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OCHRISTIANISMO.
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PI\Y.ÇO O.\ SUII.SCI\IPÇ \ '0.
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Cru~ n. 30. c nn Tip(1grupllia
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1\'o,t ce,,, anlm,u perdei·, tt.rtl !.t1l1.·ar r .
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contra o prcreilo do seu Deu'-, e seu Se- impotencfa, lhe extende depois sua h enc-
nhor, tir.ido <la arvore probil>i<la o po- fica mii o e lhe envia a boa nova.
mo da sua perdiçam. Violado este uni-
co preceito Comrninativo, que lhe ha via . n.
sido imposto, fi co11 desde logo entregue
à sua propria scic ncia (a sciencia huma na)! Nos ron íins do ~Jcditerraneo, entre
De~ampara<lo por seu Creadur, entregue a Europa e a Azia, acha-se nm paiz este-
a si mesmo, e cônslituido senhor não so ril, montanhozo, onde o mar não offere-
da arvúre cujo pomo torara, como dos ce porto algum, e o deserto o fecha com
rios, montanhas, terras e mares, altivo uma cinta d'arêa; terra d'afilição junto
calca a propria terra d'onde à pouco das agradáveis margens do Eufrates o do
havia sabido. Nilo. Para esta terra se refugiou das se-
duc<;ões do Egypto, um Povo d 'a nligos
O bomcm logo que penlen a grac;a Pastore~, que abandonando s.ua vida no-
original d e que ao nascer hnvia sido rc-
mada, ~e vai immobilizat· nas montanhas
,·e~tido, desapa receu-lhe com pletamenle l .';
1 da Judêa. E:-te povo tendo por Ligisla- l... ...
1
AU~IA CRUZ.
Ai ! salve, ó throno
Do Martyr, Jezus !
No Golgotha erguida
Dos homens descrida
Remiste-nos Cruz !
Exangue , de rastos, as carnes rdsgadas
Caminha sem queixas, surfrendo, o Senhor;
Cercado d'ultrajes, aífronlas malvadas ,
Celeuma das turbas, quu brada is.Impostor !
Na Cruz o Messias
Cumpre as Prophecias,
Exulta, Siam ! ...•
. . . . . . . . . ...... .
Um grito' stridente
Ergueu-se· plangente
D'entre a multidam;
E Cbristo ness'hora
Por elles implora
ladulto , perdaap !
Conforta osquechoram
Ai! poucosqueoadoram,
Que tem contricçam !
Depois di·t em pranto-
u ~eu Pae soffrotanto: »
« Senhor com paíxa m.• »
« O mundo perdido t>
«'Ili fica remido1>
« Foi minha missam 1>
Apoz, transluzia
1'10 roto.to , a agonia !
D' extrema uffiiçam 1
Toldou-!'le de sombras o manto t•cle~,te!
Osaslros d'aS-<iombro, sumiram o fulg<'\ r;
Gemeu nas entranhas o corpo terre,.trc,
As agua:,, bramiram o' um solto fragor ! ...
As tu• ,na~. . o povo, mil vozes confuzas!
A um tempo a,, e~paço l-oltou. de pavôr ! ..
No rosto do «Martyrl) íulgin radiante
Dos Anjos um facho , de vivo e!iplendor .•
Um b y m no d ' Arc·b~njos vib,·ou penNraole •
.df • O mundo foi saho . • • . Deos foi Redemptor.~
J. Barboza e Silva
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l>eneplacito da :iuclorid:,de de éivU.
St•ja por tau lo sabido que Ln cio quanlo a -csto res.
tlfl lt l :er:>l:c::-W ~ i i SZíi'A4-Ri-4W!
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virtude, foi por fim receber o premio im- já pela sua voz, e jà pelos seus exemplos,
rnarcessivel, que aos justos está prepara- em 28 de ago-;to de úBO foi gozar <la be-
do na Santa Gloria, em 1256. maventuranc.:a, contando í6 annos de
3. QU.clRT.1.·FElR.~ - Jnvenrlio idade e úO de sacerdote.
<la Santa Cruz, Depois que nCl :-tono ~Ú 2 6. s.~ uu.~oo.- S. J oão- ante
o Imperador Constantinú e se u pequeno portam !atinam. E' com este titulo que a
exe1·cilo, animados com a miraculoza vi- Egrej,, hoje celel>ra o modo milagroso
sã() de u:na Crnz., alcança ram urna corn- pelo q uai o Evangcfüta, co ndnsido preso
plesa victol'ia sobre \foxeoc io, Santa lle- de Epheso por ordem de Domiciano, e
lena, \ 1làe do mesmo Cuustantioo, foi lo- sendo por 1-\0nlença do Senàdo mettido
go a Jerm,alcm eo m o liin. de ver se en- em urna talha de azeite a ferver, sahiu il-
contrava a Cruz que havia servido de Al- leso, corno refere Tertulianov1sinuoàquel-~
tar ao sacrificio elo -ílomecn-Deus- les tempos.
pelos homem;. [í'ioalmente encontrou 7. noitnivGo.-3. º depois da Pas-
lres, e a5o podendo cli-;Lioguir qual d'el- choa. Pdtrocinio de S . .José Esposo de
làs era n de Jesus Clu-ii;t'), veio uin mila- N. Senuol'a. Era S. Jo1,c <li:1 nob1·e btirpe
gre declarai-lo. Com effeito, -havendo de David; porem e!o consequel'}ciadesua
S. ~1acario, Bispo de Jerusale111, tocado pobresa, usava do olllcio de,carapina. Poe .
uma mulh er d t!se-;peradameote enf.. rmri. grande innocencia e singular bondade
em cada uma cl'ellas, só n terceira lhP deu merecett a preciosa grnc;a <le ser Pae pu-
repentioa1wmte a ~audc. Santa Ilele na lati vo do Salvador, e cspúso venladciro
man dou logo edificar alli um maoniGco da Virgem Santis._.;iUla, aos quacs alimen-
Templo, onde dei.{•Ht parte do s~grado tou com o producto do seu trahalho. As-
L(! oh o, e a outra parte tL·ouxe-a a seu li~ si~tido de se u filho putativo, e da Virgem
lho Constautino, qae d epositou em ou- sua füposn, exbalou o ultimo s:.1spiro, e
u·o Templo que edificou em Boma com foi para o Limbo annunciar aos outros
o. titulo de S~nta Cruz-:: e_ decreto1J que Patriarcbas, que ~lli ei;peravam a feliz no-
moguem coai:, fos,;e su ppl1ciado em Cruz, va de estar prox.imo o dia, em que havia
a _qua l de objecto de oprobrio e ignomi- de abrir-se-lhes à porta do Ceu.
m a, se tornou elO em blema honorifi co e C:ml. . .,IWC:111. D IEL. G l l O S,. ..
honl'O'iO. · . Teve lugar no dia 23 (Domingo) do p. p., na
/J. QUl~T~~·FEIR..11.-S. \1onir.a-v i- JgreJa _dos Fr:wclscanos, a l•'estivllladc do r.torioso s.
nened1r.to, uma das primriras. e mais concorridas <1nc,
uva. Ten clo casado com um idolatra , pô- gosamo~ n' esta Capital. E' um dos :moos, c111 que 11
d e à fur,;a de seu., rogos e cH·açcle<; convel'- ternos ,·,~to com maior pompa, e clccencio: foi solümui-
tel-o à ve r<l.,d<!ira religião. Ficou viuva salla co~1 Vcspcras, {no sabhado a nollc) e :llic;$n a
gr.iocle trl!>lruiucnlal.; pronunciou, cm a occasião com .
restava-lb e um ~lho -o grande Agosti- peteutc, o panogyrico do Glorioc;o Sanlo o íle\'IO. Sr.
nho- que seg uira a heresia dos \fani- Coucgo lfüutherio, descrc\'endo-no·s a \'irtucle da hu-
mildade , c1uc tanto resplandccco em tão illustrc
q ueos, cuj a conversão era o ob.iecto <le lleroc, com aquella mesma sul.llimidade de pen:1a-
suas prece..; e <le suas lagrima.o,. Vindo el- mcnlos, claresa d'expressões, elcgancia ,1•eslylo, e
Je a ~Jilão~ elh. ? accompan'1011. e pôde presença magoslosa, de no,; ba multo conhecida, e que
o tem toruado 0111 dos bons oradores d'esta Cidade.
mo vei-o a !r ouvir a~ humiliar- puhlicn,; de A' lante sahio orn Procissão. co1110 é costume, a vc .
S. Awbros11), edep01s mc:,,mo n ler com cl- ncranda rrnagcm do r.lorioso Santo, cujo andol' he
scm1>re disput.iclo, oáo sb pelos irmãos da Confrnria,
Je ~onferencia~ partic11larc.. , o rine foi se- corno pl'los muitos ,lcvoto':l, que se apresentão para
gmdo de 11 rna srnceni con ver,ão. Volta nclo carregarem 1>or proruussa. Sendo acompanha(la do
para a Africa, sua Pa tria, adoec·eu na cida- 5. 0 Batalhão de Fusilrlros de lin'>a cm rico unifor-
me. de grande multidão de porn, e dos muitos nn-
d~ de O .. tia, onde tcr10in ou ~ati,íeita se us jos que a fazem ruais brilhante Alt~m do que fi ca
dias, po1• J eixar se u fill1 ,, renascicl'l na (e dicto , já no sabbado antecedente . ao meio dia e
5. SEXT.l.• FEIK,~· -Conrcrsão d; a noite, a bella banda de mu,ica do mencionado º 's.
llatalháo , havia ex.ecutarlo a,uiudad.is e ,·uiadas
S. Agosti nho, qu e te ve lun-ar 5
pelo'! fins marchas . trocando-as por outras :iincla no Oomln-
d? s~culo /.J. e ~elo modo qu e acima fi-
0 S? a nolt~. em que fo! entr~guc aos ares um •uag-
111fico balao. A a!llnenc1a de poro à lodos os actos
ca dito. ~ Agostmho,•o mais celebre dos ... d •es~a i''c?slivid:~ll~, a multidão d ·anjos que se apre-
Dt~utore-. ~a Egreja , e ariuelle cujos es- se orno fl ..r~oc1ssao, e ns os,nol;1s com ~ue concor-
V
criptos mn1:-; anvltão, foJ Bispo de Ilippo- rem os }' 1e1c; • nos denotao a drvoção , respeito. e
vcncraçno que c;e con~agra !I Imagem de tiío mila-
na na Afraca sua patna. Depois de ter groso Santo. lfüe nos a1111)arc sempre com o sco va..
pre..,tado os maiores, e mais relevant05 lhoento.
OCH-RISTIANISMO.
X
~
rneço D.\ SOBSCR ll'ÇA'O. ASSIG)iA-SE:
·~
Por um anno ......... 8SOOO.
I
!'a o ndianlado • wls mrics....... • 118$00.
g } , lrt'L mnes ..... . . :?SSOO.
\A fuJSl>s............... s~1,o. !
'V
à
N3 llua da Cruz o. 30, ena Tipo:;faphla.
deste Jornal.
.
,,·011 t•cnl tmltnns J)rrdcrt ,rd salc,1rc.
S. l,uc. e. 9. ,. . ~G.
-- - - - - - - - = - - ---- -~ - . ._. . . . .__
pois de haver livrado Deus aos Isra elita~
OCHRISTIANIS MO. do captivciro do EgJ plo, franqueando-
lhes mi lagrosamente, para sua retirada,
caminho livre, e a pé enxuto pot· entre
as ondas; as!)ÍID lhes manife~tou a sun Di-
vina vontaclc:-le.x Domini sempe,· sit ín
A Fe ~ nm dom pre<'io~o do Ceo: 01·e tuo c21 . - Conservai sem pre a minba
e uma lu1., com a qua l illm,rrado o ho- Lei µ- ra vacla profundamente no vosso
mem, as.,ente firmemente à todas as cou- cora<;ão: não sepa,·ai do vosso entendi-
sas, que Deo, ha revelado, e nos lta propos- menlo os meoq -\1.md-1mentos-; 1-e-
to pela sua san ta Igreja, para que as <·re- jam clles a regra d ....... vossas ac,;õ:1-; ~ ob-
amos, estejam ou não, _e.,cri1Ha~. - füla jecto elas vos.c;as med1t,H:ões de dia, e de
e a primoge nita filha de OP.11s entre todas noite; quando em vo~1;as C'aS.l~ d escanr,a-
as virtudes, e <'0 1110 tal hemdi<'ta do me~- ·dos, sejam o :l'-SIH!Jplu d c>S vos.e.os di ~cm,-
mo Deo~: hemaue11titrados os que nâo vi- sos -me.ditahn·is in eis sedem; iu ,iomu.
ram, e r.re1'am. 0~ t11aPl ;-quando no, vosso, pa.s~eios, se-
É o fundamento do Chri:-. tianis- jam a materia do VOS'-O entn:tenimento-
mo'; e a prineipal ~o lumna da lgl'ejn; e et nmbulan.~ iu itinere , dcrmiem,, atquc
a raiz de toda, a~ maí:-. ,·irt utle,; 1'• a fon- r.011sflrrrenl(,·-
... in c:11kni-oi: aos vossos Ci-
te per•mne de lodos o, bem,; é e m fim a lhos -11a1·1·abis cri fi!iis lui.~- : tende-os
porta da ~a lvac;ãu elE> rna, a qual ~e m el- sem pre diante. dos vossos olbos, e vene-
la, jamais poderem'1s aleanc;ar, e q11a l- rai-os comn n monumento dú vosso Deus
q11er tnib:dbo no!'-~o e vão, e se m e... pe- - qun:,i mmwmcnlo ,mie oculos luos- :
rançf'I de peo,·Pilo, e premio, t·nmo hem atai-os rumo sagr.ido ~i~nal, em rnssns
expli~·on S. Bernard1). - Deve ser ella, enfio'-. para r.onfirmar \'O-;sas ucc;iies-ti-
portanto, a an~~él c·on-.elheira em todas ...,,,nl,is ea .,mwsi ~i:-,rrnum in mmw /u(I, ,runl-
as nos~as 11cçõe, ; d'Plla no-. d,~vemu~ va- que, ct mol'el111uh1· in(er oculos tuos <4l.
ler em t,1das as nu.-.sas ohra!-; e ~ó ia ella Ainda prosegue o me~mo Deus, di-
sf'~nir cm todos os SC'hS dict,1 me:-; o qne zendo: esc,·evci c1,tes -Mandam cntos-
jamais poderemo:-1 dt•ixar de fat.""r, sem no lnmia'r, e nâs portas d.11- vos~as haLi-
uhrnial-a, e de,,1,int11 o ·.iraoter de Cbris- tac::ões, pal'a que os vejnes, e permane-
tãos," <'Olll qu e bon'Ve -D1•os - revestir- çnrn em vos.:a mem oria-sc,·ibesque e$l Út
nos, pela sua infinita miseril'ordia, uas liminc, et ostiis domus tum t:ii .
fonte'- do hnfJ tismo. Conbec·cnclo o Senhor a nossa fragi-
Todos
• sa hemoc; ( acl menos não de- lidade, e não menos o o o~so orgulho,
vemo.; ignorar ) qne a l...t•i de Oeos se aclrn qniz. com r-..tal- repelidas explica<;ões dos
~ontida, e firm:id ., na sna -Fé-, e qnf'. prcr.eitos de l-Ua Santis~irna Lei, ensinar-
por con ...eguinte, quando Deus no.-; folia n os a ser hum ildes, e dar- nos a en ten
de sua Lei t,,a nrti!'>sima, é o rnF!smo que der que se qu ist' rmos a nossa sê\l\'a-
nos fallar de sua -Fé IJivina; e i:-to se ção. devPmoc; profes:-ar l\in rera men te •
comprova
, com a Est·ritura Sao<'ta:-
. De- \:.''I) JiXOII,
(., Jltut. -
13, !),
G. 7.
til S. Joa11. _20 , 29. (tal 1(1. - , 8.
() Jd. ·- ' ,.
ea e+::t2UZ am:z'C/1P9íC"911Ce"+·, .,- o .A&"'6e<IJG... ..-: srr::ewm1www:ac
e obser va r a risca, com boas obras, a Lei eí'.a natural nosdcteem, não fazemos ex-
de Deus, e a sua -Fé- Divina, em forc;os, nem a mais pequena' violcncfa ;
a qual, como já di.;semoc,, se encerra a para procu ra rm os o nosso hem etemo;
sua Lei; e a'lsim nos manda, afim de não ::;ó noc; leva mo-; por nossas inclinações ,
praticarm os eousa alguma. contraria ao de!-ip rczaado a Penitencia, fugindo às mor-
<.f UC està ol'denado na m e1, ma Lei, e pa- tilic:ações, e julgando oào cab er-n os hem
r a qu e no~ ~i,·va de t'egra e m todos os nos- as lrnnaillrn<;ões; e por h so não consegui:-
sos de:,,iguio:-:, os quaes <l evP.m ser fat·ma- mos fürc;a, para melhor formarmos uma
<lo.; sobre ella. como sol>l'e u rn 1noclelo resolução ellic~z e pratic.1.
in l'a lli vel, e necc~sario a todas as nossas E que fa1.er em semelhante caso,
<lc lt bcra<;õm,. pergu ntar-nos-Lão ? -Pôr em cxecll(;ào
. Eis a vontade <le Deu-. a cerca do o avizo de Tertulianno: colloquatm· spi-
nosso reconheci,nento a -Fe- e eis o 1·,tn5 cum c<u-ne de comm,mi salute: fazet•
modo pelo qual cst<1mos obrigados a fi.illar o e.:pirito el e Deus à nossa carne, a
g ua r<l.1- la; e se•·ia não recouhecer a mesma nos..o,a prndcrn.'ia humana a ce1•ca <lo in-
nat11t·,!za cl.1 -Fé-, se nnsaramos recu- teressante ohj ecl<• da nossa :,;alva1;ào: con-
sa r- lhe UO"isa sujei<;ào, que lb c ó l,io le- sultai· it Fé, e ;1 ella ~ubmettcrmos todos os
gi timamen te di vida, e no,sa confia nça, n o~sos aclus: ava lin1· as suas grandes ver-
tnnt o glol'i o~a à mesma -Fe-. quanto <lades, cpw. como .superiores a todos· os
vantajosa .\ no~sa salvação. Ei,; tambem vã os prelextoli, e frivolas razões, n os fa-
o motivo por que nos communicou Deus rám de certo coohcce1· as illusões, de
e,la - ré-, tão recta, e segura, queren- que so mos infelismente viclisnas, e com-
do fossemos por ella e1>clarccido..,, e diri- preuender de melhor grado o va ntaj oso
gidos, p or exemplo; se preteudemos a nt>goc:io do nosso eterno be m. Firmados
nossa feliciddde eterna, e, por conseguin- n'estes priacipios poderemos tirar pet·
te fugir d .! nossas iniqnidr1des, se quere- consequeoc•ii, infali\'el que , Lodos os inte-
mo., <'uinprir com a Lei Divina, que pro- re~ses d'e!>la vida lr~nsitoria devcm.cedet'
fes:-i mos, .se viver como verdadeiros aos da elet'ua, e que_ele vemos com d eli-
Chri~tàos, tres.cou,;as havemos encontrar gencia rem over os obstaculos, -vencer mí
cm oppo~i,;ão ao nos."o designio, qne sãm dHUculdades, e trilhar. gu iados pela Fc,
as seguintes: u.s negocio-., que camam o os caminhos da mortifica<.;ào, p~ra não
e 1n ba raço-1.)s obsta cu los que promoyem precip~tarmo-nos no abisruo da.perpetua *
a din-i~uldade-e uma c,wta debilidc1de condemna<;ão.
e 1ibiew natu ral: a prim eira ocrupa toda Os suffrimenlos n'e~tc valle tlc l;\-
a nossa atlençãu: não tenho lugar, edi- grfrn as não nos devem pnl"e\·e1· a nluos,
zem muitos) os meos alfo1.eres me rou- e insuperavei.", an te;<;- aprasiveis, e foceis.
b,,m o tempo, a ponto tal cl(~ muitas ve- N'eMa co111ft,rmiclade júrnais trepidará
zes n5o :-.:iber, 11cm se q11er<le mim mci;- o nosso corn<;ào; j:'1 ni',o scn\ difíiril á Pe-
ruo: a ..,egun<la nost>i.p;int;1, milphantas- n iteocia. e pron1pt,1mente obrleceremos
nrn.; se uus representam i1 i,nagiaa<;ãn, jé\ aos chamados d:-1 Divina Cra<;a.
pelo pa:,sado, jú no pre.;e nte, e jú paru o· A Fc vencerá, e tri111upharà de nos-
fo1 1rt>: p11r outro lr1d l tanto, re-.peitos
1
sa covardia; não m:ti~ reccareu1os enga-
hnmano-. de iute1·cs:--e . :zràncle:- cJe..t~jos de nar-no~, e perd er-nt)-s, por quanto ella
honras e emprego:. nos fa1ig:1 w; .em uma no!-i in:-.pira o u('ert o <la elei<;ão, e nos mos-
pahn ra tudo no~ <·ombate, e cnllora em tra o caminlu~ da sal rnl;üo, que empre-
ta l su,prn:-ã•l, dH não sa herm o.., qual o l.icnd t>tnos. E oo!-i:.O dever, por tanto,
rumo , q11e deve tomar no., sa alma e is- como Chri:;t,fo:- navegantes no immenso
to me:-mu experimentou S. A~m,tinho:
pelogo do mundo, ter por norte a Fe
t•eficabrml ,,,,ste111 mea111. Et 11111 ,(itabant,
Di vina, para c·hcg,,nno" ao porto d.e sal-
et décebonl mil,i: 11.sq11r.,JflfJ dimilliii ·,ws?
va(;ào, ú Bemave11t11nrnça. A ella pcr-
i\Jeos pri111ci:·os de'il'egrados prazeres (di-
tenre guia r-nns, e a 110 ~ :.cguil-a em tu-
zia e te grnnc.le h,1n_t•)) inc suspendiam , do, e por tudo: ,..,1,1nos seu-; domesticos,
e tira ,·,un do rc~tido. Ao ouvido me ( di1. S. Paulo) e co mo taes temos obriga-
foliavam, e me dcmandJVHm por os lrn- <:ào de viver subm i..,so-: .\ q 1rn ntos ~Jbte-
ver d ix:1do. » rios, e J)l'eccilôs n'ella se incluem, e apren .. ·
Finalmente certa debilidaclé, e tibi- der d'ella u que nos pre~cre\'._e, e o que
r
condemna. o que nos orden a,. e o que e despresiveis nas sa:is mãos tornam-se prodígios. -
prohibe. para não errarmos, e irmos sem- O judeu sNu csludos caminha alé ao Santuorio do
pre confor mes ás suas regras em todos os Eterno, e os que presmuiam ler grandes luzes, não li·
actos da nossa vida. obam a menor noção das grauclcs verdades, que o céu
Oh! quanto mais fe iices seria~.os, lhes communicàra. Os l'rophetas eram os seusoracu·
si sempre consullaram~s à esta D1yma los: quando precisavam ser clcsperlallos por brilhan-
Preceptora, e se com cuidado apr·ove1tas- tes slgnaes, a naturesa sempre obdienle às ordens do
semos suas santas irn,tituic;ões, sem adop- Omnipotente, prodigalisava mnravilhas em seu favor.
tarmos outras opi ni ões, que, em vez d.e Mas Deus que não queria fazer brilhar as suas vivas
ill ucidar- nos. so
nos otfuscam o en tend1- luzes senão com a \'inda do :ues~ias, se occulta de-
baixo dos myslerios inpeuetravei~ da sua infinita sabe-
mento, e nos condnzem ao te nebroso er- doria.
ro da incredulidade! E com effei to se pro-
Do nada saem nllvns colonias. Roma e Athenas
fessássemos· a -Fé- em toda a sua pu- sam as Melropoles, e se apresentam t:omo arenas, co ..
reza, e sancticl,1de. Deus espalharia em mo lycl!os aonde se combatiam t:inlo os guerreiros
nossos olhos os ra ios de sua d ivina luz; corno os sal>ios; porem civilisam souientc, para com
:;e uniria a n~ssa humildade, paru forta- mais ardi lesa se destruirem, e se instruem para se af.
lece1· h<>s!.a fraqueza; nos concederia a faslarem mois da verdadeira Luz. Aqui a ter'ra se
,·erdadeira estimac;no de seus Mi~ lerios, ensopa do sangue d~ uma mullifüio de viclimas, que
nos far ia co nhecei· seu inel'ltimave l va lo1·, uma barbara an1bição immola uo furor; aco)à se cn- .. .
e fugir de tantos perigos que, a cada pas- cbe o Mundo de seilas e d~ escriplos, rque propa-
so nos assustam. gam o SCC'plicismo. e transvcrlem a verdade. Os Ro-
Finalmen te a me1-ma Fe nos reve- manos apesílr das suas Jnzes, dh·inisavam todas a$
laria os acertos cfo - Divina Sahedoria - crealurns, exccplo o Creador. Os Gregos erigem pu,
não só utei.s a n ossa ScJ IVa<;ão, como con- blicnmcnte altares ao Deus-ignolo,-dc certo que a
vementes ao n os"lo modo de viver n'este naturesa estava com as dores do seu parto, ate que os
desterro nue habitamos. Ceus tivessem produsido o justo, segundo a. expressão
lias Sant:is Escriplur~s.
F. V. ele J.
IV.
v.
Quando [oi.lo o Mundo cançaclo dos desv:irios da IV.
ra1,ão lntmí\11,a eslava ua posse t.lc uma tranquilidade
até cnLão exccpciooal. Augusto, queren<lo saber qual ( L'o11tlntta® do n. • 1 )
a população que consliluia o seu grande l mpcrio, e
<1uc Obedecia às suas leis, ordenou que se fizesse um 'l':füez seja porque nada bn mais popular do que
rece11scameuto geral. Maria, Joveo Judio, da estirpe a instruc(ão r.cligiosa. Mas isto não ser:i umn infun-
de Davlt.1, mas pobre, o casada com Josê, artista tle daàa e louca vaidade? St' ha gloria em sal>er o que o
Nasarclh, se poz a caminho parn que olledecen,fo a commum dos homens ignora, 11:io barcrà fa lta dera -
1ci do i\Jooarcha, fosse ioscripta uo nrrolomPnlo, e ciocínio e stupidez em ig11orar o que todo o mundo
coru este fim parliu para Dethlem, cidade síluada sabe;:>
uas rnontaulias da Galilêa, d'ondc seus paes eram
Que l a ignoraucii seria o llluto de um espirito
oriundos. E aqui cm uma groua íoi por Elia dado a
luz a Segunda r essoo da L'rindade S:.ulissiwa, J. Chris- elevado, o cunho do geuio ! l'or mais que se faça,
to, conccl>iuo por gr:iça tlo ~spi ri to Santo. Assim fo- µão esta no poder do homem descer tão fabaixo para
ram preenchidas parte das l'rorccias. com o bruto disputar :i palma da lgnornacia.
nem longe llc exterminar os pccc:1tlores, e idola- Na verdade n:io é muito quercutc, trazer :i fronte
tras antes de vir hnl>iwr a terra entre os homens, allh·a, quando baixo permanece o coração, e quando
cujo resgate ruais tarde Lhe custaria a 1;101•te ruais leva-se o dcspl'eso a po11 to de ser com plctamcntc indif-
atroz e tormentosa, vcio, por uru caulico entoado pe-
.. los Anjos. traser o paz a todos os homens de boa vou-
fcrcnle ao liomem saber-se clle é obra do acaso ou
,l'uma intelligencia superior íl Se o cale qu~ o'elle
tade-Pax bominlbus honro ,,oluntatis-Viodo ao
i.\lnndo para corar os infermos, e rcsuscilar os mor- pensa serà roido pelo v,mne do sepulchro, ou , descm-
tos, app.ircceo, nlio como um Potentado, mas-for- baraç,Hlo úc seu grosseiro iuvoltorlo, irá roposar en-
mau, scn ·i accipiens-debaixo dn forma de escr:irn: tre os immortaes?
escolheu para seu .berço um prescpio, em , ez de sump- Se remoolarmos o J,ase sobre que se firma esla
luosos Palacios, e chamou para Junto de si simples força d'espirilo que arrasta o homem ate abafar os dic-
Pastores, que pela suam ·temperatura tlc Dezembro Lames de sua rasUo, veremos que o seu peclestal é a
apascenta varu seus rchaullos uns eocostas das monta-
baixesa e a la'\idao que domina seu cornção. ;\l nilo lcm·
nhas.
Aquelle <1ue fechado tillba na sua ti extra o desti • po ha <Jae se diz:-0 implo não quer acredilar, por-
no dos homens, que dt•vla mudar a face do mundo, que aobcla o direito de Lodo pata icar, e f.lzer-Se eUe
lançar por terra a Idolatria, subslituir ao espirilo do se obslin11 a examinar os Pogmas, não serà porque
dominio e do orgulho, ii abuegaçãc e humildade, mos· n'e1les encontra a norma porque deve rr.gula1 sua vi-
tra-~e ao muudo sob a figura de uin menino sem for- da? Deixai-o adorar seos Uiesouros. cntrcgar·se li-
ça. e sem poder, e como aux!llares 1>ara a execução de vreme1Ho as suas orgl,1s, que coíiseguireis n sua crcn~
uma tão gralltle empresa, nada mnis tem do que um
ça :.inda u'a11uellas cousas mais incri reis. E h;\verá
prese pio , e uma cruz ! . ...
o seculo qo.! vio nascer o Opsejado <las naçõ11.s, o quem não taxe <l'abi-urdo esle modo de proceder;:> Os
Salvador, não foi um seculo obscurecido pcl;\ igno- castigos eternos destinados aos dcspresadores das leis
rancin: a inlloenclo de Augusto d:ivn entao ao Univer- do 0111 nipotcnle, por vcnlura scrànl LUenos horriveis
so um brilhante esplendor, e o:. l'hilo:.ophus, os Poe- porquu se desc_eu um véu sobre os scos olhos?
t:is, e os Oradores, que então taulo apparcciam na Quando aos ou,•ldos do indiffel'enle \'ai soar a pa-
aren~ da scicncia, n:\o o couheccrüm . foi si> drivido ao
vra-l nfcrno-destaca·sc de seus labios um sorriso
seu orgulho; e 1\ugu sto desgarrado no meio das luzes,
que o ccrcavain, não procurnn<lo Aqocllo, que era o mofndor, comu prova úa discrcoç:i; mas bastarà nm
fóco de toda êl luz. apesar do seu Decreto. não Jesco tal sorrir para destruir a crença do gencro humano?
briu a uuica person;1ge1u, que lhe importava 1:onbc- Um-não acn•dilo 0111 tal-fund ido sobre a ignoran-
cer I ci a, 1wevalcccra por \'entura á flrme com·icção de mi-
llerodes, a quem os Magos do Oriente, guiados 11.lão de milhares d'homcns:'
por um brílhauLc astro, peri;untaraui-oude existe O indill"crente j~mais podcr:1 Jizcr: Tenho cerlesa
uascido o nosso !lei da J uc.lêa-assaltado tio pressenli- de que a outra vida. a ,·ida fu tura, é pura chimcra;
iuentos, e como que vcudo lcrnntar-se uma espessa
porque ó' onde foi cllc buscar esta certeza, quan<lo
nuvelll para oll'u:.cnr seu poder, empr eendeu desdt!
logo exterminar A11uellc l30I' quem os Heis Gentios ha- nem um só iustanlt! se entregou a um tal exame, e
viam procurado para adorar. o Edicto publica-se e contra elle lem quase lodos os !teus somilhan Les, qu:e
milhares de ionocentes viclimas regam com o seu san_ contra os dc'>varios de sua rnsão, oppocm os fortes ar-
gue Angelical o solo onde ha,1ia de ser lançada a pri- g11111cnlos tf{' umn ,·asi'to esclo rcclcla í>
meira sl•mentc da rcdempçào l O Salvador do Mundo Coucluarnos: :,r o indilTcrr11Lc n'f10 podo racional.
avisado por um Anjo deixa o seu berço, e procura mente nlllrmar a f,1bida1lo dn Religião, e possh•el que
abrigo 110 F.gypto.
ella seja verclact1,ira, o se é possível. qual tle\Orá ser o
Passados os seus 30 primeiros annos na obscf1 ri-
seu raciocln!o í> O scgninlc: E poi.sivcl, que exista um
dnde, começou n'cs.1~1 edadea lançar os primeiros ali-
Oens CrcoJor, e Lcgisl3Jor; é possi,el qne Ellc tcoba
cerces do grande l!diticío que sb a mão de uru Deus
imposto ao homem d(W('rcs, por cuja ohscrvanci:i 1 um
podia trni:ar. T.
di,, serà rccompensddO com um:1 maguifü·en<'ía tli-vi-
(Co1Himt0). na, e por cuja transgro~são o mergulbarà n' um logíl,
de interminaveis tormentos. É pois possível, que a E quiz a creação..• . tremeu o càhos
minha ignorancia, ao !rahir d' esta vida, alfectada das Elo seus golphos sem fim, abysmos fundos,
leis do Ente Supremo prive-we d'uma felecidade in- Lançando aos turbilhões do seio em anelas
calculavcl, e mr prepare caslígos, que nada sam, com- Milhões de mundos!
parativamente com os da vida presente: E baverà Pela primeira \ICZ rolilp'c.u as sorabtas,
111csquinhez d'espirilo em quem s'occupa de tal qaes- Em torrentes, o sol do firmamento;
·tão ? Com muita rasão disse Pascal-que não sabia Cada corpo buscou, sujeilo à ordem,
qual o tehuo porque qualificar uma tão e"&Lravagaute o proptio assento.
crnatura !. • . .
Separaram-se as aguas: no seu leito
v. Encerraram-se as vagas d' Oceano:.
Nas orbitas -um hraço volve a terra
SOLUÇÃO DO PAN'J'OEIST.\, Mais qu'humàno.
O que d o Pant!teismo.
Foi a quéda dos tempos comcç:mclo
Se não soubessemas, que quando o homem pro- Para os seios do. Na lia à voz da sorte:
cura fugir a Deus, não ha loucura qae o seu orgulho O instante, que o mundo vln primeiro,
não pratique, não poderiámos conceber como podesse Cahiu na morte !
haver PanJ.heistas. Um Pbilosopho Chrislão fallarido Das camadas aereas nasce o vento:
com um criminoso disse-lhe: Vis fu9ere a Deo? fu- 1 Dos solidos a planta, ,, flo r primeira:
9e ad Deum-Quercs escapar-te a Deus 1 lança-te' E, à 'imagem de Deus, de Íimo a c'roa
em seus braços {* ). O Pautheisla pensou que seria Da terra inteira.
milhar lançar-se na essencia dirio:\-Eti sou Deus,
Ohomem, o Oceano, a terra, o vento
um.a fr11cção de De1,s,.diz elfo, como poderá to-
Enlôam na iouocencia hymnos profundos;
car-me sem. <JUC Etfo mcsm-0 participe o que me Que Deus contente escuta olhando a gloria
fa: soffr,,,.? Dos seus inundos 1 1
E neccssario, que cm rirtude Je milhares de os-
peculações transcendenlf's. uma intelligencia se ache Senhor I tu és o symlrnlo do posstvel
acostumada à absurdos para-0onfuudir o sen Ó1esqui- Infinito no bern, na magnilude l
O Presenta im111utavel i.empifcrno..•
nho Eu,, com o Eu !11/'foit(); para compor de todas
És o emblewa sublime da virtude 1 1
as unidades intellectuaes e rnateriaes-a unidade abso-
lula,-de todas :is existencias successivas-a eternida- Escondes-te nos seios do iofioilo
dc,-de lodos os seres imp-erfeitos, couUugentes, e Envolvido no véo dos teus 1úysterios:
corruptíveis, o ser incorrdpth•el, irnmutavel, in6nito; · Tua essencia, qual m3r sem ter limites,
é necessario . . .. . , mas oão estaremo~ a falla r em um Enche o tracto dos vastos heroispherios.
systema, que talvez ignorem a maior 1rnrte dos nossos Quanto foi, quanto é, e ha-de ser inda,
Leitores? Pode ser, e por isso ensaiaremos aprcsen- Seja verme,.ou monarcha, ou dor, ou crença;
Lar-lhes cm poucas p<1lavras, o que eesto S}'Stema, Desde sempre ante os olhos tens tlresente
grande bMe de lodos os erros religiosos, philosoficos, Quadro immenso, que traça a mente immensa l
polílicos, e lilterarios do nosso seculo. -E:q,o-lo co-
mo podermos, e refuta-lo segundo as nossas forças, Deste as for~as aos corpos, e os ligaste
Pelos l:i1;os d'incogníto systema;
T.
E foste, como nuclco; esconder-te
(Continâa). No amago profundo do problema ?
L-.~~~~~~~~~~~
- ~ --:1--:::,..
•
Quando aos tumulos demanda a morta historia cerlo aos mais restrlclos dPveres de gratidão, se p~r
De passados heroes, !ioda memoria . ventura não ar>roveitassc esta occaslão para assegu-
De csqueriüos anli:\es: rar a VV. SS. os votos <lc sua csLlma e considera(ão
Quando os olhos da Grecia volve a Roma
para com os dignos membros d'cssa Confraria.
Olha à Asia d'ahl, vê de ~Jafoma
. O Seobor queira fazer frucllficar assnppllcas qoc
Os tremidos fanacs.
cm slgnal de sincero agradeciruenlo, cita faz subir até
Entre ns eras do porvir e as.eras mortas junto do seu throno.
No seio de não sei' vendo abortas Deus Guarde a vv. SS. l\laranham cm 2 de ~laio
Infindas creações..• de iS5t,.-llltos. Srs. Jniz e mais :itcmbros da Con-
E outras. pullulaudo cm seu bulício,
fraria da Virgem SS. Senhora do nosario.
Ir brotando, e descendo ao prccipicio
Do mar das gerações ! O Conego-Joscl Anton'io úa Costa.
O Cooego-Eltutflerio Mmques do S. Rosa.
Então. . .. como esmagada e lrupotenlc O Cooego Magistral-Jlanoct 1',u,.ares "" Sil-
Por iucognita mão de força. ingente v.i, secretario do Cabido.
Se senle agriJho_ar•••.
Arcou forle, mas logo ao lçve allrilo
A centelha du loz erga o finito
ANNO CBR!STÃO.
No seu louco aspirar ! lTl,U.O.
8. SEGUNDA-FEIIU-Apparição 4e s. Miguel
Essa ldein, que involvc cm seus amplexos Arcbaojo-o prillleiro ll'cutrc os Anjos. l\Jultils sam
osefiluvios cm lim, lcnues reOexos,
as apparições d'este Archanjo, as quaes todas consta
Em sombras s•cscondeu. .•
!'.\las embora a razáo, oP.gUI) a sciencla, da Escriptura, e tradição dos Santos Padres; porem
Vêdc, como o scnllr da consclcncla aquella que a Egreja hoje celebra e uma acontecida
Cravil os olho;; no ceu .•. no allQ do monle-Gnrgano na Apulla no Pontificado
do Papa S. Gelasio, pelos fins do scculo 5. 0 , decla-
Oest•artc vão a por do mundo e lud.o rando ª? Bispo dos Sl1>ontioos que aquelle log:ir esta-
Tombar nos solidões do impcrio.mudo
va debaixo de sua tutell:i, e queria que alli fosse tribu-
Ov rorlico aos atllcus..•
Cac-lhc o louro do fronte macerada tado cullo a Deus.
Quanto são, quanto dilcm, tudo e nada 9. TEUÇA ·FEIRA.-S. Cregorio Nasianzeoo-
E l>cns é sempre Oeus ! que por sua vasta erudição cm mnlerias thcologicas
GUll.11EnmNO AUGUSTO. mereceu ser por antonomasia chamado-o Thcologo-
(Exir). Nasceu na Capadocia, sendo seu Pae um outro Gr~-
gorio, que de fdol:itra se tornara cnslgtJe christão por
O homem piedoso, e o ,Hhcu faliam sempre de instigação de Nona sua molhei', e dcpoi~, enviuvando,
religião: Um falia <lo que au,a; o oulro do que teme: foi Dis~o de Nazianzo. Tornaudo a S. Gregorio, dire-
o fim d'um é i11spirar amor por ella; e o objcclo do mos mais, que pas$ando trese annos rom seu parlicu-
outro é dc:.lroi-la no c~pirito dos homens. lar amigo S. liasilio vida eremitica, empregando-.se
· l.l11mt1i~guieu. todo na contemplaçiio e estudo, íol ordenado depois
~~~(«..:-
Bispo de Sazima, coadjutor <lc seu Pae na Dioecsc de
º Christianismo. sr.m11re em harmonia com ns
corações, não im1>Õl' virtu11es 4'bstractas. e solilarias,
Nazianzo, e t:imbem por :1lgum tempo regeu o llispa-
do de ronstantioopla, que clfc, expurgou completa-
mas ylnucJ,:s tiradas de nossas nec<lc;sidadcs, e utcis a mente da heresia Ariana. D'aqni se reti rou para sua
todos. ,\ caridade o co llorou como um poço d 'abua-
d,1ncia nos duscrlos lia , ida. dilecta solhl:10, onde nov:imentc se deu com mais par-
Clu1 Ucrnb ritmd. t.iculariclade à contempl!lção, estudo e escripta. As sna'i
orações, epistolas e poesias rcvt'lam um grande talen~
Lo, e a insrlrn<:ão ele 111111 fé mui viva e costumes aus-
,\ gloria quP. pro<'cdr <la rirtude, ésnperior áquel-
la que provém do n 1scimento. léros. Comulncto de merecimentos, foi para a mansão
* * • dos Santos no aano 389.
• 1o QVARTA-Fl!.IIIA.--Oil:l\'a da rnvcnçüo da
OFF1c10 Q'-'E o Cuun:, ••"•:~T A C~T11tmn ..u. Santa Crnz-Como j:\ no numero 1. 0 dissemos algu-
DIBIG I O ' ( 'o:nrn UU'. &. OE .l\O!iJ!ll.1. 8E:u1on.1. ma cousa relativamente a esta festividade, por isso
no Uos 1 n10. para là agora nos r1•por1aruos.
Jllm.ç. S nr.~. 1 t QUINTA-FEIRi\.-:S. João D11mascPno-Pa-
Summamenlc j)cnhoratia p11la prompta conrossão, dre da Egreja. Est11 Santo PadrP que viveu no 8.º se-
e bom acolhimento. que por esp:iço de ,rintc oilo me- culo dcbai~o Cio dominio dos Sarracr.iios. pc)de pela
2cs li\·c, an, \' V. SS. a extremá bondade de prestar à sua scicnria e ,•írtudes g:1nhar o re.~pelto, c.rt,níinn«:a dos
csla <:orporai:-ão, quc• fugindo n omint>otc rnino que \lahomctanos. Tendo go\'(•roalfo l>:nuasro, sua patrla,
ameaçava a S:iota Egrc-ja Calhctlral, foi ·à VV. !;S. pe- retirou-se para um mosteiro em Jt>ru~alcm onde tt•r-
dir bospllaliJade, aOrn úe qn(' lhe desse abrigo na mlnoo seus dias no anno 780 Deixou-nos varios ts-
Egreja perleneeutc a llluslre Confraria tia Virgem crlptos oê1de, comb·,trndo os \lanicheos, os ~Jouo-:-_
SaoUssima do Hosario~ esta Corporação faltaria por physilas, e os Iconoclastas 7 faz brilhar a vcrd:ide da
•
Religião que pNfessava. Existem lambem d' ellc algum, Jausenisln e protestante da Uoirersid:1de, e tambem
tratados contra os !\Jahomctanos, e relativamente ao coqtra a coóstrucção de Templos protestantes, cm um
Dogma e a ~loral, que se tornam dignos de menção. . paiz, r.elcbrado por sua ort.11odoxlo, anles que o màu
11. SEX'f,1-FEU\A-S. Joanoa-,•iuva-Prlu- genio d1 re,olução :Ílli predominasse.
ccza Portuguesa e filha de Atrouso 5.0 Ainda menina, -Em S. Paulo del~ou de sabir este aono a Procissão
soube no meio das delicias, fausto, e dessipação da de Penitencia, vulgo de Cinza, em virtude d'uma ques-
corte passar uma vida peoítcotc, sobrla e recolhida. tão travida entre o Juiz de Capellas, e os irmãos da
Era ella a herdeira presumptiva da corôa uo caso de Ordem Terceira clu S. Francisco; e assim ficaram pri-
morrer sem suçccssão seu Irmão, c1ue depois foi Hei ,•oclos aqucllcs nossos irmãos de tão edificante acto,
com o oorue de João JJ, e por isso, e por sua rara um dos 1>rinciJlaes, e o primeiro da Quaresma! • . ••
formosura que parecia augmentnr-se-lbe com os je- -No ultimo Oon1logo l30) do p. fi ullo., ua Esreja do
juns"e cilícios, foi preteudida por varios príncipes em Recolhimento elas Educaudas, tuve lugar a solemne
casamento; porem a sua resolução estava tomada; e Ceremonia da Commuohão Paschal para os Alumnos
com licença de seu Pae entrou para o Ccnveoto dos do Collegio de N. S. d1.,s Hemedios, dirigido r elo Sr.
Dominicas de Aveiro. Aqui se entregou toda á con- Dr. Perdigao. Presenciou este tão edificante acto s.
templação da paixão do seu Jesus; e não obstante não Ex c. ne,·m. • , assistido dos Revm. <>s Capitulares, e do
chegar e professar, (pelos embargos de seu irmão, e llevm. Concgo Mestre de Ceremonia do solio: Cele-
magnates do reino) íol fiel observante do voto a que brou o Sancto Sacrificio da Missa o nev. do Missionario
aspirava. foi gosar do premio de suas virluclcs e ln- Capuchinho 1-'r. Lourenço de Moole Leooe. A, c!e,•a-
nocencia no anno de Ch"isto de 1490, te ndo apenas ção da llostia e do <.;alix vozes augclicns ( os ditos
39 de nascida. alurunos) entoaram, a dueto e côro, o sublime hyrn-
13. SAB~_!\DO-S. Pio 5. 0 -Este S. Ponliílce, no ( range língua) do-Aogelico Doutor, Snóto Tho-
que havia oo Ra~ tismo recchido o nome de Miguel, maz. Anlt!S d'administror a sagrada CoinmunhHo, ô
nascC'u 0111 17 de JanPiró de {504 em Boscbo, logar mesmo Celebrante pronuoriou uma pl'qucna pratica,
proxlmo a Alcxanclria. e do Bispad~ dt! 'l'orlona. Fi- mostrando a graodcso de tão-A uguslo S:ictameoto;
lho ele Paolo Ghislcri e Dot,ina \ugcri, não obstante seo amor p:ira com os homens; seos effellos, e a dispo-
a sua pohrcsa foi edu,'a1lo na piectade e dc!VO('ào. na sição com qoe deve ser recebido este Divino Mano~.
idade de t 5 auoos reveslio-se com o habito de S. Do- Concluidn aquella ccremooia, S. Exc. Revm. con-
mingos, e de tal maneira romprchcn,leu o voto a que feria o Sacramento da Confirmação aos que alli se
se ligara, que em 1553 íoi por l'aulo 4. 0 nomeado Uis- achavarn dispostos para o receberem .' Tendo antes o
po <Jc Snlri r. Nepi, duas cidades vil,inbas de Roma, e mesmo Exm. e Revm. Sr rello uma breve allocução.
cm 1558 cardc:il da S. l~grcja, com o titulo ele Carde- reco111meudando a recortlaçrrn d'aqu<'lle pomposo e
n.t A lt'xnmlri110, pela visi11haoça qoe tinha a cidade feliz dia, dia de Graça, dla em que o Es1>irilo Sanrto
de Alexandria com o logar do St'U nascimento, e mois os havia fortificado na Fê, communicando·lhr.s seos
tarde (em 1566) recebeu a thcara que desde a muito dons ioem1vPis. Tnmlnou o acl<' rone<'deuclo 40 dias
suas ,•irtudes e !laher lhu haviam preparado. Depois de IntlulgPncia aos fi<'is que alH se achavam.
ele ter santa e sabiamcntr governado n barca de Pedro. -~'este 11lP11mo 111:i teve rabimrnto, na Egrrja dos
foi rolhcr a corôa da itnmortalllladc no t. 0 de Maio Religiosos Morcl'oarios . n ,~cstivldade da Virgr ru Se·
de 1572. nhora-Sancta Marin do Soccorro~com vrsperas, (na
1L,. DOlllNG0-3. ~ rlopois d:i P:isrhoa- \ F.gre- noite antecedente) ,Jissa solemnc. o Procis~f10 li tarde•
. .fa celebra n"esle clia a ~Jatrrnidode de Nt1ssa S,mho- Annunciun, por orc:isHío da lliss:i, :1s vcrdarlcs do
1'a. Teve n s:1missirna Virgem a inrommc•nsuravel dila Evangelho o '1uito llev.do mssion,1 rlo Capuchinho,
de (lnr a luz o ned1•ul1>tor do Uondo, P a humanidade l~r Dorot111•0. O rrooparecimPnto d'esta solemnidade,
adquiriu o direito a itreseoça dr l>cus, de que estava que ha annos não gos:wamos, be devido ao inca nsavc1
priv,u.la 1>elo pcccado de nossos pritutiiro~ Paes. Quom zelo do aclnal Commrndador d'aquella Corpo radio. /
preciosa nos deve ser a )laternidaclt> ele Haria, e como -Teve togar no Ilia :.! do corrr.ntc a Uissa so !em nc
dcvcriamos ser gralos àqudla \J:fo ião amorosa, que do Espírito S:into 110.l!grl!ja do Recolhimento. Assisti-
o foi do nomem-Deus, e o e do C.rnero-humano I Blln ram os Srs. De1>ut:i1l11s da Provincln, prestando d<'pois
nos queira auxiliar. P aplanar os nossos peccados para da Missa o juramrnto cio eslylo nas mão:i de S. Exc.
com Seu Filho e nc,temptor. Hevm. Esta festividade {lUC sempre costuma ter logar
-~·•.!1-G Eii'-- nn r.athedral, ícz-se este anno no Recolhimento, por
CB:DU\®~ll<IU~ llUE!tU©U<D~ llo se achar Impedida o mesma r.atheclra 1 c.om os aprestes
dils Exeq11ias de S. M. f. a Sra. O Maria H.
EUI\OPA-lloma - Sua Santidade concede 300
dias d'indulgcncia a quem resar uma Ave.. M11ria pela
conversão da Inglaterra. Tem-se forma<lo-Asso,·ia- ERII A.T..t.S DO NU.l'fIERO I .
ções <1' o;"çõe., partr esse fim. Os Bispos Francezes. rag. 2. col. 2. 1. 8. -~m vtt tle--o ,ta ~llo-lh·~-o <lo ;,;110;
a petlido de sua Bmlneocia o Sr. Cardeal Wisemam, o na mesma raslna 1. 2!) em ,e~ rtc -so •~nuinar:i-teu-sc-o.u renr.l-
fizeram preces nas suas Ueocescs, e por todà a chris- n.11 ~. Na l'c 1•sia em ,ez de -contrlc~~m- lea-,c ~ c:M1t1içam. fi3
p~g. te. t. 38 em , r• de - nan à- lc~·sc -nào ha; na 2. col. 1. w.
taodade se f:t1.em orações para o mesmo fim. Os nos- o.m vez de-scru-Je:i-sc -serà; o na mesma col. 1, tt(). em vez ele -uó$-
sos compatriotas ·dt>\'Pm t:unbem unir as soas orações 1ca-se - or\5. l\a ~g. ). 1. flll. ein ,ez dt-c:Husas-lca-tc -i:Ousos;
e na,. 2 col. 1, li. em .-cz de -concMerar -se - IC~·sc - considerar-se.
:is de todos os seos irmãos cul J. Chrislo; porque olem l'ia llil&· 11. cOI. 2. 1. 6 • .-m Tt• de -,oçismo- lca-se -m,ma, n.:i 1.
da obrigação (JO C temos de or:tr pela cooven;ão dos col. 1. 1, t1t. lea·so -qoc dirigimos: 03 2. col. 1. 8. c111 ,•e1. ilc -ínll<>-
1ofiels, temos a especial de orar pel., da Gram-Breta- lea-se -íructo; na 1. 23. cm •e~ ele -,\p<l\lalo - 1~-se -Aponolo-
na w lra-5e -PiSOt'lro. e na 'J2. lea·u-Arron~o li,. Na pagina 8. col. 1.
nh:I que tanto podia auxiliar com os seos meios e in- 1. S3 tca·~e Clll ,·n de -ornsllâo-avultam. ~
OCHRISTIANISMO.
rr.EÇOO\ scnsc111rç., •o.
{ l'ür ll lU UUIII)•• , , , •••• 8$000.
X
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A•
ASSIGNA·SE:
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J>;ino ~tli~nl:ulu 1 • 1,<•Í$ llll'Z<!S• • •• •• ,. (1$500.
Ire,; ute t<!S ....... 2~SOO.
X l'\a R113 da Cruz n. ena Tipo[!rupbi a
AI ulns.... ........... S2~0 • .,, 1 ti este Jorn31.
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J\ 1111 r c11l 1111l111as 111•r1tc1·, $eJI ~atuol'c,
S. l,uc. e. O. •. !í6.
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nosso bem eterno, tem a Ye1·cladeira-&.-
OCHIR STIAN ISMO. pernnça-chl'isl,, o se u luga r, e i;ua séde,
e n 'isto con, i!--te a virt ucle; porque fasen-
do-nns ver a possibili.dade <le nossa sal-
t
a-E~peran<;a-uma virtude, in- var,i'io. nilo deixn lambem de mostt ar- nos 1
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
·2 ú-s Estewiio. - Eleito em Março c1e que aconteceu? Á tão racional theoria da creaçã·o,
253 e morto a 2 de Agosto de 257. sul>stiluio a tão rom~eira e tão louca thcoria da emana-
ção. Theoria, que dando origem as monstruosas cos-
25-S. SJxto n.-Eleito a 2ú de Agosto mogonias do Egypto, da India, e da Grecia, os ;o_
de 257 e morto à 6 de Agosto de 258. dernos pensadores Alemãts no-la apresentam hoje
(Continào). · · com o-baptismo de-Scicncfo do .d bsotuto; ouáa
Pliilosofi a transcendental.
VII.
O principio creador denominado diversamente
( Co111in11ado cio n.• 2 ).
nas antigas Cosmogonias eh ama-se indifferenterneute
nas ~scholas de Kant, Fichte, Schelling, Hegel, Her-
VI. dcr &:e, o 4ÍJsoiuto, o Unico; o Grftnde-:-Torlo, a
l dta, o Ser, o Eu a'hsoluto, Deus.
D' antes todos os Philosofos que sem theopbo- Este Absoluto, eterno, infinito, immorlal, tem a
bia (*) occupavam-se tia origem do Universo', ler- idea de si mesmo, mas uma idêa ainda muito confusa
min~vam rendendo homenagem e respeito ao facto da pnra que rlle a conceba totalmente. Demasia<!amente
creoçiio: Deus faUou, e tudo cxistio-« (.lue ~yste- curioso, como muito bêm se pode imaginar em saber
ma, diz J. J. Rousseau, que systema tão elevado, tão o que é, e para q11e serve, trabalha por elucidar e de-
consolador, tão subl1me. tão adequado pnra· arrebatar senvolver esta idea, afim de conhecer ao certo tudo o
a alma, e dar principio a virtud"e l que syslema tão lo- que é, o.u aqui!lo que se contem em o seu-Eu-E o
cante, tão luminoso, tão simples, e que menos incom- que r.11. ellc ;> O que fascmos quando procuramos de-
t,rehensibilidades offerece ao C!lpirito humano ; em senvolver uma idea que nos persegue; sendo incans,,_
guanto que so absurdos se encontra em todos os ou- veis cm exboça-la, não raramos senão quando encon-
tros 1 »· tr:mdo a períeila expressão de nossa idea, podemos
E verdade, que então, não se comprehcndia, ro· exclamar: eis-me <'lllfim chegado ao termo, á que as-
1no hoje,-como O roc1cr infinito havia feito existir pirava; eis a essencia, a base de meu pensalllento.
do nada, o Universo; mas era um facto anesladQ pelo Assim lambem, Deus ou o Absoluto, perseguido
.
testemunho divino, e, lambem pela rasão. Ar.redita- pelo desejo de conhecer- se, està eternamente occupa-
va-se pois na Creação, e ninguem corava! e porque? do em dar tratos ao seu pensamento, n se objcctivar
Por(Jue bem presentes tinham est.es dois ;ixiomas emi- çomsigo mesmo~ ou (para usar da linguagem lranscon-
nentemente philosoficos: Uma ;ntelligencin infinita pocl11 <lenlal) l'i se roltócar em fcJcc de si mesmo, ct>mo
fazer muitas ~ousas, que não cabe na . limitadíssima não ellc. f.0 •11 0 é cspirilo, e materia (ao menos em
esphera de uma intclligcncia finita; ao bruto, e não ao quanto ao poder) seu ser inlellcctnal se acha devidlclo
homem compete o privilegio de nada acreditar.. em um;i rnullidão d'i.nlelligencias, e sua unidade ma-
Se a rasão, naturalmente inimiga de mysterios, terial em uma infinidade de substancias sensh•eis.
continuava a joquirir como Deus podia fazer de sêres O que serfl o Universo segunrlo este. systema? É
possiveis seres reacs. e como t-stcs sê,rs podiam ser uma evoluçfto divina, um acto pelo qual o Absoluto se
de Deus. para neus, sem form~r um sõ todo com o desenvolve, e se mánHcsla à sua intclligencia para se
mesmo Deus, respondia-se-lhe: estulta, entra cm U, in\'eolariar.-Os homens n:iosaro, como até hoje teem
examina-te, e em ti mesma acharás phenomenos aoa- tid9 a simplir.idade de o acreditar, lndividuos que
logus :í creação. Todos os dias lua iotelligencia feri- gosam realmente do seu eu pessoal. Seu espirilo não'
da pela idêa d'algum objecto pucamenle possível, por ~ senaQ formas molliplas do espirito infinito: seu
exemplo, de um discurso, de um quadro, de uma cs- corpo, bem como todos os corpos, nada mais é do que
tatua, se apressa a realisa-b jà pela palavra, jà pelo um exaeto modelo da maleria universal. Em uma pa-
pincel, e já pelo buril. Estes ohjectosqne não existem lavra, o genero humano, os animnes, os vegetaes, os
senão para li, não seràm dislincto:. de ti, outros, mtneraes, transformações diversas da essencia divina,
que não a idêa de que sam a expressão, outros, não sam mais do que formulas nns <1uaes Deus procura
c1ue não a intelligeacia que os concebeu, a vonta- contemplar-se, e ler, para assim dizer, o sen--eu.
de que livremente os produsi.u? E ainda r~cusarás Oesgr3çadamente estas formulas, como resulta- •
acreditar, que o Ente Infinito. pelo poder de seu Ver- dos de um primeiro jaclo, sam incomplrtas, e mal re-
~!>· podesse realisar livremente uma parle cios scrês presentam o pensamento divino, d'ondc vem o .conti-
exboçados por sua intelligencia e que ,estes serês
J
nuo trabalho do-escriptor eterno-cm moc1ificar, e
saru d'Elle e por Elle, sem ser Elle ? aperfeiçoar scn thema. As revoluções incessantes do
Esta Pbilosofia Cosmogouica nem por isso é mà mundo moral, e do mundo phisico não tem outro fim
como vemos; mas aos olhos do orgulho, cuja proten- se11ão fezer triamph:ir a irlca dispindo-a de suas an-
ção e fazer ludo, ella tinha a falta impcr<loavol de ligns formas, e dando-lhe uma manifestação mais
haver tudo feito. Tornava-se-lhe pois necessaria uma lata.
sortida. ~ como as bases do o~gulho e a loucura, o Toda ~' destruiçao violenta é 'um progresso.
(*) Tonor excessivo ele. Deu.•, que vcrt11róa a l'as,io.
\
Quando Deus tão de tepente apaga uma phrase ma
'
sonante, é para cm seu logar escrC\'er outra sem com- ~Jas eu conheço em mim um ente cogitante, um Sf'r
paraçao ruilhor. Quem sal>e, se esta não serâ a ulti- abstracto das coisas lcrreoas, nm principio t'lc,·ado
ma, so formando completamente a itlea diviut,, clla de concepções grnncJlosas, que me obriga a Jastimal'-
11ão lmmobillsará clernnmente o-Deus-Universo na me na ruiuha dt•gradação, quando me vejo frente a
contemplaçao de si mesmo. Eis a theoria funda- frente contra as boas maximas d'alguns homens virtuo.
m~ntal do Pantbeismo moderno, ou da PM,losofia sos. Este ente, este ser, este principio, que me falla
trnnsct:nrl ente e 1Jrogressiva. no segredo da conscicncia, ó que eu chamo a minha
T rasão. Erguído por, ellc a um vôo de glorioso alcau·
(Contúwn) cc, como :\ ave que se levanta orgulhosa sobre as ci·
ladas dos homens, encontro-me no momento em que
o e hcfc do gcnero humano, despojado elas insignias
:JIES. ..t».. t!!!iiil Ãi..- --
divinas, que a mão do Omnipote;ute lbc vestira, perda
Exal!ados pela rasão rl Ideia sublime llo Creador. o candor de puresa iolellectual que fôra seu patrimo-
!leolimo-uos orgulhosos cl'esla prlmasia que nos avas-
nio, e caminha alrarez das gerações, corrumpldo e
sala a creação, e ao mesmo tempo, contrist.a-nos ,este
conlinno trnualhar <le instioclos 111aus, que parecem debilit:ulo e dccahido da sua prjmitiva naturesa.
rebaixar o 1t0mcUJ para os habllos gcracs tla nnimali· Livre no circulo de luz que a consr.icncia U1e mar-
ôade ! ca, e a sua propria fraqueza lhe impõe, é a minha
Sahfria cu assim das mãos <lo Deus? l Estas pro- propria rasâo que me explica tre.; dogmas fundameu-
pensões malditas que me fazem perde" o equilibrio tacs do Chrislianismo:
entre o crime e a virtude, quando 111e despenho no A existeuria de Deus;
mal, ser-me-hi:im entalhadas no cspirllo pelo sopro
A creação;
creador, que me dl'U o privilegio de o conhecer?
· Se eu sou o~ffelto corrupto de uma causa pura- E a c1ueda prilllitiva.
se assim brotei damuificaJo e máa do seio de Deus- Firmado na base eterna d·uma ideia-con\'encido
porquc não hei de cu obe<locer à minha rasão, que me dn differença entre o he:u e o mal, pude, s~m ln\'Ocar
aconselha o crime, e à minha naturesa, que me comi· o testemunho d:i Escriptura, nem as decisões huma-
da ao mal? nas ·dos PonllOces, nem os veoernveis canones dos
Feitura de Deus, emanação lia intelligencia iníi· concílios, prei.tar. como philosopho, uma homena-
nita, deverei eu temer que Deus me faça responder
gem li\'rc a Ires dogmas do Chrisllanismo.
pelos crimes que a minba rasão me aconselha ?
-Nãc.
&Jais são cinco os seus dogmas fundamentaes. Se
l~u fol posto aqui na sociedade, com os meus ins- en p1,dor conciliar a minha rnsão com a necessidade
tlnctos irasclvels, nsstm como o Olho da leõa, que me- do ilederoplor, e com o julgamento final, cun·arei o
drou no antro das selYas aíric:inas. F,u e elle que fa- meu joelho perante a cruz da Reclcmpção, e direi com
zemos? Não cumprimos a lei da uaturcsa? Quem pó- o Evangelista: cc Jesus Cbristo era a ,·erclaücira luz, e
de, acima d'uma socicdatlÔc1espola que algema o leão, todo o homem íoi illuruinacto com a sua vinda no mun-
e me castiga a mim, peclir-nos contas de nossos ac- do!» O homem ergueu-se na purosa e cahiu na do·
los? Ninguom. Ba uma lei humana que ousa cohebir-
me a satisfação dos meus :ipelitlls: detesto essa lei, gra~ac;ão. Alterada a sua constiluição primlti11a, as
J>orguc Lenho cm mim uma lei suprema, que t a mi- provas c1uc elle se d11 const:mlemeute d'essa traozição
nha rasi\o. Se alguem tentar reprimir a lei suprema desgraçada s;ío a guerra inquieta que o bem e o mal
da minha naturesa, eu hei-de a ferro e fogo dcsfazcr- pelejam no lutimo elas suas propeosõcs. Deve o ho-
mc d'uma aggrcssão tyranna, que intenta aoniquilal', mem coosiderar·se lrremetlla\elmcnle dcgr:1dado para
pela força, a Llase fun<lamenlal da minha organifação; sempre desse edco puro do seu primeiro dia í> O sol
i;ahi corrupto, mas sabi livre das mãc,s de D~us. O
da inlelligencia infinita, que o fecundoÜ no seio do nada,
Creador que me regenere, se cite tem interesse ern
que cu dê uma esmola a um neccs.silado, com esla
nunca mais lhe luzirá nas trerns do seu exilio? Ê per·
mão que enterra um punhal no seio do meu amigo I dida para o bomem a esperança de regenerar-se, como
Vêde o escorregar d'um delsta llClo dP.sOladeiro Jlara a nor esmaga<)a uru orvalho celeste, que lhe rc-
,1c seus raciocínios 1 \'êdc-o gul:ido pela rasao às verdeça a corotta? i: dizme o genio do mal, que tcn·
bordas d'um abysmo insondavel de amnrguras suas, e tn escurecer o bem com a venda tene1>1·osa da de-
maldições da sociedade, que teve a infelicidade de o sesperança.
nutrir cm seu seio I Não é-responde-me a rasfio, que se levanta im·
Que lh~ vale a cite .1 ideia do Cre:tdor, se entre pniosa entre os dois principios gigantes, qu? rcluctam
Deus o o homem uão existe ruais dllfercnça 11uc entre no meu cspirilo <lebililado pelos hnbilos IUilUS,
moa causa pul'a, que produz um clToito impuro ;> ! ra- Não é-rcspomlc-mc ainda a pbílosophia, que
ra <JUe é ess:1 eterna peleja do bem com o mal, se, marcha com rnagestade e lirmcsa sobre as eternas dc-
escravos d'uma rasüo loviolavel, d'dla pendemos, a ducçõcs d:i ,·erdade.
ell:i nos sujeitamos, como o cor(lO que pende r:1ra o Não é-;brada bem :illo a moral, c1110, em todos
centro da terra, como :1 flor que se .ibre oo ralo calo- os seculos, e cm todas as nações organlsadas, force-
rifico do sol ? ja por crcar leis q~ie premélcm a virtude, e castiguem
~sta rasão que me lisougcia os habitas màus, e me o vicio.
estimula à s:iborea~los, custe o que custar ao mc11 sc- Scparndo, paro todo o sempre, o homem rcpo-
meJbantc,JJão é a r~o quo Deus me deu, como guia. bro e arualdiroado, do rei.Do da justira, o bem ser-Ih&-
...~
_. -~- ,-· ... -
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@ <nt1.nn
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~'JS..fltifJ2ffd W-i &;:?t > 5fdk&r...:..iikitt· i1c'MR1.e
uo ~llJ1i!It~tn<D•
D , . ~ , - . . . ! I K,tt ,-, t11btfVt1Wti &+it
l\
hia uma cbymera, e o mal rasoavolmente deveria ser·
lhe o sco terno 1mperio. Já que o lapso lastimoso do 1;>911m11&fJ.
primeiro homem o condemnàra eternamente, que lhe C:BBAÇÃO.
importam a elle uma virtude escerll, ou um crime re-
cebido com despreso, entre seus irmãos l ? Para que 1• .
er:11u então es~as leis repressivas para as Inclinações
malreiloras, esses llctorf's para o assassino, e essas co • ln prtncipio crcult Dous
roas civi,~as para o bencmerllo da sociedade? ! O sa- ca:lum et 1emm.
crifiçio e.los prasercs renes do homem,.no altar da vir· Ccns1s. C.tr. 1.• V, 1,
tude, ser-lhe-hiam bem pa~osos, sem a coosolação
da propria ,•irtude J Os decantaaos versos de Bocage: Quiz Deus, à sua voz, tirar do nada,
« O premio da virtude é a virtude, Somente em dias seis, o inundo inteiro:
«E castigo do vicio o proprio vicio, Creou o Ceu e a Terra no primeiro,
Seriam entre os homens uma legenda de irrisão Qoiz que a Lua se creasse, e foi creada,
para insculpir no portico d'om hospital de phllo-
No segando formou essa morada
sophos dementes! Fcfü:mente, o poetn deist.,, a mais
Chamada firrunmcuto; e no terceiro,
livre e fogosa e desordenada cabera dos espiritos for·
Por seu poder immenso e verdadeiro,
tes em Portugal. rP,pelia duns maximns, ql.le embria-
A terra dividiu d'agua S(llgada.
gam os incredQlos d'um perfido licor, ao passo que
ensinam o philosopho a edillcar com ell:is o seu rc- No quarto fez brilhar no lirruatnento
duclo de defesa contra a incredualidade. . Dois corpos luminosos, e mandou,
« O homem pratica o nem, com esperança e com
Que ~egessew do tempo o movimento.
« ;ubilo... A sua queda não o arremessou ao fundo do
« abysmo: olio é irremediavel; uma reparação é-lhe· No·quinto aves e peixes sõ creou,
« possível. e principiou desde o dia da sua quéda, por- No sexto deu às feras \'ivo alento,
« qoc desde esse dia llcoo-lhe-a conscioncia dO' br.nt, e De barro a Imagem sua fabricou.
« o esforço voluntario contra o mal.»
A nossa consciencia é 'lºª nos julg:1. Repre-
hendemo-oos. antes qae Deus nos reprchcnda. So·
mos indignos aos nossos proprios olhos, antes de .º ADÃO NO PAR,USO. •
scrn1os na presença de Deus. Se o m:11 não se re-
ceia de uma cooderuaação ulterior, porque lançaremos
uma linha di\ lsor-ia entre clle e o bem 'l Provada a
li.
insensibilidade do bem e do mal nos juízos do Eterno,
com que proveito seremos nos sensiveis ao mal e ao Plan1avcral aotem Domlnus Deos Pa•
bem ?I rodisum vo111ptuls à princlplo , inquo
posult hominem ••.••
A brevidade ela r.xisten~la, a proste;s:i com que
Oi:tlt quoquc Oomlnus Dcm: Non est
aqui murcham as flôres da virtucle, alc:111çad:is com bonum esse homlocm solum, raclam~
sacrificlos, e almegações ,te nossos interess::s, não el adJ01orlum &imite •lbi.
convidariam :liguem a arrastar-se sobre os espinhos da Ct:.. C.tr. 2. V, 7, t 18.
honr~, para legar ao julgamento da posteridade nma
nomeada honrosa.
Depois do Ccu e terra haver crendo
IJa no homem ,•irluoso orna aspiração mcrllorln
para Oeus; nos :lctos transitor.ios d:1 vicia ao tumulo a O Supremo Senhor da immonsidade,
pr<'sciencia <l'um julgamento dlvino, cm que o preço Quiz dar om tesLemuobo d'amisade
da probidade tem um quilate. que na terra é o fal- Ao ente racional de pó formado.
so ouro ela adulação d'um dia. Onde não ha esta •
luz previdênte é nos corações obtluratlos pelo cri- « .\hl tens um jardim. onde cercado
me, e impnssiwels ao remorso, porqoe então os jul- « Oo rructos de exquisltn qualidade
zes da terra são-lhes lntJIITerentes, e a pedra do tu- (I.he disse) <r gosaràs a f'let!tdade
mulo, que tem a força de esmagar um cada ver in-
« Qlle para ti somente hei destinado.
sensível, é como a porta do tribunal divino, fechada
para sempre.
Uasão e coni;ciencla !-13aslarâm estos doas po- « Mas não loques no fruclo prohibldo,
tencias luminosas na minha alma para me re\'ellarem « Que, se a tanto chegar tua ousadia,
os cirreo dogmas fundarnentaes do ChrisUanisruo: << Da negra morte ficaràs vencido !»
Exlsteocia de Oéas;
Creaçiio; ncpols, ,·endo qae o homem so vi\'ia,
Que<l.:i primitiva;
De sua solidão compadecido,
Redempção;
E juizo final. Deu-Jhe.cmfim a mulher por companhia,
C,\ lllLLO CASTEU,ó•BnA:VCt'Y. YtEIR.\ .
( E:Dlr. ) (E~tr),
e 11 ,,. a :uz++ '3!
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
a ..sua caridade. Esmolér-mol' e confessor lutos, senio c.lo-lhc de modelo a regra de
,v
da rainha Joanoa, foi lentndo pelo rei
euce1,lau, cuj~ d-e, 1assidão fosia coo t ras-
te dinmctral com as vil'tn<les de sua mu-
S. Bento- .c os se us l'cligio!-.os i-n tn conhe-
cidos pelo nome do seu fundadol'. D'es-
de o c1·rno se divuJgon a fama de suas
lher, para que lhe r(!vellasse o riue na virtudes, e là u1esmo o fol'am busca r parn
confissão ella lh e di1,i11. O S,wto lhe rc- o PontiHcado, <ligni<laêle qne passados
pelliu como era seu dever, a sacrileg:l, seis mezes resignou para ,oltar ao ermo,
perfida e ioforne proposta; e como ne.: onde môrl'eu no anno de 1:2Dli.
nbumas torturas fossem capascs de u fa- 20. SAs1noo-S. fie1·nardino de Sc-
t.er · prcYnl'icar , o mandou lançar ao na.-Ainda mancebo, deu pl'ovas de sua
rio Moldava, e afogad o, é cootado como piedade, servindo aos infermos no hos-
um Martyr do sigi llo sam·ame111<1 l. No pital de S. Mélria ele Scala, durante um
anno 1 729 foi canomisado pelo papa <lesoln<.lor contagio que alli g,·assa\'a. Ue-
Bento 16. lirado depois para os sulmrbios-, incen-
17. Q uAR'r.\-l'EJR.\-S. Pascboal Ilay- !lantemente pedia a Deus que lbe mostras-
lão-natural da ,·ilia de Torre-Formosa se qual o modo (le vida que se d ev ia ~e-
no Bii-pado de Mon\'iedro na llespanba. gui r , e o rc~ultado foi não clu\'iclarda sua
Er.i pobre, e ciuaodn moço se empregou voca<;fio para a Ordem Serctfica, que effcc-
cm guardai· gado. Aprendendo a ler por tivamente abraçou. Feito pregador foi
sua proprin indn:,; tria, era o c11rido1io le- elle o missionario arrebatador, que, pe1·-
trado do sua a ldêa, defondindo as su;.,., cor1·,•udo varias l'idadfM; ela Italin, as dei-
lu~cs aos rn~tic0s ~eus visinbos, pre:,idin- xava toda., melLoradas de costumes. De-
<lo a se us simpl ices co ntra cto.,, e com- pois de urna vida tão santa e lnbo1·iosa,
pondo-os em ~uas duvidas. Conseguio foi descançar no Ceu pelo meado do se-
depois a ser adruittido em um Convento culo 15.
da Ordem de S. Fruuci.scô, onde ncgoci· 2 l. Do~t1Nao - 5. • depois da Pas-
ou um rico the:'iouro de bens e!.pirituaes, ch oa. - 0.s t rcs dias que se seguem, e que
cnjo goso foi achar no Ceu no anno de precedem a Ascenção , chamam-se das
1692. rogações. A Santa Egrcja determinou no
18. QuJNTA-FEJRA-S. Yenancio-Ain· anno de 5 l 1 que n'e~tes dias SE! cantas-
da mo<;o de 15 annos foi acc11sado romo sem publicamente as Ladafobas dos San-
chril)tào a Antiod10 pre:-idenle de Came- tos afim de que se noi. torne propicio o
rin o: soffreu tudo o que a barbal'idade, Supremo Destribuidordos fructosda terra.
na e!-.perança de !urrar um renegado com
a desesperac;ão, podia inventar. Engana-·
ra m-se porem; sua constaocia e pacicn-
cia, sustent,,<lo pol' c!-peeiaes favorC:, do AtBllAJ\ilA-A missão q1Je os Jesuitas
Ceu, foi a tudo superior; e·, e~n vez de acabam de terminar em Eupen na Prus-
tereµ1 elle., um renegado, lucrou o chris- sia comec,a a produzir o~ milhores fruc-
tianfamo m11ilos convertidos à vi11 ta de tos: to<los os livres pcn~adores d'aqnella
tanto heroísmo, e do modo miraculoso povo~çào foram vbtos á sagrada mesa da
porque clle sobre,·hia a tantos torm en- comunhão. Deus qneira, qu e apartados
tos. O obcecado presidente, não se ren- das erradas sendas que ha muito trilham,
dendo ao milagre de não consumirem as os homens vam coubecenclo que so na
chamas o corpo do nos~o Santo, e de o Egreja do Salvador, existe a anchora da
não devorarem os fc1mintos leões, que, nossa salvação.
lambendo-o, se pro.',lraram por terra, o -O' M. Ad vertiser de Londres foz a
mandou decapitar; e estaodo assim cum- seguinte resenha dos adiantamento.:; do
pridos os de:-ignios de Deu!-;, foi receber a Cat·holici:.,mo em Inglaterra durante o
palma do Martyrio no anno 250. anao pàssndo.
19. SExTA- 'FEm \-S. Pedro Cele.,ti- O anno que acaba de decorrer foi
no-E1;a natural de Esernia, fugiu do tu- mui prospero para o Catlfülicismo, não
multo do mundo para em um ermo se so pelo numero de conver!-õ·e s, senão
entregar todo á contempla<,:âo. Aílluin- ainda pelo angmento de Conventos e
do-lbe companbeil'os, fundou uma con- Egrejns. Não baixam de 25 Egrejas as
grcga<;.ê\O de-religiosos.,"a quem deu esta- que se abriram .em Inglaterra durante o
ultimo anno, cnti·e ellas se contam N. S, de Sua Exc. a ·providencia lhe deparou
das Victorias em Clafon, um convento e rnn a occa!-iào, em que ClCcuh:,mcnte , e
esco la em Brandlord Sq11:1rc, a 1%reja de longe da dd,,de poclesse e,t.capar a lantos
S. .João Evangclislíl, e a de N. S. da Es- punlu~cs, contra o !'iCU Mini:..tro levanta-
lt·ella do ~l.,r em Greenwiclt. Converle- dos. E o lllais a que pode chegal' a des-
1-.nrH.;e a Egreja <lc Homa 42 minil'<tros morali.sac;ão de um povo que se di1, illns-
cl., Egreja Anglicaua-islo em Londres. trado .... e o que ~e deverà julgar d'clle,
Nas p,·ovincias succede o mo~mo-0 Se- se não houverem medidas, que mostre
nhor queira illu111inar a Inglaterra, que ao mundo que o governo de um paiz ci-
tão 1·ebeldc se tem mostrado à uniclad~ vilisado não coadjuva os desvarios dé um
Ci>Lholica ! povo entre o qual nàô Lem segurança in-
Russu. -O Governador das Proyin- dividual um minii,lro extrangeiro, e este
cias do Oanubio tnandou fechar as Egre- . .
CIIJOIStl'O, NuncJO
. Apo~to1·ICO !')!.• ••
jas catbolicas sub o pretexto de manter Rio J\N1~1no-Depois do officio de
OF.
a tranquillida<lc pnblica, d'uncle resultou, Quinta-leira Santa celebrado na CapeUa
que os habitnntes <le uma pequena villa Imperial, 12 pobres cegos foraLD acolhi-
<lo districto de Vahivo tendo contravindo dos po1· S. ~l. o Imperador~ no pnço da
a esta ordem foram denunciados pelos cidade, e lavando-lhes os pl~~, enrceu o
sacerd11Les russos a dd idos ao Estado maior acto da mais completa humildade chris-
<l.o General Luders. e coodemnados a tao, a qual- ainda mnis exaltou alimen-
uma grande mulia, cujo pagament,> re- tando-os por aqnellc <lia. e clan<lo-lheH
cusaram pagar-attcnc;:w- ! Julgados poa· 6m-uma esmola, e um ramo. O
criminosos_, os seus bens foram confisca- E.un, Snr. Bi,po ele Cry~opolis, segundo
dos, e clfos lançados nol:i cnrceres dt! lbrai- o seu Cósiume, esteve servindo a me.e;,,
la. Eis a tollerancia religiosa da Russia, dos pobres, e à noute SS. U\J. arompa-
~ eis u1n completo desmintido a nov'1 re- nhadas por muitas pessoas de di~tin('c.;ão,
surreic;iio empreendida por e!se governo vi:-itaram as Egrejal,.
que ost~ntando-~e-lilho de Dem.-mas- PA1u'-Não teve este anno logat· o
sacra aquelles que o adoram em e.'lpirito e La rn-pés, que lia mais de um seculo se
verdade! ! ... costumava fa1.er pela Ordem Terc2ira.
-No Domingo 7 do corrente teve Jo- Estando tudo prorupto para a celebra~ào
gar no Convento dos Carmelitas d'esta d'esse acto Hio ediíicante de cal'idade e
cidade a fe!'lta da lnveo ção da Santa Cruz,
humildade, foi a Ot·dem Terceira ioti-
com ve!-peras no Sabhado a noute, Missa
so lemne e ~e1·rnão as 7 } horas da rna- madà qne um mini:.tro leigo ou seculal'
nhan. da mesma Ordem, não podia ser o mi-
F..sTAnos-UNrnos-'1onsenbo1· Bedini, nistro competente plua a celebra<;ào <le
~uncio Apostolico nomeado, para a Cor- semilhante acto, por isso que n-; rubrica~
te do Brasil, e encarregado ao mesmo e censoras canooicas exigem que seja um
tempo de uma mi,são para objeclos sacerdote! o qual so pude exercer a~ fun-
ecclesiasticos nos Estadol:i-Uoidos, <: por- ções que oa forma dos rituacs estam
tador de uma carta do Gabinete de Sua annc.xas ao Lava-pé,~. Esta intimac;ào foi
Santidade para o Presidente da Republi- feita pelo llev. Guardião do Convento de
ca. 1.!hegado que foi a New-Yol'k, por um
S. Antonio, avi . . ta de um ofücio de ~ua
milagre escapou de ser victima <lo dese~-
freamcnto d o povo. Em !iOciedadcs se-
Exc. Reno. o Sa·. D. Jo:iê actual Bispo
cretas foi dcciuidn a sua mo1!le, e eleito do Parà.
o assassínio!! ... Este porem, cuja coos-
ciencia lbc desdobrava os horrores de um
tal crime, corumullicou ao Nun cio o n'e - Erratas do n. 2.
gro projecto de cuja e.x.ecuc;ão era o ins- Pag. 8. e. 1. dia 14-onde estn-3.ª - rea-se
trumento, e a recompon.-,a do homem, li. a - Dia 12-om}e eslà-S. Joanna-viu,a-lên-se
qne evita manchar suas mãos no sangue Virgem.
do ·\1inistro do Altíssimo, foi a morte, que
por uro punhal occulto llie tirou a vida! atara11t,ão -Typ, de J. C. 31. da Cunlta To,-res.
Depois de varias tentativas contra a vida nua do~ B_arbeiros ,i, s..
- 1. •
ANNO t Segonda-feira 23 de ~laio de 1854. N. 4.
o·cnRISTIANISMO.
rne:ço 0.1 su11SCn1PÇA'O. lV ! ASSIC:'!A·Sfü
l
l"or um t ru10. ... , .. . , 8SOOO.
• 5~18. nlf'~Cii, • ·' • • • ' 6 S~OO, X V No II ua elo Cruz 11. SO. o na 'l1pogr3t>hiil
1>030 adian1ado
} • 11 . ,. ,u~ted, •••••• 2$800.
\ Avuly,s.. .. • .. • • • • .. .. $740. V 8
l1
d ei;tc Jorn11.
il l
?,011 t•t11I 11nlma, pcrw•, attl safl:111•t ,
S. Luc. e;. !l, •. ~ -
= .. -- ..J"
OCHIRSTIANISM O. VIII,
- Lado morul do Pa11theismo
Frncos co m o nos reco11 hececno.;, n ão
podemo~ d ei xar d e e xulta r pelo brilb a n- O homem n a tural menle ama a ve t·-
tc fach o que yeio illumi na r as columnas dadc, isto é um facto; e para q ue um e r-
clc:He Sc,u a na rio. O Hv. 111º Snr. Conego ro nns ca ptive, é mÍ!>ler q ue clle ampla-
Duu tor Joaquim Pereira Serva d e cuja men te iudi minize o coração das violen-
ca pacidade e conhecim e ntos d ' ha m uito cias, que fez á rasão~
<111e somos tc!'ltem u nllas, veio coadju var- Um syste ma quando se apresenta r e-
nos co m as suas luzes~ e fa ~.e r r aia r as- cheado d e indu c<:ões imm orae.s, e qu e d á
:-im ma is uma esperança animad ora p a ra largas a tod a\\ a~ paixões, é considerado
ós seus red actore,c;. Feiices pois nos r epu- como um bello sy~te ma , e a sua aceita
ta r mo.:; p or poder apt•eseotar o n om e ~ão e certa, ainda que seja u m occeano
d e~te d isliTicto ~foraobense .sellando a d'ab.sU1·dos os principias e m que esl'qbe-
dcfeza da redcmp(_;ão. - lecc a sua base.
Os ~~'ios. cuj o p ensa me nto eslà
ao ni v ,,. o~~\fà~go,
~ )• . . o adopta rà m e as
suas ~q ucnc.i,as, se.o::,.·q~ ao m en os se
inq ~ "rNn c~.lil ati,-·prhb iss.~ ·. Este ~yste-
VII. ma e ~ mryod~ _-slin\ii),. ~ ' es, e pouco
• ( Co111b1uad<.1 do 11.• 3 ), nos - :11 !rQU
.or~taf<1
r tie seJ':i ·a
i.~ ,.., , , .. . -1 '
ou
t,1.:o verdadeiro • .
Aqu . , · t C"" }.>füsono~ } e mora listas,
Se agora nos perguntassem como dir.'1m" _tie ..1.l1eol'.Ía par,, e nca ntar oco-
esté h orrível destcmpf! l'O tem achado na rac;ão, p ~rr~o serà ella conforme
Allemanb a e outros Paize\., bomens, alias com a ra!-fio . 1 111lito não tarrfa rà que a.
de recon h ecido talento, e profund eza de completa coucordia se não ache negocia-
scienda , que o tenham ab1·a<;ado, daría- da, por que a razão fecha os olhos quan-
mos d uM -razões. d o a lte nde as voses do co ração.
A primeim é toda Christa n. -Quan· Nada p oderà ha".er ma is commo<lo
elo um homem educado no ~cio da lur. qne a moral pa ntb eistica. Qu e m o não
evaogelica, ousa e m seu o rgulho re pudi- vê! fazer do boo,em um a parcella do
a r a philos.ophia simples e sublime que - Grande- Todo- , sem personalidade
o Diviol) \le!)lre, Jesus Christo, veio-nos propria, q ue mai11 e do que tirar- lbe to-
e nsina r com o pre~o d e seu san gue , o da a rcsponsc1bilidade de sens actos, di-
Espirito de Deus foge da sua ca beça, e o vi11isar todas as extravaga ncias q ue o seu
espirito da loucu ra r e m o'ell a entroni· espii'ito cria, todo~ os des<·jos qu e n ascem
• za r-se e m virtud e d a lei di vina- Aquel/e <lo seu ro rac;ào , por m ais mon<;ll·uosos
1''e se elevo , se,·à humiihac/o- que sejam ?
A ontra razão do successo das douc- O <1uc o ign ora nte cha m a um m al,
trioas panlbe i:,ticas exige um capitu lo on nm ,,icio, um c rim e, é sempre um be m
paragrafo esptciaJ. n J c:ite systema; pol' que q uer d' u m , q uer
a·outro modo ~empre rcdtmda em pro- o lem sempre soccorrido com tão promr,-
,1eito do -Todo- • tos e eflic.1ses remedios. Mas, peló coo-
O Ah.soluto precbando d'ac<;âo, e ti·a riot o howem não.só não sc1be agra-
movimento para operar suas evolm~ões, decer ao i-cu Creadot'. como até mesmo
ao homem compele coadjuva- lo o me- orn,a levantar a ,·01. contra clle, e a ne-
lhol' que poder, e trabalhar com energia gar me!>mO os benclicios., cp1e d'Elle tem
para dci,tniil' o que exi:-tc, aCim <le ap- recclJi<lo. O homem deveria ser pal'a o
parecer o qne não existe. Se por ventu- seu Creador tanto ou ainda mais agra-
ra na lce o homem com o set1 espirito in- d ecido, como o \'iajante que tendo a in-
c·lioac.lo.fo; vastas e 1wofundas meditações, lilicidade de oaufragãr, agradece àqucl-
diz o Pantbeista, é a -idea religiosa, le que cm tal accasiào o livrou do furor
philosophica, ou politica que n'elle bus- das ondas. Assim que o homem m m
ca tu11a nova ruanjfestat;ào; de que ser- clamar contra a confissão, meio tão efli..
,rem essas tbeorias antiqua~s qne teem c•az, e qne tanto rontribuc p~ra o rccon-
ale ·hoje dominado as intelligencías? cilia r com o seu Creador. E porem for-
Dae-nos cousas novàs, e não vos irnpoi·- çoso confe~sar que o geral elos homens
tei~ que os c~piritos cw·tos e mesquinhos não pensa as~im, i:,.to e, não nega quão
clamem -que e nbsurdo. poderoso seja este meio para a sua recon-
Se o homem é ornado com o estro ciliação. O homem saLio, por exemplo,
poetico, e com o genio das bellas-arles que teme profonar ns cousa!- santas, eri-
ainda é a -idea-que procura uma for- ge em !-.Cll corat;ão um tribunal tievero,
ma desconhecida; e aimla que C!'!ta for- onde chama em juízo as was paixões, e
ma ,·iole todas as regras do bello, ul- as suas virtudes. Cada <lia elle toma con-
traje o pudor ele. pouca importa, diz o la!-i à si tne!'.mo; cada dia interro~a diante
Pantbcista, não vos recuseis à inspi1·a- de Deus suas ncc;õc~, seus negocios, sua$
çào cliviaa ! Se o hemcm acha-se pela d'ispo:,içõcs as mai~ secreta'-; efle não aban-
sua posic;ão social constituido em tal grào dona sua vida ao acaso; cada dia elle ob-
que pm,sa dar um movimento .na ma- serva com cuidado t111al tem "ido as agi-
<p1Íaa politica, não deve liesilar fazei-o, tações do seu espirilo, 01, movimentos do
ainda diz o Panlheu;ta, não obstante seu cora(;ào, os oLjcctos que o tem occu:-
quebra-la. e fazer descer ao tnmulo pado, as erupre!-ias que tem formado; em
milhões de Yictimas; por que se estns o uma palavra elle e.tarnina o detalhe de
maldi ~erem, a hl)manidade que terà sua:. ac<"oes, seus entretenimentos, suas
avançado mn pa!i.~Oo cobrirá de benr,nos?! ! visita!-, ~uas occupa<:ões,suacomida mes-
Que moral ! e não serà uma impu- mo e seus gostos, afim de se cüspor por
clencia existir um codigo penal para re- estas fodagaçoes assídua~ a preencher p
frear os desenvohimenlns do Grande como é preêi-;o, a lei da Cooüssã~, e de
-Todo- da -idea-? ! ! Os Panthe- nada despre!,at· em um negocio em que o
i!,tas que juntem seu6 clamores, e fo<:am sangue de .J. Cbristo é iuteressado. Ei~
desapparecer esse cumulo da barbarida- aqui o que foz cada dia o sabio christão
de, para qne cabindo partida a es- que pen:,;a sinceramente em sua salva<;ào.
pada da justiç,a, não veja a opinião pu- Entl'e outrns muir.a~ vant~gens que
blica no crrme mais de que uma e.i·plosâo traz a confissão uma d'Pllas é-o n!pouso
tro,:rirn da -ldcn- ela conciencia. Quão doce não e it uma
'"' T
alma que gemeo a1gum tempo debaixo
(ConLinun), <la tyrania elo peccado, o tel' uma vez
aberto seu coração e deposto seus tl'istes
se"redo~ no seio d'um conficleote charita-
Algumas rcOexõcs sobre a n
tivo? Ah! quanto mais se d'l' 1t ere a con-
Confissão. fissão dos peccados, muito mais é a agi-
ta<:ão que se ~ente; uma coni-lante ioquie-
Se o J10mem, depois da queda de seu ta<;ão nos opprime até mesmo no meio•
primeiro pay, não ficasse tão fortemen- dos nossos pra1-eres. Traz coml,,igo, lam-
te inclinado para o mal, elle, de certo, bem a confis.,ão a grande e principal van-
melllor saberia agrádecer à Aquelle, que tagem de reconciliar o homem com o seu
depojs de umd tão grande infelicidade Creador. Foi Deus mesmo que quiz:qu~
•
a reconciliação do peccado estivesse liga- as mais degrir<lantcs. Pois se assim acon-
da com a coofü,sào de suas falttts, e Deus tece p,1ra com o corpo, muito mais deve
é o Senbor, que onsarà lhe perguntar: acontcccl' para com a alma, visto que
porque obrastes assim? Nu poder que aquelle acaba, e e5la tem, de na preson-
Elle deo ao, seus Apostolos, cle ligar e <;a <lo seu Crcadur prestar contas de todos
<le~Jigar, està contida a ley que Elle im- os seus actos nesta vida. J . P. s.
põe aos fieis de se descobrir á seus olhos.
Cooo eíl'eito e neccssario con hecer a n~-
tut'esa do crime para poderjulgal' clelles. TABELLl\ CDRONOLOGICA.
O,·a não é possivcl que os Ministros ~a- E
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
ruarlyres, q1 e por loda n parte .;e deixavam t.lcgolnr ~ Admlrnl-vos, quo accusaes a Egrejâ de Intoleran-
coosen·am o cnr:ictcr de doçura, que Jc:;us Christo te, lendo na historia dos donalist;1s a condescendeocla
designa, quando disse aos seus disclpulos: Eu ,·os en- do S, Agostinho: offerecc a sun cauolra só com a. con-
vio como cordeiros no melo dos lobos. dição de abj urarem os seus erros, o se obriga a que
A Egrcja reprova os abusos commetlldos pelos os seus collegas façam o 01esruo. na longo tempo que
s:icerdotes fanalicos, e os olha como csc:indalos. a ~greja teria abraçndo os erros, e so seria uma fan-
Quando os berisiarcas tem excitado sedições, deusta· tasma, se tivesse perdido o espírito de Jesus Chrislo;
do cidades, incPndiando os templos, como na Fr:uu:a porem este espírito faz a sua csseocla, gloria e thesou-
Jlzer:,m os albi9,1ises; O'> pastores lanploraram a auo- ro. Serve-lhe de laz paro desccrnir os erros, de escu-
toridade real para fazer cessar Laes e:tcessos, mas não do para os combater: por elle é que se encontra o
cm razão da crença, que elles seguiam. •
meio de amar os incredulos, e de perseguir com um
A Egreja sabe que so a Dens é que pertence mu- efficaz zelo a incredulidade.
dar o coração, e que domina no nosso pensnmi,nlo: Quando Jesus Christo disse, amai o proximo co-
ora se elle não fórça a nossa vontnde parn adoptar as mo a vós mesmo. não e:cceptuou nem os bereUcos;
verdades evangelicas, clJa não pl>de uzal' de oulra inliei.s nem implos: quando o apostolo disse, que cllc
maneira. · todo era para toJos, não exccptua nlugoero.
Quando s. Poulo, na pessoa de Timolheo, disse n o espírito da ,·ingança, do odlo e dominação. é
todos os pnstures, <1ue com força e nlor rcp'rchendes- opposlo ao esplrilo de Jesus <:brlsto, e por conseqacn-
sem os prev:irlcadores, accrcsccula logo, iu om11i cla ao da Egreja; a inloleraocia diriva-se d'estcs vicios
putientia, com toda a paciencia. No coraçt10, e nas capilaes; cobrem isto co!D o nome do zelo, e eslo zelo
sut,lirncs e1>islolas d'cslc ,\poslolo é qnc se vC o espi- é opposto à sciencla de Dous, ou é uma obslloaçao,
rilo da !Igreja: so respiram caridade, e os peccallorcs que a misericorJla eterna anathematlsa.
se rt:ce11lc111 da sua clemencia. O mesmo so nota na Jesus Christo nos diz, que le pagão e publicano
co11tlucta de S. João, quo chêio de doçura e uocção, aqoelle, que esU\ separ:ido da Rgrcja; mas como ellc
uão cessa de recommendar o amor de Oeus e do pro- solTreu um e outro, taml>eru nós o deve01os sofl'rer•
ximo. M cu~ cttros filh11s, di: ell& aos do svu tem- Não tratamos do foro interno, masso da vida civil, que
po, amai-vos uns uos outros. liga todos os homens.
os ministros d:i Egreja, cm razão da saolidadc Os Apostolos soffriam os judeus e pagãos, e até
de suas fun cções, cstatn muilo acima dos homens or- hallllavam com elles, mas a nova phllosophia nos quer
cliuarios; por isso nao admil'a que alguns pastores, ou persuadir, que a Egreja não tolera nom uos nem ou·
pelo motivo da sua alla dignidade, ou do orgulho, tros; porem c1uem estava mais iustruido <lo espirilo de
creem pocler usar de um amargo 1.clo, para corubalcr Jesus c11risto, os seus tliscipolos, que e~tavam instrui-,
e punir os qut? combalenl a lleligião. Isto originou dos do son ec,pirilo, Lcslemuohas das suas pal:ivrai;, e
im mcnMs 11•111peslades, que por longo tempo agitaram acções, a quem tinha legado o seu leslarufnlo, a sua
a h:i!"ca de PeJro, e geravam no seio da mesma l\ell- paciencla e caridade, ou os que vieram 1,assados se-
gião íuuest:is dh>i~õcs. culos?
Enlíl<> gemiam os bons pastores, e a Egreja nas Podcr~1m dizer, qoe o P..spirito da Egreja enve-
suas colec.t:is, ora('Õe!i e sacrificlos rogavam a Deus lheceu; porem o cêu e a terra allestam a sua lofalibj-
pela paz e concordia. Este rucsmo espirilo anima sem- Jidade. As promessas de Jesus Chrlslo não são falllveis:
pre a Egrejn. No tempo da liga, verdade é, \'ir:11n-se isto é tanto verdade, que desenove seculos tem passa-
proç_issõcs de soldadesca armados, e nlguns sacerdotes do :itravez dos barbaros herislarc;u; sem comludo a
fanaticos, exaltados 1wr um falso zelo; mas não se en- surprehender pelos seus sopbismas, sem temer amea-
controu naquellas multidões nem um so esclarecitlo ças, nem consplraç~es.
Prelado. O foco da liga nfü.> foi gorado no seio da nc- A Egreja dispersa por toda a. terra, sempre teve~
llgião, mas $Ílll no cor:ição da! muilcs srnhores ambi- desde a sua origem, o mesmo bai>tismo. e a. me:,ma
ciosos, dos qoacs se conhecem hem as .s11!1s manobras fc: nada occulta aos seus Olhos, de que lhe faça mys~
cnomcr.. tcrio, nem da sna moral, nem dos seus tlogmas: ex-
Calumninm a Egrcj:i alrozmcnle ele um lal crime. poz o sua crença à face do universo, e por Isso uão
Elia sempre ohedcceu aos sollernnos, e ensina o que podia mud3r nem uma sb letra sem c:toitar de todas
mandou o soberano Legislat.101·, que a dirige e virifica, as partes as mais relevantes reclamações.
que se dê a Cezar o que é de Cezar: se vos não rece- Não pode desnaturallsar o seu cspirilo e ro, se-
berem em uma cidade aonde forois pregar o !!range.. não reunida ou dl~persa: sabo-sc que os bispos levam
lllo, hlt.le para outra p11r1e: e diz a redr(), que cmha- aos concílios as creoçac; das sll!'ls dioce~, o na dis-
i11f,e" pspada, que quem com ferro mata com persão elo concilio, qualquer que tcntns.se contra o
ferro morre dogma, o poro Jogo gritava contra o erro. Saber-se-ia
Os padres da Egrrjo nos lransmilliram estas gran· logo a data e o dia, Pm que a Rgrcja ino,·aS'se: se nos
des verdades, não só oos seus cscriplos, que so respi- primeiros seculos íol tolerante Tiara r.om os incredu-
ram cariJade, mas lambem por brilhantes acções, nã<• Jos, e se tivesse por 3Clos pralíca<lo o conlrario contra
se separnndo jánl!iis da moüeração chrlslã, e perse- esta lei de justiçll, de doçura e caridnde, os seus an-
guindo até ao ultimo baluarte a heresia, porem tra- naes nol-o leriam transmllliclo, e os seas Inimigos al~
tando os que a propagam como irmãos. nos marcariam a paglll:l.
-~
JC:·it'. lt: J_.,
..,..._~..._..i..-
Dlzer-se-ha que arrastada pela torrente dos secn- esse manecho ,•oluptuoso, que se entrrga aos excessos
los e pelJs pai xões, deixou lnlroduzlr este abuzo; po- da dJssolução ! Como esse prodigo, que dissipa lou-
rem não se pode confundir com ns soelcdades humanas camente a herançá de seus pacs, que infelicita, ou
que não tew prlnclplos eslaveis; que nriam s~gundo reduz a miscria a sua fa111illa, e aquellos aquem de11
os soberanos, as circunstancias e 1ogare.~ o ser?
Nlnguem p<Hlc ignorar, que a Egreja clama con- Como esse homem nmbirioso, qno l'Specula com
tra os tormentos iuíllogidos aos incredulos, e sempre a vida e fazenda dos outros, disposto a fazer millla-
aborreceu estes actos violentos, t>rova bem convlcen- res de ,·ictimas, a encher a terra de crimes, e al>o-
te que o Christlanismo não e inloleraole contra as pes· minações. a inundai-a de sangue, a cohril·a de lulo
soas, mas só contra ~s P.rros. e miseria, a sacrílicar II burnanilladc Inteira aos seus
Quei~aru-se injustamente cs cal~nistas, e lulhe- planos d'clevação e grandeza? Como se encara ci.so
raoos, por lhes prohlbfrem nos paizes claristãos o uzo homem, 11ue ardendo cm sctle ue riquezas invndo sa-
publico do seu cuJto, e não serem :idmillidos aos crilegaruenle a propriedad1~, consagrada a Deus, aui-
princlpacs empregos do reiM; porem elles praticam quilla ou profana os monumentos, c1ue a pietlade le-
nos seus reio os o .mesmo a respeito dos christãos. vaolllra p:1ra honra e gloria do seu nome, que conver-
• • * te em utilidade particular o palrimonio tias nações,
que esgota os seus recursos, que estanca as fontes, de
que emana,•a a 1ua prosperidade, que dcrrubn os
DA MORAL CHRISTAN. os estabclecimculos, que consliluiam o sua gran<lesa,
e que eram o brasão da sua gloria, que para le,·au·
A lei do E\'angelbo e uma lei, quo nos obriga a tar coloços de fortuna não <luvh.la a rruiuar milJ1arcs da
um continuado sacrificio: ella m::inda que sujeitemos familias e conduzil-as á mendicidade ?
o nosso espirito a Oeus, e :io de\'cr todas as nossas in- Como !-f> ,nnlia esse orgulhoso, que fez um syste-
clinaçõos. t~;pois, de necessidade íazcl-o por mais rua, cm que con$tlluiu a si mesmo cm llh'lmladc, que
que humilhe o nosso espírito, e solfra vlolencia o nos- poz por dlvisa-:idorae-mc; ou sou tutlo natla existe
so ·coração; é esta uma olirigação, de que oenhuu~ fora de mim, ou tudo o que existe é aboruiuaçao-
christão se pode escusar, de que se segue, que a lei qne não duvidou fazer o processo a todas as eclades e
do Evangelho e um coostrangimcnlo, mas sem isso a todos os seculos, conclemnar II Deus e os bomens.
não era, nem podia ser a norma da nossa cond ucla CJUe proscreveu como inulil a lic:ão da historia, a ex-
e :i regrn dos nossos deveres. periencia de todos os tempos, que aboliu, como io~
O homem lcm paixões, t~de oaluratmente para sensato a carta. porque o mundo se rege ba quasi seis
inclinações viciosas; é de necessidade vtlncel-::is. por mil :rnuos, que não duvidou escarnecer de tudo o quo
que é de necessid:idc sujeitar-nos á lei da ordem, isto fora julgado itwiol.i\·el pelo comwum cousenlimenlo
é a obedecer a Deui:, fazer a sua \'Onlnde por ruais dos homens , pel:is maxlmas d::1 a11llguldade , pela
que contrarie a nossa. Nada cllc tem feilo senão al- sancçào <los legii,ladores, pelo respeito doS- sablos, e
cança esta \'ictoria. pela autoridade dos seculos?
