Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
)'
·: ... ~} ~- · ·~· ·:.:· ·; ·:;:/,.: ~:: ~·· ... ..., . . :;.~ ·•'- ' ~ :;~.~ .•..,.- -. ~:··, r~r... ,-., .,~ .
.
. ..
_.
a! (3.{·rm..J (Ú
✓ - •
f1,(t0 ~
• •
5
Que é a história cultural hoje?*
Miri Rubin
..
'-
I
Se bem qae actuaJmente se faça sentir em todos os tipos de his-
t6n., a «vi1111em a,kunJ» não afectou uniformemente todo, os pe-
rlodol hisróriro,. Taf como a hi!-r~ri.1 ~nci.1I. n11t' íni m~i< ,.._,._A_,_
.,
•
t
1/l QUE Ê A HISTÓ RIA HOJE?
•
e qu~ 1 _e,i,f1~zaram prime iro a classe e depois o
g6'er o, tarn~ m a
•
virage m cidtural tem sido mais proem inente na obra
da Idade Média tardia e do início da Idade Mode
de histor iadore s
rna - não tão
~
irrele vante s quant o E. H. Carr pensava - pelo
meno s a~ •recen te-
•·
••
!
tiam mais razões para coloc ar o proce sso da produ ção cultural sob a
lente do microscóp_io. Foi n~ste conte xto que o
Meno cchio se aômpµ um símbo lo privil egiad o, que
cer a invenção de rituai s de desgo verno , a destru
autod idacti smo de : ..,.
ficám os a conhe - ---'f
ição insidiosa da
teolog ia pcla «teolo gia vemac ~lar»3 . os cultos
religi osos popul ares
~ (um deles dedicado a um cão4 ), o elabo rado cerim
desonr:3-. o ·uso e 'a ~o das image ns. Aque les que
onial da honra e da
t estud am períod os
••
de baixa literacia. marca dos ·por cuhur as religio
sas que atribuem ao
ljvro um sig~_ificado _cuhua l, chega m fac!lrnenle
à concl usão de que
os textos ~ talvez-as meno s direc w das foo1cs
~, O ençpniro e_nfre o his10 riador -:- fruto de um mund
•
J ta~o ,_i' as,CUlturas _religi osas loma o primeiro
0 o dcsen can-
mais humil de. enc1>-
1 rajáQdÓ-·o:. pi:ocu rar equiv alente s e analo gias noutro
:csaes •ou~s
s camp os. Como
•• vcrem qs~ c~mp os~ lêm sido freqµe ntemc nle encontra-
• ~
.... dos no~ 1~ o s antrop ológic os, nos probl emas
da texrualidadc e na
prove i~ sa·justap osição de difcrente s tipos de gfoer
os e materiais: a
' 5
oraçã o,~ o retábulo, os sapato s da coroa ção e a
_, ·
dade ê ~ ~~·envol vente . As lições aprend idas
lei régia. a comu ni-
nes1cs domín
n. sidci ~p_lif•~~s:.a outross. E ~fic ilmeiu e· nos surpre ende que ios t~m .
t·
,,•,, ' ~em cult~ .-.. fC tenha di.sscmi~ad o, já que aquilo
· como f~~
~ càçã o.~; tws da rcpre senta ç~. a inlera cção entre
.,
signif icado ..:,.. nwat ivas, d iscurs os
a «Yi@-
que enfati za e trata
l}tal à intcra cção JJµmana são ~-con diçõe s da comu
,.
mem.
·- ~
t (Y~
Co~ era.1Õdâs as boas ideias , o ponto funda menta
A virage m ('.!!·tural não se limita a pergu ntar «o que
&> teceu», mas antes coque acont eceu na persp ecti
l 6 simpl es.
realm ente acoo.; ~
va dele, ou dela. ou ·
' _deles- . O desafio estJ. evide ntemente, oa ousad
•• ia de fazer essas ~r- •
f:
gunta s e enoontrar respostas sem deixar de satisf
azer o «critério de
sígnificânc ia-•de E. H. Carr. A tarefa tem sido facilit
ada pelo rcc1>-.
