma ou de u t • um c:om ns.iç· o o r eS L3 f'OS! brhdade dé e.. ~ci o estrutun ntolóiüca. Nó~ à o diz.emos. O
denegação tllti ma do cmpo e da a lteridadc. Obrigan 0-0$ a s:e inserinmt, · d.ise~ r q . n=e do [n io, pretende dctecminar im o l ilidades de e -
quer quei r· qucr n· (ou sob na de p icosc) no ílu.\O do tempo como t: ci não trl~fais1 é a ueJe mcsm q e r amo.se q e ten tam011S, a
instiUtfdo, llWl.'it!J atle oferece oo meemo l~mpo . n~ ll1Jje itos tlle'ios que . O O d págtrt· r1ecedentcs. refutar. Porque de coloc · , ind cssên-
lb " permitem defeader--sc, ne utralizando-o, r-eprescntando-o como cor- Cl~ ou O. du SOC!C\h<W uurn utti, uum ~mpn; in tem poral no qua l IAm-
m e $ttua, e ao m~mo tempo, aquele qlk~ n ·Rirn fa , O q e~ bc:mos
que a denega o do tempo e. d alteddade (que traduz j ter inavd-
~J 1, d~J,1 J , ICI: J, 14 , mcntc, n li tos., em auto-dcstr iç o illc,mante da cri clvid de da soele
_5 231
dad e dos homeiU) é el própria nstitu· o. dimensão e o l stl- m I Inda, n II condlçio, a d1stin 'o é útil, na em que no er,
tulçio d ~cled.idc 1:.il com existiu· té a ora. E po rl nt tn11 a itc evocar ucc,.sivamente o que ão cm . r i:: con ide r
como toda in5thuição - e Í$SO. tê um polll0 que nenhum disc tcôrí- cransh riamente como "aspectos" de um e o m bjcto.
co pode fi r de n~ Porq_e ne$ cnmp_, crh-i lida as o en nto, · e tom ncí8.llt , quand cs abstra ôcs d
lavra lmpos~,rel e i vcl nlio t~m nenhum sentido. u jd ·· inc:ronla" e da " dia.cron i " silo e I idas ern a . E.se.: mod. dos
mediante o que os i uos pod orno · COm• il ltimos dcol!nios aind t um meio de ocultação d 1- histórico, Por-
pcns. ~o im márl a insthufda; o pensamento unir qu.: qui sine: nia ~ int • di, c::ron diílcroniz.-.nte,
s el( igênciilS <I I a idel"ltitj ri e as e oomo diacron ia é in trins.ec rfrzante . ussu -
uc é e que segur cn r,sc n • conj unturelment qu ndo o lf um
coer!nci que ade po orismo no domln , ln i.sti ilidade do
monte nhc e ção, r o que quer que asse a mguQgem pelas descrição
com i nte, auto . supc n tiCll, da etimologia dJI pàlavr ou das,
tuaç o t il • - o e d.e t m ~ is, na ncccs id de de ncebl!, la como
e(Undo p as e niio segundo lnérci , de,~ um e, , de e t\ melonar e funciona crctiv , n;cn-
reconhecer com própria ltcridade - eis Ia iões, a te, rn ntemc:.nte d . Mas r,o teriorm nte se crta1u a
ucst o dll rev ultrapa cSem fronteiras do u:ori:zâ,rct, di$l n ponto d õnioo e diacrônico e oposi o ,so.
mas se situ m um outro tem~ o. Se o que dizemo tem Ju pretimdeu-se trabalhar co1 o se o ponto de vista sin ni o fosse o
um sentido qualquer. e o é o próprio te rreno .da crialivídad único lc ere~e i crõ ' s olh das com c,ondcs•
história. cst já provocou ruptu q uase oo mp ré ei , Por CJlém cend'n o , cllclu(das da "cicllli 1cldade". De fo.
q e hli v nte e I c;o '1:ulos. ~Is nstitulçào simult ânea e co ubsta , , ~111 primlt o· tcmp , bem~ que os "es-
da democracia e da lilo.soíla. inaug rou o qucnlon m oto CApHcito, trutu ral a retóriça, que Ih~ permitia d' farçar o
sociedade, de :u próprio lmag in rio Instituído. vazio qu de renc Ao sobro a bistór a torns-
e im, 'estrutura •· (ou, em out m' • s.
lt1dlstl11çio do social e do hl órlco. de "cpil t rada longitudinalm · te, u
Abstraçõu da si cronia e da dlac ia sc:ncialme i!tcm v!lrias que d
Porque são sujeH~~ com ·er. à ..erosão'·. As estru
poi lmpossfv I manter uma :!o in ln 'ca d soei I e do h' ga I m-se força de .servi pro icd Ót! do te o, per-
tórlco, m mo qu.endo se tt de fi ar que: a hislóris .. a,ributo - lhe &em n~d ser, sem na cr, sem rilZcr ser nad , ero-
!encial"d sociedack ou a oci lidede "pro upost essoncfo l" d hjs16, di e é. O pcrua menLo lva emprc entre oós.
r a. T is 1?1'1u.oci dos o na verd de, o me: mo tempo in urio·entcs ore- , é claro uc idéia de que o mes · o objeto po ser con-
dundantes Não é que lod ·cd d e teja n sarlamcnle "num" lc:m• siderado do cort~ 1nstan Aneos, _por um I do, segundo devir,
p , ou uc ma história ..aíete" nccos · riamente t oda sociedade . so, por t~ , sem uc: cm nenhum momenfo C:S$3S visões e cotnuni-
c:i i I so mesmo. aut o- ltor t;ào, e: nada 6 e: nt\o é i so. O lei Faz. e qu cnt é sb urdo da.s rela~ e tre ' sisto " e
s6 pode íttcr• como história; e soei l raz-se como tc:mpo tidade, e eJ " dcv1rH está já CQJO da de maneira ine tornAvd em omln mai
.i: cad vez e<>mo m o espcctnco de te poralidade, e: ele se z ca~ r. "simples", ou m is "for que é o domínio oeial-h rico:
vez como mod o ~cffico d tem por fü1adc efetiva, e le se Institui impli- e
eJ3 aipo , como q ues po íbilidade dcst11 d.istin , des•
citamente como quslidad singul r de tempor lidade , Igualmente, não 6 de que abandonemos s ficiais. Tsljé e a s:ituai;.Ao cm
que ah tória "pressuponha" sociedade ou que aquilo de que á histó- ca contem rti cosmologia, onde · diMinç· o
ria seja emprc neces ri mcn1c sociedade, n um enlid escrhlvo. O his• tre "cstr " "de da vez m:ii obs t , porquan
tór" i isso mesmo, uto-altera ao desse modo espcclílco de • co-existên• cstrut ra iv .ie tório - na ótica da re!Ativídade
eia" que 6 o so · l e 11 da l fo 1 so. hist r ico íaz., e pode fia • ral - ou é su11 hist - n estado cstacl nário. T I é ta bém
se como odal; o histórioo i. por c:.-.:c:mplo e r exoc ocia, cmer inci1 a si ão em blologij s da vez sistema vim por sua
da ínst tulç o e, cmergêncl de uma outro instituição. ert amentc agui ca ad de "evoluirH, to ao nível o cnft' o 0011\0 no n(Vcl filo~
sind dillçilm te _podemo curvar força a lin u~cm e da tr di o, gen e como bioaistema glo I; se o s só ro.s. cap idade d
obris do q ue om~a u1füz r uses termo com separ dos par afirrn r p~ â r seu ''c:stado e seus " ílu,;os" , ho tasia e ho coresi , jam is
que Jcs n o, o. Is o n o ê grave para q em sabe rc etlr o lem rar se: Lcrfa hsvid c.r vi vo e se por milagJ , ti havid um . .s6 teriA h !lv,rfn
252
cs~é. 1:. um· propriedade in l ínsce dos« vivo t1ào somen te csc nvo]vcr. ºsi-gil tkantcs") é i.Jtn ctxligo, u melhor uma !ti rquia de c ódigos;
cr, mas vol 1t . por eo 11sc uitstc-org.1.ni r• ·e de out o modo; ê ua pró- como tlíl, ele est sujeito /l lógica identitári •Conjuntist·, u::i "produtivi•
r>rin o t ani:i:a o q e é: cupmad,1dc e.te ir. nsformar acidente -0 u pcr- dade léd "é (q'1 e) dccer rriinada ~ ôetcrmin~vcl - eln é. nave dode,
1urbação u ll nov o tganização . proJ~,çâo. as á lia agem d tamb!m l(ngua, na medi cm qi1c s.o reforc
M.i éll indadc uma -0 ut r numcirn, e-emoutro rau , qu airn poss,. ós 1911/fit:tf.Ç&s. rn, as slgnJflCl!Ç,ÕC$ n!o são fgebrizâV1?is; ndo existe ál•
hlrd ndc d d1. o ca tre ·i, ct ni e dia roni a, a n~o ser como mcn ot. gtbm das signifleacôc • porque ri.lo ex_i$tem emento o u átom rje sig•
sc~und ria , S<:m re provi rííl. · parece no d m(nio ociaJ.histó ic . O niíicaçj.o , nem oper çõcs dcterminad . regult\"do um "prod11ç!!o" d
exemplo ma i çl ro ê prtc-i attl Cntc fom eçido pe la próprí lin uagem signHicaçõ .i partir de tais elementos ou átom (cxc~lO parcl4·lmcn1~,
con Idcrad-a o . u as j>Cl:io és, nc i J. t1 se b;r •. ua re Iaç, o co m .,1a,1 r/1 • os domfni<> e n,iuntit veis e enquanto esta eonjJJntrtação só fota um
eaçào, Porque é uma pro ieda cl<i emmd al da língua em mqmmw ·ist - e: trato: a sun, selas ifteação ou taxinomia biol6' ca, p exemplo). M
mi. a de nfü) e s o tar-S(: o u l!l tado sincrônico. de n:. er jam l rcdull. , p ssibihd.-d de emer lncfa de nutras s" nificaçõcs t tma ente ã. liugua
Ye( um L t lida.de (c.çh , d, e ignHica~ve , lixas. dctetmin._tdo.s. di - e pcrmanentedur nte tod9 o tempo e q e Ungua é viva. Aqui o ab$11r~
ponivei . m s de mcr sçmpre um a rals eminente e const:mtcmcmlc do do ·ponto d•e vi a ..estritamente sincrõnjco" e cstrutv I rrrorr,pe pie•
ir11 inente. dl! ser scm pr s·ncro icamenLe t1herra a u, a uin C lffl.acào das l'Ulntente, · os !>ignifi dos da líniua formem "sl.uem ", e, como preten-
si nifi çõc • ma pai v ó ~ pai vra. só •'tem" uma ignificação ou de o c,truturaliimo, dn u.m eks não é- rigor . inent nada s.enão
ref re-sc a. 11ma signlfk ç· o, se. e somon li: se el p d adquirir o utru , re- colljunto d . suas relaçõos "dlruenças.. o m o conjut1to dos outros se,.
ir•se ou L , igrd lic <;õe. .._. , do o n r · rio n ào seria P1tl vra . n me- guc-seque.. a aSim como o nlve: inteiro ~oronarla s,e délltr-uisscmo
lhor hipótese ela seri simbolo de urn e occ1to rtlíHemâtl . ( contecc, i1m só grão de m t~ria (Leibniz). tain tm a Ung a ín1na:sa o!o é mui a
li • uc nem rnlllSmo iss.o chi ·er.ia , porque m mo em matemêtic 1 1 m.uma (o mc:sm "sistcm slncrônioo ')se~, w si_gniftca,dO modJ:IJcou.•
nã ~ · it uac;:ão: • "era .. no í fc'o •la~iio du ci unfcrência cor o di:i. e. o c:ntanto , o ··e l do smcrônico·• d lfn ua- francesa, m da, por
met ro do circulo: ''é'' agora um qua a\id :tdc de ot11 ras ooi a tam êm), exemplo, entre 190 é 1922, (~d vez que :roust compõe uma fra , Co-
U ma linauagcm. · 11 ruo sistema , é mipcnsàvet <: ,n o pur.t ln ronfo; ~ó mo, ao me tcrnp 1!$crevem aint-Joh n Pcrse. Apo llinal.re, Gidc,
i lingu n1 cnquartl ma pr6p ia l , nsfon:na o incen ntc encontr .Porgi;on, Y l.éry ~ i ntos outr li., - ncnhurn dos q Is serl escritor não
seus ri:cursos em si mcsm . t<JI oom<> el .• é "num ocrto momento" , · primis&é a uma boa p rtc d ''signifk, dos" que entram em seu texto
r c11te 11 inn, por CllC pio. a Ungua ge 1or-11a pos j..,eJ, por meios "adqui- um.i alteração u lhe é: pn'lpria mas quç. pertencerá da ,u.i por día.n te à
ridos" um outro dJ cu~ , permite u,n \IS.O n·o•h.lbituaJ do habi t u 1, ins.- slgnifi ç.. o das I vr86 d li ,gua -qi.al ó cn ·o o "c:swdo sin<: ónioo''
um e· a ori inalidadc no que. · tcntemente e r lrtt nte. C$l ,i 1:m do frao como U aua, referido às significações, du.rante c;s.e criodo'!
c-o ds pari~ - na sua p ti tuicão u nivcr, ai c:Ja pode st pr~ rc-e ncontr r N"o ê ncrn rnc:sm.o ab traiij lcgCtim ; l! pum nçç· o incoerente, éoDstrui-
ma vlrgin ad1: lnl:i.ct:;. , da a p ttir da inc mpr«ns.ão total du que t uma Hngu .
A llnguagcm J;\ evcco ntcr a po iiibiljda cd cngcnYHJ.men lodeno, · aJguma vu houve, uma s6 Ye2. cm toda bis ó ria da humanidade,
vos 'll:r os" teriais. bStratos. sob íorma de flt!lavr · e la de\lc pos- uma (lnica ldóia n Y , um único d:is:çl.ll'$0 orl,gtna!, Í5$0 6 bast.. ote para
suir um "produ1i idade I' íc, " , Mas esse a pec.to o~ in crcs a pouco provar o quo 6 dito aqui: p1ópria Ungu , coÍlcSi orada" lncronicameo-
u.qui , po r uc e e e ri r-ne a lin " em omo código. ri êsterr , de ig- tc" e enencfalmtnte aberta à ''di cronla", ela cootmh4 a posilbilidade
no ujo termos e I QÕ<:s silo li . o e ded <: 111 defin iivo. e e-m cor cs- d sua própria tr1mlfot1na9ão e íomccfa•fhc "á vamcnt "os meios p.ar•
pon arte-ia bi-univ ca com um UU'(I ~is e • é \Jtn código. E · 1l1nd t c:fai : Eat t nsíorma irred tivcl a "operações" sobr,e i:Jemento.s de
um C'6digo ( .. liv ") se a ele w clamog o pcraç decerm inatl i de cn• a.igoilic:ação já dispooivei . maneir· pela qvil cl.a e n~truinonta na e
gc11d ment d<: ftovos termo. p rtir de 1.m1:1 .. base' ' ( familia de clcmen• pc:lft aquisi â lingwsti , apoht• sobre que é para (az;u sor o outro,
tos) d da t fixa ••. r,-:inc material•· strat da ltn agem ( istcrna d par· f~ er emc k o novo, deves ex !orada e refic:titla para ela m~a,
e partir dela mesma, el é orJ nal e sem rnodelo ou an, logo cm outro
lopr.
• ''Tu i ! <$.UA n h~ onO • u ltf'<!!U~• • qu 1)111 e.ti te u " '11 p uf vra ,p,ç 1 <J lrA lnvcrsl'lme.nte, é evidentemente também uma propriedade essencial
Sl r:líl1. de ~u ru i 1n.vm t IU I m.iq ul ft ck Í n..-crl<.-r ~"º ,,,b N-1Hlsnlr.-:u·:i l> ., • Jean da Una,ua como história cnge12drar como modiflcaçõc.s de. u "cai.ado.. o
Paalha, , l..nl1t11dr.~l1fftf1rr.,. O b1J1~ comp lctll51Ctr.-1,- .,._ 111,,., pdr11·~, , T .1 11 r . 3' , Ciwd 9 e é sempre integr vel num .,estado",o poder alie B!'·.SC.t.VLt l nuamion
por riic iden:nan, Lü. tnmüm ,1,, /°t>Sfl'J anrr/J•flg'1t', J 97 , p, 94, qvc; c,5CLucCl! Ã ~
funcion- t cic zrnentc, o t srormar constante eme o nlo-habit _aJ em
1 1cmcn1eo i rr«J1>1 blhdndr tl-2, i ili ·ac dócnmpo 11n, r1ieoa41 •IM!ur c~ise o 1<1-
h bitual, o original cm adqulrld , ser J!lqU s ção ou ellmin~ inces ,iota
e perpctWLr, t v~s diMo m mo, sua capaclda~ d'! ser ela pr6ptia. A
255
lln u,. cm sua relaçiocom &i&nlflca~e , nos m tu como a o ledade temporalid ade. O "Clipa o-tempo" (o R') ,w qual "s l mos" t · "rcaJi.
institulnte má coruit.antemeo1.c cm çio, e l1UD~m, nes e e so particular, d. de", e própri ''rcalld e" soei l-histór quando a eolocamo1
como ta «çio q o a6 existe como instl fd , não loquei o fazt'I' lnsti- 00 o simples cxt oridade, é ele prôprio p du o d lrutituiçjo iocial-
1 ntc conlltnlo da ociadadc. esscn J que o Un u penn o a a mes- bistórlca, e. mai5 alWt, cnijma i el'JninÁve . O "prc nte histórico só 6
ma, não permanecendo a me m e r procamentc. ão h veria nem s per 1cialmente " o e: das coorden d s' - cJ só ê isw pela po t la.
llo u11, nem roclcdade, nem bistórl , nem n das.e um francês médfo de neccssárl da lógica idc-nt.ltária. EJe niio pode ser origem du.s oo rde-
ojc nJo foue capaz de compreeo er tant ,~ R oflg11 ei /~ Nofr o mc.smo nadas, rq ue não é ex to p,c1 rna· vlolenta d asbtraçõc.s, "p o □ -
as MJmmres dcSaiot-Simon , como um te to inov dor de um escritor orl- tu •· . Como jé fi l dito n primcir p, rtc d te livro, ele çompr nde cm
ginfll Ea u.cocr lsro, seria quccer esta utre fu çiio f ndamcnl.41 da • i mesmo " tod qucles q ue ex· Hram e t os aqueks que estilo aind
lfaau.a., que é a de a @ur r a to a so iedado um a a s.c:u próprio por nascer". ele 6 ba[b do do int r or pcfo "p do" e o "por-v[r" que
p ado. "o dcsl caro o mesmo 1empo que o lixam" . O "corte inst.an1 co" da
O que li ua n mo ra., qu nto lmpOSJJbllldadc de dis ·n 1.1ir vid.i soe al• hí.$tórica (a '1 hi per!iuper1l o t eons nte ') ~ simp cs me ,
absolutamente uma dimendo sincrônfoa e uma dimensão diacr0oiea, sob ccrt aspcct , cômodo, .s.ob outros, multo mais lmportSfltOl, fala•
um d imcm1lo soe I e u rna dimensão história, parece lambe nitida- cioso, de referir e de d lflcar aquilo de que fala. enhwn d ºpon-
mente no nf cl d considoraçâ alobal. O "esp ço" soei J e l dó que tos" que oeompõcm pode s.cr cm por m 11ndo cc,n ldcndo separ11-
"e nt6m" só slo o q ão e tai como ~o por uo abertura i:on~tltutiva d mente da flecha. d orient ção e d larizaç o .. temponis 'que o ço-
uma temporahd ■de. · da, em nenhuma S,4,)Qcdade (por r ca, por constltuem e em 11s quais ele nada i. nenh uma d.e su "fibras espa-
fria que s~a , J, que nro scj o me mo tempo pre~ ça in nccbivd do clal " csaenc is pod ser c:on lderada ndepcndentcmcnt dll!I o lra.s.
que não~ m is e iminl · i u lmen~ tocon-cebivçl do que ainda' niio ê. M mo hoje podem ninda escrever uma. ótica ou uma termodinAmJca
Po r mal epctjt <n e por ma rtgido que seJ m os elelos d uu ativi- modc,rn s apó havçr tabclccidoem definitivo ai umas ropos.i to-
dades e de se: rit , a vi da a m e trl tamente prese, te de ;uocl da- mada da llska íunda ental - embora ff Jbamos que luz e C1\lor só sâo
de desenrola•Je 5emprc n refc~da pUcita e lmpllclt..a 110 pa!Sado "aspectos" do e · tente ico. M s não p demos rever u a ccono•
como na e pei;-e o rep . ção d quilo que é ••son Ji:nemc certo", mas mia, conden ndo o "r~to" da vida socW cm ai Um!\ blpôte,es n va I!•
tarn~m a ccne-z.a da ccn e diante da virtualid;,d da alteridadc im- rru que fo ncccriam "quadr inslit e onal" e s "dad c-x6g~ 0$";
prcvut e imprevisível. A wst~ 'a efchva do social é. empre de.slocada tudo o que íoi m rito r ult mais ou menos cm e ereicios df! ,1-
intcrionnente, ou, 001110 poo mos diur, çormltuida cm l pelo fo a e si. ra e entarc.q. km conteú o cfed vo. u pos,so mprc projei r um
Elo ~ cfd i prcs nte do "passsd " na l d" o e no adquirido (m u to volume so rc um ~ano. u a íigu sobre m c iico, 1 pera o me de .a
a lsm daqull que,, d tI-adlç- o e do adquirido, é e d vez nbccido. e - 1 entr mãos; u oio po sopro· tara vid social- · tórica sob e m
pli ·tado, levado cm nta): come, ela é c(ieácia pr n(c do "porvi " na' de seus "e 11:os •. pera o n-o me de:" a nada,
.intcci ,..o, ínccrt~a. o ctl'lprccndlmeoto (muíto al , tamb! qu~
daquílo qu.e pode ser levado cm c-ont , previs o, encenado num gr pode
pro bilid dC5). E quilo ern que e porque o social e figura se íaz ser, a
insti~uição, o q e é na jda em que. fundado portrá:s, e o foi par
l mar po.ssfvcl o receblmc:oto do q está n frente, porquanl instil'lti•
-o nada é-se não é forma. re me condi · o d q uilo u o.iad o ê, ten-
tativa sempre sucedida e cmpr lmpo lwl de col curo ·•pre.sentc"
soe· d de como ultr.lpa5 ndo-se pelos dol lad :s e de nel faze r o · .
• 1irem t· nto ' sad quanL porvir.
Esta iitu ·ção 6 incomparável, nio pode ser pensada, rtir de o u•
lro lu r ou de oulr cois.a que não ela mesma . ão demos porar
qul, nà d ■ maoefra mais exterior e fot1 do:!I ptfa linearida de do di
cur o, um "e:sp11ço''. um "temp "e o "q " ai e dc.scnv lve. A "dimc
lonaJI 11de" do soe el-hl tórico nüo é " quadro" nCJ q ai o socieJ-
istórlc: se tende e dcso rola. cl i ela própria modo de auto,des•
do ramcnto do S<Wial-hi ór co, Pois o soe· 1-hi t6rioo ~ • , ou rax
n ura. 1 o paçamento, e ltcridad ultera o dq figura,
256
V. NSTITUfÇÃO SO AL~f-H ÔR1
LEGEt E TEUKftEJN

Causalid&c:lt-i flnaJida , motivaç·o, refie o, funç o, catrutute slio


:tpcnas nomes d~ guerra da razio n.cccss ria e su , en e. Ut, dca<;C1ttdcn-
1c razão pu e simpte tornou-se s representante exdu&i a ap
uma evolu ã.o ·e o.trav~s de uma interpretação, cuJ ~s mcrg lhAm
ptofund mente na ias-~ituiçilo do !locial•lf tóriço e mo t t Esta ínte pre-
ta -o, ooeitten..,; va à lógica hero da 110 cn tid mafa amplo do lermo 16·
g'eo), é ao mesmo tempo corL~ub<sio.ncial. orttologi· que lhe cqm:spon-
dc: lm como a tese ocatr I dcs1u on oloain, a que <:ancebc e coloc o
sc:r como -d; tç,rmin do a "e. t-ãncia" (lume:'(!) oo o determina o,
con&,ist ni.una clabo ç:lo e numa e te:nsão <H Uznme das e ·a,anei· s
des l6g,ic,1. Hâ vi ate e nco século , o pettSamcnto gr(Ço~ocldent· 1 e
(ot1stitlli, se. ~labora, e ampth e.se prlmora sob e esta t : ser 6 ser algo
etc determin do (einui 1!),. diter é di-zc algo de determina.do (1( legtirJ }; e,
obviamente.. dii;er ;ierdadciramcntet determinar o di7.er co Q e scdíi pe-
las determinações do ser o e:ntão de crmiriar o r pelas c;l:etcrmm;i ões
do dizer , finalmetHe. con.s\a at q\J~ umas e ou ru !lêo a rncsm.a cosa.
Es 11 ovoluçjq.. t irfA pelas e i ências e uma dimensão do dizl:I' e cqlll-
Y11Jcntc · o domlnio ~ à aueonomiz· ção desta dimcn !o, n foi rtetn ad~
do taJ nem ioavítâvel; foi in tltuJçi1o, pelo Ocidente., do pen mcn10
como Rllz· o.
9
lôa;Jq dfflrit.iírla os cottjo to
mo me10-~culo completou o tdlfkJo: ante o ícz e~p odlr. Ma viu pro-
. Dcnoniino a l6g i de _que e tr: ta qui de !ógka iden tária, e turn- duzir-se uma unifi ção con ídcdvel d tnati.mática,ju ato oom uma i.m-
bCffi:, con e Cflte o a_na ronismo e do desvirtWI. eoto s p ai was, lôgi port fi le: elucidação e questões rela tiva ~ seas f damcn . Os dol te•
conJud~l la: por r ro qu;1 lo~o e: verão . Seu prillile io ê o dt oonstit uir sultados Clitiio cssen almente I g11dos ,à cons ituição e a.o descnvolvlmc:n-
uma imeruãoessenc!f\,l e: 1nehmlnávol, não ,pena da Unguaaem. m. de o da teoria dos coaj unios, q1.tc hoje r mccc a todos ~s ta.tn9s da ma.ti:'"
toda VLd~ e de t da ~•vid d: social. e em m õUt: ela está ptésc:nte mes- rnãtica su:1 li eua.gem e euis iastru entos ~ tares e !USÍm c titui
mo n . ducurso qut v1sarí; arcunscrc:ve-1 , rcl t1vizA-ta .;...io" •la D·c: sua p rimei re p rt-e.
maneira nu .. e te remeis atn
· d a, epo s de tantos OlUros, que
' u "'"'
tflizar" s-us· re- Os rudir11e ló.s lógico da eorle dos conjun b:npoJ1 m aqui por-
cu rsos_ - co~ fiumos <:on tanterocntc aü aqui - par poder dizer que que, baja o q ue houver do ponto de vista d própria m temática, eles
es nao 1aunfam nem . <> quê dovc ser i,cns do nem ~o q e deve ser condensam, upl citam e e e pli fica.m o maneira pura. aqullo que esta-
fdto. ' va prcsubjaocnteàló ic ide11tiáth1.cquc,m íto a11tcsdcquc~t. li•
._ A rea l 'UIÇ· o ma_i.s comp~eta e mais rl da ló ica idc:nti Atla é e la• vcs~ ccbic;l.o o menor cs cx;o de f. rmul ção, coiu' fü1!'a um dimensilo
.,.oraç o ~ a 11l a ernãuc~. ~ r'lt so, sem dúvida, que ê p ocis.o buscar a ra~ ess.enciál e incUml n vcl do coda tividadé e de toda v[da aocial. Este$ f u•
~ o ptfoc~p I do fasclmo que esta crcc:u btc a filosofia. d de Pitágo- dimeotos., em vt.dade, e,t bcleocm e constituem ~ pücitarneotc, ao mes-
at'
fllS e Platao Kw e r~ yem ser o~ mo dizer qm~ a n,e tern tica sem•
pre pa~cu oferecer o un1co'mode lo d1sporúvcl e efetivamente perfeito de
mo te po, o tipo de objeto om S1.1a maior genc:rari ' de, requerido pel ló-
gica I entitária, o $ rc:laç ncçessária o q use su1kJeotc:5 par que cst
uma ver ade ra demonstração, .i. uber, de um dcttnninaçã suficiente p a íu nclona.rsem entrav e 5em Limit ; tipo de objeto e rol çôes cate-
do qttc é dlto em sua iiecessldade. Esc.a r~ Uza retoma hoje a seu pon• e cidas e oonsdtuldas um pelo outro, um medi' nle o outro, insopara•
t<? de 0 rii'cm, o cin ~lve, ou melhor, se confunde rom cio, posto que, ló- volment E este li o de objeto e suas r-cl Qócs enã também lm pltcados
g.1e ~o tor_n for ahd.vel e deve :ser formatrzad , ou sej a , atcmati:z.ada· em od!\ l titui o d áocied de e. de ma eira eminen te, na in tituiçilo
lógt drta fonnaJ oma-s.e éJ cbr das prop~ iç,õe cá lo d prroi: da linguiaem .
cadoa. etc. Há aJ um cfrculo que a:cri supert\çial elas Ui r de vicioso; delln o "i ua" d c.o ojunlo, dada por Cantor • er,a; '' Um
este círculo ~ão ê • mente inevitável, e e.ire I ridedc é num sentido pro- conj unto i u a oolcç o cm um t o de ob os definido.1 e di tjncos de
f o~o a encl ~!lima des~a l.óg· • ela 6 são vici o& circulo nossa ltt ição ou de rl o p .imcnto. stes objot0s s.âo den 1n nados
l . cat ma. a tociah d e do ,5lstema form a necessariamente Il'Culo (cuj o O$ c:lc:ment do çonjunco." ão é apnar, mas po e usa de se termo
diâmetro ~rls!fl.etite pode d1lst.ar-s.ct, par temen te s limi te). Po toda não defi nld0'5 e: iodeffn.lvei s, de su1;1i cl cularid dcs e de &U U ingen I ades
-~tdc:m fóg!C3 lmear o u abefta (tal como por exemplo vm ordem hipo té• (q ue :p damente levt1nlm os temáll(()S a eHmht l•h• e subsút (.1 por
1ca-duduuvu) d ,i:a cm aberto qu t.ão d 'ustlfica o ou d nc:«$Si- 1 to qua l ou rro grupo de aidom ) que ~ta preten a defini ão é funda-
d~ e, d KU ,POn o de pu 'da , ela implica portan to que • te é ex v.:r o ao m<: - tal. Els exi be prectsameotc o cat2' tcr indellnfvel, 11 não ser c:ircul r•
d i$éurso em . u~t o e ltuado e outro ponto. Mas ta posi~o niio mc:nc.e. dos primeiros term os d tcori dos oonj u.nt s (e de toda lógic o u
pode petm:\ncccr eJt nfor a iodo d iacur. , da deve s:er retoro· da e j1.1stffi· rn cemática), m tn que sui ~ ests.b~edda de Si8Jd.a u que ela prcssu•
cad· no e pelo di u so;~ cm llltima in$tãncia, justifica ·o da primeira ~ sua pr rl posição, ct e ela só pod~ er connlt u(da pr upondo que
" cncontr .•Se o tota.lidede de $Uas con Bmçias, que sim funda- já íol ooo<Btitulda. Esta cara etlstica essencial, que deaomioo a refie ·vi-
o_icl'ita_!Tl o q~e as fund;un.e n a. Raconh clda e P atiio e ristót l", a dade objetiva da teoria dos oordu o tos e da lógica identltã ria ( e que: car C•
utu çao ~u1 descríta é pliclt da o 1.LOi vets.1 lizada no re sultado da lógi- tcriz toda instituição ori inária) é o ult da ou cnc bata p.elos trBt •
ca-ontolo .a. ocl nt 1, o tem ho eJian q u 6 necessariamente clcJi- mcnt0$ p tc:riores, as t.amb6m, a dcrm ição de Cantor condensa admi-
co. • r · velmen te as operações fundam.e tais e cssenel;tls do legdff, els cs1ab te-
A m~temátk" é ev dcnlemcnt.e int rmin vel. n1io omente quanto 4 ce, e pli ·111 o lmplicitamcotc.. os objetos e as réln~oos qu se devem
Pt-Olife cao de e s l'e$Ultadois. mas quruito. subst · ncia de su . déjas.
m u c o como lllmb6rn em o tros, nlo ,e poderia pen r que o últi-
2. N<> <tui: """' • Ji I rafiro• · e il. 1eot· · elita '"ifl wi" do~ e~ CJ$ Pilf nu.6<3 Que
11.pareQ;rlo e o !e1tuta do ~10. e Q e ·cj~ , ,ob tro ponu.> de vi,u e ''Scic
m.odctl'le et illlterfO&jil Íon ph.i(osoplillq1.1 ... Enr1d()pr,fJa Ulf/W,$111/s, voi 17. Oria1r,un, 197l.
a C$1JCCifll JI, 4 1 '48.
, Bclt~ce zu;r l l ~l'líNn ckr tr ffi · t<!n Mht'r~RldtH, 1, Ma1/t.. .c,uur/~11. <ll~(tm),
p, 1. •.
onstitu r pela pc QÔ do legeln e para ue opcraçõe po a rn
ocorre . tos ç ,o rcuald num tod , que 6 e e própri m objeto dl tinto deli•
/.l!gein; dístinguir ~ lhe1-cs1 el cr-Ju ntar•cont.ir-ólze . condi• nklo de ti o supc ior; ou poder falar como se pudci;~e reun t num todo
çio ao me o empo crl o da soc;iéd de, condlçúo iBda por qll lo cs di crsidadc da obje . A a li.:aç!lo dc.s1e próprío ue a pr u-
que ela mC$ma condi íona. Parn q e ociedadc po ' u i tir, par-a qÜc põe t;;im em que elej foi e licDdo ntcs ue pudes sE:-lo: que.:· da um
um ljnguo e possa· e:t inst urada e funcionar, para que uma prática dos tormos as im unidos num todo j á foi implici1◄1tni:nte e Labc:lt:cido
rdl tid ~ descm,olve:r-s , para que ~ homens m rclacionar•sc como rcl.lflldo nesse t do que ele próprio é, que II d1ver idade dos t raç s
uni rom o outros de outr m ncira que nil n fantasma,! pr ·soque que o defi nem e o dlstin uem (pouco importe e ele~ numericamente re-
de um form . ou de ou tra, cm determ n do nível cm de~crminadêl m • duzido unid de) te ,.a
sido reunida p a «:!t ~lcccr•form r-scr , lt!
da ou est to do fazer e do reprcscnt ocial, tudo hjcto. Como coleção num todo. o conJ ont ! unid11de idénll ui de di-
ruente com o que a clini ào de Cantor im lica. Pa vê-lo busta consJ- reren tcs; o q1.1 distin u.e o conjual do elemento e qu o csu,bclcci:nt nto
dc ar o _u e · cm J o nesta defiolç4 , s a consubstancialidade com 11 do c11ajunto como u.nid11dc d6nti í não elimina 1feren dos ele•
1 ica idcntíUl ·a, como mbtm com o q e e !Á 5Cltlprc dla.bc~cid n e entos que lhe pertencem, m c.oex.i te e; ela o u se sobrepõe a cl -
peln linguo ~- enquanl quo as difcron as intern $ do elemento ,ão p roviso mente
P· poder r lar de m conjunt u pensar um c njunto. é prccl o ubo lídas no . 1abdcc:imc1Uo deste, ou conside das QOmo não pcrtincnl
podct dlstingwr-cscolhtt-cstabclcçer-juntar-conlar•dit r objetos. nll• OU ioCÜftrell~ ,
tureza dellt objc~os impor pouco, a unJvers Jidade ê 11qui - as.sim i;: imcdllno ue o es,q ucrna-s d epa ç o e d reunião l rnam
c mo o u l cr alidade p tend I e efctiv.i d,a lln uagcm - absQluta: est possível o esquema da decomposição, pctmJtindo eocont r num Lodo
objetos podem orig:in r•se d3 perce llo o u da seus o e terna ou inler- dado, os t de tipo lnfe.r ior ou cfem 1os distintos e deCi d s
aa, do ~nsamcalo n sentido est l ou d rcpr t ç4ç ao sentid p· rtir dos qu· js i compo l . Mais eno.ricamentc, ~ evidente que os c:s-
mais ampl deste termo. preciso poder pe:n.!iar estes o 1 t s como defi- qucmas da Kparaçiio e da reunião se implicam e s pressupõem mutua-
nidos. no cntido de uma definição decisórfa-pr.ltica e distintos , I?. ptc •• mente. M, tnmbêm: dl.ur que tal conjunto o um conjunto de elementos
w, pois., p dar põr d tln indo - ou pod r fazer como • 50 pudci;sc dis- - ou é cm í mesmo um eJe.mcn o - que um objeto scj esta ctldo com.o
Liogurr -; é poder cstabel · r definindo - ou poder falar como se se pu- obJCl - o u romo C(l leçilo de o ~ttos - lmpli q e disporiham do es-
de..w: d 11nir, a saber, de: maneira que o q ue é visado ej também. criw quema t ndamental de qwmto a ... , (pras rf qtNJr us) ou 1.1onto ... (ê).
do diz;cr, designado suOci ntc e dcqu d mente, na vis.lo dos ou tro • FinaJmente e obretudo: araçllo e: reunião coloeàm cm açio a opere-
f:: preciso, ortanto, dispor do ~quem da separação, e de:: seu pro• ç o fund · te11t11l do lqdn (a impbc m e.são impliead por ela), d ig-
duto e ci J, semprejlÍ ressuposto 11 pcraçJlo do quema de ep.ara- n çll.o. q e p e supõe I po. sibilidad d individuac Ao eda reunião <lc: pu-
ç o : o termo u o elemento. A partir de que se poderiam e:: arar dois ol>- ro~ lrto (1 t{) como tais.
'etos, endo a partir de Ira ou ,c:nno - m últim11 ln t!nci 1 de um 6 Da dclinº · o de Cantor r ulta um o utra s6rle de c n eqUên ' as, Se
cerrno, o po nt que separ um segmeato cm dois - j á I b leddos como u t do pode ser reu ido, um outró todo tambtm po e se-lo e isso sem-
scpar3dos'? O esquema da se ra · o ou d.A d' e:rcção n o é omrntc iue- pre (por exemplo, pcla aplluçllo de e q ema de sepa ç. o e de rcun iã
d ul.fvcl; u aplic11 ão p u que j f i aplicado . M estabelecer um n primei o todo, ou se) , por citlro,.çllo de um pllr'le num conjunto da-
termo ou el me:oto como distin to e dcfln ldo implica ue o est11bclccimc11 • d ). atao, os c:lemcot par ir dos 9uai o primeiro to do foi n:tinido
to cm sua pura Identidad e prôprl e cm 5u11 pu a diícrcnç.i cm rola o a o mais dlretem dos cl en os do egund u nicam ente ,nqvanro t!_I -
L du que não é ele, ldentid de e diferença - pret.ensamcotc e nstruíd s entos, mas tarnbém enquanto lncluldos no se undo lodo e ndo no pri-
cm e1apas muito m ls tardios d ,n temáti formalizado, como cas.o! meiro. A partir d ai, o sua pu A dcsign11ç!o cn u nlo e próprios e:
~ rlicul res da relação de cqul 11Jéocia e de sua nega ão - são de fa to c:3• C:etlt •. e sua lnclu · o em tal ou qual todo (conjunto), 1& bcr, uma pro-
be tcida~ de sald , desde que m temâti ou o lt!geilt e meça m. pricd:ide, atributo, predi ado que lhCi f comum. ln_vcrsamc:ni , se um l, 1
Poder fo lar de u e nJunto, ou pensar um e nj unto, "reunir num predicado ê d udo de. uma m nclra qualqucr(pós. lrge11d-..,ie~, i::le pcm,ite
tod " 1:Stcs objct istintos e definidos. s ' nlllca, ccrtamcn1e dispor tolo juntos os elementos que fe ta. Sem entrar aqui nas d1s u Õé que
ti1Itlb6m do esquema da reu11i o.• prc::dso pode~ por os objct di tfn. a que tão lcv ntou b dct:anl s porqu-eclall n· o siio pct"tinentcii pu
que v s os, a 16 ic conjunl la lmpli que lmcot se dí. põe da
equ.ivnlênclu. operacion I propricd e1e~conju1110 ou predicado cl &se: wn
-1 f dtsn Uri TCUJ1i3o" ll&O IC qoi srnrldo q1,1e I e 6 d o~ e a, coajunlo define um propriedade de se elemcnt (o pe.rteacct o este
hon il ó d1t rcrw111 mnma artclu qll< o ,m1 '"sepalõl~j "., "dis.cra,
o". u11111:-d.os • te, n o l rn o ,'lóllldo q lhe, do ~ • 1 polo lo e: i,jun o), um predica dcifine o conjunto (form do pcJ elementos
262 par os quais vale). ma co a diz.cr uc a d.e llniçio can tori na im-
263
o perte11oer d um olemcato a coajun o fi-ooria ín termJnado). Mas
plica a orutr o do p r suj oilo-pre.dícado. não wmen e em gemi ma també: é evidente que lógica identitária só pod1? r ath, da, ou sim•
e-spcciiic monte: d z.-er que X é um conju t() é diz , n rs.!IQ lng· • plesnu te formulada,~ e somt t.e se bA, K cxi tem, onjuntos no cnti-
que édstc X pertencendo a X. ou. nas vtr õci. modenu1 que i;lliste Y do cantoriano. A 16 ic d.as proposiçõe-s, por exemplo. labor~ um
que perteo~ é pais diur que tgutnf! oois e prcdJcávoJ qun1110 a conj nto do elemento p, qr.. tintc» t dcfinld~ (e lndi Is~: nem
perlenccr a... ''conteúdo'' em os s blement0$ de \1 11 pr~·P çio , o aqui lsvados
Enfim. como Ottimo exemplo, ·eodo t udo lno ~as m· série d em considcr~ o) obre o qLJ l slodcfinldoidois prcd.indo (vcrdadeirn
lustrações: epar:iç-ã,o e reun !;lo 5e repc:t~ n, existe a poMlhifi dade de e Cais ) e um ce to nôme o de O[)'é'raçõos (ou rcJa <lcs). Is o é (()m_pt l -
íor ar novo$ çonjuntos a p rtir dos çooj unt já ~wbcl os; 11,vcr · - mente inde;,e dente do fa o do $CT a ló ka con lemporA ea formaUz a~
rne.nte. t· possi bilid dç ex_ige possibítldade élc repetir a oper ções de a oonjuntiza o aparecia j~ n o J(}fflClllt !\O O,tánott atlsto é:lico, m.as
paraç o ede reuníuo.El, cldge pois o esquc ll fur,d me1tti1J da itw çâo m lto antes. desde que existem ~cicdade e li~g~agem. O · mesm a man _' •
- que, arfás.já está ern a-ç· o na poseiç o de rn conjtmto fito e isto e isto, .. ra.. é i.odlfe cme, do ponto de vista que aqui 1qter , q ue a dcúniç o
lo c:Jcmcnto-11 do e untu) e e, como veremo , e um esq ema es eo- c.aototl a sej mt'cad çomo in3ên ua e tibslitufd por outra5 m~~ r~fi-
çial do fegeln . Mas II itcr çào da separação ou rui. rc:ani sobr os c-011- oadas numa foro:1,aliu'Çlo mais d sonvolvida; tod;is estas f, nnaJti;açocs
ju tos d do$, produz uma tQ'llt(IUÍ tobN? qual conC1'•e tiza · qui es- pressupõem a valid.-dc d definição c:;Uttofiana, na m!d da em que ~res.
quema da ordem - esquema q e, corno ver os a ptop(lsHo do leg~in, já sup&:m semptc: sinal estabc~ecídos com o .e m to! di.s Hn !ºs e defimdo
estll presetite na p 'bttl ade de toda as operaçõ de q e acab~mo~ de e reunidos 11um todo, o conJunlo de sli, rs da teona cons dcracfa. Tod
fa I r, Ot'\\,. um hi eritrq ia dê conjuntos p r nizõcs já re cridas. é l ofac-- teoria e conNotos prc 111>.õe a lógica ·i dentilária · e toda lógica fo.m:ili~
'" u_ms h.lc:rar uia de predicado ; é o m mo d zer q e esta p ibil dade z.ávol pressupõe a po ibilidadc de conj nti:z:ar os sioais s~rc qWIÍ
<:Orttém já tod a silog:[stic.a clássi , A nstrução do par séaci - opera. lsto si inca qu~ todas estas rormalhaQões são tivid de do ft~
acidente a partir d I 6 imCl<li.ata. Dizer que, para o elt1n~to x '1l()Ua lo gem. o quát é coaju.otiun te e ídentitãrio. A i11cr eia reciproca d lógica
perteooente ao coajunto , tal rcdicado é CS$encial, t diz r que e. lc pr tdcmtitárw. e d tcori.a dos çonju tóS (ou d.i matemâtica ronnal e formal!•
dic-ado deflac o eonjunt,o X ou decorre nce1Jss,ariamcn te d.i uel . qu~ o r.âvd) 6 penas. a eJprc:s$A.o do (~to de 6Cf""Cffi am as elabora~ões eupUci•
deflncm (por cm_plo, porq ue X foi es bekcido como in lu.td num ções d que jA estã em at vid no e pelo ie.ktln,
a,njunto Y, earteteri:iado reste prcdic: o). Df~r que para ~te mell-
ino ele . cnto X, enquanto pertencente ao conjun o X. tal outro predi.c:,. Afirmei qu;c a J69 iça identitária pode cr form h1ôa se e somcote
do 6 acide tal, é dizer que este prt.<Hcado $iÕ define pa tts de . Hum ni- aa bií, se t btem, coiljW1t0$ ')o se.ot do eanto~ano; com m:ds razJ. aín,
d d e mo.ralid.a.d pertencem _à e ên.cia d:e 6'cta te , c;or da pele e tama- da, ela s0 pode e$tar cm & · o nessas. co_ndiQõ~. Pode,." .~. ar q11e
nho, a seus cidente-s. também: dJu:r q ue uma proprle ode p tem um "h1f\ "e lstcm" ·o aqu.i apenas rere:rcnc1 . C!tnt t p 1billd e de
.sentido ,.11.tivatnente o col\juntQ X, t cfít.er q e exi9te uma parte nllo va- m pum deign çiio-. M se íos e sim. esta dcsà nação perm nc:ccri
zia de X dcílnid.a por cst.i propriedade, ou que existe pdo ~no.s u e~ pnoisameric.-e pum ilto. .é, d ignaç.!to de nad , designação v:u:ia, não-
mento lt pertencente a X, taf que p(it) scj verdadeira. Ora, diie que X! desig na.çio. O~ que J6gica idcntitârin pode ser formulada e colo~da
de: erml:nado quanto n. p sig ifica poder dher. p(x) ~ verdad ra ou fü~ em atMd.ido e uJ\lale, pois a dizer q e existem efeti~'dmeni~ conjuntos.
• ; e diier q~ x. enqu.lllllO elemento do «injunto X, ecompfetamcme de- Mu o mesmo tempo, e tamb6n,,. só ex tem oonjl.Ultoi ilao pda lóg'
terminado. ·go.ifioa que etc t dctcrm.irui,d quanto a tod.is os ptopricdti• Identitária, n e pelo l gmt. Nestuenlkló, a ló_g_íea i~tnrtâria, cof!'I o le--
de , ou tA:Jdos o, predicado,, qut. tim um sentiçt rc:tadvamc:mtc: a X, que gefn, 1 porta em dccis o onto]0glca 5obrc aq ilo <J.U:C i e a anatta pet.a
s,o podem defl:nir todas ru part de às qu is x pertence ou n o perten- ~ai é: uqu que e é tal que CAI. cm conjuntos (cor&aS e maç&.s ideatitê-
ce. A implicaoõas mo 6l'ica desui inocence tautologi ilo imemsas.. Oe rl.is). Déd$lio que 6,110 mes:mo 1empo, e~prcsdo de um criação, de uma
r to: parece evidente que se: um clcmen o x pc:rtenceote ao conjunto é êmc:$0 ontológ ca: conjuatos, • tu coojutltó& e o tidos de tonjunto $âO
dado, ão, o m mo tempo, d ctmi nacla , sem ambi · dade, odas àJ aI em diaote dtabC!Jecidos-inmituldos e como tais est o aum nov re-
pctrfes do X qua· x perten~.ou ni.o pe tcnoe. Em outras al vras: · o gi·o de s1:r, · o podem os p_ensar esta crfa o sem u~a re~ação sul t; ne .t
imcdiat mente afirmadOl ou J'legado todo o, predicador p tvels ~ • (lc a Jo parei,;\! iobre quilo que a prccf!'.dc; s COnJUntizaç4o lnsutuicu,
Ou á nda.: dfacr qise uma coisa •• ê dlz:er q ue ela é detctmfnada uan to pelo /t~m ap6.ia-u,em parto, o fato de que-o que ela éllconcra dl;i te de
tod os ~ s l)t-edicado p s Jvel~ (Kant), si ~ ~m partt coajuntídvel. Ena relação suí g rttrls · apojo parcial ia
ti evidente qu.e a Lógica idcnlJtària s<sia pre :sup t · pc-1, tc:oris dos wtentaç!o da s.oc'edade no prlmeiro trato. ou esua o natural. do d •
conj 1110s: ldentida e e difetcn est~ presei, cs oa <lefiniç~o ntoria- do,
na, d._. m . ma maneira eom o p.rlnctpio do círo excluldo (sem o que,
264
lnsCltuJ(à1> s«lal dos ço.Qj ... nCM
mcn te da lóg1e· conj un tis • mas de um 11tetl do matcrl l espc:dfi d s-
Resulta Imediato que própn e:iti êricfo d.a socled:idc como fa . t , socialme tt inst.itufd , o da w itdade e da ~poca do pcs.q I dor,
'1."1/n:pr ntar coletivo an6n1mo t: rmp ívcl (pcl menos incoaecblvcl . _ nas m _e uldadcs nio nos podem! pcdfr de ponsto.tar que a inst1-
p r nós) sem a institujçã do lege/n (do Js1inguir-.cM:oll1c -e. t bel T• tu1çao da ociedede 6 s-c prc l mb6m nç sarlamcntc inslilu ~o do/
Jun tnr~c-0ntar-dlz.er) e P. aúvida da lôgJca idcnliuiria nJun Í$la q e Ih gein, n e pelo q u 1 <!escnvolvc a lógica i:onjuntl 1.11-idcriliLéri ~ l'orquc
t: [noorpor d· 6 usim - eis uma qu t.Ao que nos fntt1gar6. mpr e que não po ercmos
f: zer-rcpr cotar M>Clnl prcssup~ mpre e se refere a objetos d is-- jamal! verdadeiramente captar. Porque n, o podemos nem p~nsar aem
tio lo e ddinid • po_d n~o ser reunidos é fo m r todos, componfvcl! e faJ a andonaado b olutamentc lógica idcndt/lria, podemos q
decomponfv s, deílnfvci por as propricd11dcs ckterminadasc s:et"Vindo ·on4-1 ut.ili~ndo-a, eolocâ-la em dthdd C(lnfirmMdo-a m part , &te
de sup rte deílnição dcsl :.. Isto é ve ade quoi ucr que se;j- ,n o ti - p rquc é, cm verd de, porque do legcin, port _nto tamb6m p rquc d·a Tin-
e o eontcudo da organlta o lo ai e det ada. do mundo e de s' mcmna agcm (porque Linguagem não se reduz e> lege-lti. mas 6 lmpo ~lvel
que a soci de institui; eJ;1 qual ror o modo de~ amonto ~pUcito sem CSlC, sem que, taJtlbém , aqui, poss mo diza porque), ao qu I só po •
que_ a aeomitnnha; por mais ma~sl~e· u sejam s i nificac;õcs im gi- demos r p nder na e pcl lin u em , Isso e duj possJbílida de po•
nárJ que u t ntam c:sl o ruz.açao. possível que detormfoado obj _ dermos fn;cr • teoria e &e re. pdto, mas não o de elucid -lo, ao scn !d
to vi. ívct P?SSU pr~pricd ~e lnvisfveis; que uma dcte ir,ada P,edra o u qui dado a stc termo.
um delermmad a ,mal seJa um de s· que, criança eja uma recncama- Dizer Lud Isso é dizer que dcc · ontológica aelma mencionnda 6
ç· o do api.epas:sado ou o próprio artlepassado cm p a; é _po ! el que é~ parte bem Íllnd.arnentada; ou ue a cria ao ontol6gice que "Prt cato
tas a tnb lç&s. pro riedades, rei Ç'Ô , maneiro de ser sejam vivi . ,a crus tu o da soi; e decatâ apoladasobte um cratodaquilo u afsc
fala.d • pen dil e a,u~da.s na n ridade n duplicidade u (ao5 no. S,(); eacont r , e> que igaHlca que el encontra aJ um a oio e uma ioçita
olho ) na oonfu 110 ma~ lotaJ. 1 o nil.o lmpede que pr iso, absolu- parda . Dizer que toda clcdadc que co hroemos peide c11i:stir instituin•
tame:n1e e sem r , que ead3 vaca e to~ vaa f a parte da v ai , quê do ma lógica idcnclt rla, ~ dizer que c:id.st.c uma e.. made. ou cst l da-
el não poss ser touro, que ela proc e, com uma ç cu pratle:amenlc quilo que li, que se d ou s.e prese ta. efetivamettlc oomo podendo cem•
ab luta bcz.crr . e novilb as; er:i prcçj o emprc que njunto de 1:a- dlttÍt' a uma organlzaçãô conjuntista. e estrato. o p mciro trato
sas forme a _aldeill que 6 uto aldda e nos a afdeia, a ucl ua.l nós pt natural, o que «i.s e pr-esta-1e intenninavel cate m tratamento que
,~ncemos e a qu~I não pencncem os de outra Jdcja, nem os de ncnbuma nele con • ui e meotCJs distinto e deílrudos, pO<lendo empr,e e:r reu-
ouLra aldeia_ Se preciso, b lu1amcntc e mprc, que facas corte nido m oolcçõe demard~· , ponuindo sempre propriedade$ uncien-
que •_égua nu e e o ,fogo qucim oci«tadc n ó cm conjunt : tes ra definlr elam:s, 1:ouro mando• stmpre ao. princ[pios de ideotl•
nem sistema ou bíerarqu1. de onjuntos ( u de estrutura ): e la em 11,11'1 e dadc e do ra:lro e11:el Ido, class ficáveis cm hicrar ulas e Jutt posiçõe
ma ma d~ masm, . Ma~ b6. uma dime o i ~d1mlnávc:I de fner/rep re- ou cruz:amQ}'ltos não wnbíguos de bierarguí . Este rato p ui um re-
tar _soei 1, de toda v1d o de tod rgamza · o ocial. da fn51 i l i o prcscut ntc fofltlid vel na pe a do ser vivo, vegetal e anim l, com o
qu ~ desde :su origem, 11 cdadc lida lmcdi.àt e incvitavclmc 1e e que
d _oe1~adc, ue é e só pode ser ~ongrucnte com 16 ica identit rfo u
con;un 1sta porque: da 6 t bclec1d ou impleimc111 : é, em e por esta comp~, ta.mbém imecliatamcnle, ua própria mal~rin. AntllroJJO$ onthro-
lógica. por ge,ma repele in ru;· velmcntc Aristóteles: 6 m homem quo cngcnd
o h?mem, 6 um home que o homem cn endra.. exl tem, por i, espé.c s.
Sena cc:rta.mentc u erro cruci ~ um assassin11to do objeto - s. a. j. in<l1v(duoa como cxc piar-és e um iinero diícrcote que pertence o roes.-
nato estruturahstn.- prettndc:r q e e ta l~gl esgote 11 vid , ou mesmo a mo. Não somente propricd. d cstllv~l, os ca ctcr s d ·sório sufi-
16alc , do uma so1:1cdad~. cri rcnll?ci r a pensar e csv a a questão: cientes :s o lntrinseea.mentc ncces rios à e tfod11 do ser i e> e do •
c:omo e P?rque um oc,c~adc d d dLStiogue. escolhe. estabelece. jun ta, mcm que vive t: uc vive: disso: mus tem~m o ser vívo se apresenta como
onta e diz • b t rmos e nllo outros, de t I maneira e n· o de outru; e r • realizando já cm si. o para si, uma 0c111junlluçi.o-hlerar,qululçJo aristott-
?;e , oo~qDcn1e ente, eo se os coojun1 s de elementos ntabclecid ~ !L agru oda e~ ~eneros e C'Sp~cies plcnommte definfvei por reunião,
i>el: d1fe ntes oeiedades fossem dados uma vez por tod s u rr - mter,c:o llo ou d1&JU0 o de proprfodad ou de atrlbut •
pondes.sem um 01'f,!anjza '"o cm si do d do o mesmo 1c p indubitá-
vel e plenamente po u(da por aquele que fala (qual'ldo at~ m mo os ter•
mos masculíno/femlnino, enquanto tcrt110$ el 1, e não bl lógicos, · A e taçio da sod~dllde na natvreu
ai cnui Lrutltuldos., o s~o diícren~emc:nte aqui e C11;1 outr lugares). C 11> compreender cs1 us rotação na dimen o coniuntizá el do
Em todo estes sos li • mtcgral e 1n cnuame te rmsi nclro, não so- primeiro !:$trato naturaL, Homens e mulbc:r vivem cm uma eledade;
66 267
podem ser rcconhccid sem · mbiguidade (biologicamente) como ma- .eia os po a in cr o na rc:dede ignlflcaçõos lm ioâ.rl socJals; b ta
eh · e J'&mea~. n cnd m me ino e men inas que são, e pre e cm to-- considerar o que ocorre, nas dlvc:r5a ocicdadcs. oom os r tos aá u :
dos o lugar , lncap zcs de . obreyjver a não ser que soj m culd dos por <! ão forç fl ·ca .superior do macho humano u a m Lrua femi-
aduh durante um tempo bas nte longo . Tudo sona.o procede nem n na.
da qisla~iio d consciência Lr,mscendcntal, nem da in$tilui da ocie- Tslve2 a a.ioda mais o \Je significa a cnta · o no
dadc. Os conjuntos de homens e de mulhere.s, ou d.e crianç ..s que n o t to nat ndo difore1t crlançu-adulto : nes e wo
atingir m um dcterrn nado grau de matur. ção biológica, silo consldcr • n"osorncnt se criança 6 instituída cads .vez de Jttanelt di-
dos cstril me te como Leis, dados turalmcnte; as.sim com são dados ferente e 001 um loor diferente.. nã ente ela ê rar mo te uma; rnas
oa1ur lmcote s atribu os ccr os ou e.&tromil.mcnte provlivc· que os afc. d i&poio e incll ~es uc nstit encontra no fa naturalsd:i
tam. A i stituiçilo d sociedade é em prc obrlgadfJ a te r cm co11si er - m.ituração, ela pode fazer cam qu )quer co a. A únic-a inva-
çio esta repart ção d coletividade (con ºdcrsd como um conjunto de riante natur~ aqui é csUl ba ade a: é p ci$ que a uém se ocu-
c:.ibcçu) um ,u ol'IJuot ma. eutino e num ubconjunto femin ino, mas ·pe cri nça (alí cote• , e•a) dut.tnte llffl ocrto tempo. falso, ló-
este levar considera o ocortt em e por um tran form çào dó foto gica e l"C'almente, que esse algu!m deva eccssariamcnte ora u
natural de scr-mascul no u de liCf·feminin cm sfgnljlcaçàtJ imagind.ria fsmill bioló l am oont da e s poden] ser ad ou
oc/JJl de scr~homem ou de ser•ornlb.et, o e se 11 a ao m111gna de tod<Ls a parti de meato. c riança mais velhas: sas oas
lgnifica õcs im inár as da soelcd11de conlliduada. em e t transfor- podem ou miUarcs o d sansuc com ela; a m ç s
ma~ão omo tal, nem o teor cada. vez e pccUico da !lgniflcação em qu sucoss vas anç podem aMiO a etapa de su .atu•
tão podem ser deduzidos, produiI os, derivados a p rtir d fat natural, ra lo blóJ provas !lrbitrarlamente institui suas
aempre e em toda p rte o mesmo. E.1te fato n11t al faz com que e.xi t m ati vidades reprimida,, tolerad , noradas, es\lmu
marco; ou litttit para iruthuiçâo da t cied de· m a consideração das, olen • el em participar desde muiw oedo
dert~ ites fornece apenas trivialidade . Quando eomo realmente lrabaJb ou participar du rante muito tc:rn
ocorre deterotln.ad1 sociedade rcaiea obriga o homem, dur n e semn• ainds e · ~ pazc.s; contrair casrunento m ito lcmpo dep .
nas após o n scimento de um cria lmitar II mulher parturiente e de sua maturidade uai, antes d ta, ou d de seu nascimento; e u1m
eupa seu lu ar, podemos mo,trar triunfalmente que cl nio p deria por diante.
jamais obrig •lo a dar à hn efetivamente. Mas p rn saber i5so ilo tfnh • S\l tenta que ilul · o onc ntra n cstra1 na-
mos nenhum nccessida de considerar socie: de, dcríamos tet•n t r er imerior à soc· ap rccc e é vago e looglnq o .
contentado com o se1'Vllr a cábras, O que nos importa t cvlclen ementei É qu e se refere ao t sigoHieaçõc:s lm a · nêiriss ins -
como porque um .sociedade obri • os homen imitu a situação do tuld gninca o me mo tempo, inelêminávcL.
out xo o que s nifio11 isso? Da me!im maneira p e-se dize . eatá não ~mente enquanto c:on • lol6alca ( · · · ~~eia
excluído q e uma sociedade IOBtit ~ orne- s o a mulheres de maneira d ocicd d mo ~ oto de l.nse unl ta-
que ~am, uns ra os outrOJ, o bsolut ment nilo-desejàvel. fas dizer çio efeliva i pda i • cdll~e. ~ o de
que ucn de ejo hei.erosseÃ-ual mJnimo dC\'C er tolerado pelai úituição da ção quais 1m gmárl trsrlam
.socíedadc:, w& pena de cxtl ção tápid dá~ letividade considerada., nllo de r;f. • Qual or emplo, o teor dasig.nlfica-
diz alnd nada sobre a intermfosivel alqalmia d desejo que b TV tno.s .ll inár 5er--cr cuJações e uas milicaçõ . ~
na hl tóri - e 6 esta que n interessa.• Da e.sma ma eira, o fato natu- o s.ahor c:z. • a que c:Juse pertence e Qu a
ral ode fomecer um ponto de apoio ou um inciUl ão p ra tal ou qu 1 em de M! pa a íl.xada pcJ tal co o rae 1-
i utu· o da si aili çüo; mas um abi mo 5epara o poio ou a incita ta dos reg· ros de es.tado v1 , a entrad na e escolar. pela
d cond ão ncocs ria e sufic[ento. poi e lncita~es são levado! cm parllcipaç-Ao cm t I ou qu. J ccrim nia do inir:laç:lo o pel primei•
· e nsid~ ão aqui, mcnospre:c dos eolá, nuJ dos ou utilmld<r.1 à. vc:&- ra$ regrà - i: preciso sempr.c, que o le ~lrr soei I d ido fi ~~• de
ss 111lhutcs. e em to os caw f ornado transformado • tran ubstan• Dllinc::ira unlvoca, termos de roferêne11 e de d o, pemltltndo
di Ling r e jun t r, noi a t..» o cu rs · , os ei~ das clau:t~ ins-
t.itoldaa ou scj • penoitindo'd las sem amb Ora. t.a pm•
sibllidad~ ó cxl te por o ro tr111to o;ltu.ral ~ conj ntiúvel -
S. Mcamo m é n Ul r<1l lut1mcn1 • YO num•- porque podemo recort fi nt tmcntos singul r ao nu do
0