Ê certo que a lei do E,1aogelho é aaslera; não Como se encara esse homem ser·vil, que renuncia
}he escapou a mesma prohiuição dos mãos pensamel!- publica e solemnemente ,\ honra, à conscieucia e á
tos, ou ruins desejos; mas isto que prova? a sua ori- vergonha, que se emancipa Jo obedlencia e sujeição.
gem celeste. Como pode um Oeos mandar outra cou- devida a Deus, e das ol>rigaçõlls, conLrahidas na socíe-
sa, que não seja o que é grande, o que é perfeito dade, para que só escute a voz do itlolo, a qne serve,
e sublime ? t na verdade, cru que consiste a virtude sem que conheça oolra lei, que uão seja o capricho.
se 3 separarmos da grandeza d'alma, das acções il- ou a tirania da i,oa vontade, embora se atropelem as
lustres e do triumfo sobre o vicio ;> l!m todos os tem- leis divhrns e hum:mas, embora trimure a iniquidade.
pos não se julgou sempre digno de respeUo e admi· embora se olfenJa a Deus, e so escautlnlisem os ho-
ração, não recebeu os appl:iusos o homem, qoe teve mens, embora SP. arruinem as familias, e embora se
a coragem de sujeitar as suas pníxões a lei da rasão leve a morte, a confusão e o horror ao seio do estado
e do dovor, e que sahiu triurnfaote dr.sta lut~ ler- e da socictfode ?
rivel ?
~omo se avalia o homem abjeclo e imruortal, para
Corno foi sempre conceituado o homem cobarde-,
quem n:ula é o amor da gloria e o da estima, de\·Jda
(toe fugiu do ·con1bate contra o vicio, e se deixou do-
aos sentimentos nobres. ao desinteresse e ã probida-
minar d'elle? nãn mereceu elle sempre o despreso íl
Os philosophos antigos reconheceram que era de, que senão liga. a idcas moraes, em qoc os interes-
ses materloos saru o tudo a 11ue se propõe, e deseja
mais glorioso vencer-s~ o homem a si mesmo do que
ganhar Ct>rôas. Bllcs celebram como o ultimo remate obter í>
da perfciçao o ,,ator, que combate e vence todos os Como se avnli::1 esse egoista sorditlo e imruundo,
obslaculos da n.i.turesa, a clemencia, que se esquece que tudo materiallsa, como se tudo existisse no estrei-
dos ultrages, a virtude, que lriumfa das mais duras to circulo da vida, que senão iru_1;orta senão de sf,
p-rovas. que escarnece ac; lagrimas d'uns, e Insulta a mi6eria
Qual e o vicio, que nos não desbonra, ou a pai- dos outros, que faz de si o ídolo material, a que sa,,.
~ão, que nos não avilta? Com que olllos se cocara crific.a todos os <le,•cres l>
Como se encara Cl,SC homem, todo occupado cru
cnthesonr:\r os bcn?J da terra, ou <lotado dessa a vare. ~
(~~!9tts().
f,;, que é " turnuto da virtude, oa a raiz de que bro-
t:un lodos os males, scgun,lo a exprcssf10 do aposCo-
lo-rarli.r. omdurn 1111,lo,•um-ou dessa escravidão IV.
de e!plrilo, que nos avill.a, que nos degrada, que nos Aclo vero di~i!.• ln sndorc Yttl·
llts tni 1'CSCl,i is poucm, cto11cc ,·e-
intorpccc, qoe nos faz injui.los, J>aixos o rasteiros, , erlurls in terrom, ele quo sum1>111, :
reprohos para toda a obra .uo:i, que sulfoca, e :ipnga qufa pul\b b; rt ln puhcn:111
tudo o que enobrece o homem, tullo o que íaz gr:lude rucrtc.rl-.
C:1::I'. U1r. IU. 1•. 171 1~.
e lllustrn, que ll'OC,\, 1011:l's as ,·irtndcs pelo <lmor ao
seu Ht{!sooro, pela sul>s\ilni(ão do seu ganho e lnte- Oepois dn culp1 atroz, funesto crime
rt!s.~c Pl'S'itlnl, pela. indilforcu<:a ela mi$eri3 nlhcia, pela Atentação de Lucifer devido,
ap;1thia e inacc:ào para to,lo o que não s1•ja boru, ou Adão. ele seus remorsos combali<lo,
~m vão do ntroz deUelo a dôr exprima:
honra indlri1lual, e por essa. frieza ou lethargo moral,
<1uc, segundo o Evang1•1h,ta, é do tollos os L'Staôos o Acolcrn dívina não se exime,
mais desgraça,to? Como se encara esse viugath•o, qu~ Que Deus, cm seus preceitos offündido,
correndo a poz tl'uma p11ixão Infame sacia nelln co- Não póde pcrdonr, compadecido,
han.lcruentc o seu r:mcor? Como se avalia o ho111crn Dclktos gr&\'CS contra o Ceu sublime.
intlole1llC o c>regniçoso, para quem nacla é o nobreza
dns acc:õcs e o aU1or d;.1 gloria, que consome os seu,; Fulmina-lhe o senhor justa senteni:a,
dl:ts n'uma vergoohoc;a ociosltlsde, que sacrifica os Sentença, !)ela qnal condomu:ulo
seus cte,•cres aos i;eus gostos e comulodidacles pessoaes? A nunca mais gosar sua prcscnçn :
Qoc rcsL.i de toclos estes? a rileZ'l e a iofamia das
Sentença, pela qunl íica fH'iv;:uJo
.111:is acc:-õcs; em ,·cz de louvor. viluprrio, um dcspreso l>o goJo eterno da ventura iwmensa
eterno. E porque t:vcr:im 111113 sorte lam desgraçada? Pr'a 11ual fora no OlUudo destinado.
porqnc for:11u a1,oz da$ suas inclioaçõrs, e se entrega-
s:1111 colrnrdt~mente.ao inimigo; não combateram. e
por isso não merecerrim a corôa de gloria, de que
foll:i o aroslolo na l plstola 2. • a Thimotoo, que sõ
1
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
ANNO1. Segunda-feira 29 de ~laio de 1854. N. 5.
.OCRRISTIANISIO.
V tJ
l'l:l!ÇO 0.1 SüllSCr.tPÇ,1'0.
l'QI' um anuo •••••.. . • s,ooo.
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Pago Glllnu111du ' ,eh 111~i ,.,. •. • ••••• 4~~no. 't,1 X Na 11113 d~ Cru1. 11. ~e. cu) ~·i(IQgr~t•hfa
) • 111:1. ltll!Xll:I •• • • • •• 2SSIIO. 11,
, ,1vuh•» ... ....... . . ... i :•tio. h li d tstc Jo1nal.
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1Yo11 i:e11I <mimas 11<:r1t.-r, ,r1I salt-,in.
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lf3]PíR,i]lt
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dentro oaquellc escuro tl'alma, oude oão chego ore- suprema fclicidadr: « Sois felizes, quando os homens
flexo dos brilhantes arn, los da lcrl'n, e, na verllgcm vos cobrirem de un1lcli<·ões, e perseguirem, e contra
do gosc, gerava o scntlmentô da piedade por css:i \'ÓS, por miuha caus:,, vocifer:irem Lotlo o genero d'af-
porção de êrraturas, que não podiam ; do treme<.l:il da írontas. Alegrai-vos, estremecei de prazer eotáo,
pol>rcsa, allear-se a rebuscar os despcrdlcios dos porque uma grande reco,upeosa ,os é reservada nos
banquetes do afortunado. céus .•. ,>
Era grande o influxo do Chrislianismo na socie~ Esta voz soqu sempre tlos lablos de Christo, co-
dade. Era mais que sublime o seu preceito consólador mo nos dla!t da sua passagem entre os filhos da 1·c-
dos aIDlct~, e nunca inditforente para os mimosós da clcrupção. Não era preciso ao pobre seguir os ,·esti-
fortuna. Era esta tres. vezes santa religião ele Jesus gios tio sangue d' Aquelle, que a dissera; não lhe era
Chrlslo o mãe providcuclal dos lufclizcs, que não re- necessarlo fo lhear~ à tio1·ta do rico, o livro do Senhor,
ceava sentar-se, como um anjo lovisivel, á caõcceira para ensinar~ piedade a corações lnseoslvels: não lhe
da prodiga mesa do abastado, e mostrar-lhe seus .fi- era finalmente Imposto, como ~ondicional d'um plfa
lhos com a face annuvlada pela amarellldão da fome. negrc, de cada dia, renunciar a todas as alegrias deste
E, t:omtudo, o home'm desgraçado é de todos os mundo, para não enjoar com seus esqualidos andra-
tempos. A causa da pobresa tem atravessado as gera· jos a scuslhiliunde repellentc de seu· irmão, coberto
ções, como o scllo da snn degradação. Uru dia, r>o- d'Óuro.
rem, :11n:10bcco na vida nmargoraüa dessa porção des- Quem lhe admiulstrava o pão provitléocial, e n
valido da sociedade. A autora dessç dia é perfumada. palavra symbolic~ JUra.cutrar no reino do céu; quem
e bclla como uuoca a vlram ricos, dourando-lhe as lhe esLendia a w5o, nos grandes al>ysmos do seu lra~
purpuras de seus leitos. o desgraçado, erguendo-se balhoso caminho (>ara a sepultura, era o chamado
de suas 11alhas, para adiantar um dia ma'ls n:t. sua pe.,. por Oe1,1s; era o levita coberto d'uma tunica, pobre
regrioação doloros1, encontra um marco. levantado como a sua; acra o monge, que levantava os ;oelhoi;
entre as torturas do $CU pnssaclo, e a des,•speraçüo do da lago ~lo templo .Para derramar o pão cio corpo, e
seu futuro: encontra uns braços, qne o recebem no o orvalho ela alma nos queridos deJezas Cllristo, que.
seu manto d<,! farrapos; encontra uns lablos, que lhe tles~e o amanhecer, esperavam sentados 1t porta dQ
lêem o seu destino, na fronte, cndc a sociedade lhe mosteiro.
insculpíra um despreso perpetuo... e estes braços, e Um dia o sopro da tempestade apagou a tam-
estes lal>ios eram os Je Jesus Cbristo, que lho diz: pada que brilhava 110 topo do templo: esse farol, <1uo
« Bcma~euturndos os pobres ... beronvcnturados os chamava a si os perdidos n:is voragens deste mar <1a
que sollrem, porque é dclles o reino do céu. » vida, escureceu-o a nuvem d:\ Impiedade, qae lhe
Desde esse momento o pobre pôde levantar os passou por cimn, e os nauíragos, cansados de lactar
olhos enxutos p:ira o cêu, como para o seu thcsouro I contra os veutos encontrados da« Olosoíla » e da « fo-
Não descessem os Neros e osCallgulasas escadas d'ou· me» n'um so dia perderam o faual qoe os chamav:t
ro do seus thronos para deporem suas purpurns nos ao porto de salvamento, e a ancora da fê, que pode-
bombros do. pobre, mal cobertos d'um andrajo fcthlo ! ria, durante a tempestade, conte-los.. . reanima-los
Não viessem do fastígio das glorias terrestres os h y po- na esperança d'um melhor futuro l
crítns d.1s lamurias soci:ics bradar reformas, a favor •A fé I Essa llor, sempre viçosa no coração do
d'uma tribu_ tlt: prolctarlos, que se .issenlara à noite infellz, poderia 1csislir, quando o sopro abN1sador
no limiar da su:i · rossilg:1, vasia de tudo, esperaudo da irreligião lhe dP.sfolha\·a, cm cada desgraça, um!\
que a providtncia do dia seguinte lbe ministrasse um petalfl, cm cada petala uma dessas expansões d'alma ,
bocado de pão incerto I que o desgraçado tem cow Deus 1? O ouvido do In-
O desgraçado tiuha no seu íntimo o rcírigcrio de digente 1>oderia ensnrdeccr á voz do seculo, que co,,-
consolações, que, nesto desterro, não p'>diam tlar-lhe. tlouarncnte lhe bradava: « a tua fl), é uma meollra I
Embora a mão ela fome lhe cerrasse os olhos da face, Neste mundo, unlco po::;sivel, 011ue ha ~ um fa,do pe-
a h,1z da fê brilhava-lhe nos olhos tio espirito, e os sadíssimo uos horubros tio desgraçado, que uão teu\
borisoutcs da esperança cliiata,•am-sc-lhc nessa he- o valor de sacudi-lo!»
rança loOnila, que era suo, quo era a conquista das Estava cliscnliua a rasão do soffrimento. Estava
suas dores, a arvore regada pelas suas lagrimas, o o determinada o nada como complcmen~o cio homem.
tleposilo sagratlo, que, em suas mãos saulisslmas, Esta,·a constiluido o sepnlchro coruo um leito placido
Jes11s Ch risto lhe garantira. d'nm somuo i11íl11ilo. 1•:s1ova, finaltuentc, laorêado o
E Jesus Christo, sentado sobre o seu Lbrono de sulcidlo com a~ ovações da íntrrphlez !
justiça, estendendo sempre a mão da recompensa, e A escola do suiddlo funcclonava, sõ e livre do
alargando coullnuamcnle o con,ção da urisericorclia, embaraços, porque a il!l(\letlado lrancára, as portas do
não cessava de proferir, pela boca sagrad,t do seu re- mo~tciro, donde nflO podia sabir o anjo da salvação
pre;enlante na ter('a, aspa-lavras que proferira no allo p:ira sentar-se ~ sombra da ruorle ao lado do dcscs 4
dadc por essas almas, que cl'aqul partiram, laceradas mo, para quem a caridltde e um:i-palayra Stm sigoi-
pelas agoolas do dr.sespero, para um mundo, oudc a ficai:ão !
mlséricordla do ,rnissiu10 lhes serà tarcli-1 I Compun- C,\ i\llLLO Ci\STEl.l.o-IlnANCO.
ge n meditação nos lauccs lormenlosos, que, sem a (Exir).
consolação d'aJguem, debililaram as forças moraes,
que reagem inccssantemenLe contra a destruição d'a-
quelle que se faz ,·iclim-a do seu braço. Ê pavorosa a ANNO CBRISTÃO.
resolução d'nqueUe que se ::ilira ao sepulchro, alando
com suas proprias mãos o elo, que prende a c:uleia M~IO.
da vida à eternidade dos reprobos I
E não é sõ na taça <la inctlgencia, que muilos 29. SEGUND.l-YErnA, -S. Leão Magno,
desventurados, nestes ullimos mezes, tem tragado o Papa. -DeM·endente de uma da1' pl'imei-
veneno do suiclclio. Vemos que algumas viclimas infelizes rar,;, e m::iis illm,lres Familias da Toscana,
se precipitam nas ontlns,ou nas !ages das ruas. quando foi desde joven ednc·ado em Roma para
não é a fome que lhes perverte a rasão, nem a nudi,z, seguir a vida ec, lesinsliC'a. onde c·ocueçnu
que as cnv<.'rgouha de se olharem postas em especta- de~dc logo a mo:-lrar o tal\!n to de que era
culo de irrisão. Não é a fome, nem a nudez. dotado, talento que tornando-o de uma
E talvez a ,J~flonra-palavra tremenda de im- profunda ...alJt~dori~,, fez rom que l aJ\tO
piedade-que significa um enlace maldito entre a
re~plandçces~e o ~eu Pontifirado.-E:-tan-
pomba e o açor. t1uc te,·e o perversa coragem de des-
do e m França, e fol ecendo n'e:,~e tempo
virlu:tr a sua vicliiua. aponto de arrancar-lhe do co-
l'ação o temor de Deus, e as crenças na eLeroltlade,
o Papa Sixto (no an no de M10) o Clero de
primeiro e derradeiro amparo u'uma pobre mu- Roma parn elle logo voltou os olhos
lbcr ! elegendo-o seu ~ucccssor, eleição que foi
Não Caliguemos a imaginação <lebuxandc, com o approva<la por todo o mnodo Catboli-
sangue d'uma reafülade crut!l, os quadros variadíssi- ro. laçada de heresias, romo então ~e
mos do alheismo pratico. Balsamo, bulsamo para ac·hava a Egreja, o S:rn to Pontifil'P. procu-
tantas chagas ! rou oppôr um dique a todas citas, mas
Ê nccessario que todos os homens de bom cora- onde re~plandereu mai5 0 .;eu zelo na de-
ção se esforcem por destruir esse arrimo, que a im- feza <la Douctrina Cutbolica, foi contra a
moralidade construiu para os desgraçados. É neces- berei,ia dos Eutirhianos, q11e negavam
sarlo que os quu podem se uão recusem a valer ao in- haver em .ksus Cliri:-to dep1 i1. ele !- Ua En-
fortunio, que lhe ergue as mãos. pediudo-lhe um re- carnação, duas naluresas dbtinctas, di vi-
curso. muitas vezes pedido na vespera d'a(fuellc dia n a e hum ana, e con tra Ne~torio que ca-
cm que determina anniqullar-se.
hi o no <' l'rO oppo!,tO dizendo que em Je-
Não haja constrangimento em sondar muitos se-
~us Curi::i\o Laviam duas Pe~soa~. Depois
gredos, que, na escuridadc <l"um solão, elaboram o
veneno do suicídio, depois que o desfallticimento mo-
de ter prest:tdo a Egreja os mais valiosos
ral inen•ou o braço da religião. 11.lja picdado em to- e prestantisi,1mos serviços, foi gosn r da
dos os homens para que a mullrnr, ex.authorada do hernayenluraac:a em 1 O de Novembro de
seu diadema de virgem, não busque cobrir a vergo- li6·1.
nha da face com o vcu pallldo da morte. Yeoba a ca- 30. Trrnç,~-FmRA.-S. Ans"lmo-na-
ridade subsllluir esse sílrcasmo avillador, que con- lural dt> Prelol'ia Aos!a na Jtalia , ba-
0 11
vence pouco e pouco o ioícliz da sua indignidade en- ,·en<lo cu rsado os e!\l u<los <·om o :rprorei-
tre os hoiueus, ate arremessa-lo para fora dcllcs, lamen to e glol'ia de um talento e::x traor-
llando-lhe, como salvo-conducto um punhal, uma dioario, deixou a Palrit1 , e i.e recolheu
Jlislola, um despenh.ideiro, e por fim umo gargalhatla ao moi,teiro Bec·ceo:-e dn Or<l('m d~ S.
sobre o cadavcr. Qu:mllo d'eotrc ,·bs hou\'or u111 ho-
~ento, e a bi, d octf'inado na Tlleologia
mem, que a necessidacle forçou a degradar-se para
por Lanfranio prior do mesmo mosteiro,
um degràu vergonhoso na escala das infamias, não-o
professou a vida rnonastir~1 aos 27 annO!S
apupeis, como a 0111 maldito. porque o Senhor das
mise,·icordfas não delt.'gon em vi>s a vara do poder.. O
de edade. Trao:-ferfrlo Lanfranio para
homem, assim lacerado pi!las alfrontas d' uma socie- ALbi'ldc d<, moi-teiro Cadomeme, succe-
datlo inexoravel; a mulher assim rcpeUida pelos mo- deu-lbe Ani,elmo em seu em prego de
tejos d'uma sociedade bypocritamen~e ciosa das suas Prior. Morto llerluino, succecleu- lhe em
puresas, n:10 é jà um ~ulcida, quando se lauça nos Abbade do m o!<.teiro; e por morte de
braços da morte: é um assassioio da sociedade. E l..an fra~i o, qu.- <lo mosteiro Cac1omense
quando os princípios da irreligião procuram acober- ha\ ia !'>id,, tirado para rt>ger a Egrttja Me-
tar-se n•um véu hypocrita d'estremado pudor e hon- tropolitana de Cantuaria, surcedeu-lbe
radez, o suicidio é a c.lerradclra cof)scquencia doalbeis- tambe·m n ?e :,le aroebjspado. Em defesa
-
elos direilos <la Egrejn, que o rei ,,.ilhel-
mo queria usurpar, foi enmpellido a emi-
l!JG.MT EW~ W ZUJC!Si
grar; porem depois que e1,te morreu e forente:; pruriucias <lo iiu perio Homano,
lhe succe<leu se u irmtio lfcnl'ique, foi e só á voz de Pc<lro$ccon verteram 3,000,
d1Ztmado e reslilui<lo ft sua ~é co m gra n- não podendo re~bti1· à unc:ão <.! sabedoria
de con ten tamen Lo de tudos. Suas obri- co m que lh es foliara, cx pr~s.sando-se e m
gaçôes pasloraes, e excrdcios espidtuacs, Lodas as línguas, e scnclu ai.e nlli conhe-
ainda lhe <leixaram tempo pal'a nos tra us- cido pot· u1n 1·ustico, itliota e velho pes-
millÍI' o fructo de sua va5ta eru<li<'ào cm cador.
algumas obras que nos <lei..rnu. ~Jorreu
cm Ca utnaria no anno i 100.
3 1. QuutTFFEffi.\, -S. Fiel de Sama-
rioga-que e urn a tilla da Suevia; ha-
vendo-se formado em direito canonico e Pn~~çi..-Entre os ~coíitos qu c foram
civil na uni versi<la<lc de Friburgo, <leu-se ~on{jnnados em Pari1. n ~l Cr,pella de N.
à rida de atl rogado; porem conhecendo ~. de Sião, notou-se aJ..,l'aclita Siona Lc-
os riscos que.corre aqui a snlvac;ào, pro· vy nctriz dilitiricta do Tlleall'o francez.
f~sou a Yida reli giosa na Ordem dos Ir- Um seu ir roão arti~la distincto, lendo a
mãos Menores Capuchinhos. A \'it'lude Bíblia pela primeira vez foi to<:àdo eh\
<1uc DO ·meio 1nesruo dos tumulto:; do gn1<:a, e tomoU-:$C o Apo~tolo de ma fa-
mundo conservou sempl'e illibada, foi no milia, provando corn o sagrauo li vro na
ª"Y'º do claustro medrando ordinaria- mão, que no CLrbt iau ismo se achavam
mente. A1·dcodo no de~ejo de soífrer o realisudns todas as profl'<:ia~ do Testa-
martyl'io em teslemunho da fé, que tão men lo Velho. Hecel>eu o Baplismo eni
,iva e pura elle tinha , se lhe proporcio- N. S. ele Sião aoncle se havia instrui<lo
nou esta gloria , morren<lo ás mãos dos antecjpa<lamente nus dogmas da noi,sa
hereges que tra çoeiramente o com•i<la- religifio, e pouco depois en trou em um
l'am à prega r, estan<lo ele rnissão em Se- Collegio para se habilitar pa t'a o saccr-
visio na Rbecia , DO aono de 1622. docio. Sua irmã foi ter com o sacerdote
direC'lor do Joven ch ri:-1 liio para lhe pedir
JlJXHO. que a ajndas!ic a dissuadi-lo da Hia ull i-
ma re$olu~ão, e illuminnda por aquclla
1. Qum1'A-rimu.-Dia oíctava rio ela luz que tocara -,eu irmão l'Cconheceu cm
.
Assenrão de Jesus Cbristo Senhor Nosso J esus CliPi lo o promeuido Mes,ias. Foi
r<'generada n as:,ao la~ aguns do bap ti.smo
"ºs Ceus.
pelo celebl'e P. llath,bona, da sociedade
2. SEXTA-FmM-S. Stanisluu-Abrn-
çundo a vida mooastica, e in~truindo-!iC de Jrsus, que tão rnilagrosameale largoll
nos sagracbs Canones, foi ti rn<lo pa ra Co- o Judaismo para se turnal' um. rigo roso
nego de Cracovia, e ultimamente por athlela da religião elo Crntilicatlo. Asse-
gura-se que a Jov-en cbri~tã , logo que
mol'te de Lampcrto, foi eleito se•1 ~ur-
cessor em Bispo cfa mesmo cidade. lfo· termi.oc o tempo de suas (:1,criplltri\s irá
prebendenclo com franque1.0 o rei Boles- recolher-se a um Cooycnto.
l au de sua esc:1 nd.ilosa incontinen<:ia, in- Ponroci1r..-O Governo apprôvou poL· .
corre11 em seu odio; e procurando pri- uma Carta regia ao Exm. Sr. Arcebis-
meira mente desacredita-lo com cn l11m- po-Jfo,po Cond e para que definitivamente
nias, por ultim;> o mnndou matar, rnere·- julgasse da extinc<;ào das Collegiada~ exis-
cendo assim ser contado enlre os Marty- ten tes em Coimbra; S. Exc. recebida a
res da Egreja. · Carta regia , publicou logo a sen tença da
3. SAnnADo-Vigilia ou Vespera do ex tin c,;ão, e !,upre~ão das Collegiadas do
dia de Pontcco~tes. Bispado, sendo os seus Lens anncxados
li. DoJn~co - De Pontecostcs. - A aos- do Sem-inario, e b-em assim reduzidos
descida do Espírito Santo sohrc os Apos- ':
Jos (que e justamen.te o que a Egreja co- e comu nta<los os encargos pios.
m emora) cuin,·idiu com a festividade dos
Judeus as~im chamada, i, é, a festa do JJaranftão -Typ. de J. e . .11. d<í. c1mlu1 Torres,
quinquago~imo dia depois da Paschoa. Rua dos Bar.beiros n. -S.
..
Segunda-feira 5 de Joullode I 854.
0
A~~O1. N. 6.
D~CHRISTIANISMO.
q
rnF.c,o 01 suuscnirÇ.\'O.
l'or um 1 11110••••••••• s,ooo. f
X
t
d ,\:i.'>IC::.A·SE:
l'i:1 llun 113 Cru,. n, 30. e na 'f lpograpW•
o •
l
Pa"o adlantgdo . • s.:i> m,•z,'ll, • • .. • • • ~$.\OO.
11 t7, ll\07,t$, •••••• 2$1100.
AI ufso)s.. • • • • • • .. .. • .. $2/j1), X ..\: tlcSlt, JútMI.
i
fl
\ !111 l'tlil nnlm11~ 11t 1·dert $fd ,ai MI,,
s. Luc. e. !l. ç. :-,o.
- - -- ~ - ---=-:::::;_ - ~-----:- -
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
130.-ilr;ttpito ·~·-Eleito em Março de ao seu estabelecimen to, e qne sua sf~·dou-
9[1.6, é morto em fins de 955~gover- trina teve de le.rnr de rojo para que fi-
nou a Egreja p·or espaço de 8 annos. casse vencedora, e fosse a reli 0 iào uni-
131.-.J'oão xu. -Eleilo em 955 ou versal. Consi<lel'emos em prirnciro logar.
956, e morto em 1 á de Maio de 96lt. as.seitas que então dividiam aos judeos, e
132. -Bcnetlieto V.-Eleito em Maio de depois os grandes prejuízos que reina-
96!i, e morto em exilio a 5 de Julbo vam por toda a parte.
de 965. O e'lpi11ito de dissenção, e de revoltar,
-Leão VIJI,-~e a demissão de Bene- que se havia espalhado por toda a Judea
dicto foi vercladeira-occupou a · S. no tempo dos Asmonianos, e de H~l'Odes,
Sé por espaço de 10 rnezes, morren- segundo nos parece, foi o primeiro e
do cm Abril de 965. mais fol'te obstaculo, quo retardou a mar-
153.-.Joiio XIll -Eleito no 1. de Ou-
0
0
che) da sublime e santa doutrina de Je-
t ubro de 965, e mo1·to a 5 ou 6 de sus-Cbrbto. Em verdade, que demais
~etembro de 972. opposto e contrat'io a uma religião que
13[1.--BenctUeto ' 'I,-Eleito em 972, sendo de paz, n' um tempo de discordias
e morto em prisão em 97 /.i. e de Liostilidades, prega o amu1· a todos
155..-Doiaus 11,-Eleito e mo1·to 97ú. em geral, a obediencía aós Soberanos, e
136.-Beueclieto ' '11° -Eleito DOS fins que prescreve aos homens, que conside-
de 97ll, ou nos principios de 775, e rem-se como irmãos, como filhos de um
morto a 1Ode Julho de 983- gover- mesmo pae, e de hum mesmo Deos ?
nou 8 annos. Devia por ventura esperai·, que tão pro-
13 7. -João XIV ·-Eleito em Novem hrn digioso numero de homens, que ranco-
de 983, e murlo em prisão a 20 de rosamente se odiavam e comLatiam uns
Ago~to de 98ú. aos outl'Os; que os Phal'iseos, os Sad-
-João xv.-ContadO'somente para ser-
duceos, e os Essenios, que existiam, na
maior , e mais ignomiosa dissenção ,
os
vir de numero entre Papas de seu
abraçassem-se, e de&;em-se, reciproca·-
nome.
mente, as mãos, esquecessem e despre-
138. -.João. x,rI,-Elcito em Julho de
sassem os letigios, deixassem suas opi-
980, e morto em 995. niões, para virem-se submetter á uma
139-Grcgoa•lo ' ' ·-Eleito a 3 de Maio de autoridade, que condemnava-os igual-
996, e morto em li de Fevereiro de 999 mente, e, a todos os momentos, repre-
140.-Slh·cstrelI-Eleito em 2 d'Abril henclia-os, em todas as occasiões que se
de 999, e morto a U de \faio de 1003. apresentavam, eem qualquer parte onde
1á1.-.Joiio X'l'U,-Eleito em 13 de Ju- se acbavé\m reunidos? Era, alem disto,
nho de 1003, e morto em 31 de ~u- possivel de~truil' e ar.ahat·, sem grande
tubro do mesmo annó. força de razões e de' verdades, com pre-
1á2.-.João X'\'111,-Eleito a 26 de De- j uisos invetern<los e arreigados em todos
zembro de 1003 e abdicou em Maio os cora<;ões, transmitticlu8 <le pae a fillios,
de 1009. de gera<;áo a geração, e de mais a mais
1[i3. -Sea·r;lo n '. - Eleito entre 17 de sustentados, e mais inraiiados- ainda, por
Junho ou 2ú. d'Agosto de 1009, e tantas <lesputa!,, por tantas guerras? ...
morto antes de 6 de .Julho de 1012. Observemos a natureza humana, e ahi
1lt4-Benédlcto , )111,-Eleilo depois de vere·mos, que ella, a proporc:ão que lut-
6 de Julho d.e 1012, e morto nos ta, e combate mais e mais se consolida
fins de Julho ele 102ú-regeu a Egre- em suas opiniões, e se a{ferra aos seus
ja por espaço de 12 ann,;,s. erro~, uma vez que a paixão, ei-te ter-
(Cc1111t1111a) rivcl movei, a tinhét' impellido para là
onde não exi.,te a verdade; porque então
Co118lderaçõe8 ,:;eracs so1trc os obstnculofõl, a logica só serve pa1·a encadear uns aos
1111e 111e 01•1•os~,1·a1n t\.t> e8tRIJellcci1ne11to
do Cl1rh1,1aalsmo, outros uma longa serie de erros. Não
Para apreciarmos judiciosümente a somente o cbri<;tianismo encontrou ohs-
propagac;ão milag.ros, da religiã.o cbristã, taculos em todas as opinioes, que domi-
convem necessanamente cons1deror os navam naquelle tempo, e que absolviam
innumeros obstaculos, que se opposeram , 6S espiritos, como tambem no cal'.acter
<los que as abraçavam: achou obsta~ulo riaes, segundo a sua ambição; imagina-
no desregl'a<lo orgulho elos Phariseos, vam um homem e.xlraordinario e omni-
qnc queriam governar toclo o povo, e potente, enviado por Deos para os tÍL'ar
mesmo o re i: achou obstaculo na ceguei- ela escravi,dão, da oppre$sào dos gentios,
ra dos Sadduceos, crue obstinadame~te e estender por todo a orbe o seu imperio,
negavam as maioL·es·ver.da<les: achou, fi- e nome, e que os foc npletassc de toda a
n almente, fortíssimo obstaculo no dcsa r- sorte de riquezas e bens tempot·aes. Es-
s:Qsoavel enthusiasmo dos Essenios, que tes prejuizoi; lisongeavam summamente o
nada ,presando acima de sua infame dou- seu amor pt·oprio a ponto de não verem
trina, julgavam-se emporcalhar, e cahir mais as b-umiliaçõesdo Messias, ou expli-
de sua dignidade, comrnunicc1 ndo as ou- carem-nas em sentido ínvet·so e figurado.
tras seitas. Tambern tinha sidq dito, q1.rn clles veriam
Alem disto, era preciso que o povo sem vel'_, que intenderfam sem compre-
abandonasse o cülto outt·'ora estau.eleci- bencler, que ouviriam se m ouvir, e que
do, e f undauo ,por tantos prodígios e rui- um n ovo povo, outr'ora infiel, entraria
Jagrcs, pot· tantos sabios e propbeta~; em a nova.e eterna alian ça. Niio foi senão
abandonasse ou rê nunciasse a qualida<le isto, que fel-os desconuecer e negar o Mes-
·privativa de povo escolhido; se confun- sias em Jesu-Christo pobre, despresado,
disse com os gen tios, que odiavam; e ti- injuriad o , desconhecido, sem esplen-
vesse com elles um mesmo Deus , um d or-, nem força, e nem poder temporal.
{Ct•nlitma)
mesmo culto, uma mesma rnligião, for-
- -s.-c~-
masse uma mesm a sociedade, um mes-
·mo co1·po: - o corpo dos fi eis. Cor-
~m~ oo,@ ~1lIT5ffi\j1J ® @mm ~
( Co,11i11Unç,10 ,lo 11,• h),
,tamente era isto novicl.udes com as qnaes
O Catbolioismo, é sem duvida cl'e ntrc
a indttle ·e ed.ucação do puyo hebreu
todos os meios apresentados ao homeID,
jà mais se podiam acostumar. Tambem
aquelle ·que com mais facHidade, e com
não era rn enor obstaculo ao estabeleci-
,toda a certesa ó p nde fazer tocar ao fim
mento ·e prog resso do Christiauisrno a
p a ra que foi creado--e urna prova é a
ideia fa l~..a , q11e muitosfasiam do Enviado
soa existenuia sempre progre!,siva não
<lo Senhor. ,, erdade é que esperavam o
obstante os milharcsd'obstaculos com que
Nles!-ias, e anciosame.nle, e qne tendo tem se mpre lutado. Seu cu lto, :;eus mo-
conhecimento dellc o d~viam. ter reco-
numento!-, e seus dogmas ainda exbalam
·nhecido em Jesus Cbristo, que veio sob
um não sei q ue de infinito que bem de-
todas as formas preditas p elos grandes
monstram que elle não é oLra do!i h o-
prophe tas. Com effeito, elJe,:; não igno-
mens.
1·avam , que o ~Jessias n a:scerfa da tribu de
Popularisem , os Srs. Pantheistas
.Ju<là , d a familia do Rei D:nid, e em Bc-
ql.Énto poderem e qui<ierem os seus bel-
thlem; não ignorava'm, que elle teria um
los princípios; iclentiíiqnem-se a seu bel-
precursor, que sua Yinda seria occulta e
prase1· com o Grande-Todo, que lhes
desconhecida, que viviria elcrnamente, promettemos, que tempo lia ver,\ em que
faria milagres a té então não vistos, e ou-
a uumaoidade lhe., for.'1 a vontade, for-
t1·as muitas circuustancias que Iodas com
mando a unidade . ..• mas ha-de sei· no
exaação cumpl'iram--;e na pei.soa do nos!io ·tumulo !
Salvador. Mas de outro lado, liam nas Solu f';io ,da ~ataco.
Escripluras, ·e achavam o Messias, ao mes- Se os Atheus raciocin:nn·, o gene1·0
mo Lempo, Deos e hom e m, Senbor e burnano está louco; porque entre o DLL-
.sel'\'O, grand.e re peqne no, ' Rei e sabclilo ,
-tn ero iofinito -d e po vos que habitam, e
rico e pob,,e, poderoso ~ sem força, su- habitaram o nosso planeta, um só não
geito a morte . .e vencedor da morte; e Louve, e não ba, d esde os mais civilisa-
e6tas misteriosas ideias Iã o g1·and io1ms, <los até aos mais se i vagens que não Lenham
como que se conlra-<lizendo, cm apa ren- reconhecido, e reconhe<;,am uma Divin-
cia, occultavam e co bria m aos scm1oluos d ade.
o verdadeiro sentido dos prnph etas. As- Para se livrarem, os Atheus, de um
-sim, pois, o maior numcco d os judeos, tão forlc argumen..t,p o que fisr ram P De-
ou quasi todos, imaginaYam um ~l e~sins pois de terem esq?adrinhado bem tanto
segundo ó : seu arbítrio e int~resses m ate- , .u.Ju como outro h enii,p beri~ ptwa ,ver?
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
11> <lÜ!l mll~~:ftl~~T!t1W@o
I d4 lf 8 0 ' f i r r Q S & t : D ~ ~~ SW?!.f~ffi!tí L@t!EiZCZ
e existia algum povo sem tal ci-ença, o que fe.i ? aganou-se n um r.osario, se
afinal, .como Ganimedes, excla.inaram- provou durante o tempo da tempestade,
invenimus. invenimus ! ... -A iniciativa que eJle sabia perfeitamente oPacl,:a nos·
d'esta cxtravagançia com todo direito ·soe A ve J}fm·ia ! Cabanls, que jurava ,pot•
pertence ao paiz das gl'nndes descober- sua cabeça, e pecante toda a Academia,
tas. So um espírito ioglez era capaz de que naõ havia iD ens, ·Cabanis confessava
conceber nutn tal projecto l !. .. que o Atheismo é contrario as impressões
Roberto Owen 1·eunio lia perto de directns, inevi ta veis, quotidianas, e ao
friata annos setecentos a oitoc~nlos indi- ,clamor uni-versai e constante de toda a
viduas de arpJ:>os os sexos.,. bastantes ar- naturesa (a).
raigados no Athei~mo para que não trans- Os Sahios do secu]o p. passado de---
mittissem a seus filhos a idea de ,Deus. rnm muita imporLancia ao Atheismo '
Escolheu um yasto ten1torio nos E3tados- hoje po1·em a unira arma mais rasoavel
Unidos, tra çou o·plano de uma pequena .. que.contra elles se pcrde empr;egar, e que
Cidade a que chamou -Nova-Hanno- mais o pode convencer é o despreso e
nia-e os fez jura1· permanecerem üeis· o rediculo; po1· quanto estamos comple-
unicamente as leis de sua Mãe, a Nature- tamente convencidos de que naõ existe
za, exhortando-os todavia á cultura das um só Atheu que o seja de boa fé.
artes industriaes, e a conservarem o ba- Que tenham havido, e ainda hoie exis·
J)ilo de andarem sobre os dois pés. afim tam entes bastante impudentes, que di-
de que ninguem poclesse ~luridm· de que gam, e escrevam att'.•, que o .h .imem é
eram homens ! Hecommendou-lbes prin- .1 obra do accasó. uma producçaõ esponta·-
cipalmente baoi1· de uma vez de sew, co- nea da naturesa .etc é am facto; mas que
rnc;ões a ·idea de um Ser Supremo; me- hajam outros tantos estupidos que o acre-
cliantc o que, por fé d' Atlieu, tocariam ditem, é o que naõ podemos conceder.
mn oO'ráo de felicic.lacle tal, q11t! o Universo O que pensa.riamos <l'aque.Jle que a
invejoso renunciaria a Religião, o Casa- vista de um bello quadro de ·íla phael, ot1
mento,. e a •propriedade particular-a de qualquer outro primor d'arte dicesse
mnis lwrrivel b ·indade de flagelos que pode com toda a singeleza - Como e rica a
pesar sobre a lwuutnidacle. Natureza em producç<1es ! Qüe feliz ac-
O tempo porem fez com que tão bel- caso, foi o que trac,ou n'este quadro for-
1as espcl'érnças não cliegassem a rea1idaclc. mas taõ divinamente trabalhadas ?! Cer-
N,ío sabem<ls que (Ia-gelo ou praga n5o ·tamenle que lamenlariamos a sua igno-
compreendida na horrivel trrnclade lan- rnncia. Outrn tanto, e um mi)baõ.de ve-
çou n d i~truiçaõ nos-Novos-lla,·monis- zes ainda m ais devemos lamentar aque.1-
tas-; po1· quanto d'escle então alé hoje Jes que attribuern a nossa exis tencia a
não mai5 se occoparam d 'elles, voltando obrn do àccaso; por <pianto ba incompa-
cnbiz-haixo pa1·a Inglaterra, o que tinha l'avelmente mnior for<,:a de intelligencia
empreendido semilbante projecto. Alem na formaçaõ, jà naõ diremos, de nosso
de que desuece:;saria era tal experiencia corpo, mas de nm cabello de nossa cabe ...
para termos conhecimento de qne os ça, do que no mai8 bem· ~cabado quadro
Atheus se multiplicam por inocnlfl<:ão, e do melhor artista. Existem no mundo
naõ por geraçaõ; e a oporaçaõ é bem sim- mais de cem Artistas capa.ses ele repre~en-
ples: porque p:11·a sei· Atheu o que e pre- tar em um quadro o m::iis perfeitnmente
ciso? Entorpecer de tal modo a consci- possível, qualquer individuo; mas· qual
encia, que o homem naõ po,;sa cogitar, d'clles aos farà um cabello? A naturesa
sem que a sua consciencia lhe brade co- nos fornece as diversas substancias, que"
mo um scntinclla-Acautella-te, se eKis- analyse tem descoberto n'e1,te fio taõ del-
te um Deus! ..• gado, ~ que.. orna o nosso corpo, o que
Mas qué\ntas e quantas vezes naõ . te- falta pois é combina-las mas-hoc opus
mo~ visto Atbeus d'este genero deixar-se hie labor est-!. .. o que prova que temos
levac pelo prejui.~o 1111i,•e1·:rnt ! Vanini, tantas demonstrac;.õ es de que existe uma
quando se achou diante da fogueira, que intelligencia superior ao homem, quan-
e:i..pressões pronunciâl'am os seus labios ? . tos sam os cabellos que po.ssuimos em
Ah meu Deus !-Volney, ql1anclo via a nossas cabeças !
morte diante ele si nas costas d't\mcrica, •n~.
(3) Ved. sul C.1r1:1
.
se!Jvc as ca u sas llrima ri:ls, 11ubflcadn por ã,i.
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
Seobor tambem morreste, e as tuas lagrimas
N'cssa noite cm que tu oraste cm vão,
Do sag1·ado Olivetc. ale à aurora,
Cal:iram pelo chão! A~ & )IJ.Rt,\, C81TII, PL&'IL
Da c1·uz d'ondc sondaste o grão mystcrio Salve I Rai~lia dos ceus, astro da terra;
Viste o pranto correr da virgem pura, No mar da vida bonançosa estreita
Em luto a naturesa, e tu legando D•eterna loZ!
Teu corpo à sepultura. l\lãP complssiva, sêde nosso auxilfo,
Ao triste peccador, Jesus, permillo Pelos trances da rn,;sa magoa intensa
Seu suspiro exllalar sol>rc o teu seio, De ao r,ó da Cru2.
De mim te lcml>ra então, tu, que da morte Vida inelfavel, de delicias santo,
Não llvcc;te receio. Que és nossa esperança, nosso goso eterno
Quero o sitio buscar, onde ex11lraute La no porvir;
Sua bocca soltou o extremo adeuc;, Os nossos brados, e suspiros d'alma
Sou'spirito guiàra d'ali mloh'alma . De Deus ao throno tia gloria iníluda
Aos pôs do mesmo Deus. Fatel sul.lir.
Ah 1 \•enha, cotão um ente-amigo,
Vossos olhos do mãe, olhos piedosos
Como anjo de amõr triste, e magoado,
Aos degradados neste amargo exllo
Em soluços colhP.r-me sobre os lablos
Volvei clem~ote;
O preciso legado I
Seífe o lbesouro de infinitas graças,
Consolação e :irrimo ao moribundo,
Que em nós derrame com celestes bençãos
Amor puro e esperanças consagraudo,
O Omnipot,cnte.
Vae, ó saoto penhor, dos (JU'inua ficam
De mão cm mão pas:.ando I Do amndo filho vosso, a nugusta face
Fc que, dos mortos allulndo a abobada, Nesse da mor<c amargurado dia
Settc vezes a luba dê signal, Nos amostrai;
E acorde os que da cruz à sombra dormem Fazei que a luz do céu nos illumine;
O somno sepulcbral I Quando as trevas da morto a ni>s descerem,
p. Por nós rogai.
(Fxtr.) Ã . de Ta~ares.
~t,:,,-
'~ , ,
~ ' 9 \ A l ka ~ ~
. , ..•
~
JBJPJB1f,
ANNO 1. Segunda-feira 12 de Junho de 1854
OCHRISTIANISMO.
rtuiço IH sunscn1PC, .\'O. X ; ASSlC:'IA·SE:
l'or um ,1111u., .... , .• l!SOOO, V l ~) llua lla Crnz;. n, 3e.
l
e na 'l'lpogra11llla
P~go o1J'a1.11at10 • ,,..1. ,111•l.e$ .. .. ... 4i500, V
1
• h'tt. lll~l.t,., ••.••• 2S,SOO.
Aruis,,,............... :,240.
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u a Ileste Jornal.
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A
,, 0,1 rc11I 1111lnuu perde,·t sril saloare.
S. Luc. e. ,. v. CIO.
Davicl, que SA alegrava tanto con:i o seu ,lo8 Sol,ernuos Ponilflees caoc tlf'flcle o rs•
taboleelnaeuto clR t;a;rf'JR até laoJe teena
bem e augmento, como se fôra seu pro- oceup,ulo R CRclelra ,le Roma., e dos
prio. Ainda mais nota S. Agostinho (5) A.11,l•PnpR@I •1oe d'ettde eutiío 11,é laoje
teena RftpRreeldo.
dizendo que : a-Caridade-e o amor
faz seu o bem alheio, não de~pojando a { Co11ti1iuação elo ,i, 6.)
uinguem d'elle, mais que com o glori- 145. -.João XIX.-Eleito em 102ú ou
ar-se, e regosijar-se com ellc. 1025, e morto em Maio de·1033.
Por ci:itc modo devemos ficar con- 1á6. -Beuedleto IX.-Eleito em 1033,
"\'enddos, (Ju~ a felicidade elo nusso pro- e morto em 104á.
(1) Petr. li-8. 1.lt7. -Grcr;orlo "•·-Eleito em Maio de
(2) S. Ag. lib. t. ele Aruicil-24.
(3) n eg. t 8-t. 10ú/1, e se retirou cm Dezembro de
(4) r.eg. 23-17.
(Sl l!om. 15, 10á6.
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
201-Innoeencio ,,1. -Eleito a
17 ele vindadc, n Alma, e o Corp o de Jesu-Clu·i.~-
Outubro de '1!105, e morto a G de Lv; Di vindade que, de toda a perfeição
Norcmhro de táOG. imagíoavcl é o original e prototypo; Al-
202-Ga·e~orlo x11.-Eleito a 30 de No- ma que, de todas assubstancias espil'Ítua-
es é a mais perfoita; Corpo <[ue. de to-
vembro de tl&OG, e deposto a la de Ju-
dos os entes ma teriae~ é a corôa e gloria:
lho de tliO!>. d'onde tira o Doutor Sera fi co a seguinte
( Conliu,,a) . e infalivel coa scquencia: logo n'este Di-
vino Sacramento es l~1 realmente o que ha
de mais nobre e sublime no céu e na
CG1>U1IP1ll~ (t!ltna:uao terra.
Ainda Jesu- Chri:,to, Salva<lur do ge- Basta o que aca bamos ele dizer, pa,·a
nero humano.: n'ào nos b,,via l'egenerado mostrar o qua nto re"peilo se deve ao
na Gl'1H,a, no Altal' da Cl'ui , pela a het·- SS. Sac,·a mcntu; Sacram ento , dise most
tura de ~nas cha ga~ precio.-.a~; ainda para Pão \'i vo, que nos cria, e· alimenta na
o céu não Pra mo~ mN·ido~ pelas pe ne tra n- mesa l~ucba ri,tica , e q ue nos di'f,:-com
tes dol'es d e s11a morte sacro-sa octa; F1 a minh a propria sulh taneia cu vos sus-
se achava predispo:-to pnra benigno dei- tento; nflo é coro os frn cl<>s conupti veis
X.ti' o m:rntinw n to da no--sa infunda no da lcl'l'a, (JllC VOS Cf•lel'O alimenlar; mas.
g re mio da Egreja ; ji\ n o Cenaculo em sirn para vosso mnntimenlo vos offerto
presenc;a de ~cus amad os Apo,tolos prom- am'>roso a minha Di vindade, d ou a alma,
0
pliíica o necta l'<Jlle, L,n ·ia destinado para entrego o cnrpo; não coin ca rnes, e sa n·
o noi:!'in sobre- natur.,1 alimento; e nã o é guc d 'nnim aes cle!-cjo nulril'-Vos; co nce-
C$la ai11dc1 a 11lti11,a prova do seu extre- do-vos libernl o meu proprio sangue para
moso a mor par,, l'O ll\ os h omc n . . ; na noi- beher, sang11e o mois limpo, e puro, ema-
te pre,·ede11le ao dia de l-iUa doloro,é\ Pai- nadu das vêas da maior, e ca~tissima <las
xã,>, n'c.,;sa noite c m que, os E:-cl'ibas !-e Virgens; sa ngue qu e, do Lenho da Re-
nrnniram, e preparara m para o -;catenciar dcmpçào no Golgú tha colhera m os Anj l)s,
ú mor~e a mais cruel e alfrontosa , e em e do qual a mais dimin11la goté\ era suín-
que os verdug')S se ÍOl'mam nrn1a<los para ciente para salvar muitos \l 11ndos. Oh !
U açonta r , e c·rava r deshumanamenlc no felicidade incompal'avcl.! Ou! quanto é
Lenho <la Hcdempc;ão: n 'aquelln mesma grande a nossa for.tmrafl '\[x,nt11rosos, e
occa~iào, 1-1m , em que a reeonb ec·idn, e mil vezes fovoleçis\~s'-ok~ql1:e. digo~~ente
execrau<la ingratid.io, e ferorid adc dos recebem ern §ef!êtcoraçol!s est~ D1 ~mo e
Judeus st! Linha c·onjura<lo contrn a :,;ua delicioso ~1al~l~ 1 ·1 ·,
honra, e vida illiba<la, bem longe ele fnt. Pore.n f/.'11~rrto é pn1·a lamentar ;q11e,
minar ,·nim, contra seus inimigos, e nd- um a5o peq\\~ no numero de €ah·istãos
,·crsarios, tomou, em :,;uas Oivinas ~Jãos , nr.o se queiracn aprl>veitar de t,i o esplen-
da mesa um boraclo de pão dando grac;as, <lido, magnifico) 9 nécêssariú 13ancp,ete,
e consagrando-se n'elle, dL•1xou aos seus, e mo~trar-se em extremo agradecidos á
o mai:-;rico penhor elo 1,eu illimitaclo a m1lr. tantas finezas cl'c1mor ! ! ...
e ioextimavel patrimonio du Mundo. (Jb ! Com saúde o desprc!-nm; nos ulticnos
Cal'idade Divina inexplicavel, e incorn- instantes ela "ida n:1o o procut·arn. como
prebensivel ! Oh! amor do:,; amnrcs, cua- re medio o mai-; effica1., " saudavel ! ! 1 E'
ma S. Berna1·do ! Oh! g rande Sacra rnen· muita ing ratidão: é nàn clcsejar o proprio
to d'a mcw, diz o Angeliro Doutor ! ... e inaprel·ia vcl be,n. Oi.1-; e noite ·, en·
E' pois rf'esle Pão sagrndn e m que, ~e cerrt1do no seu Tahern aculo, es t.\ nn Al-
apresenta .Testt-Chrislo Rei ela Gluria, Se- · tar especa a elo por toch s; ontt·as vezes ex.-
nhor d o Uni vcr!'i o~ ~1 onarcha dos \l o- posto à~ nossas vi,; l í1s nos cslà con vidarrd,,
narchas. Pae, e Libertndot·da tri~Le prole ao la uto e proveitllso 8antp1 ete, e se m-
d e Adam: é n 'estu co11.,idernçrto em que, pre olferecendo a sua Carne em comida,
se funda o respeito, e nmeraçõo qlle de- e sou Sangue cm b chi<la ; mas quanto e
vemos tril,utar à l flO Augn .,to \Ji..,terio da triste di:-;er-sc qn e, a ac~itar;ão ([UO fase-
nossa Fé. e Religià(). mos a t., o ca rinho..;o con vite :-àm as O ()S-
Tres inc~mpar:i veis substancias en- sas continuas rejeic.;õe~, e ac.;õcs ,nuirns
cerra em si a Duslia iinmacu1ada, a Di- vezes improprias, praticadas na sua pl'e-
- sença Divina! ! ! Sabe de sua casa, que
é o Templo Sancto, percorrnndo as ruas
cm solemnes Procissões. occasiões estas
aélmillir. Quer no-3 refiramos ao noi:.sa-
corpo, quer ao Universo, o füitio muito
imvorta ~1i ma teria; conceder um, e negal.'
em qne, soltnn<lo as redcas aos affectos a oulrn é mo~trar-se loucamente aYaro.
exteriores d'alegria, vcner-açào e · culto. Alem de que, se Deu:, não creou a natu-
com que n'ellas adoramos a Pessoa He3l, resá, eJla é eterna, rn·cessari,1 ; e .d 'esde
e verdadeira do Libertadot• do Genero logo aquelle que nâ<? for totalmeute ex-
humano, deviamo~ dar um testemunho trauho as primeiras no<;ões de rnetapbi-
publico de nossa Fé vim, apenas passà n- sica, . ver-se-lrn roclendo de ahs, Lrdos ine-
do O !mudam alguns com mediocre reve- vita veis.
rencia, e vezes muitas ainda mai-; infe- 1. º-Se a ma teria é necessa ria, sua
riol' ú que 1-e dá à pessoas indilferentes ! ! ! no<,âo fundamental implicn com a idea
D'este tnodo, é innPgavel, ousam of· de exi~tencia: seria impossivel conce·
fender, e agravar à \1agestade Suprema, ue-Ja não existente, qner e·m sua totali...
ao prnprio Creador do Mundo, S,>bera- dade, quer na menor de suas parles.
no alimento de nossas almas. Nüo se Esta proposiç,io-os gusanos, q11e devo-
atreveriam de certo a praticar tantas, e ram r:sle queij'o pode1'iam nc1o existi,,, se-
tão degradantes, como reprehensiveisac- ria tão revoltante ao bom senso, como
.ções na prc.~e nça elo Deus Omnipotente, est'outra-O ch·calo pode se,· quadrado.
se, ao menos n'essas O<'casiões, em que 2. º-Se a matcl'ia existia nece~sa ria-
é exposto aos nossos olhos, reílectisse m mente, suas moclificações, sem a'I quaes,
q11e, nos traz á memoria o grande bene- ella se não concebP., seriam tão neues.sa-
ficio da creação, com que nos deu o se r; rias> tão immutaveis, coow :ma (lSsenria.
a redempçiio, com qne se.aprouve livrar- por bso qne ellas exi:-tiria,u em virtude
nos do não sec; a Divindade podcrúsÍssi- do mesmo principio. D't:sde então esta
rna na fabrica do Unive rso; a infinita Mi- alternativa de vida e de morte, que mu-
sericorclia no resgate do genero humano. da n phy:-ionomia <lo mundo, :;el'ia uma
E é, sem duvida, todo o empenho d'um contradição repugnante. (1)
Deos extremamente bom,-que O l'e- 3. 0 -Se a maleria fosse eterna, suas
conhPçamos, real, e verdadei'r~mente revoluções o seriam lambem; e como ne-
presente na Hostia consagrada, como Pae nhuma d'e .. tas revolnções pode ser expri-
amante, e amanti~:,imo. mida pela unidade, teriamos oós de tra-
Na verdade deve ser a fonte de nossos gar o mais eFtranho ab,.urdo-de um<l
de1icias; o objecto do nosso amor, culto, serie actua[mente infinita ,t'unidades fini-
veneração, e respeito; porque da vida das tas.
nossas ai mas é o sw;leoto~ Exultabimus, et ú. º-O Ente necessario, é evidente-
lmtahimw· in te memol'es ube,·um illo1·wn. mente o Ser absoluto, a mesma fonte da
F. V. ele.!. existencia, o mais perfeito de todos os Sê-
t
res; porque não· podendo alguma cOU'la
existir senão por elle, as perfeições, que.
não tivesse seriam Ítopossiveis, irreálisà-
Solnçüo C!wl~c,u1. veis. E quem quereria attrihuir it mate-
' (CMlinuacto elo 11. 6.)
ria, não diremos todas as perfeições, mas.
somente as que em nós achamos, a vida,
É pois essencialmente verdadeiro, o sentimento, a intelligencfa, e a liber-
como aillrma o Cbril,tào, que existe uma
1· dade? Se teem havido ffilosofos assi1s
intelligencia, <Jll°C orclenára o homem e o
Universo. E ella sel'fl creadõra? Veja- sirnples para duvidãl' se a orgaDi~ação não,
mos. poderia dar a materia a facnlda<le de
Primeiramente é indubitavel a gran· pensa•; (Locke); não acreditamos que ha·
de necessida<le que temos de Deus para jam algU'Os tão estupidos, que avancem a
dar ordem a matel'ia; e- se assim é, mui- dizer, que a ma teria é essencial e extre-
to mais natural serú pensnrmos que ella mamente intel-lig1mte, e que haja ao me-
por Elle foi creada, a não <]lTere1·mos di-
, ser q11e a organisou com materiaes, qne (1) Qual<ruer que li~er feito uma justa idêa do Ser necessario,
acham na quooa de uma rolha, no na~címento ouºrrorte d.e u111a ' mosca,
lhe nüo pertenciam-o que não se pode uma demonstraç!o evidente da co111i11geucia da materl.i.
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
nos tanta força Íntellectual em uma pe-
.
dra;,como na caheca <lc Lamartine ! ! . .
A estes absurdos e a uma multidão
d'outros que saltam dl)s principios mate-
rialistas, o q11c contra-põe os Jefensores
da ma teria eterna? Escutemos o roais ce- . D'onde vinha o l'omor que alvoroçava
As !urbas d'Israel,
lebre materialista do seculo, Broussais,. E, surdo, murmurava
fascndo sua proHssão rlc fé em presença Nas ara'> dos pagãos, e amedronla\•a
d'este-nada-em que elle se ia abys- O Lelrarcba orgulhoso em seu doce!? l
mar. « En sinto, como muitos outros, Soava um hymoo accorde de alegrias
que uma intellígen<:ia infinita coordenou No reino de Jadã:
tudo o que vemos; exforço-me para con- Fallava-se cl'um rei naquelles dias
Prcscriptos para a vioda do Messias,
duir, que ella tenha tudo creado, mas
Egaal a Jehovà.
não posso, porque a experiencia me nüo
clà a representação de uma creação abso- Virgilio, o rei c:intor do paganismo,
Vencendo a corru1>ção,
luta. Se alguem dic~sse: A natul'cza não
Vencen·do o senilismo,
pode te t·-se feito a si mesmo, pot· conse- N"~m extasis <.l'amor, e mysticismo
quencia uma intelligepcia poderosa a Profeta, de~cantava a Reclempção.
fez-Sim, responderia eu; mas não posso
Nos ceus oricolaes todos filavam
fazera mais pequ ena id êa de tal podet' ..•
A mais brilhante luz:
Permaneço pois em que exi~te uma in- As nações do poente alli buscavam
tclligencia organisndôra, mas à qual não Um aslro, cujos raios fulgura vam
ousa chamar creadôra. Na fronte ele Jesus,
Não se rà tudo isto de uma evidencia O géliclo torpor da idolatria
aterradora! No cor~o de &uas numerosas Matára os co1·ações:
experiencias, Broussaisjamaisviu sair um Nos fogos d'uma orgia,
atomodo nada; jamais encoutrou nas suas O homem, sem destino, consumia
A vida, enredo vil de vls paixões.
investiga ções a força creadôra, e portan-
to, como admitti-la se m poder ao menos Apenas d' Abrahão restava um culto
imagina -la ?! ! No reino de Israel;
Como sen tiria Broussa is a inrelligeo- i\Jas cuUo, sem temor..• bt>m roais um insulto
No manto tle hypocritas, occulto,
cia or•":Hli1)adôra, e que clieirn lbe acha-
r" Como ullrage cruel 1
ria? E' peoa q oe sej a inodorifero o poder •
creador, porque se o não fo sse~ certa- Os homens, sem poder e sem ventura
Lembravam-se de Deus.
mente que o delicado olfato de Brouss.iis,
Ao verem que tortura
. senh"d o.T .' .' . . . E" n ' es l e ex.ces~o de
a Lena Lhes ralava na terra a vida escm·a,
idiotismo qne càem todos aquelle.:1, que Anceavam paz e luz chmtro dos célls.
vendo polverisados seus misel'ave is sofis.
O mundo, em seus delírios, corrompido
mas, procuram-aos tapar a bocca co m a Ao seu abysmo vae .•••
sua e!!lupida pergunta: Existe 11m Deus, Não sôa já um ecco enfraquecido
a11CtQr de torJ.,s as cousas, mnsrrae-nos, e Do rigido fragor outr'ora ouvido
disci-nos que figura tem? Existe o Pa- No alto elo Synai.
raíso, e o Inferno, fasei-no~ ver, que en- Nas vastas dimensões da altiva noma,.
tão âcreditaremos ! ! ! E nos lhes respon- Se um so justo passou,
deremos: Se nada acreclitaes alem d'a· t\o céu a mente assoma
quillo que toca os vossos sentido~, tende Prostrado como Loth, ao ver So<loma,
Que o Jogo de,·orou,
paciencia, mas coofessae que existe obli-
~
tera&i em vossa alma a principal de suas
faculdades-a raElào ! ! ! Rou<•e u rn justo. Era Baptista,
Era.o anjo precursor,
T. Que suspende a luz celeste
rcontimía). Sobre as trevas- do terror,
•
•
Outro anjo o revellàra « Penitencia !» era o seu brado
A sen pao, hcmem sem rc, Quando o fausto elas orgias
Que não crti, na estaril •sposo, Simula\'a a (cure ardente
Um poder, ,que seu uão é. Do que ruorrc em agooiits.
-Nao sou-lhes diz João-En represento <• Ris a viclima do amor! ... eis o chamado
-A voz que,. no deserto, e'!' ,·ão clama;
«-o cordeiro de Deus!
« Seu sangue vae descer da c1·n1. <lo oppt•obrio
-Mas do seio de Deus eu v<>jo a llammo,,
« Em r('sgole dos céus ! »
Que abrasa os cornções. . .
1:1,.~
-Tremei i•ôs, orgulhosos no fasliglo
E chama vã o « penitencia 1» ·
-Das grandesas da terra!. . . Otn•is o abafo
Pelac; margens do Jordão,
-Do grande d'lsracl? l Vinde adorai-o ...
Como estrclla matulioa
-Erguei-vos,.gerações 1- Na manhã da Rcdempçlio.
E cl:unnva « penitencia 1» « renitenci:i 1» cira o seu bra<Jo
Pelas marg-cns do Jordão,, Nas cabanas e doccis:
como eslrclla matulio:i, Sua voz fatiava altiva
Na manhã da redompção. Fossem pobres, fossem reis.
•
...~
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s. Lut,. e. !I. ~. SO.
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nor que a d'elles-a pretenção de Lirar- crilica condemna. e que sam diametral-
llies este Litulo de Soberano Puntifices, e mente oppostas a idea de-Divindade-
c1e levantar a pai' do poder ch•il, um po- 1sto, porem nao - •nos deve causí}l' ad.mi·
Jer pul'amente espiritual. Fê-lo, e d'es- ração, se alteodermos. que. a sua religião,
de então e~tes doi,; podere.s tem m:il'cba- era uma religião e m tudo fabulosa, su-
do pai' a par, ora at,1xialiando-se, ora persticio~a, e de cerecnonias e ritos inu-
comba tendo-se. teis, uma religião que fasia adorar nos sP.-
Se lança rmos uma relance · d'oluos us altares o mesmo cl'imc personalisado ! !
sobre a Lii') toria, e ,1hi con templarmos não Tal e o quadro lastimosc>, mas vct·-
só o .passado, ma.-. até o prese nte dos po- dadeiro do Pagani!',mo, d'cssa religião que
vos, reremos, que a1-1 diffel'cntc-; fdzes então d o mina,•a o e"pirito <los p ovos,
porque tem pa~sado a humanidade, oru quando apparcceu o Clll'i~tiaoismo;·q uan-
gosaodo de uma completa pat, e coo1 esta do chegou o tempo em que segundo as
progredindo tanLO no seu mnra l. como divinas pl'oll'\e!,!-U:1 o gencl'O ·humano de-
nc) material, ora nc~l>runlH)d.t por guer- via receber um ílcde mplor, e uniu nova
r as. vicio8e milhares d 'on lro~ obstaculos, rc velac:ão. Entiio foram prei.c l'ipta~ todas
que de rramando a diM·ordia entre os po· as m,u:imas segu ida:-; ma.:\imas que nada
vos, os inhibcm <lc todo e qual<iuer pro- se compadeciam nem cúm a idca de um
gre.,;so lanto phi:-ico corno moral e reli- Deus, e nem com o bem proprio do ho-
gioso, sam devicl" ão tn?.iol' ou menor mem; ruaximas de '.,a ngue e crueldade~,
grào de rcligiao qnc existia e exi~te entré e legitimas c·onsequencias das aberl'ac;ões
es~es povos. do e.,pirito humano na in ven~ão de um
Negar-se a influencia heneíica do Ca- Deus, e de uma religião! E~Las mnxima1-,
tholirismo sobre o estado da sociedad e, disemos, foram prcscriptns, se ndo ~ub"-
é se m duncla negar um foctn que tem a Lituidas por oulras , que sornante acon-
sun pro~'~. e as mais clarns e frisau tes de- . selh am o amor do proximo, o perd;io d os
moastra<:õe.; na obser,'a<_;ão e experic.ocia inimigos, e a<lo 1·t1<;ào em e!'lpirito e ver-
de todos os tempos, e <le todos os clias. dade do D11ns Ünico, e Creador. Com
In:-ufficie nte para fa1.ee c11mpril' as c~ta oo,·:i ordem, comec:arnm a ~e r ba1ii-
obrigac;ões ruoraes e ciri.s do liomem, o <los os \'icios, crimes e torpcsas de que se
Pagani..,mo, el'a uma fonte mai-. que a bqu- achava inc:ada a humanidade, e a appa-
d,1nle de vicios, erros, e torpe1'aS ! Isto é recer as virtude~ civjca:-, mor~1cs, religio-
tno conhecido peln lri:..toritt, que quase sas 'e políticas, medida~ todas pelo cspi-
ôesnece:-sario era o apresentarmos pro- rito elo Evangelbo pelo amor, e cari-
yns; no ent1·clanto sempre lcmbra1·emos dade. E por \'entura uma religião tal não
os Philo.mfos do Paganismo, que entre- dt•veria dar uma nova trnnsforma(;f10 ás
ga ndo-se ora aos eKcessúS de suas pai- instituições humanas? E daodo não de-
xões, ora commetten<ll> as maiores lorpe- vel'ia n1nrcar nma epoca amai~ ootayel?
sas, send<;> estas favorc<·iclas não so pelo Não e ella pm· venlura a cau"a e o tbeL'-
cspirito da cpocn, como pelas suas maxi- mometro da civili-.arãu ? ~ão é ella a uní-
mas moracs e religiosas, no~.. clàm teste- ca religião, que d ep~is d e fazer as delicias
munho em abono do que disemos. As- do homem cà na terra, é ainda a causa
sim Aristol(~les admittia a intcmpel'ança, de ventura lá no Céu?
e negava a Provid~ncia; Pl.1tào approva- A Religião é urna das primeiras ne-
va o abôrlo, e confundia Deus com o ces~idades iotellertuaes do homem, um
mundo (boje douclrina dos Pantheistas). fim fundamental da sua Yid~, digno das
Não laouve Pbilosc.,fo d'antiguiclade, que suas mais sel'ias arnditaçõcs e u1na fonte
não estivesse persuadido, de que os des- de de,·eres e actos importantes. Se assim
varios de sua ras~o eram verdades con- é, com segurança podecnosconcluir, que
<lucentes ú felicidade para ']lle fora crea- o Catholi<"i~mo influe no e~ado da socie-
do o homem. E bto porque ~ pnrque a dade, de modo que esta tem interes!'le na
l'eligião, qruc os gnia,1a era insuilicienle. ma existencia e conset·vac;ão, afjm de me-
A sua rastlO, era o scn farol, e apoiados lhor garantir a execução de suas leis. E
nos <lbjectos extcq:ios, e sensíveis, não na verdade é da essencia do Cbri~tiaais_.
pL'aticavam, mas are ensin.lvarn <louctri- mo penell'al' na. vida ~ci\'il e publica, e-
nas, que a sã rnsão reprova, que a boa tram,formnr o corpo s?cial (?Ul ur:11 Esta-
do Christão~ no qu al a magestade da r e- gina<la pelos - religiona rios francezes- ·
ligião é reconh ccid,\, bonra<lu o p1·otcgi- Em quanto a religiaõ e o saccrdocio ahi
da pela mesma auctoridacle soberana. -- foram desacatados e qôeirnados ! ! . . . o
Coadjuv,un-se, poi-;, coLOo vemos, as<luas seu progresso foi d Ln-idoso ou ner. hum,
sociedades-a Ecclesiaslica e a Civil, e o governo veli pcndia<lo, o crim e conside-
não é facil operar-se mudon~a em a lgr t- racfo como C()usa de pnuca m onta e . • ••
ma d'ella~, principalmente na religiosa ern un1n palavr.,-era nm \'el'dadeiC'O in-
sem qne esta mudanc:a seja tran-.mcttida fe rn o, onde o terror estava infillrado em
à outra, podendo mesmo dizer-se co·,n todas as a 1mas l ...
ver<lacle, que as gra ndes mudanc:as poli- D'aq11i dcdui,imos uús um~ conse-
ti cas, ::.am ordmariatnente e/leitos das quencia sem duvida ver<lade il'a, e é: que
á ltera<;ões religiosa1'-. . quan to mais pura e inco rru pta fur a He-
- Na Yerdade, a bi:.lo1·ia nos mostra, ligiaõ Chri-.lan êm qualquer pniz, tanto
qu e jamais os Priucipcs gí.>sararn de um mais estavel e seguro sél'à o seu govc1·-
gl'àO mai ol' d'a mor e eslirna entr e os seus no-por quanto a!>sim como cxi:-tem ho-
suh<lit os, do que d epois elo cstabe ll eci- men~, qu e sam mas fo rt emen te aba lados
rn cnto do Cliri.stiar.i:.mo; e ao pas~o que pela san(.'çnõ dos pr~ceitos civis, assim
se vê ir a religião C:i lholica lan<;ancloseus tambem C.'.is tem ou tros, (la lvei a maior
fundamentos em nin Paiz, Yê-sc ao rnes- parle) qu e sa m movidos pelos preceitos
mo tempo o poder civil mah rcs pe1léld o, e sanc·raõ 1·e]io0 'io ...n-'fülle rcti0,rioncm et
>
e esse mesmo Paiz mais florescen te. O non inveuies subdilmn, qui pro pab·ta, f11'0
facto é incontes tavel, e p a r.1 não e!-ita r- republica, p)·o 1·ccto el justo, discrimen (01·-
roos n mencionar lmperios que tem sido !111utrnm, dignilalum, ritre que ipsiws sube-
vic:tima.; da st1<1 <liscrcnç:-i , sc>me nl c pro- al, si ell61·.~Í.'i aliu,·um 1·ob11s ipse COfiiwlere
<l11 . ;il'emos, o l)Cgu iole fa<·lo, d,,Jo na sibi, e/ ill /wnoro (ILque opule11tia vilmn
1"r,10~a. dace1·e pos.íi f. - di::. lei buit=.
Quando Francisco 1.. 0 fe:t. entra r na flaja por tan to Liarmonia entre os
Côrte os Litteralos e as \lulb cres; com dms Estado~; ajudem-se mntnamente o
esta sua medida fez na1<ce r uma relaxa- sacercl1JC'io e o Imperio, de maneira que-
<:ão de costum e", que tornou-se mais que aquelle reclarnan<lo do lmpcrio, que em
faeil a introduc•<.;i\o de principios helbo- vez ele ligar aos preceitos da Egreja leis,
rodoxos. I~ quando Hen rique 2. 0 as:m- q 11e os e~torvcm ou enfraq ue<:a m, os sus..
min as rcdeas do poder . a.s di \'en,as clas- lente com os sens regula meo tos, pn na os
ses do Reino ja se ach,H•a m c.1 ~ tal mílnei- ataques exlcrnos co ntra a Egreja eu Re-
rn imbuídas ao Calvinismo. qu e não obs· ligiaõ; prc, ina e soffoqueos::icismes; prn-
lan te o~ exforC'os, qu e emp regou para .l veja a sm,lent..1t;aõ ordi naria <lú cnlto, e
cx.Lirpac;t,o da l1eresin, encontrou muil a'i · dos .\1inistro,do Altar; lionrce recouhe-
dim cnl<ladesa , enrer, não llie <laudo oc- c;a por meio de cli:-.tinc<·õc,; rivL,, aquel-
ca~iãn parn o tieu triumpbo, a l'<lla m or te les q1re se nir,11\1 a Egrcja. Da sita parte
· tão prcmJ lnl'a. E ~o p<-H' ve111ura pol'c!itn n Egreja <lc\C~ te!\tcmunlrnr-luc umu con-
causa na<> li re ..i-c Llcnricpac 3." i11 tem- Lian<:a proporcionada .1 e~ta pt'olc<·c;aõ;
p esti,·a mcntc :-u bido ao tbrnn o, por cer- prestar-se a se us ju-;Los votos <! reclama-
to a íl.epuh1it'a, a cojo cstabe llecimen to ções a pr<> das in,tiruic;õed religiosa'i do
tendiam os flelis:ionurio.-.. leria .,ido fun- pn,z; fixai·, depni,; ele ~e h ave r ('nlendi<lo
dada so bro as r17in.1~ da \lonarchin. com clle, as l1•i ... , e medidus tenden te:,
Se dirigir1110- nos para a Suis:-a rnre- àqu elle íim; extirpa r qnaato cm si ca iba
mos, que a revolnçaõ nperad.t no Cantaõ os males P. a basa'-. que se lbe'assignnlem;
de Yaucl em 1831, e q11e d<'poi, c~ten- impeJir toda a in"ª"ªÕ ele seus ministros
dcu-se aos 001,·os Cantões. ch nmadus- na cspbera do Estado; yela1· co m elle no
regcnel'ados, foi uma r·e,·oltn em tudo e bem e~Lar geral, e nós lcm pos de cri:-e
por tudo origin:.1 da pelas perturbnc;ões ajuda-lo mesmo corri os seus haveres.
religiosas nlli lançada~ p1·lo~ \1 cthndi, t:u, D'csta arte os dois P oclel'es trabalhad1m
J>roclamando-a liuerdade rclirrio,;a-Fi-
n frnnca e <'oncor<lemenlc segundo o seu
U<\lmentc a revolm:ao .Frçlnce,a opcr.1da ohjccro; 11·~, la1·úm arn igavelm enre os ne-
em '1793 foi ~em duvida a cáu,a da deca- gocios commun~; soh•crúm as colli,ões
dencia da i\Jonarcbia. decadcncia ongt- por meio da model'a(;aõ, e concordaram
entre si como Membros de um so corpo, e de boa· fé não consideray~m senão os
o ela Chl'istancladc. inco nven ientes que ordinariamente resul-
Assim poi~: a Egreja sob a protec(;aõ ta da mudança de um culto, que por
elo E:;tado cumpl'il'à a sua missaõ facil e longo espaço d e tempo tem si<lo admitti-
gostosa m ente; e o Estado serà san tíG cadq do; e, julga ndo do cbristianismo por to-
e fortalecido pela acçaõ da Egreja cm das as mais religiões, sem exame algum
suas ultimas bases. regeitavaro-o, e lan<:.avam longe de ~i.
Parece eo tret.iolo que a grand e co-
ragem, que então app resentavam aquel-
Co118hlc1•R\'ÕNl ,,;oa•t\es soln•c osoltstac11lolil, les que da rnm o seu sangue pela f'e de-
iaue f!!c 01•1mse1•tun ao e11tnJ,eUe«-i111ento Yia attrnhir e Gxa,· as attenc;õe:;; porem
cio Cl11·i~tlanh11110. uotemos, que o ~loit•ismo naquella epo-
(Co11rl1,ua1to ,t.> 11• .5.) cha d om inaça asintelligencias; espalhado
por toda a ten·a , tiuLa ensin,\do os ho-
Os obslaculos que se encon tra vam da
mens encarar a morte com fria ind•Lle-
parte dos povos pagãos não eram meno-
ren<:a, com desprer-o, arrnstala; os mnr-
res do que aq11elles que acaba mos de
ty ,·es pois não admira,·am. Elles mol'l'Í-
considerar. Porque era preciso persua-
dir a esses povo'\: que os iclolos que ado- am por a doutrina, qne pregavam, t:,
sem se procurar , 011 indagar qual o m o-
rnvam uào era m dcoses: que os espccta-
culo.s, que as fe-; ta'S qu e celebrava m em tivo de i;na pel'suasão, os mnis moderados
bonra sua, o que faziam a principal pa1·- dos gentios oi; accnsam, os la"limam de
te do cullo, n5o eram concentaneos com serem tão obstinad os, tão aílerrados aos
a ideia da di,,iaclJdJ, send o-lbe pelo con- seus principios, aos principios que pro-
trario .muito rep ugnantes e injuriosos: pala m por toda a parte. Tal é o eflcito
que es'\~ prodigiosa multidüo de mythos <le prevent;ão; os milbo1·es espíritos nãv
em que luJViam se,opl'e crido, de~<le a examinam, e con<lecn nam. Os pbilo~o-
infaocia, nada f>igniücavam, eram erros phos Lambem m uito concorreram para
intollemveis, al,~urdos insuportaveis aco- que o Christia nismo não se esta belecesse,
bertados com a maravilhosn capa das al- e fosse regeitado. A principio obstinados
legorias: finalmente que o verd adeiro
cm seus 5ystemas, e cegos por elles, des-
Deos é um, q11e estf, nos ceos, e Cbl'i:ito,
seu Filho, que veio no mundo para os re- prl;\sa ram o Cbristiaoismo, e não curaram
mir da condetnnaçàl} etema, à que o or- <lc estuda-lo em !mas l>a1.e~. Ao depois,
gulbo, a malicia, e o e,raodalo os arre- qna ado já o Chri:.ti:,nismo ia tomando
messaram. Ao demais, a impostura lall'.l- vulto, c11,; piram-lhc sarrasmos, não se
hem p1·e:itou o seu vali o.,o contingente a ltreve ndo appre:-entar batal ha• arca a
para a obr~ da incredulidade em .Jesu- arca; e porque o Christian i~mo reprova-
Christo. Nu nca a Jud ea, Roma, e as va o seu 01·gulbo e coníian<,a, e prm,c re-
mais provia.das, se ,·i,·am tão inc;a~as de
via que cressem com humildade, doutri-
impostores,. de magicos, e astrologos co-
na esta, cujo espirita era contrario, edes-
mo nos lres primeiros seculos da l~ reja
Chrisffla. O povo pouco capaz de racio- favoravel c1s suas opiniões.
cionar, e sem pre le,ado a crer no que jà Em fim çon~idernndo todos os pre-
creu uma vez, sed11sido por todo-, os la- jursos que reinavam en tão, não podemós
d os, confundia, pm·uma ignorancia mons- deixar de nos admirar do como atraves-
truoim e prnfaoa, o Filho de Oeos, o nos- sou, entre tantos e tão perigosos escolho~,
so Redero plor, com esi;es vis e de.,;p1·esi- o Chrislianisrno. Quando ,•ernosamagia,.
veis impostores. Os inimigos da religião, a astrologia,ª"' ceremonias e supen,ti<;ões,.
não podendo por sorte alguma negar, ou que por tantos soculos estavam al'reiga-
occultar os immensos. e grandes mila-
dos, c~<ler lugar a r eligião d e Cbristo ~
gres, feitos por J esu-Chri:-to, aproveita-
vam-se desta disposição dos espi1•itos para não podemos de i.xar de cl'el-a verdadeira,.
a submergir no de~presot no eliqu.ecimen- e de com fo· e enlbusiasmo dar graças ao
to; e repre!)eotavom o Sah ador do mun- 1 Creador de haver visto a luz n' um secu-
do como um magico, como um homem lo, onde não mail> impere a impostura ..
instruído. Os homens mai~ esclai'ecidos '* .. .
. . .
O.CHRISTIANISMO.
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, o,, ft'lli 1111 fn111.• 11c1·1JrN u,: ~,t1,·11r~.
S. Lur. e, o. •, !KI.
que quando seq uioso rnlM, corre apoz do 20li-João x~mr-Elei to n 17 c1 c Maio
regalo para dosa Iterar-se P (Ps. ÀLI, 1.) de 1ltlO., e <léposto a 20 de ~Joio <lc
Digam-nos ng0ra; um se nlimcnto tão 1 /J J 5- gorcrnou a Egeeja po1· cspu-
profundo, liio inlern-o e t.io hcroÍl•@ em ço d e 5 anuos.
~eus efleitos, serà sem objecto rea l ~ O 205. - iUarOul,o ~-.-Eleito a 11 de No-
n ada i:erà capaz de toca r, de mover tão
Ycmbro ele 1ltl7, e morto a 20 de
poderohameo te o cor:1çüo do homem !
Fevereiro de 1 lt31-go vernou a Egrc-
!\1uitissimas vezes acontece toma r-se oco-
ja por esp:u:u de 14 annos.
bre pelo oiro; ma~ jàmais viram sncrHi-
car repouso, prasel'cs, a{feições as m~is 206. -IEo~enlo IV.-Ell!ilo a 3 ele Mar-
caras, em urna palavra a ,1ida po1· uma ço cle 1 ú3 l , eu1ortoa '23 de fev e-
a bsoluta cbimcra? Certo que não. reiro ele iltú.7-go vcrnou a Egrcja
Se a as~enção ec;pontanea do ferro não por cspa<;o de 15 an nos.
se explica ~cnào pcb aproximação <lo 207.-1\"leolnu ' '·-Eleito a 6 de ~larco
•
iroan, ,,ús q11e nega is o iman celeste, co- de 1 /1[17, e morto a 2L1 de Março de
mo explicareis a a llracc;5o religio!!a do 1lt 55-govern ou a Egreja por espac;o
coraçúo humnno, d'este coração não me- de 8 ;moos.
nos avassalado ao amo r das bellesas ter- 208-Calb.to 111,-Eleito à 8 de Abril de
J'estres como o ferro o é as leis d;1 gravi- 1
1lt55, e m orto a S de Agoslo
... de 1 ú58 ·.
dade! Mostrai-nos entre os-- vossos, o
amante apaixonado do arcaso, o dP.volo 209-Pio u.-Efeito a '27 <le AgoMo <lc
<la naturesa, o marlyl' do nada. 1 lt 58, e morto a 26 d o mesmo mez
Ainda não é tudo : Deus é odiado! ... de 1 /164.
Graças á filosofia d o seculo 18. º, ,·imos o 210-PRolo 11·-Eleito a 31 de Ão-osto ~
que jamais se ,•iu, assembleas numeeosas d e 1li6L1, e morto a 25 de Jullio de
entrar em com·ulc;ões ou-çindo pronun- 1l&7 l.
cia r o nome ele Deus! Vimos freneLicos 211-Slxto ' '"·-Eleito a 9 de Agosto
não recuar <liantedosattentadosparn anai-
de 147 1, e morto a 13 d e Agosto de
qnilar a iclea do se r Supremo l-~Jas po-
1liSLi-govcrnou a Eg,·eja por espaço
dia o nada inspirar ta nto odio? Uma tão de 13 aonos. ·
grand e reacção no cora(:fio elo impio não
212-lnnol'en~io 'l.'111,-Eleito a 29 de
sc rà uma pro~a <f llC elle ~C sente chocado,
fel'ido e calcado pela prescn<;.-a cJjvina P Ago:,,to de 1ú8lt, e morto a 25 de Ju-
Querei:-. que se"º" mo ,tre De ns? olhae lbo de l 692. •
poi : que o verei,; não ~ó nac; d oce,; lagri- 2 L3 -Alcxnaulrc , ·,. - Eleito a 11 de
mas que o seu peo,ao,enlo fazcnrrer <l •s Ago:-to de 1 lt!l2, e m c11·to a 18 ele
olhos d() moribundo ju, to e con tricto, co- Agosto ele 1503- go"·e.rn ou a Egreja
mo na espuma que ~en nome faz hurbu - por ei-pac;b de 1 ·J nnnos.
lbar so bre os labio., dos que o negam. 2 1ú-Julio n -1'..leito no 1. º el e Novem-
Por1·:wlo é indubiiavel_que e.o o chri-.-
hro de J 503, e morto a 2 de Feve-
tão se rnoslra lw1111:111 na so l11 <:ào que ell e
reiro de J 5 13.
dà a qttl':-la ó d a orige m d o uomcm. e as-
sim damos pôr tonr1inado este artigo. 215-I,ri"io X·-Elcito a 1 'l de Mnrco
•
T. d e 15 13, e morto no 1. 0 d e Dezem-
hro de ·152 1-gover nou 8 annos.
. 2 l 6 -A drl11110 VI. -Elei to a 9 de Ja-
TA BELl,A CURONOLOGlCA
E
neiro de 152'l , e morto a 16 de Se-
~JIBlt,.. I":JC' I ~ ~ tem bro de 15'23.
elos SoJ,t"rnuos Po111llleeH c111e tl"Jllcle o l'H• 2 l7-l' knumce ,·11. - Eleito a 1 (3 de Xo-
1aheleeln10 11to tlR Egrej11 a1é J10Jc tec111
oecu1mclo n C'nclelrn •lc llo111n . e dolit vem hro de 1L12:\~ e morto a 26 de
Antl•Popntl cauc tl ' Hde então Atê lloJe Setembro ºde 1536 .
"teem op1tnreeldo.
( Co11ti11uaçiio do 11, 8.) 21.8-1•11.ulo- 111.-Eleito a 13 de Outu-
1
qunsi de dormir. Emprcga<lo ·em , arfr,s . o que pôde conseguir po1· :rn.\ ili o de Ho-
pt·elm,ias d e :ma ordclll, em o prim eiro herlo (;ni:rnrdo . duque \orlhomano.
no cxcrcicio da h11 mildadP; e nrni!i Lnr- ViucJo dalli ;1 Snlcrtno com o fim de ce-
<lc foi' 111istc1· que o pnpa Eugcnio l'V lh e 1eb rnr a d ediC':l<;iio do Lem'plo de S. Ma-
foliasse prccop ti v{1mcnlc Pª"ª <pie ellc -;e theuc;, adoeceu, e 110 an uo do 108:3 cn ...
resolrc.5sc :, acC'CÍlar o episco pado · <le tregou a De us a alma.
Florcnc;a , cm cujo rcgiinen mais aotorias ~). 0 0111.\G.\ -5." d cpoi" ti o Peutecos-
se torn a mm todas as Yirt11des e scien,·ias les. Fcsla do prcciosi~i,imo .sa ngue <le
<le que crn adol'n,,do. Atlmirt1 que ha- .Jesus Chri.s tu Se nhor No.-.rn.
vet1do foito qua~i Lodos os ~e11s eH udos
sem cue~lrc, tl1egasse a saber tanto; e
espccfo lme11te nn O,\ plicuçào dos eon r ilios
teve tal de~tcridade, qu e merece ser de- .
nominado A11 Lonino dos Concilios. D0- E1 noPA-E::.ladl)s Ho111:mos-Foi hap-
pois de mo!\ll'M o caminho <la salv,u;ilo, tbada rm Ft•1Tar,1 .i jorcn israelita Ben-
de viva , · 01. a muitas a lmas, e a todas ~m Yen ulé1 Am·<11H1 , pelo cardeal Vau 11icelli
:,;eus cscripto!l, cbcgou elle ao fim de s11a Ca. , onc nn f'i,! ' <'ja do conse rvatorio de San-
jorna<.la no anno <le 1lt5!J. to Apollinario e Philo1 neoa d I me~ma
6. Qt'1'\T1-FEm \-Bosa a Egf'eja n 'este cidade e dl'11-li1c os nonicq ele .Josefina
dia da oitava dos Santos ApostoJos S. Pe- ~Ja rinnna Philomena Xegrini.
dro e S. Paulo. No pl'im·ipio do co rren te :mno r. ~c-
7. SEX:rA-FEtnA-S. Pulchc1·ir1 V-íi- rarn c in i\'apo les a nhjurac;:io de ~c us e1·-
lba do imperador Arcadio e irman d e "º"' 6 pro te,ran tcs . . uisso..;, e en tn11 am n0
TLeodo.~io, loi na ment•ridade d'e..,lc, sPio da t>gr<•ja Ca th olit n, cnjo aeto rcli-
gio~o .:ittrahiu g-rnnde c·cm,·u ,·,o.
não n regen te, pol'que el la mesma .l inda
era muit o joven, mas d o tada el e Lào ace r- T moL. - ·O lwrüo el e Ke ueler, cura
tado juiso, que realmcnle por ~cus t1 icta- de Il 0p .. 1en, lend o co ncl11 i<lo o seu novi-
m es :-e gove rnava m os da regencia: e ella ciado nos ca pucbinlios de Chiu~a , pro-
no interior da <'íll'iíl era uma verdadeira fe:,sou nos fins do anno pn ~~ad-0, torna n-
rnàc de suas irmans mais nm•as e do mes- do o uome ele Fr. Boaventura, cm pre-
mo Theodosio, :i quem in!-pir:n·a a pie- ~ença de muitos inclividnos de sua nobre
dade e fal:iia amar a religião. Por cau~a
f.1milia, espc<·folmcnte de se n irmão o
de intrigas, que O!i hereges urdira m en-
tre ella e ~cu irmão, se retirou para ricb- bispo da Moguncfo, que oíliciou n ·a<] uel- '
<lomo, loga r \'i~inho :1 Ilysa nC'io; porém la solemnidade. .f ulga-rn q•1c Fr. I3oa-
logo que :,eu ir.mão abri u os olhos, e in- ~·enturn irá breve il \\ estfolia com muitos
'70C0 11 i,ua ClH>p e l'ii <;ão pn ra paci íiC'a r o reJ igiosos de s11a mc"1na ordem para se
impcrio. clla nn o ltc:-itou e descnvúlvcu nnir eo m os ca plu·ltinho.., cp1e alli foram
a mnio1· energia cm bem do impc, io e da resta belel·idos 111 tima mcn Ie.
1·cligiéio, mcrcl'•!lldú qu e os padres do ,Fn \",f:,L-0 gnrndc numero ele jesui-
<'onc.ilio de Clial<'t!CJonia, a apc llida~:-c m
la.i, que se cu1·onl ram na pro, incia elo
co m os 1n a i.., honrosos· t•pit hetos. Depois
de uma vida Loda emprcgacla no e:-.e r,·i- Leão deci<liu o Gera l ela Compr1nhi:1 a
cio das \'irlt1de-s chri~lilO!>, lui f'al'a O céu cli\idil-a cm d1w~. t\ de Leão de qn e foi
no anno de ú53. nom eadn pnn i nciàl o padre Botu r eÍIOL'
8. Sumrno-S. Grcgorio , II-que, da ca!-ia ele \'ais, junto de Poy ; e a de
qnanclo monge no celebre mostcil'O de Tontli11:-e de q 11 c foi nomeado pro vinci.il
Cluni, se t·hnma,·n [lildeh rnndo, foi, cm o veneravel pa<lre ~lnillartl._
atten,;iio a ~uns ,i rt 1Hlc:-. e letras, e let:1do _,forn,cn hor Tl1 iha 11l1 , 1,i:..:po de \font-
primoirnn1c11Lc fa di~riiclade de rardea l, e pellier, vnc !,Uh--'itui1· no !-,CII scminario,
. depois :1 d,! i-1 rn1111n pontífi ce por mol'lc
no prox im o anno lcc ti,o, pa ra o estudo
ele Ale.~.rndrc JJ. A1·e nimo d ~fo nsor <la
do g1•c•gu <" latim, o~ nt-H'lores pagãos por
liberdade cr,·le~iM1Ika, foi , cxad o e m l\')-
m n <'om 11m aper tado ccn·l> , C'J llC lli c puz g rande rrn mrl'o d 'a11cto rc, cbl'iii tüos.
o iniquo iinpcrn<lol' Henriqu e [V, e leve
Jl<lrcmliiiu -l'tJ1'· ele .1. r.. \/. ,,., Culllla 1'orrcs.
de r elirar-se pnrn o ruo~Lciro de Ca~~ioo, fü1c1 do:c CJarb,-fruI 11. S.
ANNO I Segunda-feira 1o de Juibo de 1854 N. º 1O.
OCHRISTIANISMO.
rl\ P.ÇO 1)\ SlJllSC llll'Ç.\'0, X X J\SSIG~A-SEt
' I ror nn~ º'~'z".;,"' '"' ·f~og. XT/ f l\n llua tio Crn7. n. 30. e na Tipoi;r~11hia
i; l.
r ~ •o o<lla1u:1do • s,•1., 111 ' •~.. • • • · " ..,0 •
IIU mexes ....... ,SIIOO.
,HUIS-1'....... . ....... 5240,
t d CSlc Jornnl. -
V
X ft
,Yo11 1'1!111 il11h111t.1 pcrrlcn s~d ~lll•11re.
• :,, J.uc. e:. !l . •. 50.
Entre os livl'OS saiélos das mãos dos « de isulamento, mais ou menos cor-
« rompeu estas tradict,;ões primitivas, con-
...
homens, haverà um só que tenha tanta
irn porta o eia? Os livrossagrados do.!> Egyp- « ~idcraodo-a~ ao principio coruo alleao-
. . d
« nas que ma1s tar e pretende ra m reali-
o
cios perecera m. Os de Numa foram an-
niquilados pelos proprios Romanos. Os « sar nas hi:.Lorias imagina rias.. As-.in1
tão gabados livros dos Chinezes jà não « tramformaram es tes povos os factos em
sam vene l'ados senão em alguma aldêa· « ideas , convertendo mais tarde ei,tas
ela China; a d outrina de Coofucio foi « idéas em facto1,; per toda a pat te a<i my- 1
substituída pela de Fôe posto que nada « thologias succederam i1s religiões sym-
ocrescentasse a ·nova creo<:.a ás antigas « bolicas. · O espirito humano , se parado
tradições religiosas do imperio celeste. « de Deus, sempre oscillou entre a meta-
Ha mais de um secul o, que os conquista- « lisicn e a fabula. ~
dores Tartaros teem juntado sua idolatria Cada povo imprimiu seu caracter par-
à do po vo vencido., e em cada mudança ticular n'e~tas legendas; por toda a parte
de culto, a cadêa das tradicções se teem ellag participaram ou do risonho clorido
quebrado. ou do sombrio do C'lima. · Na Greeia fo-
Todavia a comparação dos livros da ram tran.,formada s em aUegwias enge-
antiguidade com a Bíblia niio deixa de nhosas e g raciosas: nas ma rgens dos lagos
produzir interesse e utilidade. Possuím os da Esrossia, nas praias geladas do Ocea-
os da China, da Persia, e da India, e d e- no revesliram-se d e umn ei-pecie de ma-
pois de alguns annos se reuniu uma col- gestadc selvagem. Os d euses da Grecia
Jecção não pequena de legendas e poesias habitam nos bosques sagrados, junto das
populares du Oriente. Semilbante tra- cristalinas fontes; Odin tem seu palacio
balho se opet·ou na Allemanha, relativa- nas nuvens. Mas atravésd'estes véus com
mente aos antigos cantico!? scaodinavos, que a imaginação dos povos revestiram
que os paisanos ainda repetem na L,lan- a:; verdades positiyas, facil é de.-1cobrir a
dia e no meio d,,s rocbedos da Norwega. identidade das tra<li<'ções religiosas.
Homero e Hesiodo fazem-nos conhecer a l\oé, diz a Bihlia, porque Deus o ha-
cosmogonia da Grecia. · via comervado, offereceu-lhe uru sacrifi-
Cn tamente ~am e,tes livros, d epoic, cio de re<'onbecimento, que lhe sendo
da Bíblia, os mais antigos monumentos agra<lavel fez apparecer nas nuven~ o ar- {
da Jitteratura. l\ús ahi encontra mos o d e- ro-Ír'is. E~te sym bolo da paz c01wh1ido
posito das crenças e dGs tradicções re ligio- ent re Deus e ps b<l rnens, se en contra po1·
sas dos. povos mais remotos e di v11rsos. toda a parte repetjdo; no Edd a '-Candina-
Mas se compararmc,s e~tas tradições en- vo, é o c.iminho la n<;ad o Hº " Qdin' dos
tre si, sel'emo.s tocados da C'onformidade céus à terra; entre os (,regos ~ a charpa
singular qne ellas apre~ent.am. A essen- d'Iris, mensageira dos Deuses. ·
cia é po r toda a parte a mesma, na Ju- Os livros dos Chineses, dos Indos, e
déa, na Iodia, º" Greeia, nas monta nhas dos Pe rf-as , sam ainda m.uito mais expJi-
l'Ítos f-o.bre a bi!'> loria ·cl'este grande a~un-
ela Srandina-via. A creaçào, a queda d os
é:.tnjo~, a do homem, o delu vio, a a.rca de le<"imento, e em geral sohre todas as tra-
Noé~ a ·torre de Babel, todos estes gran- di1,;ões. Lê-~e em um poeta Chinez « o
d es factos, . posto que alterados, se en- (•) M. de Geuoutle, l\ai~. dn Chr;slianbmc.
-~
JC:·it'. lt: J_.,
..,..._~..._..i..-
250. - Leão xur.-Elcito a 28 de Se- ílagellos,. ~ó saem da sua müo para pro-
tembro de 1823, e morto a 10 <le ''ª''ao umver~o a élUlhenticida<lc da sua
Fevereiro de 1829. missão: apparece tão poderoso, porque
251.-Pio w.1n. -Eleito a 3f de Março elle visi,;elmente annuncia o Me$sias, de
de 1829, e morto a 30 de Novem- quem é a figura.
bro de 1830. ' Se pega na penna para inst ruii· todas
as e<lades da n~aguifi<·a obra da ctea<;ão,
252. -Grego1·io XVI·-Eleito a 2 e co-
que iocrgia ! que ~implicidade ! Não é
roado a 6 de Fevereiro de 1831, e · um Lucrecio , que divinisa os ::lloroos;
morto no ·J. <> de Junho de 1865, nem um Epicuro, que os poem em mo-
253. -Pio IX--Eleito a 16 e coro~dQ a vimento; nem um Desca rtes, que imagi-
21 de Juf\ho de 18ú5. faquelle c1ue na t1ma matel'Ía suhtil; nem t1ci.1 Newton,
hoje dirige a Grande Barca de Pedro. que s.uppõe uma a llraçào; nem, final-
mente, algum philosopho, que balbucie
systeruas tão bizarros conio ioconsefJuen-
RETRATO DE I\IOYSES. ies: mas nm celeste mortal, que ,•ê cla-
ramente no mesmo Deus tudo qu,rnto
Adrnfravel na sua infancia; clivinoem el,e escrern, e que ofio tem nece~sidade
todo o d ecurso da sua ,·ida; appareceu senão da tra<liçào <lc oito bomenssirn ples-
soure a terra só para mo.strar um genio mente desde Adão ale elle, para nos
vasto, um corac:ão magnanimo, uma al- transmittir a mais santa e a mais fiel de
ma de fogo. O mesmo Deus foi o seu todas as hiEtorias.
primeiro mestre: . não teme a escriptura No principio creou Deus o céu e a ter-
dizer que elle lhe foliou como ao seu pro- ra. Quatro palavras, que Janc:nm por
prio amigo. Nenb1.1m mortal teve oo- terra todas as fabulas : que fozem ver a
nbecimentos mais e.xtensos: nenhum con- existencia ele um Deus: que annunciam a
quistador tanto valor. sua omnipotencia, a sua eternidade: qua-
Que1· na guerra, quer na paz paten- tro palavras que dizem mais à cerca da
tea da maneira a mais brilhante o carac- crea~ão, do que todos esses absurdos ra-
ter ele emhaixador do Todo-Poderoso, ciocinadores, que teem querido , e que-
trovejando na presença elo mesmo Pha- rem fazer a materia eterna, e fauricaL'
rào monarcha tão tyranno como impio. um uaiver·so a seu gosto.
E' necessario, com tudo, i-eguil-o tanto nas E bem mal em.pregado o tempo que
suas viagens, como nas suas operac;ões. se gasta lendo o miseravel systema da na,-
A a<'tividade de uma ardente fornalha, a turei-a; para se admittir ésta ex trn vagante
rapidez de uma caudelosa torrente, Hil é prod_U<;.ão é necessal'io renunciar o senso
a imagem do seu zelo, e do seu ferv_or. intjmo fechando osolho:; à estructura -dos
Nada teme, tudo ousa: ou o ultragem, ·céus, aonde a suprema inl ~Hige nrin, es-
ou o abeo<;oem passa atravez dos louvo- cripta em ca racteres de luz, ensinn ao
res, e das murmnraçõe;; como um ho- homem, ainda ao mais se lragem, a co~
mem, que já habita o céu, e se eslà na nhecer o seu Auctoi·.
terra é por necessidade de abi se conser- · Não temai~. qne ~Joysés vos diga, que
var. é necessa rio prostrnr-vos perante uma
A sua força corresponde ao seu valor. materi:i inerlc, render-lhe homenagens,
Lutando de çontinuo com uma mnltidãÕ dirigir-lhe votos, crel-a irnmensa, iullni-
de rebeldes e ingratos, quebra com as ta. Vê no curso elos scculos, e dos acon-
mesmas taboas da lei o bezerro de oiro, tecimenlos um agente esse1wiJI, que go-
objecto de um culta sacl'ilego. Suas re- verna à sua vontade a materia como lhe
lações com Deus no monte Sinai mani.: apraz, e o lol'oa sensível em todas as suas
festnm-se por via de trovões extl'a0t·dina.-· narrações. Elle pn rticipa muito de Jesm,
rios: quando desce, apparece uma·scinte- Christo, por isso não podia deixar de ser
)ba da magestade -divina no seu rosto, o orgam da ver<fode.
que 1·odêa, e sobre o monle que se abra- A benção d.1da a tod::\s as tribus, es-
za. Jàwais os secu los, diz a escripturn, tando para morrer, completa o seu elo-
tornaràm a ver um homem tão favoreci- . gio, e a sua gloria «Deus, lbe <lisse eJle,
do do céu. As bençãos, nssim como os «se dignou manifestar-se-vos. . . • Ellc
« traz nn sua dexll'a uma lei de fogo, e que reconhece nn sua rreatura a obra
a todos o:; santos prostrados aos seu:; pé~, prima das suas m.ios, (JllC se dignã i11tc..