••
nhcci mento , jl bem explíci to na obra desa.e autor,
de que a história•
reflecte nCCCl$arÍamente o mome nto histórico e
as exper iências de
QUE Ê A HI STÓR IA CULTU RAL IIOJE~ 1/J
-~ "+'i'
)-)1'" \:":
o e ~ como veículo de dor e de 2ra 1,er. . Para o pensndor francês,
estcs corpos, considerados marginais ou aberrantes pelas suas pró-
priu sociedades, eram sinais dos poderes que operavam cm lodos ,
atrav6s do medo, atravú do controlo e conformação do conhecimento,
através da representação da convenção como natureza e da confusão
entre mito e essência. Este controlo é exercido sobre todos. e não
apenas sobre aqueles que acabam em patíbulos ou prisões. O impacte
de Foucault teve mais que ver com a·atenção que dedicou ao corpo
do que com as implicações da sua história do poder. Com base nesta
·\&iia. os historiadores exploraram as suas fontes ricas e encontraram \~~L,I
C:Orpos: env os em actividades lúdicas e àtuais. rez.mdo, lraba- 'r,. ~j b. ,_r~
lhando, sofrendo 12. - ~ ~A.-~ 1 l" .
•Ó..~ _foucault ditou, quase irreversive1Lnen1 e o abandono da constru- ~
1_'
~.~..{) ~.,AoÀ
~ e estrutUiação de sistemas Pois não era _a construção t.!e modelos, JJ M ~~ ~\.~~ ·
-
a formação do discurso foucau hiana. a própria cssênci:: da actuação Ô- .....
do poder, o objecto que os intelectuais e act ivislas d~v iam. tentar ~N~r--
,J.~
i. W
tk_
r
de significados q ue o conduzem a padrões de influência e poder, o. .
formas de uso e vias de acesso. Na Europa de inícios do século. xrv, · O.. J_ ,.._,_gj..iA,
aquando do estabelecimento da nova festa eucarística - o Corpus t ,-
Chri.sti-, a (nguagcm da majestade. assoc iada nos rituais em tomo
do corpo de üisto cm França. inspirou ri tuais processionais que utili-
zavam clemeatos da iconografia rea l - a Eucaris 1i a como rei. a pro-
cissão· eucarística como cortejo real. Quando chegou ao Peru no sé-
Jlf, QUE É A HISTÔlllA HOJE'?
~
A)6n: d ~-~ si~ emas cultura is garant iam a cootin uidade
da orc=:,-
são ,meio dos rituais estatai s ou da divisã o dos sexos an csf,
ô ~-~ separa<hs e com ritmos rópri A bistón a da
1 . o a ser
•• uma istórjr ~Itura J - uma históri a que. quanto ao fCCOlltr
O colo-
níal. fora -~vez. e1emp larmcn te descrita por Edwar d
~ Oriaúalism". A cultura era o lugar onde rapida mente a.sSaid no seu
rclaçõe3 ~
p,QQcr se troava m visíveis.
~i. Ú cvirag cm cultura l .. têm sido os efeitos mais amplos dos
i ~-..c..asp i~ feministas. Os bistori adorcs do femini
smo,
rnarcad os:~ _mui.w diferen ças - nio.ap enas gcracio nais.
como rela-
tivu aos pcóodos ou locais estud ados- , mas ainda-m aiorita
riamen te
do_sexo ~ têm promo vido a comprccmão d1 -cultu íb takom
o
-~ ~~ ~ -1)(;)5 _anos de 1970, para.a comprecn.são
da csociedadc> ,
e daquil o que a constit ui. De facto, de acordo com um dos
conceitos
fiancbmcnlaís da i11VCStigaç~ femini sta - o géne ro- os homen
se
as muJhc:res a:lo nascem feitos: fazem- se. Este proc.c:sso ocoae dentro
de ~ de representação. cx.ortaçio e exemplo. entre ideias
e priti- ·
as, por e dcairo de pessoa s com corpo. Dentro destas redes.
i pos-·'·
shd trabalhar no sentido de_cartogn:úr as estrutu ras' de opress
ão/
dc-siga Jdade, privação de cfimto s poU'ticos.. limitaç ão das
expecta-'
tins e do acesso l educaç ão, mas .também os clemencos
4c rcais-
t&c:i.a. a i M ~. e .apropriaçio de si.P,ificado. h ideias solx'c o '
gbtero ~ a org.aniz.açJo de úeu inteiru da produç
lo
QUE l A HISTÓR I A CULTUR AL HOJP 117
?