1 elo nco-6t ~d o~ taraC4lc o dcicjo b~,cro,~u:,J t<1 m Pr-


nai,lda S idt.J de 3oc,k(j de ir 01~ o "mlte de
devir, por ue a pcriodi de nalural de ocrt s renômm_ fornece um
• a uto-oli tnbull, U,i plil./flt! d j'à'"fft, tr. fr, l!nl . suporte à dcm reação i: nt e meo, rável do tcmoo I tltu ldo ,,,..._
268
A tu .ão f cnc:rtciaJmc:n e ao I ga no e s referi: · 1 apoio d, 11.sihh, q e o seir vivo dispô.e de um p ' 1 teiro Jiltre>-tr nsforr dor. Vt:.lo
i11stiluiç o sodal-hlstóric:o na 11a1ureza, por- assim diier, cxtern,d socié- q1,1at uma p,nte do ~tÇQntcelment "obi ·vo "li t i'I form d· c:m acon-
dad.. (A expr õcs ln~rnu ,à so iedudc e nh:rna A soél dadc · 0 cvi- tc,çln,cnt0$poro o ser vJvo, cm lnform çio p9ra,,e.1e:, de om segundo tro•
dencc:mcole ro:;s_eJro. abuso de linguagem) . Poderi.amos dl7,cr que a 50• transto,m,dor, que d ferénci no cóojunt d , inform11çíl m su~on-
ci ade cncon ra dcs .. o intcio um p rneiro estrato natural - aquele do jun1 de inform çõcs pettlncnt o um su bc<>njun to de lnformaçôcs fo.
qual c~crse a hu~amd· de - 9uc ê nilo somente éónjuntizá,re(, m J;t pcrti ncn tc,., ou ruíd • é. mai, além, de uma sé e de dlsposilivos q ela-
conj11rrnzado por :si; t!$?é>cfos vtv s, var-ieda des de terras e de ,nlncr i boram os cl en os e l.nfonrtação per, ente, atrlbuin-do-lh , por
~·· ª· estn:~ s nilo Cllpcrar(Ujl e em d1tos ou J s ituldo para serc~ cmplo, ~- os, v I r:es. "ir1tcrprct· ç6cs" unilvocas - a partir do que, p
d11Hintm e dcrm,do para poss lrcm propriedade biveis e formar m dem e11 nu em ação di. positiv ("program $") de rc~~ost • (Os ,,oonte•
d~ e . ~ ser d í t/lnosc definidos sob que pon o de vista. po uir pr • cimentos lastrôíicos p ta tal ui,o de ser vivo ~o fr-onl'l!ira dos ae n c-
pt1edades cstávels com r efere e ~ q e, formar classes aos olhos do cí,nentoll portintntes, ante os ( uais não se dispõem~ programas de rcs-
qucm7 A evidêo~ia iluroria uma rsan.ização do.d e atribu(v f da n • po1ta.~ Assim, as onda rádio não existem. ou o. o si nad, , p ra os rcs
turu.a. qu . soeiedadc \em apena que retomar, queu~ja sob a forn,a de lvos tcrres-r.n:s como tais - cl s níio são ·wement do conju to de infor-
um! ~onqu1s P ogr~v. da I ai a desta organiui , de um destaque mações d finid po r e p.lnt c~tes autômatos· em ta o tafo.s !.t>larcs se-
arb1tr,, o nc, ~1 rgamzaçao de elcmer, os formando litema e~tr lu- jam ai _um coi · para .r granck 1rulioria deJ - mas são Lgo para a
ra o de ucna de!ermlnação pola própria n .tureza, inclusivo a naturc::za pia.tu.as, po exemplo e algo de di forenlQ para ta rugas do mar. A -
do ~o~em, ciaqurlo qú. v i ~r lom do, cvidê11ei Uusó rtilhad si • tamb.em, 6 prováve~ que: lxla parte da inform çllo sensorial recebida
po.r ro l,lffiCJ"Od u1orcs, de r11t 'vi. tn uss, evidência que só pod~ r4!• 1 animtti s supe ion:s eja níí -pertinente. 1 confl ura~; do çéu os.-
pousar, quand~ . !xa • 11m de peno, sobre um;1 id~ia bà t nntc cstni- trela o (Sol, u11 e fonôm os exeopcioo is pane} rovave.lmertto não
~ha; o boTem m1 aJ ~ ª•· o in smo tempo. um p ro animal e um cien- pertinente p ra os m mffero que po~em p,erc-ebê•la.
t,st do &ecu l-0 XIX. 01 e:odo de uma amnésia par<:ial e 1ran~tóda. Pod~os ent!o dir;e:r, que o ser v vo íaz se, para ele um pnrte do
f1 tq~e um ienu_st do~ 1 XIX? Porque a representação· d mundo "Gl)jet \'O"; que · tabelccc nesta p ttc uma divisão entre um b·
LUteú. ubJac: te às d1scu~ sobre as rela1;õ~ entre naturou csoc:ioda- oaju to pcrtine.ntc e um sul>conju1 to niio• . rtinc,11tc; qu no .,rimei.to
dc, ,ou. natun ~ cultura, a id : ·a d wna, or nlzação d.ada atribuJve (e ele: estabtdocc novas svbdivisôéS cm c;l11ssc.s d aooniedmentru definido&
i: senc:1aimc~tc: 1 to é, ontolog1camcntt 1mp!cs)d-a o turez11, ue aso · c:1- or suas propricd11des; q ue.. conhece'' l0I aconiecimento como ins 1 -
1!.ado podt.l retomar por part u progfl!.~s[v mente, é, Da w;rd , e individual de uma classe d· da~ e que ele esponcta. lcva11do cm conta o
penas fant Ia incoer--cnte de um certa etap d.a ci&lcla · dental. c:onjun lo de outrll!I informaqões pcrU ocnl! e qw: dí1põ-., e de ua c:l Q·
_ ~o fadam os ncandertalianos p r t onciliar reladvidadé g~al e a ração, segundo pr ram.as d dos e fixos, q e pode: , é etaro, ser de e11tCre-
teoria dos qua nta? - M quando lál~mos de natureza tcn,0$ em visto os ,na riquun.'
ptel0$ ~:i nat.u.cz uc são pcrtinenl , para a exinência do h<m1cm. - Na mcdid em que adotamos esta descriç:;1 · e es liogu gcm (as
P· a e:u \l!n,cta d:
q_ue homem? E pettin ntcs cm fu.nção de qu-1!1 ~ quais, 6 prccis<> lembrar não sorneoté o o têm nenhum prl ilégio nbroll.l•
que a cJt[ teoç1a d JaZt das de pc óle ou a íusão do hidrogê lo, são pe lG. ma.s s~<> 11pén s a e~rcss o da n0$$a l6g·ca identitária cm dçtcnnina-
tlne~tes p ra o nomfftl. erá que a d snaçllo du O r-es ou d;u estRl sé da etapa ,e sua e plicitação e aplicação), p-0dc o, di~r que o ser vivo
pcrüneote p ra o bom m? Será que propricdad dali colunas d• ar existe e nju.ntliand p-:tr cs do mundo (di 110 uindo ai olernent0$ qu,
vibmnt são per-Unentes p homem'/ ·
Existe sarnente m pento d vist11 pa r do qu l oderf· mos efetj.
~ mmte tenl11r captar- os 11Sp~cto.1 d natur, a que s.ão, 1Je •'rlrlçwr. pc ti•
nontes par • homem , e ~apt •los no qu11dr d uma lógica idcntl~ria: é 7. f'orq~ · to é :a., m. um e, tro ino u., O dis .,., d(,•
o p ,ito de v1 t que con ide a o homem com puro animal ou oomo SÍtU• ot dis.po vos li(, ;<!r "1110. p.arc ·~ ô pe>ck:t ni<stir 00111 ~ e u-
pies ·vivo. ~ le® o im di-
, Podemos o ve,dn:de dcsc:n:vn o. er ivo como um 11utôrnata id~n•
V<enH (C)fllt llOII do - o Ai
~lcknw ", De LO~ maMtrn, · prqvá YC o-
t1t n ~ <:itlbora umu t♦1I dG11c,lçâo ·a ~rktmente ln:.\lltoitn)tc, Oir;, n~, ~• n ,-bi 1;>erlma11u:s/ niw-f1er tinçn1u, n.lo • aom "'ílitn" nem "do-
íln id,r.t , o limit«i a ,;1 • ..,,tça, ,1n fiel • •o oomo uutõmu.to Nl-entiJ6.lio
8. O lcrr qui - viole11l1J lb< ~ e dG l ~e •ll~I at O
lnnlú me pc:ln q!Jll, n~ma c&Jla.. tAI rnoiêci11la é ·•rr:ccmft · do"
, lcmbcc,mc,. que u..1 . ato lesn umn !lig;nifltoc:10 to aJ~nte dlfcrente de rob6 o cotn pn~nl!1!nt - \Jç ,nn1tltu.11iS, q anti> o • • ~ • n lo 1k uu 011()
·•1miQulru": 11.1 ,ua $1f!;lll61Nl <,)lk: ~ move o si ml'.3mo, por 111n cio 411 um u v,d n. não 1 111mln1rna im rtllncia·i»rn u. csent dw:1.UJiiO,
210 211
possuem proprêcda~ cs áveis e lendo p r-a ele enqua to i slând ele d~er que ele . podería !i ora o u trans rcdir t.i organl - o fixa ~fflá·
ela ses . etc), aqui foda deve os dizer (e utolog.i mente) que, 5(!' 1-0 ~ Y'Cf, sob pena de colocar em perigo ma exislêocia en uanto ~er vivo; r
possível, i porq e aqullo queê, êconjUJ1tizáveJ a certo nlvol. Mas e ltl(.)- definiç o, lc jam. Is poderia íga orá-la ou a sgredi-1.a - ~lm com
menco atMum podemo afirm r q e· quilo q e ê, t of~~vamonte e 6 irpe. alq outro r vivo n· o pod lgnorar ou l:nlM$redfr aqu'lo quo é,
na u.m.i h. rerqui únk e ~m orcft da d c:onjunto11. adas bcmos a •para de, organizaç-ào da na'turcu q e corr ponde o sua próp.ria oria•
resp 'to (e ana.e-s somos obrigados pen a.r que não seja assim), Só J)-0 nízação.
m dizer ue, tal como o e; ptamo.s hoje ~m dia, r vivo emerge como EslJI org .nàzação xa ~ i:stAveJ de uma s,arte do mundo homó[oga à
c.sta belece-rtdo conjunte» e tabelecendo-se cm e pelos co \mt , Um Ofp.rljznç!o do homem enqu nto simples ser VIVO (que 5ão, é claro, duas
coelh e um caçborro s o, um para o outro, ln$tânctll:$dc um~ cl e de.íi- parte:& compli:meotaru do me mo sistema i:mra um mcta-Qb$c.rvsdot, por
nida por propricda~ « l ,ds, ''coisas" ~ ficientemcnte determinad.u, e,cemplo pa o homem na medida cm que tent faut tcori disso) é o
M o que , u a "cols .. g n•oricamc e? Aqui, tanto ci61ogos como ue denomino o prim to estrato rliitural sobre o qual se apóia a ins ilu
biólogo~ ciqueccm. a maioria d · vezes, n/io somente sua filo~o lla, mas çâo da socied de, e que ele não pode pur e simpJesmeote ia oorar, em
até sua 11 ka. Porque a ra ta, "e~stc'' (hc,/e-) um dança de elêct.ton o forçar.
de ou tras p tdcuEa. elemcnta cs -o cotã o um çampo de fo -ou e OI er uc a lituiç· da wcied· de se :suwmla sobre organlz ção
Ldo torçõe locais do espaço-tempo etc. D entro d' o, os S>Ctes viv ins- o prim ·ro estrato natuml signífica que ela nA a reprodu~ não o refle-
tauram "cois " e lnstaur.i.m co o "coius '; ÍGzem existir par~ cles te, n ão ê de1emrinoda r e de uma ma.nelra gu.alq1.1c . ela al érn:-O ua
traduQôés d um nómero ínfimo de con.tcrlstlc.is daqulto q ut é, lJadu• uma 'e de oodições de pon tos de apoio e e incita o, de m rcos e cfe
~ es que do o que são e ta.is como são tamb~n! -orque; o filt~ obstá los. Na llnguagQtD da r;tá .nu prcc:ederues, a sociedade., c:omo
tran formadores qu e s faz.em ur são o qm são e t~ como o. Aquilo i do u tómato, define s u · róp ·o uni verso do dil>Qlrso; e na med d cm
q e~ par-a o cr vivo - inctU11ive p ra o bom enquanto stlllpk aer vo gtio sociedar;f não é simp lesmente a espécie um.an a enquanc.o bnp!c.s-
- coisa e propriedade tável só é assim pel <!ará.ter ,011:\rcma en e rtidi• mcrue viv ou animal, este u ivcrso do discul'$0 é n«~a.riamente dtfc•
m enta (ou clebor ado) de scu íillro transformador, e do su.t ••r !agem rcn e do animal h mem. M u to mais: cada aocied e pa.rtiouJ ar é um a.u-
te poral''. Com outra "teguJa em tempo al", a onfigur o das mon- tômato de t po diferente-, posto que {e na rnedid11 c.m quê) é$tabcltoe um
lBl'lh s e d0$ contin ntes em:a es poderia ser tiio mutável, p ara um 'universo d discurso diferente, u seja, i;>O!to que a nsti tuiçllo da s-ode•
vivo, quanto forma das n uvens num dia ventoso; CQ· o, talve , o que du:de est.'1 elecc cada v~z, aquilo que. p a socled de co idcrada 6 e
nos aparece corn o a cxpaosão do unhietso seja pcru1s a d stotedo co,.a• 11 o~. oqu.ilo que é pen Ilente t a uUo que oão o é, o peso, o valor,
~o de um 11ima l uc par shamos. B que ''coisal" crlilmos, • o poder "lr' duçio" d41quilo quõ é pertinente - e a ''rcapos " ~rrcsp dentA!:
.sc.pa dor nos · retin fosse de u ro icroscópio elet rtic.o'? - ert.a• Mu se examinam de mais perto oi tttmos que acab, m de se utih~
n1c::ntc udo lsso 1101 traz de volta, mais m vez, às proptiédadi:! d quilo d , w nstatamos que a &letáfora do a utómato 6 · qui q ~ q~e ~a ·a.
que é, ao fa to do apresentar-se isto , at avés de se- cst to sue~ lv~ ou mais ex wme:ntc, que sociedade ti é um a\llÔma o 1denutáno ou
co mo ora11nitável e, em tlltima instância, por do $cr qua lqijcr roí n ~ de co~junt sta, qua lqu que ,tja o grau d;e complexidade de um tal a t•
qualquer m · neir . as a bêm, o qu.e epatcco d ~t como or m~- mato q e quiséssemo considerar. l o á dever! cs ar claro a. parúr do
do ê in rávcl d· quíto que.o ra:imiza; e e& e ckc lo. podemos ap ren- fato de que peso va.lo , ' 'traduçã " de inform!lÇÕea pertineo cs, "r
t mente dilatá-lo ilimitada e te. mu não podem sair dele. p-oú," a 'estas n· Ô ~o rwid s p ara '1m oole4idc dada, de manei! unf-
Poct· nto, rcferir--sc natureza como a uma organ~açâo d d • c;:omQ voc.1 (muldvoca flnl · ). Mas, ulil most.rá~lo a putir d ma 0011 lctcra-
11 um $i tema de ooujuntos, como sub netida tal ou q l particul tiza- c;ã.o m s e!ementar. . . . .
o da 16jica Mc::ntiliria (p0t exemp$o, a que .. ve" no cxinet1.~e Cisico m au ômató identitário Implica a dlv io do mu do ob et1vo (do
·•ooisas m teriais" o invéide "'ver" ele tor ue l cais do C$pa •tempo) mu.nd para um meta-oburv dor, isto , a lsu!m que ode tratar autõ-
é referir• e ao homem romo puro, ttimal o u i.mples 11er vivo, p a o qua[ mato e seu mu.ndo como objeto p êle próprio) numa parte q\le i par
ttá. um ..un1vcrso e discu so •· ti bclcc.ido e fixo, h môlogo organiza• o .11 utõ mato e uma parte qu n • o i pata él~ e n pTi,m eir. , num $Ubcon-
~ o do conju to de í poaitJv que feiem dele um ser vJ e Q5te 5C vl• Jut1 o de nformaçõe$ pcrtinei,~ , e um out . . bcoOJu,n to de nformaçõcs
vo. lnve · mente. 6 omente m1 medida em q e dos ,.cíerlm ao h mom t1ão-pe ncotc:s ou de "r ido». o - , estas dtvasõos nio tim bs.o1utarnen,
ootr10 p uro anim I ou sim.ptcs ser vivo, que podemo dizer que deve eJtiv ,e o me mo sentido p.tna a socied de co o socledllde (não como reUlliâ~
tir ',a ., de wn orpn ão fix e estável .a natu , uma l onza- de animais b lpc,dq).
çio ou ela ificação CQnj :ntts a daquí!o uc Ih.e é d do - ou d..'\(l ilo que E.t primeiro lug r, ão para a oicdnde entidades qve não cor11
etc fat K.l' e s,cr 'm - enquanto ele és v vo. E não se dcvcriB mesmo pondero 11 ocnbumet organilz.a o (i titária IJ não) de ostra o natural:
272
P• r citar éxcm plos; cdist06c: lndiscuth· is, ; ão pa a sacie<! de c:~piri- é por s u investi mento pel 1gnificaçil:o. • t bém alter do cm seu
l s, deu ,mitos ele. oqUén épa.rll sociedade, niioéscmprcen. mod de or r:i i zação e o pode deb,:1 de ~-f . Porque não somCTi ie o
cci; 3mcn1e lHlr t simp l 11 o-ser, •lle<T b. oluto, , quilo q não 1uodQ de org rti ção do mu ndo de signiliuç,ões nllo é o modo de Of'illfl i•
i:t de i j m◄1 i:! entt T no 1.111J'té so do discurso, ainda que par ser n • t!!ÇíiO nj1uilista <lo primeiro es r to n 1uraJ; ma. tarnb m, purci do
d ; muilo p lo con r · r o, há sempre também p3ra a ocicdade ·i:r , o n o- momento que tudo deve &ignificar, t(I orga li:açil.o eoajunt" l n~o
sor, ou n o-ser como t , I, enu-a em scu universo do discur:;.o entidade! rc:won dc, com tal. à q uestão da igniflcar;ic,, ~ deixa alt de ser uma o r•
cujo s1:r é ou deve: ser nesado, o iQí:Je.s que <k e;, ser levaóla<I por oo, lzação, m sm() oonjuridsi.a.
gaçõc:s e pllcitas ou que só · o colocad, pa.ra s~rcm neg s. A pouibiti- O foto de que formalfatas eonLempor.\ne , q uer Jam ro tcmáti•
dsdc: de: Isto não é. o : n o é assl • está sem13re e pl1 itamente e «>cada s, li ngü(stas ou em ó log , :1 o obrigados a n r q tJ~ exi uma q ue~
na Instituição d· rocicdade. o da sigoitic- ·.o most1a bem qu org nizaçio conj un 1. ta nâ rcs-
m segundo lu , não hâ, pllra a sociedade oom tal. in íormaçõe$ nde · questão d lgniricação. NJlo é cfülcil ver ue a org niza o 00n•
oão ttlnent~~ o io••P rtinentc: 6 apena uma mod:ilid.adc li mite do Junusta ddxa de er urna org oiz.ação, mesmo conj u,ui~ta, d de quo
petti cate. m outras palavras: J1 o há, p, ra aso ' d3de, ..nr(do" e mo a reoc a e ência das li ficação; porq1.1e ~ta oraa niz.a · o, tal como a.e
ruld : o "ruído'• é mpre algum coisa e em ó ltim11 Instâ ncia e cxpl cits- dá i cdiat · ntc:, s6 é 1 1(e ~6 ! ooe ent~) ob cc1 o.s aspcct e sob d -
mc:nte CS-tabelecido como ruí o, o u como infotmaç·o nâo-pcrtinenk. etminíldos pont de vi$ta: o ponto de vist do homem-animal, na medi-
I lO leva, por e. te caminho· apa.rcotcmento mais eduzído, ao pr6pr'ío d em que prccis.ameotcsob este pon o de vl ta a qué tão da ·gnmca.ç.io
~mago da qu.e · o do social : tudo aquilo uo é, de: uma maneira ou de: ou- do se col a. up onb amo, por e~cmplo, que regularid de do d-!ldo
tra, captado ou percebido pela oci a de, deve J/gn(ficar aJ :uma oois11 , oblrtcl'é ou exclua qu tàodo i n.fficação - que. lias, oão f 4bsolut •
deve ser investido de uma i&nifiaiçiio, e muito mu i ·ndn.: é sempre p~- rneo e verdade e :serla apenas urn proje - o m erna cientin •sta e ingê-
vi.turierllc capt o na e pcl11 p sibilidade da significação, e i omente nua: a constata · o ou o c:st bolccimcnto de uma reaularidadt oolocn n-
e por C$ta possibilidade que pode fin, lmenlc: ser qua1Ui<:!ldo de privado da a estão d lgniftcação desta reguJiarld de_ tod as sociedades ~ •
de si ifi o, in!li8fl ifican lC, absu«J . É claro q ue o i1 surdo n • o de plicam as rc:gul ridàd que constatam ou intcrpreta,n, e 11cri pteelso
aparc:çer - ni esmo, e aobret-udo, quando rm a ncce irr«lu tivcl - a não r ainda sa~ q uc é que ntende por t~ularid de, queit os objetos que
a partir da c,d ê a ab5oJuta da si t'lificaçiO csl deve robrl e atê óâde d '-'C ir . - Ora , uma tn l rcgul ridadc é t nto
Para um t.õmato iden titário (o , o que virin a dar no mosmo, para ofttccid qu 11 o ré U3-ad pelo primeiro estrato nalur J: a caça ucasseia,
um cálculo completam ote Formal do), u termo • sis.,, ifica: um temi s chuvas n o chegam , 11 criança 6 n timort , há um ccllp5e da Ju - o
'tem umu fo ma rccoobeolvel detcrmlnda e predc1ermin d (~ instãncin que lgnifí este, diversos acon tecimento ? e a a t íal&o dizer que
de u m eid. dado . m ermo "te um eoti<lo ' (abuso de liogu gem) organiza '.io conjuoli t do primei estrato ntu, al tal e mo~ dud:t "na-
signific.l: esta form crtcrmioa entrad deste Lermo numa ntaxe tu ralmeote" , é- incomple deficic:Jlte ou lacun r. Se d l mos o ponto
operaçõ determinad e predeterminada. (Ob ·amente., aquilo que não de vtsta do bome1n-animal, ela oio é nem'completa nem lneomplcta, ela é
ê ou n o e sent do pata o autômalo, pode asir sobre le e, p or exe pio, o qvc 6, e, t al cu oi, é ac:ç ária e sufiol e (dep0is) par existencl
dcstrul-1 parcial ou L 1almc:ote.) d1J bo1 em-ao lm 1 - e la ~ horn61oga e consu stonci ai s es ,a cid:St.!ncia..
Pllra um sociedade m termo é quu di:.wr: um termo ignifica (é M as 6e acfot mos com socicd de dcsd'C s.e.u Início, o ponto de vista da
uro ~gnlficação, é estabc.lccido como um i nificaç o, t Ligado uma ..,nmca ~ , a orga t ç~o coojunti:rt a oetural como tal -é muit pouca
signifi. ç· o). Desde que ,ele tcrn sempre um sentido, nasccp -o t ltn col a; se da mos às gniticaçiio o entido (ebustvo) de co 1~nci1t u de n:•
do termo indrcad a mal a.clma. isto é, de pode sempre e.ntr.ir num s.in a. gularidadc, t\ organiz.aç!lo na111r 1 n o é nem sequer llácunar, é mais do
1tt, ou raur exis ir um ln rucc para nela eotr r. A inmll l · ode :socieda- que fragmentá a; sua p r1c que a 11reoe com i gu,tar c;,u incoerenté
de é instit u • do um m do d cs' nl ficaçõcs - que é evi entemente crfa- niio é 11cm me:n tensa. o m m oa importante d que a que pãrecc
çâo como t l, e criaç o a cada vez especifica. com regular e: coerente. E ter mente, cst 11 '1Jtima não mente oodicio-
O primeiro cár natural, cujo ser e- er, assim { o homffll cn- na a e,ilstênci.a bi l6gica d~ sociedad m~s fornece, tam b1:ro, a ~u~tenta-
o ser vivo) e condição de ístencia d sociedade, deve sem -e eo- ·âo d m stltuí o c , pll.r cularmentc, da dimcn · conj untJ ta.identlt4ria
ua.r te mu11do u m lus~ • u.m ,~ar ·mcmrlilnt.e. M as t m m, este d~ instituiç-o, Mas um Imensa d :\ncia cpara esta a>f1statação da
trato n ilo é a une simplesm te ~om do oomo 1- e n • ó poderia &- i1'êill d.e que a ~rilt ·ão · e Dm mundo de :iign flea~s pela _.jr.irlncfe ex.istc
1 q e lhe pertence oom o t-al é retomado em e pelo magma de6ignifi - , apcn para prce-ncbc:r 1Jurru1s lacuml uma ora ni%.ação t cional (i. to
çõ que a soe1e ade institui, é ssim 1r nsubstru,clado o or, tologica- é, conj unti.qta-idcntl1 ária) j á d.id em .sí mes,ns oocn na ur , ou como
rn n ui a Itorado. ê llerado em seu modo d~ r - ne medida cm uc é e ó 'lUb tlt 10, rac:luft.lmente redui ido, d a de.~oob«I . d s prctcll$a orgun l•
274 275
a~o racional. Podemoli a or d,e,compor esta 0'1 ma id a, $empte tio vclmeotc levada p ra o mito c:,ompletade racion 1, da t cionalidadc
dis,e ioad, (as si nificllçõ lmtginá.ri como substrtuto .ou cornpen • lote ral d uJJo que ê., do ser como detúminid de).
çâo) cm seus ingrc:dient : o cie"tista ocidental, d minado por tils uas
f.antasiu, a d que eltisto u.m.a orgo.nJzação r:t.don.Ql do mundl) (que ele o "feaeh," e • ll11guaaem comci c:ódla
tfesco~he:ee). e a do que. u.a ciéncia e t.á pr~t~ a descobri-la I tc:gr Jmcr,-
te (ela l)rodu2. ma.i$ en· mas do que resolve), transpor ~as d mil ano A lns ituiç·to I bis ó ca 6 quilo em que e por que o manifesta
p ti trú ou de.c mil quil0 etros is longe, e intetprcta s representa. e~ o imaginário sooial. Esta lostitufçioé írulltuição de um maama de sig-
çõcs de» v:1aens corno tentaliv de tampar os buraco que eles dev~- nificações s ' ifica.çôes im agin4!JM so ·als. O s aporte eprtsC!fl trvo
rlcJm t.flr d8Scobefto n org. niza o de seu mu.ndo, I! eles tivessem sido rtlcipáwl destas i nificaç ~ - ao qual. ~ aro. el s não se reduzem e
do inados por e$sas mesm, s (aota las Jua.t, Ora, 1 to é u ma utol gi C\uc pode . er direto o Indireto - consiste em magen ou li.aura~ no eo-
mas 6 úti l nu.nciit.la: a.s l.icun da or lliza do ~trato na u I só udo ma. s amplo do ter o: ron ss, ,;11avras, oéd s. d]imu, csüu.1as,
apare m como lacunas e um o izaç!I rociol!Q/ partir do nioruen. igreju, i tru.men tos, uniforme , pintur.,_s corpo is, cifr s, posto ndu.n~
to cm qua e decidi u que o ónico oto ~ vista importante é da e1-pll- e ro , ccr,tauros, b inas, partituras m icais - mas tam bêm tolalid •
eaçio rac l'llll, O\I que sornentç a organização conjuntis •idClltitâ ·a é de do percebido natur 1, de ao
ado u design vel peta. $0cied de c-'>n dc-
verda'deiiame~te oraaniz ção. Mas e$l deci ão é uma iost tui o .so aJ. rada, As rompo ltões de im ~~ns ou li uras po,dem ,er, e frcq Ucn eml!-l'ltc
histórica parf uJar e rc-centc... t por i também q e é inttffluamcnlé e. são, im 'COI> o figura porsua vez, t>, port oto, também uportes d~ s,g-
nooirn ca o tra idtia corrcn~cnto ptop da; a de q e o pen amento oifica.çio. O lmagjnA o social ê, prim.ordialm~otc, crioiçiio d signific •
mltic seria esscncia.lme te pensamento ela 1cador, po . nto reduLfo;eJ çç,cs e criação de ima cns ou fi uras que tão seu. suporte. A N!foção entre
o r dimentos da lógica cor\juntlsta(as · oific ç:ôes ima 'nária ço,no a signí cação kus supórtc (imagens o figu.ra ) ê o ó nico sentido J)TQCi•
ab0f1 , íog -fátuos ou ilusões compar tbadas pelos bons ivagcns e os que se od a trib uir o errno simbótlc:o:, com este scnôd que e te
m otnólogog). Para p rafras r o pa desta c(éja: h« que os selva termo é utilizado aqui. P
gcn elas j 1cam 6 um trulsnto (sem eles não falariam); mas dtzer que, A s ;nifica ÕC?S de u a socltdadc <> também insütuldas, dlteta ou.
css.eooialm te, eles só élas lticam. é um ab urdo.O quo pode parecer, in Nl 11 e, cm e p 11u:1 Unguagc - ao meno.s wna parte e · defhcl
a0$ oJh0$ do entist.a ocid"nt.al de oje, lacuna da organiuiç o do e trat<i dei s. as que '"o e pllcitada expl ' lávo . Mas t&nbêm, e eo mesmo
n tural que deveria ler colocado c:m a o a pe quis,a racional visando empo, a tljuo • çâo, ou OTgan~ ção ident1târ.ia. do mul\do instit ido
preencher t1 lacuna, n vc .ide só <ece como • cuna deste tipo a pela odcd:a e íaz-s~ no e: pelo legdn (m tingllir-cscolher•esta lccer-
partir e e íunçio da instituição dll in rromão llimltada oo horizonte Junu1 -contar-dizer). O Jegeôt é a dlmmsão ç-onjuntl t.a-conju_ntiz ntc
d lógica identitári . O d do só é inoornpleto, lógica u racionalmen e, a do rc:present.ir/ dlzer sociaJ, como o teu h~in (junt -ljust_a •f brícsr•
partir o momento em que a CÓmpletudc foi estabeleclda co,no complet co nstr r) é a dímeodoe<>njunll ta-<:onj otizan le do faz ociaL Os dois
de lógica u rací ooal. Mas idéia ~ qu t do deve responder A exigénc· · 44: ap6iam sobre o asp~to ide,"itt\rio d primei cstra~o natural - mas
d3 eomp etud lógica ou ta.cfonal (o fllgon dídonal da.r çon1 e ~iio; o os dois são, J wmo tai , cr açõc ciais, Instituições ptimordl,3 se ín
"'tudo o que 6 RBI l re.cfonaJ". de Hegel) é apen45 um vatar parti lar da tr cntai$ de toda lnstitu· · o (o que nll.o implica n huma an eriorí~l.idc
deis de quo tudo deve responder à r:.iugMci da sigoHícaçâo - e é que l ll ~ral ou lóaica).
podemo dcnomin r de idéi quilo que ~ e odiç, o de tod idBa. A í n li- A H!ll uagem e iste cm e po dll8$ d lmemõcs ou ç,ompone11tes indis,.
tu ~o da sooedad é a mesmo t po in tltuição d a exi cn ' o da soelii is. A lingua cm é Hnf_ua enquanto slgnlüca, ou seja. quanto se
n:sp()Sla q de ca a ve lhe é fornecida. E. cc:rtamen e, entre , ~g&,cia ref re a um.a magma de sigmficaçôcs. A Ung uag-em é côdlg() cnq ua,,uo or•
e a re,posta p-odc: empre surgi ums. t são: Isso faz p rte o própria
qucs ão da h . tóri no se.atid da au o-alter ão d soc·edJldc. Is Q n o
impedi q e paro a 8fi!1.Ddc maioria d tipos e sociedades conbccJdos. as
sociedade mitíc.as-, o da.do não apareça como mcomplot /ogl"1me1JJe, 9. O ler o A>imbóllco" ml<:o ,empr o na
o o porque eJ~ dvç em cJ.J,niO do t do o que ê cJ sificávcl, nem. por· a11111ítlcas çorn,pM cm Mlfüladc • um compon iúal
qu:ç suas dau1fi~çôes fOSl!-e.m logic mente catanqucs e co plcta , mas . Dlivld il i n~litu rd,: •las • Cll
porque tal n· o era cu critfrio; e êlc também l'IG<> aparece c;omo in00rn- l'(I l);lflÍallur, d..\s1c ) a mtel)lky qvc, por •r•s
n r pO'S;I vq (~e Ili do 1
pleto de ma D\ neir.a. qu:dquer, porq e r po ·ta mJtic:a à qucst o da t fio de I ma ~rn 110 n e -Ocfinido·• e
signifl çao é wna resp t essencialmente ·'"'~ran1c, coi. que a respos- 1~ n l. Aui.m, j'.utll•1,e. por~" e ,ign iÍTI •
ta lógica ou racional ão podit ser jam Js (medinntc o que e.la é irreslsti- lmtirui'do.
276
e.o) o p im eàro no secu 11do. , rtir d,1I, i:difi -s por por"cõcs con•
g niz e se r ni:za icll:11titatiarnent , ou se,u, enq uan to(; sSstema de con. junllstl'I$, nov0$ njunt chienitqui sdetcrm ina ,u dceonjuntos(mor•
juntos (um de li!la õ« conjun i "1-!Í~ , ou, inda. cnqtt,tnto ~ /e t-i1t. (cm1u. cll!S$e gramatl is tipo sintàti o~, e r co) entre os quais ~ • Q es-
A conju nti1-:1ção do mu ndo que in.stitul a oçied adc n.'io é implcs- ubelccidu relações d0- tipo co untist u coojuntizávc:1. A&si , h ã a
mcntc: p<:-nid p,t!ia I ng agem cn quánto ç(,(11 o. is.to<, t-nquanto /e ~,. iodó m01nemo •m conj unto fl ·to e definido de" eluvras' p ~ lveis de
e mo instrumento agind so re aq uilo que lhe é ext erior. EI:.. i: t m ~ ' u01 li uagcll'I , 9uc ~ um subco úuoto de umá polênc .. cartesi ,u ürut •
e: sobretud o, e camada re lizada na própria lin u«-_gern, ela é .. p,cst-nti~ d() conJun o de: fo nemas, o , em tc:nnos mu' simples. o tt?!lul d de uma
ficada'' no/ eln como produto du s ua pr6r>ria opc íL :li : e somcnlc cm e combina ótfa finiu1. de clemcn os do conjun o de: fo n , sendo excl~f-
por e ui conj 1tntização ue o. flnguagun pode tarnbém s::r código.'" 115 etetmlnad11s e mbinaçõcs. As classes mnlfcais repnsent m um 1
A lin uagem õ ~mprc: l,1111 m nco ríarncnté' CÓdjgo: eha sempre dlvi ão do oonj ualo de palavras: os tipos sint.át cos, umo t m iaatôria
bcl«c lctmos (eterne 10s conj untistH) e rei cães p icamcnlc univ 0 • do elementos p:tttcs definidas _p-0 r e:st divisão, e1c. Est definições,
ca~ (ronjun ·stns 0 11 coajuntrtá ci ) cntri: termos; ~la mpr endc e l pen es ~hiç c.s i;iio ,d a vez; esp licu. e cari. _tc.dstlcas d a Iingua.g
mi ~ ii,re uma dimensão d1: uni ocid.ide ou idcntllâria. El,i pode e is- c:o11sid1:nda. A lingu em s6 pods opeiar conjuntizai,li do m1.1ndo,
tir in 11 indo uma dimens.1 identí á i e instiluindo-se numa t al irnen. ~ d o cl1A rnesm ~lsteml'I o conjunto e de relações oonj untistru;, lrtsti-
sJ!o, lingllagcm, e nqUAnlo 06di o. se insti tui , Lnrnbêrn. corno siste ma dc1 11.1iodo-so como um tal sist~n . o eu existir material-a trato, enquan•
onjunt e de rcl ii'ÇôCS conjun1l I sou coajuntiz.ivels o u sc:j.a, de apliça. to código ou 'stem a de có<li o de sígniíicuntes, a linguagem é o primeiro
çõcs. o sentido rnatc.mâ tico d term o. lndo de m sistc:m· a outro. A li11- e único ·erdadci conju.nto que j mau eidsl'u. o unleo <X>ajun, o· real' e:
,g!Hstica <ontempót"i nen oçup.a.sc. qull.R que: Cllclu lvamente, . p naR des- 11 o imple rnente "formal": qualqu er ouuo comju.ato n o somente a
t sp cet da lin 11ag m. pressupõe logic;a01eote m· só pode ser col'.l t ituido rnedfante o mesm
a t de ln [cio situa ão no q scRfi rc ã lin uagem no ~u Cllistit tipo de opc 9Õ , Toda 6aíca (e rm !mente t oda ontologia) lde,itítáda é
materi 1•3 strato. como ~upot1e rcpí'!:3 n ativ , hicrarqu', de: conj unto, pellas colocação em aLlvidade de opc ções idcmlit rias in tltufdlll no e
de ma,gc , figura ou sisLe a de s gnifican te:s cm n íveis diferentes, P· ra pelo leg ln, na e pela I nJ agem enquanto código ,
q e uma- linguagem po~ · e~Jstir. ê preciso que o con tinuo son r o sej1 Estas as o - es p ssapo~. pela totalidade da matemática
dC<Jomp . to cm fatias, correspondendo cada vm das quais 11 um único fo 1 li2adn, o 'rias e sufic1cates paras constirui~ão enquanto ma-
fonem . t d fo nem • ta l eomo T roubuukoi e J kob:Kln soubcrBffl 1emática form, lizada qu cm n hum m meato podc:ri m(). con11 dir
e ressar, é um ser m tuial-11bstrlllo . U m foncmn ~ uma entidade - lmo- com a matem tica simplcsmeate}. a me-d.ida em qu - cm prlocipio ia-
s e ou fi gura - bstrala, independente. nos limites que a deílnc;m, de sua compt ta, como bem - a ma tnáticll ~ maliz, d:t consegue realizar
,cal1z ·o m teria! concrc a e d· v riaQôe inevil, veis e indtnnid as des-
tu, a.s n.'io de toda re;ilização m corial. Um fo ema um11 fo rma, um
eidos. que fa-z com qtie ejam como id • nttcos (mdi erníveís) ícnõmc ~
5 ri oras que não 'io. e or defi nição n o p ~m ser li lcamcnt~ i ~ ti•
e
cu p 01r:un11; eJ é, em verdade, conjunto d., clemeotos for:mais, ou sojs,
materi L!Hl.bsITTttos (s(goos: figuta$ ou imagco ) iostit dos
~:um ot fornecidos por exibiçuo
Q tnl$
dem , tração efetivo u virtual .
i
A$ leis ou regr de com slção destes signos são ;1ptma defin çõcs .
cos. ( lliscussão obre a .uialisibilidade ou não do fonemas em tracos suas combioayêies penniud.i e proibJ s, as t bi.n[IÇÕ pcmnitidas_ ·
distlrui os não 6 per-tinente ra n6s aqui) , ~ indlítrente 5\1 tm lugar de •<p lav , '", sendo a11,ui e-(lunciedos bem form dos, ou fórmulas; leis
fo nema ooMidccra os lluport1:5 g fie quaisqu1::r, O sistema fonql6giro ou regr:is e compQS1ção ( cone te .ão do fórmulas - ou seja, um nov.i
de unia li, iuagem (e de modo ma, geral todo ~istcnT:i. emiól'c ) é, por- di.,, ão de e 1 hUlilÇ-Õ s de fónnu las e pcmúti.õas e p ibidas definem
t,uno insti tuição de termos d ' !iCl't'tos. • clem 10s bem distfo tos e b-cm a si.nt;l · o r ul1 ~o finaJ 6 um "di urso' m, temâtico fonnalizado.
deltnidos; é. imultancamcnte. conj uotiz.u. o de ntlnuo sonoro. defini• Est constnJ ii.o só ê po vcl, cada uma de s u etap s, medi 1c as
çuo de um conj unto ílnito de foncm 11s, aplicaç!lo (no nLido mi111.!lt1á1.i- opc • õe:s da lógica conjuoti:.1 ou id · titária qu da p S$up õ , rwo
c<>mo se diz b3bicualmcot de forma ingcn~. mas de mane ' incont r·
nável e i exami vel. As irn, ê · e tem :r e o vericr'vet autor da
10. O 1c1·n1,1H'l\,.,lgo nJo · oq_.il utilizad n<> ,ml,do u ru rn:.i~ cm bel ·•10 oduç#o'' do Eleme-n l · de math matfc 11 c ome uma falta d e
~pois · te que -.ó r::itrc le i ulifüJdo rigor qu.ru1-do e: ·r e: "É óbvio que o dcscriç,to da ling agem fot'lllaliw•
, ,., t1:m ~(lei,~ cb. a u llll nhccídu
Sbn 114l ► ~ o q u pt,ma11 ,s..i, dç c{,.tii; da faz-se eo1 lingu. em có nte, 0 o a d regra de um j go de Xí\•
1.-,..- - i e. cv ~ lcroan n~ do "" o•
.,6 t urn • e a liil é c,cldi:sc,, ~e seus termo, cit1o em celt responde bi1111f,;OÇ2
os c6<112"· No e em o. a e01r-c:spondé11 ' a ·11nl•
,. .,_ ê • 1ufkun1 (p11fo e ,.,(llJU1dt1t por cst~ ( 1i@• 1 1. N. Bo r~lti.. 1. e. E.I. 9· L lO
i\ Íl~Jdo 'flA.101" íu,tnum •i>l<o't .jd,c
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7S
dfci, n o entraremos n. discu o do problem psicológicos ou met;ifl.
aeccss r ~m enu: pro i õe. mdccídlveis - u seja, o indctc lnad e o
~cos que le nlll a. validade do emprego da linguagem corl't!ntc em t i
circu tlaci (por exemplo, a p ssibílld e d reconhecer ue um 1 r ,n«Sctcnnin \'el. Podemos ob~crvar ue a r 1métic.a d inteiros nat.urai
de alí . beto é "a mcsm " em ois lua-ar difere, tcs de um págin et • )i s r ~ qui como d mancha•prazer1; na nicdid cm e toma pre te 0
probtemu aq i om caus não "o nem sicológíco nem nu:tans·~ 5: infinito enu~cn\vci, l to é. mpl iteração indoíln da d mesmo - eJI•
e não ,Podcrf~~ nem mesmo. ~amé-1 s ló,gic porq e são consubs- prcss.ão pcrfettamentc: compree!')S:Jvel e significativ pa ra todos, e .ao r:nes-
tancia.is à pom tlldade (e à ercuv1d de) d:t lógica e de tod lógica. • 0 se m tcmp (ndefttr(Vffl, e Indefinível m outro au que nio o dos tcnn se
tra , •~i, .~ "va1 dade do cmprc o dll Jln uagcm co te cm taTs clr. rei çile e.lemen, rcs de ma tcori formali d . Porq e aqui esta implJ-
':un~tinc► • enquanto empre o m te.ria! de res lta os ou produt da eada a rc e eia virtualidade as urada de um a operação ni •
hn 1.ta,gem - ma d ncces$:idadc int ansponlvd de uliliui , de insutu lr,--' efetuável u, portent algo ue te uma brecha na di:tcnn nida ebs lu-
mesmas operações, ~ m.esm .\5 , p<>s de opeC"ilçio, que institui e ullliz ar crida pela lóg ica identlt ·ria. O foto de que es b~cha tenha podi-
constantemcDte a lingun.gem cnqüanto e · o. endo o nio q\le "des- do ser, cad vez, i hada r medidas ad hoc tom da5 pelos matcmAtic ,
crever" ra ai án o que faz, o mat :itico só pode ruu ma, méti _ é tesleniunho, obretudo, d imagin, ç-ão cri dora dest.cs últl o, e mo tra
e o livro rnatem4tico 6 pode cxisúr como livro makmático - a p rtir d que, memo_m: te caso tr0mõ da matcmitica form1lind , o autom tis-
decisão de que llA inúmeras ocorr!ncias de qualqv-er coiu, de um termo mo da ma'!•~ lação rc: ui d de sJ nos. c:n egue si IDC$mO, só pode
ou qwd demarc do as im ou düercntemento (ma sempre como ltna. cm prodULlr lnv1alldades (se: 11 m n cmo no finít ) ou lnc;oer~ci (
u ligur , sempre com.o um uportc represcn tivo) inrte1u;em d mc.rma ssamos o lnfinito), - Isto parcefl ind mais quando consldemmos
coesa, q apesar da diferença!I de lugar o de mo ento em que p rc- a_!.Ubstllnc a da m temáti , O r to de qu todas proposições de
ccm, d lugar da pá !1e., do corpo lipogrâflco ou d grafia oal, e gm determinado r mo da mate 4tica po m sor e t1quedradu num pe
mesmo do rHexto (e isso ~ sempre, m sem mbiguldade insuperá- qu o núme de xlomas e dc:duzid: partir stes, t.ra v6s de um pe-
vd). c:t:ss ão ~enu representantes de uma ela, que possui um reprc. queno número de uc:m , de crlt6rlos do iu itui o e de critérl de-
sentante canõnt maae al-abs rato, q1.1 e I; o ' no "x" ou o si o "• '' ou d uvoa '1 ma ra o falo, igu !mente ou talvet mai i port ntc, de que
o ~igno :• 1". Si no ue eve 5e-t cm difc:rcncl do e bem dcfin do. multl- todo os º domas" que poderiam º'Livremente" e olhu, a.ão são
pl1cável anckílmdamento em dei r de.ser um, icU.ollco a l me mo e d ife igualn1cote fecundo~ ou inter ant , uito pelo conlr 'o, que é alma-
rente e todo os lros ajas ocorrtnd c;ond zcm o "1Cl!mO scTido lnaçl criadora dos mBleináticos que I bc:.lcce idéia m 1.cm:ll ri-
ovldentemcnle diferente, e que t por es; cl tal q po.s ser c~ptado cas e fertci , sem Clltar nec:mariJlmente cm cond" s de fundamo tá-la.
cm mp [çõc e m outros .s nos. A SegTC! çào, naquilo q e 50 aprc- ou ju,tificá.Ja como rai$ ••, que a his tória de cada romo da matem tka é
sent mo n tu !mente in pcccion vd, d um cortjuoto d _i nos opo • m ada pela cscob-«ta do proocdimento.s demonsw1tivo5 especfflcos
to tudo uilo que n o é si no, a lm ição ao conjunto de signos de ma pote.n , tlpico9 e im:dutlveis. e quemas dedutivo.~ formais egc f
ma famUta de rctaçõ de equivalência fazendo e.1tJ 'r como iig110 11m (doi d o método de exaustão de rqul edes att o método dia onml
"x", um" " c:tc. (1 to é, est belccendo tod o.s '',:;" que poderia o.s en- C ntot ou s f t ra o õdeliana das pr posiçõe ), e qu ·o est~ pro
conlrar co~o equívala1'tes m<>dr'1o um de.s rcla~es), a pos.stbilidadc dimentos q e s· o verdadc:ir los rumentos da m temáti viva. A
m.atem alce Corm liz.ad ~ apcn o coput mo,1uw11 d malemátic j á ícj.
de formar ign~ do ordem upcrior por com na · o ck signos ele enta-
r,cs - toda.s e as o pera~ são já operai -0cs conjun is as e conjunlizan- ta, ioéa matemátic viva e sendo feita. e assim oãofosseam ternãtl•
tcs. sem qu-ai,- teo,IJJ os con unto (ing!n ou n/1 ) não p de seq e(
oome ar_. ~ em v4o que tentaremo m· sca a ta 5jtuaçio pela po tula-
çlo, v!ll" r~ o ~ilo li • vel, de ua,a blcrarqula de roctalin uage , ne-
c an mento 1nfimta, cuJa ns.truç o a pen s reproduzêrill ta situação, 1~• 5ô • ~ , aooo esubicl«:CC!ft , ~ o a..a.iom i <u
em .(ada etapa, torna_ndo,.a mals. co pleu, Olll.!11111 ln q11 nOO fi r "'°
tDCIO • i■ li ,o .. um
c04III H l) ou qulllldo !W!Jtlm<l! como i~tt.nito
Sabemos que, mesmo no ~o d matcm,tica form1&U2ad e rnd ~ "cwe_m D p libil O•
pendentem~tedosproblcm que cabamoa ded utir, aoonjunth ção 1 ~
n!l<> po<f lllin ir a complementação o o íecha ento lóg dos sistemas bttid11 os ai!! · dn m cnú1
coo.st.ituJdos, cx~t se csto II trlv is o .seja, finitos (como o ão tas em a lfriA de cákulo diíeren-
q os cstnn_unhst manipulam nas dJ\lersas dlsdpliDBS aocial e his.tó• 111eio. 01, que Cauchy Welets•
r a). Um s at~ma form !iz do ufi ·enteme e rico p;ir conter a a('Ít• obins.o~ • .VoJ't,<IQrrdard .-flfOÍ>'l~ ,
~tica dos inteiros n turai - a forma mal pobre do infinito - e mporta 1 raçõc fomccid por (j luís, pi1111

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ca •~ la sido pen um implc s melotecnia o scj • • i.s o u roemo$ 0 cm e por ela. Ê t mbém imcd lllO q ue a ,mens m fotln om ~i 11mc.ic c!S
equ,va ente do Ué: dcnomin boje em ia, JX>mpo menw, mióti , q e. óemos dcne>minar- rttcló110.ls (os " n ·cos" ) , o cons1ruldos por
e de uma pobrez, !Ao afütiv.i como a d I últi a runora cnto e ela ora o de clc:n1cn10 este código da i nificttç&s,
1 so _nil impede Qt.Jl:. demn~. d limit . sim tr tç;tdos, a m temáti- c-0loc:indo é ação cl1,1!.iv11mcn1c: pera· da 16 1denllt ria-
ca (e. r:n 1. cral memc, tudo áqu1lo q e podemos e nc.cbc.r coin siste 3 coaj untista _(por exemplo, todu. li taxinomi.i do se vivo).
formal) ~eJa oomple~amcnte uj eita â ló lca con,untista e i<ienthária , o Mas ba mu.lto mais:, ímcnsào coóju11tis ta-idtntitãri
mesmo n toce, cvidememeatç, com a topologi que se tornou rcçcnl cm tod .s as signlíicaçõ<:s, lndusivc na que não têm ncn wnn rcltLÇ;lo
mentcf<Uhiona&I cm ponto$ incsp~ni.dos. alvez cm func.;,o dacó\Ccss·va com o rc-01 C) u o rac:io aJ . E!ta ofi rma, ii pode parecer p rado11 1, s não
atcnç.io q~e ncl" e dispcn o sjgnifieante, cm prcju[-z, do significado. bs1Jrda para q ~ não e$14 envolvido pela ide I gia e ntcmpon'nea.
A topologtA pode forn r lguma.s mct foras notãvci , ou, cm· 1 ur, ca~ para QU-C , lgum 11 ve2 refletiu $Obre o ser d~ signífie ão. Porque uma
&os, permitir- cons tru ~o de m elos mc:no rlgido do gue outros • ~- nlflcac;io, tod si nin çilo, inc usi11e as rcfc d:i ao rt I ou ao r:icio-
mo matem~1ic _ , Ma f;u.cr topo! í nad mais e, essencialmente. do n 1- cachorro, curr culo - ~ csscnc.i lm~n tc indcunid e md tenntn da;
e f~ey tmeuc : de m ponto de vist~ fundameru.al, um s oper: _ quando levamos cm oo nsidcr çào o pleno sn da signif1caç;io ló ica
çõcs logieas como m do de do o 1;:10 são, • qui e 1· , m m0$. ldenllt4ri - njuntistu. nio ~ m venl~delro do ln lo sobre de. D(ii!t que
umu. {gnilicu~o pertence ... ou se decompõe cm,.. , se , termo não
O :i.et..eódigo da lingua ~m ão 6C limita a u aspecto m et:lal- ão tomados co o a rn_ais lnícli2 das metáforas, não tem mais ntido d
ab era o; tende-se, t rnbém, e aspecto ignilíc trvo. A lrn u~aen, ue dizer que ela é azul o amarch1, e r~gad a de clctric' dade po !ti e ou
oomporta também oece saril!1t'letHe a dlmcll$ o <:onjunti t , ldentltárl· nc:g.i tlva. 1• 1.·ornad s pie l\mc-nte, a ig,ni ,caçoe. não s.ão él.cmen cS e
no q e dli ~speito 1\ seus si,gniíl dos - cm outra palavras, a l&nífk;,. nY.o compõem conjUnl : o mund dils signifi açõu é um m ma. E no
ções $ão ta bém consthuldas, cm p rtc. como eódijo (o que coo ribuiu cntimt~, a slgnifica~ s,ó pode ser ign ificaç.io. ó podçla cntr t no pró•
para. a conft.aão do sema_ntiefatas es ruturaUst ). Isso é Imediatamente p o dtscur:! que q\lJ$e. dizer o que c_tent dizer aqui, na mc:did em
evidente quando consjdent as sigmfkações Implicadas n operações que, por um de seu pcctos, cm um de seus I tos. cl se deixa a~-
de desiga ç o (ou dCl'lomi ação): a imen maioria da~ palavra$ de um tar _co rn se C e algo e eílnido e diuinto, sem o que nio saberl mos
lln ge roprcscnt uma c:odllicaç,ão, a Lnstitul o de rn onju a to d!! ma de que e tamo fal ndo. ó p sou ilizar as p I ras ·•vago" , ' 'im•
elemento tcnno:I distintos e definido no per Uvcl, ou seja. in,. preciso", "m:iis ou menos''. mediante o pr ur,osto in,pllcito de que c:1.i
uraçíi? n te de cotidad ou p ropriedad eparadM, n. as e estáveis defin_c~ ainda modalidades 01.J propried d bem determinada . que
orno t ,s. e, simultaneamen1e, a instttulção de um coajunl de ermos de pro~1rn1d de desc;rlta po r ''mal ou menos" a classe dos isso v .!!.Os ou mi•
lin.gu· m (pafav s e fnts ), o a ínstaur cão de uma corr-cspondeocie pttcisos, s o esta cl das umbiguidad~ ompotl m fro lciras su li•
bi nl\•oc entre esses d o is conjuntos. Tr. t -se ai,~ verdade, e tres u- ciente e te bem delineadas.
~ctos dG m ma opera o. e ind fcreaLc ob 11stv ponto de vi ta (mas O q ue um o. slgnifi ç-o·? 6 podemo. d~rc-vc-la como um Mxe
nao ob outros), q e o. demco definidos no pc«cplíveJ Qorn:spor,dlln, indefinido ~e renrissôt.'f", intc-nni &veis a uu(n;r coisa qu-t (o que pareceri11
a " col s'' (lirvOn!S, a ··proce:s.sos" (correr) ou "estad " (esta a . adi\· c:omo lmed1atantcntc d ito). ta.a u · s coisas · o sempre tanto nifi-
~el),: 11 "indivíduos" (Pedro. Olímpio) ou a class ( orro); ê tambtm .c aç~s _como_ nã 1. nifü,açôe - aquilo que se reier-cm ou relacíon ,n
md 1fetem.e que a rrespond!ncia ailo seja pcrfellll.mcn e iunívo ~ lito as s1gmfi ocs. O lex c:o do signiílc:aç,õcs de ur:n lingua o o g.ir em tor-
t . que sub lst .m am iguidad "loca lrnen10" (d vldo li inonCm ia à ho- no de si m mo; não se fecha obre st mesmo. como fo :i n lmcnte dito: o
1nonlmia u ~ difkuld:ades de separar clai me te s cl sscs de o'bje~os: q e se fecha sobre i mesmo. fleticiemcncé, ê o códia . o 1' ico dos si ,_
montan / oohm1 por exemplo). contm'1do que nivocldada seja "sufi- r,cad identi t rlos-conjtJntistas, cada um deles us.c,etlvel de ·um,1 ou de
'cm e qu co ao o" (pros tén ,:ltreiair ;ktmós), como diria, em ouro alguma definiç sufic' t . MM o ltxico d lgnifiC1Jçae!JéUJ1ive 1-
C'(lnlell0, r' tókl , ou melhor, uc e] possa desco vohier-se r vé de mentc aberto; porque a si~niíicaçâo plena dt: uma palavra t. tudo 11guilo
um mim fltrlto e operaçõ ruplemontares, i ; Rcsult lmrdiato ea u , partlr ou a p opólllto de$ta p I vr,. pode ,er • ocialmcnte dito.
conjun z· ç· o do mu do {im plicada tanto na oon1ag rn de um rebanho
do cu r11s. como no (lnvin de um homem Lu ) é consub~t ncial é esta
lr1stituição d.i língua cm como côdiso de 1i níficaQÕ e que elo opctn 16 . un:i_ li!<> dJ! ll•niallr11Ul c, ~ID
lo • fi
iu ,
u , $e como i dç L , o $1 ai .. n~~ aprn.silo i 1
""º
1 i:. "" du) º' ,.... . .., ...,,..... ,n _ .,. •••
1 opora~ de u f'O adi•
ti•~: resulta qwf!M L. lljdm , 11ma !i mco ê 1m1a j u.m t dn qll sei btrnlv o ca, · tc
e 1111
1l. Cí Ptl• exemplo M<tf /T J l . 4.
2-
penud , rcprescntsd , íeito. •t to mcm10 dj er que o o . p den, atr. ;orno eldo.:r; ele não difere· ·, de nenhum ~u só
bulr-lhe li ilcs dclermi n o • um peras, E certo que esse íe1 e der-em· . por po ção, ele 6 id~n1lco
sõ da m d s quais hcga à uilo que e origem de novas mi ões diferente do me mo to, e m o''.
,cst4 longe de um ca indiferenciado: neSLe 1gm hâ rund çõe me.i ld~ntico a olcs enqua a, · &l t•
e pcssa.;. pon1 nodo os, 2 nAs mais ela ou mal escura , p d ç ou, melhor, à g~1trricl~ d e án~
de roe "· M s o mliJnB n o p de ~ ·mexer, de dilatar I! de bs ar o , do aneir · 1 uma, poder T ro-
nlvel, liq eíazcr o que era ólido e solidificar q c não era uase n d . • "acidentais • que o gno o,pertlnentcs:
~ porque o ma ma 6 im, que o homem podc•se mover e: ri r no e rr,eto e u in.s s ncrcw ufic[en temerue
dlscur o, que de nlo é aprl on do para empre r signiíl dos uni o. o o" (pr. hr Jan ikan do sign como
e e fa das p~svras qu. ele emprega - ou eja, que s li uagem é lin- , embora poss oníundir-n gC()mêuica re-
uagem . no entant , nlo omcnte t dcscriç , mas a própria co íerenlc a. um trilngulo, porq e traç r m trl ngulo
Sct'l imposSlvel se a dimensão ldcn itárla-conjun t sta ai n o estivesse particul ' · sccle , e lc:n - e po r uma at ~o
também pre5Ctltc, Porque e ta ai nUice. o deve e, tste íeixe e nrio ou ro, espccia X é ou não ~ ;,r, ele l o como
e u tas remissões devem er remissões de ... pa ... , relaç raa torla- ele é o ate conônico de um le oqu
mento estabelecidas tomo uiveis ~ntre tcrm s transitori meato esta . $0lut:i quen o si o, a todos os · , cleec
Lccid como fixo . Uma igniílcaçio n é nad "cm si", el é apcna5 oo () 1 o soci I íaz existir. pela no desenvo
um igantesco empréstimo - e p rla nto c:la deve ste cmprt timo; po- do 1 unlver$0, a Jdtrrtldadt, <X>mo ela não ao po<lc existir c:m n~-
enamo dizer que ela in t.clrwnenle fora de si - m s é ela que , fot e nhum lugar íor;i dis:so: e e instltu.f; identidade e lnstitul cm e pcl fi U•
ti. ra.
ignifi o escapa ertcíe lmentc à d cs da lóg ca s uida, 6 o ··objet " (ao mesmo tem aob
e njunti la•idc.ntlt ria. no cnt nto, m mo neste onst tamos o rorma do signo e so de q signo é signo) como "coi-
domínio parcial desta l~ca e $U necess dad . V o. a isto mal omcnto, o objeto ap ~cec es-
adi a e (c1pJLulo VII). tabe "do como uni m lndejlnídndt (nã nccessaria~
mente e uma rnulu vel- rsdo, Hvrementc
A pecto do "legeto" lulvcl do resto e relnteg , mo ertenc le s um.a d se
ou conjunto, e como rcpr a 1u e, n o se CX)nfuodldo nem
opera 4o nucl r do ltrrfn é a dcsignaç o. Jâ o "i l ~ cham ... " com os outros rep~ntsnt . nem com classe como tal· cn -
coloca totalm intc Jogo feixe de oper dor que h bhu !mente pen• fun. ç0mo Jnd~ sul, lndkc de si mesmo. se repment11.ndo e sub • tind
samos como sepanidos e $Cparávetl: atr toda as .iLU\S "part " , "m nifcsc ções", .. · dcs" não
Em primeiro tu t efetivamente impll do aqui, e plcna~eatc 1 mente apa nc ou podendo depois ap rccar. insthu'-
ativo. o signo (e a plur~ idade d lgoo ) tudo aq ullo q e ele fB7 er. nll ode como plen· e substancial, nio tdcnti lre l 10
(Sign ~ cmprqado qui em u e tido rrenLe e nio naqu le que lhe aquilo, m idcntid de a si, como ,J. fdade. a.utot/3. SdbJtheit ,
dll au urc). Ele aq I ex:i te como instância concreta, concretu.dc te- FI n !mente, es.tâ aqul unpticada a rei ão .slgni/icall11a. a lação ig-
r al scp da de Lodo o resto, ea.tabelocids orno di tlmn e de 1nida: ''i to no-objeto como absoluumc a.e cspcclfi , nlo-analis.tlvcl e n o consuul-
c bam x'' pres:supõo que x (palsvr falada ou e llll. idcog m etc.) vc~ ~ e toma c.s do' tcrm como e pcrtenQ:ndo, sem
foi cons tu1do como "objeto a parte" do o heraclitiano. Blc está 1, que b lcs u laç!o real ou lógica qu Jquc:r (tau olo ia posto
ao mcamo tem po como ti.dos formai: x n o ~si no senão é tipo ou forma que a reais ·cs podt!m eJtistlr panlr e atr vis da re.la-
e e n o~ devido a e tipo ou forma e tod A concreto q e poderia• ilo s ta r o faz lmedlntamente que seus dois termo sejam
m~ enc ntra.r l si no en<;1ua.rno si no. ai está, fin lrncn e, como essa unive elh a 6 univcrsa.Uzante ricizantc,
rela . :sul gerw,111 d lna.tlncí con e a e do efdo, f rmal que rutüui o porque. ao mesmo t stabelecc I t la csc c-
s.igno. As gra t ou fonJ s dlfere tes de não - l o para eido:s de x S• "cl "e rela oe un nem
sim mo o chorro concreto estA para csp6c[e chorro ou para o o ~o" º tô s:s:i!)l como. o "'acon-
conceito de cach tto. Se estâ uficientcmcntc formado, e e esgota " " pontuaJ", é um abstra ta, pe te uma ec pa
o do 16giCO•( cn ffi rc ão i n ti-
11 Digos mtnt, totalld 11c diu auociu.~ qnc ' • uJ ma(" ... cb.am ·• l rela o 1.ini-
us, s, DYU tl()de J l se, e: n o é • ÍCll), e n universalizável
4
{dispor de wna n:.1, ç~ de designa • o 6 dispor possfüllJdad da desi . pelo e 6omos o~rig dos a eh ma r de: ph(lJ'lt "ª so la~-bi t_ôrico, e
11aç· o unive almente). r
" f(prcsenta - o ocial • representt1 o par Lodos e ra mo,gucm, todos
Temos, pol • partir de t mom rito. a colocação de dois concretos iodcfinjd ) da ala vr e de tal pala ra em sua ~istinda atcri I•
como sep3 r vels-sepurndos . d~ doi dos e do c:oncrel como tep~en. ubsl ta e to pletame11 te indc endcntc d ~ua n:1n,ção e m 11 {gnifica•
tante. de !!!ides corre.spo <fontes. oui-na r~lai; o cspccU'ic:ii de concreto .a ç, o. Este pJ,onra.rma ial nã I: rooutlvel aos esquemas vês dos
cone.relo. que é, ao mesmo tempo. rcJ ção de éldtts á t dos e.de m ·1tlpla,s ,gua empre quL pensar a , aginaçâo e o im gin · rLo, ret~•! ã? P. r•
rda ·ões de re•presentaç.Lo cruzadllS. Este e. e borro rcp"scn ta cho • cisl d um da do, lmitaç - o ou qu..tlqu4:-r co · a de sem ellmntt? . Ele e CNaçao,
ros, m s pode t mbêm er tllizado p 1' "fazl$r compreen der" ' a p· lavru ~tabclcd.rncnto (instilulç'ão) pelo ima ínário . eia] de uma fig ra (gr •
"cacltorro" lguém que nao a conbece - e a inst eia prom.ancl d:t pos d figura J n • o real. que o~ .rerem llguras e ncr~a ( s atcTializa•
ou ll>SCrit d ta palitvr· ode dC$ígnar este cachorro, odo w1oh rro e os çô:$, iostli nclas p ticulan:$ d.a " im em da palavra"} com oqu e~a$
cachorros cm e:rsJ. - o: f'igu e pai Vlll$ 11igno ( e n o ruldos ou marca ). Im_a ári.o:
O que a lação slgnHiv;i. loca em jogo 4 o quid pro, quo, ~lgo por a-lação intotivada quero é no e pelo est bcl<elmcato de im· gens, Social:
um o tro o, ou cm lu .ir de um outro aljo, are-presentação çrJr#- ioconoe jvel com obra Oll produto dA? um indi (duo ou do urna m u t.idao
umg) que. como tremo , "i m pli " u "tret e n.sigo" as anegorl lógl- e indiv[(I os (o ind vlduo • lrutitujçiio s ocial), lnderi vela partfr da
s, mas não pode · t construJ a partir dclss, pono que tod opera o p lquê como tal e e,n si m m .
das caleJ rias a p põe. • ia rt-prcse l3Ção t e11ldentc:me te mstitul, O ph(11tta.rntt1 social q ue é signo (os sign0$) cria o mea tempo
cão. Isso foi dara e profundamente visto por D~móc:rtlo, que mo trnva a possibilidade de su· ropresenl ão Vorstellimg ) e ropr,od ç o por
atniv de argumentos quais pr"tlcamc.nt nada se acrcscc-ntC> $\C- quem quer que eja que esteja ·i ;ido na ân:a socit1I con iderada; dísso
norm ntc, q e lingu em éin tlt ldacnii.o"natutal", nilosomente o ind ~ · 111bém a q .ase-cet l medi nte form:_ção d indM d o
medida crn que o signo é co ve:ocioaal é arbitrário - que chamemos de como social, formação d qual é meio 1\l"damenl,Jll. Mas ele sô ode se
"bo"' deste lí!do do Reno. aq.11fl.o ue do out o lado chamado •:och.r" -, goo ~ não somente a po.ulb lidade de sua represc-nt o pata o& iadM-
m tambem, enquanto esse •'aquilo" i:, ele próprío, iast(tuído. O alor duos é asse urada, as sua retomadr ó reprodução ince:sspue p~los l -
e o frio só eitistcm pf:-1 instituição (.mm,õ) diz Dcmócri o. ::-o a. "p 1 • d1vlduos é I ml>ém c;i tes,oric.tmente ~r . l s.so implic.l o o apertas que o
·vr· • frio e lor, nem ua refação com om ..fl'I o e " (alorH d d e ind • individuo fal a na e pela r~r ntação, mas ainda <{\lC e e sô p de !"J r na
bi vers mas o frio e o e lor. u I o e tan l nero somente, ttil e cada signo medí da em q e a rcp:r1lsetitaç1io t dcsc tração e slteridade:: (· 1 r. ci1 isc.l r
particular que é "orbltràrio" C o contrl, o: o rbhràrio 6 llmitado e aos ig,n<», ê ltce almenu: ver óO que é quilc, que absolutamente IIAo é.
p oblem..\ tico no ea. o de cu da sign-0 tomado particularmente). m a iela- ão "cmpíri menti!" ou·· icologicrunento", mas e od,0s os rvet~, e
ção de &i no como tal, o /egel/J wmo tal e tornado t otalmente. não simpl monte, mas cons n temcnte o pe arncnto. ftl 0$Õfico ou nao,
Mas tsmb6rn, que a relação 5iinhlva coloel\ cm joJo, ê uma fi una malem:.itica, a simpl manipulação de um algoritmo qualquer. prc.~su-
concrct·, rr1:1teriaJ e {vcl {l'tBbituaJm te aud(vel ou visível), mas u s põe :i rcpr · l ção, ssup· e a im~glna ~ o. pr'C:Ssupõe íl nalmente o
é signo n cdrda om que exi t com e.n.,f,eJ st m matéria p· 1 tm lnáno ocial e lnstitu_içlo do I '1Jt!in.
membros da socicd de coa idetada e 0$te alêm ® existência conctet.a d - 'Ê imp rt:une· insi.$tlr obre im:du libilid · de da rela -o lgnitiva. O
qualquer individuo partJcuJar. O 5c:n t{vd sem matéria h atamc te q 'sno só pode ser no "disto" R " isto" p~dc &cr ufic:ientcmenledelimi•
Am6telcs d ií como d linição do p/Jan1a.tma1a, fantasm , da "ima- tad e '•identificad " ; e 'isto' nunCll ê i.uficientemenlê delimitado e "i-
gem''. O que llpaTCCe oomo multiplicidade lndcfinlda de instân~ias con- dcnüfl ado' cnqwmto um lgno u um a, upo designo n o lhe 6 s _ocla-
cretas (paJ VNIS ctctl v meo~ pr nunciad3 ou esorl e e) s • IA?tn unida- do. M aind hã multo m l$. O "I to"" só pode com~r a ser detimlt d
de porque a multiplicidade ind tinida de figuras s~nslvcis s.:cn matéria, e ••ident ificad " tornando-se já fndü:e dr. si mmno - ~ndo, p is, dcsd
de phanraJmata, de rq,r-esen taçõc:; (... cns ac'Clsticn.s", por exemplo) pre ••concarnin d(?" peda oper, o slgnit iv-.i. O "isto" da desl na.ç ão,
sensm:às e fricas de Individuo (muhiplkidadc duplamcnli# lndefinid " j t<i''desisnado deix de t!t um imediato absoh1to (o , o que vecn
mulclpl~cldade indcíinl(! para cad; indivíduo t mul · Jicídade indcliolda a d r no me mo aun o foi ror.i. da ab tração ,~nc1ti , , ue pretende e
de indíviduo ) é por sua vez m nt.ida tOUI nid· d:e pda li t.Jra senslvol lo Me for.ida 1lin agem e ant do /r,g ln); de tsvazâa interiormente,
~em ma éria q11c é o si •110 e est~ signo p:ir t dos num área s.oci :il dad ou $C hrc, ad uJrindo uma ·profu1:1didade torn ando po fvcis tod u
,un buiQ{lo• ou dr;tenn;n,u;/1cs po tcriore que o teT.!fo como reíettntc;
mas unnbêm ~lese de$dobrn ou :se multiplica indcflnidam te. orMn•
1 . Diçl , ·r, ' . l . 12.S. do-s.c rc ' tan e de si mesmo na série aberta de suu oc:() rênci • s-
19. Dr i'1"1. li. 9, 4Jl II V·I 'm , ·'objeto",<> que é desi nado, é, o m smo t po. me os em Ls do
2 6. 287
que "ele mesmo" - e. o m mo empo. n mcdid em que ta el do rios, s b '1acia etc) pressupõe na verdade ("r-e 1m te" e "lc, ic:amcn•
no e pelo legeJn, ele é o ue é, eJemen o distinto o definid podendo sei te' algo multo dlfc:.ente das "e íegorias'' e dos•· on lt ·•: pr upõe
inderínid mente rctom o nos o crações da 16 coojunli$t<1• um feixe d esq emas. pcrativ que n.: são ''funções lógicas", que
ldentltMI , laua.lme.nle, pa que: alg cois po558 ser igno. esta tem e i t<m oomo íl uru - fig rações o rante , ncahu:ma d" quAÍ$ Pod
de r d imit.a e "ldcntiflcad " como signo e como /e i no. A in i- funcion o rcsu/l{ldos de eu próprl funcion men o e do funciona•
tu ó o si n é imcdiat mente insJHulçio d clasw design $.. e todo men o de todos o outros nao estão j prescnt ( que exclui tod e qual•
ai o, 6, como tal, lndJ da ox· tênci de &igno.s (e, obviam te, de tudo quQ' possíbilid de de "coostruf.los""), O mc.,;mo vale para o esquem -
o que c,ta implica). m certo entid , é precí o q e o própr o signo e opc:nli vos do 1e11kht>in; e v Jc: igual mente: par ttl çõcs e111 rc~ l~ei,r e
1 dique como signo. indique, t:Vidcn mente. cm rei çào nJ 'u6m par· o uukh,!in, ó ex. te/~ ei.n o teukli n e se N:Sultad estao J:1 dL
que po havu signo, dique os o t ros í nos e sej indi do por e. te ponlve . Só e islc teuk.h '" se o f,gefn eus rc:sul d e.a o ·â d poa[•
como i no. Eslcnun podcsorocaao e.um ign ol ola do - n arla- vc· O,~
ein é um tewrlr("fab rlc;nçào ') e um teukli u um tt.úctun (fer-
mente, exls.tcm se:mpr cl.a.ues de sígnos for-m ndo •• stema" (c6digo). E:. ram~ta, in lrumcn to bem r bricado)· o teu htin i uma t,x um "dizer"
or is:10 uc 6 inadequ ado falar de ·•s· nos turais" (fuma e foao bem i'ti l:id ) e um lekton (um r uh.ado te "dizer" e c:ste "dizer"
etc.). A coincid! ciuegular, a co comi acia (J nbdlttl'in) d duas ocor- como possl eJ). O que • im se manife-sta qui é um pecto decisivo ~o
f ciBs "o aturai~'' põde crvlt de sustent.o.çào ra ~rw rei çõe lgniti- instituir e d instituL rigin rias - o que poderiam t Citar e prim1r,
vas: m há um ab· mo aep rando• da Institui o de um aisteme de [g. mal. dLo.odo que a instituição "ttt prc:ssup6c", que só pode existi
no . Da mesma mat1eira, a teoria da lnform ç o em n da pode ud.tr omo se ela já l v~e e Lido pf amente (e que ela tem que ser lodeírni-
n e torreoo; t do o que e a po~ forn1;oer é a co dt o trivi 1ses do a dameate), O imag-lnd.rio S-OC I existe c:om ÍllZU/rtpr ntar socioJ-
qu J figu ou corr! eiH "naturalmente" muito freqDentc:s, n· o pode• b.lrt6rico; como l I ele institui e deve m.stitu!r as "condl õcs ín :rumen-
riem representar o papel de sjJnos, porq poder um ser c-oo_s t n 1cmentc C " de sua e lstência ocial-hist6riC11, q do o fazer/~prts,: UI como
c:onfudldos m aquilo que Ili ce • ou ja, poderia ser tomadas pOT l«nli ários u oonju.ntl tu. as cr o teulcheftr e o (ttge. ; mas~ t pró-
"o 1 ''. · de quolq er maneira isso t é provocad pela releçã ig. pria, Instllu" ão, nstituição das "co dições insttumc:nta· "do ís e do
"ltiva, porqu o signo não pode r "objelo" ( Ivo como objeto-si o): r catar - um fazer ser corno prcsentaç-io, um figura o-figura-; a
0$ objetos◄ signos devem ser pos10s como uma cl s; de pscudo•obje:t~ toslituiçâo do f geh• e o teukht'úi c:omo 1· 1 aind é m /~ irr-reuif.htrin.
o.rado d objet que dedgno.m; ponunto, evcm rwdos mo
obJetos◄ sl nos (íorm s, tipo., rldos de ai nos íormando I limtit). ob" - Pode- llustr C$ta süuação com o exemplo de alguns dos prim:i-
to ou atec-imc:nto lmpro 4vcl ou e cc e onal 6 omt!n, ••gjgno nutur 1" pois esquema opcrutivo_s do legeln (qu ão mb6rn tsque as--
- oão é ,ig.no. pr · o.e os 'stema de sjgno e indi ue como sistema operativos esscncJ s do umkhe/n).
de signos - e i o, de Ida, provoca o c:urto•c rculto de toda lc i tiva A reJ ção I niti mplica cln;ulormente, ou nic or tá cm lnc:T~l'l-
cons r r uma " m1:lalinauagem" qu Jquer para explicar cal opc o. ciil rc:clpr · com o csquem opaa ·vo da di.screçl0-$Cp_ara ,.,_ Sl no e
M sé sobretudo a Tt!Jaçào s:ignitiv • como re ç o, que é i~d utlve] 0 bjcto devc-m estar bem cvidc temente arados de todo o resto e um do
e incon t:rutJvcl. Certamente, pode-se di.zer que designa>'• coloc cm outro. ta Oltim cpara • o é suficiente par distingu r Imedi til e radl•
jogo tod R5 CJllqotlas media te uai x e y ilo con lituJdo como lmentc o / ge/11 d prcten ··na gcm cnilíca" o da "linguasern
"objetos", c-omo :su~ objetas e como "objetos num relação'-. i'° dos e n,putadore " , Porque oettes cas " igno" e "objeto· s!ló lógº
ê quase que va ío. Em • x (si.g no) de.d aa y ( ~cto)", x prcc amcnte n e realmente o m mo: o que foi erradamen 11rcsent do c:orn ·•signo" •
é COll5tituldo como objeto, ele é es belecldo oomo não-objeto-signo, sen- objeto e age como o 1cto, 6 se pode filiar aquí de "si ,no•· iriedi nte um
do as çatqorias connUuti do objeto llo-pe tíacnt para o e. Out s ntropomorfismo ln i:nuo, eccnd qu e o l)teten.!lo "signo" só fun-
operado nu eate9, que lo o di e tiro os. crt remem jogo qui - bem O11 como objeto, ~e por c-aw;"çilo real . ão as propriedades esterco-
00mo na colocaç!o do " bje "y como objeto de d ig.nação. "De. i -
nar" nil é um rclaç o que ocu um lu ar n lógio •ontologia rdad :
l<!rln. ~vjdenctn crrtc, 111 de
elll não ~ nem 0 l ora correspondente s uma f', nnl\ d julzo ou um
1 clttido cm lilsica • cm 11\J
nfvel de ser; nem l 1camente coostru lvel, j q ue toda con trução lógica cn,~. t lliur o1
a pr upõe logicarneote. d dgna ão (a rc•present , Yertr tung). o Utnl ~ O Olllr
quid pro quo, 6 in~tltu.iç o or' inária. ,s UU#~ff<M IIIM 110
e1 , ,u LO. &en,ido ""
· O '!ue pode parecer ra pet1 ame lo reflexi o-ab r:110. sirnpl f 10 de te t tarem da io ttÇi redp«> U·
colocaçao em livid de. no Jer,,,..n. e cate oria ·•con titutivos" (um, vá- u r.
28
ufmicas da moléeu l que c ausem. da rnanci mai banal (nc tt SC'nlído) OJ)ct,1nte!I, sua peração p de s.er inlc: in vclm 10 utiliz de p ru
tal associa o orn t 1 outra molécula ou a "fílbric cão" de t I pro uto: "íabrkar'' outros (.uo e 'i. "
A -ltu ção é idantks, re I e loaJcamenu. num eo, putador. sendo d í(~ te co-pcrtenccr. e podemos ham r de e"• r1enccr s anhl o
renles pena$ o_ " uponcs" da s para dist ingu1-I do co-pertc:nccr "o ~ctivo" ou "real • n o pode, cvl en-
A rclaçiio s nitivu mplic mbêrn c:squemu e, tivo da reuni~o: temente, existir (l lica circula e) o q ma operativo d11 ri
reun ião do que J1 rtenc;,i.: o si no, reuni o do que pertcnoe ao obj et , ra: x dçve cr utilizado p· r desi nar e n o z., 11 dellt! ser designado p r
pela qual um e outro o como este signo e e.ste objeto . Mas lamb~tn. rou- x e nlo p<>t , . Este de r ( Solle-n J é m pur fato: su iolação, como tal,
nll de um outro tlpo. que fi i existir par signo-ob·e10 sendo cslcsig"º io i mporta cm c<>ntradlçâo ló ·ca, cm t.ransgrcssilo ~tice ou fealdad es-
1ri to dtslt obj o e o objct altibufdo a este &i no. A Implica o cir- tética. (Par· lnd, uo que o vi la, acidcat !mente 01,1 sistcma1icamcatc
cular u inerência reciproca da ·e aração e d reunião 6 lm diAt3mcntc pode haver "sanç reais" - m i o é outr COÍ!là). E ele nQo p de/un•
evidente: só se pode reunir .s.ep11r ndo (aq uilo que unimo , de todo 0 dament1Jr-se cm nada que ailo eja cl1: próp o; a-o sornea e nenhum r
resto), ió e pode sepa r n:urtindo (junto11do o que se parou do re~- tscllo ígnitivu p nlcular pode cr FUNDAMENTADA (mas, n máJIJ.
to t, , n-,o, rciaJ.mcntc "e,1pl icada" ou "justificad " aum egundo nJvcf); m s
O e quem operativo da reu i o é du lo na vcrdude - e faz. co: que a rcl3ç!lo signltlva como I e a regra quec:J Implica dreularmcnlc só pO•
imedi tamente apareça um outro, através do que ele é duplo. reunião dc:m fundamentar, nas nc:~íclad do /eg n: f. prcd o ue ~SI regra
pode · mbem denominur•~ co-pcrti:nce . o "obj eto" cachorro lmplic:a o da d lanação mais ou menos univoc , p11F1l qucc,ci:Sta ltgein - e é preciso
co-pertencer de tais e ai pcctos, propric de , panes e e; o lgno (di- que c:~í ta fe:gei" 1' · que ed ta m tal re
to ou escnto) "cachorr " implica co-pertcncct de fonema , let e1c. · (nsistamos neste fato; nada, cm tod· lógica e: a ntologia herdadas.
este co--perteocu n é ocm ab oluto nem i diferente: é co-pertenctr pe.rmitr: pensar o que e como ~ esre co-pcrtene.r signillvo (amm como
(ou reuni o) quanto a. •. (pros ti, quaw1JJ.J~ e, Igualmente, toda . cparaç· o ada permite pensar o que é e cumo ~ ins 'lu o). Evidentccn~te. nlío é
é araçio quanto a. .. &te quaJ1/o a ,.. t cm si m o esqucmiL opcrinlvo nem "relação lóa · ' • nem "relação real", e não pode ser nem um m
irrcdutfvc.l e inconstrutfvel. 0rli, a reJ çào sígnlliv: como e.ai lm llca cir- ouu Aind qocqui.s semos fazer d "objeto" um conceito. esleé c:olo-
cularmente o csquemo operativo qr.«;11110 a ... , e, is o de muitos itnel cad em rd çào. pelo co•pette ccr si nltivo, com algo que não é um coa- ,
ma t.am~ 6 i!m • mesma csqucm operativo que n:llo s.e rcdu· reu- oe:ito - o signo. io se tr ta. poi.s, de urna "n: ~o lóglc " . E o. o po-
nllo-scpar ção-quanto a.... mas~. ao contnrlo, "exigido" p resta. Por- detfamos apr ntá-1· e mo "relação r ai" - n· o ser referindo-no :\s
que a rel ção signítíva como tal ·• designa ") estabelece e idcntementc rop taçÕC$ nd.ividuai efc ivwr: ai, " imagem de pai vra" e "IJna em
um co-~ en1:er de x ã de y, mll como co-pertencer específico, signitívo: d coi " aao li adas (é nos reportamos à h. ó o do ia Mduo par3 ex-
objeto e si no (t 1 ob·eto eu u" sig.no ro marn unidade e-nquamo (quon• pi r como e porque se Lia tarn . Mas e t3 aprc:serüa-çlo i mulLiplamCJ)tc
roa ... ) igno de te objeto e ob· to d~tc i no; formam unidade em virtu• e
irtsu tentá 1. O co-pe.tlellcer i nitivo ocrtameatc imtrumen ad nas e
de relação signitiva e partJ o que se refi re a C$t lação. é s,omcate pelas rcp~ entaçõcs lnd vfduais, m de forma lguma pode-se dlz.et que
porq e este CO•pertcoccr do l no e do objeto {esta decido pela rei ele aí esttja como tal: q_uc, ai c_stá de e da 't'C'l., é.. para cad11 indívfduo, a
ignitlv ) existe, que há C()-pcrte cer du.. rtcs' do ~ j eto e cfus ''p11r- eqilência Interminável das rcolizaçõc particu/(lte.J do objeto, do ígno e
tes .. do ·gno. uncu renc: lr-cmos sufidenlcmenk sobre esta evidência ele ,ua reluç o ("assoei çio"). da d z se, cm que e porque, esta rela o
banal: palavra e cborro e: o chorro form.am conjunt - e não da m (ou 111s e· -011 ) difere de uma ociação qualq er entre "imn&ens"
ndra pcf qual a patas e cabe,,;., do cachorro íormam conjunto. Sem o q ais.quer. colocação cm rela o d rqircscnl ções no e pefo nuxo ~-
rimeíro co-pc t ncer, o ~caundo n.io e · re - nãd c:xígte cm e para o/ • p scntativo Individual é Lmentc s rte Occell rio de toda lingu em
tln. a linguagem, o pcns.amco 10, n:lo e11is-10 ·• ra nós" . r 1 !lo .sJgni• - mas n o eitplica a lln gcm. Falar não 6 assoe· r de um modo geral,
tiva n o pode ser ..construida" o ''compos a p .. rti da separaç1lo• nem m mo concalcnar "imagcn de palavr "; é unlr e rcprodu Ir sig-
niuniiio-<juaoto ., ... , esta a prc:- supôc, ou melhor. a implk c:lrcularmen• nos caquanto sign de .. ., si;gund regros. - p;u:ticulannentc:, a regra lm•
1e. lsro po e s.er scpar.ido-reuni<lo p que "isto" o design . E uma vez pli ela ao co-pencacer slgtiit ivo. E nilo posso pen restas r ras com
que se "dJ põe" ddtes ucm · pcrativ en rnados cm rrodutos uma b traç-io d rltiva e11lr fd do uso efetivo da p líl ra num coleti-
vidade dlld , porque esta palavra só exisl como palavra medi ntc esta
~ i u ; A. rcalizaeõ particulare , pa ra cud ind ividuo, da reli o obje-
to igno, 6 dcm ' llr porque e lstõ co-pet tcncer 11.ivo e re ra
1 Scpunção/tc111Ullo pod n, cumb&n ~ cidu o/l11cl iio, l!e comodili- mo sociais, como ln tlt da - ou acj , como nl'lo 're i " como se lu-
• çíl / co111inujd IS 11Lr~v i o, eDC.ont licitam 1 ~Lllbdocido~ o 1c,1or e,
a t ou fona d lugar ("real" ou " lôako"). ~ por Isso. tam m, que não
o ex L<nur, ~m com• u fron te r.i 11 illn
2 1
290
emos r,em seque tcpr tar-n dirc mc:ntc este ço-pcrtenoer na nalmen te, medida mo foi d ho e: como! cvidcn e, este: co-
mcdid cm que! co-pertenc:t?r slgn itivo. P cscre • uma infin pcrtcnc:-er é e deve em pr m bém imnrwnç t do na e pe_la rcpre -
vezes palav "árv re' e arbor a.ob o desenho de um ârvor ta o dos in &, elo como e ntrapartl na ~ uc: dos
las, ou repeti-las interttrlns: eJmcn1 0 o l.hs nd uma érvo rc real, div e.sta ad cial d11 lmagin11çiio r die.J (que & penas
p osso J mllis N!prcscnt r·mc o 1cnccr da pai, da coi na tra I somente n medida em que_çonduz. ao
tal, nc VÍ!á•l• por si mesmo, n que J o ser d ro ou ): gln· r oque n o é'". m l:magin r/flgu~
obliqua. Ora, is o ni o ocorre j ua imp e a.ssocia- r eois ao i5a,podet "ver" o e é q uilo q e aãp
ropresen Utções: por m Is má provável, por : a tsr o u tornar e um coisa p o uma oulr eoisa.
otti-og.ênc , por rn is i11compro p er ·
oo nt lmentos ou Jem ran as efeti minha n= A relação si ni 1...-a. impli c ircul rmentç o esquema o perativo do
çilo ou ç-o me! dada "em pcs o "c;om valor. 11 do wz/()r, e isso ob crus dos ncionamentos: o wzlor co
ilitude. 1 de uma "p rte' "tod '' , etc junto corn (valor i ai q e, ter o 1nc~m0 valor que,,., wie) e o 'laltt pa.m ... va1e r em
seus "lermos" t &e ap~cnta; a li se clã como p:ute cfeli vista de ... , valer p ra tal fi m, 11rn ... r.u ... , q e podem evcnlu lmen e s r
d aqu lo que lá li e i oi e de que cu tcno- dwl)ci dos e o pecificad seguir, e mo " alor d e "valor de
gar indefinida.mente seu p m as çõ , o" em diferentes terrenos. rela~o 11ig,ol tlva imp entemente,
é "parte" cíetlv do ílUAO v nce não por um Lado o c:squc a do 'fll~r como .. ., nquanto de equi -
pode sê.-l o. u, para usar d ll& io ob difeteo ta formas. O carAler gcn6rico der. ma em (do
t e pen amcnt ou dor u 11~ de u do objel ) tor aqui un iver salidade p cria_ o de
Mima OM" ou de csquem da. (dc:conj untos). A rrmcias do •·mesmo f " equ1v len -
11gurada em e por u u 11e isqu r q e sejam dffcrenç "co ~ t115 • (d fia, ~ pre>-
e nc;cblvel ou con I car g.niti nlÍncia - ou ck posição): st $ do •~me. mo o :JCl eq •
lil " ) como tal. j po razão elemcn tar. na rl1 ca da Razll() Pu- cor nd o ·•m mo s:igno". Recorde e
ra,· bem orno cm l mosofia drsde uas a~ os d ias hoj esmo tcmp o objeto, o objeto é c l e,
permite, dá o estabelcçer uni:1 dif. qualquer entre um o om õprio: est cborr<> I claasc: s
eU~ e ra ento reto e a let 1. A l.e tra O (e qu lquer l ra &, 1 o êocla do "mesmo c;ichorro" são es-
- ,udo í o cdiat e evi ntemcn te aos fonemas) oão é v quanto a. (ou, o que vem II dar n mesmo,
não pode ser, n nem p r nenhum filósofo, e la não ê r,e:m m o" cachorn> inediante Q esquem e c:quiva-
rnc.smo a. nt não é nem .. coisa" nem · •co n ito"'. 1" sua& ooorrhcias diforent~). A equivalfocia ecria-
b o ;n razão, nem n o-ser privati- ção · sd do primeír trato n turn.l (a ue 6cic"
vo, nem im giná ns imatinarlum, biológica ca<:b h rro como or nismo "i dividual "). Consi-
porque cnqu nto e
O u ma eJI se. a I fil • der mos m is nte a eq ivalhcl 110 q ue se refere aos Jgnos .
.so íl mais r[aoro&a, a m eme le ho· ueri a em um No Jeg ln tod elas de m signo, e omcnte se doditcemlvcis
lin uagcm que ela torna infinitamente: mal írnpms o qu o-ser como oc~rrên gno, se equivalem em determinado nlvel (e
ncg tivo, que nio pode:: nem labele(er-~c como aq uc e 1/UflTlto a utávcis, run veis-a eis um pel.u
anui a si mesmo enquant con tório: lln entro tr , Es íuocíon.a em todo · do ltK'!n- ela! o
esta tiva nem sequer cxi en e p r samos rundam que Sau~uro denomino o pa.rad m~tlca e
dizer oiio exJ con, p do drc ul do. que: ser~ preferível deoo · ~ equ~valblcla pa-
lsso é apcnis um coaseqllêncía da posi · o t!gol6tf amen- rece como cqulVlllência a . . erre ta de tod . ~
to hard o, e.· oculta.Ção do t • do soc:ia q nuucri Ji um sig estas seJsm pelo mieooa min._
ha. O e l são me nos que :s o institul e m11me • e relat ou sub.s1ltuibilld. de
u.ídos' ), figur -fo mente criadas. cult rc.t rlla MI tido trlto.
rio 50Cia · e e;ici tlr como figura Por el lica o csq ms d alor para .. -
titulda, íor m111-norm o do ociat M $ também, e mais Nlo há ltgtin p3 unico si.Jno: hA sistemas de 'gno em diferen tes
alndn., o co-pe tencer signitivo só como inst itui , como • níveis (não â que tir aqui a questão do cuéter ne<le,s r ou não da
querna operativo, íigu -o d e figu ra, 011m mod ciue , com tal, irrc- ,.,d upla ar&iculaç!lo"). rn cad olvd, os si nos func nam edisnte ua
fll'e" ntável no .unpo e ológko e:, n Tdade. m pens~hc:I çomo t 1. i- combinaçcio (o qu.e aussutt den mln va a relação in tagm,tica). com-
292
bina o n - o seria com inação de , · n , m im pi man ifcstaç-lo da $4!. repete: nos nive: S\1ccs lv do lt'.geftt. T .d sigt10 o combinac-'o ~e sig-
paração/rcuni"o cm nfvci, itcr3<lo , se mi lnterviessi: qucma opeta. n s vale ou não ale) para.,. u inserç:a num combln ão d s1gnos.
Li\lo do 10/0, para ... C da signo ~ cteriudo por sua utiliza o p f. p r suu possibllid de de íaur ~t... a pMtir de .. , de maneira aprop.iada
vel. ou sej;i, pela combin es pcrmi lve em que pode cntr: r. Coruo
1.-1 L. •·o v lorde uso" de um signo ó seu valo combinalóti (como i;cu
a ... o eom v st a ...; v -se aqui, im iatruncn \e, ~~e.(! I_ g um ,!''
t~ hein . Todo 5i no vale a mcdrd, cm que r,ode or ullltu<lo ~ob um
"valor e oca" é su ubirutuibiHd,, u). Aúim, em francês o "fonema'' conjunto d condições. e utilizado " cm o m 1". M,1 o qu significa
n 1cm um" al r de LtSO" nulo entre duas wn ntes. nd s igno é pois u ui "be.m ou ma1"1 t o va lor s.ob $Lla out forma - a fornm d cqu v11-
afct do por indic: virtu is de lo, poro .•. ou de "v lorcs de uso". , 1anci . qu ilo quo era. f.i l·_u,do a st tall!cn~. no ivel ~ sígno shl~ular,
mcdidA em que conslélern.m o lt!ge./11 (ou ~cj11., linguagem como código, s.eu lndicc de mlor como s no - o que o rnstltUl com Stgn e o ~I tmgOc
como • tenta conjuntl ta-ideatitârlo), estes lnd ccs s o, por prin plo, · de m ocorrênc·s n· ,ural - ! · gora r~ferido a um nlvel superro . onde
definid é cm numc:r finito. AJ; 1.nllizaçõcs po~. fveis dt um fonema, o.s um combinação de ·gnos !e Mmo igno, e onde som te c.o rtas m-
.sintsgm onde uma palavra pode c11 são detcm1ln do , definfdos e binaçõ s alem como :sig os. Q mgnifl • que um fo~e ~ 1·0/ha paro tal
finitas em ru1mero. " ntretanto, na mcdjda en, que coa deram os a lin- binu o com tai-s ou.tr s íoaem ? Q esta e mbrn çao é uma la-
uagcm com llng11a, u iieja mai :ilcm de u dirnea~o idcntitária- vr:i e, enq11anto pt1/ayra. wrle como g alq r oul a pa • vra ... u o nnâ-
conjunt ta, e ue ri,íorimo, as pai vras e o. frases âs si nlflcacões, ou rio", diri um h11gilisla, n, o é um frasé por u ucsa - n o tc:IJ't vai r de
usos pos: ívets de um úavra ou d:: uma frase n o são ri otosa.mentc cil'o
ÇU scritos, não s o abst>lutam~tc dctc:1mlnados, n o são oc:m finitos
r, ..se, n"o vale como ÍTcl$é - ''cu", "o", " . rrnário" ,não wzle.m para este
oomb n -o - ta combioação n o valtr con o CQmbm ç o frase) esta
nem in nitos, são inrkflnidos- p rque tal ..so de uma pai ra. por c:xcm~ frase não ral~ p ta en rar num discur , "
plo, p de r suporte do uma siaolílcação outra, não dada de sàlda com a 'o outro eltltemo do fuo on menta do lcgetn, a lndis oci.abilldadc
1 ngu çm e o c6dl o No nl J d llng a, da rcJ ç.io da Un,gu,;;i e com das duas fo rm do vtlkr aparc,ce no enigma i.mermln .1 cl de u.a rei ção
s:ig,nifícação, v.· ler como ... e ~ler para ... , cquival- d o utilizaç-o po •- com refc:Jcntes do /cgt!ln JquI/o que é til o. Como pode o disc rSO w1{er
vd, su lituibilid e i? oo lna tlidade oãt> são ldentj ariru:nentc dcta-• para di:icr aquilo que e fa e, e, em certo sentido, ele o mie como q~ulo
mináveis. que ellistc (po o 1m1>Qr que: chametn. este fal~ CO!"º··" . ~ cq tv •
A indl1sociabilidadc d · du form s do csquem opcn ivo d Yi4• lfnçl m :sentido gcr I dad aqui a este tctmo, 1dept1dad~ csm\a, ad~·
1or, a Inerência reclpr do valer como .•. e do Jcr para... anifcsta-se qu o cortcspondência reflexo)'/ tit~ alg um,a 001 a.~ d11.cr vtfd de1-
0
j.i quando çonsidcr-am r-claç.io sígnitiv.i, Porque: 1 cstabclcc:c. rn ente, é di:ze:r o quo é tal como e Que s, n1.fka aqui to/, senão _uma
qu nto ao /e rln, ao met o tempo, uma cert .. equlvaJ!ncia" do Jgno e equival!ncfa'/ Como ê po sfvol uma cqul lfncia entre ma s~nc~a 1 ~t
do objeto, e uma cer "utlll:tu o" do no e do objeto t.a ç mbin • pafovr e um rupo e r to.s, eolsas et - senão como Jn.strt"1cao
ç.ão parúcular que ~ a rei · ção sig_nifüj • Mais i: !mente:: düde a insti-
tuiclo do legeJ,r hó a insülulçiio do esq rna operativo do valor, porque
htí eparação d<» uportcs m r. riais- b tratos o lege n e de lodo o reato, s uernas operativos do Vdler são igualmente ded lvos p· ra o
est bcl~endo que l J cooju ato de ocorrGncias não são "ílcontecimrnto que diz tê peito às rela ix a ins1iwiçllo do fegein ~n1 indivlduos.
muurai ,. mB$ ttlem enqu to signos: todos voltm com{), •. , s cquival~• Desde log , o leg in Implica, e faz com que todo lnd1v(duo valha como
tes- n,a medida cm que são signtM e nã ontcct01or,tos, e lo o vo.ll!m pa- q ualquer outro indl (duo -d coletividade c.ons.ider da no_ qu • 5C .~fere
ra •.•• podem ser utilizados para design_ar. ta dupl oper ão cruzada se ao /eg, ür: valha 1:omo qualque-r outro, lha p rn a ullllzaçlló eolcllvil do