"- recebendo a sua doutrina ... » res~n r-:;e na sua sorlc !
« Não ua ou tro Deus, que seja como Pore[n pode-se, sem faltai· a verdade
11 aqnellc dos nossos pacs. ~11a omnipo- e à rasüo, accusn r de impo:, tor nm ho-
« ten t·in regula o curso das nurnn:.l. A su~ mem, que quer q110 u e~.queçam para
« habitac:ão t'· no cume dos cén~: no mun- senão pcn~a r senão no ~o bera oo Ser '.1 Um
.
a: elo foz senti e :ieu braco eterno, e anni-
« quilará os V<H:-os inimigos di~endo-lhes:
home111 de c1ucm jamais foram con tra-
dictos os prodigros, que operou, e obrou
a sêde r edu1,idos a põ. » na prct;e nc:a de urna mllltid5o de ruur-
« Quanto és foii,., oli ! farnel! Quem mt11·a<lores? Um homem se mpre pro1np-
«será semcllrnnte a ti, que encontras a lO a dar a :::ua Yida pela <lcfesn das grau-
(1 tua salva~iiu no Scn!Jor? ! Elle lc 1,ervc des verd.1dc,, quP. anoun \'. Ít\? Dizer-se-ha
« ele escirdo para le defender, e ele espa- que a fobul,, l cce11 a sua hi:itoria? Po-
<{ da para procurar-te o ruai:, glori•J!'JO trJ- i·cm e!'lla exi\tc no li rro o mais .lntigo do
« umpho.:,, mnndo, e <1ue g11arda<ln sempre pelos
Moysés en tf,o suLio da planice de judeos, inimigos do cllri.. tiani:,tno, ainda
l\loab p::ira a montanha de Ncbo: e ~loy- ;1te h1Jjc niw so{fre u cilter:H;Jo alg11rna.
sé., , o mais fiel dos. senos <lc Deus, ter- Alem dbso, como era posc;i\'cl persuaclit•
minou os ~eus dias, e se reunio à eterni- a um povo inteiro, que clle tinha pnssa-
dade. <lo o mnr vermelho a pé enxuto sendo
O seu corpo foi occultado a todo o urna consa inrentnda P Como havia de
lo,racl, po1·que Deus uão queria q·ue os lembrar-lhe Psln p:1-...;agcm sem lcanct· o
Il eb, eos se l'ize:;sem idolatras de um pro- sêr dcsmentid1, :> Moy">é" teria tido con-
phetn, q11c pnr tanta., Yez.e-, os tinha rc~ tra si tantas te:item11uhas, qnantos e1·am
prchendido ue idolatria. O se.n enthusi- os uebrços, para o confundirem, ou an-
.tsmo para com um tão grande horocm, tes para 0 apedrejarem. i\ão é assim que
os faria infalivelmcnleadoradol'es das suas se inveolu.
cinza-;, e mesmo do seu tumulo. Se foi intolerante a lei, q11e ellc es-
.Jo~ué, que lhe succcdco, foi igual- tabelecc,u, era nef'cs!iario impedir os i ·-
mente cheio do espirilo do ~cn bor, teo. raelitas, da<lus á idolatria, a frequenta-
do-o recebido pela imposic;üo da s mãos rem, e terem communicação com as na-
ele ~foy:-.é~ para ·continuar a ~na obra, e <;ões e:,lrangeiras. Todo o mundo sabe
conduzir o povo de hré\C l à lerra pro- quanto clles prevericavam n'e:,te gcmero
mettida. de pecca<lo, e qne \l oy!-és não cessava ele
Ou<:o gritar a incredulidade, supers- lhes rcpelil', 'luc 'não havia povo algum
tic;ão ! e que em seu freoetico transporte sobre ., terra, que ti ve'l!->Cdeuses tão pro-
trata ,1opes de imposto!', e seus prodígios ximos <l'ellP, e tão poclcroso,-i, como era
de cbirncra~: bto quer dizer; que nos de- em relat;5o n clle5 o só e uuil'o Deus.
vemos abandonal' uma crença de qua- Porem aqnillo que rnai~ no:i cleve es-
tt·o mil annos persuadir-nos, como os pantar veo<l,) c~te quadro, é que \loy-
nossos espfritos frivolos, que Deus é um ses, posto que inspirado, n.i o trata senão
ser apathico, que l\_e cansaria de estar de incutir tcrr.or, e o foz por duns 1,rio-
calculando, e dirigindo as nossas .lC<.:Ões, cipaes razõe.. : a primcil'a, afim <le fazer
e menos poderoso do que o mais pequeno de1'ejat· a vinda de Je~o .. Chri~to , CJUC de-
soberano. se vê encadeado por suas prn- , ia !'iet• n epocha elas mise ricordias, e o
prias lei.,, mi.o podendo ahc;olutamente reino da doç11ra; a s,igunda, com o dc:>ig-
uem i,.mpe ndel-a<l, nem mudai-as. ni~, de coovcneel' os j11cleo!-, que ellc oão
Se Moy.,é.., foi 11rn impostor, feliz ~c- era o l"gi::.latlor por excellenc·ia, pol'que
clução aquPllé't, que nos faz adornr um não possuía .1s suLlimcs qua1ídados par:t
Deus ju:,lo, um Dcusbernfaujo, um Deus O ~Cl'.
Como o caracter distincti vo do Messias Vê, Senhor:i, qoe cu hei poslo
Sb em li a ruinba espcran\a:
era o renunciar-se ri si mesmo, perdoar
Se de ruim foge 1:1 Leu rosto,
as injurias, toler~r os peccados; Moy:,eS Eu não fujo :io meu <le,goslo,
não podia ler estas prerogativas, tanto Que bem rapido me alcança.
mais porque fazendo os milagl'es 0:-1 mais
Invoquei-te na tristeza
espantos<.1s, não se podt:l'ia distinguir o
Do roeu Lão penoso exilio;
Salvador das nações: assim vemos nós que Dentro em mim seuU accesa
o Blptbta, precursor de Jesus Christo, Um:i luz, cuja vivcsa
não. o annuncin senão qualificando-o cor- Era a fé cm leu auxilio.
deiro ele Deus. Não o designa uem pelo Desde então, rua! sluto as dores
symbolo do lião, que denota for<;a, nem De quem fui escravo jà ...
pelo da aguia, que suppõe elevac;ão, mas Busco os dous animadores,
debaixo <lo emblema do animal o mais l\lando ao céu os meus clamores,
ll o céu graças me <.ltl.
doce. Ecce atruus
.... Dei .
1'. Mãe dos oríãos desv11litlos
A 1i devo quanto ai, ~rnço;
~udos foram meus gemidos. , .
Sam meus dias succedltlos
isas doi:uras do descanço.
C<llli c1 t~rrw ennarnnt glorium Déi I Mas se o teu divino amparo
JJi11/,n,
Me abandona um sô inst:iotc,
Qae diz a ílorinha brotando cntr.c llS rochas
É eolão que em mim reparo;
E abrindo ll)iuu,sa tla calma ao ardor?
E as fraquesas sõ dl!paro
-Que diz a rolinha gemcu<.lo nn seh•a
De pf!ccado lriumfaute.
Saudosos suspiros de goso ou de tlOr í>
Uru momento l)'esta \'ida
Que diz a fonllnba que d'cntrc os fraquedos
Não me deixe o teu au16i· !
T;io branda, tão doce se ve dcl-lisar?
Faz do fraco um hom em fertf!,
-Que diz o murmurio da aragem fagoeira E por mim pe1lc na morte
Que passa de noite oas praias do mar? Na prcsenc:-a tio Senhor.
Que dizem as vagas :iltivas l>ramiodo C.nm.1.0 C.\STEt.1.0-Bsu~co.
o· enconLro aos rochedos com lugubre som? (E.x:tr).
Que diz a tormenta rugindo no espaço ?
Que diz o medonho roncar do Lrov5o ?
~~ -
-· .~
1 J. T1m<j.\-J11.mu-Hesa a Egrcja n'cslc fins da tcl'l'n, não teme u a temp e~tade
dia da oict.wa de Santa Isabel Rainha de movida pelo mesmo Trétjano, e foi mar-
Portugal. tyrha<l0 no anno 100.
12. Qu.unA-:rmnA.-S ..João ·Gualbcr- 1 [j. SEXTA-Fmn.\.-S. Boaventura -=
10 , n obre Flo rentin o-seguia a vida mi- natural <le Balneor'1gio na Etruria, en-
litar; e encontrando-se no <lia de Sexta trou pnra a orde m de S. Francisco em
fci,·a de Parescc,·es co1n o ashas:.ioo d e consNJuencia de u~n rnlo, que sua mãe
seu irrnão Ugo CID um logar que nãoº po- fü.cra por occasiüo de um a desesperada
dia escapar-lhe, e jà lhe pedia a vi.da enfermidade, que elleem menino tivera.
apon tando-lhe para uma cruz, lhe pe,·- Deu logo m06l ras de sua grande piedade
douu, e entr., ndo ambos em um lemploi e talen to, e cl.iegou a ser o ministro de
ccn quanto ell eadora~a um Crucifixo, viu b lHl ordem. Depois o papa Gregodo X o
o mesmo Cl'urifixo acenar- llie com a ~a- elegeu rar<leal e bispo Albanense, movi-
be<;a. Foi então que, ron tra vontade de do de ~ua erudi c,ão e san ti<lud~. Assh,tin-
se u pae, trocon o uniforme milita•· pelo do ao se~uncln Cll11cilio de Leão no anno
habito mona~tico, e indo aoe,·mo ca mal- de 'l 27ú fo i atlacado d e uma enfermi-
dutense fa ll,,r com S Rumoaldo, c:,,te lhe dade, que llic eon!'lt1mi11 as fon;aR íi:,icas,
va ti cinou, que haria de ser o fondado1· e enlào sc.11 e-.piri to, livre da:. pri,ões <lo
d e un.1a orde1ri, e com eflcito n o Valle- co1·po, foi go-.al' a hoa ,·en tura.
.
Umbroso lan<·ou 0 11 Cun<lamentos de uma
congregac;ão, que é contada entre as mu i-
'l 5. S,illc,no. - ·~. Ilcnriquc, o pie...
closo-nu11 c·a !-> C deixou offusca r pelo bri-
tas ramificações br. ne<lil'linas, e tfllt> clfa lho das corfü.11-, as quae,"' só luo ser'viam
mesma, muito :-e propagou. Deu-:.;e todo dt> peso, e lh e clt,i.la vurn ver novas ol,ri-
aos tl'alialhüs da propélga<:Jo da fé e ex- gac;õc:,, a cump l'ir, ele que lhe tiraria es-
tfrp.i ção <las h ere, ia~ e i-irnonfo, péfo treilas <'On l a-. o l'Ci <los reis. Duque de
que teve inimigM, que o guerrearam, e Bnvaria, rei da Gennania. e finalmen te
até lhe incendiaram o mo,tcit-o de S. imperador dos r oma nos, em todos e,tes
Sahio, ~a lvando-!:ie milngrosa mcn te, ao degràus porqne a Providencia o fez subir,
signal da cruz por elle feito, tudos os foi se mpre, pela virtude, a, isinhan do-se
monges. Corno diz a :,,ua lcgendn: « Ven- do céu, at§ qne no anno ele 102á l~
deu os a lfuias sagrada-,, para occo rrer às· chegou.
n eces~idades dos pobre~; para en frea r os
16. Dou1xoA-Ô. ª depois de Pente-
mal\'ado,. ,,in que os mesm os eleme ntos
costes-Fe,ta do anjo Custodio d o impe-
o segunda,·aa~; p:.u-a comprimir os de-
rio. A piedad e de nossos maiores, na
monios, era a <.'ruz nas sua:; mãos qna l
cren<:a «ele que Deus incumbe a guarda
uma espnda. » 11eli.,mente e!-.peran çado
de cada reino n um anjo em e1-pr.rinl »
aa bema,·enturança, e em quanto ,·epe-
instituiu C!-lla fe:-lividadc, para assi m tri-
Lia as palavras de Da dd, que bem ex-
butar louvor e gl'a tidào àquelle que vela
fJres:,,i\'amente revelam a m c~ma c,pe-
em nossos destin os. Possa elle faLer que.
rança. « A minha alma ei,,lái-equ iosa pelo
Deus se torne propirio; e que, esquecen-
Deu ... fut'tc e vivo: qua nd o ire i e a ppa re-
do nossas falta~, seja mos utoa nação fi"
Ct,"\rei diante cltt face de Ocw; ?:» ce.rrou os
delissima a religião do Crucificado!
olhos, e viu reali.;ar-se-lhe aquella rnn-
t ura, que sempre busd1ra, no anno 1073.
1 3. (JUJrmi-1:mn,. -S. ~nacleto-dc
nac;ã o alhemiense, foi eleito papa nomes-
mo tempo ri11e era irnpPrado r Trajemo. !NcuTEnn \-0 rcverctido George Plet-
Foi dle qtwm <l er>retou, que na sagrac;ão che r, membro do clero anglica no de
do~ l>ispos não assi~ti,~em tnt>nM de ou- Londre~, completo11, ha pouC'ú <·cnto o
tJ'O~ tres. SC" mprc co m 0 leme da eg,··eja seis anno.... E, tc v1>neravel p.adr e nüo
na mão para o fazot' na v-egnr até aos con- ol>.:,tante ~ua mu i avançada idade, gosa
L-~~~~~~~~~~---:~
iBrn.,, í8 J_,
~ ~ . . . . . . . - 0 .....
ainda de excellcnte ~aude, e sua vista é prestar identico serviço a outras nlma 5
tão bôa que não usa <le oculus. lia bem egüalmcnte 1·.eligiosas , para o q11e lla
poucos dias pregou um sermão na egl'e· sempr~ n bo,·do cerlo nutnero de. eccle-
ja <le S. Lucds. siasticos.
Rrn DE JANErno. -Por dec1·eto de 15 -Na provincia d'fokoutsk, na Sibe-
de Maio, fot'am concedidas ~s honras de ria, imilaram aqnelle exemplo os m1ssio-
conego: narios grego-rnsso: mandaram eonstruir
· Oa Sé do Lispaclo de Marianna aos uma egreja po1·tatil, que se pode armar
padres Candido Affon~o <los Santos Lage. e de$armar à v_onta<lc. E.. ta egrcja, cujas
e Manuel Hoberlo da Silva Diniz, viga- diversas partes !-am transportadas por
rios das freguesias de Betim e Taquarus- meio de carretas, percorreu o auno pas-
su,. do mesmo hispado. sado a maior parle d'aquella proviocia, e
Da Sé do bispado <le S. Paulo aos andou 2:200 leguas no espaço de oitt)
padres Prnncisco Mureil'a de Carva]bo, e mezes: '1:500 idolatras foram o'elJa I.Jap-
.Jose Carlos Martins, vigarios das fregne- ti~ados.
~ias de .lacuhy e Alfenas, do mesmo bis- BAm1.-Prcsistindo Sua Snntidadc na
pado e provincia de Minas Geraes. reforma das ordens religiosas, delegou no
Por decreto do mesmo mez: E.xm. e Revm Snr. Arcebi~po Metropoli-
Foi ap1:esentado o . padre Marianno tano a jurisdic<,:ão de abrir ê presidir ao
Antonio Corrêa, na freguesia de Sacra Capitulo geral da cung-regaçào Lenedictina
Pamilia do Tinguà do bispado e província do imperio, com o fim de melhorai-a.
do Rio de Janeiro. O que tomando Sua Exc. Rcvm. 1rn di-
Foi permettida aos padres Antonio vida con~idera<:ào, abriu o Capitulo a 3
Rodrigues da Custa e Jo~é de Noronha de Maio passado elegendo para D. Abhade
Napoles Massa, vigario~ das freguesias do o reverendo Snr. l?r. Saturnino de Santa
Espirito Santo da Cruz Alta, e. de Nossa Clara Antunes d ' Abreu. De uma egual
Senhora da Conceição de Peralioim, do missão para com as ordens r cligiosQs e.xis-
bispado do Rio Grande do Sul, a permut- . tentes n'esta provincia, se acha encarre-
ta entre si elas respectivas frpguesias. gado Sua Exc. Renn. nosso dignissimo
PAnA', -Acham-se <'onduida~asobras
Prelado o Snr. D. Manuel Joaquim da
do Palacio epi:,,coeal, que emportaram Siheira.
em 28,ú60:000. Podemo~di:ier, segundo
-Por permissão imperial de oito de
as informações que temos, que o predio
Janeiro do aono passado, foi conc·edido
so.ffreu uma completa reforma quer in-
ao Uevm. Snr. Vice-Prefeito dos Missio-
te,·ior quer exteriormente, tornando-se oaril)s capuchinhos <l'esrn provim·ia, Fr.
assim um fammo edificio, e talvez o me-
Dor otbeu de Dronero erigir um hospicio
lhor que no Brasil serve" de residcocias
na Capella de Sant'Yago d'esta cidade.
epii,copaes, e por isso felicitamos à Sua
-Domingo 2 do corrente te,·e Jogar na
Exc. Revin. pelo seu novo e digno alo-
Egreja Matriz ele Nossa ~enhora da Con-
jamento. .
ceição d' esta Cidade, a festividade do Es-
-Oxalà possamosem breve dar cguaes
parabens ao nosso Dign<> Prelado, que pirito Santo '!Om vesporas e Missa solem-
não pôde ainda ver concluidos todos os ne, feita pelos captivos. Ao Evangelho
seus boos e louvaveis desejos. orou o Rev'm. Padre Dr. Manuel An~onio
E.sTAoos-UNmos.-Existem n ' esle paiz da Paixão.
egrejas fluctuantes, que navegam jt1nto
E . . P,......,, s .
as costas, recebend'> a cada passo immen-
N.º 8-Pag. 8. 1. t6-Lêa-se-Santa Isabel.
sos habitantes d~aquelles si tios, e seus ar- N. o 9- « 7. (< 15 cc dos Santos Aposlol1,s
redores, que várn assü,lir ao ollicio divi-
no. Tt>1•minado elle. largam em terra
ftla1'miftão-'l'yp. de .!. C. :ll. dá Cunha 'l'or r es,
aquella bôa ge·a te, e vam mais adiante Rua dos lJarbeiros 11. 8.
D.CHBlSTIANISMO.
~mâ&il1\lal9 llàl!\Lll(\!9PJ®~
1•neço 1n suoscn tl'ÇA '<>. X X .\SSIG:'\.\ -Sf:
l'or UIII UlllU\., • .... .. 8$000. v" I Na llua da Cruz'- 11. 31, e na 'l'i110gr~phia
l • s,·ls m•·1.~ . .•.•• . 4~uo.
.
P.ogo ad1au1a<1º·) • 111.,. mc.w, ••••••• 2$1100.
\A, uls•o,..... .. • .. • • .. . si1,o.
à
X IV dcsu, Jornal. ·
ft
,Yo11 t·t11 i animas perder, 1c,1 snluarc.
S. l.u( . e. O. ,•• !IU.
- -=- = - - __·::..~=--=-=- · - - - - - -
~
.;, 't'. ,t;j, . -d
IMolKa~----.....!
~ ___· ® TI!tilllWll~~llJl-i'SiJ~W~o~
,n/:.....az:-rce:,.;f:;H, - 4416 ;;.'f:-~Jl>?ãiiffit ~ r: i:S· -;a â""".b31 :"'ff ·z··~-h:.. ......,....,_., ... ..:ta&W.s?M.tZ=
t;'iÍ ... . . .. t
parecesse o sol claro até à larde, co~tra a todas as indignid tldes, e to<los.o.s ultra-
toda expectação para enxugar à roupa de jes, e a todas .as sacl'ilegas profonac:}Ões,
todas as fomiliac., que se tinhan~ refugia- das quaes a humana e dbbolica mufioia,
do com presteza em nossa lrnbitac:iio , ca- p odia se r cc1paz . .
miohan<lo por de ntro d'agua até â cintu- Queremos s,,ber se a nossa fé he ,i-
1•á, sendo d e notar, (Jne n os $Ubsequen- "ª? Excitemos em no~sos corações aq uelle
t~s dias, o sol se tinh a occuhado por espa- sin cero pezarda s faltas co m meu idas, p ara
<;o de li dias e meio. n os sere m perdoadas. -Tudo be p os.,ivel
Esta mos lines do pP.rigo e affiição, àquelle, que ·crê. -QL1eremos provar
por singt1 lar beneficio da Providencia, noi-sa religiosa concluç ta? Prosll'emo-nos
que se dignou atlender, pela fé nas· divi- aos pés de J e:.us Christo, repa ra ndo do
nas prom essas, nossos clamore5, e escutat' modo possíveis e à fa ce do céo e da terra ,
os gemidos de tantos infelizes, a cuja an- todas as irreve rencia~, aesprezos e ultra-
gustia accorremos com as consolantes pa- jé~, q11e este Deós e senhor, recebe so bre
l'avras de Jesus Christo, dirigidas a Mar- n ossos altares.-Tudo be possivel àquelle
tha, quando duvi<lon do poder do uni- que crê -Em presença dos proximosacon-
genito Cilho do Altíssimo em resnscitar a teci m entos, recorramos a J esus Christo
l..asaro seu imão, que jazia sep'C1ltado ba- com humildade, supplicando mil vezes o
vi.a quatro dias-No1111e dixi tibi, quoniam perdúo de nossas iniquidades, jà que não
si credideris, vi<lebis gl01·iam Dei ?-Ev. nos be pel'mittido regar com lagrim as de
Joan. e. 11 v. áO. ingenua contrirção os lugares, onde seu
Conveúiente be que passe mos a ex- S'agrado corpo foi horrivelmente ultraja-
I10rtar os filhos ele no~sa predilecçào, a d o, e os signaes de seu amor forn m des-
que p1·ocedam em perfeita armonia com pl'esados. Jà que dizemos, n:io nos ho
a fé professac.la, cujas obras de.~ignani p ossível constituir-no~ senhoi· dos cora-
qnaes são os verdadeiros crentes, a quem ções de todos os bomen,, para reparar,
Jesus Cbristo assevera toda a possibilida- por qualquer sac rificio, a ind olencia de
de cm obter todos os meios de consegui- todos os que não querem conhece r a Ocos,
rem sua predestinação. -Omnia possibi- ' ou qu ê conheceildo-o, não o · tenham
lia súnt c1·edenti. -Com memoramos par- amado.
ticularmente esta virtude, como a mais Manifestemos na divina presença a
util ao viandante no tempestuoso mar di~posição em que estamos d e soffrer tudo
deste tnundo, com a qual arma<lo, e for- que n écessa rio for , para repal'o da inno- ,
liÜcado, pode venre1· todas as difficul<la- cencia perdida pe la culpa, e patenteemos
<les e tropeços, que encontt·a r possa no a vontad e, riue temos de satisfiue1· u sem-
caininho da rectidão. piterna jusliç:.i, unindo nossa intenc:ã6
Pretende ca<la um <le nós convencer- àqueJla ·que Jesus Cbristo <lirigio a seu
se se he ou não, verda<leiro crente? Veja Pai sobre o cahario, satisfazendo pelos
se adora a Deos em espil'ito e verdade, e peccados de toaos os bom c ns.
do mesmo modo a Jesus Clirbto, existin- Imploremos a remissão de Lod os os-
do em estado de victima na Sacratissima e.xcessos voluntarios, e involuntarios pe1·-
Eucha ristia, pela qual :;e offerece um stl- petrados em todn o d ecurso d e rro~sa mor-
crificio pelos homens a seu Etemo Pai, tl\l carreira, determinando-nos a cum-
por um nxcesso da mais pr·odigiosa e ex- prir exa<>lainente no resto de nossos
·ceJlente caridade, ape~ar de oão divisa r dias todos ns deveres para com Oeos~
no cora<:âo da maior pal'te de suas crea- P?ra comaosco, e p.1ra com nosso pro-
toras senão formal ingratidão, não sendo x1mo.
b asta nte ter trilltado um caminho nimia- BemaYen tnrados eternamente se re-
mente arduo, para n.oR testemunhar ex- • mos, se pn1tirarmos esta doutl'ina verda-
trnmo zelo pela nossn perene ventura, e de irame nte ev~ ngelica.-Tuclo he possi-
pelos exemplo!<. e predica Evangelicn,
vcl ao verda<lei-ro crente.-
pará nos inf,, truir cm nossos de veres e não
:.eado sn lltcient c te r sid o abandonado ú Caldeireiro 2!) de junho de 185á. - _
desen fí·eada insolcncia, 11 b a rbara impie- João, bispo diocesa ~.
dade, e à inaudita crueldade dos· Judc os,
gucrendo ainda ser ex.pm,to tod os o~ dias (Do Dicll'io ele Pentambuco ) ..
..
lmilaçáô do tlcspa11hol.
El'içit3r1s 3Rtc lSo6 n tino :cum didi-
cis,ct qore r,'Cerol, ei filius suus minor, ·couto a negra procella ao pego iratlo
ait: Matcdicius chall3DQ ....
Porque agita as nações feroz tumulto í>
GtN. CAl'. lX. 2~-25.
Porque alçando protervo, altivo brado
Noé com sua prole cm paz vh•ia, Intentam derribar da Oeus o cull9 ?
Das terras entrefülo ua cullura, Porque a guerra faminta, o audaz insulta
Bem longe de pens~r que d'amargura
As sacrilcgas tur~as hão guiado ?
Um filho os dias sc.us inda encllethi.
Porque n•um cego impulso. criminoso
Este filho ct·ael. que a5sàs tendia O hojllem elo seu Dou~ malcHz froso 'l
Ao seotiruenlo da malicia impur.t, Nutrindo as vfs paix{ies <rne inspira a terraf
Com riso mofa<lor zombar procura · 'torpes, negras paixões.as mais impuras,
Do Pae, que descomposto adormecia. ~fovem torpes monarr.has dora guerra
Noé sabe do filho a culpa borrenda, Ao ungido de Deus là nas alturas;
E, sem curar da <lõr, que a alma lhe parte, Ao rei de qµanlo em si o mundo enccrra 1
Lhe diz, lançando maldição tremenda: ~·oote de eternas glorias e venturas. . .•
ti-los para dar n,orte a seus cot:llrarios
« De filbo jà não posso o nome dar-te! Os ferros aguçando, temerarlos I
4
« Teu crime jà não pode ter emeuda ..•
No meio das }>halaqges corr~mpidas
<< Seràs de Deus maldito em toda a parle l»
VIEU\A,
Soltam seus chefes odientas voses,
Voltando ao extermínio imruensas vidas,
.
Dando à turba feroz lições feroses:
Escutando as palavras femenlidas
Úí cumpre a mullidã.~ ordens atr<fsés;.
Como occullo volcão se alfim estala
A guerra com furor jà tudo abala.
x.
Vão será o arrojo porteoto~o
Et dixornnt: Vcnl!e, facimnos nobis ci-
•J13tcn1 ct mrrim, c.ujus culm elY pettingat Da louca turba a0l1az, que-cego intento r
,,., c<etum ••• Antem Oomlous díxil•• ,con- l'fosca partir o sceplro poderoso
fundamus ihi liog'úll'm corum, Ili non nu-
.; . diat unusquisquc vocem p(othni sul, Qo que innundou de luz o firmamento;
GEN. CAP. XJ, tll-5-7. Vibrarà Deus o raio pavoroso
Dos homens a vaidade levantava 1\srnstando o traidor o mals cruento,
Em quanto na allo ceu côros divinos
No meio Jà d' Assyria populosa
A Torre de Babel, que caprictio~:t Ao podê'r do Senhor erguem mil _bymnos.
Commercio ter c·os astros inculcava. Eolâo à vlva luz do clarn dia,
Ao immenso fulgor do sol fagueiro,
Este povo insensato ali julgava Vlrà htrmida noite esr.ura e fria
Do Eterno sublrahir-se a mão pod'rosa,. J.ugnhre succeder na m~mclo il1leiro.
Se in& outra vez a l~rra criminosa lia de a 'pro.celta retumbar sombria
Das aguas entregasse á furia bra,•a. Com immetl's~ (tagor no ·fal e ouleiro;
E o'um throno de fogo, na eminencia,
!\Ias Deu~ sorri da louca humanidade, Brilhará do Senhor a O•unipotcocia.
E mostra que sua tlexHa vingativa
Só se pode a,branda'r P'Cla humildade; Deus dirá aos rebeldes mais c9rruplos:: •• ,
(< Eu sou author do sol e das estrellas:
Confunde-lt1e· a cooun1tm língua nati\la, « C9m verdes folhas e gostosos fruclos
E taz que esse paclrão d 'alta, vaidatfe << As arvores despidas torno bellas.
Mas alto não levante a fronte aIli \la, « Eu enxugo n~il pra1ttos, nuo~a criéhutos,
« Com acccnlos.de an1or, voses singelas;
VIEIRA. «.Eu sobre o ll'fonte de Siam me :is~euto,. • ,.
(Extr, «.Rejo a letra e o mar, c o firmam ento-.· "
« Eu sou, eo sou o filho do Eterno, Adeus segurança das fot·tuoas ... abi vac
« Sou eterno taml.icru, sou poderoso, commett er-se em toda a parte o vicio da
<< E arremesso os implos ao Inferno, restituir~o ! Porem, senhores a caso \'e-
« Coroo.ás ondas envio o norte iroso, mos frequent~r muito ne!,le seculo os tri-
« k"propria immensidade eu si, governo, hunaes da penitencia? Não ~ei qu e nté
u Eu aos que me Idolatram dou repouso, agora tenhamos grande moti,10 para nos
« Eu os barbaros infleis confundo,. lastimarmos dos perigos do at-rcpcndi-
« Qual a um monle<hicinza, ou.barro lmwundo.» mento.
Chaleaubriand.
Tremei, tremei sol.ierboc; potentados,
numlldõs abole! a torpe frente,
Escutac esses canlicos sagrados
ANNO CBBISTÃO.
Que repelem as auras do Oriente:
Quanto haveis sido màos e sido ousado-a JULHO.
Sede hoje bons, de coração clem~nle, 17. SEGUNO.\ -FEIR \-S. Aleixo-ill us-
Prostrae-vos antes Deus arrependidos tre romano, ba vendo passn<lo 17 annos
E sereis tambem vós seus protegidos. peregt·inando, e vi!>itando as principaes
Voae, ide á mansão da form osura egrejas do mundo, se recolheu outra vez.
Onde o sanw do! santos vh·e e mora à casa paterna, onde não foi j i1 coobeci-
Enlre mil anjos de bellesa pura, do, e por isso ahi viveu o resto de seus
Sobre nuvens de p1·ata seductorn: dias na conta ele um pobre; e c1mmdo
Ide e pascei ,•ossa ,•ista impura morreu lhe arharêtm um escripto em que
.Nesse occeano de luz encantadora; declarava quem era .
Oae a Deus vosso amor, e as suas planlos 18. Tm1çA-FEmA-S. Camillo de Lel-
Em ondas bebereis dellcias santas.
lis-de uma ill ustre familia deste apeJli-
Arrastando ama vida amargurada do, da diocese Tbeatina, ~egui11 em man-
F.m busca de praseres ,·enenosos. cebo a ca rreira militar, e um lanlo se
Pelos abysmos d'uma senda errada, deixou esco rrega r para os vícios. Aos 25
llasta, não prosigaes, ó desditosos; annos d'idade cahiu em si, e movido de
Não queiraei. a existencia condemnada uma vudacleira penitencia, parncia que-
Que espera là no Inferno os criminosos••• rer la va r com lagrimas a so rdidez d e sua
Ai do que desce ti região precita.
passada yjda. Pediu o haLito de C.ipu-
Venturoso o que sobe à que e bcmdlla !
(Emtr).
chioho, que teve de deixai' depois em ,·a-
sào de uma ulcera qnc lhe sobre,·cio a
-<CS'®-~
uma perna; e então foi para Homa, e
O sacerdocio não é um estado, é um no hoi-pital uha1uado a do~ Iocuraveis))
caraclct·: não confundamos cousas tão se empregava Am todos o.; l;ervic;os que a
dill'erentes. Um soldado, um magi,tra- mais ardente caridade pelos enfermos lbe
do , riue não é sustentado pelo tbesouro suggerla, e convertia tm delicias. Co-
publico, póde mudar <le proüssão, prn- nhecendo que p::1ra a assii.tencia aos .mo-
. curar um novo modo de Yida, porem o
ribundos eareria de mais alguma inslfu~-
sacerdote sem o seu ordenado, que púde
vir a ser ? Sacerdos in ccternum. <:ào, aprendeu o lutim; e ordenan<lo-se
Clwlcaubriand. de presbytero, fundou a congrega<;é\O de
-<"r.) 0~ clerigos regulares para soccorro d os en-
· Para se contar o numero dos seus fermo!<, fosendu elle e seus religiosos um
beneficios, seria mistét· poder contar o quarto xolo ide ~e naõ recusi~rem a pres-
numero das mi~erias humanas. tare,n seus ser~·iços a qualquer enfermo,
Clwteaubriand. mesmo contagia elo que fosse.» Só a re-
· ~~~ (,:(_... Jigiaõ cbristan apre..enta ex.em pios de urna
Os confessores sam outro ohjc<'lo de tal abnegaçaõ ele si proprio e das delicias
sa.;to. Cada confessor, disem, ~erà utn da terrn, para empregal'-se em Lencficios
saqueador occulto de qualcp1.er familia. dos outros; ·e ·merecer 1Jri1a elemicfode
iSMWo EEN59 IAM
felii . Com cffeilo e11e a foi gosar no aooó pa ra Roven a a pregar o ewmgdho. Os
<lc 1Gl lt. sacerdotes idolatras lhe declararam . crua
19. OuAnTA-fElRA-S.
... Yiccnte<le Pau- guel'l'a., porem elle sempre impa~ido, ,e
lo-devend o a e xistcncia aos nté e ntão por muitas veses tirnndo-~e mifogt·osa-
obscuros Guilherme de Pau lo e Beltrana m e nle de !)Uas cilladn-;, foi sempre aug-
d e ~l oraz, pob re,; ha bilanles da freguesia mcnlaoclo o nu me ro <l os r.rc nlC'-, até que
<lc Poy no bispado dú Ac<1:, no rein o de scllou t(Hn se u, sa ngue a doutrina que
F ra nça, pô<le eleva r-se ao snccrdocio ; e p.. egou .
emp regado por S. Fn;i ncisco d c Sallesc1n r
directo r d as freiras qn Vü,ita<;aõ, p e rcor-
ria ns aldêas vi.sinhas prcg::rnd<> com sum - t <G'lllta®~ ll<SJ.\. l.ll!m:i,U!Hl®~ u o
mo aproveitamen to, e leva ndo a con so- · H10 OB J.\NEir.O~!\'o relatol'iO que O
lac;aõ aos qu e por varios mvdos nttribu- Minii, tro da J11sti1;a apre:,,c utou a a:.~em-
la<l o~ carecia m d 'clla. ~fois tard e in~1it1,.1iu blea gemi lcgislati,•n le vou"º se u conhe-
a con grega<;uõ d os d e rigos {fo missaô, e cimé11tu a palpa,el Cdta qu e em todas as
tendo o go~tv d e a ,·ê r pro paga L"-~e e nor- Gnllt edraes do i rnpe ri o ~e no ta nos a t't'an-
rcsponder ao seu ti m, mc>1Tcu ua cidade j os ll CCel'i!>al'I OS, principzi lrocnte <.J e para-
de Pad ~ no anno ele 1(WO. m entos para·a cde bra<;aõ d o culto di vino
20. Qmr.'l'A- 1. Ern \- S. ~far<;al-fran- co m a d ccc1wia que lh e é devida, mos·-
cc7,, fo i bispo ele Le mo vico, e por .suas lrt:1 n<lo ao mesmo tem po quanto urgià,
virt ud es me receu qu e Deus o ,farn recesse alten tas as req ni~ic;ões dM dignos e res-
co l'P o d om dvs milagres. E in vocado p eitavcis l?reJa<los brasileiros, com.ignai·
como especia I pl'ole<:lor coul ra os inceo- no orc;amenlo um u verba pnra esse fim ·,
dios. rerua que naõ pod ia ser de1lil'id:i sem
21 . S-E)d'\- FmnA-i\ossa Se nhora d o grave inco nvenien te e dezar da religiuõ
Ca rmo. -Logo u os prim e iros te m pos d a d o e~tad o.
E"rreja r etira nd o-se muitos christa õs para Lemhrou lambem q11c muit o convi-
o ~\ llo elo munle Carmello, ahi começa- nha a confere ncia tlu gr:,os acad emicos
r a rn a ven erar co m especiaes cultos 11Sa n- e m theologia, .e a 11g m en ta 1· as co ngruas
tissima \ "irgc m , no m esmo log:ir cm qne dos parnch o:; e c:onegos dns C:1 th edraes
011tr'ora Efias ba via \'isto a ;1uve m su- q11c por u~csqu in h os naõ pod em con vida r
bi nd o. T a l é a ori Prrr.m d 'csta deno.
mina- Oli tale ntos e dedicat:<>es· especiaes; qu ão
çaõ <la Senhora, e tal o c·<,mec;o <la 1·es- u rgen te se tornavcl o e~ ta belecimenlo de
pcitar cl ordem 1·eligitli,a, <p1e a venera dotu1;õns a'lnu aes pa ra as obra~ e ma nu-
co1~\0 sua p ad roe ira . teoc;aõ dos Sem ina ri os e.l n imperio , a
2:!. SA1111Aoo-Sanla Maria ~fa~dalc- ma ior parle d os quac:, n aõ tcem as ren-
n a- fo rm o.~a , nol.H·c, mas esca r(da lo~a .das necc~sa riat-- para poderem censeguír
urn lb cr bebr ca, logo q11e 01 1\·j u a p ro paga- o scn fi m, poclen1fo-~c- lhe~ npli1·a1· os
Cfü) d e J esus Chri:- to fo i l (>Cad a d a d ivina bens dos cónvcnlos, q11e oaõ lee m com-
i raça ; e ch ora ndo a margn ine nt~ as ~uas m.1inidade, ('Onrc l'~aõ qu e dando muita
Jà ltas passadas, to<l:i ~e abraso u no amor fo rça á cd ul'a<;aõ e ill us't r,u;aô <lo clero ê
do mes mo .Jo:--u~ Cl11·i~to, c·nja di,·inda<lc c~igi<.h . 1 pelo e:.tado e peJa egrcj,a.
r el·onheceu. e me rerendo que cll e d ',11la Deus q ueira que n piedade d os dig-
cl issc~se « q uc Ih ~ ha riam sido pe rdoa~los n.os repre,'ic ntan lO!> d o Bra11il , naõ.acha n-
os mui tos pecea <los. po r i-.so qu e ta mbcm do inconveni1mt11:- a ·~stcs bencficios qu e
o a mam muito. ,, Duran te o:,; Lnuwes ela s,c p rocura fl prol do cle ro LH'at-jl c'iro, os
paixaõ <le .Je:::us Chri:--to tcre :-:cmprco rn- m()va a melhor contcmphl-1o, ti ra ndo-o
Jor de arompanlial-o, e p or isso me r ece u da penuria em <"{II C !-.Cm pre tem vi\·ido;
que fosse a ella <pie elle prim eiro se mos- pa ra dar-lhe a·q udle rea lce P. rofü, idera-
trns~e ressuscitado. Havendo <'omhinado <:aõ que b em m e rece m romo min istros
f1 virnr, ~o~ona nd o de m ais em mais 1)5 da Religiaõ , qu e é o tb crm ometro da ci-
frncto!l dP uma rerdadeirn penitencia., foi vili~a<;;,111, e prog resso <lo~ E~tados. O clc-
g()~a r .as d eli('ia~ do-Céu. r q, até hoje, te m l-iido muito ma l aqui-
· 23. Domxco- S. Apollinario-vindo nh oad o, ao pnsso 'l ll e sub re todas as Otf•
co m S. Pedro d e Antioc hia para Roma, Lt'as clas..,es t, ,dos os d•c1s ('bovcm bcn.e fi-
foi d'abi ' ordenndo Li:-po, e mandado cio::;. Quero, se naõ Jrn urc.r rec:ompensaA
~
lf3]PíR,i]lt
~~........,.l...
se quered1 dedicar ás fadigas do Apo~to- tes fieis ;\ reod~rern culto a ílainba dos
1ado? Serú a pl)hresa e o inen,)Scabo, o Anjos. Ao Evangcl110 01·ou o Ue,•n?. Sr.
c1ue deve por partilha caber a<) Padre ? ! ! Conego Eleuthel'io Alar<1ues da Sil\'a Ho-
Esperamo~ tudo d'estn legi:.h1tiu·a, e es- sa, que procurando demonsm.11· o a111or
p cl'amos gra tos tributar- lhe o nosso re- que devemos consagrar a tão carinliosn
çon hecimeoto, melhorando a nossa sorte, Mãe, preencheu a espectação dos seus n 11-
e dando-nos a con11iderac;ão de que care- mero1-os ouvintes-Damos os nos~os ~in-
cemos pela nossa pob1·esa. ceros parabens ao ReYm. Prior, que foi
·- Por ca rta imperial de 8 de Junho, tão so1icilo em honnu· a sua Pticfroeira
foram concedidas as honras de conego da com todo o esplenclo1·.
imperial capella ao Padre .Joaquim Pin- -Do.s Mappas appensos no relatorio
to de Campos; e apresentadoc. os Padres: do i\1foistro da Jusli<;a, roa~la: que o Ar-
José Cae tano d' Almeida Ta vare!;, no ceóispado da Bahia, e Bispados do Ri() de
beneficio vago na Ca lhedra l do bispado do .Janeiro, Par.i, ~Ja ranhào, Pernamb11co,
Paril, e Tbomaz de Aquino Carrêra, na Hio Grande d o Sul, S. Pau lo, e Mari~anna,
freguesia de S. Miguel da villa de Cintra, contem 1ú ,·igaral'ias geraes, 3 particu-
do mesmo bisp ado. lares, 1.80 fo ran ens, 3 al'ciprestados, DG l
-Domingo 9 do corrente houve no parochiai-, das quaes 585 com paroc:hos
conven to d e Santo Antonio a ÍC:,;tividade collacfo~. 308 com parochos cucomruen-
do Apostolo S. Pedro, feita p elos pes('a- dados, 68 vagas; 1 :j c111•t11os dos q1rnes,
d orcs. 'l O com cura e 3 v,1gas. l\ào fasem parte
-E o 'esle mesmo dia teve Jogai· n a d'e~ta recapitul.u;ão os Bispados ae ~lat-
capclla episcopal a ord<!naçãu d e pre~by- to-(irosso e Gnpz, por não ter a Scere·
tero no reverendo Diacono Pranci~co Pe- laria da Ju~ti<;a rccebiçlo em lempo at;
cko <la Cruz. informa<;õcs que se e~igil'am.
-Em virtude da grande cheia que teve -Por cartas p;,rtic ulares, consta-nos
Jogar em Pcrnambnco na noile <le 22 para que fi>ra o reverendo Padre Antonio Du-
23 do pl'oximo p. foram abaixo cinco ar- a rt e do \'alie, o apresentado no IJene-
cos da Egreja l\latriz de S. J osé d o lleci- ficio vago d'e~ta Catbedral. Damos- lhe
fe. O povo amedrontado corrfa para o por este meio os nossos cordcaes para-
paço epbcopal. bu.-w aodo lenilivo nas bens.
-Foram JUl!!ados
0
OCHRISTIA·NISMO.
r•11eço üA soescn1r(:&'O. X V ASSIG:-iA·SE:
I Por um ~nno••••••••• ssooo. W ~., Na lwa tia Cruii o. 30. e U3 Tipogro11Wa
..._ .
, dgo ild1un1ado l,
1 • sei, me:in...••••. 11s.-..oo.
11 cz 111.1.e,.: ..... 2SROO.
V
1A A
A d tSlc
•
AVDl~'ls.. • • • • • • • • • • • • • s21,o. Jornal.
1
,Yon renf anima, perdtl't ud aaloart,
~. Luc. e. 9. ,.• !i6.
--=
instituições que lbe deu, os castigos que
OCHRISTIANISMO. lhe inílingiu se referem a conservação
d'este deposito, d'onde deveria sahir o
, christiani~mo e com elle a salvação do
mundo. ( l)
(CONTl:lll'1DO DO 1,.• 10.)
Agora se pensarmos que os m:iis bcl-
Não insi:,tiremos mais sobre as nume- los li vros da antiguidade profana saw
rosas semilbant~as que apresentam os can- precb;amcnte os mesmos que nos conser-
tos epieos, as historias, as leg~nrfos, em varam as tradi<;ões e as crem;as dos po-
uma palavra todas as poesias, e todos os vos antigos; que a bcllesa d'estes livros,
Ji vros primitivos. Os factos que citamo:-, ião diOerentcs em forma e linguagem
e qu~ se acham reproclusidos com mai:,, ~m conservam sobre tudo a grandesa ·dos
menos clal'e~a em Herodoto, na chronica acontecimentos que referem, a· sublimi-
<le ·sanchoniaton, e áté nas tradic;ões das dade das ideas de que f>lles sam os inter-
lrihusselvagens da America, bastam para prete~, qnal .nàD deve ser a beffe~a da
estabelet'er uma identidade perfeita no Escriptura que contem os mesmos factos
fundamento de todas as CL'cnças humanas. e as mesmas iclcas, mas com uma conse-
Por desgraça, estes li \'ros, que se har- quen<·ia, com um:\ or~cm, ~ co~ um.a
mouham em tantos pontos, diCferem em simplici4ade ad,01rnve1!-! «É aqui, diz
outros muito~. A verd.,de se encontl'a La FQntaine, que a sa bedoria divina apre-
n'elles rnisturada sempre com a meDtira, senta os seur,; oraculo!'I com aquella eleva-
e ·muitds veze1' é impossivel <lesco,·tinal-a ç..1o, marrestade e força que se não encon-
ntravez das tramformac;õcs porque ellr1 tram ne~ em Virgilio nem em ilomero . .,
tem passado. Apparece com<~ um raio de A i<lea d'uru Deus unico tinha sido
l uz nas trevas, nfio pctra des:,apar a som- esquecida na Grecin. Esta id.ea que so a
bra ruas para tornai-a ~e.n~i,c l. tribu d'L,rael tinha ~ido solicita em con ..
''
Ee:;ta uma·dasra~õespo1·quea B'bl' I ia servar em sua puresa, imprime na poesia
se torna um livro neccs'\al'io; :,em este li· sagra<la, não :;Ô nm caracter. mais philo-
vro, a hbt,:,ria do homem P. a do mundo :-opbfoo e moral, mas de. ma•~ a mais uma
estariam envolvidas em véus inpenetrn~ gra ndes::. infinita. Se os Prophetas apre-
veis. As lei~ da moral não teriam nem sentam a Deu~ corporco e fallando, é por
fundamento nem ccrtesa.; a sot·iedlade não que não ha lingua alguma humana que
conheceria nem ~ma origem , nem seu possa se exprimir, como diz «. Bossuet »
fim, nem seu d e:,lino. para com os homens carnaes senão l'e-
Porem se conrcbe se a corrupção <los presentando por im_agens sensiveis, ver-
factos primiti_vos por povos dic;pel'sos, pri- dades totalmente intellectuaes.
vados d'uma lingua commum, lambem Mas quem poderia se figurar um De~s
facilmente concebe-~e que o <lepnsito dos material lendo estas pala nas de Oav1~
arcbivos do t,crenero humano dever-~e-ia ,. «faliou e t11do foi feito, mandou e ludo fo,
conservar sobre a terra; a!-isim se cxp 1ca criado. Se e!t subo aos céuit, alzi estaes; so
a missão do povo ílebreu, que Deus sus-
tenta por um continuado milngre. As (1) ~. dé~euoude, lldis. du chrls1f3n, lntroc!acr,
L_~~~~~~~~~~ ~
~
lHY:JE</ I
me erre sw·,,.·nvrccteYr:effltlltl· , +ttt•••* Sett«Pit
rnfuraça, grite, e prrca a p:1z. Que aingucm reprc- homem, um:i, e a rn:iis principal e conhecida. ó con-
hcndr.sse à outrem, e ocm se iulromcllessc no officio duzi-lo a juizos, e suspeitas contra seu proxirno, para
:ilhcio seria muito melhor, ruas qnaollo acoutcccr que, que rapin:mfio-lhc a cstlmação1 e boa opinião, que
algum d'cstc principio so ap.irlc, não é prudente que, d'elle se tem, por sua porversa iaducção lhe arran-
o outro scru mais reflexão logo se dt!scomponha, e que lambem o amor, e caridade, ou oo menos o faça
lhe d~ com Isso em rosto, diseutlo-lhe, por exemplo; entibiar e esfriar n'ella: por esta mesma rasão cslà o
~e tem licença para arguir, ou reprehcmlcr. ou se sa- homem obrigado a procurar resistir à lão forte selluc-
be a regra que ha de niagucm se mellcr nas obrlga- ção, considerando-a como muito grave, principal.
çõrs alheia!>? mente por nos tocar em um ponto delicado, como é
D'esle proceder o menos que rcsulla é: tl'uma a-Caritladc-Qncrc~s éonsorv:ir, diz S. igostioho ( t ),
cousa que em si é nada callamlo-sc, e clisstmulando, o aruor, e caridade para com o vosso proximo, davels
lc,rnc-se um ohjccto serio e delicado. Dous corpos com muila deligenc la abstcr-rns de juisostemcrarlos,
rijos balcmlo-sc um com o outro soa m, e cslrondam; e sospollas, pois que este é o veneno da-Caritlade-
porem se um d •elJes íor brando. nem se ouve nem se A' este mesmo respeito ensina S. Bo:wcnlura (2) cti-
~cole. Sabemos que uma balJa d 'uma p<'ça columl>rl· sendu que: é peste occulla, e recouccnlrada, poreri,
na reduz a pedaços uma torre ainda que seja cons- • gra\'isshna; que poem o homem de Deus mui :.> parla-
truida Jo cantirla, e faz gran<lc estrepito; t!ntrelaoto do, e desiroo a Cnt'ldatle, e :11\lor do·proxitoo.
que, batendo em umas saccas d'algodilo, sr. abranda 4 lnfaniação do proximo quer corusigo mesmo,
de tal :,orle que, quebrado o Impulso, alfruuKa toda quer com outrem, eis, cm que consiste a malicfa e
a sua força: assim dev<> o ~omem portar-se para com grnvldntle do vicio, <l eque vimos de fallar; por isso
o seu pro, ímo quando d'cllc lénha ommsa; s~gulndO que ousa um ter o seu proximo em menos, dando-lhe
em tudo o que diz ~alom:io (1)-« 'l resposta branda e cm seu coração inOmo e injurioso lugar, por leves e
sua\·c <1uebrn :i Ira: e a espera suscita o furor ,> e suppostos intliclos de cousas muilas veses nao ex.is:
· accenJc maís. porque é lançar leuhn 110 fogo; contra tentes, nem ainda pensadas. Esta íalta para coru o
o que diz o Sablo (2):-<< não Jispulcs colll o homem proximo é tanto mais :1ggravaale, quaoto mai.s leve é
fallndor, e nem mellas lenha uo seu fopo: l> Isto é, 11ão a causa porque é detractado.
deve o ltomem a \'lvar ou augruentar o Í'ugo rom res- Ainda outra malícia e aggravo contem cm si este
1:ostns fortes, antes sim deixar-st• possuir tle sua,•iclade, vicio cleg1·adante, que é, a injuria reconhecida contra
e virtude, de maneira que, ainda quando lhe sl•jam Deus, e usurpar a jurisdicção, e juiso, que sõ ~ propri3
enderei:adas palavras duras, e as1H ras, ditos ()iC'antes,
1
do mesmo Deus, como nos ensina o Eva age lho {3):
e ralumrnatorias, não façam estrondo, uão se ou('am. Nolite jwlic<irr., et 11onjwli cabimiiti. N otite con·
e nem se cheguem a conhecer. ma'I abi mesmo se de,11.1wrc, et 11,011 con<lcrnnnbimini. Explicando
coosummam, e enterrem. Um modo muito facll e hu- S. Agostinho esla parte do Evangc!lho (4) diz:-aqul
milde, nos ensina s. Oorotbcu. para respondermos p1 ohibe Oeus os juisos temerarios, quaes, os de jul-
ri•eslas occ:1slões , e é: quando algum, esquecido gar a intenção do coração, ou outras ,·ousas Incertas,
d'amor ao prox.imo. com a~pPrcsa nos fallar, e com porque só pertence Isto ao conhecimP.nto de Deus; e
desabrimento nos arguir, ou rl'p1 ehcnder. :linda mes- assim manda que não nos entromntu.mos colli ellas.
mo anim:iodo-se :i dizer o que oao llsc•mos. que lhe &inda mais pal'licular <kclnra o Apo~tolo S. P,m -
. respondnruos coui huáilldado, pedlnclo-lllt! perdão, lo cm uma ()e suas Epistolas aos l10111at1os (3) , onde
como se hoo\'eramos dado cousa , com quanto a não diz: Tu qvisrs, qui judfrrt1, <tliewum .~t-rvum ?
tenhamos dado, e digamos: perdoai-me, pro-ximo D<1mi110 8US .vtilt, a,ttl ourli t: quem sob vo,;, que vos
meu, e rogai por mimá Ocus. Assim aroosélhava um animacs a julgar o servo alheio ? Julgar é o aclo de
d'aquéllos Padrrs anligos, d'ondc exlrahiu S. Ooro- snpPrior; esse homem não é vosso sul.Hlilo; dono tem,
thcu esln douctrina. qne é o Senhor; entrega-o :i el\P, que o julgue; não
Se andarmos d' est a l<orte pre\•cnidos. uns por usurpeis a jorh,dic<·ão do Deus: itaque uolitr ante
um lado com gramle cuidado a não olfünd,•r o seu tcmpw1jurfic11re, quo ntlu.,que venial Oomious,
proxlmo, e nem lho dar occasllio d~ desprascr, outros qui rt illumi.11abit1u 11bsro111/it,, ttnebr(lrem; ct
por outra parte muito preparados para sofl'rer, e le- m w11i/csfu brt ,:onsetia cordium, et time laus crie
var com uom aoimo, e ,ueJhor modo suppol'tar as in- wticiiique tt Deo. (6) ê ele corlo esta a maior rasão
jurias sem alll!rac:10 tl'espirito, de certa cumprire- que temos para não se atre\'er o homem a form:lr joisos
mos assim a oitava e nona coudlrçõcs da tão rccom- temerarios do seu proxlmo. e penetrar os pensamentos
mooJada virtude da-Caridade, que é- ru'io irritor- dos ;;llros, o qoe sb p@rlencc, (rrpetlmos), à Ocos,
se, nem enfurecer-se com ptssoa al9umo.-Escre- Um )longe (lê-se na vltla cios Padres} por signoa:.
vendo o Apostolo§. Paulo aos 1lom311os (3) lhes dis- lfwes, qu«' viu, e OU\'iu, fatiou mal d'outro Monge;
sc:-como é que vos atreveis a julgar o vosso irmão, urna voz do céu se lhe rez ouvir, e lhe disse: Os bomens .
a desprcsa-lo, e a deseslirua-lt> em ,·os.,;o coração :>•• ,
(1) s. Ag, lib. de Amlcit, ca11, 2l,
Entre muitas, e dh·Nsa,; tt>ntacões. com que o de-
(2) S. Bo)v. lu C$tlmul. amor, ca11. 10.
mllnio , inimigo do nosso bem, costuma aguerrear ao (~) Luc. 0-31.
{41 Aos. lih, deScriu. Oom. en Mont.cay,. 28,
(ti Pro•. 1:.-1.
121 Ecel, 8--h. (:,} Ad. nom. 1h- , .
13) S, p.,u1 ~d 110111 1~-10. -·t
'!.) J:it:,''· 4
~ ',
-p ,- ~ -=.._ -
...,._.,,,,...8',tl,ldilo .......
se bam levantado contra mim, usurpado ? meu juiso,
e temerariamente se ham mcltldo ua jurlsdlcção DO
alheia. Snr. arcebi.~po de Pari.ç sobre a obsa1:a11cia do
.Se isto dlseroos, e reforem os S:intos, alnd:i d'a- repouso do domingo. a f/Ulfi foi lida cm todns as
quellas coU,Sas, que apresentam 3lguns indicios de ruol, egrejas da diocese depois da mis~a 110 dornin90
que poder-se-ha disor d•aquelles que, nas cousas que de Pascoa.
em si sam boas, lançam o mortífero veneno, inclinan-
do-as à mà parte, considerando-as com m!I tenção, Smmon CURA. -íloje que celebramos
e lsLo a ruor parte das vezes por causa ue respeitos a solemnidade das soJemnidade·s e o gran-
hum:inos ? 1 A• tsto e c1ue mais propriamente se deve cle my~terio, qu e senio de base a insli-
chamar formar usurpação da jurisdlci::10, e juiso de tui<;ào do dowingo, ,·imos chamar a vos-
Dous: por qu:into mesmo dentro dos corações querem su atLenç5o e a do.s fieis soLre o cumpri-
os homens entrar, e penetrar as intenções e pensa- mento de unia lei, cuja violac:ào he uma
mentos do seu prox.imo.. . , /a cti eslis j udfrcs i11i- das chagas mais profundas elo nosso paiz.
']Uarum cogitationum; escreve o Apostolo Sant 'lago. Vos l'onlteceis a obra do repouso do
Confirma o Sllbio, e diz: atlvinhadores querem domingo, qu e alguns ferrnrosos chris-
ser julgando, e ~cltPndo-se no que não sabem. nem t5os jf'I comc<~a ram La tem!>o cm Paris.
podem saller: in semilitudillem t1rioli, d eonjtc·
Esta obra de ;,ma importa~cia tüo capi-
toris a:slinat, quod ignorai.
E claro portnnto que todo o homem, que assim
tal faz progressos. Numerosas ac.lhesües
praticar, já mais poderà ser protegido de Ocos. visto
chegam todos os dias e ,·em augme11ta1·
que, sem temor Infringe a decima condlc('ão da cx- as li:,tas abertas para receber os nomes
cellcnle-Caridade-que é não-odrnittir juisoa te· daquelles que promcttem não trabalha1·
mcrnrios. e não fazer trabalhar, não l"ender e não
Se o homem entretanto bem ponderar os grandes, comprar no domingo. B.a nisto sympto-
e magnificos effeílos da Caridade, e conhecer que, mas ele uma mudan<;a feliz nos u:-.os e
por ella est.'l obrigado a amar ao seu proximo, sem costumes e na opini:to publica. O go,•er-
dovlda não o dlsgostará à outrem com oifcnsas teme· no da o exemplo e farnrcce este impulso,
urlas; e quando seja agr:\\'ado, não dest1j:irà ,•lngar- fazcmlo que se Dt\O Lrnbalhe oos estalei-
se, como ensinou o Apostolo S. Paulo nos Romanos (1 ): ros do C!ita<lo. As pessoas occupacJas em
uulti ma h,m pro md to red c11 tes. receber a adhesão d'>s negociantes ou <los
A cada passo csL1mos vendo, que este, ou aquellc
se gloria com o caimento do seu o(fensor: não desejo
opera rios encontrnm geralmente por to<la
(diz um) que venha mal ao meu proximo, mas certa·
a parle um a<·olhimenlo, que os enche de
ruente Jlretcndo diser· lhe duas palavras, que elle sen- sati,..fac;ào. Os velho!- prejuisos de irreli-
tirá, e tah·ez conhccerà o mal que obrou: outro, que giito tem diminuído coo:-.i<lcrn,·elmenlc.
sú espora a vlngau('a vendo seu proxlmo veslido de Demais, se nüo he para i-antifica r o
uiquinldades, cheio de crlmtis, para regosljnr-se •lo domingo que se de.,eja a liberclade <lesse
casligo, ou rer,rebcosao: muitas cmfim costumam a dia, hc pelo meno:. para go!-ar-se de al-
expres.~r-se: não quero mal a fulano, mas não me gum sot'ego e de algum de:.ca n<:o. Fil'rn l-
ha de entrar mais dos dentes para dentro: conservam mente <l<~baix(1 da iníl11encfo destas idéos
dentro do cor:u:ão uma tal aversão que não podem e de:-.les esforço .., notam-sí• jà alguns quar-
tragar aquelle, que os iujuriou; e por isso crescendo teirões de Paris, oi, quaes tomam no do-
vai cada vez mais o desejo lia vin@ança contra seus mingo um a~pecto de fe:,ta e de repouse..>,
inimigos. i~ Isto cl:namente opposto ao amor do pro- que be muito 1-eosivel; outro~ quartei-
ximo. e que de certo deslumbra muilo o caracter de
rões se combinam oeste momento para
Cbristão; maxlme quando lemos no Livro dos prover-
bios (2), que: não devemos desejar ao proxlmo outro
seguir o mesmo cxemplp, e lie certo que
tanto como elle nos íez; porque, é iodubltavel, que
este movimento tend~ a propagar-se.
quer ver-se vingado e satisfeito. Devemos. sim, não ParP.ce-nos, :-.enbor cura, que be che-
alegrarn;o-nos com a Iniquidade; porque todo o ho- gado o momento em que nüo dcYemos
mem que tem-Cnridade, -veodo que Ocas, e o pro· limitar-nos a votos e esfo1·c;os i-;olados para
ximo ô offcndido, sente-se pcnetr:ido de dor: releva coadj uvar esta ohra do repouso do do-
os defeitos e faltas do proxlu10: tudo supporta por miogo, tão capitol debaixo do duplicado
amor de l>cus, crendo, e esperando r.a sua jusllça Dl· ponto de vi., ta religio:.o e social. E ~e a
vlna, e Infinita mlscricor<lla, à qucn) e.leve recorrer di- :,a hedoria nos ian p1Y1.c~~c uma certa l'l:'-er-
scado: perdoai ·nos Senhor assim como nós perdoamos va ao comec;at' outra vez uma empresa,
aos nossos devedores. cujo &u<·ce~i-o era tão inc<'1'lO em Pal'Ís,
F. 'fl. de ,1.
nosso devr r ºº" obriga agora a tomar os
,{1) Ad. nosn. 12-11.
(2) Prov. 2's-2ü.
pl'imciro!> fulgores deo.·peran<;a . que nos
~
3: . . 'bc zlbr'
brilha, e a empregar lodo o nosso zefo. tenho \1C<'e1isicla<le de vo-los apnntar lo-
toda a influencia moral, de que podemos dos aqui, uns dizem respeito a Deos, ou-
dispor, para tentarmossaoar º" pelo me- tros ao homem. este à 1·eligião, aquellec;
nus limitar ~ circumscrevet· o m::-il terri- lt sociedade; ha molivos para os interes-
tel, que dt!rnra a França ba mais de meio ses e~pirituacs, mas lambem os ha para
seculo. os temporaes: uns referem-se à alma e os
Nossos meios, senhor cura, se limitam outros ao corpo.
a tres, mas $ÜO hem poderosos sobre ag Pode haver uma sociedade sem 1·cli-
almas, por pouco di:-postas que ellas es- gião, uma religião sem culto, um cnlto
tejam. Podemos orar, podemos exhor- sem ora<;.,in PQue são por fim homens, que
tar, podemos obrar crida um na esph~rn não se reunem járnais para orai·, adorar
de suas attl'ibuiç_ões espidtuaes. a Oroi:, ouvir a vP.rcladP., aprender seus
Oremos para qt1e Deos aparte de nos deveres, ouyir foliar de sua 01·igem e de
o escandalo da violação flagrante de um se us de:,tino!- P Qne fazem elles sobre a
preceito essen cial de '.ma lei; oremos para terra, e quan<lo tiverem quebrado todos
tiue Oeos esclareça os e:-piritos sobre seus os la<;o!-1, que os prendiam a Oeos, como
, e rdadeit·os iotere~sc~; oremos para que
1 respeitarão os lnr,os, que os prendem aos
es!)e pobre povo, que nos hc tão charo e homens? Por mais que fac;am, os deveres
que ddle abusam, comprehenda linal- da c;ocieclode religiosa são os fundamentos
mente que Deos, or<leuan<lo-lhe o repou- dos deveres da so<'ieda<lc civil, e um povo
so do !!anto dia, q11iz proteger sua dig- ~cru l'eligião serà eternamente insociavel.
nidade de homem e de chri.,lão, os ínle- Direi a e:!ste~ homens, qne vus ouvem,
rcsses de sua almJ e de :-en corpo contra que e:~e nome de francezes, de que tão
apetites deslaumanos, que. para St!l' satis- justamente se nfaoam, e... tá manC'hado aos
feito, !-abem servir-se de sna ig1wrnncia olhos elas na<;ões esti·anaeiras, tanto civi- •
~
e !,Obretudu de suas paixõe!-i. Oremos e lisadas como barbaras, por esse verniz. de
foçamos orar, A violaçiio d'l santo dia he frreligião. que llies dá essa au;;encia do
uma especie de sacrilegio. Encha dt:? do,· cnlto publico, que vem sobretudo da não
esse pen.sarnento o cora<;à<> das sa ntas al- ob~ervação do domingo. Todosos povos,
mas, que se grupam em redor de nós quac~quer que :1ejarn, constituidos em re-
como a porção fiel do rebanho. Suham pubticac;, em aristocracia ou em mooar-
suas vozes ao céo como nma harmonia cbia, observam a lei do repouso do do-
<le ót1pplica:3 e ele coofis!-Ões publicas de mingo. Nos n encontramos na Amerira,
seu crime. Hogueinos a L>eos qqe poupe e os republiranos dos fütados-Unidos
a esse seu po,·u. object,, de no-.sa lüo ter- rreem não violar com ell:.1 a liberuade in-
na solicitude, e que o reconduza para o di vichrnl. PrE'1-a-se muito a liberdade, na
caminho da salva<:ão, que hc o de seu-, Inglaterrn, e onlrctaato alli se re.,peita a
mandamentos. lei de que foliamos. As monarcbias c,t-
Juntemos as e~hort.u:ões á i-upplira. tholica, on prote:-tnntes, qu e nos cet·cam,
l7a~amos-ll:ie compl'ehender a import,in- a ob,en'am ig11aln1elllc. O.,\ paizes do
da acsse grande mandamento do Senhor. Oriente, para onde vamos levar o apoio
Os fieis me~,mfJ nem :-empre o compre- e o terror de nos,as armas, a conhecem e
heodem bem e não o cumprem com mui- a respeit d m. E~!\CS gregos q ne va 01 os to r-
ta exacticlào. Consente-se nos clomiogoi., na r a vet' e~ses rus~os que vamos com-
muito roais do que nos outro,; dia!-, pe- bater, esses turcns qne vamos amparar,
quenos traballioi-; e se não yendem, não são escrupulsamentc ftcisa c... ta lei, Quan-
se f.t1. escrnpulo em comprar. Levante- do conquistamos a Africa, qunl foi o obs-
mos diques contra a torrente elo se<!tilo, taculn o mais sorio para o ei-laheled-
e não deixemos corromper as almas. mento de nosso dominio? Foi a appa-
Expliquemos bem, segundo a com- rcrn·ia de nos~a indiflerenc;a religio!la , a
prcheo:;ão <le nossos ouvintes, 01, pude- violação do repouso sunto, a ausencia da
mso!i mõtivos em que repoma esta santa orac;ão e do cnlto publico, o especL1culo
lei. esta lei universal, 'JllO encontramos em uma palavra, qne davamp'i a esses
cm todo\\ o~ povo!, e cm todas as nligiõe'i, povo~ de uma nação, cp1e lbcs parecia sem
tão divina e humana he ella an mesmo religi~o e sem Ocos.
tempo. Estes mCJ livos~ão nume,·o ·oi,; não Quct·em e:1colas para o Pº"º' querem
que sn.l int elligencia sc.csclttrec:n e se de- snlarfo fosse mais clerndo. Ora, de que
scnvolYa, e Le justo. A rcligifw tambern provem n baixa dos sa larios: Não he so-
<> quer. e eis-aqui pOr<JllC cada domingo bretudo da multiplici<l~·de dos brac,os:
olla abre urna grande escola. Elia faz des- ~fos os braços nãu ~ão nugmen tad o-. de
<'er d e seus pulpilos um ensino, q11c se um setirno, quando em rei. <le trabalhar
:icloptn, qne se proporciona i1'i diversas seis dia" o operario trabalha ~ete? Por-
necessidades das nlmas, quõ nutre os es- tanto ellc nada gonha com este augmento
píritos de Vel'dade, e os cor.ic;õcs de sen- de trabalho e ~e elle qu e, por uma ce-
timentos nobres, que eni,ioa aos homens gueira <leploravel, arilta o salario, qne o
o segredo de seu destino, a regra de seus nutre.
deveres, e lhes <li, em uma palavra, essa Que respondereis aoi; negociantes,
scieocin <la ,-rida, sem a qual toda omra quando clles vos disserem , que deseja,•nm
scicncin nada he. Mas para que sejam ob- fechar se u.~ armazens no domingo, roas
servaclos os gra ndes de.!,ignios da igreja, que o c11ida<lo <le ~eus ir1tc1·es<,es os obri-
para que sejam rc<'ehidos c~tes crn,inos ga a tê-los abertos? Oir-lhe1--heis que, se
tão uteis, b e miste1· do repouso <lo domin- de um commum accordo todos fechas.;
go, <leve lia ve r a interrupc.;ào dos h aLa- Hem no domingo, nã.o havel'ia perda para
"Jhos, cumpre que um dia sobre se te, co- ninguem ; e vos procurareis estalielecet·
mo Deo.s que1-, o templo se nbra, a offici- cntrn ellt•s e:-te feliz accordo. A cousa hc
na se feche. tal vez menos difficil em Pm·is que· em
Querem , que o homem seja rec;peita- outra qualquct· pn1·1c, porqlle ~illi todos
do, que i-un dignidade seja reconuecida, os corpos do estado estão bem organ isados,
que não seja ~ralado como uma macbina, e tendo cada corporação á sua frente ho-
ou como um vil instrumento de trab..,Jho, men~ intelligent ~s e honestos,. elles com-
e na Hrdade tecu-~c ra~ão. A. religiào prebendcrão bem <lep ressa , <le quanto
• tambem o q11e1·; e eis-nqui porque ella interesse seria para clles qucbra a· es!,a pe-
tem medido e limitado suas fadigas. fa- sada cadeia de ulll trabalho não interrom-
zendo do l'epouso :,;emanai uma lei. Eis- pido, e conquistar ~em perda algumn n
aqui porque ella di7. ao homem: Traba- liberdade de um dia de repo11so.
lha, h e uma lei de tua existenc•ic1, 110 es- Mas aiocla quando não se conseg11i:,.,"e
paço ele seis dia~ bàn lrn a terra ele teus estabelet•et• este accord,, lào cJe~ejavel, não
suo res, :-itormenta a naturcsa, obriga a se deveria por isto abandonaa- a obra do
que ella te alimente e vista Leu rorpo. domingo. ria compensaçôe~ qne se po-
Mas no i-e timo <.lia, descan~a, ergne a ca- dem oCfcrecer p~las perda~que pn<le~sE? m
bc<;a e lembra-te qne és homem, que resultai· da ob,ervac.;ào do sa nto dia. Em
Deos unio teu corpo a uma nlma immor- primeiro luga r Oc,>s tem recompenl'Jas in-
t:-.1. O sustento de~la alma niio he o pão, finitas para aquelle.s que :-Pg11ircm ~ua lei
J1 e a rcrdude, hc a virtude. Oeixa por e cumprirem 5eU <leve r ne1, te mundo;
um mo menl<> os cuidados ll\ê\.k riaes, q ne em ~egu nd1J lugar, não be prova \'el qu e
te ab,.orvem e tencl m a <legracla r-te. as ~ympathias d e u1h gra nde numero de
Vem receber o n1in1eoto, que tenuo pre- co rnpracl nres for,nen, naturalmente_uma
parado para tua alma. gn,e imm11 rt,1 l a clientella maior pa1·a os obsen'adore." do
tua patria não he e,ta terra; e~te hc o domiogu?
luua r de tua prova<;no, ele teu exilio; a E a eslc re~pcito, Sor. cu ra, pe1·milli
, •ida niio he o fim, he o caminho; le m- qne en d1;:ime vo~-;a allen<;ào sobre um
hra-Le df' Leus mognilicos cle~tino,, e por lado desta gr,rnde rp1e:,lão, o <J 11111 tem sido
mais rud e qneseju a prova<;,io , a esperan- el-qnerido nos esforços, que le•n &ido feito
<;n e a fé sus lcot ariin a tua corage m e fa- até boje para rc,l auclccer a lei do repou-
1·iio que e11a não se abata. so dorninira l. Apenas se ha diri-giclo nos
E qne direis ,•<'.Is a esses homens, que que vendem e ao!, que trabalham; a uns
quereru trabalhur nos i-ete dia:- <la sema- pedindo-se que fechem 1,eus armazcn"; a
na , porque dize m que devem co mer em outros que smpt! ndam seus lrabalhos;
todos ellcs? Besponder-lhes-hei~que cal- ma..; fC 111'0 houvc~se finalm en te compra-
culam mal: que ~e não trata de diminuir <lore~. nilo ha \•er-ia reodedores; e se aquel-
fe us recursos; que.elle-. poderiam gí:Jobar les que fazem lrnbalbar, se abt,tivessem
em seis· dias, o que ganham em :,ete, se o rigorosamente di.1to no domingo, hnvol'ia
muito poncos operados que violasse m esta pastor, tirando desse grande <lia ..alguma
santa lei. Portanto cumpre dirigir-se la m- consa de sua !,:O)eionidade, chegue aos co-
bem aos proprielarios, elles que compram rações dos fieis reunidos em multidão aos
e fozem trabalhar. Comprehendao1 elles pés d os altares, coi:n mais p oder e auto-
a immen1-u imporlancia desta lei d~baixo ridade! Possa ella parcce1·-l11es um échú
do ponto de visla e~piritual e temporal; da ,oz de Oeos, promulgando e.ste gran-
que uns por motivos de consciencia, ou- de preceito desde os primeiros dias do
tl'Os por motivos tirndo~ da conservação mundo, ren.o-v:mdo-o no Sinai, e consa-
da ordem sorial prometam não foLer tra- gra ndo-o para o poyo christão, pelo mys-
balhar no domingo; in:-iram esta clausula terlo da resurreição.
cru seus contratos com os ompreheode- Recebei, senho1· cura, a nova segu-
dorf>s; não obriguem !!Obrctudo por ca- rança de nossa aO'ecluO$a dedicação.
prich os ou necessidades pueris, seusope- Domingos Augusto Maria.
raríos a trabalharem no domingo , como
Arcebispo de Paris.
se vê frequen tement e; façam um dever (Journctl a,J Doba1t~.-J)la1·lo ,te Per111,mburo},
para si não so ele niío fazer trabalhar, co- _.,.,. o•*.,_
mo tamhcm de não comprar no domin-
go, e então se a estas obrig11<;ões, que sào
a pura expres~ão de um d evel' bem certo Oefroo(e d'um santoarlo,
e grave, juntar-se a promessa feila a si Sbsioha sem mais ningucru, •
m~smo de empregar toda n i;ua in1luen- Á Senhol'a do Cal vario
cia para trazer, no maior numero possi- Assim orava uma mãe. •
'fel, os operados e os negociantes à fiel bl, filhinho, meu lhesoiro
obsen:a~ào <la lei, a que~tão terà da<lo u1p Que dores sinto por u....
grande passo para a bua solu<;ão; e se o !\leu lindo baguinbo J'oiro
mal que d eplora mo~não for sanado, se t á .Não has de morrer assi.
ao menos atenuado. A atenuac;.io deste
mnl sHia j.'t um grand e bem, e não nos 'fende <lb do ionocenünbo
he permit tido despre~ar os.,neios qu e Le- J\Jãe de Deus, ai I que se Ona ••••
Quebrantae ao coitadinho
mo.. para o corn,eguil'.
Aquella febre 1000oa.
Juntemos finalmente à supplica e à
exhortaçaõ algumas medidas que nos au- É o Olho d'estas entranhas
xili~m pot· meio de uma ª"çáo permanen- Qo'este peito amamentou ••••
te a ohter o fim, qne prnpomos. Estabe- Que sotri·e dores tamanhas
leçamos co,oi,....,ões parocbiaes; e tenham Que o mal feio magoou. ·
ellaq J'ela<;ões com n commis!-iào central, Em ve1, de rosas e lyrlos
qu e ja e.xi-.te em Pari!-; trabalhem os mem- Que na fronte tinha outr'ora,
}>ros des~a~ cnmmissões em augmentar a Roxa c'rôa do 1m1Tlyrlos
li..;ta dos pa1·tid,1r-ios da observação d<). do- Lh'a cerca de dôr agora.
mingo; na e,phera de seu poder e no cir-
Se vou beijar-lhe a boquinha
culo ele suas relações, trabalhem em fa-
A febre m•a vem queimar:
zer penetrar as idéas d e religião, de mo-
Dias e noites sosinha
ralidade e de ordem em que e!>tà fundado Passo ao pé d'ellc a chorar.
este gra nde preceito; espalhem pelo po-
vo as pnhlicações da commissão. e e~pe- Virgem Santa, pelas dores
cinlmentc o opw,culo mensal publicado Qàe solTreste ao pe da Cruz,
com tl titulo de O obser,•ado>· do domingo. Pondo cobro aos meus temores
E se tudo i..,Lo for feito em cnda parochia Pedi por elle a Jesus I
rom per!-everan<;a e co m 1.elo, vere mos Vós sois mãe.•• tendes soffrldo;
JoO'o esta g rande causa faw1· novos e t'a- Sabeis quanto é p' ra carpir
::, progressos. ')~ rata-se da g 1orrn
pidos . d. e Ver um fllbo estremecido
Deos, da $alvaç5o. das almas e ta,obem da Na terra fria dormir.
sa lváçào da sm·iedade.
Onde oingnem o agasalha
Tereis n bondade <le ler, 'lrnhor cura, Onde carinhos não tem:
esta epbtola na missa ca11tada do diJ de Por- camisinha a morLalh:i,
Paschoa: Oxalà que a voz do primeiro A feia morte por mãe•.•
•
, . Que não dlfinbcm, Senhora,
Os mimos d11 ten.ra flõr .•.•
estabelecido, que enviou o seu carrinho a
Rosspara transportar os e1-posadosqunndo
Lembrae-vos que a es1losa chora
O seu primeiro penhor.
voltara a.. á sua aldeia. Quando chegaram
encontraram o caminho cobP.rto de povo,
Ai, filhinho, meu tbasoiro que ~e comprasia em lam.;ar-lhe flores; a
Que tJores sinto por ti._••• mesma estrada, ate à pol'ta de sua humil-
l\Jeu lindo bagoioho d'oiro de choupana, eslava guarnecida d'arcos
Não bas de morrer assi. de triumfo coro,\dos com a Cl'llz; batiam
Guitl,ermirn, A-ugmto. palmas, canta,·am hymnos, até quedam
tocar os sinos da parocl.tia, porem o mi-
nistro protestante recusou-se a isso. To-
dos exclamavam unanimemente: Eis uma
obra qae o prote:-lanlismo nunca leria po-
Conversão extraordinaria d'uma fmnilio protes- dido operar: só a religião catholica é capaz
tante, narrado no CatluJ(tc-Standard. de semilbantes milagres! O mesmo Little
Domingo 9 de Maio passado foram não cessava de <lizer: Sim, confesso-o ai.:.
recebidos solcmnemente no !,eio de nossa tamente, tenho até o presenle ~ido nm
Santa Madre Eg1·eja pelo R. D. Ferault, grande peccador; porem agora sou catho~
na egreja de Court6eld, no Herefordohi- fico, e com a graça de Deus repararei para
• re, na Inglaterra, Guilherme Liule Da-
o futuro os màus exemplos que tenho da-
vis, sua mulher e outros 2 protestantes.
do; leria feito a sua confissão geral puhli-
A converc,ão de Gúilherme Little Davis
féz muitissima sensae,ão, com especialida- camente se lh' o tivessem permettido.
de nos minii-tros protestantes de Welen, « N'esta extraordinaria ronversão teve
Rirkcnol', e Gooclricb, que fizeram todos o R. Pastor a prova mais e\·idente das van-
os esforços para impedir que Deus es- tagens das escolas dos pobres, porque,
teades~e seu braço mi~ericordioso sobre quem teria jamais podido acreditai' que
aquella. alma infeliz. Os m.eios que se um rapasinho devesse ser o in.,;trumento
empregaram para isso fariarn estremecer empregado por Deus n'ei-ta maravilhosa
de ho1·ror o homem menos rasoavel. Mas
obra de sua misericordia ? Guilherme
quis ut Deus? quem pode lutar contra
Little tinha um filho d'edade de 8 annos
Deus?
Assim não obstante o numero e a for- qi.1e era como um hrato, quando foi rece-
ça do~ obstaculos que encontrou, alcan- bido na escola catholica de Santa Maria .
cou
í
a ..,,e1·aça o triumfo mais • completo. Porem Deus que queria a conver~ào de
Little fez-se senhor de suas paixões, con- seus paes, tornou em breve o poLre ra-
fundiu os seus inimigos e respondeu à voz pasin bo tão virtuoso que os parentes fe-
d'aquelle Deus que com tanta paciencia conhecera o facilmente n'esta mudança a
o esperou. Ninguem gosava n'aquelle paiz voz de Deus. Del'lde este momento conce-
de tão pessima reputação do que esse pobre
beram o mais ardente desejo de abrac;ar
homem. equaatosoconheciam pensavam
e disiam que era impossivel desvial-o do n religião que havia feito seu filho tão per-
seu mào caminho. O R. Pastor (dr. F~- feito. e pediram para ser imtrnidos. Te-
rault) respondia i;empreque nada era im- mos Jogar de crêr que apôs ui:na com·e1·-
possivel a Deus. Obrigou-o a casar. legal- são tão surpreliendenle grande. numero
mente antes de lhe receber a abj~1ração. de nossos inft-li~es irmãos, que vivem à
Little dirigiu-se ao registo de Hoss para se sombra da morte, abriram os olbo1 ú luz
publicar o seu casament~.. Tres s~manas da fé catholica, e tel'àm assim a mesma
depois estava casado. E 1mposs~vel ex: ventura que Guilherme Little. Qua~ta-
pressar a consolação que exp~nme~te1
feira seguiote~ o me:-mo R. D. Perault re-
sendo testemunha da~ homenagens feitas
áquelle pobre homem e a sua mulher cebia um joven no seio da Egreja, na ca-
n'esta feliz circumstancia, não so para os pélla de Ross. J>
calholi(!os, senão ainda para os protestan-
tes. Um d'estes uhiruos ficou tão cheio !t1ara11/uio-1'yp. deJ. C. ill. da Cunlta Torres,
d'aleg1·ia de vêr este par fipalmente bem Rua dos Barbeiro.s n. 8•
•
OCHRISTIANISMO.
rftllÇO O.\ SUllSÇll ll'ÇA •o. l\f X ASSIC:Xâ·SE:
, ~· ,,
Por u ')' anno .••.• . •. • 8$000.
I
, .54·1s m1•zcs•••••••• 4~00.
1 ~o a,uanrauo l • ht& m~U:s,. , , , •• 2;,ROO.
õ
"'
l Na llua da Cruz. o. 30, e na Tipogra111Jia
do mundo, tem 1,ido acreclitc1do de!ide o <li1. ~, uni d 'eotrc f' lles, d rnn ,ado Pedro:
come<;o do me.., mo mund o. de ixa ah i tnas rede:,; e segue-me, eu te
~Jovsés colheu as trn<licC'Ões dos pn- farei pe:-.c:1tlor d 'bo n1ens. Entra cm J eru-
triarcb~s qua~c em sna o rfge m, e cios !-a lc0t e ann11n<:ia a sua <lontrina: soa a
mesmo:- labios dos antigos que bav inm luz do 1111wdo; 111inha null'ÍÇLIO é (t1sar o.
conycr~adu com Abraham. Apozcle \l oy- 1•011/nde da 111m pac; aqt1elle que me em,iou
sés, os propbctas ~e succedem sem inter- cst,í comigo. P:..i r::i r l'OVar sua mis.,ão cl ' um
rup<:ào q11a~e durante dois mil .1 nno.s, .e rnorfo mni ... brilhante. Ürl ll'lilngrc-:, porem
de repcole <·a llam-,e su,,s YO!'les, porqne ruil;1gre .. tr1rn.1~, 11 0\'i\ nrdern. l\e..;1 it11e a
o tempo mareado pelo,; or~cul oo; iHappa- s:n'Hle ao;,, cl ,ente .. , a Yiqc1 aos eego:., a pn-
rerel'. A fé no ~le~:-.ia., se rea nimn cm lavrn nos mudo~. a forc:a ao . . para liticos.
Israel; o mund o inteiro pal'cce prepn- e a vida ªº" morto'-. .farnai.. mo:-.trn o se u
rar-se para a i,ua vinda; n Uiblia foi 11·n- pode r, ~cm m~in ifc:.t.ir H1a c-aricla<lc. Se
dusida em grego e e:-paJtrncla entre os foll.1 é c1 nwi-: c,,•)a rcri rl ,1 ra,;111 brillrnndo
gentios, para os iniciar no conhel·imen to a par cl.1 mai, inefo vcl tcr1Jur;1, Heenvia
do verbo; o mesmo silencio do, propbe- a mulher adultera. perd oa n \1agdalcoa
tas, qu e tinha sido annun ~iado -por Za- arrependicln, (> (]'li\fldo O!> Phariseus se
charias, é um silencio /H'ophclico. Roma, lev:rntam co ntra Piie, espantados cl'uma
sem o saber, torna-!-e o ini.;tl'umen to ela t.io ºº"ª co n<l11 ctn, ellc lh e:-1 teo;ponclc se m
próv iclcncia e coocOLTe para a rea lisa~ão pe1·1u rbar-sc: quol de vós me a·cct!.sará de
d os oraculos. Então, reinando Tiberio, f'CCcado? En-.i.Ju, depois a seus cli,cipulo~
no momento em qne o pnde,· romano se as verd.ide.,, que deviam prPgar ao mun-
est.enclia so bre todo,) uoiver,o conhecido, do, revcln- lh ,•s o <111c a nalure~a d irina
aquell e que de,•ia, segundo a1; palavras tem <le mais occul t,, e para as:.ian dizer
de David, subrneller toda n len·a po1' sua todo.., Oh :--egre<loi.; do s<>n LiHo. listou no
doçura , p01· sua tie1·d,1dr, po1· :wa j11.~tiça, cé11 e na tel'ra; mau pae é como Eu e Eu
cujo imperio não devia ter outl'os limites como meu pne; sou o 1't'$S11JTei1tio e a 11ida;
que os do mundo; aqnelle q11e devia re u- sou ·o comrço e o fim. e aquc/le q11c ouvú· e
nir os po vos em uma mesma familia. obser/lar a minha pata,,,·n mio mo,·,·e,·tí.
convidar os pobres e os ri cos para um ~o entretanto os J ude us se apnduram
mesmo banquete, o Messias, o Salvador d'cHc e o con <l t!!llntHn ao ~.upplicio. Jc-
.
sus se entrega aos carrascos.sem res1sten-
. de nosso folha. Conforme ás nossas pe-
cia, e aquelle qüe <'Olll uma só palavra quenas forc;as, jú havemos tratado do se-
t•essmc:ita va o~ mortos consente cm rnol'- gundo Mandamento, que é-o an1or· do
rer sobre u1na.crnz para p1·eeneher a von- proximo;-on<le promettemos apresen- •
tade de seu pne. Espirando, a terra seco- tar, em .\rtigo espe<'ial, nossos apoucados
bre de trevas, o véu do templo se rasga, pensamentos sobr~ o Amor de Deus; o
e o Deus crnci.ücado exclama cu11sw1w- que ~·amos cumprir.
tum e.st. E impos9vel caberem debaixo de al-
E com effeito, a reconcilia<;:ão foi fei- gúm numero as rasões, que, tem o ho-
ta: a verclade· succede à mentira, a liber- mem para a mar à Deus seu Creador. Pot•
dade distroe a escravidão, os idolo:; c.1em quanto sendo a bondadeoformal objecto,
por terra, e o mundo inteiro se regenera. e ;1 tractivo do amor, a de Deus que, con-
Apenas cspi1·a Jesus, desce o füpfrito tem em si infinitas bondades, in-numeras
Santo sobre os seus di.,cipulos congrega- rai,ões tem para ser amada. Por isso nat3
dos, e i,obre e11es espalha o dom das lin- he:-.itamos diser que, f-Ó o mesmo Senhor,
gnas. Oei-<le logo começam a pregarem qne perfeitamente se compreuende, cla-
em Je?u., alem, e espalham-se d'ahi pela ramente se }11na; commensurando os in-
Grecia, Homa e A...ia, pelà Gallia, Allcma- cendios de sua-Caridade-ás luses do
nlrn, Uêspanba e . Africa; annunciam o séu conceito; e sendo taõ infinita a Pessoa
Deu1- crucificado, o Deus ressuscitado, o do Espil'ito Santo, que procede pela von-
Deus que viram morrer e subir aos céus, tade anrnn<lo, cowo é a do Divino Verbo,
e em cujo nome óperam muitos milagres. quando proce<le pelo entendimento co-
PrPgam a pohre~a, a lrnmilda<le, a pa- nbecendo . . Entretanto faremoc, o que po-
cienc·ia, a <'é11'i<lade, a abnegac;ão, a casti- dermos para apontarmos summariameó-
dade, em uma palavra virtudes todas no- te alguns motivos principaes, que excite
vas e completameoteoppo:-.ta~a ideia, que o nosso coraçaõ ao desejo de sa li~faser a
entaõ se formava da virtude. ohrigaçaõ, que todos precisamente temos
lmmcnsos foram os ob~taculos que d:amar ao nosso Deus; senaõ quanto lhe
encontraram os Apostolos no estabeleci- devemos, e Elle merecç, ao menos tanto,
mento do Evangelho, ·e se considerarmos quanto ~os permillam as nos~as forças,
os meios humanos de · que dispunham conohoradas com o seu auxilio. Assim
pnra fnsel' triumfor sua-. doutrinas acha- poded1 o homem dizer ( unindo-se a S.
remos q11e a propnga<;ào da nova fé naõ é Bernrirdo) que ama :'1 :seu Deus, conforme
um prodígio inferior a perpetuidade do o tMec;mo Deus lhe permitte, e a sua ca-
juclai~mo. ~ahemos co mo, naó obstante pacidade lhe concede, menor, em Vfll'-
as perscgui~ões, as guerras e 0 ), desai,,tres., dade, <lo que era justo, igual, porem, ao
Israel consen ou religiosa ruente u depo1-,ito
1 que lhe é possivel. Porque se naõ po1e-
qne Deus lbe bav~a confiado; ·~ab Pmos mos em ignal do qne devemos, lambem
que e:- te depo..,ito jàmaif sauiLI de suas naõ nús e pos!'iivel com van:agem ao que
maõs, e que a lei nntiga naõ se e:,lendeu podemos. l?od(•remos, mais, quando Deus
nlém das dm.e tribos. Vejamos agora o mais nos <'oocedcr.
Evangelho, a quem el-tava promettida a Deu~ é absolutamente bom: eis um.t
conquista dq mt1ndo. E o que vemos? das ra~ões, pela qual deve o homem a ma-
Vemos o Evangelho c:-palbar-seem alguns io verdadeiramente; poL'que<lecerto nin-
im,t,intes como a luz até as extremidades guem é Lom, seoaõ unicamente Deus:
mais remotas. T. nemo bon11s 11isi solus De1ts, nos ensina S.
(Cobtinua ). Lucas(i). É verdadequenmcsmo Deu~;
quando creou o céu, e a terra, e tanta ~i-
versidacle ele creaturas, que em si encer-
® ~fil'JJ1®~ @m @m@~~ rnm, disse, qne todas eram hoas-Bom,
An1éu· á Deus rom lodo o nosso cora- e muito formoso é o sol, que alegra, e
«;aõ, com toda a nossa alma, e com todas vivitica: a fertilidade, e fre!:lcura dos pra-
as nossas forças , e ao proximo, .como á d.os tamberu bons, e apra!',iveis, ast-iro co.-
nós mesmos, eis o,; doi.,; ~1andacrientos, mo os arvoredos: às ave1;, peixes, e· ani-
que encel'l'a em :-.i n sublime virtude da maes, que occupam o 1. 0 2. º e 3. 0 anda-
0
(.;aridade, como deixamos dito em n. 5 {1) S. Luc. 18-19.
res da casa <l'csto inferio1· mundo deu- allenção do governo para a excruc;i!o do
llles o nome de bon:i: bons a!- agoas, ou rnu projecto, que com algum sact'ifkio
já cnccrrridas nas concaridndes elo Ocea- pecuniario de sua parle fo-lo-hia ti1·tn'
no, on repartidas em rios pelo livre espa- immca~as e exorbitantes r:mtagens.
·ço dos earnpo!., ou <las nuYeus, jo<!iradas Não podemos todavia <lcixrc1r pns~:ir o
sobre u foro d a terra: mesmoaquellas t:rea- ensejo fovorarc l qne se nos offcrecc, es..
turas que, por minimas, e até noch·us.ao tandoabena a as~embléa geral, pat'a apre-·
11omem , e qu e m!.'nos Ih 'o mcrcoem, senta·rmos aos illustrcs legi~laclorcs do
li fera m o pred ica<lo de boa1>; o mo~q ui to paii as l>rcrns reflexões guc aiada nos
sa hindo elos humiclos luga res, · no areal suggerir a matcrin.
a couchn acamada, no rude domicilio de Que i111porla cstcj~, ella já por demais
suas tocas as se rpente~, e oo; bichos: ludo dcbntida? Ua sido pol' veotura .executa-.
o <f'1e fo7, Deus, e bom, e m 11ito bom: da? Poi11 bem, con tinuemos a i1nplorar
f/iditqll11 Deus c,mctn, quw (eccrunt, cl o auxilio e a protecc;ão <los eldtosdo povo
cnmt vatde bona. Não é csln bondade, em prol dos intcrcsseS<k,povo, c:.ija gran ...
porem, cssenciul, e !->im por accidcnle; de mola é a illw,traç~,o do clero; conti...
riaõ propria, mas emp1·estada; absoluta e nnemos a e.xigi r do governo esse <lireilo
pcrnrnnent e naõ, porem si1n limitacfo, e impre~criplivcl qne se nus nega, porquo
uefectivcl. Entre a bondade <la mulher temos o dil'eito de procm·ar a in~lrur.Gào;
crea tu ra, e a de seu Creador ruais dista n- por meio <lo governn, pnrn cuja e:-itnhili-
ci,i se inlerpocm, do que eotre o pinla<lo dndc tanto concorremos, pcc;amos, iw,te ...
e o ,·erdadeiro, ent re a sombra, e o corpo mos coin a con.,tituição por guia, o o go-
(.l'onde na:,,ce. Toclas as cspccies de crca· verno, palriotico e religioso como ó, não
Luras, que fez Deus no ce11, e na terra, repellirú nos~os esfor<:os, não opp~rà a
juntos, e ainda rnc:-mo todas, quantas nosi,;o~ votos umn baneira nc·into~n .e pat''"'
podera fozer muito ma is formosas cm ou- _eia!, dar-nos-lrn luzes e scicncias, de qqe
tros inr,u.meraveis mundos, postas diante tanto necessitamos.
da bondade e formosura de sou Crendor,
fica escura, dimenula, e em mudecidad~
~ sua bondade; c.am, como senaõ fossem,
Todos os dins ouvimos, com o c9ra...
oll como naõ sa bida:, niodu de seu oada.
ção dolo1·iclo, os hracfos qne de un:ia a Ott•
Fica por tanto evidente a infinita Yan ta- tr:l parte do Braiil retnmbi'io contra a ig..
gcin, que tem a bondade Oirina, sobre norancin do clero; e c:-tes brados, come.,
todas as mai . . bondades, creadas, e pos~i- çando nas <'ho11pa11ns de no.;so:-. l'-crtan~-
vcis: tvdas ~arn boas é verdade; porem jn.;, 'i'ÜO ecboa r até no p;1rlamen10 brm.h
b\mhem e certo, e inc·outesta vel que, só leiro ! ! E com que direito se nos arcma;
Deus é unica,nentc bom . •.Vemo úmws nisi ele onde pro,ém a cnu,a de tão ignomi-
solus D,ms. Por conseguinte só Dc11sdeve niosa ignorarwia; qncm tem cu lpa de sua
ser amndo; e ns mais <'reaturas, como só <!Ont iauac;ão e progre..:so?
por amOl' de l)cu:. ~am boas, soem Of;ns, Oll ! :-wjamo~ frrirn•o. Tcrn -,ido n go-
e para Deus de, em ser qucri<.las. D'.iquí verno, ou~ no..; niio lw d.te.lo n ill11Hral;ào
se vê mui hem, qnam errada cstej:i a von- de que precisamos, que nos mio I,.! for-
\ade <lo homo1n, qn,, udo naõ ama a seu necido os meios <le acompanharmos a ci-
Deus, qlle é pol' f'\:-sencia Lom, empre- vilisaçào~ nús q11<' pclu e~Íadn nobre e ele-
gando-se an tes em nmar as creamras, vado a que pcrtcn<'erno.::, dcviuo.1os collo-
com olfoosa d'aquellc mesmo, que as for- car-nos ;\ frenlc desta.
mou para n'cllas ~el' amado. E tod :.1 via, se alguma con.c-a sabemos,
F. T7. de J. se algum reltcxo da lu1, que illnmiua as
(Comi mio).
classes rn·ivil,•giadas , esclarece um pouco
os neo-rume." <le nvs.;a intelligencia, ao
Uma atademia para oClero. 0
douto prelado metropolitano do Braúl o
devemo~, a "ens dc::ivcllos. Sim, quem es~
•• l11clou a Bahia na parte cleric•a l ha qua-
Não é a primeira vez que ons paginas renta an nos, e a estuda agora que mndan..
do lVoticiado,· Catholico se discute seme- ça sMprcnded~1ra se lhe não é:1p rescntarà
lht.mte as$umptu; jà temos chauwdo ~ t1us olho.::, P Nnquella época quant,l j~no•
rancia na maior parte dos sacerdotes, que como amigos, e não à semelhança de des-
devem sei', segundo a expressão admira- confiados -rivaes.
vel de .1Esvs-C1m1srn a luz do mundo e o sal Toda a exclusão é odiosa, senhores 1 e
da te1·ra ? nesta que <.lesejo de aprender em ma teria de instruc<;ào tornn-se absur-.
e estudar! Naquella que apalhia, que ela e execravcl. Para que, pois, es!-a ex--
marasmo, e que deleixo ! nesta .q ue acti- clusão que exerceis contra nos? Da igno-
-vidade, que movimento e que gosto! ..• rancia ou il!ustraçào do e!ero depead·e rà
E' facto ! nossos pais nos hão deixado O' bom ou rnáo genio futuro cio Brazil, e
bastantes historias, .e m que caracterisão e se esta asserção é innegavel, para que esse
estigmatisào com vivas e energicas cores esquccimeolo, que pareceis l~r, de velar
a ignorancia do clero de então; e esse <les- em nossos interesses, que tambem são
preso, nos o dizemos com magoa, esse vossos? Protegeis a todas a~ demais clas-
despreLo que ainda sobre elle pesa, e de ses e ·repellis sómente a nossa ? E não te-
que temos nossa não pequena porção, esse remos o direito de reclamar, e de vos
desprezo grosseiro e insultante, que dos perguntarmos em fa(•e: « Acaso sois dis-
ministros do Evangelho vai passando l, cipulos eserretarios de Voltaire, ou filhos
doutrina sa{·rosanta do CrrnISTo, ainda é da religião de Jm;us-CumsTo adaptada peÍa
fructo ou coosequencia da ignorancia do carta constitucional que nos rege?»
antigo clero. O mundo em que vivemos é à seme-
Honra, pois, ao henemerito prelado lhança de uma longa e::itrada cheia de dif-
que, amante da scieocia, cuja corôa d-e fereote atalhos; um só delles nos conduz
custosos e immortaes rubis lbe circula a ao céo, para ondedidgimos todos os nos-
fronte, ha arrostado innumeraveis obsta- sos votos e esperanças; os mais nos vão ir-
culos., ba vencido insupperaveis difficul- remissivelmente atirai· em um abysmo
clades, para dar-nos um se mina rio <Jigno lào negro e tão medonho que só sua le,n-
de tal nome, em queº" j ovens aspirantes hraoça nos alerrorisa e confunde~-Este
se preparào para dignamente engrossar abysmo é o inferno. ,
as :6Jeiras podel'Osas ela Igreja. Os padre'S devem ser os guias, os CO•
nberedores desse caminho IDJ~terioso;-
-É necessario, pois, que o gove rno
mas se ('egos ta111ben1 o:i torn ais, negan-
procure auxilia-lo. As forças de S. Exc.
do-lhes a luz de que precisão, como cum-
estfio muito i1quem de seus desejos; sua
priràõ seu dever ?
p alavra é poderosa, seu exemplo anima-
dor; mas tudo is o valerà pouco se o go- Não! nós nos não queixamos das es-
verno não i-e lhes reunir e reforça-los; bulhaçõe"' qtie nos fa1.ei . . , do estreito cir-
junto1- poderàõ muito, :-.ós e isolados tere- culo em que nos ci,·cumscrcvei.,, não nos
mos ainda que gemer, sem que uma mão queixamos de-como cidadãos que so-
amiga se digne, compadecida, abrir-nos mos-privardes o paiz de nossos serviços
o caminho brilhante da sciencia e da il- nas carnaras e nos con~elho!-'i, uào nos
lustraçào, de oude, como profanos, have- queixamos de se1·des vo...-os secu la res, os
mos sido vergonhosamente expellidos. unicos .senhores, os unic·os dominadores
da politica e do paiz; ma~ sem oilender-
IH. mos a nossa comciencia nüo podemos
prescindir de dizer-vos: se quc1·eis pre-
A religião e o poder, o saccrdocio e encher as vbtas do paiz que .em vós attt!n-
o governo, devem-se mutuo e constante to considt>ra, se quereis providenciar ás
auxilio: se aquelle concorre para a e~ta.; nossas mais urgente:, nece~~idades, dai-nos
bilidade <lds leis, para o· respeito e acata- uma academia c,nde possamos beber as
mento ás autoridadesJegitimarnente cons- luzes e a instrucc;âo de que tanto havemos
tituidas, a este compete dar-lhe o subido mii-ter, porque não somos os unicos que
e~plendor f> brilho que tanto convem para soffl"emos e nos queixemos, a sociedade
sua autoridade e pre1:itigio. Um sem ou- tambem soffre, lambem se queixa!
tro não poderà consenar-se longo tem-
po, e sua de!>ha.rmooia ou embate traria IV.
comsigo perni<-ioi-ns e sempr·e fotaes con- Quereis s:ibei< .os ma1es que poderà
sequencias. It necessario, como dous po- causar ur.n clero ignorante e por conse-
deres iguues, que se tratem como irmãos, quencia immoral ?