ritual cat~lico na Fra?ça _d o século x ~ 11 2~. O processo ritual, entendido
~los soc16logos de mfc10s do século xx como um momento de in-
lensifica ão de todos os as cios consensuais · ue reafinnam umá
determinada ordem social e moral, pode ser vist9 de um m o dife-
rente. No sentido em que condensa relílç_ões e ideias sociais comple-
x:15 ~ no e~paço e no temIJ? - •. o ritual pJde oferecer versões dâ
_vida d1storc1das e menos ace11áve1s. capazes de gerar irri tação e dcs-
• e~
••
inqu~or:-T~x.tos de etnografia eram de$C.Onstrui'dos por colegas
etnógrafos. .~ Vincent Cnpanzaoo mostrava no mesmo vol ume,
num e~ sobre a retórica etnográfica e os modos pelos quais os
•• tais: isto ~ l tou ern obras como o estudo de Tan)'a Luhrmann sobre
a psiqu ialri-:i a mericana, o estudo de Ray Raphacl sobre a maioridade
••
nos, Estados Uni.dos contemporâneos, ou o li vro de Oaudine Fabre-
-Vassas ~ as uilli z.açõe:s cu ltura.i s do porco. corn sugestões de
,sensi bil idade anti- semita. no sudoeste frands contcmporineo!O. De
••
t
t--
cu)~ras ~ t ã o ~ para o historiador da. Europa do sb:ulo XVI
como para o etnógrafo ~ América Latiria tribal. Em ambos os casos,
•••
está em causa a procura de significado nos vestígios e formas de
autodescrição, atrav~ de uma imensidão de artefactos e afirmações,
.- . rituais_,textos'...C discursos inter-relacionados.-Os nossos projectos são,
de facto, muito simJlares1 ' . A crise da etnografia também afecta os
histo riadoresn. · ,.
.; ~ 1
. A semelhança dos etnógra1õs, os. historiadórçs aceitaram co m
J
p e.xcessiva confiança a figura do informante ingénuo, mais que dis-
~ o a colaborar com o s im tico visitante ue che ou para estudãr
p o~ seus j ogos. Um exemplo vem muito a propósito: uma hist na
muitas : v ~ repetida conta a experi~ocia dq puritano John Shaw .
1 durant~; uma: viagem evangelizadora por Westmodand cm 1644•. Um,.,
1
dos idosos que Shaw encontrou e incenogou. tinha una vago coohcci- ,,.,,.,
mento·~ Jesus Cristo: n1o era aquele homem que ele tinha visto certa- .1
more.
• vez nu!.lli peça. «em ci~ de uJNa a_sangrar.»? Choque, hor-· ·
••
ror. a fantasia.'puritana da impiedade - Íal~m de saber muito pouco,
ºt#lrarii
o velho o pouco conhecimento que tinha do cspectáculo idóla-
~~ t', ·.
QUE É. A HISTÓRIA CULTURAL W )IE' f ]/
,,
t
V
Ao lo11go dos últimos vinte anos, a busca da voz dentr
o das es-
trutura.e; da lingu agem lançou os estudiosos das
humanidades l!m
vária.,; e convergentes direcções. Têm-se procurado
relatos «não ofi-
..1 ..1W€n
. . dos acont •
c1a1s• ccuncntos, nomcau.a te no estudo das socie . dades
camp onesa s" e do subcontinente indiano:qi e nas
obras dos histo-
riadores dJ feminismo e da classe trabalhadora~ Para
a Europa da
Idade Média e do-início da idade Moderna. o novo
historicismo tem
assistido à colaboração entre his&oriadorcs e estudiosos
literários que
procuram «sentir o real• mediante a análise textua
l de textos não
canón icos e o estud o de vestígios materiais da vida
quotidiana. Ste-
phen Grccnblall, como um etnógrafo experiment
ado, e inspirado
pelas utiliz ações de Cliffo rd Geertz dQ mund ano
e do «sens o
comum». mostrou os resultados de uma leitura dos
artefactos como
textos. confrontando diferentes gtneros - teatro, sermã
o e imagem.
por exem plo".
E.-.ta posição 1ibcr1ou os historiadores e encorajou os
críticos lite-
rários: o E11iland's Empt y Thron~ de Paul Slrohm tem
a utilidade de
uma abordagem critica-literária ao estudo de docum
entos da história
constit.~cional inglesa: crónic.:as, de_cr~tos parlame~_tar
cs e determina-,
· çõc~-·legais· reve-lâriú/ próp<5sito ~lític o subjacente
à busca de légi'- ·
timidadc. as vozes inscritas no registo escrito cm apoio
das preten-
sõc5 de U"J_,Ci usurpador, Henrique IV, e do ~1:1 .tierde
iro«>. Uma tal .
abo'idâgê~ ·rcvcla,., tâmM m"que 'ó contêúdó dos' textos
franscetidé
a intenção consciente dos seus autores - os textos
podem conte r
informações que o autor procurou omitir e at~ transm
itir conheci-
mentos dos quais o autor, produtpr, pintor jamai s teve
consciência.