12, podena sim a n109mu d.eu , flumero 1 11vru J 2J. o q 11qu.i, lóslc• i ta e podtr ~~l)licu
pmslv~i - o que Ptira uma li rungart que çom110t111 u pOh'W'fas, e 10!10., o do fu · oflUi,mlo da :lo•val~ pn~sf oel f.
u penn i~ llnln bima. de 1f111ap.u pqJll\'1'ns, o r,1'.,mera de sintagmas tu « inda r>Uril dQmlnio 1k lor tO pies rtlO•YD ,
ponl•cl ~ NJ •"º ,,. - JO .. A pcu.r de coo "derivei d" p nkul.>S 1lodn e acniprefato social. Umn pol viu aJ co trurcu in-º"
do ~Yen,o p11rcc de 10 • - C!te nw:ncro ~ria es1abalc d11 onkffl de C<.1erm1e, do nda ~sia :i, k , nuó ocom s.r a d .t rca-ra pode: ler
riero cm Loda Q C$ que. 1., vc::, n mai ,,. . r:n .,.r¼!tt rl,F,ir,~ que dicnltiul a "•lor lliO uso 6•10 - pr
a poCência do enumerável
mns silo ••cbdue I t«!i11t.a
" e!;()~ llli.c
oc6dlJO,
,. ei.tct •inl 8·
1.i:ràcSUOJrqrws !lnlPg•
íc e iGCOtfCU ITUll "cornpt~r>sJvcJ,. - OU bom U""•
1 a ·• , llllll llboeiyàu ~u
WJJ/J/fo: sem 1en.1íd , absurdo, nt.2tl!'ri11h.t•C te Cabo ..
m li , Níl wn. pois, n tido r lar · · e f.&lam" --- 24, SabcmoJ Que este problen11 1Qlf1'11roo u rito~o lh IP , do come 110 n Ele
wa n ctc,..11 ntll!13 ilUIL ÕÕO U lo finilO. perdeu. de SCtJ setttido o d e Jll.3 •1aldade.
.294 295
I g~ln., . e. in itul o do (eyt-in , inseparável da lcstítuição do individuo Hà, tllm rn , ín:,pUca o circul r cn l"e o csqttema do raler para. que
como I d wid~o social, lmplic que esta ln titulç o e impo [ ilo cqui. n -o pode oactiz:ar• fora d arranjo combinalór o, e o esquem1t opc-
v l! ncla d~ ~gn e du com b"t1 õcs de sianos p ra todos (sen ido fnd ratrvo da rmf,m cm e 1. A combin ção - combin - de t ig nos - impl •
11 ido) os 1nd1vld o.s de ,uma tire dada do legt>in. uiv lcnci signiJi ~eJmcntc qu o valor de um lermo dep do de 'l ar" n seio de
cqulva,1,tnd . e nio lde:nhdadc daqull q ue, cm cada individuo, "cor r0$s um agrupamento , no sie o do qual a o rd em é penio ; ela é po n-
ponde ª·º .s1g_no. -"' as~o de uma tal ldaltJdade. ,;jdeotemen te, nAo 10 p fvel mediant
cm (entre dois ter-mos só
esqu d orde
sempre
~to mente da boa or•
r.rno bom dcte rmin do).
teria s~ot1do. J~ q quilo a q1,1e com:$pon e um signo ra um ind ivl-
~uo 6 inupsrhi:.I do fluxo rescn livo/afetivo/int e:ncion I q _e· te Jnvers mco e:, o cs d or mt e ser e/~1uado persr
md)vfduo I; ~· rcprcuntaçl)es corrcsp ndcndo aos mcsm1» slgno para cm e por wa 0gur m fTil in lório. De: um modo
nd1vldu s d1íereritcs io lnço par áveis. e lncom l)ltrabifldade, evi- m Is ~ ral, o q ue rdcm rcul11rrnc11 e o leg1ln e o
dentemente, é pena uma ouri: manel de d .zer que cad indivld O • tltllÜC'ÜI , porque im e discre o ermo só "e l: lcm " ela
!aJf!b6m e$lc fluxo r_epresen tiv ingular q e ele t. Or , 11. ex( tcoci do primcíra vez em e; pe e/11 e o teulc.hein. de h aver "bo orde.m"
~ndividuo COtf!O in d1v(duo social e cu "funcJonsmento" no e elo /eg•ln no fluxo re rcsontatívo indlvidual, nem n um elcme t o •·11· tu •
implicam c::iugem "positivamen te" que ele J(ia um tal n o represcn t • quer a.n tes de ll sem a operoçào dos esquemas de separa ~- o/re -
tlvo lngular; se ele não fo&So ,ssim, n!o pass ri de uma máquina f lante versamen le.. n:iio p ode haver hrgein e leulcltdn m uma rela ~ .
- o!,_~b lut rncnle nada, A fito ofi , quase se.rnprc, fez d ta condi- dcm .1' Podemos a pen s Judi r ~ q ui à relação profund q
ç~o P 1t1 v e es cncl p ra e vida wc· l• histó lca, ma t oóri p icoló- n.s QI. fn as cs ~ lo Qquema da bó11 ordem -
grca, porque, den~o de sua porsp,ec iva ológ1c;a e ldcotil,ria, é obr acta çe,ssão dlsc.rcta' e · · m "00n e
a ª~,rmar que a lmgu-egcm lmplie11 e ex.) e id nli.túuu ri oro. "d quilo no 10 ivfdoo, p , tempa t •
que , em . da um ~0rtt3pondc ao mcs o diUT. M a como o/ efn 6 111mc:ntc l tituf r nte, é ime o
po e ex! lT co~o ~•men ão n ão separá tJ da ling icm, e não haveria as da iteração · ularmeolc - o q
llngue.g se os 10 1vfduos nelo n o fun cfonasscm t is oomo ão e "e m " te à 1m o quem do -al~r.
tucl~ o que ão, est afirmação de um idontld d rigo sa, stre.vé d 5 Au mas. e d ISCU$SIO prece-
lnd1.vfd os, daquilo que é ''CSM:ncial" no dizer. não somente 6 vazi ; cl· dente é i a ite.açll o,
cqu1valc a ma denru çilo d lin uaaem ta dest:rui o - cv den tem nte fi cíoname11to ern iner!ncia red • t10 e
"'c;on raditóda': e a~ula~ora da própri~ fllosofi que, em o Aber a is.a, hle rquia, o melhor, uma re e tCfld ·crarquiz e
- !, all4 , gra tult e 1ml td. P· que h Ja com un· ção social (e. alêm dia• com nações de .si&n de díven.as o rd orre pon m
so, peruuunento)6 preciso e basta que haj ,qul 'úlindaqw.uiro a.o/ -ge-ln (e udo •mundo Identitário, codifi ado ign e forme.d o por
mbbm F.'f'~ ao f,:~khtin) "daquilo q e", czn cada um, corr ponde ao "obj ct into e definido e "rc:JaçõeJ" disti tu e deílnj~ entre es-
no 1sl e que este. e_quí l~ncia_"!,_~diat e o aoess s i nirrc ç- , u Ncsta de hierarquiz d.e., e nas parte:s con ondmtcs do
O esquema erattvo d cqulvalênci , d o mler como ... , impU dr- ide dtó rio, in u r m-~, obviamente, domlnlo., rtlcu•
cularment~ o da li roç-6{): to rna-o po si el, p osto q ue !te r é petir .a um dos quais os esquemas de cparaç·10Jreunl -o. q uan-
m«:$11'1 coisa como difetfflte ou co lm:ar o diíorcnte e mo o c:s:m o qMan- t ., r como •.• eva r para~ de ordem e de ftcraçõo etc. fund
10 a .• ..; e é_Possi ilidade por este, posto ue nu nca poderill .funcion r som m recebendo e f rmand e.speciO çõcs rticul r~ . (As lm, a regras
~ t a re e ção d mcs o como dlfc:rcn o do difereotc como mesmo. de peni n a só po<lcm exiatir tendo um "'oonteúdo' ', de cadi vez e •
p Cfioo, N:lntrvo ao dom! cm que tão). ~ta i n taura çã ração
ela dime - o idenu i d azer e do rcp~otar social, 6 i vc:I d

2', T _qu. ' 1111 8 e.U I , 011 08


3'1o de 11 di~, os"º 21, T ala,se, é-ridcn1 ~. tiu
~IOque oaQ6es de a Ofdem dM 1e
28. l\"[m. 11~,(I p
,rmbolo ai is r

O/os) oe sig • e •
VoltaKi em O UI •
ó, e
m ccr m«itc cs1 eleç ,t. pot I\Jln o. toda 16 po r
rede d ins1ituiçõcs no sen1ldo a pio do tcr~o oas qu_ais.e.pelas q,ua_t &e can6nico atuu co.mo se putl se ter acesso direto àqui lo de- q e fal.i -
cleunvolvem este fazer o este reprcS-cntar , Assim, .i nst1lu1ça do d1rc1to é quer sejam ooi , as idéi ou o sujei10 -Is o 6, orno, se de pud ~Já
ia cituiç,ii de "o ~elo$" e de .. rclaç(lcs'' jurlcfica.s - ela nclo pode existir se eliminar totalment.t: o legef,,, já tralâ-lo como eio óCic tótalmeotc
no.o 6 ln trtuiçâo específica d um fe eiri ju rldioo: ma:. ç ·uisJm tamb~rn 1ran5Pa.teotc oLI instrume:nto perfeitamente neutro, já •·re.tlfic4-lo" inte:
pata ma,gia, r-diglAo ou mesmo a arte. r amen lé ou 11bs rv-ê•lO (llt amente numa Jógíca depurada que nadá lhe
tic:)t'ia devendo . Ê também amm quando t.la "critl - Jíng~:1:gem' ♦• sen-
.. 1ein,,, detcrmlnhl de, entendlmento do cs · critica e prc rc:it· por rcretêncla a um outro modo de ac; o à-
quilo que ~i~te, pe fei ame-o te adequado e postul do çomo efc .uável (as-
Apl, esta di uss-ilo, t lvez seju, mais flici! perceber p rqu~ e m ll;t . im em Pie '10 na Vll r, corta ou lu ser) na5 hsquisa lógiei e out-N>s)
lógic -qntolo ia herdada i.c cnrafza profundamc u o legcm e aS- iu- ou 1 efetu· vel ( os ~tteoscm ge 1 . E aJ nd ê mais ass.im, ide tcmems,
g~ndl\s deste., e só é, num 1.entido e ocntnil en e , su in tcrmíná el clabc:,. qu do a, ll n uagem t:. tomad /11 toto como "racional" e •·es r a.[ do
ra-çâo e a tentad a de sua nten ão illnllt da, de maneir que ele:. pc» ~spCrito"; o processo ao longo do qual apttrecem (pJtain(mtaü Fr:nomt1to-
absorver atl mcm\ aquilo qu o '' nego", o, pelo é pars o f~g,ltf.n, dc- logfa) em e 111. lini 13gem, a Razió ~ o abor absoluto s _o apenas a ver-
termlnidado reio obcranameotc: 6 pod-c rtr/s6 pode valer o QUO é dJs- ente, par ós. do prooesso att:1npor~l ... dí l~tioo" - ta toló 1c;o, cm e
timo e dcfln ido {e em vq-dadc n\J m se t do so outro ponto de vista /,r. pe o qual Razão eve tamMtn nec s.r~rioment~ e de ma.n~ira d t~rmf"'°; •
defin(~I dé I termos), o que 6 ne0CS3áti e 1uficl~ntcmen1e se-par;i. d.a i:..~uib.eleecr-&e como lingucas~m ou s~. d~os,tar• na lin guagem e dl•
do/reunido quanto a .... o que e · te sempre em e po uma boa ord.c-m, o zer- J linguagem. ~te "nil.o l!W'ar cm oont "pórque não e pode
gue 6 iodiferentc 'I".~'º a~ t po e quant() à m~térf11 ou aquil pelo qual dar contil manif~t. -se cm tod fil~ fi ue se siJua dentro da perspccti•
·a maiéria ae presta mtctmmavelme:nte a dei rm1nação (it abcr, a er dira) w da "fu.ndaçio' ou da " u âo", posto qll:'" ma tal rcrsp~ivn nad:3
aquilo i,elo qual tod~ o modos d v le - cqu ,\' cias p ss.fvei.s ~ u.ti- m is édo q e pcsqu de uma rigcm que l!"-ibiria s a própria nccc. s,-
liul,ç(les pos~lvciS- - Ao füuado,, dados, sem ambi Uldade. Q 1 6 o hm1te dade mo ao mesmo tempo in1,ellgfvel e didvc-J, em relação à qual, põl'·
d1:St11s cxi~nctas. su realização totaJ'l •• ... toda Mtsa e;risf~m · comple-- nto, lnslituiç:1 do dii:u i c,i erior e indiferente. RedpToc mente, é.
,tam nte deurmlriada... , não somente e c:,da par de prcdil: do. conm1di-
tór' dadw as tamW de ló os predicados poitfvel.J, hâ •m PJ<C um
,na nece idade ln •encl cl, parn Li ma filos.ofia que se move d.~n :º dcgs
per!;pect v., ocult r o limhe ue a institui o do ley: ln c;onJ.Utu1 para o
qtJe lhe con~n .'' 19 Ser, no /egtfn, 6 s_er d er tn do. B lá, n ta c~pres- seu tn'lbalba - jâ que e: ll só conhece o contingente e o nccm4rio, e o l'!'-
âo omilir .1 cláusuhl: "no l1:gtl,1' , e modalizar o icrmo .. determinado" gflin, nem "contln3ente" !'em "?~~sário", é aquilo, a artir d que SO•
cm' c.omplemento dt,terminado, men detcnnin do etc) J.)3 er tod m<tt.te neee. ~ídrade e conungên podem ter um $C11lldo q ulqucr. M sé
ontoloijia erdade. , no te ein, oomo na ntolog~a, ãé't e valer n J;?<>· também lmpossfvel dar nta e nu.lo, portant levar e oontll a relação
dcm r djsti nldos, si nlficam e:, mesmo; e um 5l no é valer como sig- s lgnitiv1.1 como t l - como im:dutl ~l ln~ trol:1,vel, nâo-ded~lfYC:1
no - mas ta bérn: sor u,n objeto é vale oomo obJeto. Um agropameo to ;:,ar uma itosofla para a qual M or<icm l6gl clclie., como a cfialétLca
de objetos 6 ou n • o t! e l.e megmo um objeto se ele vil le com o o ~eto - .se f"() ~eJl IIR, porqu.ç numa ordem uma equ ltnci ou Ira fonnabiU•
ei;tabclecid pelo l g como objeto. Meu onho de ooiem à noite, a b.t- dadc ge e-ra!izad unifieã todos os omentos d pcrcu o, no quul nada
talha de ones, o nOd co da nebulosa de nclrôn1 d-11 e o rim de Crom• ~ seja " irredutlv " pode ser encontr· do.
well são; bem ou m~I eles s·c:, ''objetos" , Mas seu a rupamcmt não é:
porqucr,elc ni'l é, sob nenhum pc:, to de vls po.si.lvel , no legei,r (cm ne- Tudo isso, 6 e laro, i penu outt maneira de d ier que o leg~J,r é in •
nhum estrato do feg-efíi) "-um objeto" - n o vale com~ objeto. O legei,r tltu.ição ptlmordiitl, t q e, ne ta n[vcl, a ló iea ide ú14ria não podt- cap1ar
e isco e faz e;d stir f~ndo valer. a instlluJção, porque: a lnstituiçllo nio 6 nem necess ie nem c<mtinge t.c,
P , uma inversão que só a rentemente é p. radoxal a lílooofia, ola~ porquc $UB emera~neia nilo 6 determi.o _da, mas quilo a panlr de que,
bor ão e prolongação legein, d~ uas norm se de suas oxig~ncia.s, cm que e alravé$ de (lUC omente o de «minado exis e, Re onhcocr como
enlão levada a ocultar, c:scondcr, encobrir o próprio legein e u.a prôprl CS$ cial e irr~utlvi:l relação lgnitiva. o q11/.(J pro qul>, repn::!cntá,lo
re ~o com ele. ão considerando, nâo podendo, por razÕC'S p fund • (lwt~ren) é reconhecer o caniw "arbitrário" (instltuJdo) desce re-
coru derar - não dcndo ~llcar e justifl r, logOlf d~onaf, o o quema present , !, pois, bolir dele 1D1nid de como notma suprema.
nuclear e ÍUl'dament:ll do leg4'fri, a f'claçil.o I nltlva. eli, ió pç,de, no Çl\30 Já a i dimos, , ais acim11, o fato de q e o J,-gefn p em j(J o WTia
parte i:sscncial das cale tias e dos con~dtos reilc;.\iYOS, ma, que ele oao
pode ser "con Lruido" e partir destes .. O enlendtmetJJo cst, Imp licado no
legeilJ: " o se pode scpar, lo, ele pre up~Q le,gt!in, o mesmo u,mpo e
19. K.itl, Cr/tJM tia R11:ã" fl,~<1, T.P~ p. 4 1 ( 11 llnruido no oti&iri~I , qu ó pressuposto poré!W ~ mJ1;.~ é p uposto por este: como 11made 1.1
298 299
par1f1S lttt/J.l;soclá do l'~to. N olegeln bé "me· "~ Q no entc11dimcn- tais. a mcdid em que 'IIQ./enr - e elas só vat m, em ~u.i atu ção ncr<á8,
to, o eatc11dlmcnto é somen e uma p rte da iastituiçlo do leytln, arbit . qUDnl<> a••• Ê mpre omente quanto a... uc um, coisa qualquer é por
riam4!Jlte {e f la. ·OS8mence) ieparada deste e con.sidc da ern mcsm , e: cmplo, uma. ~ claro, 1 mbcm, que as cate orlai; s o C$q ma op ti•
partir e cm çio u:ma institui o ocial-bi.s ór ca C$peclfic:a, O a:,nhe- vos, ao mesmo tempo do J #n e do té!JkJteln, e com todo esquem ope-
cer ló~c:o-d4mtific fi o,ólico. Dispor do / .g iJ1 ~ dispor do entendimen- ra.tivo são las pr6prfas -◄ resultados" de um , 11k/1e n: pens .l'segun o s
to, m "d. por" de c:ntc.ndimento ainda não e dispor do /e i11 - e "dis- a1eaorias. ~ rucr ser ... 3 p rtir ... de mancit apropriado a ... e com
por'' do entenclim1:nto em d. por do le f!ffl 6 di poI de nada . in titui- vistas . J_igu s undo uma re ra. é. evidente ente, tan to um feg ili
ção do /egeln 6 desde o inicio i.nslit lçil.o (impUc:ita) do entendfmc.nto e de quanto um 1~,1/che/11,
outra coisa - da relação signitlva. q e é in nalis vçl nave dadc e sem
qual n da ê osslvel; o leg, 111 lmpLic rola ·o significati que o cnten- A.sp to! do "teukllein"
dirtteoto o pode con.strulr ou prodU2ir.
Vimos. eíeúvamellte, q esque operativo essencial d rc:hlc.ão Te;.,Jd1e/11 Janifiea: junt r• jusUlt•fabri r-.con.urui r. a;: ois: fazer
signithtt. o quid pro quo, a rc,-pre.scnta o (Vett.retun ) ou presenta lo çomo ... n partir de ... d!} m nclra ~proptiuda ... e com ví.st a_. .. O
de A mediante o nllo-A. u outro que não o A, n o ê e não podeser cale- que se denomino u t chni, pala11ra den11a a de r.eukhtrlrr e q e de ongc:m
gori lógica ou o tol ca ou produto de t· is categor" , Mas também, a eo termo tlaiica, é ape uma manií0'$tação rticular do reu he/11 (On·
(Olo o em tividadc d s cat orias seu uso concre o, ê mpCMSÍ' I fora cernente pect scc odários e derivados des e. 1' Por mplo. "an-
da. r,c:J çio lgnJ ·v e, em pa culat, íor do C$ uc:ma de;> quld pro quo. tes" que e a po . ~vel cogi1ar de um "té ica" q alquer, é predso que o
1 o p rquo não há sujello pcn1an1e som lingua em ou pen mento scni ima ioário eia! ejunte• ·uste-Í' brigue onsuu· comosociec:l dec l
língua em~ e: tam mi (<lo pontQ de vi ta • tral'\Seendcotal" intrf eco) deternunad ciedadc, que ele ser ça .ser como soe dn e~sto icda-
por e, ~- que o objeto seja, ou cja peosâvel, ou ej con ituido, ê de. p· rtir d~ i me mo e do que "eitistb" de: man.;1ra apt priad a e com
.prcci50 que ele e mant ha como "índice e si", que e se represente" viJtes ser r.O(iedade e esta ociedad . O teulcluiH está im licado no in t •
ele próprio". atravu dos umomcntos" (ló leos) de seu ser, de seu er- tujr como o lege/11.
pen&aáo ou de seu ser..çon~it uido. constitui - o d o bje10 cxi e j á um Os esquemas opcrativ essenciais d lege.ln sio, c~m um e_~çcçã
primeira "gc11etriciza ilo/ lmbollzaçilo" do objol (daquilo qu não lai11- dlrcta e lmediat meme os ll'leml0$ uc: do teukhem. Para ~untar.
tkl objeto) com rela io a "si próprio". cnhum objeto tam ém, i (coru- ajustar-[ bricar, coostrulr é proc' o di. r da sq>Clração e da raiu 1ão. do
tituJdo) e oão é tom.ado as açõc e u lid de e d ção r cipro a. qua1t10 a ... , do vafor enquanto va/u como ... e w:zl"r parq ... . porl nto. d
que lmpl cam outros 1ctos, e gc da iv mente a tot~l d.ude do ícmômc- c,qu.i · l~ncia e da util' o possível, da iter çíio e d ordem. Se a inútil e
nos; ou e a CSl pre ente, c;ada vez., '"'em soa". quand pen o um atê sem sentido discutir para ber se o /egebr tom cus quem. do
objeto, o 91.1e ê absurdo - ou e tão ela t .sem estar. e cm p rticul r el teukneht u o in er (se "p I ra .. precede o "lnst ento'' ou o con•
• a1 te•pr nt , algo quo n o l el é I coloc do por ela e com els, t rio). PÓTque í éil ve:r que: leg ln e It!ukliein remetem um o outr e .se
"e seu lugar~• • lrnplicrun circularmente, Nilo se trata de um condicionamento exterior,
o entendimento é ín titufdo, porque ele é apenas ''p d' do leyt{'1. p r cxe pio de que lh;nic , enquant .social, cxi e que os b roens coo-
Esc lareçamos m oulro aspecto desta imptica, • o. O e 1endimento é perem e, par i so. e se í _lem~ mas de uma intrieação e senci J do 1,-
"poder de li ação qnodQ regra " (Ka l) e alo M re Til5 fora da i~s, • gelr, e do rntkbein. O ieuit/Je(n bnpHca intrinsecamente o Jçgeln . i, cm Qtr-
t lção. A rc:g pli í tituiçll . A po55:ibilidade d regra é en.ada to sentido. um (egeln por ue ele opera e só pocJ~ ser dir.ti guindo•
poc e csl belo ida com a in titu· , A categori ê reg de ligaç!\o aqui• c,c:olhc.qdo•JUnt11.odo- tabc e, endo-con1ando. O tnilcJitln separa "cf
lo que se d · unidad~ si olflea a Inj unção s pensar o que e dâ sob o
onto de vista do "um''. a ,ub:rumcia r.ign fica a iC\lunç pensar o "per•
mcn11» •, fix -os como tals., os ordena, o~c:ombina,
de$ e em h'c rqoi organlt11das de totalid cs no i;ampo do f zer.
o,
rctlnc em totalida-

m nt:n e:·, o "durável", o "persistente'' - ou "o que n o pode ser prcdic, • ncsle campo, ele o per oba éaide da determinidade e c:omo determina-
do~ ou1 00i • e a s.im por djante. claro que e ta inj unçõcs só :-o ção eíctiva e condJ ·o de toda dctcnniaa o, Inver amen te, o lcgein im-
plka intri nse~me e teukli [11, cm ~rto 1• :nt\~º•
u"'! '!u he n. Po,~que
ele junla-aj -íabrtca-corl8tró1 os demcntos matena -abstrato& da
JO, K a . pane: ' d 41 í . uj- ling gcm . em como o conjunto de "objct " e de "rela ôc:s" lolC llle$
te, rer. e · a-
·at, to' -
O (l l.rel are ) ,
pr 11los o4usrci a m L"E/lmtnl Ir•. 1 v r ta mbêm o erf O '1'..:h.il q •• · ltsdo n IIOC• l d caJ1l1 uln t
3
corres~ondc. A íabric<1 o da li~ u_agcm como código e um lr'1balho do to, "valor de uso'" ri do p r es a in 1lmjçiio , qu uhrapa. sa in nitamcn-
reut/rern: é um f· 7,er ser... p11r I de ... de mancir apropriada a•.. e com tc seu ponto de po! biol6 ko ( b I pen r no que o c.i. me.nto r u-
~-ist ... O /cgt/11 ni é legC'in não ~ lo lidLtd org· niz,acl4 de opcrn. põe, tra.i c-0nsigo, sljnilica_ cmpre e em tod p rte}c des te nem pen•
ç6C$ efi _ es de .suport~ "materi I". O truknefn n!o é 1~kl1~ n e não é d absolutamente (lmpo énc:ia ou tcrilid, de n o impedem ri rosa•
colo ç._'l0 de elementos d1sün os e definido , tom do cm r: Jaçõc un- mente. nem d is. olvem ncces lamc:nh: o ca am to sempre cm tlXI
dono.i (tanto no senlido ci,rrcn te e mo no gentido matem tico de p ·tJ _ part ). 1 HS mbéo1, instítul ·o t Imedi I mc:n 1 colo ão de mc:smo:s
vra função), v lorc . de rela õcs aqulv 1 nci , J que: ins1huição. ô p e e-xi.stir
rtusl cmo esta idcn tidade dos uemas oper tivo.s , enci1u do /e. cr'íando aciç11mcnte classes de tu itulbilidad deílnidas r,os indivi-
geflr e do ttukliein com e e-mplo do csqucm opcl'. tivo do valer, ~ ime. dues, to~ e ?bjctos; clas.scs de ces mi:nto de pl:lrent o, sub tituibili-
di 10 que toda Lêc:ni a se apóia no e qucme do I , fMJTO ,. (e, obviamen- d!!de do md1vfduos uanto (1s "fum; cs'' e o~ "papéis' que d empe-
te, quanto a ...), Tal objeto. t I instrumen o, l I ato, ~ 1 gosló ai entra na nham, troca de objclos, etc..
medida ·m que é a pr priedo a ... om ·s t .t. .. , ou tia. m1 medida ern H um e. ucma opcrallvo ~lr 1 do I gefn ue n ap·uecc mo
que tem um "v I r de uso'' em, por e para tal com bínaç o. Mas tam 'm tal no I uJ0t!frr 2 rei ç~o &ignl tiva em ntido «:itrlto. T m ém um c:squc:•
e isso aol do qualquer "e t nd.ard ão" do produtos e d ínnrumen~ ma o per t1vo centr I do I ukheln n o apan:ce ao l egef,i como tal: 11 rela-
to , sô e iste I nica como soe: 31 (e n'io udlii ção acidental e un ca de ç o d eflnah'dflde ou in 1rw11 nta/ld<rdt!, rcferln-do aquilo que é uo que não
l e poderia ser, quid pro quo não é mais aqui 111,go en /~arde ai o dife•
~m objeto "na~ural") m<?diante o ltr como ... , a eqvlva.lêncla, possíbi-
ltdad de rcpeuç· o, sJ 1nstrumcnt u produto lem mesmo . o que tal cento, mas algo cem vistas a alg di ferente (" meio"' e "fim" , "'instrumen•
out_ro, pode ser _reproduz.ido, tMn ou pode ler equiva~tes, e nte d to'' e "produto'' ou "r-csult do"), t rel:t ·o excede de muito o implcs•
ma aad , ele t mstrumcnco n me íde cm que é equivalente a si me rl'IO ,~Iu para .•• : o instrume to, n .,-erd de, ml-t para ... -m para/t1ururo
n diíer ntes ocasiões de su utiliz;açlo. A cría ·o d um i,utrumento é uc n • ~- Seu "valor deus "t mul10 m i do que lllor de "uso" - por•
criacao de un1 eidós, de uma fürm , cuj lnstâncí s ou e e'm p rcs con- que é v· 1 r depr(N/JJçr]o ou de 1ra.ns/om1a o. A im , o tcukhein constit i
c~ó se l!q~imlem e mo in ncias di!Sterido.r. que permite ua rcp odu. e se cons it uí em e por uma univcr. alidsde !!e tem urn car· ter d iferente
ça.o i ndeílmda, Ee5t Instrumentos mll!m como instrumentos, na medid da do lrgefo. "ins,tnunento" f: cri do co o fonna, COl'T\O ~Idos n, ~o-
cm que w1lem parai z~r ullo ut permltem fazer . mente na medid cm que é efellvamcnlc: reproduzh·el ou repeti ai so
ilo se tr11t somen te dei Lrumen os m:ucríals. A " fab o" dos fonn· de oulr09 e11cmplar do "mesmo" lnstn,mento; nem ment e n
indivíduos pela cicdadc, 11 irnposíç· o aos sujclt s somato-p fqu,co:., ao med id em qU-e se repete cJe próprio cm uas eventu is uu çõcs S-ucessi-
1 nso de sua socializa -o, do lcgdn, mas t mbcm de tod s as atlLudcs, as· aind qu fosse c1tcmplar tlnlco p ser utiliz:ad pen suma vez,
posturil , gc:nos, pnl tic comportamen tos, h bili des codilicàvels é ele é ,tdof, n mcdí a cm que n:io e. imples ·•co' a", m ''ide Jmc e" jli
evidcntc:111en1e um reukhdn, mediante o qual as icdad fai crc-m tcs cst foc1d como elemento darelação d fLn lid11de, com o "rn ·o" que
sujcllos como indivldu s sociais. a p rtir dos d d s som to-p Equíc . de pode o deve íazct com que ... Mas o qiil! o " melo'• p e • fazer r não i,
mancinl apr pri· da à vid , a sua vid. nC$t ocí de oom · tas a, Ju- não e ainda, qu11n o o •·rnclo" ê 1abelecido, tomndo, fabri do como
g~1 e: nel ocuparão ra s e isso, os i divlduos sociais sii fei tos , oa- mcio, O "instrumento" e! que~ a p11rtlr do ue elt: n o é, e do que não J,
llll to vale d_o ç~mo in_divlduos e v lend r,ara ui "pa l", "fun 110".
e p• rtlr do q uc ele pode f' er se--r.
"lugilr"' soe ais. De modo ma.i ge 1, o in titulr como t I é ~omprc: t m- Vemos, assim, que rei· ç· o de linalidadc impl drculannentc o
b un1 Jeukh~in e implica o esquem do ale:. t11! como esté opc.r no q ema dopo lvcl, do poder- fner-se., do poder cr. N o hu~'Cria ílnali-
1~ukhein. P rque tod in tituir,;ão é t m~m rtunião com · las a...; e nes- dadc, portanl nem 1eukb,:fo, nem soci«iadc, se aquil q ue nâ é não pu-
t os tcrm ins il ufdos f noi nam sempr ns em relaç~o ao out e dcs51: er. ou se o que 6 não pudessej mais mbtm dife cncc:mente. O
todos em relação à insdtuíção, valcnd • portanto, como termo desta lns - e3>quem do possr inst ura ip o facto 1visão em p lvel e impossível
tlcui õ.o e valendo r,ar11 institui o, v3lcndo po sutt in rçii na combi• ( n~essôrlo é evidentemente pct1 um outro no e do impossível: ê nc-
o ôe:s instit uld , lndM cluos, obj tos, pro imcnto , est1 bclecidos c _ ri~ aquilo cuja nilo-e istência é Jmpo fvel, b i p05s' vel aquilo cu
mo ''termos" ou "eleme ntos·• em e por um11 irutituição determinad., o O•Clllsta.ncia é necessárl }. Ê n e pwa inl li iio dopo J I e do im-
te1n, cada um, um "v lor ~e uso" quaul a.., com re-~ nd111 ~ rcdé as~ possível que , soei ade, e· cu sociedade, constitui o "real" e seu
sim lrutllulda.. Assim, cn nt exuiado, capaz de copul r e fecundo, ··1eaJ". A retttidiid n o é somente, como se rc:pete 11 partir de Dilth . "o
tod 5er huma o .. v le p " copul r e "valé corno" qu !quer outro do que re I te"; ela. ê t mbém, e indl socia\lclmc:nte o que ode er I n.s or-
mern10 o. Mas enquaato esposo o u esposa posslvcis hQmen e mulhc- m do, o uc permite o faur {e o ,euJclteitt) e mo fazer cr ai o diferen te
re~ 1cm fadices de "valor de uso" rolatlvamen e à instituiçã do amen- daq Uo que e ou ( r s~r difcn:nLcmentc o que é a lm. rc-alid de ê
302 303
quilo cm uc á o r íve._l ~ o 1níac1fvel. Assim o fazer e o te11lchti1t i _ como eldM, fo rma ou ttpo, figura ins • prcsecnt ndo o que, pos.s-i-
tau r m. mediante 1nst1to1çao da r !idade, um o a dlvisao, além das veln,entc,, vaJ ser. O "prod to" deve e pelo lmagin Nó ocial
~e er/nào-kf, ·a lcr/ :ião-valor in t u d . pelo legtln: a do os fvcl/ efe1i cs de ser, e pa.m poder s sua contrapar,lda indiv
, p0$sÍvel. {a 1Jvc:l/ nao-ri cúvcl. Dai derom, imediatamente q 0 d ua agln · o o pre.scn , p ivclmcnle, será, i~10
"reall de" é wc ai mente ín5 itul,fa, nã somen~c enquanto ~alidadee , t · bc:lecer oomo pode e não I • ._. rcsult e
ge_r 1, ma cnqu nto tru lida e. realidade d, ta wciedadc. As im, 8 rc. o tia \e id lm gin ç. o d traba ·,
cundac o de um11 mulbc: por rn e. pirita é íi ctfvel - rtan real - par di o aa o tele: dizia de maneira mui-
dctcrm, ~ad soc,cdsdc:3 e, i,nfa ti~d. por an to irr~I para n o . to Is ·na o prática ou deliberativa <.fhf"'O.:!fa
ín 1stam neste pont ; a d tm o po.ssfvel/imp sivcl é secundá 'JJ /eutfkl) . ., Mas é claro que. medid cm que e f., 111 estntamon1e de
e deri V1da o /Pgel como t 1. ou seja, como údigo. Quan d o let in djz 0 "tr· albo" ou mes t~1Jkhei11 como tal, esta "imagina. o" im-
poSllí eJ e oi pos. lvcl, ele diz aquilo que o 1eukhei1t estabeleceu e fe-,t; ser. ple mente e istir p odivfd como rep enta: ·o uma rcp la-
Com código, o /q ln te de para a blp rtic;Ao: o b rig tório/lmpo rvel. H ção do ~t.dM so ai in titu.l<Jo (como o produto por Fabrica . _ua-
or ra.zõa já mencionadas. isso ão e uma verdad ir. bip rli o (o j- _ do tal m6todo etç), O papel criativo d o r dlc-aJ dos suJctt
possível é o que obri ttoriamente não dev ser ou ser dilo), ma.suma~- 1 alb rcs: em suo conllt o â. co forma.s ti ldé difo•
lusbo. axpUl.são do nivc: o do/ gein d3(luilo e n o está de acordo renics das que jâ u e r de o esscn•
com u te· M a di l -o instauradn cio tcukhel n em po.ssfvel/iJn- • incfüninávd, uc p u m titufdo e
possf lê um vc.rd dc:ir b-ipsr1içào, partir da qual está o "real" 00 01 eío q e ele for •e s o ~ do •
d vidJd . im, socie<fade e indivlduos vivem e f\incion m tod vez n , vckidade, dellrlo), na ia ado sob
representação obrig 1ôria d cxl têncí bsolula de '-'possr eis" de "Im- a ins ecimento de uma outra
possíveis" pré-constitu:ldo , isto 6, no e.st beJeclmc:nto imaginário de uma t ,s d tnc-ntc "fom1als.", m11s
realidade cm cujo selo a frontcir entre.. s eí" e '-'im ssI oi" se ri, "mat m nl t ue imagina o indivi-
goros ~ente delineada cm dcfl~ rivo - e d e sempre. O p 6prío po .sí- d I r,
vel é 1m estabelecidQ como o determinado ( o que 6, de cada vez, po t-
vc:t e o q e n o o ê, 6 dciin do e d' t ine ); a 1m como silo e.$tabel ' dos conju nti
legefn nc ma e fu ,r
a dimen u.o i cn
uagem, ~ e ma eira m , geral, d reprcsen ar

eomodet,rmJnudos o meio , ins trumentos, proccdime tos.~ rma de f;. o teukh encarna e fu. ser a d imensão identit.árie-conjuntlsu d
zer que o tr.Lnaforml\m em arnaJ efetivo (q er so t r tede instrumcnt . · l. E, como uo caso da lln uagem. mend dcntitãria-eon-
de cncant· men1os, de ccrimóafa , de: at s mé os, etc.), Com j 0 junt.ls,a. na e pel::i qual a üngu.i em exista códlgo, 6 impossível cm
I ulclrei11 este_nde der,nrrlnidadf a 10 o repte cnt:1vet, e rc<lob t~ e lo iss.xiável do s • dimensão lgn11ic11ti e pela, qu I a llag ~em
n· ndo-a m LS c:ompacta. a de crmlnídade t elccendo que me mo 0 te eomo /lngua ssim · mb~m. o h.e in oomo Ide titário-
ue não "'" é d1flermútado uanto n ~u po<le •ser ou não- der-ser. E coaju ll 6 ln~par~vel _da dJfI!e~Jão ima 'a . fazer e d. magm
etc se coloca tamb!r:n com dete,mi,,JJJtdo as incir d 1em,inad se-- de sig aifica ,ma mána.s soe1111s que o ai faz exJstn e na e
gund~ qua o que pode ser m não é, pode &er I do er. EI impli- elas quais e t íater cltis e com fazer soei lefüm 6 roíundo e
ca a. 1m c1rcul1&mc~tc a lação etern, nada na sue ão, c-omo. lndiss v l longe. O fegeltt, c,0mo puram ídentitário--oonj unti:s: a.. torna- no
cl vclmcnle, caus bdadc crie ente e ~u alid:ide nn
1(quast não é nccc ·umilc a ficção inc e.tente e insu vet s form 1 :.ado fe-
drlo embrar os rolon arnentos fllosófi s inumninávels de t iodis o- chado sobre si mes o. r ;,,, ~te ldentitãrlo•
da bilida de). conj unti a.. tom • e 11 lic,;.io in te Ida tl-cn e11 J?ela e
O "nm", "resuJt do", uprodulo" parn o qual é tabelecldo o moio, para tócnica.. M cvidcntemertlc, todo, da t~cnl cx.Jste
irutrumc:nto, to nllo é uefctiv mente" no moment em q se f z: csUJ mprc para outra cols que nil.o eles, pc rrn dos fins quenio
QOlocaç o. Ele i oomo m rado, e c.sta mi d , socialmente. só r,odc . er resultam de s · ctermin çõcs in esmo que a téml•
ca pudesse p p rec-cr como um "lim cm si", o tende 1
ap rcocr na s la.Hsta m derna, esta pos · o d ttcnlca como
fim cm si, nA técnl pudesse como tal, estabele cr, é um
1 • pleJ1 cr. 11>11 üç ola. A ló1ica poslção ima i icn volt hoje om ia como esse dcl{rio clal
tada p ra Qo - q é, r:
tnilmal l~. nn q11e ot
nlo a::isl~, 9t:n1 $Cf profb "pa
ll r all/1Jt0 , Ili, a I Z, pattlcub:r 4J4 a. s. 1~.
04
prctentific• do e ( niasia do riipotênela. delirio que i, cm gr. ndc p rtc,, mnneira uruca, los b.stitufvcl, privilegil1da • .Es duas sin ularidudes po•
a ''realidade" e a "raeionalldadc'' com, m sob 1,1(10 sem, . pas. doca-- dcrn ser distint , assim, os cri I o se d finem como definidos pelo Cris•
pjtnlismo modenio, De um rnodo geral, e is paTtlculannc.tntt u.a_nt 0 10. pu refcrênc1 o Cristo - e o· o se trnt::\ a{ da tin ção que cris s
1\ "aspectos' d ~ ativid des soeiai , oda têcolca ''pródutiva·• sõ tal con tos d , " Uvr,em~le.. , deles me os e do Cristo, mas da po.rlção
com r fcrên · a es a "'fins" particulares ue a do, rmimtm e que e] d na e pcla qual, d ponto de v1s1· d 1-histô lco, eln oxis tern cnq anto
crm1na (cm l, plicllção circular) que são. s nec 3-SIJiad 3odais, noc si, cristã e o Cristo, como pólo imag_inârio d ta coleúvid de IMtituida. é
dack scmp o e cm toda p rt~ irnagin riam l d.elfoid.es, m'lo <.lendo a1q auto ri. o (e nii o nqu11o to put· ficç , lndivid\10 cmp rlco qu l•
s.ê,lo de o lra manei,a (o únfr:a coisa q e aii.o é lmagioariamenle defini~ que o chefe li~ uma obsc t seita na O m6ia). las podem tam~m oon-
na nccessid es humo nas. hú N. milhôe. de an , é um númc o apto j. fundir-~c:: a França n da m is e sob este ponto de vi ·ui (como "n11ç-
mativo de caloria.s p r clia, om um· eomposiçlo qu lit tiva d· d!\ apr íran " ou <:O 10 sujeito d "hlstôri " de Fn 9 ) do ue "um 1:erta
;\im· tivamcnlc). Sem repetir o que já foi dito, n r,rimc:lt parte deste li- illlll em da Fnnçs", como oJg ê disse, ignorando que di7.i Lllo corte•
vro, 1, bre uknic11 eu nttcssida<le.s, ~ preciso apcn sali li.lt st im, tamente; ó qu.c signifie oposto dt um im em ,cc:l'I da .França.A rcd~
pUcação e lar qu~ ériste entse as du e que, aqui também, toro o 1nstituld só ode oCJl lr referindo-se a, ou tabe e do, tal c:ntidad
ll!Ukhe II e as nifrcaçõc.s ima ió:1rias i parâvi:c não somente "nos e~. singula que Gguram-prc:seotifi~m gnifi çôes imegin rias sociais_
trem s , mas ln medl r,!:s: só bá poosíbilidad óe cstabelccCT um nec~ mo o l,g,tn. o leu bein exit> Sta incons rutibilidadc, não-
Idade co o necc Idade s~ial (e oão como nho ou Tc:rra P etid.i) dcdutíbíUd de, n-o-produtibmds.de, a1Jto-· rcssuposi ão que denominei
na m~ ida e que o q e podeti sati faz.ê.f npa,rece em e pelo tt!ukli Ir; de rl!jl,• Mdad~ úbjet li. operação dos c:;quemas cnenciajs do legein
Jócial çomo e ·e uávcl, ainda que vin almer,te~ d roesma a.neira oomo pres upôc que ~1es csqucm. já opeT'il r m 110 le$ opcr· e parn poder
a e locação de necessidades $0Cfais orililn e dctennio constante e lntc- oper r: como se ar r se n iio dispõe de um traçQ separador. cs te m
ri rmente, p0r inúmero cá inhos. as mod· da~cs e as instrumcntaçõ mo separável parado 011 me& .i maneira, reukh~in se apôla sempre
concr as do 1eukh~fn. 1· mbém, no extremo op0$lO, tod trulcJu!in o num teukhos <n.l um wkton, um "instrumento" qu já ~J te: a fabricação
toda técn "pres. põem" u em como po t de art1d a ooloc çilo. pres!up • e o fab I do, o meio de produção é emprc u,n produto e pró•
criação b.~oluti, 110 e pelo imagínário social de figura e de eMJ cm - pric. iodo umkh n impr 11 que 11 m coisaj foijunt <ia-ajuistad co-
de' "coisas''. de "objet0$' scpa ados,rcunidos como m~ par.i ... te - mo ... ck maneir ap opriada a... cem vista de ... (no lrmíle.. o próprio cor-
q e Instituem o mundo como mundo no qual um ttuf<ltein t possh·e t, po do qu-e teu hei, que junta• úusu com vlsta.s a ..,, corpo que a pnrlit
<I ê cm i um produto d reuk/t. in como ·:meio" lnellmimivcl de toda desse mo tr\lo não é mais simpl menle ..corpo natutaf'). tknjclJ e
in tltuiçiio , Institui, ou melhor, é protó-ln tituiçiio, s opera o n:$S põe q ~ aj
llustn:mos aiad situação atravu um OJtimo exemplo. Referi• operou, as condições de iol opcraçio contém, d de o nfcfo, ja os rcsul-
rn ~no mais aci ma ao (;Squcma opcroci o no ml-rr ui co ~ parece .• «\dos dc:s a opel' cão. od.a tcntatlv de "deduzir" ou "pr.adtni r'' t
bêm no t1111k}!,tl,t, rob suas du., form , alcr pare ... e v ler como ... ; resultado a partir de tais. ou quais coudl õcs fraco a, porque essas con-
le bramos, e pccialmente, que ti instlc ·ção tá ~mpr~ criandó nl ciça- dições só podem ser t1U , e cootem tais r,cs l\:)dos, s-c são. cm rtc, pr •
mcn e c:I C! de cqulvala.tci (ou de su tituibilldade) - p r excmpl , d 10 • É este as~cto q sob u a forma ideofôg a e mi..stificads, rc o -
chm . de cqlJlval&ncia ent iadMtluos soei is (grup . de ais mcn o ou na 00$ umcnt s da ocono la políti · b rgu a sobn: o ar.ltcr do
de p:llrcnL :<:o, clãs. cas B$, .. est ôo ", elas.s.cs no entido e ,rito do ler o, •• pital" como "íator origioal, prlmário, frrtduúvd" da pr d ~o. t
eté). A dln1cnsão iden itária i; qui ÍOrt.ffllCllle ativa, n io :.ó com legebr por isso também q e nunca hl1 "trabalho lm plcs" no scnt d do simplc
rn· tambérn como tcukhtln. M· não so ente ó que. ele cada vez. ''defi.· movimento d hom • nimal o do simplt. ''dispê,ndlo de e,r,ergia ne •
ne" s classcs de equiv lên ·ia entre iadMduos s r-eferc ignifietiçõcs o. o muscular" de seu organisn • Já o ºt balho" do boi ou do ctl alo
l agináriu dos li! 111.ais superficial o mais p o fundo d termo ima- não é", imple ••, d e ,mpHca ~ te ~normc d, pêadio é tr nsform ção mé•
gi n.\rio): mas r e d t cl s a si lnstituíd pode istir s~ final- dl ute os q tiis as sociedades eolfticas f.lbricaram o boi e o c:iv11lo (e
mente referida a tcrttws exphel t2meatc bdccldos com singuJ t . ú- tantas outra C$pécics vivas) corno i trumcnt no sentído mai.s amplo
nicos in u tilufvei , fu ndarnetllo ou fonte das cquiv11lê11cias instituídas: da palavra. A dl$tinçíio do "trub.tlho sim 8:$" e do ·~rebaJho qualifica•
ht:t úi, fund dor, tcrtitôrlo. ciôade 1<afl t ~ . c:: efe carismátlco - c:omo tam• do'' é 1.ntiva e s uatl6n ; ó "t.m · lho simplll:S" pre upõe cst., i.men
bém, corrclntivamoutc,, e misterí :t e ioaprccnsfvcl ,cntida e que é a (!Ulllifil.-..l,'.l1u (e OC<>rr pot:id o ..lnvllaBCj coto" o,r iAnlc II uai a &0<.7t
soei ;tdc ooll5i é da cm · me& o "n •· mdc:ftnldo, nônimo, coleti- d d . e cad ocicdade de su-0 ma,Dcira p íftc11 e. m TC$Uh;tdos dife-
vo, aberto, nii omcntc e:oqu nto 1'I mero indeterminado dc:indlvldu , rentes transr. rma o som· ps:iqu cm i Mduo soei 1, ou seja, sem prc t.am-
mas coo1 coexi tç11ci e su~ io instilUidas e los ituld11 assim, d íl bêm cm nstrumento fabricado de m neir apropriada a ... com vista
.306 307
~ indivíd uo .11oc.aJ empr~ t am c:m in trumeaLo t bri do, cuj11 fabriea- ou escolha da pedra e quea ão; e ~ la remete à transt rma o - port n-
çao ptc:ssupõe que ou tro m.strumentos do mesmo ti c,dstetn cj· _ to, à pr dução - do cor próprio d home111 de maneira llpropríada a ...
ram. e com vi tai a ... ou ejJ, cm corpo e paz. de utlllzur a ped com ins tru-
A m, dcv r•K-ia l$p0r já do té 1 , do rM,k/r iri, par P.Oder ln• menlo rudi.mentar. Mas es tra n forma. ão é im}l(lssr -el ..cm a própri:
vcnd -)o - e como e deve la djspor do ti n,gua em para p der in. (aur • ped e nu ca P-Oderia ter sido efetu da - ne:m ..uwlhida", nem "bus -
1· . ão hAnada de panto o no fato de ue a bos cs tl:tm prcs ntes tilo du. •• nem uconsetv dlt , se ao mes-mo tem po não fosseJ csçolhida , bus.
freqDentém t e nos mltos, com de orí em extra u super-hu man e 6 c d.i , conservada.$ s pcdr s optopria.das . Ni nguém pode tom t •se m
· soo que dfa Ésq uiJo quando firm a e toda teehirfSi vêm ao rnor- pianislB ,sem piano, dá mcsm m.and rs que um pia no não ser e, para
1.ijs de P mc:~eu. depois de tcre estAdO na po:; exclu siv do. deuses : nada se nio se t pianista. o. e, r:no diz Loroi.Oourban., "o insu-u to ê
pode-s~ dizer q e tal homem in11c:n ou t I lecltnl, mas di7.er uc: urn ho- íipen o t~tcmuoho da t-c:riorizaç· o de um g ló eficaz" u, este a:cs.to
mem ou os homena lnvcntuam a ttelmé p ccc nôsuro, ede f to é, p to é. u só se tom Qu efí z faundo ser o instrumento, O ge l-0 só se to na
quecxpl r cst tnvenç cxigfr rcmontM "po.n1 aJênf' dei con inuan• eficaz porque a pedra toma um instrumento e redpr"Ocame t.e. Os dois
do, ao mesmo te po, a prcss põ-(a. Re lmcnte, l'le$.SC caso, mui o m'al dev-c:::n ser tabelecidos junt os, ncnhu d dois ser "meio" se o outro
do que na questl.o do "n !('mcnto da lingu gcrn '\ a Lenta elonpe11ol u~ JA não ivessc disponfvel, cjá cnqua to prod lo de uma tta formaç,
çã.o dos I t rumao.tos mal pri.mhivos cri o impre ó de uma l siçào apropriada ... com vist a ... , por mfo!ma e ·•sr d aJ" que a ueinimo
l.nserwvd, na qua l poderia. di$solvcr 11 in lituiçAo do uuklteln como 8 1. conside r. • os dQi - acsto eíi<:11Z e ln.strumento -só odem sc.r e se o
tcr-11 ~ faz:endo pass o ho em anlm t (o ..socic<1 dó" d os proto- qut ião se aprendidos nos asq11e s ínanali veis da on lidade-, da ns•
h n;Jnidcoa$) à socledad . c:oUto oo n~ v rum.» '"pr-otÕ lavr N• tr-umtmtaçã9_:- e do pt>ssfrel .
as houve. nio. Mas o problema. eo critêrlo ê o nesmo n dois tSOll. N ão resta d1'.J vl • do pomo de vista de nos o sabe p i ivo , ue 11
uestlo não é se soc:icdJl.d'.~ "com Ça' ' com O$ êrpm non lnsrrumen.ta/i;JJçâQ dm eoll tm no d correr de m rlodo e l ~cmamentc
Neaodertal , os ZinJarttrQpos o u a ks dele$ - porque ta qu 1· o só tem lon o, deve ter s m proc«:i$ arud'ual, 21! oomo o estabelecimento
&ent do se bem o que I - a soei dade, ou, caso refiram, "ddinJ- a posição vertical, o·de.senvolvimc.nto d cêrcbro o da mãQ, aos qu ls
mo " o que en tetldl!mos por sock<I· de. Ot· , par nós só há ocicda é provavelmente el fo i parslal~t e durante ma fa e muito lo , "ger-
onde há irnilltuiç-o, e a técnka, ou mai geralmente o uukli~t", é a d i- mes" do q e ria ser a técnt pudera m llp.t.t'Cocr al ioci mente, desapa.
men.sio ideotitária-<onjwnlsta do fiucr como socialme te instituído. recer, rcap recer e fü1.almcate impor.se • .Poderiam falar d te processo
Hominideos pooe utili · r cidenialme 11te, ou "insll tivamente", ga. com m· porQCSSO neod rwiruano, mediante o ual as mudanças lcató-
lbos Slt0$ ou pedras - e esta utiliza o pode servir de apolo para passa- ri se ünpõem pela vant.sgui, eom p-etitiv q\i conferem_ 11 seus p su~do,
g.em A récnic : mas bé t· ·ca q uando o alho seco ou a ped ra não mais rc:s - n-o fosse proc:isamco to o futo de q num p so neo,.
aparQCcm num cont.e'Ã o a leatório ou simple!mentc "natural'', m são darwinlar10 estas mudanç11s oons:e am•ic gcnetJclkmco e. o éll<So dlsc -
distingo dos-,separado$•procurado~reuri dos par~ füzcr ser ... de ma eira tido cl só podem ser co etV1tdas em e por s 111flitui~. pela cri ~ o
apropriada a... e oom vistas a, .. · em taras palsvr a. quand aio col • d nsti t • o em geral. 1 l'lto oomo jl:xnção do aleatório e do faê Uati vo
dos como meios cfi , durá •eis_e ú 'cos no esquema dnfinalldade. e :sistemAtico e o rigatório, quant e mo co r~rTacdo e t,01JSml.tsâo,do
Po, e tra ba q~ p0S63 paRCCr t.a maneira expri 'r-sc, í. sigru • que f: assim fi do, e. Onelmente. como po ibílidade de 'lllrl<1ctf() e de
que II pedra ê inst ruúia como inst umc to, que •>alr como i trumento. a/tçraçiio (por su v~ fiúvel e transmissl ~ ) cm oa d ~ pcndando do
porqu-t WJ.f. J)Qro tal ou qua l \ISo {a ização de tsl fim). que é imedíat '" "substrs o biofiógicoº e nl'I o afet nd ~ nada.
mcnt~ tlpo QU ridos. etc: e, mais conctdsmentc-. que já h prooução da
d_ra como nwio de produçã , A busca ê a c oMervaçã de pcd~ sim- H' torlcldade do ' 1 g:ein" e d •'teu:khe<Jn •
P c:sment~ mais csadas \.l mal. c;ortantes uc o ult já é produção de
Jnw-umentos, ou um I ulchevr. a pedra eonse ada com vis s a .... rn Como ocorra com o legein só podemos pen. r o teukhdn como 11ma
tilizaçã imedliua a ra pro01:$So bioJógfcq que regulasse .s a "es o- in$ti . içâocoomtud o quc ains11t u •iioprcsiupõc:e t razc nsigo: alh·-
cagcm" (c-0mo é ulada estocag~ do g licos.e no or nismo), f produ- ção e d tu.são do " produto" e do modo d e operar nn co \rid de; as
zJda na rntdida em que é simplesmcrHc eonsc · da, A conservação da p~ "pr pricdadcs1', r,Jca.s e ioanall vds, qua raiem com qu~ "produto" e
d ra já 6 ·•fabricação" q uc: p upõc t o u trn fabri ção q uc ó a busca modo de opernr sejam partldp&'ff!fs para o i divfduos em geral e tornam

J4. PIIJJrlrJfif. v. ,06. , . A. Ler~oudui.n., L•ll~•nrll d lo J,l,m'lrç. 197 1. . 3UI.


308
os indivlduos cap,m:, de pani ·par eles; capacidade da cql tlvl ade de "~e~f', ..racional · o u "ima ináJio"; ~ i,odcr dcsignM tudo que$ podll
"reronhccêólo mo · ,de li.\á-1 , oon rvâ-los t~njti-los, f!lZê-lo ·•mosuar•• ou ''9igoifiear·•; e d' or d.o$ u tros squcrnas operativo ue
Yati0r e nJ.11: •..J , Tudo wo êmp lm iatamCfltc um ;nodo de desta or anizam o /ege;n é pode sempre ru r difere temente. dc:finit no•
co •ivid d<: que nlío pode ~ i .ser co l'ébido como nntu 1, que d~ vas classes óU propr'edade:s np:rimor r o m dificar o quadricula léxi-
sc,rin.fllru~o-port nl , lmpbcaJáo(t!'g,:/nciomtkhelne<>t1'oindi pen, co•semântico o dado. Dlipor do ttikhein, é dispor do esquem.,s do
veJs p11ro a in stiluiçi d, própria sccied 14de, j que tal i nstl t uiçil o nlo p;. posslve.l e do façtivel, do fim como eídtu daquilo qu.., não • e: oond elooa
de ocorr-er se ..coisaa", "individuo.", ''objetos", ..signos·•, 'ios ru~ aq Uo que é ($1! faz) ra, do meio ( .. h'lstrumet1to'') e mo p duto, po •
t ", J n o foram p:t dos. rrunidos, jgnacfos.juotu . fi b · d d wuo como~ ltado q,;ie a Letionnentc existiu como eidOJ ioeit' tc,ntc:
man~ r ;ip opriad~ e com v~u1~ àeiüst~nci da,-5ocicd de. p:~ q~ eomo simplct possNél, que lerfa podido não eicistir - ou c:xJ~tir dif~reme-
11,SOC'iedadcse fabrtqUQcsed1 p ri der abnc.iredl~. Fabricar, ec mente, mediante um ourraativídadc. R.CtJ.Lmente os d is casos ollo $ão i•
dizer-se . ão obra do irrw lnário radi ·ti como socic:da in 1ituint . Mu métricos n mcdid qu pode p tecer q e a toe· tidade dit possibilidt1•
nem um nem outro pode ser fe 10$ s roícrência â i ifkação secn de d:c umn Hnguagem como/ telt1 ê dada desde que existe lmpleffllc-nte
odgln rum magrn de sl nificac;;õ~ imng111ávcis soc:ia' , Pois sooi~cla li ~ agem; rncs.mo tlltnpo que o modo de organ zaçjo <l "b en m •
11,-0 ?de instil?ic~sc , Je istitllir conro "algo'; e e.si "algo" I! já ae. tcrutl-abs lrata de lio uagem p· nx:e I r atingid de:$ e o in[ (ou desci~
• , m~ntc 11gnlfi ç o irm1ginátla (o apex dom-' m.a de signlficaç inuHo ~ } um es'l, do decquillbrio e de ad«Juação t l que não se eon e•
1m11S,Jnávc1s) porq1;1e nJ.o P'!dtr cr nci:nhuma outn coba.Graças a isso,jt, e "pr0c resso" no que diz rcspeit p ibilidades do l~gl'Jn. Nilo é as•
de q al~u~ maneJt , f1t ~em e te11kh1tl~ ~nco trarrt- e imergidos no maB· .si para o J rskhetn, ou p o menos par as têçnicas de prod o mate•
m do I n1ficnções. ri 1, onde $0,ncntc "condições de pos!ÚbUldad " mais l>stratas sã
. f.:tein e rer,kh~tn cerno a são crillQ- 1bsolutas do o,cjaJ. tahc:l id de inf ·Q, e q'-'<1 apr nta., como sabemos., bá um milhão de
h,stónco. Rcaltnen , num certo sentid , en ~ntramo-J1oi. a vida . O ser anos pelo 1nenos, 11m "pro resso" f n(Astico. Voltare,mos em bR~·e aesl~
vivo só é t ÍY na Ida cm que d stl nguc-escolbe,ju nla-aj~t • diCcrcn , uo não teta o e enc:iaJ do ue dii;cmos: legc-ln e, lt~ilr $lo
transform ~ m~neira apro r[ da a ... e COl'TI vistas a. .. , as o /egei,J. ín~nsccamente e;tten ,Veis e t r nsform v ·s.
teukhdn do ser v1vq difere t<>UJ t:ae'ÜJ do /e ef11-tci11l.lttJn social~ 'ltôrlç,o. ~ sr ças ai soque eles s o, no rn~mo teimpo, ce>mpatí,..eis com uma
iló há .aqui m: tclaç· o signhiva, nem relaçi de fi11alidade em nHdo hâs 6 ·a .e em me mos abenos à pos5Jbílidad~ de uma h.iitória. o
verd.ld~1ro colo o antoclp da no eidos d q ilo que não l). O L j_n. oornp Hveis QOJJ1 uma hl ·tória p rque p cm ÍJl ttumcntar a c~iaçÕés
te khem do ser vivo I o próprl er vivo, q\le como tal não é nada fot· succssivr. do im.i inârio rodical e da im'1gfoaç-ó radical, quc:r estu e
d! so: nada "Ralmcntc'' e nada .. d afmc-nte" , Arnbo~ ,10, no · o do 1 manifestem como rupturas br tais ou oomo ~lteraç c:s ''in flsfve's".
v vo, fixos, ílxados num substrato inaJterá-veJ ue os ,fuw, determinados E fomc:oc;m, a &lgnili açÕ<:$ dííerent novr ., o suporte de sua ins i-
oomo tsle me o .submetidos estes fins. Finalmente, e sotm,tudo para tuição, Isso implica que ele 111 ·cno.s ão abertos I poss.i idade de um
o sor vivo como tal, -0 que n •o ! considerado orga.ni7.açllo de ~u Je. h stó,ria, q1,1ó e altenam. O que se alter.t, obviamen e, 6 o tcà ou C()09L!!-
gei»•UtJ.klteh, abwJut. l'ltc não e:iti lê QU então ~lstc npen_. como ui• taneia de ca.da vez especUica d tê,refri e: do, ukheln: :as especiílcãções de
d ou wt.roCe. • seu modo de operação, sc:us campos p lvilc:gl dos, eus .. pr duto$'' - em
Mas a instituição !1-0cial•hlstór ica do /e ein e do 1eukhein é vlttual- roalid de indiss • · v l . fate teor e coruistênc ca.pecffica do, po sua
mer1~c meio de bertura indoíin ida para o que-, no iolcio nào er lev-ado vc.z, inl!-Cp rávcis do magma clA! significações i.cn11gloári cuj ln füuk o
em cont na sua o ,u,i2ação. Tomados. de cacl ve2, no mundo ''fecha• ocial-hist6 íca inst umenta . As~irn, a hl tória do Ja..er $ocial•
do'' q e oraaniz.a e institui cad soe· dad , t inst:nrmcnt deste f«h . istótko é tanJbem, o mesm9 e ("O, bj tória do teuldt tn. ~uc ê seu u-
mento, " ó mesmo t m o eles otneOMT.J sempre os rccur os q e tormon porte e dimensão inelln1in4 vcl, e cuJa "~cnie produ.tl va", o instrumen-
pos.s[veL romper este fechamento, alterar a socicdadc'c !CU mundo. isso t s matc:ti j ~m scnt' do t1strito, l apc-nas uma p rtesem privil io csped-
porqu extensibilidade e , · nsformal>Ulda.dc dos domlnios <i ~rtas n(O. Nesta hi tóri de longe, a manifcstaçjo ma· imp.orüm\~ do
el /c-l(tt, n e o ,..,,,klteln são "iricorporad " n pr6pria o Mtzaçâo do/~ leukheln é o J n tar-aju tar-.oo truir que se milnifcst n pro
ria in,litui-
chi e teu/eh t,i. Di~por do ~qutma cl rt:façio $18 itiva é dele dispot o: a aldel1,1 01.1 o vil rajo, 11 m narqui~ ·'asiãd ", a cid e, o stado
cm todo lu · e fre lê tudo ue poden ''apresentar-se•·• comil moderno são t.imbém produto do teitlcheirr, g[gantescos lrutr11meotos: a
~euum'quina de Lewis. Ml,JJ1lford " , c:.xércitosor 1\nizado8 e tru.b-l ~