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
Pois bem ! foliemos con tra nói-; nós, semin al'i os, a clcvac~ão destes cru academias
que por culpa vossa ainda vegetamos na trarja o inronvenicn lc de fi rn rem suj eitos
igoorn ncia de nossos deveres . no poder ciril , sendo aliás uma institui-
.H1 cst i vestes em urna cidade a que a <;ào eecle.\-iasli<·a. En tendemos que uma •
peste hom1e~se escolhido pa ra seu domi- cousa nüo nb!,01·vc n outra. O governo
tfüo, jú vbtes os estragos que elb a sa n- pódc autol'i-.ar os semi nerios n dar o gráo
gue,.frio prepa ra, as familias que iofeli- acaclem ieo, sem tod~via c.oto ndel' co m as
cit-a, os fil hos q ue torna orph ãos, as es- Lial>ilitac:ões exigidas parn a recepção das
posas yue faz viuvas ? Jà , istcs o lu to, a ordens. O se111 i11nrio da Babia, por exem-
co nsterna c;ão, a dôr e os goUl idos q uc por plo, ou o de l\io de Janeiro, habilita os
toda a parte espalha sem as Cl\OsohH;ões e a-; pi rantes pela freqnencia das aulas esla-
a u xílios de um clero dedicado e ca ridoso ? belceidas p,u·:i o sacerdo.cio.
Pois- sim ta os ~ão as conseq uencias Aqnelle porém q ue pretender o grào
e os fru ctos, taes :do os males de que se acadeiuico, terú <le freq 11entar, além dea·
pôde tomar culpado um clero ig noran te tas, as que fo rem esta belecidas para esse
e iln nrnralisa<lo. . firo , se as refed<la:, nu las não fo rem bas-
Jà esti rn1-tes em um paiz onde o odio tan tes. Aléll) disto é <lc e!-perar que u m
.~eparassc os cidadãos; ond~a guerra civ il , govern o catlrnlico, que dei'ieja seriamente
prcn he de todos os ~c us bol'rores, se ap re- re!,taurar o clero <lc seu pai1., deixe a di-
~e n tasse t, iumpha nte e orgulh osa? Co n- recc)io dessa:, academias ccd e:-iasticas in-
sidern!,les no e:-:peclaculo alerl'orisador de teiramente en tregue ao zelo dos prclados
suas prac;a!-, os Lilhos combatendo con lra dio('Ci'i:moi:; :;em de1' viar os se minarios de
os pais, os irmãos contra os irmãos, os sua nat ureza e deslino.
~en l1ores co nt ra os escravos, as fam ílias
A fo rma tu rà adqu irida nessas acade-
cont rtt as !'a mi lias, e <l espcda<;ados, e li- mias é sobre as :,cieneia:; th eologil'as, cu-
, i<los, e cobertos de sangue, c:: birem-
jos len te.'- e compe ndioi, é fora de d uvida
na lula frat ricida- ao pé do cadaver <l o qu e :.;iin e.lclu-;iva nw nte da competencia
irmào que ncabavão de assassinar P
<lo poder ecd e!>iasti,·o, porque tanto uns
l\:iis bem ! medes como e:-tes tambem
coruv ou tros se resoh t!m n a doutrina da
pode procluzil' um clero immoral e igno- ~greja, de qu e :.ão só mente juizes os Srs.
ra n te. bi,:; pos. Entend t•mos até q ue para a crea-
E serà is,;o vàa declamação ? Não, tres ção dessas facu ldades tbeologicas, que o
Tezes não I tendes a historia ao te ,1 ossos govern o deseja e devecrear, cumpri! baja
olbo1-, e de cuja1; paginas negras e ensan- a interfe rencia da Santa Sé, porque é na
guentadas co piamos o que ab i deixamos 1beologia e nos canontls quese coofe riràõ
escripto. os grãos academicos.
- Dai-aos ioslrucção, nus vo-lo pedi·
m os p or amor de vós mesmos;-dai- nos VI.
instru<'çâo para que dignamente possa mos
preencher neste mundo a su bia me missão Outra difficuldade é a localidade des-
de q ue fo,uos enca rrega dos; dai-nos ioi:;- sas academias. O Ex rn. Sr. Euse bio quan-
tr ucçào para que possamos fortalecer ns do ministrl) da ju!'l ti c;a. intcresi;ado pela
ovelhas que eslao fracas, curo,· as que eliftio re!-i la11raç,ào <lo cle ro, a favo r d o qnnl de u
cnfennas, fa::er voltar as que andt1o des- o pri meiro impu lso, indigitou no seu re-
gm'1'f1das, e bascm· as 1ue se ten/,ao pc,-di- lntll l'ÍO à assembléa ge ral co mo ruais ha-
do. ( Eseq. , Cap. 34, v. /J. ) uilitado-; pa ro esse f:tvor O!; seúlinarios do
Hioe da Bahfa, e além de:.ta razão sobre
v. u1ui tas accresce ser ari uella pro ,1incia côr-
Le, e e~La a mctropolc ecd esia~lica do im-
Insistiremos ainda, pedindo u ma aca- perio. Parel'e pois que q11o nto à escolha
para o clero , e como clifficultlades
cle1t1 ia
dos luga res nenh uma du vida pode rasoa..
surgem na consideração dessa necessida-
velmen te offorecer-se.
,de, vamos rliscuti-las para exa minarmos
se ellas são reaes e irrernediaveis. -A pri- vn.
meira é que tendo o Concilio Tridentino
n a :,;e~. 23, cap. '1 8, incu mbido aos pre- Do govem o e da a!-sembléa geral de-
lados diocesanos a ct·eação e governo d os pende esse melhoramento qne se teill rc..
particlo com tod.!s as classe~ e profissões
do Brazil, e de que só o clero se ncha _es-
bulbado, corno se fôra um titulo para
~[.
perder se os direitos de que grnào todos
D!ci1 nutem douiinus 3d Abraham ...
os Brazileiros. Receia-se talvez n dema- Facia11111ue 1e in geniem n,a~nam, et
bcncdíC"!II ti~i. et m~3n!Ocabo uo111tq
siada influencia do clero illustrado, seria tuu m, erbq ue hcneaictus. •
Gt:-.. G&P• .~11. ,·. 1, 2.
melhor ::icabar cc,m elle, porque essa
in[ln~nciu, alii\s tão legitima, so é peri- A par de Jfabilouia, alta cidade,
Que secolossem fim durar de,'ia,
gosa no meio da ignorancia e da immo- A pôr os fundamentos principia
ralidade; quando porém é filha desse A' soa Santa Egreja a Oivin<la<.lc.
prest igio que a reUgião encarna em seus
Do meio desse povo ele impiedade,
ministros pelo exercício da ·virtude e da
Engolfado na cega ic.lolatria,
scfoncia, elb é salutar, necessaria e ínse- Chama Deus Abrahao, e lhe anouncil\
paravel do caracter sacerdotal, po1'que a Projectos, que concebe na vontade.
mis~ão do padre no mundo é ser a luz e
Este santo varão, que inteir;i crença
o sal da terra, os guias do povo, os dil'ec- Presta ás voses do Ser Omnipotente,
tores -dc sua consciencia, seu amparo, seu Que pae o quer fazer de prole imm<'nsa,
consolo. Mas se quereis tudo isso. dai ao
Do céu cumpre os decretos, reverentes,
povo ministros dignos dessa missão subli- R Deus, de su~1 fé em recompensa,
me, ou então não lhes irrogueis a cada O faz progenito1· do Povo crente.
passo a injuria e o labéo de ignorancia. f/ ieira.
Seda ridiculo esse receio com o exemplo e-~@
oaioso ele uma classe dominnndo todasas ~~~/a.,ctio ele c:-ht" tJ cl :s>/~cufaõ,
oulras, e com uma exclusão que toclus us
dias se toma rnnis notavel ·e escandalosa. xu.
Oícil ergo Abram ad Lot .. , Ecce uni~
A iníluencia que em outros tempos e.x;er- versa lerrn corrn111 te est: recede a me,
ceu o clero foi consequenda de sun illus- obsecro: si ntl sínlstra,o ieris, ego de~le-
ram tcnebu: ,,; tu dextcr:1.111 clcgcris egq
ad $iuistrom pergam.
tração no meio da ignoraocia dos tem- G&:'1, CAP. :uu-v. 8. 9,
pos, e longe de e5c_onder a seiencia e mo-
Já Lot, é Abrallão, ambqs senh ores
nopolisa-la, elle a salvou, e diffundio-a I>'iunumeros corraes, d'immenso gado,
pelo_unive1·so que regenerou; huje, po- A' terra cJe llelhel tioham voltado
.rPm. se uma so classe domina pelas letras, Da fortu na a gôsar inda os farnres.
é porque l'eservou-as unicamente para si,
Enliío ela vil <liscorclia os dissabores,
ou negou a1> àquelles que pretcndêrào do- Por odio, que no peito era guardado,
minar. Vieram perturbar o repousado.
Ernbrntecer a intelligencia é o melhor Socego, que reinava entre os pastores;
meio de escravisa-la. · Jfüs ,\br'hi.io, que não quer ua paz ditos~
De que serve porém o dominio se a Ver mais o doce goso alli perdido;
sua base é Ião fraca quanto o povo for Impoem a Lot scpar.,ção forçosa:
menos religioso, e como haver religião E Lot, pelos d eleitos sedusiclo,
ministros, e como cumprir estes sua mis- Se retira a Sodoma criminosa,
são sublime de in!;truir e mora lisar o povo Que as iras do Senhor tinha allrabido,
se lhes faltaõ os meios? Quqmodo vç1·ó f/ieira,
predicabunt, nisi mittantw·? ('1) (Ex.tr),
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
ill eu sustento quolitliauo Agripp~. Seu corpo foi depois trasladado
l>à-mc hoje taml>em, Senhor!
f.u perdoo a riucm me oll'cmlc para ~ ompoi.. tella, onde é ,·isitado pol"
Perd oa ao te.o olfcnsor ! peregrinos de todo o nrnr:ido, quealli vão
Não dcii\'.CS cahlr-m c em culpa I
f' roteja-mc o teu amor I
Jà pa_ra l~~l'arem a~ indulgencias a tal pe-
regrrnaçao conced1_das, jà esperançados
Avc li! arfo ! Cheia és de graça;
K comtigo o Sellbor ! d'ol>terem .po1· strn intercossào algum mi-
Abençoada 6s tu entre as mulheres; lagre, ou Jmalmente a cumprirem o vo-
llemdito e o teu amor l to por algum já impetrado.
Santa M" rfo , piedos:-1
A Leu .ülho ergue essa voz; 26. Q u.\Rl'.\.-Fnnu-S. Prancisco Ca-
Agora, como na bom racciolo - ela congregac,:ão dos clerigos
J)a ruortc- roga por nós I 1
menores regulares, e 1un<ladnr d.t mesma
Gloria seja ao Pae e ao Filho ordem. Chamado ao prineipio Ascaoio,
r~ao E spírito lambem I
Conto fô1 a no principio devotou-se d esde os seus primeiros :moos
Srja agora e sempre ! Amem I ao se u Deus, e partindo parn Nnpoles se
(Extr) . .,, * 1r
iniciou no saccrdorio, e entrego u-se com-
- ,o ...- - pletamente a r.on tcmplação, e sah•n<iiu das
ANNO CDB!STÃO. almas. Professa ndo na o rdem dos reau-
cJUl,HO. . o
1ares m enores no ermo Camn lclulenso pela
2ú. SEou~oA-FEII\A. - Resa a Egrf'ja
devoção que tinh:, com o veneqwcl S.
n'este dia da vigilia do Apostolo S. Ya- Franci...co de Assis. De Ascanio rnuclou o
go. e <le S. Jeroniruo Emiliano na tural
~eu non1e para Frnncisco. Teodo bl'ilba-
_de Venes:1, que ten1lo se entregue.lo nos
do n 'e lle todas as ,irtudcs so bre-saindo
primeiros annos de. sun mociadc à milicin
n'el las a da humildade reio pílra Roma
n os calamitoso~ tem pos da repuhlicR, sen-
onde se t·ecullicu no l10'- pithl elos lep rosos,
do vencido pelos inimigos, foi como pri-
onde lt• n r 1i 11011 se us dias, lendo a penas
sioneiro por eUes condw,ido cfobni_\O da
ú/J annos d'educle.
mais cscrupolosa .prisão, donde era in1-
possivel Lium;.rnamente e.:,c,1par. Aquillo 27. QoThn-FEmA-S. 1'orberto-ori-
pnt'ern que a elle era impossivel tornou- undo ele familia nobre, e len do na sua
se facil a Saolis~ima Virge m que ouvin- adolc.scencin ~ido imtruiclu nus dis,·iplinas ·
do os sens rogos dissolveu-lhe as pri~ões, libcraes enfiu,liado cio mundo deixou a
e são e i-éilvo cond 11:,iu-o até Tanii,.e le'Va n- mili<·ia ci,•il para dedica r-se a eccle~iastí-
do-o pot' meio de seus propeio~inimigos. c·.a. Iniciado nas cu11sassagradas abc.l1cou
Entrn<lo que roi na cidade rendou graQl'lS romplctam<'nle as pompas do mundo;
a ~1à e Santü,, imn que o b,-\\ ia libertado trnjé.1 11clu co m a p obresa, e repartindo
d e tão duro captiveiro. Voltando para com es ta o se u pntrim~oio. Entregou-se
Ve neza entrego u-se no~ cxerci<'1os de pie- totalmente em annunc·rnr a palana de
dade acolhendo crs. o•-fãos. recolhendo os Deu:-, <l 'n nde ti rou opl imos rc!'iullados,
<lc,graçn dos, , e:,ti~clo o~ ~~ts <'tr.. Con- já co m·crLP ndo os hereges a fc . jà cha-
verteu a penilent·ü, muitas mulheres; quo . ,i:-9,m<lo os pPc<'ado res a pcni teuC"ia, j:1 apa-
viviam na deva.. :-i<lilo, e partindo d'abí s1gL :'1.!1PS di,uordias. In:-titniu a ordem
para ~liliio com o fim de pre!-,\at· os mes-
mos ser viços que nté ali a buruanidade
premon.,tr',,\oJ...
regras de
~t·· -:"" . o 1>H
....
:S.
, '
Ago,t1
.
1
et·vando n'ella as
11t;,._ Como as suas
d'ellc havia rccehi<lo, depois; <lc ter foito muitas ,·il'tu<les clH•1
0Y.1s..,c, u ao ... ~ .'l!l'/c,
L~,.:_
muitas curas e milngrcs foi reunir-se ú ment o ele f()do:, recebeu l'Omo l't'Compen..._
m an,iio d l)s ju~tos no anao de 15~7 :-a c.'.t na terrn o Bnc.:ulo t\rchicpi ...copal de
25. T EncA - FEIR.L-S. Thiago-deno- ~Jagdcburgó, e tendo pre~ta<lo immcnsos
minaclo o Maio1' por ~cr udmittido scniçosno a ggrcja foi dor mir no seio do
Senhor no anno de 11 Bú .
ap'l:.Lola<lo pl'imeiro elo que outro do
me-.mo nome, era irmão do evangelillta 28 Sn;T \-Y.'EII\A, - He~m a Egreja.,._J
S: João, e por tanto filho de Zebedeu e n'e~tc dia do:. Santo:. Martyres Nasario,
Salomé. Uaven<lo, depois da A:-cea<;ão, Cel.so e Vir:tor , os quae:; Len<lo defendido
pregado o Evangelho na Judea e Samaria, com todo o afinco a verd ade e sub1imi-
Vl!io segundo a mais bem fundada tradi- cladt: da religiüo de ,Jesus hristo,. que e
çãQ, evangelisar tambcm as llespanhas, haviam professado foram perseguidos, e
d',mde ,1oltóu a J erusalem, e aqui soffreu martyri~ado, preferindo an te:,, confundir
. o martyrio por mandado de Ilcr-0des os seus. perseguidores sellaodo com o seu
sangue a ve rdade que deffendiam, elo que Ol'Clem eslava organisada, e j~ no ele 1 j4 l mandou
ouan miss[10 para as Iodias. O nosso sonto, <l<'Jlois do
compartilhar com a idolalria. . enriquecer-se de :merecimentos para com Deus, foi
29. SAnMoo-S. Ma rtha -irrna n <le gosar no eco de sua vista, e deve ser bem dlsliocto o
Santa Maria Mãgda lena e de S. La,.aro q ue lagar que :1Ui habita
.Jesus Christo fel t•essuscilar, mereceu a AGOSTO.
llonra de hospedar ao mel-lmo Jesus Chris- 1. T1mç.\ -FEHI A-ílesa a l!grcja-n·este tlia d a
to em sua casa , e ta nto se esfol'çou pa ra ollavn do àpostolo' S. Thiago.
que elle fosse bem serv id o, q ue ellc lhe 2. Q U.\ ,\T,\-FEIR,\ . - S. Pedro ad Vinculrr.-
Commemora hoje n Egrt'ja o moclo miraculoso pelo
estra nhou h,to, discndo-lhe com a bra n- trual S. Pedro, enca rcerado e agrilhoodo de ambas as
dura que costu ma~a « Martha, Martba, mãos por mandado de n erodes, e com soldados à ,•ista
tu tomas cuidado e te amofiuas e m mui- e em vclta do carccre, íoi solto e livre por um Anjo.
Goin eíl'clto, estando toda a Egreja, como se refere nos
tas coisa~. quando umn só coi~a é neces.- netos elos npostolos, em conUn ua oração. um Aojn
saria. J> Esla uma só coistt que Jesus Cbr1s. dc~ceu H1 d1• noite ao carcere. e allnmiando-o com o
seu resplendor, acordou a S. Pedro, e lhe mandou qu 0
to qu eria era qu e o amasse m como Dens prestes se lcvanlassc, e immetlialnmentt> os grilhões ~o
<1ue era; e com effeito d'e!'ite amôr lhe lhe desatar:un e cairam. Logo lhe mantiou que o se-
deu ella provus; pois foi sempre fi el ti gra- 3'Uissc, e :issirn fpram passando por LOll,1c:; ns guardas
até que, poslo S. Pedro a saho, o Aojo desappareceu'.
ça, vivendo exemplarmen te já em sua pa- 3. QUlXT.\ -n:tr.A-lnrer,~no de S. Esle\·iío. -
tria,jà em Man,ell1a onde milagrosn rn ente Por multo t1·m1lo se ignorou ologilr ooclc o corp1: d'csle
aport ou, !>endo, com ou lro3 cbristãos , prolom:irlyr do CltrisLit111ismo jn~ia; e no IClllflO do
lmp<'rador llonorio sendo dh•innmPnlo rewl,do ao
meuida em nma cm barc~c;ão sem leme 1>rcsl)ytero Lucjano onde cm e~le logar, cllc foi ler
pa ra qu e d é~se a piq ue. Finalmenlc, de- COUl O hi~f)O d1• Jern,;.1le111 , O qu:il, ('Oll\ OC:tclos os }JiS-
1)0$ e clero visiuhos, foi nlli e manda mio <':l\':tr, se en -
p ois de uma morte lào i;rnne como pu ra CC111lraram os quotro corpos-ele EstevfJo, Gamalicl,
lHnia sido a sua vicfo , chegou n patria ce- Nlcodemos e Ahion -c~halamfo-sc llc lodos clles um
leste. suavissimo cheiro. e ínsen,lo-se ao seu cootarto mui-,
los e incontcstavci~ milagrr•s. Foram cousoc:uliva111en -
30. Dorn~co --Dom ioga 1. ª de Agos- tc collocadns c~l:!S rcli~ui:ic; n:i <':trej:t tl:i Saula Sion
to, e oitava depois de Pcnte<>,05te-.-Hesa cm Jcrusalcm; depois, por m:in,hilo ,lo imperador
a Egreja <lc San ta Ann<l, \l àe de \la ria Th<'odo$lO Junior, foi P corpo de EslC'viío traslad:1tlo
para Conslnutinopla; e finalmente para !\orna no 1em-
Santii-l-lima, cm <lcsren<lent~ da tri bu de p1, do papa Pelagio l. 0
Levi , e foi r ecebida em matri monio por l1. fü::n,1-F:i rn ,.-S. nomingos de Cusmtio-
S. Joaqnia1, que dc:-cendia da tribu de Ju- de uma nobre familia dr: Calaroizo na llesp,mh:1, habi-
lit:inllo-so com os estados tlc bumnnidallCs e thcologia .
dá. Yi nte annos ,·ivcu no d e~go~to ela es- foi eleito conngo rcg11lnr da <'grl'jíl Oxornicuc:;c. Vendo
terilidade. po rem resignanclo-:-c sempre com gran<lc wagoa do seu cor;,çüo os ,,.,1ragos que a
her<'sia caos:i\'a, <'reou e.~~n millcia :irm:11la de rosari-
co m a ,•oo tad e de Deu•, mereceu qu e ao oc;, quo 150 form1t1avel se tornou nos AJl>lgcn'les. Com
ca bo <l'elles c·oncebc-;se e dés"e f1lm. Aq llcl- cffdto a ordem dos pregallarcs, appro\:icl:i por llono-
la q ue hav ia de conceber o He<lemptor do rio JH no anno ,te 1216. ro; 11111 drssc .. n11:ios exlraor·
din:irio, tlc salvação que a Provhleoria faz sempre ap-
mundo. Se m pre ca rita ti va-5e mpt•e in- parecer quando :i neccssida,lc o pcile.
cendida n o amor d e Oeus- cr eou e edu- 5. S.un., no. -~O'>S:'1 Sl'nl:ora ll;i<: Ne\'CS. -Xo
cou sun pri vi legiada Filha; cq nando e~la tempo do papn 1.a,ori11 ( e,,.:-•~ o anno rlc ~52 o 356)
nfio ten,t~ ..flhvs nm nobre palricio, omano, e pcuio<lo
tinh a do5e an ou11 de edade, clla, clepoi:, J" ...•• ,nt<'mcnlc elle e suo mulher a :Hari:t S,111lissima,
de nma morte suave, foi nu Lim b<? P~:· · • ·que lhes lnclicassc qual o pil'doso uso que devinm !'a-
r a r q ne se ópera~se · o 1·~~~'\.' " u11ire L·~a l, z<'!r ele sous bens, aconteceu que n' eslo din 5 tio Agos-
lo-na quadra cm que os calores costumam ser u;ais
Para d,• pois ;,1,.,,,. ;._ '=- ~~Ú.
e p1..;:.\ intensos cm lloma -apparereo o alto do monte E,qui-
Sf.O-' .• , · ~ .,it.,. -S. Jgnririo <li' Layola-nobro linio coberto de ncvP., lendo um sonho o mesmo pa-
]\,"l)~,~->rP.! i;ri1111•iramcnle empregado uo t õr1c, seguiu tricio, cm que s<' lhe revclaxa isto mesmo, e que era
depois a profissão elas armas. ~m quanlo se curava este o log:ir c:n <1ue a Sílnlis!>ima Virgem queria que
de uma grave íerí<.la rccchíiln no assalto de r ampelo- ellc lhe cdifica,se um ll!mplo. N:10 tardou cm por
na, lhe raiu Pntrc m;1os u111 lh ro mrs1ico, o então com-
1 mãos ã obra que t'llhou tão m.1g11ific:i como Rr:rndes
prebenden <1trnn10 é nr rlscada o sah ação por esses ca · eram suas riqtlf'Zí\s e fr1vor. l>cpois ele ,•a rios titulos
minhas cmboro nobres, embora gloriosos no conceito veio a tomar este templo o <.le Sa11tct Maria lll«ioi·.
dos homens. Logo que convalesceu foi depõr as ar- 6. OOlllNGO- Domlnga 2. 0 <.te Agosto, e 9.A de-
mas sobre o altar Je " ª ria S:intissim:i de Moutserral, pois de rcntecusles. -Trànsfignraçi.ío ele Chrislo. Le-
e partindo d 'aqui para ~Janr1•s:1 se deu ·a todos os exer- vando comsigo os apostolo!> Petl ro, Thíago e João,
clcios na penitr ncia. e cada ,·cz mais se conheceu
JClius Christo subindo ao alto de um monte ( o Thabor )
mais :illnmiado por essa l uz qoe deh:a ,,er a vaidaclP.
do mundo; e concebeu o grandioso plano ele rondar lhes patenteou sníl divindade, ar,parecendo n'csta vi-
uma milicla religiosa, que viesse em nuxilio da Egrc- são (que para estes predilectos :ipostolos se pode cha-
ja por tantos e t:10 astutos inimigos combatida. Com mar uma antecipada amostra da visão beatifica) ~loy-
effeilo íol l'lto o rondador <la Commmlii1t ""' J e3u1, scs e Elias foli ando com o fiedemptor.
cujos relcv3ntC's serviços em bom ,ta hum:initlade se
deixam \lêr mesmo atrave:i d'esses negros vcus com
qoo seus perversos inimigos O!> leem quPriclo encobrir. .Marm11túo-'f'!JV• dcJ . e. M. (la C1mha 'l'orrcs,
O aono de 1540 é aquelle CIO qae esta proviJcncial mia dos Baróelros n. 8.
ANNOI Segunda-feira 7 do Agosto de 1854 N. º 14.
O·CHRISTIANISMO.mmmawAi~~® liii!~ll©!.t(J}~®~
~
V ASSIG~.\-SE:
•
l'l\t:ÇO U.\ $\lllSCíl ll'Ç.\'O.
1
l'<n · 11111 3111111... .. ... . 8~000.
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• 1,d, 1111'1.<.'$• • • ••• • • blr.,00.
P:go od13111m u) • li~~ mc, ei, •.•• •• 2s~oo.
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Í Nn llun do Cl'Uz. n •• 30. c:n~ 'Fipo6 rnphl3
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aos homens e 11nda a Deus- as porias do Al't G. 0 Eicam rev() 0 ·adas as leis edis-
in(c,.no mir, p1·eiialcce1·lÍm conlra a Esposa posic;:ões ern contrario. º
do C,·ucificado. Oa·dinariamente pugnnm Mando por tanto a tn<l,ts as auclori-
pelo tt·aballio nos domiôgos e dias fcsti- dndcs, a quem o conhecimento e cxe\!u-
·vos, aquellcs, que jàmais trabalharam c;ão da 1·efcri<la lei pertencer, <pie a cum-
com seus hra<;os, e por co nseq nencia não
pram, e fac;am cumprir Ião inteframe nle
estam em estado <lc poder avaliar os es-
tragos, que no corpo do operado µro<luz como n•ella se contém. O secretado da
. o continuado trabalbo. llonl'a pois seja provinda a fac;~ imprimit· , publicar e
feita a lllu~lrc Asseniblea Legislati va Pro- correr. Pala rio elo governo do Maranb'ão
vincial, que legislou rontra c~te abu~o; e em víute e dois de Julho uc
mil oitocen-
louvo res mil ao Exm. Snr. Doutor Eduar- tos e cincoeota e quatro , trigesimo ter-
ilo Olimpio Machado, Digoissimo Presi- coiro <la iodepen<lencia e <lo lmperio.
denta <l'e1-ta Pl'ovincia p11r sanccionar a
E<luardo Olimpio Maclia<lo. )l
lei n. º 358 de 22 de Julho do corrente
anno, lonvol'Cs mil. J~ iocluhita\'cl que grande é jà o be-
• Eduardo Olímpio Machado, pre!,i- neficio que cstct sa bia lei deyc t1·,1zc1· i.\
d ente da proviucia ·do ~lnranhüo. Fac;o Lodo e qualquer ca tliolico, ruas qnfto me-
saber a todos O!- seus bahitantes, que a as- lhor não l:>eria, que no art. 3. 0 6e não en-
semblea legislativn prosiocial decretou, e con trassc as expressües-niio com1n·e/1e11-
eu su nccionei a lei seguinte: tle. os esc1·,wos, sal,,o se fo,.cm mandados
Art. 1. Nos domingos e dias santos
11
pm· seus senhores, (eit01·es, ou administr a-
as obras em construrção, oilicinas de dorcs;-porq ue senhores, digamos corn
qualque1· espccfe,;, mer(·ad M, casas de lei- 'V ullafre
lão, lr,ja~, annazens, quitanc.la1-, ou outras
<1uae~qt1er rasas <le commerdo cst,1rám Les ruorlt'ls soot ege:iux; n'csl point la maiss:rncc,
<.; ·csl la seule rerto; qui fail leur dilTcrt~llC(',
fochaclas, e não ta·afüitarfun pelas ruas e
prac.a:-1 publicns tabuleirns de fazendas e A côr é uma cousa merame nte acci·
ontros CJ 1aac'-q 11er ohj edos d<! commercin, dental, e como tal ainda que os negros
nem se podedt cooduzi1• materiaes para 'livam entre nús no estado borrivel da
qune~r111er obras, ou d'"IJas remo\'cr. c~rra,·idão, com tudo levados a pia haptis-
Art. 2. 0 Exc·cpt11am-se <la clispo~i<:ão mal t11rna1u-se no~so5 ir-mãos em Jesus
do artigo antecedenie: Christo, e c-omo os benefil'ios por E-.te co n-
§ 1. 0 As botica:; e casas de dentistas e
cedidos iup1clles que se nli . . tam em srn,~
sa ugradr,res.
S 2. º O merendo ele pf)1Xe fresco, hos- bandeiras, não sa m cuncecliclos por oc-
pedal'fos, casas <le pasto, padarias, co n- c11p:t1' o hom em na socicd r,dc esta ou
foitarias. e o matadouro publico. aquella C'a lhegol'ia, por ~er d'e:-;ta , 011
§ 3. º Os Ul(>rc:~dos de come1-tiv.cis, lo- d 'aqu ella c6r, como d n!ipc nsa r para os
jas armasen~, q111tandas. e tabuleiros em escra\'OS o pre<"eilo da l~i <lomioical P Po!·
qu ~ ellcs se m oderem, até o meio dia. ventura o e~c, nrn não preci:-a <le bons
S ó.º Os t:ilhos de carne verde até as obras para snà sahat;i'\o, e precisa ndo mio
duas ho1·as da tarde. Ca l'CCC clt1 rept>HSC)? S~111 cluvitla .
.A, t. 3. º Os infractores d'esta lei, a
Temos e:-pf' rt1rn;as, <JUC se não ji1, ao
qual não comprehende os escrdvos, .salvo
se forem man<la<los por seus senhore~, mcno5 para o l'11t11ro, ( e pral'ia aos Céus,
feitores, ou adrnini~tradores, scràm pu- qu e S<'ja brcye !) a lei dci:xand,1 <le c1won-
nidos com a mnkta de d ez mil reis, e <> lrar nos cscravvs ur,1a po1·çao de maLeria
dobro na rcinciclcnda, cujo producto fal'ê't simplcs111r11le , reconheecrú p~H'a com elles
parte das 1·endas das camaras municipaes os <lir·cito~, qu e como entes, qnc alem lo
<los termos, em <p"ac re~idirem os mulc- co rpo, tem uma alma adornada de facul-
tados. <lacles ~ublime~, prcci:-am de emp rega l•
" Art. ú. º Sam e~pecialanente enca rre- os rueios neccssarios à sua salvação, e mi-
gados da execução cl'esta lei nsa ucloridtt-
lhor C'Ônclif;ào nu sociedade.
<les a qu em cumpre velar no cumprimen-
to das pottluras chts camnras muoiripacs. T.
L-~~~~~~~~~~- ~
. ~t P c<C: .j:_.\
~~~....-.
· Se a no!,sa sanclissima Fé deplora a
dos apostazia declarnda de nlauns, que tecrn
., d t:)
Dl&11os ela J1ro-vb1elt~ eeele!!llnl!ltlca de Tu• Jª mostra o a sua impiedade, pelos seus
.
rh11 a !!i. 1'1. o llel ds s,u-dcnlan • .
cos,tumes, e pelas suat· intenções, é bem
SENHOR. certo qu~ esta Ueligiilo, unica e verdadei-
rn, elo Divino Salvadot· <lo mundo, sem-
Os bispos da província ecclesiastica <le
pre defendida e venerada por nosws an-:
Turim, r'-'unidos como outras vezes p..•ra
lepa~sados, é o objeeto de continuos ata-
tractar dos interesses religiosos das suas
ques; que as leis promulgadas sabiamen-
egrejas, consideram como um dos seus
te para :-ua defeza por vossos glorioso')
primeiros deveres oflerecer a v. m. a ho-
avós, e pelo angm,to rei Carlos Alberto,
menagem cfa sua sineera dedicação, e
pai ele v. m., leis ainda em ,igor, são
esperam que hoje corno das outrns vezes
despre~adas; que os direitos a~segurados
esta sua expressão set'à acolhida com be-
pelo estatuto i, Egrcja Calbolica Hon'lana,
nevolencfa.
como religião do e:-tado, e que é a ele lo-
Os sentimentos de amor e leal sub-
dos os subditos ele v. m., à e.xrepção de ·
missão, aos quaes os ditosos subditos da
vinte mil ralde:1.es e sete mil judeus, são
augm,ta casa de Saboia estão habituados
dei,prezados a~sim como osjuramentosde
desde .a infancia, e que se fortificam n'el-
observai'· e fazer ob.-,en-ar o estatuto.
les com os annos, $âü os mesmos que,
arreigado,; e augmentados nos cornções Os bi)'\pos nu nra poderão calar a ,·. m.'
dos abaixo assignados, os levam a sub- a profarn1<;ão que tem logar ha algum
melter a v. m. a representação que com tempo, dos diás de festa, consaarados á
. d t,
memona os mysterio~ da nossa Religiáo,
respeilo lhe apresentam.
Para nos não tornarmos inutilmente ao culto do Senbor, da Bemaventuracla
importuno~, e na esperança de que as Virgem Maria e dos Sanctos.
reclama~ões collectivas apt·esentadas em Se, de~de tempus antigos a impieda-
dezembro uhimo a v. m. pelos bispos do de tem pretendido fazer desapparecer da
Piemonte, da Liguria e da Sahoia, deter- terra os dias du Senbor, como se expres-
minariam o governo a .tomar algumas sa .a Escriplura, não pode deixar de con-
medidas inais ?Om,oladoras para as nos- fessar-se, como um resultado obvio do
sas egreja&. temos demorado até agora a testemunho da bi.,toria e da experiencia
execução de tudo quanto tinhamos adia- dos secnlos, que a proftrna<;ão dos dias re-
do para o mez de ago:,;to na nossa reumão servados ao culto divino parnlysa e torna
de Scarnafiggi. inefikaz a doce influeneia, que a Ileligiào
Desgrac;adamente illudidos nas nos- tende a exercer nús costumes, para tor-
sas esperanças, e sem outro iim senão o nar os po,·o~ melhores, P<"'ª os affast,u·
de cumprir \rn1 rigori)so dever. elo nosso do vicio e dos crimes, imprimindo-lhe!:: o
ministerio, nos decidimos a recorrer de salutar temor das suas verdades, e ensi-
uovc, à prolecçào soberrma, e a appellat· nando-lhe$ suas puras e sancta& ma xi-
para os religiosos sentimentos de v. m., mas.
e a levar aos pés do tbrono os votos e as Uma profana<;ào_ tão ,leploravel é a
supplicas de nossos coraçõ.es affiictos. ruina da sociedade e deis familias; de:-de
Se homens desvairados.aspiram á !)e- que a deixam introdnzir-!'-e, desapparece
para·ç áo da Egreja eª <l'> estado, nunca o bem estar, a dignidade humana é avil-
acontecerà que no espirito dos bispos os tada, e ai.; povoa<}Ões perdem o vigor da
interesses do tbrono SP.jam senarados dos suas furça& phy.sicas. São este~ males que
do allar. É por isso que elle; se conside- necessariamente se ve1·ão accumular so-
ram como obrigados de chamar a atteo- bre nossa cara patria, se Y. m nào faL
'i ção de v. m. sobre a prop2gan<la que u~o da $Ua so~e~ana auctoridade, para
abertamente exerce nesta cidade e em seu firmemente ex1g1r, neste ponto, as leis
· territorio a heresia protestante, que não em iigor no e~taao.
de~presa meio algum de fazer proselit9s, Jà queixas univPnae.; teem revelado·
atacando não só por escripto, mns de vi- ao:- e!'tado~ u111a dali maiores desrf'raças,
va voz e em publico, os dogmas catboli- que podem ãilligir os povos, isto i:, é, :os
cos, e exercendo, quando é preciso, a abosos, que se tecm introduzido na ins-
seducção a preço de oiro. trucção da mocidade, e es~es abusos te-
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
wt iWí
eru-se augmentado tão visivelmente, que se abusos taõ graves e taõ lnmentaveis se
os bispos julgal'iam faltar a um de seus ~· devem prolongar ao ab.l'igo do mesmo
mais imperiosos deveres, se não chamas- systcma.
sem sobre este objccto a soberana solli- Digoe-se v. 01. tomar cm considera-
citu<le de v. m. N'uma parte as licções çaõ as réspcitosas supplicas, pelas qu.aes
leem por fim preverter o espirito da mo- os abaixo as~ignaclos pedem que se cligae
cidade, n'outra corromper o seu coração: accudir ás deso rdens e aos mate~,. que
a historia tem servido para fazel' cahir o aqui llle denunciam. Estas suppli cas saõ-
odio e o desprezo sobre o Soberano.Pon- lbc inspiradas pelos sentimentos de affec-
tifice, sobre o episcopado, e sobre os mi- t.'uosn dedil'açaõ e confiança, quesinccm-
nistros da Egrejn; a geologia, a historia mente professam p or v. m.
natural, o desenho, para cminar o pan- O veneravel arceLispo metropolitano,
tbeismo para oflender o pudor, para pre- cuja sepa,:açnõ nó!> ainda deploramos,
parar a rorrup<:úo dos cm,tumes. partilha comnosco os sentimentos, que
Teem-~c banido essas praticas da Re- nos fazem considerar como insepal'aveis
]igião, tõo caras a nos~os antepas~ados, e a clefezn da Fé e o bem <la na<;aõ, a sus-
que só ellas podem forrnar a verda deira tenta<;aõ da Egreja Catholit•a, e a conser-
e solida virtude; leem quasi subtrahi<lo vaçaõ da gloria heredit:uia ela augusta
a mocid.ide a toda a qualidade de iu1lu- dymo:1~tia de Saboia, que sempre se dis-
encia da parte dos pastores de almas: le- tinguiu pela sua devoçaõ a Egrcja. ·
em tolerado, sem punir os anctores, a dif- A dedicaçaõ que v. m. mostra pela
fusão de maxima:, hereticas e anti-sociaes, religiaõ de :-.eus a\'Ós, fazespPraraosabai-
no seio da mocidnde; não tecm prevenido xo assigna<los, que os suai; snpplícns e a
nem reprimido os desvarios; teem deix~- sua coníian<;a poderaõ nbter ele sua real
do os mais adulto-. entregar-~e à occio~i- auctoridade, medidas taes que reparem
dade e ti desordem, e tudo concorre a utilmente os males que deploram, e que
corromper, a prevcrtcr, as gerc1c;ões fu- assegurem assim o intere~e comanuru do
turas. estado e 'da Heliginõ.
Os pnes tremem de ronÜal' os seus (Seguem-se as assigna lm·a~).
filhos a escholas 1 donde ·sahem quai-i
sempre, som temor de Oens. sem regra (l' Dnfrtrs. -A Narão de Lisboa).
d e co nducta, sem respeito a pessoa algu-
ma, e, o que mais ainda. sem morali-
dade.
Doe-nos o cora<:ão de ter que dizer
coisas tão deplorareis; mas se os bispos
Como é Iluda a montanha, que nas nuvens
e..,tão ainda depoi.; de á annos, na expec-
Esconde a fronte augusta, éoroada
t.itiva de que uo,a sa bia e sincera liber-
De purpuras e de ciro I Que harmonias
dade, em muh•ritt de ensino ponha em fim
Não solta a viração, l>rincando, à tarde,
um Lermo ao monopolio, que tem pre- relas sclv:is. elo bosque cnlre a ramagem l
valecido na 10!-ltl'lll'Çào, e lhes devolva o Para longe de mim viver do mundo ...
exercício do~ direitos inr.onte,tavcis, que Naturosa 1 comllgo, a sos, cu quero .-
pertencem á Egreja e ap mini~terio epis- Modular as canções das harpas d'alma !
copal, naõ podem, toda\1ia, dilipeosa r-sc
O' mont.1nlta por li deixo as cldacl~s.
de referir a v. m., que hoje nem a auc-
E os mur111orios das torbns retumbantes ...•
toridade dos paes de familia, nem a fé
Aborreço o gosar, calco as vaidades,
das novas gerac;õe~ catbolicai-, isto é, de
Folgarei de lhe ouvir cccos distantes:
toda a naçaõ, ~ão hoje respei tadas e ~aõ Aqui, 011s solidões, não ba maldades,
contmuamente despresada.. ; por isso os Orgulhosos palacios, fulgurantes..•
homens sensatos prevêem o roais tri.-.te na, em vez de invenções mcnlit.las d'artc,
futuro para a soci~<lade e para a Re1igiaõ, A graodcsa de Deus por toda a parte I
Uarmoulas do céu, de doce nccenlo C'o bolicio das turb3s, que murmuram:
Embriagam de sons nossos ouvidoci; !\hs alem ..• desenrola nas planices
Pelos ares murmura a harpa do vento; A campina os seus mantos variegados.
A voz das solit.lões solta gemidos.. . . Os eccos da solidão repelem tristes
Adormece no peito o -seulimet:Jlo, Triste dobre de morte pelos campos l
Emball:i~o nos sonhos mais queridos; Pobre verme ! humilhei-me•.. a minha mente
E nessa alma, <Jue eUJ amor de gow anceia, Se senliu confundida. • . a voz dos labios
Nas vastas regiões livre vagueia l l\fe escapou .•• n bradar extasiado:
Aqui respiro cm paz na pa_z do ermo 1 -llemdilo seja, oh Ueus, teu nome s:mto
.J!'ilo os dos céus na cup'la infinda Entre os povos do mundo! Os sec'fos toe.los
E a minha aspiração não aclla termo Pregoem teu louvor !
Outros mundos ignotos busca ainda •••. Cantem sempre nos céus, giraru.Je os astros
O espirilo a11sim estua enfermo, Pelas leis eternaes, que tu lhe déste
Das buscas illusõcs quer a mais linda
As glorias do Senhor l
l\las debolde no mondo busca o mytho Quem :is serras prendeu as longas serras
Que seu doido aspirar é iofiollo. Deu ao sol o fulgir, brilho as estrellas
Deu 1110\.'iir,ento ao mar?
Nos mystcrios de Deus 'slá a vcnturo
Na terra. ·..• é tudo vil, pequeno e immondo• • • Quem nos vacuos mostrou a orbita imrucosa
Verdade .... sõ alem do St>pullurn, Aos milhões das csferos scintillnntes
Nas planiclcs do ar?
Que la.grlmas e dOr sô ha no mundo.
Desbota-se o fulgir do formosura, Foste tu, que existindo antes cios tempos
Apoz do goso vem tedio profundo••. D'eolre o cabos tiraste o tempo, e a morte,
Pouco importa ter c'ro:i, ompuubar sceptro E as long:is gerações l
Salll grandesas de p<,, tudo é um espectro I Que marcaste no circ'lo dns idades
A cada ser procellas ct•cxistcocia
Assim eu. que'me cria no meu peito
,\ vltta das nações I
Para sempre feliz, ai I triste sorte .••
Vi meu souho d'amor calr desfcilo Tu és grande, meu Deus! do sol, que nasce
Esconder-se na campa, dar-se à morte No brilhante fulgir leio o teu nome
Embora ao callx d'olro o Jablo afTcilo, Teu eterno potler !
:Não cnnl no torpor porque era Corte, No crepusculo da tarde, quando em fogo
Pela angustia minh'ulma rescquida • Vae o astro dos céus suas madeixas
.Maldisse o meu sorr..er, máldisse a viela I Nas aguas e,;cooch.?r !
Mas depois. . • para Deus ergui meus olhos.•• Tu és granrle ! seus raios prateados
Pedi-lhe compailão quando gemio ..• Oéslc à luz <1ue vem faltar ás selvas
Os meus pés s'embotaram contra abrolhos Sol11t11·ias d'am1Jr I
rouco a J)ouco cessou minha agonia; Ás boninas da terra <léste a ,·ida:
Minhas forças tornaram-se cm escolhos E so por leu poder oo prado cresce
Em que o mar da desgraça em vão balia: A linda e meiga ílõr !
E agora na roontanh .. em liberdade, És to que ao rouxinol mandas que trorc,
A Deus venho ,·otar minha saudade. 1'1:las hur..,s da nolle entro as ramagens
Como é t1oce esta paz l nenhuns temores Trovar do cora(ão I
t\ minb'alma perturbam, que se expande E o quo a !.)risa ac'.>mpanhc em seus mur01111·io!.
\ arlado trJnor, soltos gorgeios
1
O sol desce dos ccus: a frente d'ouro
Nas l\lOnlauhas do occaso o immcrgc em wgo ! Do conlor da solidão I
Nas correntes do ar mil ,•oscs soam Bcmdilo seja, u Deus, teu nome santo
Nos llarpos da solidão repercutidos•.• Entre os povos do mundo os scc'los todos
A meus pés se dilata um va~lo espaco .•• Pregoem teu lou\'or I
Aqui torce-se cru giros de serpenlf, cantem sempre nos ccus, girando os astros
I\Jas de serpente immcmsa um rio lmmenso, Pelas leis cicruaes, que ta lho deste
E no curso caudal envolve espumas, As glorias do Senhor I
J\luromraodo :itra,·cz d1s serranias ! Guitl,crmino Augusto.
Alli surge a cidade dos mil torres { Elfü).
...~
_. -~- ,-· ... -
••
ANHO CIIRISTÃO. seu pae, por isso que era o primogenito.
AGOSTO. não sel' contente com i~to. Empregando-
7. SEGUNDA-FEIRA.-S. Cactano-des- ~e em pregar e confessar pelas aldeas. re-
cen<lt!nte d'urná nobre e opulenta fami- conheceu a necessidade urgentis&ima das
lia da cidade de Vieencia, havendo em- missões, e por isi;o em Nocera dei Pagani
pregado a sua herança em fundar e sub- lançou os fundamentos d'essa veneranda
sidiar hospitaes, onde elle, sem medo aos associaçaõ religiosa com e, titulo do San-
concagios, ia exercer• o.s serviço~, ainda tissimo Hedemptor, cuja obrigaçaõ espe-:-
os mais abjectos aos olhos dos homens. cia) é ir levar o pasto espirit~1al a essas
Inflacnmado do zelo da honra de Deus, ovelhas que vivem no solo infecundo da
todo se angustiava vendo a decadeocia ignorancict. Nioguem-e taõ occupado
dos costumes de .seu tempo, e para lhe era-escreveu mais, nem com mais éla-
oppôr um dique fundou uma congregação re~a e elegancia ~e estylo. Quase forçado
de Clerigos, osquaes nada podiam possuir, ac('citou o bi.-;pado <le Santa Agatha dos
nem menos mendigar sua sustentação, Godos, que, logo que pôde, resignou para
mas, coofiando tudo da Providencia. es- passar o re,,to de sua vida mortal no meio
pérassem as esmolas espontaneas que os de i-ua commu.nidacle. oude deu a alma a
fieis quisessem oilerecet·-lhes. Este ho- Deus no anno de 1787.
mem verdadeiramentcaposlolico, bavtn- 1 O. Q o rNTA-FEJRA. - S. Lourenco-
clo-:,e assim tornado um membro muito ~rcedfogo do papa S. Sixto II, mostran~
util e be.nemerito da Egreja militante, fui do-se p~~aroso de não qufohoar com elle
gosar da gloria triurufante no meado do da gloria <lo martyrio, alegre ouviu do
seculo 16. me~mo ~· Sixt? o ,·(lti<'inio « de que d'alli
S. T1rnçA-FE11u. -S. CJriaco e seus a tre~ dias havia de alean<:a1· um ainda
companheiros-que em Homa, na via mai~ glorioso triumfo. l) Haveod() pois
Sàlaria, soffreram heroicamente õ mar- di , tribnido pelos pobres OS tÚeSOUl'OS de
tyriu per ordem do cruel Dh.>clcciano. . q11? era depoi-itario, lbe reio o rupido Va-
Estando jà ha muito tempo preso!,ossan- lenan,) pedir conla~ d'<'ll e1,; e não os
to, Csl'iaco, Sisioio, Largo e Smaragdo, achando, n mandúu, dt•pois de exbarn,tas
foi Arthemia, filha de Diocleciano, Jivre todas as outra:, torturas, as~ar em uma
de vex.ações diaboliras pelas 01·ações de grelha. Tüdo soO'reu o nosi,o santo com
S. Cvriaco. Então Diocleciaao o& remet- a coni-tancia de heroe, ou antes rom a
teu para Sâpor rei dos Persas, cuja filha alegria de quem ,·ia abrirem-se-lhe as
Jobias lambem- soffria as mesma11 vexa- portas do l'éu, porque, como rlizS. Leão:
ções, e que igualmente ficou livre, bap- «_era .menos violent~) u fogo que extraor-
tbando-se em consequenria de um taJ dmanar~ent~ o que1c!tava, do_que aqneUe
prodígio seu pae e mais de Lt30 de seus· de que rnteraorm enre c~tava incendido.»
vassallos. Voltando a Ron.1 a, os mandou No anno de 258 da éra christan te,·e o
Diodecianoatormentar, fasendo-os ir adi- cltl'istirmi:smo e:,te trium fo.
ante de seu coche, e mandando que, es- 11. SEXTA-FJmlA. -Santa Tberesa-
tendidos no eguleo, lhes lançassem pez ·filba de Sauebo l de Portuoal foi dada
derrétido. Por ultimo lhes mandou de- ~ '
em matrimonio, quando ainda não tioba
cepar â cabec:..a. trese annos completos, a Aífonso de Leão.
9. QuAR1'A-FEIRA.. -S. Alfonso Maria Passados anuos, o romano pon1ifü·c lhes
de Ligorio-nobre napolitano, havendo- f~z saber que seu casamento fora nullo
se graduado e·m direito com a1-somhro de por fah~ r!e di,pensa do impedimento de
seus professores, que nüo imaginavam. c?n.~agu101dade, e então elle!-i, que até alli
que fosse dada ao homem e em tão ver- v1vrnm na bôa fé. se resolveram não a
des annos uma e1,f-era tão extensa de in- ~ollic·.itarem a di~pen~a, mas a .sep~rarem-
telligenda, se empregou por algum tempo se, vindo a no~~a santa para o mosteiro de
na profissão de advogado. Ac·ontecendo Lorvào, onde fiore '.;ceu .em virtude.
que na mel~or boa fé elle deífendes.~e 12. SABilf\l;)o-Santa Clara-natural
uma causa injw.ta, elle, logo que adver-
tiu o erro ern que li,borava, ret·onheceu
d: Assis e confemporanea d1> .sera fico· pa-
. tnarrha, pnr con1,elhol\ e direcção d'elle
o risco que por aq,,i conia a sua salva- .a..pira ya à perfeição P.vangelica. e por isso
ção, e re.sol \,eu ordenar-se, naõ ob:,tante dibtdbuindo todo.s os bens terrenos em
DCIRlSTIANlSMO.
~ X
C'J:E(.O DA SL'llSCn ll'I, \ 'O.
af} .,S.Stt;~.\-SE.
l'or 1101 811110 •••• •• •• ,l'iROOO.
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l'ogo ~,lla·ll" 10 • ,-Is 11wz~• ••• •• •• r1s)uO.
) • llt:'.t IUCAL'a • .. •... 2i"i00.
\ ,\rnls,1;... ............ $Zl 0.
K
f Nn !lua 1la Cruz n. 30, e m1 'flt1ogrn11hl;1
dCSl.b Jornol.
K
,Yo,1 l'C11/ animas 71e.rdtl'l' wl sa/11111·c.
S. l,uc. e. li, ç. 50.
=-=-;,.-;;..,.--nn---~--- - - - - - - ·-- - - -. -."'-_-;., --,,.-..,- - -__:-;;;- ._ - ~ ;;n=. ~ - -- --. ------§-
-::-,.;.~
da sua energia. Não se curvou: offerecen- ner· partira para floma, onde vai levar
do todos seus trabalhos ao Pastor Supre- explicações a respeito da:s ultimas medi-
mo, ora pelo seu rebanho de quem o se- ·das tomadas pelo governo badcz no con-
param;. Ol'a pelos seus perseguidores e fl.icto com o arcebispo de Friburgo. M.
carcereiros. Kaestle, vigario da catbedra1 de Fdburgo
« A ordem de prbão foi assignada foi pl'eso; um outro vigario foi chamado •
pelo regente no dia seguióte no do anni- perante o juiz de primeira instancia. A
versario natalício de sua augusta mãi a folha oficial de Carlesruhede 26 de maio
gran-duqueza Sophia. Todos os catholi- contem um decreto., que prohibe em to-
cos oram pol' esta princeza, que tem tan- do o grão ducado o .Tornai de Mayense,
tos direitos ao seu reconhecimnnto. e cu- que defende com tanto talento e dedica-
jos conselhos não são escutados. A 21 d.e ção a causa da Egreja. »
maio toda a familia granducal estava reu- « Do LAc.»
nid.a em seu castello de Bade-13ade; viam-
Oremos nós tambem os catholicos
~c là príncipes e princezas da. Prussia, e por aquelles nossos irmãos para que
falia-se do proximo casamento do prín-
não fraqueiem no meio elas persegl;)i-
cipe regente com uma princeza desta real
ções, sejam ~ignos da sorte que es~à
familia. Ella quizera (e oxalà o Todo-Po- promett1da aos qu e pudecem persegui-
deroso ouvisse seus votos) que esta união ções por amor da·justiça.
fosse contractada sob outros auspiáos.
-.:~~~
... « Os catholicos estão cm luclo, seus
inimigo'> na alegria. rJma ordem sabiu
de Friburgo, prohibiudo assolemnidades
religiosas cm todas as· parocbias durante
I.
a prisão de Monsea. o élrcebispo. Não ha-
ver.\ nem c,1ntico, nem orgaons, nem Que é de Jerusalem-a grande, a forte,
n,usica: não se tocarão mais ossioGs. Em Das gentes a senhora i> 1
Que é da rainha do orbe, tão altiva,
toda a parte os parocbos conformam-se.,
Nobre don1inadora ;> 1
com esta ordem; apenas em alguns Ioga- '
res os agentes du g,iverno npoderando-se Em vão a procuraes, que do merno
elos sinos fazem~os tanger pela manhã, ao A derrubou a mão;
meio dia, e à noite. As muletas e encar- Ergueu o anjo a mb .•• ouviu-se um brado .. ,
cerações recomeçam; não se respeita o i\torrcu uma nação !
secrredo
o d3s cartas dirigidas. a pessoas l1as folgas, elos banquetes, das orgias,
suspeila!i. Na semana passada todos os Cessou jà o estrondar;
parochos e t•oadjutores sem ex.cepção fo- Não se escutam as harpas e os psallerios,
ram intimados p:-tra depôrem na policia Nem os sons de baila1· !
a pastoral du arcebispo relativa aos bens
Cahiram as muralhas-o repairo-
ecclesia~ticos, e que devia se.r lida na ca- . Do homem vicioso;
deira. Os bailios tiraram por violencia a Là desabam os paços da luxuria
muitos parochos o~ archivos das fabricas Com baque estrepitoso !
. e fundações. Alguns ecclesiasticos, que
até agora pareciam menos zelosos, vão-se Là foge espavorido as mãos alçando
O velho ele Sião.••
desenganando de quaes são os fins que se
!\las que vale o fugir se estampa leva
tem em viátà, e todos rivafüam em Leio
Que diz «reprovação» 1?• ••
para haverem a pastoral e poder lel-a a
seus parochianos. Citam-se muitos que .. , ............................... .
· passaram nqites intei1·as a copiai-a. . II.
« Pergunta-se o que fazem agora os Là do cimo do Golgotha se ouvira
dois Jnda"i do con1'elbo s.uperior (tambem Um brado de tremer; ..
lá ba Judas aos pares !) oi; dois padres Responderam-lhe os pios da coruja, -
Lauhis e lJ1eyer; e ora-se por elles, afim D'oma mãe o gemer!
de que reconheçam, <letestem, e expiem Turbaram-se nos altos as estrellas,
o escandalo qne deram. As trevas condensaram,
De Carlesrube se diz a 26 de maio Estremeceu a terra-abriu-se o templo-
que o con~elheiro de ~~tado badez.Brún- As campas descimaram !
naram pois o~ Prelados catholicos o re- devotos que compare<;am para abri lhan-
correr ao pio zelo dos fieis pelo bem da tar o mesmo actn, tanto na vespora, co-
verdadeira crenc;a, sollicilando contribui- mo a mis~a · do dia, ~ prot•issão á tarde,
e ao .mesmo tempo convida que para
ções voluntarias, para do seu producto
maior augmento, e e:-.plendor. elo mesmo
formar uui fundo 04 dotação para seeri- santo hajam de conco, rer com %Uas es-
gir e su~ tentat• a mesma universidade. molas para o leilão e anjos para a procis-
Nào temos duvida que todo o bom chriS- são.
tão sabcrú com praser. que o resultado Jose Guithermiuo d' Almeida.
d'estc ai)pello à piedade catlrnlica de hoje Secretario dn irmandáde.
tem si<ln favoravel e productivo da ma-
Jlm·a111tão-1'y7'. tlc J·. e. /11. da Cunha Torres.
neira mai., animadora. Jlua <los JJarbeirós n. 8•
•
ANNO J Segunda-feira ~l de Agosto .4e 1854 N·. º 16.·
OCH-BlSTIANISMO.
l'P.EÇo 0.1 sonsc111rç.\ •o. X X ASSIG~A-SE:
.
[ Por u 1.u 011~0.'.' ..... , • 8$000.
1 • se,s 1.o tzcs.. ..... . 4$50~.
x!J 'O Na l\ua da Cruz .o. 30, e na 'l'ipogr apt1fo
l'3gO a<l13nlaclo) , irtz metes ...... . 2$800.
\ ,\l'ulsos....... , • .. .. • • • $240. V ir..i.
deste Jornal.
à !
N01t 1•e11l animas 11çrdert sttl satva,·c.
S. l,uc. e. O. ~, 50,
:< ' -
as suas vidas. ao perigo, só pa1:a salis~;.1se-
OCHRISllANISMO.
. rem o de:-ejo de 1,eu Hei _(.l ). Se cúm
tantas e tão gra.ves difficuld.,<les pratica-
ram os bomeus e:,fa acc:üo pa ra com ou-
(Co111i1111arão do 11.• 14), t ro homem; quanto mais deve o homem
Não podemos acreditar, que haja eo- ohrar para com o seu Deus e Creador,
racão tão duro, ou ainda tão aferrado ao maxime sa bPodo, (t~omo ·não deve ig oo-
a~oL' mundano. que não ~e desfaça, e · fdr} que EJ lc d e1-t>ja, e manda, que o nos-
al earé
t)
co.n o terno
.
convinte de seu Deus, so amor seja n'elle todo emp1·egado P...
vendi) que Elle quer, de!',eja, e manda Hi.l''erá co usa mais suave, e deliciosa, e de
que O amem, e isro _com túo grande en- ruaior int ere),se para o homem? ... lJm
.ca·recimento , como s~ só Elle fôra n'isto de\'cr faril d'execu<:ào, e de in r.onsidera-
O interessado, e como se nós em O amar vel conveni en<"ia·, para a sua pratica era
fiseramm; muito, e O~lO fôra. em nós re- nece~sarin preeeito manclativo P. . • So a
conhecido emprego · de maior proveito, bond..icle st11penda·cl'u m Deus nssim obra,
doçura, obrigação, e h onra: am((1·ds o Se- empenhando-1,e, qu e ·o am~rnos, 50 por-
11ho1· teu Deus de todo o fou coração , de to- que vê que n'isl? .es~t\ a no s~~ vida, e sal-
,la ·a. tua alma, e de totla!i as luas fm·- v'a<:ào : qui non dlltgtt manet rn morte.
,·as (1). . Ainda"re pc tunos, qn(\ por isto mesmo,
· 'c onsiderando-se bem o fim, porque que era para nós de· inexplicavel pt'ovei-
manda, Deus, qne O amemos, de certo to, pnz Dens toda a deligcncia ern per-
pocliamoi1 dizer, q!1e uào era nece~sa rio suadir ao homem , e ainda obriga r ao
prec·e ilo,. que ass11n nos o~denasse, bas- exerciC"io do ar11or para comsigo, d'onde
tando unicamente o conbec1mento do seu de certo tira toda a ventura, e fe.licidade.
desej o, para executnrm,os, éii~da sendo A' tantas fioesas que cle-çe o homem
causa de maior trabalfio! e pengo. qua l ao seu Deu:;; it tã o iuap re ~iavel bem que
será o ·rnssallo, que se prese <le fie l ,
n'elle acha, com que amor e agradeci-
que não ambicion_e advinhar os P:-nsa- mento pode pagai· P . . • Do h o mem é
mentos de ~eu Rei, e que sabendo de al- Deus -Pai, Amigo; Senhor Bemfoitor.
a ut.na ru3oeira, que cllc deseja alguma
Espirita, Vidu, Thesouro, e Po~!',e, e to-
~<>Usa, a nüo pratique para lhe offertar da~ as col,~a:;: contem todos os titulos
esse pra\er, muito em linra seja me:;~o para cunqu i:-ta r corações, e todos se acha-
com ri.;co de vid<1? . . . De..fo lhemos a l~s-
ràm <'om in finita vantagem em Deus.
criptura e <l'entreoutros exemplos, apre-
sentemos' aqui o 'iUCresso-de Dav1u, que ·~ Avil,ta d 'isto , poi.-., qua l serà a rasão, po1·-
q11e não acabemos o h omem de render-
opprimido, quando em campànba,d'uma sé a tanta, fo r~a~, e de se r ferid ,, de tão
gL·a nde ~ede, e que apenas ieclarando a grande multidão de 1ietas, co m que seu
vontade de beber da fonte de Bet~lebem, amor o cónqoi.,ta? Esem duvida <le a in-
-~s seus soldados ( tres) apenas ou~iraw
cornpreh -:!n ~ivc l, e inexplirave l ceguei ra,
isto, de prompto romperam por me10 dos
edureza,ern que ei;t.\ o. seu coração.
inimigos. e cheio~ de praser exposeram
(t) oeutcr. 6-5. (t) neg. '.?3-15-16.
ipso, et os ho_mini sublime dedit, cmn pro- EXÇELLENTISSJ\IOS E ll'R\')IS. Smmongs DISPOS ./
• DO
na utique speclcnl animmitia cmlet·a le1·-
1·am; ul attol/ent ad side1·a vultus, itlico E D.lS DtC'IIDADF.S, Co:.r.GOS li OEX&íll;IADOS DA SUA $A~tT,I li:GílEJA
CàLIIEJJIIAL D&SOI: A LPOC\ D\ Sll,\ PUXU.\ÇAÕ .\Tt IIOH:,
suspfret, ut tam hentmu 9 e/ pc1·enncm cons-
picit mansiouem. Parece-nos que uao lon- O Bi,pado <ln ,faranhão Í<>i erecto por·
ge es(nva cl'este juiso o Poeta que disse: Bullil do S,tnuuo Puntifü·ie Innocêncio
Os lwrninis sublimo dedit, XI em o anno 167G a In~tancia d'EL-R~y
D. Pedro II., então Pl'in<·ipe Rcgepte de
Ca:Lumque lueri possit. Portugal. ~ão telll Con:-titui<;õc~ proprias,
Avista cl'isto que po(lcl'emos nós <liser rege-.;e pel.s du Arrebi, pado da Bc.1hia; sua
<los que só appli<'am os olhos. amor, e Me tropoli. O'elle foi de~rr,embrad<J o Bis-.
intclligencia para as cousas ela ltH'rl, co- pado d,• Grão-Pará po.r Bulla elo Summo
mo se so para o goso do ct·eado, e terre- Pontificie Clernenle X1 em o anno de
no foram formados, como sám os mais •1720 a in~tan<·ia d'El-Hei D. ,João V..
nnimaes P A Cathcdral da CidHde do S. Luiz do
Outra cousa não podemos afirmar. Maranhão, ele que é Padroeira a Virgem
uoiodo-nos ao antigo escriptor quejà dei- SanthMma N. Senhora debaixo do titulo
xamos citado,~enão que, nos brutos tem da \"ictori.a. con:,ta da; seguintes digni-
(1) Ecclcs. 7-30. (1.) Corintll. á.- 1.
® tHllll$ Il~U'UA~J~W~a g
K!Cf.Mt#tWR FWS %t S t ; ;:;ss:.www IM>{R(W ' tM•tetc?t:?Wc:w.. , ,rm;~ ~ ~ ~ ~
pado <lc Jlraga, ~1e--t:·c. Ju.bila<lo na Sa- das Egrejas de todo o Pl'inrn<lo da dila
grndn rrh eologia , Exnroinaclor-gernl dns Ordem du fleino de 'Pnrtugal. Foi Eleito
Tres Orcfous \liliLa1·c~, e Deputado da Bispo d'csta Diol'c~e, e Confirmado cm
Bulia da Crnsada: kJi , isítndor Aposto- Man;o tle 1778: to111ou pos~c cm 21 <lc:
lico dn Cui-todia, on Provincia de São Setembro 9-e 1 ííD por i-cu Procn rador o
.loào Evangelir.ta <la:; llba~cios A<;ôrcsdes- R. Clrnntre .João Duart e da Cmta. He-
membrada <ln d o:,; Algarves. Eleito, e ntrnciando em 1780, foi occ11pnr os Car-
Confirmado Bi"Pº d'e..,te Bi~pado do :\Ja- gos de Provisor, e Yigario-gcral do AL'cc-
ranhào cm 17lt5, chegou a esla Cidade bi:,p.ido d'Evora, _nonde moneu.
ctu '2 de Julho de 17á7: fo lleceu em 18 8. o
de Desemhro de 1752; e j~z sepultado na D. Fr• .'foké do ff_Ieuhao .Yelilntj.
Capella-mót· da Catliedral uo Presbylc-
rio, junto à Sede Episcopal (1). Natu rnl da Villa tla .Jacobina no A1·-
ceLispado dn Bahia, d~ Ordem dos C.\ r-
Ô.º rnelitas-<lescalr.os da Rcforrnn de Santa
D, Fa•. ,l11tonio ale São JollJé. Thcresa. Mos tt'e na 5agn1da T l1eologin,
Da Ordem dos Eremil:u,-calçados de Pregador Regio, e Examinc1<lo1· Synodal
Saoto Agostinho, natura l de Yianna , do Patriarchado de Li~boa : füi Eleito
Pl'a<:a d'Armas da Prorincia do Minho ffo,po d'esta Diocese, e Conftrmciclo cm
110 Àrcebispaclo de [fraga, Don torna Fa- Setembro cfo 1780: tomon ro~se por S<'tl
cul<lacle de Thcologia pela Uoirnrsi dade Procurador o R. Chantre .João Dua rl e <la
<l'e Coimbr:i; Leitor cni Oi verso~Conve n- Costa em Abril ele 1781; e foi trno!lfcrido
tos ela sua OrdC' m, em qu e foi •\lestn• Ju- para o Bispado de \'irnu, nonde moneu.
bilado, e ProYincial. Eleito, e Con fir- 9.º
m;.<lo Bispo cl'e:-.ta Deo<'ese em 17 56, to- D.· Jlo';o. Ar_.'iouao ,1e Pndcn.
mou pos C d'ella em 11 <lc Ahril <le 17 57
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to dos sc1·vos de Maria, a]ii passou algum nava-se ncreqsivel n seus subditos. cujas
tempo entregue á peniten rias e a contem- necessidade!; e du, icfos ren:ícdiava e deci-
pla<:iio das sete. dôres de 1lla1·ia S,mtú1si- dia se mpre com n ma ior cal'idade e ju~-
ma; e parcol'rentlo toda a Europa e gran- ti r,a. J~m urun palavra e1·a urn rei sa nto,
de p arle da A1.ia, propagou consideravel- e aquelle debaixo de cnja prolecção esta-
m ente as associações das Dores. GonstL·an- mos, <'orno nos:-o Pa<Lroeit'o.
gido, foi por algum tempo Geral de sua 2ô. Sinn \oo. -S. Gnilherme-natu-
Ol'dem; e quando por morte de Clemente a·al de Vcr<!ellis na lnsu brin, havendo na
IV lhe constou que se lembravam d'elle eda<le ele l li annos feito uma peregrina ção
pa,·a successor , se escondeu no mon- a ,·isilar o coa·po de S. Tiagl) em Cospos-
te Sunfato, e :,Ó apparecen outt·a vez de- tclla , regressoo à ltali a, e virou por al-
pois de publicar-se a eleição de Gl'egorio guns nnno,; ercmitieamente no alto do
X. Fngindo sempre <lo mundo pôde cbe- mont~ Soliculo, Divtilgacla a fuma de sua
ga1' ao céu nn nano ele 1'285, morrendo san tid.,de, coani>çaram tl a1I111ir-lhc para
ern Tnderto abrnça<lo em u1na c1·u1.. · alli discipulos, e então fun<l uu um mos-
2ú. Qml\"u-1:imu.'-S. Barlh.olomeu teiro no monte Virgiliaoo, que d 1?sdee,c;e
Apostolo, a quem tocou evangelisnr a lo- tempo se fi co u cl.1:.1 111ando "º monte da
dia cilerior, harnndo ahi eou1 grandes Virgem » e à sua commnniJade deu esta-
fadrgas e obstaculos semeado a divina pa- tutos fund.tdos na 1·egra deS. Beato. Ain-
la n·a, reio para a Armenia maior, onde <la d epois fundou outros mo,;teiro~; e o
converteu o rei Polyroi() e do~c cidade!.. mesnao llngerio, rei de .'.«'poles, que du-
I~to lhe concitou o odio do."i saccrdoto~ ,•id.',rn de sua,; virtude.,, e, para o tentar,
idola tras, os quaes alll'ahiram aos sell5 mand,'t,·,, um,, mulher devassa , e veio fi-
interesse;; a Aotyagç:-, irmão de PolJmio, nalmente a respeitar, ~a bentl u como elle.
o ql1al o man<lou esfol:ir, e assim termi- rcpcllin<l'> a tent,H;ãn, co m ic.lou a tcnta-
nou barbaramente nma viela totla empl'c- uo ra a en tl'ar cm 111elhor tamiuho. Cheio
gu<la em destruil' a barbaridade. de ,·irtude;;, foi para o céu no nnno de
25. SEXTA-'PElR \. __:.S. Luiz , rei de 11ú2
Fran,;a-ficanclo orfão de pae aos 12 an- 27. DnM1~co-Doming:~ 5. n cfo Agos-
nos de edacle, e~teve debaixo da tutella . to, e t ·l." d,•poi" tle Pctenc1h.tcs. -O Sa-
d e Branca sua mãe, a qual ao mesmo g ra elo Coração de \1aria. Tem-.. e- n'este,
tempo que governa \'a o reino com uma ulLimvs tempos prnpngado por um m,,dl)
sal>etlol'ia e aclivi<ladc vn ronil, tratava de mnrnvilh oso a devoção e culto a este ter-
faser de seu filho. in ~pirantlo-lhe o amôt· no ohjec~o do .11osso amô1·, e por sua in-
e temor de Deu!-, uin digno e ~a nto rei. tercessão se Lee m opern<l 1> c:o n ver..õe~,.
Aos 20 annos ele euade se propoz à COO· c:0 111 (fllC a Santa Eg ..eja ex ulta. O pie-
quisla de Jc1·ui-a le111, onde, depoi,de al- doso p ,H'O<'h O da fregu~sia de Nos.ia Se-
ournas vantagens al(.'ançadas :-obre º" Sar- 11/wra das f/ictm·i11.~ d e P,u-is, formando
oracenos, f01. prew)utua•o
. . d'eli e!-, porque uma as~ociac~o ' <le oracõcs
• diri oaid.1s uc)
se u exercito fôra atucndo de um contagio, C1J1',1<;ào e.!., \L',c de 0 ,!11-., co n. . cg11i11 que
que muito o havia enfraquecido. Hc~ga- 01·a<:üe., f1 e,uhotaclo-; pela semualidade
tado com Lodos os ~eus, e empregando o ~e penetrassem ainda no viviri1·,rnlc calor
tempo de ~e u captiveiro em fa'let~amavel da caridade . .O .. estatuto-. d le:-i ta ~ssoda-
o inculcar :ma religião áquelles povos, ~ào furam apprnn.1dus pelo Suinmo Poa-
volto11 à França ; e passados aooo!-, outra tiÜ ré em 1838 , cfonoo-lhe o titui,.1 deA1·-
vez empreendeu a cnnquista da 1'cr1·n ~bi-ronfr. c1 ria e enriquecendo-a de IUJÜlas
Santa; pMe m foi ata cado, já cm frente graças, e incl1ilgo11cias. Pol' túdO o mun-
dos inimigo~. pela pc!!le de que morreu, do c.hri~tào ja cxilltem outras filia cs, que
não podendo assim alcam:a r a victoria ~o- contam milhões de associados.
bre os inimigos de Cbristo, porque e~le
Jbe quiz antecipar a g101·ia que tem pro-
mettido aos seus inimigos. Bra obi,;ervan- <nJlln1)~']-Gil lB~'.1l'!lã'J)~ !l()
fo,~imo dos preceitos tfo Egrcja; .e toman- ~IAr.1'\. -O nnmero dos protesta ntes
do alguma ... \101.cs o 1·ecreio da ca<:a, nun- Lcn 1-:-e con:-idel'a ,•el mente di,nin uido, ao
o
ca fo .,fa em dia de Jejum para lbe ser p,u,so que os .Je, uita.., traLMlha m coin tan-
possível a satbfa~ão d este preceito. Tor- .. to 1,elo, co mo ~occe:isu em en )ina1.· e edu-
car o po,-o nas sãs ide?as. O Arcebi.,po beada que se acba va vaga na Sé Motro-
Catholico consagra à obras de caridade a poli tana.
totalidade de sua fortuna particular , é -Pur Decreto da mesma <lata foram
adorado pelo ppvo, e a cada pe~oa.que o concedidas as honras de Conego dn Sé
vesíta diz csta spalavras-t•ogae a Marfa-- Metropolitana ao Viga rio da Freguesia de
faat.\TERRA.-Ecp 21 de Setembro o S. Goo<;alo dos Campos Vicente Ferreira
cardeal \Viserrrnn sagrou a mgr. Reskll, Gomes.
bispo de · Nollingbam. No domingo se- -Por Decreto de 1-5 de Julho foram
guinte sagrou a m gr. Gases, coadjutor de apresentados na Fregue~ia de Nossa Sc-
Liverpool. Ein 29 benzeu os sioos pnra a nbora da Coacei<;fio da ,ilia de Silves do
Egreja de FuU1am, pro1'imo a Londres. bispado cio Parà, o Padre Manuel Pedro
« As coa-versões multiplicam-se em ~largues <lc Oliveira.
todas as ordens da sociedade. Somente De nossa Senhora da Al,l>adia do Cnr-
n 'estes nltimos :mnos conlàm-se il12 mi- ralinJw, do bispado do Goyaz , o Padre
nistros protestantes, que se fiseram ca- Joaquim Jl<lefon:-o de Almeida.
tholicos. De Nossa Seobora do Soccorro da Ca·
« Ha pouco o Bispo de Birmingham tinguiba, do arcebispado da Bnliia, o Pa-
crismot1 190 pessoas em \Vcdnesbury; dre cm .
ario \'i eira Muniz Telles.
16 eram convertidos. O B~spo de Sou- -O Jornal catholiro d'A mesterdam
thovarck cristnou em Gravesend 60 pes- publica em d ata de 1 R d' t\ go.sto um bre-
soas; uma quarta pai'te eram con\lertidos, ve do santo padre o papa dirigido aos ca-
(J O Arcebispo protestante de Cam- tholicos da Nurlandia pela occa:-.ião da
torbery, que precedeu ao Arcebi..;po ac· nomeac;ão e consagra<;fio de m. llerma-
tua], tinha Íl 7 meninos, deu a cnda um nus IIeykamp como bispo jaosenista de
d 'elles 1 :000 liLras esterlinas antes de De\'.e nter. «O santo paclr~ derlara que e!-ila
morrer, afim'de que estas ú7:000 libras nomeação fcitd pelos jan:-t!OÍstas que illc·
não .tives!',e m a pagai· o direito de trans- gitimamente se denominam catl.iolrcos
missão. lla uma lei, que obriga os Bispos não podia ser apro,ada nem l'cco nheci-
protesta o tes a declarar ao gove rno a som- da pela Egreja ronwoa, aindu <.J'rn m.
ma total de huas renda!\: não se acha um · íleyknmp, MH'cessor ele Joi\o Sa ntcn que ··
nnico, que diga a rnrdade. f'gualn,entefoi e,'\communga<lo pelo papa,
« Q.:,, prole:-tno{e,; de Nowcastle aili- Leão Xll. dirigiu a ~a nta Sé os :.eus pro-
xam carta~es pela cidilde, pedindo que os le.:,,too.; de íitlelidadc e o.bediencia. »
mini~tros protc... tantes façaru como os pa- U hre ,e do papa termin a d 1e::.te modo:
dres catholicos, e que vam assistir aos in- « Em virtude ele nossos poderc~ apos-
felises colerfros que se acbarcm expiran- tolicos, excummungamo" o dito Ilorrua- '
do. Ha n'esta cidade dez padres cntholi-
nus UeJka mp e todo;; aqu elles que pol'
cos, e sa m chamados qua~i <'Om l,rnla fre-
quencia tan lu as casa.s dos p ro testantes,
qualqner forrna tomaram pat'te tanto na
como do:,; cntholic·os. suá nomc,ição, co mo consagrat;tlO, qu ere-
« Os po~ui::1 tas ,,c.,bam de dirigir urna mo~ e o,:d t•oamo.. formalmente a todos os
éarta aos P~tnarchas da Egreja grega, t•ath,1licos, e a vós parlicnlarm cnl c meus
a6ru de Ili~-; declarar que os reconhecem caros filh os, rp1e o~ con:-.ic.lercb como cx-
como fascndo parte da verdadeira Egreja. commuogados. J)
-
~. - - ... -.oi - •
:$.,.: ;;, '
~~~ ..,.,,;
ANNO I Segunda-feira 28 de ~g·osto de 1854 N. º 17.
,OCHHISTIA-NISMO.
ssmm&m&là19 mimlli1~1t@ssê~
rnr.ço D.\ s1J1JScn1PÇ.\'O. JQ V ASSIGNA . $1,::
·. 1 Por u,;, anuo.•••.•••• 8S000,
1 • seis lll~ZCS .. , .... 4$500.
J'ago aaiantado 1 • tt·cz mci~s •...... 2S800.
J
A
iA Nn l\llll do Cruz n. 30. e 110 'J'ipogc3!'11ia
=
\J. , • so.
~,
OCHRIS l IANISMO. do co m todo o seu rigor, e com appn-
reucia <lc uon a nçosa l em caido sol>re elles.
Ei'i os pacs de1,consnlad_os e lamenlando-
08 no:w• PAEIJ oE,'IED D&B ~ 8EIJ8 FII.IIOM E8• fie; e eis os filhos <lesg ra,;ados, e prague-
T.&00 «:OlH'ORMEÁ. "0«:&Ç.iO, E "Ol'IT,I.DE DE•
C:E~TE ID08 ME8MOl!I FII.UOl!I.
jando-se ! ! ...
N'estes casos horrorosos, e dign os de
Se lodos aquelles, que se ac~am re- la.stimn, qu e peso en órme não calca .as
"e5ti<los do l:)arande, porem
•
mehoclroso, conscico<·ia" d 'e~ses pacs irl'eilecti<lu1, :' E"
caracter de pae reilectl:;sem, ao menos inco nsíder,, vel; e se nã o, diga m aquell~s
por poucos instantes no dia, sobre os que jú tiveram a de.,~it.a de p~s!->a ~ por
pontos'mais deli<'ados <la educac:ào d~ seus es!;eS dissabores, guas1 1rremedia ve1s •.•
filhos; ~e de rerto soubessem avaliar o Se tanto resulta p or nffeito d'umn mà
quanto importa para a f_elici?a~e ? 'a mbos, educacão, não me1Ms acontece d'uma
imbuir-lhes na mem oria prmc1p10s firmes elPicà~ d 1estado contraria à vucar,t\O dos
da san moral, e Religião, base so lida de filb~s. ·
toda a sua prosperidade futul'él; se consi- 0.-. incansa ve is cuid~dos, e deHelos
derassem nttenlamenteas fune.;tas conse-. dos bons piles para com os tilhos come-
quencios <JU~ podem p~ovir ~a '!1à ed·u<.'a- c;am desde qne se cóncebem, e <lt: dia em
ção á seus hlhos , muito prrnc1palmente dia se vai ,HJO'mentandu, até depois d e sua
ti '
sendo auxiliàda pela indole rué\ com que morte. Um só instante não passa m no
as vezes sam dotados pela natnresa; se dia sem que expressem-ai!-como que
conhecessem emfim a não pequena res- imaginando do peor que Jbes pode suc-
pons,lhiliclade que pesa sobre 1,eus ombr?s,
<'eder. Quando ao seu lado veêm os seus
não só parct ct>m Deu", como para a socte-
filhos, e os acham com saude, receiam
dade. acel'ca dos bon;; costumes, em que
não adoeçam; quando infermos temem
de,·em instruir os seus filhos, afim de
não morram; em uma palavra em tudo
o.~ tornar optimos e obedientes filhos,
temem os bons e prudentes paes, assim
fieis e verdadeii·os christàos, e estima veis
como o Sabio em tudo teme como diz o
cidadão.s , certa mente não teria mos de ver
Espírito Santo (1 ). •
a cada passo filhos infelicitados, e pacs
descontente11 lamentando a sua sorte ! Dar e:.tado à ~e us 6lhM, é à que es-
tam obrigado, os paes ~onforrne em,ina a
Mas não se nos pode negat• que, de
doutrina christan. Este estado porem é
todas essas desventuras sam 0 1' paes a cau-
que de ve ser não oppo~to ú decente von-
sa primordial; porqu: i~cor1~1der~dos_ se
tade dos filhos. Por hso <levem-se notat·
esquecem das suas prmc1paes ohngaçoes
aqlli dc ;u.. pont os mui di, Ünctos, e pl'in- ·
para bem formarem osanimos dos filhos,
dpaes, qu .? i;a m: 'l. º que deve ser o filho,
eosdeixam livremente tl'ilhar o tenebroso
caminho da perdi<,ào, e ao de:-;penbar-se
quem eleja o e:.tado; 2. º que d eve ser o
pae, qu em o di, ponha.
no precipicio, é então que se .recordam
do nome-pae;-e querendo hVl'a-los do E n'e, t, occallião, disemos nós, em
naufragio, mallogrados veêm os seus ex-
forços, porque jà a tempestade-00 n.iun- l que a m a teria é gravissirna, e os erros sam
\
pecc~d os de co nsequencfri, porq ue os se us homem_, e o cham,a. Procurem os pacs
defeitos se estend-e m, e va m até o ultim o a vocaçao de seus filhos, e não os fa <;a rn
<la vida. Não pode h,we1· duvida al rruma e!Tar .. Pirmado n ,ü,to, como ponto prin-
na criminalicfode dos paes, que viole~lam cipal, e qoé o noui·e Ilespanhol, o insig-
seus filh os a tomare m estad o contrario ne S. Ignacio d e Laiola recom.nen<lou
à sun vo nt ad e -<le<'cnte e honesta. Es- que seguisse cnda um à Di\·ina voc·•1·;-
u :i- "10 •
tes pecram mortalmente quando as!,im
obra m.
l"r. de J. r.
(Co ntinuaremos).
O poder· que teem os paes so bre seus
filfios,
•
não é pa ra os arruinar e pe1·de r t
e ~1m para os condusir à sua maior con-
ve niencia temporal, e edificação de suas (Co11l11111ar,10 tlo n. " 13).
<l imas, co mo c.xp t·essamente ensinou o·
ApostoloS. Pat lolo( l ). Em outros tem pos, Deus snlvava .o
Na eleição (!'estad o muito dernrn os se~ pav~ elo c,, pli véro, e protegia sua
pae!- atlender :\ vocac;ào dú sem, ftlll os pnra e:nstencia, ·porqu e elle era o depoiaitario
lhes daraquellc, qu e fo r confor me à clla. d e s11a pa lav ré1. a lé q ue c heg-a:;seo dia d a
Ex.ne tos e muito recros erarn os Atb e- redcmpção. IJ ~)j_e p.o rem, 'o cus entrega
nieóses .\ e~se respeit o: Chegado o tempo os se us mais a rle1c:oa<los e dedica d os se r!
favorave l pnrn ia r estado aos joven; de vidores aos ca rras~os, e su a pala\'l'a p or si
sua ~epu hlica, .cJles os d irigia m no estado mesma co11.:cn ':.! Ítl'me o sua base; o san-
conforme a.sua rn clinac;ào. D'aq ui o crea- gue d os ~lartyrcs corre durante tanlos
r em-se a lli homens in:-iga es e m todas as anno!-, e pure<'c q ue este ~a ngue, como o
nrtes, lil,eraes e meca nicas, qu e fo ram o orva lho, gera no,•os i-old.idos á Santa
asso mb1·0 <lo mundo. Crnz ! U Eva ngelho passa das mão., elas
Se os pae11. inconsideradamente obl'i- victi roas pa 1·a a dos perseguid9res, e to-
ga m a se us filhos a Lomarem e:-.tado co n- º?s as forc:?s humanas co nju ra uas, cae m
trario a sua inclioa<;tio, e isto muitas ve- drnn te <la fraq uesa dos pescadores ! Op-
ses pol' seus. fin s particu la res, podem fi- poem-~e ~ofüm :is e raciocinios às verda-
car con ve nt'1dos q ue , é d esse pri ncipio des E\'t1ngr li l'as, e toda a sabedoria lrn-
mana d er ro tada caie e mergulha-se na
que afina l se originam as tristes con~e-
9ue~<·~as que tem d e pesar 1-obre ~i, e
co nfu ~ão, e como diz S. Paulo: «O que
rnfelw1l a r os se us filho~: apparecem as parece c>m _Deus ~~a lo_ucurn, é um gn\o
<lesconsolaçõP.s; augmentam-se as amar- <le !,,a lw<luri a ,n_mto m aior duq ue aquelle
guras; repetl" m-~e uma e muitas veses os que pode po!--~11!r ü homem; o que parece
_arrepend imenl01>; mnltiplfram-se os pec... em Deus uma ír.1quesd, trm muito maior
c~dos; ~ q ue ma is? taJv ez q ue d epois fol'<;a, do qu e nqu ella qu e podem ter os
<l uma vida to~~ d e fél, q ue é pcor q ue a homens. Deu~ escolheu os iguorantes se-
morte, co mo dts~e o Espírito Sancto, se gundo o m undl). pa ra co nfundit·os sa bios
s,ga u ma coodt!nrna c;no ete,·n~, e Gque e escolheu o~ fracos para derribar e con~
todo perdido. f~tn~ir os fo rt e~; escolheu os -vis e despr~~
Esta,1·àm no fogo eter no muitos Ec- s1ve1s segundo o mund o, pa ra destruir e
a nniquila,· o q ue no m esmo mundo ha-
clesiw;ticos, q ue tah•ez estariam "Osa ndo
a mansao - dos Justo1-,
. ~
se houvesse m segu i- via e ha de mais elevado.» Assim todas-
do o estado ~ec ul.:ir, e cas~1dos. T er-se- as Pr11focias fo ram verificadas. Desde o
ham perdido rnnitos no cstadn se1!ular, P.•·imei1·0 :,.erulo, os Apnstolos <'O nsegui-
ra m levar ·o nome de Je~ns Christo de
q ue consngrand o-se a Deus, haveriam vi-
, •ido com o anjos. um a outro p_ôh~, derrn<'ar O!'> templos dos
Muitos ca!-ad os cslará m ar<lc!Ddo c m l<lo!os, s11!>1> t1lm1· aos mystea·ios im puros
cbarn?s perp_e l_ua:-, ao pa:,;so que &e ti\•es- da idolatna, os cai-tos my~terios do sacri-
sem sido ~ ehg ,osos gosa riam immensas ficio expiatorio, às ba<"bantes do pa"anis-
glorias. E certo que em todos os estados mo, o Qivioo banquete da Euc·ha~istia.
d a Eg1·cja Ca lholica podem os u omens Reuniram eru turno de i-i senndot·es, con-
nchar salvação: o perigo todo esHt na csco- sulcs, cavalleiros, artistas, e escrravos el'.)-
)ba do c:,tado para que Deus ha creado o sinanc1o à tud os o me1> mO Deus a·m;sm;
lei, as tp esmas virtudes, e pro:neltenilo-
(1) 2- Gorinlh. 13. lbes as me~mas r ecomp'onsas. Por estc6
meios é que elles lanc;ararn os fundam en- ca e ai:l<lu, nãn tcntlu grac;a e mugestrsde.
tos das sociedades futurns, ahnliram a es- não, porque julgamôs qu a nada Li a, mes-
cravidão, e astearam com coragem o pen- mo na Biblia, que e:,teja acima do subli-
dão da liberdade. fü._ a historia do E-.an- me como esta passagem - « Apeoximan-
gelho. Distaria nenhuma ha qne tenhn « do-se <la éidade, ei.; qu e se condusia um
em seu abono ma ior numero de testemu- « mono, filh o unico <lc sua mãe, que era
nhos, e e1>tes de maiol' nuctol'idade. Os « viuva, e uma grnnde populac;:1 da cida-
factos que temos referido pa ..sa ram-se a ~~.deo !-tcguia. Vendo-ooSenbpr, e tocado
face dr) mundo não lia ainda dois mil an- i'de compaixão para com e.lia, lbe disse;
nos; os Auctores profauos os referem; a (l não chorei-,; e :;e aproximou, e tocon o
sua memoria se acha gravada nos mQnu- o: fer-etro. O,·a ::tquelles que o levavam
mentos conlemporaneos, e o lestemunho « pal'aram e elle disse: Joven, eu te é.ligo,
da .Egrcja alii c~tà q ue no- los atte~ta. u leva nla- te; e aquelle qne era morto, se
Um Liv1·0 que pl'Od11siu tantos mil.\-
gres deve encerrar se m duvida gt·an<lcs
.
a.assent<ln, e coinecon a fallal' ' e J csuso
o. deu a sua \Jàe. • -Tudo n 'e-;ta narra-
hellesas ! O Antigo Teslamento como <lis- <;i'io é admira vol; não 'ha uma só palavrrt
semos, nada mais é d o que nm prefacio qne não accrescente novos em·antos, qne
do Evangelho. No Noro le:,tameoto porem aba lam o mais inliath) e.lo no:-sn alma.
não exi:,Le mais a pompa emagestadc <lqs Quando o h i,toriador sagra d() diz: q ne
Pl'ofetas, e o f'erbo feito carne , qwi vem J esus aproximando-se da cidade, oncon-
habitar t11lre 110.~; jà não é J ehova h f,1 J- lra um morto, que iam sepultar, acres-
1an<lo ú seu povo no meio do estampido ce nta e~tns palavra~-Fill.10 11niL:o ele sua
<l1>s rclninp,1gos <] 11cm alú apparecc, é o ~lite-Bu"l,\ ,ó e,te lrac;,, para entristecer
Ilomc111-Deu:,-f.tllanclo a seus irmãos. nalma,cpôl'em com anot;ãn o "Ol'a<;àn de
Hei nn n os cn -i nos divin os do Evangelho u111a 111,'ie qtJ e o h:ia. Ainda núo é tudo·
1.:.
0 .
L 11cas vae arn. <l,1 ruais
. longe-E esta'
uma uncc,ão e uma t,~l'n ura inelfareís;
nas nnrra<;ÕeH. um tom de simplicidade e era viuva, e uma grande multidão u se-
l'andura qn e :-e núo cncontr,1 em hi:.torin gu ia.-Que qu adrlj ! Uma \lãe, vi11rn
algn11rn. 1\.-. cousus iu.,b e~tupcac.lc1s, os .,companhando o l\! rotrn de se u filho uni-
milag re~ 1~,ii-. inauditos, a trnm,figuraçüo co. E.,ta fra _,,c sem reflexôc~, e orna to-;
so bre a m,mlan hn, a cu ra do'i d 1)entes, a diz. m.1 i-;, do q11 c todas as la1nen ta ~õcs
a·e-.urr ei<;ào d ns morto~. t11<lo é narrado qu e pot.l.esso suggerir a mel'.lte c.le um es-
coro conei,i'ú>, e ela resa , tomo se se fat- criptor profano.
iasse de un,a c,,mo or<linal'ia e commum. . .. ...... ... .... .. ... .. : ... .... .
Os factos mJis proprios a exalta,· as pai- E J esnc; o deu n sua \lãe-ha\'erá al-
xões, a mover o coraçüc, mais indefferen- gum ,n odelu <le narm c;ão mais bem aca.:.
le, a morte de tHU Ju -.to. os ultraje-. que bado? ! Se p ci·co1-r1• rrr11)c; Lod,,... a.:; pno-i-
e,te soll're ntc ao pé da Cruz, :m m reíl'e- nns do (~vnnge l ho l~icil é oncon trnrmo~· a
rido, com a mesma calma e simplicida- cada pas.,o e:- ta perfoiçáo, do<;ura, e su...
de. Tudo i:,lo crn para um historiador hlimidaclc.
vulgar oulra-, tantas. occaFiões de clc-;do- ~/:
hrar a sua eloquencia, e tocar o intimo (C.:onllmia).
das paixõe!i llnmanas. No Evangelho po-
r em a:-~i:n não nconlcce: não transpira TABELL.\ IIISTOHIC a\, CRl'r.!C A
uma p<da Ha ele in<ligoa çào contl'a os car- 1:
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
.
(1) <a l.Illn l!~Plt!íll!â~ID®. ~
"f Q IE&itffhél'J(fll?Cl!Gt'<fli"IS'oJ'êll:;~te~ .,.,, . '7''\S<.'.'s '•:'fiM-~ ~
paschoa dos judeus; no dia natalicio de é que ella se patenteou em toda a sua foi·-
Herodes, te\lc logar este aco ntecimento, ça, pois se offereceu clle mesmo em pe-
que Pº " nm lado deixa vel' o quanto pode nhor por alguns, que~\ for<::a dcmàus tra-
o resentitnento d'uma mulher devassa, e tos já e:-.ta\·am muito tentado~ à apostnsia.
o pouco que pode o bo111em contrá os Com effcito, eil-o na condicção de cap...
encantos do amôl', e pelo ou tro, quanto ti11 0 ! ~las livre ~cmpl'e a sun ling~a para
é forte o justo êonl ra us respeitos huma- di1,er a verdade, t'onvertc<i muitos maho-
nos. t\nda va Ilerode;; arnaacebado com ~entaaos à fé, e por isso foi aspera men-
Ilerodiades sua cunhada, e sendo <l ' i:-,tO te lorturado, sobr evivendo comtudoa um
rcprehendido por S. .João , ai nda ?ssim , atu,·ado ll)artyrio. Em coo~iderar:ào por
ijCO'l emhnrgo de o ter e m custodia; de tão heroica via·tude o nomeou Gregorio
alguma·~')r te o respeitam; pore m flero- IX ca 1·clea l da Santa Egreja lfomana; e,
dindes é que só odio lhe vetara. Chegou qu ando resga tado, se dirigia a Roma~ en ..
o <lia natalido <lc lforodes, e dando ellc fermando gravemente em Cardona, pe-
um banquete a toda su,1 côrtc, ficon eurio diu os Sacramentos, e demorando-se o
de co ntentame nto ao ver a gé ntileiia o sa<·cnlote, mereceu que Deu~ fisesse um
garbo com que uma filha de Herodiades milagre, mandando que um aQjo, em H-
d,11wara, e lhe pro11tcllcu.dc1r-lhc o qoc g111"a de um religioso de sua Ordem, vi-
clla • quisesse « c111bora fosse metade elo es!--e mioist 1·a r-lhe o Viatico. Em amoro-
seu rcino. ll Por c·on-.ellio da mã e clla pe- sos colloquios com .le!'\US que ara l>a va Õe
diu a ,~abc<}a do Bapli~ta, e por tanto He- rccel>et· eneubcrlú com o véu eucbari:,ti-
roclc:..; arrepcnc.l id,) ~im da illimitacla e co, logo (: xpiro11 110 anno de 'l 2/10, e lo-
indiscre ta pro mcs:..a, mas não tetHfo a fol'- go foi gosa- lo palca lc uo céu.
<lª d o deixar de (•11rnpri-la, JH'omptamen- SE'!'~IGHO.
te mí\nd uu um algoz, qne lh'a trouxcs"e
crn u111 prato. Como ditoºli<:n , c .. te acon- 1. s,~XT,\-l'EIRA. - Hcsa a Egreja -
tecim ento foi pelo tem po ela Pasc!Joa, n'eiite dia da oictava ·do S. Luiz, rei de
mas lwj~ é o anfliH!r·ario do dia em qnc Fran<;a.
a cabCl~él de S. .Juâo roicfopoÍ:-.achaua. e, 2. SAnnAno-S. E!)tcvão-rei de flun-
tra~lac.ladti para Horn a, collucada na Egre- g ria, teve a sali~fação d e ver convertidos
j n de S. Silvc~t rcao ca mpo de .\Jarte. à te todos os seus su hllitos. Corn clleito,
30. OuAnTA-1..mn \.-Santa Hos.1 , d~ elle, não c,qu eceudo-~c de p,-omove1· a
Lima-ci~lade <lo Pe1·ú. logo de!-.de a eda- fortu na temporal d e seu~estaclo , , pc rsna
d e de 5 ,moos começQ11 a dar-"e toda á principal mira em aS!--egura1· para si e
oração e pcnite~cias. ~··oie:;san~o dep11is para os seus a eterna, e tan to nbto tra-
na o!'dcrn de S. O,,mrngos, fo1 sempre balhou, cyne mereceu ser apellidado o
su bindo em perfeü;ão, e cbeg,m a tal gTa u apo~tulo ela flungria, ,e pelo romano pon-
da escalo unitivo, que LUereccua gra ça de tifice foi t·ouced,da, e n ~eus successores
"lhe fo11ar varia~ veses o se u .le!--us, cuja a focnldade de leva rem diante de si, à
paixão elln, por sua~ m.i ce r~c;õe,: imitou, maneirá dos bh,po.;, a Cruz. llavcod~
llttanto po-.)'\ivel. l<m,tlw cnte foi gotta r a <'él~adn com Ghi!-.clla, ii·mã elo imperadOl'
perenne felicidade. Ilcni:ique de Bavien1, tcved'ella um filho,
31. QorNTA-Fr.YR·\. - .S. Raymunclo No- a quem poz o nom e de Emerico, e ein
nato-as~im cbamado por sei' tirado do cu,ia ed1wac;ão empr('gou todo ó se u dis-
ventre de snn mãe, qu e acnhava de expi· 'vello, para q ue tiesse a ser uro Lorn rei.
rar, viu a luz do dia em Po,·tello na Ca- Dc,·01issimo da raioli n dos céus, fall eceu
. talumba. ~luitu devo to da Virgem San- . n o dia da sua Ar-;s.ump~ão; . porem Inno-
tissima, 1be pedia lhe iodirc1sse q uai o es- cencio XI. mandou qne se fostejasse no
tado que devia abraçar, e se sentiu irn,pi- dia 2 de Setem bro em memoria da vic.-
.Tado para professar o io~Litulo recente ro:
nbe<'ido com o tituló da Ordem da \1ercc
no
.foria alca ncJa <la assalto dti Buda pelo
cxe1·t·ito de Leopoldo, imperador dos1·0...
da Hcder11pçào <los Captivos, o que logo
fez em Baréelona. lodo à Afri<'a par,\ tra- OJanos e rei de Hungria, contra os tur-
tar do re..,gatc de alcrun-. ch ri-,t5m; .ti li re- cüs.
o
tidos, e aca bamlo-i,c-lhe 1 .
!' dia 1eiro, oao
- • 3. DtmL~Go-Domioga 1. 3 <lc Setem-
se lhe extinguiu a caridade, antes. então }:>ro, e 13. º depois ele Pentecostes.
• • • . > _:.,
•
ós curas e l.nais sacerdotes que parll.lham No n.• t6-pag. 5. col. 2. 1. 23-léa-se-eleilo a 5 de Maio.
O·CHRISTIANISMO·.
l'I\ P.(:ô l).l $l,' ll$Cll lf>Ç,\ 'O. X lJ
~
. l
l\1 r um ~11111,1........ . 8$000.
. • tll'ls im·zes. ..... . , 1, 1>.500.
\i
'q X lia llu~ tia Cru< n. 30.. e 03 'tipo;;r111bla
Pago :it1:~:11 atlo) • ,rcJ; "'"" ''· • .. ••• 2$800. li. h d cSL~
\ A\ºU1~% .. . .. . . .... ... i2hO. X V
J oronl,
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,Yon 1·('111 a•lfma, vcr lferr srrr sal1"111·e.
:;, Luc. e. !>. ,•• r.o •
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téiie.;.., -
..._. e --
e eeo:mtr:::encrw-·::- e
- r-
.............
T • • -:..- t
não podendo dar mais a negativa f, seu da. A escbola d' Athenas tão maravilha-
pa.e , conforma-se com a sua vontade, e do ficou, que ·q uiz se inscrevesse a pri-
convem em ordenar-se, meira pagina d'este Evanaelho
0
nas portas
Que resultado tira1·á este filho? Uma da cidade. Lendo-se esta pagina, desde
grande. desventura: começa o demonio o principio que ficamos como que sus-
c~m sua bateria, que snm as torpei, ·pai- pensos a v~sta das profundidades quepe-
xoes, a combater ao infeHz joven, que netl'On a• vista du
.
Profet,l 1 Não o sc(Tui~
b
enfadado no estado, para o qu-al não ti- · mos sen~o com assomb1·0, até e!1sas re-
nha a mini.na inclinação, vai arroja1·-se giões onde ell~ rom um vôo seguro paira
no immenso t~amiubo do abysmo: elle se em oscillações. pelo qne sem duvida foi
condemnan'l; porem o pae causa princi- apellidado a Aguia de Pathrnos, porque
pal de seu mal ficará livre ? Leamos a como a Aguia, ponde suppol'tar os res-
profecia d'Ezequiel cap. 33, vv. 19, plendores cl'esse Sol, diante elo qual se
8 20. . feicham todas as palpehras.
Fr. 17. de J. Passar da Biblia para o Evaoaelbo e
do Novo Testamento para os Pad°res da
(Continuaremos). Egreja é uma transição bem 11atural.