Como sugere Paul Strohrn, podemos sa~r coisas sobre
Chaucer que
•Cha ucer 11unca soube. sobre si' próprio•••. De facto, Chaucer não
podia reprimir a emerg~ncia do seu própr_io inconscient
e no texto,
não tinha consciência dos processos históricos .cm
curso que con-
tribuíam para a construção do mesmo. não'podia preve
r inteiramente
a_reacção dos seus leitores, ou a5 :nutuaçõcs dessa reacçã
o ao longo
do tempo. Em suma. sabemos ·muita~ coisas sobre a
sua oeuvre que
o próprio jiimais poderia ~aber - mas que teria gosta
. ; • • . •• ,: , , .. . , •• • · · · · ·· : 1
do de saber. se
'
4 ;.e. :i.. w~ , s ..4 .C W'~-+ .4'ii~ ~,~ ~ ...
~~f.f~~ ,
•l
•· T1tr iiko ,,f 1hr Vrm'1n1la r: M ~nthólttgy 1:J] Mrildlt EngÍish Urt-
t '°'1 Th_cury. /2ll0-l510.. Univcnity Pan. l>A. Penn S1acc Press, 1999,
•
t
pp. 331 -352
4. Jcaa-0 ~ Sc.hmia. Thc Holy Grqltolllld.: Guincfort. Hcalu of CliUdnn
si~ dt~ 71tirtrttt• CetthuJ. trad. Martin Thom, Cambridg e, Ctmbridg c
••
r.
1999•
7. Nlo quc:ro.an • dizer que esta vingem nJo. a.cnha üdo anteriorme nte
pc ocu, ada por ow-= veja-se a PrelecçJo Inaugural de Junho de 1895 cm
•
••
que ~ Actoa · apela _110 •estudo dos problemas em detrimen10 dos
~ -.- ~ ~atd Emerich Acton, «The S1udy of History», in
John ~eville Figgu e Regin.a.ld Vere Laurence (eds.). uc1urcs on Modern
Histoi-j. J..~wJres. Macmill.an . 1906, p. 24 .
•.--
,.. -
l DcnU1>1- ·~ e tipo 4c história.. a obra mais ambiciosa é Em manuel u:
~ ' · Roy ~ ~
• Paris.1.E
•
. GfC!1•cr~~-~
, 4_.
~N.
. ,
~ pauan,s uf úmpcdoc- , :1rad-. John ' Oay;· Urbana. IL.
Unive,-s~lr ~ pliMiJ Prcu. 1976. La Paysan.s de ÚJl1JCIUdoc. 2 vols ..
.
1966: p;u;i · uma perspec1iva crític;a__}'i
Lcpcúl (etJ.J, ús F,~s t
_ k
·~
;ja-se Jcan-YvCll
/'~perie~~ c: ~e autre
;, lti~'{-~ i-._~ Albi11_Michcl, 199.5. pp. 22t-228; pua um comcn-
táno a ~li fC:!prcciaçio. veJa-ic G. Sccdman Joncs. «Une aulrc hisloire
~alc"f(no te' crit-..,C)•, AMOies HSS, vol. LIU, 1998, pp. 383-394.
9. Philippe-Carpini. /'wfics Dj IM Ncw His1ory: Frmcl, His1orica/ Dúcourse
/ro. Bl'al(kl "'· Otanier. Baltimore. MD. Johm Hopkins University
Prcss. 1992;,TrajaeStoianovich. Fmtel, HislorlcoJ Malwd: TJic Annales· ·,
Poradip. l.lhaca. HI, e Londres, ComcU Univcnity Prcss, 1976; Petcr :
lkric. 7M Fr,tdHisl orical R ~ · TJw.4Nuúa Scltool /929-/989 ··
c..hridge , fyily ~ 1990. Pan uma apreciaçlo critia por histo>-.:
riadorcs li_1ados IJCII Aluwles. vcja-,e Lu forma de l'u~rien ce. Sobre ' •
■ rccc:pçJo: -~tia da historiogra fia dos A.nnales. vejam-se os arei-
/l J
QUE É A HISTÓ RIA CULTU RA L 110 /E'
:r~
l l . A prop6silo do tnbalho da auton no filme Martin Gwrrt, veja-se Robert
Filldlay. «llle Rcfashioning oí Martin GUCSTC». e Natalie Z. Davis, «'On
lhe lime'•· Anlaican HisJorical Rmn.r. YOl. XOII, 1988, pp. SSJ-571.