}ó, 11.cd ccr ri e, rcoa:11L<:1 1c, o te ul!ori;, e t>l0los-o • âia1 n-n de tcl<ooo111111,
0.,çQ<:onaia ct1m çlOtl ., lhscii!lacfos fl<)l1t i•a&. u:m os n:c1mos li11110i«io0t do ar~ J7. Lç t.1 íord, T~ M1•ir if 1./Jt l<1cMn , 19156. Cllfl 9,
310
lh11do ou ck escravos po to cm II ão pel mona rq uias "asiáticas"
is.ao. como tais, re5uJt d é meios do ,~ulcJttdn social, mci 0$ de pl"Od\J ' lógica identitâria e dctumin id de, o tens intcrmi n· ,·cl
e rn m o tamMm todas as lechnl e no sentido m.i is amplo de mpos do lege/11, ma proUfi e sua opera o, um
d~ te produtiv . · , m, ioos ou. polhlÇ&, e o rga. aprim.orame to de mó1odo bc aqui falar disso.
ru ~ ou do co po ou da rn eligcncia, da c~- Ob rve mO'S apc11· que, quaod detJd · mc:n tc, cons-
pre o ar d uc t mbém technl qu e 0 1 mos que a operoç.i o do Jegei ri f'l te 'se tido íoi
instrumt1-n ficaz jâ a .socicd..adc: o lndivfd u 1 sempre e xt tcmamente cn e l'lagi11érlll do un•
b 6ri · · 1, de tudo o que d~ do ins it ue I l O su rlc nta o,
i\ criação de part ip. Irei , de seu ini.c odmc q_ue assinalamos no
uc se m ao mcsm tempo '':saber r cs q u prc
hbtôria do/ ecr ado acima con cl ido es d:a Id
con t la os tên uc 'n bem ' mundo ( do pr I cro-
"cirplicar": a ·a d.'\ t e iu lin- nolo í idcn prc•
gu • inc lus . "de vez scntaç:l i , de acordo om a q 1.1sJ tudo o que e 'ste i
pc não o tipo geral de su a ev ro00• "racional" ular m:ucmali:z-:l.\lel), o q se pode bcr é de di-
16g tlCKI, s n 6tk.a, cmãntlca; m, ca mo Je l!ÍII, rei o gotávcl, e o fim do sabe r é o d m lnio e a posso iJ natu r
o e em toda parte, C'.\t bdccc e s
cm m ou lcx;çm , a rupando e9t a a-
niza11d cntos destas d cs de aco s 5
pa s. a a jnvari a de eu m ab.str,uo de opera ê
mesmo tempo cn olvido na Itera o h" tórlca, fo rnecendG-lhe urn
i strumcnto ali o, A cs1e respeito, o que mport • o, 6 ua hl.st6-
semãBtica, Is o, não t nt na medida. cm que d mudan a no
quadriculado " lbdco- emànti " do d d o" ', u J", ou "ra-
cion I idMth,110" (a ..dC5ign ção" d diícl" a t, por sim
dí J:r, evrdcnte; o, pesar do est'o dmirável que:
rtp(C:Seotou a t lol6gica arçaica é, per. o
"tri I r•: pode scpar· r, ua,•~ gn r
duas e~~ di ph$aros, di5PO "
di:mcnt3r"); masso _na medi cm que q
ÕC$ lobaº mu c.ad \ICZ ferentes
o vu existam s«ialmc.nc.ê "encarnando•sc'" d
tetrnos da li uagcm. sendo imbollzadu. A p e
Oe.us, ps.ra uma determi11 da soclecladc. ta e i tbtcia da palavra "De s"
c::m su llngu gem. bs Indo mvari nça d o t 1d · ·•
o do (,qein ante$ meocio • exhl-c, é óbvio. u sa do
lrgm como lttrrln, no cn mais p io, a q 1-
d11lme te ~ dentro de nos tica ntc mpor· uma
evolução" r-cs mportantc quanto II d pr va em
ntido estrito (o q sentido 6 iwídente, do reuk11eln 6
tam m um ltt in é uma espécie de lógic ), A história que r
corn que o saber de "um, d ois, tre-s, mul to" pa ~e à teoria das d í · 1-
ções, o d~ cbmifi ç;io d cspéd viva do biótipo imediato à b 'a
molccolar. o do rccon ime o dos mo ºme'n~ do céu à cos o
co tcmporãne , ê apc. a um imon o dcsd bramcnto do dís r•
esC'QJ cr-juntar- bel~~r-con lar-dizc subo rdlnad às ell ênc
12
VI. A r STITVlÇ O SOCI L-HISTÓRIC
O 1 DlVtD O A COISA

amo for dos a afirmar que tudo o que existe, e,m qualquc,r domr-
n o, se pr1:s,a a um rgaaizaçlo conjuntul -ldeatitll.ri e' n4D i corrtrubi-
u com esta, nem totalmente-, nem de maneir fina). Pr ~a-se d inter-
mia vclmente C- n!lo se pre t de mancíra vazia, oi :ttcc-lhé um ponto do
apol parcial ~ntc efkaz, e de tal maneira que n podem ~os resta
or aniza ão como pura e imple onstr ção, como Imputável unicamen-
te ao ··poder terrível do cntendlmc to", p ra usar a e,cprcssiio d Hegel.
6 podemos conjuntizar o que é, porq e o que ê. ~ conjuntiziivel: só po-
demos e Lc orizâ•lo, porque é tegoriz.ivcl. Ma& tod conjuntimçiio,
toda cate& rlzação, t da organiulçlo que lnstau·r un s/deK'} rimos
m str -se, cedo ou arde, p rciaJ, 1 cu nar. fragmentária, insuficiente - e
rn mo, o qu 6 mais importante, In trinsecamente dcfi ente, probl matl-
ca e fia lmmte incoerclll1:1,
r.
ta situação - que o da tem fl ver c:om a idéia 1 ciosa du "pro-
srcs o ntóüca do ber", ae eorn ns ld~ias si plórias wbre os
..cort epistemológicos" - é ampl mente íJustrada, como tentel mostrar
cm outro lugar, pela hi tória da c:iêo la •·exnt;;" por CJ1:ce.lê1 eia. n k 1
questõCl! ~ apori mas quai e deb flsic:a contemp
n ligam• e a um nt do de r subjacente do cxistent flsi.oo que pcrma-
necc in prccn lvcl p r mei da I en ide citári . e con.si:guJ mo rc- estrutura lógica. O inconsc:ien constitu um "Ju~r" onde o temp (i-
solvê-J s - como se de\le peru - 3 t vês de nov modiOcações u~óric 1 , denti r o) - como dct rrnin do por e delermi11ando uma o or e-
sub iitiri ccrte:i:.- de q ue, n o so e te as novas soluç cngend a. nada - n - o exis te, onde os contr dJtóri não e excluem muluamenlc.,
ria m, cedo ou tarde, nov ! eoigm .s, n, s sobtctu o que sua rei çã com ,nais preci ame11te. onde não $e p de cogitar de conlr dll ório , e que nê
a.s anteri rcs permane oria intratá I por meio d ló · e da ont logf.l é veidsd ·ramcn le um I pr, j que o tu r lmpl'ca a ordem e a djstlnçào.
ídcntitâti" - como pcrmanc e a d tisica cwton[ana e d a !atividade. Do mateti essencial do inCOI\Scicntc, a ~p en ç o, n da p ~em
situação se torna in mpar velmentc ma' ud quando nos ar. dize: e nos m11ntem dentro d nos a ó ·ca usual. Já e111.1mos v:lolcn.
t mos do niver o nsi , Tcnt•mo, most r maJs acima que a. cate or' tando a oois quan o, a propósf10 do lnconsclence (e mesmo o cori8cien-
eu determinaç s oen.trei da ló ca identitári desmoronam ao c ontato Le falamos de rcpre.scnt • o eparand •ili do ar o e dn. int oção incons-
do social-hl ór-ico - o uc permite compreender por uo não pôde a e cM:nlcs, o uc l imposslVcl d dm:ito t de fato. 1 in.eo. scicn! ~ cxi le
ser verd dclramenle pen,ado com tal ~lll cr d ão. Vimos tam b~m e como 11 li.O indJ sociaveJmeJ\tc represen ali •o/ afetivo/m i.é 0100 1. as
veremos inda me..i& loogamcn e. que implicad pcl mundo da si ift. .uponhamos que rep ç-o seja efetuâvelc efetuada e atcnham<H1os.
e-,.çõcs e n a relação com te, el s ooloc m fora de alcance u mo<lo represe taçiio mo t.ill. Como não ver que ela cs pa aos quem as ltJij-
de sc:r. Encontr mos a mesma !it çào no domlnio • e agora botd • cos m i etcmentare.. , que e · foge r od 01 1 dos. que nio poder
mo . o da instituição ai-histórica do individuo (e corMI ti ment mos subme~-la a nenhuma da ex1g nc as da determinidade,
da pc:.-apçlo e d cois ), ou Kja, d tran fo rmaçl'.Lo d11 OJ n da psíquica eja. p()r exemplo, o sonho de F reuct: "0 amigo R. é u io, tem
~ lndivlduo ' ai para o qual exj.st.c outro individ uo • objetos, um uma long barba lo ra ... " &te on bo r rrna um representação ou ·
m ndo, urna S-QC cdadc, instituições - todas c:olsas que, ori 'natl 1meat~, ruu, e ([llallt .'1 O que e u · coi • da q ai não t.a amos diz~. "!esmo
i 1êm s lido e eilitlJ\Óa para a psiqu6, lsso nos I rã dis Lir • quanto a.... se ela t um ou IÍriaJ . u cn o con derem s 11 a tl1se do
que3t da psiq • (lUC, na verdade, nllo é sep rá el da quc.st o do soei l- ~pc 110.no Ha ": o que é, para o ~qucn Hans, a repre. ente o de. ~
hbt6rlQO, duu cxp rcssõe do lrnaginário rad1 1, lá como Imaginação r . p i, a do valo, de sua fobia e u.a tt:I çâo7 ós nos UudllllOS neste uht-
die-1tl, quJ ' c:omo hnagrnt\rio social A discu io se ,: ré partir d coo- mo caso, qua ndo levado pelo ito d interpreta , a ne ida de
~pçio freudiana. que não se tra a de aptímor r ou refazer, mas 'm de trad Ir os dados do [neonsclente cm Lermos de língua em e em relações
e,c rcc:cr ele out manolra, a artir cate, dols tem s que ~rmanc(; ram forja da em e por este, coloc rno, a reprcscn ão do pai e IJ rq,resen•
para a., e o o por ac , pontos ci:gos: l ti ui - o so al-hi lórica e a o ou "s mbollzaçiio" pelo :1nimal da fo I como uma rd lo dara e
p lgue com ims lna o radi 1 - isto ó, cs enciaJ ente como cmera dis.tJnta, um qwd pro quo lmplcs, .. oolo o de uma coisa or uma outra
cl de r rescnt.a ôcs o íluxo rcpr cntatlvo nllo ~ei à deterrnini - c;oisa. ertamcntc,.se l\ ocn l em . nesse mu ndo d interpreta -oe
de.' t duiãoem ng cm de viifli , nada poderíamo dizer. Mas a situa: ·o
cfet va nl ê vcrd dciramente congruente e fJ\ o que íazcmo quando
O modo de H r do ta.co11!den1e clda falamos - mo .sa cmo , se t que jã nharn , pelo mcn um
cm i , :fül.s prcc·so sonh r par \l lo. O pequeno Richard de . e-
O lm:on.scicnte, e acv a N!Ud, ig o o tempo e ~ora a çontradi- l nic I n diz: " a e~ o peixe ~ o grande pci e cm cim .. .' '; ele n o
o. Oe ctrto modo, não oubcmo.s bem coroo utir r «se pensamento diz 'l x ê (p ) y , e e dtt que)' é ao mesmo tempo x e z.
vertigi ampU11do e toroad a.ind m h lns· ~ntc ao longo da obra Ocgcja-.se.. há ai u tempo. u titulr o dcsl me11to e a condensa-
de Freud - i, o que do o!o o fü.e mos dizer o ntrárl daquUo qu diz, ção de reud pcl eloními e metáfora. Est tCt'mlnolog •• que ID
1ransfor.me.ndo o êqu mo um.t ma inari real ou rcd~ndo-o uma cnila opor çõcs do inconscieme ao, modos de func:1onam oto Ualndd-
rlo da lin uagem de viglll I dímlnuj a enial d ob~rta de F reud e ocul-
ta inda ma· teso 'OS do CAio Caplt lo d l.nterpr. tac&t> d<M Sonlros.
2, O tenn do p mei,ie ~ se prn~ tilau de u- o mh.imo, p dmamos ter dito 'nvcr50: u.e met.âíor~. metonlmfo e as
clnio, ten ld pc e na repfdenta- figura, da lin ogcm de vigJD tom algum co da.s pera
lllllZ eml Von.tf/lJUIB ( - .
.-.ri• nao mpodiu llD Hctdcg•
çlo mo<fanQ", em divcl"IOJ
oca jull hon• aa,ltlndg do Parb
1 Íd ffllOI ~ 0/~~ T, td mo 1n r 11 1,11 de ~ 8 .scp .. ffpilago a e tbeóri de
ç ,o ut a m um11dn voça- l'dme qut l"CG a pu r&c11 J • ... J. • • B. 0111 l>ro I p, 47 • 87
!>~tio· rec d te Cll1 que $1Ct!tido o termo t wilmd 4 anic ·n, NillTVfl~ on " CJtJJ,tl lftÜ)U 70.
ui. S Ver III I• i,di nte e;splcuJ VIIJ ,
)16
do !ncon •e' ntc, em po et reco tJt ir stt abund ricía ~ ucza, M 1 n o-pc!Tll !ncia seguriu]a. q ant a alguma rei· çfto enci.11 . O .ue ai
era p 'te , de.qu !quer fo m , s bmeter o inç nscicnto à cs.trutun ptc- remete ao qu~ nilo ex! te ou o sotici1·1; mas nu o ollcita ob ig_i-
lcnsame te j á t b colda pefa lingQi lfca. Oa mesrna forma como. de um regra d~termio· da e i rmul, vel. como u.m teorema solicita
qua do se ~ L da. ,tualidadc infanfl, a_s ume-se, quase que rr stivel- sua conseq(l n 1u, aindll q e fo cm l11f1ni , um mhnero i cas s ccss~
mente, o p-0nto de vista d dullo, lmpulsutdo cri nca urna vivêncla qUc r s, uma cau seus efcit , 11lnda q ue i.nú crâvcl$. O abísmo que separ.a
ªª"º é a e a p rtir d· í rever:,do su sexu Idade, eformaod • a .1 ndelinidad da teprl!semaçiio da intinldade m tc~dticn de ~~Jem m:us
compl~tame te; ass· tam tnl.dtmmos numa lingu.a cm logicista o ~eva.da ê inda m, ior d q e o e separa o l fimlo mu.temã co de um
odo de e de organ.iz.1.9l10 do lnoo a l!1' e, inventando significante, número b nal; é m ab1. mo de r. nii uma diferenç de e rdinalidadc.
discretos uj tos a s bstitu ç es n:gulada.s por leis q e até ousaru ~ . que n o ~e eocont r n m rcpre:scntaç- . pode, talva.. ncu se enoo:n~
mar de algtbr' as. Mas o uc o l-acoasdentc nos d , e no~ força 11 pens t~r e para iss oão hã nenhum limite, nenhum pems.
o e lin u gem lguma e álgebra alguma ao f iam pensar, é n1.dical- a 6 tamb m "12:'.aO pela qual - ou cntão:ê apen uma.outr! ma-
mcn1e difercnt lo é qu~ um a definido e dis into cnha. tra s de ncir· de dite que-: - a "rei ão" cfcfr,., esscmclal coite represent 90 , o
uma r,cdt: d rela t~o ompleà . qu l q eiramos. mas ela prias ue denomimamos assoei ç!!o, nii é propriamente um r~Jaç6o; nem
definida· e deter ln.ada , ocupar o lu,gar do um ,b lgualmenlcdefütido e coloc · ~ o cm rela de termos cxterior um · o o utro, nern dcslmpli -
dis i lo· s o nio ê m s do que a imputação ao lncon~c:ientc do ponto de o lógica d · quUo ue só u:ri scoli do sendo composto. A denominad.
v' 1 da v 8,flia, lnc,•ithe:I em p rll!, m to talmente- abswda i;e l v· d.ia "livn," anoc:fa o, t 1 como tentll indu · .1 em p l1:a111mse- e que ev11-
sério par lém d nccessldadcs do legdn. O sooho: "O amig R é meu dcntcm(-nle n o é nem lwr nem nâo-livre-t um d"vend r pan;i Ide its-
o" não diz: " iste , =o u.mlgo R , eitiatc! )'.)' = meu lio, e de acor-do pcç.tos de um co•pcrten , que jam is sab~tcmos diz,cr r.e já PNCX. ti.i à
com fcis d o lm:oosclcntc, Ã- Y ex y". O r,ho dlÍ a r,epte entaçào in- . ua rormulaçr ou é criado pót ela - e ta questão não 6 pcrt nc:nt A
consciente t l omo el:i i n mcdld:a em que, falando dei , sam obriga~ a ociação i! um no csténdjdo c:11trc os cume de uma ca itla sub~e'.sa e
dos ao ,1car SU-ll fusão, su rn l,stia ,.o - as qu.:iis nem por i o provo- que frcq cm\emen e se m:iptt, nas ícnd s das ptofunc;i.dad occa,uc;i~.
cam um ca . . E is o não re. ulta de, opcraçõe:s_so revindas. ulterior-a. que uL e cumes não ão ord nado , nad füm qu1 1.1-m antes-de 1s
frgur s ~parndas, daras e distintas wm embara do: m. s sim do ser da neoe ário, o nunc se sabe 1e um cume não se r~vcla.r~ um ulco, ou vice-
psiquê ve I gêrt . de epr~ol ç(,es., n qual, talve1., "o · 1 o R " se vcrsu, nem ~e é oca o de f tarem revela se ou transfonnar-sc. Se qul,és-
formou aqui partir de e cm relação oom •·meu tio ' - mas de od11 m11- semo.s utllizar terminologi n,atem6tica, seria precíso ói1er nao somen-
.11eir , geralment tod as rcpresentaçoes "&e~rada •. que n CC:Ss.Sna- te que ê lmpos {Yel rep csent r as ca <!ias a !IOCiativas - o u qualquer OU•
ffi te dJ tinguc lógicu oa vig{liri, form r:un- e rtamcn e, a p rtir de e tr r 1tçãoent e rep~taçÕl::'i - como e loca o de rei çÕC!ll bh.mlv _
cm relaçà com m nú.mero lnflmo de t~pr~ ontações • rcaka que eram, cn re l«mo. distintos e d@finjdo · mas que ê mesmo impo, slvcl denom1•
pruc psiq T, o "mundo" do uaJ o l ngo lrtbalho da forn1 ç· o do in- n6•l 'correspondmcfo", no se tido que se dâ a termo n teoria dos
divfdu as separou puroflm d" uJ'st•ncia em gllla, e que nos rcme1em, conjnnlos, de uma rtl -o v ios/ 4rios . Porqu,e oão mcn1e esta. cor-
por ua vez, o cnit,m d1: um repr catar• cprc:sentação igiruiri • O n:. pondêncla •rí YÍTI.Ualmca ie correspondê eia entre u ma ,fam(Lia de
que gc a problema o~ o l es fusão e htdistinçâo. e menos ainda as con- dement e qualq_uc:r outra~ ma sobrc:ludo, o qu cntr;_L n~ltl com:spo~-
. diçôes que el implica p r a l glca de vigfü - ou melhor, paru lógl- ência ê constarmimcnte redefinido, remedei do, refigyrado, ua mo.n t-
idcntitãd , porque tudo o uc é vlgHia tá loo e de sc.r ldenth rio. e af entrar se h , esta ptopri alter ção, e não mente seu pro-
as ê, ntcs, ta~- ra o e 1.1 po ibUida e:, o i em do esquema da duto, to rna e tcnno do que dev ser considerado. .
discrição e seu dornfaio p rei sobre o qLAe ex.ist<,. Uma ••♦OZ. ai ctgulha• O que epr entaç- o nos d~ ~ a "multi Pl,tcidatle incon istc to" . uti•
dos, não ê: mais o m gm re rcsent livo-i1naginârlo do inconsciente. mas laando-nos do u a ex - o de Canl :· um 11po de ser ue o· o sormme
sim o esq_ cm a da <JJscriç • o, a id · ia de iclen l dadc, a eflcãott rclativ da
separ ç o que e orn m fonte incsg tãvel de 11urpr
ê ao mesmo tempo um e V rió!I, mas pnra o qual t s de terminações nilo
são nem d !si nem ndifC'renlcs , m verd:tdc, s " spccto • sob o
A reprcse_ntação - quer u,rona<: ente ou consclc:n1c - ~ de fato iri na- uais c.i.ptamo u<lo o qut e como m e v1rl nunca ~o maj do que
l vd (~m p r Isso 1e.t absoh,tam te sfrnpli!S). oda dc:composlção cm transitórios, nien0$ inda r,lcsmo, po tos de apoio p:ua o pr«? . so do
c:liemc;ntos é nqui rte llto rmvi~ório , t da imposição de esquemas cpa• discu.r o. como aliás I dos o termos e o, ponl . ,fixos do ltgem. M~
ro oru-unificé,ldorese te tati a lnfclizde oobrlr um dêd1nic:nsõcs tn- \ «aspectos"' podem 81:1 11 ouuo.-. o, - o .-x11rt nte lco, p r cocem•
ck inicias c: rn alg n.s fragmentos q e dele foram arr ncado!l. n:presen• pio - ~tc-rmJ,rndos "'sufi entemente quanto o u ", u rcl <l s oon
til: • o nã tem f nccirns, e ncnburua separação qnc àl possam int du- truid· . ol>ree tcs pontos de a. io apre~catam uma t oilicf d extr.lot'-
ur j amais teria su pertinência as esnrad - ou otc~. teri sempre 5llil dlnária; o obrigatório e o impos lvel ai s c-nc ntram qua 1-
Jl 3 19
m-c-nte m~o e n o o dct rmin m exaustivamente. ada é assjm na rc. l cntlw.na. n o o cnlo cm que a inte reta o c:ncon lt" p.ara abo
prcscnui o: aqui o obriga tó rio e trh•i I e vazio e: o impossfv I qua nilo um equjvalend de scntld9, ele se tome um a ~órla ont_o16 1~. um
existe. A .. r a ·o", e nsta11 temente a ltc:rada no dcsenvolviment eretiv Nada 3. oi to. um niduige~ 1Vich1s.. Ele ria intc ramcnt.e dt v1do por
daqu lo de q e se 1rata. pode ai,r llimar ueil uer "termos", bem e- mo ua rcduçilo cm eu eotido - e pela e pllea o das rn:õe pcl quais e.tlf
men~-l rndennidamcnte a d<>$, De 11 neir que as proximidàdes sentido se apn! e ta como rsla r,cpr cata !lo,
ai n o $io de1crminad s. o~ silo c:onstan tcmcme redeterminada , e, p porque então o&cn tido cm geral i;e ap~ enta. e ó pode pn:scm-
utili,: ruma ct fo ra l pológi , qua e tod onto c.stá., esmo m- t r na psi u! como representa • o'I Como pode · ualq r intcrpr · iio,
po, arbltrari mente perto arbitrariamente longe de u se todo tro ou redu · o do im nário cm re · t-raclonlll, eliminar o/a1od ser (o Pas-
nto, ,e ) d im n rio e seu modo de sttr (o Was• eln) es)J<!clíi00'.> _ .
se.se pretensa redu ~o é um íio;;ão lnC<)Crcnlo, verd ~eu~ rn-
Certo.falamo da rcprC$C11 1a o - e o pode iam o. nr o íala • - e o terprewção do onho ê u,m Larcr e pccl~ .., num co lcllto pr,uço-
que déla dizemos o o é incciram~ nte vão. Fazemo-lo utir ando t men. P ~tico sin ular, o d 14nf1hse; a. com:spo dc:nc1as que ela cs1abct«c en-
LO q e fi amos. qu rcprc entam o papel de pont de rcfe • eia a que: 1rc representação e tido só v I m no lllc: to da nâ~~ n _o são nc
lia 0$ lermos d Ung 'Cm, manei que podemo p.-oxJ ativa, oeralizávc:is, nem tr nspo rtli vc- , nem me mo ~ao ver1_frca~ s n.a acep-
m -~ -~ bcr pelo m nos ''de que f Jamos": mas cs · riamos pcrctido.s se :ão cc:i ta d te termo.• Is não signlfl que. OJ.llm arb1tr nu, que pos-
e$q s. mos que esses termos n~o podem sup rtu todo o peso d s sam s,er qualquer coisa; 1.a ua signiíle· ção pode 5Cf per ianc:nteme_ntc:
ope-r ~ conjunti_sta~ e idenlitãrias. e menos ai nda de eonstrUÇõ re1om3d,1 - e numa rnâlisc digo esse nome cl mprc o~ ela s6 e,nste
cicntme: s •·ex t s". Utlfüamos estes tetmos como um e v11lo q e galopa ara o ujeito 3Jl li do, sujeito enj màtico por c.xce&ê"ncia, ,cks. nh-=cido
utiltu u a pr i ; não 6 pra,i a uc: imp ll, é o lopc. Q e exi4t m s 1o - cm o paciente tal como e, nem o pae1en e tal con~o evccu1 set de acor-
e tr lbmi é condlção e conseqOêncis d~ corrida; ma ~acorrida que q ue~ do com um norma prevl~mcatc fixa.d , mas o pac1en e I como se f z e
mo e: p ar. A partir das m rc;as da ferrad uras. podemos o •untualmea tc se far • no i;lo pr naUti~o. Las são inte_rminâ · : com~ o ta m-
rcconsdtuir di r ào do cavalo. t3lvcz fa2er uma id~ia de. velo idade terpre ç-o, com o scri a anàhse se nela só cst1 cmJOiO mterpre-
e: do p o doca leiro: u n!lo s' bcr que: ele a, o q~ pretendia ou se: 1 ção. orq ue, na análi e se tr~tassc . C:$S~ncialmc te ~ la~elecer
co ·a em dfre~o ao eu amor ou em dir a su. morte. cq ujv: lenda de sentido. toda a1,thsc Sfr1a ngor0$a~ te 1nt !mmávcl,
sl) morte ria capaz, - de ter loa•la. m de mtcrtompc~ .
in1 o ti tui u 16 · um ordem n rc:prc- Freud dizia: .. odo sonho tem cio menos um p nto onde i inson-
:i.e nc iio visa e i se11t do'! íl lcorta dável QO mo \lm umbi trav do qual ~ lig do ao desc<> hecido".
rreudiana espc tapskolo n refere todo o tem po a Iam~ : "À per unta wbre se todo , onbo pode ser in1e.rprctado (:ur
um aparelho ld de t r '"o® outra, a 1 , D ui gtbra~ht ~rden /((lnn) devo-se íC$pooder pela ne9ativa". Po
a ro s, c.nli da lógica iden ti do rc I e de su que? Na du s dllii. de lin h seguintes, numa dlspm1çi10 lógica s r-
u õcs em ou preenderitc, Freud r.:spondo, em rc:.itidade, _d~s perauntas d ~crc:nt . e
Per untamo-nos primeiro como o porque ser do onho ou mais d tnencir bcteroitne . Ele fotmuJs ex:phe:ta'!1entc: um í'>_ntca: Todo
lmcn .e da rcpl'e'senta o íacon ente dcri sc:r 1uprlmido Por seu r sonho 6 ln1c ret eJ'? ão ex&um &0nbos n o mtetpret vcws; $ISO de-
intcrpreuido (o i nte prct \14.'I). Ser: que o c:r da loucu como lou ra pe de.. e suma. d ''.relação de forças" onlre as "rc. lstcacias interiores"
iC ·a suprimido se ela pud~e r, mesmo integralmente.. interpretada'! e o que o con 'ente p~ mobilizar para os ti da interpretação. - De-
(Ser suprimido aqui não si ifica., t claro up rrmido eíetivamcmte por poi ele re-spo de: a uma pe unta quo nãó formula cxpli lamente! is-
cura d11. lo cur - mas sim suprimjdo ontologica ente . crã q e o modo tem sonh complt!tamentt inLcrpr~ óveís'! revd oomeça dizcnd que.
d kr, o n(vel de ser e o r-a.s im do dellrio o d alu lna ão s o anula- me.osmo nos sonho mais bc [oterpretado deve-sefreq tameme dc:i•
dos pelo pouulado de que o coritet'ido do delírio ou d ludoa: cão 6cri m xar um p n.e na obscur[dmde e oon Juj ~flrmand~ que · a nâo-
inU!rpr l d$'? Será q ue o ~-e r da cor i: anulado cqua da flsic ? comp ementa ão d rnlcrprctaç!o é uma n ssrclade uru ersal e e sc:n~
Tanto :i cor é um equ.a iío qu nto o o nh ! o. nlido do sonho. H,\ e 11,I. "N s sonho m.iis bem i terpretadc• somos írcquentem etite obrlgíl-
aq i un, desvi qu35e que imperccptl eJ - o anndc l força d lõgica- d dei 11 uma p rlc na obsc rid. d.:.. po que observamo~. du ra~to
ontolo 1a herclad i si uando-se em todo domínios - ma ecmvo, e i:nte1p ctaç , que surge um n velo C",t pe o.mento do sonho que nao. e
tão g; Vc: quanto o qu.c:, desde o na mento do pensamênto cientifico e:
mau ou cn .ilé Freud, recisava- e a t'.On ldcr-ar o enlldo d sonho. O
ionho era rede do entre a escória do íuncionamento pslq ieo porque
não se d va como um senti<J arf u do segundo o.s cuaonc:s lógica 6, cr. •· · pl~om~l>C$••." , Ir.

20
deixa dcscnrcd:tr, e que também n o íorn u outras c<rntribu·çocs 0 e es a tr n~form~cão começa e 6 lcvad a termo j por I• n:ud mesmo
contcildo do sonb , Esse o umbigo do sonho, a parte nd ele repousa r11.1m multiplici de de consciencias em opo iç o um âs uulras; a
no desconhecido. s pen. mcnl . do sonho, aos qu I c he e.mos no de- "contrad o" lom••Sts confUto de in 1ancias, cada um das qua.ls im-
curso d11 interpreta o , devem atê o ri,gntoriamcnte e de manch~ total- pu1;im-. e, sob II forma do cógffos laros e distinto visõc pr6priM e bem
menle univc ~I (ou: devem brigai riamc lc çom e~ '10 ... mü. .r, n ja cfinida~, uma c.ipttcldade de pr V!r/d rlll r para si, um Instrumen-
11mu all1emei,i,.. ) ermnnecer cm mplcm~ot o e fo em po r tod s os ta o ri& ·omLI Independente, e i,rcnte e eficaz, Assim, a cpn o- n-
lad da rede cntrcl11 3de nosso mundo de pen :1meo10 , e um ponto fl · o-n1distinç,llo-iadetermin çi nA e pela qo I cdstc o il'lcons 011 e, e:
mais demo de ta rco cmc. e en o o d-esejo do nho, como o c:ogu e- mais geralmente I! p iquc, inclusi~·c o n ·ente, Kfi, pen a co füsão
o de eu micclio".' O desejo do sonho, aquilo que. 11 cancoix o de provocada pc:Ja coe t ncia, compo$l o de ãrios d cur s que bas,tn•
Freud, for e seu ntido, "emerge de um ponto mais del'l o d a rcn. ri distin uir p r.. pct bo que cada um é pi namcnle ooerentc p ra s,,
da"; o "u mbigo d soa b " é um "novelo de pen amcntos d nho que servíc de uma p o· ps{quJc: d.isliotll, que be o 1tc qucir e como ob •
o~ dei:u d ntn:I ar". O ponto mui dcfl-'O m i rico, ma~ impo r- t~ lo, e o obteria $,CJ1)pre nio fosse oposi ' du outr i.n t nelas
ta nte do sonho t "in ondávcl"; e plornc;· de seu p\lnto ccnt r I niío psiqui . I! cer10 que esta descrição nil.o ~ pura e simples ficção ou mes~
p de c:omplet e - não porque ni!o sc:jumos sufic entemen c inter cn- mo construç~o: ela corresponde não ·omen1c às ncc sidiideJ da tingu •
1es. n o dediquemos 1ompo suficiente p r tal, ou eac ntrcmos rcsnt~n- gem o d,a inu:Jigibilldade, pd meao o que costumamos eh nar assim,
c:i,as ulto fo - mas reta n turei::i da coito mes a: porque os ~ns~- rn a upc,ctos da próprla co$, No enu-into, el osti be lonJe dec:s o-
mcnt05 do sonho mwsen iarrz ç/lgemein devem pcrm · ncccr sem compl ia.r e t6 de l caro cs cncial; e ela ab lutamente não r olve o pro 1cm
meniação. Mú.ssengam:allgm,~fn,não emosc pre sar- n m j&enfa- qui di!lCUúdo. Ela não o reso lvl11 pelo menos parll o próprio re d p
ticamentc e aJcmio: mü.nen ex rime a ncccs id de ah olutamcnte insu- to q e nao o lmpcdln por e~cmplo, de dcsc brir o uc denominou a clí-
p<rá~I, gan:r (101almenlc) redo r o allgcnt-'n (uni"c lmcntc) . "EI vag~ do (frl paltung), ou sej , que mesma ine :hcia, o Ego i.
fogem po r tod 9 os la na rede entrei Çud de ao o mundo de pens con ientc pode operauob inj unç cs incompalI~ís (n-o falemos do Eg~
rnento. " : eles $ão m a em um m gma. O onúdo do sonho, p r e r1$eicnte q e não s-0breviviria nc um cn nu10 se ua m dln:il dc1-
guir Fn:u fielmente, nilo pode c1 plrnamcntc bc ecido, d termina- e de ignor roque fazem suas lnúmet mãos esq u.cttias); nem de de
do, porque: é por êtici • intrin~a ntB. ''$éi1D complcm, 1 ção · (olr• truir o próprios conccit de prazer/dc:$prazer, e mo termos distinto.•
m! Absclrl :r}: intcrmi ná~·el, 1 dctcrmJn do, opdron, indcfrn ido (n!io infi- m n e po_sto , 110 ~rever •·o problemsa econômico do masoquismo".
nito: o infinito é definido e.determinado) . O sentido do sonho «1mo d Podemos dner o me!tnO rc::1 ito da obra de Mclanie Klein; ambivalê •
jo so sonho i conden ação do inc.l\ptávol, 11rtle11I o do que nao u dcilla eia de afetos, propried des incom patlvci. de rc: rcscotaçlr~. oonOitos d
articula . O sentido do sonho tal com o fom« a interpr til • o~ aquilo desc:j qu.i sue) coloc dos. de f o. come, caracterhllc s origineis o cs-
que completa. dcti:rmin e: íaz com que se concluam "pensamentos" nc ais da p iquc, cm sua md vilão, apesar dos esíorÇ vis ndo rcdu?!I•
que por i mesmos não podern co nclui r, A lntcrprct ç· formul1 e 1 • 111 decompondo- pB imputâ-las . sistem s parciai tadepend nte .
du:r. tcs pen mcnto llB lingu· cm dos juiz.os e d ln ten ões; m el A aló 'e;t do -inconsciente é port nto ai o multo diferente justa•
·o indiS3ociavelmente reprcseotaçõc:s/ lntcnç.õcs/ afctos. Eslu. lndissocia- pos"çã de vári xcmptian:s diíetentca d1' mcs~ lógica. O inco ciente
ilidade é mbtrn suf gen~ris. n o pertence ao domlnl da l6gic identit ária e da d erminldade. Produ-
Em qu coJl . te o !Cl'ltldo c:g • lccido pela interpreta ção? c:i- to e ma nifc~ ão contJnu d. imagin ç o radical. seu modo do~ ê o de
so importante$, cm formular vários segmentos de se tidos COl'l tr'3 ditó- unu magma.
rios par 11 lógfoa de vlgllia, d ejos iaco,npatlvcis.. mbivalcnd, dos
,ifetos, &S m11.cim sim ens toma ruis cm tidcatneot que se deveriam
excl~i ou anular mutuamente.. O que ela restitui como sentjd não é um q f da origi'nl da repr ntação
c.ntido - oué irn ossfvcl d • cordo com u n:gr da lógica identítári- . a o ~eoda.l do lroba lho de Freud consistiu, talvct, na descoberta do
preciso então pôr ordem o UI tua Q int lerâvcl e o qucma de cpa- elemento lmagin rlo da f>SÍquê - no de!i\'cad1>r das dim sõ mais pr
r.iç o cntr.- m func1 n:imcnto. inconsç' te , de a , 1r nsform' d - fundas d que deo mino im inação radical . Mas taro ~m podemos d.
zer uc grande p ne de sua obra vi . ou CQDdllZ, incvll:.wclmet\te a red\.l•
'Zir, encob r, ocul r "º""inente este p peL N atmosre, positivista q"i:
o envolvla,e que o lníluenc:lou profunda e deílnttlvamt:ule -e por triu do
7. O~Tr 11mdeuw11C. mm IL W~ike 11. p. llli nqeu I cp. }29- O. A1 tra.duç6c$ de, qual se c:ncOl'lt evídeotcmcnce m 11.ica tr diciona l, o e ~
siegu íi gmenlo, lanlQ u SJ a,./ l;dítl- {V. 525) C()mo na lruduçl,l írunasa., ( • dt
1 6 • p. 4•t6) n!~m ro rn .R!fl íl1gr. nle.. drucnnin do, as tornando-$!: ~ rçss, os fins tom 11do-sc "priocl-
322 32J
plo.s" - Frc d e mcçou p e rando s ra1orcs "reais" que e.Aplica Iam a o nlo de condc:n5.a o e de cu.mulaçllo do od os mist&rios da "H a-
i córfa da psique. de sua or nizaçjo, e finalmente Bl~ e sua CAi têacia. ção da alma e do corpo".
Conbecemos sua cretiça inicial a rc:alidadci hiva do e ól ºmente, Do onde ti psiqu o e lementos - ma er[· $ t! organi t;i
correspondente A lcrnb n traum6.tica no.s nwr6ticos; a modiJicação representação'? par doxos que a w en ontram , de modo lgum
que o eonduziu lfflPOS$ib□ ldadc de acreditar na "relllidAda'' de um nú. próprios do freudL o, t!m um ~aerá el ntiguld adc füos óílca Se
m i e-ruo d1! cc de sed o de ma criança por tJm dulto relata- psiq ê fu eom quo tudo saia dei mesma, ela é pr ução pur e to ll1
da.. por paàen ~ a pesqui a da cena prlmillva como 1 - fia:al ente e .suas rcprcscntaçlloes quanto a u forma (organir.a ão) e q nlo
baadonada, mas com u a pen e uma rcsi&t&o 1 evident - ao longo 5CUS contcódos,, oo perguntamo c;omo e porq1.1e cncontrari el lllgum
do Homtm dos lobos; e por ílm. quando a o ~ cnesc n proporclona % o.J o q e não cl mCMna e seu próprios pr utot. E e djzemos que
um ma.ter[ 1real como suporte. ou~ a, oecess.11 'a e suficiente d (anta- ela coma os elcment da rc-pre. taçào do" I", r zcmos um 1fuma-
sia, a trallSfmacia (parado I e iatrinsccam otc con raditótl ) par a li• çào !iCffl sentido ( mo tomar de ai uém o q e e e al uérn não p ui O
logE11ese da e.sper oça teó • de- um e iflc -o "pcisitiv " de sua te~s real n o pode ser ao m mo tempo rcaJ e rc:pr nt o rea.l do r I no
sobre a psiquê . rc:al), e o bliteramos o que erá um etor constBJ1te no p_e s,:m~!º freu-
O ~pcl cH e clal da rn 'nação, sem q esta seja re onbectd ou
mc$m cilada ap rece. de fü em Freud, atrnvés ~a importlocia central.
dl o: iquilo atra ~ do qual o" r• anuncia 11 ,que, a "1mpre
jJo'' (Elndruck, p NI utWz.ar o termo kantiano) ó se torna e m t o de
da fünt115·a n psique e a nlar l dependência e a ut nomia do fanl • uma. rcpr<:$Cntaç.llo função de ma elabo ilo p.Cquica que po e pro-
siar. O fantasiu t descoberto como com_po cnta lncllminável vida du r, e undo o .sujeitos e os momentos, os r~lt dos mais difc~ent e
p.sJq I profunda. Mas como explicar ua rela o com os outros eorn . inesper dos . A tentativa radualist.a de resolv~r a antino i ~ aqw, mo
contes desta vida, a origem e seu cont do, a fonte de ua ro em qualq r outro lugar apenu urn esquiva fal ci a: aa impr e.11 se-
A pullllo (Trld,) só pode maniíe.star e na p iqu6 por intmn lo de riam ctabo ela , cm cada eu,.pa. de m11nelr11 mais "rica" e mais "d
uma rcp~ent o; psJq\J~ sub te ■ puls o à obri o da dele ação volvida" em função da tot hd.lde da "experiê ia'' anterior. já a
por representa o(Vor r,I-Jun1trtprwentanz d s Trlehes): t m ém, ind •
bitavdm.entc, da "de: cgação por aícto", mas i ! um olllTo problem .
0
p rlmclra ctapa oe oõ.st.it içioa~ 1:11pên!õâa ifr~· upõe a ·- · icidade
da p (luc de organ r em vcpullncia, por mais r\ldimcntar q s~a. o
Mas qu 16 1 origttn d ta repr ataçio e q1Jal pode er se conteód e. que sem i petmtmece ·a um e-a de impl'C!IIÕ lnt mas e cit1ernas.
sobrei do: porque é ut, cocte\ido? ão resta dúvíd que esta e p cidade de rgllDWlção p por m de,.
Do m mento em que toe mo de perto Cffl\S quC$lõq sur e uma sb &envolvimento imenso na e pela hi!ltóri dos jeito.; m ■s como o f. tia se
rie dt par doJC0S, eJ auo ea va p ntc clc3dc o início, num g u mfnimo mas essencial'/ O
A representação só pode formai e na e peta psi ué; csu firmação p róprio postul do da tese gradualista, de q ue esta capacid e se apri o-
é, aliài, mw do que n:dund4_nl1:., a p q ~ i isso me mo, emcr 6n ck em função de e pela ação de eus "produt ", prc!lsupõe um prim r
represe nta acornpanh elas de um ar~to e insc:tld s num pro o in- produtor de um primei ro produto.
tencional. à reprcsontaç4o, afirma Freud Implicitamente, .sô pode for-
mar-se obre 1mstruç-ões da pu~io -q e n entanto, de lrucio não cm N o há nenhuma pcuibílldadc de mprecndcr ri p obleméúca dll
presc:ntant~ (delegado) na ~iquê,. devendo pois nela eneoatrar-se conde- rq,m ent ç.âo M pr cura moa a origem da representaçlo fora da pró rl
n da ao mutis o . Um primelra ponte deve r poswlad trc à "aJ• rcprc.scota • psiqut é rt mente "receptividade, de imprc: ões' , -
ma" e o "corpo"; um prlmefro n(l leo rq,rc:se t ■ tivo deve e, r constitw- pecidade da . -afetada - p,or ... : mas ela 6 também (e sobretudo - sem o
q ta receptMdsde de imprc:asôe.s n d daria) e er encia da reprci1cn-
do confot e, ou me hor, rei tivo ex! ências da puluo como mediação
entre a lma e o e rpo, ante que tod procedimento canõaioo de media- ia ·o, caqu.anto modo de !ltlf lrredwlvel e ilnlco e organ· ão de a uma
ilo enb11 s do instaurado. Certo: ode-se <lizc ua a primelr delcgaçã coisa cm e p r ua figura o, a "col e ção em lm11 cm». A ps quê 6
d pu~ o oa P qul ~ o afeto, capeei mente o dcsprittcf. M nada se umfom1anJt1 que 6 eidalc cm e por aqu fo qu~ ele forma e como aquilo
(Xldc extrair de um afeto, de dcapraut ou de p ier, que pos plic;;a r q Ué ele forma; elo 6 JJildUJIK e ltrbfldung - formação e im g.lna~o - ela é
a forma ou oco teúdo de um n:presenta o; no m imo, o afeto pode• im inação adical que raz f1Ír j um a "primeira" re reseataçjo B &r·
ria induzir a "0nalidadc'" ou a u ricnt lo" do processo representa ivo. tlr de u nade de ,.-epre.sc:nt!lção, bto é, a partir dr: nada.
~ve•Sc, port 1110, poJtular necessariamente ( lnda q e Implicitamente) N pode haver vid ps!qul se a psiqu! n o é capâcldade orfglnii-
ue a psique é cap cidade de Caz.c:r s rgir uma "primdra" representa o , ria de f i:cr surgir repreK11taçõc , e "no Inicio'' uma "primeira" reprc-
uma col ~çào em image m (BiJdwig e Etnb fxun ). l r,,r o pode parecer ób- senl iio qu de certa maneira, dcveoontar cm si p sibilld e de orga-
lo. e ta col ão em lmage deve ao mesmo crnpo •. e relativa à niz 'io de tod reprC$lC1ltaçJlo - ue seja u.m ·r nnado-form nte, t1m
pulsão num mome lo cm q nada g te cst rc ção. Talv seJn te g ra que erli germe de C$qucnH de figUJ"BÇ o - , porta lo, sob forma
324
m· 13 cmb onâria que qui rmos, os eJcmroto r anl2 dores do mundo tcAIO a ·m citado) co nr um "déíi , .. com u. rcprodw, -o da~ rcsenta-
psiqu.lco qoe se d envolver cguir, certamente com djun õcs decisi- ç"o (coloc da como iguaJ à pcrçepç· o) de 11ma tt:'na d e .~atis f o que
vas \lindas de ro •
mas n COC$$:!riarncnte recebidas e elnborndas de cor- tem um nt edcntc ouma pet(cpção "real'' - ue pretendem a ze-
do com as eitiJéncia estabelecidas pela reprcscnl-ação originárl • gufr, a pens r qut:stllo de f; n t.asia, ~r mai "orialn.Ario" que tenha•
Est nc:ccssid de, iacrente problemãtka fttudfan a ncl n o e en- mos denominado. e d imaginoção. Poderf m~ oo cnta.ot~· ~~rgunt r-
con1r. e plicitad , 1 í secac:on ra até mesm enco rta, cm função de n o que ê e de qu é feito "õtad de t n whd de: lqu!<:a a que se
motlv~ profundos q e í pedem u:ud de tem tizar a que !lo da im gj- rcíert: F'reu , e qu.al i · representação q~c o comp n~. Pol&. se se trata
m1 o como t:il. Cont dii nas virtuQJldadcs de eu pcnsammlo, cl cu de de um 4:: d o príq-uico e e exlstc necessanam~nte laml_>ém como repr 'SUl -
f, escondida, J~ e Freud e muito ma cm seu sucessores, p ruma taf'To; sua ru ptur la "~s$id de lntem,1 6 questaon '."ento dest re-
probl mlitica s<c1.ind:iria, a do fa n sm1 c das form çõcs im iniirías de- p~ cn açã e, cm ua rmau - o e m aju 11 d~ uma atlv1d11dc de reprc•
ri ad sen ção ( luci a t riu u não a p Í(!Uê deve ttatr o statu qu(? a11Jc ao qu 1
La de cj retornar. , .
ividcn tcmentc no r n me e r a õcs simiJ r Oi ue a imaginu~ A e p loraçii. deste ruvel origin.!.tio cert mente mal! d~ que diflc1I.
o cm -o se presta à o ervação eã clin ica. E se no, coa ntra mos o não se realizou; ela foi ntcs cvlt da lr v6s de dlfercnlcs. tipo ~e refc-
an u~ e na in1erprctnção dos ranturna., forne do. pelo m u:r1al olfníco, rencí ao.. l". hn mesmo clanic Klein, que atrl wu uma lll]J')Or-
c:suiromos emp lidando, or dcfi . ' o, com produtos deriv do , cuj , t. nc1 dcci$i\•a :u íor m~çõeS- da ani.asi , quando qual ifica os " ~ns"c:
con tinrl o põe cm jogo oda g,una de funções d psi<juê. Poderemos os ·•m us objetos " ... im o , que um Imagem fa ntasmátJ _dc-
então ver na fantn m tiução (e n ima i · fJ' o) pco modos de funçio- torm da de objel re Is sobre quais bascl m (e que) &ão as9Jm m
namento ulteriores, e si, pockriam sercompree:ndJdo , cm 5Ua ru!o de UI.lados não sorr,cDte no mund eittcrlor ma \.llmbém, pelo prooc: o de
r, em sua org11 Jzação e c:m eu conteúdo, recorrendo a outras funçõ e . i e rporação no inlctior de e o" ' , faz d fanta. mas, c:o.mo o s;rv m J.
fatores. Assim, Freud dirá q e o fi ntui r (pliantasi•rvr) red~- o uc La lanche e J. B. Pontalis 1 • pcrcepções fü - o que de1 lntear men te
ocorre "apó a lnS-t uraçao do princípio de realidade" e q e ntcs b a em aberto o o some:11 te a qu t o da "origem d~ erro" , mu s~brctudo:
•• impl s posi ão alucina tória do pensado (dc:sej d )' -ou seja, do rcprc. da origem e seu rátcr su·, mdiico ~ inda BJs, de sua f&rn~ao Ofíanl-
seo~do: •· m o iostaur• ç-lo do princlpio de re:nlidade P'IJ.íOU· e um z{U)oro. im , o "re !Ismo" vi do tc:nnlrt nu.ma nti:n mia: n P Lq~ê ~
espécie d atividad de pensamento que permaneceu livre cm rela o o coloca.d como capacid.de e deíorm r ntastic:4mente e sis-tematica•
tc.1 e e rc3Jidadc e s ubmeti d- somcnlc ao prindpio do prazer. · isso o mente o que lhe proporclon11 • perocp o do reoJ- portaolo, de prod~lr
JrmtoJiar que começa jj com as j os das rlançu e, at I tard , 0 1111- a partir de nada, ai uma eo a quc 1 para ela, pouu,í um J1 do (é ind1t
nu:iado . b form a de devon fo dhuno, ren UDcia a apoiar-se em o bjeto rente, te respe to, que cl aí encontre um inciUJ o n prc:sen ~~
N?1is" . Ant dc~ta f o, qu ndo o tado de trnnquUidad psí ulca ta- usmci de "ai uma cols "). Igualmente, o que afirma Su"n lsaa u
v perturbado pcl, ex.igcnclas das ecessidadcs nu,rnas, .. pensado p rct desconhecer, pela postul de u ma or ni:zaç· o da p lslo an-
(dc.5ejado) era simplcsmcolc c locado e maneira luclnató ri , co mo tçi r à fantasia". aqull que reud fo ulou e t menta propó lto da
ocorre ainda hoje,~ da noite. com nos os pensamentos de sonho''. "Pen- " de.lega('Ao por rcprcsen t o".
sado" ignifica qul como tuo frequ.c-n1ementc cm reud: rcpre ntado. • 11
A diracutd des que cnoon ram J . plane~ e J . . Pontali.s cm
O dcsv-lo só é po sfvcJ se dei · mos de inda.gnr mai proíunda.ntentc so re sua t~n, tJva de remontar um fanta!Ía originéria slo d outra nalure2A.
11 &i nific.içio de ··m oeira luc'n t6ria" e é ,tJa cquivo lincia com a~ ob1 m uma 6ric de rctultad imporuuu : ~nhedmc:nto .do .
ho. Mas ele ê cxplic · vet se não u ti ficável, pd apa.rc:nt e parad !(ili ter or , nizador ("estruturante" e 5U termin~l 1_:1) de fanlo .3. dlS•
r«ênci a ao "real'' q e implica o termo aluci nação: ta.mo c:m geral, nção nítida da fa ntasí oôginâri e d o tro , hg ~11.0 ~a f, n~m com
como nos casos aq · \11 dos por Freud, a I cin ão tom cus eJemen- a .. fase do auto•erotwno"; mas cl nio e-on.se uem dtst1ngu.1r rt oro IÕ
1 do "r J" e "primeira" alucina o por e11oclé!ncia é par Preud, a
i,e mitiga nusêo ia do io 1.11 lct o. colocondo su lmagem co mo
.. real" , e. obre este modelo -por nco: do produto da im gina o vlndo, • •· p•~ gene • o( mm ç cpR11 e sta1e,", i C.i11rril,u1Ja,u f(I
C()n uiblllliol!I to l
oba A:. o da pul 1 (ou m m d ncce$Sidade, como diz reud no 1950, p.. 2tl
f •y tlt<>-analJ°'fs, . ,
10.J II UIJJL 1u, e J.B i>ontOII$. "F11111a1au o r gbmr~. íi>n taJ ~ ripn,c1,, 0 n•t~
du Íilnl m e"' út Trmp,:, lod~ , n• 2 1~, 41>dl 196i. P• l 34
dois J>f1M ' 1)11)c1 do fullci.oR• cn:l O SJS 11ico", ô .W, VIII, P °"
11. lllll l' cs. ·'Nernrc cl r, ctiot du phttilLllmt ", IA f 57rtQilsl, ,-, S. 11} 9. P· llS
?ld
"FOt mul11ç6"' ,ut,..,
itcr1vn o d wjle 11umen10" a n ir d~
1b. p. l) .
reg lDgio t• chua.m ,ue fo r u f,.
12 , N nilfO c:i~do IJ acil'lll .
.l27
326
mente o q epodem OJI de mlnaro co unto d fantasl "OOtUitit [d " o, ccne rimllivn - q ue press pôl?ffl uma tticuJ ilo e ma niza•
e a ra11taaia-fAntumaf o "con tituinte". nl is o leria sido nce.c:ss.ã- çiio d envolvidas do "conteúdo", dos "pc:r&-0na cms" de us "atos" -
rio r dicaliz.ar • separaçllo C11t a5 formulações (muito mai numerosas) embora aqui inda marca arca( permaneça vislv ~a permu · bilid •
de Freud que referem i\ atMdade hlntasfo sccundilria (inconsciente de ~ue lradl1% a inten o, a mirada, da iquê:
ou me:smo coo lente: como erva_ com o L pl nchc e Pon talis 0 O papd d ta m rca ar lea é fu ndamental: 6 ubl por111uta bfüdade
devaneio diurno tem um_eanntcsco roíundo o mo t nta ma prop ·a~ que c:gura, o masmo tempo, o t•asslm d or oizai o da fi 01asía e,
mente dit ). e as que.se cJcr ao pn:.ssup ros úhlmos d atividade da bret do sua ·igniflcdnda pata wjeito. A f ntasla. pode ornu da "~-
p jquê e ueu m<XI ori o,rio ser. ~ duo, por e:i1:cmplo, que qu ndo peri6nc.ia'' do o que u.isermos, e oeto, mn vesi ais. quilo qu.e a e •
Freud fa va 11 do •:fenta m prod uzindo-se por m com in ão lo- pc: ncia oão pode e,mpre$tar•lhc porq e nlo o p ui: ia orpnl:zaç!o
consQieote de cclsas vivido.! e de col ouvidas" ·etc Unha em vist m ro,. eh a de oifidneia ou de: sentido primdrio par o su ito, tido que
m Oc, tard as. Embot mttl paRnt • $0 o é mcno ce to quando não ac enc:ontr11 n unature:za" dos e mentO;S r aniiados, mas no modo
ie uata do que ele doJ'lom na " f atssi orlgin.é J •• ( r.Jr-pltnntaslen J. •• de organizaçlo 011 medida cm que e. te, pela permutabilid de, fi ura e
Qu-ai uct e ~jatn B$ marcas do -arcaísmo li$Í veis nestes r o as - ou torn11 presente, na e pela "d sun ••• um mdJ tinçA ou uma "r
na (ant ia " batem ou.ma cri.a11Ça 1 ' - o cará ter uod rio e CIC5oentado uninca.çâo" essencial. Liplanche e Pontall't fal m. a respeito disto,
dos c ários, que tom seu cle.tn eatos representativos de uma c:xpc.. ''liame e.strutu 1 . Em que progrcd moa n comptcc:a o de uma li -
ri~nela ba t nte tard a e dlfi cncisd , ! evidente. Como qu alificar est çâo, remetendo-a a um p rjncf io Jigadot7 E .s rc:tudo: por uc: este
montll cm estrutu ra r ccptiva pa tudo o ue vaj obrcvlr ao p i<j ~ pro pio li ador maaifestarta e a,giri. difueotemc te no pro«S&<O
mo do sujeito, qu ando el p ~ uma Kr!e imeo.s de a ntedmcntos primAr do que cm utros'?
~Iqul alaborad s'? Como ver ai 11. ron le d signl.ficincia quando 3 in- e, como obse m cor~me.ntc Lapl nclle e Pontalla, .. lo o e de
d uí J as condições de .P bilid de ma artleula o dese vol ida e p çUJ"ar fu ndamentar fantasia nas puls s, n,ud, ao contrário, feria
dc:ment "~· .. cqrno 6i oificarncs'? A marca do arcaísmo na fnotas a depender o jogo pulslo aJ das e ura fant4 ttcas antcce~ntcs", 1 dc-
•· tem oum erianç· " é lc o <kd o, q e aplanctic e Ponta.li vemoJ admltlr q e o íantas ar originário, o que dc110 loo o lmagfo Çio
tê.1'1'1 0 111.tr to de have salie lado, ma5 !le explor6-Jo e tcmatJ •lo ufi- radical. p.túmte a e p Ide toch orga n çilo, mc:m10 mals primi iva,
clentc(ll!tllte: lmpossJbllida.de do fixer o jeito a um do ponto ds, fan - da pul o, que e ~ a e ndiçilo de noe o c:ks i\ existancia p !quíca, ue
t E Isso. nio por ue. gundo o.s moméoto e u cfrcunstlnci , o é do um fundo de rcpr eseotaçlo originária (Ur-Vonle/lw,.g} que a pula.ão
"lupr" óO sujeito pode ser ide lificado «>m tal ou qu 1 termo (incJ ivc toma. "no úúcio", sua "delcgaç o por rq,reacn ção", u.a Vors1dlungs•
o,-5u tivo) o «n rio, ou, c:ontrar• "aa própria intaxe da se- rt!pflhtn.tan . Mas se auim é, n bast dizer que podemoJ" eootr r a
qUAnci cm quest o" "; mas porque• mirad . inc:on cient ê 11 altuaçn'. etnerg c:ia d íant ia,.. (li do-a) à Rparl io do auto-erotismo ' u ,
glob I montada pela r: ntas.l sob a modaffdadefwtdam ti.tal da ind tln(JJo P q e o que, em era1, entende os por . uto-crotlS1J10, q uilo q oe
do Sll~ro e do não-sujdto. cm• signifi r o me mo, dl er qu todD.fi 11- reud se refere nos Trts Eru-aio 19 , t Js uma vez uroa form ação seClm-
taJ l a ~ uma urultlpliddath d elmient repr ,mtativos "distintos" dárJ , prcu pond cap11cidad0 da aia~ de "ver em ua totll.lidade
1 por dt/111 çdo secundária: a p cscnça de tais clementoJ aob fc nn.a d pesso qual pcrlcncc o ó rgão ue lho ttllZ um1l anti!façio", e 11 "perda
"disti ão" Aa m n:a irr udv e ma elaboração - mas cnz arca do objeto",~ liga cm um . atividade corporal manlfcsu. o entanto, há
do c tA1IO originário da ps( uê ne medid c:m que esta vi a a e iacidlr uma outr coi,a, uma disuln ·a Intima.: infm it desta, que Freud mais
aqui com a otn a l · 1, porque u cst, do origin rio a "primeira" reprç- jl.diantc, no contex o da teori do naroisillmo, coloco em evid!od e
c.tttac'"' o, l "cenu total 11 • ão pockrnos, ÍK"ualmentc, ver íantasi~ <i«d • nuDCll mais bandonou. ~ o que podemo.s denomlnar auto•erollsmo ori-
deiratll tC! originér I n U1'phamQJltn d; Freud ' - casttaçâ , seda- gin4rio ou oarci mo prim,rio o rato de ue o "primeiro obj eto da Jibl•
do éo ld-Ego ind.W renciado", que o 'o "q oo lnlci certamente nl ~
dlstinauido do própt o corpo, q an deve kr scp ndo do oor~ e d •
13- '"ao Oru locado para o exterio r, tom •.. enqu nto objçlo um parte do investimen-
lt. "Da10 onan !)o-se u to libldinal narcbico orig,iaArio" ». o t , po , que ~ i prcc· o supor
t:uiu ti i e
rcl11;,lo e, • dual."
psw.in Il i S JI· l4l 17. l~j4o rre 0010 o Dro/1 N; c:f. l,u aW G. W, , , p. :29'4, ou
qei um •Í◄ r u1unl• e. .• xn. t5
rranjo &lobal da "IUI, o ndc • or 18. Lsp.la e lali • / .e., li, 1 ~-
19- C. W ,. v. p. 1 •
"ceM prim,hl ", 20. a.w.. XVII, p. li~. A vra anr11:da ~&llim DO

323
uma forma rc/1wva ver-$e si esma) da pulsão que scri , cgu d(} dári.H oon,o se explica que o modo pred miosnte de re. posta do sujeito
Freud, primordi111". n l:: que a form_a "reflexiva" - tcnn. ínadequado (O\I da aoci-cdade) e sitit~ no im 1iin,rio, e corno pode u.ma f rll'ltlçrl
como VOl'Cll'IOI - da I bido ,, se seauímos Freud, Ull íorm primordlal. ,maginAria .. responder" a um carbld0. real ou a uma necessidade "cs•
Este lnvastl:mento rtarcú co riglnério.6 ambtm ncocuafi mente rttpr _ trutunJ" - a a bcr, lóJica'/ m seguida, como é que a itu çào "d nc~-
stntaf4o (do co11t"1io do serio psfqu· ) e só pode ser uma "rcprua.tn. dead t1'". qu#lqucr ct.U~ seja eu modo de definiçilo, cb 1111 1tg11tjicar 111•
çlo'' (para nós lnimsginiivcl e irrcpr entéveJ) de: si. Se como observam guina co 11 para o su clto ( u a sockdàdc) de man r~ 1! provocar . ln-
c:orretamente Laplancbc e Pontalis, erla pn:à. o "procura r este grau pri- tluzir uma" po11ta""I Finalm.entc, d.e o de toma o IIIJ lo (ou e &ocledn-
motdial lá onde o suje· o Jll não se situa nos d.ifcrcrn~ tem\Os da fant a- de) os elementos desta reipo ? Estas coocepçõ.os aio as óokas a attcm
ia" ~ pda ·mples razà de que o sujeito ps( ulco originirl , ra .. ran. roprcuntadas n titc tura psle na.lltics co11tcmpori\nen - lm co o
l si~'' primordial: ao mesmo tempo tt1prC1Crt_t~çào e fnv~~cn to de um ~eus bomólogoa · o quaa< q_ue cxclu lvamento ~pmcntndo9 n lhc:talu-
si que é Tudo. ! bso o que t com q e o SUJetlo não SeJa tsto o u aquilo ro 5-ociológics . S uas dirc:tt0l versões t!m ttm postulado comum.: t a a
ria fantasiá-e tambbn aio o (f1Í n f-antulas inco dentes que advirão daborac;ilo ps!t(tS , quaisquer que stjam os clcmcnco· que ela "t ma"
depois, oa medida cm que tas obedttcm integralmente .s regras do direita ou esqucrd e as lcit que a rc em, encontra seu ponto de pa da.
-proces o p miirlo. na necessidade do ,ujcito de prccncbe:r, cobri , suturar um vazio, um
Esta mé:smll dmculdade de dhtlnguir, cntR u dl rsas form.aç&~ falta, um distaochuncoto qtJ Ih~ 6 consubstancial Po co importa • ma-
que $C apresc11tam mlsturad o n(vel doa fenõmcnoe, o difcsrcntcs e,. nei_ pela qual este dista.ocl-ameoto é definido: recwa lntransponJvd do
iratos de sua constltuíçi0 e aquilo que cada um de ses cslnlLo remete lnçomcionie a r,enun.ciar ao d cjo cdipiano (o que v' !velmente se refere
çamo rno do de r e modo do organlz11çil.o, 6 enconttl\da quando co Ml~ à fonn açõell r-efati\1'4mcntc rdies e coloca o d ' tru1ciamcnto (l(JWO con-
ram<n as i nlfic:açõc& lmagidrlas social&. Assim. Freud fala.ré de "f o- dicionado por um "-elllcrlor", um div' o cc:,ordensd clivagtm do
tru.iu cornpensidora..s do desejo", o pr,op6 lto de ro,maçõc:s cul&ura.ia. consc ente e do loconieícntc); difcrcnç eture ti fação busca.da e sati&-
tau como a rcl(gi!o n •rt.c, etc n Mais aorelmeúte a concepção psicaruiU- façl.o bt-ida; procura de um primeiro o~jcto perdido, por definição inca-
tieil dos fcn6mc nos toclais tendl!ré a aulmilá-lo, 11 compe.nsatões., en• paz de chegar a m hito; dsão lmpl cada n pr6p i estrutura do ujci-
cobrimcntoa. def'a•s, etc; Isso é correto cm tennin do nlvel, ou trata n. to . Em todos os uos. íl'função lmputad o una inA o é de preencher,
de>-so de um dctcnnlned rdcm destas rormaç&s. Mu estas com c- ícc ar, cobrir o que é ncocss:ariamcntc abcnu , clivage11:1 iruuticiêncla
u.çoo. enecbriroento ou defesas sô t!m ecntldo e poaslb lidadc de e . do "-Oeito .
a pàrdr da imdtui o de aodedade, como con dição JA ,igniü ntt de mo, então, vem falta d e;idst1t como falta paro um 1ujtlto? O s •
toda slgniflcaçlo elaborada, qu~ cllo poderia tomar c;m sou modo de jeito, dizemos, é isso meimo, de~eJo; e o l!:!lajo ó mancémpcl falta de
ser, nem seu ç0nteu~o de .nenh~mn fo nte exterior u d _e -pr?pri~, q e- t seu o~ct.o.
• la" à cxi~nc1a des1gnlrlc:açl1:1 CQloc:ad pelo soi:1al~h1st6raco. res,. 1 esta tautologJa aparentemente lnoccnt-o, que só deaej óa.m011 n
p oau1 que de e tambhtt propiciar a p ossibilldadc e a efetivid de do s.en i- medida cm que nio tomo.s, l • to.rn -_se oo caso pre,entc ln tl'u.mento de
do para os ndivlduoa sociais que cJ Institui e que da fabrica. um p e logism • O desejo s6 se maritim pcl~ falta de uni objeto d, sejado.
o e gucclJn ccto deí!OI diferonça 6 o reapoo vcl pela confus-Jo das Como falar de um objeto que falta, ac n iquê ntlo ,estubeJcceu primcit
oncepç&s que - mim c:omo as. intcrpreta~õc:I populares desde sempre u tl\l objeto como dcscj4vtl; com pode um objctO l!T d t\vcl, se nlo'foj
_ querem fll%-Cf dU- for maçõca magiru\ri s wn "respos:~ " a um ltua- inve4lido; e como podé ter 11ido investido se ouo.c:a, cdo nenhuma manei-'
ção (do sujeita ou da aoc· dade) jé bei:n defi nida fora de todo componen- r , esteve ''prc ente' 1? O desejo 6 oertament.c dc:acjo d.e wn objeto que fal•
te JJnagj nâtlo1 a partir de dado "rca 1" (ou .. e rut1.1rais''). Quando não te (ou pode íaltat), mu o bjc o q falta 6 oonstitlf(do rom.o taJ em fun-
visam lntcrp~ tar o conttrldo de fo m-açõe ,~runddrlas e d ti -adas, estas ção do desejo. A i li.a como tal, ·•reaJ'' c,u n o, n o connlml nado. e todo
concepções sô paliem ex· :tir mediante o encobrlmcmto das qucstõ es- sujeito morgulh flUm oftnidade lncont vcJ de "íaltas •. cria preciso,
aciais. Em pnmolro tu ar. mcarno quando se tn1tu do íorm ções sccun- então, e tabele~, pelo men os cst rticulaçilo: o suje-lto emerge colocan-
do- e como destjando tal objeto, o que signUiea, colocondo n mesmo
ni.ilis, J p. 1 61, t em o tal objeto como dCJej4ve.1 para e . O ujeito se constituiria c:o-mo
, " Oas ú:tr~r,u• an du PJ QaMf)·u. MO. IY,, Vlll, p. 41~ " - •" su to dcacj ntc, oons1ituittdo ao meãmo tempo o objeto como objeto
O o~ <>b l" " - ~a e-o.tu.-
a 1111~•••. Ac Sido
Wtir&UII ( bjo ou do "'111.c lo, l
:e> ' l Je Fttud, ?A, l'IIIM, no BltR'{u r~ (100 ç~) colocu. , is cC>fflUm.dlU, q1,1e 11odic dc:nillf
23. "H . . ■ •• dit pto bio grqo. nquilo q11e n!o 110d ,-1u, no cn1Jdo de que tiOJ1ono1 de rontirt r • t Mo,
30 331
dcsej vel. M s podern0$ parar ,qui o (()nsid r r este m.omcnco omo deria haver psiq ê, f-atll ias ou .subli ação. O oxigénlo não tr nada àJ
"nrime-J o'' , ioau Ido sujelu,? Só ren u d11mo a faur. perawna fanl3sias: "pe,mutc uc citist m" , A boca · e o, ou o íhn1s, deve $et' leva.
e5SCD. · 1: so que n ições urn objeto ode ,er e s fütJdo pela J)5ique d con der ;ÇâQ" pela psiquê, e mais inda: 1 uz e suporta. l"d\lz e
com objct d desejo (afore ~ eondi ; o tr1 (ai de qut ele deve .. fa ltar">? suporta o que e como. Aqui também p.odemos .., a in,potencla ra~ical
Em outtas pal vn1s, so q,ue condições uma fo lta, wua perd , uma dl fe. do s rne-rno tra<;ticlOnal, d lógiç •ontologi a lterdada. qu:\ ndo saimos
c-n podem s r para "li p I e - e ser isso mesmo, alt • pcrd , difere ça'! d s dom ínios ern função os quais cJ se eL boro , boc e geio, e mo ã-
M i aiRda· sob q e cond1çõe esta f Itn. pctda ou [re,-em;a odctn . e:r nll$ e feios, omo p!11fs ou va@i"n não sã :em ç usas, em me • nem
de cada vez. IJ~traJ, ser .. oonstitulda • dJfcran ernen e ~r tal ou qual ce 1tmc-.nte "significantes" em rei ç:"o unívoca com um s.i nific do sem-
jeito'! pre e em todo luaar igual, rrtm m~smo o mesmo pra 01n~r1osuje:lto. 1:.
f: i ll W querer ligar est as ondiçõ n caractcri&t.ic do "obJ~o·• pr ' o a prender a pe11sar difcrcn emente; é J) recjs-0 compreende que
e o uil e a CJ1 ,;;terísticas, 0orrcl tiv e coordenadas a estas, do sujeito idéi de an lisc é t irrcdutJvcl e ri inària L.Jan to ·dêia d1! simbollt:a-
enquanto sc-1 v vo. O "objeto que falta" - q e e, d mancJ típica e gerô'll, ção ou de- c;a u . Os dados so é.ticos privilc · dos crâo se-m rc retoma-
o selo - é o mesmo sempre e em todo lu • & rnntbém o mesmo p.. ra to. d pela p~q vé, a el. bora o pslqul · dev«á ••1 - tos cm con idera-
<!0$os m mifo s, por exemp lo; maA,. e ,;;ertas ''máquinas d jante$" ão ão", ele$ deixar ua m rca neis - mas. q e ma e:. de quem nei ra.
novifhu, todas 11ov1lli nilo são '"máquinas deuj ntcs". A c:orrda- isso não po e refletir-se 110 refenm ·:11 i ntilário da determinidadc. Por-
ção, coórden ão, pr de<fi ão do "objeto" e do uje1to enquanto~ .. qué qui cnt cm jo ó a cJ'i tlvid de d.i psique: çomo ima ina ·o radi•
vi\'o lig.t-sctcrtamcnt.e q do que o sujeito, e11quanto ser vivo, nil po~ e ~ a ergéncia da rcpreM:nl ção (o fa ntasiar), e a hcmçilo da rcpr
ria ignorar ou negligen º.t , conf~ a certos o bjctca uma im rtãncl pri- sen1açio q tom m irnsôr[ s a ld6fa do que o seio o o A.nu s ~o '-'ca u.
vi leJiada, lradui través di.. inserção do s ~ei to num.a organizaç o j4 sa" de m faota o, bem como idéia de q11c pode tamo atribuir, cm
~lcntccca be "daarncsdclcclndcpco temente de ; sest.: or- deímitlvo, a pul~o oral oo a pu o anal a u.nia dcté rrnin o-
g.a11 lu ,~o é a or anizsção do prime· o estra o ato ral, t udo isso conccr- cSctcrmlrtldade univcnal e totaí •
"° o sujeito cnqu:1nto sim pie, sc:r-vlvo, is o 6, o hom m-.arum.al . • ta in- • im, também, "f: Jta" do o bjeto - que. e dat tem ent 4! pen-as
·crção do ujeF como se ·vo e e certo. objetos num cnc· c:amento utro spc«o do existir do próprio obje to - é lU&-tcnta •o da e;I çào
q o .1.tlu2 i real d· de c;orponú-biológlca do ujdto, que é es pró rfo p fquica. Para que bnja r li pa psiquê , é prcc· o que a psiquê seja
m 1Jidadc, oomo al, não diz. inda n dá sobre o mundo paiquico . vide aqu1Jo que fa: ser alguma cois.a - represe111açào - uc a psiqui ssa
t . ente o que li p iquê az existír n:io ~ dí do por cst realidade cor f~r ser lpma col$;i como ·raJtando": o q1.1e implica. ao m mo tl!!fllpo,
ral~oiol6gica, rque de sa man l scr-i $empro e cm todo lug r lgu l; que da pos cs be cc:r como .u~o qui l ue nll é, porta to tor11 r
la.m · nà é fc t de um "ll rdade absoMa" rclativ· mente esta prc:seate-fi urar. e ti uré-lo em ou e:m rei a um outra n u on ê
e.aUdade, que nii.o pod er nem ignorada, nem ma.njpulada de manei tom do: fiS,ut l ou r menta~ "'do si" (liberdade de lingu em) como
totalmente · rbitrã.r"a (mesmo estm .afirm ção. ai s, está sujeita a restri• aquilo a que "nada falta". Quando Freud fa la do seio "3lu~ 11ado' ' pelo
(ÔC\: u bebê anoréltioo se foz morrer. '111 psiqu emais ro e do que 11ua bebê, a t.amos relativamente puto do im ginário psi uioo, da imagina•
re, laç biológica). ção rad ,;ai - e n·o quando se fal do "e.'lf)ecul.ar", ue~ apenas tn derl•
é em t,1la. . o rigiflai e irred utlvel da psiqué oom II rcalld de CQtporal v do da on totogia vul ar do "reflexo• . podemos dizer que o partir"'
biológfça do üdto q concerne à idêia íreudia de lentaçA (An- um momr,i10 o "()bjeto" a.dqu:ire su.a s gnifl ~o (d obj to) em fu n ão de
Mmung), que contém m urto mar do q simp cotocaç!o destes dois sua desa nção ou de sua perda. ou seja. porque de I d. '$CGOerto c-0mt,
l mit~ c,c1rcmo e abstrato$~ que e.labor o itsfqui nê é n em dlt • 'll(estloaô,'f!f ( trrif e so ~ f1. l'Oln l(ftuJ i rmi.,st ....i,d, porqu o seio
d pefa org.ir1iz ão bfoJó ·ca. nem tem liberdade 11bsol ta MI rclaç-;!o a tão fti:qllcrue ente f- l · à cri11nça", dí Freud) devem s a ind intc1
Cita. O que a idéi de anáclise diz & e primeit o lug ,., não podería haver ar•n quanto ao que c:sta descoberta prcssu?<)e e implica. Porque ene
p1d sito o,aJ sem ôoca-scío, nem pu · an at em §1' - e a 1·Ml$1ê:ocia da fato: qu é qucsüonà~d , que c:xlst ll ooi$48 que s o qucstfooàveii. e/~
~ ío u do ãnu.s ainda não iz n.ada re a pul!4o or I cm ge:ra.l, próprio questioná~/. ó ellistc q11í - e numa for ação noont~ tavd.
s.obrc a pulsão a11al cm er 1, &-obre o que oc: rrcrá e m clu em tnl cult • mente "stéundãrla''.já plen~ de d istmçôe$ e de articulações - .. desrobe
r,. e menos ai da em tal i.11dividuo. M111 wbretJJdo, cm se undo lugar: .a r "do fo como ausente, cm flJ nt;ãÓ~e par ir d e ig~ncia de q e ada
ex· ~ocia da bóc1..s ·o ou do ânus, E1ão é símpJ~ "oondiç!o exterior'', de11c estar ausente, nada devei lt r: somente a lm lguma col
sem q uai n,,o podaria li· ver pu - oral, p u 15:ã.o t e m gencric: . er esta eJccida como "faluu:ido", mo n o estando on<le devtría cst r.
mente, ful'.leionamcnto p íq_ulco ta l como coohccemos - d mesma ma• ísso liga-se neccssari:\1 ente a um modo de: ser originát o da p iqu&
ncira q e se-m oxl ênio atm (~rico o sem circulação à guinea n.io po- mo represenlAr•represc:ntação a que adA "falta", ; uma visadõl•
2
intcnçllo-1end,;nd.JJ .r "''""' rM/i;;t.i o de (3iC) figura e - tonwr presente cm t •• imag s de i ". E $0mente quanoo um pro~ de pe s..sme1nLo é:
por · ta reprci;cnt ~ "o; a que deve s s m ddvidn &soei ar tJCll .. afeto•·• objcrto de superl11vestimento, e por j:4. o ''objelo de ~.;ão" (no seoti-
originário, ndo ~ pró rias d i:nções (du rcprcscnt ç!lo, da into:n- do mais nmplo do termo) que •'nós ~samos que $am s ver d ".
~o. do afeto) some.-ite ancit s de doscrcvcr cm nos. lingu.i cm, sec 0 • e Fri:ud i la, multo freq0cmtcmentc, mesmo lf tand se de ncoos-
d:ária e de vi_gflia. a o que precede sua p ibiüd· de. No nfvcl originá 0 , ientc, d •·prOCCliso de poo_s emo" ..- não de "pt cesso de representa,
n o wmeritc nil pode haver dis in o da r11pre:seacaçAo. du in tenção e do ç• o' ou de"~ resentar' mplesmcote. é q e ele tem em "isto tamb6m e
afct ; nào fode haver ·•objt!tO falt · ndo" e desejo, pontue o dc.sejo e tâ 50 r udo a coJocoti!o ~m ,~loção o u /Jgaro() (se uen:mo lembrar-nos de
sempre ud ·to-"rt lizado" ntus que tcnb podido ~ticul se (;Offl K.a ot) de rcprtscntaçõe e c:st, pdocl lme:ntc interessado n 1a loca-
"desejo". O ''d~jo" co,n que nos cochem a medidas há a lgun nos ção em rol~ o ou liga ·o c.nq anló ubmtüda cert, "lei ". ou ·•rc-
concerne o cidadão que pa seia pela ru . o nfvel do incon icn e orlgi~ ras'' o "prlnc(pios". Estas l 'sou rcgt s.. que iam emc ,éoel e eol
nário, diicr que ma ia teoçao, uma visa<l , um" ttjo' cs presente, t e çlo e rela o de repr entações. prendem~ e: a dois postulado Na
dizer Jpsofçcto que e:s, presente um repr~t1taçio que é esta intençàõ paiqu • • nada é g1 tuito; co toe ç· o ecn rclaçjo é efcl uad a com realít~ •
cotno rcallz.ida. a única rcalid e q 10 cid te e que conta, do poo o d çAo deu a inter o iocon$Ciente. Na p.ique. o da 6 indiferente (o iodt•
visto psíquico; aquela ondo só exi~tem cs<i podem eitistir .. ima.gcn$" e "fi- rtrentc ai não seria evocado); a coloca o cm rclayão é ac css riamente
gur&'', Ta 1-0 a ":m.t' sc!lo alucinatóri .. como a rgâoi:m o d íi nt • acompanha a e uma rga d.- afelo, Ainda uma vei, esta cp3. ção e
sil mostram marca indclévels dis o numa ctap-11 isccuodári~ . esta aprescnt~n sucessivas de "clivcr o, momentos" do apenas uma
necessidade: op t.a pe a ling a cm. O "protts d.é pensamento" in~
realidade p (qulc1 oons en cs só oxlstem n ndistlnç!o d t.cs ..momentos ' . ~ o que ~xpri•
me Fre11d ao ri ·ar do ' 'reino ilimitado do principio do p razer" nos pro-
é preciso c,;tmino.t em profui,d.idadc s fornn1laoões de Freud: "n· o cessos prim dos. psi ué ineonscietHe é p0rtanto isso; roe s..o rcpre·
eicisce no intOMC[ te nenb rn ladice de realidade'". t nele ••impossfvel scmtativo ond a c:mergincia a coloc-açào cm rela.çio de rei, nt ões é
di11ünguir a vcrd· d de um ficç· lnv ida de feto" ... O que d11 di-- "reg,uladn"/gufad pdo, principio do pnw:c. A qu tão da r lidade
iem não ê que 1:X'stem ao ín onscientc um~ verdade e uma ficç/10 cuj psfquka em er orl3)nãrioé pois q :estão d ori em d-ar rcse o,
etl uc:t · s tivés mos n: ini do; m~m que 6 difkil CQnseguJr um a toch que da origem d a relação, da oriiem do prin çlpto d pra.z.c:r CQmO inter. o
pc.tnit.a discerni-las o ob ucidadc que ai impe O elemcn o de exi visando wn afeto. .
tê:nciu do lncon!.Cle te não tem r~laçuo m vcrdadt. e a nâo-verdadc, Para c:1 ddar ~ta que5L o. apo emo-n em considc:;açõcs relativas
radlcalmc;ntc bcteNgMOO c,om esta ctermlnaçõ , ele pc:rten a um a chip s m ito rdias d2 tvolu - o da p:iiq ,,/ç e: pocialmcnte s forru;1-
uttn real o do s~ . Como inconscr t . a imagin ção radlca l se faz. e:ds- ~~ secundárias e eonS<:ienles de um indivld1,1.o adulto e •·norm I". Pode.
tlt, ía.z cxjstlr o que o!o eicistc cm lugar algum i ra deJ, o q e n - o e istc. mo , e fo Dentemente o faz.ernog, aqu disün_guit, quanto .à origem d s
e que • p ra nô eond~ p ra que o que litT que sej p0$ existir. repre entaçõe , urna ºorigem r •• (prcsonç· atual ou cooserv d de um
,~e oão-ser, de ~corifo corn s cãnoncs diom0$, que reud d nomine "pe bido" externo u inter o), u "ori.gem ide I ou Rdon J'' (misto
•·reaJ dadc p,slquica''. de e m plcxo de n:preseotaç&s de pala tas e de õcp6,sit~ de: elabota·
E5 rc:alidlldo p fquict\ t fcit cssen · lmcnk de rsep rescotac;;õc:$. ç racionais anle ores), Rnalmc:nte uma "origem Imaginária .. no senti•
ada pode existir pa. a psq~ q e n :!êja a.ob rorma de rcpr-escntaçi[o d corrente e cc;ur1diirio do i~rmo (emcrgmcla de teprc:se:ntaeõ nào d'
- ~ o que já ndka o tenn da "deJeS,Bção da pu ~o or representaç '' !adas pelo ureal" ou pcl •· ci.onal", fn:q(lcntéfflcnte mas oâo sc:,mpre
(Vorstellu~rq,tll.unttLIU de Triebes). e im.imm out fünnúl an gicas ou r-eprodullvu de eiemc tos ' ou ideais) . - Pod os p •
de rcud. "O procc:s.so de pcar.an enao ... li rmou- a put t d rcpre en- ralcl mente d' tloguir, quanto à "rcgr!às" o . "lei," da colocação em re-
ro •. ''-Só parcial e tardia ente 0$ ... roce s do pen.sami.:nco' 5iào li 3· i o de n:prescntaçôcs: no primeiro c;n:so. o predomfnio d test de real
d0$ a, veiculados por, mediatizado~ cm "rcprt$Ontações de palavras". d de; no segundo cas , o predomfofo de um u1stc de racionalid de (vi$ •
q e (oT1'Jlam u a parte d $ rn:m:a mnêmi do pr ooosdt I e, p r da ~coníormidadc com ...• transfotmação ou conlro e d acordo com -
rwcl,jamtilr pertencem ao inconscic,ue propriomente di ond ~ô hâ gras ôe lmptic.aç:ão, de infc:r~ncia de coerência, ele); no terceiro c~<l, o
predominí (parei 1 nos r sso cuod4rlo:s e deriv da! em q estilo)
cio prlndpiv Jo pril~c-r (que 11.qul ~ rnaniI=tA . ob forma~ cr>mfM,m,.çdo
do desejo).
cr. carta n Fllc,,s de l i d:c sc;J 1897 e a wP,mri 13 1obff os dol p ndpio, <to fu1t-
Pouco Impor que, me mo nesta etapa, es a~ di.stinçõ t~ham
(lona oto 1111 ", G, IV. , UI. p, 230 r..
26. '"Forrnclnçõc, .. ". t.r,. p. lJ , uma vt,1lidade apenas parei l e rel tiv O que no Jmport é que elas n
3 4 335
t6m n nltum enJido rcJa1ivamcmtc ao lnc:onsc ente, e ue quando este ê t.eiraincnte. · o há fonna e $Cparar qul rcpr enlaç o e "percepção"
con iderado s "nomcnto.s" airn distin i.tidos siio r-e b$Clrvidos n u "·u : S" ç.ão". O seto materno ou seu sub$1hut-0 faz p e, sem r p rtc
"realidade ~lqul<:a" c,5 medo de ser - . bcr, Jt ün~giaação radical. dis nt , daquUo que erá depois o "corpo próprio" , e q-ue n_à of evidente-
N o existe no iocoasc1ente lndlcc de rcabd de n-em indke de verdade - mente alnd:i um ''corpo' . A libido que <:ircula oat~ o lnfans e o cio 6 ll·
t.sSO S'ignific ~ alo eldstc nem e cxJ llr ocrn ''tcste de realidade''. bido de aut-0-i,wcstiawnto. A este resp to prefe Jvcl não e t de "n.ar- raJ
nem " tc:stoM ra~ onaljdll "; alo há reprcsonULçio de pai vras como pa- c:isis o ', me mo "prlm rio", )á que narci I o l iga-a.e a uma libl<ló fi.
lavras, pa veictJJ rn racionalida q ua I er. e não hA rtem de ha~ xada so re si com e clu.são de k>d o resto, quand se tr11t aqui de inelu,
ver sJmboli mo e 'mb6Uco. O que pode havcr mo .. perccpçll ·", na au- são cotalitárl , ~vetlámo utiliza a ui o lermo de B uter. eiçpr a,
~da do Jndii;e e de C$le de reili dade. só p do sct sempre "pcrcepçiio'•, mente aprovado po reud nesse mesmo contexto o a propósito domes-
seja. reproaélftação de ..1 - niio <>mo repre4Cn àÇio ~ um "Interior" mo problema, de au1 '.fmCJ., n &te a r mo t "indi iso•'•: nllo autl~o ®
distinto de e opon •SO 't1.m "exterior''. mas r-eptcsc:nl çâo, an,tes desul representação, do a!e o, da intenção como se 3radoi, mas u.m só afeto
di.stin iló de 1udo (como) si me.tmt,, de si 11umno (co o) tudo, &ondo que é tmedist111nent~ tepresa-nt ç"o {d ai) Jntcnção e perman cio.
palavras ~nlre p#êDl~i utilizada.s P• ra i.od w r a ímpot!ncl· de n o ate poral este "C!:$lado". Nesta identidad rmcdlata ttaquUoq seto .
pen to de viglti_a para d zer e. te "e t do", nsrá .a Ecgul ·•momentos''. onde I taJidad.e é um unidade simples.
Es • "rcabsorçii.o" na realidade pslquica de el~e.nt que habituàl- onde a d fere ç;t ainda não surgiu ser, ê er neste cltculo e o acr é imc-
mente di inguJmos, e UI inctJstfação ori ioária destes "e muint0$11 çon- diatà te usentido": lntcnçao rCGJizad antas de tod formulação e lió-
duz, portanto. etn · ltima i11, ócia. _ uma representação de •: ludo (como) tes de oda separaç. o entro um ·•est.ad "eu a "vis dá'', co o é imedia-
si me.tmo" a ôruea reaJ p f psique. Est rcp ntaç-lo esta automéHca tame111e ..cxist!nc:ia" do JSujQito para o ujcito. ão somente ,ajeito e ob-
e ntcgral~entuob o reinado do principi do prazer. 1 eo an tcs d Q de- jeto, mos a " pula' que os lle são o mesmo: mio " é B", as "e
sejo. posto que um "objeto' ue não c.x:is ~ não poderia rahar, e o que sott=isso" e " U=:tU-sou'' e "isso-:JI u=isso" e tod;u as oulras combi.-
existe é -0 q e vt ex tí.r: "da fornece p ns 5emprc ao d jo seu objeti- " oo ssl~eis.
vo imposslvcl, o de me tado em que a presença do "<>ôjoto" e 13 5atí:sf; - Bs.t.i de!ll:'r • o ab.sur a 1\ ad mais e: ntém d q uc " bsu r os" d
s.io porconsl:I\l ~ó asseguradas.,,. medi !! cm uc ·~ujc:I o eu bj d rição fttudiana do incorurcicnte. quando es é tom ;ida v-e dadeir •
to'' do delltjO e eooon nun ~ ~ccs n C!lJl falta, ooin:cidem autornati- menc.c sê o e d ~Pi a d0$ rc...-csll e to.s J'I 'tivist sou e. t.ruturallsta
ca ente. Tod I er:iersia pliqui do ' ' to 5'Õ pode investir n ta ,e tapa sob os q ai ra idumc te a encobtinm - e ·s.im a to maram "aocit ~,· .
te "sim~ tudo" que é o ·dto, ela só pode er libido n· rcisic pri- Tentemos m trar oda a oeccssi<l de disto.
mária bsol ia. o malhor, lib ido "autlsticaº - i.s o ê.. excluindo o ele- Quando se~ e,evc: "M · a fantasia n:\o é o objeto do dc:scjo, ela ó
meruo reflet ,do i p lcado no narcwsmo, fosse ele .. p.-imário": não " .. çen • n fantasia, realrne-11te, o $\ljei o oão ví o objeto ou sc:.u si:g110. EJe
1om11r por ••objeto". ~rtiJ de sípara ai voltar, mas permanecer medi~ ta- , ura a si m~ t10 tom, do t1a !I uenci de ima ens. Ele não screprcsc111a
mentc perto de I ou c:m st. El e. fin, lmcnte, cm ~e car:hor scm-senudo. o oi> to descj do, mas 6 rcpr cotado p rticipll.l'ldo d.a ~n , sem que, n
. mau!?. e O prolótipo daquilo uese se1nprc o serifid_o p 111 o sujeito: o form· s ma próxi t I da fanta.,ia rlginãri , um lugar Ih~ J)OSS ser
cs r-Ju~to ln estrut!vel, vl$ando,se a sim mo e fundado sobre si mes- ·igna o., 11 , Ncs a QClSCF o, re.latiV'JI. cote o ta., t lflcil e as e t c-
mo, r nte ilimitada de pra~r II que ó da falta e que nada dc::ixa d'c sejar. t r' ti s do •!:$lado de onde procedo a fanta~a e que ala t ma rcprodmir?