Não ha ~o mun-00 uma Religião que pos.--
sa offerecer, como o Cbdstianismo, essa
admiravel unidade de douctrinas, unida
(.Co111im111f,io do 11.• 17). a esta continuidade. A Egreja repousa
Ainda que aconteça, como usemos sobre a dnpla aurtoridade da tradição
notar no nosso numero passado, enron- ~o poder , e ela tradição da palavra.
tral·-se por todd a Biblta essa perfeição, Sempre tem tido um Chefe visivel, e ou-
· doçura e sublimidade tão arrebatndoras, vido 1'empre a verdade. Em todos os se-
com tudo cada E,1:rngeli. . ta tem nm carac- <'ulos Deus fallou ao~homens, aproprian-
tel' particular. S. Matheus conserva a do seus con~elhos às neces!'-idades do~
maior pat·te· dos <livinoH preceitos queda- tempos. Ora clebaixo das tendas dos Pn-
va o Salvador á sem discipulo:, ; é breve triarelias, ora debaixo das palmeiras do
e sentencioso como o Ecclesiastes. S. dei,erto, ou nas alturas do Sinai; um dia
Marcos escreveu, disem, o seu Evange- no pala('io ele Salomão, nos campos da
lho, segund~ os dictames do Principe dos Juclêa, e outros nns Catácun1has. ,
Apostolos. E o mais conciso dq'> quatro O minhtcrio do.-. Padre:-. foi imtitnido
historiadores. S. L11cas, a dar-se credito ' pE>1o mc!-moJe.; ns-Chri-.tu: ldt!, diz Elle a
é\O que uos diz S. Jeronimo, era muito·
seus Apos lofos, insln1h· a todas as 11 aqôc.~
, 1 eL·sado no grego» e no laLim, e o seu b11plis rndv-a~, _e ficai ccréos de q11c cu esta-
1
Evangelho póde pa1'sar; por trabalho rei conwosc,> até a con.~mna(<JO dos secJtloS.
completo jà pelo que diz r_e ,peito ao gos- Lê-~e no~ Ae-tos do~ Apo1,tolos, que a ~mcto-
to, ejà à pufesa <l.a<licçào. Porem, se é a<l- ridad e e.spiritual, o 1--> 11dcr de ligar, e des-
mfasivel preferir algum d'estes escriplos ligar na terra, e no cen, eta conferido
seHados todos com o cunbo divino, é sem pela imposi~ão· das mãos. -Nao de~pre-
duvida o Evangelho de S. João aquelle seis a g,.a~a que esl~í e111 vós, esrreve S.
que ousariamos col111r.ar em primeiro to- . Paulo a Tirnoiheo, ~-q"e vos -foi d11da pela
gar. O discipulo predilecto, que ador- imposiçáo da.~ maos d 1s Pacfres. As>1io1
meceu reclinado sobre o peito do Divino ainda que os esrritvs do!'> Padres da
Mestre, que foi testemunha de sua ago- Egreja, não sejam como as Profecias, e o
nia no Jardim das Oli'\'eiras, que o acorn- Evangelho.., ohras toda,; di vinas, n'ellas
p,anhou até a montanha do Cal vario, pa- com tudo eocuntram-:-e in~pira~ões. A
rece tel' conservado alguma cousa da gra<:.i, que mora no cMaçào <lo Padre,
ineffavel ternura do Filbo de ~faria, e da e1-ta grac;a dt:> que falia S. Paulo e que não
Sabedoria do Filho de Oeus. Nada mais é outra coui,a .mai-. do que o Espirito de
bello '!o mo seja o r.omeço deste Evangelho: Deus, re.,pira em todas ·a.., suas obras, e
No p1·incipio e,·a o fle ,·bo, e o Vcrb9 esta- as liga por e~le l,1c;o a Biblia~ e ao Evan-
va com·Dcus, e o //erbo e,·a Deus. Bo cle- gelho.
senvolvirnento do \tlysteriu da SS. Trin- 1'.
dade; é um oceano <le lui que nos inun- (Continua).
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
'l'J\ BELLA HISTORICA, CRITICA Mauricio J osé Berredo em o 1. n de
16
Feverei1·0 ele '1805. Passou a ChantL'e a
VllONOLOGIC& 1 7 dn Agosto d e 183L
DAS
.To~é ronstantino· Gomes ele Castro a
DIGNIDADES ~ CONEGOS, E BENEFICIADOS OA SANTA
EGUEJA CATUEDR.1L, DESDE A Stl.\ F ONDl\ÇAO ATE
10 de Abril d e 1805. Passou a At·cedia-
II OJE, . go ern 23 de Dezembro de 1837.
(Continuação do n. t 6). Nicolau .José Vieirn a 20 de Novem-
Coner;os. bro <le 1807. Cavallciro na ordem de
João Pedro Gomes á 2 de Março d e
Cbri~to. F:illeceo a 26 de Ahril de 1811.
1 761. Commissario do Santo Oficio, J o~e João Rt•kmnn e Caldas a 1ú. de
subdelegado da Bulla ~a Cruzada, Caval- Nove mbro <le 1809. Pa ..snu a \lcstt·e Es-
Jeiro na orclern ele Cbristo. Foi Vigario chola a 4 de Mar(;o de 1823.
Capitular. Fallecco n 3 de Junho de t8lú. Jo:io José Barroso a l h de Nm'embro
de l 80t). C,H·alleiro na ordem de Chrb-
Jm.e Bernardes da Fonseca a 6 de Ju-
to. Falleceo a 2 <le .lunbo de '1 8 llt.
1110 de 1765. Cava)lciro na ordem de
Gnnralo Lournnco Pereira ele Abreu
Christo. falleceo a ô de Novembro de
á 29 de i )u 111 l>ro d e i 8 1 L. Ca vallefro na
1803. .
01<lem de Cbri, to. Fa llecco a 6 <le Abril
João ~Inria <la Luz Cúsla á ·1 9 de .Ju- de 1.827."
nho de 17 78. Ca,·alleiro na urdem de Ale.xancire Jo:-é dos Santos a 9 de Ou-
Chd~to, Co m missar io do Santo ollicio. tubro de 18 t ·2 . Cavall eiro na ordem de
l"?oi Vigario Copilular, Pc·ovisor, Vigario Chri, to. Pa ll cceo a 19 de Janeiro de
Geral, e Governador do Bi,patlo. F,,llc- 1-839.
cco a 22 de Abril de •t8J O.
.loúo RHin.'lnndo d e Sa ,l '10 de ~foio
Doutor Caetano Rodrigues de Almei- de 18 15. Carnlleiro na ordem de Chris-
da a 20 de Novembro de 1781. Cavallei- to. F'alecco a 18 <le .Junho de 182G.
ro na ordem de Cbri.. to , Bachal'el em André An tonio Ferreira a 30 de Se-
Canones. Fallereoa VdeJaneiro de 1807. tembro de 1815. c ~n·nll eiro no ordem de
Antonio Cordeiro Rocha a 28 de Cb1·i. . to. Palle<'co a 26 de Fevereiro ele
Agosto de 1783. Cavalleiro na ordem de . 'l8á3.
Cbrh,to. Falleceo a 3 <le Abril de 180ú.. João .loncpiim Li'ihoa n 30 de Setem- •
Manoel <los PaSl>O~ de .Jesus a 20 c1e bro de l 8 J 5. Pa......ou a Chantre n 23 de
Fevereiro de 1788. C~rnlleiro na ordem Dezembro de '18~7.
·de Cbri~to. Fa Jleceo a 23 de Outubro de Luiz da Fon-;eca Z111.arlc a 30 de Se-
181 o. tem ht•ú ele 1815 Cavall~iro na ordem
de Chri:,to, Palleceo a 'lú de ,\Ja io J e
Bernardo Pereira de Abreu a 15 de 1832.
Julho de 1700. Passou à Chantre a 19
Manoel lgnario <le \lC'nd onça a 1 O ele
de SetemLro de 181 5.
Mal'ÇO de 18 17. Foi aprese ntado cm
José de Oli veira \1a cedo a t 5 <le Ju- M~stre Esehola em 1841.
nho de 1. 790. Cavalleiro na ordem de .Jl)ão An tonio Vellez n 11 de Ou tubro
Chrii,,lO. l•\tlleceo a 7 de Fevereiro d e de 1826. C.,valle iro na ordem de Cbris-
1823. . to. f'aleceo a 13 de .Julho de 1838.
Luiz Maria da Luz e Sà a 26 de Julho Fe1ippc Beni<·in do., Pa.,~o-. Cardoso a
<le 1. 796. Passou a Chantre a 19 de Abril 19 de ~o\'embro de 182fJ. Cavalleiro na
de 1805. ordem <le Chri.:s to. Palleceo a 3 l de Ju-
lb u de J8 39.
Antonio Nicolau de Sonsa Pereira
Franri,co Joaq11irn dos Santos a 2 1
Piuto a 20 de \1a rco•
de 1797. Pas.,ou a
de \bio de 1831. Cavallciro na ordem
A rl:ediago a 7 de .la neiro d e 181 lt. de Cu ri~to. Palleceo a 2S de Outubro ele
l\lanoel Antonio Rarroso a 2 t de Ja- 1837.
neiro de 180Li. C,H n ll1>iro na ordem de .li1:.i o lgn:H'i•> de \l111·ac, Rego ein o
ChriblO. Fullcceo a 17-deJunh-0 de 182la. L dt! J11 uh,> de 183 1.
1) Pas50U a Atei-
• ••
preste a 31 de Outubro de 1839, e a Ar- O veoeravel servo de Deus, João de.
cediago e ni 16 de Junho de 18Li6. Bl'iêonasceu emLisboa no anno dc16lt.7,
Raimundo José Gomes a 25 ele .Junho exerceu po1· mu ito$ annos, com zelo ve1·-
ele 1831 . Cavalleiro na ordem <le Cbris- <ladeiramente apo:-lulico, o sagrado mi-
to. Fulleceo a 1lt. de Maio de 18lt0. nisterio de ~Jis~ionn rio em Madu ré, na
Costa <lo Ma labar, attrabindo com sua
Manoel Pedro Soares a áde Outubro p1·ega<;ào, Grrna<la na practica e exern-
de 1837. Passou a Chantre a 17 de De- plos das virtudes christã!'( , um sem nume-
1,em bro de 18lt.1. ~o de ~essoas ao gremio da Santa Egreja.
Luiz Baimundo da Co~la Leite a ú d(! e por hm, no anno de 1693, regou geoe-
Outubrode 1837. Cavalleiro na ordem L'Osamente com seu sangue a ter1:a que
de Cbri:,,lo. Passou a Mestre-Eschola a ba r ia fecundado com seus trabalhos. t!
20 de Junho de 18lt9. fadigas apostol icas.
Antonio Lobato de Araujo a 28 de Deus Nosso Senhor bavin, mesmoclu-
Maio de 1838. Cavalleiro na ordem de ranle a ,•ida do servo de Deus, aotbori-
Chri1-to, e fui Deputado àAssemblea LE'gis- sado a sua missão com mHagr.es e prodi-
lati,•a Provinti,d. P as~ou a A1·cediago a gios, fazen<lo conhecer q115o v'al1osa era a
27 de Ouctubro de 186 7. - sua intercessão, e os ·prelados que então
Anton io Rodrigues da Silve ira a 26 regiam as dioceses de Meliapor, Gôa e
ele Janeiro de 1839. Cavalleiro na or- Cocl1im , te o do eollegido as actas do se u
dem de Curisto. Fallecen eco 1Sli3. rnartJ rio e dos signaes e ma 1'a\'ilhas q ue
(Conlinúa ). o haviam pl'ecedido, entenderam dti vel'
5ubmetter tudo á Saota. Sé. Esta, com a
ma<luresa, e~rcun~pecçf\O e rigoro:,a pru-
dencia, <")Ue demandaYa nPgoeio de tanta
ponder,1,,.~o, r0mmetteu snb o Pontifica-
D. J fl'OnimoJ_o:e da AIafia, por ,1urr8 de Deus . do de Clemen te XP . em l 737, as neces-
e da Sant•J SI. Ap1J~tol ca bispo dr Jlacdu, do :-arias in ve· t1gaçõe:- ªº" em mi nen t issimos
Conselho de Sun. .l/"{/Pm1de Fidrtisflinw. rom- ca rdeac . . da :"')agrada Coogregjqão do Con-
missnrilJ D e!<'gaclo d'l Bullti da &nila Crusa- <'ilio; ('Olll o pa re('er deste~ re:-.olvcu o
da, etc. etc. Sa nfü~ituo Padre Benedieto Xl V, ení o
A todos os nossos muito amados dio~ .inno de 17 h 1, q nP, se procedcs~e aos ul-
• ccsanos, ecclrsiü:,ticos e seculares, i-aud e, teri or~~ termos, e Gnalrnente, depois de
paz e ben<;am, em Nos::io Seuho r .Jesus
eompleta" tudns as dilig-en cias e exames,
que ~ão e.l n e:-tilo em !o>Ímilhan tesoccasiões,
Chri~.to.
Acabamos de rcreber,.amndos filhos, o Santissi1n1> PadrP Pio ]X , que ora rege.
1_1m decreto ponti(ieio, do qual l'On . . ta a ft>liimente na Egn•ja de Deus, por Seu
heati(ieac;no do ven •r,1 veh,en·o d.! Deus, de<·relo <lti 18 de maio de 'l 852, ha so-.
.loãó de Brit11, port11g11e1., ~nccrdo te pro- le·n~uerne nte <ladara<lo no dito servo de
Deu~ no n11111cro <lo!i Bemarnnturados,
fo:-;!.~ da <'Ompanhia de J esu..;, e martyr
<la Sa nl_a Egn 1ja de Jesus CbrihtO nossa ron,·Nlt•nd,> qu e d o mesmo _se rese oficio
~ diga mis~a llíl dioce::-P. de Li . . boa e Vi-
müi. O no::i!-O jlrimriro pensamento an
recebermo'-, pór via do lnternunrio e caria to de \hduré, a~sim co mo nas casas
Del<•gado ele Sua Santidade na côrte de da Compa11hia, de .qur foi filho e oma-
Li1,boa , esta faustis~ima 1HrH1~ é de YOl-a. 1u t>n l<,, atP qué tenh a l oga r a·soa solem-
commun icnr !'ie1n dt!mora, a~-.iin para qtte ne Can nnilin<;ào. ·
~os acol:1panhcis no jubil o e grande 1·on- Oppo1•111nnmente finemos trasladar
:1-01ac;üo que ~e nlirno!'( , ao ver mais thn em liogua vulga r o citado decreto de
dos nossos nàcionaes elevn<lo üs honras Be;11Jfic..ic;üo, elo quu l vereis com ma is ex-
<los :_i!tares, como pa ra que a VQssa fé, es- tcnçàQ o q11c ~ó aqui loca mo~ e·m i·esumo
pcranc;a e carida de, se l'(H1ni111e m com a p:1ra n~v demorar- Nos cm pr1>por à vos-
com,iüern<~üo de que lemos no Céo mais sa piedade e edilirac;ào uma nova de tan-
um poderoso inter<'ei;sor, a quem pode- ta iu,porlanc:ia , e que c: pc ram os servirà
1~1 0 ..., recorrer nas ocwes~idades e trihula- pa rn mail'> a.virn1· o ,·o~so fer v<l r e clevo-
<;ões que DO'- cerr nm no va llc de lagrimas <:ão ne!,le santo tempo dn qua resma, em
de~te nlt.mdu. qnc somos entrados.
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
Sim, am ados filhos, é tempo em fim Cruznda, devemos, como filhos obetlien-
de nos mostrarmos <ligoos herdeiros da tes da Snnlà Egreja, cúnformar-nos com
fü e piedade dos antigos portuguezes , que as pias e rectis!-.imas intenções elo Supre-
tanto dilataram por estas terl'as da A~ia mo Pastor da me~ma Egreja, Vigario de
o ReinQ de Jesus Christo, propagando, à J1!SL.s Christo na terra, procurando ao
custa de imrnensos trabalhos, suoi·es, mesmo tempo ter parte nas muitas ou-
despezas e sa ngue, a Sua doutrina. que é tras gra ç~" e in<lulgen<:ias que nos são
a da salvacào eterna das alm as remidas conr.e dida s pela me~ma Bulla. ·
com o Seu, precioso ~aogue. Snmos !O- E parn qne esta· chegue· ao çonbeci-
dos, bemdito seja Deus, Catholicos Ro- mento de todos,, os Nossos sempre amà-
manos. estamos alistados ent1·e os fieis dos dioce~anos, mandamos que seja lida
que reconhecem a Santa Egreja Catboli- no proximo domingo, e depois affixada
ca Apostolica Hornana cornú unica ver- nas Egreja. . do estilo. Dac:.J.a em Macàu,
<la<leira, for:<t Ja qual nàn ba sal vaçào; sob o Nns~o Signal e SeUo das Nossas Ar-
Sejamos pois solícitos em sati~fa1.er, como .mas, aos 0 de mal'ço de lt854. -Jeroni-
taes, os noss<>s deveres 1 cumprindo c0 m cno, Bi-tpo de \facàu.-De ordem de S.
os di d nos auxilios os preceilos da Lei Exc. Revm. -O conego Francisco Caeta-
que seguimús, que é a <lo me.;mo Deus, OI) de Santa Anna e Costa, secretario.-
e da Egreja por Elle e:,tab~lecida. Logar dQ Sollo.
r'azei pcniten<'ia, clamam boje por (Da Na!,· ão-de Portugal),
. toda a ·p arle as vozes dos Pa . . tores a quem -~>:>} &Ett ~ ~«-
a Santa l~greja bn confiado ns divet':3:.\s
po r\ões do Hebanho que compõe o mun-
do Cntholico, fa ze i penitencia elas vosrns m
(~av f
@,«i~iltf(J t
~ .
« ~ rt13.
I~
Se não bastasse o mundo bastaria Viterbo. - E~ta ~erva ele Deus, que, pro-
A Cruz acom provai-o. fessa na terceira ordem se raílca, tantas
Ajoelha-te, ante a Cruz Santa, virtudes praticou quantos foram se us ac-
E em devota oração los, moneu no dia 6· de Mar<;o; porem
festeja-se h ~>je . por ser o am1ivers,,rio de
Ao Deos, que te criou, que tu rejeitàs,
sua trasladação do templo de Santa ~.l a-
Implora o teu perdão.
ria de Podio, onde fôra sepultado trinta
)li, meses antes, e se acliava inteiro e incor-
rupto para o n.oi,.teiro de Santa i\ifo riu de
Entre as rosas elo altar, ou entre nuvens
Rosas, que veio depobachamar-se o mos-
Do odorífero incenso teiro de Santa Ho:ia.
Ilacle a Cruz rcvellar-te a resniscicocia, . 5. TEnçA-FErnA - S. Lourenço Justi-
O amor d'um Oeos immenso. niano-natural de · Venesa. Tendo sido
. No cerro pelo verde engrinaldatla, desde os seus primeiros annos educado
Como arca d'alliauça, na es('bola da virtude, quando toco u a
Ella te íallarà, certificando edade de '19 ~moos foi ter com SCll tio
D'alem tumolo a esperança. ~1arin Qllirino, Conego Regular da Con- #
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A2C IP -mm § ES . W-LW#C+:WCl:A
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AN~O I Segunda-feira 1J de Setembrode 1854 N. º l fJ.
s
- z
OCHRISTIANISMO.
rneço DA StlllSCfilPÇA •o. 1l
ti V ASSIG!iA-SE:
d
.
I Por um anuo .•••••... 8$000.
l • s.,is 11,c,z~s ....... ~s:,oo.
Pago n<han1ndo l • irn mcLcs ••••••• 2~800.
W
l6
A
I Na l\ua da Crll7. n. 30, e na Tipogr~1,hia
\ Avulsos............... S~~o. X ll. ~Slc Jornnl.
V
A
No11 i·c,it a11fmas pcntcre sed satunrc.
S. Luc. e. (), <. 56.
so isto era o que su~t_enlnva a idolatria e Não lia\-ia entre· todos os Cbl'istãos
o arruinado edifido d'êt republica. Col- m~ü, do lJU e uma só vida, uma so alma,
lucados porem aa impotencia de attribu i.! para,asl'iim dizer, assim como não havia
rem aO:j christãos crimes reaes, condem- mais, do_ que uma só~?. Não porque o
na vam-nos por crimes, fifhossomentc ele· -e no, nao procurasse 1u trodnsir-se entt·e
sua orgnlhÕsa ob-;ecada imaginação. A os fie is. porque a Egreja d'esde o segun-
carta de Pllnio o moc;o à Trajano é um do scculo teve sempre a comLalcl' aquel-
testemunho isento de suspeita: Plinio les h omem,, que desva irados procuravam
pe1·gunla ao imperador, se nilo basta so- cravar o punhal n·aquella Mãe tão terna.,
mente o nome de C!iristào pa~a a execuçaó que os chamava para a"ºª salvaqüo; uma
do edicto de proscripções porque, « diz elLe, outra lucta porem para eUa mais doloro-
aquelles a quem accusam, affinnam, que o sa do q ne a primeira, a elo sangue, foi
seu tmico crime era. reunirem-se ante!; do aquella ('O~ que estava a bra<;os porqu e
raim· do Sol, pa1·a entoa,. Louvores ao Ch1·is- eram prec~as outras armas a lem da re- ·
to., como filho de Deus; de se ob,·igarem signac;fio, e pa<'icncia, afim de que fosse
por juramento á 11ao commette1· crime al- combando e extirpado oi- scísmos, e as
gum, e ob:$e1·vm· in violavelme11te sua pala- hcre~ius. Em quanto nada mais se lue
vra . • • • de se 1·ewii1·em pm·a cm commum e.xigia do que a vida dos Christâos, ufana
toma,·em sua 1·f'(eiçllo onde nada se passava per rua neda a sua fron le, porque gm,tosos
q11c fosse c,·íminoso. >)Todavia Plinio ~f- se enl'aminharam os m arl Jres para os
.f irma, que fez condnsir ao sup plicio to- supplirios; ,rrns a Verdade, o Evano-elho
dos aquelles qne per1-i~tirnw n'e:,te voto. a· '~'
.1 ra d.1c;ao
- d ~>~ A °
, posto 10:1 era um deposito '
Desde Nero até Constantino a perse- qu e ella de\'la cldTender, e transrui llit· à
guição o;ida ar1·oux,.mdo, O sangue já mais ..,ens ::.uc·ee!-sore~, 1-1em a menor altera<,:ào.
deixou de correr. Os principes ruais jus- Alem de que a maior p~l'te <los fieis que
tos e ,,irluoso!,, transform:-un-~e eu1 al- e!'>lavam prepa rados p.ira o martyrio, e
goses, logo que hajam <le pron n n<'ia r o que não t-e terinm curva<lo diante dos
:,en juiso a re~peito de urn Cbrii,tào ! Tra- su pplicios, não e1>tavnm em gnarda contra
j,ano, Adriano, Marco Anrelio, e Severo o~ inio1·igok, <pie e:- tavam e\lllfü si, e cu-
parecem quere r reÍlnJll' as suas barbari- jo fo l-io Zl'lv Hn m.,is p.el"igoso do que
eades, e esceder os Ne ros, e Domi('iaO()S. todas a~ :H11cac;as dos In1perad,1rcs. ;J_.'oi
Oir-sc-fo, q.oe Deus, tinha em ~eui; jui:-oc.., cnt.1o qne t-urgiram do ~cio da Eareja •.
resolvido, fazer locar a meta a maldade D<mtores e Filu~ofos para c~>mbnt~· as
(los uomcns, e a p«('ie ncin dos martyre~. lu'>1·etin1, n:-i~rc•ntes, e para ~\1stentar a
Todos os dias engendravam-se novo ... ~11p- auetnridade d-a tra<li<;ãn dos Apostol,~s, os
plíciO"-, e oi; Chri~t.fos corriam para ellcs, din•itos da Cétch'ira tle S. Pedro. A ebles
corn o se fossem para ns fe.:-tas. Doutore:- illu .. tr<'11, fo i a q11em a Egreja
No entretanto a Egreja em \ 'C'L. de en- <leu o nome ele Padres, portp1e eis pri-
fraquecer-se, rnch ye;,, mais dilatava-:-e. n1eiros <fcotre elle,, tae~., <:omo S. Poly-
J\ o passo que se multiplicav:Hn os Cliri~- ear~'º, S. l.gnaeio, ~- Irin( 11; foram dis-
1
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
. ..
. . '
!l!!Sffe?!!!~~,.,.,.;;.;,s~~Wli;,~
· ~"~l!ER~
...M~":!'.!Pl(?;~,'\ffll.i~'oll!!~~~m~...!!!~!!!:!!!!!!!!!!:::l~-~ª~··l...l~-~:J~.. , ~~~~~~!11~.. . ,!:Q
.~~ !.~ncw;c,q~!:!!!:-~~!!!!.!:!•~
~ ·!!!'*~~!!!!!!!!!!! •....
,~~:....i.n
virtude prestado pelos pl'iineiros Cbris- ros seculos. De~cle o roinado de Constan-
tãos. » t tino. a Egreja fui collocnda em pm,ição do
Cada novo sectario, teve o <li~sabor, não poder prescendfr ele clescmpenhat•
ele ver nascer nm novo Doutor. A Egre... um papel nos negocios publicos; os Bis-
ja produsia Philosofos, assina como gera- pos saru co11.,ultaclos nas grandes empre-
va. martyre~. Basta lembrar os nomes dos sas, e ou vem~se a~ suas advcrlencias; os
Clementes d'Alexandria, dos Cyrillos, dos nnperado~es tomam parte nas querclJas· •
Joãos Chrisostomos, dos Origcnes, dos religfo~as; em uma p~lavra, a heoetica in-
Athanasios, dos Fclix, dos .lerooimos , 011enci.1 da religião christãjá se fazia sen-
Theodm·os. Tertulianos, Agostinhos, Gre- sível eU) todr,1 a parte, e para tudo o que
gorios, Basilios, Leões, e Ambrosios, pretendia o homem.
para nom ea r tu<l<! quanto de mais hello Esramos chegnc{os a clecnJencia · do
tem pt'odmido a Philo:iofia, e a Eloquen- imperfo; ordas de Barbaros se dirigem
cia. Ei·arn faclios accesos pela -mão de para a liespanha, França e Lomba·r dia,
Deus nas tt·evas do pcigani . . mo; porque e expellem as legiões c·omanas. Rechas-
estes grandes Doutores uào se limitaram saclos por Theodusio, com maior fon;a
a tractar na ~ suas obras ns q nestões dog- reapparcrem no tempo do reinado de
ma ticas da religião, mas fiserarn sair co- llonorio. Roma eufracpecida pelas guer-
mo qae de urna foute todos os preceitos ras internas t! <luas nzes tomada d'assal-
<la moral, Lodos os principiosda politica; to, e entregue a pilhagem. O.s Vaodalos.
~ inílu encia ele su;, s d:>11ctrinas sobre a e ç,s Francos dividem c.nti·e sls~u~ despo-
civilisa<;ào mudern.,, é um facto, que to- jos, e estabellecem o seu dominio na
dos os l1istoriadores sam unifol'mes em llespaoha, Franc,:a e ftalia; porem estes
reconhece r. Ba.rbaros, que deram vingar os marty-
Uma dilleren<_:a porem existe entre a res, de~lruindo o impcrio romano, p1·os-
Filosofia profàoa, e a L•'ilo,ofia Cbristàa, travam-se ao mesmo tempo aos pés de
e vem a ser, que a primeira em a ex- Jesus Christo, e as com1uistas da civilisa-
pressão de uma sócied,,de naoribunda, e c:i,o não c~s.savam un~ só momento de ga-
a segunda de uma socied,1<lc futura. nhar terreno em todo o Universo.
· Quando os perseguidol'es cansaram, Com effeito, a Heligião abriu um asi-
q u:rndu as foctueiras deixaram de arder, lo ás scienrias t, ~01ubra dos cfaustros,
n
~ que a Egreja t1·iumphante comec;o'u a e qur\ndo a ioilucncia do E~·angelbo
"Osar alaum repo11so, depois da conver- abrandou os co~tumes d os conq ,ii~tado-
são dos· "impera d1Jres, os e..ur1~taos
b · ~ sa1rarn
· re:;, quando o gm,to pelas Artes começou
das cataculllba,, o se e-;palharam pcLos a· espalbar-se, ad1~1ram-se r.~s Cooven-
Templos. A lilrnrdade clv cuho, então . tos tQda a litteratura a1l~icn grega cl)mo
appareceu e o..; Gtu:i:.tãos, que t·~deavam latina, e não só esta littera tura ali se ha-
8 Cadeira Apostohca para OU\'U'r.m as
via conservado, como outra nova mais
palavras de ,•i<la e nn<;ào Üsc~a1i:l nascer Le1L.t e rica <lo que a antiga ~havia nas-
um novo O'enero de eloquencia, a que :;e cido.
deu o oor~e de eloqucncia do palpito. Nos '1'.
Domingos, e dias fosti vos, o Bispo subia (Continua).
•
a sua Cacleirn e dcstribuia ao seu povo o
pão da vida. Eram in,trucções familia-
res sobre as vet·daàes da religião, medi- TABELL/\ DISTO RICA, CRITIC,\.
tações acerca d'alguo-; versos elo Evan. ge- . E
lho, ou solwe alguma paralJola do S~l- CRONOl,OGIC..I.
va<lor; outt·as veses eram adinoestaçoes D~tl
sobre a relaxa<;ão d ()s co ... tumes, e contra ºOIGXIDADES, Co~EGOS, E 8t-Xti:F ICIAOOS O,\ S,\NTA
os perio-os do mundo. A tenldtiva que Eonih, CATUEDM.L, DESDE A SU,\ FU~DAÇ.AO :1Tt
para suscitar os 1ºd.º-
o UOJE.
fez Juliano-Apostata
(Continuação do n. t SJ.
los, tinha reanimado no povo o <leseJO,
e gosto pelos espectd<'t,los. Cone"os,
Os discursos, e a~ obras dos Padres da Os UU. Rll.
EareJ·a
t, fasem-nos conuecer
• com uma in- José Joüo elos Santos a 5 de Março
~il:iivel lidelidacle a historia dos primei- de 1839. Cavnlleiro na ordem de Chris-
..
CO <ll lil ll\ ll $Jtf ll ú rlll ~ W1>~
a '• !tti!C1t.!.éii'-'õ,w,4mtia&tz:tu: d
.. ~ ~~ ·:?Jü..~ ~ ~&iWWWW'itSS
ANNO CHlUSTÃO.
Qual se~ o cego errado
Que boje um proleslo oão faça SETE.JIBRO.
D'enlregar-se sem reserva
Á mãe Sonhara da Graça ?
11. Snc aNo..\.-FETM. -S. Nicolà u To-
lenlioo-comt!çou a prevenir com rigoro-
.Elia bebea no Calvarlo sas penitencia& os a taq •ies da carne coi:i tra
As feses d'amarga taça,
Com que foi elaborado
o e,pidto logo em uma edade em que
O remedia ri nossa raça. taes atdques· afoda não costumani sen-
tir-se. Abra·çando o e~tado clerica I~ e
Jlotre o (ilho medianeira,
Elia o peccador congraQa,
feito conego, ou\'it1 elle pregar. sobre o
Quanélo pcoilente a busca, desprcso do mundo um religioso da or-
E na dor ã Cruz se abraça. dem <le S. Ago&tinho, e nào julgando
Ah I desta excelsa collina
ainda tiegura a salvélç.ào na posiçflo em
Parece ao eco se cs,·oaça I que se acuava; logo foi p1·ofcssa r na dita
'l'odos là nos juntaremos, ordem. Alli ainda redobrou as 11ua~ fodi-
Se Iôrmos fieis a graça. gas na jornada do céu, onde, sem embar-
·>.~(($- go de horríveis ltmtações que o inimigo
lhe sugeria, chegou, e foi canonisado
pelo papa Eugenia IV.
1~. TnnçA-FnrnA.-Resa a Egreja-
Senhor dos Afillctos,
n'este dia do 5. 0 da oictava da Nativida-
Que esp'rança inspirae~
A nós peccadores, de ele No~sa Senhora.
Aos miseros mortaes ! 13. Qu,\l\TA-FI~IRl. -Resa a Egreja do
6. º dia da oictava da mesma Nativ.idaue.
Com os pés pregados
A todos mostraes,
11!-. Qm~n-1'EIRA-Exalta<;ào da San-
ta Cruz-No começo do 7. º seculo foi o
Que rlão se arrecelem
Que vos lhe fuj ac.s.
imperio do oriente muito enfraqnecido
pelas ,,fotorias de Cbost0as, rei tia Persia,
C' os braços al.Jerlos, que oêcupou uma grande pal'te das pos-
Vos nos abraçaes:
sessões d'aquelle imperio, e entre ellas
Com as mãos pregadas,
Jerusalem. Ao Imperador. Phoca succc-
Não nos castlg-acs.
deu no anno de ô l O íleraciio, que n'es-
No lado rasgado te extremo não pôde, nem ainda sujei-
A estrada apootaes tando-se as iniquas condí<;ões, negociar
Do coração, onJe a paz. Recorreu pois ao auxilio· divino,
Vbs nos recebaes. preparando-se <'Om jejuns e orações, e
A vossa cabeça logo as com,as mudaram de face, vencen-
t\O peito lnclinaes, do tt·es generaes de Cbosroas com seus
Assim com acenos exercitos. Despeitado Siroe~, filho mais
Avos nos chamaes. vtlho de Cbosroas, pot· seu pae haver
Olhos scintlllantes nomeado Medarse, filho segundo, com-
Vós os enturvaes, panheiro no governo, os matou quando
Como que o peccado iam fugindo em conscquencia da men-
Jâ ver não qoeiracs. . cionuda derrota. Foi então que Hcraclio
celebrou paz com Siroes, uma con<liçãl) ma pl'o porção <l eYe lf'r com o fel'vor de
da qual foi, que este lhe restituiria a nossa!-, roga livas; e esta im·ocação, que
Cruz, que jà ha 1.6. ann os esta va em po- n os recorda, q11e eJln foi tebternunba de
der elos persas. Subsequ entemente foi todoi, o~ tormentos, qu e desd e a rua da
Be raclio a J erusale m, e propoz-se a le- Amargura até expirar na Crnz soffretl por
var em seus h ombros a té tte> Calva!·io es- no~so a rnôr o seu amantissi mo Filbo, e
ta arvore da vida; porem, vestido em to- portanto que so{freu ella lambem a mais
do o luxo d e m agestad e, !?enti u.-se co.no a turada e cruel tortul'n, d e"e compun--
detido á l)O rta que condu.sia para o Cal- , gir- nos, e à corn puncção segne-se esse
ya11io, e nijo ti nha forc;as para se mover fe rvor q ue faz éicceital' nossas 9rações.
alem. füte incidente ex traordinarío logo
pa receu milagroso a Zacbarias, .bispo de
.Terusalem, o qual ad vertiu ao rei, qne
Ili
as ga las e pedral'ia.s de que ia co berto es- Na acta do con!'\h,Lorio ultimo eru i9
laYam be m longe de imita r a pol>resa <le ·de Desem bro dignou-se SS. nom ear
Cbristo, e por isso rl erac.lio d t! po1. todas <'nrdea l deS. H. 1. o ex m. snr. D. Joaquim
as iosig mab reaes, e.immed ia tamontc põde Pecci, bi..--po de Per ugia; reservando in
lera r a Cruz, até q ue a collocou no luga r pcctore outro eminenti<.;simo.
onde ella servira de altar para o sacrifi - Dt,' pois prove u .~s Egl'ejas met~opoli- ·
<.:ÍO .q ue reconciliou us homens com Deu.,. tan,, de Pisa, e ca Lbedraes de Terracioa~
1 5. S.exn-FBIR:l. - Re!-a a Egreja - Bergam o, e \1orlrgliana. S. S. pronunciou
u 'este dia da mesma oictava da Nativida- n 'essa occasião u·ma allocU<;ão do que se
de de Nossa Senuora. ignora aiucla o contb eud o.
16. ~ABlHDO. - S. Cornelio-ha ve n- -Po1· .der l'eto da S. Congrega<:.ão do
clo, de com binac;ão eorn Lucioa, dado Index a 'l ú de Desembro e::itam prohibi-
, mai1- honrosa scp ultul'a a os corp os de S. <la!'! as !-eg nintes obras: ·
~
Pedro e S. Paulo, e procurando pelos 1. OiC' tionnairc ,politique, Encyclope-
meios ao seu all'a nce a11 gmentar o reba- di t• d11 LrngHge ct de la science politique,
nh o d e que era o pl'indpal pa:;tur, ÍcJi ré<ligée par une ~u <'Í eté de d éputés, de
delatado e p ü L' Ís.50 ex ilado. Entretend o • pnblici-.te~, e l <le jurtrnlbtes, avec une
no de.i.,terro co rrespo ndenci~ epist1 ,lar co m introducti on par Garaier Pagés.
S. Cyp ria no , cor'respon<lencia q ue não li- 2. Profc,,sion de foi du XL"\. siécle
nha ou tro objccto mai:- do qne l'Ccjprora- p.H~ Eug-ene Pelleta n. .
me nte se di rigirem pa laHas d e con c;ol a- 3. La religiunc de l seco\o XIX pet·
çào, fo i recondw,ido a (foma eo mo réu de A11.;(1niu Frnnclii.
lesa- rnage1-tad~, e all i, ai ra!ltado dian te ti . .Apo logia dei dil'i lto terrilo riale dei
da estnt 11a de \l art.e, a qnem elle recu, ou • pi1rroc.l1 i.
sac1·ifjcn r , fui dcc·npilé{do no ,/nn ode 252. 5. Voto legale deli' Awoca to Leopoldo
A piedu~a e iutn•pid,1 L n '; na se pu lto u Chia!'omnnn i.
cm um area l de seu q nin' ,1 ( o cada ve r - A A,·monia d e Turim 1t·ttz um lon-
d 'e~le sa nt o pontífi ce. go nrt igo d t• Plogio aos <:ai.bolicos ponu-
17. Oo.m:\GO-Dominga 3. ~ ele Se- gue~c." pCllo va lor mo~tra do na qnestão
t.em.bro e 15. º depoi.,; de Penl el'O!,trc;· - du pro t(~~to. No btipplemcnto ao mesmo
Fest a de ~OS!'>a Sen hora elas Dôre:;. Ecun, n u me ro ni ui los promenores sobre a per-
c..,·ta iu voca<;ão q11c a l~gl'eja na sex ta-feira segu ic,:ão a e 13n den-cl os qnacs oão extra-
d epois do domingo da Pai do celebra os foclo t11d11 pPr se r mui d1 ffuso liu,itamo ...
ofl.ieios d ivinos ern lh,n l'ê\ da " JJae de Deus. nos a do,-. exemplos.
A inda ip1e ella é a n,esm a Senhora, e estf1 - C,n joven de Lich tenthal, aacus::ido
Femprc prqm pta a se r no!'\sa rncdiuneirn, de ter espalhado copia~ da circular elo
cotntnclo o effeit() de sua protecçiio alg11- arcé bL,po foi pre50 l? tn 20 de Novembro,
OCHRISTIANISMO.
V
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rru·;ço D.\ souscn1rç\'<>.
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P~go ud1:m1ado } •
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11 ~1 1111110 •• ·, •• •• • A!~OO.
:,.(11, U\l'lL"'· •..•••. fi:,aOO.
tn·z mczl!:i •...•• , 2$.'IOO.
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11SS1GXA·SE:
Na llua cb Cru1, n. 39, cn11 'CipograpWa
- m+==-lf = =·t=·
difl'erentcs sam as cousas que cll es e.~ pri-
tt:fi
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pela sua aplica,<,:5o e influ encia, pelo seu taes, contando-lhe a queda do primeiro
d eseO\·oh·imcn to, e ju:,lc:,a das concln- Pae, e a historia elos primeiros mar-
:;ões, pela belle<ia da mMal, e sen timen- lyres.
tos, nocla ha que ser comparado ·possa Platão queria banir os Poetas da sua
com a linguagt!m de S. Agostinho ! Republica; a íleligião cbristan porem fez
A heran<;a dos Padres da Egreja se d'elles seus inteq>retes, e lhes abriu seus
acba·divididti en tre os Oradores, e os Templos, fa'sendo assim corn que se re-
Moralistas. A França é se m du vida a pa- conciliasse n o homem a irnaginação e a
tria dos maiores oradore, ehri:,l:3us. Na rasào.
epocha em que ell es apparecerarn cheios T.
de maior brilhantismo e gloria, foi no
reinado de Luiz XJ V, onde se completou
os trabalhos encetados pelos Padres; a TABELL,\ IllSTORICA , , CIUTICA
li agua é chl'i:;;tan, a l-lOciedade, as leis, e E
os costu.nes, tu<lo é cb ristão. Não se cui- CRONOLOGIC&
da então de formular dogmas, preparar D~II
institni<:ões novas, pelo contrario trata-se OIG~ IDt\DES, Co~EGOS, E llP.N~FICI.\DO!S O.\ S.\ N'fi\
EGREJA CATHEDl\t\L, 01!:SOI~ A SUA FU~l).H].\ O ATÊ
de bem Ürmar-se a base da sociedade, UOJE,
reprimir a tran~gressão chts leis, e glori-
( Cn11timwção do 11. '19).
ficar a Deus nas l-lUas f)bras. N'c~ta epo-
cha c1pparecerum tarubcm heregf!s e in- Be11eflcladoM.
credulus, para qn em de lemposu l~mpos os un.
et•a preciso \'Oltar a.,; Yi:,tas, mas e prin- J o:..é João <lo 7\liranda a G de .TnnLo
cipal papel elo Ol'ador, na epocha a que ele '1815. C,va ll ein; na Ordcu, de Chris-
nos reportarno<i, não ern comba ter-Não to. Fa ll eceo â 1 li de .(\fa io de 1 Sú 3.
ha1:ia então o Apostolo dus Gentios, e Antonio ílaimnndo de ~lfranda á 29
sim o elos Fiei:;-Enlào n."lO se dcscutem .de 0,1t11bro de 18 15. Ca~a1le iro na Or-
as verd.tdes que tod o o muodo t•ecebe, dem de Curi:,;to. Pa:-sou á Vigario do
· mas julgê1m-se por e,,ta:s verdades a!! ac- Miarim cm ~Jarço de 1821.
ções dos homens; e a revclac;ào cbrh,l,rn, Felip pe Benkio elos Pa~sos Cardoso a
que não descol.irio só B it alma humana os 8 do No vem brn de 181 5. Passou à Co-
ignorados myste11ios da antig\1idade. m- . neoo á H) ele ~ov~mbro de 1820.
.:,
,estiu os Mini:..t~·os da reli~ião com um
ca raNer nugust ,, que clandú aos seus di!-,- João Raimundo Pert'ira Caceres a '2/J.
curso~ uma auctoridade san tn, eram com- de Outubro do 1-818. F..1Uccco a 5 de
preh end icl vs, o re!-,peitados, c·omo aque l- Ago~to de 1825.
les, que l-iendo suc.!es...,ore.., dos Apo:,tolos, Jo!-6 João dos Sanlo!'t a 27 de Abril de
tinham recebido o E:..p iri to Oi,·in o, e o ·J 831. Passou ;1 Conego a 5 de ~Jar<:o de
mesmo fü,pirito poi:..,1va :-.Obt'e :..eus lahius. 183V.
Quando, á \'OZ doi- Pndre~ rla Egl'eja, \1anoe1 P<•<lro Sonres a 27 de Abril
a terra opera,·a a sua ll'an:..forma<;âo, mu- de 18:3 t. Pas..,ou a Conego a ú de Ou-
<lando suas lei,-;, costumes, e lin~uagem , tubro de 1837.
uma nova pocoia na~ccu lnmbem à ~orn- João Po~:-idonio l3nrhosa a 25 de Maio
bra do sanctuario. Não el'a mais essa \1u-:- ele ·t 8~H . Pa:isou a Viga rio do Cnrurupu
sa, que antigamente modulava nos bos- em 1837.
ques da Grec·ia a, queixas dos chrnses, e os Manoel Alexandre Pestana cm o 1. 0
amol'es dos heroes; que se dh·ertia no de Agosto do 183(1. Fallccco a l ô de Ou-
meio dos fe~tins, e ool,re a mci,mn lyra tubro de 1835.
celebrava a rn..,ão e a loucu ra, a yirtude
e o vicio, a sabedoria e o praser. Filha
Joaquim Quintino Cardoso a 31 de
<lo Cliri~lianhmo, a nova poei-ia ca nt~va Outubrn dt1 1837 . Pa:-~ou a "igario do
nas harpas <los Anjos a glQria du Dens que
~lun im a 1 ô de Julho de 18ú2. Passou
provou o Céu e a Terra. Em rez de con-
a Conego a 27 de Janeiro ele 1852.
"'"idar o h omem a oo~ar do-; ben~ terre- Franl'i-.<·o \1arianno Pcrreira a 31 de
~
nos caduco:..e tran;o.ilol'io.-.. lhc lembra 'iUil Onrnhro de 1837. Pa,snu a \ igario d e
origem celcoto, e seus <le!itioos immor- Sarita Helena a 19 de Maio 18ltlt. :' . de
Pedro Nicolau Hiheiro Pontes t\ 2lt de Estcvaõ Al\'es elos Rnisa 2 d'Abl'il de
Dczembl'o de 1837. Passou a Viga rio d'-, •1853. Lente cfo Cunlo-plano no Semina-
Conceição à 12 <le Mal'ÇO de 1839. rio l~piscopal, e sub-chantre da Catbe-
Antonio Mau1·icio da Costa Leite á 27 <lr.11. E~1srn~TE.
de Agosto de 1838. Passo u a Concgo n José Jonquim clu Prado a 18 de ~fal'-
48 de Junho de 1.839. ço de 1853. Capclliw cJe S. Exc. Revm.
Jose Gonçalves da Silva a 7 ele No- Ex1srn;-.;Tn.
ve mlJl'o de 1839. Passou a Conego a 29 A11tonio Duarte do Y.alle n 31. de Ju-
de Abril de 1fü1 O. lho de 185[1. Ex1srnt1.rn.
Manoel da Vera Cruz a 8 deMaiode
1839. Benuncion pa ra ~cr Capellaõ do Como 11'esle numero i:onclnimos coin
7. º Batalhaõ de 1. º Linha em 18á3. a Tabella llistori ca, Critica, e Chronolo-
~larianno Gn rn;al\'es Lima a 9 de Ou- gica do:; Ex,us. e Hcv ms. Srs. Bispos, e
tubro de L8á0. Pas:;o u a Vigario de S. das Bevmas. Dignidade!-l, Conegos, e Bc-
Bento. ncficiotlos, que desde a f11ndnc;aõ dct nos-
.José Aureliano <ln Costa Leite a 7 de sa Santa Egl'eja Catlicdral ,dé h oje n ·clla
Agosto d.e l 86 l. Rc1111nl·io11 em julga- l t>cm exi,tido, somente agora procura-
mento ele sen tenca >
a "2í <le Abf'il de i8ltlt. remos inteira r aos nosso~ leitores o por-
.loaõ Franei~c·o \lartins a 23 ele Se- c1ue e111 prcheodemos ei-se tl'abolho , e
tem bro de 1863. Pas:;o u a Viga rio de S. qua es os au xilios que tiv emos.
Bernarclo elo Pa1·nab_}'l>a. Urna E-.tati.-.ticà, naõ pode se r orgn-
Bernar<lo Franco Cardoso a 17 de uisach sctn que hajam fu nt e1, onde, aquel-
le que n empreende, vá beber o que naõ
Dezcm hro de 'l 8li 3. E-x.1sT111'iTf.
pode se r li lho de sua rasaõ, por isso mes-
Cn millo de Lelle:-, de 11oraei. Rago a mo, qu e sam factos. Fui o c111e fo;emos;
17 de Oezem hro de 18li ~. Passou a Co- compulsamos o qu e a tal respeito havia
l'lego a li de Setembro d e 18/~8. escriplo, quando foi eleüo Bispo d'esta
Raimundo Alves dos Santos a 28 ele Oeoce:-e o Ex.m. Sr. D. Ma1·cos Antonio de
Fevereiro de l Sliú. PassQu a Conego a Sonsa, o He vm. Sr. Arcediago José Cons-
'26 dé Fevet'eiru d~ 1850. tantino Gúmcs de Castrn, e bem assim o
J oaquim Pereira Serva n 1V dtdnoei- q11c em 'l86h publicà ra o entaõ Hevm.
ro de 18lt5. Passo u a Conego a 20 de S r. Arciprc:,,le .Joaõ Ignacio de Moracs
Aforc;o de 1854. flego; e como o primeiro occupando-se
Ao11us10 Ce...ar da Silva Ro..a a \9 de cx(·lu .. iva mcn le dos füons. Sr,;. Bi~pos,
i::,
d1cgà ra soment,e dtÓ a d eiçaõ e posse do
Janeiro d e 18[i5. Bacharel Formado e m
E.x m. Sr. D. Marc,,s, e rr segundo ale O!>
sdenc:ias ju, idicas e socia~s pela Acade-
Hc vms. cmpl'ega<lo", que se impos~ara m
mia de OlmdJ. EXIsTmn'E. em '18/i '1, ou tr.t fonte b1tsca mos para com-
~Janoel Tavi:l res da Siha a U) de Ja- pletar o trah(llb o que ernprcendiamos.
neiro ele 18lt5. Passou a Cotiego a 20 g..,sa outl'a fo nte, foi u Ard1ivo <lo Jllrn. e
d' Agosto de 1853. Hevrn. Cahido. E po..to qu e aqui <lercs-
~Jan oel Louren,;o Ferreira em 18á5. semos en<"un trar o que nos era sufficien-
te, co mtndo não o pn<lemn:,; obter, pela
Passou depois a ·v iga rio Collado <le S.
folia que soffre u An·h i \'O <lo Ili rn. e Hc vm.
Luiz G<>nzaga do Alto mearim. Cal>icll1 d\1lgn11s Livros antigos, e por al-
,, Francisco Jo~é <los Reis a 20 d e Julho gumas ~1 mi,.,ões, qu e encontramos nos
de 1850. Len te de Francez do Semina- r1uc comp ulsamos. Attento o que bus-
rio Episcopal, Sub.~ tit11to <la Cadeira de <'amos i11t ei rar-no, ela verdade por outros
Latinidade e actual Mestre de Ceremo- meios qu e julgamos mai11 certos. O que
oias do Illcn. e Hevm. Cabido. • fise mo~ foi nada, ma~ o rl'1e queriamas
era da,· aos nossos leitores uma noticia
Manoel da Costa Delgado a 25 de J a-
do~ Pa~lot·cs que tcem condnsido o reha-
neiro de 1851. Ex1sTENrn. nlio \1aranhcn:,;e, hem como d".:1r111olle!>
.Ju~lini:rno Sabino Cid a 15 d 'Agosto qne dc.,de o primeiro até hoje os Leem
~e 'l 851. Ex,swm:e. iljudndo a apascenta-lo.
'ª •
É provavel que appareça aqui e ali t empestades e do sarcasmo impio de uma
algamas inexactidões, mris confessamos~ pbilosophin, que, renegando à origem
que sam filhas ou da falta dos livros pt'e- que do céo b01Hera, atavia-se de roupa-
ci!ios, ou da nossa inhabilidade-e por- ge1n grosseira do tnais cstupido materia-
tanto esperamos, que o fim, qlie tivem_os lismo ! ·
em vista, justifique-nos para com o:; nos- Poit- bem ! era quando essa philoso-
sos b ene vo los leitores. phia atroz. e demolidora tripudeava com
nlegria infernal no adro de um velho
mo~teil'o, que ella su ppnnba carcomido
O padre-mestre t,r. F,rancis- epsalterio podt·e, entoando-lhe por escarneo {) .
da morte, que um p0bre e hu-
codo Montc-Alverne, esuas milde se raHco, invocn ndo snas fon;as fu-
producções orato1~ias. gitivas e jã ga~tas, pelo roçar dos tempos
e p<H' mil outros gencros de augustias,
Achava-me ainda na minha provincia fez apparcc.e'r. como por encanto, qn atro
quando, por aviso de alguns jornaes que vo)umts.dc se rm ões primorosoi-, esérip-
se publicfto nesta côrle, so nhe que o pa- tos na mais bella linguage m portugueza,
<lre-mestre Ih·. Francisco rlo Monte-Al- e forru nlados so bre as maximas lumino-
,,ernc bavfa dado à luz os ·sermões que sas do g rand e lirro do genero humano,
clle pregàra nos floreos dias da sua mo- de que'·o Enmgelbo é uma pagioa im-
cidade. morta 1 !
Cbegando aqui, n meu primeiro cui- E que sorpreza e confusão parn a
dado foi ler a obra que então se annun- deusa do tripudio, <le cujas mão:-, desfaL.
dàra, se n5o com os applausos que d e leridas e tn•mu!a~ , là caliiu o tacnal'telo
orclinario se baralêào a qualquer brochu· que ai oda ba pouco viul'ava forte sobre os
ra piéga!< que por ahi apparece, ao me- pot'laes do velho n1o~teiro !
nos com alg11mas phrases de lisonja no·, E que importa que Monte-A1verne
autor; o qu e, verdade seja, jà não é pou- ainda ,·iva, e que houvesse dotado o paiz
co em um tempo em que se diz que do com uma produc<~ão rit'a de ot·iginalida-
claustro nada sabe que não seja digno de de e de apnrado gosto? Que im])Ol'la tu-
ri.,o ou de compaixão philosophica. De do Ü,to, se a podridão penetrou 110 arna-
feito, li com acurado interesse as produc- go do mnnadlbmo, é é mi!lter extingui-
ções oratorias de Monte-Ah,crne; e, a par lo de todo?
do vivo enthusiasmo que ·em ruim pro- A,:--im dizeb vos, homen~ do progrc$-
duziu a leitura d essas paginas su blimes, so e <lu i/lmninismo !
verdadeiro modelo da eloquencia sagra- Por <·erto que o selvagem do Canadá
da, um sentimento de clôr veiu partir a n ão usa de ~e melbanle racioci nar !
torrente das doces emoções a que o meu Ali o filho tfo n a turesa nfto cor,dem- .
espirito se abandooitra, ao contemplar os n::i a golpet. dt> machado uma arvore pre-
prodígios do genio e d 'arte, tão altamen· ciosa sernlo depoi~ de ronvenc·er-se de
te eucarnado na obra que eu tinha ante que e\l a e;là <'om pleta men te morta; por-
os olhos! que elle crm~idera un:i a<'<'e~~o de loucura
Sim, ao sa borear os fructos dessa plan· o corta-la pela raiz, q uandQ com pro vido
ta mimosa, que sul'g1ra e medrára nas cnxPrto e limpeza a póde fazet' revivei·.
asperidões do claustro, ao pé de crncilho Ali, poi", a <·orn.ervaçào é obra ele selva-
annoso, rnas ,·enerando, á luz. morti<;a ja ria; aqui a destruição é nma exig.e ncia
de lampada solitaria, e ao som das har- indeclin,l\el da (•ivili~açãt> !
monias do Eterno, que não deixa nunca Quanto engcno e malcfade não vai
<le ·tisitar os pobres e humildes, que elle nisto!
chama os grnndes d·e s:u reino, desgosto A ·ve rdadeira ci, ilh,a(;ão. nqueUa que
acerbo e profundo trav ou-me n'alma ao oa.,ce d~ <'ult um do e~pirito e dn ameni•
lembrnr--me que as irn,tituições monasli- dacle do-. ro~lurnes, não se nutre com ·a
ca:,, ontr'ora tão floresce ntes, e em cujo destrui(;ào, diz Giuberri; ma!'. sim com
seio sempre se aLngárão as sciencias e a.s · in1-titulos po!-iti vos, proveitoso~ e dura-
lei tras, vão entre nós na mah rap ida de- douros. E adrufra, continúa o grande
cadcnda, e~boroando-se ao sopro rijo das oraculo da Italia, que n'um sec ulo etn
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
A
que tanto se proclama o principio de as- volver os frade... heróes, os frndes morty-
i,ocia<;ào, se chame ás armas conta·a as res, os frades be,ufa1.ejos e ronsol.idores
instituiçõej mooasticas, como :,e os claus- do gencro humano, a igreja vos não
tros não foss<:!m associa~ões, e os se us es- acompanhará; pon.p1e a divina Esposa de
ta lutos modelo sublime de prndencia ci- Jews Christú, que ~a be logic.1 para vos
vil, superior aos dos modenw:, legislado- ensinar, não crê que o abuso prove cou-
res ! sa nlg11ma contra a boncla<le de uma ins-
As que boje com pomposo tit11lo s: til11 ieflo.
,
chamão a:,sot·iar.õcs , <lestituidas do 1é ~iio 1111 ioslituic;üo, por mais san ta,
commum, sem ;u,oridade fixa, sem boa que ni'l ú degenere pela malícia dos ho-
or<lem, sem prévio tiroC'inio, se m Cl-ipiri- men~. P, ocu rni, portnnlo, prover- vog
to de satrifil'j o, sfto amalga mas pueris, h de frad ('s bons, !)e q ucl'Cis e\'itat· os máos;
Tista'das (,"Stupendas cunfrnrias ca tholicas reform ai, 111as não destruais. }~ este o
<JUC tantos bens 61.crão ao Universo. Yê- grt1n<lc princ·ipio <la scieucia moderna.
de que <lifl'ercn(;a entre a id .. dc de umos E para oaoc me lc\'a a imaginação?
e de outras! Acp1elhts, hoj e ou amanhã O que qnel'O eu com os outros frades, se o
se diN)olvem, <le..;apparcce111 com as vicil'l- meu frHclc querid o e Monte-Alvcrne?
tude:, <.los tcmpoi.; vüo e ven.) como :is E ús seus bellos ~ermões ! a sua elo-
ondas de occauo agitatlo ; ao pnsso que q11encia e umn res111Tei<;üo adm iravcl da
estas vive m seculo~; 1'eHi . . 1e m üs rajacla:1 eloquer1eia a ntiga e eterna, que prova aos
do -Yeoto; reLentão outra vez depois de hnrnen~em carnctere:: de ouro a necessida-
cortada~; e com o se9 leoa;,, abro lha r can- de da fé- clot(ll enci:.1 <111e se t«11·na nova
ção n e~pcrant;it e a rniva de seus advel'- por sua ap ili<·rH;ào a erros por ventura
sarios ! mni 'i va,lo:,i e hediondos que to<los q 1ian-
Que reacção prodigiosa e snhlime ! to:- mauch11rão os sec-nl o!', àtHeriores !
l~ o e~pirito de Deus que sopra e111 O se u liHo, exceplo algumas phra-
tudo i .. to ! i-;es em que o lnxo da imnginação. do
E, é pena q11e não seja en quem o <li- nurn,·chu pare<'e olfu,car l1s vezes a pro-
ga l g o prop1•io ~lachiavolli, que lam- f11ndezn da ol1ra, é !'! i111ple;-:, vel'dadeiro,
bem não fez mais do que reduúr ,\ for- energi«·o e arrchata<lor. l~ a velha elo-
mula a doutl'Ína <los cantos iinmortaes qucnt·ia chri,tà, um pouco aspcra a lgu.
de Dante. mas vezes. i\lli udmirn-:-e o COD'IO rcio su-
Sim, meus senborci:, ?.Jachiavelli e blime da philo,ophia com O'i so midos ar-
Dante são os que dize111 que os frades, de rano.s da tli culogia tran,cend ental. Que
quem hoje tanto lie e~carnece. civilisàr5o gnlhal'<lia tl e phra1-e:, ! Q11e nobrczn e ma-
à Europa, e mu<làriio os de!-tiooc:; <lo ge!-ilMle de c:xpre-.~ão ! Que bem delinea-
inuado. E~ta homenagem de .<inbli rne do (Jtltl é O plano <le 1>CllS u.i:,cltl'50S ! 1\.
poesia e eloquenci a civil, deve servir de mais perfeita e intima liga<;ào reina em
consolo aos pobres fradinhos, quaado todo~ os seu:, pcriodns. A p~u· da solidez
vergados sob a n11 ~c m de opproLriosqne do ra<'i oei11i11, pull11lão OH movimentos
contt·a elles se condensa. oratorio-; e péi tetico-,; brilhão a proprie-
Não clcsconhec,o o cancro profundo <la<le, :1 ha,·monin e a"l hcllczas da elocu-
que lavra e corn'>e nc; eotranhas do mo- ção. l'\unca c1 p:ilana hunrnna teve mais
nacbismo hra ..ileiro; deploro mesmo a prestigio n,,s lebio:, d o orndur ! A pnla-
seu dei;a bar medonho. A minha opinião Ha pt>rknce n \fonte-J.\l ve rc,o como o
é que taes institnic;ões, quando degeirn- marmore a \ligue\ i\ngclo, o colorido a
rão, toroão-se ve1·dadt!iramcate in11teis e H11ben . . , e a hnrm unia a Beenthoven. A
pernicio!óias; ml\s o meio de remediar o pala na é o relevo de suas ideas; os acen-
mal serà aboli-las? An tes de dar-lhes o to~ clt! ~ua \'oz; a energia de se u gP.~lo; e
golpe fatal, não aconselha a prudeacia a E'xpansão de uma grande alma, que se
firmada na longa pratica da igrej a o ten- revela fulgurante na:, Íül'ma:, mais mag-
tar todos os meios de reformas? Se vos ni. (i l'as.'
vos limitardes a gr•itar contra os frade~ Os 1-eus sermões dividem-se em tres
devassos, igo oranles e fanaticos, a igreja cathegorias. Scr,nões sobre materin poli-
fará /.co cornvosco; mas, se na rede da tfra, tic1:111üc:i pnnegyricos, e sct'rnões de
assola<;ão e do cxterrn,inio CJtlÍzcrd~:s in- mystcrio. o.., primeiros, pregados quasi
~
"~1 ::--- Jb~,i -t
....-a PiMU a-dilo"*
'ZD . CCfllll!Il~Il'llfiílil~W®o t!IQ-CW • A !.t~!:LIP--"~ • w J&..::»wm
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
ANNO CBBISTÃO. evangelho, e te,·minado este trabalho,
SETEl! DHO. pul'tiu para a Etliiopia, onde lhe · tocára
5e r o portador <l.. a boa nova. Em bt•eve
18. SnGUNO,\-l'P.llU. -S. José do Cu- converteu toda esta provincfo , concorren-
pertino-natural d e · A11xia10 em Piceno, do muito para e~la conversão o mi la"'rc
n braçàra por decidida vocac;füJ <, estado <la rcsurreiçiio de uma filha <lo r·ei. A e~tc
religioso, profess:rndo nn ordem dos Me- SlH'ce<l cu llírt~co, que querendo casar
nores Conventuacs. Ini-ignc em humil- com llige nia, filha <lo rei de fu nto, e re-
dade, caridade, e em admiraveis ex tasis, cusando-se ella por ter feito \'Olo de cas-
teve o premi,, de suas virtudes. O papa tidade, elle mandou malar S. Matheus
Clemonte XIII o ca nuniso u. qu:-in<lo estava celebrando o :;anto cacrifi-
19. T1mr..\-FE11H-S.
• Jaa nario- é um cio, por ser elle o b onselheiro <lc tal voto.
dos sete filhos de Santa Feliddade, qne 22. Snx.T.\-FBJR\.-Tcmporasejejum.
na persegniç-<1o de \larco Aurelio Anto- S. Tbomaz de Villa Nova-natural de
nino :iolfceram o rnnrtyrio em Boina, ex- Pontisplano na diocese de Toledo, l(WO
hortando-o~ sua propria rnà~ á con:-lan- em. menrno . dcn ,:noslras <la t:aridade queo
cia na fé e á pal'iencia o re:-.igoa<;iio no ma~s b1rde o havrn de ca racterisar, p ois
meio dos torment os, <111e foma, bem vc1- mais de uma rez acon tccen despir a !\Ua
riad os e crncis. roupa para co bl'ir a nudez de pobres.
20. QcHRT\.-r-~rnt-Tempora<., jejum, Mol'to se u pae, de~tribuiu cm obras de
e Vigília d,, Apo ... tolo S. ~la1he11 ,. -S. benefi<·encia os seus bens, e foi pro~urar
Eustachiu, c·otniuanda11te <le cavallaria u~ asylo no cla11st1•0 da ordem r.1ugnsti-
d o impel'acln1· Tr,1jano, ,rn<.l.,ndo 11m dia niana, ond e so deu a todos os ex.ercicios
á ca<,;a viu ap puccer-lb1• nm a inrnge1 n de cio pi<Hh1de, e a sua predica produsia in-
Jesus Chri:,lo pen<lentc da Crm., t! esta numer·a vei:; coo,,.cr:-ões. Aio<ld foi tirado
arvorad,1 eu lre n,; pontas d '1 11n vem.Ir), <lo para na q11alidade de bispo
cl aU!-t l'O
que elle pel':,,eguia. A ,•isão nà11 f11i hal- .reger a clioce.;e de VJtlencia , onde, cheio
clacla, e logo $<! co u vert,~11 e bapti-:ou com de \"Írtudcs, deu a ulma n Ot! us.
toda a ~ua familia. Antes me:-.mo que 2:\. S.\Bn\oo. - Te,nporas e jejum.
Trajano soubesse que elle era chl'i,hio, S. Lino-natural do Valaterris na Etru-
elle morreu no seu de-.agr· ,clt>, e pa~so u ria, foi o f)rimciro stwcessor de S. Pedro,
:,tl)'nm temp o na ob-.t·uricLdc e folta de cujo<; aC'tos elle escreveu, e cõm toda a
an~io", e tendo alem di.-;to o dt!"go..,lo de individ11nli<lade o q ue ellt> fe1. eom Simão
lhe serem caplivo" o-. fjlho:- e mnlh •r em \1a go. Entre as d l:lerminaçõc!-. d·e~le sa-
uma invasão do!- ini1nigo~. No meio <lo bio pnntj(il.!c ba uma , q1te mnnda, que
aperto ~cmpre Traj ,no i-e lembrou d'e, tc as mulheres não cn tre1 n na Egreja som a
habil militur, e 11 pmcn n<lo-o commau- ruueça <'Oüerta. Havendo li vrado das ve-
danlc, logo l eve uma vi,·toria a fosteja,-. xa<;ões tlo duminio a uma filha do ímpio
Porem qual foi o premio do triumfador ? ! consular S.l lttrnin n, este o mandou de-
Foi a morle infligiua por aquc•lle mesmo, gola r no annu de 76 da éra d1 ri ... tan.
a qu em aca h,,rn de prc:-.ta r nm tao rele- 2lt. Dornxao. -Oominga 4. ~ de Se-
vante scrvi<;o ! ! 'fraj ano dccretà1·a sc1- temlJl'o e l6. ª depois elo Penlecoslcs.-
c1·ificio aos deu.,es, e como Eu-.tacbio re- Fe~la de 'fossn ScnhMa <las Morcês. No
cusasse assisti,· a e:,te ,H'tl) de idolatria, anno de t 2·23, depois que ~laria Santis-
proft:ssa ndo a ltameo le a :,aa fé o impe- sirna apparcccu a S. P<idro No la!>CO sig-
rador o mandou metter juntamentc com nificando-lhe quanlo lhe seria a,Tradarnl
0
a mulher e filhf)s, que clle na mencio- a in:- tituição ele urna orclcm, que se con-
nada ,·ict.oria l,íd1ra dn s mãos dos inimi- sagra~sc ao r,..,gate dos enplivos pelos mou-
gos, dentro de um tonro de bronze po~to ro··, e qne e:,lc i-anto, de combina~ão
em hl'asa, e assim foeam triu1nfantc.s par.1 com S. Haymundo de Pcnafort e Jacob
o céo. rei <lo Aragi\O, levou a ell'eito e~te carido-
21. Q uJNTA-Ffmu-S. Matheus-tarn- s" estabelecimento, é que come<.;ou a in-
bem chamado Lcvi, eslaodo ai,sentado vocar-se a ~J àe de Deus com o titulo das
no telonio em Caf.,rn:rnm, e !-iCndo1·hama- Mercês, t1t11l o que tomou a mencionada
do por JesusC hrislo logo o,i;eg11il1. ~epois ordem religiosa, qu e por dinlleiros que
da Ascenção, escre\eu em hebraico o c~molayn, ton tos infelises tirou das ga rras
d'aquclles temiveis inimigos de Christo, Ditos para meninas á2.
e cujos membros levaram a abnega<;ão <le Escol:1s gratuitas de caridade para os
si proprios ao subliine g1·àu ,de se ir met- pobres 104.
ter nas masmorras para de là tirarem No anno pas~ado abriram-se ein ln-
~eus irmãos. glaterra 17 Egrejas novas para o c.ulta
catuolico,-e outras nove estc'lm cru cons-
~;:nm<Dl3ll(lUl mrm11a<n ll®~ il ~ trncçào.
Au.1nu1•m,~. -Recebemos noticias de Eolre as persor.ngens rcspoitaveis que
Baden até 12 de Janeiro. O regente na no anno passado entra1·am no gre.-nio da
abertura das camaras legislativas leu um verdadeira Egreja cnntam-se as seguin-
discurso da corôa pelo qual se vê, que o tes: Lord Charles Tynne, vigario de
procedimento firme e apo!-tolico do ar- Longbridge Dever cll e beneficiado da me-
cebispo de Friburgo, ')brigou aquellego- tt·opolitana f.!1'0iestante de Cantorberg.
verno a mudar de politira sobre a ques- W. Lole bObt'iaho do arcebi_:,;po 111·otestan-
tão religiosa que tinba sobl'evindo, e que te de Dublin. Eduardo Beard, grande e
causou a perseguic;fw de que temos falla-
do outras ve~es. Diz o regente as seguin- ardente pregador me.llwdista em Cam-
tes expressões, em que muitos veêm a bridge, e a duquesa de Hamilton.
influencia sect'eta do gabinete de Vienna. -Esc1·evem de Rugby, em data de ô
« Quanto mais falsas sam as apreciações de Janeiro <le t 85[1.
« que por fora se tem feito d'e~te nego· Havia coisa d?um rnez pregando-se
« cio, tanto mais agrudavel me é vêr qoe na Eg1·eja de S. Jorge ~m Londres, um
« a immensa maioria dvs meus povos me joven protestante entrou ao sermão para
(( dà provas da conüar,ça que tem' dae cscarpecer d'elle, e perturbar a devoção
« persuasão em que e!'lt~,, que a religião
« dos meus subditos calholicos não me é
dos fieis. Ao a~ahar <lo sermão .o joven
« menos cara, que a minha propria. Per- declarou que queria abjurar o p,·otestan-
« suadam-se, nobres i-enbores, ~ amigos, tismo, e não obstante as amear,as de seu
« que eu tntelando os interesses da corôa, pae, não abandonou a resolU<;ào tomada.
« nãodeixareicomtudo de segurar aos de- Recentemente um pae prote~tante tinha
« positarios da auctoridade ecclesiastica, um filho, e tres filhas que se ctmverte-
« a 'dignidade, e posiç~o oecessaria, para ram ao catholicismo; desde aquelle mo-~
« cumprirem a missão benefica que lhes meillo o pae desnaturado não os quiz
« compete. i>
mais receber como filhos; o varão reco-
Verdad.e seja que isto não passa de
palavras. Quinze dias antes da abertura lheu-se ao collegio dos Jesuitas, e as me-
das camaras publicou-se uma circular ninas no convento de N. S. da Divina
em qJ1e se prohibia ao clero o recehe1· os Providencia em Longbbol'ough.
soccorros que de todas as partes da Euro- -Domingo 1.0 do corrente celebrou-
pa e até de Portugal lhe el'am enviados. se com toda a pompa .ª festividade da
!NGLAT.ERRA.-Mais consolantes para o Virgem SS. Seoho1·a do Rosa1·io do Bar-
calholicismo sam as noticias de Inglater- reiro no Convento de N. S. da Annuncia-
ra; o quadro seguinte fará ver o estado
ção d'e~ta cidade. Tanto as vesperas, co-
do catholiC'ismo que vae todos os dias
adquirindo terrenn no campo do seu ini- mo á festa do di& concorreu bastante nu-
migo o protestantismo, e a heresia. mero de fieis a renderem . culto a Nossa
A Egreja catholica conta agora em Charissi1oa e terna Mãe. Houve pi·atica
Inglater1·a 92~ sacerdotes. na ve:--pera, e sermão no dia~ o que foi
Em Escos-,ia 13lt ditos. bellamente desempenhado pelo Revm.
Em Inglaterra 678 egrejas e capellas. Sr. Conego Eleutberio M. da S. Rosa, a
Em &cos~ia 36 ditas. quem \ambem se deve grande parte do
Casas religiosas de homens nos dois esplendor ~om que i,;e apresentou a festi-
reinos i 7.
vidade. pelo seu incansavel ze]o.
Ditas de senhoras Sá.
Collegios para educac:ão das classes Maranhão -1'yp. de J. e. M. da Ctmha To1Tes. '
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OCBRISTIANISMO·•.
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> . . I
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I ~so ni1,an ta<1<> i • trcz ,11etc: •.. •.. • 2$800. â a dcslc Jornal.
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l
l'io11 rc11I anima., r,e,·rlcre srtl sntv,we.
S. l.nc. e. o. v. 56.
--·-= -- ~ =--:.-===-- -- - - - ---- --::ns:rr:-- ---·------- .
mo (ilhe,-; do •ncsmo s11 bera no, destin,1-
OCHRIS TI ANIS MO. ,l~s a g~:1ar e m ~0111 1nt1m do-Hei nf} <]u e·
nao tera fi m ........(•, como poã er-~e-ha ofvi-
lnftu.e 11ela Soelal da EgreJn. Ella ó o 0111• dar este primeiro pri ncipio 11t il e necc<.;- ·
~o foca da eh'Hls a ~iio C hrls ta11. sffrio a toda e qnal c1uer sorie<la<lc hem
A Egreja é tmlo para um povo, ordena<l11 ? Corno nüo co.n f<:!i>S.. -!o junto
absolutamen te tudo. E a Egreja se rá ver- dos Alt.,rcs do Deus Crcador, Conse rrn-
<ladeirn , isto é, di vi na ? Se o fo r lere,nos dor , e Ucdcmptor ! !
um povo pcl'foito em todos aq nelles que Qua ndo em u os~a pL'eseoça, co mo
forem fi~is á un;áo da Eg,.eja, e ainda vicl ima , não nos fo lia Elle com 111(11:> <'lo-
aq uclles, que forem obstinados sen'tm qoencia, do que o ma is eloquente ele seu~
em geral me nos ·m áoi:;, em virtn<le da Ministros? flós lodos , diz Elle, nâo .tendes
secreta a tlracção qne sobre elles exerce- mais do que wn Pac, e 11111 Mes fre e · este
ràm os bons. f>ac, e e.~te Mes/l·c sou Eu J Onde esta veis
Se a Egreja fo r fo l~a, será povo o vos, ü UID seculf), rei:- e :;ubc.litos, oobi·es
e plebeus, ricos e pobres , sabios e jrTno:
ma is ou menos múo, segundo houvere m
mais 011 menos er ros, ma is ou menos ve l'- raotes i> O nadu, eis donde fo!, tes fü·a<los.
dades na sua ali me ntação espiritual; mas O ~er, q11e rece bestes d e minha mão, a
aind a assi m t,!remos um pnvn. virtude. fru cto <le min ha graça , eis a vos-
E se n~\O h ouvf! t' l~grej" ?• •• Tam- sa ve rda deira núbresa. Se h,, entre vós
be rn d eixa rà de have i· povo . porq ue en- g1·aod es e peque nos, fu i Eu quem fiz
tão tere mo:-. uma ana reli ia co mpl,~ ta, e ta nto uns co mo outl'O<; ~ aos peqt~erws
.,.uerra in tcrminarel de uns para co m ou- me cu .. tara m tanto como os grandes, e
ºtros, que i!rn ril m d o part. nrn vm,to cem1-. por bso lam bem me :-;a1n ca ros; <lesgrn-
terio, onde não seràm suffil'ientc!i os vi- çados <l'aq uellc, q ue os de:-presar ! ,
,·os para da r· sepultura aos m ort.os ! Ou Eu colloq uei o poder, a scíen cia, e
a utes, a rnças ao insli ncto de conserva~ào as riq 11esa'R nas màos de nns, masdei- lh'as.,
o . <l . • co m a <~ond i(;ào expressa de que d'ellas
inherenl e a nossa espec1e, sen o isto 101-
possive l, teremos como a Hussia, co mo não usa ria m :;enào cm proveito de todoi-.
Asia, e Cl) IDO outro q ualquer paiz ondP o Em rclnção a<, tempo, cites sa m os mais
Cbristianismo não te m aiu da podido p e- velll ,s da familia; escoado porem o te m-
netl'a r nos costu 111es, lere mos, di!-iemos po, nada mais o distingu ir~, de seus pu-
n ós, porc;ões mais oo menos nu me ro~as pilos seniio ns contas rigorosas, que lhes
de indi víduos, q ue ca1<los a baixo da dig- Hei rl e tomar. No Céu, pal'a onde vos
nidad e d 'homen~, súm governados por Con t ido, qu ero q ue todos scjaes r eis, as-
autocra tas d 'um a espeeíc supe ri or ao bo- sentados lo !qs so bre thronos ma i,; ou
.me m. meno!-1 elevaclo1-, segundo tive l'dcs ro ais
- e' semt0
_ ao
N - na . eo1 -
· Casa el v Deus vivo, 011 menos bebido Co migo na to1Tcn le <las
l(wrna e firm mnento da verdade, na Egl'e- hu miliaçõe~ da vi da.
ja . co mo diz. o Apo~ tolo, q ue os horoe~s Pac iencia pois, mens Filhos, no brc-
consentem em se reconb e<.'erem co mo 11·- v.e mom ento qu e vos dou de expcricncia !
mão,;;, cm se respeita rem, e a~a rcm co- e .sobre tudo pensa e q ne-EH es tarei com-
~
JB3JP?JB3JL
1•osco Lodvs os dias, pnrn ·VOS consolar, e. <lc de po!>suit· uma Eg1•eja, e o lc,u vav~l
for ti ficar. e util habito de a frequentar bastas Yezes11
Viu de para mi,n J eposi tarios do men unindo-se em Ludo n sua douctriaa snn -
poder, e c.l~ rniu1 aprendei o uso. que ta. No Templo, junto ao Altar do Deus
d 'ellc <levereis foser. N.fo contente de 1'ivo é fon;oso, que em ca<lasemaaa gran-
dar aos potos a palnvrn, q11e nutre a al- de!? e poquenos, abdiquem uns ao seu
mn, o ptio c1ue aliment;, o co rpo, e arou- orgulho, os outros a sua baixesa para vi-
pa que o cobre, Eu ainda lbc dou a mi- rem se prm trar com egualdade no mes-
nha vida; consagrae-lhe pois a vossn. Sa- mo pavimento, e adorarem om ei;pirilo
bei, que reinar, e go\'ernar, é atnnr, e e verdade o Pac Commum, e ag radecer-
d edicar-se, e que o vos!!O amor não deve Lbc os inumeraveis beoeCicios recebidos.
ter os limi tes, alem <lo me:,, mo amor, e Jà não é muito~ que elles habitem a
declica<no. mesma C'asa um dia sobre se te, que ap-
Vi~cle, cl.1egai-vos a mim, povo~ fati- parerem 11a sema na; na sagrada mesa
gados com ú jugo d.a obe<lieo<'ia, e , e rei'i reunidos ao menos uma ve1, no annt>,
que a vos~a nuz é le,e il "i,t,1 da"'q 11e Eu para comerem a carne do Cordeiro Jm-
·· :mportei soLre os meus Li 1rnbros. Eu,
1
ma culado, estes ahi se incorporam, in-
· diante de quem todo:. os joelhos se de- corporando lambem a sua pi·opria eon-
vem dobrar, Eu obcllec:i até m01Te1· l . .. demnação se o orgulh0 os não d eixa, e
recusareis seguir-me na derrota real, que não confessam, que sa,n todos mais do
te1n por fim a libe-rdade elerna? que irmãos, po1· i1,so que sám todõs-
Não vos espanteis de ver a dure~a e a met11bros de um mesmo corpo, que-é Jesus
injustiça m1titas vezes enLhronadas, por- Christo.
que tudo é neccssario; mas pensae, que Eis uma parte do que se apprende na
sobre esra terra, almagama impura de Egreja. Fecbae esta Casa Commum de
trevas e lm;es, de crime-; e virtudes, é Dens e dos homens, qne veremos desap-
conveniente e ulil meditar, e pesar o dia pareccr com o verdadeiro Deu~, o verda-
da inílexivel ju~tiça ! Jà està na mão do deiro homem. ~ão teremos mais do que
Arclrnnjo a trombeta que deve annuncfar d euses para governa r, e escravos á oLe-
as gl'andes correc<:ões do Juiz S,1perior, de<.'er. Em vãü ruulliplicar-se-ham as
onde Eu c:- tarei .,cotado no meio de meus escolas, e os lyceus porque a barba1.·ia im-
Anjos, e Santos. Felii.cs en tão, os que ti- perarà com os viso:. de sciencia.
-verem solfrido por amor da jn:-ti<;a ! ~ão basta pois dizer-:.e, como muilas
Desgraçado quem hom·er feito soffrc1· in- veses acontece-A Egr eja é a unica es-
.1usta.nente.' cola onde o povo !-le bumani!'la, e o unico
Eis os fnndamentoc; indh,pemareis á theatro onde seu corHl;?io se d~l eita. fls
toda a organ i~açno sorial digna da huma- ideas cl'ordem, d'honra, de ju~li<;a e hu-
nid.sde. Edifi<'ae sobre e.:ita -; hases, c1nal- manidade, qne o bomeru de c·el'ta 0 1·-
quer g,>verno que vos aprouver, <fo1><le a <lem encontra nas tradic<;ões de familia~
simples mooarcuia, at,t a pum de1h cc1·a- no contacto da sociedade, ern uma ins-
cia, que vos afianc;amos po!>suirdes uma tnu•(;ão superior, e na necessidade de
optima sociedade, por u1so que Deu:-, es- con.,idc1·açáo. ncnbuu,a.; terà o operario
tarn n'ella. Rejeitae c:-tas pt1<.lra:-. angu la- e o pobre artista, se as não ,·i erem rPre-
J'es, e nada roais terei~ do que fundai;ões be1· no pé da tribuna sagrad,L Etcroa-
baseadas em papeis, oode os fortes cal- mP.ntc :-.epultados n~um trab.dho meca-
<'ando os fraco.:, respon<leri,m aos seus ni<·o, extranhos a tudo o qu e sae <lo cir-
gemidos-re),pcilo a lei! A for<;a, uma culo material da vida, cabiriam en tão em
vez, qne não ~eja fe cundada pur Deus, um com pleto idioti!'; lllO, perderiam o uso
t1ada mais prod112 do que a!-1 duas irmüs dar- pnlavras m.iis. lriviaes de sua lingua,
terriveis-:1 tJraonia, e a e....c.,.a,;d5o. e nãu comerrnnam de Liomen!-_, senão
Orn estas ,,erdadcs, mãe ele tnda a um amor brutal, e todos aqucllcs wcios
sociedade rh ri:-tau, não é só uma , e11. na
1
conclurentcs a re.ilisa-lo, se Pº " ventura
,-idn, é tudos os domingos e dias fe:-tivos, não füi;!iem a Egrcja apprc nclc1· a pensa r,
é CJ uase scssen tu , c1.es no a nno que entra rà e a :-1eatir com noLresa.
pelos ouvidos, e pelos olhos no espírito, E se houver ainda, <[Uem diga , q11e des-
e co"~<>=io dm, j>ovos ~111e Lenm a folicida- nece.,sal'i,,s sam· as Egrejas aos habitantes
dC\s campos, dil'cmos, que com a mais Porem os grandes <lo mun<lo naõ
' espantosa rapidc1. esses habitantes se tor- precisarám aprendee lambem que as a l-
nariam harbaro.s e ~elvagen!,, se por ven- turas do pc,cler, da rü1uesa, e da scient·ia
tura não fessem frequentemente :ippren- nada lh es act·escenl,Hll pe1·,rnte Deus?
<let' a doçura e n virtude nos e..;pectuculos Certamente; e somente na Egreja é que
tão tocantes, que no:- offet·ecc a Religião. poderàm hcbet· taõ sa lutar<1s conheci-
Aquelles qu~ <leplo1·a1n o tempo que mentos.
o repouso do Domingo, e Dias Festivos A Egrcja, e st'> a Egrejn é o unico lu-
rouba ao trabalho, ba~ta l'cspo ndcr-se-lhes gar do ruundo onde se ador:\ n quem .se
com as palavras não su!>peilas dc Rou.,seau: dc\'c adoral', e onde a t•gualdade naó é
« Tanto peo,· se o povo não tem tempo Ullll\ chiinéra.
« senão para 'g,\nhar o p~o ! ... O do:;~
« gosto elo lrabalbo acabrnnha mais os
« desgraçados, <lo que o proprio trabalho.
.....,. L' - . - XD L ..... 1J[D 11,l~ § i -
« Quereis ter um po\'O activo e labol'io-
« so? Dae-lbe festas ... Dins as:,im per- Viver o homem com lilicrdadc de-
« cli<los valedim mais do que todos os sorcleoad.i, e seguir as lei~ do nppctite,
• outros.» é d e certo de)\cjal', e querer. não outra
~1irabeau (o Marquez.) follac;do soLre cousa gu<', n !-llrt c:oa<le111rnu.;üo para sem-
o mesmo a~sumpto, diz no ~eu-Ami des pre. Jl_.m !>Ua Epi:..tola aqs Ho11.1anos per-
homes- tt Um dia de fe~ta faz coin que o gunta o Apm,tul0 S. Paulo:- « que fruc-
(l homem, cp1c se acha currndo so b o to pois ti r,,slcs n 'aq nellas cousas, de (1ue
« pesQ d,> lrabnlho hcbeclllmad rio, re- ago ra ,·os en,·ergonbai., i> O fim c.l'ellas é
« cupere as su.is forças, e lhe re~tituc o a morte.» ·Corn i~to querin <li'l.er o Apos-
« tempo da reftexão tão ncce.ssnrio para tolo, que as culpa,, e o~ peccados por si
« tudo, eque um lral>alhome<·aoico tanto cau ~nro affrun ln:-, ngonias, e corifu~ão
u oprime e faz desa pparecer ... Anime- n'e:.ta vi<la, passa m.lo para a outra o ter-
« mos o trabalho, e nossos bomeos lcràrn l'ivd soffrimento <lêarderem fvgo ete rno.
a quatro braços; é este o uoico e princ'i- O'aquellett que )',e emprcga,n irrellec-
« pa k segredo; po1·qu~ para o pregui<;oso iiclamente nas vaidades, e po111pas do
« todo.:i os dial-, sa m dias fc,1i,os. )) ,trnn<lo diz o sahin : (J. Sam fru ~lrach\-; suas
Eis aqui :-CID du vida Lll'llas /fores, e:-per:anç.. s, :-cm í'ructu seus trai.alhos; e
Lellos e bom frueto, <la ei\'ilisac;aõ C'hri~- irrntcis as s uas obras. » Isto niio menos
tao, n unica, q11e mere<'e o nome de ci- tp.1er c.li .. cr que, a sorte da s,, ·feia,;, e prc-
1
,ilisa<:aõ, ma:; que ai11dn naõ é a propria lenr.õ_es d aq>1 ellcii qu e clJ m a !iuco $Cguem
;11·,·ore. Quernis o,; f1·11c: to:.. ~ i\lJrac;c1c a as Ya1rlados do niun<lo é it1foliri:;~ima;
arvore. Esta arrorc é o dog ma da nnidn- por<.J ue sa ni pri n1du:,, da c:,,pera nc;a da
de. e da egualdadc da e,pc<'ie huma- gluna, e <los ~cus trabalho,. q premioqne
na dianlc de Deus, <logma, que nnõ se llie!i t'esulla é a perd1<;aõ etorna. Por i:;so
eo raisa, e nem fl oresce e fr11c1ifü·.1, sc- <li~'le o Ps.:ilmi3la : - «$.am de 1·os, Scn lior,
naõ no :,úlo da Li:grcj~. c.·om o radiante :,ol a hon~<'id os ~s q11e oh:-.crrn m cousas vnns,
<la ,·erclacle d() Alta1·, e <lo~ p11lpiin. e inutcis. 11 E justo; pois que trilham li-
Ora e:,la arvore naõ é ..omeole dc....ti- nemealc o c~rninl10 da:, vni<ladc.-;, tra .
nada à n11trir, e abri~rar o que se cba- bailio eslc dc.qou nenhum l'ructo ~e lira.
roa-puro-mas lambem extendc estas Porem q11aes ::.cr:un e1>las va idades :> üu-
proprieclacl cs ~ .1sgrn ndcs. <;amos t1 S.in.to Agostinho:- tem o horne·rn
O poro :il!ll.l duvida tcin preeisaõ de gl'nodes cuidndo:- no dinh eiro, cf;p<!l'é.l ser
saber, qu e os tt·almlhos ainda os mai-; clc,·aclo êl maiM ponto de honra, e d~g-
grossefros, e humilh.rnles, o comer, e o nida<le. nutre eoníi.inçns eru ,ilgnm ami-
Ye~tir com pobrc~n 1wü degradam o ho- go podern~o, cm lt1dú i:-.to poi.:. observa a
mem, e c1ue o ~ublimc caractc1· <le filhos vniclade; da qual <li1. o Prophefa [.-;aias:
de Ucus naõ re-,plande<·c em parle algu- toda a glflria lrn,nana é conw o feno, 'l ue
ma com mai., brilho d.. que na fronte ru- mnl comcc;a a Oorccer q11 ~n<lnji\ se .•C..:ca,
gosa do opel'al'io, cuja vich se cscôa, co- e murcha. · -
mo a do divino ,J e:,lrc, na pobruw, a 110 Ainda rm ou trn p,,rtc lrntnndo o sn-
tral,a{/,o. bio·cfos LD ilÍorc:; grandc:-a:, <:lo mundo dii.
Cfi <lHiltn
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a.:nr a~~lJ~W@o
s rrs m :, ctft?Xee--t:CP::tr:tttl1S"IP9J«nmst
todas aquellas cousas passaram como . sarviodo .}he de prisões, como explica S.
~ombras, e como correio que vai a toda João Chrisostom o, as madeixas de ouro'
apressa, e não pt1_ra no caminho; e qual com que lanro se jaclava. Da maldade,
uma · nào que vai cortando as embraveci- inj ustic,:as, tristesas, agonias, e infame
d as ondas," se m que se ache vestígio al- morte sa m estes os pomos.
gu m da carrei ra que tomou. Assim to-
das as cousas que em si naõ tem estabili-
OsdiveUosd'a ran ha na ca<'a<la de mos-
cas comisle cm se desen t.rnn har, e pere-
.
dade, quae, as hon ras e dignidades d'es- . cer fétbricando <la propr.fa substancia as
te mufldo, manifestam a velocidade, com redes com que as presiona: à estes dis-
que sempre vam voando, como se t~ves- vellos pois ~olllp.t ra S. Acnbt:osio os das
se m asas; e sem pararem em parte a]gu- vaidades du mundo. As bonanças e feli-
ma; e nem lil'mesa podem jàmais dar, cidades tl'esta vida mi..;eravel não Sé\lll
pol'que est:\ claro que nem para si a tem. mais, que uru pouco de vento, que soan-
E que fat'à o nomem que aspire a Sllél do com fortes estrondos afinal torna-se
salvaçaõ? Des pir-se d'es:;e ornato vaido- nada.
so, e larn,nr elo seu coraçaõ essa carga * * • "
inutil, que o pode opprimir toda a vida,
e que afinal fugindo o desam para, dei-
xando-lhe so men te sen timento de haver
padecido, alem hrnaça do mal que lhe cau-
sou. E jà ·pode ser qu e a Escriptura com- Dom João da Purificação li/arques Pa1·diyúo, Coneoo
reg,·ante de Santo Ago~linho, 1101· graça de Deos
pare os bens transitorios ao nav io soços- e du Santa Sé Apostolica, Ui~po de Pe, 11ain1>11co
sob rado pela tol'men ta, que so para con- elo conselho da S. M, o J111perado1·, etc.
seguir algnm álivio naõ hesita laa<;ar fo- A todos os nossos tlcocesanos 1>az e benção em nome
ra de si as mais ricas faseadas, que con- de Jesus Chrislo.
duz.
E porq.ue ra~aõ aaõ dE'-spresarà o ho- Seria digna <la maior censura, pre-
mem aquetlas co us.as que, certamente o _dilectos diocesanbs, a omissão do clever
podem metter no pro''tmdo· pelago elo em que estamos <'Onstituidos de venerar,
ahvsmo,
.1
e isto em troca da melhor vi- e exaltar o fe~tivissimo di a 15 de Ag()s-
da? A~sim, e so assim obrando é que o to , eonsagrado ao brilhante, e glorioso
despreso fará e,timaveis, e m.eritorias tran:-ito <la p11rissi'ma Virgem Maria, ele-
as cousas e grandesas d'e~te mundo: ao vada do desterro para a Patria em corpo,
contrario porem querendo segui-Jas vai- e alma por eileilo.s de uma incompnrn-
dosc) arrisca a sua salvaçaõ, e a perde to- vel victoria-
talmente. fle -rcrdade que jà nos pt'ecedentes
De ordinario acabam nas vaidades, annos proferimos publicamente os nossos
quem n'ellas vire; e assim acontece em se ntimentos so bre a inefobi hdude deste
pena , e castigo de seu engano, e cegueira. portrnloso lll Jsterio. Corno' porem sua
Em Absalon vemos veri6cctda e,;la exposiçuo recreie Q espirito, e cause sin-
verdade: n' este, diz o Sagrado Texto, gular prazer em nossos coraçõe~. eis o
com vantagem aos mais lrraelistas, !>e via motivo por que nos exci ta a dirigir-vos
u ge ntilesa e galhardia; éra ornado com esta p astora l allocU<;ão. convencidos da .
todas as prendas Ddluraef-;; · ao Reino era reroa aífei<~ao; que tributaes n Maria San-
PJ'incipe pretendente. de todos amado, ti!,si ma col locada uestc ditoso dia sobre
1·cspeitado, e applaudiclo, ac resce ndo so- todos os coros angtJ1icos.
bre tudo o gra nde, e poderoso exc.rcito Niio hr 1wrm iti<lo ao humano enlen.-
de que era Senhor, e com que se. anima- dimenlo penetrar es!-l~ ncialmen te as im-
và a fase1· gue rra ~1 aquellc, que o gerá- perscrnta veis qualidades, ~uperabund an-
rn ! Porem grande glo ria, tanta grande- te:-. preroga ti\'a!., e inauditos pd vilegios ,
sa, valor adm irave l da felicidade huma- qn e o rnam , e illnslrn m, a Hainha dos
na, em qu e veio aparar? Em se rvir o Ceos, !-Obera na do 0 1 bc, e plen~potei;i te-
lindo c~beHo, qu e mai'i ga rantia sna bi- menle isenta dd sorte commum a toda a-
- zania, ele fatal in~trumenlo pal'a ~ma get'a<;à·o hnman~. · A quellas e estes se:-
mortal ruin a, e la<:,,, com que pendendo riam insuffC'l'Íeutes .\ qualidade de M~i
d ,arvore, acabou alanceado; e ainda mais do Homem Deo:-, se humanamente .po-..
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
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contemplac;ii.o tamheru elle pas.sa..,·a mui- cesso Episcopal foi instaurado e condusi-
to tempo, e ó ~on~ü1erado como o patri- do ú Roma para ser sHl>meuido o Sagra-
a rcha de respP.it., ve I ordem religiosa, que da Congregação dos Ritos. Mas o. tempo
teve sua oJ·igem em llethelem no logar fitado pela Providencia ainda não linha
do presipio, onde Jesus Christo aasce1·a, chegado, e e!lte acto não teve outro re-
porque foi justamente aqui onde Paula snhado mai~ do q1.1e augmentar a <'onfi-
Romana mandúra edifica,· u,u mosteiro. nnc;a e devoc;ào elos fieis, e multiplicar os
em que elle pot' algum tempo viveu, prodígios ew torno do seu ,·enerado tu-
dando a norma de vida aos outros mon- mulo. Em 18á3 o processo foi cootinua-
ges. Sem embargo de tantos traualbos, do, e como afinal o momento decretado
e com uma saude sempre vacillante, che- pelo Céu tinha chegado, d'eotro ele 10
gou aedade avançada, edeualmaaDeus annos pouco mais ou menos, um facto
no Hnno de ll20. nüo ('Onhecido nos annaes da Con1Y1·eCYa-
º o
c;ào <los fütos, o proce~so foi folizmente
OllTUDIIO,
conclui<lo. Daus,,hrHiàra, afim de apres-
1. Domxco-Dominga 1. n de Outu- sar a glori Cicaçào <lc sua Serva, a prudente
hro e 17. º depois de Pc11teco:,tes. -Festa e caulclo.1.:a mol'O~idaclc da S. S,\ e Do-
do SS. Rosal'io rle No..,:-a Senhora. Ainda ming,) 7 de Maio do corrente anno, a
que graves escl'iptores, e entre elles o 13a:,ilica do \'atica110 te~lem11nbou a apo-
sapieniissirno bene<lictioo dom João Ma- theosc <la 13c,narcn\urada Pastora de Pi-
billon, bajaru addu . .ido ponderosas ra,ões br,lC.
a pro-rar, q 11e a devoção do Hosai::io j,\ No numero seguinte daremos publi-
era praticada pelos fieis OI) anno de 1100, cidade ao Breve de Beatiüeação.
pa1·ece tocla,1ia iocontestavel, que o ro- Tunnr. -Contint'ia llC!)la cidade o go-
sario, tal qual boje se recita, isto é, o \'Croo a hostilisar a Egl'eja. Varios paro-
complexo de 15 my~terios, constando ca- chos da província <le Aosta foram carce-
da um Padre Nosso e dez Ave íl1m·ia, fõra rado.s, oorno implicados na con~pirac:aõ
int1·odusido e ensinado por S. Oumiogos recentemente .suffocada n'aquel!cs .,..alies
de Gosnião no .rnno de 1208. A fe~tivida- dos Alpes. A in<lignac;aõ do po,10 sa be-
. de porem do rosario tP.m uma data mais dor da ~ua innoccneia te,o obrigado n'al-
recente. Em memoria e acc;ào de gra<;as guns pontos as anctoritlndes a t·estituir-
pela miraculo'la "ictorfo que os christãos lLcs a liber<ln<lc.
alcança,·am sobre os inficis junto a Le.- - ~ u Domingo ... 17 elo co rrente ceie-
..
panto no pri,nciro domingo de Outubro bro11-se com tod a a po mpa no Comento
de 15íi, instituiu o p:,pa Pio V. uma do~ r eligiosos C:1p11ehiol:o~d ·e~ ra Ci<lade,
festa annual n'este dia, debaixo dü ti1ulo
de Santa Maria da:-i \'i ctorias. Doi!, annos a f'c~ti ddc1de da Virgem SS. Senhora das
depois Gregorio XIH mudou e!-ilC titulo Dórc". llouve ,·espera e Missu solemnc.
no de nosor·io. e u'e!-lla orou depois <l" E,·angelbo o
Hevm. Padre Haymuodo Lw,itano , a
quem !-andamos por dedicar-se a uma
<t'Jlta<Dl!Il(!Ul lll!.t!1ll© U<D~Hl o
carreira tc1 õ ci. pinbosn e diílicil.
A fostitui~i'io para os serroc; ratholi- -llontem fere Jogar no Conv ento da
cos-fundatla cm Londre.i; des<lc 18lt6,
faz gt~,m<les sen·iços á religião provendo Virgem SS. Ser.hora das Mercês, a sua
de srn,tento e de arranjo aos crin<los, e fc:-ti,idade. [Jonrn o novena rio, qne tere
criadas catholicai. que por cau~a da sua alguma com•o1·rt1ncia, naõ oh..,tante, ficar
religião sam de~pedidas das casas prot~s- um pom·o afa~tado da Cidade o seu Con-
tantes, vento. Á m11-sa <lo <lia, orou o Bevm.
· -A Pranc:a conta mnis uma advogada c~p11d1inhu Fr. Lourcn<;o, e a tar<le per-
e protectora no Céu. Gcmana Cousfo, correu proccssionnlmcntc pelas ruas da
Virgem, e Pastora de Pil>rac, foi solem- Ci.clade a mesma Senhora, acompanhada
nemente collocada nos Altares. ele grande numero de fieis.
o~sde o~ fins elo ~eculo XVII o povo
resol\'eu-se a pedir parn-ella-as· llon- 11/artmftão -rw. de J. e, M. tia cuuha 'forres.
ras da 8eatilira<:ão à santa Sé; um pro- . ' Rua elos Dcirbeiros 11. 8, •
~
JBJPJB1f,
lNNOI Segunda-feira 2 de Outubro de 1854 N. º 22.
O.CHRISTIANISMO.
1·11t:c;o o.\ sunscn1rÇA'O. X X /\ SSlC::"l.\·Sl:::
ror 1111, ~nuo....... .. ssooo. li X
()01,0 01r1on1n,1o }I • ~els met.~'ll........ i,~oo. 'IJ rfo ll uo da Cruz u. 30, e n:1 Ti11ogro(lhh\
• lll'1 m eios ....... 2$1iOO. ' à tlcsLe Jornal.
\ ,\\' UIS'15 .. ••........... $21;0. ~
V
li
., ·c,11 re11I anfmaa per1te,·1 sed $C1l,·,1r~.
S. Luc. e. ll . ,, • á6,
- . , _ ·ç - - - -=> - -
Tl11.?ologo:-, q nercm que esta io--pil'M;:°H) eoca rn1<;a mento com qu e leern querido
·e extcnd a uiio MJ pelo c1 ue diz re:-.pcilo s upl a ntar a iu..,. pir,i çào d os Li vros S a otos.