572~.
22. Rutli Harris. Lolll"lks: Body and Spirit in a Secular Aie. Londres, Pcn-
suia. 1999.
2J. Sobe o ~ I C de Mary Dou&las nos estudos culcuriis. veja-se Sonya
O. ltosc. -CUitural Aaalysis and Moral Discourscs: Episodcs. Conti-
llllilics. andTmufonnatioos-, in Bonncll e Hunt (cds.). /kyond tlte C11t-
111rd T11m. pp. 217-238 {220-225).
~ A. laper• ..Culturc.. ldcntiiy and lhe Project or Cosmopoliun Anthropo-
logy., in Aao.11 w Anduopoioiists: Hi.story and C0n1at in Anlhropology,
Londres~ Ncw Brunswick. NJ, Alhlone Prcss. 1999, pp. 26-58 (37).
2.t VcjHC Robert Damton., «Wort:en Rcvolt: Tbc Great Cal Massacre oí
Rue S a i a l ~ . in ·The Grtat Cal Massacre ONl OtJiu Episodes i11
Frndt Cshral History, Londres. Allen Lanc;. 1984, pp. 75-104; Roger
Chanicr. •Tats. symbols. and Frcnchncss», Joumal o/Modem History,
,ol Lva, 1915, pp. 68.2-695; e Dominick La Capra. «Ow-ticr, Damton.
and lbc Gftat Symbol Massacre». Jo,unal of Modem History, vol. u:.
11181. pp. !S-J 12 Pan ama aprcciaçlo mais recente do contributo de
~ veja-se Shcny B. Ortner (ed.). 7M Fate of 'Cllhvre ': Geern and
&-yo,td. ~elcy, CA. Univcrsiiy o( Califomia Press.. 1999.
26. Para mna ICOria do ritual -informal• éom base na etnografia.. veja-se
Cuolioc Hamphrcy e James Laidlaw, T1ae ArdtnypaJ Acrions of RitlUll:
A Twory -f RúllOI /ll,utrtJJed by tJae lain Riu of Worship, Oxford,
Cwmdoa.1994.
27. Emma1oel Le Roy Laduric. Carnil'Ol.: A Peopfe's Uprising at Romans,
l5_7J-l(J. ~ Mary ~_y. Londres. Scolar Prcss, 1980.
28. Vej.sc. ~éxcmplo. Roger Mcuam, •Dissemblen, Dissenlers. úucr-
n"llas: Tbe_Jlogucnots in Francc aÍlcr 1685», Historical Ruearch. 2002
_( n o ~ ~ ~ ~
· õ:29.-.~:Rosaldo;-«Fronnhc Doar of his· Tcat:--<J'bc Ftddwort:er and thc -.,
l ~ . c Vinc:cnt Cnpanz.ano, «Hermes• Dilcmma: 1lle Masking or
s..t,,asioa ÍII Edmographic Dcscription», ln James Cliffonf e George E.
Mama (edl.). Writini CMlllUe: T1u P«da and Poütia o/ Etlutograp/ry,
Bcrtdcy• .<=A,. Ullivcrsi1y of Caliíorma Press. 1982. pp. n-97 e pp. Sl-
-76.. ~ Vejã-sc tamb6n James Óiffonl. T1ae Prrdic=nt
o{ úlnur T~Cowuy Elhnofraphj. Uteronur. aNf An. Cam-
brqc. MA. ~ UmYCtSity Press. 1988..
30. Tanya M. LânnanA. Õjtwõ Müttls: rú'Gruwini Disorder in Amuican
P ~ Nova Iorque. Alfrcd Y..nop(, 2000; Ray Jupbael. The Men
/na h ~ lfües ofPassaxe M Maú À-aica, Linc;ola. NB. Univenity
oi Nctnska Prcss, 198&; Oaudine Fabrc-VISS.IS, ~ Sing11/ar Beast:
Jnn. C ~. and t~ Pig. tnd. Carol Volk. Nova Iorque. Columbia
QUE~ A HISTÓRIA CULTURAL HOJF.? 117
•. :
1·
•_HWCQ JJ ~ ~ . ~ ~ ~:~?,~ ?Ir ::...~ ~,.--- •i':::>,.