· O núd~ monidico d.o $U}eito origi11irio 28, "Fon~ula({I e • ~ 132, no li>, la p,,eclao cil nr 111 , xrmJf G51ll a
m seu primeiro ... este.do" e sua i,rimcin .. organiza o" - nos •• lido1de") qoac o bçt> j i
o toM Jon:ifnlo 4ó "pr '
•podas de tudo o que en,en cmos por "e e do' e "orgenização·• - o sujei- UCMl)lo ':de \lm si u nbtr Ido àn'ÃclrAçilon do mvndQ Utcrio,.. cquc.sa í:i t
º se ê q e nistc g11jel <> ió pode ,cíodr-se a i mesmo, não cxi te uma alé su_a, n sdda li · · ( cxp
d i~tin o de , ' e do t to e nem pode ier cstabelcclda. a mccfüJ I em qu · r)". 6 í«'lOCido pek, pinto o 11~
pod~o, falar cs e contexto de um_•:mu.n " d10 "su eito". ~(e mun~o m .in • s cxci'laç,&es da real
nu C1 co dcsp,_ttr l:n1crõ:lHO
é identicamcmte · mesmo. P ok> -suJe1to e pr to m undo se envotvc:m tn • clllefflti, e li r", Contraria é llo q pvdc lc lido
clí:1a ,o u lsico trJi:nd,I " de si mn oa:i tt 1e
nn li - rw ~ ro •ado t10,:;i o {p. e~. (7.1 .•
27 Cf. f't d. G,W., U,UJ, p . S1t -H4. ~ MNio ~ dcs nrc se-m lmua' 1t&eio", di VII , p. 11 $),
M iSLô~ (0.- 431 b 19~ .La orhe e Po n1~ , / .r.• p . 1868,

336
o luto do uc n o p amos atrib uir um lug: r ao sujei lo p reco SU90eUvel sua unid de in oc;ad gor inacce i.lvol, pelo menos en, su r:4taclerCsli-
de uma dupl intt-~prctaç:lo. P derC1mt<>s dizer que o sujclto é " omudo" s de fcob ,uncoto, de domhiio, do m uitan Idade o d.i congrut\n 'a ab-
11 5 Oeneia e im.igcn • as b . as imagens o tom,mt o suje:lto s.r rep~. soluta entre tt intcmQ\'io, . repre~uação, o afeto. A aUcoaç· o do sújidto
senta origin riamente como to111ado, sub-metido, al ienado, num a cena do desejo do outr é um momont-0 und' ! ; o rn monto primário a
mie e e seria apona.s um ele énto dispos! !lo d "dircçiio" , Mas est · liz.ação (t, lquic ) da Hon ção do ()Utro o sujeito, pôr $ US Ltjtiçiio e
iot~rprel çâo,, não -ser que s.e t tas e de form çóe_s secundári a (e Jtlcs- sua apropriação total na fi ntasia. este p tim eir 1lloraunto n()ll Ie,· de
"'º ri ste ca o, o c.itcula~:io inevitá el do$ papei,-. CJtclUi esta maneira de " !ta a m momel'.'I LO zcr-o, onde o outro e õ objeto nãocsi o·· ~licnado. '
et) n· poderia cx,pJica, a ímpossíbilidadc d atrlb\Jlt ao jeílo um lu-- do s u· lto, mas. ,6 o, n a nedida em qu • siio, eomo o sujeito, cx.propria•
gar cm sua f t11sia; o :ep entaçu~ ~JicOllt ria _cxisiria p · amentc do~ do su cxist~ncia a tes de a haverem a dquirido.
esta rtxidet, este submetimento do su3e1to, Ora, nao trato ot~ cnte e
O d~scj ~ indcst.nulvel., escN!~cu F~ud do acordo com Sófocles ·o
qu O sorva do mais dA!tid1uncntc n!o p~.- 10s dite quem li ride e
q pê g,r11di o; n o b· ·ta di7A:t que é o dellejo do chico cado que guia a [>lalílo, e podemos pergimt .r porq~ó. A ünica re posta possível e que,
ão do chicoteador. O suj ' to> não estii ora aq ui, ora 16; el~é mal, do que sob wt forma cs$enoi:.il, ele~ irrealizá.vcl. Mas o 1.1c é irreal! :ivel no do-
total da e d s person· gcms o a organl ção 1 cena, ri" I d ,:,ena, M s o üo'l rquc é irrea]jz.áve ? Parece que multo fro neotétt1cntlí. por trás
••suj olco" n o é "ocoa' na tidlldc diurna, nem m 10 n s. íorma9ile. d s afüm çõcs, que é vi ado é ,n is uma vez o cidadão que passe
inc-0osclcnttis ·~uJtdárias. O ujoi to Ia. ccnit da fantos a (ao me mo tem. pela rua - que está eh.cio de. doscj0$ Irrealizáveis., e. té dó ric~ Idad in-
s '-h,fcitas. ws e aqucl respeitáveis, hnportan tes.. decisiv.i~. Mas n é
p.o e:lemcn\0$, organizaçâ , "direção'' e cena no sentido estr ito) porqw o
suj~itó/ol e ·•est.lldo" monâdico indifcrendado. ão 6 ,amonto n· m • i o que tâ cm ·o o na pe sp;cctl a anallllca. Na realidade k/•lic<> wdos
'1ld cm que visa a r~p dução d · e " estado", é tambê;m e sobretudo o.s dt:.tejo-s são ,il!o realizt!i-eis, rQ.S .sempre. tealfzudos, · omo dizer q e o
porque a t nt. ia, "ª permutabilidade ( idcn lilkação essencial, p rtki• desejo ed.lpjano e-na irre li2ávol, qLJ.11.ndo ele é oonstantemcnte r~a.11.Lado
por todos oi. soob ctlJp" anort
pado rcdproca auin!va) de s.em ''cJi: cotos·• s6 podo ro mar-lhe u
m do de er e., do or,ganlt.açiio, p(l1"quc el car~ a as mate indel!ve· O únko desejo irre Ji?,âvol (o poT is mcsmó lod~trutivol) para a
dease ·•cst do" . A tantas' a remete inevic ve~mél te, como a sua orlgero , a psiquê 6 o que vta, não quilo qu j mal$ podens apr=nta.r-sc no real,
1;1m ..tsl do" onde o $Ujoito e_s cm l o lugar, ndc t.uôo, urdtsiw: o ma aqujJo que nlo poderia jamals SA?T d do co,mo ta), M reprcu4,a~iio -
módo de coe_xi.tténcJa só i sujeito. N~so sentido, podemos também dize e,
isto n realidade psíquica. O q e fal ta,. e í luml p ru sempre. f a irro-
e
qUt a fa.n si.a ·'objeto do desejo" tanto quanto "T11atiza o de dosej " - i> cnt b-llldado de um.. tado" prim.á rio , an te& da s.eparaçâo e d.a d·
e de raio é !mposslv~I neste e·· e:> separar ma at'ir çiio a outm. N ~ ferenclação, wn ·pro.to~repr~tação q LI a ps que jà nit e capu de PtO•
tesn tido dtStingulr aqui o ooj~o do de3ejo, 8 a r~li:taçào e cena. duzir, q e ma 11etizou P3ra semptt o çám.po da p iqué como presonlifi•
Do LOOfnt.oto em q o l'.'IOS afi !t mos da. formaçõe~ socund4riu, a idc\la cação de um unidade indissociável da figura, do eatido ~ do pr zer.
de. o ·oto do desejo, psl náJiSt.. parccodaramentc como um res[duo stc d~ o primârlo 4 radicalmente írredutfvel porq e o q e d o ma nãc
realista. O que o de~.ejo vi não é um ..ob· to" , mas cslo "cs ad ", esta pode eoçoptrar, nilo, na re· lidade, 1;1m objeto que •en tne, <HJ na LIJ)..
"oc:n •• que, qwindo podcm0$ e ptar (e só podemos f:azê-lo, por efini- gu.,1sem palavras q o dlgam, mas na própr pliiquo i-m.gem onde só fi·
çlo, nll$ form.as derive das e s.ecundá.rías) implica não so ente. um " ujci• gurar. n vc.z que a J>$'qué ofrcu ruptt.ir:1 de sou "est do" monádioo,
to" e "objetos' ', m uma relacik)-entcc eles (obvL monte sem p re c:,- que lhe imp ~mo *'objeto~•. o outro e o pr6prfo corpo, ela e ui para em-
peciflcad , de ma maooi.r-Q o u de outra. na! f r u qu no, ão aeocssf- pre exçeotrada cm relação .i. ta me: ma, oriet1ta.da por aqullo qué ela não
,,cls e que traz.em as marcas profú.lldas do tod a his,ória ult ,1o.-
do sujei• é m is e não podo mais sec. A p. · quê 4 .seu pr6prlo objero p rdi.do. rcdu-.·
to} - é nessá ,~lação que se onoontra o s~ntfdo da ri Ha.sia pa.ro o sujeito ·o~ tudo o uc d J em día Me, aparece como irre:rnedí ~l:mén.tc sop •
(setldo ~ "objotos" semp-~ contingentes. e fuogjvcis), rado e difen:n-ciado ll um sô m o do, · mesmo tempo•sujeito e ã diS'P<>si•
s el(pié$SÕes objeto dc desejo e dcsej<i de: u.m desejo s· o frqm~ ~os ção absolut a d sujolL , é imp lvol, mc:s.m como•pura rep:rcsentaçâo
cstilbe.ados, e oomo l em grande sentido, da íôrmula dcn:jo de um e. • fantás · a . M sê setnprc a mirao.a dela que r~{nara de maneira mais i.otei♦
tcdo, 11st1u!o q e cena (a nt stica tenta mais o .m enos reproduazir cocn os ra, t>tuta, sdv e.em e lntrat, vcl no.s prooessos inconscientes. \! o fará num
. o! dJsp,,111f..-çb, o oad• o o bj~lu cio de!.ejo como o d~~ô d.o outro • ta u düere11te de toda rep:ress.iu,, quilo que não pode veroadeirame:ot.c:
ti.o submetidos ao ujeito ao pqn.to de ~.fiarem rtunldos C'())n ~e. upturs cb.qpu à pol)avra. p,orqu &eu "tt! tirin" está num alhures perdido para
do seu ,nuodo, de i-mesmo, que oum t! apa reprc,.ettlou arroml>~cnto . mpr~. Esta ycrd.13 de si, esta ci:sti cm rc.l;1 o ~ sl é o primeiro t.rab · l o
operado pelo objeto scpaniôo e pelo o tro, o !lujeito r ponde consti• ítnpos o à ps,qu· peto íato de ua ln o ã no mundo•- eaçootocc que oi
wiild.o lnter111in vohnente., na fantasi , mundo primitivo, sertão em se roe a cumprl-lo.
33
e: ta primei posiç o do su cito, diailmen tc un a n4ria, encon- primido, mas ornado i passivei - ineprcscntAvel - de e que um mun-
tra-se a primeira " identifica - o ', mais atamenlc, a pr -idem íi ção do d divcrsid e e do d prazer e instau u, e que, impresentável cm
q1JC toda identllicaç o pressupõe. idcntlfü;açõcs habitu almente em p soa , é pr nti fic ado e fig do nas e pel as próprias m alidad · dos
quest o c qu · o ofetl..,amcntc "oprccipit.ado dein Yeslun ento de obje- pr Cê'$Sos pstq ulc:o ma profun do • f: pttcuo rnciro que u m certa
to b. adon d ·• im pJ'ca_m evidentemente que os dois "term " que real do.de, mo d iferente d o · ujcíto , a tabele para q e-o princip ie;>
d põ em em r aç!o; Já cst· o colo dos de ma m neira qu !q uer - oer- do p 2'.Cr sofra t ri.ão - tran&form a · o q ue liberará um pó odpio de
Lameoto nilo "lógica" -como "idên ticas $1". O [cl, bin dle 8rus1 (cu o rca tid d.e, que o teste de reaHdade se to rne possível, uc o que não se
o eio) de F reud - pode ter, e real mente tem, dua igoHicações que~ ,e. pr~s à repr~entação s an uo e se imponh á psjq ê. pa a que a te•
articul:tr cm &UA rela o e no t po." u .so u o cio' ' de s1gr,lfica.r p ão, q como tal nada mals é do que um.i conscqGênda d evit o
es(8,Rili r 1ambêm a se uir, que o objeto ~r-dído ou ah odonado 6 in- do despr11:zc , por nt manir. ta iio d princlpi de reali<l· de em li-
CtoJ ado na f rma ideatili tôria. as nua, tempo àlllcrior, e num cs. do amplo 11 , possa começ.a • rcpr ão é o und o t balho imposto à
tr to mais p rofund o, o cnuotiado lanifi a identidade simpl~. n o me- p~ qul pdo f to de sua incl são no mundo. O inconsciente dinãmico no
dia ti · a. do sujeito e d o seio - como o indicam s íormul3çÕC$da Freu lído ha ltual d o tccmo, o u o c:onj nto do qu rc d d enom in a os ro-
undo as u is o objeto ( q ue virá a ut "objeto") -o é primeiro vislo e os p rim ârlos, se povoa rã gradualmente de l das as ctl.t - s dll psi u~
rno dif. ente e $eparado do e • Antes de ser tr nsitivam cntc o io, o que lerão ido rcpri, Idas, e oTsanlzaçilo · rrcrá remanejametilo
!jeito o I it1tr nsitív mente e este é t mbém o do !ei0 como indistin- m ' lliplos. Mas cl8 será :sempre domin d por qui lo q uer i o prlmc'ro
to do suj,eil . T oda ldcnlilicoçào " 1 nsitiY "ou " trib utiv;\ " qUJ1lqucr mie da psiqué, a mõnada psJquka q e, ausen te com t Ido ineo11s~
(A B, usou este obj o)é ransform çâo e elaboraç o de um idcnt da- ciente, marca com ~u lo t d o que I e passa. O que n o e: mpo Q
de prhn.ária, qu e pode.ri m os denominar idauljlcação aJJtl tica ou, úlemí- inconsdénto, dispô no scna.id de su~ p róprias ll n de fo rça todas. s
zação, tnv desa. ,ãtJ absoluta ente mesmo, sem que 'am "redu- rcpresen çõc q ue ai eml?Tgcm, ~ este cs ·o, .senhor <lc todo d~ejo.s,
.ud ·• um o tro, o idênt cos da mancrr nê0 atributiv~ e não predi de unllicaç o lotai, de• oliç!o d difcr~nçíl. e da distl ncia, q e se ma ni•
ea 1íva. os "ll!'tmos" q_ue deno - inamo na lin c:m eu, , e io, leite, C$ an tes àe tudo como lgnoràocla d a difercn e da distância. Se o n-
scn ç.iio or J, ensaç· o proprloccp i • prater. ser, ludo. eu , oonscietitc ig,nora o cmp e a corur· dição, i também porque escondido
no car,lo mai.s uro de a cavem , o mon tro da lo uw11 unlnc:antc a i
A cYolu o ultcr or, constntâveJ, do sujei'° é. a p rlrr de um pon10 rel n como senhor. S< é preclso diier, nl q~ o desejo nfto pode nunca
de ruplUtll, histórl de uma rie de criações de re on1 çõc , corno di- l u r-se, mas e.o corurário, que no ir1coo5eimtc o doscj() 6 ipso farto
fuenciadu e dfferent de um Ou,co repR$COtat vo/11fctlvo/ intcnelonaJ rea lizado desd e que wr e, real ir.ado no único aJY I que im ri : o d rc,.
ue só oes.sn · c ortt .i morto o sujeito, que se de nvolYo e st de per- prcscnt - incon icn te; o uje ito i cena f;u1tá5 ica; e n da ll mit.a
turba JUc:asiv e de rem anc·ame t em prof\lndid de da ar 11iza. "onipotêoá a má ca do pe n menLo" - é porque estão p resente cíeí-
iio pslqu , cuj depósito cst.nUific:ad e intercomu aicantes o sujdto ' se os r tos de um primeiro "e5t3do" onde o ó ~e era apon um
"m11duro" encarn - e que é c::s.sor,cialntt te a bfatórla da aliza o da meato de cu, im edi tamente cmpolelr do no ujc to, ou parle de m cir-
psique, o u Ja, d · criação pdo 1~khelt1 e o fazer do$ outr • de um ín- cu ito subj etivo unitário, modiJ'icáve.l à vont de por um a lucin.açio inde,
dMduo oçial. es,ta história tr , em todas as as etap , 115 m reas fi n1damentc e inlin ll.ame11te pllbtica, É ta ri ~anência cons tituinte que
de:~ ponto de o ri em, de um es do primário onde sujeit , mundo, afe- \Orna p ssivd · aprcsenlação pe contrár os, cs1 idcn id ck por
to, intonçào, liiaç!lo, scn d 5iio o mesmo. indivíd\.lO aocial, t11J como 11 contiguidade. por coodens ção ou d locamento, e lin· lmcntc 1.oda 16·
ciedade o faoric , é inconccblvel •·sem l.ncons:cien te": a ln 1ltuição l e tod retórle d fant sla, dos nho e d.a louc:u r:i, que se pcrpctu
socic:d· de , que é indissociavelmente tom ém in t tu· o do rndivfduo. • no e pdo fLmcio n mcnto d própria lln agem dluma. a que pcrm.11ncce
· 1, é imposi ão i psiqu~ de u organiza o uc lhe é esscncialmcn e intdr meotti por se pensado, não ten do s ido dito nadil. de cmincial
ct ~ca - "TI cl t mbém, por sua voz se a~i" no ser da p iquê (e: e res~ to de.c;dc a cxplo o criador d.e /111erpretac6<J dos Sonho .
que ainda o len "lo .. poio" ,orn e um conteíl do difer,:ntc)e de e, insuprl- t t.imbém no mod de ser ori 'n ário d psiquê que se cnc:ontra
mivcilrn te.. " la\·â-lo cm co nsideração" . pri cir m tri sentido, csquom opcr nt opcr <lo da coloca · o
E te r d11 pslque, n um de sieus pólo , é r ido a p rtír do lntons- cm rel ç o ou lí çio, a r ca tifi o de ai ma coisa, que. n mcd id
·cn e originário, que 6 <> núcleo mon dico d.i p lqul:, que nunca foi .re, e úcó, ati.sl'i zae,dgê ciaq eelaest a ecc :ndo. Ê . uiqu~og,ujei-

lO. t-f~ ct IZ J• J lbo 19 (Loo ru), G W. , Vil , p . 1.5 1, )1 . Ver II cho de Frwd lia not.ii
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co foi O pfotótl • "cm ssoa", 11 lig&çlio que ele proctJ sempre e rçguta.rm nt ocult"tdo. esqll ido, · ul. do, é m •to que mô$t1 o po-
nl.ra tudo. A e~lgén la da I gaçio Cógnitiv nivcnal, u mais ge: 1- d r das motiv çõcs ú se cl\oontran1 em jogo aqui - l3nto quam t n-
t 1~ s 1r nspofção ao nlvcl soclal. da sigpiflcaç;'\ universal, d· d~ncfa "r,aturnl''. incocrctvel dá l6'gica. idenütãria ,
adcq ' ão do mu do e do de ejo, do desejo do s.abcr, da$ concl\J õcs
do saber e dos objctiv s do d c::jo. encontlil t· mbém aqui m· <k sua rupcnn dA rn6na.d e I ía. trl'dlca
íont~ lnesaocivci.s, o é di I reconhecer um d origens d zào
:sto. lo iicuta da incl usão.,..xpans o, da p Iuialldadc corri o uni d de, d O processo da ins tít ição odaJ do individuo, i lO é, da socializ.i ão
'·Jimpl cidade" ultirna do dado. O proto-~cn!t o realiza . zinho, ar onde da siq ê, ê lndiss iavelmo te Q de uma p icogên 011 itliog;;11e.u, e de
um sc!ltido não pede cvidcnter:ncote e1t1A-t1r ind , o senl!d total, colo. ut ia s.ociog~n0$e ou k0Jtt0g • t. e. ~ uma L~ória da lq ê. no de(; rso
cão em reis. -o únivcrsal e om íalh • que tenderá a que r enalob até dtl qual esta s.c ~ltc_ra e . c abre parn o mundo sociaL-his órlco. através.
q 11 que eJ1I (o r11nsíorm · r. por e mplo, morte em vida eterna). tambe :de. pr·prlo trnbillho e du a próprtil criatividade; e uma his•
e -0 lo ucura (luta e pn 1c 1..ronsforma em r tifo do homem 11dulto, é ~t•• 161-ia dr: impo ção · psiqui, pela ocied· de. de uma m neirli e -r que
tamen te pela imposi ·o a individuo de su ln~ itui o s-0<:i 1, mas t.arn• psiq uêja.mal poderia íezer urgir a partir de si mesma e que (abric-n• a
Mm por,que crnbora e-J1do e.nunci11do a su isfa - imediata, ela o indivíduo socfol. O rc: ul adó comum a esttts dua h-i.s órfas é lt emer !n-
mant · 0 dcs nio da ~I o ~o cm relação, da ligaçã teta! e n ivc rsal. çi do i dl)·lduo s.ocfal como Ôoeà 1incin, icmprc imp 5si I e s.empre
o homem n oé um nmial rac::ional, como diz o vdho lu ar-com um . Ele reafiz da, de um mundo prlv do (kosmos ldlo.s)-r: de um mut1do ç .mum
tarnb~ não tum nirna.1 dó ntc. O home é um anima louco (<jue co- ou público ( osmos kofnas). q~ tio. c:ct'-:lmc ie iru: otáv~I e insoló-
c,ça se.ndo louco e que, t 1mbém r isso, torna-se u pode torn ar-sera- v ·I, que me proponho ais um_!l vet. di~utir é • uJ.n como pod
cioo l. O esperma d11 razi está t mbém c ntido n lo ucur. in egr l do chea11r exi tir para uma p:si e, ab$0lutlimcntc o o 'prc.des inad "por
autismo pri ário. ma dimensão c~nciaJ dar llgião, ê óbvio. m· t m• n turcza para t 1(e que cm .se seistr,,,l(U últí m, os recuSc11. m· ainda, os
btm uma i.rócn i cs oc-ial d fil0$0fia e d ciência derivam l. N!! i 11 ra tê o tim) oiso , indMdu • pala ni.s... um mundo, ma :1.0cic,d• •
sit 05 corre imeotc rau . e-, o que é mais n \le: não atln im<Js uma dê?
titu · racional a ~peito da razlo., nio mos fi ela, mas antes A mônad psiquica ê um rormante•íormâdo, ela é forma iio e figura-
uaJmos se nos rec siunos u ver nela tra wl t mbêm certa ernlc. mas c;· o de si, figuração fiiutando~so p rtlr de nad . la e: ruimcnte ê m
ttJml;lrn' unto atar eia loucura unlflcadora. Quer e rate do lílósofo ou "aspecto... o corpo vivo ou, ~e queremos. f este corpo enqu nto li r-
do cientista o óbj tivo úlllmo e dorninante - encontrar, através de dtCc- n, nte - $C! formando, figurando - se figurando para .1 , T I e:z n nca pos-
rc a e a a1'1cridade 1 os manifestaQÔes cio me mo (q1.rnlq ct q 1~ ~cja seu sam d.Jzçr a este tcspcilo mais do qúc d' e A ris ôtel~, que ela ro
110m sej ele o ser ·rnplesm1mte), que resldiri plenamente e plename -. como "forma'' ou ..entelêq_ ia' ' do corpo -oontanto (llle" opa em es1c::s
te: iguil 11 el pt i)riO na dlversid~de fenomenal - ap, la-se no mesmo e5-- termo$ da me flsic n e pel ii qua.1 roram estabcltci do , e contanto que
qucma ao mesmo tempo pre ntilic, dor, oper dote ~·alorlzante de uma e
~e compreenda q e a ps que fonnn c-nqu.anto é fo-rmnntc, q\1e "entelé-
11.nídáde ultima,· L é primeirn. O uso r clonai da íon:na do p,, uc qu ." em questão não é pr,edestinaçilo detcnnin~d4 p ra um fim, um 14-
permite O aCC#$o a um mundo q e $6 c~u1e como m e o 0'1uro do um, lc.s de,flnhlo, que esta "cntclêquia" é Imagina o dical, phanra.sia <JUC
tende qu ~e omprea transforma,. cm uso r ·omd-imagloário da. ld8a não ê s.dscrit~ a 01:11hum fim, mas criaçllo de seu& n~. q e o corpo vivo
do Um q e re b oT\'o a Relação colocando-~ como (,»'Cudônl,no d.o e humao 6 QO~ vivo bum no na medida cm uc repre enla e s.c repre-
tcnccrque fi11almeato e.ria penas uma forma da Identidade. A ím, a r-c- senta, q e !;l()foca e e aoloça ..cm ima en:s.. muito m is do que u ... n tu-
1 llo to ~ N:lação do ser par si, e OIS lna is da ~ ro de _, da ttu ;\ o en- rcza" de ser ví o e l lri e lmpli aria. ~ ra o corpo I o humano, istQ ê.
c;o11tra.m•sc, de cuto mod , permuts.dc»: · t-xisténcla de rcl çõcs cm sen- rigi:nariarncnte, para a mõaada ps!qul , todas llcitaÇuo exc.e:rlor, toda
'do ef~Jvo q~e lrnplieàm altt ·dadcs ln utlvei , itu· -sç 110 terreno d "cstim lação , cosorlal'' extern ou interna, toda .. lmpte:s-são" t ornr1-se
il O na 1~edida em q ue o ê só comportui.1 relaç~ como fietid , represent<Jçào, ou sc:j•. "coLoca o cm imagens". emerg!acia de li uras,
t
nao cÓrno v-erdodelfan,tn e cíetiva, et t mcmlc fund mcntaJ o fato ele Ma c~ta cmerg ncla de figuras nãoê ..det«mi11ada 'pel sensoriaHd de-,
, a moso 1a recon hecido desde multo o«l a impo. sibitid de te nem em use nem em a.:n ser• s.sim (n um ~lltre o é impo~[vel atri · Lr
ó f~rtio e ~"!rdndclrame:ntc: s mido .i c:ns çüo, alirmilr,do a nc cssid.t• um seolldo qualquer à ídéia de uma tal ·•determinação''}. O ílullO rcp~
ç d e unci r a e '\ ue esl<: reconheclmcmto 1,e11h a-ido periódica 4t aentsu.lvo ,fa psique conllnua. haj ou nã·o ..e timulaç.lio ~Ktenia", e St faz
s-:m intcrrupçiio. e " pr~cesso J:>rimMios•· n!lo pm '11m de dC$e-n olver,
l •· ,.q e tudo Mituilo q pode Jllllla · 3er cllto q e i, Heito de ln e
-0~ vâ o eonsi~o ~ te o in (J}' , ,,-1. él~t~nnini«N1d.e (ptrtu) e J1
se quer comam05, trnbalhanos, urmamos ou façan,9s amor. • ui emer-
gência do figura. faz..se p melro (e em certo . ~atido sempre) s,o o domi-
• de1c J.".
J43
2.
nio da figora•figUNI te de "tudo=eu", o a indb to o da "ativid de" e d p ntam os diverso n fvefa de in tegra ·o fe1 la empr d
••p •5ividadc''. como na indi.st.inção do "interlor" e do "e crio('. O Ih~ r prlne[pio unitário que t duz im nt.ição de todo o cam lo
e se Is perdpl (o r das c:o' as é cu ser-per,çebldo) de Berlccley, o "meu p lo mon,dico. Como j fo i dito, <:$LO pó! co o t J é el -
corpo Clltendc. e ató a.se trclu" de Bcr n 8 o sempre e ab olu 1mcnlé m também , ão sempre seus ef. 'tos uc v n os,
verdadei rw ra a psiqua, - n1.1 nc sa comple mente de s!,lo p ara os C$ fios d~ vida pslqul a ten nifi 'nad o
o individuo cm v má. Num scntid , a psiquê somente dJJ a o di fl ctro 1 ou mediato do p p o t!neia rn4 ·e.a d o
c;la csfi a que d é. que cl se figura comoeJa.pr6pris, fi urs nda.s~cam to, a e.>t gencla d ét i o que é " levad o m
ocupando u ~otro. • ção'' pela in tl tuiç fndMduo, quo ndo ~a lhe as e-
O gnu1dc cnlama, aqui e mo cm tudo, e q~c e ntm'!ar:l sempre l.rm gura um 'dade fogu/_ eomo. "· lgu~m•• «1conhecido pe•
enigma, é a tllt[i61 ola d separação. Stpa çlo que term,~a na tnstaura- lo out p rciona•lhc, olnda que - ou sobretudo - nlvel agina-
ç!lo d inta e solid n para Individuo de m mundo pr1 do e de um ri , sat b apr cnt -J e um mundo onde &ud pode ser referido
mundo p · tico ou çomum . O que. bc1no e podemos d1ut ~ que sepa, um ian -
raç!, wste na med' a em que~ ai da e iostltu lda ~Js sociedade; cl ê, A ru a lqu lc apob1d11 peln 11
com vim o esquema operador cs ncial. o produtor-produto da, lnsti- desomát s .A roátlca n ão ·•eicp -
'ção do legdn e do 1t kheln. im 0$Íç:âo d soei llza o p ·quU
se · lmcJUe lmpcs'.lç o esta d s.cpa ão. la cqulv le, par mônada
da; a ro . t e p ura e impl mCJ\IC igno,
n.d a po n ri , nem con dição u,
p.slquica, urna roptura violenta, fo ada r ua "rclaç! "com ou- ficlen ~ . ou vig_l or d a par darrlhe o seio
tros, ais tamco~ pela inva. ão do outros com outr , modl ntc a ou o cm que acordlt, pode transformá -lo n m11
qual c:orutlt i-se, p r o sujeito, uma .. realidade" com , ao mesmo tem- cri m num novilho d e:s hum "'rc ,.
po, inde dente, m leôivcl ª, p rt!cipá~;I, e a ~c~nc:i (n un • perfeita- po n ê a lucin çâo e a ção li · ela
men te realiza a) entre a " q e o sornáttco . Tao to quanto a ten. se ag e maneira lndeter01 , De l-
dí:ocia irr 'stJve da môoada psfquk.a de l!t fech.ar sanp obre me .• o ção nilo fo rnece e se ·nada con o bebê m orrcría -
ma, e.si rup ura t til . ~ve d aquilo que rã o indivíduo 11 • Se o re• ç ntc mono, por causa de gi ação e ind er,endentem •
cém-n ·ido e tom um I dtvlduo socl 1, é porque, a m~roo tempo e t nl que lhe 15:ào ofereci ndo é anorbko. l!i « da ve2.
q e splje ~sta ruptura, e - con egue obrcviver a e~ - o que, m~stcrl~sa- façiio re11l" aparece, el é l'l!prcscn&ada orno mani~ ção,
m te ocone quase ~mpre. De f.· to, quando consideram mais deuda- , rcstauraç!o da u.nidnde primárla dos deito. A fo me é nor-
mcnte' ~e prot:easo, o q esp , ta 6 muito maJs a ratldadc e us fr a- malm ad prcsent ção e cot caçllo disposiç!lo, do eio
c;asso do q e sua cxi tênda. o u de ltut pen as rcs a bel e , para come r. o o mo-
A pos • 0 da rela co m outro e com os o ut (rel çâo que nádi pode ~r "vivida" 11cn tpo~ em f\rnçõo da5 •
~mprc e ao mesmo tempo, t anto " fon te de prazer" e ."sat st tórl ", cm ue d" põe o S\ljeito - e: ele 6 dlspõe d io
c;o o •·ro11tc de dcspru.er'' "pert r adora") é uma sucessão de ruptu- só p d Ido como cu: Eu u o seio, /eh bin d e B t-
ras iníll 'das l mó da psíquica atr3vé~ d qual é c;oost ruJdo o individuo que de.se olve, ao n í e1 so .{tico, como a to
soei I como dividido entre o pólo monãdlco. que tmdc s mpre fec:h r é compreendido ela piiquê - no caso normal - cm sua
tudo~ bmeier tudo cu.rto-circu to, par trai lo o ue lado'' rnon di- própria lin uagem, como res o da unidade e do pro o-afeto que ~
co impc:mivel, e, cm s usência,. seu ub.stit~tos sat' fação l~cinató~ anctissociáveJ dcsui . ~ i que dai cm diante form rá o o ele do prour.
ria e " fanta matizaçio'' , - e série de eonstr çocs ~ vas tnedian_te · ntc jquico, a "dei por rep t açâo'' do p rocesso a.
q ais a psique cada H, mais u meno , oon egue integrar (l l0 C, rc• necessidade e de sua ação será esta rest ur ção da unida-
presentou, ínve:iliu afeti v rnente e ligou por u,m tender ra o~ ~a m- ; t ai q uc apsiqu bus~ ás. -e de certa manei~
t o) o que I r I o . As .. forrnações' sucessivas do SUJ~ito, q~c ra, no irioonsc ente, eternsrtte cst lpotênei t/el ~Q d
~e em cm certo grau-, progT v11mc te cr cen e, lev r cm cons1dcraç.a? , e ta erá ca z d reproduzir r nba, produzind
.separação e o. diversidllde mpos as à ps:iq ~, e s~o pe~a.s . o cnt U• 1 ção cormpondente, lucln:1 a 'and o eio .
.., de u líicar esta dlvcr idade que vai e( própna divernfica.ndo, re- orrelativ mente, o despffllCI" ~ ru môaada auúsl a . Cert -
me te. a fo me é - o u podo er - seu ponto de poio; mas o Séio usonlc
nuo t m e não p<x!tr tct o 5cnlido dç cau.ra fome, sentido que implc::s-
3J &e , d (ú,Jup,itaJIIJJI - Ih pk"f-1)1,m,ut1, 4 r lm»t Picr.a
. .f,. 197 ) u ca pção 0&105•. rt p rspectl~ própcl
rncnte n e;üste e n!I pode j,5tir ne ta e . O cio uscnte é negaç o
dcm1 • ui adotada- do ,cntldo ou entldo ncg ti va, oa. cdid uc ! ruplllril do fcc h.i •
uma tntcn - pode diri ir-se a um t Lo po~itivo t dcsvi -se u feto
mcn to monádico - na medido em q e é tJt co na esfi sub tíva, ablo- n tiva, tst ndo e ordcn da representa -cs corr pondentcs que e •
rão-dc um p r tc e~scnci I dos lto (d.il~ sem dúvida, a intcosid de nAo mc.ç m a distio uidas como "opost s" , Aqui lin lmcn e , csboçr1«
eonLrolável da ngústia or J, questiona ento idcntid de prim ária do 1,1ma primeira d.ivís[lo d n libido nutl tica, que empre in v le p05hi amen-
$Upto . S b sua prime ir formn, alterld de , re· !idade. nc aç!o do &cnlj. te o ujcit e o lo bom, e: ne a tiva.mente "eitlcnor" e o ·io mau que
do ou cntido ncg tlvo s ~ apenas dr. l!'"aur prcscn!lflc do por uta abla. nele $e crncontra.
ii. do ·o que sofre a m nad a slqu1c, A neta do lo é despra2cr Nem por · o Le os aind.i oonsu tuiÇl o d um bjeto re'11. u sej ,
enquanto dilaceramen to do inundo a -utlsll o. Porque o esquema prim~- q11e ~apa à ascer,d cocfo s Jeito. Eu obj eto rc I só pode aparcci::r
rlo pcrm ncoe como condi o de: prcs.cntific ç o de tod signilicaç~o. q u.·rndo cio b m e o ~ io m au começam a coincidir para o sujeito,
porque tud e scmp e viv ido pd psique em fu_n -o d indistln ó et:1• q an o as d u as cntid· de, imagi111lri11S aparecem como lía,'ldas a tá-
mun d •. ctll ido•praz;cr, l quç a au 6ncia do seio pode tornar-seflgu,u, ira cn~ldadc: uc é o fun d3m 10 das duas, cin . cr idcoti mente nem
mai e atamcn e; cornpOncnte c:omlltutivo do "objd ". cm ua altemln- uma em o tra . Mas mais du qu~ prov vcl, como dii. Freud, que esta
cfa c,om "p cn,_. ' deste. Uma marg,cm de nào--s virL AI começa a cons~i ição d objct como r I só poss peti z.cr-se n momento em
deJinW· n fronteira d rcpreseo1:ição; _polaridade do sl~/nào, da uc é rdadc tamente prccndid o ''pertencer'' do objeto a uma "pes-
rcBJ' de e da nega · o, do po lvel e do cfeh encontram qu1 scui. pri- a". Ou sej , o obj o só pode r constil uído cmp e como ob' to par-
rnelros germe subjetivo , e o esq eOl figu ra-fundo começa ser "t bc. cial - portan lo, de isó é oonstit uíd como r • I no momen to cm que cst'
1c:c·do como t · o.çào eral d um.l "coascl&lcia" e de urn "pcrccp. vc:rd deiramentc uperclido" . porq ue defini ·varncnte sit ado em poder de
çà " emb ·on6rlas. 1,1 m o utr Sem düvida, t amb!m, o outro ! cstab~lecido como tal a p ar•
!
M:is do onto de vht da psiqu , o prazer c:Jtcl11 o .~e p raz.c:r, a id~.'.19 tlr dom menta crn que p • er estabelecido como quclc que dilJ]Õe do
fdad c:x lui aJtc:ridnde. nseqUcnlcmeruc, o e10 p<> q ue: f~lta t o objeto.
r: aentcmenle criança", .. deve ser dc:sloc o p ra fora" ,.. Digamos.
melhor q e um •• for "é aladti p que a· siqu po a pani a[ expulsar
dois qu c-objc
b m e o seio mau , torna
se
o,
s d f, ~e prc
d ida em que é estabc
oqucn'ã quer,aquilopa ao ueniin /J~/11 arne/a,~não-s ot ido oose a adem. lss.o ca imedia .imcntc q
tido rte.gatwo, o se· com u cn!c, o e10 m(l u. i:vtdente q ue. . con~• tr cfi e deste objeto, do va nte uni ficado mM rcu-
otul ão de um objeto em rionâr10 só po.s lvcl nil e pel constitui ilo SJ• n qu posw.s, é logo capt do ob um d pio signo ,
multã.nca de um " espaço elClcrlor" . A p lq:Ue in n ta•llgura. u~ cxteri~r, ortador do mau portador do bom objeto é m do. O
pura nele CQI r o . eio do de prazer. A Utlo que se r depo mundo e: utro · ·-se, na iam ivaJênci - ou seJa, a ambh•a-
"objc:io·· titcrah:nc:1:Hc~ e,M q 11c éem ua ori . cm expulsão do despr - léncia pr e afeta o o utro (e , hercditari amen le
r (e c-0ns.cr · te car iter cm todo:1 os m · msmos pró imos en.a- tudo o e in stim nt o para psiquê) é o •
do arufoo, princ:t ente n pSkose.. 1 º,m ~ t~mpo , outra foe11 ~o produto dos momentos imJtginár ios que prcsjdinun sua oonstituição.
selo O scio presente 0 11 gratiftc.tntc, conuo u suJello eo quem da ID• as dccl I in o o proje1.lva, a p ttfr do esq uema de
cl ~o. M cst o opodernais ur. esi mpl s!11cn tcipor~ r 11rel11tiv~ 1- nipotcnc a .. ão , s as con üê i s que se
1 id de do objeto o· pod m is ser pura 1mple 1deot1dad~ apoiada impõem d 9mpo t o ou~ro, tudo que esta im •
no primei csboç~ de artl la 0o de eu e de a- o-cu , e l se torna introJe- p lica quanto aos é p ue n momcnt cm qu e
âD e iac rpo ção. ·•Eu ºli: seio" toma. assim. sc::u guodo scnudo, p rimcfro Iro é .i. O sujeito só pode e· pt r o outro
on® predic11 o ~ p~ ess1v ou at.nbuuva a si_. . _ . me.d ote o único para ele:, e sempre dis-ponívc:1, j
As crfac;õt$ lm11gir1.\ri da pro e~llo e . 1~tr ~~çuo eq~1 t m, que: o tir d e i m d,1 nipotênci ·. A ima cm dp outro
cQf110 Jil foi dito. a primcir lT çado d íro ntc1 m~rlor/ e _cnor: ~Las im con titufda c,çiio da .. r pri imagem" do sujelt pare
5~ também p;ir elas à laridade do valor (bom/ mau). qw, mbém, _i, Dir-s.c.-6 que o fctiv111n cntc onipot nte ncsto etapa, q uanLo a
c:st b c er- um · artículaçâ rclatlv d rrés " momc.ntos" útilc e e im u ber, seio, e que p3r3 a criança êlndifcrente
p.síquic repT seotação, feto, i ottn o ; porque ssim que o o op bar ou ia fringfr o segundo princip io d termo-
di n mi é eviden te eco me do pr blema: de: nde cn-
t.uo pôde tom:n a crionç:;i uma caç nipotência , e a capacid dé
}l . Freud, Jisboç,,, G. W., ' ll. rt 1 , u«~1ç. di;,1i.;ui • e dot este suplemento, d cesso enorme qvan to a tud o que e
do ndo p t o sc:c ra '/iJ,,, • po rq r r? O de q su apôi l -o elet,va: que se constrói e111 tu ,-
te li ,. nç ••• ..~,ro•-. Ulll 3 e do lnv~l>- no _do ão d iz., m antes rer a o que ig . A nipotéacia
o e,, ruitio" itirul). T t a1 , se, •:JJ os. imagia m rei ao eio, que o bc:~ o imp ut v iniciaJmenle, que
d. cuJ~ ft'Cl~çl mrid11 r RlOf\e.
7
- i staria de con1in u r imputar-se ;1 .segu r, css onipottn o ele é fina l- Mas ocorre que le ou~ro j á ê ele prôpr· individuo social, quer la,
mente forçado a eolocl-Ja fora, em m o u1to; isso s oificn dize!', mic:laJ. r. la à cri n cse fal q t 1no pot sua p lavra como por seu compor-
mente e antes de mais n a. que tle t6 pode constituir um oulrO, proje1an- mc-n t , sua man rs e rporal de ser e d fazer, de tocar, de pegar o de
do 11elc set, próprfc e-squ ma moginário de oniporint:la. trat r a criança, ele enc:una, prcseotili • figura mundo instituido pela
o po,droo runda tal da ran tasio, c;omo csque • c:ssen lmenlc sociedade e se liga a éSte mundo num in [inid de de maneir'as. O outro
1ri:idlc , c:ornportando ~mpre o jci o, o objeto, o ou o lá desde: en- al ; e e d lio11 e se s.i n ifica, de designa e significa crlanca. e e do-
. o in$taurado. instaurado visi'i'~mente oba ascendtnc a das exigêo- sjgoa e s· oifica par a ai n a " objetos" e as "'rela 6cs" enlrc "'obj~•
ci86 e do esquema ao te.riores - embora ioclu a drtulBçifo po ívcl da tos" . fsso rund está longe de b lar p rn con ü tuí-lo como real e para
onipot~ç a entre .. lennos" colo dos cm cena. A fan i 'ÍJ)uga ~ consllt tr una r I dade; m já su~ ita um n ~ s4irle de remanejarnco-
termos ooloca m cena submetendo-os à primeira exig-t do sentl- 1os decisivc» no modo de se da psíque e no modo de ser daquilo que
d total, da inc.rcnci.a re1:ipr-0ea do que foi 1 ai em diante, disllngui do, "·•• para a psi u6, e o ouuo co otil\Ua a $Cr cssenci.àl111cme imaginàr10,
da eirculaç. cm ob I.ÍlC\llo do .ifcto. cimento que mantém unido. os se todas su s meoifes çôes si) podecn MJt capt <fasdn tcrprcta<fas pel
elcmcnt do 1f toma triádlco da fanta i é a confi.rr 11 • o de 5enlldo suJd to no esq ema r ntãstico que ê o. eu, ele é tam bêm in tlncia exte•
como co--prese11ço, caract ristica fund.ameutal da r: .se mon· dica. rior, ueseCUrvll.ou n'o li ·t· ·odosujdto,am;iouficaindííc rttc,
O que r~Ul da po • • o radl Jmcn te imagin ria e p ojetiva do ou- promete, proíbe. dã, lfrs, za.n , ij.1, pune de uma maneira que o sujei-
lro oomo o tpotente, para a v da uJ,erior do su cito, e o que dí o $1: tra- oco t rói como I g.ads liU própr, "s1hu " , isto ê, cssenciJllmentc
duz oon ntc:men t no cont • do d significações im~afoári uai en- a jUU própria rcpr mações, afeto e intenQdes. Assim po e cmplo.
corlltll cq ui a lente, compreende 1e por .si mt:Smo m que ~ej a nc<:c:s- desejos de dc.struiç , n o e pr os e mesmo n·o oxprimf ci&, q i vi-
s ri insistir a uL Mas lmporta · Uentar, com risco de entediar. o ráter tavelmcntc: compsnham mb valênd que íeta o· outro para sujeito,
~ober no da i aainaç! dica l durante todas ~ s etap • O sujeito só uscit m i.m in t-lamcote o medo de m rct3,1iação do outro onipotente
pode começar a csb r elementos do real, o objeto e o ou,ro b mano, a (e e id«11omcn te oniscjçnte) ue se o nllelc:o d cul bilid de inoons•
partir e b o domínio cxclu ' vo do. e:sq!fatl s im gin~os q"'e são os ciente. O .sujeito cri a im. pof proje 'o, um csq ema de: a · o e de rea·
seu • ão 1010 ptou um pcd ço de" ul1dade". de prectsa mct morfo- ção, cujo e rát r ••rcílc:Jtivo" ê cvl cnto (o cfotlO r«orna sobre a cau , o
.10 para ad · •lo ã il"r(alidade que é a Onk:a que tem ntido a e • d~o de dc:strul ão d outro pode ocas onar estrulção do s:u~ito pelo
Ap r drsso, Impor nel da mpa ri_~d~ca parJ.__ f'orm -odo. ujeito outr ), e faz do ouuo a primeira. e ne âri,a, cocar ação eu ;a cOJ.lUZ
ê dedsiva. passa em pelo csquç,m Lnadtco - suj eito, outro, obJe:to - ~ separad do ujeit , e o suporte do "se- .• c:ntào ... •· .
quase que obrigatórl , sob na de morte. E- ê ar io pel qual um
psjcosc abs tu1 - isto é. inteiralmentc audst3 - é praoeamef\te inob er• A ase . ue m se instai. , através do esfile de •·obJetos parcmis" e
v6 1, ê po i o IIC tod .i exp t'ência p an truca, r cl lve a relalivs à remanejamentos suce.ssiv das reprcsentaç&!s "ccnt ais" e d inv •
p í se liment daquilo que provém esta cta a tri dlc: ou em de- timentos do sajcito que car c:tcrizam, dei a, oomo mostrou Freud,
pois dela, teoriza- s vc • como e da fosse a • .nica - e d.e toda m oei~ marcas j)rofll.Jld e indeléveis ui.nto no que ser:i a seguir o indivíduo
ra, ela , ó pode remontar Oi is alén, por coostru o ou nstruç· o "real", com cm seu incon cien te onde se maritêm os obj lOs p ráa· su-
e ivamcnte aban onactos e- figurações rent tica uc l~ corres•
como a que tentamos aqui,u
passa em pcla fa e triédiç.i representa um esbaço da socializa ·o pondem. O suj 'to ermonccc na dcpend!ncaa do outr , obre q em ele
d psiqu~. na medida em que a se pril,11 da on potencia; esta • liz:a- projeta Jndivi ão d podct e do "saber" , d cprcsentação e dou 11jdo,
o é, no entanto, muito relativa, ji\ que ooipotênda ~ mplcs ente co- o descj e da fCali7, ção o de. ejo q~ ela perde nu medida m que :se
locada no outro ui; mos.mo a l , a qué con erva cst o utro imag1• iorna uco icnte". O entrccruumento de projcçÕc e introjcçôcs conti-
nua. compll nd o mpll ndo- A identificação tom u cntido
nário sob seu domínio f ze:ndo-o fucr o ue cl ja n r ntasia. (Os
sa:undfrlo; delxa de identl fi caçAo ust tÍça, p ra tomar• e idel'lli~.
prolonga meo10s reli osos desta itua ão são mui o eviden es para que
ç o t ran lliva, Identifica .io com alguma coi ou com alguém (o gc 1
insistam • n assun to). A própria "realidade" enquanto im 51ção in-
cont rnável da presen /au cncla · o outro e de sua isposiç~o do objc• os dois o m o tempo)~ ela alternam simulta camcnte ou cocxi cem,
1 , é c:oostit ida como manif. ção da onipot ncia imag1mí ri a do o utro. como di5lint m· indis 'livcis, a p jçâo do sujeito como sendo o ou-
tro ( ue, inda uma v é s.omcn te projc ·o dos ~cito na onipotência) e
orno tal, e :i cvidc-ntcmcnt n-o é "realidade" . a po i •o do suj "to mo . ndo o objeto coloca o JX,lo u'ci10) com.o
ob"cto o d ejo d outro. O auto-erotismo n·o é mais circuito fccb do
imedi tamente d lrbido obre , assume um ear:iLer SC>l.'Und tio e arlicu•
H. í~ bêm Stf't Vld 1 do, n e pel s íorm:içõcs f: ntósti , oode o ou1ro é íiaurado ebmo 1 1
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e como de:sej n o. difctenci· o d principio ori · n1irio único de p _ A constitviçio da 1llidade
2e1 unge uma no a etap . O príncipio d prazer cind -se ~m doi •
princípio do p zu cm stntido c-I, vo q e fie no terreno d incoascic • Tud Íl-S tá inda lon t da con titu1ç;l de uma "re;ihd de" e do
te. uon1inu:1 a e s,ulsíai.er n tividade ima in · ri obre qual reina; e s jeito corno individuo paru o , correlativo a unui r-c:ilid de scpar da
pri iplo de e •it11 o o desprazer, da ~ mai ligado a -es e rca. dele m m e independente do poder de um oulro lmq.,gin rio. Cworrc..
cõe, do utro e seu efeitos obre o suje to. Ações, rea.QÕcs, cfcítos sempre uma vezmais. que estç outro fala. M mesmo isso n o b·1 ta. sllt. lin-
oons1r11jd na e pcl im_aglna o do sujeito, não somente 0 11 m dida cm guagem - sentida, ouvida, log reprodu:i;id pel:i criança - é,. em dúvid ,
qu o o u o s.cmpro im ginllrio, ma& cnquan10 im plicam mputação condição lndíspea ·v~I para que um, "peretpção" come o. mstaurnr•
1m· in rfa, este. de .. pr!lZer e de "de& rnzeres", "ca · d "pelos :se p f1!. que os ''objews" po m &er parnd s d reprcs Ola • o e . o
l imagloário~ do suj ·to e aos quais ele re· iri d a ou d3qucla ma mesmo tempo, un dos outros, para que adq iram. li &cjam côptas de,
ru:ira. irrcàlid d que origin .s11a "realidade", na medida em·quc. s o a1ríbuid
Acab mo de íalu em "conscicnt.e' o "lncon ele o e". De falo, a ias- um ign e ll uma siJniflcaç o que i lhes • assemelham" co~ um crn si,
lallfa âo óo outto cm su si~o de o nipotênci é imul neamcnle ins- os ~rpctuam, fazcm-oos upor1c::1 relo o , ele. Mas lsso alnd r.v.
i..1u o um inst5nci11 intcrioriz. da de: prcs o e orisem t a. pcm1s udo-o 1e~os num psc d muodo durante todo o tcmp cm
0111ro, como .5Ulhor do prazer e do d pruer, é origem e fon te im ln ri que o outro perman onip ten te: é dele que continuam o dcp nder os
de um "pode" .. n o pode", de um acrmc da norma. Sua ' ntrojcc;;lo - re- pseudo-objeto e CS(e udomundo, aiio somente enquanto sdo, mas
tomo a sua fonte da n:prcsenta o imaginárl· do suj ito, projet da no sob retudo. e o que ê mai dc:cis1v como t11Jullo ue eles são. O acesso ao
··extc:r[or" t: aumenla.d por su epar ção, bem como por u apoio i no, depois a " i nllí çõe " - qu inda n o o 5o vcrdadeir; mente,
sobre uma pesso ''independente" - , inl ícção de um íigur que intima lo o vetemos rquc.- ainda ,, da ê quan to eonstuui ·o rcn.Lidacle e
o proíbe, é estabelecimento do Su rego ' 'arcaico", tertamealc pré• do indivíd uo. Ea uaato tal. ele omeç or mergulhar, se possível. ain a
«!!p ano e r. cuj cxp1caç;- o e recurso íllog~c::se f ao mesmo tem po mais o ujcito na frrealid d , n<J nr dlda e, 1 que esta. g11ific~o con.rl11ua
supMluo e lnínjL Assim e instaura um lncons0entt, no oúdo dinâmi- em podr.r do tro, t o l sempre no inic::lo. e im oontfouc durante
co do termo. e uma rcpr~io cnl. dcira; tep o, n-o do que n o pode muito tempo, rui m dida em que o outro que a ÍJ}( e: d di$pllc, n me-
ser exprimido, po to q nià pode 5u- reprcscnt do, o,, rc:pr . ão d dida cm uc ser e n- ' ,ser, r ão e n~o-rcla o, :scmüdo n o-sentido,
que não dnoe s~ c~primldo porque fol representado e contin:ua a sc•lo. bom em u sã o que lhe diz ue são, Ouran te todo o tempo em que ó hli.
entre o infa,u e o ou1.ro a Hngu gem - e mesmo qu· ndo ia linguagem só
p de e fs tfr no outr mediante su instit ui o soda! e comp nhando
viru1nlmeotc t do o e d o 5()(.'Í 1- outro não pode ser de~tiL do de ~u
pos· âo ima ·nána, nem o eudomundo que ele ustentri, pode ~
Lran form d cm mundo vt dadciro, m undo comum ou público. ó , a
linguag_cm cn tl'c- o fn/an e aquele que dele: se oc pa eo por s,; um
~ ngc · o da hbt 6rl 4"1
m a at.«J1Qo m i,l~ p "lln uag m priv do." - 11m uso ptivad da Linau.agc:m; instaura-se mesmo
O rata ptof iDí n~ s.ari- mente, no inicio, com " lin IJ gem privadn" ·m como duas
allzaç o" li 1.: cri n icótícas p dc:m tauror en rc elas um Unm, . em prívad de
11 ( O 1,11 • ndc pcdciç o. s.. gnificuç.õcs" qu" vcitul como o pse do mundo
rdpd10. lx-"<l irniw-me .a ob;;etvar
a que si: refere são tamb m· p1iva
de da ,u,:,,:rfieie ÇOiJ10f11 dlJTJ!lilt I fuc 11110n6clJÇJ1, iusi111
ta lo lldoda d rao C lia a vidll do individuo, u lfA p ou ro s6 pode ser dcstlt do de a a. on polên la im siná.ri na me-
w• .,i ma cte s l~ o e tr dull:m o
" pnroci.ro'' pra:ur (hl rMn d , pnw:
010
d
élo
d!J;
dida em q ue ê destituído d u cr sobre as "si oificaç&s ' . dC$o
. lid docorpo "prd Jd p fl kl ti1uiç o n o e ser opcrad nem pelá tio uagem como tal, nem pela
MM!l'I ndo 11 da . dica, "realidade'' como tal, por us próprios poderes (como o moslnt • tanl
ora.ls p~r1-ic"11rc.1, hpd.u ao, ..obje1 , milb.a rcs d .d.iscur os, ló ica e realmente es nqucs e rr íutáveis, rea-
do tro irrrn~n6rio (cm ll.-:ado uotidi;ina.mente or J}:l nóico . como sob outro poato d vi ta,
·· r · liJ.a · •'. n o:SI.Ab (iu
p 11:U:r cor,,or,il", oco nd,. m;Liorie d si ·te.mas soei is e religios ). O ou1ro pode to •
tktwllt L • te i. nar-5e re:il - e, sim, toro r "reais" 11:io s -objetos" 1;v111 0 t mbêm o
f llltentc : drilhlk:s sub mundo - se de tituJdo de s onlpotm , isto é, e limil do; e n o pode
o fonte de pr.u.cr, . cr limitado e pel •·re.illda dc", posto que '' ealid de" só tem s
350
pre apenas a · · -o que lhe, mp · da - e, aos oi os dá cr nça, plMa, a crianç tem que en[rcn r ma Jtuaç que nilo é mt s martlpu-
pelo outro p O outro $6 pode ser dt: tituidQ se: ele d stitul 1.ãvcl ima nariamcntc de: acordo com sua voo de: o outro (a ,n!c) desti•
e le próprio, como a fonte e o nhor da s gm. tui-sc de 3ua on poLência prcferind •se a um te eiro, i,o m o tempo
fi "o (e «:te). não é ncce.uário nem 5u_Ji- e que .9 gnifica i\ cria.n :a Ql!C Sl!U p Ô{' ·o de ~o um o tro bjeto cm
denLe e: • desig,nar uma terceiro pc:sso , "r l" ( p t, fora dele, e que c:la própria é obje Q o d ejo do um 011lro, o ~ai A tua.
ll quando se cst · plesmeo te o outro do ou- çllo não pode ser ptp tada peta crlan a nem 00m manipulá cl (apesar de
t ro. por li or da , secnC · a! seus tntermioá ei:5 esforço p11 t 1). cm como contin cnk (ap r de
simples-me ara u te. ~ pr que o seus inúmero desejos de que da se d solva, pela morte do pai, por cxem•
outro p o cr • q clt:s pio), nem como um puro fat o s.cm sentido: da, plena rk um ignlfJca-
que cl 1 • ê fon • Em ç o que se diz por si m a, e, na e pel s niflcação i colocado m mun-
0111r· s s, . eb s º -o ouc1c r que 6 mundo de suje tos, nde o c:ho encontro sua ori em
da jin i e ic:ação c:o itu • e de o de., cm certo ~ontido, ê exduJdo. E dcst ignifiC11.çilo ningué m ese-
nhum p . Neste entido, um •- nho . o pai 11 .a mãe · Ao tal , mcdf o e a ostitul lo do par parental, do
o. sobreviveu com sc:u bebê oum iJh_a de:& • uai ,;.ão di õem. omo tal, o encontro ed:cpiano ergue nte ll erian •• de
cillliz..i-lo e proporcion r-lhe um mundo manei inoontomi\vel, o fato da in ti t iç~o como ru odlllllcntoda si nifi-
"real'" m e r por(, 'tamen te p çação e rc:clptocame te, e obriga- a r nhCCC'r o outro e os O\ltro, hu-
Porquo, é claro, o pai não 6 pa i sic ele mesmo mano omo suje t de desejos 11utôno_ oa, que podern Uga r uns s
Uil in . o e lgniíi do para a cria . . utro lndependc:n emente ela, a pon to de ex Ha d llCU circuito.
utro n mc:did em que dcsej 1 Esla rtuação olu1 mente não con troli\vel ê, po isso mes mo, pre
cst r criar, e que assim ~le fi equivalente II ma "castração". Por is ~ também el liga definitivamente
cria il men te ultrapa te pr pr10 cm grau io lioi10 - o jeito enc:adearnan1os rca •racio aia , term na a nstituJ ão do "E-
ônlma e lndw ni 11di · rui e go J1 l" (Rtal-lch) e eee a ba rreira da rcpress!o sob sua forma
p con [nu . m ls ou menos defloitiva , Ela brc para o · Jto, para além do p oto•
i àdc. r · lta iienUdo cuja cxig~ncia d minar4 pars mpre eu inconsciente, o acesso
i a psi e, ao sentido çomo sentido bcrt e A significação prop i meote dita, e mo
z 1r um o s ira coo ção e rclaçlio virtu lroente intermln vel, mediai d_a ~lo o
psique de sua ucu1 m ' ab!oluto da ·quê, da rcpmcn a • da ln eoçAo e do nf. o; o/{Jfo real
bem r - e s vcz.çs e u lou, o racion_al, e a~mpanb da pela ínstit uíçio. Ela tabelece o q e serão
ema ;1 dois. ;1 tr p ed1tária" de pa o sujeito se moddo em roos identííicad rcs no cotid rn!nle
indivíduos o · o · ém. i s de ermo - e Jsso, crminando de tomar J>O$slvei.: l'>S pr cegos ck subli-
po<Jmd e. q ue r bricação de indivíduo, so m ~o, os q~ is volt rei.
~ ar que se.l e tod, rclativ a de s6,elo a Estas funçõts ou opc::raçôes social nte1 inelimín veis foram reaU-
sfgnlficaçAo profuod de &tipo. Porque n itu - zadn n ma me de cul u s, mre qual a no a mediante uma irmi-
tur o partlcu1ar (embo tenha presentado ímc:osas v riações), da
ramJlill patrfarcal. io cabe d. utir qu.i. se la, atu !mente em ctlse
l7. ~, m. por vn mi ilnic:i 11011 • p de pror nda, pode ou ve ~r boll . 1º e ev' dente e ~bld do hâ muito
m uf\do. r 10 1rJ1Uf. r befec el« m que anál' e de F~ud. e seu p.-olong.a.mcn10 por c:an, ~ e c:fetl •
ba~ldo, le 1111 SéJ1
· o dedl
~o do Mi tc,U pllJiti•lsrno {d, • 0j rovn t I e "'11
or te 1ronl:tnm •
cio flui"' era o pro bl scr<,v Ctf'I •
• Aetj,o 30 de,ejo se PI 11d• bis u
p. 21 e rt1men1 uc de ofc1ecl
• • a rtircto · ·eoa1pl ,odo El1ipo". 1ltm do 1)1'6prio Freud, (oi
m m~ ~~
cs . P ra quem à e ve • ino IA o polk ser
g, Slld9 , <Jngaí lt tcJU pettlicio.s.u "'" q1te ele so (1 de. e r: z ru auuos li! cicrcferc31. bA
Ili ' lj llC nD mpct
· d · Frc d, crn. o a d r o mes1110. por seu cknti fiei e n lma e "O "c011111nnina" e sua aç~ mltka."
vlllJ\cntc e$tão Li ada:1 J forma da iruútu· o "í11 lliar.. (dJt i .$titul~ acesw - sern o que, nunc outro poderi er parn criança c;,tJ 1u ujei-
çãv quc ll ura a tepr,oduçào de indivíduos corno indMduos sociais), e to de um d ejo aut~nomo, Mm a <:fiança podcri ser d própria um 1 1
cspoci lm11ntc à familia pia ria~!. aprescntnda bl1$-1 ame te oo o uma aj to. Em1 é a l!l'dadcrt s.ignilie llo d1- situa -o cdipfan , cuja e , .
neco,sidade met 'icuJm 1 e trana-hi 16rko. 'º O im port11Mc, no II tanto, r ação, na familia patriarc 1. " ~ :1entido, 6 20 mes o tempo exem J.ar e
loculiz. -scem ?Utro onto•. A menos q~c5!', credite- º.~ue apareó; e.ada acidental. Temos dírerto de ima DIU' o qu< quer q110 seju q anto à,
,u mr is m liligr n atrnvcs do confust00 mo ?5-Cudo• subv vo oon. transformaçõe das in lltulçõcs d.a. 110ciedade; rnns niio cs1a ficçâo in 0c-
te"1PO~n·co - que o recé nasddo humano fl predestínad por w n tU• r,e.inc1 scaundo u qual 1.1 entrad da psique na ·scx:icdadc p0dc · lgumu
tcza pela Boa N11turct11, nossa ~lc am ndo • tod : ou por .Deus, oo.sso vez QCOrrer g,atuf1am.e111~. O lnd.ividu não 4 um fruto da o tureta. mc,-
0 ~ Pai ; ou pelo EspítilO an o falando pela boca do l'.lltím profe a em m tropical, ele é eriação e instftu.lç:10 ~ocial.
oda, a mã ex isl& eia ociaJqiie nrnadurocc nd_e oom o p ar dos
anos, co o o~scem seu mc:m bros o aumco s<:u peso; a menos Q,ue se
i.Orl e que ele t gen Uc mcnt~, ou n ... o s cm com , pr6• cgamz do A subHn111çio e a cializaçio da psi 1t'-
fll co11stí1 ir (ou ''ít!!ffetir") um real e crente com o de mundo e too A "su limaÇão" nada mai édo 1.LC-0 aspecto pscogenético ou id!o-
fcfecido às m~m si it'ieaçõcs, reconb~ espont11ncamente o outro e cnétko dn socializo.çllo, ou social ação d psi~c consJdcrad a como
sua u1tonomia, reoot1hccer• e e.o ind vfduo, ter sempre so1t1,eote dc:ae- proccs o psíquico. Este prooc:s só pod~ ooorre.r mêdiantc condições -
·os que um hatmonia r t_a}>eJedda concilia sem r-e. co_m ~doso scnciais que Ih~ ,ão ri oro mente éAteriorl:$, clt1 é n:tomad pcl psíc.i, e
{ 105, poder cxist.ir fiums colctrvid de, !ntesntment:c m mstltu!da, ou ~ rormas, ldé, scc:ialm<:nte tnstitufda e~ sígnifü. -es que estos 11.<: rn•
der, desde aeu muolmcn~ (ou, rt1a1s e ata.moi,le, desde: su concep- ·panh m, ou eproprlação do soda) pela psiquê pc a concsdt ição de uma
ção), ne ocla:r Uvrc~ento s~11 entrad nunrn soc~etiad~ institufda; cm s - interface de contact entre o mundo privado o o muuc,O p blíco u oo•
fll• , , menos q " se ,gn re mtcgrnlmcnte o que e p~que .e o que t; a SO· rnum.
td.ade, é lmpo dv~I d.csconheocr q e o indivíduo S!Oc1 1nao s.o ~csenvol- Ftcud escrevia: •'Se nos <k amo levar p Ja pri clra irripr1::si <>. s.ó•
ve como uma lanta, mas é ç-riado-Cabti(ado pela 10c cdade, e 1s;so ,rm- mos len tados a diz~, quç subli:maçAo é um desti d p lsã-0 forçad
prt medio.ote uma rupturu violcnt daquilo que é o cs-.ado primá.rio da peta dvlliza ·o. M; seria mdh T ue refletissomos mais a «spci o". • i
psi ue ·e as Jg~nci.ll . B uma instítuiçio ociaJ, so um~ forma ou 90b Dmer que a ~btlmação foi imposta pulsõc pela dvl.lizaçâo, qua do e
out a tlHl)re n!respon á~I por isso , A fonna e a orientação desta ins,. evidente que ..elviliz çlo" - ou scj , qwitq er forma desoocdack inst •
titui •o podem e devem mudar, o que ela cria-fabrica - o lndivlduo social tufda, e já á tln uagem ~ Jl> pode elâsUr sei, e aomentc e, há ublimaçfo,
,cro v.:tJ modo de r, suu rcfi ências, us comportamc::nto - tnmbém, mostra a irredutibil dadc do ~ciuJ•hist6rie ao p$4quico, o m mo teni-
sero O que uma rovol ç:Ao d ociedtde é imp.osslvel_ou c~ndena 11 • re- po cm que a irtodutibllidade i wcn.a. I a.lmente - e apcsanie o tfll$ for•
cair no "antig,o caos" fl curto prazo. ·:u irmpre_ era f) ~, o. :enl pédit- mu.l.a c:a muit.o m;ais superfici i$'' o caráter nedutfvel do !tOcial é ímp!i-
lhe um opi oilo qu_e ele n o podo d.ar, rra ca o· rc:çé-m-na~do de eu
mundo, · por-lhe - 10b pen de psicose - rc-nunci~ à a.u onipotlncia, o
tamcl\lC rceonhccldo ncsta frase ac:
Tot m t Tabu~ "Oen tic11mente, a
niauucz.n tt•&ocl 1 da neurose deriva de su tendan ·a mais -0rlsinârt , de
corst,eci.Jnento do ~ o do,., outro como tão legf lJTIO ua.n o o 5eu, - f~jr, nte uma realidade ins.amíató la, pata um mundô fant . tioo Ot1dc
sir1ar-Lbc que de, não pode faz« com que .as palovru da Ungl4l signifl• b mai pni:z.c . Neste o,und tt:a.l q e o rn:u rótico evita., reio a JOciec:l •
quem o q o ele gostátia que $igolfi _sscm •1, fazê-lo eéder ao mundo do dos fior:nem e das inMiL içõcs que eles produ.ziram coletivamente:;
sem mah-, mondo ocia] eao mundodassi oiflcaçõC$como m undode fastar-sc da rcalid de é.. O· mc:sm tem • sair da c.oarnnidide huma-
1od~ e do ni guém. ão cmos como rc:sp<)n.s1h·els pelo r«:em- n "". o m mo di r qucnilo há, rao bom m. rtalidade fora daqu
,wcldo po·<h?riam ~mllis dei}(, r de t roar sup<Jrtc:s de um ~do 4