,\Os pen~a mcnlOs, co1110 pe ln qu e loca lts Náo obstante po ré m os fortes m eios
mesmas .palu\' ras. de q 11e se sel'vinnn os inimirros dos Li-
, 1
y1·0~ Sag,·al o:-, para suplantarem a s ua
o
1\ó,; , q 11e npenas lia um nnno , q ue
deixa mo:-. os ba n eos ncadcnu ic:o", e q ue a uctoridadc. a creoc;a da sua in!-pir,H;ão
nos co nfessamos di.;cos can conhecime n- tem passn<lo de secul o a seculo , e illcsa
tos pa ra e mittil' n o-.sa humilde opinião se mpre a travessa rá os prejnisos d a rasão
so bre ma teria tão iinportan le, não só bmna na ! E co mo deixai' de assi m se t·?
pelo ohjecti> et.n si, c~mo pela!+ fortes Sendo a inspiro<;ào um facto sol>,·cnct tu-
a u<·torida<les qu e meltta m ta nto pro, ral, que :-ó de De11 -i é co nh ecido, e d 'a-
como co ntrn a tot.tl in~pira <:iio das Sagra- quelle qu e recebe a in~pirac:no, não po ..
cltt!, Escri p turas, não deixa mos de co,hc- d e a in~pi nu;ào du. . Li vros Santos se r d c-
cer !-,CT um nrrojo da n o!'!Sél par te fazendo 1non,tradn, e provada d e um modo in-
apparectH' e!,tas pou<·as li ~il~n:"' filh as ,de co ntestavel, :,onào por via ,le um le1,le-
uma pena pobre, e ma l cJ1 r1g1<lu; pore m rn11nh o dirino; ol'n, p,1ra Li a rcr um tal
cspea·a mos qu e o dc!-.ejo de npprcnd~1· tc:-. tcmnu ho, hal\t,, que enco ntre m os um
fa rà n nsce r a cXtl'ema bcuevo le ncia p:1 1·a enviado de Ucus, q ue , depois de pt·ova-
desculpct r o uosso a t re \'Í men lo. da a sua mis~ào po1· mei o <lc mila<Y rcs e
A iu!-pira<;àu di vina, é ~o hrc tudo, o p1·ofecias, cel'tiliq ue, q ue esFc~ li v~os se
qu e <le~l iug11e a~Sagrnda~ fücript.11ras de ac hnm rn nrca dns co m o sello da divinda-
t ud o e q11 alquH o ut ro Li vro, p o1· 1~so ci nc de, on que ellc os adn ptc, óu os consa -
se, e lla, lh e ern p1•imid11 o ~c~l o d a.uet()- gre e \'ene re C'O m o toe,;. r~~te lC!:-lc mu nh o
ridade di, jna, a cu ll oe:\ atrn rn cl ell es , não poden1os d ei:rnr d e confos::ot·, qn c o
cw um ~1':ló i II ü n i to. A in , pfrn<;iio d,,s acLnmos em S. P a 11 li) na s n:1 Ep.i...tol.:i a
Sacrrad,1t- E~,·~·ipt11ras, (l ti:isc em rodos os Tirnothcu, ond e· ri,lla11clo ,H'Cl't'a c1.. Es-
te;, pos te m :,offricJo grand e oppo,iciiio, jà cript11 ra a.;sim c;c e~prc,sn-011111isScrip-
da parte do!i He rege!-, co m o fo ra m os lura divínilus im pil'afcr rsl-PJS \ <;n.\r11 1', -
.Anomeu:,; , os pri meiros que n nega ram, E~S. Pedro nf! sua opi, toln rnp. :3. \',
20-21.. N-011 enim volurda-le hu111a1u~ al- possa asseve1·01·, 1-ue ella abrang.e ou não
lata est aliquaudo JJ,.ophetfo; sed sph·itu as ex.pr.es~ões de q1,e se serviram os Es-
Saneio inspi,·ali-( PlllRO:llENOI - impul- crip'tores sagrados; em vil'tude do 'q ue os
si-) locuti sunt sancti, Dei ho,nfoes. Por Tbeulogos e folerpret~, divididos como
tanto é ionegavel a inspiração das Sagra- em dois campos, se tem ,leclarado uns
das Escriptura~. • pro e outros contra a inspiração-quoad
Outro porem é o ponto que . deseja- ve,·ba-ou verbal. E nós posto que nos
mos toc,,r, e é se ns Sagradas Escripturas não julguc,úo!i com forças bastantes para
foram inspir~das-·quoad ve1·ba. et senlen- eliminar a uulra opinião, temos como
tia, ou somente-, quoad senlcntia. Nos, se mais provave1, que a inspirac;ão das Sa-
nos t! permittidn emittir a nossa opinião. gradas Escripturas não se estende alem
seguimos que esta inspiração somente se dos pecisamentos, cujo modo de pensar,
deve entend~r pelo que toca aos pensa- pas~amos a basear.
mentos, e jà r_nais pelo q .u e diz respeito Para que podesse haver peso nas ra-
as palavras. E-nos porem necessario qt'ie sões que !-e alfogam., quando se pl'úpag-
aqui difinamos, o que se deva entender na pela insp int;tto - quoad vcr6a-cra
· p.or inspiração. necessario que esta irn,pirnção se tornasse
Tres sam os moclo", porque a acção in<l.ispensàvel para estabelecera vcrdad-e,
ou influencia do Eo;pil'ito Sancto pode e infa1libilidade da Escriptura, e demons-
operar sobre o Escriptor Sagrado :-pela trar-se qne ella é a palavra de Di)us. Mas
revelação propriamente dita, que é a não terà a Sagrada Escriptura esle:, dois
manifesta~ão feita por Deus, de uma ver- caracteres sem o auxilio da in:-;piraçãô
dade, que se não conhecia, antes della,- verb(ll ? Certo que tem. Por conseqnen-
pela im~piraç,fo p!·opriamente dita. que cia basta, que sejam n'ella todos os pen-
consiste em um movimento impresso na . samentos di,inamente inspirados, e que
vontade, que determina com effica<'ia a o Espirita Santo, tenha por um auxilio
escre,·er, e ligar-se com aferro a verdade, · e!-lpe<·ial velJado sobre o Escriptor. afim
e ao mesmo tempo em uma reper.tina de que elle empr~gasse -os termos conve-
illumioação do espírito, por meio da nienh•s para com exactidüo exprirnh· as
qual 04-1us suggere ao escri.pt.o r, o que lhe verdades, que lh'e eram suggeridas. Esc
quet' fazer escrevet·. O terceiro modo fi- isto o~o ob,tante, se quiser exigir «linda
nalmente. é uma ce,·ta .assistencia oo uma inspi1·açflo para as pala\"ras, ~erà
direcção parlicnlar, que faz, que aquelle mister dizer, que as diilerentes Egrejasdo
.que falia ou escr,we--sua sponte-1,eja mundo cbri:-tão não tem a paln\'l'i.l de
por Deus preservado de todo o erro; tal Deus, por isso que ellas não possuem se-
é o socco.-ro que Je:,Us Cbristo prornet- não ver.sões escriptas. nas diver:;ns linguas,
teu a sua Egreja, e que a torna infallivel e por tanto ('111 termos <liver~os <l'aqnelles
nas suas de~isões. que saira01 d" pena dos Auctores. Sagra-
Dadas estás noções, passaremos ao dos. ·
ponto, que nos levou a traçar estas pou- É para notar a grande differença que
cas linhas. se encontra nos estylos quer dos oracu-
Até o seculo 9. º !imitaram-se os Theo- los dos Pn,fetas, <111er dos Apostolos e,
logos e Critico~ a sustentai·, que a EscPip- E\'angelistas; e por ventura nàn será esta
tura Sanrta era divinamente inspirad.l; diver:-;idadc uma pl'on. ba~tanle forte
porem Ago!Jar<l, Arcebispo de Leão, que contra a inspiração verbal?
vivi~ n'esta epocha, examinando a ques- Cnda um d'ellcs cscJ'evc segundo o
tão de mais perto, sustentou com unta sen genio e educação, e 1,egundo o secu-
carta estripta a um certo Fredegiso , lo em que viveu: Assim lsain$, como
« que o füpirito Santo não tinha dictado mnito bem nota S. Jeronimo, sendo de
aos Profeta~, e Apo~tolos, oi; termos e tHna 1,tirpe nobre, e educado nos salões
~xpressões de que se haviam servido. E <lo~ Bets, osn de um estylo polido, ele-
não obstante haver em nbono da inspira- gante e mage$toso, de um estylo digno
\~º das Sagradas Escripturas, auctorida- de sua eduen<:f10; no passo que Amôs, na
des de grande p~so, ellas com tudo não l.iun1ilde cbôça <los Pastores, e que teve
sam tão claras e precisas sobre a ex.ten- a sua e<lucac;ào entl'C os rebanhoi.~ não
são d'esta inspiração, que com _certesa se pinta em seus qliatlros, e compara<;õcs
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
,3 MP
de Da vicl no ps. XL-1..,ingua mca cnla- teria. -E esta a noi.!'a opiniiio, que ainda
11ws scribw, vcln<:Ílct· s,:,·ihentis-A minha mais col'l'ohoraremos COllHl v.diosa aucto-
linaoa P. pena d'e~cri,·th', qu e e~creve ,e- rida<le deS.. Ago:-.tinho Ooulorda Ec,reJ (") ·a-
loi~nente. Do cap. 3ô d t~ JuremiMi onde o q,m i as!-1m Ele expressa no Li v!'o '2.º de
Barnch <lü cl'é:.te Prnfota-E.x o1"e suo Con~c nsu Evangeliorum cnp. 28-Ya tli-
loquebalttl' qunsi lcge11s atl me on111e1> sm:- 1;e1·sidadc
. da.~. pala11rlls de que os g,,t111,':>,rt!-
111ones ;.~los; el ego scribcb,1111. -Dos S:,. 1tslas .~e íif'rvu·am, 11t10 /, preciso b11Mtll' ~c-
Padre:-, quu dedara1u expressnmenle, nilo o,1Nm:wmc11fo ti'aqaclfc que f,tlln, e d,:
«que cada ~yllaba ela E,eriptura contem m111wu·a nlf{tt111a ag,11·ra1·-~e ,is J1ll4ll'ras
LheFouros OCl'O lto~; q uc ()S E-.cri plores Sn- C011WS(I ((.~ 11/(J,';I/JaS lo//1'(JS dr• f/lW cl/as'se
crrados foram como uma pena o;\ mã o de 1ompüc (t1ise111 o fio 011clc a 1•c1·dadc se ac/,a
~ 1· . 1
Deus, :,Írnp ice~ rn~lrunicntos e e <Jl'º· . presa.
Elle se serviu ;» as.. im é <Jnc fafü, S. Joüo ·1'.
-Lê•sc ua Nação-de Lãsboa, Fillios desatinados, ovelhas desgarra- ,
No Bolletim Ollicial de Angola lemos das e de$graçadas, que é o que esperais
a pastoral que o veneravel bispo de An- no fim da carreira de uma vida corrupta
gola dirigiu aos seus diocesanos por oc- e desenfreada?! .
casiào <la confissão e communbão pas- Que é o que esperais no fim de uma
cbal. vida sem reflexão e sem ·religião .P !
Transcrevemol-a como documento do Que é o que e$perais do <lespreso dos
infuLigavel zelo daquelle apobtolode Afri- Mandamentos da Lei de Deus; do des-
ca, que foi desbravar aquella seara pot· . preso das doctriuas do Catholicismo; das
tanto tempo abandonada. doctrioas de Jesus Christo? !
Comprehendemos as magoas do ze- Que é o que esperaes de não cumprir
lorn pastor; imaginamos bem as noites com o preceito da con6ssàõ e commu-
mal dormidas, as dõres intimas do cora- nhão pascboal; ele não cumprir com o
ção daquelle qtie se vê encarregado da preceito de assi1-tir com atteoçaõ e vene-
guarda de um 1·ehanho, por tanto tempo raçaõ ao Sancto Sac·rificio da Missa nos
sem pastor. Dias Saoctiücados? !
Leia-se com allenc;ào a pastoral e Sois obstinados peccadorés - Mors
-ver-se-ba se temos rasào para assim o peccatorum pessima-a morte dos pec-
dizer. cadores é pes5ima, é terr1vel, diz a Es-
E os homens que ha tantos anno1, dei- criptura Sancta: porque às offensas feitas
xaram e por terras abandonadas, terras contra o Creador incomprehensivel e im-
quo passam talvez dez annos e mais sem menso devem correi:ponder castig0s in-
ouvirem a palavra de Deus; esses ho- coroprehensiveis e immensos, castigos
mens o que dirão? Riem-se provavel- que a rasaõ do homem aaõ pode imagi-
mente, porque a sua barriga esLà <'heia, nar. Eis-ahi o vosso.fim; eis-ahi o que
e o seu Deus e a sua patria estão na bar- podeis esperar.
riga. Naõ despreseis pois como até boje:
escutai allentos o chamamento do vosso
amargurado pastor. •
A utilidade é toda 'fossa. ,
Dom J onqnini Jlorrira dos Reis, por nwrcê de Sejam ou ,iaõ sejam attendidas nos-
Deus e da Saneia S tt Apostolica, bispo de Au- sas palavras; cumpriremos o no.~so dever.
90/cz e do Congo, do Conselltode s. m. [., etc, et e.
A face dos céus e da. terra; ern pre~
• A todos os uossos sobditos saude, paz, amor e ·senqa dú Supremo Creador do Universo
ben{'ão em Jesus Cbrislo Nosso Deus e Nosso Salvador. nós em nome de Jesu s Cbri~lo vos cha-
Hoje com profunda magoa do nosso mamos hoje so1ei.nnemente ao cumpri-
coração, e profunda aroargnra de Nossa
mento dus Mandamenlos <la Lei de Deus
alma poderiamo$ dizer e applic!rà maior e das sanrtas doe trinas e preceitos do Ca-
parte de no1'1sos subditos aquellas pala- tholicismo.
vras que a uma das ninis corruptas cida- Mas com especialidade. l\oi,; vos cha-
des da antiguidade disse e applicou o mamos ao cumprimento d~ assistir atten-
propuela Jeremias-Curabimus Babylo- ta e devotamente ao sancto sacriü~io da
nem, et non e-:t sanrta: derelinquamos missa nos domingos e dias sanctificados:
eam-Temos applica<lo os remedios á e ao cumprimento do pre<·eito da confis-
co1Tnpc;ào ele Bubylonia. e.-.ta porÊ-m não saõ annual e pa~chal, que muito tendes
obedeceu à cura; deixemol-a, abando- despre,ado.
nemol-a ! Não faremos porém uso das Vossos gravei.. pecr.ados, excep_tuando
-palavras e da doctrina do propbeta da o caso de falta ab..oluta de sacer<lotes,
1ei antiera: seguiremos antes as palavras e sómente podem ser perdo~dos por meio
doutrin~1 do apo~tolo da nova lei da Gra- da co11lissaõ sa<'ramental.
ça; faremos o que nos ensina S. Paulo Jesus Christo, que era o proprio Deus
u-ás seguintes palavra!'i-Predica verbum; e Supremo Creador, assim o di~se e de-
insta ~opportune importune-p1·eg3 a pa- terminou quando estabeleceµ que os pec-
lavra de Deus: ifüiste; !ieja ou não seja cados sómente poderiam se1· perdoados
opportuna a occa~ião. ·por meio do.s discip.ulos a quem elle dei-
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
.
:xou esse poder, e por meio dos sacerdo- Mas se Deo~ quizesse que os sacct·do-
tes a quem os mesmos <lii;cipulos lrnns- tes fosse m anjos: là do eco mandaria vir
mittissem tal poder. As expre!isões de os anjos, e naõ escolheria na terra peça;
Jesus CL.risto saõ muito claras e termi- cadores.
nantes-Quorum rcmi~et'itis pecrata, re- Queira o céo, e nós esperamos, que
mittnntur eis; et quorum retinuerit,s, d epois destas nossas breves e fracns re-
retenta sunt.-Seraõ perdoados CJS pec- Oe.xõec:;, todas as pessoas, qu e se digam
cados àquellas pessoas a quem· os per- ca tlwlicas, cumpram o preceito da con-
doardes. ÍJsS,h) e co mmunb aõ, antes do dia 1 5 de
J Corno pois quct·eis que sejam per- junho do corrent e anoo, para que nesse
doados vossos peccados, sem que os con- dia se possa ce lebrar, com t.oda a solem-
fesseis ao sacerdote, que reeebett o po<ler oidade, alegria e prazer, a grande festi-
de os perdoar? Essa mesma resistencia vidade do Corpo de Ch1·isto.
às palavl'as préceptivas de .Jesus Christfl, E pnt·a que haja maior facilidade no
serà mais uma oll'em;a feita ao C, eador cumprimento de5tes dois peeceitos co n-
~upremo. . . ceclemós a todos os confessores por nós
E n6s naõ podemos de1~at· <le suspei- approvados a facu ldade de absolver de
tar que sãQ inimigas .tl() c:~lt'istiani..,mo todos os casos, que ao-; 1iaõ resal'Vado&
aq 11ellas pessoas qnc a..;strn resl">tem às pa- co m rensnra, ou sem clla, cm quanto
lavras de Ch risto. -Qui non e,.,t mecum, naõ mandarmo'.~ o contrario.
contt·a mo e~t -Jq11cllc 'lllP. n:lô co mbate Os revere ndos parochoo;, logo c1ue te-
a meu lado é m eu iuimigo-di,~e o mes- nham L'e cebido e.-.ta no-:,'-~ pa~tornl, faraõ
m o Jc:,us CL1ri1>to, seg11nd1l relula o Evan- a puhlicaçaõ delta ú e-.taçaõ da missa con-
gcli:,la S. Lucas. E desde a publicaçaõ ventual em trcs domingos ou dias sancti-
cle~ta nossa ca rla pa . . toral prohibimt.>s licados successivam ente; e a regi:,taraõ no
tr.rminautemente, que os parocbo-., ou competente livro.
quem su:1s ve1.es rizer, na occa,iaõ de Dada e assignada no nosso paço Epis-
baplbar qualquer pcsso,t º:t ,,.d1tlta ou re;. copa l de Loancla, so b nos..-,o sigaal e sello
cem- na:-.cida, pos-ia m ad ,01tttr como pa~ de nos,a~n rmas, a11s '29de abl'il de 1854.
tlrinhos on ma<lrinbas pe.,soas que nao ~ Joaquim, Bi:,po de Angola e do Congo,
tenbam cumprido com o preceito da
co nfissaõ e commu nhaõ.
Q:; padrinhos saõ cun.;iclcracl~s fi ado-
res da edu c:1c;aõ religiosa de seus a falhados,
c%ac de<f"tJ~a 9'bd:cca.
e por is-.o é repugn ante-qu e ~nal~u ~r 'XXI.
seja bom {iador d'umêt cducaÇc'IO t•uri<ita~ Dlxlique ad Scrn1111 ••• oi ooo 3cci11in
u1or<:111 filio mcode 61bb~ <..iunanrenrun, ,
quando pelos se u-. actos mo .. tn1 qt~c na~ Do111lne Deus d11111!11J AIJra1131ll, OlCU rr,
segue as doulrinns ele .Jcsw; Cbr1,to. E obs,ecru, m: hotlle et (ae mlstr.cordl3111
cam domino meu Abra.h~m.
n ós sómente pode mos conl~ecer os l~o- ••. ct nccipll c3m u~orcm &.e.
mens pclus suai; a\°!qões. Assim no., eosma Gt:ot. C•P. 2.'t. v. !!, l2, iG.
o mesmo Jesus Cbrist0 no Ev,rn~elh,~ de Quiz dar o pae de lsac ao filh o amado
S. Matheus' quando dii-a lruct1.bus Mulher, que lhe adoçasse o fel da vida;
eornm cognoscetis eos - co nheccre1s a Mas não quo fosse cm Cll;rnaan nascida,
cada um pelos seus fructos. E do Eterno provoca'iSe o desagrado.
Naõ penseis qu e tendes desculpa de Fiel executor de seu mandado,
naõ confessar vossos peccados ao sacerdo- Apresta-sr Eliezer à partida;
te, por isso ·que o sace rdote tambem pec- B, para achar a esposa pretenditla,
ca. Naõ depende da sua virtnd.e .º seu Á terra de Naccor corre apressado.
poder: depende da Vontade D1vma:-
Alli supplica n Deus humildemente
o poder elo sace1·dote dependeu da von- De mostrar-lhe uma virgem vrrtuosa,
tade de Jesus Cbristo. Que faça lsac feliz eternamente.
Bom é que os sacerdotes tenh~m a
pureza dos anjos. que fazem côrte a ver: Tmlic:a-llle o Senhor a 1Dnis formosa,
dadei1·a di vindade, e a,sicn me<;mO nao ftcbccca, qne ~ trasida em couliuenlc
se tornaraõ bem merecedores da digni- Ao filho d' Abrahão, que a desposa.
-· ....., ...
.:r p' rl/ , Ê que a gloria verdadeira
Oacc,fJ. e Jdatt.
Foge da I~umana ambição,
XXII. Quando c'roa, pa·asenteira,
Oeprecoiusquc est lsoc Oorninum pro A humildade do cbrislão.
uxore sua, eo quo<l C!Set su,rillis, qui D'cssa cohorle tão bravn
cxaudhil eum, ct iledit conceptum fül;cc·
C:J?, • •
Que a tyrannla allrontava
.Aft Jacob: Jura ergo 111ibi. Nas frontes nobres brilhava
Jurav11 Isa11, et vcodi~lt prímogeolt:1. A mais pura almegaçãe.
GtN, C&P. 25, v. 2t, .23,
~
JE]PJ83JL
@ <IHD mll ~ U ll à S'J ll tH!l ©o
2 •se.m:-e i!l!H!5 Ji!..!....§IL~ "'°' ~~ ••, : # ; 1 e,
no H, que fôrn se u di:-icipulo, muito lue quo o an anj o de sua fomilia Jh'o permit...
valeu com prudentes e ~a hios conselhos liu, tamb.em se recolheu a um co nYe nt o
no~ calamit osos tempos de ~ou pontifica- · que fund ou, e a qu e d eu a rt'gra <lc S.
do. Bem yui1. Urbano J1 que -acceilas~e ? Salrador. F~i depois a peregrinnçaõ de
arcel,i~pado de Hegio; porem cJl e, suspi- Roma e ~uce~i,.:.i, aincnle <le .ler11salcm,
rando sc mp,·e pela solidaô, logo que pô- e lJtrnndo rn lt:n·a a Homa adoeceu ahi, e
de Re foi en1 bren hn1· no monte S<.Jnillnco, den a, almn a 1Je111'. Provadas suas vfrtu-
ohfle pa~sou o te rupo <J IIC lhe re!-tava de des e <lom de milagres, o papa Bonifiwio
.ida, e d·alii voou ao céu. IX a ca nonbou, e :,;e u co rp o.foi Ll'a:-lada-
7. Srnu\Uo-S. Uba l<lo-nalural de do para o convcnlo Vastaneose, que ella
Gubl>io, ci<lade dn Umbria, e filh o de ediücàra.
uma familia illu:-itre pela sua nobresa e
pelos primeiros ca rgos, que tiveram na
Hepnblica. ~Jortm, seus paes na sua in-
faocia, foi educado por um seu Tio, que PouTU<HL-Parcce C'erto que o reve-
tambcm se chama,1a l :baldo, o qmtl co- rendo padre Henrique ~laria Alfredo de
mo em homem de muitt\ virt.ude, inspi- Fougerais zelante ~uccrdote frao c~z que
rou logo ao subriolrn, que u servir fiel- se acha ac tnalm enle n'csta cidade re~ i-
mente a Deus era caminuo direito para a dfndo na qualidade de professo1· no se-
verdadeira felieidade. Conclui<los os~cus rninario de S. Pedro, Cc! S. Paulo da Mis-
estudos na Communidade de S. Secu ndo, saõ ingle1.a, pre~al'Ú as tardes de quttre~-
se confil'mou na rcsol11 t;aõ, que tomi1ra ma n 'e:-.sa l~grcja , aonde jú foi ouvido co 111
de vivct• cm perpetua coatin enc:ia. Ten- sa ti:,fu çaõ ge ra l no:- dnmi11 go:,. <l o Athen lu.
do :1ido :, pedido do Clero e Povo nomea- Este jove n sac:c rd ote, pode se r util
do fii,_po de Pcrúgia, foi lan<;,lf'-:-C aos pés so hl'cludo aos seus u:wiouaes, entre O!i
de Houorio II. que entaõ governava a quaes, e principalmente ent ro os pobres
Egreja, afim <lc q11e o cso nerasse de lclÕ das maoufa<'tt11·as cl'esta cidad e reina uma
pe:,,ado ca rgo . elegendo outro ciu e melhor grande ignoranciu religio:-.a, é para <lcRe-
o soubesse cle .. empenhal'; ao q 11c o S. jar qu e os portugueses que conco rrerem
Pvntifi"e accedeu, naõ acooieecndo 011- n eMias pra1icas rrn õ van1 co,11 c~pirito de
tro tanto pas:,.a<los clcri, .rnn os, tempo em cu riosi1fode e po r mo<ln, ,nas pr1ra colher
qu e foi forc;aclo a ·H... c<'cdel' ao Bi .. po de n fructo ímporlanli!-,.,,irno da di,i na pn-
Guubio, sua patria. Oepoi-, de ter edifi- lavra.
cado com o :-eu exemplo, e pala vrn-; suc- lT..u.1.\ - Roma L º ele F\.! \'t:r!:' iro -S:
cumbiu à gr,1visgima mole,Lia cp1e a an- San ti<lacl e <'(1 1\1 um no,·o 1w·go ele Mta
no~ o fr\sia dclinhat·, dando a sua lia ncla c.:iridadc palcrn.~I a~aha· d'a t1l'lori.!'ar a
almr, ao ~eu Deus a 16 de \) aio de 11 60, abertura de uma no,·a caixa en.l ílotna
tendo 76 anno:i de ed.1<le e 30 ele .Epi:;- pa ra o ~Junte Pio Gern l. Durante o me1.
CQpado. d" Dcsc u,bro es1ic c,tahele!.'i 111enlo filho
8. DoJ11;-;co-Domin::?a 2. n de Out u- d' 11 n1 1•cn~amc'nto elllinenteme nt e l'cli-
bro e ·t 8. º dt•pui~ de Pent, co:,te:;. -S. giu!iO, empre., tou gra tuitainen le nos po-
Brigida, filh a de nobre~ pacs, na"t'Clt em bres a q11anlia de 76,866:000 reic, al em
Snecit1, e logo cl'e~de menina taõ devo ta das que ~e tem empre:,.ln<lo com juro às
era de meditar na pnixaõ de .lc:.11.., Christo, pe~soas que naõ e!it:1n1 t!m ex trem a po-
que se di,ia, qne era C!-ta a sua perenne bre5n.
cúgita~nõ, que lhe fa~ia derramar copio-
sas lagrimàs. Oad., em casnmento n Ul-
-No <lin 25 do corrente co.Tiec•ou a
nnve.na do B1~maventu rad o S. Frantisco
.
fi.õ, príncipe âe Neri l·ia. e lla (.'om suas
cxhortaeões o fc1. habi lnar a uma vidn de A~ i-., no Convento dcSantoAn tonio.
sa ntissi~a, e educaram seus lilhos nn -No dia 20 teve com1·ço nn Egreja da
maior piedadl?. Convalc...cendo Ulfaõ Virge m Sant i.,~icna Senhora elos Ilcmc-
<le uma enfe rmidad e, ele que foi ala caclo di os, o nornnario <la ~un festa, <1ue ha
quando regre~~aYn da peregrin:u;aõ de de ter IC1ga r no d i,1 8 do con en te.
Composlelln. re!!Ol\'e1H,c, 1·om annuencia
ele $Uíl e>-;11<,···1 . a profo!,,;;u· 11 ;1 01 ,lc:u de Man!uhiio -Typ. tle .,. e. .ll , dll C11t1ba 'f(l;T c•,.
Cister, onde m0neu. S. llrigida, logo R11a das 8ctrl1:iror 11. 8.
~~
-· .~ -
ANNOI w a e
Seguntla-fcira 9 de Ourubro de J 854 a :s osu:www a
~ u+e;z:: ,e:: 01. ...
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OCHRISTIANISMD.:· ,,
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I r. eço u \ s1.; 1JSc11 rl'C
i.1·o. ,1 ,\ SS IG:\.\ ,S~::
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l'or II t il 1111110 .. . . , .. . , 1!$0M.
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lJ X ~íl l:un 113 Cntt. 11. 30, c n:1 'flpoi; ru11hh,
1•lô'' D· 10111,,1o l .. 11 , 1 mw:~'$ ... .• . • :t~·~O 1. a.
, ",..1,.,,... ............ ~'.-~li. V t tl~bll Ju111a r.
V
Íl tl
,\'t••1 1·r11I 1ml111ns 1,erit,, t sr,1 sa/n1r,·.
S. L,1c. •·. il. , . :...;.
nift,:a-obn,, /iwçfio , ,: 11,i11i,'i l er ió publico rer a'ir, oldar .t nos.-.a rrn lurcsa; porqu e
~ 6 ci) mposta dus <l 11n:i ·pi1 la \'ras gregas- con~tando o htrn1em de d nac: :mh::- la11-
L ~11os-puúliro .e-E1~co,-ohra, r1crão . . ci;\:.- cspirilnal, e corporal-Jcp1·11cle11-
Vem poÍ:i a se r Lill 1qtia iH111cll a parte da tei:; csse ncia lmcute um a d a 011t l'i:l, e n,iu
Theolu,ritt pra ti c:a, cp1 e en, ina nsorac;ões, podendo e le \'a r-se as cou-.as e.sp irituac.s ,
o
<! ri h.>5 co m q uc se 1·clehra m os Ot 1crns
··1· . senilo pch,s ~c n)iveis e corporea-,, e lle
di vi oo:-i, e se pre, t.1 a Deu:,; ocu lto c~ ter- recebesse por meio ele ~ignacs scn:-ii e is
110 . Tem a li turgia d11,1 s pa r te . . , l h l'ln qu e e cx le1·iorc:-i os d ti a s ce le:-ite.-, qu e sam os
lc m por objc,·ro t> culto ex tt.? r1_w prestado Sarra menlo'- , o q 11 e ct> riliro1;11110-1 co m a
a Oi:> 11~, e e~tn é a cp1 c prupnamen te :.e auctol'idacle <fo S. .f oüo Clil'i , n.. tomo na
<· ha lll a- !iturg i,1-'e c·o111 prchendc as oru~ sun Hom ilia 8:3 ~obre S. ~Jutheus, onde
c·ües, ri to~, 11crc1 nonia"-, e l'o n na:; pel11s a.s~i- falia rcfc1•ind L,-!1e ao homem-Se
quacs ~e pre:.la culto ex tcrn1) a Oc11.~ e a fv:;sc:$ i11cu1·porcu, Deus lc dor ia sá dous
seus ~nnl o. . ; outra q11c tem por· ol>Jccto si111plice:; e in cOl'fJ01't lfs; mas tJiSl o que ao
principal a sa11tilJ ca<;ào do boinern pela leu co1·po cslcíjuuta w11a alma , IJllÍ:. qac
admiuh,trn ('..io do:, S,1cra mcnto, ela Lei da lfre.~liCS conhcci111e11lo das corwts ú1sa11sh•cis
Gra,·n . e to;ua o nome de Thc,1logia Sa- por 111eio das se11sit•cis e ,n l el'lws.
cra 1~en tnri" . A re .. pt• ilo d'esta é <jllC di- E,tcs n1 eios s(' n:-ii reis <le q ne Deus se
l'eruos duas pa lnvra ~. se rv iu pal'a a 11os:-:.1 j11:. Ulic·.1<:üo sam os
Chamn-~e 'l'heologia Sacra men tal n- sc•tc ::,al·ramt> nl u~. q ne sa m outros tan tos
<1uella parle pratica da Tli eolugia,. qu e monum enlos pcrcnn es do seu a mor paro
ensina as verdadcinis noções do, !,acrn- con1noseo. Ei-c nd u C!-tcs S,H'l'ameotos em
m entos da Lei <l a Grac;a tend ente!- a :,;,;1 n- si rne~mos o preço do sangtic del'ramado
t j(ica<;5o e j 11~tificn<;üo du boolf'tn, eª" pelo Rcdc! mplOI', e da~ riq ne!las incxau -
ccremortías e ritos co m que dc,·cm sel' ri,·eis ela muni lil'e11ci,1 d i, i11a para <·om-
ce le bra d os. no~<·o, ~nm 011l ra :- tant as l'nn tes publicas
É um foc to ce1·to , e po r toclos a tte~- de gra ~r, que dcmnn a m na EnreJ·a. D'isto
tado. q ue o homem deixando de obede-
.. s o
Jª , emo!,, q ue os , acnun entos sam rueios
cer a lei do seu Crcndor. <l c ca1 0 d{) !-CLI dHjn~lilicat;ão; e que elles procl usem esta
p rimi tivo estado de justi<;a e ~:rn tid:•~e, e ,·irtutl c adrn 1110-lo demon stradu pelo Sa-
que incorrendo nu desagntdu d1vrno , grndo Conci lio Tredentioo na sessão 7
© iiLilfnUtâ'llil~ u ~lll'°()
4kdia:LJGtJ a w -!Jl.j.; a zw
gundo lhes dieta a MHl it111111i1wda 1·a~ao, lr.iti rns da Graça presente, corno ~e vê
assim tamberu inventa a <lifi11i<;ào acom- da me~ma Epi:..tola v. h-Co11sep11lli enim
modada ao dogn1a. Hasão por<f11C 'icno srt11111s cum illo 11e1· Baptisnom in mol'/cm:
ve rdade iros Chri~tãos. devem os rcgeitar cl qaommodo Ch,·i.~tus smTexit a mortuis
similuantcs difini~õcs , não tanto por p c1· g/01·iarn P<tfris, ita el 11os fo 11011itate
aquillo que di ..em, romo porque sa m ca- vila: ambulemus.
pfri osn s, e não admillcm, que os Sacra- Finí\linente sno progno!-.licos <la vida
mentos sejam meios de j11.,tificação, nn,s futura, como se dedll7. <lo vcrsiculo 5. 0 dn
só méros signaes. mesma Epistola :-Si enim complanluti
Segundo o 1..·omm 11 m ~cntir dos Tbeo- facti sumLLs semilitutlini mo1·tis e.Jus. si-
logo,; é da nature:,a e esscn<'ia dos Sn('rar mul et 1·esurreclio11is crimu.~. D'onde se
mentas, o screm-.. ignaes - e por is~o vê que o Raptismo nos dà uma significa-
lractan<lo de dividirem Ol\ !-igm\Cl\ cm nn- c;ão não ob..,cura da ,•ida eterna, que pot·
turaes. arbitrarias,, e mixlos, sam unifor- elle havemos de conseguir.
mes ern considerarem os Sacramenlos na Sacramento pofa vem a ser: Uma
classe dos ~Jixtos, p•1r ,lepcnde1· a sua cousa subjeita aos sentidos a qual pol'
inslituic:üo <la vontade divina, e haver im,ti1t1i çáo de Deus. tem força não so de
analogfo entre o ritn e-'-lerno, e o efü~ito signifi<·.u· a jn-,liça e sanctidade, como <le
interno; tal como no Baptismo cujo rito a prodm,ir. El\tét difini1;ão fomo-la busrar
externo é') lavatorio, e o cífeilo iuterno é na sessão 5. part. 2. T. de S. in genere
a purifü:ação da nos:,a alma; porque co- n. 0 1O <lo Cathrc1smo do Concilio de
rno diz S. Ago~tin uo na sua Epi~tola 98 " Trento. DHiniçãu on<le encontramos to·
•
dos os reqnbitos nece.ssarios á uma boa DreTe de Deatllleatiío eo11eer11e11te ,, ,re,.
oeravel Ge1•1ua11a Coosha de Plbrae.
difinit,:fio -pm· quanto comprehcnde a
todos os Sacra meatos, intlica ndo o gcne- JIIE-]C.. '.li:.-- 'JIE-- •:.e- .. \
ro nns pala vnrn-uma cousa subjeicttl nos Deos immortal, que hc o creado1· e o
senlidos ,-pot' isso mesmo que coo\'elll crovcrna<l,)I' de ltidac; ª" cousac; nad a abor-
com todo o signal sensível; e tem. grand_c ~ece mai ,; do qnc o lou co orgulho do cô~
nffinidadc com as Ggu rcls da Antiga Lei, 1·ac;ão hu rna no, e por esta ra2ào tem cas-'
que sendo signaes <las cousas sagrctdns, tigaclo e ilagellado aquelles que confiam
não eram vcl'dadci l'O!, Sac!·a men tos; e a na sua prop1·ia f'or<;a, e süo enfatuados de
differcn<;a nas palavras- tem f,1,·ça nao ,qÓ orgulh o; mas tem conlirma<lo com ceies-
de significa,· a santidade e jusLi<ja, co~,w te "coadjnvaçüo o humilcle e o ahjecto, e
tamhe11i de a p1·odash·; o que bem exphca lhes tem permittido triumph ar em qual-
qual o caractcl' genuíno dos Sacramentos quer e-,pecie <le ardun e,npreia. Nüo fui
da Lei cb Graça. nos antigns te mpos somente que elle <li-
Jesus-Cu,·islo, como funda<lol' d'esta rigio a m,10 de um menino a punir a au-
Nova Lei, e 11egenerador do Gencro h~1- dacia do gigi!nte Pbili,teo,e ar·mou a mão
mano, é o nnico a quem se deve attrt- di1·eita de uma mull1cL' p.u:ific;1 pam ma-
buir a ori(Tem
~
de similbanles dons, que tar Olophe1 nes; mas em todos os ~eculo:;
taõ salutarcsi;am a humanidade; ou por sub-;eq11 entes Ocos l<!ln escolhido os fra-
oútra-Jcsus-Christo é aquelle a quem co.,; do mund,> para confundit· o forte.
lfovemos ter pM Auctor d'cstes Sacramen- Ai11dn mais, temos VÍl!tO q uc isto
tos. aronlece11 ni.> scculo X V[ da igreja, no
Sohl'e e~la materia, posto qne não q11.tl !;ecu lo, ao passo qu e os homem, en-
hou\:CSl'iem ílereges, lwnvc com tuclo quem soberbecidos, co m c:cl'teza vàa e f,.lsa sa-
opinas!)C de rnaneira <liífcrcnte. bedoria hostil n Deos, e rcc1i-,,mtlt1, por
llugo de S. Vil'lor, Petlro Lombanlo, orgulho, suhmetler o entendimento á
e outros, ensinaram, que certos Sacra- obecliencia da fé, pl'Oduiir,uu pnra mina
menlm, foram instituidos 011 pelos Apos- das nlmas os e1Tos u)ai, bol'l'ivcis e mons-
t()los, 011 pela Egreja, teml? pa1·a is~o-~·e- truosos, uma humilde e :,implc., virgem,
nas~ida em uma condição o bscura, que
ccb id o poder de .le:.us-Christo; opmiao,
praticou verdadeira e !',incel'.t religião.
que desde ja disemo5, qu.e l'epugoa ao s~ndo di vinamente dot,H.la co m o ei.pirilo
Co,nmum pcn!-ar da Egrep, podendo-:e de sabedoria e ente11dimento, foi tã o
quando muito admittir, que só a m~teria exaltada acima do seu .seculo e acima da
e fo rcna de todos os s~cl'ameotos, e .que
não fo,·a determinada, e e~pecialmente
.
sua condicão no exercício da'! rn:.tis exal-
lt1das virtuclê,, que briluou semull,ante
difinida por Jesus-Ch,·isto. E dis.emos a UtQa nova c,trella pa1·a illustrar, nào so
que é co ntraria ao Commum_ senllr da a Fram;a, onde ella tÍt'Oll a :ma origem,
Egl'eja. porque como logo mats ver~m?s, m,,s a igreja uui,•e rsal.
Além dis:> o, esta virgem nasceu de
o Sngra<lo Concilio de Trento d1fimo,
pais pobres, crn Pibrnc, uma .1ldeio dnn-
(t que Jesus Cb ri11to e o Auclor de todos
lro dos limites da diocese de Tolosa, no
os Sacrameo tos.» E posto que aq uell es anno de 1579, e :-ien<lo lavada nas aguas
Tbeolorros não ~ejam considerados como do baplismo, recebeu o nornc de Gorma-
Here,re;, por se oão acbar ainda di6nid~ na. Dc, dea sua mais tenra infoocia, achan·
nada\ tal respeito, hoje não acontecera do occai,iào para soffrcr, ella, com um
assim, por isso que constitue um ponto nmavel cora<;iio, cutron no caminho da
de fé Catholica. vil'tude, que era cheio · dt! asperezas-
Que Jesus-Chrblo é o Auctor dos Sa- porque. sendo privada de sua rn ,'ii, sof-
freu a hostil cfop<lsi~ào da ,ua<lrasta, e
c1·.amcntos é uma ,·erdadc que acha~os
~endo expu\1,a dd casn do pai porque foi
baseada e demom'lrada nã ,; só na Escnp-
nccommettida de escrofulas, empregou-se
tura, e tradic;aõ, cotno tambem no Con- em gua,·dar o rebanho. g a vcneravel
cilio de Trento. virgem elevou-se ne:,ta cspccic de vida
T. até a santidade,-porquc nn solidão dos
(Continúa). campo:, e 11 0 silencio d,Js UO!--'J11es clla se
mo .a Si.Wi4L -
,n zzacnmm 11 ~~a I}.rJ un tJID ·D(c
Mlil@<l aa ., • .•......, www _..E...-cee.:.'3.J:!.!...!;-
o
,. :.c:s •• z : : & I D @ ~
retirava mai~ facilmente das cousas hu- pensa d0 seu m erecimento, e trocou uma
,·idt1 cl.Jeia de mfaerias por uma eterna e
manas e Lran~.ilorias, e fixava o se u espi-
r~'to com mais força em Deos-, e, aurazan-
bemaventurada , no iigcsimo segun<lo
do-:'le no amor <lo Altissimo, nunca dc-anno da sua i<la<le. Virtudcsdesemell.rnn-
le esplendol' não <leriam so mente impres-
srJtio das suas ot·ações, ou ella conduzisse
o rebanl.Jo ao pa, to, ou applicando-se sionar de todos e grangear-lbe a opinião
de san tidade, mas se espalharam por toda
nos trabalhos femioj.,,, estava semp1·c ti-
ran<lo o fio da sua roca. a parto, e até receberam cxtraordinario
incremento quando, úO annos depois da
Nunca deiiou, quer pela extensão do
sua partida desla viela, o& 1·estos mortàes
dia quer pelo m.'to e1Stado dos caminhos,
de cumprir cuidadosamente os deveres da virgem foram encontl'udos nüo co r-
rompidos e intactos, ecobertos com fres-
da religii'w; pois que, deixando o se u re-
banho nus bosques, e sendo susteutada cas ilures. Em verdade a.este prodigio 5e
pela. espe1·ança ela Providencia Divina,juntaram outros lliUitos milagres pratich-
<los por , irtude celeble no t11mul o da
clla la todos os dias a igreja, posto que
se rva de Ocos, e c1.ja fama despel'lon a
distante, afim de assistir as sagradas ce-
remonias; e frcqueotemeote se purificavaattençáo da COl'tC arcl1iepiscopal rlc Tolo-
pelo sacl'amento da penitencia, e se rc-sa, quejulgo u co nveniente investigaL' não
só acontecimentos miraculosos como os
fres_ca rn com o êtlimeoto da mesa divina.
Venerava a mài de Deos t:omo uma filba proprios re.,.tos, que ainda esiào inscp t{l-
veoel'a seu pai, e frequentemente mani- los e coolinuam incorrupto:-; e d,_1a~ Les-
festava-lhe os oilicios de piedade e de tcrnn11lias de vi:,ta, que havia m conheci-
s~rviço oLriga torio. do caua lruc>nle a venera\'el Germana du-
Sendo totalmente inllammada com a rante a sua viela, confirmnra111 o facto do
caridade para com Deos, clla amava lam- que estes t'estos llic perl cnciarn.
bem os seus ,1isinhos cordinlmente, e Os prelados de Tolosa reconheceram
procurava Leneficia-los . tanto quanto que esta excol!',a ,,frtnde, provada mesmo
permittia-lhe a lmmilde condiçãoda sua pc 1.o tcstemualio divino, era digna d e re-
fortuna. em tudo quanto pertencia ü itl-ceber as h onras dos Bema,•enturado:. pelo
ma e ao corpo. Então acostumou-se a julgamento da Sé Apostolica; mas aquellc
instruir os meninos nos mysterios da fé,tempo, ca n ega du de aHlicc;fio e tristeza
e a forma-los para a piedade, e a pdvar- para a igrej;1 uni vc n,al, as!,iru co mo para
o:- ncgoc-iol) da Françn, irupedio que esta
se <lo pouco pão, qu e tinlia para o s1i 11
causa fos~c in!-liluicla. E os conselhos da
alimento, matava a fome do neces.-,itado.
~la!-! clla C:\.hibio e.xempltis da rrrnis illus-
Pro-v i<lenl'ia Oi, inn devem ser venerados,
os quae~ re~ern 1rnlll C!',(a causn para o
Lt'e e. :-iogu lar ei-pccie de Lioncl ude, paci-
encia e firmeza. Com effdto, sendo. ex- nos~o ~ecu lo, éilim de que, IH'Opondo o
posta ao calor e ao lrio no devei' de guar-
exemplo dc... ta ,1irgem, que, pelo ca mi-
dar o reLaoho qne lhe fôra conliado, nho clt1 inn ocencia e da humildade, se
sendo torturado de~cle os seus mai!- ten -
cle,~o u j gloria e ê'1s honras dos bemaven-
ros qnnos com a enfermidade das escro- turnd os, a fé, que no espirito ele wuitõs
fulas, e muitas \'ez.es quando voltava pa1·a
j:1 e:-tava q1rnsi ex liocta, podesse ser <les-
casa de seu pai, senclú aspera e cruelmen-
pertatla e vivificada, e p,ila di!,ciplina da
te ca!,tigacla pcln ,uadra~ta, e obrigada a
igreja eatbolica ul'>~o~tum es fossem emen-
jazer no chão em uma alcova e~c11ra da dados. ~las como já !-!e haviam passado
casa afim de deo;ca nçar. nunca foi venci-
dm.entos e quarenta e dous anno~ <lcpoi,;
da pol' tantas aflli(;õcs e incorn rnodos, mas
da morte du ,·onera vel se n~ de Ocos,
scm pl'e mo~trou a mcsuia se renidade de parecia qua~i i.npo~1,irel <1uc se achn!iseu..
semblante, como quem goza no mais alt o provas p,tr'é\ o julgamcolo e exame elas
grào, soffrendo e sendo desprezada, afimsuas rir111<l es, e dos mi lagres ºP"rados
de tornar-~c se melhante n irungem do fi-por sua iuterce~!-tâo, afim que clla po<les-
lho de Deos. sc ser ioscl'ipta no rcgi:,.tro dos IJemaven-
Quando a innocente virgem trilha,·alu ra clos.
alegre e constante no ca miobo da pel'fei- ~fas Ocos, qne exalta os hnmiltlc!-i,
ção d1ri:,làn, que halia cmprehendi<lo, rcro o\·eu a difliculdade; não se pó<lc cre r
foi afinal chamada a receber a rccom- . que, sem cc.ta pçeuliar provi<lencia~ uma
...~
_. -~- ,-· ... -
constante e inteira tradição das acções e indultos, a ~é que a sua canonisac.ão ·so-.
dos prodígios da ,veneravel Germana hou- lemoe fosse celebrada.
vesse chegado até os nossos tempos. E P o rtanto, n(~s movidos pelas. suppli-
em verdade he extraordinario que as fa- cas de todos os hit1pos e de lodo o clero ~c,e-
milias que m~ravam em Pibrac quan<lo cular e regular da França, por conselho
ella vivia, ainda existam e lá habitem, e dos mesmos car1deaes, ..\ vi1-La do exam...e
a vida humat,1a tenha sidó Lào prolonga- dos direitos leg ítimos, em vfrtu.de da
da entre ellas, que a memoria dos acon- Nossa é1utoridade apostolica, em virtude
tecimentos tenba chegado até os nossos <lo tb~o t·· das presentes )ettras, concede-
tempos pelo intermedio de lresou quatro mos a faculdaqe de que a mesrna Venera-.
testem unhas. Mas as virtudes desta innó- vel Serva de Oeos Germana Cousin seja
ceutissima virgem, e a não interrompida pãrn o fnturo chamada pelo nome de Be-
se rie de milagres tem sido transmittidas maventurada, e que o seu corpo e os res-
pelos avós em a vós aos seus descendentes tos ou relíquias sejam fra n came nte ex-
de terceira e quarta geração cúm tal fé e postas á adoraçfto dos fieis. Além disso,
integridade, que em tão gra nde iutervalo em ronsequenciu da dita au toridade, con-
de annos a ingenuidade mo~trada por cedemos que a mis~a e o o(}fofo de Com-
todos em relata-las he mal·avilhosa, a sua muui Pirginum "'ejam annua lmen te reci-
simplicid ade m.ara"i ilhosa, a c;ohe rencia
1 tados em honra dei la cem as orações pro-
er.tre todos ·11e maravilhosa, q1,1e são na prfos 3pprovadas por Nós segundo as ru-
ve,·dade os sig naes e argumentos mais brica~ do missal e do breviario romano.
certos da ver<lade. Com tudo só concedemO.HJUe isto seja
Nesta conformidade, depois de uma feito em Pibrac e .na diocese de Tolosa
dhcus~ão e.; crupnlosa concernente ás ir- no dia 15 de junho por todos os fieis,
1nãs da \'encravei Germana que Leve lu - tnnlo seculal'es como reg~1la re!-, os quaes
ga r na congregação dos nossos venera veis são obrigados a recitar as ho1·a<, canoni-
irmãos os ca rd eaes da Santa Igreja Ho- cas, e quanto às miss~s, tambem pelos
mana, segundo a, p1:es~rvação <lo~ s~gra- s{lgerclote9 que vierem i1s igrejas qnde a
<lo<; rito~. Nos, depois de termos co<le- festa for celebrado. Emfi m, <:oncede-
res!-ado fen1 orosas supplicas a Deos, por mos que no primeiro anno da <luta c.lestas
decreto publicado a 7 das kalendas de lettras as solemnidades da bea tifica ção
junbo de 1850, abertamente declaramos da su pra.dita Serva de Deos sejam cele-
que fo i insta u rado o prores.so coucern~a- bradas nas igrejas da diocese de Tolosa
te às suos '\ irtudes no heroico grào. En-
1 com missa e ollicio do rito duplex maior;
tão na mehma Congre,gaçào foi estabele- o <pte ordena mo~seja feito uo dia tpeÍOL'
cido o julgamento cot~c~rnente. aos qu~- de~igna<lo pelos Ordinarios, e depois que
tro milaares, que se d1z1a ter sido prah- as mesmas solemniclades bouvcl·em .sido
o . -
cndM po1· Deos p or sua intercess,!o , e concluidtts na Ba~ilica do Vaticano. Cons-
quando depois dt:? severo. exame, foram tituições e ordeoa nça.s apo1-tolicas e de-
npprovados pelos suffrag10~. dos consulto- cretos puhliradc1~, de noli cultu , e ou tras
ras e pelas sentenças dos cardeaes, nós, cousas ao contrario não obstan te. Mas
tendo primeiramente implorado a ~oad- qu erem.os que às copias destas lettras mes-
juvação e assi~tencia celestial do Paa das mo impressas, com tan to que tenham si-
Luzes, publicamos um decreto concer- do f-Uhsl'l'ipt as pela mfto do .secretario da
nente à ,,erdade dos ditos milagres a tres supradita Congl'egaçào, e forne<'iclas com
o sell o do prefeito, se dê precisamente a
das nonas de maio do presente anno,
mesma fé que foi dada aos e.xame:s judi-
· 1853. E a mesma Congregação dos car- ciues, como ~e daria à sigoifica<;ào da nos-
deaes, se reuoiadn em Nos:;a presença, sa vontade na producçào de:,tas letlras.
segundo o costume, uiu dia ant~s das Dado e m Roma, na basilica de San
kalen<las de junhq, e tendo recolhulo os Pedi o, no primeiro di a do mez de j ulbo
suil'ragios dos co nsultorei,;, unanimemen- MDGCCLJIJ, no oitavo anoo <lo no~so
te detel'minou qne quando. julgassemos pontificadú.
conveniente, as honras dos bf>m;n•entn- Loco +
Sigilli.
rados podiam lh remente se r decretadas A. Cm:d. L"111bruschitú.
à \Tenera vcl Serva de Deos, com todos os (The Tublet.-Oo Diurio de />emamburo).
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
aquella taõ magnific3 quanto idola tra ci- 11. Qu,uru.-FmnA.
dade, foi tal a e'Videncia com que de- 12. Q m'.\"TA-JIEIRA. -Resa a Egreja-
monstrava a veraddade <la religiaõ que n'estes dois dias da oictaya de S. Fran-
pregava, que enc heu_d'a~~orn b_ro a todos cisco ele Borja.
os M:.gislrados. S. D10n p10 fo1 um dos '15. Eduardo-nelo
SEXTA-EJHRA.-S.
que se renderam à ·rnrdade; pelo que de outmS. Eduardo rei <los anglo-saxões,
renunciando ~uas supcr:;tit;õcs, abando- quP- soffreu a mo1·te pela fé, escapou da
nou todos os f.Cus bens, e en trego11-r.,e to- morte na iuvai;âo dos Oaunos fugindo, de
do a Jesus Cbri:,,to. Muitos foram O!. bc- e<latle de dez annos, para a côrte d'um
neCioios que d'estc novo Apostolo vie- se u thio duq14e de Normunia. Ahi, no
ram ao Cli,·isli.rnismo, naõ duvidando meio de todas ai,. seducçõcs, conservou
sellar com o !-leu san gue a rerdade da re· illibada a sua innoccocia; e quando se
ligiaõ que so pode dar ao hnmem como tratava de o restituir ao reino usurpado..
recompensa a verdadeira fdicidadc; e en- disse elle <1 que{lntes queria estar priva-
tregou a sua alma ao :,eu Deus a 9 ele do d() reino, do que llave-lo à cw;ta Je
Outubro de 117. sangue e de mortcs.1> Estas palavras que
1O. TEBÇ!-FEll\ \, - S. Francisco de ~am l>cm :,.ign ificatirns do se u desinteres-
Borja, 4.º duque de Candia, empregado se do mund o, e interesse pelo sa ngue de
desde mancebo na t·o,·te <le Carlos V, e seus v:Jssallos, não foram co mtudo po1·
depois govel'Oador de Catalunha, clen e!'tes attendidas, e, expulsos os usurpa-
sempre provas ele grande temor <le Deu~; dores, o cbamaram ao throno. O seu
porem, quando acompanlrnndo, parn se- primeiro cuidado foi eurar os males, que~
pultar-se em Grnnacfa , o cadaver da im- principalmente ti religião, tinham os Oau-
peratriz habel, leu n'~lle a condemna- nos ca u'-a<lo. Tudo prosperou â so mbra
ção lts vaidades da terra, foi en taõ que hcmfoseja de tão piedoso monarcha, que
se resolveu a nada faser se naõ tendente a nunca tão alegre se mostrava como quan-
tornar-se grande no Céu. Morta sua mu- do esvasiava seus cofres em beneficio dos
lbec· Leonor de Castro, professou na so- pobres, ou quando por algum orfão era
ciedade <le Jesus, o que fez um ccco mui chamado pae. Com effeito, elle 11ão teve
grande, e foi caus:, de que outros fidal- outro11 61llos, não obl-\tantc ter casado por
• :Tos o imitassem. O sacrilicio que ele si, e annuencia às representações dos grandes
n
<le tudo que no mundo 1b e pertencrn, . rtez,
do reino. Sendo-lhe predito por S. ,João
foi se m reserva: flagellaçõc,;, jejuns, vigi- Ev:mgeli:-ta, de quem era partieula,· d~-
Jiasfoi o que elle sul,... tituiu .'.lscommodida- voto, o dia de sua morte, mandou que
d es, reoalos
t>
e di-.1racçõe.•-<L1•corte,
•
e suhju- fisesse m preces por elle, e r ecebendo os
gando a~~ i mo co1·po e II espmto, naõ hou- Sacramenlos, tudo confiou da mi~ericor-
ve acto al•rttm de heroica abrrnga<,;aõ, de dia de Deus! cuja presença foi gosar no
que se nnõo lornasse ca paz, e e fl'ecllvamen-
.
anno de 1 Oô6.
te p1·aticas~e. Ainda que quando renun- 1!J. S,rnnADo. -S. Calisto-foi eleito
ciúra asgrandes,,s secul~respo1· forma nc- papa por mortedeS. Zeferino. Sem em-
nlrnma nmbicionava as t!cclesiasticus, com bargo das clifficuldades de tão calam ito-
tudo obrigado pela obediencia te,·e de sos tempos, edificou a basili<!a do S,1r.ta
acceitar o eaupt·ego de commissario geral Maria alem do Tibre, e um cemilerio na
da ordem em llespauha, o mais tarde o Via Appia, onde tantos martyres foram
de prepoi-ito geral de tod.- a sociedade, sepultados, e que tQmou o seu oome. Foi
que elle go,•ernou com um zelo, pruden- elle que determinou as quatro temporas
cia e sabedoria, como quem era uni,•er- do armo, mandao<líl que se guardasse o
sa\ herdeiro do espirita do fondador-5. jejum, que jú vinha da im,titui<;ão dos
Jgnacio. Depois de faser ,\ Egreja os maio- apostolas. Mandado prcn<ler pelo impe-
l'es se rviços, jà maod;rndo rnis~ionarios radot· Alexandre, aconteceu o ficarem ce-
para todo o mundo, F• empregando-:;e gos todvs os soldados cl'esta diligencia, e ·
um tal milagre foi causa da conversão de
elle mesmo ern coll igar O!-> príncipes ch-ris-
muitos, entre outros, do consul Palmacio
tãos em crusacla contra os l 11rco~, acabou e de toda a sua familia. O irnperadol'
em Roma os seus trabalhos para ir no porem não se co nverteu, aulcs insistiu
Céu receber a paga, no anuo de 1572. em o torturar todos os dias com açoites,
L-~~~~~~~~~~-------:
~
iBrn.,, í8 J_,
~ ~ . . . . . . . - 0 .....
até que dese ngn nndo <lc que o oào fa::.ia em <lois dos acluaes Scminarios Epi:-co-
abjurar n fé, lh e mando" ata r uma gran- paeg.
~e pedra ao pe~cot;o, e lança-lo rú1m . -Nn mesmn ses~ão leu-se, foi julgado
poço, no anno de 226. objecto de delibcrac;.io, e foi ,1 imprimil'
15. Dm11~Go-Doruinga ;). ~ de Üulu- para en trnr nn ordem dos trab,ilho!i, o
bro e 1O.º ckpois de Pente costes. -S. seguinte projerto:
Tl)eresa, natural de Avila na llespanba, <\ nsse mbléa geral Je-gislalirn resohc:.
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
ANNO I Segunda-feira 16 de Outubro de 1854 N. º24.
OCHRISTIANISMO.
rnEÇO OA SUllSCRll'ÇA'O.
Por
1
'f
U 01 ~0110 .. • .. • . .. 8$000.
V
b. ASSIG:'iA-SE:
L-~~~~~~;...._~~-~~---
--
.;, 't'. ,t;j, . -d
IMolKa~----.....!
mo ensinou S. Paulo cscrcvemlo aos Ro- mais inlimas, suas lagrimas mais secretas;
m'anos: Scimus quo11im11 diligentibus Dewn . am homem que é por s11n condi<;ào o
1
omnia coopcrat!lr i11 bonum. consolador de todas as miserias <la alma
Se estivessemas bem compenetrados e do corpo, o intermediario obrigado da
d'estes effeitos importanti~i.imos, certo riqueza e da indigencia, que ,·ê o pobre
que elevaríamos nossos corações à um e o rico bate1·ecn simultaneamente á sua
Deus de tanto amor. Mas as~im não acon- porta; o rico, para alli verter a e~molla
tece; porque não ha cousa l:.io pe~ada, e occulta, o pobre, para a receber sem có-
qoe tanto se incline para a terra como o rar; que não sendo de 11enhuma ordem
cora<.;ão humano; porque emlim o amor social faz parte egualmente de todas as
é peso; e às cousas da terra é que os ho- classes; das classes inferiores, pela vida
mens, formados da me1,nia terra tem pobre e muitas vezes pela humildade do
grnnde amor. Por e~ta causa exclama o nascimento, das classes supe riores, pela
Rei Propheta:-/wmens. aié quando ha- educac;ão, pela sciencia e pela ele,·;u.ão
vemos ser de co,·aq,ío pesado? Para que de ~eotimcntos que uma religião philao-
amamos as voidade:i do mundo? tropica inspira e ordena; um homem em
N'este di::.er npontou David não só a fim qne sabe tudo, que tem o direito de
causa corno o eifoito: a rausa que é o tudo di.rnr, e cuja palaHa cabe elo alto
amor do mundo; e o eífeito que é o pe- ~ -bre as intelligern:ias e sob,·c os corae,:ões
sado de nossos corac;ões para o rnesmo com a auétoricl,\de de nma nii!-~ão divina
mundo. e o imperio de uma fé completa !
Para subir os grandes marmores ao E~te laomem ó o parocbo: ninguem
alto cl'um edificio vemos que é preciso póde faz~r mai~r Lcm ou maior mal nos
guindaste, ou maquinns semilhantes, que homens, ~egnndo preenche ou <lesconlie-
eu ventou a arle cstatica. E qual sef'i, pois ce a sua alta mi.·são social.
a maquina, ou artificio que levante esta Como moralista, a obra d<l parocbo
pedl'a do coraçüo hu~ano às cousas Ce- é admiravel. Ü<'b1·i!,tianismo é uma pbí-
lestiaes-, e Divinas? E o amol' de Deus,
loso(ia divino, esc"ripta ele dois m(ldos:
diz S. Gregorio: mnchina mentis vis amo- como hisloria. na vida e morte de Chris-
ris, qui iltmn el á mundo exf,.n!,it, et in
to; como preceito, nas sublimes lil;ões
ª"" tol/ et. que elle trouxe ao mundo. Estas duas
É claro portanlo que qnanto mais .pala"ras do eh rjstiariismo, o preceito e o
amarmos á Deus, mais :fiu·ilmente subi- exemplo, e!',tào ,·euni<las no Novo Tef.ta-
remos ao mesmo Deus. O que iniporla mento ou Ev;\ngelho. O parocbo deve
porem é tl'asermos sempre o coração em te1-o sem pre na mão. i;empre deante dos
exercício d'actos interiores e exteriores
olhos, semp1·e no coração l Um bom pa-
d'cste amor.
dre é um commenlario vivo d.este livro
Fr. //. de J. divino. Cada uma das palavras myste-
riosas deste livro encerra um sentido prn·
tiro e social que esclarece e vivifica o pro-
. . .-Al..::m:» 'JIE&. :JE:- cedimento do homem. N5o ha nenhuma
Ila em cada parochia um homem que verdade moral 011 politica que rão esteja
n~o tem familia, mas c1ue pertence a to- em germe n'algum versículo elo E,·ange-
das as fo,nilias: qu e é chamado como tes- Jbo; todas as pbilo,olias modernas lhe
temunha, como concelbt:iiro, ou co,no teem commentado um, e o leem esqne-
agente em todos os mais soleroues actos cido ern seguida; a pbilantropia nasceu
da vida civil; sem o qual não se póde do seu primeiro e unico preceito, a cari-
nascer nem morrer, que toma o homem dadé. A liberdade tem caminhado no
do seio ela sua mãe e não o deixa i-enão mundo sobre suas pisadas, e nenhuma
~a sepultura, que aben~oa ou consagra servidão degradante ha podido subsistir
o berço, o thalarno conjugal, o Jeito da deante da sua luz; a egualdade politica
morte e o e~quifc; um homem que as nasceu de nos tl'azer elle forçado a reco-
crianças se acostumam o amar, a \'ene- nhecei· a nossa egualdadc, a nossa frater-
r31r e a temer; que O!l proprio$desconbe- nidade peranle Deus; asleisadoçaram-se,
c:id<?!_chamam meu pad,·e, a cujos pés os ' os usns deshumanos foram abolidos, 1 as.
chrislãos vão del'ramar suas confissões vl algemas cahiram. Á propoi·c;ã" oqné 'a•sua
~
-~o - •. • ••
-· J.k . • f
uu 7?TZMW
palavra tern retumbado nos sec ulos. tem lhe são impostos so pelo cui<lndo da boa
clla feito derrocar um erro ou uma ty- füma , por esta grn<:á da vida civil e do-
rannia, e pode dizer-se que lodo o mun- mestica que é co ru o o bom cueiro dn sua
do actual, co m suas leis, seus costum es, virtude.
suas instituições, suas espe rança:-, não é Retirad o em seu humilda presbyterio
seuào o verbo evaogelico, wais ou menos à sombra <la .sua ogreja, ra rns vezes d~ là
encarnado na ci,·ilisação moderna ! deve sa hir. E- lue permillido ter uma vi-
· O parocho, portanto, possue toda a nh a, um jardim, um \'ergel, à:, vezes um
m oral, toda a rasào , toe.la a civili:,ac;ão, pequeno ca mpo, e culti va i-os por suas
toda a politica na sua mão quand o elle propriai- rn5os., cria r nlli a lguns anirnaes
possue e, eva ngelho. Não tem mais se não domesticas de cli ve rli mentc, ou de utili-
abrir, senão lêr, se não derrama r á roda dade: a vacca a ca bra. o, clbas, pomhas,
1
de si o thc~ouro de loz e <le perfei<:ào do aves rantant es, o càosobre tndo, esse mo-
qual a Providencia lhe entrego u a chave. vcl vivo da ua bitac;ão, esse a migo dos que
Mas, assim co mo a <le Christo, a sua li- e.~tão esq uecido., <lo mundo, e que toda-
ção de"e ser d uplicada, pela vida e pela ,·ia lee m neces1.idade de serem amados
palavra a sua vid., deve ser , tanto quan- por algum e nte ! Oe~ te asy lo de tt·abalho,
to o comporta a fra que1.a hu mana , a ex- . <lc silencio e de paz, o parocho po uco se
plicn~ão sensivel <la sua doulrjna , uma cle,·e apartar para se mbturar co m as so-
palav ra virn ! A Egreja cotln<'o u-o alli c·iecla<lc., ruidosas ela visi nhan ça; não de-
mai, como exe mplo d u qu e corno oracu- ve, senão em algumas occasiões solern ues,
lo; a palarra póde fallece r- lhc, se a natu- molhar seus labios co m .os fefo.es do se-
reza lbe recuso u esse dom; mas a pala- culo dentro ela ta<;a d'uma hospitalidade
,·ra q ue todos atten<l cm é a vi<la; nenb11 - sum ptuosa ; o rei;to de sua vida deve pas-
ma linguri hum ana é l ün eloqu ente e t.ão sar-se no altar, no meio das crian ras a
persuasiva t'Om o uma virlJ de~ qnem cm,ioa a balbuciar o ca th eci~mo,
O parocho é tamhem o admioi, tra- cJ.se ciodign vul ga r da mais alta philosô-
dor espiritual dos sncra mentos da suu phia, esse alpbabeto de uma sa bedoria di-
cgt·eja e elos bencticios da ca ridacle. Nes- vina, em e!iludossé rios entre os livros, so-
ta qualidade os seus devere:- aproxin, a m- ciedade morta do solitario; à tarde , quan-
se daquelles qu e toda a administração do o sacri!-tfil) tem levado as chave~ da
impõe. Tem <l e lt'actar co m os homens, egrejn, qu an do as ave- marias lee m len-
<leve conhecer os h omen:i. Toca nas pai- tam ente soaclo no campauari o da nl<lea,
xões humana:-, deve ler a mão delicach e póde ve r-se algnmíls vezes o pal'Od10,
doce, cbeia d e pruclcncia e d e tento. Es- com o se u brev iario na mito, ou debaixn
tão sob suas a llril>uit,ões as culpas, os ar- das maciei ra~ do se u poma r, ou nas ve-
repend~m cn tos, as mi:;eria!i, as necessida- redas clevad11s da monta n ha, respira r u
des, as inclige nt'ias da h u111ani claJ c, deve ar suave e religioso doscn mpos e o co m-
tel' o co ra<;ào ri co e I rm,bordantc de to- ' p1'11 do repouso elo dia, parat u mas vezes
Jerancia , de mi:.erico, d ia, de ma m idão, para ler um versicw.lo elas poesias sagra-
de compaixüo, de ca ri chlde, e de per- das, outras olha i· o ceu ou o horiso nle elo
dão ! A sua po rta de,·e a tocln a hora es- vu lle, e descer com vaga rosos pas~os na
tar abe rta é'iquclle qu e o fot• nccordar , o sa ncta e deliciosa cc)n templução da na tu-
seu candieiro sempre acce~o, o seu hot·- reza e <lo seu nuctol'. .
tlão sempre ú mã o; não de ve conhecer füs-abi n sua \ id,l e os seus prazeres;
1
nem esta c;ões, nem distancias, nem con- seus cabellos cmbran<Jneccm, suas 0> üos
tn gio, nem sol, nei.n neve, se se tractar tremem ao eleva r o calix, 1,ua ,·oz e nfra-
de leva r o remedio êh>fe rido, o perdão ao quecida não enche ji1 o sn nc111ariv, mas
culpado, 0 11 o seu Deus ao moribund.o.
Não de ve haver a seuc; olhos, como aos .
retine ainda no co r adio do sen rebanho·
morre, uma pedra ~c m nome desirrna o
'
o
olhos de Deus, nein rico, nem pobre, seu loga r no ccroi terio, jurwto da porta
nem pequeno, nen, gl'ande, mas l.)()roens, <la sua egreja. füo.;-alti urn homem es-
isto é, ir,nãos em miserias e em cspe- quecido para se mpre ! Mas ei;se l.iomem
ran<;as. foi repoui<ar na etcroidad e, onde a sua
Como homem, o parocho tem airtda nlma j:1 d'antes vi,i.1, ~ elle fez çá em
nlgtms de ve res puramente h1.1manoc;, qno baixo o melhor que <'á ti nha a fa zer.
-~
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8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
Ai! ... Deus! ... que guerreiro s'ergueu de repente Novas vias no Oceano se trilha1;a11,
Do meio das ouvens acceso em rancor ! l Dois milhões de tyrannos se fi~àrsm
S. Jorge! brada mm de Christo as falanges O mundo respirou !
O ecco longínquo S. Jorge bradou ..•• Entre a Cruz, e as tuas, do vasto Oceano
\
N<'.s cruzes do peito s'crnbotam alfanges InOammada e·m valor de sangue humano
O auxilio do Eterno à vicloria o3 levou. A Europa lcva11tou.
- = - -=-=-
Em breve a cidade no fogo abrasada O genio do futuro, no seu trilho,
Confunde-se em gritos e mais a gemer; Largas vias mostrnndo aponfa o brilho
I\Jal bate o alfange no ferro da espada Das gerações porvir:
I\Jil peitos sem força se s·entem morrer. Esse sangue, que ao longe a Asia esrosa'
- =- Vac os ferros quebrar da velha Baropa•••
E o sol d'Asia mergulha magestoso O mundo ressurgir,
O seu scepro de fogo portentoso Gui<liermino Augusto.
Nos desertos... · alem l (~xtr).
Cae a noite. Unw voz sôa no mundo
-e.E>ê~-
D' ecco em ecco, com som grave e profundo
· Cahiu Jerusalem J I ANNO CBBISTÃO.
- = -
Cllntam os &njos no Cêu o flos:mna eterno 01JTUDRO.
E os louvores do Lauaro no averno 16. SEGUNDA-FEILlA,
Se vam repercutir..• 1 7. T ERÇA.-PEIRA, -Resa a Egreja-
Dos seus golfos o mar ergue o seu canto n'estes dois dias da oitava de S. Fran-
Açoiladc, dos ventos, leva o e~panto cisco de Borja.
Ás praias a rugir!
- =-- 18. QuAnrA-FElRA. -S. Lucas Evao-
Tuclo é sombra! De passo incerto e vario gclista,-seguindo primeiramente a pro-
Tocla a turba caminha pr'o Calvario fissão de medico em Antiocbia, foi de-
A curvar-se ante a Cruz. pois convertido por S. Paulo, a quem .
Fronte nua l ... descalços ! caminharam acompanhou em varias das suas peregri-
E, chorando na lagea ajoelharam nações apostolicas. Fundado nas tradi<;õ-
Da campa tle Jesus ! es que do, apostolos receLera, escreveu
- = -
Longe da patria sobre_area ardente um evangelho em grego, o qtial idioma
Se finam dois n1ilhões, bem se vê que lhe era familiar. Dos factos
Sem Ler um turuulo, que lh'olfereça abrigo, que elle mesmo presencel1ra escreveu um
Sem ter um peito, que lhe desse, amigo, o.urro livro com o titulo de aclos dos apo$-
Amôr, consolações•.. tolos, o qual abra nge a bi::itoria da Egre-
ja desde a Ascenc;ào de Jesu,; Cbristo até
As a\'es roem no deserlo as carnes
ao segundo anno da re~i<lt!ncia de S.
Dos crentes de J~sus:
Paulo em Roma. Viveu no estado <le so l-
As campinas refulgem l>ranqueaclas
teiro 8ú annos, no Hrn <los cprnes foi go-
po
Pelo desprendido das ossadas
sar o premio de suas virtudes e trabalhos,
uos guerreiros da f.ruz l
- = - mo1~rendo na Achaia, d'o·ode depois foi
Os seculos passam e na terra inclinam mandado trasladar· para Constantinopla
Sua fronte a sorrir... pelo imperador Constantino. ...
O anjo da mortP. nos desertos poisa, 19. QutNTA-FBtnA.-S. Pedro de Al-
Desprende as asas, o C'ssa immcnsa loisa canlara,-nobre hespa nhol, foi logo em
\ :ic com elles cobrir.
1
menino um prodígio de virludes, e aos
- =- 16 annos professou na ordem dos Meno-
O bardo como a aguia do dl•serto
Em seus voos percorre o espaço aberto res, de que foi um austero reformador e
Nos sonhos do cantar: observante. Confe!iSOI' de Santa Theresa,
!\las, depois, quando deixa o firmamento, tambem a auxiliou na reforma que e.,ta
E aos abysmos desceu do pensamento, deu á ordem Carmelita. .Renun·c iando a
Então perde ó sonhar..• todos os prascres do munclo, e sómente
D'essa heroica Epopea a longa bistoria aspirando aos gosos do Céu, empregou
Será sempre lembrada na memoria toda sna vida em merece-los, e effectiva-
Dos aonaes do porvir ... mente lhe furam dados por Deus quando
Essa cren~. que aos peitos tanto falia, contava 63 annos d'edad e. App:rrecendo ,
E o braço de Peus qne o mundo aballa depois em visão a Santa Tlwresa, lhe sig-
P'ra destinos cumprir. ~ificou a gloria de que estava gosando
nas segninlc-s, palavras, que condemnam terra, em acção de grac;as a mesma ~an-
aha mente o sensualismo dos nossos dias. lis~ima Trindade em norue da Santissima
«Ó feliz penilencia, que tão grande glo- Virgem pelos iuoumeros e singulares
ria me lucrou!!>> Provadas suas Yirtudes, dons, com qn e foi enriquecida, e pt·inci-
e dom de milagres e profecias qne vieram palmcnte pelo predlegio de sua immacu-
.em ahono .da puresa e realidade das mes- lada concefr;ão: pedindo-se à mesma Mãi
mas, foi inaugurado como santo pelo pa- da gra<;a e misericordia com repe tidas e
pa Clemente JX. fervo rosas supplicas pelas presente~ ne-
20. SExn- FEIRA. -S. João Cancio,- cessidades da Egreja Catholica. Quando
natural de Polooia, teve decidida voca- algum Sacer~ote não · poder offerecer o
ção para o estado ecclesiastico, e ordena- sacrificio no dia do mez que tiver escolhi-
do em presbytero desempenbou as ar- do, pode fazei-o em ou tro dia, ou no
cluas e augustas funcções de seu minis- mesmo por outro Sacerdo te.
te rio com tal perfeição, que o papa Cle- Cadd um dos trinta e um Sacerdotes,
mente X.lll não duvidou declara-lo como que compoem uma Corôa, escolhe um
san to. dia do niez para nelle celehr:w no se nti-
21. SADBAoo. -Santa Ursula e suas do acima indirado, pela maneira se·
compan hei ras.-Ainda que bem ao cer- guio te:
to se não saiba qual o numero dtestas
.Dias do mez. Nomes clo.s associados.
muH1eres for tes , co~turna-se referir o
de onze mil e eram doozellas, que man· 1 Padre F.
d adas pelo irnperador Maximo para a 2 P. F.
Bretanha afim de contrairern ca1>a mento 3 P. F.
com soldados, de· que elle havia fe ito Íl P. F.
uma colonia , foram no mar as.saltadas ele. etc. etc.
pelos piratas Uuon os, q 11e. não as po .. Tão grande foi a piedade e devoçiio
<lendo render aos se us · tor pes desejos, dos lli:-,po" par.\ com a irnmaculacla -Con-
as martyri5;ararn.
ccic:ão da Virgem Mãi <le Deos, que no
22. Qmn:xao-Dominga ú. ª de Outu- anno de 1853 se alistarão nella tantos
1
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
ezes, que reunidas cm .communidade
, 1 <laodo-me parte no fim de cada anno do
para a oraçaõ, rogarem a Ot!os segundo augmento e fallecimento dos socios.
a mente do Summo Pontífice pelas men- As almas dos associados saõ sufft·a-
cionadas cauzas; e aos seculares de ambos gadas em Roma de um modo particular,
os sexos indo lge ncia plena l'in nas quatro segundo a me nte <lo Surnmo Pontifice
principaes festns da Saotissima Vfrgeru, com Missas e outt·os suíl'ragios.
isto é, no dia de sua lmmacu lada Con- Netn um donath·o pecuniario se
ceiçaõ, Natividade, Annunciaçctõ e As- exige d os associados.
sump<;f1Õ, com a condição pot·ém de se As familias religiosas se com ronui-
confessarem e r~ceberem a sagl'a<la cáraõ para o mesmo fim com os seus
Eucaristia~ e ornrem a Deos pelas cauzas Provinciaes e estes com os Geraes das
acima . expostas segundo a mente do Ordens.
Summo Pontifice, devendo visitar o Espero de seu zôlo e rcligiusidade,
Templo designado pelos Ilispos nesses que se aproveitarà de uma ta õ opportuna
dias, ou nas infra octa vas dac; mesmas occasiaõ para rea nimar entre os fieis a jà
festas, onde bou ver ou for erécla a Asso- crescida devoçnõ a Mãi de Deos, e a pie-
ciaçaõ, podendo os ro esmof Bi~pos desig- dosa crença de su~ lmmaculada Concei-
nar out, os Templos em luga res, onde çaõ, empregando para esse fim taõ sa nto
hou,·erem alguns dos as:-ociado~: todas todos os meiosa seu alcance p.lra que esta
essas indulge ncias púdem ser applicadas Dioce:.e eminentemente religiosa dê mais
por modo de suffra gio ás almas do Pur- um a prova de sua clevoc;aõ a Immacula.da
gatorio: des.igna mos para \!sse Gm todas Mãi de Deos e dos pec·cadores, e que to-
as Igrejas ~J.,trizes do Bispado. dos os Parochos da Diocese coadjU\~árão
Queira portanto V. S. º pot• meio a V. S. Q por meio de suas praticas ao
<los Pre:)byteros Arciprestes de sua com- povo por occa~iaõ da Missa Conventual,
marca fazer r.hegar a\i conhecimento de o que dc,·eráõ fazer repetidas vezes para
todos os Sacerdotes e Seculares taõ pia assim mais facilmente chegar ao conlle-
instituic;aõ, co nvidando-os para oella se cimento de todos uma instiluic;aõ que ao
associarem, e assim aproveitarem-se de mesmo tempo que Jbes p1·oporcioua a
taõ grandes graças concedicfos pelo Sum- occasiaõ de se mostrarem devotos da
mo Pontiüce. l\lãi de Deos, lhes oíferece os thezouros
Para este fim farà V. S. º abrir uma da miserico!'dia Divina.
Usta dos ~arerdotes, <] ue q ui~erem com- Deos Guarde a V. S. 0
pô,· corôas na forma acima indicada, e
Palacio Episcopal do Pará 12 ele
ordenarà que os Presbyteros Arciprestes Agosto de 1854.
por !li e-Parocbos de se us districtos fação
José Bispo.
conhecer ao Pº''º antes da Missa con-
ventual, na occasiaõ de e1:plicar o Evan- Illm. e Hvm. Snr. Vigario G2ral
gelho, as Iodulgendas concedidas a Asso- da ... Com marca Ecclesiastica deste Bis-
ciaçaõ, sua instituiçaõ e fim. pado.
- =-
Em tempo opportuno deverà V. S.
remelter-me uma lista geral, que con- lista dos Sacerdotes que compoem a Associação
com o 1'itulo de Coroa Aurea da b nrnaru/ada
tenha o numero de corôas e nom e:, dos Co,1ceirao da Virgem "11tria, ,. os dias do mez
mais associados, para serem levadtis ao em q11e cada um de1:e nfferecer o Sacn'ficio da
conhecimento de Summo Pontiíicc, Pa- ,1Jissa em todos os me.ze,ç do anno: a saber.
trono da As!,ociaçaõ como aoe foi orde- Prln1elra Coroa.
nado pelo Yiga rio de Sua ~antidade em -O 1. dia de cada mez o Exm. e Revm.
0
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
lNNO I Segunda-feira23 de ourubro de 1854 i~,. º25.. .
OCHRISTlANISMO.
V
rnEço ºl sooscnlPÇA'O. X /'J.
i\SS!G~l-SE:
Por um nnno ......... 8$000. \T 'li ria !lua <la Cruz n. 30. e nu '.l'ipo;;raphi:i
V
,, . ,,
Pago 3ul3lll3u0 •
t
o seis uwZc'S........ 6S500.
trcz tllc7,CS , .... •. 2:;.,00.
Al'UIS<>S ..... , ••••• • • , • S2110.
§J.
X t
V
,leste Jornal.
A
i't"o11 i·c11I animas vcrdcrt sra sntvarc.
:;, Luc. e. o. , • 56.
=
A Pl'ofi.ssão de Fé de Pio lV fa.llando
OCHRIS TI AN ISMO. do numero e institu ição dos Sacramentos
as!'lim se exprime:-ProfiteOJ' quoqae sep-
Os Sacramentos da Nova Lei. tem esse ver e et prop1·ie Sacramenta nova;
legis a Jesu Christo Domino Nastro in~li-
( Conlimwção do li. 23.)
tuta atlque ad satulem hwnani gcneris, ti-
S. Paulo na sua Ep. 1. ª ad cor. cap. çet non onrnia singulis ucressa,.ia, scilicet
ú c.íprcssa-se de maneim, que não pode- Baplisma ele; e com ella se acha em ple-
mos com elle dei.x.ar deconfessa r a douc- na conformidade a defiaic;ilo do Concilio
trina catholica :-Jesus Cbristo é o Auc- de Trento na sess. 7 cãnon 1. - Si quis
tor dos Sacrolllentos da nova lei-Os ho- dúxcrit, onmia Sac1·ame11la nova; legis
mens, diz el le, devem-nos considerar co- non (tu'sse a Jesu Domino Nost1'o instilttla,
mo uo s Ministros de Christo, e Dispensa- anat/1ema sit,-difiniqão, pela quab Egt·e-
(lores <los MJ~lerios de Deui--sic rtos ja, dP.pOsitaria, e interprete da douctri-
ea:islimet /w1110, ut minish·os C!wisti d na de Jesns Cltristo, fu lmina anatbemt\
clispen.rnl01·es mysterio1'um Dei. a todo aqnelle que não confessnr ser-
D'este togar com todaa ela resa collegi- Jesus Chdsto o Auclor dos Sacramentos.
mos, conlra o pensar <le Pt<lro Lombar- t por tanto Jesus Christo o Auctor
<lo, e outros, que os Aposto losnão recebe- dos Sacramentos da nora Lei.
ram o pudm--de instituir, e sim o de uclmi- A estes argumento~ qne já provam
...-nistrat' Ó;
Sac!'amento.s. Alem-de que na suílicienlemente a proposic.ão catbolica
E<Trcja sempre vigorou a pÍrsuasão inti- que enunciamos, addicionaremos mais
w:,a de que to<los os Sact·amentos haviam outros a que costumam os tbeologos clia-
sido inSlituidos por Jesus Christo, e que mat' 1·asocs thr..ologicas.
d'elles nada se podel'ia mudar nem pelo A primeira será dedui;ida da 11ature-
que cliz 1 espeilo ao numero, nem pelo sa e essencia dos mesmos Sacrt1mentos: É
(JUe toca a substancia. Quem é o Auctor certo que a qualquer <los Sacramentos
dos Sacramentos, diz S. Ambrosio, se- da NoYa Lei està junta e l igada a pt'o-
1100 Jesus C/wisto Senho1· Nosso? E S. messa da graça; mas tal promessn não
Agni,tinho diz-fui a Sabedm·ia incarna- cabe na alçada da auctoridade humana,
da que estabeleceu alguns Sact·amentos, pol' isso que o homem não a pode ligar
como meios de salvaçao; e na epistola 5li a signaes externos e sensivcis; logo é for-
a Januario accrescenta: quero que tenhaes çoso que l'econueçamos partir a sua im-
como certo, qoe" Jesus Ch1·i.~lo nos submel- titui(;ào cio poder divino.
teu ao seu leve jugo, dando a sociedade do A segunda scrü dedusidn da compa-
novo povo, Sacramentos pouco 1wme1·osos, rac;ão da Lei antiga, e da nova Lei: não
ele facil obseruancia, e sublimes pelas cou- se pode de modo algum <lisel' que a Lei
sas que exp1·imem etc. nova merecera menos cuidados e disvc-
~
JB3JP?JB3JL
los a Deus do que a Lei antiga, antes polo
contrario ele veremos diser q uc mereceu
mais, e t~nlo m~ioi·es quanto n difl'crcn- O que deixamos dito sob re o Am or
c;a em cxcellencia, que en tre mna e ou- de Deus, é, se-m <lmida a] g11mn, pouco ,
tra exi~lc, principalmente pelo que é re- ou nada a rii,ta <lo mui to qu e se podia
lativo a parte do$Sacrnmentos que corno aprescnt,11• acerca de objecto tito impor-
tan le, delicado, e pro\'ciloso para 110-
diz S. Agostinho, sam o,s Íll(iO:s mais (cn·-
rncm que se presa de chrisl;io, e que co-
tes e vehemcntes, que podem ligai' os mo tal deve ter por pt'Ím cira e prin cip al
fieis n'am sú corpo de Rcligiãa Ora se obr igação-reconhecer, amar, e serrfr ü
conpubnrmos o Genesis, o Exodo, o Le- De us de quem recebeu o :-et'. e dep eude
vilico e os dernais liHos da antiga L eiabi necessariamente n'esta e na outra vida.
encontraremos Deus instituinuo os Sa- Á pobreza de nossos conliecimcntos, à
cramentos figul'ati vos dos da Lei da gra- não a turada leitura, e ai nda mais fa nc-
ça; e :;e isto Dcns obrou <jUtrndu se trata- nl1t1mu pratka que te rnos cm pai.entear
va de uma Lei prcparatirn, com quanto nossos penso mentos é <·erlarncnte divida
a escassez de nossas expressões.
maior rasão não devere.nos acreditar que
oLrasi:.e quando estabelecia a num Lei? Supra porem à tu do isto a bene \'0-
lencia dos nos~os leitorc:;, e os d esejos
Com elfeito, ~ uma ve rdade nccnta<la
que nutrimos <le som(}nt e l'm;cr111os re,·i-
que Je~us Cllristo inst.itnÍl'a todos os Sa- vet' ca<la vez mais na mcm<,ria de rnda
cramentos da no va Lei; e nem poderia n,n seus priu c:ipaes e indisp('n.;arei:i de-
deixar de assim ser: porque sendo os Sa- veres pn1·a con1 Deus, parn t·o1w,igo rncs-·
cramentos, protei.tac;ões solemncs e pu- mn, e para com o proximo; e tan ihcm
blicas da no;,sa Ít,, e nté rnesruo os fun- conseguirmos por C5te meio o '1e~e:npc-
damentos dn fieligiiio, como o divino e nuo da tarefa de que estamos cm·,11Tega-
providente fundador da nova Egrcjn ins- dos como Ministros de Jesus Cb1 i~lo, <'H-
tituindo uns <lliixariu de instituir ou it'Os? ja íleligiào tud os pl'Ofcssamos, e eÚamos
A terceira ser~, dedusida do silencio ourigados a defoncler, e procurar u seu
a1Jgmen to, e re!iplandor, espalhand o p \) I '
dos Apustolos: se Jesus Christo tivesse da-
toda a parle seus solidas principios, e dC'-
do aos seus Apostolus o poder de insti-
mon11lrnndo su.\ 'i'erncidade, bondadt•, e
tuir alguns dos Sacramen tos, ce rt o qnc •
u LiIi<l ndc.
elles fariam mensão de um beneHcio tão
singular j.'1 nos Evnngcll1 os que e~creve- N'c:-.te pr'(l!Wsito pois con ti nu:.r·t'm os
ram, e já nns suas Epi;tolas, nlié'\s a ttt·i- a di~c l'algumn co usn so bre cJirnrsos pon-
huir-se-ha Ião intempestivo silencio mnis tos que devem imporlarao homem, pura
a abjer;ão doq11e;) moclestia; e lnnto mais se co mliluir em tudo um verdad eiro !-.ce-
quanto elles men cionn ram muitas coisas tario da Heligiiio do Cnwilicnclo, ,\ q ucm
feitas por elles e que sa m ele 111 11ito me- de\'C ohedec"r, l'C!'- pcitar, e te mer, corno
nos importnacia as~im como nf1'l esque- Supn•o,o Senhor d e tudo, e Hege<lo r do
cem to<los os bcneficios qu e Je!'- us Curis- Uni,·crso. I~: porkinto o Temor ele Deus
to lhes concedera, e isto não por igno- um dos pont o:- mai-; con\'cnicnlcs an ho-
r ancia, mas in laudem glnria• g ,·alite Oci, mem pnrn :ma lclicitlade c~pirit ua l e tem-
como diz o Apo~tolo na Ep. nos d 'Epheso poral. Esta vercl,1dc é inronlc.·la\'el; pnr
cap. 1. v. S6: ora não dit;e ndo os Apos- que est~t (:OnLecido e experimen tado qu e
tolas nem uma só palavra pol' meio da todo homem que te me a l)('11.s , é por l~lle
<1ual nos tleem a entcndcl'fl'IC foram auc- pl·otegi<lo, e amparndo n5o M> ron1 n~
tores d'a lguns dos Sacramentos, e ~e at- bençõcs <lo céu, l'Omo com o .111grncnto
tribuiod o ao mesmo ten1po os ollicio~ de de bens na terra. Por conscgnintc de vo
delegados e dc!-penseiros, somos lcvndos o bom cm e~f 31' con \'encido que, se pouco
condufr que so Jesus Christo fôra o An\!- possuir com o tcruúr, e por voutacle de
tor dos Sacrnmentos.
'['.
Deu~, sedt muito; e o muiLI), se Deus não
(Con tinirn ). o consor v1i1 r, scri, nada. l !:! lO mesmo. di1,
Salomão em se us P,·overhios: mas valeo Deus fosse desamparado, e nem qne fal-
pouco com o T emor de Deus, ,Lo que os tasse o pão a se us filhos ('1 ).
g1·andes t!tesouros sem o temo,· Divhw, Deus com sua altíssima Providencia
po1·que nancaj<í mais saciam (1). não deixa de velar soLre aquelles que O
Quando assim pense religiosa mente, amam, e temem, livrando-os de necessi-
poder-se-ba então contar feliz amda n'es- dades, e remediando-os em tempo oppor-
tu vida mortal. O contrario porem acon~ tuno em suas maiores tribula~ões.
tece ao homem Dão temente a Deus: a E se quisermos vet· para maior con-
sua prosperidade em vez a~o tornar fe- vicçaõ a verdade d'esta dou trina, façamos
liz, antes lhe se rvirá de ·livre caminho o que nos ensina a Escriptura (2): con-
para sua total perdição; porque nescio. e sultemos os seculos anligos; pense mos.de
insouerbecido com suas opulcncias tem- proposito no que se tem passado no de .
poracs, esqu·eceoclo-se de Deus, procura curso c.le todas as gerações: perguntemos
por este meio perder tudo. e de dia em ã nossos paes, e elles nos informarám:
dia arruinar-se cada ve1, mai:., como disse indaguemos de nossos maiores, e ellcs .
o sabio: t>rosperilas slulto1·úm pc1·det it- nos dirárn ...
los (2). · Se revolvermos ainda mais as SaO'ra-
Que differenc;a pois entre o temente, das Paginas acharemos em o LiHoe do
e o não tem ente a Deus ! .. ·. Em quanto Santo Job (3) paten~eada esta darissirua
aquelle tudo consegue com prosperidade, verdade, que Deus naõ deixa de prote-
como diz o Pa Imista: Omnia qur2ceurnque ger como Pae amoroso ti seus verdadei-
ro!) filbos.
farciet p1·ospc1·ab1mitt1· (3): e se ,,ê opulen-
to se m ~ahet· como se multiplica m suas Em se u magnifico Canto (Íl) muito
com·enie ncias; este vai declinando inse n- louva. e engrandece a Rainha dos Anjos
$ive1rnente para sua perca, e maior dam- ao Senhor, peh, soberau~ Providencia,
no. O motivo d'esta differença se lê em que 1iua immensa piedade para com os
o Ecclesiastico onde diz: na mão de Deus Justos e teme11tesi1 Deus: lê-se pois n 'esse
e.~tá a p1·os11e1·iclade do homem • •• (li) O Divino e Mis_terioso Cantico que, a sua
temente ü Deus a busca onde justamente alma magnifica ao S;uhor, porque sua·
está, e por isso tem a fortuna cl'alc:ançar; infinita miseri co rdia passa de gerações
porem o homem vieioso, a aparta de em gerações aos que O temem: manifes-
Deus em vez de a encontrar, antes mais l1.1u o poder de se u braço omnipotente, e
longe vai _ficando da ver<ladeira prospe- confundiu, e arrojou os sobe rbos nos
pensamentos de seu coraçaõ: depoz os
ridade.
poderosos e arrogantes d'este mundo, ti-
Attendamos ainda mais ao que disse o
randt)-lhes os assentos honorífi cos que
Espiri.to-SantÕ os bens, e os males, ·a vida
naõ merecia m, e exaltou os humildes.
e a mo1'ie, a pob,·eza, ea riqaeza , trufo isto
Aos pobres famiolos encheu de bens, e
vem de Deus (5). E esta uma das verda-
a,os ricos presumidos deixou sem nada.
des catbolicas que todo o homem deve
ter sempre patente, para que não cami- .
E esta a nobeli1;sirna condicaõ do Altissi-
mo que, clesprcsa os alti\'os, e se digna
nhe errante, como cego, sem saber on<le
và buscar as cousas, e sim as procure on- lança r seus Divinos ollrnssobrc os humil-
de certamente pocle achar. Fui jovea, e des e atribulados que, leem e conset'vam
na verdade eslou ancião, disse David, e o se u santo temo1·.
não vi que o homem justo e tcmeote á Pr. l/, de J.
(Continúa).
(1) Pro\'. 15-·16.
(2) Prov. 1-32. (1) Ps. 36-25.
(3) Ps. 1-3, (2} neut. 3'2-7.
(4) Eccl. 10.-5. (3) Job 8-8-c scguinles.
(5) Eccl. 11 •...:.11,. (4) s. Luc. 1-46 ad 51. ·
.... ® <nWin ll~Hlll.il~l.l~lll©o
t - ~l'IN'.Wiilffl2rtW1itt51FC > ilW e-a;;a
E\'.11ngelbo aos auctores tle algumas « ap plica ràÓ a ouYir foLul:,s. ~las ta vela
novidades, mas não é pouco o que « e lrabalha em todas as coi1-as, evange-
estes pretendem mudar. « Ji!>a , CUlll'fü~ O t.EU JIINISTElUO. »
(S. Am1Jrosio, cormneutanclo
as citalla,s palavras). E,;tavnmo-lo cumprindo. amados fi-
Na causa de Deus é peccado gra- lhos, respeito a nm dos assumptos mnis
víssimo o silencio, priocipalmcote ,·itaes da ~u:t iatelligencia, qnaudo publi-
quando ha perigo de que nosso pn,- camos a ultima pa~toral. Se alguns ho-
xi mo se lnficione.
(S. Amf>rosio, de Officiís, tiv. mens officio"os ou mal intencionados cor-
2 cnp. 2l1). rel-sem vossas casas e ru as, e vos foliassem
Os iiimigos da san doutrina <lc- do que cer tos pcriodicos tinham dito, e
vem-so convencer publicawenle com no sentido que o fizeram, No-; cumprin-
rasoes lovenci\'els, para que ou do com o nol,i,O dever, e segundo a ternu-
cll<1s mesruos se emendem de seus
erros, ou ao menos percam o pres· ra com que vos amamos, rcrtamente vos
tigio que teem entre os outros. diria mos: « Guardac-vos desse:. homens
(S. Bernardo cio Consitfer. U.v. que \'Cm p:t ra vós com pel de ovelha e pot•
3, cop. 1.) dentro são lobos rapaces. Seus erros não
Nos devemos ser dotados de um
são as do11lrinas<la egreja caLbolica, apos-
valor a toda a prova contra todos os
ataques e desgraças. Nilo devemos tolica, romana.)) Sim, faríamos isto e
abandonar a causn da Religião nem <leveriamo-lo fa1.er conio scntiaelli:ts pos-
pol' ameaças nem injurias. tas por Deus com respeito aos qu e procu-
(S. C!Jpritino a S. Cornelio, raram exlraviar-vos com palav ra ~, é isso
car. 59) .
o que fr1,en.1os para com aq uelles que o
As Sagradas Escripturas, arnaclos fi- redfic·aram po1· c~cripto, ~a h-as sempre
lhos, que são a consolação e o livro pre- suas intcnçoe~. Este proceder, tiio jus-
<lilecto dos bispos, nunca se ostentam nem tificado, lc\'l) ntou um grilo ele ataqu e e
mais severas, nem mais inflexivcis que animosidade da paL·tc de cel'tos periodi-
quando os obrigam ao cumprimento de cos que, cum assim obrar, elles mesmos
seus ~agrados deveres. l\üo achamos nel- se condemnam. Causa-nos compaixão
Jas uma linguagem mais f<H'tc nem mais tanla cegueira e tantu ignorandu, e dn-
terri vel que a que se emprega em taes mos grétc;a5 a Deus, não por elles crra-
casos. Quem se não encuerá cl'um sà nto rern, mas porque seu-; el'l'OS !Jão-de sel' a
temor ao considerar o capitulo XXXIV cama de grandes fruclo'-. Muito é o ter-
do profeta Isaías ? Vede, a commi~sào reno que !le tem cle~cuherlu. Elles nos
que elle vos annnncia. • . . « Ou,·i, pasto- collocam ua d11ce e inc\'Íta, el preci!-ào de
res, a pala vrn de Deus ••. Eu m~smo .. . esclarecm· e defcnde1· a vei·dade., de ,for..,
talecer a debilidade, de iBustrar a impre- cipio pot· largos seculos. Deveriam ên
visão, e, para diier tudo d'uma vez, de vergonhar-se, ~mados irmãos, uns bo-
ajuntar mais um triunfo à religião. Se- menc; que alardeam de eruditos, ao sus-
remos o mais resumidos e laconicos que tentar certos paradoxos <linmetralment~
podermos, j.'.t para que nos compreueu- oppo~tos ao que diz. não só a historia,
dam melhor, jà por que não é boje nosso mas lambem essa decantada fil osofia da
objecto o alargar-nos em assumptos que historia que nas mãos cl'alguns não pare-
ministram matel'ia p~a muitos rnlumes. ce senão mna ma1uina de guct•ra, em-
Escutae. · pregada em combater o maior, o mais
O-Clamor Publico-de 17 de Ou- precioso e o mais fecundo em be1los re-
lnbro dedicando-nos o seu artigo princi- sultados para a humanidade. que é oco-
pal, segue logo l\ nossa pastoral. Nisto, obeciniento certo e con:,ciencioso dopas-
anda o dedo de Deus, porque não se pre- sado para evitar no futuro os escolhos em
cisa mais que olhar com olhos imparcia- cLue ou tros 6e hão espedo~ado. A intole-
es, e cotejar ambos os escriptos, para se rancia, que tanto se ataca e 1·idicularisa,
conhecer a sem-rasào co m C(lle o nosso é é como o direito natural em materia de
impugnado. A poucas linhas topamos religião. Se o con:;entimcnto unanime e
com uma falsid,,de muito digna de repre-
unircsal em ucn mesmo ponto, o procla-
hensão. Assaca-nos que como prelado
fulminamos uma e:xcommuolião ao a uc- ma Cicero como lei da oaturesa, a into-
tor do-Retracto a dague1·reotypo dos J e- lcra ncia indt1l)ita ,·elmen te pode glol'inr-
suitas. Protestamos contra semelhante so de tãl) indi~pensavel requi,,ito. Não ha
impostura, porque nem ao mencionado solicitude que possa comparar-se à de
auctor, nem a ninguem temos tractado todas as gentes ecn conservar illesa sua
com tal se vel'iclade. Se nos impugnam cren<;a religiosa e em cxcluit· loda outra
<lesta ,aaneira, já podeis calcular, ama- q ua lquer qne possa rivalisa-b, desvir-
dos filhM, com que triste succcsso hão-de
lernr adiante e terminar um acto que de- ..
tua-la ou desacre<lita-la. Ountürze mi-
lhoens de martyrcs, sncrifica<los ao ber-
cide da honra <laquelle que as!>Ím o exe-
cuta. Infelizes ! Nem então nem agora (;o do Cu,·isLianismo, provnm ale que grau
provocamos nenhuma polemica. Soffre- elevavam os rom anGs a intolernncia. E~te
dorcs, pacientes, talvez demasiado tole- sentimento não cm nu vo, porque o ve-
rantes, temos orado e esperado ate ao .. mos brotnr jà desde os tempos mais re-
momento em que Deus deu.a entcndet·, motos. Numa prohibiu a introducção
q11cse n[,o devia e_spcrar m~1s, e cbega~o <l'ou tros <leuses e <le ritos pac·Liculares.
e5le momento, foi-nos preciso fazer ver 1'ibc,·io a mca~n expu l~a,· osju<leus e egyp-
que não dormíamos, nem dormita va- cios, se n5 o deixarem suas crenças. Cla!t-
mos, sendo, corno somos, guardas d'uma dio desterra as deidades estrangeiras, e
cidade e bispado da nobilissima progeni~
a lei dos dcc:em viros tem eg,rnl applica-
de Israe.J.
(;ào. Cicero dizia que nem q11eria, nem
Continua o Clamon « Tolerantes em
todas as crenças, porqne assim o manda lia ns obrns riue senpartarnm da Religião.
a reliaião que professamos ... » Esta as- O mesmo illecenas, ape.,ar de ser tifo li-
se rçà~ é erronea. calunrnio~a e absurda. vre, dizia ao imperado,· Augusto, q•1e os
St! o Clamo,· profes~a a religião catholica, iotrn<luc•to res d"um novo culto abriam a
apostolica, romana, saiba e tenha por poria a noYas leis, donde nasciam as in-
certo que esta divina lei naô manda netn I rigas, a~ foçoens e con.,pira~oens. Athe-
póde manda1· semelhante tolerancla. Se nas é comtu<lo rnnis inLoleraote, porque
tal fôra, a llispaaha, que des<le Rica t·cdo uma so pulavra ~ontra a Religião é ca11ti-
tem sanccionado a iotole1·an<iia, t~ria con- gada wm iníle.xivel rigor. Pitagoras vê-
trariado o mandamento da Hcligiiio , e
se a hrnc;os co m u m.t lcrri rnl acrusac;ão.
boje mesmo o estaria contrariando. (Ve-
jam-se os artigos 128, 129 e 130 do Co- A,·istule{cs foge. A naJ:agoras é mellido
digo penal vigente.) Ajuntemos-lhe tan- n'uma prisão. Socrates espil'a h ebcndo
tas naçoens que leem consagrndo em suns a cicuta. Nas historas Sagradas do Anti-
observancia~ e em seus cocligos este prin- go Tes_tamento temos as mais relevantes
provas de intolcrancia, executadas con- Aqui d1 uma montauba o vulto enorme
tra Daniel, Eleasar, Macabeus e muitos Se desenha coroado pela bruma:
outros. E sabeis, amados filhos, porque? Alli por.entro os prados serpenteia
O rílieiro genlil, que li\'re espuma.
Prescindiad0 agora d'ontras causas, de-
ve is tct· por certo, qnc a principal era a Alem, molba<lo cm san:;nc. ostent~ a fronte
conscrvac;ão da sua rel igião. E:,ta porta D'eutrc as nuvens da lDrde a EsLrella amena;
deve estar bem fechada, pOl'íJIIC desde o Pelos< nmpos sem rins .. . pelas pl:micies
momento que se franqueia a cnll'adn a Derrama o seu clarão de luz serena.
outras religioens são muitas no nome,
nespíra a Naturesa I a voz das selvas
p orém nenhuma na realidade, a duvida
Manda aos eccos ela uoilc os seus c:iocores;
se apodera dos animos, a ancicdade a
Voh c o vento da tarde as seccas folhas
1
Sem que prêsa se sinta ao pb que a cerca, ,1i ! mlnh'alma, suspende o vôo incerto 1.••
Vac buscar pelos céus inspirações... Que t'irnporta \'agar na immensldade,
Se scmrl'e apoz de li ouves, o triste,
t n hora do pensar l Olhando ao longe Os gemidos plangeolcs da saudade....
l\lals se alarga o horisonle, a imruensidade ...
Não tem meto o Senhor, limite a crença, G. Augu.sto.
Vaguêao pensamento cm liberdade . •. (Extr. )
~
-~o - •. • ••
-· J.k .• -.
ANNO CBRISTiO. forr,ar a que acccitasse, ao menos meta-
OU'l'UURO. de de tud o q11,rnlo tinham trasido, é que
23. S1mu:'io.1-H~II\\. - Resa a Egl'cja declarou quem era.
l1ojc elo :;. 0 dia d a oicta vn de S. Pcd1·0 de 25. QuAR'.f .\- FJHnA.