1mmdo im inátio, onde enc;irnarlam a figuras da onipq_têncla. nem


como poderiam Judá-lo a d le sair, cm p · cnd ,car-li rar ara de, de
uma fó ma oo de outra, ox.istencia de um de jo ao qu1d elo não deve t~t -42. G V, p. 4~ ( faJ-r 1JtJ CMft: b. Fne,,d d1$)1Ç e
,iu aia ndmteJ etl lscQnlta 1tór:iu. 06Kt,rl)!d(G .,
1, p. 1Uçdorizaç:lo da objatl> bnnd <lc 1c-ub mQ,Ç5o" A
nç tibllmuçlío e kl li.r.aeto ''lfl'l w.. . 161 tJ o
rct.,
44. os (tu.e a po;tmlc• tt e31c respcltO com~ pelo 111cM• <indc ttl~o..- 1e o C(). • L'11~ 11 i u d , ÍIKrlt ~ • de PJ-~ n Ml~tho ~ ~/1.ud(, E11t. Fr.l.ld qui
mt•'«t dle 19'2~ o 1.1uie cfa ja nt~e p nm-.:ine lk;se1tvolvsda cm W eid1. , ~ . por -mpla, e> cial, ú r c sin~J>l~t 111c e o ''iafl de, u l!JllCI n
41. ,.W<>Jd.r ttdtt Nfflll l ""'1111 f},~ 10 »tcrm .. (as ·p afovru, sia tk.am o q1:1a u dC$cjo q11c mero de li JOB " .
clú • 1qú~ diz. oomo emos.. Htrmp,t,Y· m-pty +e. G, W'. IX. p, 92. Ci, ta 1blm O. JY., XIV, p. 4J.9,.,W),.
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la obre a qual ''rein m'' a sociedade e .swi in I tuiç,õc , que n o c~iste ja . desta, assim como nio Pode ser i.epar11 da rede d0 relações, nas e pelas
m Is real ade que não a cialmc e instituld , e que isso deve ·a le:• quais óc locado com .. objeto" e tal "objrsto". A "sublimação da hom s-
vado sidera o n s tcn! tiv de dcílnir o con .c údo do.. rinclpio se uai.ida e" na relações sociais eotr,: individuas nio lgn fica omente,
de realidade" - ou :ia, o .-eferente do termo rc !idade - indetennin d nem l to, que se rtnunclc :\ satisfação se uai que os outros p cri.am
na te ria íreudian e muilo frC(j e temen e iden tilicado - e pars come-- ore 'CCCC, mas qu cs ou ros ·nao s o mais mplesmcnte ··otfetos" se-
çar, pelo próprio Freud - com uma "rcalida e nawral pr ccns mente xuais, indi Jd1,1os ciai •
sirnpl~ e i.o ubit4ve1. uan formação da mâQ obj uai em mãe tem não é. omcntc
Do pon de v que qui importa, u lima o é o pro sso me.- oo vemo do fim da p u1J1 o, m s modiOca do objeto: a mi1e te.ma n o
diante o qual psiquê é fo a a ubstitu r cus ~objetos própriO!i' ou é e não pode s.er màe--0bjc to se uoJ, p rque eJa só p e ser (para o sujei-
"privados' do lrtVC11t mento (Inclusive $ua próp ·a ima cm ela m to) n, e terna, enquanto e aoclaltncnte in tllufda, referida a uma qua11-
m ) por ob· ·tos que súo e vai o e pela imutitulção social, e íõ.Zer pa tidadc de re i ç.õcs e de si nifcc Çffl que a uftr passam ln6nit mente e só
<::la m ma. "causa ", ''me " ou "suportes" de prazer. J550 implica, evi• e~istcm como lgnificaçõ sociai instituldu, la é a mesma mãe para o
d nterncncc, de m lado, a ps que como imagina • o, b~r,eomo s5l- médico ou o ologia : els não é mc:ama mãe para o que rmporta aqui.
bilidede de estabelece,- isto or aq Uo, n lugar daquílo q1Jf.d pro quo); E, na mcdid , prccisame te, cm que est-aa mki 51.1<:ff lvaa e outro.t - a
por outro do, o social-hlstórico como ima ináric sod 1, a saber. ·ç;\o mie onlpoteote d f: triádlca., mlcediplana, a mãe erna - coexistem
na e pc:I tns1 tu"ção, de ío_rmas e de ·gnrficaçõe$ e a ps qui omo ISI para a psiqu· ·e ligam e uma com outr , pc><INe ver inda uma vez
est4 na irnp0$3ibilld de absoluta de fazer cr. O cesso liog11a.gem no com c:sle eumplo, o que é para rn sujeito o repre entaçlo da mie en•
entldo plmo do t~mno ~ orno I nsu em pQ lica). e o ac:~ o faur q anta ma ma_ Pensar o contr4rio seria pensar a representação (ou o
como socie.J ~o duu lrustllncia cardi is d ' o. "objeto") p N a ps que como m cabide no q ual o succsslv.im te
Portanto, o q e e l6 cm j o na s.u Jim çio, 1 e mo l° entendem durl}dos afelo,, Intenções, relaçõ~ · e gnlfi çôos dffcrc!'llcs, cada
aqu i, 11ilo l somente ocm nece,sariomeotc,a .. desscxuali23ç Jo" da pulsão, um11 da uais tem uma e1dstPJ oi.a independente e que, toda, junta', dei-
.IL9 a imta TBJ o de wna lntersccçao nAo vazia do mUD\1 0 pri do o do xam Jn cto " uporto" comum.
m ado pl1br I conforme !':; fieicntemente quant ao u o .. , às eJtiien- este 11n1danç do objeto q íaz com que nAo e · tam m Is p11r o
ci estab,dcçid pcJa in h içjo da so Jedade t Lcomo e a ae C3])ecifka uJeito, "ob1ctos" - m QOis e indivl OlJ; nem "S(lllO'S e paJavr priva-
de cad1 \lc ünpli.;a, cralmc te, uma c;:onver o ou ma mudança das •, m suma IJn u gcm pübr • Por ta ril2'1 , tamb!m, rillo ê po (.
do fim da pu 'o, mu empr, e "8Cnclal111cnlc uma mud nça de ubjeto vel diicr que blimação e rcprcs o são dettinos da pulslo q e e •
n sentido m is amplo do termo. O ue cr o "objeto•• d faKs prece- cl rn mutwimente. De fa lo, as rc rcsaôcs suceu v q ocorre desde
dentes deve w retomado pda psique sob uma out mandra de ser e e ue a cl$1o co 'eote/ incon ente n Laura correspondem respcctl-
outras rel õe - portanto. elo 6 dai em diante um objeto outro, porque v momento do procie:sso de sublimação. E, repressões ão, cm ver-
tem uma outr sig.nJlic çio, m · mo i "o fflC5IDO" física ente., e me-s- dade, lmp Ivci~ em muda sooneomitsnie.,, 11ind que embrionÃrias.
mo ·, p11r-e a psique, esta scpar ão nunc é verdadeiramente fdt e as do nm e do bjeto d puJslo. O l,ifons deve lnvcsili a visão ou a prccndo
"<:amadas supttpostas de lava" 0 corn!Spondcntcs a forma s suoe: - de outrO!i ·ctos uc nAo os o, omo deve inve tlr a p I vra, cru o que
VIL$ do objeto, n o some te s 'am c:rivadaa de condutos vulclnicos por ele nA falllr l . Ro:'1rnentc, no inicio, cs vestlmentoJ aão eompleta-
todo Indo mas nllo cjam qu nunca definitivam ente 50lidifi adas (o 1 ente(o mclb r. diretamcnt ), ''erótloos"; isso em nada Ilera o Cato de
que se liga com o u foi dito mais acima r~ a natur magrr, tica dJI que o lim busc do pelo b lbucio d 11/ans "à n, o scj o fin, u scado
representa ão). ste pecto - a alleração do objeto - permaneo e ocul pela sueçio. E., é <:taro, uoti ~o dos objetos lnvislld nun·ca desap:i•
n apresentações h bituais d subi mação, quat,do po exemplo, 1\IC diz l't!OC talai ente. O A1.tjelto jamais ab dona Integral ente as poslç cs
a res~ito d.esta que ela 'ó e occrne uma mud do flm da pulsão, que uma vot ocupou (inv, tid , berew): 6 etta também su hinória.
sub titui o d.a atisf ão sexual por uma s l síação n -o sexual. O •• Mas as po lçõc:uó s ub.stslem "normalmente" sobretudo (()mo iflco •
jclo" da puld não p e ser êoncc: ído in cndentcm te do "flm", d i . Rcpr • o e oblima o nun ca 1110 desti nos d pu Ido que C:X•
c:I cm, ,na5 rcpartiçõc, d epergia de lrl · timento cou•c repr~nt ~
a tig e r~pr ntaÇÕU/signifícações altcrad e ool/a . A ublim ção
~ I•," G. W , X, p, lll.
u o", G. W •• X, p 161 , 11.Ç
ai ,.' s.11tllimAçi0 e Inibi to 3o li • 7. Pr va diu iio a.s lnr.monu soe ades .,., mosse.tlR! 6c foi l1Ut1C1nc:.i0
1 a fel>! s o, ~ icil;i.,
3 6
que fat de m;ic edipl ana uma mãe i na, n o somem ão im pede m pou num certo t'Jf do (}Q rTpnm:nraçõo - a · ber, queern to~o:s º! .
ilCOmpanha.s mp e mnn tcnç· oda me mo objetoerót co ttprimido. men<:ion d0$, a reprdcntaç~o QO o tltl que forn; ce a atl (•1cno1
i\ im uul'lbém, os oomponcnlcs da pul o anal • o sempre ao mc.~rno Com isso podemos diur, pa doxalm~ntc, que:-o suJ«:ito oo nnal ~e
~e 90 nsprirnidos e .sublimados - e a zona.i.nal, em função mesmo de s a seu pro cs o de social çâo encontra-se proJ1. mo de su St uaç!lo de on-
ero eneid de mant1d , far fre:qOcntementc o o jc o de um oontr • ge , onde ~ repre:sent ção e , mo tal, prazer. A dlfér~nça eq11e c:n o
JnvC$-tímento ••e.tcessivo" no indMduo dito "norm I' de inllmcras cuhu- e "dispunha" dc.~t.. repreuot,.çio agora el. ~ mechat ada por um
r s. "normalidade" do individuo para um.a socrcdad d:!da depende "cst do de cól, "do qu 1 etc não dispõe. O indivíduo ocial _11ão P?'1'
rnbéttl e .sobretudo _d relaça entre repressão e subllmaç· e de su sor t:~nstitufdo, "objc ivame te", não ser rnediani.e a rarcr ·, eia a cci1s.i;
modali.dad t ou ros indiv-Cduos soclaís, q e ele pr-0p io é ncap.tz de criar on olog
ão! necc sãrio q e entrom0$ aqui no CÃ me do N!man ' anto cam te, orqu e ó podem c:J\istir ri e pela ins'?tu·ç o; e _ele é4:on!ti•
"tópi "e 'cçMômi,::,os" que impl_k a a fase fir1 1 da soci~lizaçiio d S,llÍ• tru!do "súbjen etlt~•. na medida~ que nsc-uru f ~ oo ': mdivl•
q observem05 penas que a p:Utlr do momento cm qu apar-cccm um duo~ para ~le - o sej· , investir o:s .rcsuh~1dos da in ltul~ão das« cda~c.
'Ego real'' ( P.eal-Jdl) e uas "runçÕ<:$ de,sfo~c'\ pa se uir a tcnnino- Est "rc1om11d " pcl lndiv!duo da rede constituJda por 01.1trn m-
lo8)a de Freud - í.$t !, 11 partir do momento cm que o indMduo sacia~ divfduos e por coisu impli vidcntcmenle I mti<m que ele prôprio e n-
tal como o entendemos, t dcfipl.lva.meo e construJ , 11 inte11ção, o tcn- con rn um I ga nes.~ rede e q~c: tenha aa$ o a ela. Considetad<? sob
i;r•para, o ' 'd~o" df psi ':ê sofrem ~mbés um· allcraç~o essencial seu aspecto psicog.enê.tl isso é pen.as a cons ·tuíção do ..mod~lo \dcn-
om seu modo de aer. A mtençao torna-se intenção de modlflcaçã.o no roat tiflcatóõo" final do indMduo. te, em um de seus pól<>li 6 uma s1anifica-
0 do real_ que daf em diante ustcntará o fatM do lndiv{d o sob su· cll, çllo tmagin ri ·a1 que conere • .a e, rticttla a ioslltuição dó individuo
ferentes formas, ta modifiçaç- o da intenção ê iodtssoci4vel de u ma pela sociedade con iderada ( çad r, o gucrrelro, ~ art o, mari:r fa-
"cort\·tnlo do fim'' d pulsão ( ills U'cll.mcnto da atividade p [quica). f/;!U, YWeta, o militante, o Inventor etc). .- tlza~ pcl . ptópri
que vem 1 ~or ernc-r ência de. uma nova forma de pi:aur ou de um nova h' 1õrla do 1nd1víduo, ele possl,,li u scg ndo pólo na smgul.:mdade da
rorm de satisfü o. O razer comeoc.>u por sar ptoto-p :zrr da monada imawnação criadora deste. A im e e p de., t\~ vezes, e ceder, cm ~uco
{)$fqu~. preseoça lme(that da .saü$íaçiio indátinta d rcpT~en acão; 0 em multo, o ·•modelo ' ocialrncnte prop0sto ( e geralmente lrnposto
tornou.se ~Mm erótico, no scnt do restrito do ,effllo, parur do mo- · uficlent-cmcn e qu to ao U$0") e lornat-sc ele e ençontra por u
cnto cm que uma represcrttação diferc:nciad2 (ainda que rudimentar do vct soei lmctlte moma: o e valoriz do, fonte ó origem de uma Iteração
••corpo" a p ~ e íaz de te, pel n,ediíç o do•o tro, um tem: privik• d nstiluiçilc, do indivíduo social e-m seu con údo específico, Ma O que.,
• do da satísfaçilo. Panl o ln 1 [duo social, u11i tcrc ·ro praZl!f ap reoc a raVi do " modelo idlintific tórl<>", é lnvcatldo é l~d _ , ~mprt! t~.bém
:Som dianl~ (não neccssaTiamcntc .sc111prcconsc' nte), o Individuo pode ul'Jta " lma em'' do individuo pa ele mesmo, mechatJ.wdà pela una•
e devo poder contr r prucr num mod {\cação do •·es do de cotsas" gcm" que ele se repn:tenttt fornecer ao o tros ''· Isso implica ai d q c
exterior a ele., ou n percepção de um tal "estado de co· :\''. A "nature- os outros ht ivlduos soei:us o ió vestidOI pel sujeito, e oonse-rve . um a.
u►• dC5SI! cois lmpot\a pouco - sendo dar que J1C trata <k coisa so- po,rte do pup~l de senhores da ig:nlficeção. M tambc~, a oon(ottmd.idc
cial QIUI squer que "ja os co pon.erlles da rases ntcriotc se:m.pr-e do indivíduo roro ua própria hn1.1gcm faz parte d.esta ,m .:m e do pró•
preseat o individuo aoclal é lguê q_u.c p-od $entlr prazer cm fabricar p o a_er do ndiv(duo, impo Jvcl s~ 11 lmaatml e de revel .r-sc - re-v
urn objeto, cm faJ. com os outros, em ouvir uma hêstôria ou um,c_a nt , 1 .se mesmo tipícl.lmcnl~ e de manCJta tm=d01J1in ntc - m l$ unportante
ertt follt~r um.a. pintura. ~ demonstrar um teorema ou cm adquil't,r um do que a integridade corpor.il o a vida. ~sularmcnte sa1:rUicad11s po~
ubcr.: tarnb-éro cm tomar conhcciment de que os outr IS tem
uma · " a conserv ção da h1tegrl ade da im;,g:em - s_cm o que o_ homem não ena
opir1jio'', seu rcsp-eito e tt1csmo em pensar que ''agiu 1>4:m'', ta tran.• homem. O invc timento absoluto da uto-reptescnta.ç a fcch.ado da m~
forrr, ção tanto da "fonte" como cio ·•caráter" do prazer, cm s.i mesma n da ps!qui ori lnári cnoontr -~e,. 11 mesmo tempo, rp~ntl~o e rad1•
uma d,as <:oÍ$U 11' is surprec:ndcm ~ cotrc t da.1 aq I s m que n s lm1:.nte aJte ado comó Jmpord.neta meontornãvel, para Q 1nd1v{duo, da
conrr ta PM uê, põe em jogo, em dllvida. um.a infinidade de proc •
sos O pontos de apoio. ◄• orno não COMta ar ue su.a poss-lbilidade re--
0, ç1di.?. 3c)qucwclcítq1 ,ep rnf~tej11rc,m e ,
ele po · Cfl ,1~ t ~,.,.. •A Jl,e cfu ;o. M
.is. .aót p,0dcfert10l
M •• tlum t~ um dia, carocLcriut do ponto dt vl$.Cll m · - 1 $c'iC11 rt , di du I stenk1 1'1, -
psi.c-o1ógill0fl pcmir (llgodo li cti~l 11rtlsrn:a u~ oo JDbar , e viu Frc.-! en f93Q poulv IMctll JC Ç11 o. nió j10JJO d4r de 1
(" w nã c"I i açiio". O , XI , p. > rmea.cm de a lg.u.tm ~u.c Jc
8 159
integridade de ua imagem. de sua uto-n:pr, ntaçao, s pom: úl o, uma pulsão nem mesmo com urna •·scn l ili ·cu~
pu e: de lodo sentido e de toda signiflcaç-lo. 1 r (ou etogc: on 1. tal como podemos, cm olido.
lncfvar cm fc:r ds i pua me, mo in crd • ·
ço t u•o :,ocllll-bhtórk da bU~io dcir mente, o de is1a rl\l ou bi , $Ua
nsfonn ç p iado de viv aso jctlva t lr,vestl-
pe11pcc11111 ps'cogcnétlea, p r si só, é radicam, e incapaz de ex. mc:n~ de im 'si vida ps e o oel · l do ndi-vlduo.
Ucar form1~0 d indrvlduo soeíal. do processo de oci ll:ução da pai• Só h o s.naJ, n~o porque a wna anal 1eja cr6geoa 4'por isi''. rnaa
ué:. Tnii:s q e: a unem a m íoria do p.s1can ls - :i começar J)do po cr Ci xad e man lid po e: as fu são e t bc
prôprio Frc:ud - insl te cm i norar, O ue pr voca esta obst.i.naç4o, a cid bj• ativo nas rei çõc& cn t o fnfans e siu m -e . E .s6
oculta.çil.o do oc at-bi tórico quci vai j u to com c:la el.a, 6 ilus!!o tenaz aA tab r serem Já pa mãe algo muito diíertote de
da posaibilldade de reduzir o psíquico o b o · lco (ou, mai$ recentemen- u r a oname-nto biolOs;ico do i a,u. posto que c:m
te. â "estrutura" e o lógico), ela própri dirig da pel von~dc de elir:n lom seda "limpcu" tcce-le(mei exatam tc,podt-se tccerre-
n r o imaginário, tanto como i la inário social, quanto com o lm · in - 111ndo a ln titui o da sociedade, cmine.n1cme111e variâveJ a cito
çllo dica! da psique - isto é, como orige-n, incontrol ve,. ~ perpe llB• uma s6ri de significaç& tora/m ,ue 1.rb tn\ria. do io ó-
m ntc: em aç110, d his ótl un a l e: da histór1 da lquc si ular; ia, gieo. ~ co traditórlo pen u n ma sQCied e oode i~•
controJilvc f:111 sua c:íc:ti11ldadc:, Incontrolável pelo pensamento. ~sim, sem inv tldo um mínimo de: genitalidade bctc:rosselnlal. Nl luta-
me:sm11. Q041slit lçllo corporal, me. ma se ualid de. os mcsmoa os e mente e ºtórfopens r numa aocle ide: o doíecoriam e
Th .natos, mesmas pulsões oral, 1rnal, geni ai, c:m atividacks sempre e urln ria e se eoa>ntrtm q n si A íeus são
cm todo lusar, f duzlrfam, ~ fu". de n!IC? s ~~- que; çidc:otc. um. obje só cidrt.o mediante w is • <:0mo objc-r
mc11om ~tenore • ora a polig,aro1a o ra a mono mi.a. ra b mc:c o- to. O a.nimal homem n ão produ1 fe e: . E par além
uc:s, ora b mba. atômicas, or um Deus•Rcj e ora u_rna ssembléia do ou llém deste: aspecto, a cr no! ( privite iada
povo. ora Jltom0Jt1 e P. feanal _t.is. ora s lorifi çã.o e i. _00n ra · o na croge idade ger I de: tod superílcie corporal) i totalmente íncom-
ofi Ili ~ o - ;ii;uàlidade masculina e on a dewuição de :ioclOC\'ua pelo rc:cmlvet fora d a lqul ia agi lqul , c,apaz de fazer deste
raio do Ci!u. Em· nome do esplrilo e núfico, e: ri óro.so, chc:g· mos mais riflclo e do que: dele ai os rtes d en1 çoo m i. ~ ntosa.s e
uma cz a conseqilbicia c:ic:nttficamcatc m nstruosa: flltorcs c:ons- mllii v ri vei .
ta..nt pr-0d117.em efeitos variávob. m lmo, poderiam e:nta Podemos, p is, aparentar que no.s d os um "pul.s o o raf" o uma
então -i o alo 01Hta nada - este ntm I um p uco carticu l r mal um " enitalidedc" eomo m j5 ou mcnoa lnq cstionAvd; não podemos fazer
"lnstimo", uma puJsiio d.e ber, e dotar esta ''pulsão" de: ma pr pric- o me tratando da pul ão anal. Ta bém não podemos d r•1101
dadc: curiosa e ún q uc distin uiri d.as ou lrWJ - i.s$0 também não cus- uma al cm cral, e tentar reduzir · produ -
t11 aada - de "p grc:dir'' por i m1:.\ffl , c:m cus re.sult.ad intrí ec e tos e es $ód1ü•htStôr1cn ts diíc:cc e: a o •
nas modlfiçaçãC$ ue e a 6 paz de introduzir n.a "realidade". Mas qui dem, o dinheiro e pintur • Porque: não $0mc:atc es t lm-
também, as•· ipót.esU" que não cu tam na.d - bem como hipóteses po c:us objc:1os não lhe 110 ofcrccid e: apr utro
moaenéticas ds quais Freud &empre r rrcu - nA ucrcscentem nada. aspe podem sê-lo o socialmettt.c: criados e nte
Gratuita,. e aio também lnâtc:is. subi de cad vez tal mo i, c,pc:cificru1\c:nlc ht•
Assim, "oralidade" e "aenitalidade" perecem lnque!tionávds en- ve · a nem psiqu"é. nc:m pul ilo, nem psi nêll. e - m -o
quanto conaeq0ências da eonstitu -o lológj do er humano e: como da ocic:dade que: tom obrigatórias para os iaômcr liso-
e ndl -e., da oon c:rvaç-o do indMduoc da péci M isso. obviam • dcd de: tal.s objeto de: subi mação m c,r.clu o de: cst
te, ~ \ a uma d tioci1 úumita do qut ão orali de ·genltalidado hu- ij<:1os lomado.1 cm rei çõcs uns com os outros, que ~1io wmcnte lhe:$
lt manas e111 era!, mal anda do que elas d , dif~ nten11111u, n s divc conferem s signili çilo, m s tom m possível a vt a 50 l~de
sociedad e:, ps.ra e certar, dlfet-tnrem nte uunbém entre ind ivfd uos di como vida rel ti11amenlc: c;ocnntc: e organizada. Isso é j st mente o opos•
tintos da mc.sma w ' da.de. Mas mesmo esta par!nc II d ' nc: idade" 10 da "v riabllid e'' ou "yicariança.. d objeto da puls~o tal como
blolõSlca se de,moro a u11 do coosldcramo.s a puls!o an 1. Porque. c11i- colocava Fn,ud, ue ó tem ntido no c.impo ( ividual cstrit mente
dcntemc111c:, o o poderl mo , de m ncir alguma. lí er com que fun- considerado. ó de haver cicdado na medidJi em que os objetos de
ões bíolóaicas de eli inaç-o cam: assem o pe.so d c:on hui o e: um
"pul.sno 1 1·•. A pulslo Bll3I c:omo tal e enquanto pul.u1o ~ pu • açilo
inJ, histónC'3, ad:s 1cm ver com fllnç-o de eliminaçlo (porque: nll jo, • ric and T , pani.c u m,ntc p 21
60
s11blimaçiit> s· o ao nleffllo ti:Ul'lpo ti ico , tegorliados e- wm !ementa. 6 pettinente do ponll> de Yi$tll p ~ analitico, não ._1e.ravit ção 11t1 rnl ou
re ,uns d s c,utros: ~im ~o, ,º· paralclúrn nte, os pólos idcntifi dot· . e:;1r1Hur do nú e õmico. esta n: hdade é. n caso prt. c-ntc a de
oc1almentc oftt-c:cados t s tnd1vld,t s de ·cm ser · o mca.mo ti!ffip-o tlpic01 uma multidão ele institui,;ões se(."lmdári · , de individuo ooialmcn1e
, c;omplcmetit r s. O ólo identi fic3(i r "$enbor", por exemplo, p opos- lt: orizado (oomo pitaU&t e c,omo proletán , ), de ,náquin ■s, !!te,
to a um lllho de enhor d ■ ~p ca feudal, S<!ria puro nada em teu funcl o criações socfa s-histó-ri as unin das pela teforénci coi;num a um magma
n monto ps{qufco fetivo (ou ó produtirl es mnho psicóf ). o, pia • de sígoif'icaçÕes soclai imaglnâra.s quo s!lo s. d capitollqmo e rnediantc
1 amenle., a socied de n o propusesse e lmpu.5C&6k a Inúmeras outras a qu I claN ul.rte 1 ímplcsmcnte e são o ue são, m r I e par da in-
"rianças oi pólos deruificadores e lgnificaçô uo r: riam d I rvos dividuo. Esta realidade como cria • o oc:fol-h{slóricá oompreende em ili
por t da a vida, m ma, o é mposslvc.J sem a !1 icação odal de: índividu que r/am cu•
· llúStt os ainda · itua o oom um e cmplo . Uma. íntérpre-t2i,; ~ pitalist Filbrl çilo que, por U4I vci, ex gc muito ma' do que. por
p$icanaUt ca d.evuia pôda e plicar o que é que to rna um ndivfd o mal • cmplo, pulsão an I e ua " ublimação • no enlido estrito, Dizer <l e
011 menos eap z de as.s1,1111Jr su 'tuaçio efetive, que. obviament , ê sem• 0 d.lobeiro corresponde a 1,1m;1 sublimaç, o das fc .es do ponto de vista i-
pre uma ilu li.o soe ai, Nã pode ver edade ca ltaiista , a n o ser co enttico prcs.su •e a CJlÍ1tincia de tfüiheiro como in ltuicllo $0cial (e
que capitalistas e proletários e tenham reprody,zldo quo,ldlanamente jgso nem é rnquestionável, nem o mero a,i nte exterior) como eondr-
t1tilhôcs de exemplares, o funcionam to social. a!amcnte onde es e :lo d.a ubUmaçllo, pr tlcamcnte obrigatória cm tal e qual tipo d~ socie-
(u.ncio11amento ó pr-odu. l há ;,penas u culo, ~tnifeud i e cam o- dade ( m o que nem e"as sociedade deriatn existir, n os lndjvf.
~ - 0$ pro ssos psioogendtic ue tornan os I d1 vlduos capaz.t::\ de du q e ai nascem a( poderiam obrevivc.). Mas b4 muito man, porque
as wnir situ.açõc:s de capitalls e d proletário, em urna importância dc- o capltali.sm lmpl.Jca. algo de m ito mais cspecClico do que um lnv~tl-
cl ·.., , a o uma das condiçõe do eid l&nci.a do. ·stema capitali.:!tn - o qu mento rofundo do dinheiro ou mesmo da o,sse em gcr 1 - e i tanto
os manl tas cm ger J esquecem, querendo reduti•los a um epifcttõmeno, do ponto de ,,,j$ta socfa~histór co, com do r,onto de vista psicanaUtico.
coooomiia_nt,c automãtk do "m do de pr du.çilo' '. 8stes prOOC$sos o e o forma~ o psíquica, um pitalísta no sentido itdequado do ermo,
irredt1tive' a processo unum:.nle sociais: mas também p~up8em, 16· nâ.o 6 em al/llro, nw, u_i;u rlo, nem m ac mui dor de terras - nem um
g' e r !mente, estes últim , posto q e ~e tr ta, ao so, de f'o.rmar o ron et. nem um J érõme Nico la · S~cb.ard, Pertence i; um outro n iver.so,
i.ridiv(cfuo como capitalista u pmln.drfo, e n o como enhor, _patrfc.io ou ruo soeiologitame te, quanto lcanat tlcamente. Sçr capitalista, como
padre de Amon•R da na psique oomo tsl pode produz.ir r:rt& gnifi- o forarn os indivi duo! qu"C cn rnaram n scrmcruo, a propag11~0 e o
c3çães, o muNlo de sigall1caçoc sem o que ~las nio são nud , o modo d11 triunfo do capit )Ismo industrial. durante o últimos s~ulos na Europa
serdes · signific:açõea ç mo lmc tufdu. eohum co ponmtc "conttiA ocidental, é inves ·r não o dinhclto ou a posse em geral, m a méqulo. o
tudonal", a he11Ução de formação, vicarlaoça do obj o d pulsão u per- a empre , e issó ainda de um mane.Ira espceHka. ão 11 ~lação e a
vemdadc do pais podula pré-formar, cm A cn ou cm Roma, m ,náquina como t 1: aqueles que inventam mjquinas c,u ão apaixonados
cria:11ç p,tra. tornar-se Ptesidente da Gtm ral Mou, , enhurn comp-o- por el , não o capitlifl.s as, ou somente o 5o por aetdeatc. Nem a rela•
n.eote pode ho e, em Pari$ ou Nova Y<Jtlic, pré-formã-la p ra ser f raó ou ~ o di rigente numa coletividade, a relação o poder como t l· um capita•
shar,1an - a não ser na medid ■ om e fsie:s.sc dclil um psicótko e quo o ll$ta aão é um gcoet-al, um mini tro u um bàp<>. em a rclaç· com
contetldo do dclirio psieótico pud se uliJizar significações h. tórlc s dis- uma .. racionul dadc•• ou ma uracíon liza~ "qua1qul! como is: um
ponfveJs. '"'Evidencl primárias";~ portpt~ Porqut: o discuno p$k nal(. capitrdJsta niloé \Jlll m111.etnàtico, um cientista ou u.ru filpsofo. Serellpi
1 co, sobretudo, é re ufarm ~ obrigado fazer e mo se fflas "evidê • lfata· ú investir este objelO c.spec{fic:o que só pode e,ustir com o l ns.titui
ci s"' oio extsti9$Ctn'l social: a empres , como rt njo QOJilp exo de h mens e de máquinas, im-
C idcretn0$ m J otc to mente o eapimlist.i como il1 vlduo. N.i. pltcando wna infinidade de outras lnstiluiç&s eproccs,o fora da cm tt•
b st lembrar q\J.e, para uc e ' t este tipo de ndMduo, é prcclio que o s~ e o invtlltir mo :suporte e instrt.unen ~ão de uma formação f ntásti•
suj ·to se relacione QOfll um outro, com os outr e com "r-calid tt". ea subjetiva espec:(fica: de uma cntid.J.de em eicparuão e em prolifera, ão
Que "N:aUdode"? Sim, rica contestado o bstina.d.a do im ll nÁrio o con~ inc ntes, tem do um auto•crescim~nto contl uo e ergulhado
ub e
cial com ctt , a contesta ão iiJ.lalmente bslln da, opo t em numa solução nutritivá, um ''mcrc.-ujo". onde uma oíert e uma cmaa-
ga:-•1 p11lll1 p.s·cao4tL,e ao caráter hl tórko da reandado, que s6 é mpre da sociti , an6nimu. devom surgir e se explorad s - que seri <1pe.n.w
'"lid de · a!. e o vaz.ió dos diacu rsas psic n ali tieos quando 1t: li ata de r«ntaaia o «.-kine n ri~ um dei.Ir! , e mio owrressc 1,1e cl é, ao me&mo
dizer de qu t realid de se t.Ta a G o que ê q e faz um realidade. Pllra 1- 1empo, J o socl1.1Lme:nte ~ Uiâvel e jâ n:alizn<lo. B ocor , igu11lm1?nte,
guffll que vive 011 ocied de capit ta, a r lida.de ê o que ê colocado qur,, cite capitallimo não existiri a, füa " ublltnação '' n •o p.1siuui d e psi-
pel# institujçlo do Cllpitali mo como re lid de - e é c:&1a qt e con e q e e se, se., p<>r exemplq, o mt!Yno tempo, a ·•sublimação" de outros i.n-
62. 363
divlduos n4o os t'Vás&c a l,;vcnt.a.t mAquh1as. a cori huir 'ê:ncia c:l'lalu s repn,. ntaçêes de um indl~íduo, todo inst ntc e n dt<:'urso de
a reformac a retigiiioou a tr balhor pela ,nstituiçãode E&t dm nacio11ai. '. sua vi~. - ou mel or. o f1 ~o•rcpN: cntativo (-afetivo-io tençlonaf) que
no.o enqlJ nto elemcoto. J'antá tioo, ttuL'> enquanto componentes da in um indl iduo é, o primeiro e antes d e mais nada um m:i;ama. iio sio
dl Eção d •ocicdadc. um conjunto de e cmentos ílníd0$ e dlstin osc. no entanto, o siioat,..
solutamente, pur o e i np C:\0$. Pod~m05 daJ extrair ou ai as inala r 1Q/
o lndM4uo a ttprue ação em g ral rcprestrnl ç·o - m esta operuçio 6 visivelmente, e!ll tela o à ptó pri
c:oi$<1, 1ransil ri,a (e at6 ~mo cssenci almeo tc p gmáticli e utilitária), e
A instituição ~ inl do indivíduo deve fate:r e lstir, pua psiqua, s.cu n:s ltado, como 1, não 6 nem verd doiro nem falso, oe comuo
\lfll mundo como muodo público o comum , El.a lho pode reab orvu a nem incorrelO. Ele raz su~r - por meio dolegein - um fr. igmenco, asp
pSiqué na ocledade. Sociedade e psfquê s o inseparáve:1:s e irrcdu Ivo s 10, momento, do íluxo repres t Livo com prov· oriam te-S(parado do
lt' uma à outra. A, in ómcras corre p<1 dê çi_a eco rclaçõ que podemos resto, ql#lnto a•.. e com tal fim, e, para isto, o fix gerQlmeote nu termo
OQJt&tatar- jé b1dicamos J umu mal .u:imo.- entro, por eJtemplo, ce.tt0$ d llngua_gc •
traÇ Jmportantc.s das si nc.a lmagináriu ocials e as tendmci s ão é nec ~sârlo ~pi:Lir, ou a.Japor aqu , o que j oi di o propó•
ou ex 4 cias própri11 da s ciar çàQ d.i psiq ué, nilo podoto cm momcn. &ito da rcpr,cs~ntaç-o inconsc'entc. guntamo · quantas rc:p e I A ~
LO algum fazer pe~r que u_ms podll!1 ser destittddu o produzidas a bá num sonho'! Podemos também per unur. quantas r prescota~ôcs M
p ttir d~s outra. - já por,q11e sa-. mrxk d~ ser! rad eabnente outro. numa rei,r atação'! O q_ue é1 por ex.cm lo, a rel) eseota o decacb.orro,
Considerando as cois do ponto de vis da ío tituiç· o da soei a- de casa, do mar, de meu .ilhigo C.'? Quant tc.rm d . ·nto. e defüudos
de po1'emo iuT que ~til pode proporcionar - ou não pode deixar do comportam e la , o q ue é a{ osscnciA l e o que 4 .1cc.un<látio, qual i: lli o u-
proporcionar - o indivíduo, a po sibiUd de do c:nç,ontr.lli, e faur eJ1Í$tÍr jciio e quais o.s 1rlb\ltos? ~ me falam de cachorro, por exemplo, cu~-
par11 ele, um untido ,. signiflcaç o so Gl insdtufda. Mu eJ <ie\tc tam-
bém proporciooar-Lhc - e não pod~ de ~ar de p.r oporcionar-1 e, (i ça 0
"º em ou e me rq> nto - e faço tmaicm, figuro e e figuro - o Cill-
chorro que nl é nenh rn cn.c horr em pardcu1ar - cm m ba. é, 11 m
que r'"r -um mundo priViltfo, niio somente como clrculo mlrumo de · u- um terrier, ne um vh·i•lat - o) ,a que pode ta mb6m sUo, m que isso
v[dadc "a tõ noma" (sabemos que :se pode ir mufto loligc no <stre:itame - me petlu e ou rn~ im de falar de cnoaos; posso me representar
l desse c-Jrculo), as ~q11Snto mundo da 1cpmcntação {e do afeto e da um roei o, uma ~ b e oNlba.s e u.rn lls patas e m COTJ>O pel o - ou
iotco ão} do CJlllll o incflvfd perm ncce, sempre e ete nJU11e11t,e. oet: ttro nada dia40 , ou tal ç orro dcfutldo, çom Um3 nitidei p rticular. T do
p ra si própno. is o não me impede~ .. reconhecer" - ~ me N rcscn ar, fazet ima•
~ o mas o dizor qu insütt.ti o da sociedade nunca podeu3 s.or- gem, figurar - m ~chorro nu m a oimal e raça desconhecida p_ac mim,
vcr psiquê enquanto im Jinaçli:o radical - é' q ue, liás, e a 6 uma e n- com ·p,cc;to cnr ho, dlzendo para mim mesmo "que <:ac orro cura-
dí o po iciva d ex:i.stooc1a e do funcíonam1:11to d socJe ade. con sti- nbo " . ó no cas de funcionar como ~ologis teórico ou prático, e oos
111 o do lndivfd1.10 soe;' 1 o o clirnlna.. e n- o pode clhninar, cri tlvida- ca~ e m que um a d(lvlda, uma coo ~sta - o ofctiva ou virtuaJ · parcçe, é
da da P5jquê_. s auto-altcr~ção perpét.l.l , o n xo rt:pres · tivo com úe vou f.lt..cr uma lista d 0$ traÇ.0$ pertincnl e docisivos do t•
cmcrJcllcâ a c ntinUII de representações dírcrtntc . E isso nos teva eonsi- c;.1cborro. p deci<lk se tal o'mal 6 u não u1n c:achQn'Q, Só quando
dcr t novamente a q uest~o da rcpr ntaç o ~ era1. uma discussã rr, atcmática cm torno do igor de uma domon.str cio se
Do p no de v· ta que lmporlà a~ui nada dl linguc, qua t.o ao fato inst.al11, é q e lt'.le pergunto se o tl'i ngulo q cu me fi&uraya. ou que tra-
d~ er e ao m•o do de $C:í, a re pre eotaç..o inc;o.o6ÇiOtllC ç a rcpre entaçAo cd no quadro, era l: ósceles ou escaleno, e~ que e dizia cpendla d
banal, consciente, oa qual merg lb.amo · oo sta.nteinentc ou.. , r ou , tas p lioularida.~. De ouc a mSJ1clrn I não tenho nc huma dlficuldade
que cm oc"o sentido somos. Se esta e coo idera<;l!3 por $j me. m.11 e sem em me repreliOnt .r•figurar 'magina o triàngulo, que t .sempre em minb
rcc.onocitos; se conseguimos desnudá-1 de do o que a f\!Cobre da o r• t epresc.ntaçio-fi u •ima om um tri ogulo particular com t.ra~O'S csped-
n çâo conju.nti · -tde:ntitária; se nos pcrmJtimo por p uco que sej , oos, se iê•lo nc,eessariamc w e sem q~\'.esscs trt1Ç01Ssejatrt indiferentes,
uma ddeStruturaç!o da visão Ocial canônica qoe-oonstaritetnente se im- m também não cfaramcnte cotocad como pertinent ou acidentai.
põe:; se o ép.n,hl, esfo o de ~ pensão do jutgamet1 tO· prévlo gua. 10 ao To os CS$.S cJ1cmpl d o tom dos uma rcg:iio p ttic l r da reprc•
qt1c e · tal como e dá vi:$a não si.mplemientc e nem aanto wna tcSA! scn o, a Mt)TC$entaçiio pa !tp tiva (ou a e rcaeniação "'sujei .i a re•
s~ro e'u ser ou n O-sei' mas seu m do de ser,. . li.a, organii çâo ógicA, gras" do trlân3ulo). n qual peso d imp0$lção da Lógl oo 'untí
seu dclioeamento, que o fazem ser tal a>mo é, cada um d n · pod 11 per- idcntitâ rh é panloularmentc pode. Isso pode Criar - e criou intemiina-
~ r. q u~ ele te:m aoe o, imedia1 e diret améttl.c ao que cs~pa à lógica v1;hne1ne no pensamento herdade> - a. luaão de q e indelennirudo d ·
,det1 U.t t al'&. rcp.rcscn çao e um Mftcit, rclaúvam.e1>tc à deter(!?hi ção supo tam.<mtc
64
(posl cr~ da "e is ", dç-vido a u1n ateo .io inw ieotc.. a um de que h rcprC:i«l t ção - m o scmidt.> Je; ser). mas eu m .º <k er;
exerci rnple q m s sempre rcali:tável e reLHicávcl, d facul 0
não ~eu mo<lo de ser pani ,.lguê f:U modo de tif:r em I me, m ,
cl.1des e . Seria muito f~cil pc:rseguir esu ílusiio, p SobN este modo de r não há nc de ir e perfeitamenlc
t.ie , tsm se 6prlo I ncno e don ro de seus li mi t sar• d ro, na med' que e tot11lmente mis,eri · ptá
lhe <> máximo de at , as faculd ades 16gic:is mais pen s, todo o 10 os os , ci ·gico 1 er · ad, ca. tl •conj1m tista, Po-
univt o d.i atcmi\t o instrumetlt s mai potcn~ , e pe_r untar-l he: dcria ui wdo o qu mais a<:1n propõsit da re-
muh em, u ora d os e o que você ...,.ê Lá t uma ónda o um p ' nle. A r pr a é notl'I urna, nem vári • e
purtícula, o dois I o mesmo tem po, Qra um e ora 01Jlr conti nuando · k l são nem indiferentc.s. Ela com•
o ml!imo - e oorn o ~ possível tudo is o? Par ter uma '" rcepçã-0 ' da coi- ci:ic ver n · lO, e incl o,
so como detennlnada e preciso pr t r atenção - mas não dcrtUJ.' ·; é p iàdet ente redcte mi-
ciso lev.1-la a sério - m!)S n o m uito.~ preciso r ui r-lhc 1cn -o e lev - s resp o podcrlamos
la a ser' nte entro do limites que fixo u para nó no · stitui- ,ut nt . ucp
ção ;i como indl fdu foot e agindo no e pelo /egein t sua ndi
e o , c-u ns ti ocia 1- da ·· o Isa" de sua pe:rocp - o !!Ura e g om
~ bo til ·a t-h do ndrriduo, nã somente óu m.esnra fundo e o íund figur T melhor di-
m~dida óh "e tal rti os indivíduos, as mbêm -z.e _ e ·sl6 sempre diferenci ade ou alt.erida e ml~i-
na mcdid cm que o individ1,1 , co u "éatdial, ntc a- ma. Mas ri idade conc;rcta~ se :ilL«-a eJ prôpna
i mente instituí a rambb,t orno 1al po r toda ade." - Se tes u. e de a.ts ,d p rivel, nada pode os di•
mitcs de :ucnc;ão e de scckdade ult ·10 uc ua set pJe. zcr em t Nele! DO$ m do pU m0$ rep rcsent -
no e ap r~otcmcnte det rmioad da ··coi~a" , Lorn a-se abruptmnente va- ç· o o c::s ,cpar ç/lo i masesl-(1 apliç:t-ção ê ~p
z io dé cr, eni ma indctcnn no ·o fuifodo por l dos o fa ão, fietEcia n 1nidadc: de spectos. A fcprcscnta.çli ab~a de um
signlflcação filosóliea. poema, ou pont de p rt ida eu et- homem nunc,a t vcrdádcir-am~tcscparada do homem, me rep~nto
mimlvcl de e · J)t ilic não aece sari1unentc s, uma ~t,c- a litua.lmcntc co id e ·ep:u-ad do corpo , indu po~c Lr •
Co e eo t ~ como 1a 1, o nu ito rcprtsentath,·o que corp<> vago de um h mem indefinido. nd<> cfct u;1da
ed a e ou que, ~m certo atido, om nós m ffi0$, • e asslm en ad rei •
tentem s dé oisas,·•, e, de tudo q ue foi dito rc e cm todo lu.ga.r prcsen te.
sobre o e , 1lvid de das Impressões e a e ponta.- remete a o,uras. reprcsenta-
. de do~ scobcrta d ente a clar lra do ór, etc, i:• log.i 6 pe.na. um so p-ar-
os os I s ouvidos, de ixemo-nos levar p<>r lembr· n• fazê.l s sur ir. orno,· par•
or m d n r nad absolut~mente: i. não é e cm d1ti:ç· o de que; l'lllda de uni. rsal
cl. S1 Há- e po cr se " q ue ti "ê" ou ·' oão ê", se é p pei~o. Em rtieular, é impo vd determinar a
"rc-111' OU "não real" lcrtupto ck l.lffl nu.llO tt'pfc:S(: ' elas · dos b aos quai a re-envia. fixar o totalidade d o.s termos que su n-
o, de im· g e de toda e;i.ptcie (vis fa.• acruti · , vc t.im com 111n ou . a rel;L o d remis !io ."
etc) q e s.e purram, demora m u foge:m, en1run
nas 01,11 ras ir, u!tionam o u s.c decompõem , pre:nd
urnas :i o b pareando con tir1uament . Exi te
for:t do cm no entido mals gemi, mais ,ndclin ido, ,.. r lt,ÇJ,o d.ar s O • • o e11d cqui 11/tarl-
do ter J')rc rcpre$C a o. po,d,c rcQ'lcrcr., b. e t, a IM!Ct e. ;,., rei~ ç. por·
O aqui n; o é o fato de a.cr da repr enta - o (qu r11e · Çt>Lc tr.Lír p rtcr /,, pcidc ni111e1er • " ·
io · vt!is, q uc n ent nl n li.o dizem respeito •to · ~ ptrtUr ,:m na ·o,a o YlQ
r.. , no ma sur no C1tan~dwr, o mustro pQC!e•
cr 11 c1JI P<11=. IIJJU«:rttemc 1-e • orcmiva, ele
q is e l: .,,, ieremo~ u :t rclpçio de ps do-
1 t -1.~-.hi.stõriea m rmifl<iG \Jc t (!e fluo • t.,,1,.,,. .. cq 1;,..,.: e po rtlw;ue:3 ~sim ti :l_o r~u1u.-
(11 d.< · ~~ r li Q qu pc1I disf- d<>- cio 11 : H eifk,,. ti•~m(ftte pseuoo-cquiv11Jcrt1 ta o ao puda,., soe ççnfUfld •
p Lffll IH~. o sct oi e G sar • ver dcir.r e ul •nWn · rn.atc i.qr.-r f"'# sqa,,a, Yt: pe<
S' " »~<'/', - a sl«pf JIU~ ,., dtt dt~JJm: - JJ • Jb~n·' ,tt, 111~ F< , , f/rJJt num n tmlo, Jt ytru Ir' }: l R Y t YR 2. l ~m n
fi/r ,•p Q/ a, dr -.1 ,tt y Ht ... " llamfn. lTt, 1).. 11,c te 1t ft. (lfaru:iti dado); e l: O ~ e 1t x Cnlk vída,cle),
366 367
Ccrt mente, o íl u o rcp re eotativo ap:1 bém como su meu- !º· qu.ando ?e crata da rcpr nt -o, meios da I lca 1.: nJuntis _
do 11 relo~ de sucessJo 1empor 1- port nto reta de rd m e •~entn 1a ~ao p,od~ n da :ll·m de permitir-nos falar a rcspefto.
mesmo de ordem to~I. e (! UC uhrapa <>_ co~le:xto ~a i~tl- cio am aqui esscnc,al mcnte como termos e meios de ,efi rincla. Pcrmi-
t socia l istóncca pa como tempo idcntuáoo•<:onJunt r:st , t em colocar. lransító I· e axteriormento, aq uilo de qu ra I ui-
1 de de. !!reação d cimentos ddini e di Hnt • o o p d lo que no referimos", e o especco so b o qual nos referim i 11 •
ltar a pergunta: ê o fl uxo rtp r nt tivo q C.\l r.ubmc::tid a 1.1m t a imprt:M de q ue ''aq llo a que nos refen mos· enco m
de s iio temporal, o é a auto-gestaç do fll.LJ(o rcpresentati- rcso na rede de rela ôcs I enlitâri -conj untis s uru is· m~
0 e cia da altcrid d q e 1t mbé qu , c:ri ç-o tínua pr -o 6 Uusón , Contrariamente o q eoc<iITe nos domí~los on Jó-
0 a cr - ntinua1 O que: Kant deno ina t m- gic . ide ait ri~ é.. em diversos sra , pertiot-nte, não há qui nenhum
1 ro dai - isto é, pura ttprescnt çio d a. s . apoto verdade.iro ob o objdo, exoeto a possibilidade deq ceie Ja e-
r• ndo aqui; independen te de todo "termo", p[rlco m r· do e dit o.
11 cu· u ex mio rl mos., s:uces.são de nad a Oir- esta cx~rcsslo lo a que nos referi mos'', implica
d o e a o do mesmo co di f«-cnle - é não somen ms log,ea, um onto ia. exst mcnac o
J 'rainente J. põe, ndí_ssoci ment e na e que digo, . ntando que est logi não é t-oda ontoloaia. e
1 pela ll!mc:J'gên ·a da 'd da. co cr_g!nci u que 6 q_u, e o desvio qu~ que irres.lsúvel. A.lé qu nto so-
ourra7 A questão já foi dLS is adma, num contex maL mo obr1 li r ~ . s~mí r II Ontoloaía l razid peta Ur, u ae , ou
n Oé • o assunto, 8 preciso om.c:nte cmbrar que esta an ie$, por . n. o 1neluninávet do les~in, não pode ser decidido
e ergêncis e u o rcpr nuulvo, é emp e ao esmo urucamct1te · uc nio podemos nem por um seg 1mdo
tc:mpo te zaç~o. posto que o q e é nunca. é pon_to s nhar ço"'.' Un uagem o fora da. linaua cm: t
indivlso li plicando uc esp · m atos, dh e - que ser dcc1 udo la cx~o d~ullo q e per,samo
meatos' silo d dos desde inicio. Aqu i, evi cn- e do d nós possamos fi zcr resulte c:.robém de
tement~ s lto tempo, o carâter lm do tempo t\ q ue :e ate /f,geln, mas se rc ciona também e
apen s ~ pt11.ção coo · d rcprtscntaQÕõ, de igual ni .
projeção (n tid so re o eixo unidimensio l\l r os referi'mos'', o "rcftrir-sé" n·o 6 un .
da palatma ri tgo - distinto - c -dtfi.nld - vooo. u' iro é um e ehorro, por e cmplo , um ca-
~o - m ~ o idenl !ário. chorr~ "rc tcação rticular do "refcr r-se": indcpeo-
Po tant cd, ções e relaçõ da 16gi · co • dentcmen in vclmco te ct1i gmát1a> do fa to de r ca-
j ntista apa: ui, . n ma.is mínimo, o mesmo pa- chorro. ões difcren :i um cachorro ou
pe l e a m 'lio que n o nde esta l ica tem efetiv en- ho e ponto de v os qua.l ele pode sc,r
te apUaiç· o sobre seu obj e10, ssencialmen te sem pcrt.in!ncia elas não a e füc imed e seu corre to "ob-
co ütue nada no objeto, o u nl nad , o-o tomam nad • i n.ávc,1 por t mado c-om
I' desto nteligivd. Tudo o que 11 zem é que f lemos rc. cito , m e atrlb içõc;cs ad:i • n..o s
rn cond· iiodecompreendcrísso, -lo. C$ sen ti o,tclar , fie ente ontológicas. Um cachorro, en-
não podemos dis e set1 tido também. elas não podem dei- qu anto e . o quanto a .. . sob o qual ele é um,
xar d inv dr o Q spcito. O ou melhor. ªJ>:C ar d 01 • s intcrmln . -
nomi que d r rc:s: ove ter par uho te: po cu com oe ntei.ra n1
leitor tahei irrita ofund ente, j ev~mos co - tru a e q m q uc de
ment~: du rcpre nilo du· s r • , um rcprcsen- esteja vivo. cJ id d h,1 t r'Cn'la
1,1c c0Ptém uma o ul não l\ conc~m, bém nó devemos a uma mel ualq oi II a o de si
otementc por tnci · não pode ser elimin do n e m sm • que ele contenha eh embriões d ~chorro
pela lógica idcoti · ria. 6 te aatinomi no sentido cfetl• se: rata de um fêmea r rle de ouar
vo do te mo dopo to D evemos aprender, reapren- Ser e um têm o m mo senltd o, dlij . . . Referir-se
der sempre,• viver - uitos, que rccond uiem cons- ro é .~ 1.-u •-lo Jogo b uma multldio e determi nações, coloc
llllltem outr m p r tod lado e indc mid - nel rcconbc:oer uma csp ura ontolQ8.{ca ~c,almente deftoid!I rcrc:-
mente os -o nem idên ticos.. ne.m r edu.ti e-is um o o tro, u rir-se a . roa e_oncretude ·á efccuada (embor sempre inco pleta). • af: 0
dedutlv rtl:r do utro: o d lógic:i idemJtária e o do pensamen- de }ti ferro e dito o roo jô feito. - Podem ver bem, aqui. ra • ,,M;
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s:i" çm ~e. J devia quase que t lmcmLc to rnu-se protótipo ló ic; e oo. I ?eln. e pod m . ô~-lo é porque podem a pe.nsar p • aJém do/ -geln,
t lógico. o Já p cn$.3f os Jlm 1~03 de te, os uaii â.o podem aparc:c.cr no l g b1 a não
Mas se no retcritnos um simples rcpre$eotac; o - y m , ~ com tndc:tcrmmaç,õe e cootrad Ç1k5 grossciraa, $ seita , pelo rl>-
Jcmbrn.n um a.on ho, ou mesmo "minha'' r prcs<nta o do cai;borro pru:, /eget11. c ue de ordo com su própd s rc:gnu devcn tt1 anuld-lo
·•neste momento" - 11_ ex prc$!ião "rele ir-se" tem toda um outrit siaaffi- em que nado~ as Se tom mos in Legralmcnte a sério exigência d o
ca~iio. El traz c-0m ola, e: por cu próprio mérito. qu so n d - 11 n o ser legein, o legeln destrói n si mesmo: t udo d \ 'C ser definid - mas há evi-
um primeiro tClfflo de rd'c:t&nci , um pon to ílc apoio in'cíól, a p arti r de dcntt:tnen~c e ncc:cs ariamc ,mi, primeiros termos indefinfvcis, p rt;n o.
uo pod m come r a dizer e pc r. Dizer. c:~t represem o ... não tudo q tio qu se .s uc também o é, e portanto não ~ nada· tu o deve
ulicla e não p ropordon-a n da ( ão tr via.li ádcs vazia ) q u nto 3 ser determinado - mas t ud não o t , b 4 o indccidfvel to~ásscm o
quilo de que se u t·. A eJtpress é infinitamente es reita, nilo M aqui fo rro lismo e a e~ an ·ai ntitli ri tot11lmentc frio' criamos obri -
c,1bum q111tt110 a,. , e: eneiBI, nenh um orgá nizaç!o caLOgo11al colo~d do a dizer ~ue li totaJld de d mete tic ~ nu la (ex~t as ope-raç
/'pso facto cm i;onuibuJ ão pela e pressão; esta n·o imp e qu e o d e obre os con~unlos ~nl los). Multo t p~ ante de Oodel, próprio run-
n o exc lui qu e nad , nà tem nc hum conteúdo e nenhurn o 1t fun- dador _d lóg1 b1a de tudo luo perfc1t mente; do termos primclr0$ e
ção, q e não a de 1dentili r pn)\•isor' mente u m l_go fl uído e fugidio, de dos úumos, hã 11ou.1 e niio/010.r. O uso lóg.ico da lógica exige algo que oão
onde partem trajetórias indetennlnad s em número e direção, e do qual s ló ic11: o.tutus, a ptaçio pensa.ote. o a dca ta, o leg ln fio - 110 mesmo
só i to é categoric mente cc to: q e 1c se dissolvuá u c:itplod ir.\ pa ra tem po vazio e suspenso no ar; porque o legein não pode fcc: h(lr-sc sobre
deixar lugar pi.1.ra qualquer ou tr cois que n o .. e e me.mo". Aquíl a mesmo pc:trnaae 11do o que é e coo.formando- e com su pró prias rc-
q ue nc» ~ferimo aq f unta co crctudeporefetu r, algo que oão tájá griu ,
i "to, mM u/a.zjaze~do-se como outra eo a. - cm<>$ aqu ioda, por- O c:a rAtct vazio da lógica identitári sepnrads d pen en10 t d' •
q e estu r i o e cu modo d ser p róprio, nun,;11 foram lcv dos e m consi- farçad hã s6c:ul05 pelo foao-fá t uo do 1;om:t:ilo, que cria Ilusão d pos •
deração pefo fil ofia hcrd d a, porque con tiluiu e con.titu1 empr~ ibilid de de um discurso ao mesmo t empo ldentit4rfo e pleno. Mas e te
ooJ o de ma deneg çã.o obstin da, ue lógka e a on10l0 ia do r rochedo d lógica-on tolo la trudlcion I dcsfaz,se cm poei .. do mom ,
corno dc:terminídadc se se \cm, e senllr:un sempre. e com zão, rnonal- cm e [li U>cam ; este eprcsentantc puro de um l6g1ca plen ê ape-
rnente an,caç das pdu te r cata .10 a 1ma.giaoç o, o im1 ioári . nas um con lo mu11do de termo d rcferancia e de si ificaçõos. Quer
Ai nda e aiad : acabamo . de cscre"C°r '' idenuficar"; dfaemos q ue 11 dc:mo:s eo tc::rmo acepç o rcatritjva de defini · o decisória, q uer fa lem
represent11çllo, o íluxo representa tivo, .. " faz: •·se'' - ucm? probl do conj unto sistem tico dejul meatos vcrdadi:ir ().j referindo- e ao mes-
m· · que quero en~ car reaparci:e uma ez m is aqui. Porque ao mcs• mo o !feto, quer o qu IUiq crnos como uma extcn ão e uma compreen-
mo 1cmpo tudo se csquh•a, somos coa dcn dos ao ilenci - : nclushre ''ínto- são dc:tetm inad , anco,nramos sempre as mesma apori .• mcrguJhamó!
e
rlo r" , se ~t rcJJre cnt ção não tJIO rep~tação, portanto; idêntica · nos mesmos cni mas: ma definJção deci ória ó é, obviamente, um ter~
i ntcsm e diferente: d qu · lqucr utra; estamo rm:01edi vclmeoLe per• .mo de rcfc:r~ncia mplia e pli ·tudo (formado por um grupo d ettii,
dld s. tom m cst termo com de ermin çõe plcn e: rcfcrcnl - à tc:m,os) que ao m~smo tempo l g11-s.o com ~ totalidade e l ng ag,em (~e
própria coisa. C$QUC:Ccnto.$ q ue o .ser da rcptesent tão nada majs 6 do pedimos :i exp licação do:s termo que compõem), pode ser d :isórla
q e ;ta fuga perpttua e onidin:clonal - tem rale espacial - for a de si sendo lotalmer, te " c:JC tcrio r'' ao qu est.l. cm q estão e só~ dccis6ri.a num
me mo - o tcrm • mesmo reiterando aiod1111 m e O'l3 pr blc:m tica, e as- contelltO dado e para 1 un • Diter que um ronjun10 ·stcmáti,; dcjuJga-
sim por di nte lndclinid men te - , q ue rcp esent· llo não e prcst à mcnto se refe re ao mesmo obj o s1ucí1a de lmcdi 10 , evidentemente.
captaçao njuntlsta•identi ria d Jeg.rln não oderia nem cx.i tir nem rergunt , que 6 um objeto e s.ob quai cnndjçõ é ele o m ~O: per-
fund oaar se o o te enrai:u.s5e t mbém na repr e nt ç!o. gunta 5Ó recebe um certa resposta, ela me ma intermi navelmente c11ig•
Diz.cr que tudo e pre1l à lógica e: njunclst3-i tic ria e a su u de- mãtíca, num cert metafisica, a mel lisi da substàncla-es énci , c,u•
terminações - lógica e delermin çõcs do L~eln - partir do momento em sta. Arls-tó eles o sabi· pcrfeitamc!'lte: defin içiio t. diz e le., d ís ur: que
q e pode ct dito~ uma 1au1ologla - autolo ia d q u 1 3 maior p nc d o. i_gnif] ln fi l,r efrra(, o a uilo q ue cs ve por sc:c, tou ti c-stl kai tis ousla.r,
1m6ria da til sofü\ 6 a intcnnlr,ével. e muito rii;o, e mui o fecunda abo• uc s refere o aquilo qut 1. e essência ' ' · O j ylzo (ap p/taine tltaJ) en-
çâo . Esta I u alo a tv1na•3ç uma íuldc:ia d momen to e que se ult q uant o an un,;i aliru a co· a d alguma e a (tiJcata 1b1os), presstJpõc a
a diíerença dos domim s ond lógi idcntil ria opera mais u mc.11os
oornpl~nte, e daquele cm q ·ela~ opera como termo de tcferê.nciü
inc:ümina\'el, ma exterior, form 1, e mais ou mcn s ll'll o. isso tam•
bém, 6 po<km dizblo utU ndo termos e rol çõcs cri d os no e pelo 5-4 T~.. 1. 4, lól b; ,c,.al. pen., li. , 90 b
370 .m
,,
Ir
h p05.i o não mente lógi • m ontol ica do ou1 , ~ ncia ubs lln ia ão há conceito Jógioo e: pleno. O conce:ho pleno é apenas eont -
da ~/lo dr. qut !e fala. asse urada e deternllnada. sta iegu n e -est p rtid , n lógi ntitãria, da su li cla-essênei11, posl iio e nt.ral da
detcrmin:a ,mies de! toda 1/Jgit:a silo aliá garantidas ilO pc:ns.amento, ao ontologia ldentit . ~ nos aí~ tu s d a p 'ção, como com
ntws po<lc-sc cn • nar n atribu ão, nó j I o- mas o ac o à ~ ci:i lhe g :r, o ceito torn -se v io - e in0til. H á lCl'lllOS de
qu ndo peru "quilo q ~ 6 se ndo o aquilo que eslava por a:or, cie e am e cnriq coem no discurso, t de
h n O Q ando pensa ualquer ooi a de <\ualq cr oiSJI (lf kata thtosl ',. O de uns o os c:mp rc trans ltór i e ui dvo ni
11 pode-se en na r na atribui , no Juiz - m s o acesso à essanci lhe qu se prestam - nilo sempre e nc:rn e pr
li sempre assegur o. Como a vi ão , mais sect1.g1m • diz Ar' tótelcs con• 11 · o 16 ica e ncial mcote lntc m,n,vol.
tinuando, sobre. sensl\·cl pr6pri (ld <>n) - i to é branc - embora po- A repruen ts '3.o é i tina o radical O fluxo rq:, · é. faz•
semo gaoar-n .sobre a atribuição - e$-lc o jct branco 6 um homem se, romo auto-alteração, cmcrgênc: incessan e do out II po •
_ Bj$l riow pode en nar sobre as 1ribn{ç~. mas ntlo obre aqui- çllo (Vokf e· os ou figuras, coloca o ue d~
1~ q e poderlamo.5 denominar se pe n vcl p óprio; a ess~ncia. e este nvolvc, al co nstsntemc:nto o que par ctiva-
lt po to nlo esu1 a urado, se se ancoradouro n o existe, toda s tri- mente, à e , c:.omo s e od · ôe$ de e pr -
bu' e Ouu.i m no oce:ino d di:s \lrso • E.s1a metafisica - m tafi~ica o ' ; · espaciallu.ção, difctrcncia ação. (O
mesrno tempo de êncías e do pensamento - cst occcssarl te im- co o lôg eo e un::ir•, nilo ó tempo simplesmente:
plicada quao o fal:\1110!! #riamente de conocíto." im como ~tllo iJD• um 3oobo v m tc:mpo de sonho ou dC$C!nVolvc um tc:mpo
ptic:idu $U inümeras pori e o mel s ad:lcloneJs q o ela $C dá pa de onho). nt o sem representa o; peru rê scmp -
enfren A-las. Que fazer, por exemplo, da dl tl~ção entre cxterui!lo e ~ necc:s te coloca r cm movlmcnt.o , cm certas dírtções e
comprccn io de um conceito, aparenlcmcnle tã ela Em nome de que re (nao necessariamcoLt cont , nc:m mas n
um julgamento verdadeiro N?fcrcnte II um sal un mem ero$ da clas1e e ções: figura , tSQ emas ima p I l"lls - o i s
corrcspondcotc à 1eosA do e nceho_ pode ser eitcluldo da comprccn• dcn nem c;ondiçiio c,rtcrior , m:u o ptóp
!lo do 1:011~íto? Par~ excl ~Jo é pro ' o in~rod utlr distin ào e trc es- menta do pen e -lo ser a afi e incoercnt de um
' e com tan1es (''a dcncc_s'•), a po cio e: o ato os p s$!ve· en- Lo lin de uma lina scendental o\l da lln•
a.is e: os p !veis cidcn1ili.s te. O rato de ócrat ter crutido não n- gualigcm como condiç o e teri da eolÍ~ci6oda 1:
rne a compree são do conceito homem. hso é ex to"J O fato de IT16so 0 con a de.. Ma$ a represe en e r •
i . terem ex tido concerne ou nã esta m rccnsão? E a prut.ir de quan- ç.iio de ... ( laum . q e ser o). Há s
dt,'! O podc1-!Uosof: r pertence é\ cs~nd~ do homem o u~ um ~ymblbél«u, · q e evidcnl p r cxe pe eptiv s
wn romita,rte aeldcnt • uo bomcm e ê pel sua natu.reza (ph,seJ) de • petee e e: cm ima brc a qual 11ada
ja o saber· . O poder-fil orar e a · tusllzaçllo d~Lc poder fucm, J)Oi , pode ser dito r em e por u ma outra re rc:senu1çio . Aq i será
patt.c d OrDia do homC!m. D do quando'! Desde mpre, n 5Cfflpre e para mpre tmpQSSlvel scp ra r eb olutamcnte o quo vem daquilo que I
parn sempre. Potq $ owfa, ~ o ti l.n ro1a. o que esta por r, o que e colocczdo cm imag e o uc vem daquilo qut coloca cm · gem s imagi-
tava dc~de mp e e p ra sempre: d ·tina o a c:c. querem o concd• na · o rlldi l, flu).O rep colativo. D m ma m repr<-se la-
~otid.o plt:110 , é pre iw. :smbé , que:rcr ta rnct flsica, esta onco- ão (Vorstelhmg) nilo é re-prc eota~o (Vi!rtretung). d tá lá por
i , m a q a1 ele nad· é. Querer mb m Ul1$ conseqilênda : por oulr coLsa u cm lugar e outra rois , par tc•pr cn ma nd
c:x.Mlplo: tssenclalmertte. n que .so refere I sua c.ss.f eia. tudo i tetmi- ~cz. ue re-repr entav então o aoor<k caracterlstlço damcotal de
ado desde pre; aquJlo que nllo o é. r d fini o, ~ pen acidente. Trlstac q a do se dilato no pensa ento de Wa r1
Hcjel n1.1nc;a d e nada ma.is n respeito.
• o prl"~lo da "c:ol • '

,, lH '"""' b 27-J 1.
Porque íoi repre.s taç·•o ~emprc pe ad - se que lguma v to e
!ó ê ç0ndu1 su une ·l , 10 Espírito 1k Hcg,.; 011 foi vcrdadcirameote - com refc:-r@nda que ela n o é, p ra ser I o rc--
~ la :li eo cs" C!rmAJI tu" e .., duzida pensamento confu.s-0, ou percepç!o debilit da, amon ado imi-
M e "p ~ rx ". p9rcci ou oca tat voe defeitu daquilo uc um esíorQO de· ten o suflcicote ~ ,_de-
lk>5 ver çi 112 .Mio do entino t,Upe quado re11tautt1ri11 como pc ~atnc:11to, intuíçã pu ou percepção; ou
r1Gf 11111, do 1968.
1 O cooet>lO l ld u 110 ade, do ct e d• n.cia WÚWl'.U' "ft dn L~!lt como tela dl! roj o, e rando dcspropo itad mCfltC o "sujei to" e
( n). li, p, 21.3, J.S , "coisa": o m mo, pelo decretos do 1,11J1a moda .. ont lóg· •• reoc:,nte,
3n
cat ori n ot pri.n: da, dcn\1flcind e; mo um:1 fabri o dcst mi. • Assim, a rcpr-csentuç o n fo l n uncQ oon ldcrada por I me ma,
rá e is t , lP~ m cmo vis o ~ncobtir fnrudulen nt , tr;i. és dela mas sompr~ conduTJda t.Ob o ponto de vista da p rgunta: o que fornece
o e~quec1mento do r:1 Porque foi ela sempre tom ,ido pelo que não é Por- ola nõ que ÍY. respeito à verdade, gu l e sua conlribu1ção à constituição
que ela o podí:i s;cx- toni .. d.a d1[, entcúl utc pelo pensam nto ber a do sabçr, cm que mcdid pCTJl!itc el1 um n o ao ser (colocado ortil~
po 1Ue « lógica e: ontolo ·a tr.Jdic oua· niio têm a oio o fa.. O problcm~ to sempre irnplici mente como ulhurt.t e some,rte aliuut e um só alhur~,
darc:~entaç orulrl~ ma1:s ~ doqm: oprobJe ada agin~ oradiC'1] ..,.m ú.nko, um e <:onium)7 Assim ela ê a.emprc v sta wmo fiCJto ou ~'Ópí (go-
a aru ção 1s el cntar, ;J oculw li. de mb:ts procede dos ralm~te irn cita), im gem de ... n: o pcrfeltam ntc clara cdíslin ta. t.c a
mos ato profundo . entre .i con cli!-ncia e coi ou o mundo, d. xa, e finelmente fon te de
e que 11 rcpré$cn ta~o col C cm USll, e! par· .ser e~tos destró crto e tela de não siet. Seu pouco $A:r vem do que ela oi é;" ua organl•
1 n to. tese brc o sor que iu tende do prfod o ao fim a íilosofi gre: ur,;~ , na medi em tjU t p ~ciso , a qualquer preço, con t:ulr•lhe m11,
co-oci e 1, do ser com determ nldadc su c.onseqüéncla csscn- é smiprc concebida a pnrtir de t doís outro:s con91mct~ o " sujei10•· e
c;1ais. do ser como um, e <lo ser com o mesmo. e o mcsm p1u:--1 t dos. .. coi.s ••. Ela torna-&e, então, "~el-ácul •· fixo e c:sc.âvcl, ua ro pre o oo
po tanto dos~ oorno comum - Jcoinon -; como também o tipo de or an i- ' 'interio r • do ~\.ljeito, d«aJque defeituoso da ..coisa•'. perOCJ)c o debiU1a-
m ão lógica consu t a ncial, ornólog a esta tese. O que dá n e pela d1 e co tida:.
rcp,~ontaç·o con dcrad por ai mesm é rc clde ao esquemas lógi as a repr-caet1tação não t quadro pre3-0 no ntcrior d sujeito e dO•
m, iselemont3res. Foi d' so c:iueo pens1Jm o hc.rdado emp re e afas!OU t d de divc os trompe-f 0211, Qu eotão de um imenso trompe•l'otl. cJ
oom constt ngln1cn10 e horror. porque - assim como 5<J l)o ia ve no não e m4 fotografia d.o ' 'cspctá<:lllo do mundo" e o uj "to ap«ta cm
$O ho escórias do funcionamento p {quieo - ele só podia enoo rar na ~- is-e cor ~llo e n o e perder j árnais . A rcprcsen açllo é a rcscntação
P esmnação au nci ou a contu .io dos ~uc scn, os qu ís não · pc:rpê.tua, o fluxo ine sante no e pelo qual qu quer que eJa se d.á . Ela
r de existir. AS3im se cxr,liCll o paradoxo· parente que co sti ui roeusa não pcr-teocc a<> suJelto. cio 1, p ·tra meçar, os Jc· o. Ela 6 quilo pelo
violent• e a enuncia veemente da f'alavra e o fato d rcp entaçii , qual esumos n cl.arldadc. esmo se fech amo o olhos, quilo pc.lo- qual
exaUtmcote no momco1 em qu a coria i n · lfti recolocava no omos lu~ na ob.sou.ridade, aquilo p.clo qu11l o prt1prío ,onlto é /ld. E)a ~
çentro· d.a vida do sajcíro e a sinaJav enf.· tica mcnte seu~ caracteres a• uilo lo q a~ e tescm.prcJmc.s.mo sen o "~ensam os em n da", ta
lógico ta o po r pute de ffió oC como Hcid cr. e se empenha• eorrcn~e c.spes,a e contl0 a ruc nós omos, aquilo pelo Qual i6 est· mos
ram cm i norar psi~nális.c (e n so ualidade, como Há , mbêrn aso- presentes p ra nós, estando prUMt part outr co~ que não nós, mes-
cic-d t, o p der, poUtic ) como mais com icamcnte, por pane de oµ - mo u ndo neahuma "coisa" lari "presente•. pelo qual n pn!scn•
tros que a reivind icam ou nela ~tl"C!m. radOJt apear aparente, por- ç para oós só pio e r oomo prcJcn daquilo qu.e não é simplcsmeotc,
11uc, m ho mal d o q uc a ordem moral da ied de.. é sua ordem ló ica e 11 • Ela é rocisamenu squ.llo pelo qual c:~te "nós" i,un pode esta r fe•
onto~ógic q e a psic:mâJiac olocavil profuodameoU? cm e: usa, Hás, eh do em si mo, ~quílo elo qual de foge por todos os l11dos, faz•se
cm que ~la pt óprill o soubc:w:. constantemente com diferente do que d. coloca-ac, na e pelá colocação
D.i ,nesm manefra. cr pr-cclso rcc:us11r ou redutlr a repr n tação, de (igu r ~ e ultr passa t odo figura dada. E tu pidamencc i mllado a
ara atv.ir o cr, j á q ue ser ignlli Sct" detcrm in do, er um, ser o me. um pretensa iman ·a sl da "oomd~neia pakológica", o ílWlO r-ep~-
~o. s.et o mcs o todo , ser e; mum - cs a rc-prc:senlaçllo, e mo t~ . entatlvo preclsamente (· ver imo lnaç'o radical comottans.c< dê da
1 ,:io~ imas nor-~ ou as tr:1~s ride. A ccit11r rep resentação como, cm imanente. pas · gcm outro. impo sibiUd d·e p rn o que é de "ser' ' m
pnmcuo J gar 1rredutlvel sena pulvcrJtar o er e o n undo, dizem cm fazer ser o outro - cm sum11~ o e3rétcr artificial e fabricado da op sição
un( ~o l~ealisJn • nllst_ e cét!co.s - p-a~a concluírem uns q ~ a rcprc~ do Imanente e do Lra sceodentc çanc;cbi do mo o.sseg ra.do e ah oluto.
. entaçao oao ex1 te ou ent o &e pode reduzir outu coisa. 05 ouc s. que nquanto im~inaç rad ie 1. iom aquilo q e se "lmanen tiza" a e
um mund o c;()ntum n o e I LC ou que n dn se p de d er a rcspeil . pela colocação de uma figur a. e "se transcende.. dest ind es fl urll
Como se ro. se preciso a.fim, r, a qualquer preço, o que cada um de pcl fazer-ser de 1ma outr n ura . A n: resent~o não é decalque do •
nôs ouve, v~. pen a. v1vu escutando l a rm .1 mf!11cu nãoi p ro sair. r pet cuto do mundo; el é qu ilo qu.c e porque ergue e. pa.rt1r de um
o ser da MisJa em I 1n<nor ou coroé-1 "in teU lvol' . Mas os r d.a Missa momento um mundo. a n o ê-aqui1o ue forncco "im a~s" ompobre-
UH ; m1mor eonsis1e tamblm nisco, o pode fazer ser n nntro irredutivcl ·d · das " -isa,", m s a qujf do qual cerlo segmentos • · mcnt-am de
cm lodos llQUeles quo ou em, e isso incermiouvelmcn to, enquanto cllis- \JM lndioe da r-e.t.llnulc" e se ••estabilizam • ~ ou mal ~sem quec:sta CS•
tirea, estes homens e esta mô. ica. Quant tom r o ser da Mfs.sa o Ido tob J çio 1aj mai deíiniUva emc · rantida. em '' p1:tticpçõc, do oi-
m undo lnteUitvds, no ~cntldo u~lto du r alavr • A t are~ feli mente r,ro- .sai". D i-z,er o con riir-lo, é dizer q u.c tem os em noa po se,.com o fuca e n-
vou S4r ir possfnl. dubltável, a separa o do '"real" e do imsginàrio, e a norma e r.úa :1pli•
74 J75
cação em qu lquer ci nstdni;ia - · flrmaçc o que não mercl!e um un- cé' tradlclonal nã e deve v Mar quest o: porque tinh~ Deus netc:s-
do de cu $ão. O reco te que pro uz no nuxo tcprttentatlvo "lm ., .sida de criar o mundo e o! homen , na ontodiciia bcldcg ena.ria o o se
p retcosamentc bem sq,aradas - no q u pen$U. 11 Ili ofla a bitualmentc deve Jevanu.r a ques o: porq e o ser pode falar, ver e perceber por
quando fala de "rcpre en t de .• ," - está certamente pol do nas nos proco çlo. - a aegund , cu (como con [ênci éo stit lnte)
··rorm " , .. figuro.s", "sin laridad ", "'diíennças• , "n lvels' , ·•prccJ- constJtuo ou co struo cois medi ntc esta "í nç es" tc:s lipos uni-
sões'' 11e emerg.cr:n no Ou.x rcpr~n Ivo. que te faz sc::r, cndo; m , veraal de operação e de atl\· dada do espírito q e aliou catcaori m
este re.:orte constitui de toda ma neiro m opera o secundai ria e acrcs. dela do livreme1Jte a argila amorfü que me fornece a reocp vidl!ldc d
da, o nuxo present: trvo contdm, ou mdhor. cria eus sup rtc e imprcasõt · 11 colSá é minha ltttcse (o que l!li nillea compo · o). o
erm - sem o q u nem t,g~ln nem pemamcnt r~am po slveis - m s dois cas~. esquemas, ou melh r: o IJc:IDB da aãv,dade / pusiv dade
ele nao é s pós•compo I o conf sa. é bc:ral'!o , Ora. o caráter secund:lr o e refleidvo deste c.sq ema, eu per-
• oc,ult&Çlo da rcpr~nt ção e dai inação, reoc paç-Ao ieJl· tencer à constt uçõc 000 truti , às C'Q ndiçõe de produção prodm:lda •
d ·va, o pelo meno~ domi n nte, com "ool a", port nto com a per- no e pelo tea " e o teulúi ffn, o evidentes. lividade/pa;ssivirui,de si
ã l 10 ~. o f~t '<'nfsmo dà realidade , repr-esenu.ram, evldent.emen te. modos b os quais lndivlduo.s e cais s ~cial•hlstoricam e nstltuld
um pe cssenci:111. Rc:pr entaçio e l.ma lnBÇ'!o só foram vist.u - e i o, e rclaci na111 uns com o5 o utr , O esquema <l ativídade/ passiv dade,
mesrn se a.s pala\lTa não foram pronunciada , d e que se cogitou da que dominou a hl tória da filo oíla. a.ão tem nenhu . cartU~ ori inário,
do;c.o como opOJ_t da alithlía - '"!ic mente por ~o io a esta coloc: . net:1hum rivilig o e ne pe1'tinand1 universal, Por oxemp o, de não tem
çào de m, entidade eparada. distinta e dc:termmida. do ente o aplicação o Oullo rcpt'CSfflt tivo: Irá eme-r lln · da reprc:unlaçlo, dizer
rub ào ·a-cis5!n deflnid e IJ epe dente, por ai; colo çào q e é evl- que eu a f ç.o o que e a sofro não tem seotldo no c:a.s gcr 1.
de tcmenle em primcíro lu r e il "coisa" , e qu 6 co-ori inária insti- a central ação !Ó foi possJ el - ou provocou - pela cobe.rtura de
tuiçã.o do /,g e do lcukli ln, portanto tam~m co- ·gi11Aria inst tui- um outro percurso, cobertura cm certo seritido inc~itai'llcl. com rerer~cia
çlo da socieda e. "coisa" e o "indivlduo", o individuo como ' 'Q()I 11" e qual percepção e ceia.as o sccuodàri e acr cc.nt das (o que nio glgni-
corno aque p ra quem existem lndublta elmentc "~i5as". ão dimen- llca, ~ 6bvio, que sej am dedut iveisc nstrutlveis). cs pel'C\11'50 e tula-
õei d 1.nstil! ição da s ·edade. tam que pcrce ·o e coia não tlo dad de começo, mas paicogenet:i-
O ptrvtl~gio o loló ~ e orbjlaate atrib Jdo A r (ai nuz e cogl - came te, tnr rgem na hl 6ria do auje 10, q é há. nuxo rcprcaenw,Uvo in•
, ). uma C'.'t igindo o ltil traduz ub o rdfoaçio cootlJ'lua d filo ofi dependente d a petcepção e índubi vdmcnte pr6vio a e1t . &te Cato ba-
e-xi ant'iBS d: 1)5tüuiç.ào DCÍ 1-h. tôrica do ltgtdn e do , ukh,fo. Re- n I sempre foi prejudJc do m sua gn.ifi ção pela vontade de v r na
wl I uma cen&ralii ção n c.Qisa e na perçepçilo - lotalmenl ln i:st6ria do su~to apenas t candições que the pcnnltirão ler aCQSO ao
pcnd . te d p.aJ11 •r tlli das; f lo do uqiwma, imaai.nári , aubj conte cs cio canõnioo de m ,ujelto con i te percebendo, correta e orm al-
- cri indo aguei tipo genérico do ente e: ~ta ctn modelo de t as re- mentc, cosas reais, d[ in e dcf1t:1idas; como se só se pud e ver e pen-
taç· do ser, ' Ht, oo ~ba e cri, nça. o duJt imperfeito. li! o fato de que a crtan-
/\ este m pdlo n o â mudança e encial qu ndo o esquema da pc.l'• s tornará adulta; que h j no re()ém-oaacido a poulbilidsde emprc
~ o 6 s tntitul pelo da corutJtuição. No primeiro, a c isa lÁ aí. Já prescn e e um abertura a um mundo, dcata ruptu cni máft:a que
dada, eu me rei ç·ono com I· pas Jvamentc mesmo se minb "c:oopera- pr~duz um d pi ck cenu ç o d flux o rc:pr entatJvo, aids nunca ter•
~o•· hofü:il• da; cst coope.raçil.o 6 ontologicamente iva, é d:iri Ida e min da, o tefcrcnte a um "e "e a u "exterior" , cm nada altera o ear•-
o anlzada partir a"co.isa"que~oqmtrlaé-e partltdcm l:11longe, te secundário e · cr tado da percepção e de co a. a d conllnu.id · de
pdo pr6prío ser, que fala em nôs e por ôs, vc cm nós e por nós e sem que e as·introduiem n te nu o, nem hnpoui [tidade de dai fe pars-
d\lvid tumbém percebe em nó e por nó . E ~rtamentc, mo na teodi- re Jam • , Sabemos q e t ruptura mA ou meooi fracasaar,
C<Jmo o mostram diferentes formas de psicose in f nt.11 recoce; ma $11
mo tamb6m que, para ontologia herdada, o ser-patológieo é empre
t • !tCT t rad l&L o mtnOJ que o se "nor aJ"'. só é fr :lo e r (iâ que a1 s6 en ntr mos
ni (Q Cn\
} e ~ Loc , restos ou fragmentos da · ocia, da plry.rl.,, do q, e ÍB%" com que o e+itc
QetllÚI• seja sendo aqutfo que é). Ser, é clnro, sempre t mb~m ai nlfkou: valor e
d1d n1~,- 10. ( Wo;r norma de se .
2 , Os lmud 19 • 6d · Esta emer a eia d pcrccpç o bistórla do suJcito l'lunc
por H · eu lm qumlo
pode ser pensad un. <:emente na pc.rsp vs ·cogen6tlca - o mais ge-
o.. apltclt:.rnc111e,, co -Poa1y 1
ttn l.,t ,uíl>lt tt rt,..,.slltU d~ irv...tl. ralmente, fdi enét/~4, como produ o. c ri çào, matu o, desco ·
76
de: ou p um , ticito próprio e si ular (ldlorrJ, o entanto i qu:i e em• (o queuq\.li só podo :l.l nifü:ar to almente ílclfcias) queo <nvolv(am cm tal
prc: ncst« i,crspec va que a ê consideradu- seja pela psicoloaia em ou qual cultura. as, como ~fl1Jl tal epara o não é p~slvcd, n. o pode.-
mo peJ psic;anéli~, eja pel:t filo lia, em su·t egolo ia intranap nf\'cl; e mo pensar u · percepção mdMdwtt, esunda:tme:nte independente d
isso, quer $CndO VlSta eomo inde. quer cómo ds.da desde um começo, ln tltwção so ·ial do if!-dlvCd'!cº• da oois • do mundo. E. ínvets ameote. oAo
co o recepção, ou co~o const tulçào. A Clil)ergblc;,a da pcrocpç o e da r>od · o peasar tst insl1Lu1çeo, no seu fato de er,. seu modo de ser e o
wJ só pode ser pcnsad.i ;,u.m ·rsptctiva o cio cn6tic.1 ou kofnogené- tf'te <.: d,1 vc-z eJ ,, a não cr como criu do im g,inãrto dal, lrnpoui•
tica (kot11.03, oomum, partílbado). Porque Mo ~omefUc t r,a e pela insti- vd de ~duzír, u oonstruir, a p11rtlt <la upo: til p0toc.pçàe nõalC-il de
tuição da 5ocledude que existem indMduos, cois.i e mundo (se ocorre o um mundo e de coisa eternas por u.m homern eterno . Só conhecemos
mes.mo com II bscLêrias, e mpe1c a()$ bi6lo os dizi!,lo, contamo que o abcrtun1, pa~a mundo para U.ni imlividuo soei 1-ruatót'co, abr n,do-se
di rit ~.m utfüz:a.r a lingu 3cm). M Qad socicd· de ê eJta instituição po.ra tal 1nst1tuiç!lo do mundo ê reícrindo-sc a ta cojss!i. A psique con-
aqtJ, (ti ndo ~er rste m.a9ma p rticulat d.e slgnin çõcs imaginãrias so- t>Em, - dúvidA, a po\ ciaüd d dc ua abcrtu parll o mundo - n:lo
ei· l.s e n· o outro d rJJ m t1alr11 e ão outrn, mediante lal socw.l za ·o po~em peo ~la difere temente, n,tas t m~m iiso é apenit$ uma tau.to•
d psíqut e não tal o era. t· jã o faz ser na própria rnateri !idade do$ log.111- mas esta ebertu :i6 s~ uahia medlu.nt~ a mptura que lhe lmpõc
tos e das dispo çik$ ns.orl í d.os sujeito , c:m ua vi o, sua a diçilo sua COllS'titu ..çllo cm iodivfd110 oclat-b.1$tórico: esta "acualiz.i o'' é 1.ui-
eu lato, j na fo m _çüó .ue ela impõe su lmagbta#o corp~rof (g~ to mais do que al aHZ..'J.çiO tle poss1vci$ pr6-coo litufdç,s numa pltysis d·
t ai, pr pri« pti ); lanç , o bumeran ue-, d nçar como o afric1.1i3os ps q ~ porq e se f se aas[m ela - · a se p~, e e to.da a parte, a 111rs•
canuu o llamcnco 11Ao são atividades inJtintivas ou · nscult rai<S. (A$ ma.
"té-c icas do corpo" ão um CMo p,uticular dt im inação corpor· l, stas oonsiderações não v' am j usta por e opor u n,a genese de r. to a
m· 1$ ex t mente, ua parto codificâvcl). Ela o faz. mbé,n, e sobrciudo, un:ia ordem~ dltc:ito, u,na psicologi e um ociolo i do individuo, a
em 1) por a Li11gua e,n. Ntl o é po sfveJ pensar numa prrctp • , no enti- coisa.~ tio mundo à su lógica e sua ,, tolo ia, o empfrieo ao t r~ruccn.-
do plc:no do ler-mo, for da Ili\ u ge : um taJ p ~sibilidadc lmpfü:tt.rla d tal. Tomada$ como · hm1 se absoluta . e.stas di tln õcs nllo, têm. 11-
u íal .ndo es ri mcnto nea.huma !'unção "Jógiea". nenhuma :ignifi ~ tido; só vai , sempre, relativamente e qtACinlo a... odas a$ pretensas
çâo e acnburn:i r~Mdadç Jttcrvêm na formaçBo da "oois "(ou, o q e fu.ndari1c.otaçõc, LraMCcn.d ruais ~o no ílnaJ obrlg d.a~ a l.nvo , um
vem ser o mesmo. que elas j estão todar. na "coisa"). igu lrncoie lm- feto e urn f; to ru imentar; que bajt\ e pcri&rrcia, p ri\ Kant, qu h ja ú-
5$tveJ pensar a uma p n:cpçllo fora de um/aur. ain<I que mlnimo, do bm.sweft, para Huswrl. Reciprocamente. a idéia de ma ciencia d ~ fatos
ujeito. Como no c8$0 d linguagem, o l ge/11, a dímcnsAo digo da lin- qu~ não implicasse uma on o lógía nun pMSou de uma fantasia incoe-
guagein, não é separàvel da língua, de su,1 dimeMâo significati-va, aqu rente do cienti ta!i; íant sia in~ent;; qu corrio tal e cim ~u conteúdo
tam • , no 01150 do fazer, o ttuklteitt, & dimcnsllo estritamenle tuncional , Já exprime a.mn met fifca par icul r e p tjcularmonte incocrc:nte.
ilo t separável do agir sc,çj ~ das nifie;sçaõcs nde o toooadM, ati- A llnguagt , por ex pio, um pressup sto n.;o de ato, ,nu 16 •
vid dcs rcefprocas do, indrv(duos. ondlções e rganiia~ilo do eprcstm• coou, quísetmo$, tr nsccnderu.ot da pcroer,ção plena, as o de que s.e
t r e do fazer como particlpávels são e só podem ser odwmen lnstimf• trata aq I não i · uaca unta Jíngusgem em gef.il, ou R facuJdade de ser•
das, ía!ando cm geral, m s o aces o a u, a linguagem ôeter rtads; ó 6 de di•
; existai,cia o um pólo e nsc lcuraf dn 1 • it.uiç o da c-oisa - Ob• re1to, e não de fato, que nio c,ds-te lingu em tran,.c dental o I pura.
viámente apoi do ao -t · to natu Ili, tanto ex.terno qu11nto interno, de ta! :tendo .•. idéia de um tal \JSO contraditória e si rnl!SJO • D izer, pois. ue
modo que ela seria ja om rte articuJadu para ti.ornem-anima) - oind um ~etto tcm acesso a um n1undo (ou q e o sev l 1.m~ontra o entes oo
nada diz sobro o qr,e é u iaroba e q,uois ião as coisa:. pâra uma soeled.ade norizo te do t) é dizt!f, transcend ntalmente e ontofo ·camc:n e., que de
determinada; como também a istê.nc a de m pó o tr 1- cultu ai do in 7 6 em e por ,ai lingu gem. (D;,J, é claro. tanta~ , quaso ue i.trtsísti\'el
d.ivtduo não diz o que é um indMduo e eom~ ele é p ra urna ~ciedade da- parn ftl · ot, 9uese quer plenamenteoon qllente, de dizer q1Jé todo fa-
da. 8 arand~ a corcigem do íllósofo, do ociôlogo ou do bi6logo - nós to, inclusive o fa to de ui linguagem paniwlnr, o alcll'I, o por exemplo, e
não a temo - qu afirma a identidade da percepção da coisu enqu11Dt.o de dlrcilo: Hegel). Aisim t:lmbém. no que~ reícre ã re:laç o d~s cot as e
perccp~ o, pata um ~orne: par'J quc:m na~fa exi!-te uc não seja hnbHa- do mundo ç m o füuco rept;éScntátivo: s.i li~ntam s enfaticamente: mais
do, amu11tdo, intençn aal, e i>ar~ 11m outro par# quem as eoisas s o "ma que cois s e mundo. na medida cm que sito co~ e mundo e tais
sob c:tudo, e quase mpre instrumoot s incnes o . jetos de sua poss.c ou QUC. da".'~ dcs 'lo. sã? llls_titu.íções soa, ls-hi.stóri s. ou se.j,1, sob e. te
m • de e;dsctr os olhos de outrem; ou uem acreditti dispor d meio de ângulo, cnaç()(s do Jmagtrtárto ooç ai. M1 tambtm ó e1tieLcm cols:... e
soparar sigotosami:ntc um nüclw de refaçõe o h(Jfflcm com 8 e.ois.a e m~odo enquanto ttiste p. iquc ~ e 1. signmc:a ta bém - enquanto o
com o mundo •. cmpre lguaJ a ele m !lfflo, e arborl!$Cêneias "lma@.lnárfas" S-uJetto mi 6 rcdtttfvd sua in titui · o soei 1- h.is.tóti , é sempte mura
78 31
eoisu o mais do que sua • miç-!o oc:ial cte indivíduo. ll:ttí o qne ele cria doutrina do & ematis o cm K nt. de tnodo 11lgum põ5La ~rn dúvida.
pena robô ou zu mbi. De tal aneíra , que a psicologia (ccrlarne te nlo como se a fir m levianamcmlG b m s.éculo. pelas eomelriai n~o-
eQtcndo por isso obse vaçào ·e r lOS em l birin t s e con<I" · ló fco~ euct di an as: ou a gc:ooraJjza o da no o <k nú ero. Porq e o q e era a
tra11soeadcnl:I.I de toda ofltologia. de t d reílexio ~ rc as coisas e o vcr<ladC' visado por Kant ob o tft1,1lo de int - o pura ó de C$qucma da
m~ndo, sob e os entes e o ser. m mundo o coi5a3 (e uma lógica) só silo im 'na tran. dental {e cuja liga '"o com uma etapa particular do
po . (veis na m"Ccd ida c;rn que eidstc r»,i qut: e lo cura dJl psique, N· o h · conhccime,nto se mostra ui acidental} cr. rai1 nio dodl.iúvel. incons•
p~wpç-Ao se nãQ há nuxo rapr~cntativo 1ndcpcndcnte (em ce to ""ti do) trultvd., presau,posu1 por toda indll -o e infotfflcia cmplric.4 da 11,atfiu•
da p rcepçào. m suj~ to que s6 t i11 ·se pe ep o. nlo krfa nenhuma rmaslná.ria: o que pode ser descrito como indissodavclm nlc ~téll~o-
~roec>câo: se.ria totalmente ,llf'o~lado pehu " I~"• .-cha cado olY~ lógk,o, mas cfe fato pJ"Cocdc l_ .• cné) e_t dn ló!J • tod arstM.r1s_. e
elu, maga cont o mundo. mcapa:i de dl!Svtat o ~lhar, portanto odo Jogos. Esta rruz é a posub1hcladc 1mplieada na e ·p la repraenlaç;.to
tam m in paz dt fid-Jo nele. E "o não i , ç.omo se d1s. e ba.n !mente de fazer emergir os& caquemas mal cJemen · J'CS e fiau.rá-los s bcr. prc.
r laado da itnàgi n çâo e d imag n~rio. slmplcs çapacida e de: n·gar ou sicnt f1cá-tos. tornando po$$Ív4'i atra dí.sso mesmo, J1 mdras opo•
de an uJ:ar o que se d , Sem fal r me mo aqu.i do quctC$senda l: da imag,i- ra~ "16.glcas" e· separação no Jllaxo repreacn taúvo de um conjunto de
si- - o como radí( lm&nte íorm rtle, nao lfll1bJ/t/1mg1.kraft. m s 8 '/. objetos d~lcnninjvcls qu.il.nto a: 1.1a consistêncl e quan, 1. u,as rcl cs
dutttskraft, ço o o que colo a em imagens e dá íonna - isso lmpllca t. rcc!proeas, e, p· ra começar, (lmmt o a 5CIJ ™Pectivo lugar, oum .• •~p ço''
cxigê, "positiv mc-nte", que o que" e dá" se~ $Cll1pro ao esmo tempo e um "tem '. Devê'ria e1 l, r claro, dcpoi do que foi dito mais àQ.r:na a
to mado no quo ,.nao $C dá". numa m lt dão 1ndcfirú11cl de lOm bra q~. prop (to da [rutituiçio l'ilos6fiea do tempo, q e este ·•.capaç " e es1e
1 nae de oon i tir 1'vm slmplcs "l 'Q podia não ict". t~ c:acfa um· um ~tempo'' 6 são, na vord11dc, aqui, ospecific çõcs de um rec~ptãcwlo em
teor difen:nte do qu:~ 'lemo$. Só existem " coh.is •. a bu p oíundldade e e I· e q,uc: K nt os pcti a como indepcnde1'tes, n.~o somente de todo
dpc$.S ra " fora ", porq e e,çis_tem ,_imbém.,profundid~de e ~spess'! . contévdo parte lar do nu o r-cprcsenhltivo, más de um conteúdo ual-
"dentro'; só eitiste rwdoz e f',CSHthaa .. fora , porque ha lambem la b tl- quef' deste fluxo - o que o dmom in o a priori - cnqwin to só po . .ser.
dade e Roxi ilidacJc ''dernro": 'ssim mo,, só existe m obilidacw " fon1" e ~cr o q e são, ns e, pela alteridad~ que I eme e, a continua -.ria :!to de
porque existe t m~m J>C!t iste11cia ''dentro''. Só hã perc·epÇao p0rq e figur.u dife«1\t.es, o de,sdobramento d produções da imaginação radical;
'ú!mbém há fl~ll.o rep~scntativo. ob e ~ ponto de l n também, o ima~ que portanto e paço e tempo . ó P.Odcm. apare:~r com.o H puros" p or um
ginário - como Ílllagi ário social e çom tmaaluaclo d p-s:iqul'- é t.'Ondi• upa.raçlo reflexiva stcundá,:ü1, ~ Pf!C1Só l;l'ffl~S a~tcwc:nt~r que tud
ção lóg ça e ontológk:11 do rc i ~ o e nada S-CNiria, que a 1magin ç11.o tatt,ea.1 Jam1&1s podeni tornar.se
pensamento, se o, esquema.º as fl uras que ela f1 serem P:' •ncoes-
Repmeataçió ,e ptnsat11mto t.em si lesmento pres;as na mdeflnu:I de do fJUXó ro r enUbvo, ollo
se "fíxosem" e não se ••est.11 Hizassem" cm ••:suportes'' mau:ria1,~
O · aginãrío é isu.almt te. t claro, tamMm oondl -o de todo p~o - abstratos (m.atcriafJ ~quanto lslo óeletmina , ab6tt tos eA "3Jrto va-
mento - do maJs simples, do qua» n o pcruamonto, ( l ~ red~do â lendo al~m dcste l.llu dccerminado). ou s~ja, para resumir, sJ 1101, A lln•
m lpul.ação mecin·ca do tiarios. se é que ias ó possfvel, .a o mais ri e guagc não 6 ente strumento de c:omu1 içaçllo entf'e difere •cs
m Í$ prorundo. VQltarti em outro lugar• ~ta q estilo, c:ujo cuttamcn- consc:imci Si ela é ftindamento da oomunicação da CQ sciênci com ela
to, como j{l toi dito. doillinou tod(\ a .história da filo~fia.. ão Ili (..logi- .mcmJ.a - Isto e, $1:mpJe.w cmtc,. da cooscí~ncia. Mesmo m pens mc:nt,o
camc te") pcnsamenlo sem tig:u s. e qucm3S,.imaJcns,5rne.gensdo palia- solipsúit • te qui$C:rltlos. o-vo<:SJ' esta ficç o inoooreote, n, o poder á cx.t.Shr
v $ Já o dlSKmo ongarncotc mat acrm , os esquemas opcra<lorc:& da lC:Jtl liogu:\lem, a lingu-agcm implica os signos - impltc:-a. _pottant.o,
d iSCriçãO. da o«Jem, da cocxi t!ncia, da ccss são i con~rutrveis lo- ucoisu"- o-coi fiiuu e catávd («>isa qac , O tomadu como não-
giçamenra: roda constr io 16 ica prcs. upõe. • tcs e ,qw:.mt , ao tnc:9- colsü, ifl<l 6. omo signos), e O$ dois-aspectoo opot . .ºimplicam o
m o tem po p.r uzido pelo l~gelJJ social e prusupost por este, tmotaem frgl!in com i stituição soe:lal-histórica, o que mostra, ainda n vez,
tam04!m do uma o tra m ncir , co,no modaJidades d:a representa o ç impossi ilidadc de pensar o pc amcnto numa perspectiva eg lógica,~
devem sempre, tam bém, par.a poder lurtel nar. poiar..sc nct ; e nem no finalmente éntíiio, de pQnsar o ser Ignorando o social.
/egeJn social, nem na n:·p tcscn~o psiquica podem ser e operar ie não As penpcctlv s psicogentúc ~u i<JJo, en_itlea, e oolog~tt ca o
sio ttàZido ,p-0r Ogur /lmagons. colocad1'$ arbitrariamente, elo m:a eira ç,inog:ené_tica, são ao m mo tempo trrcdu uvc1s u~ à o tra .C,, m_ epar.
"imolivada", pelo ill'u1gi , no e a imagin ção . · nis , diga•$C de, passa~ lléis. f'«oodw:indo coo laOtomcnte uma à ouua;.,ola:i aio lnchU11M\IG ,
gom, que tadica a verdade profundA, embora m mplet (porque cg,oló- não podemo pensar o aujc'lt.o.. as. cols• s, o mundo Jq)arRflQO-OS ou ClY
git:a e, lgnoraodo o oc(al e a lingu em}. da Esútfoa tnruet'lldental e da quecendo-os. M lio mesmo tempo .pensamos ou ontamo.spen.sar,o -
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'eito, o socicd de. a co1 , , o mur,do. e de umn rn neir:i ou de outra. di7. _ 111 n · ou d utr - pata r hcccr que crn e por eus mundo part .
nstantcmentc e L completo mente qu nto e ,r/io cula rcs çlifcrentes. e somenl<: assjm, é ou faz um mu como mundo
u1m~m a institui o. a regre Jurldica, .i m a ,frt a/u~ O doí percursos sl.i pois e e-nciai , inelimin rrcdu1lvc1 • in-
ga. o. nh • a alue:inaçiio como .il nsa vct• diss0<:i_h'eis. Aqutdc que. rtir i ioaêncsc e da gêncs-e, ostra
d deir m te, n;.. medid. m .e ·,.10 crnl• o e o da có1 a, da ~rcepç~o. do mundo, ie· . do nsa-
bistôrica e na ir1 tituiç;i I• totalment mc mo tempo no m rc o iq uc e ,1 insti-
inuncf dos. por eln.s, visa1n fá mn verdade tui lstorica; po tanl a. mundo, individu , pcns mcn-
que, ao mesmo tempo cm o veri qu se LO, são institui ô • e in\Lhuic;õe e•
n geri por a e s do discur- v m tam bém , e ao mesmo lo ílu. o re ru iv
figUta!i do mundo e. loc~das por n ss socic- d sujeitos para poderem momento e cn-
d l por r'IOS$a rcprc~t ili cões lmaginãrins so- am , falamos. .l " nsar-dlzcr, que so do
d rn se i sta r p dem pensar sem co- meio de tas in. ti su podcm s pen r-falar -
locar ao o tc:m st unQados indubif~vels e indcmo,utr v ·s.· de tal m:indra q o c:i\i posslvcl, dúvidn gene -
c,tiste m . cxis e is te s icd de. ei.;i.ste siinifica o. E e t~ lizada u fu ndamen to primeiro, e que e d.,. oondí &$ da pa •
p~ urso ó o perc:urs fia e da ,·crdadcira e ún í ciência. ciên- ra e do pens mcn t n unca n r qu n-o pode ab trair
c pcnsantc. destes. nem qucstlonli-1 s, a su conlirmando,o .. E o percur o
volt 1ncan ~•cimen te: a lod po questi s de outra ma-
01'1l, dizer <1 ue filo ofia é - corno cvldentl!menti: é - institu e· o so- ndr . que compara o h4 de cpr e m h co' a, que
1-hi tóric;,t nii anui corno til soíir . Oizor que é somente n e pcl 11 ~ e pclllS diícrc.ncasc as a ltcridade do p e dos mund
ln. ti1ul o da rocic-d1.1de que hâ abertura par;1 o mundo não obst rui esta soei histórico lcnla visar r.imo si mundo e: tmr mundo, ten lG
bcttura - em rto cntido té . 1 mplia. a só é obstruída p ra a nto- por rova UI! Institui · o e oda rn no. .sos m.:ils favo-
l i tradlcio ai, cuja diplopia Morle u-Ponty evocava, mas sobre qual rliv sô · tinge o ponto cm uc se o a instit ui~ão. mas
é preciso dizer 1.1e cstn :tom mo tcmpó, o $0br«u Q, afet da d uma 1m 1, à ,,ezcs. o ponto de partida dr.: um e ur o inlcnnín · vcl
herttian psi cong1:nila, se podia v to mundo oom conclic!io de pa- que tio n<1 lit d anc
rar de ver a repr en çã ou inver ;imenle. Como poderia hav r um Coda um cr cS e ou t ollltamente; cada um
mun do e havia pluralidad e de u.ic.os repr entativ ~ incomp1rávcis'? cst:í, or l do JlS me E sua relaçâ não pode cr
omo pode r a o inundo c:r comum (kosnr .rko;11<JJ}se cada um dé ó.H i- nomín do 11cm 11n1iaomla. n~ complementaridade. nem irculnrid de:
nh seu mundo privado (k osmos ic/ios)? Portanlf}, a CJ1 i te represenUl• e! t! o qut! é. modelo de s:I mes1 , pc vcl a p ri r de í me ·m . E! é o
o - posi o dominante n lmp6rfo 11 ófic ; ou Ao há mundo, pa • modo de ser do pensamento co o p nsame11to ltistô rico e como fa.- ,
b • ma.ros céticos mais além d· . pos.çck-& d lm~rio Com se um pensante.
robl a se rcsol e uprltni ndo a metade dos termos que fo cm ell tir
o p roblema. -oh veria nenhum probltmia d mundo corno mundo co-
mum. e nr,nlwm ptoblrmo ·mp/f!sment , se nã.o hou ve • um lnfinld de
de m n prlv do • Assim corno não hav-crla n.cnhum problema d· ver-
d de, aUrJ1eia, sem infin idade de o inicx~ dox11i. porqu h.á mundo
comum e mundos privados que h mundo e problema de m ndo. Nilo lc•
nho que suprimir a represcnt çllo rap der rc nhecer o mund e vi1::e-
vcna . • e a Cllosolia ro verdadcit mente obrig da a flrmur que a lv r
o se do mund ~ige suprcssil do ser d ropr fllaçâ • s~n pr iso
observa r que ex' 1c simetria erfcil entre ost.i posiçto - porlant identi-
d:id de pr~ u s.tos - e qucl;1 que só pode alvar o ser d rcpre. en · çllo
bUpríntlnda o ser n m11ndo. <> quecons.lhui uma das defini õcs possíve is
d psico. e. · nã o tenho mbcm que suprimir <1tfcrcnç-a tlu.s ~ cicdlldo:i
- manii ladn dm de ludo no f to de que ·1d.a uma inst1tui e organiza
sn, mundo, c mo seu kol'ntos 1d o.r, e não aceita o da outro • quando o
conhece, . n" ser in ~uiudo- í. rea orvendo-o, djacnndo-0 de ma
383
li. AS SIGNIFICAÇÔES t A RlAS S

R "he~r q e ló i idcnlilá i-a ou conj untlstu sô pode t ua,


r,u eslr to daquilo que é, e que o fa.z.cr oognl lv ~ incvitavt:Lm nte lcv •
do a 1, apauar este estrato ond1.J2 e ulnte pccgunta: p dem s ir
alêm da sicnplc:s constata ão dos li mit ôa lóiica identitária e d:.. ontolo-
i q lhe é co asu bstanciel, ultra p ar a im pie n tol gia ncg tiva, h•
berar um caminho (ou vários) para pens qullo q é. m nos conten-
l rmos cm dm:r como n-o devemos Pffl~•lo?
ta pcrgun a im c:ns ultrapass de muito os llm lt e 1m deste
u aba[ho. Mas o que j fo di o aqu so rc o s.ocíal- i.stórico e o imaginá--
rio, si n fí , repre$Cn I o, permite e o riga a csclarcc,&.I a1 rn-
é de I um a CC)li • cr ções prclimiaares.

situ ção 1losófica e cientifica atual, conseqQ~nela dlret da ativi-


d de co aíti d <n trés ültimos qu_anos de ~e lo, requer im os.imentc
um 1'1.!fl ão sobre o odo de w e lógica da orga i ção dest novos
objetos que ão a. pa tlc11las cl ca tilres e o campo cósmico, a auto,.
org iza o do ser vi , lnc ns<:icnle ou o ocial-histórico, çada uai
de maneira diferente ma$ i ualmeotc rta, todos colocam dicaJ-
mentc em ucstão a lógica e a ont I gl hctda
O C'Onhec:ime to d novos objeto ó foi p sl"eJ cm função d
c ria~o de nova significações ou matrizc de . ignifl o uc jstcm
3 5
r e: · em qu ~~o fo; n-du.~. 1cas cm cnda. um d :-.
cus si • - rit.:feri môs. · ~\e- ímenl colocou cm bem :!ep rudes ou bem , i t ul'.ldM num mundo pcrfeit11mcnte ar niz.ad
e i o !\ de ser e ou1 ros odo .tnízaç:l qu 11a o. por sJ (o que vem a dar no me. mo) como , · ~ema de e$8êncl , qual -
j· 1d te d que tc:nt dizer, uílrm or que e: Inútil th~<;ulír q1Jcr que 'a sua complextcl d
p,. . r d uas ~ rmu l.1~·õcsê II m:ii .. vcrd..idc:i ..i " - u eja. Aquilo que .não é nã pode ser c:ao. bsolutamcót dcsorôen do -
<JUll a ni 11el la não t': sim lc~men e 1r1s.ohjvel, mu1 s~,n scn1j. term o q ua!, 1111 não ser ôe atribuir nc buma si nilialldo: urn con-
tlo . junt~ lcàtóra~ reprcsen.t8 aindll, t"'}U0)1to aleatório. um orsanrt:!çllo
desa er se cst s sígniftcaçôe , o fonmdávcl, CUJB d~r1ç o prcott ht os volumes o ·de se e r.õc · teoria
, niz crcs e mun ou m t~m cntri~ ela das probabilidades. . o f não s -r stari oenhuml\ o rganiza o,
~- p lotá de e, clarcc;;cr mais prec·sarnunte ou então se prestana II todas;; n~ dois casos, todo di&CUrso oenmte e
1 e, e m 3 lôg,c.. tndleiona l. Ê ue toda tocl çll.o sc:rl· impos f 1(s. - tese cmpin ta-c.éli é tomada bso-
teoLal reestaquest·o dcverã ercons len ueelmsc lu a e r adic· lruente. ela pulv-c:ri.t.o ll.ldo, im: u ]voa pcc alív dnqudc
rcf. 1c fa.2er congniti'I' que c51_. osatrave que a cn unci de que o oul~o ou ele próprio c,mprecnd o qU ele df ,
tamb · ue é. que lhe o cor lativ ,ouçn o q e ele p num::fo ou at6 mesmo exista; $0 tomad11 rtilaliv~mcn e.
d lcv11t cm cc:,n a nqíonalidP-de- essencial d el.a é obrigada onc;;c:d r probabllidades n fcnõmcn sou , como H.u-
(e · 1t:gorlm1) ' e ,:vitar a lí!fH a universaliz.:lção o me, h !tos no ~cito, portanto ji\ negar it idlía de um caos soluto. -
in ão é pelo fato de ulu mo da ló Quand a ~l0$0fi cri 1 (Kant) rejeillt, numa primei a~ pa, a idéJ de
que os fcnôm~r10 • 11 ic0$, r,o do, ciente umn org.alllUlç· o qu.alquer do que so dá, ~ ra da que lhe impõe o ~tua-
dcm sc.r ru?,ccMaria te refletidos no quad mum rn~ _to. c.Ja º. f; i porque el coloe que um tal org.t izaçilo jarnals pos•
· cliuo, umbo:m. se ums - u vãria - l nov" eh suma n Ld de (ou s ·e, vcrd dcira determioidadc), 111.lnka necc$Sida•
c-on tit ulda, su rei . com a lógk .i identil.á ·a pode: ·a . . da. cndo por definição ( tolot ç:un 1e, dc~titarfomeole) a que: ecor-
ner ensada den tro do quadro hctdado: arque da nê.o riodcri;r ser nem rc d' s pr<> ri- necessid es do a to de pen r. Ass.lm as fo nna.s tt cessâ•
sirT11)lcsmcmc acresccnt· ô à ló ica identitária. n I i:lori ider u.:i como rias_de org nizaçiio do q ue s~ dA só podem ser t rm~ e4:css.ãri pelu
u e neraliza1,âo ou uma superação desta. Bla só p odçria man e1" unrn qu I aquele para ql.lam "alg X' ' se dá o e ~r (categorias). M;,s cm
o p r dox I mi gMeris com a idc:ntitári njuntista. j 1 uas ct.ap:u ulteriores cl os,.ata que nuda no própr o s· menta · ~-
q a própria , p exemplo, teria izar tcr,n . ntos e de m,- gura que o q e se dá ê tal ue as c:acegorias l ham cíctinmcntcoontt Je
d como fazemos constant~ente 1- pa dizer que aquilo q ue: '. sobte ele o~ seJ.a. ue o pretenso - . das scmsaçô 6 ainda l\Ssim orga,ri•
d se deüu1• e di:ie ndo Ir i. o ou t I cstn H>. o rgn• 4vd; ma, amd , q ue o mundo n o 6 simple$mentc p leno d uporui:.
nizado o, se undo .'l ma. do di tinto e do definido. Ela possi _e , d cate . ria da su nci· , r Cl{cmplo, n~ é simplAismente
teria qu do id 11it,rio pr, cr par«t:r e parn c..clan:eer o ?:rgam~/, mas Já de uma. certa maneira organ· ado (que haja c.nrclas.
nã~-i e n medida do possJvcl e dentro s L1 mitl!.~ dccisiv _ arvores, cachorros, etc), 11-ern o que a legislll .lo da oonsci6nci;, nlio tc:rla
mem.'io s acima, ervir-sc d o não-id · a c lu çid r. em objeto; d q~c n serviria a ca cgori da ca ·1lidadc e f0$$e certo que
p· rte, a idc:ntltário. ( o e p rquc tem, idcntl• u>da ~ qlíênc1a de ícnõmenos obser da apenu um vez ouo. e rcpr du-
târi - oti.a fa./tJr diferentemente'!-. e ele opera e , zm ;amai~? A id ia de urna matêri3 abroh.ll mcnLe Informe ç impen. •
senci, l com o esquem ou biper..ç:ucgon tn11üridaáe que vcl, porque ela equivale a uma indiíer1!n a oluta d mat6ria q1.1;1nto à
..dia16ti ap~ ntk$ umu vari.m • .a i a). forma que se lhe "imp e", o que significaria que mposiwu de formas
O que sabemos 11 respeit en ma.is adrna, e, n· d~en. à mat~ri o igu~lmcntc i" diferente.~ enue cl.is ("a tlrte do :ir.
~·crdadc, o qu.c s biamo dc-sdc s lev z.cr: O que , cm ~,ntet"? poder,a ser lnve tida em 11auta3'', d'iri Ari!Jtótcliis J), e n~ hav;:-
qualq e:r rc '. o. n·o pode '"r pc como e,ios de$0 den do ao n ~ais nem verdadci o nem fals cm n:,l !lo à ~periênçla. A li! (>fia
qual a eonsciêr,ci a téóric.a - ou a cuJtur cm gerti.l, ou cad cu.lturn à. ua crhte-a tffll, cnt o, quer nh1:C« entre ll consci!ncia e er- tm du
manei ra pró ri - iinpõe. e Impõe: s-orinha, ma orckm que traduz: pe- inundo ume orrespand~ndn que ela q lificu de .. feliz o o" (glíick/1-
n s su p rópria lc:g' 1 ç!io ou SC.\I 11rbhrio; nem como co Jun o de coi as ~•tr Zufall '; é pr 1so lcrnbqu- que partimos d-0. idêía ncoc ãria da occcs-
sidade}, mn p ffl qual a procurar!.\ ç encon 111 r · uma g.anantia trao