,\ l<-n n tara. 2G. Qt11~T.H?ErnA-Aioda resa a Egre-
21!. T1rnç\-F~:m \. - S. lbpbael Ar- ja 11 'c~tes dois dias <la oictava de S. Pe-
<·hanjo-cujo nome 1-ig;1 ilica « medi cina d1·0 <l 'A lcantara.
de Deus » foi mélndado f1 lHl'a clebaixo '27. S.liXT.\ -FE tlH . -Resa a Egrejo-
da figura de 11111 m a n cebo acciado, quan- n'este din da vigilia ou vespera <los Apos-
d o , ao 111r~mo tempo ~e elcv,,1·a111 ao~ ceus tolos S. Simüo e .Juda!-.
1)s bumildes e fcrvoro~oscla1nore~ doce- 28. S.um,u,o.-S. Simão e Judas. -
go T obin~ e <lc S.>ra, filh ~, de Hag,.e l, Ao primeiro d't·stesa postolos tocou evnn-
011 e, havendo ~ido <lad'l a sl! lc maridos, gclisar o EgJpto; e ao segundo, que tnm-
,;:- rinlrn , i-.to rnon•er por malcficio dia- hem era conlJeciclo pelo nome de Tha-
l1olicn, nnt es mcMllO de constHnn r o ma- dêu ~ a ·~lesopotamin. Dti pois ambos se
t rimonfo. O cn l'i<loso Tol,ias c:-ta,·a no reun iram na. Per~ia, onde seus trabalhos
t:iptivciro de ~ini, e, e achando-se cm for:111, coroados co m innumera veis con-
necessidade, ordenou :i seu filho 11nico ver~ões, e a hi findaram sua earrcirn mor-
( o jo,·en Tobias) que fo:-se à cic1ade de tal, soffrcn<lo <:omta oles os tormentos do
lbge.; pnra cohraL' <le M~II pnrcnl e Gabelo mnrlyrio.
a gnantia de dei'. talento~ de prata, que 2!). Dm11xr.o-Dominga 1. 3 de No-
H1e de, ia por uma e.scriptu ra, 1nas que rem lwo e 21. º depois ele Pentecostes. -
pro(·11rns.sc 11111 ro u1pa nhciro, qu e a0 mes- Tra!>l.ida,;ào de Santa bnbel, Bainha de
1110 lem 1>0 lbc so n ·i~:-c de ...gnia, e ~uai·-
.... Pol'fngal. fln n'esle dia festa de S.
ela s.se d os pcrign~ da jornada. Saindo o ElesLào na Egreja de Nossa Senhora do
juren Tohia r, n proc111·a r companheiro, Ho~ario. S. Elcshào, imperador ela Abys-
logo :,,.e cncuntro u cum Hap hael, que se sinia, lrn "cndo dcnodadnmente guerrea-
promptilicou em acoiup:iolrn-lo, mos- do o:; iniwigos cfo Cbri:-lo, se r~'>olveu a
tn111do te r uin con het·i1ncnto muitf\ ca- pa~sa r o re).to de sens dias cm um mos-
lm l tanto elo cl rninh o como da pc~·"ºª e teiro, <leponclo em.Jerusal ern o regio dia-
foru ilia de Gabelu. Pa1·ti,·am. Quando dema, no lempo do impcradul' Justino~
<·0111hin:wa1u onde h,l\•iaiu <le pernoitar, pelo nnno !) 70.
le1uhrou B,\phacl a T ubiascp1c alli pcrlo
rn,1rnva n se 11 paren te, que tinh n um a li-
11111 u níca , cuui q 11e111 cllc devia cn.sé\1'. <tJJtfi<D!1JUCtUl IBLro:1U3;U(l); O.o
Chegar,,m co111 cili.•ilo lá, e proposto o Lê-se na Snfra<;,io P ublica do Leão: -
('ª"ªIIH!lllo, de que rodos Yiam ª" con, en i- « lla poucos dias· <le•embaréaram dos
*!llci,1s, m as que eg11almenlc túdos recca- hal'cos a va pot· do Saônc c1n rnw,.i cidade •
,·ani 1i, c~!leu me:rn \O resultado qu e os ou- i(j irmnns de S. Vicente de Pti ul o, q11e,.
t ros . li\'ernm d e cedei· ~s rnsões de Ra- sob a couducla de s ua !\11pcri 11ra, se c.Jiri-
phacl, q ue clles rcp ut nrn m urn homem, gern no Oriente, para raicr o ~c l'viço dos
ma:- c11j,1s p:ibrra:, linharn uma for<;a so- boi-pilaei.. To<los o:,;1·ircu11Muntcs~c des-
breli11nH1rw <le <'onvenccr. A:, pl'imeit'as coln iram respeitosam ent e ao pn~!'a l' estas
-Ires noites das bod a~ a:- pa!>c;:ll'a lll os noi- sat1 li1S mulheres, cujo .ingtdico dedica-
vos, !-egun<l o as im,trncc;ões de Haphnel, m c nto appa rece em toda a parle onde
e m orn~ão, :,,cm se loC'al'em , e fo i um c:, - ba fol'idas ti~icas pn ra curar, ou soífri-
!'-a tn cnt o ahemjoado p0r [)uus. D'alli fui meu\os mora es para suavbar.
Hnphael acompanhncl,, de ~rl'\'os dn Hn- -A ac.so,•ia,;üo para a oh-;e ryn,;ào do
guel rece ber de Gahelu o diuh eirn q 11c dom ingo te m feito cm Leão grandes
~lc\'iu; tlep11is ,oltararn todos a NiniYc, progres:-os. l lm gra nde num ero de ca-
onde u b,1m rell10 Tnbi~,s jü c::.tanl dtt! iO ~a:; 1-iC comcrrnm fcclrndas n us domingos
<lc c11idatlo que ~e tro co u em jubilo no e dfos sanl ificacl os. Esper:H;e qu e em
sa ber c,Hno Lnd o tinh a í'o rrido prospero
0
pouc·o tempo todos u!- cst.tbcl cci1ue n tos
a se u fillio, 1; ·cn<lo con,ecu1i\i_111t c n l cc11- da pr imei,·a orcl c01 de oo·;sas cidades
rado da Cl gnci ra pelo me:-mo S. Haplia-
1
arlisticas imitar:,o o bom e\cmplo tp1e •
\.), que só eoliw, e <prnndo e, rp1eriam ~ lhes é d 1c.lo.
L _ _ _ , _ _ ~ ~ ~ ~ ~ ~ - - ~ ~ -~
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-{) r: e: JLl
0 v IJl Il llHt ~ U? Il ll il1 i! ~ me.D->
t ~,ci:mtWliiM W?.+>iftiE3ãM:a:nnstSF!'7Y.HN · :mmE4-1:ifffPlffte~~~~~fllo...,.._itr&mr::as.t.;.ii.#::!15 í1 ,s .. , i ~
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
ANNO·1 Segunda-feira 30 de ourubro de 1854 N. º26.
. .
OCHRISTIANISMO.
l'l\f.ÇO IH SOllSCfilf>ÇA 'O. àV
( Por 11111 311110........ , SSOOO. V
Pa.,.0 0ú" 111 • 110 1 • séis mczcs........ l1$áOO. 'liJ
" 'ª ~ }• 1,·c~ mezes ....... 2$800. ~
\ ,\Vuls'lS.. • .. • .. .. .. .. • S240. \f
ii
i'io11 re11I animas vcrtlcre srcl satvnrc.
S. Luc. e. O. ,.• 50.
OCHRISJIANIS.MO.
..
Eis a berl:!_ éoncebida origem da festa
de Todos os San(os. .
Do mesmo modo que 11ma mãe terna
Todos os Santos. e cari nhosa, reuniu a Egreja Catbolica
todos seus immensos filuos, para os fes-
Os tufões prec1wsores elo rispido io- tejar conjnnctam~nte J.iante do throno
'\'erno, a<;Oitam as plantas e as arvo res, do Allissirno. E para <l emo nslrar a sua
arrebatando-lhes as foluas, como o tem- justi ça , con<luz à presenc:.a do grande Re-
po devorador nos rou ba os nossos mais munera<lol', e expõe às homenagen3 <los
formosos dias, para nos aproximar da, homens todos aqlle lles que mereceram
campa. uma. gloriosa recom pensa.
A religião mãe provida, espalha as N'esta solemnidade de todos os San-
festas<le tempos a tcmpoi-; mu1·cando-H1es tos cl:'1-se as lPÜos a Egt·eja, que existe
os inlervalot , como ~e fossem mar,~os in- n'esle mundo com ~q uella qu e está no
dicativos do e:-paço, ou oasis no deserto cén, revelando-~e a comunhão dos San-
da vida, para os christãos fa tigados re- tos que gosam a venturn eterna, e dos
pousarem, justos que :rnhelam, co mo grande co nso-
Cada mez tem seus mysterios proprios, lac;ão, e poderoso incen tivo.
suas solemnidades correspondente~, .!ltras Aquelles qn e a inda habitam n'este
commemora<;ões de Santo~. valle de lagl'imas, tomam animo porco-
O nascimento do Sal vador, a sua nh ecerem, que, sóa tra vezdas lagrirnas e
ap resen tação uo templo, a sua circumci- dos soffrimentos, chegara m os se ns pre-
süo, epifania, pnixào, morte, resu rrei<;ào decessores no re poiso celeste~ e por isso
e ascençào, leem celebrações muito e:;- clisem comsigo: elles foram como nóa, se-
jamos 11Ó:; como elles.
plencli<las.
Para bem foliarmos <la festa de Todos
A descida do E~p il'ito Santo. o Corpo
os Santos. et•a necc~sarin que podesse-
de Deus, a Na ti vid.ide, a Concei<;f10, a
mos descreve r a sua gloria, a sua felici-
Assnmp<;ào da Virgem Sanlis~rima. leem-
dad e, e o~ seus ex tasis se m fim. Mas de
se imccediclo alegremente umas as oull'as, que modo o po<le riamos fasee sen <lo nós
como nos tempos precede ntes. uns pobres mortaes, que não o podemos
O Christi anisrn o, porem, não se con- vêr com os.nossos olhos, qu e n~o o po-
tenta só com esses dias, consagrados a demos ouvir com os nossos ouvidos, e
sole,ooisar os mysterios, colloea tamuem que não o podemos compreender em
cada um dos dias do anno, debaixo da nossa aca nhada humanidade e exiguidade
protecçào especial d'.um habítnnte da te1Te na ?
mansão celeste. Bossuet.empregou e:tpressões tão s~-
No entanto o ceu tem mais escolhi- blime& e frases tão eximias. pa,·a explicar
dos do que dias o nnno, o que faz com a ventura dosSantos, que só5eL·ve m para
que a religi~,o nos submi nistre. com.o nos faser vêr a limitaç.üo do nosso ser, e
coroa de todas as <:om memo rat;ões p~rll- o quanto é impossível descrever-se aquil-
culares, uma ,:ommecnoração geral. lo que nem mesmo se pode imaginar.
~
JB3JP?JB3JL
#4 - +mrvz 4WIMWZ ê1 #C
Um dos meio, ele se poderem entre- « rôas que lidvcis g,m ha<lo, ó Santos ha.-
,·cr as delicias do oeu, é pilltar com vi- « bitadores do céu, a preço de tantas lu-
-vas côres ns ruiserias da te rra. a. No céu « tas e <lc tão rudes ll'abalhos !
diz, o Ecc/e.~iastes, um oceano de ventu- a. Nos, re\'esticlos de mh,eria'i vos ce-
ra ! n'cste mundo algu mas minguadas « lcbramos a vús, q ue o Todo-Poderoso
got~s d e :.\legrin; a terra so se surri a <1. revestiu de gloria.
tt'emer. » « Nós, que comoll'.ltlS o pão <lo lraba-
A Egrnja, n'est::i solem nidade de To- « lbo e dns lagrima s, nós vos celebra.mos
dos os Santos, quer que aaciosarnenle « a vós, que não viveis senão d ' amor e
d esejemos o cen; e que nos desgostemos « verdade, e que bebeis, nas laças d'oiro,
<le todo dieste a rido logar cm qnc jase mos « ns agnas vivas das fontes sagradas.
dc!)tcr,·ados. « Yós que e reis humildes n'este mno-
Com eífeito nunca tomos tanto amor « ,lo, nc'1s , os ,·e mos hoje mblurados com
à nossit patria, com o quando vi vemos em a. os Santos ancião~, que <lepoc m os MH!s
cruel de:--ter ro ! « <li;~demas de glorfo HOS pés do Hei dos
A Egrcja a n tos de esta L>elecer esta « reis.
deli ciO'-íl fe!-i ta de Todos os Santns, l1 oyfa a. Ó vüs, riue ua \'eis ~ido nossos ir-
Cl'i r1 do festas para diversas geral'chias do:i « mãos, sede-o aiadn no <·011 ! Nós so mos
hauitanlcb do ccu. a pobres, mesquinh os e \"e:>tido-. d e mi-
Deste modo a Egl'ejr, oriental ainda « se ria, e vós lra!'leb v~slcs e.o:plen<licfos,
hoje celebra a fosta de Todos os Santos a la rnda-. no i,a ag 11 c do co rdeiro; mas
<lo Testam ento Velho, <-JUe sa m todos os « não dcs, iei., os olhos <le rossos irmflos
j~1stos, cp1e preccdernm a vinda do Mes- « d'c~tc n1und o !»
sias. Qw1ndo as mage:,.losas abobndas das
P ol' muito tempo se celehrou a festa Ca tb edra cs, e as i-ingeltJs arcadas das
d os Apostolos, a dos di~cipulos, tan,hem Egreja:, Campestres, ou\'cm ca nt ar estas
a dos Marlyrcs, bem corno a dos Padres
do de~crto.
IJoe licas cancõc:,,
' .
o t'Ol'éH'àu do homem
e~lremecc, e ep tào ~o nt em pia, que atra-
O Papa G regoriu UI que occupou a ve11sando as vfrcs~itucJes do!, tempos, po1·
cadeira de S. Pedro em 731 foi o pri- entre os espinhosos ah, ólhos do soll'l'i-
mcir o que fez :,;olemni~nr em Roma a fes- mcnto , um <lia, am:.rnbü, hoje tnlrez te-
ta de Todos os Santos. n'1 de dc:,.cc,· a :.ua 111üc prin1íti,•a, cobrin-
Tendo ido o Fran<;a o Papn Gregorio do o seu rosto n frio pó da !-(•pultura !
IV, no anno <lc 835, exLortou a Luiz Se ns le!>tas floridas ~am pi cip rias da
o-BondosoJ-para faser celcbrara gro n- moc·idadc fulg:l'.à; a ÍC!>t.\ de Todos os
d e cntnl'uemorac;ão dos Santos em Lodos Santo~ quadra mais uquelles, que per-
se us esludos_; o q uc foi cxcc111a<lo no 1. 0 cor rendo Jonga mela se adiant am eru
d e Novc111bro do mesmo a uno. an11os, por Í:>W qu e loca no dia de fina-
Dc~dc c:,.i.e tempo li <·ou ~cndo odia dos!
<le lodos os Santos, a fe~ La do Outomno, T.
a fe:.ta que termi na os dias formosos e
se avbinl.rn <la morte. !;D.;~~nr -®ni~i1
Se a Egrcja celebra a morte de cada do
um dos Santos em parti,\ulnr, por isso
<]UC pela morte alcaoc;nram o goso da
SENHOR BISPO !JE EARCELON.t
bemavcn tu1·nrn;n eterna., é bem mHural ((011l ii11U1f(ÍO do 11, 25.)
que no 1. 0 de NO\e ruhro se celebre. a Para fozeL' ... obrcsa hir a mi:;cria a fc-
morte de todo-;, ou o se u triunfo na ves- altlade de taes ns~e rc:oens dc,e not:tr-se
pera mcsn10 do di ,1; cm que t·o mnrnmo- o t,eguinte: « Asseguro-vm,' que o culto
-ra os fnneracs de Ioda a familia de Adão. catholiC'O não co rre neohucn perigo com
É n'es~e dia, ao pas~O que OS YCnlos a com pctcnci a d 'o ulros. .» E:--te modo de
assobiam em de redor das Yclhas. Egre- diM'Orrer não só se oppocm l\ verdade
jas, que a r(\ligiào ranl:~ em seus santua- religiosa , mas tamhem à ,·cctn ,·asão ...
rios e~lc hym no a lod os os Santos: Como pú<le crêr-se que nm ~ó culLo nfio
« Nós mortnes reunimo-n os al egre- co rre ncnbnin perigo cm compclcoc:ia
« mente para rantar ac; palmas e as co- d'outros :1 Pois que;, a scduc<:ão, a· cu-
.,
~
JB3JP?JB3JL
servir melhor a religião que o bispo, por- zas daquelle que mú!Te no gremio da
que declara aos protestantes fora da com- Egreja com as d' um infeliz que viveu e
munhão chrisran. Esta censura só póde morreu fóra della, é ele certo um calho.:..
ser filha <l'uma crassa igoorancia. Por lico de novo cunho. Sim, amados filhos:
ventura os prolestantes, ainda mesmo isto é contra o que sempre desejou, pra-
baptisados validamente, deixam de ser ticou e mandou a egreja de Jesus Chris-
hereges? Ede que maneira hão-de estar os to, e não é possivel que o snr. communi-
hel'éges na communhão christan? Não cante nos mostre o contrario. Avança ·
tem que fazer allu&oens,.porqne nacom- muito mais que os protectores <los ce-
munbão de Christo não cabem nem estão mitel'ios e suas consequencias, por que
os protestantes. Communhão é partici- afinal estes limitam sua preteoção a um
pa<;ào dos direitos da sociedade de Jesus logar decente e vedado aos brutos, aende
Christo. Communbão é paz, sociedade, se reduzam à pó os despojos da mortali-
unidade. E que participação, que paz, dade d'um ser racional. Isto é humani-
que sociedede e que unidade bào-de ter dade. A pompa e festa funel>re são mui-
os que estão divP.rgentesnospontos pl'in- to mais. Porém o querer mü,turar as
cipaes e não principaes privados e sepa- cinzas dos ca tboliros com as do.s dissi<len-
rados das relaçoeos i ndispensa veis com o tes, nem é humanidade nem urbanidade,
viga rio de Jerns Christo? Não, não. Ne- mas sim obstinação e oppo:iiç5oaos prin-
nb uma parte t.em a luz com as trevas, cipias da Egreja calholicd, apostolica,
nem os membros do ,1erdadeiro Dens r9mana. Portanto vos rogamos e recom-
com o.s de Baal. Não vivem do seu espí- mendàmos, amados filho~, pelas entra-
rito nem da sua · Egreja, nem sua seiva nhas· de Jesus Cbristo, que despreseis se-
<li vina e vivificadora circula por esses ra- melhante communicado, que facilmente
mos seccos e aridos, destinados ao fogo póde fascinar os incautos, e o ólheis co-
eterno se não se emendarem. mo u_m laço armado ao vosso calholi-
Porém é já tempo de dei,encerrar- cismo.
mos o v~u a fün de que tudo se patenteie. Desejamos occupar-nos l,revemente
Notae bem o seguinte: « No dia em que com o 1'ribu110, porque a vel'd:ide e a jus-
o catholicismo se mostre intolerante e tiça, calcadas aos pé!! por aquelle perio-
exclusi, 0 e que se horl'orise pela simples
1
dico, assim o reclamam. Não sabemo~ 5e
ideia ele que as cinzas de seus filhos se' o auctor do artigo, correspondente ao dia
confundam n'um mesmo cemiterio 1 na- j 6 de Outubro, terá lido a nt1ssa pasto-
quelle dia se extioguiti.\ o fogo vivifica- ral. Basta para alguns tet· ,·onta<le de
dor. etc. >> L,to é o que diz o snr. com- impugnar, para o fazerem. ain<la me,rrío
muoicante, e bastarà isto se vo1- faltavíl à cw·ta do seu proprio credito. a O snr.
alguma coisa para dellc formardes uma bispo de Barcelona, diz elle, censurando
justa ideia. · A nossa já e:-tava formada na sua admoe~tação de 2 do corrente
desde logo pelo unico facto de tomar pat'- aquelles que defenderam a justiça e con-
te neste assnmpto. Conhecemos de perto veniencía de dar uma sepultura bo~rosa
certos escriptores que fazem dos calholi- aos chrbtãos dissidentes .. .. .,, Nós não
cos protestantes para que os protestantes censuramos tal coisa, porque a temos e a
sejam catholicos. Bello catholici$me> ! Es- olbaruos como uma e.tigencia <la buma-
ta fusão, se não é . feita pela caridade 11idade. Nem urna só palavra dissemos
cbristan, não vem rle Deus, e se ella não re!-peito n ce.miterios, 8C bem que censu-
vem de Deus, fujamos para longe della. ra mos aquelles que tomam por pretexto,
Paz, paz, e nao lia paz. A paz existe segnndo 11arece, o ponto elevado dos ce-
quando se estreita e abraça com a justi- miterios, para olfcrecer ú vi:.ta d 'um po-
<;a. Justiça é crêr e obrar segundo o nos- vo eminenlem<•nte catbolico, como é o
so dever, e oluar e respeitar o vigariode espanbol, o quadro repuguanh·1 do pro-
Jesus Christo, como Deus manda. Pres- testantismo, adornando-o com taes cores,
tem esta santa submi!'lsf10 e recebam a lei que ·parece a realidade do ma~s bello ideal
que de certo serà mui suave. Porem religioso. Levantamos a voz contra aqnel-
continuemos. le& que esct·evem como o Tribuno: « Se
Um catbolico, apostolico, romano, • s. s. tivesse calculado que nnfoamente em
qne não se horrorisa de misturar as rin- ffü;panha e alguns estados insignificantes
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
.. .
ó que està prolul,id,o o exercicio de dill'e- gun taõ arbitraria comi) injurio~a e des-
rentes cultos .. , l) E inconcebivcl, ama- presivel para com O!i ungidosclo Senhor.
dos filhos, o dclirio de certos cscl'ipto- Parece qne certos homens se conjuram
res, ,;iuando esta õ fazendo exforços de- para apreseutat'cm uma religiaõ fo,·jada
sesperados para nos tirar a unidade reli- em seus delirantes cerebros.
giosa, perola preciosíssima que naõ se « A íleligiaõ curistan, continua, pon..
pôde compraL' po1' tudo o <jlle ha no clo de parte sua procede.nci,1di\'ina, tcin
mundo. sido o peusa mento muis sublime de quan-
Apresenta-nos o exemplo de Rorna,, . tos tecn formulado a ülosofia. » Sirnilban-
porém se m reflexionar que naõ é appli- tc as~er<:aõ eeviclentemeotc falsa e con-
,:avel á ITispanha. A duplicada suprerna- tradictol'ia. A re\igiaõ christan é obra de
cia-1o ch efe e as particulares ci1·cunstan- Deus, r. a filoso fia é j nca paz de a form u-
cias dac1uelle emporio do mundo a cons- Ja r, po,.que todos os esfor(;os da scicncia
tituem em nm r:iso d'excepc:aõ. Alli exis- naõ tem tido o poder de inrentar nem
tem todos os elementos pr·eciws para combinar o que u sa bedoria increadn pude
co n-rnrter em bens o que em outras par- unicamente produúr para a sal\'ac:aõ dos
tes naõ p,·oduiiria senaõ inuumera\'eis homens. Porém j !itO é mui pouco, com-
males. Os judeus saõ \'igiados, reduzidos parado co m a t:HU:.ial que indica, porque
a um C!l trcito circulo~ e pode-se dizei· «ecuanl'ipando a c·omciencia individual,
que. teem marca<ln na sua frente o sello creou o exame, que e a . liberdade e o
de sua perfidia, e :saõ um testemunbo pe- progre.!;so. )) Aqui temos o principo pro-
renne do c11mprin1entc, das profecias e tcsla nte. Aqui e1>tà a ra,aô, unida ao exa-
da verdad e da Bcligiaõ que se 11..les prega me, e de na<la serve a auctorida<le, so bre
officialment l'. E <'o rno prornrà esse es- a qual !,C ba ...eia o admiravel ed1licio da
criptor q11~ nossos tiros sl1Õ exclusiva- Egreja. E-..tc me.;mo erro vae seguindo
ment e di!-parados de intençaõ propria até C'hegar a ir.~u ltar alguns prelados da-
contra os pcriodicos progressistt1s de Ma- quelles tem po!-, dizendo que o ordena-
drid? Será aca&o esta uma tpte-:,l;io <le rhm de difü•renle man eira. « Nos nos in-
partido~ Que Lc,n o Cl't'O cou1 a politica, clinamos, :,junta elle, para o lado de Je-
ou par,1 melhor dizer a origem ele t<ldos sus Chri!-lo e de se us discipulo~.)) Isto é
os erros religios:is que é proclamad:1 por mui comet1ucnte cm uma penna que so-
algum,? Se elles poi,suem a fun esta ba- bre taes matcriai; csti, espalliaodo os mais
bilidadc de e!')tarem c:ontinuamente sal~ pe roit·i nsos err():s; porque e mui logico o
tando de umas questoens a outras, en- inferir pue depois de .le~us Ghri:,to e ~ens
,·olrendo-as todas, nôs, naõ, nem a te- primeiros di-;cipulos, oaõ se de\'e crêr,
mos, nem a qnc remo~. Pol' vent111·a naõ 1fem confi a r em se us 1:,uccessores.
· saõ e!-tes sen hores nossos frm aõ.,; por ftcsta,,a toda ria oulra cxtrnvngancia
queu1 rogamos a Deus todos os <liai;, e sol>re n mnral do protestantismo, ~o que
por cuja· siuce n1 conver1-aõ e sah•ac;aõ es- diz « que e fundam ento de toda crenc;a ,
tamos di~po!-tos a derra mat• nosso san- e é i<l cn ticn f1 no:;!>a. » Como logo temos
gue ? <lc oceu pnr-nos ctJm alguma cx.teo~aõ
Naõ acom mctternos a nenhum pro- de~te importan te a!-sum p10, oos limitare-
grcs~j .. 1a, mas :.-imos erros que justamen- mos por ago ra a assegurar, fazendo todo
te deploram os em alguns homens que se o fa\'ur pos~h1el ao Tribuno, que nem en-
dizem dessa com munltaõ. Equem o obri- tende a moral do Cbri~tian ismo, nem a
ga, diraõ elles, a embaraçar-se com aquel- do protestanfümo; e du vidamos muito
le:- que naõ HIÕ ~eus subdil os? Dcixcra- que este periodiqui, ta saiba o que éa n,o-
)hl~S rc~pondercmos, <le dirigirem se us rnl, quand o allirma <]Ue é o fuuclaniento
cscriptos ao!- nossos, e entaõ lh es respon- de to<l.i a cren<;a,
deremos d 'o utra maneir.1. Quem naõ Qui1.eram sei' indulgen tes ao qualiG-
<leplol'ar!, c1 ceg ueira elo Tribuuo, quando c.i r a~ palanas ~cguinte1>: d~ npc!ial' de
afnrma « q11e offendemos o clern da Eu- as!', im o reconhc ce1· a Egreja c<.1tholiea. ))
ropa ioleirn que partilha ae~le ponto suas porem nnõ no1, é possi\'el, porque foz-se
icJeias rnligio~as P » Em nome do c:lcl'o uma grande injuria à Egrcja catho]ica. e
cntholico, apostolico, romano da Europa naõ poderuo:i deixar de protc .. ttu· em seu
inteira protestamos- cootra uma Hogua- . nome contra similbaute blu~fem ia. Dfa,
..
- +r:st
~
JB3JP?JB3JL
..
e·
lhidade, que ,w terra é ele luto, masque rolina Lca, naturnl de Liverpool em
é de galla no céu em rnsão <las mu it.as ai· Ioglater ra, sendo mudrinha dn neofita a
mas, que n'estc dia là entram. exm. condes~a de la Margheritn, esposa
3. SF.~TA-I'ElllA-Resa a Egrcja hoje do <lo anti!l:o
,_. mini~tro dos necrocios
V e.slran-
-terceil'o dia da oicta va de Todos o~ Sa II tos. ge iros no tempo elo pa~s.i do governo.
ú. Si1nn.loo. -S. Corlos Borromeu- Outras semelhantes ahjuraçoens de pro-
<lcscendenle da nobre familia de Milão, testantes tem tid o logar .-ecenternente
que usava e~te apel lído, foi, ainda mui to nesta cidade, mas sen tim os não podu
joven, ioiciaclo nas primeiras ordens da referir 0:-1 nomes desses convertidos.
gerard1 ia ecelesiaslica, e coo lin nou a a per- O governo mandou no dia 1 O de
feiçoar os seos estudos na cidade de Pa- Março 1ieque&fra1· os hens do se minal'io
pia·. Provido depois em uma abbadia, diocesano de Turim. A admiuistracilo
logo tirou de condiçflO a seu pne, que na- elo seminal'io protestou como era de ~eu
da dos seus rendimenlos havia de ser dever contra este pur abuso de poder.
destrabido da appl icação que de viu ter:- Tem·se disc utido na <·amara electiu
ª suslentaçào dos pobres. -Sen Lhio, o a proposta de Jei sobre os abusos da pa-
papa Pio IV, o nomeou cardeal, e depo- lavra e~cripta, impressa e fa ltada contra
i~, arcebispo de Milão. Todo se empregou as inslituiçoens e go\·erno. A lei p:-tsso n
em levar a eíl'ei to as reformas decretadas com maioria, com pena de c:.i rcel'e por
no concili.o de Trento, que acal>av.-1 de tres annos, aos ministrns do culto que
dis:;olvt!r-se. A instrur<:ão do clero me- abusassem no exereicio do seu ministe-
receu-lhe p·articulares cuidados, como rio, da palaun <le Deus.
quem via que pende daqui o bom de- SuEc1A. -A pcrsego ição cont ra os ca-
sempenho é.le seu augu~to mini:.terio, e tbolicos continua por parte dos lutlie-
escrcreu, ent re ou tras obra1-, o ca thec:is- ranos de Stokolmo. O parocho calho-
mo elos paro<'ho.s, cheio de sabias ins- lico de Stokolmo o benemerito abbade
tl'ucções cm moral. . Qnanclo cm Milão Bernr1rel, aca ba de instrui,· na verdadeira
grassou um contagio <lesola<lor.z elle era o religião as senb vras Fuok, 01f~rman,
primeiro a correr ern socc1Jrros dos em- Schultz, Andet'SSOJ), ,vallender, Muller,
pestados, jà administrando- lhes os sacra- e a menina S. "'vV. Lundgrcn nccusadas
mentos, jà dirigindo lhes palav1·as cons~- estas diante elo consistorio lu ~herano de
lacloras, jà finalmente deixan do- lhes al- Stoekolmo, e confessando a verdade, d~
guns meios pecu niarios, de forma que cl'1erer viver e morrer calbolicas foram
nesta uccnc,iào até o proprso leito mandou por uma sentença d eclaradas mortas
·parn um eafcrm(), i dalli em diante so civilmente, e expu l&adas perpetuamente
cm cima de uma nua tahoa tomava al- do territorio sueco. O parocho recebeu
gum de~ca n<:o. Promo\'cndo uma pt-o- iotima<;flo ele cessar com as instrucçoern;
cisl'>ào de penitencia para apasiguar a jus- que fazia, este respondeu redondamente
ta ira d~ Oeus, dlc descal <.o, com uma que ntio obedeceria a semelhante 01·dem.
co rda ao pc!iCO(jO, e nma cruz aos bom- O pintor Nilsson fe,·cnmenle pel'se-
bt·os tran:-ilou todas as ruas de Milão. In- gui<lo pela sua conversão moneu exiladc,.
do ao monte Varal, onde bayjam os pas- e victima dos trabalhos que leve que 1iof-
sos da paixão, e pa~sando ali alguns dias fre r no hospital de Copenlia gen.
em mab as~iclua conle1npln<:ão e maiores :Na constitl~ic;ão sueca ba um artigo
penitencia,;, so breveio-lhe uma feh re. e que protege :i li berdade dos cultos! ! Não
.sendo trasi<l o para MHüo, ahi deu a Dens ad ,nira: a liberdade dos cultos costuma-
.seu cspil'i to puríssimo no anno <le 158li. se enlen<ler por Jiberdade de todos os cul-
ª
5. DomNGo. -Dominga 2. de No- tos, menos o verdadeiro! ! !
0
vembro e 22. depois de PeoleCo!,te!-. ..6!L '"'7 li(~---
No impedimento do nv. Sr. Conego 'fhesottreir0
<tlDU!@~llef!à lli!:!~ll~ll1:>iHl<) Mor, o Conego meutcrio M. da S. Rosa prefü1e ao-
J,ê-se oa Li'amilia Catolica, respeitavel Publico, que, en, consequcucin de coocer-
h .tLIA.-Tnrirn á de Março.-Hoje tos indispeosovcis cm que se a<:lla a torre da Cathedral,
fidto ali interrompidos cs 10,1ucsdc sinos, sendo estes
na egreja paroC'hial de Santo Agostinho feitos do outro lado ela lgreja, por sinos pequenos.
o reverendo prior dílquella egreja rece- Maranhão 26 d'Oulu bro de ·1S5lr.
. beu a abjurac:fln e baptiso•1 , sflb condi-
Maranhâo-"fyp. de J. e. M. ,ra cunha 'J"o,.,.cs.
tionc a seuhorn D. ~cnma Victoria Ca- t:uci d:H' IJ,rrbct:-os n. S.
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
~NNOI Segunda-reira 6 ·de Novembro de 1854
OCHRISTIANISMO.
' PI\F.ÇO DA SUC.SCnif>ÇA '0.
w
ffi I ASSlG:'iA-SE:
l',,r un, 011110......... 8$300. W !
n... .,.
,-.go a..,,an 1ac1o
t
11 SPis m , •1.l'S ••• ••• • • t.Sf>OO.
• ,,...,. n1c-,e$ ....... 2$800.
,\ vul,;,,s...... .. , ... ,.. St40. i
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!Xa llul ela Cru1. n. 30, e na :.t'ipograptiitt
A deste
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Jornal.
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tes á Deus viviràm sem lrt,lmiiJu:,; antes vir à Deus, e cumpri~!~em, Mandamentos,
·fato se deve snppor como cousa certa; tudo irá sempre de mau á peor até a ul-
porque é verdade, que sam muitas as tima e fata l ruína .. N'esta maxima p r in-
tribu la<;Ões elos justos; p~rcm lambem o . cipal concordam todas as Divinas &crip-
é, que de todas ellns ·os 1,ivrará Aquelle, .ª
turas,· ~ cada pasrn eatamos vendo rea-
que os protege-Deus. E isto o que le- lisada. E esta a sciencia mais verdadeira,
mos em um dos Psa lroos de David:. mul- que devem os homens aprender, sem a
ite tribulationes justo1·tm1, ~t or~mibus his qual andal'àm sempre na ignorancia.
liberavit eos Domin11s (1 \ A grnnde Pro- Fr. V. de J.
videncia <lo Altíssimo para com os seus
escolhidos nunca de ixa de os amparar. (Continúa).
Muitas vezes Deus manda aos que O .
temem a tribulação, e os tr~1balhos, para
que mais se Cirmem no seu saoto servic.o, t,á\~T®~~~
e reconheçam que, por este meio tornar- do
se-ham mais amados de Deus, e mui sa- SENHOR BISPO.DE BARCELONA.
biüs pàra conseguir o tn::!io,; bem de suas •
almas que deve ser o primeiro objecto de (Coutinunçãc do 11. 26.)
seus cuidados. Tan:1bem nos devemos occupa t' com
E na verdade não ha cou~a que mais u jornal a Nacion, e o faremos succinta-
ensine ao homem, que sejam os traba- mente. Dois extremos étbrangem seus
l hos. Parece que i:;to mesmo chegou a escriptos que temos á vista. O primeirn
d iser o Apos~olo S. Paulo ainda do Filho é o <los insu ltos, e fica plenis~imarnente
~1e Dcrn; Humanado-que havia aprendi- absolvido e perdoado por nossa pafte de
~o do qne padeceu por_nosso rernedio : di- todos aquelles qne não contem injuria ao
dicit ex his qampass11s est (2), o que só se decoro da nossa d ignidade, que devemos
pode vet'ificar da :iciencia experimental, con<luzil' illesa. Nos fazemos bem em tro-
como explicam os Tbeologos .... co do mal e orac;oens pot· imprecnçoens.
A maior conso lação que podem go- ~o outro·, comprehende erros, e a esle
sar em t-eus trabalbo!I os justos, e temen- respeito nos refedmos ao que jà temos
tes à ·Deus, é lemhrarem-M1 que os rece- dito, pot'que nada ajunta de novo ao que
·bem da mão de Deus. que os ama mais, tem consignado seus co llegas, de quem
·que eiles à :.i mesmos, e·<:!u~oSenborque antes nos occopamos. Hecordamos-11..ic
·o s aOige, é o m e1,mo que os confo rta, co- de passagem que nem uma so
pa lavra
mo diz a E.. criptura Sagrada; e se algu- proferiu~os em nossa pastora l a respeito
mas vezes Jieam privados do:, seus bens de cecniterios, e não obstante este perio-
tempon,es, podem depois alcançar mu l- dicu repete até a saeiédade semelhante
tiplicados, como aoontcceu com o S. Job, especie, attribuindo-nos o que jt1mais nos
e outros muitos de quem nos faliam as veio à memoria. Sabemos até que ponto
·Divinas Lettras. chegam as exigencias d;t humanidade e
A conclm,ào certa é, que o amar, e ern honra-la não haYcmos de ficar atraz,
temer a Deus, o guardai'· attentos e dili- nem da 1\Tacion nem de nenhum outro
gentes a sua Divina Lei, eSantos Manda- perioclico. -Porém d isti ngamos cscrupu-
mentos, é o unico principio de to<la nos- losaménte o que a ella pertence e o que
sa verda<leira fe licidad r , e boa fol'tt1na pertence ao culto•protestante , o qua l não
n'este rnundo, e e1co o outro dà vida eter- devemos a<lmillir, uem tão p.ouco algum
·na, que esperamo ... It i~to o quecon\'em acto qne.lhe possa abrir a porta. Nossas
aprender, e ensina i· oppol"luna e importu- vistas Hxa-vam-se n'um· ponto bem mais
namente à todos aque lles que, desejam alto . .. . No das rnrdadeiras doutrinas,
ser felizes, gosando os verdad eiros bens. que debaixo elo pretexto de cemiterio.~,
-E como de facto, onde ba o temor de eslav,am soffreodo os m~is rudes ~taques.
Deus, e se observa fielmente SIHI Lei San- E escusado demorar-nos maisern dis-
tissima, tndo prospera infalivelmente; cu ti r, se com as concessoens de cemite-,
porem onde não se cuida ern amar e ser- rios e snas dependcncias, Liaviaru de af-
(1) Ps. 33-20. fluir homens de outras crenças e trazer-
{2) Ad Heh. 5-8. nos suas riquesas. Os que veem de-terras
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
longioquas o que buscam principalmente apresenta-los po1;co menos do que sair
é a fortuna, p~ra com ella regressar à tos. Um periodico <lesta capital cootinuoll
sun palria. Se se lem bram da Religião, n publicac;:fio do dito commuaicado, e
com isso nenhum inconveniente hão-de como aqni ha tanta aOluencia de gente e
ter, porque sendo uma Religião qu e prin- tantas circumstancias que poderu indu-
cipalmente consta d 'actos pri va dos. tarn- úr ao erro, parece u- nos oppr,rtun o rati-
becn se exerce pri \':-ida,oente. Finalmen- fi car o que jà dissemos e desfazer lama-
te, notan1os que se l'epetcm mais os tex- filh os cquivocos, dando a con hece r um
tos sagra dos no artigo da Nocion que nos pouco a seita. I~ e~le o nosso dever, por
<l os seus collegas, ab11~ando delles d'um qu e detemos propngn nr, e confiamos na
modo mais rcpn, beo:.ivel. Nosso Senbut' infi nita rniserico rdia de De us Nosso Se-
lho não torn e cm conlc1, nem pcrmitta nhür, qu e ao largar o pontificado, ficarà
p or sua infinita mi,crico rdia que as pa- tão integro.º sagl'ad o depo1,ito da fé e da.
bv1·ni1 de vida sejnm palavras d e morte unidad e como o rece bemos de nossos ve-
para esse clc!-graç:H1o. nera veis predec e,,su re.!-, que e~tão na san-
1
mas clau!,ulas do se u etcriplo. Pelo mui- cnmentos o r?socns irrccusaveis que elle
to que o rimamos, acorn,ellrnmo- lo que lhe ajunta. E notavel a memoria apre-
não procure sua gloria ein esl'rever sobre sentada ao rei em 1780 sobre ns cmprc-
as pa1,tornes do bi~po de Bat'C'elona, ora ~ai; elos protestantes, pela assemblca du
affil'mando, ora nngando a submissão ao cle ro de França. Nüo o é menos o Me~
mesmo, ele uma maneira vergonho!>a. rno1·ial d 'um ministro da mesma nac;ão,
Uma da:, peores notas c111e púcle ter um redigido para SCl' lido no conselho do
cl1ri.-,1ão é o escrever em sent ido pouco• re i, que teve logar em 1787. Bnlmes~
conforme sobre as dou trinas san tas e vel'- em sua celebre obra <lo 1n·otesltmtismo
dacleirns <l'um bispo <·ntboHco, npostoli- compm·ado com o cathoLicismo, conf'nndiu
co, r')man o. A histo ria apodera-se de Qs proteslanles judiciosos, e os fez em-
tu<lo, e quando a postcridac.lc examine mu<leccr. N' uma palavrn, todas as histo-
alguns actos de no~sos dins, certamente rias e:icnptas por homen5 intclligenles,
se en.!herü de e.. panlc, e admirac;:"io. Não críticos e imparciacs. são outras tantas
se a1-soC"ie aos periodico!\ ccm.urados, por rcfutaçocns do prote~tantismo, de mais
que uma mà l'éHISêt, creia-111)s, não se ou men os merito, porém todas victol'io-
jui>tifJ cn pcir mais 11m protccto1·. ~a~. A sua cnell.aor refuto<:ào é manifes-
Temos formado umn rese nba, ama- tar a sua otizcm insolente, os horrores
dos filhos, <los prinC'ipacs erros que em que a seguir;m e a viola1;üo de todos os
dctí·imeuto do:, inlcres.,cs publicos e 1·c- direitos.
1i~iosos ~e c..,Lüo suslcntuudo e propagan- Não parecia destiaa<lo a \'Í \'er nem a
do por algun!, C!,cri ptos e perio<lico~, pre!j- ter mais duração que a d' um relarnpngo
cindíndo agorn, como ~cmpre <le suas que se <leixa ve1· por n1guns mom e ntos,
inten\·oe ns. A-; idcia·s culminanles <Jlle se bem que para causal' o c:-;panto e a
apparerern !-ào principalmeole as dos pro- destruição; poré m a misel'ia humana é
tc~tantei-, e podem l'::t\11',a r gra vissimos superior a Lo<la a êXage1:aç{io, e n ~eguei-
dumnos a vos~a:,, nlmas. E.. ta considera- ra, nascida das pai.xoe ns, fogt? <la luz e se
c;ào, de tanto pel'-O para ~ó.. , é um moti- precipita nas L1·evas; no immnndo c!rnr-
vo podetosi,sim0 qu e nos iinpellc e de- co <laquellas, Leve origem o p1·otestanlis-
cide a não largar a pen na nt<· ,•os. pôl' a mo que, por forma diver!,a d 'outras he-
salvo tia 1,ecJucc;.'10 e do .. nrcfo, tão foroilia- resias menos ,HJ<lazcs, tomou à sua conta
res aos inimigos da ,·pr<l,,dc. füio tern e- trao . . tornar o dogma, a moral, e a clisci-
mu3 tanto o prute.. 1aofi:-rno como o in- plina cfa Egrcja. A occasino era fovora-
differcnt i~n10 e rnciooali~mo, ~cus sate l- , el, tudo l ::,tan1 prompto e soo u a hora
1
lites, cuja malefil'a iníluencia <le. . grac;a- fota! <la revo]ução. Prctc-xtou ribusos,
<lamente 1,e toro,, bem ~cn:;ircl na época niio p<t r;i 01, corrigir, mas parn se justili-
presente. Cill' e toma-los por mo1ivo, ajuntando
T(lclos os argumentos clest:-,s seitas Re· outros mais prej u<liciae:. q11e osallegaclos.
acham reduzi<lo:; n pô, gra<;as no genio Naõ :.e pode lêr se m horror a con-
in vel'-tigado r clo1-, d o11 to1·1·.!-<·a tholicos. Bos- d11 cta lice nciosa e libe1·ti11a elos pntriar-
suet combateu com o mais feliz c~ito os cbtls do protesta ntismo. Jnauguraram a
erros dos prnte,ta11tcs. Rouraglin com- C'hamncla reforma po1· ironia, proclaruan-
pcndion e ape r fei <,:00 11 uni pouco seu dn 1111H, libe rdadcsem limite~, uma egual-
metboclo. O pl'i111eiro reu niu e.xcellentes dade chimerir.a, <le<'laran<lo-sc contra a
<lndos e c~C re\'eu tão atilada e co n~cien- auctori<lade dm, lt•gitimas potestades com
ciosamente como o merecia o a~snmpto. n peuna e com ai,. armas. Divididos en-
Ü segundo t•o nfi ou ('OUl l'él'-ãO no aualisa- tre si e sem um centro, porq ue Linbr11n
do engenho e lino la<•l o do primeiro, e C'oml.rnt idn o l'-Uprerno regulador n t'IÕ lhes
a11,bus apre:-cntar::im um tra ba lho com- importava o contrnclizer-se, nem val'iar
p leto. Sir William Cuobett, n'nma serie ã cada passo. A lithurgia em língua ,·ul-
de carias dirigidas n rodos os inglczes ga r cativou a muito!-! ignoran tes. O mi-
seo!'ia to.;, mostra q 110 o prote~lantismo ni~terio re ligioso e a ndminblrac:aõ da
tem ~ido a can:-a <la pohresa e dc!-regra- Egreja , entregues a seculares, eram cu-
menlo do povo inglcz e <la ldanda. E... te hi1;ados pelo11 principaes de entre os po-
celelJ1·e e~t:riplor n~o pretende que se <lê vos. A aboliçaõ dos exercícios :rnsteros
credito a suas palauas, mas sim aos d o- élgradava ao~ homens carnaes que t1e lla
-
cncúnt1·a vam a auctorisa<Jão do divorcio
e da poliga mia. Nem tão po uco faltava
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JB3JP?JB3JL
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~ j l~i35elr::rrati:1::PFwa:JQ.i#&"3tiê-4~;; t • .
. ,
sensh ,·e.1l111ento11101 rragroo1iam , bcnc1ll· Onde, apenas Rachel forJ110sa viu,
eens 1111, uil.
Ctn. cap. 21. r. 1, 15, 27. Seu puro coração bateu d'aruor.
Jsac, que largos aonos j á d'edacle P' ra ser esposa sua, com fervor,
Contava, :ulensns trevas redusido, a filha de Labão ao pae pediu,
Qniz um dia Is:iu, filho querido,
Que em dar-lhe sun mão só consentiu
Em noru e allençoar da Oíviodatlc.
Se fosso por sete anoos seu pastor.
Rebecca, que atéli mais amisado
ror S<'U filh o Jacob tinha sentido, o praso.tlos sele ::innos :icallcu;
Serviudo-lbe a ccgocira ,to mal'ido, l\las La.l>ão, qoc nacbellbe não quiz <.l ar,
r •ra do fil ho f:lscr a felicidade. Por Lia, que ora feia, lh'a lrocou:
--
lsac, que na cilada n~o pensava, Viefrn.
Jacob ahençoou, tenuo nn incute
Que seu filh o Isaú abençoava.
Vieira.
l\llNIS'fEUIO DA Jl,;Sl'IÇA,
Dee,•eto ... 777 tle Cl ele lojC&eaubro tle 18511,
-Por pa rtici pa<:ilo ollicia l a
Exc. Rcvm. feita em <laia de 2']
Vedara com7Jrelte11didn.~ 11as disJJO.~içt'frs do m t. d'é\gosto uhimo pelo Rcnu. Sr.
:1 2 da lei u. 580 de li dcsc:ten1bro <it? 1850, as
duas /otr,·i"s co,u·Ptliclm, prla assrmblta prorin- Cooei)'O
o Josc J oa uuim
, Xélvit'I' de
tzill do ili aranhão pn1'11 fls obra.~ do com:ruto de Barros, sabe-se que no dia '12 d'a-
Santo A ntoniorúi r11pital da mesma JJrorincia , quelle mez ao 111eio dic, follecêra o
e:rlmlddas em 1852 e 1863.
l~.{ m. o Re\•ro. S,·. D. Francisco
-Hei por bem ~anc<"ionar e mandar Ferreira d' Azevedo, Bispo de Goyaz,
que se execute a ~cguinte res(lluc;ão da :,,endo sepultado no dia 13 às 7 110-
nssembléa ge ral l,•gi~la tiva. ras da tarde, com todo o ceremonial
Art. uniro. As duas lutel'ias concedi- re&pecti vo, na Capclla de N. Senho-
das pela ;ts~cmblen legi:..lati va provincial ra da Boa-morte, Jazigo determi-
<lo ~h.ranlião cm bcucfieio das obras do nado pelo mesmo Exm. Sr. e por
convento de Santo Ant nn io da capital da eHe marcado com a mode~ta e uni-
rne~m~ pro·dncia, CAlrabidas nos ,rnnos ca pa\arra-Pcccavi.
ele •J 852 e 1853, fican\ co mprchendidas O Berm. S1·. Concgo Barros.
na di:;po~ic;i'to d<1 art. 1:2 da lei n. 58G de que desde 14 de Junho ele 18lt2
6 de setembro de '1850; re,ngadasasdis- 1-ervia os luga reis de Provi~n r e Vi-
posi<;ões em contrario. garin geral naquella Oio,·ese, foi
O \'isconcle de Pa,·an.\, conselheiro por di:-po~i<;flo tei,; tamentarin e ul1i-
de el'llado, se nado r do impcl'io, pre~id eo- ma vontade do Exrn. li nado, no-
te <lo co n-.elho <le mini~lrO!i, minbitro e meado Governa<lc,rdo 13ispa<lo 2 com
:iCrrctario de estf1do dos negocios dn fo- o m,o singular <lc,toclas n~ faculda-
zemla, e pre!\i<lcnlc elo · trílmnal <lo !be- de~ por elle excr('üfos no Ili~pado
so uro nacional, a:-:,im o lenha entendido por vfrtudc <la EncJdica da Con-
e fora e.xecura,·. grega~üo- dc Propaga nua. fü.le-
i>ufocio do Hicl de Janeiro, em 6 de . em audieocin do Sant() Padre Grc-
selem bro de 'l 85lt lrigc-.imo terrefro da gorio XYl de 2.3 d,· Julh o dê ·}Súlt
indepcndeacia e do impc1·io. -Com a ~ ultimamente ampliadas po1· mai~
rubrfra d eS. ~1. o impcrnc1or.-T7i~con- , 25 annos pelo Breve do S. Padre
dc t!c Parnmí. Pio D. 0
Consta-nos maif'l quo o
- =-
Pioa<lo era noong<' nario.
-No Domingo 'lV do p. passn<lo tem
Jogar na Eg· eja da \ 'irgem Santisl>i~a do Descance na pa: do Senf,or.
llo!-ario, a fe:-.tívidade do ~fartyr !Santo
Efobão. Houve vc11pcra, e missa ~olem-
ne, orando n'c:,la por occasiào do E\·an- ..eA..""" • t!!iã - --
O'elbo o Revm. Sr. Antonio Tavares da - Em virtude da rcsoluçflo tomad:i, pela Congrega:
ção dos Lt!ntcs do Semin;irio lipiscopal tJest:i ridade,
Silva, Inspector dos Alumnos do Scmi- cm o din 3 do corrente mez, o Secretal'iO d:t mesma~
nario Epi~copal. abãixo assignado, faz scientc ao rospcita,·cl publico,
-No 1. 0 do corrente, pela~ 7 hora~ da · <1ue no Jin 6 do corrente em o .mesmo Seminario, pe-
las 41 /2 horas da tarde se dar:. principio aos cx::imes
uoit<', sa\u do Cemilel'Ío da Santa Casa das At1!ns do anho lectlvo , rome('aodo pela cte
da Misericordia a-Procis..,ão do.. Ossos- Gr;immnlica e Lingun lalina, e precedendo a eslc aclo
uma ora('ão de sapil•ncia, que ~erà recila,h por um
~l percorrei· a~ ruas da cidade. _Não obs-
dos Lentes <lo dilo Seminario no lgnja de Santo An-
tante o numeroso conc·m·so reinou em LOnio, com ºassistcncia de: s. l!xc. ltcwm, , do Exm.
tochl o SPU trarn,ito a boa ordem, e res- Sr. Prcsidenti:: da l'rovincin, Jo~ Lentes do dilo Se-
mit1:ufo. dcs do L ycêo, e mais pessoas gradas da
peito ao solemne acto- funereu in:stilni<lo capllal; Ouc.la a dila ora('àO p-1ra maior solc111nidade se.
pelc1 Egrejo. . . • . entoar!\ o Ll!J1ln10-'f/ e11i Crr11 tor Spiritus;- lr.r~
minado cllc terà lugar os ex.imes mcnciunados.
Ao recolher ela proct:NIO suhm ao
pulpito o Uenn. Sr. Conegn Elentberio O llcncílciado
M. da S. Hosa, qnc, nacl"a <leixon para Estcvtío Alues tios Reis.
que podesse salisfozer ao se u immenso ntarcmfu""io -T!J71. de J. e. M. dcl c,mlm 1'orl'Cs.
audito rio. 1111a dê>s Darbci, oi 11. 8,
ANNOI Segunda-feira 1;1 deNovembro de 1854 N. 28.Q
OCHRISTIANISMO •
l'i:l:C:,O 1) \ Sl,l;SCnlPÇh ·o. i'j_ V
t\ ASSIC~A·SJ:a
na
r L',,r
l•
u 111 ~11110 . ... . .... ssooo.
cl' UI do l • s,·i, UW2Cj.,, .. ... 11~00.
,-, ;o a ta • 111·:r. m~1cs ..... . . :!SSOD. à
v
l l'\G n u3 da Cruz n. 30, enn Tlpo: ro11Wa
~ <leste Jorn~I .
A, uh'),..... .. • .. . • .. . $240. \1
I! 1
,\'011 1·cn l m1íuU1$ pcNfere .~r,I snt,·1,rr.
S. Lu~. e. !>. , •• ;io.
-·- --- -: . :. _.____.:;·=~-- - -- - - ----------=--------- -:-+-AI
Finalmente ainda é o am()t' de Deus nos adrn rn os possui do, q nando vemos ,a
e do p1·oxi,no que oos pruhibe offen<lcr soeiedaclc christ,ia e ciril pcrturbadn dD
,, ,·e,·cladc, levant:H' 11tl-;os te5tcmunhos, tndns os la<l os e <ltl um nwclo doloroso ~
e offender é\o:; nossos scm ilhaole-; quer atoriní'nlnda e r.omo opprimida pelas
por píllaHns, e pensamentos, quer por ma is ll'ii,Les cala midades. Vós nilo o ig-
uossa~ .tc1:õe,;. (8. 0 ~!andamento - Naõ norais; as na<:õc:- f'hristàa~ i-àu neste m o-
levanwr:\, fobo lc~ternun l10.) mento n Lribuladas e confundidas pol'
:\au l>ai.ta porem mo~lrnr ao home:u g-uerras muitu cruci-., por di:iseasõcs in-
o caminho da vida, e pt'e<:i.~n aiu<la re- tc-.tina.:, por mt•uonhos terremotos, pela
,:elar-lhe o gern1en <la 111 orte que clle peste e por out ros males tdllictivo~. O
mesmo traz em si e applicar-lbe o rcme- que he mais pnra lamentar-se, hc que
dio. entre tantos male-; e rata~ tropbes dignas
Quando o liorn em é viC'io•:o, e :;e acha de Ja gr ima~, os lillrns<las lreva~, que cm
dis,ai1';Hlo; é um facto Hltc.sla<lo por nos- '.31H\ gt•rac;iio :;ào ,nai-. pruden tes C]llC os
lifl con~cicncia, e pela cren<;a uni\'cr~al, Glhos <la luz, co111 to,t, ~orle <lc arlificios
qne clle encontra todos os dias nas :ivil- diabolicos, ele 111.whina<;õt~!I e de ronspi-
tantes iuclinnrões de seu eora<~aõ, o.s Ira- rnc·ões,
, :ie ci,fon·n1111·ada
' Yc;r, mais cm co n-
ças de nma p1·:1funda degra<lnçaõ. A 11ue- tiu uM uma g11erra cn ~arnic~nda contra a
da do homem degeuerad 1, cli1, o maior ini-
1
igreja catholica e sua doutrina ~a l11t M,
migo do clal'i,tiani-,mo, h o /~mdamcnLo da em deslrnir e arruinar a nutu ridadc de
theologia de lnd,o: ag 11açocs anti.~·a,q. 0:; to<lo 1)od,, r le ::- iti1110 ' cm perrertc1· e cor-
11
mais celebre:, lilosofos da antiguidade o romper por lod 1 a parle os e.. piritos e os
reconheceram. l'ns para explica-lo re- coral,'.Ões, cm prc,pagar cm todo:; os luga-
concram a 11m cri me t'ornmeltido por res o n !ncno 1110l'L,1l do ir1deffê1·enti.m10 e
n.ossas almas cm urna , ida HllL!l'ior, ao da incred,tlidudc, cm conlundir todos os
passo q uc outro,, fa llnndo com a tradi- direitos divinos e lrnrnano .. , em :.uscitar e
çaõ 11nivor:-a l, ern,inaram que o gcpero alimentnt· as questÕr!>, a~ di:icorclias, as
humano íüra viciado em Hett cLefc. rc,1 nb1:,; e as rcbel<lia~ i111pius, não recu-
Or,1 C:,lc fae lo de L1111a ex trema im- ando <l ianlc· de ner:l.rnm l'rime, de ne-
porlancia :nbrc que as tradições pagãs e nhuma m.ddadc, de nenhuma ter.la tira
a (ilo:-o lia naõ nos tinham dado sonaô fa- para aniquilar, :..e f'osse JIO!>~ivel, no:;s_a
l.H1bs, ou opioiõc.;, o Chrislianismo no-lo sa nta religião e até para dcstruirinLeira-
apresenta do nludo maic; claro, e plausi- mcnte toda a sociecfaêle humana.
,·el à rasfto, qnao<lo nas paginas de sua lle por esla razão que, no n1cio de
historia primitiva, nos m,,stra os 1·e pre- circumstancias tiio <·ri1icas, leml>rando-
~e nlaotc:- da humanidade violando a lei oos que pela mberic ,rdia particular de
do Creador, e corro mpendo em si mes- Deos possuimos o re<'ur . .o da supplica para
mo e.!>ta natu1·czaque nos deveriam Lraos- obter todos o~ bens, que precisa mos, e
mittir. conjurílr os male~ que tememos, nfio le-
T. mos deixado de erguer nol-sos olhos á
(Co ntinúa). sa nta mont:inlt,1, <la qual C!-peraCJ.Jos todo
o soccono. E na hu01ildnde de nosso co-
ração, nf10 es tamoi; cam;ado.., de invoca!·
e pedir a Oeos rico em misericordins co m
J,;11",·ellea do Snnto Paclre 0Pa1m Pio IX,
~ CJUAI conce1!0 uan jubileu unh•ea•sal:
8t1pplicali ardentes e fe,·vor·osas, que se
<ligue fazer que a guerra dcsnppare1;a de
A nossos veocr:wcis Irmãos palriarchas, primazcs, uma a outra extrewidade da terra; que
an:cbispos, llispos e outros orcUnarios, que estão em depois de ter acalmado as <lissen~ões en-
graça e em comruunhào com a Saula Sé àpostolica, tre os príncipes obri . . tàos, dê aos seus
Pio JX. r. P. povos a paz, a cont'ordia e a tranquilida-
de; qu e in::>pire a e:-. tcs príncipes um zelo
Volvendo nossos oi hos para todo o crescente e cad,1 vez mais dedicado pela
munrlo calhulico rivil t•om a solicitu<le e delei,, e propagnc:no da fé e da doutrina
os ·scn timenlo~ tle o o~a Cé:\ ridadc aposto- ca tholit•a, fontes prinC'ipae:- <la felicidade
lica; apenas podemo .. c.xpri,uir, \'enera- dos f::-.tados; que fiYre, iinnlmenle, os ~o-
veis irmão~;· o pl'ofundo pezar, de que berano~e O:í poro::- dê 1todó-s· õi, flagelos.,
~
JBJPJB1f,
~ Sl:-.& w:: e ne eere:mra s ii&Mi'P... 1 w .~ •
que os opprin)em, e lhes dê jubilo en- t:l nrecer nossas almas com a luz de seu
úhen<lo-os de todas as :verdadeiras feli.ci- E!'lpirito Santo, e que deste modo possa-
clades; que dê aos que estão desencami- mus a !'cspeilo da concepc;ào da Santíssi-
nbados o dom de sua graça celeste pal'a· ma Vi,·gem ~luria, tomar o mais cedo
os reconduzir do caminho da perdição possível uma decisão. que .;eja a maio1·
para o da verdade e da justiça , e con ver- gloria para Deos e para a p('opria Vfrgem,
te-l os sinceramente a Deos. Jà em nossa nossa q qeridd mài.
bem amadà cidade temos orde-nado pre- Para que, os fieis, que vos ~ão con-
ces para 1mplo1·ar a Divina Misericordia; thd os tenham nestas su pplicas um fenor
comludo a ox.emplo ele nossos illust-res mais a rd e n te e colhnm dellas frnctos
predecessores, lambem temos reso lvido mais abundantes, temos quel'ido a brir os
recorrer its vossassupplicas e às da· igreja. thesnurns celestes, cuja dispen:-,açào o Al-
He para este fim, venerave:is irmãos, tis!:>Ímo nos tem confi ado.
que rns didgirno!.- estas lettras, pelasqua- He pol' isto qne, apoiado na miseri-
es ped~mos co m viva instancia á vossa cord ia de Deos e na autoridade de seus
piedade e,uir.ente e experitnentacla, que san ios apostolos Pedro e Pau'io, em rir-
e,npregueis lodo o zelo e cuidado .pos~i- tude del)te pnder de liga r e desligar; que
vel em exlwrtar os fieis confiados á vosso o Scnho1· nós lem concedido. npeia r de
solicÜUlle pelos moti vos acima expendi- nossa indignidade, pela presente concede-
dos, para deporem por meio de urna sin- w os a tod os e a cada n m do!, fieis de vos-
cera peniten cia o fardo de seus r eceados sas dioceses de ambos os sexos, qu e, no
e esfoi·ça re m-se com orn<;ões, jejun~, es- espaço de tres mezes que cada um de vos
molas e oult'as obras de piedade. em acn l- deverh fixa r antecipadarrHmte e n conta~
mar a colem de Deos~ provocada pelos do diu que tiver sido determ inado, exa-
cri mes <l os hc,mens. · minando seus peccados com hurniJdade,
Fazei \'er aos fieis, como ,•o-lo inspi- os ti verem coofe~sado com um arrepen-
rarem vossa fervorosa piedade e vossa 1-a- dimento since ro , e purificado com a ah:.
Ledoria, quanto são abundantes as rni- solvição sac ramental; ti verem 1·eccbido
~er icordias <lc Deus para todos nquelles com respeito o sacramento da e ucbaristia
que a provocam; que força tem a ot·açào e visitado devotamente tres igrejas f)OL'
para nos apl'Oximat..de Deos e se fechar ·vós designadas, ou uma dellati por tres
todo o accesso ao inimigo de nossa salva- vezes diversas, orando nelln com devoção
t:ão. por algnm tempo, segundo nossa inten-
A supplica, pal'a nos servir ela linglla- <;ão pela exaltac;ão e pro~peridade de vos-
irern de ~ão João Chrysos lomo, « he a sa santa mf,i a Igreja, e da sé npqstolica,
fonte, he a raiz, be.. a mãi de bens i,rnu- pela extirpaç~o díls heresias, pela paz e
mcrnvci~; o poder da Ol'a ç:1o exlingue as çoncord ::1 dos príncipes chri.,tãQs, pela.
drnmas, refreia o tu rol' do!, leões , suspen- pnz e unidade de p.oYo christfio, e que
de a aucrra, modera os comGales, acal- além disto tiverem jejuad9 uma vez no
o ~ 1 .
rna as tempestades, alllgenta os e emom- mesmo interv·a llo ~e feito algumas esmó-
os, a bre as portas do reo, qu ebra os la- las a~n; pobres conforme n sua· pieda de;
ços da morte, cura as molestias, afasta nos lhes con-cedemos rntrn indulgencia
.1s infelicidades, firma as cidades agita- em forma de jubileu, que elles poderão
uas; flagellos do céo, tentativas d os bo- applicar em fórma de suífragios .1s almas
mens, não ha ma l, qne a ora<;ão não dis- do Purgatorio.
sipe. » Po1· isto, nesta occasrno só rn.ente, e
Desejarnos ardentem~nte, veneraveis no espaço de mezes àcima ditos, vos da-
irmãos, que em quanto se d irjgir ao Pai mos a ,faculdade de concederdes aos co n-
das misericordias fervorosas suppl icas pe- fessores de vossas dioceses todos os pode-
las causas acima apresentadas, não dc:i- res por nós concedidos no jubileu publi-
xasseis, segundo o voto de nossas ency- cado por nossa cncyclica de 21 de novem-
clicas de 2 <le feve reiro cle 18li.9, datadas bro de 185 1, cocyclica hn pressa, dirigi-
de Gaeta, de implorar de acco rdô coro da a ros e come<;anclo pol' estc1s palavras:
todos os fieis por meio de supplicas e vo- Em virtude de nós ou tros; todavia jul-
tos mais ardentes que riunca, a b ondade ga mos dever fazer as mesuias excepções
dc!'i te mesmo Pni, pnra que se. digne :s- qne fizemos naquella encyclicn. Além
~
JB3JP?JB3JL
disto da mos a permis~ão de concederdes mais importante do que empregar todo1:
ao!) fieis ·de vossa diocese, não so leigos, os .P.sforços do vosso 2.elo em exbortar
como ccclesiasticos, seculares· e irregula- coostantemente os fi eis cootiados.aos ,·os-
res, e de qualquer instituição que for, sos cuidados, dar-lhes vossos conselhos e
mesmo daquelles que tenham necessida- vossas animnções para que se edifiquem
de de uma menção espccbl, a faculdade cada dia com mais firmeza e solide'?. nà
de escolher nes:-a orcasião o padre que profissão da religião catholica; fujam com
lho \igradar, ~eculat• ou regular, entre os o cuidado mais solicito aos embustes, ús
padres approvados, e conceder a · mesma
faculdade às religiosas, mesmo aquellas astul'ias e ás fraudes dos homens que pro-
que não eslão isentas da jUl'i.sdic;ãodo or- curam perde-los, t! se esforcem em mar-
dinario, e as oulras m:.>lberes que moram char com um prazer crescente no cami-
nos conventos. nhe, dos preceitos de Deos, abstendo-se
Ao trahalbo pois, veneraveis irmãos, com todo o zelo pos~i-vel dos pecca<los.
que sois chamado-. para partilhar nossa que são a origem de todos o~ males que
solicitude, e fostes coni,;tituidos os guar- ailligem a humanidade. Não desprezeis
da:; dos mur'Js de Jerusalem. ~ão deixeis nada ~ara estimular tanto como ron,·cm,
de orar comno~co de dia e de noite, de o zelo dos parocl10s especialmente, num
unir humilde e fervorosnmente VúSsos de qu e, cumprindu cni<ladosa e religio-
lírados e vo~sas supplieas ao Senhor nos- samente o dever de seu cargo, nüo dei-
so Deo~ às vossas continuas acçõeg de
graça, d'I-! implorar ~;ua divina misericor- xem de inculcar aos christà'>s que lhes
dia, afim de que sua propicia mão <le~vie estão confiados l:io perfeilamenle quanto
os flagello~ que nossos peccados tem at- são capazes, as liçõês santas e prescl'ip<;ões
trahido sobre nos, e derrame sobre to- de nossa fe divina. de aperfeiçoa-los, nu-
dos com clemencia as riquezas d~ sua tri-los com a administração dos ·sacra-
bondade. mento'i, e exhorta-l1Js na santa doutrina.
Não duvidamos que vos deis pressa Finalmente, como peDhor de todos
em responder da maneira a mais perfeita os dons celestes e prova da ardealissima
aos desejos e pedidos que ac<!bamos de . caridade qne temos tara vós, recebei a
fazer; eslarnostambem inteiramente per- benção apostolica que vo-la damos do
suadidos de que o:; eccle~i.H,ticos, sobre fundn de nosso coração e com a mor a
tudo, os religiosos e as mulheres consa- vos, veoeraveis 'irmãos. e a todos os cle-
gradas a Ocos, as~im como lodos os leigos rigos e fiei.,Jeigoi- confiados à vossa guarda.
fieis que, levando uma vida piedosa, Dado em S. Pedro em Roma no 1. º
marcham dignamente no caminho de sua · de agoslo de 185ll, nono anno do nosso
vocac;no, djrigirão a Deos, :-.em interrup- pontificado.
ção e com o zelo mai:. ardente, suns sup- Pio LX: f>ªPª·
plicas. E. para que no:-.sos padres. achem
um accesso mais facil junto de Deos, não
esqueçamos. veneravei:- irmãos, de invo-
car os suffragio:,, daquelles que jà tem
@>~~V®~~lk
conqui~tado a corôa e .a palma da victo-
ria, e nossas preces sobre tudo se dirijam do
~om perseverança a M(1ria, mãi de Deos SENHOR BISPO DE BARCELONA.
e ,Virgem lmmacula<la, cuja intercepçào (Continuação do n. 27.)
he mais poderosa e mais favot'avel junto
de Deos, por ser ella a mãi de graça e de
O :,egundo exemplo é desta forma:
misericordia; pe<;..amos tambem a protec-
ção dus santos apostofos Pedro e Paulo. e Deus é infinitamente bom; logo não se
todos os santos que reinam com Jesus ba-de admittirem Deus coii,a qoe l'epug-
Christo nos ceo~. ne a e1'ta bondade infinita: claramente
Não procureis, nem considereis nada repugnaria a ella. que, sem p!·e_,isão ou
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
conhecimen to da~ fa ltas e culpas de al- mos, sc rà de egu~l ma licfa, e nssim me-
gu m individuo, por sua mera YOntade o recer:, eg~rn l castigo; e cm_fi u1, será cgual-
l'eprovasse e <le~ti nns~e a uma con<lcm- mentc remi~~ive l ou in·emissivcl: Jesus
aaç5o e terna, on mui-; propriamen te fa l- Chri~to ensi nou o con trario, fa llan clo das
lando, o creassc para um fi m tão des- _penas e do pe rdão dos peccados, séguod<,·
gra<;ado: logo cm Dcm nilo !-C dà tal re- se lê cm S. ~la theus, aon de a respeito da
provação, e po r conseguinte, é fo is~, a it-a ('O ntra o proximo se lbe incli raio algum
dout rina dos calYi ni~tas e lutb era nos q ue castigo; ma ior pela palavra de despre~o e
em,inam semelhaul e ab1,u rdo. muito ma ior pelaº palavra injuriosa de o
O terceiro exemplo é: Deus é essen- trac lar como um louco; e segun do d is~e
cialme nt e verdadeiro e omnipoten te: lo- S. João em sua p1·imeirn epi~Lola: ci. lla
go qnando Chrislo ( que é <'er tarnente pecrad o que nilo é mo rtal e ha peccaclo
Deus e homem), ao da r o pno e o ~1inb o que o é: J> logo não são eguaes os pecca-
a seus di:.cipulus na ulti ma ceía , lbe),dis- dos. Além 'disto, segundo S. Ma1he1is:
1,e: Eete é o meu co1·po, está é o meu san- "' Hn peccado q ue nuõ se perdoa nein nes-
gue, on não (li,;se a verdade, e em tal te nem no outro mundo. qual é o de
caso ni'iô é essencialmente verd.1deiro, ou l>lasfem ia co ntra o Espi ri ~o Santo: » logo
n~,o pode f,1zer q ue o pão se' con ver tesse ba pecca <los que ou neste ou no ou tro
e m :-eu corpo e o vinlio e m seu sangne, e mundo se perdoam: e por ÍS."-O nem é
não é om u1pnlen 1e, e po1· tanto nem egual a remii;:-.ibiliclade e m . todos, nem
Deus. Mas El le é c·er'tamen te Deu:-;, logo egua l a 111c\ licia. Finalmen te, segundo
é verdade iro e omnipotente pn r e ...sen- os proverbios: «Se te vezes ca hirit o justo
cia. Na verdade, se De11.i. pôde crear o e se te vezes se levanl arl1; porem os im-
.mundo do nada, e Chrh,lo na~ hodas de pios permaneceraõ no mal; 11 fogo ha al-
Canaa n na Galilea pode co n \ er ter aª"ºª gun~ peccado-. que naõ tira m a j ustiça ou
em v10. '10, tau,. b t!m pode cuuvertec- o opão graça ha.bitnal, e outros que a tiram , e
e o , in bo em :-e11 corpo e sangue: d o que por con:;eguiote naõ saõ eguaes todos os
se segue que é fo l,o o dogma 1a.1 fe cfos pecc·nclos. De tudo ii,to l--C 1i., g 11e e\'iden-
ca hi nista... q 11e negn111 a rea l pre·ença do temente que é falsa a doutri na da c~ual-
copo o :.ang,w de Christo na l~uc:ba r i-,tia. clade dl,~ ptwcados, e digna do maiol' cles-
~a:; seg11mtc:- eo w,id t• ra<;oens se ap re,eo- preso a seita que a en!iioa.
tarão out ro .. exemplo!-i como (':.te!'. S. Segundo os mesmos sectarios to-
2, Ne:.le <':<a 111e dps dogn,as üu nrli- dc1s as nossas boas obras saõ peccados:
gos da fé da:. religioeos oppu:,, ta~ à <·átbo- oh! impio e mom,truo~u al,.,urdo ! Como
lica 1·omt1na, .1Chei rnuitas .. cn tença-s ra- podem se r peccados se ndo boas obras ?
ras totalroen le i~lcrive i;; e di,., ooantes à Pode acaso se r bom o pecc,iclo? E seg un-
d o o cxpoi-to na consider·a\ aÕ antP-re-
recta rasão: <'omo por f'Xe m l' lo, o e nsi-
na r entre outra:- c·oii,;a:.: Que todos ()S pec. dente, todos os peccados na opiniaõ del-
cad ~s :,a~ t•g11 aés, e <J ll P nen hum pecca- les saõ eguacs: do q ue se segue, que to-
do e venial. On qut> cu f,1rmei o seguin- das as nossas boas obras se raõ per rados
te arg11 men lo: A:i pa lavras o,•io~as são eguacs aos demnis peccados ou rn,\s obras;
percado; p 1 •rque i\o-.so Senhor Jesus e assim , o foga r a Deus serà taõ grande
C.b ri~to, tl O:- d i1,que no cJ iacJe juizo nosp~- peccado como o blasfemar rontra Deus:
d1rà ('Ont a ele toda., as pa hnras occiosas: o dar es moln no po bre ser.\ taõ peccado
Jogo segu ncb e.. le d ogma do-; in novado- como o despoja-lo ou rou ba-lo: o resti-
res, ~ pecca<l,> egua l ao .. demais pec,·ados, tuir a seu dono o inju:i tamcn te po,:mido
e ass110 serà egua l .,o pe<·cadl) da l>la~.fe- s~rà taõ mau qo mo o rete-11, con tra sua
mia, da intreduli<lad .. , e da a po~ta,ia da von tade. Poderft ba\·er cobiil que mais
repugne á rasaõ ?
fé de Jesus Chri11 to. Se O peccad u das
palavras occio~as é egual aos q ue referi-
_li. Por tanto cu desejava sa ber o q ue
bana de ac,rnsc lb1 r que cn-,irta ta l d t.> U-
,.
: - AZ 1 :i!l :cR!.aLSL 1WJ
trina, nquelleque llrnpergunlasse se<lc- nasse tudo o que ensinou Luthero e' Cal-
vcrin restituir a seu <lono a cousa -injus- vino, porq11e nenhum chegou a estes; sei
~ame_nte reci_tada? p~rquc se r~poodcs!ie que diversos delles ensinaram alguns dos
qne sim, po<lia entaõ o que retem repli- tacs artigos e oulros-outros, e em <lilfe~
car.:ll1e: segundo a nossa d0utrina todas renle!-l tempos. Porem disto não se póde
a~ n1J~sas Loas obras saõ peccados, e tam- inferit· que a doutrina luLLerana ou cal-
bein ·segundo t;lln todos ·os peccados saõ vinista exi:-tis!-e antes de Luthero ou de
iguaes=- togo, peccnrei igualrncnle, ou a Calvino. Esó daqui se lira esta legitima
retenha ou n restitua: e por isso qual e a conclusüo: A religif,o lutherana e calvi-
rasaõ do teu conselho? Julgue-se, poisq11e nista é um mixto"', aggregado ou compk.-
era taõ gi;ande absul'do o diiel'-se que xo de varias heresias .con<lemnad:!s em
todos os per.cados saõ egnaes como o affir- outros tempog pC!la Egreja, a de outras
mat·-se que Lod~s as nossas boas obras novamente ainntu_das, li maneira d'um
saõ pecca<los, e conseguintemente, que as vestido de m;n<ligo composto de muitos
seitas que ensinam taes doutl'inas saõ di- retalhos vellrns de diíl'erentes cores; com-
gnas de todo o <lespreso e ahomina<;ào. prados nas farraparias, ou apanhados pe-.
5. Dcn:,; ea sum01a santi<la<le: Se Í:-,to las ruas, sobrepondo-lhe algumas Lirás
:1ssi m e: está mui longe <lo peccado. Isto de panno novo, e de côr ílarnmante sem
é irrnegavel; l_ogo nbo1·rece o peccado proporçüo alguma.
quanto pode aborrecer-se; isto é fóra de 8. Depois de tudo isto, considerei 0 $
toda a duvida: logo de nenhuma maneira caracteres, e propriedades da verdadeirá
querquese}?eque. Se naõ po<le mandar Egrnja de Chri!-ito, a saber, o ser UMA,
Cjtle se f..u;a o mal; logo naõ é au<;tor nem SANTA, CATllOLICA E APOSTOLIGA,
c,rnsa do peccado: querene.lo, suggeriodo, e neollu mas de1,tas ~·eciosas condjçocns
mandando, cooperando ou dirigindo pa- se podem encontrar nas egrejas reforma-
rn elle os depravados conselbos dos ímpi- das, ou para melhor dizer des(igurtldas.
os, como o ensinam os calvinistas e tam- Nr.o se encontra nellas a UN10.W1t, porque
Lem o ensinou Luthero. discordam entre si em muitos dos prin-
6. Folheei muitas historias tanto po- cipae.s artigos da-sna fé; e cada urtia se
litieas como ecclesiasticas de varias na- subdivide cm outras sentenc:as e opinio-
<;oens, e procnr~i saber com todo o cui- ens àcerca das coisas que dizem re!-peito
dado se em alguma parte antes do secu- à fé. ~ão se encont1·a nellas a SAl'iTIOAoR;
lo X V, isto é, mil e quatrocentos anoos porque exigindo a santidade que cada
depois <la ,,ida de Christo, se fazia algu- um se apnrte do mal e obt·e ü bem, estas
ma mmlsaõ da doutrina de Lutbero e egrejas rcforma,da", não 1,ómente nã.o en-
Calvino, ou das outras seitas modernas. sinan'l a fugir do mal oh,ervando os pre~
A eslc fim li tambem muitos eseriptos ceitos divinos, mas até julgam ou teem
antiquis:,imos e nMas de co·isas memora- por impossivel o observa-lo!-; e não so
·reis que sucederam em cada seculo, e naô persuadem n obrar bem, mas, antes
nenhum vcÍ)tigio d.:iquellm; pude encon- pelo contrario, ensinai!> que as: boas
trar, dapui infol•i que as t:1es reHgioens obras saõ inteiramente iouteis pa'ra a
on seitas eram claramente novas, e por salvaçaõ, e além disso peccaminosas; nem
tanto naõ saõ apostolicas, nem ensinadas podem oomctH' nlgum santo que tenha
pôr Cbristo: mas inventadas novamente sido seu seclario. Naõ se encontra nellas-
pcfo capricho de seus auotores, e pol' a pl'erogativa de Ct'i.TllOLICA ou uui\'ersal
conseguinte aboruinaveis. porque nenbuma dellas se annunci.a em
.7 ~ Muito melhor itencrario compuz todo.o mundo como a romana, confor-
eu no tempo <lesta minha deliberaçaõ me ao que diz S. Paulo na sua epistola
recorrendo fts heresias de c::ida um de aos romanos: nem tem existi<lo sempre,
seus auclores desde o nascimento de porque naõ existiu antes do anno de
Cbt·isto: e na verdade achei que quasi 1515, nem se acha em todas as parles,
todos os artigos da fé que professam os põis só foi aeolhida em algumas provin-
lutheranos e calvini:.;tas, tinham sidõ en- das da Europa, que é a menor parle do
sinados por outros ueresiarcasc condem- mundo a respeito da Africa, Asio e Ame-
nados pela Egreja; nisto nao' quero di- rica, nas qnaes nada sesi1be, nem conhe-
te1· aue tiyess.e havido ~Jaum que · ensi- ce de tacs pretendidas reHgioens. Não f&
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
•ee • •
encont ra ncllas o ca racter ArosTouco pol'- D'esta sorle os Siqulmitas enganados
q11c nà1, fora m fu ndadas pelos npost9lo~, Em ser circnmcítlados coosculiram:
E, qu~ntlo dins tres eram passai.los,.
nem seus seqnases lbes podem as~igna-
la r uma conlinua<ln ~uccessõo ele paslores J.e,·i e Simeão am!Jos partiram
A dei xal' ns seus ferros euso})a<los
ou m in i:.tros e dúu trina até ao tem po <los No sangue tl'esses mesmo,; que ilhtdiram,.
apostolc,s. To<las estas prnpriedH<les são Fieira.
os di~ti ncti vos da Egreja cutholica roma-
na; logo com j u::.tis~ima .l'asão a preferi a
todas.a~ ou tras, po1·que são fal:;a$. @.
(eonlimía) . ~03~ ;~ft~l~f.
X X.IX,
a.1 ./, - I' ,..,/ .
o.Jbt-ccncttta.,1x10 a ,./datt coni
Et prctcr~untibu, Ma11innlre, nc;;oci,11•1·
, i1J1,1s, curnt1e111t~ rum nd c1stcm~. vcn-
dld ornnt cnm E.~mal Ii1 i~.•.•
t:cu. c••J,, 3'1. ,,. t·. ~..
cnlar a doutrina christan nos rusticos ig- pejada de tudo quanto lhe pertencia, e e,u ser o bat-
norantes e meninos, magisterio sern du- dão das que erradamente pensam encontrarem a fe-
licidade ne mondo. Elia de tudo eslava desapegada,
vida o mais honorifico, por isso que é o e por isso exallou quando sentiu que a morte vinha
mais util. Por obedic~ncia teve de accei- cort:1r-lhc os fios. qne a estorvavam de voar ao Céu,
tal' o prforato de varios conventos, e em para onde dirigia sempre suas vist~s, e onde final -
mente entrou adornada de virtudes.
todtJS eJles era o primeiro a cumprir as
mais humildes e custosas obrigaçõe~ de lllara11hão, lY1J, <le J. e. 111. <la e. Ton·es-rua dos
retigioso. Morreu com a morte do justo; 8arbeir06 n. 8=am10 de 054.
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
ANNOI Segunda-feira 20 de Novembro de 1854 N. º 29{
OCHRISTIANISMO.
- -- - - - - - - - - - - - - ---- - - - - ~ - --- \-
V ~ dcSIL Ju111nl,
J V
Jl V
-----------------
-'°º"
----~~ 11crd~1·t l((/ Salc,1 1'C,
l'CIII QIIÍlll/1$
:;, Lu~. e.\/, ,•. ~o.
-= - --==--- ~--==-- ---=--- -- w:u
não ba temor, do <]Uai não se 5iga urna dores e tyr,l nrro.:,;: trttefdti~e, pertinacia
pena, por i:sso é propr10 l1 <1ualquer d 'es- e obstinacão elos mesmos. idolatras, illu-
tes dout, temores o anda,· sempre acom- clidos e p~eoceupados pel'q lou~o pcnsnr
panhado de t ri!'i tcza, e melanclrnlía. D'a- <los falsos sacerdotes 'dos jdolos; e~pecial-
qui se pode colligir clc.1r:1mente, quanto meotc inspirn_ndo-lhes a fé christan as
pestifera, e venenosa seja n rnnlicia <lo coisas mais contrarias aos -prazeres m un-
amor proprio, e quanto cnais nocivo seja danos, e aos costumes ou leis do mundo,
p :frn o homem dcsveotul'aclo, que o ag:i- propondo- lhes al:issimos mysterios in-
salha e alimcntu cm i,e u peito, sem repa- compreuensiveis á ~imp les luz natura l, e
rar as muitai. infelicidades, que l he cau- por pregadores burnil<les e de~armados.
sa esse mà u hospede, em quem Sü se di- Inquin depois qua l fosse aqu ella religião
VÍS::im <::ertos e terriveis temores, <1ue a e fé, e cla1·am ente a<'hei ler sido a ra 1ho-
cada pa~:-,O o ameaçarn, e fasem cel'tamen· lica rnmnna, esp,tlhada pcwvaroens apos-
te passa r nma vida em tudo miscravel. tolico~, enviados pelos romanos Pontífi-
Não ha duvida, que o hqmcm que se ces para prega i' o EYangelho.
.ima a ~i rne:,mo auda sempre receioso, Os mesmos contrarivsconfessam sem
femen<lo sua LotaJ perdição, co,·rupção, o po<lerem négar, que foi ~ est'n religião
e rcprovnçaõ. nos dnco primei1·01 secu lus q~1e se. co9-·
Naõ lrn n,1da q11e o naõ ahn le; porqne vc r terarri os gentio!-i. No sexto secu lo con-
crê, ou imagin,1 qu,• tu<lo o pode dam- ve rteu-se a foglatc.rra pela p redica <lo
nificar: teme ét morte, e como causalpro- monge Santo Ago!':ltinho, man<lado á6(uel-
pinqua d'ella te1uc a peste, e ainda qual - la ilha por S. Gregorio Magoe,. No ~cti-
qner infermidade: teme á lena, à a<Yoa., r.no, a Allemanbu por S. l}onifacio, eri-
ao ar, e ão fogo: teme.afome, úse<l;,ílO viado pelo pootifice GregQrio UI. No oi-r
tra.Lalbo, ú desnudez. e lndo o mais ,que, tavo, a ~foríl'VÍâ por S. G_yrillo. e Melo-
de a lgum modo lbe parece, podem ar- dio. No nono, a Ci ungri1' e. Polonia por
ruina r a sande : te ,ne sirn porque com ex- S. Ada lberto, S: Pelegri,Qo e outros. No
cesso ama a sua honra, fama, <lignidnde, d~cim-t,, a Bobe.rni/1 e- Moscovia , e muit~
riq1Jeza, proprio 1,ra~e,·; eo perder qua l- · antes a França por S. Rem igi~ (Q.o sem.1"'.'
quer <l'estas cousas lue paree~ qne está lo V), e Frisia por~- Bqnifacio o Vi!lc-
tudo ncabn<lo, e que em seu lugur aparc- br0rdo. i\o undecim{), a Po meran ia. poy
ceràm a afronta, afof,úniã. o oprobrio, o S. .Bruno. No ~uodm;im o, a Livonia., po;
menqspreso, a pohreza,. e .di~gosto; e O~\O S. \fairrnr~o'; e a Succia por S. ~icol~..9
menos teme o:, torineólos que tudo j ...to B~·akptrr (Bl'eakpenr ,. r.hamad.o ~dri1n.&-~
lhe pode camar érn a atma e em o cor- l\ ~lr~d-e 115,4 a 1 \59.), depqis :~l~!J.o
po : 1·eceia m·ui.., qne lhe sohre-venbam os Pont ifice cqm,19q. E..ne-..,~es do1i. 1Jl,timQ~
damnos
< j
do mu ito calor~ o.n frio, c'
•
o rrup- se~ulQ.~ , .m1iita1t provincit,s p~~ lodja~ oi;iv
ç~o <l '~yes, ou mau-; tempe1'iHUeotps 1 eolae& .e occ identaes, mai,ir~;i qul}no<la,,q.
cóm ·o uú:as miserias, e afTliccõcs, a'. .011e
( j ' • li ):a. .,:
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t-' ., " ' ' $e co1He rt erão á. , fé
"'urqna . . rh11istan
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suge1la a natu
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reia
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ht1taana. · c~tbo.l:icat romana, e ,todq~ os dias~~ r,~t
,i,4..,1 Jt ..
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
naçoens, t:onfonne o tinha promeltido e
se lê em S. Ma thcus, dizendo o Senhor:
'V tlt lil lii 1l;; tr ll il ~ ll ~Hll <D() .
rcm· ECJTÊFr:sa:m::;p:.'JiN:~~:r!Ml'f1tt'i"f1*"CS:MJL-'...,..«>ENP:,.,..., mr,g &1 gp;g
~
JB3JP?JB3JL
CD· CB IIHR 11 ~ li' ll .;1 ll ti ~Hll ® ~
t::2"l),~>2f-™&e.4i ta re s,•. , ~ ~- ~~~J~~.e.::.· ~4: aES*'i.€2_ _, ....-
c - --.... ~ .$ !1LZULS
_ -""
· ZMWJ.e.:u...
h onrg no. aunú de 1530; a q ual fazia tan- S. P edro : A1·1·epe11dei-1Jos • pois, e
f-.Ü\O
tã cl iflel'ença das outras im p ressoens, q ue con 1·ulei- vos para que srjam perdoados os
se a esta~ não se ti vesse posto o titul o rossos peccados. 'S . J oão B.i pli!, ta come-
d e- co nfissão a ugu sta-nin g ue ro diria ço u sua prcdiea dize ndo: Fazei r>enilen-
que o e ra m: do qu e infe ri , q ue a mo - cia. E lllmbetn : Fa:ei oú,·as dignas de pe~
d er na rcligiiio dos lulh eranos n ão e a nitencia , corno o afii r ma S. ~Ja tb e us em
religião da co nfissão <l 'A 11sbou 1·g-, senüo ~eu Ev;i ngclbo. E que re:--ponderú e...ta
m11 i d iffe renle e por tant o <le!-presivcJ. nova doutri n.1 elos prote-.ta nles àquelle
A cama pois de eu não m e con fo rmar ciue lhe perg unlé, .,~e se havia de fazer pe-
com o seu ol'igioal, entre ou tras raso- ni tencia, quan do, e como? dir-lh c-liia
en", foi a de vê r q ae a dita con füsüo co n- sómen te: Não tens ma is ua<la a fazer,
tinha in1 rnemas mentiras , e ma nifestas que crê,· q ue teus peccados eslao per·
co ntra dil'çoem, corn o se pód e ver n o ca r- doados pelo" me1·eei rne nt o~ de Chri, to, e
deal Pazman, o qu al tractou clell n,; dif- isto é ba-.. tant e. P~rguntando mais nos
fw;a ru enle e ,n sua e r udita obra intitula- m esm o:.: Deve rei pe rdoar a me us <leve-
da Ka laux, desde a pagina ú15 até úhO. d·ores as injm ias <pie me ti ve r e m foito,
1 á. Con:-ide rando c u por m ui tas ve- se quero qu e De u" m e p crdôe os meus
ze~ rnh111ellas pala,·ra."i de Cl..iri-.to Senhor pe,·cado~? Que 11 ,c re ...pond eria m ? Se-
No:-.~o : E ntrai peta po1·tt1 eúreita, po1·qae gundo a sua dnulrin a , respond e ria m que
a lar ga e caminho espar;oso condu:.em <Í isto não e ra ne,~e!'>:-.c1rio, pois ba:- la erêl·
pe1·di,iao; e sao muitos os que po1· atli e11 - que os fH!l'<'ados me fo ram p erdoados;
l1·a111 ; a pcrta apertado e caminho esh·eito quand o Ch "i'itO, d epoi:, de no!! te r ensina-
soo os que conduz em â L'llla e sao po"cos do a orat· r1,m a:-; pala \' ra:- do P adr~ Nos-
aquelles </li<: a acham: t a m uem : Fazei di- so, d iz 'por S..Matheu:-o: Pois se perdoii-
ligencia para. en h·m· /Mia po,·ta est1·eita , 1·es ao:; /,01J1ens os seus peccarlos, tombem o
occ urreu- me no mes mo LOúmento q ue as vo.~so />ae rcleslial vm: pel'(Íóarrí llS vossas
1·eligioe ns dire rsa~ d a catbol,<'a, ro m a na, cul11as; 110,·ém se 1wr, pe1'doar des aos ho-
nã u e ram nq uelle ca minho estreito qu e mens, lr1111br•rr, nosso /'ae 1,1os nao perduarÍi
cond rn~ ú vida, mas !\Ím o la rgo, que con- os 1wsso.s prwcodos. Co nti nuo pergunt an-
duz ú per d ição. P orq ue , sE>g1mdo a dou - do-lhe~: P <> der(') i me recf'r a \lida e tPrna
t rin a d as m esmas, ba .. la pa rn ~e co nse- 1·om b,ia.. o h l'i-ls i' Hel-pon<ler-rn e-bão quc
g uir a vi da eterna q ne qual11ue1• creia qne não, e dirüo que para i:-i:-o :--ó a fé hastn;
se ha-de salva r t1 u que e!ltà prede~tinad1) quando S. Ped ro em ~11a H•g und,1 episto-
para ell a. A qual doutrin..t é nu ve rdade 1,, diz: P rorurae com lod,1 n, diL1gcucia fa -
c o nt ra ria á q ue ,Chri:-to nos ensinou po r un· ce,·to a tHJ.~sa uoc.t1çao e elcirzrw /JOJ' 111 eio
si e se us a po'i lnlos; p, rqne, c\imo d isse de bo.-,s obras . E S. Paulo ~cu s11a cpi,to~
p or S. ~bt bcus à9uell e que llie pergu n- la ªº" r uma no!,, diz q tte D eus pnnnear á a
tou <le:-ta so rte: Bom Mesl1·e , qu e rotsas c11da 11111 segfl11do as wa.~ obras. E oa pri-
boas. (<11·<Ji pant comep;ui,· a vida ete,·na ? Ol f' Íra 0pi.. tola U(h Corinthio., : diz: Cada
Christo lhe r espo ndeu : S e 111<: r cs conse- a111 1·euhel'fÍ o f>l'emio srgunclo o seu traba-
guir o vidaetenw g'HftJ'(l,1 os mando,nentos. l/,o. Pf'rg11nlo m a i,.; : P0!-.,o r e m ir os m e u:;
P orem segu ndo a <lo11 trinn das fa l~as r e- p N·<·1Hfo., p 11' lll t!Í<> d e esn1ola~? Poi .. oos
1
/
ligioem , ,\ tal pergun tn nãn se resp(ln<le: diz Ch ri.., lo em S. L11,·:.is : Dae esmolas e I
«g uarda os rnanda men lo<õ; » porque d i- .~crús pw·i(icados inte11·a111 cnle. E antes
zem que isso e i rnpotiti ive l. Q ue respon- dis!)t> Dan iel a Nr1bu<'od onoso r: Resgata
d em, pois, os innovadnre!'-? Se queres Leus ,,eccados 00111 esmolas, e tuus in éqai ...
conseguir a vicia etern a , crê i-,óme nte q ne dade.~ com 1J1 isc1·ico1 d ia.~ a,,s r obra:i , e me
Cbri~to cumpriu pc,r ti a~ o rde ns de sen re!-ponde rí\(), :,egundo sua d outrina, que
Ete rno Pae . P o ré m conform e ao q ue d iz nem i~to é i:ier es~c1rio, r<' p<' liudo semp1·e:
J ews Cliri:ito~ responde u S. Ped ro a os «Crê i-Ómenl e qu e Curi t-tO ~a tifoi p ór ti,
judeu~ qn e, movid o:. p elo q ue tin ham e l>a:-. la pa l'a q11e fiqn e15 pul'ili1•a<l o <le tuas
ou vido, pcrg nnta rá m :w sant o e dem ais c11 lpa'i : crê ~ó me nle qu e Chr1 ~to m o rreu
a postúlos: Qt1e fc11·e11ws innaos? fa zei pe- po1· li, e teus pecc,1do~ ei- tào remjdo~;
nitencia. E o mc~ mo Chri!il<> por S. Lu- pol'q ue :,ó a fe ba~ta para tudo i:; to. » Fi-
cas : iJt/as se nan fizerdes pr:11ite11cia , pere- ~nlwen te, pe rgun to eu, porque poocados
·ce1·et:~ tvdos egualmente. E n'o utra occa- se condcrn na m O!i homens e são exclui dos
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
® <n UJ llHi ~ u· r.t !i ~ a;} m®"
• «a !'IM o -•• cs:s e --Wt "'6!ll:'~ - : e1:2r::1 frirE.;:'.ate=::t A J a ea
<.l a gloria ccle:-.lial ? A isto me rc!-ponde to.<; de meu pai, possui o 1·cino que vos está
S. Paulo e_~ sua primcfra episto la aos preparado desde a Cl'eaçaú do mcm do: por-·
Corint h ios: N ,io quciraas a1·rr,r: nem os que tive (o m , e me désles de come,·; tive
impudicos, 11em 0$ idolttfras , 11 em o.~ ailul·- sede e mç t!é:;las de brbet; pe1·egri11al'f:, e me
teros , 11 c111 os lu..l.:11r ivsos , 11e111 o:; sodvmi- cMstes agusal/,o : 11rnill iu Lu1h erl> o l'ORQLH,
tas, nem os Lcufroens , nem o:; avarentos, vendo qn e t:o rn tal ~·aw,al se pro,•a,•a que
11e111 os que;se coslt1111111n c11lrega1· ao vinho , ª"' hon,; vbrn-. :,,fi q ,n erccimento:. para a vi-
u em os mw·m tffadores , 11em os que se e11h·e- <la ct 1• rna. Oei~o em :,,1lem·io out ros mui -
ga111 á ,·ap ina, po.çsuirão o 1·ei11<>de Deus. tos text os em que (iic ram o me!-mo. De
P ore m os prote!,t~ntcs re~pon<lerão com t11d o i... to in fc,,i, qu e os c-:llldilbos ou che-
se u Luth ero : Só ArncnKot:uo u>E co"om1xA; ÍC:i d f:~fus sei ta"' naô en.,inava m com ver-
eis-aq u i um ca minh o n ut o e bem largo d ade o r :a ninho d e Oen~; mas sim que
pelo qua l ninguem ~hega rà ao ce u. dava m co 1r1 ma fé nma cr rnda in lurpre-
1. 5. O ex.11nc <la c:o ntrover!-> ia em ta<;aô .'t S,1grada E,c ri ptu ra, ea mnda vnm
<jlJe se t ralas"c ~ó a fé e haslan lc pnrn a ao sc t1 :'truilri o: C1lm o, poi..;, poderia c u
sal vnç~o, em prn va da qual ao tex to do se m nw nifc~tn inipr udcncia albtar-mc
S. Puul o na epi., Lola aos ,·0111:rno" , ~m na fo l,a religiti o <lcll e::; :
qne di z. ~~te apo.. tulo; Jutg,111,os , pvis, ·1G. Pcl,, cern i ra l'i 11 , r1,; mais religio-
que o !wm e111 .~e justijirrt' pt>La f ,:, aju II lo11 en .. cl irr r:-;a:,, da <·at lwlica, ou ~e co u~ide-
Lu thcro cot11 m uit a fra1 1di•, a pab na 1-t'>, n•mj1111l 11-1 0 11 ~cp,11.:cla!-l. di ve r, i(it'a m o u
esta m e fe1. s1i..pei tar qu e la m be m em o u- ,·aria m 111 11 i10 entre ~i, tant,, e :n .su a don-
tt·o::; k ~los da :,;agl'aJ.1l~~<' ri plu 1·:i n,nri»m t rin n co mo no . . dugmas d e s11 a Fé : \ogo
os prolc..,t:i ntcs ~imi lhanlcs engannl-; e Oê\Õ :,,\Õ U I\ EnlH-:J \. r\nÕ flH'U ID pmpaga-
ach ui P qu e sw,p cir nv a; poi. . o mesmo das pclu" Apostt, los, mas ·:,,im n:1 .. ridas
L u1 hc1'<> Dil!-1 palav rn s de S. Pedro nr.ima t1) uito-. ~cL·olo., dr pois do tempo <lo~ Apol\-
citad,,~: P o1· tanto i1·111aow; c" idae mni.~ de tnln:--: logo naõ !,aõ EGr.UH .\ros·.i:or.tc-\. Naõ
[<r:.er ce1·t,, " 1 assa 1•ocú,:11n e elt>ÍÇiío , por
1 C3laõ c~ r allw da-. por toda a p.t rtc , mas
rn eiv <le boas obras , omilliu Lu tlicro es ta.., e m pouc·.1:-, p n n i1w1.1:-. da gnropu: logo
nhi ma i; pala na ~ e m sua vc ri;.io, porqnc na<> f11rn,aru a l~grejri ca th l) lica ou uu i-
claram ente er., m c:on1 ra ri ,1s no erro q ne t er ..,11 1. \d õ p11de1n referir n ~uri;e:.snõ de
en..,irla \'a de f]U C ª" bn~,!- ob ras de nacln pa1-lore . . ~ d ,111 trina~ dP~dc os ~po!,tolo'I .
!-erv•!lll ao homem pa r11 a ~tw sa h·ac;üo. !\o.!Õ poJ,, ,11 001 11ea r cntrf' seus ~ccla rios
Üi ea h ini, ta'- rw Evan~elho ele S. Luras algum :,,111 lo, 11 Pm cu i na 1· a ft,gi r d11 ma 1,
111ud,H11 é ,., pala , ra~: B.~le é n mef/ co ,·po, e " pra til'al' 1 hcn1; an te~ 11 r lo ('O nl nu io,
1
~m c!, las aqui r~t,, o mcrr corpo , pa ra ex- tccm e:-.te por inu til e aq rn• lle por i rHpos-
,·luir a re,d prPse.nça do co rpo de Noc;so si, el: logo naõ <.:C1 11.... tit uc1n l~gl'Pja Sn nta:
Senh<,:- Je,,i., Cbri·,IOna E1H•l.11ri-;tia. Pe- logo na õ tem Cdrn l'tt' r 0 11 :-.ig n ,il .1 l~111n de
la mc .. :ua , awn , .ton<le no Ern n~elho d@ n !r<l.ic.1e i1a Egreja dt• Cl11 i-.iu : log,; todas
~. .lmw ~<"" lê: R,, .~011 ,,ao oivo que bni:rei cl la~ e t'acln u rna dcl la, cm pai l1cnlar d e-
do <'ht, c,t'l'P. \ crn in , 1v1r:1<:.\;o.T1~ rtn lngnr ve m rcpellir t•o m o (:d,a~.
d e l'i,,n para q ue :,e entenda o pão nsn-
17. Pa ra chu~a r ao fttnd il rn ento da
a l. E na ,·pi· lc)la de S. Thiago os mes- '
ve nl adr q ue lrn~ra,·a, l'C'>11 l.,1-111 c n cxa-
m o!> r d~1ruw d 1>r \!s , 0 11 parn melh or di-
1.er, de,fi;.{urc1dnrcs <l,1 E~r('jn de Oeni.;. 1ni rrn r w, ,u,.i-, 1:elel> re-. au <'l r, re:. <'a lho-
m uda ,·arn as p,ila,·,·aii: Co l(fi1ssae, poi.~, lico~ (' prolt"· tHnl c..,, com o intPOl tl d e av e-
um a outro os t•os.~os percados , im·er len- rig11a1· a <·0 1H·o rd a 1H'1i1 el e :-.U,l do utrina
do- a~ uc,t as: CO\FESS\C os YOSSOS P I!CCAD .. s co m a d,b San to... P.1dr cs cb p, in,i tira
1'.ln.\ Cü.\t t: \IH mr. para exd11ir a <·onfi.,s~o Eg rcja , e c11 mo se r ombimHa en tre si.
sacrn u,en t:d, qu e ço m n,:itn<lo tex to pro- P.ira i, t u li \a rin· li, ros c,c ript oc;; porca-
yam ns ca lholico.,; e pa1·a r ohone,tn1· o tlwli1·0... dü di, er,:1., na<;ocn:; , rein os e
mal ri11w nio de• se us win i-.t1·os ou sacer-
p rovin <'ias, pa r t,, e .. pa n!i oe-., italianos e
dotci. mnd,rr:io o t,•.\ lú <lc S. Pa ulo, qu e
diz: Ho111·n:..o o 111atrimonio rm Ir dtJs , IH',- fr.i 11<'1'1e~ , p 1rlP ílu mcngos e ingleze~, e
l,l~ pa l., ,ra:. : Uo,noso (• ~I\TUHm,10 m,TnE park allf> man-. , pola,·o., e hu ng,1ros; ache i
T ODOS. Tamhem 011 q ue J c,u.; Chrio.;lo· qu e lndo ... cllc . . cunco r<la rnm totalmc11tc
disse, e refere S. .\la tbcu , Vi11de, bemdi- entre ~i áccrc.·a dos dogmas, e o qne
'
,© CC lil :-a>:V"SiSt"S
rB ll ;} tl'ilhe+
~Ht~W<Do
iM#Ft tN-t+*filiS.