1 Ver "Seic m,odcp1c ct illtat doo p 010 uc'' , / . ~-, p, 70, 1


1 AJ 111 <:il11ç-jt'J ~ Fl/do d da 01 t, lil lld· p 461 po/Jdnos ,-c-1 cm ifolo ( Di
..1 ~ .," ""'• 1, . '107 b l-'•l i
J"r. 1 " 2) q d!i:t qll■• tt ll~n 1cnrc A Ot<. aoi
4 ttn,. m,.,.,~ de ui foCJJti tf; Jl,gcr, t,. PlllloBmto, 196!, p.
386 3 7
i;endente - onde se perube imedi tamente que, cm vcrdBd bredc- Oiz.cr q e tudo o que dA permite que dai e e~tr l m (ou a i "
tennináva tudo dc:sd o inicio. Deus, a v~dade. não 6 tant um construam) organiza ~cioi,Juntiata , ~ o m m que dizer que" pode
po I do da ra:z o pr:tica t r zcnd <:0n o co n ilénc.l oló '- sempre flxar, no que se dâ, lenn de rder6ocia ($lmplcs u complcx s).
C!lS (se Deus tivesse quori o um mund caótie , crfrun05 ber se queremo, tr tar essc.<1 termos como elementos do conjunto$, no
agir etican, te'?); e e 6 sobrct do, embora subcntend· d ~tid pleno do t~rmo, e cJcs p dcm sup rt r oper11c&:s conjuntis-tas
futaç das p vas de 1.111 "exl.sti!nci ·• -mal$ do q e u o r unda, é uma questão ue oon~rne tanto obj eto comidc do q~n,o
zâo teórica: enquant ''ideal transcendental', 11ào som v 0 e q r:r razcr dele (teórica o praticam ntc). Tudo t cmprc COl'ljuntl-
u:ro da. ruão (q e gove:tna o uso do entendlmc.nto , í úvc:I (l to é, tautolo men t , tudo uc pode ser dito col -se ob as
que 6 de é plenamente dctorrninad , só ele de crmlna te o stn- rcgru do d~~r na medida cm que é di o): mas lém de certos lirnilc:a ou
ddo de: er. · fora de oetl domlnl ·, só o é &rivialmen,c. (podemo sempre cootílr o
O q e se dll tamb6m não 6 conjunto o bi de ajunl , es.- sinaJs tip°'rifü:os de um livro, ou pc r u csuhuu do Louvre, o que se-
s!ocía o c:ma do mc:i~ . O que íoi dlto ací respeito do &oci:d- ria uho 1mp rL ntc se fossç cccssário rcmov~las ou trnruform r os
hl óric 'mag.l trio, das ~ignlfi Un em , da representa- rnit amcr1ndi uns no outros, depois de cr cstabdccido que da um
ção (qu · i onu~ s fiel ntcment a deles ! formado por um pequeno número de elcmen tOlS di ereto ), ou in-
situílçã mbêm'. Oque cdánAoéco aruen-· completam eotc (a tcmáti ,ornada f11 toto), ou antinomi mente (fW-
to i;om a rg niza trazid pdo {egtü Um c:le <Xlnt porân ) , intrlcaçãodo uc êcoajuntizAvel de m eira perti-
seus cs tu raJ. pr~-se, e.rn p ma orga- nente, o u do quç o t no vazio ou nto o ê. pode atin ir gra quss que
niza "o· in terro ç o 16gi a.n e e inimagin vc· de complc.xidade (como ê o caso as ttl e_s entre miue-
empll;i, e maii do qu fragme , lac::unar, máti e econo ia).
lne tiio, maJs além do prl cs o na- TmtM"I , enfim, m 'aote u de metáfora contr:idi-
t ra ivcl, mas também como)é organiz.ado tôrias, dar u II descri .ao int v do que entendemos p r magm (o me-
deu odifi r no • nas" - sem uc lhors porte intuitivo q ue lei or pode-se dar ó pensar em "tod as Js-
po · d:u as Clttralmos o u toma s enlc da nl.11 çõcs d H u.a fr cc~" ou ..cm tod as r-eprcscnt çêíC$ d sua •
nov rato ap rec:c por sua \' de:, como LII! • da"). Temo ue pensar um11 mult plicidadc q e r1iio é uma no entido
na que. m o em ntre el s ou estrato.s do adquJri o do tarm , mas q ue rclcrim como uma, e QU ado t ult:ipli~
que dá - tc:rmos que ão se devem cert ializur ou r~ifi- cida e cm se tido de que poderismo, cnumel",Jr, efetivamente ou vlrl1.1aJ-
car - ru on i;aóli (h um d term m d.l micr fisi- meotc, o que ela ucootém", m ode podemos r4crir cad vez term
ç- quàn i a nica dit.a cljssi~). nem suj id olitáría (do n o a lu1ament çonfundidos; ou mie, uma indofinldadc de te mos
pon o de vista desta d bundam em pa ori ). De o ulra eventu lmcnte mutantes reunidos p r uma P~•rela o facull tivarn te
ma eira, vimos, 1 mbé ue cm ideodtári& ao tran itiva (a rcmi5$lo); o u a unificação de lngr-e:dic:ntc distintoi-
interior da própria llng m, entre o código e a fin u_agem; e indi t tos uma clive rsidede; ou aind ma rc nilio inflnltamen e con-
de outra mancar inda é o no que e refere às rel ões en- fuu de l dos oo JuntivO!, feito de m teríais dlJercnt e no ent nto
tre '"mundo privadM,. e ''m comum" ouma iocicd de. homog6n &, toda coo.sldsda si_ngul ridade, virtuaf e evancsceo es. -
E tom que p s r a& peraçõe, da lógica deo itll à como ultípl
Visam o modo de ser do q e se dá. ant imp ição d Lô ·ca d1SM:ÇÇ lmul n , que tramt rm m ou a uali m es . lngul11rlda-
1deatltliria ou coaj1J11tis ; o que dá t mbém ocsse m do de r, deno- dcs virt ls, esse n4rcd1en1q, esses termos. e elcmcnt I d1 t nLo5 ç de•
minamo um mogma. Bvid~nte cato não a.e trata de dar di o um~ def._ finldo coocrctiz m prbrclação de rcm iss o na relação. ora11nizam o
oição correta o língua cm recebida u numa ling gcm qu lquer. O m ntu-junl , o ser~ , o Kf•SObre, o r-p«to cm · tema de rclaç&$
enun ' · do seg ·ntc pode, o entanto, nll.Q ser inutit dctcrmi11 · s e deteraúnantc (idcntld de d ít:rcnça pertencer, mel •
Um m~a ~ 'I uilo do onde e pode ex r {ou: em ue s podem ao), di!oreoclam o que a assim di tinguem em "cn&Jdadcs" e "proprie-
con~truir) organ' õe$ conjun, tas úme o indoílnldo, ma Que oilo dades , u li llm esta d fercn · o para coostitwr "conjunt " e "clas-
J]Odo j amais SCJ r oostltuJdo (ldcalm nte) por composlção conjuntist cs:-,'.
finita o lofinit.a) des s organJza ossa .colo ão é de que tudo o qu pode cfcti
lllncnLc ser dad -
rcp $CJltaç ão - 6 cgundo o modo de se do mag~
, naturff , signill
mo; que n institu· o cial-h t6rica do mundo, das e Isas e do indivf-
. duo , enquant instituí o o kgdn e do ,~ukh 'li, empre tato bém ins-
3
titui.ção d.s lóg1ç;. idcntil · ría o po anto impos ão dt: uma organização onqv nto ••a;imples" o "lndissc J' - n· o enquan ·• epa:rodo" e • u-
conjun ist num pr-ime·ro e lr:ato do d do qu isso &e presta lntermfoa- ul.rq ieo". Etc 6 pode ser construído (e djto) me.ólante um not.1mu çâo
vcl~nte; ma q e tamb6m ctil nunca é e nur1ea pode ser omettle i!.So - enorme de abmaçõcs, cad um.a dll quai mo Uiza um número indefini-
que cL é sc:mp e t:ll btm. e n~tlamc:nie-, inslit i o de un tr1· ma do de tcmiswc a outra I que i\ ela (buttl pcns rmos ,l que é nc-
de ignificaçõc im irn1rlt social ; enti , que a RIO o entre o Jitgí'il'I e c:css.ádo rara "<1-- r um enttdo" e:<pt são: a ob c:rva~'to foi frita • .
o 1cukltein ~ o m ,:n111 dlls si -nilicações lma ·onri• ssociai~ rmo f pen ávcl 12 b 21'7" de 2 de no mbro de 974, A x graus de L'B.tit~de n ttc e y
dentro do, referencial idcnthério e c<mj1:mtista - assim como ru1o o silo as raus de longitude este, ~ferida tlll meridiano , Co o. p-Ortanto. pata
rclaçiki. ~01,:c legefri e repre ~ntação, lege/11 e n turcza ou en tre represen- alêm da pO!ltulaçiio iden itária da designação - d us idenlh.á.rio do sert·
tação e s1gmficn,çtlo ou rc resentação e mundo, ou "eon ien ç" e ..in- tido - o ref~nte é e e pr~prio em si mllStllo cs coci lmen~e indefinido
có ·encc" . indctc.,rminâvel e ab rto, o fej e de rcmiss.õcs ê ,gualln te aberto p.~r O>ta
zao. Nii di o que a slgnificaçi da lintiuagern s6 seja-sempre o refare.u-
re; mas quê sign.áflcaçio l'I nça , sepa \.!Cl do referente, uc ela com-
A 3 si lncaçô41 na li0<_gt1ag~m ~teoode tR bém a rcm ão 110 referente. Veremos, ptopÕSltodas lgní•
Abordam os o prob ema sig,nili · çõcs imagi n riu soei a ls no ter- fka<;õe lmagln!riS! prima.ri s ou cc trais. uc pcrf~ tamellle p c~·el
N:110 majs ex eos- e mais famili r: o das signili çõcs n linguagem, A que uma significação mso renha essencialmente "rc4i ente" verd dciru•
signifi o! qui occ:>•pertmçet de um t.ctmo eda(l no a qu,c t-e,emete, me te difcrcnci vel, 11 um respeito qtl411que:r, da pró rl signlfü:açiio. En•
prosrcssivameoto, diret u indirct 1mcnte. ~ um fc"itc: de r,m'. iies a
fim, n oomsid raQÕc da lina agem, não podemos fazer abstra o do
partirem orno de um termo. AMim uma palavra nmt>te a seus signüt- t to de que, certamente de uma outra manei , a · oificaç!io [emetc
c dos li.o ,Qistieos canõr,lcos quer sejam "p ó-pr-i0$" ll "6gu-rados''. e a rcpre,entaçõc& dos indivíduos, l!fctiv. s ou vi uais, que a usclt· , iodu ,,
ôa um ddC? ~ maneim da dcsi o ação ldeoti lida. Estes !ig.nificu.dos ão pe,mhe. modela. Sem c~a télação n o há lhtguagctn; a per. enbilldadc
os que um ô1etoo rio a,mplcto ou Tesouro ~gistra p ,a um ..~sta- 1ndd.é minada e indefioid.a entr~ os ttl uodo de rep sen tllÇÕC6 dos indl vi-
do • da li u gem considerado como dado; urn t dicionário só oda d u o os si nificado. lingll{ tioos é condição de eit st~m.i a, de fu.ocion -
cJ\isti1 parn um C()rpus definido e finito de .:xpr~Õd UngOístíe:\S, portan• meato e de altora.çiio ta.nto p Nl urH como p outro
10 pa-r uma llngua morta. C mo Já foi i ndicado m• Is a ·m.,, possibiU- Tudo Isso não ipitica quo tenhamos reduzido tudo o quci a ser
d de p~rmanento de ernergen'cia de ignífieados lin_gO.ís icos ou ro. que apenas sigu fica9ã,o, 01,1. que tenhamos dlnolvido a sigoi . caçiio em ludo o
BãQ os J1i registrados p um d do estado ·1ncrõoico da llng ' consti• que 15 e da. lgolfü: o em todas as ouras. Nio d:11.em0i$ que sí@nifi•
l tiva de uma Ungua viv· , O feixe estas rem 4t>s é. p rtaoto, abeno. - eaç o de um e de da tcrm Sltja toda a linauagem - como Já se dl se. e
as a p lavra temt!tc tam é:m a seu referente., ou a cus referentes . Or·, c:omo, cm verdade:;, erismo$ obrigado, a dizt dentro de uma perspectiva
os:;e ~fere.nte nunca t un\ singulorldade ab luta e &eparada, não é nem loglcista (estruturalista 6). a ' genllmente, a ltcrna1 a: cad termo da
mples oom autâtquico - mesmo qtae Fosse 01JSI~. Nii.o hã ''no a pr-6- lingu sem si nUica um "ob" to" determinado que podemos c:\ibir numa
prios •. · omado estritamente, o céfcbr~ adagio singulario 11~ntl11antr1r ·ed dêmoi1stração s,em ambiguidade (ou "pe sar") e sem n.ada ma3s pl'C$5U•
1miversctlla slgniflcmJ/ur n· o tem . tido. Um rúver: ai t "denominado.. por ou propicíar ob outro ponto c:k vista; QU en1ilo. um tumo d· lingútt•
n dci.-ianação identitári (assim , "unid.ade" é .. denominada" 11nid12(h, em jam· í signific nada l6m de ... ua'' (7) diícrco cm re,Jaçê.o os Otl•
Einheit. en e e.) .~ 111n, "s.ingular" é• s:ignli1cado" por seu nome.já que: lt "aquilo q11e' os outros não signitic m, es alternativa, cujos dois
$C nome o:io 1a um nomes nlio oobris$C · utomatieacncntc a infini- Larmoi. & nsustcotávci&, manifesta o mJ)assc de 1Jr.lt apro,\lma~
d d1: de "momcnl0$' . e de "aspectos'' do que "dçsígn " . O .. nome cL: u ·•~ógjca' da lnguagcm, Oo a. J nificaçã não a identitar:lamcnte dctcrml-
{i,divlduo" - pêssoa. coi a, lugar ou que: (f\ít!tqoe seja - remete ao oçca• nbel e dct~tminada, e não 6 nada; 01.1 e la é tltgo e então ela t dctcrmim1•
no iotc.tminâv t do que: . o indi Jduo é; ele 6 seu nome na medida em vel e dcterm ,iacl.o, I> ttan o ê t!S'la N:laç o uni voe entre C$UI "pai vna • ,e
que refere virtualmeote à tot lidadc das manili ta es deste indMd e> C$t "coisa o esta ...'i.déia", da UJrul dcl s dcteffflinável sem aiJ1bigul•
ao lor,go de sua~ at'lcia, efetivas ou sivcis ("Pedro J... ma.is íori is.- dado; ou cn o cl ê pura relação de ttlaçõ cad.- uma s qu,11. deter~
se ..), e w b , dos os a$pcct que l)<)derfa apre c:ntar, se oão compa•
nbasse e~ tn hn muJtidicnonsiona1 e fromeir indcl'ínidas e q ,e im.Ls•
cui p r tod 3S su11s ílh~ em tudo o ue f sob outro_po to de vista. A
Onica singuloridade abSotut.11 nbstra amc:nle coo,trutívcl o • qu i-agor, 6 D<:ntro d , 4,til perJVéQCi• , a I eiu8ffll, do ªP<'MI lffl:la difeT01ç;i , de ~Q-
"çoaereto· (n· o a fo rma do qul-agorn uc é evidentemet1le, como indi- os., n.cn attl'I 1umo e p.rna tk, .1c a t .zwd:M!e d°" <1111:tas aio ~ ao m ·
cavu Hegel, um univer.saJ bstrato) s · ê c0?1 rutivcl mo sln ularidodé
90 )91
mina d e'omo negação todas u utru inútil crcsccnur que "dc- na' t ma mc:3 a denot -o (o &dttmmg): apole!l • e o çõ (oo
tcrmin o" neste caso é absolutllmc te vaz:l ), Slnn difetentc::,. t di orcer o f. to de q e a prlmelr expreu o e scg 0 •
M cata Item llva 6 puramc.qtc fictíci . nquanto magma. as 8· da êm d noraç&!1 diferente: , par permanecer nesta mesma m inoto-
nificaçõcs d llngu não slo clemcn o de wn coojunt0 subm Ido à dc- gi , já que a primcin de~gna apo o enquanto (i lO) ou dcsi na t 1
tcrmioid de como mqdo e critério de cr. Um significação 6 ioddinida- propried de de Nap 1 ~ o. o pol enq ato suj eito de t ato, e
mc:ntc dctc,mJnd I (e este indcllnidamcolc é evídcnttmcntc ci81) gund o designa enquanto (i o), o dcsi a, tal ou1ra propriedade ou
em que isso sijn1flque q e ela é determinada. EI pode mpreser ref tribu o de polcão, ou apoleio Cfl ua to te do wírido tal coi . A
d , otribulda provJsoria 1:nte como elemento identitário a uma re a -o i.sso só é poderia opo "Na leão" num sentido pu mc:n te enotatJ o,
identitária com um outro elemento dentit.á o (as bn na designação), e , b cc~ndo que exjste, absolutament à parte. 1~m. acima ou sb o
QOmo tal acr •Lum algo" coqua o pon o de partid de um1 scq0btcia de toda atribuição, propr «!ade, comfcante- esse cial o cidQotil, algo,
abcn de dct rmina ões &"Uocssi . .Ma essas cktcnnin çiie& por princl, uma 00is , uma ou.na que I llpo o - ou ~a. colocando que ~ j lc
pio nllo a otam nuoca, E ainda m 1 , podem ob ar, õ d fato obri- ibiLidadc de um falar fora do todo enquanto ... , de fala obsolutam ntt.
gam sempr,c,, volta o "um algo" do inicio e condll2ir a eol - e mo Mas i55o n o 6 uma e crição ou análi da lin em, e jím uma me afi-
"um ou tro a o" descqu.il brand para Isso, ou atrav disao, a relações lca muito partJ ui r. eta iat em '-'er"1a e irresi,tiveimcntc induzida
mcd.iante QUAÍ,s a prim.e"ra detcnni ção t111ha sido feita. f:: ocno que pelo uso identitário d lingua cm e prolongamento ubnancfall tll,
tais puaç~ seriam imp lvei para um computador, e provAvd que cnciaJista, m que S\iio tem, por i o, que ser e mente avalis da.
um lin;u· ta, cnqu nto llnJuiit ( a,c l_)cnicria; o fato~ que um pescador Quc:m lo~o ~ta mctafI ica ao eu extremo, Ari,t6teln.. passou a vida
naJra o quase nunca s.e perde, Pt men e enquanto mag_m as 1ia- formulsn , pcsq ando, d{.sçutin o H a rias que colocação d uu..r-,
níficaç do go muito d.Jfercnte d:e um ca . O que descrevemos como susci ta: lógicos e linguistas e olcmp oco parecem às vu nem m~
o fciltc de rem · õcs de ca , igniOca o não 6 e.vldcntementc um qual, mo d e nfiar uc c:s e 'a,tam ,
quc:l', au m com tam~ o 6 tal aqwlo que, cada vez, uma remissão O que tum• "figura do di rso", um trop , coque 6 o sentido pró•
conduz e a ms ncira pe~ qual d cond z. À fC'O não leva de l uaJ tru1 neira a prio'! O uc denominou dcs ã an iguldade tropos, s"o somente os
e
drculo e triwif<>. C!I ou T m_aneita que se orna. na el boraç e de• tropa p ticul rc ou· l • ,pos cm squndo arau. Toda expras4o é ess n•
puro ção ldcntitárli, o quan10 a ... qu, visa captar e fuutr o cr em movi- clalmmt~ trópi~. Uma p I vra, l'OCllmo qu nela utilizad cm aeu pretcn
me1110 e indeterminado d signifk.ação tr osfortnand oem r niio nni- so "senti próprio", ou sua "slgojfi ç!o cardiat", alo da é utiliz •
ts, definida e detennl ada de rela • d terminada e u Ivo s entre da cm senl do trópico. o cltistc "sentido ptóprt "; e-xi te sornente -
elida termo e ai ns outros. m sempre e ndiminavelme tê, e metáforas ou a eg.orí DUllS utis
Este ser dil $Íi,llifi~ç o, hi multo tempo percebido pelo, íllosofo e o ais desordenada - rcfor&ncia idcnt t,ria, ponto do uma rcde~e reli
gramá cos, e há multo I adcquadam nte descrito e, na \/Crdade, ocul- r8oci s idcnlltâri&s, ele próprio preso no magma du s.a:nifica ôcs e rcíe-
ta.do pelH distinções entre sentido próprio o eatid figu!'11 , sis Jfica- rido ao magm daq ilo que~- Exi t~ a] uma crlbui o que nilo se·
ção ccotul e ura scmâ.ntica, denotação eco otaçlo, O que css istin- tonlmi ? Dizer que haveria um-a, scrfa dizer e cd tem atrlbu~es ou
çõcs n vudadc vis m, poder formul •lo, 6 il diferenç& trc o spco- prcxr 5 que aio o qu.a,rto a•..• q Cltistom atrl içõe-5 ou predic.a-
to idrntítârio-eonjuntista do signlficado, e a ijnifi çio pt na. B. o çõcs 3 lutas, Mu o q pode ier uma tnbui o e olut.a? Em caso eit-
d mlnio da ló lca ide tltária e da 01uologJ que lhe é b.-omô ga, et. s co- lremo ela só !)"Ode ser atri uiç o d ou.1/a or.uia, u acj , tautolo 'a a •
10Qm e plicltamcnte o elemento conjumjsta-Jdeotitátlo com próprio oluta, form vazl da · ntidade a si. "x é x" · oilica 110 di~ rmtc d
ntral, denot11 o de lgo de au 1.1rado cm $1. Mas n· o :i cntido pr " ó", e é um prcdi do'l parente ente n.1o bá qu:i ncnh ma figura
prí • é impo.ssl é capt. r e f~har um Kntido em 5 a pr pricda , só hà do discurso quQndo cfi o "csto vaso 6 tu!"· n entanto I; imed to que o
um uso identitA 'o do sentido. Não há denota • cm oposição II uma co- te.mo "'vown 6 quj utilitàdo co o sua própria mctonfmia, -,,an pro lo-
notação; ldéi de denotação impU neoessa · mente uma ontologi da to, já que csl fr· vi · não o · m sua superflcic. "O cachorro d r-
u làn l11-cssi!ncia , da ow ~. de llm ente e m si definido e di,tlnto for da mc", esta frase Ulo si pies torna-se s I aJ do momento cm que reJlcti-
JiJl@wt_ em comp to e fcc ado em sim mo, q e palav cria dirl i- mo um pouco ri: c l "E.st noite n1. .um sonho" t pco uma acu-
d , claramente: da coisa, real ou ideal, e à u t p eriam opor os e mi- mul ciio d " buso de língua " : eu, se não é to do como simplet
tantcs (symbtbdoca) que lhe ap reccram objotivwnenlc ou c:idcnt termo de rcfcr~da, é penas uma ntvoa escondetldo um ebiimo; nio se
dvindo.s palav cm u11. u llzaç o lin nístlc . Pouco impor1 uc t fa2. m wnh corno. e faz um nlho, um fuga, uma comida, uma aliança
ontoloJia tenb uma colo~ "ide, lista" (eomo cm Frcgc) ou "te lis,. ou um uerra: e q o •igniíi um onho, cm que tido e quando um
ta", Di-zer que ''o vencedor de ust.ctUtz" e o ·•prl t nciro de Sta. Hclc- anho é rim? entanto, a íra não l u.ma acumulação de liberd3de! de
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lin u gcm - porque tcdo lfnguagern é abuso de lif'gua em, o cAistc uso ue out:r objQtos ~ mbém ~iio ser~lflVO . É 110 urnu qua.li•
do llngua~rn nqu.anto língu· aem que sej próprl : dadc e , entid naafa ge,r:il; tiio vida uma qunlid e de S~C,Jtu?
Ev deí' emente. a "a11â.líse" d:CM ~ eà rtssões pode cmpre ser foit ; M· s 11ó.s din os I as, como AriJS lÓltlcs, qu:c o cadáver ·_, não é rl lais
;i é scnipre. por rincíp io, lnco pleta e lntcr ináV1:l. Dizer q~ el p Sócr les a n ui ser p(lt abus de lin 1,1 gcm , ~ o ser cparl\vel do cr•
deria :s,er eom k:ta, t di.zer (volt r1:rnos :1 ' to), e cxis um saber b o• as im? E a tê que ponto? izer que UDlíJ coisà 1, t dite que da t eo1 pie>
1 to que importa qu I é que n o é atrn vês de ru, liscs. qu ting a- tami:nt< determi nada ('()ffl rcspeíto a to • os predic.idos po veis, afir-
gem.fl.meiona, Todo mundo :ibc o que "quer dizer" o ea borro d_o nnc, o t. Scf\do Cfüti:13 omem. e sen to/ não-scn.sato prcdlco.d s
vaw é ,.ui, fi:i um sonho - e abe em fa.v::r, nem dt r ncoessanamtnte pt)$Sfv ·s o homem, Clinias 6 é vcrdadcirnmente se é determinado
na possibilidad e i · iar 11 pretet1$a "análise" , essas o.,cpresa<íes r n• qu1uno à sen . kz e · n o-s-cm ar.cz. Evid1mtcmen1e. CHt1ias ~rtuto i de-
donánt, lin,uBJtr . como unfv s •· ufi "cnuimentc qu nto ao u o", terminado difercntem~ntc de Qiniu rt o-:;en$illO. llt I outrn pot isso?
l:. que 1m6ns.fo identi rin-conjuntfate da língua em e â mpre pr • • e6 outro quanto<',.. : e cl.e n· o é outro, de é o mesmo - oméSmo quanto
sen e. como é ela'! No emin iado dccJar tlvo m~is demc.nt r - o cachor- a quit? Quant •ao l!idt)., qu oi à misio, Mas o q e é o tldm, o que e a <m•
ro dorme. o vaso é a~ul - os 1e1mos 2cornpan bam um visão as signifi- :tia.' A. " Mt,cifttica" é um forço gigantesi; para responder a esrn pc.•
çações coBlO provis.orillmente simples e não dcoomp,onfvcis , por um li\dO, au rHa. sem r su!tlldo. Platão e Aristóteles pass ram umu bo p rte de sua
coroo oompon{vcis b um!\ N:lação (ou um numero finito de rclaç,ões) vi · rctoma.n o, explidtaodo, clabot1u1do. retificando o quanto a. .. (pro.s
detl!m1Inada, por outro lad ; enu • do coloca llO cne mo tempo o r J, ou seja, lutaod para sal ar o dl~urso ~m rel i,; a su11 próprili cxi-
qlJiJnU, a... que lhe é cspe 11\co s<:nt cxplieltá-Jo nom poder explicítli-lo h &nciA de determi11idadc, qu.o é intransponlvel, mas que também, tomada
explicitação não tc:rh1 fim , num fecham to transitório. Mas este: íecl a• em termo5 sbsol tos, S1rôl. Ao final deste forço - que 1erá obriga-
mcnt éebelo de poros. porq_\le a dimim ão identl ária•coojuotitl nunca do colocar e opor o ndo seniJ}fC e o sérnpre t rna.ndó-5.e, a potência e
é Y'ttdadeiramcnte ,solâ.vel, nem ~fetivaménte tsol da: ela ó o é. ide;aJ. o at , a essência e o <:(lrnltlillf - Platão terá q11e convir que IDCll o o ser
mente, n i11te r d um s' tt?ma çomplet mente formaliz.ado, pt>nanto "indubit11vclmc le dez mil por da 11 ve?.ts rui.o r,
que o outro é como
do qúe j, i>ão é tia oagem. não er, e que ê p edso cad vez co 11[der11r quanto P qu (tkríni ka{ kal'
Abramos qui um patb c:swi. ão b, rlgoro mente onhuma ni ttkl!ilroJ o me mo é outro e o outro ê o méSmo •. A sim tomo Aristôceles.
tura d1l continuidade entre os sof1M11u m;\i.s grosseiros, o mai~ pró1timo$ recoa endo a polissemia inevitô l (pt1/trrdios Jcgomnu>nJ dos voc;ô.bu-
do ttocadilbo mar~ estúpido e o diálo o plat6níoo que contém os pion::s los Lildm II da lfn.gua: ser, u : e oortoordando cm que a$ operações elpl1-
dc~s a b$r, de E,rt(demo, o aporias do Parmént,de:;1, do S()jiSla, d cit11s da lóaica identitária $ão coodic ooada , oas dvas eictremidade~ pelo
,t,:1,qjísir,:0 u do sl!tec,a hegc:tiano. es 01ism11& 6'Õ são tal pe1· 1.1tili2.a- que não e dciÃa cÃpl íchar ern e por e ta Ló i - ''termos primeir().S e úlli•
o uoplt\dvel da lógica !dentitlit-la. a c:~igfac:ia de que um tenno . ó te- n, os extstc MJJ.J e nã lo os" ' - afitmaní que não se pode «.'$'l$tlt àq1JOlts
nl a de cada \·e.t: um e um sós l1 o, que o qU(I11tO a. .. ltnpUdto todo que no 0íscuno, só proo1.1,ram viotênci , 14 a: mente oão violbJcl
en nciado ~a pttfeita e complc::car:nc:nte expttclt<>. Como podemos du:er flsi-ca, vloJtnc111 do d . curso: utiü ç, o citclusiva e implac:i1,1el da lóg·ca
que Só r tcs senmda e Sóc tes de p6 são mesmo ócrat e ê d~ u.m.n idcntllária . que' umaexigt eia cnciul do disc rso de de q e a que tão
cvid~ grímntc que não •" me:1mo 6 r tcs1 O tar-sentado ou o cs,. da determinidade e da c edncia (óí coloçad • - i to é, cícti \lameote desdo
tar-<k•pé /Jlz,cm parte do ntido o Ido &ér de Sôct tcs? Se não i ~m, o o primeiro dia di línguaaem - e q e de&trói ne.vitavelmente o pr6 rio
qlU! é ócr.iteJ cnt do ou e ~ e fi zero, existem, de m neíra oorrcs- di! rs.o por uo nele nao pode cr sati feita. E, certo cntido. o v rda-
por,dcat.:. dois enlidos de Sóc*ate - e do.is Sóc:r tes. E.. evidentemente, dc ro ponto no<I da erandc soflst.ica é o mesmo uc o vctda iro ponto
existe um1 inl111idadc, e m ais -eà t,;tment~, uma indefini ~de. Se o bclo nod.it CÚl d0$0fia h. 1dada: a C)tj eoei.a d taUlOIO i ; l'CCOf omos que cm
Clinio.s ão é seosal • torrt ,lo se.a o o é tornâ-lo düereote dQ que ele é, ú lógica m d na v~dadc se diz tautologia . .. A sofiSe ica coloca u i• "'ª
porblnto suprimi-lo tal como ê tgora. d truir se cr eoqwinto ser a&sim gtncia corn brutalidade e a TOgânc •a i." para mostrar que el não pode ser
0 faz.e-lo se co o l.lm outt ser-as lrn; "voo6 quer e--ot .. o su morte". diz s:aúiíei : fllosofüt a coloca o,m esçrllpulo e tcnumdo sat ~fazê.la. t
eoli ·c--a~óte Oionisidoro. 1 " oftfU! ão d qualid11do com o próprlo ob- isso o e faz cOfn que J\ristóte diga que o sofista e o fi16sofo s6 iíe-
jeto e a. e istênota do objeto", observamº. coment dor~, Havera en, o
um objeto · m nonhu . a q 1dtdade? er-v1vo é uma q &tidade do obJe
0 1,1 6 0 p prio ul>Jeto1 "id tom ot~. is o n n JHlde ser Q própr-lo obje• .~1u, ?S~:,; ,
?, f, Ir~ ,. u. 1143 • 3~ •
Ili ,M.,1a ~. I' 6.
li . f', ex. W.V.O. 9 iric,Ma1lruM111./ca/ ws•, cd. rcv rtda, i.t rp" dR . 1962,
7. nirldm10 , l c,d.
194 .l9S
rcm p~a escolha ética (p,oair: si.r): s6 se pode fazc:r fil olia procu. ndo 11
c:omumca o n verdade., nu m e no mesmo di u coerente 1 • Toda:1 as contCJtto (mC60lo se nos limHemos a con to tritamente lingüi&ttoO)
" rcfuta~c " da sofT. t ~ e do cede mo j cxi tentes consistirs111 sem- nlo pode st!1' dormido orosam te nem de u.m m fieira ú nici; n m •
pre em mo.strar q uc: sofüt ica se des1rói como duc no cocrcntC! que ela lhor bip6te o podcrlam.o.s oomp rd-lo a um r11míli de vizinhanças que
pode <k$tru_ir a i eia d d i5curso coer te, ma d truJn do-se ela p r6p1i 1 cobre u ma parte lmens da lin agem cons der da, F11la11do cstrit m -
tnqullnJO duc:u,so co~rent so v 1cm p rtam par aquele par qu m
le, o contexto l ln Clfstico de ma frase ti a totalid de d lingu aJiml n
lc id~ de u discurw_cocn:ntc, e n da podem co tra qucl para qu J e.la~ dita, e seu contexto não tlnaOístico, ·o univcno nteiro. A q u •
quem o dascuno é somentcJ ao ou e - quer viva m cm Atenas do sé- t o ssirn coloc d nio t rl!'$0lvida, nem poderia ► lo , exceto nos C4 os
culo V ou cm PI.ri atu lmentc. trlvmis, por uma "funç-Jo c ontexto 1" in&eriua na linguagem como côdi-
o: ela o~. cada vez, pelo fazer do homens n llngu em - o íal.ar. m
A dimen ão idcntil.árl -conj unwt , j á d mo coai cima n oca é Kgundo I ar, aão p ignorar o fat o de quC! • frue ou o termo
\•crdadciramentc isol cl nem efetivamente: isolad , Visar iaolá-1 períc::i- criam seu conlc to partku lu . ej e por e cmplo a matriz de fr a~ •~x e
tamc.ate f vis r d. truir e lingu cm (como ucrC!r lana r r ou eUmin r equivocav11'". " Pedro se. cqujv vn'' cria um rontcino ·,elall110. por
esta d mensão sena também qu«cr ~ruir a lingu cm). cr na llngu • CJI pi , a uma discu l o ontem o café. "Parminid~ eqolv va"
a
awi é cehar ser na Jli nüica ão. ceh r qllC para a pergunta.: o qu e t cria como conlc:xlO toda a histó ·• da filo.s.of'l a. Enfim 3Ó poderlamos d· r '
à qxpr l o 'depcnd~ci contut al" um scnlJdo rigoroso, e prclcfldcr
Sócrates, e q~~ ~ Sócr111tcs?_nilio M respost1 dele inad ; que ÓCTaL _
flu;,i.o hcr drt,ano somatoi)sJqui , dança de elétron e de representa. res nd" través dela à pergunt.t da signifleação se a Ungua m fo o
ções. toma~o. qual ucr que sej a II maneira pela qual o con 'deramas, um cód. , no ntido aqui defi nido, d um sltm11 de relações i<kntl •
numa fin1da de outro fluxo c do outra& danças - enquanto nome ri-as dctermln daa... EntJ , d i~ que :signln ção de um termo dcpc.n de
(ralac:iosamcn1e dito "própr "") cobre ao meamo tempo um 'termo de não .somente deste prõprlç, termo, mas de Séu conte to é o esmo que
ícr~ncia •~5Ufie:lcn e quanto ao uso n • um signiflea o ue remele a uma sub tit~r ~x) a por ~x,C)-b (sendo m grupo de letras eventualmen-
Infinidade de outra, sign fica õts, QOmo l mb6n a u a infinidade e 85 • • te ordenado, rcpniscntando o c-0ntt lo). Já i ê uma nalidade que
pectos dl&quilo úc é. F11I r 6 ~tar o mesmo tc:n,po e, simulta eamcntc: só poderia fascinar aquê:te Ué acreditàm que um mundo scpa 11ma
ne tas a as: dimcns~ , M o no çaso cm que a Un uagem aparece ru o de: uma v rl vd de um funçlo de várias variâvcis, M sena b •
como o ndo e elus:iv men!c na d[mcn5 o identitária - como pur lns- n lidade ê ao mesmo tempo um absurdo. Dize q ue bé um pBcaçã do
. tru,n~n . d cooperação prã~c , por cxempl - , o de o fl.lncion mCfltO çaojunto pala11ras no oonjuttto das s mcaçõc:i, ou dizer que li uma
do, 1arnfí dos puece perfotameote rga11i:t.1do de acor<I com m có- apli da coo ma pot~ncla cartcsiílna do conjunto d as pal vns no
digo. a P!ª~ em à ou a dim ruão a língua é sempre po lvel e const:tn • e011juoto da significaçl~cs pressupõe. n doi casos, uc 11xúte 11m con-
f.cme.nte 1m1nc~te - sem o que ~te funcionamento n o po cria e tir. junc de &ignifl çõcs (que ali !isnilkaçõc:s formam m conjuoto) ~ que st
Por,quc ua reli.fica o, 1imbmi cm função daquilo que iste com rcfe. tr111ta realmente de aplicações (que v lor tom,a por tal grupo de Let-
rfncia à palavra., deve ser cmpre ssl11el, e ta retificação nun pode rnos é d tcrmfoado o llnico e .sempre o m mo). • cases dol prCJ 1,1.
ser $ÍmpL mente pa em de um subsls1cma ldentlt o tro· eJ co- l á são mctan:ucos e itrário,. o máxim , corrcspot,dcm a po IU•
lc,ça novamcr1te, cm jo o aign. ficaç6es. ' 1 do operativo pa.rcialll ( ale do para certos IJ50S li "itados d lingua-
icamos ainda multo lon e da pr6pria coisa quando acreditamo gem). e constante.mente e'l'Bncsccntes. Só valem para o o dentitárlo do
q; . ldtf,a da •:dc_pcndên a çentextual ' res ond~ à pergunta d da sentido, isto é, aa medida C!ffl que algutm r. lándo, repete catrilamentc o
s1gru licaçlo. 1\. 1dé1 - quan lO ao resto evidente - só dii alg m coi5a en- que j foi dito e pc:~ma.ncce r du:zívc:I 11 varin:ur - u 1e~aind11 , o que
uanto pam:inccc va.· 11: o q e oritnta cad vez a explor.,ção da ignifl • é dcposll na lingwi cm co.m c6digo de dClligna univocas, Mn
ç -o dC! um te rrn ou de uma frase, o uc esclarece de maneira rívíle iada afirmar q~e =iacs doi prcuu tios cobre a totalidade dos ass,«;tos e
um upccto. ro cion e com o co texto - sendo daro qllc e.$te própri do funci onBJTlento da linguagem, 6 afirmar que wdo o que Jama· é duo
c~ntc:xto P?dc ver, e freqllcnt~entc vé! (e com raztlo cmpre), sua c011- ó hcmpre repetição e rit11 do que J' havia I do dito; portan10, que t do
cnbu1ç!io vi ai para o csc,Jatc<:1m11nto do tcnno con id do modificada o que pode or dllo um liogua cm · á eslava definido e detcrmin d cm
pelo apa recimento deste próprio termo , u . em primeiro l'-13ar, te e pOr esta lin u~ cm. de de o pri Iro momento de aua institu.ição e 1
para semp re, cgue- t.amb6m, li que há vjtiaa ling~ens, e que, cm
cada ma' d l s pode-- falar das outras e desaevê-las de maneira satista-
1.2. f~ r, 1004 ~ 22,. . Pedir UIIH d moostmç.io de tudo, chu i.,e ooe princlpl t6ria que língua cm contllm cm sim rn a , desde a origem, 11 posM•
(a rt4t fJ_t. d ielc Ach anle. propsl a~ itkiu;I, . du f•I~ do ptt}t/lfq (1006 a + ll). l54o
i, d•q lo ru com que o ho m • omem amct11 oa e dade. bUídade efetiva de I as outras Lioguaaens quC! al uma vez e iram
o e 'stirão, peJo menos no que diz respeito slgniíicaç tnl.l.id 11s po
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cs1 • De f' t.o. nc. te o, ou ~m logo.~, nr11, wirkl/C'h Jantai po deriam lid.idc, po su vez, epou so bl"d o fato de ue as relaçã< entre ter os
encontrar um oqul lente, próiô no ou d1. t:mtc, em íranoê , nem sel' • [ já d tlos ti,1 in sso 1·,.. is e indeterminadas, como estes p rópr os tét'mos,
eompr~cndidos em qu tquer r.-u; ou n o. cl só reprc ntrun rombi- j â que., por cmplo, er nertt, um mo nto poderfan1os r presen tar o-
Jl Q6« purtfoul.i-rcs dos mesmos eleme ntos de sil{nifiQ · o que o ft nc . locaç;1o de: uma nova :slgni ~ ção com um nd içâ exterio r, eixando
oombin>l diferc.ntemeflte. Scnd ~ prirndra h.i lúllo manifelltamentc f, l- no c:s1ado a11 terior o que já estav a!. Para aJ6m de lodo 011íu nto que pu•
a. ~orrc daf que todas as Unsuas scri per-feit:am ie tradu2(1,;eis désstmos 1.lcla tx lr.lit ou ndas construir. llS signifi ca n siío ~m
um nas o lras, sendo Iodas rderid á0$ mesmos e mcal ítUimos ou con •un o; . r,1odo de se out , 6 de um ag,na.
átomos de si nlficar,;ào, combin · ,dos difcrontcmcnt<: por um e por outra.
Haveria ontão, n o equi lcincia O\J is morfj o, mas identidade absolu•
A !iign!ficu e.s i.,11aglw\.T'it,s oclaill e a l'dlldade
a do conjunio tk s snlfi.caçõ~ o qual tod'IIS & lfnguu se teferem. lsso
equivale a dizer que tudo o quc po<l-erâjum is ser d ' t.o já era diz,vd desde Já foi fon m ntc discw do mais aclrna a re lação da cie-dade com
que um pdmeiri! Ht1iU3 existiu, e que, idcalm~ntc, j 4 cs vn colo d o uc: denomínci o prlm11iro e trato na ural, r,clação que foi designada
desde cmp~ e no sempre. V os aqui ainda. o. consubstanciatid de d pel te freudí no de suste.mação. O t e o presentar / dizer de, S-O·
logl a ídentit.lri.t com n tolog;i da determ inidacfe intomr,-0rat e do aei:. cieôade não s;io ncrn ditados r um ser-ll ·m em i e indub t/iYCl do ell•
e. t c:taro, ~ subordina io in C@t J e cega da li nglli tíca "posltivan a um t to nn ral, nem ouma • liberdade .shsoluta relativamente a ~te- i o
melafisi<:· parti<:ular. fdiia da p ssibitidade de UM análi.so completa é i,m evidê,nci.J. M t o t m O$ m0$lrar, J'á em ps:ícan4Usc a idéia de sus•
das ~ prc:ssôe$ da li ngoagcm cqui vale ro [Qcaç o de que I ç um ber t\taç - e> diz muito m is e out coi , que não ape a.~ a colocação des
a soluto. dois limites l nglnquos e abst tõs.
Obv,amentc, nã.o só III existênd de dilercntcs tinauagens e sua irte• A itua o ê a iad ma~ oom ple:ca e 1 , e ilt6 qusJítattv:imc:11 lc dífe-
d libJfid de recipr ca (q LI! não $i_gnlftca uma incomunic;abil'du,d$), ou a tc,n te, quando wn ídc:r.unos sua.t taçtio da i s-tituiç!o no primeiro c:5~
c11 js t!nçia de uma 11-ist tia d e e da linJuqea,, e d s1gnifi. Q3es b q_uais t rato n lliral. mundo das I nifi õ<ls cad rn tltulôo pe~ socteda-
ela sé re(cro; m ta.m,b ém a m.incira de ser d signifü:aç~es na e pela lin- de não i, cvid'CJ\temcnte n •m um r plb ou um de alq e ''refle1 ") ,de
J agi!ffi most am que ~e ponto de vis-.a ~ nsustentá vcl. U ina Uo ua só, é um mundo .. real", nem I m t'luoo um refação com um certo ~ assam
lfngua na meiS da cm qu:c novas si9nlficaç-0c , ou novos ssp~ctos de um:a cfa a ureza. uc c$lt, dçva ..ser evado e-m con " rt3 in. tituiç· <l_ d mun•
sigri ifi ~!lo. p dcm sempre nc-la emergir. e emergem coostruttcmcntej do pela ooicd de, us ·-cm,e e lndu-,i;~ podi! parecer um truis o ; e$lC
oomo já foi dil<> mais ad ma isso nlo é urn aspecto "di crónico", mu troismo <i deposttário daquilo uc a p:ireoeu como ao me mo I mpo, a.
propriedade fflenéial. da Uns a enqu.anto t talidade "síncrônica '. ma crdadee F lácla nCQ· árh da ló ica identitãria-conjuntist , Aquiain•
llngua ó 6 Ih, ua n mc:ctlda crn que oferece aos locutores a po~ ibiUdade d ~demos per uoUt : a natureza sustenta ~ Induz. a organfa:J~O do
dc.s<' l" cmiur cm e por aquilo q e dizem pára aí moioerem-se, de e apoiar m o.do pel , ocicdadc - usten ta e I duz. o que e como? 1 ~ao m ~
oo m~mo · ra cri r o o 11tt0, de ud1izar o c6cligo das dmgnaçõcs pa a n eomo caus (tc:rfaDJ.0$ assim uma ca · constante pt-oduzindo efet-
fazer a~ rccer outr& signlfi ções ou outros aspectos d.a!!'. s:igaJficaçõcs tos Tiávt is). 11cm corno sintl)les meio (rneio de uc?), rn:m e mo
àparumimenc~ já diados. Ai pscudo•·•apU ç;,õcs" d conjunto , o.s ala- •· ,mbolo" {sim bolo de que e pari. quc:rn'?). ~ teirn que ela índut. a ins.ti-
vras e d s fra es oo p udo•.,.oonjun o'' das sign~ç~ só siio ,empl"é tui o d oci de e o m ndo desi ific.ações correi tivo , cmer: e como
meios de d'CSc.rcver dimc:n$lto idcolitáft• da linguagem. 6 só com rcfe• o outro d natureza, co.mo criação do i a_;inário ocial.
, 11da a ci.ta que • idéia de dcp~d&lcl: contextual, l.omàda rrgoro • Como n a 'ºpas agem do som áti«> ao p (quiCó". hli e'8c:rg~nàa de
mente, pode tat um scntJ do. um o utro n{vel e de m outro modo de ser, e nada é, como p!lquico, o,e
Há, porta,uo, in c:parabilldade 16gl e real dcs\ · doi aspcctot da não é rc-p ~ n ta - o; as im l ~itl, n,1 '' p s gem (to nat1.1ral O soçí l",
s" nfficaçfo, o peras e o apeirori, a definídnde-determinídadc-dlstin, ão• 'n.i cmerg nciit de unt utro nh·t:I e de um o t1lfo modo de ser e nad é.
1 mit ção, e indefinídadc-lndcterrninitladei.lndisdnç o-illcn,lt cão. ~ es- oomo social•hi!rtóri o, se não! i íl ílcação. tomada pot o referida II um
sencial q te a linguagem fo.ra~ ,empre po:ssibilidadc: e trat~ u $igní- mundo de i ni 1c ÇÕC$ iostjluido. A organiza o deste m undo · f)óia-
ficaçôcs que ela t1eompanha oomo UJ'O conjunto formado por tenn dc- cm de1et mimados p-cct<» o prim ·ro trato n.atural, nele encont rando
tc:fminado&, rian,rosamente einJd c·s, da um 2ntioo a si e d_ist'in to ~ poo tos de apoio, irtci taço , induções. M~ n Q somente ela nunca é p ura
todos os outros, ,cpar-áv ' e sepa:mdos. E essencial que: ro rn:c:i,;:u. e111pre e id m i;,ies rCl)e ição o u reprod G ; d n.Jo pode setJl.lcr serc:!csc::rlta como
1ambêm a possibilidade de que novos termos venham cme it, ue um " ,1 ri m" parcial e Reletivi\. O que 6 ··m~ n do" 36 o é ~m J\inçiín
relações entre lerm s cxmt4!1\tessej' m redefl nldas, portaa lo tam bêm que e partir da org.i.niza o d o rnu.nd es .il>ckcid pel $0Cleô:. dc. ro o é
termos e tente • insepo.r&vcis de $US.S reüções. o ~cjam. ·sla po»lbl• sendo fonnado o rtans/tmnudo na e 9el in t ituição soei 1: e, tnalmente e
98 )99
elu s o mediante 5jgnl(lcaçõe ue el· - fi ursm, imedi t meota o u
sQbrctudo, est formaç -transfo n:i Ao ~ ttfi l va, flgnrad:a - medl~namcnte.. diretamente ou ndir mente. I so Marx ·á · bia e mos-
prc.sent.ificada n. e pel· s modifiç.açõ~s do "~undo scn (vel ": de l ma- t: trou admit:lvclmence descrevendo ··o caf ter fetichi l.a cm motcadoria .. :·
oeit que. a·quf/o m,smo sol,r~o que l!7J te a 010 éolt tado pe la soct-edadc cxçolo que, para e , esta "fa1m1smagori ", e;st~ ca ter .. icroglíftcQ" só
p f própr o fato <lo a io existi - o qvc, estritamente:., não tem hum onet vam a cois 00 m do d produ · o pttall la ( o • mais gera ente,
cqui atc:nle no mundo pslq,.dco , Pois a in tui o do mundo das signtn- ••e mercial ) eomo oonseq fflcis de um "lógica ' deste modo de pro•'
caçlJ com mundo soc:ial-h stótlCXJ ê ip.wfacto "inscrição" e "e carn' - du o. Lo&o voltaremos ~o. - Rccipr(>(:3fflcn e, a igni0 · çõc, magf.
" no "mundo scnstvd'" pann: de que leé h stor camcrHc tr sfor• n · rias sociais.r.io na, e pejas "c~isas" - objetos o [ndMduos - que as pre-
rnado em 5CU s -assim. ertúflcam a 1gurain di elamente o ú indiretam te, media mente ou
Certamente. l so inda tem ~ma ondí ão de o bilidade ulti ma mi!dl11ta.me te. Elas $Ô pod SC1' me iante ua "enc:t a o''i s a " íns-
num aspec o dec· ivo do scr-assi do mundo n tural, .10 qu,d já se alu- 'ção" u.. apr e ta e figuração e e por um N!dc de ndivlduos e
iu. A .. rcatid de n tur l'' não é penM aquilo que resiste· não !!e dclxa do objet0$ ue ela ... informam" - que são o cnc.sm tem cntJdadC$
manejar; ela é também quílo que se presta tnm fürrnação, o que se del- concretas e lnstâne as o e cmpl res do tipos, de eldé -, indi11ídoos e ob-
a alterar "co ndicionalmente'' med a nte, «o mumo tempo, seus .. in jetos que só são e gcr l e só s~o o que são medí nte essa l oHic ç •
temfcÍ05 liv~" e ue "resularidadc". eMe dol momo tos são essen- ta rela .io suf ,m,ris com indi fdu e jeto $ocla' f; delas ignlfi•
ciais,. A ••realidade" natural i indeter inada num reu ~ciàl para o çõca i in.ár iod is e impede que cst:i cjs.m con fi nd du <:001 ig•
fa~ soei li pode- mov~r e movtt traospott· r e d~Joc r-sc, or- nm~- - cm ger J uc s.eja n trai' das mo urn e sim pb fieçõe ,
tar, juntat. Exl te ir1detetmioação até na escala macroscópica - t · te o ~ r das si nifica 6e:s un Jimíria soda.Is que elas do iostituldas.. ou di-
movimc.nw, po er-se difercnt ente. ··mat~ris .. ou "potend '' no nti- zer q e a ln tnu.i< o da s '.cdade é ia lltuiç· o de um mundo designl toa-
do arl totélico do lermo. E esta indeterminaç! vni jun o oom uma deter• cõ ima i o rias sociai5, ! diz r tam ém que cs as si aifica õcs s!o pI~
minaçâo e m pr pri«i eles telaliv11met1le fix e 5táve • e rcl ções ~ sentificad e figuradas na e pe.l eícll ldade de indivfd O-s. atos e obj etos
cessá.rias ou provãve1.,: .. então... , e ndiç~o pat11 taier ser difor~nte- uc e las ••jnform m " . 1ostit ição d socied de é qu.e 6 e tal como t ~ ·
meote q1.1jlo que . Es rea· ~ncl e esta mac-abllldad lndissoci· vci$ uanto "m 1erializa" um magm de slgniftcaçéle$ ima in,ri B 'ais,
d ''da<lo a uur• permitem a inst rumenta o cíel d teukh,in e 6o eom refe rénci · o q I somente indivídu e obj ot podem ser i>tados
f er ,ocí I em geral. Mas a linha na q nl se anifestam , çad-a ~ r~s- ou mesmo imp csmcote ex· llr· e oão pod tam ém dl%er ue te
tônci e malcabilid dQ ''dado oa ural''. e maneira peh1 qual urna e ma ma i sei,arada111cntc dos i dlvíduo que ele f. t su. ão tem aqui
o tra m nifcstam, dependem do faze e do 1tmkhn11 soe,~ De tal ma• slg11iílCll.QÕ "llvremente e veis" de to su orte ater a1 puros p6-
ndr que taco d. do possibilid de ultima torna e tro certo sentido I de i eaJidade, é no e polo r e o icr-as fm deste "suporto•• uc essas
abstrata: rodedade trata sc:mprc do •·dado nat ural" <:omo sempre ao iJ:nifJcaçõcB ~o e · o tal ç,omo são.
~m.o tempo maleável e resls ent- , mas o que I! resistente e maleivet e a M rx crevia: " ma máquina nã é, em i m ma, pilai do que o.
maneira pe a qu t o 6, só é uai corrdaú v mente ao mundo soc1a1 ~da vez ouro em si nwsmo, din heir " . Aqui te b~m. como quando fatnva d:o ca,
con; idem o. Que a fusão do hidrogê;nlo sej po vel - e muilo díflcll de r6. e 'fetichin da rncrced ria. o q_ue i,rx vis va. &em menciol\4,,lo, o
rcaliul r. te m um entido para sociedade contemporâm:a e para nenh~• que dcn mio_!\m~ a 1gn jfic-ação imagi 114ria eia1. Diz que o oui:o n ilo
me ot;i lra: que t I madeira eja e eefc,nie pari fabria1.r ar<os, quase ruso cm í mesm o dinh~Iro 1)(1 e pa~er. supertici· lme IC, uma banatrd d6.
te sentido ai um para lá mesm~ sociedade. depois de ter tido uma m- mas conduz imcdjat· ente qu ão d ins1it içã da sociedade e
portânciOI capit111 p ra a da homens urante mBênio . in titui o como ess.cncialmenle hi Lôrica. Para que o o ro se torn di-
Na o se pode m· is fal r de usteo ~açil o q usn o se consi era a r~aç o nheiro nao bast que cle po . ua as I.Allid dc:5" tu.ra •• en ineradas pe-
da signílJeuçõ iro~lnári r. soei ai e da i s itu içâo dn socledade coro 1 ma.nu is de economia polltka que o "teriam pre,destir:, do" pars este
"rcalid de'' n· o mal nsi\Jml m s social, mo que se pode denominar a pel, h c:c ilrio s e dc.~env<;1lv ~~o to social-hi tôrico, q~e, P!rttr do
"mstctútlicfade nbstrat " da própria soe dade, com "coi s", o ~elos aparecimento de formas embn oanss e troca, eooduz à 1.ostlhuçAo de
o indMduos, que a dedade faz • f; brlcando-o - reukheitt -, como um "equiva nte oral" (t J t pelo cnenos a concepção do Mar que não
· o m mo tc:mpo C:t\tidsQes concrct e e emplar« o lo.stân<:ias de um iscutJrnos aqui por mes,n ). Pa que ma rnJqui n M: tor11~ copi • é
e(dos criado (imBg:inado, invent do, insti 1,1{do pela c'eeúlde, Jul ou-.se prec· que ela $e.la i send na ~e dC! rel . es só io-c~onôml q_
eccss:irio afirmar que ~ f, to socí:a não são coí.sa , O que tc:m que ser in ll luj o eapit Usmo. 8 cm e por ~ll mst~o que a maqul a dquue
dito, evidcntemcn e, é q,ue as coi wciaf nã. siio "coisa$"; elas ro silo 5u ig,nlfbção - çap,it J q e não "depende" da máquina como tal (nem
c()I s 'ais e ~sseu eo1Sll$ o medida em que "e m m", ou melhor, da exhlêncI.i de um número su.fic' 1 te d~ máquinas, ltllnsformaçlo da
fl uram e preso., tilic:nn, l~ificações · ai . a coisa oci s • o o que
400
qut1n1ida e cm ualid de, etc). m,lS do '~isl ria' sóclo-cc nõmkAJ, do
·•moei de produção" cm u0 esta máqta na i rnmad ; o mesmo "conj
demonstra o f to de q 1 n
p. s11ra cm oucr.i coisa q é não ..col
MaTA,= o movimcnu, mar11i,tajütr1ais
r a técmica Qp!taJi tia a servi-
to'' de mil uinas não seria mais.. pituJ" com o advcnl deu l'li rovolu- ço de socialismo", modíflcar i,, "relaçõc:s de produ o," ( pidam te,
ç.io s cfaJi. te - como · s mc:nna.s ºí culdBdt' produtlvu" dos homcn.& ja oli s. ideotifü,· d s.. e não por acaso, c-om r◄ rmasj rfdiea.s dr prop ·e-
não seri m ••for a de Lrub·,tho" ~ seguida a uma tol voh, . d du) sem jam · onsíderar q uc abolição do e ltafüm o era in ncebi•
Ob •rvemo que a · ui inda aparece o car=\ter ant nõmioo do pcc a• vÇJsem um reviravolta d tec:nologia ,existente. NAo há, anilo ~t ponto
mcr1Lo t r . e o "é$t o d:is forças produliva ''. a cvo!ur;;-o u:cn ica, limites no iofinho, "pC5$0at" a "<: l s" as quais, lllém de s a H:ml •
det('nnlfla sem amb' ui<lllde a o ganiz.aç!o d1u rcJ çôes de produ • e, r
propri«iades, c"racte [ as iotrfnJcc· s, teriam q aüd.adc:s ldonais
através d isso. do sistema ial cm seu njunto ~ se" o moi ho mov· do ~lo fato de · cnco I tem mergulhad num sistema sod I caph lista
fa«I corrcsp nde a socLedade cud. l, ao mo1nho vapo 3 soclcd de ou oLIU qualquer. As "relaçõ::s e tre pc oa . mediati:zndas p(Jt cois.a ·•
capitalista" - 1! tão máquina. o ntido utdt do termo, e te tipo de só pode~ po ci1cmplo, ser rei çõcs capítalis as Si!, e 5omentc se, slo me•
m,qufoas, detumlna apa«cimcti( de uma soci1;1dadecupi lista, t ne-s, diatlz· das por "coisas" ccffic.ts, que preciso ouur cb mar de coisas
t 11 máquina só pode ser" pll 1". El,t não o t "imedia emc'; m pll listas (o de coi . eudais, ou de OOi$as. as ec ). M s, po utr
te rrncdi to, com iodo irr cdiato. é apenas uma abstração, o, er da m • lado, iaii oi s não ·•wtum" pa ra qu tai r~laçõcs possam e crgir,
uin só é lc amentc o que é quaodo toda as mcdlaçõt:s foram ~fe u - d n · o det rmillí1m rt da. A5 m áquínn pko.lísu1s, cocno lais e em sJ
d s e seus resuh dos, voltando ao imediato, · det~rminuram mpleta- m~ as ... ,ornadas separadarnenlc" (oomo é pi-ecoo tomi- ,r quc.fe-
menLc ém i.1Ja profundid de. Nl!r.te se tido máq uina I capital- ao con- mos falar de relações de cu a ão ou de delcrminação), não b t m se-
trá •o do auto. cujo ;er-d1nhei ro ~ sob este ponto de vi t m 110 ma i ex- q r para induzir rcla.ç es capitali stas, se ão sllQ dados, ao me mo tem-
terior o aci en a!. Não ia me a<: i a dfat:r qvc a mâ ulo fat er ain,, po, indiv(d os que s · m (oon tradit tla e conflilualmtnte) "indMduo~
da que ",cm últim an ' lltc'', ~pi~lismo: e di'zcr ue to capitalismo capüalistas", como demonstra, por~;xcm lo. a cnormedificuldttde d~ pc,-
que íaz mas máq11En.ws1 cm si mcsm.i , neutras e puros me'os. com nctn'!çào do e 1pitalísmo na maioria d.as sodcdadc.s ..prt upil lista " .
capital sta difiçu)dade R o ç difkuldadc de import ç!io de quin , nem de
Ora, arx d' as duas coi ao mc:$rí'IO tempo - o um-0 , ora out,;1 "e;· p1ta.l •. n:~m ólftcvld de de um•· ''aprendiz cm técnka'' p enicnte
_ 0 q e tr- duz cu aprltiooa ento nn ontologia herdadl\ . Enquo.nto "mQ• de las profi Joo 's. Els dificuldade -e até impossi ílíd de tk fazcr
t~riaUsta" ele q er dettrmin r o e pital~ mo pel;I m quina; enquanto nascerem d noite para o di , ou no csp·iço de ala ns ano ...horneos ea-
"hegeliano", eles be que a má u:n 6 ~ o q'1c e. só toma eu sentido pitalht, " (como pitali:ita proprl.a ntc di os e como prol rios) -
seu ser) por sua imer!>ilo Tot· lida.de - aqui. sistem soe:i que lho ou seja, de/a car$0él lmcnte ir1dM duoi. pa quem que e nta e o que
"co ferc'' um lgnífi ção. • evidentemente, s ~ua& posL ôcs sii. in- não cOhta, o q e tem um·· tlgnificaçü.o e o que n o a t , o que a signl•
ustenu1veis. · o s~ pode pensar a máquina, nda quo rcd1.11.lda tl u fi çii d t I cols.i ou Ck ta.l o siio donlVllnte dcfiraídos. colo do~. in -
ser-t&oníco, como ne tra n!!.o ser aciderualm<ntc. máq_uioaa rn tituJdos de m ra di feren te do que o eram om sua soci~ade tradicio•
q Clltlto durante o p r[odo capitfili ta são maquinai. "1ntrin ecamente" aai; para quem o cspil e o te.me<> organl~m. se • Iam int.criormm-
çapílali tas. mA ioas q c c»r,hece niio ão objct0$ "neuh'-0$" tc: e se reprrtentam imaginariamente de m nciru díf~rent~ cujo próp1ío
que o caphali mo 111ilim corn lin$ capil r s,, desviando-o (como pen• oorpo ~t • ão soment~ ubmc:ttdo a outrM discil)I n s eJ1Leriorcs, m
m com freql\ênci , ingcnuamen e, Lé.cnioos e cknt' tas) de SWl p1.1 a tcc- preso numa o tra rele.1,;i com o mundo , ca1)82 de to r. se urar, ma i-
nicid de, e que podcri n tamb~m 5CI" utiltz.ado,s m outros "fir,s" o- pul r dife.e-ntcmcnte o i objetos e outr . objetoài para que:m &$ rei ( s
ci is. Las süo, sob nma inflnldnde de aspect , já a m ío ria ddas 11\ • nlro indivJ ()$ são 1 multua<l as, :is comunidades~ co!ctivhilldcs tr· i
das e n i mesmas, mas C,c tod maflcira porq e n logic mente e real• cl n I pulveriz.idas. as solidariedades. e teal<lade, corrcsponde.n(cs d $·
mente lmpo ~fvci$ íon do sisrt·ma te.enológico que formam. "cncama- L [d~; par quem, enfim, o "CKtr "econômico eventual. qu nd-0 Cllisle,
çâ •·. " hucrl ii,o". apresenta -o o figuraçã das sl3J\ificu.Qõcs ndai 1ln •Se não r gasto para o pr dgio, dlstribuldo eo rc os mcmbr
do cap ta.11smo. A im como, q1 ndo se fale , como arx, <bs relações de da famflia 1unpliada ou d clã, consagrado uma percgriaaçfto. ou çapi-
pr duç.ã. eorn "rei çõcs entre pe:!$0a& edializ:adas p r coisa ", rrc• talizado, mas a ser ac,un.ulpdo. fas umu 1 fabrica o. um ta! Ut~klwin
se iJ 1' de fllzer com qn" e,;1 relae cs pareçam· Isa de e teric.r ou de lndivíduo nadam .is .é do que SW! fabrica('ào com réferêocia às. ig.ni-
actm.ocnl do "pessoas" "coiSà ", que 1tri.tun, sob tttTo pontos do fioaçõed rna i n.árhíundAl"- d capitali mo e medlantc est signi fteAQÕcs,;
vist ide lmenlé dcfinivcis indepeo entemente ta inserçíi uns "rela- ela só de s.er a lmpo:wç-o, a estas s clcdadc:;, d insth Eção capitalista
çõo:s" , · ,qu;ils poderiam , ct "m dil'ic;, das" deixanó im,ltcradias as cio mundo - sem quul as.máquina, q e ai são abundanu:ment impor1· •
"pçssoai." cas "ooi.sas". Não e nem · quc:r uru ri5((), e. um:1 cer eza, com da ··o t, o "imite' "e ridlculariz.âvol quanto o snmdc limpa-nc for-
401 40.3
ocoido pelos rus , a título de ~juds, Gujn~ e durante muito tempo em · es. Da mesm ancira, nio podemo, j mais pen r no refe-
exposição em onahy. id rio de qucstik &ais e-orno: a partir de q 00do um '0.
Da mesma m ncira, lá onde emergiu pela primeira vez, na topa m LO• Jteraç o, não 6 m~:s esta · ftda eicd de; ou,
O 'dental , i1 inst Ul çio do capitalism foi, indissoci vclmcnte, altc ção de- e ~ q e eoletivld
dos indMduos, d ! coi da& rclaçõe& sociais das "ln tituiçõ " ao ent da "m " soc:i
Stnúdo secundá.ri deste termo - cri ·o de um homem capitalista. de ditercat oriato, Esperta n o são d
uma técnica capil Us-ta, e rol çõcs de produção capllalÍSct lnconcebl- m in o 5 do "oonceít , nem so-
vols e ímpo ívcis u sem os outro~, e todo~ pttsm ifi ndo e figu ndo a d e gre ntig o de
a Jnstitulç o c:apl! lista do mu do 0 s signllicaçõe imaginjrias sociais gr s à socied,;idc grc da nati-
u cJ trai con ijo. ls significa uc a oraaniz · o esp fie.a do mllll- tu· o própria e oriatnal desta oledadc - como o modo eco-pertencer
d "natural" e soelal efetuada pelo O 'dente ca it Jlst.a, 5e fegei.n e seu dos do.s nacion , li, para u ~p&:ie d soc:iedade mundi3l sob o c:i-
u11/clrefn orfgin i$ em seu modo de opera Ao, em seus meioJ e em se re- pil lísmo moderno, faz parte ela institui -o d · · mo m dcrnô.
s ult dos a "realidade oda!" que e s fiuem ex· tir como I divis! do dois 0.1, o modo inclui possibilidade e sde de irutlluj-
efcti e do f) ivol, ilo a mCDnO tem "instrumento" e .. cicp~io", ções partieular e de sigaifte çÕcs pa ale Lares u qual co tivi-
fi uraç-ão e ap csen ·o de um n 'clco de signlfic:ações lmaginárias ao- e. • Da mesma m neira, f impossível p 115 entre e Rom
cl,iis com reíaê.nc:la queh, para la so 'cdade, co· , os ind vf- ubücana e a Ro impcrl J como mudança s ati-ibu ou
d11os, as r prcsent QÕCJI, as idéias t'Io ou n mo. l~m ou n~o 'FQJem , Udadc , dci,xando ínalterável um • tlncia-R oma.
r como .separ ç4o absoluta, ucr i " rinld!ll
re nda atr v~ dos tempos. m uma he-
:s slgnlfk:a:çõ lmaaj Árias dais e a lnstllulçio d mund rança. or esta passa mi, · r ~ 6 tão
A institu· o da oc!cd~d, ~ tod v~z. innitulç· de. um ma ma de impo, nhcce manut oo e enorme
. i nificaçõ imag náriu c:fajs, que pod mos e devemos denomin r um ua.n o.stituições atrav ta ç o ~
mundo do si nificaçê5e . Porque é o mesm dtzcr que o so fe, de irutJtui enci ifi çõe · q e cs li r , e me-
csd vez o undo como um ndo ou seu mund como o mundo, e di- diante as quais e lBll me mas silo.
zet que ela ln rt.itw um mundo de ignif.caçiícs, q e ele ~ l11strt ui i stl• PorQ sociedade se institui in tituindo u de algnifüa.
tuind o mundo de ~grufica oo que éo cu e com:latl mente o q 1 so- porque a cmeraêacia do · -bistó ' o ê sitfli(j Cio
ment um muodo e t.c e e exi t r pa el . A ruptura radlcaJ, a alle- e d signi 1c çâo como lnstitufda - porque, enfim nlficação, es-
raçil que reprcsent a eme én · do soei l•his1ór eo na n n1rcua p r tes pergu.otas n m mais a pergunta: porq e citiste al-
soei L 6 o cst b ccirne o da gnificaç-ão e de m mundo e signmca- guma co' em de o:ad demos C$W perguntas (não
çõc:s. oc·ed de tu ser um mundo de signlflça • ela própria po vemos çomo jamais " aq uJ qlk: não fosse ips<> fac-
íerêncla a um lal mundo. C'orrelativ mc-ntJ n da p e ser p :socie- to !ter çio da per unta), te elu ' dar a lt o na qual
d de, !\lo estd tcícrid o mi.lodo de gnilica , tudo o q ue aparece tamos e que ! alobalme te ine,.aml111ivel. uando coo ta os
é log tomado nesse m11ndo - ,:já só pode ap rcocr sendo tomado nesse soei d d.e 3Ó f mo in útulntc: e in l tuld:i e que a institui é•
mundo. sociedade é, colo~ndo a ulgênci da si nifi çil e mo un • cebfvcl .sem a lanifica o. Já descrevemos naamcnle esta impli
versai .., total. e colOCMdo seu undo e si,gnifü;açõcs omo aquilo que: ' circular m · · a. a propósito d li agua em, do /e r/11 e do ttulc.h
permite tiafi resta ~igcnel . E 6 orrclativ· mente este mund de in titulçio cdade 6 instituição do íazer social e do representar /dj-
si ,fica escada vez insútuido, é "ue podemos refletir obre q1,1estâo ier social. dois a pcàos, el e-omporlt, inetimin velmcote, u
colocad-a mai acim3: o que t "unidade" e a ••ideolidadc", ls10 e, .so- dimensão idenUtÃria-conjuntíst.a, que se mani ltgefn e ao
ciedade de uma oc·edade, e o q e ~ que unifi u II socíedade. O q Jeukllein. O reukhrfn é a dlm ensilo dentitária ( uc tamb~m
uaific. uma JOC edade é n unidade de se mundo de ignifiações. O que nomi ar íuncl nol ou in ru.mc:nt 1) do fazer eial; o leg,-frs é a. dlm fto
permite pen -14 em u.i rcceidadl), mo u10 oc·ed de e não outra, ! icfentit ri11 do rcpre!eatar/dí:iu ocial que,seaprdentll esp · lmente n
puticularld e o u a pecificid de de seu mundo de .signH'icaçõcs c-n- llr, uagcm n medjda cm que a Un u gcm l tambcm pro, ncccssaria-
quant instit io destr m ma de 9nifte11 cs imaginária.$ aocl is, or- men e, códgo. Mas vimos, tam 6m lons mente, ({ e a lin uo.gern não
anJudo as.sim e nã diíc-re t~ente. - Torna-se I so evidente ue orna p e er somente código, que ela comport netimmavelmentc um11 d.
socied d dad ado i, e não e er, um objeto di tinto e definido, nem men.siio sisnifío t.rva. referido ao ugma de si.grufic õcs que e .sc-mprc
um I tema qu !quer de ta' objc s - jã que tal n ~o m o de er das tarnb~m Jfnguo , 1 o porque um si.stema for ai nlo pode fc h · r-sci em si
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mesmo - ou, se p refcri r-in po que nod 110 e: do i 1erior d.e um s· lema tas s o criadoras de objeto-, ex nlhlfo, e ors niz, oras do m u do (co,no
identi1.irao petm1 e m rcp du1j r u 1 lal ·51ema cm get 1, nem r feri-lo mundo " cxtCillor" à oocdade. mundo social, o lnucnela rcc os
ulr Q)Í! que: n o ele 1esm . nem di: idir seu teor e:. ua ora niz.nçã:o doís sim, p a dar um c:.xemplo que, por ser fácil nem por
conc ret , artkulan: .Ou aind : :i li uag dc~·c dii;cr o mundo e n ivo, Deus n o é u signiílcaçilo "li da lgo"; q '? A
nuda no código permite esta clcccr um mundo nem d;cldlr qu 1 sor3 esse p J n o t nenhum outro refere te a nà ser a igaifü:aQão
mundo e o que c io ser4 . - O fnz.er . oclal, i ualmentc, não r,od c r penas Deu C()mO cada vez êeolocada pel soclc_dadc considerad
rewclt ,-,, o ttcn· ; os alo e o ob'etos que nele se colo m no polo es- o e'' que seriam llS rcpr i5c:s individuais de eus ( u d
quema d finalidade,, no dimcn&~ instrumental e funci 1'I Ido t e , não r;r l.ttdo medi n1e a erla ã nstitul ta si nilic11ção
po em e deflr1fdos e plndos partir da pu funcio olid de ou ins- central q é Deus, 1 ·o mc,mo i.cmpo criad ,a d.e
trumcntaJjcüide. Eles i!o o que o e tais como â medi nte ononta o um "objet "de reprcsen indlYi elemcnt cen.traJ d orgaru•
lobal do fazer eia!, ricntaç-o que 6 ar,enas um aspecto do mundo de za o do mundo do uma tocledade mo ta, po~to q t Deus 6 col -
s-igi,l fica es im11sinâri s da sociedade coruíderada. E, neste Cll80 ainda, do como o mesmo tempo tontc do er e colo por eitcelénd norma e ori-
o. dimens o instrumental ou fl ncíoMI do íazer (o ll!ukheln e tlcnic.a) e, em ·, fundamento último de t do v11 l r e lo de orienu1ção do Ía•
su.11 dimen.1Io nificallv são lndíssoclávei.s. a se Hata somenté de zc I que t por rc ertncia u ele qu se cncoat m uporadas uma
que Sêria ab urdo considerar t".ulchtirr e ~ i como puros instrumentos tcgiã e um região profan·, ue sâo i_nst tuldas uma AU ntid· de
n1:U lros, p dendo ervir q a isquer fins. Ê l ualme te imposslvel pensá- a s ciais o criad objete>. q ue aão Lêm nenhum outra " -
los como IJ(1l8. "co cqOmcí n dos nns e d . significações esta ecidos z o e somente num sentido secundário, derivado e fl_nalmeotc
pel soei ~de, ver ai a coac lusiio qc u silo I mo cujas premissas se- sem tcresse que p demos di2.U que a p rcir d in. tituição de
riam fomecidil p rlentaçAo do r: ur. sociedad num ''prime.iro u i ito, sian i. 1t~açôes reUgio as t bêm se encontram ligad.l.
mpo", não e tabelece fins e ·gnificações, a partir dos quai~ ela d libe- ob tos q ue tinhllffl ou tcri m podido ter uma elli t!nci soei 1
raria sobre as tbicu mais apr pried para tende-lo o en roA-los. "indcpendcntemente" delas. A situação é C$Sttcialmonle n mesma pa
ns e gnifi~ções silo estabelecidos de ioJc' na e el éc ics e o ns outras formil de "creo " (polltcfata "animí ta", ttíetich ta''); de-
teuknein - corno N lgoificações são tabelc:ddli.s no e pelo f~eltt . Em mon trà-Jo igiria uma 4.nAllse dctalhad que n o pode cr feit aqui -
oc:tto colido, instrum nto dé uma clcdadc. 4o si nifica , eles Da m ma m11ncira, por aemplo, "ecoo,omia" e o " econômico" ilo 1 -
são "rnatoriaJiuç o'' n dJmen llo idcnli ári e fu nc onal da ifi-ca- n fiaiçõcs lmagi.nãriu sociais centrai&, que não Si? referem a algo, m . a
ções im gi nãrl d 50C odadc cooside da. U coa cadeia do fabric-,ção ou p · · · adeJ inumeráveis e o ci lrne" te repre-
de mon l11Jern. í o ó p od ser como) "m e tcrfali ç o" d uma qu ntida•
de: de sigoil'icaç· imaein rias centr ais do capílalismo.
senl
co
"""º
idas, felt s
teõric: que separarl
eco • Isso 11ada J m a l'ef
pecto" cconõmico
At6 qui oonsidc mo sobretudo · S-Í8nln açõ em su rol o, dos ar melhor estudá-lo. co não poderia ~p -
por as m di:?A:r media , ou intrínseca, e m o lege/11 e o truldteln; era im- rar nada, neste dominio, se a rt i n lc u certo momento e
portante mostrar e LI tr ar, nos dois casos. a Jn,plicaç o circu lar da di- cied des, igniflcaçllo •'econômica" n-o Uv st cmeraí
mensão idenii t,ria e da dimen o signin atin. Uma palavra é u n pala- mcnt instituído mo portante, primeiro, cem rale dec
vra, na medida cm que, indissocl ~!mente, ela se refere a um dt gnado d . Isso o é condição eo,p[rica, mas condic;õe lógi
ideotítArio vc·cuta uma significação d lingu • Um ia lrumento 6 sem• tração" do teórico.E ta ignificação econômi u
p,c def1nído tlintbém identitariamcnte nos relaQÕcs íundonal.s de um fi- oonvertida por um lado, n m uantid de de si
natid de parei I u toe I e tamado no maiJJla do faur soclaJ. A J in • objetos "co eretos" (bcn de prod ção, os insLru
ção pode lm aparcce-r como ligada a ... "ai "que iria à p r tc, in- etc.), por outro lad , numa multiplicidllde de ian
dependentemen te, p iamente à sigoiflcaçiio, m~smo l!:9tamo pront mas • te 11fcúvas O tivas (assim, ccon m ,
p ro. reconhecer que: e5. e "algo" - r na1ural, objeto material fabricado, cst q lho, nda, lucro , j uros · bst -
efltidade lógica ou racional - só pode ser P'Jf'a wclttdadescndo "invc:,ti- w", d-2s co o nt , e
do " de uma sigaifieli çilo. Espero que o que foi dilo a1t aqul convcne1:rá o cuja o é e: íetiva o d Mas o
lci1or d& u.c «:$l a " , n Aen. mais do que insuí~cnte, e cssen almcnte fa- que tod nlflcaç d ecaná•
J o a. M há muito mais. 1 só apre. cata um aparincla de plausíbl• m1 a& te; res s-hi. gunta
lidn.de par o q e podem denominar s ,igniíl çõc eeund I sou e term aláci , quan , C()m acadê·
riv da~. não t em e lritrunentc nenhum sentido quando se tr:· ta desi - mi te economi qu ndo e tra ta de atlngj r flns UhnJtados e
nifi cs ima lnliries centrais ou primãrins de um soe· d:ide; po rqu mc i - o que u: respeito tambim à ~cnico., o, por exempl
o
"º'
1 nto à 11gron v pacial, e i nora o fato de q a nico. p r,c. ente e rcprescn veis e mo is no espaço !ocial, c"Oordenad 1
idéia de "fio minar na cabeça e um ecooo- p ra os part dpan cm si nifi çõcs parei . "concretas" e" trat "
m ta do crlodo cap o o se fal das "lr ntre que m ttam a u r sobredc~rminada por est s.ig,nH'ic • o cen 1
membros da .sociedade, er pa!'e mC'JltO dC? eo , ~n~ por institui r-se. & ta cix as lm captar pols, e o cond ão não
,d em cur o, quanto à troca de coisas. de mulbel"C$, e d pala ou, en- real de coexlttêncín real de fcn6 mcnos ocl ' . ondição n o real, mas
nm. quand o e reprodu o de Ida materjaf duocic- m n temente cíet.iva (wirkfid 1) 1 porque efet uante: (wfrk ITIÍ).
dade. com o que é uma "vida material" da socicd eae- Podcri mo rctom r c,t análise i,rop ito de t0das sign fica-
p r vel do idéi mesmo: de · criai" se- im ainiri ·s sociais centr is - quer tratasse da (a íli , da , do
parada nA odu1oi ma tl plcos e ente da- E do: porque, antes de apre.~ r•se ero q uali fi r es t mos como re-
t do d q>oca capit á insistimos no f; to iJJ, da ferin do-se a "institui · o • no sentido ecund rio e c,orr te do termo, e•
f, ra cconõmka o do rcslo das atividade ocial.s. sua Cónstituiç!io cm ria preciso i,crgu nt,u«se como, mcd iln e o que a partir de que l r upo
domínio '-' ut~n co" e e te predom inante,, é em ai mcsm wn pro- d f- tos, de at etc., ode1 ser esLabelecido por uma e· d de como
duto histórico que s a em certa ociedad cem Ílln o de um de- "jurfd,cos" por exemplo.
senvolvi cnto complex statat historicidade dcst íenõmeno As si n fica cs ~ntrai i o . $o signl1tcações "de'' lgo - nem se-
absolutamente nii nos otrério) de pe untar•no.s em que q er, a não ser cm sentido secunclirlo. si 6caçõcs "liga a" ou "referi-
consiste ele. Que cornp ando dizemos que cm c erta cie• es" !ligo. Elas o aqw h) ue íaz , pam ma socic de d· da. o co-
dadcs a e o oom lo? Ce.nam~te, n em wna separação perte ccr de obj t s, ~ tos, de indlvfduos 11patcntemeot m ' b · e,,
"recl", nem m o tcónco v $ando tornar os l"cnõmc- róelitos. E oio t!m ·•referente"; cl s instituem um mod de ser das coi-
nos aia in U ucslio 6 a cmcrg! de uma sJ ni- s e do indMduot como rcfrrido n cl . C()mo ta.i$, cl não !lo neces-
ficação cent.r J determina.. reform q a ntjdade de sari mente ell:pUclt par a sociedade-que a, ímtltui. s s o pr ntifi•
nillceções so e , altrr • s 11tra ~ d • oo · a cadu-iiguradas mediante a totalidAde das instituições e plfcltas da socie
constitul o de igni6caçõcs, e pro oca I tcral.m ef. lo- dadi:, e a orgartlza o do mundos mp mente e d mundo $0 'ai que cs•
os na quase t e d si.gnific ç,õe sociah do Mstemo do. ta i tru nt m . Ias odiei aam e orie_ntam o fa zer e o rcpr ~ta,
E. 6 claro, lud solutamente não di~ respci o · ' fr de. ocl s nos e pc os qa ' cl cont n am ai nan o-se .
.scm:arna s''; l ·u lo com. e é iropo , r du
a1Mdada e d05 l'rl da s iedade con i t 11-
e(ctiv s do fodMduos e doj obJ os ssa b_a ja- modo dt cr ct. slgni~ õ lmaJ,ln6tlas dali
mais uma prloridad lógica ou real de u sobre os 011-
tro . O e • · Qgr:,llica o As sigoJlic çõcs ímaginá.ri_a, S{)ciais nos coloCllll!. dí ate de n, modo
social oc:nt , s I i n lr mcn• d er ptlmár{ , ori inârio, rrc:dutivd, que devemo . ui l mb 111, reilc-
e fi t s atf idade tir psrt"r d le mesmo, 1tm ubme.tê-lo p~cvi ma, e ao csq ema lógf.
o econamico, pr~ co-en1 Jógic já dl ponlveis.
dom inante e a àltcra o d O q e a ui já oi dito a re _pei o mos1r11 sufictentcmen1c que nlo e
todo ma ei e tr con o. Oi podem pensar as $ . nlfic im agin as partir de uma relação que
do· ,p açlo do sl$tc!lla social de elas tcri m com um .. su· to~' que as "trari "ou s ''viaarta". -o são
valores, n ra, esta emc coei da signifi çüo noema de uma nc0$C- e ccto secund riamente e não cssc:ncialmeo1c, e
ec oom e,ta.s caractcrfstl a na hi tóri.a efctiv é ampla- em u 'llz;ar estca t rmos. a qu !quer preço, seria precis 00n Jdc-
mente independente de sua expr ' ta os particlpant , e mais al • rá- nio somente corno n ema sem noese, mas oomo aquUo.quc, par a
· da de ua teniatii; iio teórica. O Económico cnophon ou o atribuld oi individuos de uma sociedade, faz com uc p sa f haver nocmas e
Ac tótel precedem de lllte$éc o p cm.o do capitar o, e noese ; e i • n o como o .. objeto" p ssibí[it ~ua v ão, mas C-Omo a
ntolne de Montchresticn csc.rove, leio · lo XVII, obra ep • llngu possibUila a palsv rJ. Porque elas r ~m com que " 'citos"
nlma da noY11 reaUdack o da nov " eia" e ta tcm11tiz o teóri- c-\is m co o suJcit0$ e como ai~ suje:ltos. Que ma rcílcA • o poss em-
ca, comQ mostrllm es empl , n ne tado, nem condlção da pre tentar vc-1 explicitamente como 1ais. c:oloc~-las como noema de
rnstltuiç 'ficação ccon6mlca com ral para o cap talisrtJo. uma noc: o,! seçund rio e a possibilidade de uma t.al reílcdo (p lc â-
a se o pUd o, nio ê vi da com po oJnauém, n:ali -se li no final, e de t da m nCJra bistoric.atnenlc l rdia) cncontr· ainda na
vês d um n umc inde crm [n fins psn.icul rc I o • · si nifi õ iroa riária soei su condlç o.
ão podcr1 mos t• rnpou o pons r signili çü s icn gin ;lrias sO• r::im. cor (!U mcnte mas ins fi icot menu,, visar u pccto do que a~sim
ci L, a par tir de 5U(l " rcla_çiio'" com "ob'etos' , como seu "r fc:rent " tomamos ~flelit , sã imprópri e podem criar confusão.
orquc 6 em e po el que os "objcto:s" e por nto tam ·m a celaçi e Mais ge,raJmenlc, n_ão pode reduzlr o 01u odo das slgoHicações ln -
"rcfer acl •• ornam-se possíveis . "objélo", mo ferel'lte, é. cm re l tufdas , t cpr calá C3 lndi Yidu is efetivas, ou sun "parte com um" ,
co-con lituldo pela slgnlflcaçâo im ·n:íri social cor,~ponclenu: - o b- "m la" ou "tipice" . Ai. s nlficaçõe oilo JJo. eviden temente. o que
jet parucul:t r bc: m mo a " objc.li idadll" eximo t 1. O 1ais Importante, indivfduos se re-prtsc ntam con.1c ent.ç ou incon cicn1omentc, aqvilo
a signilic: çãcs centrais o prim riag ão tem rcfcr ntc, u, se rcfe ri - que eles p en m. EJas slo aquilo, medi ntc e II partir do que: os· iodl vl-
m s, o cu próprio rcfctenl Nã há referente d~ Deu , da divin a- duos • formado., como Jndivldu s soCilli podendo participar do v:r
d íl ur-as o cntídades rdi.iosas ou mi1ológicas cm eral - for des · e dó re r ntat/ di"ZCT ocial, podendo rcprc. ntar, gire p nur de m .
prõprias.ftgu_r s como si nificaçõe • T:un b m mio bé rcfer ntc d $ g ni- nclra cornpat!vd, coerente:, <ionvcrgcntc mcun o se ela é confli lu 1(o con-
(ieaç0es cidlldào, j ~ L , mercador[ dinheiro, cap tal etc., q e nio stas flito m is violei, o que pó sa ilacerar uma socleda e ainda pr; upõc
me rna signHicaçõcs. Dizer que u objeto ou uma classe de objetos à tun numero iaílnlto de coisa "comun. • o u "par1Jci p vei "). Luo fiu
mcrcadorías n o t dizer 1 um coi sobre e ses 1ctos como tais, mas com que (e ~rt monte l mbfm req uer) uma p rte d s signifi ações hna-
sobre a mim Ira pel q I uma soe dade era • (pod tral.ir) este ob· 10 gin4rias soc.i:ri encontre um ''cquiv lente" efetivo no lndivfdu!)s (em
ou esta classe de objeto , sobre a m · ncira de ser dai obje os p~ suu. prc · nt ç o consciente o u n; o, cm eu comport omen to , e1c.) e q e
ocicdade; é d~r quo es a sociedade in lltuiu a significa o mercadoria - as o u1ras ili se "1r• duzom'' deu a a: t a maneira d reta ou Indireta, ptó-
romo tal e cm e por um rede de si, nifi Qllcs dcnv das-, c:amportam en- xirua ou longfnqua. !l isso 6 difercnlt! de. ua "p1'C$UIÇII efet iva" ou
t de lodiv[duo e d ositivos materiais quo fi zem ser QS objclos, W "cm pessoa" no rc.pre e:ntsçã dos indivfduos. Neo_ um io mduo tem
objetos., como "mercadoría.s". nc<e 'diidc., par a $Cl individ uo social. de " e rcpre5c.ntar" a totalidade da
A i m, umbé • " "cai a" e uma s1 nifi ção i aginária ins lt Ida institujçilo d a socicd de e s l.snittc.1ç cs qu.e eJa tra1, e niJo poderla fa•
(cvtdentementc: c:orn um con eúdo mul to variãvc ) por tod soelcda- zê,lo._E precisamente so col · um imenso pro lema, que n o pode er
es conbcddu. Esta ln.stituíçilo coloca cm ç!o, como j:1 fo cfüo mais ~llll~m cio .aqul, e q u~ lo da comp!etnentarid d nccusári dos 1ipos de
llcíma. os cs e.mas oporati !I CMenc.ia' do legeln (separação/reuni· o /i• 1nd1viduos mst t Idos na e pcl.'1 articula ão d.l sociedade, portanto tam -
dcntidadc. "cootlnuldadc" cc). ou scj s fig ras pcrnotes d ima nã- bfm do ~t11ttpl~men1arídade dos ..eq1 ivalen1e5" ou d s " lradu Oes'' das
rlo soel 1, mas t.ambém s mpr tros componcnt im inários. P a jgnJfi Ç1id imaglruiri ociai ofctivcamcntc pN!scntu nas teprcsent -
qoalquer sockdndc, a "coi s' ·o.por uem plo, ou an im d ln 1010 ou ões dos indlvldu . Aincla não estamo dizendo nada, quando dizemo
cm parte não enimad s . Ota., me mo e . u . afirt ação po par oc:r q ue os Individuas prendem QU 115:;umcm "'pap6is'' ciai , o ioduzido;s,
candalo, a, as drJas po lçõe o imaginá11 is. colocação d· s "tot- coodutl d0$, condicionados · repn:sent.á-1 . ão havcrl pa~i senil
1u·• como n!io nt1imadas uncaés implcs'' n a ·o"da :ua"'11nim çdo". )louv e peça; como podcri111 haver papêls, se o ooqjunto de pap não
~ sempre I m m e locuç o de ou, iS-il: criad por Deu p nós. formasse uma peça? Que peça e ca ta por ucm? é pos Jvcl que às vetes
pur m I ri aJ Inc:rtc para o e crclcio no domJnio e po da nal re• pessoa e eov lvam c-m tCto r-om ou para rcprcscnt r a revol cão
etc. A sl nífi Çào io tituJda "coisa", numa sociedade dada. é o que b rgucs , - ou que um aenc1"al queira rcpn~scnta.r Joamt d'Arc em traj
tom po veis para o indivJduos s "e · as pcrccb1c:IM" ou rcprescoto- elo século XX: mas como se el(plica quo, n histórf real, não ej a oun_c_a
çõcs pCT«pll {c:aqu:rnto repr Ot3 ô afetadas por uU'l lnd ~ de .. ln- Zorlinc q uem a rê-pll a g mcnon e que Brutus j amal! u:nh M.
de ndêoon") e que dclin d vez 9UJJJs o s "cois " e o que ela Perriehon coroo amigo e confldcn e? Nilo a 1stc rvo a.em scnh r e vicc-
s· .El a n·opodcri- ser çonfundld como"' nccit "(ou categorla)ft- \rCJ'S~ n o exi cee SCJVO que n tenho ma certa rc:, rcscn çao do scoh r
losóíico do me o nome. ue nliil nllo tem nco h\ am cntido a 1ributl1 ~1 e e: l geral, de seu cnhor e da relação _de ervidão; oão existes nhor que
não r o cnigm d a " !!Ubwlncia" , o o tcnh um cer ta rc:pn:s.entação dos servos cm geral , de seu crvos, e
É cl· to que n!lo p dcm retoe onar s signi ficaçôes !maglnâria so- d rcl çii de scrvidi.o ; essas rep resentações · o e de\·cm ser necessaria•
ciaill • um u ujcito" construido cxpre mente para " curn:g.\.Ju" - quu me le djferentes e complementar~ - e sem ta complementarid de, n · o
o d<!'l'I ,ncmos "consciênda do rupo", "ineonscicmtc colctiv .. ou c:Jt!stc: soe dade fe uda l. ta complcmetuarldadc ro pode e fstir )Wla si •
orno uiscrmos; e cs l rmos ~ ram torjado e a; ~•3CUd(>oct1lidnd co nifi ção ínatitufd (ela~ um aspecto d ta significa o, ou lhe pertcnoc).
respondenLes construld s, por cxporlaç o u d alque ilcgJtlmos e cm A s· uin aç.;o la itulda (aqu . 11 r cão de scrv · o) n o f •· oma' e
fu nção da Íll ap cidade de enfrentar quilo que 6 o modo de ser espedfi. r~preacata õc:s complemco1or ; ê porque esta aJ :ollicaçi_o é in ituida
co das lgnilicaçõcs. Nesse entido. tam bém, os tonn "representação que cllistem enllS represcnt çõe (do rvo, do senhor e d rcl o d er-
tQlctlv "ou "rcpresent o social" e m os u is Cér tos ociól os Lcnta- vidã , para <> servo pa o scnh r) e q e Q são o mplemcntare .
10 41 1
Esta com tibilidadc e. s bre1udo, e mple entarid do ciaJ das m.aís pela c-omplemeritarld<Jde - não m i so ente repr entaçõ de i
rep esentoçõcs do5 individ uo . se o que das e eles n:ida scri m. ilu:str o divld.uos., mas de lip<M de: ind vfd os, do objetos, da a o que W'hll sotl
que íoi dlt por mm a rt peito d s1gninca es sociais eomó e ndi ô . dadc ori ina. "tipo ideal" do cíd ão r ma.no liga. e do lrHerior ao "H-
do reprcsenuiveJ e do f. vel, e mos tra o imp . de lod red ão du ideal" da mulher rom1111 • da reUgi!o e da leis, tais corno r me
so ledade à p ·cologht, ucr te ha c:sta ums orieni ção .. posi tiv •·, beh • om e le, - a n o é j m~b a construçll.o teórica q e pode s~ urar cs a
vlo rist u, enwo, ~ican lftiC/1 •. , . unldade lntrlnseca. e fora-de-~ lm n-entc a cada uma dcs si nífictt•
Enfim, u signlfi~çõe., i m inária$ nã.o de cm ser c<>nfund ída.s co ç . 1 o ac e:tpr me WUn pel /,l,1orfc<idad~ ~sencial as si nHk- •
os diverso tipos de $Í niftca õ~ ou de sentido ( innJ • partir d os uai ções: "institui.,& ., aparentemente similar podem r radicalmente di-
M ,t W er lcJJ t " petisar sociedade 11 • Elas n ão, ccrt meme. o ferentes.. crgulhadas numa 0ll tr ocicdade, ela sã lOm s com sig-
"~tido ubjetl\tamente visado" ( ubjelctiv geme nu üm/, íact u aspcc. nifica õcs diferentes. Pan ci tar u_m e,cemplo maciço e claro: referir-se a
to da {anifi ção v sad como l I pc o l odiv[duo social e pottan o, em m "tlpo ideal"' da burocracia ge l só p de en<:obrlr H difere ·
c:ert entid , ..prt! te" par elo - e m po co um entido "médio" o dedsivas entre a ur<1<:rac:i ímperial chinesa, por exemplo, e a b rocr,1-
"parta comum•• dos sentidos su · iv m vi dos. A si nific Qô cia do cap t lism mod o. O que pode ha r de comum entreeites do·
imasln$ rlas · ociais são q ilo atravé5 do que tai5 [ õ ubjctlv s con- ti o~ da urocracia - e utros - pro Vé.m de ma oonccitu liza lio s re as
crcl ou "médl.as.. tornam-se po lva· . Já p r cslJI razio não podemos buroc ac, s cm geral, que certamente por s " rcve l upectos in,-
co un dt-la co as "s:' nifi çõcs ldeaJ-llpi~ " ou os "tipos ide.ai ,. . pottanLe in tlllliç!o toei 1-his óric e coloca o Imenso probl a do
con tru lle$ do teórico v· ndo possl Jlitar a oomprcc ~ão dos fenó me- " unlvc.JUI" e do "tr cultural' de la in t tui o - que aqui não po
nos 5 'a . Porque os "tipo ide · ,. .!lil o o produto de um,uefle;1;ào $ bra mo. · bor d r . M esteptoblc aé implcs.mentedt.ris-na.do,n·oel bor .
11 socledt e - que pres!íupõc q e cied de I, q ue as visõt:$ subjet ivas do. pelo conccil de "tipo ldt " e de ''sent ido id tfp co"'.
concordante.se complcme tare ai ·o po s!vc' e efetivas; e quanto q e
'gnifkaçõc.s lma l.nãri soe ais o "ima.ne:ntcs" à sociedade cada ez O mundo das sigoifica • tem que serpe sa o, nà como uma ré-
eonsj d das. m TeA!id de, o ''sentido ideul-tlplco., que rcfore ax rrcal d um m nd N:al· n.Ao como m utro nome pira um si l
Weber é pena o melo que ele se & par visar e r nstrulr as slanifi • m hierirquico de "coo ·tos,.; nio t mo formado pelo que, d s rcprc:•
çõcs socía-ls eft ívas - qll'c sua otetod olo&,i e cpl temolo · , grandem ntc ntaçô ind ividusJ , é " eJtprimJ el" - ou CQfflO o que <leve postul do
innucnci d s pe lô neokant smo. n o lb c per item reconhccor amo como corrcJ to "objeijv " (emge,~i,-steltMd) d noes,es subJetj as: n-
t ; que serie, quç poderia ser um en1ido ,J1:rii'O, e não ~ m sent ido n I eo t , não mo [ tema de relações que se aa en riam ujcitos
p11ra \Jm ujeilo, ou enliio se.ntid cm e por um11. coo tru o l órica'l Fo- e o ieto plcn mente determinado $ob outros "spccl e i[icariam .
rno tevs.do a e nstst r q e nAo pode hav t s tldo pa ra um sujeü , se cm I ou qual otc:ll; bis órioo, p ricc!A es, ef. tos, c:omporto,-
nilo h.1, efctlv mente lltido par ni!li u6m , si ifi ca o soe I e iJJ citui- mcntoi. Tem que pensá•lo çomo posl ão prfmei ra, in Ugural, irndut!-
ção esta slanmc ção. Po e importa que se diga ue, por isso, Lamb m, el do .social-hístõríco e d magin rio soei I uil como -'Cm nifcst. cad
o n Ido oimc ~ "diretamente" ccusfvol par n ós uand reíle•imo.s vez num cied de dada.; posição que se prc:Knt.Hica e figura na e p .
um ocicd e. e que 6 podemo tem r reproduz •lo ou ~n ltul-[o. O institui das g;nHic çoo - sempre losll'Umcnt n io t tujçõ do
cons rutivisrno ~ apena um pai vra, não• cr que afirme que k>du as leg e do teu.klreln - que e loca, p ra e d sociedade., o q e é e que
constr~es equivalem o q1,1 ccr me te :ix ~ ébcT j mais f ria. Que n o é, o qu~ vaJe e o q e não vale., e CDJnt> ! ou não i. va u n o vaJe o
l I constri.ação ,:ja preferli'el a t I outra, imp lica q e el man têm uma cer- q e pode r ou valer. ela uc i.ru ura cond' e orlentaçôca çom un
ta rc çào com o que es era qUés • E t so mesmo que 1radu , p or do fa tlvel e do rcp esentável, e a rravês dl o d._ uoid de, previamente e:
C'Jtcmplo, no fato de ur imp s!ve c onstruir verdadeiramente si nilica• por consuuç.ão, se assím podemos di:ter. à multidão indefinida.e -
çôcs idcal-tlpicu como c-orrelotiv um ou olgu ••fenômeno •• ou "as- cialmcntc abena de indivfd de tos. de bjet s, de fu ç~ , de insti-
pectos" da .s tcdadc. fütcs ó são cada vez o e ue a!o e ta com são, 1ui ôes no sentido sccundãrio e coTrente d o termo qu.ef c.uda ve~ nc
por .ua imcnão na s icd~dc gl bal - ()()n cqüentcmc:nte eles remetem tamente, u a .soelcdade.
un aos outros e todo ao fflllgma. de a:nifie ções quesuben e oricn• Temos mbêm ue pensar um mod de ser à parte dwe mundo -
la a instituição d soclcda e considerada. Is rn nif1 t , um ". d lQ mund0$ - de $1gnificaç&3 cm .§_u pecificidade e s ori lna.lida-
de, sem ..s.u t.inci I à-los'', m rno metafori mente, nem transformá•
los em u ujcito " de uma ou tra ordem (dizet1do, r ex pio. que"
mil se pen entre es"). D mcsm m eira qu • qoa d falamos
1 Ver POf OlCffl lo irudta/111tuJ Ci<,sll'II clMfi {19 ) p. 1 li. do odal-his órieo e do im ' nário social, difleuldadé não é invenL8
12
nGvos voe: bul~ par o Q\JC qui t$t cm cnusa, mas w mpr ender que duas são .. densa por todo ndo' \ n f~ur e no ~pre$i.:tttar / d1zct soei a ;
que os voc.\bulcn vis.an, não li cat ora.i_\vol mediante as e Cc<>o ias gra- o I o de 1odu ignifieação, de toda representa -◊, e do ato ci J
m ticais (~ por t ás ddas, !ógk se ontolôglc· ) ,e u.ndo 11,. qu l:s cstnm t11co1tt aremos empN! umll infinidade de oi mcnto coojuotfat s-
llabiluado.s pen , r. A dlrlCUW:ide t camprecntlc uc quando falamos idcntitãrios. As duas s o Q'I çõe. absofut do im:iginàri oci 1: pode•
de wci 1•histórlco, p r exemplo, nã , v· .imos nem um sUb$tMlivo em mos p~si-l como ". lccion das" no ,nagm de signiJlcaçõc~ instkul-
um djctivo, nem um adjetivo substanti ado, que oi aginàrio soei I niio dns, c-0m acoodiçào dcn-ocsquccer que és men,e medi:mte o t efo eo
é nQ:m substão<!'.I , n , qu !idade, nem açllo, ll:m puidoi uc as _sign.ifi- tet.tkbC'in que este m ama pode ser, e ser para' sociedade eon$ldc da.
ca i'ks im•• gináti s soetaii. não S:to nc:r rcpresentaç()es, nem li uras ou m polo fegein II o tc-ukhcin inst menta-sr;, in ti uição global da
rorfflJl!i.1 nem CO0ctllOS. soci~dade, íigu çâo.pr-esent li çio d<> m gftlÀ de ig.nilleaçõ qUé cst· .
a<l vtz., (a.! ser. sta iMtituiç!lo 6 cada 1/eZ itt tui o do mu.t1do, eomo
lmoiiut.irlo ndka.J, led Mle lns-tilulnt , od d1'de Jnstitulda mundo dc:s soc·ed,dc e para . !ita ocledad.e, e como ot 1u1izaç!o-
articulação da própri soe!cclado. El, foro cc o <onteildo , a-orga;,izaç. o
o p r-vir •ser erg o im.--ginário radic;i l, como altendaoe e e a orl ntaçllo do fazor e do ,epr e11t,1r/ dizc- soçla.ls. la oompo'CIO, ine•
como "o inaçiio" perpétua de alieridad , que figura •e _çe n \J ra, 6 figu- ümi11avclm1mtc, eomo criação da od«lade. a lo:;ti u·ção d in Mduo
t and e se fig-urando, çrjação de " ima cn," u.e ·ão o que llào é uiis como social, medi ntc cst~ reulcfwJn e este f « p rticular ttprescnt.ados peta
• o como 11.guraçc)es ou pr entificaçõcs de s1gnjfjc çôcs ou de erttido. socializ ção da psiquí/soma. Atr es dtsso, sociedade Ía% e)liS ·,em in-
O ima in6.do radical ê como oaiaJ.t1istóríco e <0mo ·quê/. oma. dl vídu para os qual h à pe.rcepçio, palavril e re aio, q u.e s ~ o indefini•
Corno s-oei 1-hl tódcõ ele corrente do coict.ivo anônimo: a,1,no p jq e• damente a to-reprodutfveJ com indivídu oc is. pira cada um os
so1ns é fluxo rept ertW.ti~o/ afe ivo/ intenefonaJ. Penótnit1amo, im ;. uais hà , scrnpre t1 o mes o tempo. mundo pri ado e mundo públ oo, e
nário eia) no kntido primário do termo. t1 sociedade iMtitu,irne. o u cuja vida n $0Cicdadc é1 e certo scnüdo, 11. vid e o funcion mento dil
no ocial-b ~tórieo é J>-0. i -o, cri:tçllo, fazer ser. Denomin mos im gi.n.a• socleda como s,ocll!dadc:: instituCde.
ção radical o que. n:t J>5iquê/som é posiç!l.o, cri ção, fazer r para a psi-
quê/ som, , cri" ção d so cditde lnstitu ntc; amo s()Ciedad.e inslltuldn, 6 ~d
O ima inária social ou a sociedade i05t1tuime é na o pela pc»lção• vez undo com um - Jc.osmos kl){nos: poriçllo do. in Mdu s, de seus i-
cn"ção signlfü::11 imo inári aocia . e dti lnstit.ulção; d in$l tui -o pos, de s.uas rclaçõc , de :s as .a1ividades, m ~ também posição de cois s.
como "ptcsentl 1c ç-o" de$tas s~o ificações e stas ign!Ji • om de ieus tipos. ,uas l"élaçôes., sua significa ão - 11n~ e o ro~ e da ver, to-
instituídas. A imagloiçiio radical é oa e pcl posi to-criação de figuras ma.d ~ em recep ~ulo& ref'c::l"énciais insdtufdos romo comu 1~. que lhes
oomo pré. entifícação de s~ntido e de ntid como sc:mpte tí urado- d o unidade.. E&t• in$ti içilo 6 in tituíçlio de um mundo no aeutido d
rop ~ .entMlo. ínstituiç-o da ·oeledadé~la ooied de institu ínce apõl - que ela deve e pode cobrir cudo, que tudo,. em e por elo. deve, tin prfod-
.se no primelto es trato n;itumJ do dado - e coo l -s.e mpre (até um pio ser dliJ.vcl ~ representà el. e que .tudo deve 11bsolutamen1.eber mclui-
pon to de ori em in ondn cl) numa rcJ o de recepção/ !ter ção com o do na rede. de sígniflcaçõc:s, tudo deve fazer se lido. A rnam:ira pda qual,
que j tinh.asido insti u Ido. A posição do liguras c-o.m s,cnso ou de sentic!o de c11dá vn. tudo raz 6Cfltklo, e o sentido que fn. provém do ,,úcleo de
íi ur:ido p<1la im:iginaç· o radkal pó·a-se no s~assim do ujcit como si ificaç s imaginárias d socic ade considcr da. Mas es~:a cobenur
ser vivo, e cm:onira-S'll cmpte (até am pooto de o ígem insondável) muna num: é segura: o que lhe escapa, .~ VC/ld qua e indl er'l;Ote. pode r e 6
çio de rc:cepç.1o/aJtcr ç o com o q j' l1avia sido representado por e de uma gravid .de decisiv • O q e lhe escap , ~ o cn' ma do mundo m-
para a psiqu , plcsmttntc::, que está por tr s do undo eomurn social, como 'por• Ir-a•
A ln.stitu·çio da ociedade e, catfa vn, instiufção de um ma om de • i to é.. provisão lo gotãv d alt(ddade, e rno desalio im:dudvcl a
5.j o.i fiç:i;çõe • que ~ ê possl vi:I t?m e r su Instn1 cnt11ção ~ d u1u lns- tod igni caçilo est belectd.a. O que t.atn • Lhe escapa é o prbpno $O
t itu es ( ndrut1entai que fazem ser uma or ,nttação idctttit ri • da ciedude enquanto soci«tadc i stiudnle, ou seja finalmente cnq n-
conjuntist daQUil<> q • ê p r-a a só ·edade. A instit ui\.~º insuumen1 1do t.o fonte e rigffll d alterldaôc, ou 1H1to-:altcra~o perpélua.
t..,~,n é ln timi~o das c:ondiçõc'5 idi!:n tit ' ri ..ç,onjunti t:lS do reprc en~ A ins.tiuií. Ôdo mundo comum ê de cada vct, nc:,cessatiamente, ini-
tar/ di2.cr social. institu,çao lntrnu 11:,,1al do rc-ukltcin 6 i11stJ111içiiô da tltuição daquilo que é e niio ,~ vale e n .o vale. como d que ê factível e
cc>ndi ões ldentít.itlas-c:orlj untlsus do fazer sociul. A d~ se implicam não fac ivel, lll!Olo no "e,tte,Jn 'da rociodadc (roJ.ativlllflcnte, ··natuJ'I!.-
..-cciptocamentc. s;Jo intrin:ieca.merue inerentes um11 ou tr· , fmpossívcis • ) é mo 110 interior cst:a. Com ,taJ ela deve ne 11.riamente 5er t m•
,ma 5ttn a outra. dullS ão "0-bjetfvomcnte re.fledva$'' ,. se pr sup em b6m ·•pttsença", pan1 n gocied de, do ão-s.e r, do f; lso, do fretlcio, do
e só podem oper· t se os rodu1 o de su opcr.ic;ão o já d sponh>.eis. As lmplesmente possfvet mas não efeti . t. mediante a sín~g a de todos es-
J 1
ses esquemas de significância que se constitui a "realidade" para uma so Mesmo enquanto instituída, a sociedade só pode ser como auto-
ciedade dada. alteração perpétua. Porque ela só pode ser instituída como instituição de
Realidade, linguagem, valores, necessidades, trabalho de cada sooiu um mundo de significações, que excluem a identidade a si e só são por
dade especificam cada vez, em seu modo de ser particular, a organiznçnn sua possibilidade essencial de ser outras; e mediante a constituição de in-
do mundo e do mundo social referida às significações imaginárias socinlN divíduos sociais, que só são tais e só podem funcionar como \ais, na me-
instituídas pela sociedade considerada. São também essas significaçõcN dida em que sua socialização informa as manifestações de sua imaginação
que se presentificam - figuram na articulação interna da sociedade - 11 11 radical, mas não a destrói. Ê verdade que, enquanto tal, a instituição
medida em que a coletividade pode, ser instituída como repartida entrl' cada vez estabelecida só pode ser como norma de identidade a si, inércia
categoria de indivíduos, dividida de maneira simplesmente simétrica, 0 11 e mecanismos de autoperpetuação; mas também é verdade que o que de-
cindida assimetricamente em e por um conflito interno; na organizaçíln veria ter identidade a si, a significação instituída, só pode ser alterando-se
das relações entre os sexos e a reprodução dos indivíduos sociais; na insti e se altera pelo fazer e o representar/ dizer social. Assim, a própria norma
tuição de formas e de setores especlficos do fazer e das atividades sociaiH se altera pela alteração daquilo de que ela deveria ser norma de identida-
Faz parte daqui igualmente o modo pelo qual a sociedade se refere a NI de, aguardando ser rompida pela colocação explfcita de uma outra nor-
mesma e se refere a seu próprio passado, presente e por-vir; e o modo ck ma.
ser das outras sociedades para ela. A sociedade é, portanto, sempre auto-instituição do social-histórico.
Esta especificação se faz mediante uma quantidade de instituições li' Mas esta auto-instituição geralmente não se sabe como tal (o que levou a
de significações imaginárias secundárias; secundárias não porque seja111 fazer crer que ela não pode saber-se como tal). A alienação ou heterono-
menores ou simplesmente derivadas, mas porque todas formam uma uni• mia da sociedade é auto-alienação; ocultação do ser da sociedade como
dade pela instituição das significações centrais da sociedade consideradn, auto-instituição a seus próprios olhos, encobrimento de sua temporalida-
Estas não podem existir sem aquelas; não há entre elas relação de priori- de essencial. Esta auto-alienação - ma11tida ao mesmo tempo pelas res-
dade, e em geral tais relações não têm sentido no nível aqui considerado, postas historicamente fornecidas até aqui às exigências do funcionamen-
A empresa ·é uma instituição secundária do capitalismo - sem a qual não to psíquico, pela tendência própria da instituição, e pelo domínio quase
há capitalismo. incoercível da lógica-ontologia identitária - manifesta-se na representa-
Na e pela totalidade destas instituições secundárias é assegurado 11 ção social (ela própria, cada vez, instituída) de uma origem extra-social
continuado o funcionamento da sociedade como sociedade instituída - da instituição da sociedade (origem imputada a seres sobrenaturais, a
que implica também uma proliferação de instituições (e de significações) Deus, à natureza, à razão, à necessidade, às leis da história, ou ao ser-
verdadeiramente secundárias e derivadas (aquilo a que nos referimos ha- assim do Ser). Sob este ponto de vista, uma parte essencial do pensamen-
bitualmente quando falamos de instituição). to herdado é apenas uma racionalização desta heteronôrnia da sociedade
Enquanto instituinte e enquanto instituída, a sociedade é intrinseca• e, como tal, uma de suas manifestações. Suas respostas à questão do mun-
mente história - ou seja, auto-alteração. A sociedade instituída não se do e da história, e mesmo sua interrogação quando ela se mantém aberta,
opõe à sociedade instituinte como um produto morto a uma atividade situam-se sempre num terreno de onde se excluem, por construção, o
que o originou; ela representa a fixidez/estabilidade relativa e transitório imaginário radical como social-histórico e como imaginação radical, a
das formas-figuras instituídas em e pelas quais somente o imaginário ra- indeterminação, a criação, a temporalidade como auto-alteração essen-
dical pode ser e se fazer ser como social-histórico. A auto-alteração per- cial. Levado quase sempre pela fantasia da dominação como determina-
pétua da sociedade é seu próprio ser, que se manifesta pela colocação de ção exaustiva do-ser na e pela teoria, o pensamento herdado só a a aban-
formas-figuras relativamente fixas e estáveis-·e pela explosão dessas for• dona para mergulhar na melancolia da impotência ou para colocar-se
mas-figuras que só pode ser sempre posição-criação de outras formas- como ele próprio determinado a partir de um outro lugar., e consolar-se
figuras. Cada sociedade faz ser também seu próprio modo de auto- dizendo que é o ser que se diz nele e por ele. Baseado desde o inicio no
alteração, que podemos também denominar sua temporalidade - isto é, ocultamento do fazer e do fazer ser, ele sofre a ·nemesis sendo cortdenado
se faz ser também como modo de ser. A história é gênese ontológica não a ignorar sua própria natureza de fazer pensante, ele próprio manifesta-
como produção de diferentes instâncias da essência sociedade, mas como ção e modo de ser do social-histórico.
criação em e por cada sociedade, de um outro tipo (forma-figura - aspec- Evidentemente, a auto-alienação ou heteronomia da sociedade não é
to-sentido: eidos) do ser-sociedade, que é ao mesmo tempo criação de ti- "simples representação" ou incapacidade da sociedade de se representar
pos novos de entidades social-históricas (objetos, indivíduos, idéias, insti- de outra maneira que não cor110 instituída por e a partir de um alhures.
tuições, etc.) em todos os níveis e em níveis que são eles-próprios estabele- Ela é encarnada; fortemente e pesadamente materializada na instituição
cidos-criadõs pela sociedade e por tal sociedade. concreta da sociedade, incorporada na divisão conflitual, levada e media-
416 417
tizada por toda a sua organização, interminavelmente reproduzida no u
pelo funcionamento social, o ser-assim dos objetos, das atividades, doH
indivíduos sociais. Assim como o ultrapassá-la - que nós visamos porq111·
.o desejamos e sabemos que outros homens o desejam, não porque tais si.lo
as leis da história, os interesses do proletariado ou o destino do ser - , 11
instauração de uma história onde a sociedade não somente se sabe, mnH
se faz como auto-instituinte explicitamente, implica uma destruição radi-
cal da instituição conhecida da sociedade até seus recônditos mais insus-
peitados, que só pode ser como posição/criação não somente de novaH
instituições, mas de um novo modo do instituir-se e de uma nova relação
da sociedade e dos homens com a instituição. Até onde podemos enxer-
gar, nada permite afirmar que uma tal autotransformação da história (í
impossível; não hã nenhum lugar onde se pudesse manter quem enuncias•
se esta afirmação - exceto o não-lugar fictício e finalmente incoerente dn
lógica-ontologia identitária. A autotransformação d·a sociedade diz res-
peito ao fazer social - e, portanto, também político no sentido profundo
do termo - dos homens na.sociedade e a nada mais. O fazer pensante e o
pensar polftico - o pensar da sociedade como se fazendo - é um compo•
\lente essencial disso. -

, . .r-

418
não passa do sonho de uma som-
bra. . . Mas vamos com calma.
Com cuidado para não profanar a
palavr a poética, afastemo-nos das
imagens que, dentro do nosso con-
texto prosaico, poderiam contentar
somente os amadores de um bor-
ESTE LIVRO gismo fácil ou encontrar eco apenas
no festival de " irracionalismo" que
NA ÚL TIIV
assola o planeta. Além disso, pau
76 ~~i '/I l b no marxismo e cansaço com a razão
?R nFZ. i.c não é uma moda que já vai passan-
do de moda?
Autên tico produto da sólida reflexão
de um dos pensadores atuais me-
lhor instrumentado,, esta obra não
tem nada a ver com a moda ou com
qualquer espécie de rnisologia. Pri-
vilegiar a imaginação e o imaginário
é propor, na perspectiva de Casto-
riadis, o despertar de um sono
dogmático, o d a ontologia "identi-
tária" da qual nem o próprio Marx
escaparia e para a qual o ser teria
sempre o sentido de ser determi-
nado . Privilegiando o determinado,
o acabado, tal ontologia petrificaria
a realidade histórico-social, masca-
rando-a na sua dimensão de criação
continuada.
Que o leitor não se desespere.
DBD 106 BI
Diante da complexidade desta rede
crítica, correríamos o risco, ao ten-
tar explicitá-la, de emaranhá-la
ainda mais. O que você, leitor, teria
de melhor a fazer seria esquecer-se
imediatamente d esta informação de
orelha ~ mera provocação dirigida
à sua imaginação - e mergulhar
com tudo nas páginas deste livro.
Livro que poderia também trazer
como título, o segui nte : a Imagi-
nação no Poder. Pois não é afi nal
para a transformação da própria
sociedade ou para a sua auto-
instituição que ele nos orienta?

Luiz Roberto Salinas Fortes


Cornelius Castoriadis nasceu em Atenas, em 1922 onde
cursou Direito, Economia e Filosofia. Foi para a França
em 1945 e fundou um ano mais tarde com Claude Lefort,
a revista Socialisme ou Barbarie, que dirigiu até sua dissolu-
ção em 1966. Em junho de 1968 publica com Lefort e
Edgar'd Morin, Mai 1968: la bréche, o balanço teórico e
político mais importante dos acontecimentos que varreram a
França neste período.

·' A instituição imaginária da sociedade" não contérq apenas


uma nova visão "teórica'' do social como o título parece
sugerir. A sociedade é de fato, o objeto central da investi-
gação e tal como ocorre. por exemplo, em Marx, trata-se de
saber o que é essencialmente a sociedade, o que é que a
constitui fundamentalmente. Mas esta tentativa de concepção
do social é inseparável de uma postura crítica. Toda a
primeira parte do livro é, com efeito, um balanço crítico,
minucioso e muitas vezes impiedoso do marxismo. Para
Castoriadis, a sociedade seria o produto de uma instituição
. . , .
imaginaria.
Mas como'? A imaginação colocada como princípio fundador?
Que o leitor não se desespere e mergulhe com tudo nas
páginas deste livro, que poderíamos também denominar :
"A imaginação no PodPr •·.

ISBN 978-85-7753-030-4

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