#1 WWW \4in!it f PS
fifi Fffittt-
m ais me mara vilhou foi ni~da o vêr qu e, e laõ gra ndes hom ens da Egreja catho·
aquelles que em outras materias esr.olas- lica preferi,se uns hotl'lemzinl.ios de""co-
ticas se oppunbam entre si fortemente, nh ccidos, ign<>ranl e$, perversos e dividi-
como saõ as escolas dos Tomistas e Esco- <los entre si? Julguei, pois, por mclboe
tistas, Norninaes e Suaristas, cocntudo, scgmr aquel,les, e dc~presar totalm ent a
logo que se trata-va tl'algum dogrn a de estes.
(Continún) .
fe, todos d efendiam, en:sinavame segui-
am a mesmu coisa . L,to mesmo übservei
nos antigos escri pt os dos Santos Padres,
ainda que estes tivesge m vivido e cscripto
- -
er.u diversos t'empos e longinquos paizcs,
como Jgnacio e Chrisostomo na Antio- xxxr.
quia; Atbanasio e TelesfoJ'o na Alexan- Oi xi1 e rgo ~d Jose11h ••• Tu c1·Js su per ao-
dria; ~facal'Ío e Cyrillo em Jeru~a lem; mum u1eam, Cl a.d tul oris impcrium cunc-
l Í$ 11011olus obcuict: nnu tamuan regui solio
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
desse couvcnrn r cnm Deu~. S..João da
àlattu alli o foi encontrar, e ,·Í\·cndo am-
XXXU I . ho.-; .por alguns annoi-, finalmente em vir-
El dhil rrau 11,ui suis: I:::~,., sum Juw,,11,
tud a d'uma rcvelari\o, que li r131·am, fo-
u1h 1c pah.r mlll' v!,il? ~on pr>h'r;mt rc,-
1
ram n Bollla p,1ra itnpe lrnrcm a apprn:..
pon~c,e rau l mmí'l u,riun· pcneHí, l'e•ti·
natu et a~cc ndlr~ nd pau 0111 mcum ct dlcijtfs vação ele Ull1(1 no\'a ord em, c111c se em-
.. ci .•• !<t lmhitJbis ln terl'J Ge~se n•
Gm . c,1p. !,;i. , •• :1, •>, 10. pregasse na redcmpçãu dos captivos, e
cujos l'u ndame nlo:; <lepoi,; lan<;n ram no
Josõ, qu:rndo outra \'C1. seus irmüo.i viu logar chanrn<lo Cervo Frigido, <'Om o ti-
... Voltar do Egypto â terra :i l)Cdir pão,
r-iao qolz deiu-los ir n' essa illLtsãó,
tal o chi Ordem dn Sau li-i~im.i Triodade
ela Bctlempçno dos CH pl.ivos. Prove ndo o
fül1 que da vez primeira os des1>cdio: i "
dia da sua morte, c-'hol'to11 oi, religiosos
Depois que cm lauta mesa lhes serviu, a qu e fo&;em :..empl'e ca ritati vos para com
1}:uiquote, cm i1uc roin~va a profusão, os pohres e captivo:,, e esp irc.,11 no anno
Não pôde reprimir sou coração , <le 12 12.
E quu era seu Irmão lh es descollriu. 2 1. T1mçA-1111rn,.\.. - Ap rcsenta<;ào de
De susto cnJa qual estrrmcceu t. .• Noss,, Senhota.-E uma tradit;f10 q ue 110
'. \\Jns, hrm longe Jostí d1• se \'iog:\r, tempo de J crn1'alcm ha,·ia menina~, que
... i.J A lodos t!tn seus l>raçGs n:cellou . :\hi eram cduca<las nn piedade, e \'Í\' Ín Ul
nv retiro. No 2. º li \'!'O dos ~l.wl1abeusse
E por eUcs ao pac manda offertar,
diz que q11audo llcliodoro quiz roubar
Alum tl'oulros presentes que lhe deu
por \'iolerH'ia os theso uros do tem plo, as
A terra de Gessou parn hal>il~r.
Vieira.
11i1·gc1t:; alú cnarrudas cnrria1111un·a o ,')'um~
1110 Sacertlt>Lc Ollia.~. Grê-~c dr~dc n mais
remota ant iguiclnde, qu e \far ia Santh,~i-
rna ful'a d'es tas vi,·ge ns ro n!ingraclas ao
Senlio1·, e qne la III hem vi re1·a no t elD pio,
onde se u!- paes :\ :ipre.-.entaram; e po t' isso
foi insti.tuida esta fostiviclade, que, cele-
Vlden!quu cum, irruit ,uper colium efus, brand o-se entrc.o-.p;rcgo, j:1 no 12º l-lCCu-
ct in ter aml)IC\11> Ocvl t,
Gt11. r,1)1. ltli. e. :.!O. lo, Sixto V cm 1585 Ol'denou (JUC fo:;se
Esperav:i Jacob em ancledatle <rxlon-.iva n tod.1 a Egreja E, te dia é de
A volta de seus lilhos lá do (~gyplo, dupl a sa li:.fac;ão para os \ la1·anb en,e1,,
oi E quantlo um dia os lamentava affiicto, porquci n'oll c vôcm a Virge m Saotis~ima
Lhe trouxe o seu regresso a felicidade.
inrn<!ada sob o titulo de Senli nra cl.i Vic-
Narrado eotão por <'lles com verdade toria cobe1·ta dos Lropheus q uc pela sua
Todo , quanto José lhQs linha dilo, incfo vc l beneficen<·ia nos g,·angcon quan-
J acob. seu r élho pae, cl'este lnaudilo do per:,eg uitlos pcl.1,-. fon,:a-; do:- Uolla n-
Suocesso crer não pode a realidade !. ..
desc,1, a íllictos implol':1vamos o seu au-
Mas logo que n r:is;io ve.ncc :i su rpresa, xilio.
Qual homem, que d' nm sonho "ªº tlcsperLn, 2'2. QuAnTA-111mu. -S. Cicilia,- ha-
E ve elos l>eus sonhados a certesa.
vcn<lo, con tra a sua vontad e, sid o dada
r:ira a terra pnrte, que José lh'oO'ert:i, em ca!'lamo nto a um c:c rto \' aleriano, o
J~ pagando urn tributo u nntur,~sa . co n venceu a que n:io attcntassc cont ra a
Nos braços palcrn:ies o filho aperta.
sua ,·i ..ginclacle,, e a que se fi,c5!->e chris-
Vieirà.
t~o. Com cffeito cllc fo i procural' o pa-.
(E:\tr.)
( pa l k hano, que, em co n'iequencin da
perseguic;ào, ei;tava e1,condido nos sub.ter-
ra ncos, q nc na \'ia Appia servfo m de se-
'1 , ANN'O CHRISTÃ.~..
pultu ra aos martsrcs, e send o por este
xo,·Elf(BRO.
baptisado, coovent·eu seu irmão Til>urciq
20. SEGUN0A-11Em \.. - S. Ft•lix c:lc Và- a abrnçar lambem o Cbrb1i,1 nismo, e am-
lois-podeodo com hal\tante fun<laro en- bossoffreram dep.iis heroicamente o mar-
t-0 aspfrar ao throno da Frnni:a, onde or- lJrio por ordem d() prefeito Almad1io.
denou-se ele pre:,,hytero, e retirou-~c para Santa Cicilia foi egualmente presa, eco...._
um ermo, onde menos di-:-,trn!Jícfo po-
.
mo sobrevi,·e!lse ainda ao~tormcptos d'nr.n·
'
••
hanh Ófel'vendo, tenlon o algoz. co,:nu·- te, com seus co~tumados til'os. Em 1591
lhc a (!abet;a, e só pai;sados trci:i dias i!"que e q11c o Cen recebeu mais e!-lc sa.i to, e
seu puro espil'ito se achou solto para ele- a terra se gr:1 tulo11 de ter là mais um ra--.
var-se ante o throno cfaquellc, porf)nem liosn protel'lor. Seu corpo se rencra in-
tinha trabalhado, e ahi fui gosa r da paz e corropto, em Segovia, havendo ellc sido
delicias etcl'na~. canonisado pelo pnpa Bento X.III.
23. Qmi\TA-FEm.\. - S. Clemenle. - 25. S .rnnAoo.-S. Cntbarina,-nobre
Morto S. Lino primeiro imccessor de S. donzella de Alexandria, <"heit\ d~ ze lo á
Pedro lhe succede n S. Clemente (outrús vi~la dos innum~ra,·eis rnartyres, que a
porem mais geralmente creem, que n ~. crueldade de Maximino supplíciavà, foi.
Lino succede-!-se S. Cleto, e a S. Cleto S. em pessoa eeprebende--lo. Admirado ollo
Clemente). As instrucções, que tinha ou- de t.,mto valM e <la ~1:tbedMia, {'Oíll qu~
vido ela boca dos propnos Apostolos, bom lhe pro vava que era a religiào c.:hl'istan a
como os illustres exemplos ele suas virtu- unica Yerdadt-irn, cbam'ou filosofos, qu e
des tão impressos estavam no seu enten- re~pondessem a ~eus · argnmenlo~: mas
dimento, e tão profundamente gL'a rados aconteceu o inverso do que cite o~pern-
no seu corac;ão·, qne, como dizS. hincu, ,;a: ella à todos l'<1t1vencia, e muitos se
lhe parecia ouvi-los follar con tinn arnente converteram. Como po,·e~te modo n não
aos seus ouvidos. Corno vigilante pastor fez renegar, tentou o mei~> <las seductoras
governou o rebanho de Pe<lro, mostran- promessas <1ue lhe não <lernm melhor re-
do um zelo iocans,nel na conversão dos su ltado. Finalmente rcconeu ús tortu-
idolatras e na paz e união entL·c os Heis ras, '<.]Ue, variadas e cruelmente enge-
commettidos ao seu cuidado; e uma pro- nhosa!\, s6menle sel'\'Íram de provar-lhe,
va elo seu ielo e a celebre ea rta que es- e no muodo to<l<,> que nnda podem os ty-
creveu aos Corinthios po1· occasião do rannos contra crem;as hcro arreigadas.
scisma ahi le\'antado poL' alguns sedicio- Sua constancia fez pasmar toda a cidade;
so~, coroou S. Clemente seu pontificado e indo visita-la ao cnrcere a mulher do
com a gloria do martyrio, e o seu nome mesmo Maximiuo e Porphyrio, general
é contado entre os outros martyres, de dos seus cxercitos, saíram de là conrcrti-
que se faz narração desde antequissimo dos. e soffrernm depois o martyrio. Elia
tempo no Cnnoo da l\fü,sa. deixou de ,·iver na terra, e foi para o Céu
211. SnxTA-FEtnA-S. João da Cruz,- depoi:; que o alfongc do algoz lhe dece-
de Tontibero na Ilispanha, logo de\õde pou a caber~. Seu corpo diz-se que fôra
tenros :innos encetou o caminho da pe- pelo~ nnjos transpo1·tado para o alto do
nitencia, sabendo que por elle é que se monte Sinai.
vae mais seguro para o Ceu. Em man- 26. Do:ut~ao. - Do minga 5 <le No-
cebo, e n'aquella e<lade, em que a!; illu- vembro e 25 e nltima depois de Pente-
sões mais n1.1s dominam, foi offerecer-sc co~tes. - Strn tà Gertrudes Magna, natu·
creado no boc;pital de Melyua do Campo,
ral de L, lehio na Saxonia, entrou na eda-
onde sua caridade lhe não deixava temer
o contagio<le febre, prestando a todos os de de 5 annos para o mo:,lciro h enedic·
enfermos aquelles servit;os de que care- tino de Rodarcfo, onde mai~ tnrdc pro-
ciam com sollicitade e carinho, a todos fe:..sou. Juntando uma completa abnt>ga-
1·ecommendando u resigna<;fio. Acceito çfio de si él nma solida ini-lrurçào, oaõ
na Ordem dos Cal'mellitas, e ordeoado houve virtude em que naõ fosse insigne ;
presbyturo, foi o mais caridoc,o medico e eleita abbadessa, er·a ao mesmo tempo
de leprosos pe~cadores, e maisincansavel a mestra e servente de suas subditas. Do
mestre e guia dos cegos ignorantes. Foi Divino esposo gosou extraordinarios fa-
elle o restaurador da antiga disciplina de
vores; e quando na comunhaõ o recebia
sua Ordem, que se ia relaxando da aus-
fi c,wa arrebatada em extasis celestial.
teridade primitiva. Em Ubeda ~oi acom-
rneuido ele uma grave enfermidade, e. Finalmente, desligada das prfaões do c01·-
<lispondo-se com l)S sacramentos para a po, ,•oou à mansaõ dos justos.
perigosa passagem cl'esta para a outra vi-
da, elle o fez sem qne o inimigo da sa \- 111a1·<mflãQ, ryp. de .1. e. il/. dei e. Tm-rcs=nia dos
-va<'~Õ podesse ~ffeude-lo, nem levomen- Bai óet.i·os 11, B=amto ele 1.854.
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
tNNOI Segonda-feira27 deNovembrode1854 N.ci 30.
OCBRISTIANISMO.
1'11f.(:O U \ SüilSCíl ll'l:A'O.
~
f1 t ASSIG.\,\.SY.:
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É certo por tno to que, se o homem
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bem ponderasse a força gra nde d 'e!->las contemplac,;ão. de coisas divinas): nos quaes
rasõ es, na õ hesitaria uni so momento em se comprchendiam mui saudaveis dou-
se desviar <l ' um tem oe taõ pessimo e pe- trinas espirituaes do excl'cicio das vil'tu-
rigoso, qual é, o que pl'ovem do amot· des christans, d.t perfeição da vida, da
propl'io, aco mpanh ado de immens<Js ma- imila<:ão de Ch risto, dodespreso do mun-
les. Assm pois só se occupad~ no santo do e suas va idades, <lo amor de Deus e
temo r de Deus, de que nascem todos º" caridade com o proximo, do amor para
bens, que ve rd adeit·amente formam a com os inimigos e perdão das inju rias,
sua maior felicidade n'esta, e na outra da humildade profunda, da castidade e
vi<la. Em os nc,ssos ns. 25, e '27 deixa- puresa angelica da alma e corpo, <la con-
mos mostrados os fruclos, que resultam fo rcniclade da \·oota<lc humana com a
<lo sa nto Temor de Deus. divina, da med itação dos quatro novissi-
Fr. r. de J. mos e grav ida<le dos pecca<los, e da pra-
tica de todo o gencro de virtudes e de-
.
,•oc·ào .
A tercei ra cln~se lin ha por titnlo T1rno-
1'â\~~B ®~~11
1
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
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0 cca~iiio n toda relax:i<:üo, vida licenciosa tade. Vejamos ngo,·a quaes são as regras
e libertinagem. que dil'igem as rontndc~, segundo a dou-
19. Confrontei tambem os condlia- trina rntholica romana~ e. depois re1·cmo~
Lulos ou as"lcmbleas dos hereges, el-peci- aqucllas q~e. segundo a doutr.i1u <.fo!>
almenle aquclla~ cm que se composera m protestantes, as goYetnam.
as confis!loen~ augn:-.lana, belvctica ou Segnn<lo a clou1,·ina callwlica l'Oruann
suissa gcneb1 ina e ingleza, confron tei-as, 1;aõ regras ca ll10licns estas: todo o pecca-
digo, com os couci lios geraes e m<1is an- do se deve C\'Ítar, e no li\l'C arhitl'io do
tigos da Egreja eatholica romaan. Mas, bo1nem consiste o pecca r ou uão peccat·,
que comparaçào po<lia baver enll'e n luz ajn<laodo-o a grr<;n de Deus. -Todo o
e as treva:,? Aos concilios gemes certa- p~ccado mortal merece a pena eterna, e
mente costumam se r convocados os bis- uu1 5Ó d a~tes peccados Lrnsla para con-
pos ele tocfo o mundo, os primeiros tll eo- dcmoar-Por nenhum a coi:;a de~lc mun-
logos de todas a:- naçoeus, Jegados e em- do bO deve commeller um pcccado, mas
baixadores do:-. rei~ e imperadores; tra - anles se de ve perder a vida que co mmet-
tam -se o., nt•go<·ios eom muita madurcsa, tel' o minimo elos pcccadus.-Dc todo o
<lili r,0 cnti.,:,.irno Jllizo, :-.éria delibenu;ão,
0
~
JBJPJB1f,
foram afcrrndQs a suas seil~s, naõ obs- applicar-nos o frucfo d e11e de tal modo
tante quando se viam em ptrigo de ruor~c que i,nilando DÓ&SLH1s virt11de::, coo pcras-
se convel'Lfom e c.lesejav,1in 1oorrer na Je semos M m sua acerbissima Paixaõ. Pot·
catholica; e pelo contrario nunca notei aue o frrn da vinda de Cbri .. to Senhor
algum <:aluolico, que ve ndo-:;e proxirno '
Nosso a e~te innnclo, n:iõ so foi pa ra sa-
ú mürte de:;ejasse morrer u,> pretendida lisfaz.rr por nos.sos pcr.cados e li~Tar-oos
religiaõ p1;otestante; sendo <lc1-,la sor te <.fa condemnacaô eterna., mn;, tam bem
que n a hora d a morte se abrem os olhos p tH'a nos da i' 11m perfcitissimo exemplo
da alma ao homem cbristaõ f,cerca de de tod.,s as ,1frllldcs, e conduzir-nos a
tudo aquillo qu e diz re~peito à eterna sal- imita-lo: c;ujo {im foi cleclarado --po r Nos-
vn<;aõ della. Eu, pois, dispuz-me a vi\·er so Sen hor Jasu~ Christo, o qual d epois
como quiz-era morrer, e para isso deter- cl"' ler lavado OR pe-. aos apo~tol os, lhes
minei-me com temp(J a abl'a<;ar a fe ca- di:.~c que o~ devia m lavur uns aos ootros;
. tholica , porque a rnol'te e certis:;ima, e a Po,·que IJOS dei o e:1:ani1>lo, para que á sí-
li ol'a ó incerta. Para i,to concorreu tam- 111illim>çr1 do que eu /i.z paro comnosco, as-
hcm o set·c.m os eat holicos, com qncm sim tm1tbem b facacs i·ós. (S. .loaõ XIII,
trat ei de mi nha con versaô, [bdore5 da ·15). E: Âfffe1uüi de milll, que sou 11w11so
minha salrat;hõ ne:,te~ termos: convcm a <l_ /wmildc de ccraqao (S. "'\·ln theu" XI, 29).
I
saber, que se eu pot· nrn le r convertido .\ l~ S. P~dro e1 11 :,,ua 1. Ep i.:. tola, JI. , 21,
f<~ eatholica lwuvesse de ~CL' condemnado Nosso Se,zlwr /esus C/iristo padeceu po,·
etername nt e, elles estavam promptos n vó.~ . dei.xanclo-1.Jos eJ:emplo paro q1ie o imi-
re1,ponder pn1· mim uo tlia de juizo, e a lets.
soífrcr por lDÍin, ou eru meu Jogar, a l~ jà te mpo, ama dos fillios, ele termi-
·eLet'na condernrrn<:aõ; cuja t,egurança nun- nar e..;Le escripto. \ igiae e orne, nos dis-
Cí.\ pude cl>nseg11 i1· me tizesst: m os prega-
se o Senhor por S. Pedro, porqu e o ini-
dores prute:,,tantés. be por vÍ\ er e morrer migo mau, :-imilhantc ao leaõbrnmante,
nas "uas vi .. tas eu houvesse de ser conde1n- no<l ..1 em ,eguin1en to da presa pa ra a de-
nado. De tndo isto conclui q ue a fé ca- vorar. Naõ ~iC~jam nsfilhq ... das treva!; mais
Lh oliea romana se base ia cm urni firmes prudentes nt•m métis sagaze-; que os fiibos
alice rces, e em n enbuns as seitas que lhe e.la l11z. Ü'> S(l('(al'ÍO!) trauall1atH ('Oll'l Ín-
6aÕ contl'al'ias. ca n(;a vel n<"tiv i<lade em difundir lleus er·
Ajunto a Ludo isto, que sempre nie ros e augmentar o nuffH!ro de seus pro-
de!--rostei d.is pregadores dos sectarios, 1-elitos .. . E OÓil ha V(' llH)" de c·rusa1· os
'.) 1 .
qne em quanto exa lam os merec1men- bt·aço~ e con1-e1·v,ir1110:,-no . . a'uma cr.im1-
to1, de Chl'isto, e sua .'11:l l ibfoçaô, de!-pl'c- ªº"ª apad1ia ? Naõ o permita Deus ...
1,am e e...quet'em eternamente o propo- tiomo,; sold,1d11:, de Je:- trn Chri... to, porem
r ~m e persuadir a seus ouviot~~ a irnit;1- p,H·i1icos. \1ilí tem11. . , poi'>, e :,e e-.t,1 nobre
eaõ da .çiJa de Ch:·i..,to, e an tespelocon- profi1>..,aÕ e n cmhlem.1 da act1 vidacle, te-
lrario lh e1, daõ motivo ou pretexto para nbamn-la parn tocl,1 o CjllP e bom e para
que de maneira nenhuma cuidem c~1 todo o q11t" e . . . nto. E~erC'ilemo nos em
eritat' os peccados, nem de faze r pen1- ludo o que conduz a gloria de Deu", a de
ten<:ia pel os com 111etlidos, nem l,Hb bem no1,sél sa11tifi1•,H.;,.iõ e a d11 no:<...,o prnximo.
d e exe rci h1 1· as virtude:, e hom; obras: al- S), OS J>l'Oli:',,tan{e-, ('(>lll a Miá diabo lica
lcgando c m seu fovor que Chri~to Sen h or ,1)-,fucia teem m11ltiplica<lo a te um pon to
N~sso jà sa tisfez com sua ~anti~siina mot'- fabulo:,o o oumeri, de Mia., bíblias muti-
te abu11danternente por nossos pcccc1dos ludas <' <'Onon1pidas. VÜ:, cle\'eb inutilisa r
e nos deixou merecido o reino d os cern:i. os :,eui, e,..,forç1>~ ap re•entan<lo-nos como
de.., la a rle. para passa re m uma vida li- ,·n-lu s11pplit:amus tod.i:-. aqut- llns que te-
cenciosa to1n:H11 por pretexto a Paixaõ e nhae-. e 111 \os .. o p.. der. A ~an ta Egreja
Morte de Uhrüito e sua sn tistiçaõ. Mas a lançou 111:n , oto de reprnvaçaõ rontra a
d outrina cd tbolica e, qu e a \'lo rte e a Pai- :-.Ol'it>dàdc biblica, e nó-;, fieis <li,rnatarios
.xuõ ele Chi·i~to foi por ili ~ullicieotis~icna . <l e
e Hll L•rprete:; a mesr.mi, vt,-lo devemos
:,atisfaçaõ por noss~s peccados e de todo annuncia r. Tambem vos ruga1oos, e sen-
gene ro humano, um merecime nto infini- do netcssa rio m unda mos, que despreseis
to que se e~te~de a todo. o prcrni_o poss~- lodos o:. li, ros, fo lbetos, e ·mais e~criptos
'1el: e que nao ob)lantc Isto, Cumsto qu1z que versam tiobre doutrinas; pessoas ou
coisas pertencentes á Religião, e naõ le- arrcmêtlo de uma casa de educação para os aspirnutes
eto 11omc ele imprensa nem de iinpl'essor ao cst;itlo Sacerdotal.
conhecido. O jorn.al p11b\icado em Lon- Ai!ldn assilu. passados :ipenas quinze anuos da
dres com o titul o de () callwlicis1110 pur·o , i1ua exislcnci:i, como a :irvore gerada em terra cstc-
rll, á que fallão com a substancia propria, teri:. ca-
e ó ecco dos protes tantes, cujo catholicis- hido cm ~'erdadciro eslado de inanição , n não 1·,, 1er-
mo e taõ puro como.a agua corrompida
lhc a mão prolcctora cio Governo central: os rncios,
~ encha r<'nd:.i desde o dia a:,iago em que
que Linha para oi:correr :ls desp~zas <lo costeio, rc-
L11thero levantou o grito de rehelliaõ dozião-se a muito pouco mais da mesquinha <lotação
co nt ra a Egrejc1. Naõ tememos lanlo o de dois conlos de reis, cousignada na J.r.i Provinci:tl
protc~lantis,no orgn nisado, porque e in- u. 49 de ô de \goslo de 1837.
su.,ccptive l de tal e:,tado, como o indiffe- Consr.io, porcrn, dos scniçcs, que 11 religião e à
renli'lmo, rarionalismo e demais doutri- moi-allchide de um paiz prcsl1io, quando bem monlo-
nas heretil'a ... , q:.i e sem '-Crem capazes de <los, Estabcldcimen1os desta ordem, o Governo geral
nada qu P. ten b.i ca racter e seja alguma resolveu, náo so111cn10 chamar a si o pagamculo dos·
coi~a . vaõ uaõ obstan te minando tu<lo,e Professores, e crear as cadeir:is de Grammatiea e lín-
semelhante~ à traça immunda roem o gua latina, Rhetorica, l'Oclica e Ccographia, Fran-
niais :,aô, o ,n..,is solido e o que mais in- cez, Pllilosophiíl racional e moral, llisloria sagrada e
dícios p,u·ecia ter de Yi<la. Saõ muitos, ecclcsl11.sLica, ln~Lilui('ões canouicas, Theologia dog-
amados filb os, oi, laços qn ese n os arruam, matica, Tbeologia rnon,I, J.ilurgia e Canto plano, am.
e a nossa ruma é certa e eminente se che- pliando as~im em grande escala as m:ilcri:is do ensi-
no, reduzidas à simples cadeira de Theolo;;ia 111oral
ga mos a dc!<cuidar-no:- e a'vivcr como se
por acto clelihcralivo da Asscmhlea da Provincial co-
o:\Õ lives&eroo~ inimigos. Temo-los , e
rno tratou par:1 logo de consil111rnr o acrresccntamcnto
temi veis, ainda que os amamos corno ir- e reed!Ocação do edlliclo, por do mais acanhado_, cm
maõs, dcvecnos p1·ccavcr·-nos e teme-los que jaz o Seminario.
como adve rsa rias. t\fau grado o pouco tempo dccon'ido da nomea-
( Contimía ). ção dos novos Professores, em Aht il ultimo, e aos cm-
--•
. .C>ttil~~·~c+o<,c
.....,._ _ haraços, que sem1lro aco111paohlio a execução de r<'·
forruas, para a!siru t!il.er, radicaes como a que so-
.aL'JIL, I....tc:»CC::lC.JÇ ..ãi..C:Jt freu o Scminnri o, no presente anno Jc,:tlvo funccio-
P1•ofe.1"lda ttelo Si•. Dr . .Jcaão l•eth•o DIR8 nar;10 todas as cadeirus croadas pelo cila1lo Decreto
'\' lch•a, Prof'esMor de B laetorlea e Poetl•
n. 1221 de 2ô de ,gosto: Os r,nmt>s qul! vão com~-
cm 110 Se111h1nrlo E 1Jit1t'oopnl d'estR CI•
dRtle 1mr oel'nl!lliio dR Abertura do11 eiu1• çar habili1 ar-vos· hão para dcvill:11nen le aprc<:ia reles
DU~fol. o aprovcilaownlo dos alumnos, qul! as írc11oeotarâo.
" llxcubate iii custodia Sanctuarif, Nas condições actuacs do E:.laln letiiut>nlo. com
cl i11 mi11ülel'io 1i ltaris, non ol'ictW1· in- a direcção cuillaclosa, q11 0 tem . a mocidnde que qui-
ú.iy 1:atio .s11per /ilics Israel.
zcr tlcclicar-sc ao scn iço da Jgn•ja ha de cerlo encon-
\'igial na gn:irda do ~anc1uario, e no trar a etlucaç:"10 religiosa, 111or:1l, e 1it1t•f3ria. prrcei-
mlnistcrio do :111ar: para que se não le-
van tn a lndlgnaç1io sobre os lilhos de tuacla uo Sacrosanlo Concilio rrideulino, Scss. 23.
lsrlCl.• cap. i 8. De Reforma tio11e. l'.::, pois, já entro nós
., 11111. ca,,.!8, v. 5. uma realidade o lirocinlo da ,ida cccl~slasrica ; e eu
Senhores l O comparecloicuto tio' tão numeroso, muilo confio, que no recinto do Sewlnario, como
como lllaslrado: :iudilorio e uma prova cabal db in · outr'ora no tabúu:iculo do tesh:111uuho :i ,·ora d' Arão,
teressc, quo começa tlc excitar a ~ortc do Scminario symlJo lo da im.tlluição do saccrdocio, germinará,
Episcopal desla Cí,lacfc. Consideravelmente melhora· rompendo em gom01os e fl ores, o dando íruclos.
elo com a nova organisaçào, que lhe dro o Decreto E ,·os, alumnos do Sc111inario, i1uplorai a pro·
n.122'1 de 2l1 do Agosto do anno passado, promcUe tccçao dlvinu para guiar-vos e conduzir-vos ao llm do
agora:\ Igreja Maranhcnse uni brilbanto e lisongciro carretr.,. que adaptasse, dando-vos docilidade e ca-
pon·ir. bedal b.istantc para tlesompenhardes a difficil, mas
Perruilli, pois, quo comvosco me congralulP. por gloriosa e santa 1llis~ao do sacenlolo sol>rc a terro-
ter esta instituição c.1reado a sollcilade dos poderes Sum o temor de lleui:, como no!> ensina a Esrriplora
geraes do Bslndo e o fervoroso zelo do sabio e pre- sagrn da, e inulil e 115 Lo11& a scirnria: estudai pois, os
claro varão, que rege aclu almcnle él UioccS{'. preceilos cio llvangel~o. lJehei nclles a nneão e sabe-
Creado cm 1838, à custo de fadigas e esforços do doria, com qul' lanlo illalltrr1rão, em dh•ersas epocas
fi nado Bispo o Exm. Sr. D. Marcos Antonio de Sons:,, e em diffl:'rentes lugares, a lg1·njn e ao Mundo. os gc-
de s:nulosa memoria, o Semiuario Rpiscopal desta Ci- nios dos t1yoscinf1os, /,as- Ctt z<1s, Bossttets e outros
dade, limitado na disciplina, pelos minguados recur- muitos.
sos, de que poudc dlspôr aqul'lle intclligento e cui- Esforçai- vos, emfim, para que, lambem da rnssa
dadoso Prclado,cra aprnas unia sombra, um. fraco parte. no folnro, o clero hrnsilfiro acatado, e rcspci-
•
--
<.om que :11IJ11r;;s$Ct cos, atqnc dh.isset:
Deu! v1sitahlt vos: nsportate oss:i mcn 1·0-
blscum de loco isto: uionuus tst•. ,.
Ccn. rap, :10, v, 24, 25.
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
!NNO I Segunda-feira-4 de.Dezembro de J854 · N. .º 31. ,
OCUR-ISTIANISMO.
l'HEÇO IH SU llSClll l'ÇA'O. X \1 ASSIG:'iA-Sfü
ti
Po r 11111 vnno ••••••••• 8$000. ljf
l
p .
3go a,11a111u,1o
l• :w.ís ..... ics . •••.••• 115500.
• irez macs •.... , . 2$800.
A,·u!;,'ls.... , .. • .. • .. .. S740,
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Na nua dJ Cruz n. 30, e nu Tipogrnrh!3
,, des te Jornal,
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f',011 1·c;,1 nnfmn~ perder, srr! sat,·m·c.
S. l.uc. ç. 9. \'. 00,
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
vêr a todos unid os em se u seio com uni- • sufficicn te e digno da fi losophia as ver-
formidade de p!'a licas e .c;entimentos. dades, que i;e reduzem a uma concl usão
Que se certos auctore:- de scis,na e incita- de morali<lade, e que influem nas per-
d ores de pemicio~as cliscussoem, co m to- snasões, nos deveres, nas deliberaçõei:., e
dos os nossos saudaveis conselhos naõ se nos fins do homem. Mc1s a moralidade
poder conseguir voltem ao caminho d.i recebe essenéiaimente a sua <ptafolade, e
sa I vaçaõ, H ob;;l i nado,; querem perseve- o i-eu caracter da vontade Di vi na; e logo
rar em suas illusoens e loucas ideja!,: ao que se que1· foier abslracc.;ão de Deus e
menos aquclles que por simpliri<lade Le- da r,, ua lei, falta a norma da rectidào, o
em sido cngnna<los e arras tados ao erro principio con~titutiro da !l)ornlidade,
corn a fina malicia e occultos artificias a parle principal, o va lor, o fim, e a
de nossos inimigos; ah! ao menos vos li- con clu1'ão de toda a \'erdade.
·bertai-vos d'uma vez para semp re de!.tes O Lem, e o mal, o ju~to e o injusto,
laços bomir.idas; apartai-v1>s desses cami- o verdadeiro e o fabo, tudo se acha no
nhos enganoso!i, e tomai o caminho di- mesmo nível; os 11cosnmeotos e as ncc;ões
reito que co"ndui ao <'éll. O apostolo S. dos Lwwens fi ca rn sendo factos isolados,
Paulo nos manda, em nome de Nosso :-cm imporlancia de fim, e sem se pode-
Senhor Jesus Christo, qu e oaõ tratemos rem qualificar de ,·.il'tuosos ou de cricni- .
com aquelles fal~os irmãos qne \'aÕ por nosos; e a verdade moral ou se perde nas
caminhos que nos naõ ern,in ou a tracfü;aõ íluctuac:ôes do entend imento, ouse reduz
dos apostolos, e discípulos cfo Di vino a uma conclm,ào f.1ntnstica, incliffcrente
Mest re. Deixae-Ol-l, pois, e fugi para o á condncta e aos destinos. dos home ns.
mais longe que vos ~eja pos,ivel delles. A linha perpen<licular é aquella. que,
Nqnca vos a rrisqueis a ler ~eus liHos ou cahi ndo sobre um plano, não se incliaa
a ouvir seus sentimentos: ~e acompanhacs ma is para uma do que pura outra parte
com elles pelas ruas, ai de mim ! corre- do mesmo plano: ora, <lesuppareça por
reis com elles m esmos ao pre<'ipicio. um momento tanto esse plano, como a
Deus é um só, nm 1-ó é Jesus Christo, uma idéa e o conhecimento delle, qne de!-!de
so é a sua Egreja, uma a fé, e um o po- logo tambem ba <le de!'a pparécer a idéa.
vo 6el •rn ido e~treitameute entre si para e o conhecimento d a linha, se é obliqua
formar um só corpo.mii-tico do Redemp- ou perpendicular 1 por isso que só uma
for. Naõ se pode romper esta unidade Lase era capaz de a determinar. Do mes-
sem perigo gravi.i.símo d 'a lma . A todo mo modo a recti<lão da s cooclu~ões in:..
aquelle que se sepa ra da egn·ja matriz tellectuaes co nsi;;te na sua conformidttde
(que ta o las ,•ezes nos hn dito S. CJpríano com a vontade de Deus; e segue-~e da-
e :: c·grcja rom ana pela auctoridade su- qui, que, iliminado Deus, o prirn·ipio das
prema de i;eu:, bispos, successores de S. coisas e o s_eu curso, n posição <los entes
Pedro);· este tal, qual í·amo se parado do torna-se uma necessidade mnteria-1, ou
tronco, naõ é po~sivt•I qu e viva 1-em o in- urna occidc ntalidade in<lifferen te; a ve r-
fluxo da raiz. « Nrn; de. . posamos taõ sa n- dade reduz-se a uma cnodilicaçúo priva.:.
tos desejo~; e nos identificamos com um rada d'irn portancia e de fim; a indaga-
santo taõ digno e taõ esclarecido como ção da ver<lade nos entes materiaes e sen-
hispo e como d efer.sur da fé da Egrejn, síveis se póde co mpal'ar à que faz<' por-
e rogamos fervoro1-a10el)te ao Senhor por co nc11, brenhas. e o cão no esterco; e as
vossn verdadeira felieidade, desejaad ,)- conclusões e os preceitos da moral ~e tor-
vo-la com tanta profwmõ como ella pode na m como uma especie dos ungueotos,
dar-i-e, em nome do Padre, <lo Filho e do da~ cataplasma:-, e nnrcos icos npplicados
füpirito Santo. -Dada em nosso pa lacio por um charlatão para calmar momenta-
episcop..el de Barr.elona aos 29 de Outu- neame nt e o e~pa~mo, e as dôres, mas
bro de 1853.-Josc Domingos, bispo de não incluindo o principio capaz de resti-
Barcelona.-Por ordem de S. E. I. o tuir .i i-a ude, nã o l-i5o nem ga rantia, nem
bi.; po meu 1;eohor , Antooio Portella , guia, nem remedio proprio para curat· a
preshJlero, secre tario. )) alma.
A Familia-de Portugal.
Deste modo os pseudo-filosop.hos tios
A. fl101101tJ1ia &lle1uã, o Rnelom,Hsmo e o n ~ssos dias, querendo pas.-.ar por amigo~,
Eclec,huno. e indagadores da V.:!r<lade, repudiando
So podem con:-iclerar-se como fim au mesmo tempo Deus, aquelle Deus,
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
-. AI i4&5Mttkt e
~
lf3]PíR,i]lt
~~........,.l...
ma , morra até qu e finalmente suc:cedeu Pamplona, foi um dos primeirns à j~·ci-
no imperio Con:.ta ntino, qu e o rc~liluin pulos e companheiros do fund ador da
á ·sua Sé, onde era co m i-autlade recla- Ordem da Compan hia, e abra<;ou este
mado. l>epois de àssistir ao Conc:i1io de institut o fose nd o a renuncia de tudo o
Niê-:.!a, em que Ariofoicondemnado, vol- que é temporal. Quan<lo D. .João IU, rei
tou à Myra, e pasi:~do pouco te mpo o d e Portugal, pediu ao Papa Pa ulo J]I al-
Senhor lhe deu o cli'a por ga nh o, e o guns missionarios para duuclrinarem os
povos da India, foi Francii;co Xavier o
chamou a receber no céu o jornal.
primeiro a offc recer-~e para tfio ai <l uo
7. Qm~TA-.FEIRA. - S. Arn brosio-ro- mioi~te rio, q ue desemponuou eom o ze-
mano de nação, nasceu e m França , onde lo e caridad e d e um Apostolo: e co m cf-
seu pae esta rn na qualidade de prefeito. feilo e ell e cbamado ponint onomnsia « o
~Mancebo de extrao rdinario talento, ins- Apostolo das lnJias. » ~o meio ele seus
tr~cç5o e affabilida<le, alcançou o em pre- immensos trabalhos a ind a tern te m po
go de Governador de Milão, e e~tando aui pa ra c~c1·ever u rna obrn prociosa eom o
ao tempo da morte d o Bi-.po Auxencio, titulo de-Avisos-dirigiuos no P. Bar-
zée, direcl ol' da mi ,sào de O r mur. Co-
que era Ariano, e quando o povo quase
berto d a~ ·flenções de tantos filbos como
se amotina va , divi<lindo-se quanto á elei-
à Egreja tinb .. dado, foi pa ra o cé u, mor-
<;ão, entrando na Egreja para mant er a rendo na ilha d e Sa nciano. Seu corp o,
ordem, um menino o acclamou bi .. po, e tras•adado para Malaca, fez que logo dc-
reconhecendo todos n'isto ulfl miJagre, i;appareccs~e uma peste terri \'c l, que alli
logo todos foram con cordes. A difficul- gra!-s.-iva.
dade fui resolve-lo a que acccitasse ao 1O. Ool\rTNGo.-Dominga 2. ª do A<l-
que, tiepois d 'instado pelo mesmo irn pe- venlo da qual resa b<)je a Egreja.
rador Valentioiaoo, e principalmente !'e-
conhecendo, que esta eleição. vinha dn
alto, elle annuiu. Foi o moclêlu dos pre- <Glllt:a<D~a<ea mr:m11ucaa@~ !l l)
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
ANNO I Segunda-feira 11 de Dezembro de 1854 N. º 32.
. .
OCHRISTIANISMO·.
.
l'l\P.ÇO O! SUBSCRll'ÇA'O. 1 1\ SSIG:SA·:ll':c
l
Por 11 m onno.. . ...... 8SOOO,
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Pago 3dlantado • tels inl!Ze5. • • • · · • • AS5.oo.
• trrt meus .••.•.• 2$800.
Avul><>t.. • • • • • • • • • • • • • S2~0. 1
V
a
/J.
X
No 1:110 da Cruz o.
deste, Jornal.
:o- ena l i 11oS~l'hl3
(1) Misericordtam etjudlciuw caotabo tibi Donrl· ( 1) Corpus quod corrampitur, aggravat, animam.
De, Ps. ·1o&. ' ~~~ . .
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e. -,
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•\V 1!\Il.H~i&}ü,fiài! ll~i'!i Do
"C.i -·
Srli , Rcdacco1•es.
i ~so est~1m f emµre c1;eint.. ~ d'e~l{'· te- Ei:HHJ UÍ o ohj<·cto, que me propuz.
ll)i1fes . E n n yercfo de elles ve m da tentn- lractar, e que ofl-ere,;u a vv. para Ih('.
«;âo ele Satanm~, q uc não podendo sedu- daren1 ca bimen to n o !,CU jornal, se o jul-.
sir o ju:-.lo pelo exce~o da Gonftança, por ga rem cligoo disso.
meio do qn e seduz e perde os peccado-
res, bni;ca parn o enga nar outros trilhos, Deus gmn·de a , v. etc.
la~<;a ndo- o n.a fraqucsa, e no dese!>pero, Loumzn da Trnpa. 1 l
ou exogernn<lo-lhe a ~evericla<le ioexora- de fe\'ereiro ele :J 856.
vel dos .Jui'lo .. de Dcnc;, 011 fa ~enclo avul- Aivaro Vi,:.. Con•Pa de Seabra da Sifra.
tar aos olbos de ua bumildnc.lc o nume-
ro e eno mir<l,1de de ::11as fohas passadas,
ou trase11do-lhe a memoria os escrupu- DISCURSO SOBRE O P AP .\.
los ele suas ciuedas quotidianas, ou a im-
perfeição de :..mi:-. boas obras. Qual é u cbristão, que pú<lc ser in-
E-.tes e~pirito!'l runlignos (1) que , co- <liíferenté ao qu e diz respei to {1 egreja rC\-
m o diz a E:-.criptura, creado.1 para a 1 in- 1
mam,, á mfti de todas as egrejas, _ao cen-
. 1·edoú,.m11 seu /'r,,,·01· na co11su11wia-
,..,tra11ca, lro da unidade, ao fundaruento da fé ca-
çao de nossa vida, entp rega m atnda co m tlio1icn: Queu.1 pócle deixar <lc aca tar
rnai r, força e"ta tent,,<;ào con tra o~ jw,los, com profundo respeito e veneração ao
o contra os perc'adoreil na hora da morte. suceessOI' de S. Ped1'0, ao vigal'io ele Chris·
É então que foi-cm seu.o, ultimos e-xfo rços to na tena, ao rabE'<;a e chefe ~isivel <la
para lhes in~pi rar Ci>le cle:..ei,p<'ro, porque egreja, ao pai • .rnei-.trc , e doutot· uni'"er-
sab em que é o unice meili, qu e Lltcs res- saJ de Lodos os cb rbtão:;, que por Deus
ta , ou de enfraquecer a caridade d'uos, fo i reveslido de ttlcla a plenitude d e sa-
ou de f'Ôr ob:-taculo!> à penitencia <l'ou- cerdorio e d 'a ucto.ri<lade, e cncarrcgodo
ll·os. do gove rno da egreja, c-ujos <lecretos pro-
Uma terceira fonte d'et<tes temôres nunciado-. na te rra são, segundo a exprcs-
pode encon trar-se na vontade do mesmo :.ão dos padres, acceitcs e sancciooados
Deus. Tod11 bondo, o, co mo 6 para coa1 no ceu? Qne1'n é q11c pode olhar com
uma alma fiel, eJl e se ap razen tl'elantoem indiíle reoça pura ª'I uelle d e cuja sé de-
amedro nta- la alg•11nas , e:-cs com a vi:,ta pende a unidade d a egreja , e a inslituj-
ele l<ICm j nisos, e em vez de a c•cmsolar pela c;:ào clirina <l o christia ni~mo í>
recordação ele .w as miserirorclins , parece E~aminc-se nm por um, d iz um es-
abandona-ln . F urt:i-lh e l'l na prci-ença ::.en- cri pto1· plulm,opho, todo!. os grn nd es dou-
sivel. e a coni,,ulação do se u amô1·, para tot·es da eg reja c·atbolica, e ii medida que
e::xperimentar po r e, te~ rigores a cora- tem dominado nelles o princ-ipio de saoc-
gem (." l Mia per:,evernn<;a, l '~• assim. que
tid ade \ereis que se teeru maoifostndo
nos Cantit:os o Esposo se ocn1lla por a l- mni/' ze lo.,'():, cm favor da :,ancln 60, mais
gum tempo parn experim e11lar a fideli- peuetra<los <le seu., direitos, mais allen-
dad e ela E,p o~a . e talvez tnmbem pa ra tos ~emp1·e cm defc 11de-lM; porque a
lhe fo-1e 1· go têlr maior doc;nra no pra!-ler sa,wtn :-.é não tendo ccm t1·a si 1ieoão o or-
de a encont ra,·. Foi o que os Santo .. tan- g11ll10, e~te ó destrúido pela santidade,
tas vc~e!i e.xpcrimentararn no~ da-.go:,los, que dt•ixn npparerer é.l verdade coro todo
e pri v;H;ões iateriore, , n'ei-i-m, lenol'es, e o se u ~xple ndOI' e cbrida<le.
:"Cle!>ol.u;õe!, em que a alma !,e julga quase Oi:,!-e que depe ndia <lo fundamento é
que aba ndonada. (ú,laclo que todos os auctoridade da :-an('la .. é a· unidade da
Me:..lres <la vi<la espiritual tão bem disere- e~l'rja, e a in:-.titui çilo <lh•ina do ch ri~tia-
ve m. e de que a<'batnO!-t bellas piotura!-, J1i~mo. Co m effe1tu <pwl é aquellc que
nos p~i.l lmos du Rei Profeta, que mui to pódc cuncebe1· a trnid,,c.Je da f'g reja sem a
devia ri Misericordia de Deus, mas que unidade da fé, ou que p~':de dar-se esta
.nem por i !,~O deixo u de sen tir todos os sem exislcocia d'um chefe :-upremo? Se
terrorc~ de !>Ua jm,tic;;a. é evidente de si mesmo, qu e a verdade
T. eurna :..ó, quem não vê, qu e a unidade é o
(Gootin úa).
symbolo e o caracter da \'êl d ade ira rel~-
(1) Suot splritus qoi ad vindictaw crcati sunl; et in
consummalionc eITundeot Yirlutem. Eccl. 39. gião ? Seria um imulto manifesto e. ain-
ela uma injuria fei la a Deos se se dissesse calii11do tt roda de si todas nc; obras <los
que pocli.i li(Her duas reJjgiões ver~a<lei- homens, sem que a torrente das idncles
ras, porque nüo podendo uma deixar de nl'l'aste em fe u Clll'~O, ou a furia <las tem-
ser contraria il outra, seria Deos auctoe pesta<lcs a abalem no seu tronco e na sna
qo CITO, porque nmbas sejnlg:uiam COUl mas~a .
rasilo anc·hwi!',adas para o ensinar cm seu lt por este fun<larnento que elln passa
uomc. Eis-aqui a ra~flo, porque diz~a um sempre a mesm,,, ~cmp re immola vel na
grande -.ando, que o p,1 pa e a cg, ep era s11a essencin, na sua comtitui<:ão, em sua
tudtJ um, e pot'quu u,n :-ll~llime doutor cloutrin:i, cm seus d11gmas, e pl'eceilos
accrc-.cen tu,·a, que quando se tré\lü va do alnivez dos seculos, da mudanc:;a das leis
l'l uroino p<>nlifice se lrnclavn nada menos e dos governos, <la quéda das dinastias,
que do <'hri,1iaoi:m10. da n1ina dos impel'ios, e das frivolas l'e-
( l ) Se toe.lo!-> os acontccimentoi; do Yoluc;oes da lena.
nntigo nrnndn se clirigl".rn a prepal'ar a É por este fundamento qnc ella
, ind., d11 \ cr lrn, e se l'Otnpletc1111 em sua :,'a presenta à face do universo com os tí-
killitaçno e t1·act·1 ,·om os humen.,; se de- tulos incontrastavcis da sua origem celes-
poi .. da i\,C'enr:ãn do )1c,:-i,ís a \!greja, ao te, da 8ua fé intariavsJ, da !;lia unidade,
redor clt1 q 11a I ncc·o1·rem ldnta s , ic.:i.;-.itu- da sua indivisihilicfoclc, ela su~ antiguida-
des, e ~e :-.t1crcdcrn t~1ntas r,·voluc;õe,, of- de, e univcr~n litbd ~ de tempo:, e logn-
ft:i rcecm no ~ú li-teto d.1 sua exi, tent'ia a !'C"; q•1e e u11Ja-Snncta-Catholica-e
d;irn solnc;:io do grande prol>ltma dos A postolicú.
tempos, t11davin púde ~implific.i1-se 1nai~ E 'por este fundamento que clla l~m
~ .. te ponto de vii-la prnphetino, e a razão
urna so fe, um só altar, um sósacrilicio,
1,11prcm.\ da,; coi,a-. humana, púde appa- um só sacc rdocio, um só Puntiíice Su-
1·cce r ln111ino a e mais p1'1)po1·ciouada à premo, que se perpetua sn m iolen11p-
oo~:-a dcliil e c~ca-.sa ,·i:-ta. Porciue ,,.,sim <)o, por toda a extensão dos se cu los <les-
como o Aw•lor Divino <la nossa te c,tá na de a origem dclle.s até nós.
egrcja, a ri11ern dà lnz, \'ida. e fórma,
Í~ por ei.tc fun<lameoto que Pio lÃ,
porque clla e o ~e 11 corpo, as~11n a egre-
que lito dignamente boje pre.-.idc à Egre-
ja !'>C con(•t>ntra, por :is~im dizer, e111 o
.romano Jcra,·,·
. 1la rcnlro n-.1ve
. . 1 e pe1~ ma- ja de Deu:i, sobe até S. Petll'O constitui-
do pot· Je-.u~ Cbri~Lo ,-Principe dos
ncnte d'uni<lade e de acçàn. cnbeça da Apo,lolos e Supremo Pa!'llo1· de todo o
lrn111ani<lade rt,ucnernd,,, pa-.túr e clt,11-
rt:banho, e que ene01·porando-sc com os
tor unh'er:,nl, :.e;1111do o cunrilio de Flo-
Puntifü:e!,, que i-.cn·iram no tempo da
renra e \ i.rari11 de Jc,11, Cbri,to, -'e~uudo
• V V
lei, vai ará Arào, até Moy:,és, alé os Pa-
o d·~ Trento. Porco;ta l'aiào ª" prnme...sêlc;
lriarehas, até Deus, emlim, creador do
foitas pelo Hcclemptor ao corpo ~,po... tnli- homem, e de toda:,; as cousas, por meio
co se repctirnin n Pedro c1t1 p;1rticular,
d\1m encctdeamenlo de coisas tão admi-
menos uma, que fois<'> cxcl11'livamente r ~, vcl como consolador, ( l ).
para clle « df' que Mwin o fundamen,to, a
ClHD cffeito q11e coisn púde lla vc,· na
q!lc niio IJ:i :,ub:,tit11ição p<l'-:-i mi. o I~ po r
este chefe, que a n•pri>senla, e por este terra maior e mais mar,t\'ilhosa que essa
J'un<l.\mcnto, q11e nilo tem :,ub'llilniçào (1) Se o nosso espirHo naturalmente incerto e va ·
pos·,;i,·el, que clla é uma in:,tiluiçào di- cilaolc:, <lesgarrando-se a cada passo, cn1rc:guc ao
,·inn, que nin~1wrn p6de cuutlar-lhe .ª seu proprio, preconceito de ser flxo pela anclorida1le,
que m.1ior auctoridade tio que a da ~greju Catholica,
sua natureza, e altt•rar-lbe a sua con:-t1- revestida do mesmo poder de Dous, que comprchcnde
tuiçft0; e por elle qu~ ellrl tri11mpha dos cm si a aocloridade e a Lradicção de tudos os secu-
los? ! Que serie, qoc encadeamento .iJmiravel de
scismas. <la~ herei-ias, da impiedade, das coisas? Que ha corupara,·el com esta nunca iulcr-
paixõc!'- cio_., homeni,, e de todos os exfor- rompi<la socccssão, íJUe Jala d:i origem elo mundo, e
c;os do ioferno, para anniquillal-a; é p1>1' ((UI! se perpetua ate uos? Que outro, se não aquelle,
que \'ivc e reina, :ilém dos tem pos, qne tciu ua sua
meio dl 'ltP Íllndament<, qu e a \' Cmos ven-
1
mão o coraçüo e o homem, e que dirige os aconlcci-
cedora do:- l l~ü1po:- e dos erros, hlh,tentaL'- n,eutos cio mundo, como bem lhe apraz, podia for-
se com uma L~1r<:a i1He11rivcl no meio das mar um conselho eterno, cm que loclos os seculos são
comprchenclillus?
vici~~it11de-: das coisa .. bumanas, como Que outro qnc o'io sej,, Deus, podia promollcr :1
uma rncha linne no meio do Oceano, sua obra uma dur:1çf10, olerna, ou fazer uma ohr;1,
que não csl:i sujei la á3 \ iclssilutles do 1empo tâtJ im-
. ( 1) R. r:. mutaycl como ellc 1 !
•• HMM ,,.tt,sge :s=@ &MM
4# gp- w~wPWMWASiW d WS $# 49 znoa a
serie uu nca i nterrompida <le deposital'ios enfermaria ha dez.oito annos, e a1·1·astatlo
tl'nrna doutrina, que trn_nsminem iocor- pelo en tb usiasmo qu e lbe inspira um
J'u pta al6 mais de dezoito secu los ? prioripe severo de costum es, illuslrado o
Aonde ~e viu resp landece r nunca a ju:,to, snbia ao pulpito pa l'a no templo
d ignidude da humana natureza melho r de Deus e na pre~ern;a d os lwmens dar-
(] ne ua conservaf;iio incessante deste pa- lhe um publir:o e solemoe testemu n ho de
cifico im perio, o qna l, se m ma is garan- venc rnc:ão, com o panegyrico do santo de
tias . que o nmor e a fé , sem rnais armas. se11 nome !
que as que lhe põe nas mào!> n mo ral, Esbe h ome m, esse orado r, tinha sido
tem adh idos à sun grandeza ~ e ngen ho e uma cfas glorias mais briihanJes da tribu-
a vi rt ude em todas a~ idn des P na religiosa, u ma das illustrações do en -
Aos trinta p1·ime iros succei;sores de sino pbilosophico. Julgava-se porém qu e
P edro oppri ru Íll o t reme ndo pode t· de O t,empo, a enfer midade e a rese rva d o
Romn pngã, e perseguidora, não cessa n- cfa ustro h ouvesse m alterado aq uella fo r-'
d o elles d e pl'cpa rar, e nlre as ruinas <lo <'a de argnme otuc;ào, aq uelle ~entir ins-
i mpcrio que se fundia, a ina ugur:1<;ào pirado, aq uella voz.eloquente que desde
cl'ou!ro impe ri o de ju.stic;n e sanctidade. tanl t>s au nos se havia ca lacJo, entre a p-
E por meio deste fu ndame nto qu e pla11so:-, d epoi:- de ter si<lo ouvida com
ella trnz em :-.i me.. ma o c unh o d a sua so{freguidüo e assombro!
origem cele~le, qne :-;e não pô<le assignar M,1s o claustro, r om o um tumu lo tlll-
a Egr~ja outro au c·tor ma is do que Deu ~; tio-o· encerrava magn ifice11cias. Omn is
que e ll a .é lm ela ve rdad e; que o seu en- vi~·t,~s in infirmitate pe1ficitw·. _A !:Hnpa-
sino <: semp re uoifc,r 111e. sem pre immo- da d::-i fé, :;egun<lo uma bella ex pressão
tavel, sem pre bril hante, sem pre, ra dian- <lo celebre prégado r i.t a liano Ven lura, es-
t e ü luminoso. taví'l occulta no enC"e rro; c:oneentrava-~c
A fo rça da Egrcja di ma na da ba:-;e, no fn n<l" d 'a lma. mas não tinha pe rdido
em q ne ella a,:-en ta. S'approuve ao se u o fu lgor de sua lnz. O an tigo prégaclor
Divino Fun dado, fundai-a 1-,obre unia pe- conserva "ª o~ symbolos, as tr.l dições, a
drn , é evidente dr :'li mesmo q ue, ar rnn - dou trinn d e seus primeiros ann os; con-
cada q ue seja esta pedra, !!e cle~ troe o Mrva va tam bem a ~l'iencia , a palav t·a elo-
cbristia ni~mo , bem como um edific io (]Uente, o gesto tl ni mado! a voz. l'epassa-
ta mbern se aba te qua ndo lhe w lapa m os da de uncção ! Nada per<lêra, senão a
alicerces. Separe-~e q ualq uer edificio da vi~ta' para contemplar o im memo a ud ito-
bnse, e m que assenta , <' para logo deixou rio qn e o es<·11tara como ont r'ol'a, ou ma is
cl'existir. Scpare-~e qua lquer corpo <la a md a , em profundo silencio, só inter-
sua cabec;a , e para logo perd eu a vidét. rompido no fi m por uui nrnrmu rio longo
Sepa re- se da Egreja a sua ca beça , que <'• de adm ira<;üo ! ·
u mn pa rte co n:-lituinte de ~i mesma, e A epigra pbe sagrada do di.:cu r!>O cJo
que resta? as reliqnias d'um e<lifit·io ar- illu~tre préga<lor foi u , er'.', iculo 32 do ea-
r uinado, ou d'um corpo feito em pcdn- pituJ,, 12 de S. Lu<"a!- : N olite th11e1·e., pu-
c;os. sillus g1·ex , quia complacuit Patri vesh·o
( Con tinúa.) da1·e robis regnum. De:-de que elle pl'o-
Je ri u as primeil'as palavras, seus ·a ntigos
disC"ipulos e os rep rese ntan tes da geração
llio '20 de outubro . <le outr'ora o reconhecerão na fra ze c::ts-
tigada, na d ic<;ão eoergica, n os accentos
per!-,nasivos e eluqmm tcs, no a<·ein nado
Nun ca comprehen<le mos tanto a phl'a- grave e mage!- to:,o. Monle-Alverne não
se d.e S. Paulo aos Co ri n1hios, toda a vir- se re:.friára na,., !age~ do con ven to, nem
tude se fortifica 11a e11fe1·midade, como se eM rcilàra no q ua d rado da cella.
ho ntem ouvindo prégnr o rn nstre r~go Que exord io magnifico !
11'r. Francis('O d e \llou tc-Aherne ! Um ho- « .lá não é dado, disse-nos elle, igno-
mem vergado pelos a nnos, quebrado pe- rar a causa d e.., te impeto di vino que ar-
lns decepções do mundo, torturado pela rem essou a tra vez de mil azar es esses ho-
en fer mi dade, ~a birn do l>ilenciu <le se u me ns es,colhidos para mudareru a face da
claustro, deixúra a cella que lhe serve d e terra. ~ in util fi ngil' desco nhecei· a ori-
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
•
.... "
gem clcssn~ fa<;an hns !'lingulares ele q11e fln!?cllnrões r ivali~:-ivnõ as scenns do mar-
justarncnfe ~e en"-<.,ue.rhe<'e a bella filha tJ,~io; a· penitencia vi nua as:;e nta r-so no
do céo. Expfoc;ôe:. crnentas preludiavão lóg~u· <la,; perseg uições, e as vfrtudes pa-
c~ta regenera,;ão q 11e os ~ecu los e1-peru v~10 cifi"as substituic1õ os su rtos da heroicida-
com extrema :rnciedn<le. íloloc,1w,los cs- de. llm ~ó lwmcm reco pilou- todos esses
pon tancos en:,ai... vfío e:-. ta renu ncia d e si merilos, e obteve as mais ardentes ova -
mesmo, cstm; qu<'hra<.; do egt1Í'-tl10 a que ções. Os ar!'onho~ <la ab.ocgaçaõ Evange- .
estava ligada a purifi cação da espe,·ie hu- lir:i , o espirito de refo rma, a osteotaçaõ
1oarn1. ~las Lodos es,.,es ra~gos de dcclica- <la Om nipo tencia Divina, ba-stnõ para da-
c;ào, todos cs!>es brios <l~1 1nag nanimiclade, Io n con hece r. Os Anjos o cliarnáraõ PE-
ficáraú muito longe d,1:, p rovas a que erào mtn; o logar de scn na:icimeoto accres-
rharnados os repre!->e ntaol csdo novo pro- centou-lhe o apellid o de Atc.\~TALU. 11
gresso ra<'i ona l. ílepellido~ por lantos re- E!->te exo rdio.terrnin on porestas pala-
,,eies, dc..,n nini:1dos <'O'n tantai> derrotas, \.'ras lotantes, da mil is ~iogela cloquencia,
o~ cnni:, experimentados conh:ndorc!i ce- rcpas!õados de tri:>te,n, q1.1e pode rn servir
dêruo a éH'en~ q11e elles hadão coberto de de exemplo da mais poetica littera lura
rumas. chri ~tti :
« Con"inhão oo!ros meios; erüo ne- ct Naô, n aõ poderei terminar o qua-
eessariu., empenho- de<1ütra ordem. L ou- dro <]Ue -a<·:ü.1ei de l>o~quejar: compellido
ros uin<la nã o e . . tiurndn,, , uma aureola de poL' uma força 1rre~i~ti_ve l a en<·Pta r de
CJUC não ha\'ia noti c·fr1, prcmios ai-nela 11ào novo a carreira que per<'<>rri 26' :mnos,
concedidos, podiã u ~ó rean imar a cons- quando a iurnginac;aõ e-.th (•x tincta, iJuan-
tanria <lesses manten(>dores que devião do a robustez da intt" ll igeocia está ·e nfra-
:H·har-~e a braços <·om toda . . as difHcul- . quecida pOI' tantos e..,forços, qnando naõ
da<l es, ,·cm·cr todo:, o:; oh:,,taen los, domi- vejo Mi galas <lo snneluario e e11 mes mo
nar tnc.los OH precotweitos e dc:-fazer todos pareço estrnobo àquclle>~ que me esrntaõ,
os prej11i1.0-.. S<\ um diadema em que se como desempe nhar esse passado taõ fer-
prend ia a immortalida<le com todos os til de remini..,cen1•ia~? C'omo reproduzir
seus fu lgo r e.s e l uda êl niagia de nma fe- esses trampu r tes, esi;e enlevo com que
Iiddade intern1in ,,rnl, era dig11t> de com- r~a leei as festtl!-, <la religiao ê da pa tría P. . .
pens,11• tantos suo res e de coroar tan t~s E tm·de! . . . Emuilotnrde! li)Seriaim-
fadigas. Nolile ttme1·e. pusil/us g,·ex: quw .pos~frcl reconue<·cr um carro de trinm-
complacui( Pall'i ve.~lro da,·evobis regnum. pho neste pulpilo, que ha 'l 8 annos é
« Todos osnnnac~derão conhecimen- para mim um penRarne nto sini1-tro; uma
to de,;te aba lo rom que o mundo foi sá- recordac;aõ afllictiva, utn plrnntasma in-
cudi<lo, e poz em dc~, uso as ideas recebi- f t rnm e irnportuno, a pyra em gue ardê-
das. As agaprn, dos confesi-ores condem- raõ meu~ olbM e cnjos ch•grtws <lesei só e
navào esi;c:- fo-;tin., marrado~ com o stig- silencioso para e,couder-me no retiro do
ma da atrot,idade e <.'0111 o~ cx<'essm, ~lit clau.,tro. ·os bardos do Thabor, os can-
in tcmpel'an(:a; lia lalhõ{·s de ,irgens 1Jrnn- lore . . <lo Hcrionn e <lo Sinai, batído!i da
dada 'i ~ murlc pqr 1·on ··l! l' Va r . 1;iw pureza I rib1ihu,:aõ, <lHúra dn~ ele p1 zares, n aõ
1
cobriaõ de confu:-ao e:-.., a!'I mulberes, que OU\'indo ll\ai ... <b e1·0,; repet irem as 1-tro-
unõ tinuaõ pcj{>dt> a:,~i ... tir cm r utnplela phes de se us r anlÍ<'os rn,!\ quebradas de
nudez às ceia:, \ ol upt uo~a:-, dt~ Tigcli no nas !'IUas mont,1nlt~ pitore ..ca~; uaô escuta n-
alameda:- de seu-. jardin-. profosnmente il- do a voz do deserto que lev..na an longe
lum.ioadoti; e a Lhatt1ll C,L1 do l,1gu Fucino a m.elodia de ,eus bym no~; pcnq11ràruõ
para sa lisfoze r us capr il'hos de 11in de-,p()- seus alaude s no~ l-a lgueir,,s que hor<lavaõ
ta, que rereLia os ultimo~ emboras da o rio da eflcl'avidaõ; e, quando os bomcns
rnage:-.tade do povo rei, er:1 coo lra~tadcl cptc opr<'ciavaósuascou.po,i<;õe,, qua ndo
por es~e;'\ milhõe... de li111uem au.10ulor1 - aque lles qu e deleita rnõ com o:; pe rfun.ic~
do~ nos a mpbtth alros, consu midos 11as de ,"eu ei tylu e ::i bellesa de suas inrngeos ,
fogueiras e dc . . p11da<;a<.lo:i n os cayalletes, viulrnõ pedi r- lhe!> a rcpetiçaõ dessas epo-
a fi m de ju, tifo:ar q11e .1 hora da salvaçílõ peas em que perpctuavaõ as memo,·ias de
tinha cheg-1do, e qae a humanidadt-' es-
(1) Qnaodo o orador proferiu estas palavras, a ad-
tava r ege ncradu. Cada , e<·uln a presenta- miraçã,i do auditorio, por esta ex.cla111:ição tão suhli-
va peri}lecias ,tiuda naõ a precinda_;. As .me e locante, prorompeu em um munuuri') geral.
~
JE]PJ83JL
troco sua tu nica. O corpo do penitente as- que copiamos algumas frazes, erJ pre-
semelha-se a raizes resicadas; sua pelle eslll ciso ter-se ouvido os accentos da voz gra-
denegrida e queimada com o fogo da mor- ve e tri~te do or.1dor, e ter-se presen-
tificaçiio. O frio da morte agita seus mem- ciado o arremesso de seu braco desrar-
bros lividos e dei,rarnados. Um moço re· r,ado, o franzi!' de. sua testa lar"ga e pen-
ligioso se approxima e intenta estender sativa. ~Jais do que nunca reconbecemos
sobre elle um lençr1l.- « Retira-te, gri- a verdade da respo· ta de Demo1>tbcnes.
ta-lhe o lotador: aioda ha perigo; o ini- ele que a acçaõ éa partees!.encial do ora··
migo está em presenr_,a, ainda não <!essou do.r; ou de que a t> loquencia de um <lis..
o combate! ... O Justo imprime c,eus la- curso e1-tà, corno diz Villemain, na fronte,
bios no signal aduravel da Redelnpção ... ao gesto e na voz de quem o proferiu.
Pedro de Alcantara subiu ao throno de Fr. Fnrnci . . co de Monte-Alvernc e
Deus!! ... » uma sombra glorio!-a do pa~sado, evoca-
A peroração foi digna do discurso. Não da por Sua Magestade o lm perador, pua
a reproduzimos pnra naõ faltarmos ab1-o- revelar .'I geraçaõ actual que em mataria
lntameote á nos~a promessn. Con~tou de de eloquen<·ia sagrada nossos pais tinbaõ
fraze~ singelas e verdadeiras, sentidas pelo i,ido, até o dia de boatem, m.-lis felizes
o,•ador e pelo auditorio, porque dizião o do que n6s. lDo Con·cio lJJc,·cantil).
que todos sabemos das virtudes publicas m-- -
e privadas do chefe da na~aõ. A'N'NO CBRISTÃO.
DESE/tJBRO.
Quem, <lepois·de ouvir hontem o pa-
11. SEGUND:\-FEIR.\,-S Uamaso. -A vill:i de
dre-mestre Monte-Alverne, não reconhe- Guimjlrãeis em Portugal se gloria de ler sido o herço
ceu no seu intimo qpe a religião é um gran· d•esle illustre soccessor de s. Pedro. t\ uma piecfadc
ele consolo, que fortalece no n,eio da des- e:tlr:.ordinarl~ ajuntou a erodfção variada e um zelo
aclivo em acudir com adequado remedia a lodo., os
graça ? ~obre a duvida d o protestante e a males da Rgrcja. Convocando o Concilio Constanti-
presumpção do philosopho eleva-se a fé nopolil:ino, ettioguio, ccndemnaudo-a, a heresia de
Eunomio e de Maccdonlo. Edificou 3.8 nasilicas de s.
1·eligio.~a. A duvida apparenta mais li 4
l.ourenço no Thealro de Pompeu, e outra oa via Ar-
herdade de espirito; mas a crença revela deatioa. 'l'ambem dedicou a Baslllca, cb.imad:i Pla-
um coração melhor. Entro a esteril e falsa lonia, onde haviam esl:ido O:, corpos de,S. Pedro os.
Paulo, e co111poz eh!ganlcs versos com que a dccot'ou.
sabedo1·ia da duvida e u doce e modesta Sobre :i excelleocla da Virgindade escreveu \'Crsos
ignorancia da crença;-entre uma idéa muito elegantes. assim couio sobre varios outros as-
sumplos. navendogovcrn:ido tão sabiamente n Kgre-
secca e um sentimento generoso;-entre ja pelo tempo de dcsasselç annos, morreu no de 384.
um facto tri~te <JUC se quer verificar ma- t 2. •r1mçA-FEtílt\.-Hesa lroj1· a Egreja oo 5. 0
terialmeote e um suave mysterio que nos dia da oicL1va da Jm1uaculada Conceição de Mal'ia.
13. Qu.rnTA-FEIRi\.-Saola l.ozia,-oatural de
sorri com toda a magia que o cen:a,-a Siracusa. ctepols de acompanhar sua Mãe a Calana em
escolha não é difficil. nom.iria a Santa lgoez, e de empelrar por suas ora-
ções a esta Santa a saude de que. sua mãe carecia,
Assentado no meio das trevas e da aproveilot1 csla occasião de lbE: pedir para qut' coo-
sombra da morte, in tcneb1'is et iu ambm scnlisse em dlslribuir-se pelos pobres o dote, que
houvesse cJc lhe dar. t\Sltim se fez: o então om 3utes
mortis, o padre catholico, o pbilosopho ambicioso elo CJUt! amoroso rnaoccbo, a quem contra
christaõ, o orador religioso, naõ perdeu a vootallc de Luzia seus paes- a haviam promelllclo em
a sua fé, nao sacrificou aos d1:oscs igno- casaarnnto, se enfureceu, e a foi accusar como cbrls·
lã ao presidente raschasio, o qual, depois de :i raser
tos da duvida, como'fe1·tuliano, anjo des- passar por lodos os lorroeotos, me-;mo aquellc de a
herdado de sua gloria, seduzido pelas vi- querer expor em u111 lapanar para ser ~iolada por al-
gum brutal luxurioso, a mandou matar passando-lhe
sões de um Ídnaticú. Por isso o e~pirito o algoz a garganta com a ponta dt> uma espada.
de Deus era houtcm levado por cima das ·14. QUJNTA·FEIRA.-Rcsa a Egreja da ltoacu·
palavras do illustre cego, e a verdade fal- lada Conceição de l\laria.
15. ~1>XTA-FEII\A.-Resa a Egreja da Vigilia ou
lava por seus labios. Todo o auditorio co- vespera da tl'asladação de S:mto Euseblo Bispo de
mo quesentia as proposições que o orador Vercellis, da Olctava da Imaculada Conceição de N.
Senhora-é dia de jejum.
enuncia\'a. As pessoas imperiaes, os gran- 16. 5AllBAOO-· T1a~1at1aç.ão de Santo F.nst'blo- Bispo de
des do imperio, a~ notabilidades de todas Verccllls. l•'ol um s1re11uo tleCcnsor cta íé contra o~ sofismas
dos Arianos, que não ocscauçuam alé que obth'essem, por
as ordens e classes, dobravaõ com o povo soa!\ intrigas do im11eraclor Cons1aocto ordem de clegredo.
a cabeça àquella sublime resigoaçaõ de IJPportacl1, pois p.sra Scythopoli, e entreitue nas m:10~ de
~eus lotollerantes inimigos, &1•1freu us mal.,res prluções, e
uma intelligencia que se avigorou no in- barban•s rr.,cros; porem sobre\"iven a tudo Isto, e depois da
mor111"de Constancio íoi rei,11Pgru10 cm suas~. onde mor-
fortunio. reu de doença. A Egreja COill rasãó o conta, &tslm mesmo
Mas para se poder verdadeiramen_te no numero ,te seus mariyres, e ~ener~ oa aens escrlptosco-
mo um rico thcsouro. • •
comprehender o merilo do discurso, .de i7. 00\llSGo-Domlni;:i 3. ~ do &dven10.•
~lar,mftão, "IP· <Jq J, e. i11. da e. TorreJ=1'Ua dos Ba, bcfras n. s=n,mo de J 85!, ..
ANN'OI Seguilda-feira 18 de Dezembro de J854 N. º ;13.
OCHRISTIANISMO.
rn.Eço n.\ suoscmrç.\•O. V
1'l
.í ASSIC::-.\ ,SE:
fl
l'or 11 111 PMO . .. . . .. .. 11$000, fJ ~ No llu~ do C1·uz 11. 'SO. cnn 1111ogn11111ro
Pago adl3ntallo ll •
• sei s m,:zcs .. , ... .. 11$500.
trtz metes. , , , . . . 24800.
A\ u1..,,.... , • . • " • " • • 81110.
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2'l de~t~ Jorn~I.
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So>, t·tnl nnfmo, prr(lcn sal sakarl'.
S. Luc. r . 1 . v. 5<i.
:rsc =s--·- Z?& =
e.v ope,·e ope,·ato àqnelle~, po r qu em se
OCHRISTIANISMO. olle rece o Sacrifi<' io , como ~cacha clifini-
. .1CJ'"""7'-----
Ouvir ~li""ª nos Domingos, e Fei.tas
---~t!!!iii - ~
do t' m o Concilio cila<lo mcsrn a ses .
çap. , t.
E bem portanto q11e todo!- os q ue .
de guarda é o primeiro d o.s cinco man- t1 %ii.. tem d e\ot.1m r nt t' ·à tão s3nlo Sacri-
damentos da Egreja, como ,·onsta do ficio, o offerN:,1rn j11ntamPnte com o Sa-
Texto da donttiu a c:hristan. l~ por e~te cerdote elo Altis:-im o que, o colebra~ e
preceito qne todús o-; fieis cbri .. tãos ~a n1 ne m o utra coisa n oi, d a cn a eatend el' as
obl'igndos, pena <le per..rado morta l, a ou- seg uinte:, pa laHas d o primeiro- Memen-
-vir Misi..:i nos dias sanctiíicado!.: em os ou· to-que é pelos ~ivo.,: -lc111úrai- vos S a-
tros dias não estarn obrigados; é porem nlwr . . .. , e ele lodos os circunsllmtcs • . .
grande, e lournvel devoção o ou vi-la. pelos qu.al!s vos of{e1·ecemos , ou elles mes-
Ora, sendo, como é , tão exce lle nl e , e m os vos ofl'ererem esle S acn/icio. D'aqui
principal esta devoção de uuvir Missa to- se pode mui bem t·ollég i1· o quanto deve
dos os di ns, não deve haver nos cbri~tãos importar à todos sa ber e-.ta proveitosa
a menor C!\CU~a para uma pratica ta nto doutrin a. I~ p()rque, ainda clecbra o mes-
agradavel á Deus. quanto proveitosa para m o Concili o na ses. ind. , r ap. 2 , o sa nto
todos o, qu e, assim obram. Pareec que Sacrificio da \1 i., sa não sú é salis{atorio#
o mesmo Deus Omnipotente se empenha para se offerece1· pelos defun clos, como
tanto Plll con.,ervar esta d evo<;.ào nos Heis, la mbem f'"ºl'iria torio. , pura ofl'e recel'-se
que não cessa d e fav orecer com prospe- pelos vi vm, q11 e c1inda 1-am vi;1 d vrê-;; de-
1·ida<les tempt>raes, e g ra nd es bens à to- vem todol,, o~ <llle ai..!"li:-tem á \1i'isa, Cl>tar
dosa quelles, quea praticam componlua- inteiradm, qnt!, co ntri ct,is, e bumilh ados
li<lnde; querendo por este m eio anima- alca nçam a mberieo rdia elo Senhor, e
los na conti nnaçhi,> d'um exercwio, pelo sua Divina graça nos auxili os opportunos.
qnal podem <'o nsegnir mil ben<iÕes do S. Agostinho cm o lib. '10 de Civil. Dei
céu, como bem noi. te.. tefi ca m frequen- cap. 20, e à q ,u~m :-.e rl•fc•re o rn estno
temente a bii.. toriu et·clesiasticn, e a vi- Concilio Tridentio o, diz: co m a oblação
da dos Santoi,. Üi.olemni-.simo Sacriíicio d o sa nto Sacri!i c·i n da .\fo,sa se a branda o
da \1i,. .sa e o mesmo t• m que, o Redemp...,. Senhor , e <'onrede sua Di vina graça, e o
tor se offe rece u por nós ao seu Eterno grande, e estiru avel dom da penitencia;
Pae em o Alta,·da Cruz no Monte da pe1·· perdoa os criruec;, por maiore1, que sejam;
feição, para reali ..at• a salvação do gt:ne- por isso q ue o me'lm O Je:-11sCh ri!,fl), que
ro huma n o, cnmu d eclara o sa nto Clin- em favor do gcnero huma no ..;e oflereceu
cilio Tredenrino sei.. '22, ,·a p. 2. Entre o em o \fon te Ca lvario, é o <J UC i,.e oOe re-
Sacrific·io dn ..ac ro-Calvario. e o do Altar ce em a \lissJ. Aflirroa em uma de suas
so ba a diffe1•ença d e qu e, aqnell e foi ornçÕe!. a ~a ol a Egreja, e diz- se mpre
cruento, e e:,f(' e incl'Uento. Ainda que o qu e i..e celebl'a o incru euto SncriGci o da
Sacerdote, qu f' Cfc' IPbra o saato Sa<.'rHicio \1issa , se exe rcita a obra maravilbo~a de
da Missa, seja ma u, nem por is-.o o seu nossa Rcdempção : quotics lwjus hostir.é
valor se dewioue, e dei~a de aprovei~r éommemo,·atio celebratur, op us nostrre r·c-
MICA A • ,um..!OOtJi.)r.+e,t wt::IVXtW!rsa+e i i ! ' B ~ 1 , w:1.,..,-N.:t++ , •s s •1
demptiouis e.x:e1•cclur: leri-se a ora(:i°t<) (se- q\1e, com ret,perio e devoc:ào o asMStem;
creta) <la Don1i11ga 9.ª depois do Pente- e por isso em nc,me de lodos· q_ue, se
costes. Esta s palav ras de ce rto mostram acham prcseolcs, responde o acolhito: o
n dign idade sup rema de tão augus to Sa- Sen/,01· receba o Sacrificio de tuas mãos
crificío, e n consideração que llie <lHe- para lw121"a, e gloria de seu santissimo
m os prestar. Nome, e lambem para utilidade nossa, e de
. · Ao mesmo tempo que o Sacerdote sua saota Eg1·qja. Sam muitos, gra ndio-
o{for-eccu este so berano Sacriflcio da Lei sos, e admira ve is os ~lysterios de que,
da gra ç,1 , os muitos :1ojo~, qne, então as- es tà c h eio o Santo Sacri6cio da Missa .
sh:lem, pedem à Deus por nós; pelo que Sarn por con.seguiQte abundantes os
cada nm, dos que com attençào ouvem a fructos, que d 'elles podem colher os que
Mis~a, deve! unindo sua voz às dos anjos, as.;istem à Uicl solemne saerificio, se com
dizer tamheru , acompanhando ao sacer- r.espeilo e devoção, seguindo o espirito
dote, ns seguintes pala vra8: â ,,, ó.~ Âlli.~si- do Sacerdote', con~iderarem os dive rsos
1110, e Sobera1tn Senho1·, Eterno Pac, o(fe- pns!'>os sag r..tdos, que vam occorrendo.
1·eço o vosso Santi:-..<:Úno Filho por todos os Po1·q•rn é n'este Si.'lcrificio, que o Sacer-
meus pcccados, o/fensas, e 11 tgligenoias dote d e Cbristo nàú só roga por si m es-
minhfls, e Lambem por todos os fieis chris- mo, corno tambem pelo povo;.as~i m d e-
i/ws, vivos e tltfunctos , para que rí mim, r. ve .o povo unir seu espirilo com o cspiri-
tÍ ctle.<: at7roveile, e consigamos a 11ida eter- to, e on\(;ões d o Celebran te.., <p1t, pede
na. É e.sta uma das Ol'Ca!'liões mais op- pol' todo~. (Conlinúa.) ·
po1·t11nas em que, o:,, chri!">tãos podem re- Fr. V. de J.
conciliar-1ie cou1 Deus, nosso Senhor, be-
nigno e fü vora ve l para com os seus fi-
lhos. DISCURS O SOBRE O PAPA.
E na VHdade, qne seria de nós, se
não ti vera mos este meio, tão prompto, e ( Co11tir111t1rão do n. 32.)
facil, pelo qua l noi; e permittido abran- Aquelle pois que anancaeste funcb-
dar com llllmildade, e arrependimerilO mento dcstroe a egreja, qu e Jesus Chl'is-
à Mc1gcstade Di vina, offendida inn t1m e- to edificou sobre elle, e não é, por isso ,
t'aveis veses com nossa~ i11gratiJõe.:;, nos- cont,·a a cahe<;a da egreja gue elle se le-
sas ,:nlpas, nossos crimes <.!srandalosos? ! vanta, é contra Deus mesmo, é cont1•a.
Infelises e muito in feUses 1,eria 11101-, ven- De1Js que prote~la, não desmente aosho-
do-nos, por no-;so~ pPccr1 dos gravi.; . . imo~, m ens, desmente a Deus ! 1
perdidos e ex terminado,;, quaes outros Aquelle qu e, r eco nb et'endo um d1efe
bahilante.s de ~ndoma, como diz S. Pau- na egreja d'instituição Divina, se sepa ra
lo em sua epi-;t.ola ao!'> Romanos , ca p. 9. dclle, e pel'Leode dará egrt'ja outro fun-
v. 29. Sim; é na occa~iào rm que, o i;a- damento além <laquelle, que Deus lhe
cerdotc celebra o immeru nravel Sacrifi - deu, que faz elle? de.,t, oe a obra de Deui;,
cio da Lei nova, que podemos alcançar para aas :.uas ruinas estabel ece r a obra do
o perdão de nossas :fitlla:-, co mo nbaixo ho111 em.
ainda melhor faremos ver. Diz o angeli- Que nom e, pois, merece elle, que
co Duuto1·: o effeil o proprio do San lo Sa- n5u i;eja o d'iiripio, o d e sac rilego e o de
crificio da Missa e apla t',ff à Oe11:-, seg un- blasfemo, que pelo alteo tado contra o
do a dou lrinu do Apo,tulo S. Pau lo em céo desafia con tra i,i a ira e a maldicão
s ua epi:,,tola aos Efesios, <·ap. 5. v. 2. 9 Divina?! •
onde a-;sirn folia: Jesus Clwislo, Senhor Mas como é que ~e póde desconhecer
nosso se entregou po1· nós em Oblação, que Jesus Curisto deu a sua egreja um
Hostia. e Sacrificio á seu Ete,·no Pae, pam cbefe inse paravel della?
nossa safvaçao eterna. Qua ndo o Celebran- Com effeilo se Jc,,us Cbristo na fun'..
te, virando-1,e parn o povo, pede-lhe ora- da<;~o da sua egreja não distinguiu algum
<;ões, as:-im diz: on1i, irmaos, e pedi á Deus de seus discipulos com algum poder es-
nosso Senhor que, este Sacrificio mett e pecial, ou com algum poder eminente
vosso seja aceito para c011, Deus, Pae Om- sobre tod qs, não lhe deu O()nhum govel'-
nipotente: d'unde se vê claramente seres- no, e e5tabeleceu nella, por principio, a
te Sacrificio commurn à si, e à tod os os anarchfo, e a d~.sordem,. que deve ir nel-
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
la sempre cm a ug,n cuto ale ti sua com- on sodctlac.lcs pal'tic·ulares, quantos são
ple ta clissollH;,io: ó assim <p:e ,·cmos tocla os chefes, que assi a1 cgual ou cm pode r,
a egrcj a prntcstnn tc e $Ci,ma Li<'a grega porcr11e n:io sei que se possa conr.el>er uma
pol' fa lta d'u1l'la aul'tori<l,,de eminente , associac;ão I.Jum:i ua; ou u111a ~ociedade;
O\I pl'incipio d'uniú1> e ccnlro commllln qualctucn· se m um gove rn o, ::;c111 um ce n-
p ara toda ella, <lis-oh'e1·-,c á no5sn vii,tn tro d '11 ni,io, d e que lire a sua cxi:.lencia
n~uma variccluc.le iraliuila de seilac;, riue mora l, a não se r parn lh e nsso<'Íar e i<,léa
toma m o 111,1oc clü .;eu autor, ou do po- <.la ncces~idad c <l'!ltn st·ismn , ou d'uma
'º· crn qnc :,;10 rl.!<.'<'bicla-., Íll'lprimincl o divi!iào cntt·e todo:-.
t:,1cla uma dcllni:i 1w sua frente o cuoho <la Ainda que Lod.i a ns:wciac;~o Lumana,
~lia origem lt~ rnan \, ou da 5tHI fal:,,irlade , de qualquer fórn1;1 que se npre!-cn tc , re-
se ndo ccl'to qn e ioda a reli gião , que tira poui>C n e~te fu11<la1ucnto, não ha todavia
O nome tl'11111a pe,soa, 011 cru m poro, C uma só rcl igi,fo fúrn da ca tu olici<lade que
nccessa l'inmente í'.d,n , porqne mostra. n5o tenha cJe.,tniid o, e po1· cow,eguinte
que não pr,,ccdc de Dc11,, mn, do fucto todas ella-; teeril ,H·n badv ro m toda a idéa
<l o:; h ome ns. <l'cgrejn, e aíncl:.\ de ... ocicdncle possivel,
Se porém .Je.-.,i.. Ch ri...iu ega ul ou mui- mas a destrnit~iio <l e:;l,1 base fundamental
tos cm poder e n11l·t1)rid,1<lc, rnn,sem ne- de toda a ~~sociac;úo bumann, é ncllas
nhnm nexo, ,cm n,.. nlw,11a s11periol'id a- <l'umn necessidade irresis~ivel, porque
dc, sem nenhuma prce minencia cn trn !-> i, au momento cm qu e ad .nittisse m na
c1ecrcton a indepe11dencia de lodo, cll es , egl'cja uma unidade, um ce ntro com-
dividiu a sua cg:·eja em t.rnt.1s parlce, 111um inhcrenlc ú :nrn instilui~uo, não po-
qua ntos for:11n os <'h cfc:-., qne as,i111 eg11a- diam renunciar a cllc, ~e m renunciar no
lo11 cm poúer, pol'Cp1c 11c'tu ~e :.cn tin<lo Chrislian isru o, poi,i reconhecenc.lo que
neobnin cl'ellc., :-.njeito ao 0·1tl'll e dep1·11- J . e. d e11 um chefe f, :-mn cgreja. fJ~\() po-
deu te <lelle, ou obrigado a obcclece r-llJ e, dínm deixar de o reconhecer se m deixar
julgae-se-htt l,;1-,lan l ~ a11ctori-..ado parn <lc ser christfü). Para não chegar pob a
le,·n ntar a sna b.t1Hll!ir.1 de l1bcrdad u, o u esle e..~trerno, ou excesso de impiedade.
para ;e governal' por :.i m c~mo :.el:n rP.- e lias teem de derora r o mni!> trem endo
for.~o com as dcrn ai-;. de todos os absurdos, ou q ue a ca lh oli-
• É assim qu e \·c m os a r eligião grega, cida<le, que lhes falta , e que J. e. insti-
c m que a ~11prema cia. 011 t1111·Loridade l ll i II com o f-igna I ca r:,cteristi<:<1 de sua rc-
<l' um sob:-e lodos é dc-.corrhe<'ida, det·re- I igiào , M! cacontr:1 cm toei.is as seit as, ou
ta1· a iuµepe11den<·ia ele cad •..1 patri.11·c·ha, q 11c cada uma <l ei las e uma pt)l'(;cio de
e ain<ln <lc ca<la ( 1) bi\ ,,) c111 p<1 rl i<·ul.1r, c .i th olicida de.
dh idir-!-c , e !'i11hd i, iclir-:;e c:u !antas cg rc- Mas qn e e i:..lo senão delir:ir, 011 1·e-
jas parlic·ul are:; 0:1 nacion,ie"' quanto.; ~ão nu11 ciu r :to senso com nrn m :' Quc111 é que
os governos político,; do-. poros, e,n <1 11c p<idn dizer, pnr exen1pln, que os Ec;t~1clos
cslii e!->t;1r,c lccida, rv.riar de nom c<i ~rgun- Unidos cl,, Ame r ic~ po~sa 111 fü1.ér t11 na con-
do \'3r in de c·hefc., e pai,.es, c-;tabclecer, fe<le rac;ão, 011 uu1 e~ tado sem cong1·c!,SO ~
pol' principio - q11e toda-; a,s egl'eja .-., ain- que os un e?
da que indepentl •nt e.., 11111 as da .. crntras, Faça-se dcsap11arccel' esta assem hl i!a
ainda qu e scpa r.1 d ,,, por se11 ..., ~oyerno:; e <:nm o :!éll prc., idt!ntc, isto é, abdi rp1c111
s ua., leis, f,Jr11rnm u,na si'>, e a .11c:-ma clle., .i auclm idade t·os u mum, i1t1111 cclia-
egreja orthndoxa adrni llindo a~.,im o db- tarn enle desa pparcccn\ a unidade. e uào
::i urdo ele (]ltC pócle hare r mu ita., egreja-. liave rà muis cltl que treze estados sepa ra-
verdadeiras, ou q ue en.,inem em nome du -., ou ind ependentes apcziH' d e lúl'cm
<lc Deut-i, e por sua c1uc turi!>a<it0, dng,uas lingua e leis coinmuus.
encon tt·aclos. Ainda oul ro exemplo , todos ns pro-
Dis&c qll c ,1. G. instituiu lanl os nim os, Yincb s da Frart<;a são pa1·tc d" Fn1nc;a,
( 1) Orth. coor. Pare. 1 qucl>5. Docen lnr Christnm p'J rcpte c~tão reun idas tod.,s debaixo da
solam Ecclcsiac snac caput esse. - Ta1111Jhi l'1lrO anlis- roci.,1na nuctoridade; porem :,e alguma
tilcs in ecclcsiis, qu<'is pr:\esuul ra pita t!Orum <li cun dt> ll ns t·c1uincit11· a es te cen tro 011 supre-
tur: Sicnl illud ta111cn acci piun1lum, q11111l ipsl Vi-
<'arii Chrlst!, in sua quM111c província, c t p:1rlirula - rnn<'ia commum cfosdc logo íi ca r·;'t um es·
1ia quaedam capita si111. s,·nod. Ui•!rosol, a 1612 tado .,cparõ"tdo e i ndepe nd ente, e uenhnm
cap 10 (.Horduio T. 1'l ). h()mem cordato pudel'à rolcral' a expt'es-
fl ([; <fs ffi llUl ~ !? ll ~ ~ !! ~.H11 \O:>
................&,WM•4'ffi<li:3E>J%,!t:3aa:, . . : i ' & t ~ . . . . . - ~ ' - ' l i t > .~ ' " h . : l i ~ ~ ~ ~ ~ & G ~
suo, de que c1la é parte elo reino ela FL·an- gundo o fim, a que. se propoz o Di,•ino
<.;a, por isso que conset'va a rnesma li ngua Fundador do Ch ristianilimo ! !
e a mesmri le~ús1adio.
,., , Em qnalqllel' das bipotheses, em que
Se porém , J. C. destingniu algum de se exclua da egreja l\ primazia <l e um
seus discipulos co~n poderes especiaes, chefe, aonde est n u Egreja, a quem J. C.
mas sem que os trnn~m ittisse aos seus fez magnificas prome~sas, a quem elle
successo reli nn sé, em q11e Üxon a sua r c- p r omelteu uma a.,si!,tencia parlieul ar, que
sidencia, deve ndo expi,rar, pol' sua mo r- ::,o d evia acabar no fim dos te m pos, e no
te , i-;to é, ~e fe-i a preside o eia da ~ua egre- pri ncipio da eternidade? Aonde està essa
ja amov ivel, podendo jtt dar-se nesle, ou 1·eligiào, a quem foi prome_u ida a irnmu-
naqnelle bispo, ja oe~ta e já naquella sé, tab ilidade, a univcrsalid:,de <los tempos
jà no Orie nte e já no Occ"iclcnle, já na e dos logarcs, que devia cla t' filbos a Occ1s
cÔ1'tc de~te, já na claquellc imperador, do aquilão e da aurora, elo orc1den te e do
jà e m Boma, já em Con,ta n tinopla, além meio dia, que de\'ia ser o laço e o vincu-
cio visivel ab-;urdo, que ni<ito s'encc,ntra, lo cornmum de união entre Oti homens?
q ue pomo de discord ias , q uc semen tes fozüi' <le t 1>dos O!- povos um só povo? que
d 'odios, que fóco de riva lidades, de ciu- de~·ia ser consumado em unidade, ter um
m es, de pretenções insensa tas, q ne n}a- "º
so red il, u m só pastor, nm mest re, um
n aocial de <lesordent, não Jegou o seu nuc- só i-cn tim ento, u rnu só voz-a 1JO:: de Deus?
tor à egreja cbristú na mo r te de cad a Aonde e:--tà e1,sa religiiio <'a thÔlica, em
pon tifü:e ! ! c11jo3 fondat11enlo:- para ter Deus empre-
Toda a egreja cb l'istã, tornand o pa r- gado todo o seu ('l ) poder, porque, Elle
te neste-; delwtcs, se co nve,·tel'ia n 'mn devia declara r os seus oraculos ao seu
campo de gla<liadoi-es, os del>ates prin- povo P
cipiariam pelas grandes sés. Bom a, Ale- Aonde est.'1 essa religiiio, que <leYia
xa ndria, An tioqu ia di~putariat11 ent re si reun ir todosº" homcnssuh a mesma b.in-
a honra da p rimasia, olhar-se-biam com cleira, fazer delb, todo:, outros lantosi r-
riva lidade e ciumes, bostilisar-sc-hiam
de todos os modos po.ssivezs, os impera- (1) Se neos, quando creoo o mundo, se ,:evesliu
do seu poder, para poder fazer , parece que se re,·es-
dores do Orien te reclamal'iam esta honra liu cio me!-.mo para foudar a sua cgrcja. .
pa ra os se us bi!ipos, os do Orciclente não Com l'O'cilo .,. C. declara-se rC\'QStido de todo o
se riam menos orgulbo11os, e firmes em pod,ir 1lc seu Ett•rao Pai, quando lança 9s funtlamen-
suas preteoc;ões; os bispos ind im1 r -se- tos d~!.ta gra11tle olJra: P.llc declara quo vem formai·
p:ira ~i um povo Lil':uio de todos os poros da terra,
hirim j::1 pa ra uma, e já pa ra oulra parte,
a quem quer fazer her<leiro clas suas promessas e da
segundo as suas paixões, prnjuizo-;. ou sua gloria; escolhe 12 apostolos, e a um delles cooi
i nteresses. Os con 1·ilios con verler-se-hiam um poder iminenlc sobre todos, a qnew diz- Eii ·vos
em ai;sembléas tum11lluosr1s eneontran- dou o nusmo po,fo,· que ·rece:/Ji de meu Eter,w
do-se nas :-nas drci'-Õ~s scgnndo a far<;ão, J>oi-sicul misit me Pnler, et ego 111ilto vos-ide, en-
q ue n'cllas domina~se, o que n 'uma parte sinai lo<.la.s as nações, fazcndo·lhe observar o que ros
t.e11ho en~inado.
se fiz.esse desfaze r-be-hia na oul ra, e no ms-.. qui, eu sou com rosco lodos os dias , até tt
meio d 'c~tas paixõefi exa lt ada!-, de:,Les in- cotlso111mai:ao dos seculos:-cccc t!f/1> siim voúiscum
te ressesoppm,tos, d'esta luta de ambições,. omniúus diebus usquo ad co,rsumma,tio,uan sc-
n 'este r.o nílir.to de disputas, sem neoh um cuti.
me io de termi nal-as, sem nenh um juiz, Eis-aqui o potler, de que J. e. rl'vestiu o colleg~o
apostolico-a egreja nascentll. Que poder ;> Que magw
que d elt as tomasse conhecimen to, ele que
escanda los, de que crimes, de que hor-
nificas pron,cssas? Que se pó<lc imaginar demais alw
to, e mais subli me ? Eslc novo reino, que devia en-
rores não seria o mundo tet,teru unha~ cher todo o universo, apenas principia, urna hortil'el
que acabariam por se lcvan tat· cada pa r- tompe\Lade se le\'anta cootra elle; e é no meio das
maiores contradições, e de tod o o podei' da terra,
tido com seu.chefe, cada patria rcha com conjurado nara o destro ir. que te estabelece por toda
seus descenden tes, ou antes, tudo acaba- a terra essa egr<•ja, qoe st•gundo as promessas de seu
ria por se julgar im possivel a idea d\1m Divino fundador deve perrn,mecer invcnclvcl e inabaw
chefe com mu m en tre os christãos, po r lavei até à consummação dos sccu los. Que oraculo
extin gu i,· se fin nlrue nte a unidade da fé teve jà urn cumprimento mais visil·e l e completo?
e <lr1 religião, e com olla a paz, a fra ter- Que facto mais brilh.mtc, do que o triumpho que ,·e-
mos da egrcja, sobro todas as seitas, e sobre todos os
nida de, o amor, e a cariclacle, que devia erros il Que monumento mais perenne e mais aulhcuw
se r o laço çle união en tre os homens, se- Hcocla Divindade do Gbristianismo ! ! !
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
màm, pelos la<:;os do amo r, pelo gôso dos de di~pulas> úrn ,,iveiro de seitas, quese
me~mos bens, pelos rin ~ulos commu ns batem e <l<'Oalem, que se dividem e sub-
de uma só fé, de uma sú crença, do uma dividem, se m qu e concordem em outra
so commnnhão, debaixo dqs auspidus coisa, que naõ sejn nesses odios, nessas
am oroiios do 1~esrno pai ? inimic.;ades eternas, <'OID que se corres-
Aonde está c.ssa religião ca tholica, pondem en lrt> :-i ! !
que Deus rc.visliu do seu mesmo poder, T.Jma l'eligiao, q ue cada povo accom-
para :-.e governar por 1-i mesma indepen- moda a ~eu gosto, <:ada p!'incipe às suas
clentemeole do urnndo. que devia con- leis, cada amhi<'ioso ás stw s ptiixões, ou
serva r, até o fim, intacto o deposito da fé, a seu~ <lest>jos, ca<la innova<lo,· aos seus
e das verdade:,, qne lbe fu ra m confiadas, 6en tim eatos, de q 11e cnda doutor, ou ca-
qu e <levia se r imrnotave l, como o seu auc- da in d ividuo tira., parte dn sy mbolo, que
lor, sempre a mes!na pel<, s(~ ll chefe, naõ !'ioffrc o orguluo do :-eu e~pirito, ou
pelo seu governo, pela legitimidade e suc- a parte d u:,, mandamentos, que naõ con-
cessão dos seus pastüres, pelo seu en~ino, sen te a eorrnp<;aõ do sen cora çaõ.
pela sua douc:lrina, pelu:; seL1s dogmas, Uma rcligíaõ, de que se pode consti-
pelos seu., p1·eceitos, qoc, reve!itindo-se tuir <·befe todo <Hp\elle, quese sentir co m
<lo rnetimo poder <le Deus, lhe cle,,iam capacidade para seduzir o., cspiritos, do-
t.er suLjeitos todos os poderes clo1, ho- minai-os, e exercer sobre clles o seu
mens? mando e n sua nuctoridade.
Aonde e:-.tà essa religiaõ, que devia Uma relig iaõ; que uo sec ulo XVI au-
manife:,ta r- se se mpre com os caractere.'! ctori~a um Lnthern, um Ca lvino, um
iodelcveis da soa L>ivindade, nessa anti- Zuioglio, 11m Béza, e uma infinidade de
guiclnde, que da ln da origem <lo mundo, bomen~ clepr·av;Hlo... , entre os qua es naõ
e a que se naõ póde a'i!->ignar ouJro nuc- havia :-egnndo o te1'tcm unlw de Cobbet,
lor, sena ô Deus? n1:ssa un idade dos mem- e1-C' riptor protestantn uu1 Hl que naõ me-
bros com a ca be<;a, que faz clel1u nm so reee."il\e a ~urra por i,eus crimeii, para ca-
tç,do um <·01·p0 indivibivel ? nessa onivet·- da uin a seu modo e a se u gosto fazerem
c,a lidadc de tempos e Joga res, que é o t,,ig- uma reforma religiosa na parle interna e
n al exclu<1i\·o da ve rd3de, que faz, qn e externa da rcl igiaõ, ew :-.ua constituicJaõ.
encha todo., os ~ccu los, e que dê adol'a- em seu governo e jerard1ia, eru seus dog-
dores n Deus cm toda a pc1rte elo univer- rna~ e ,ac:rúmento~. em seu culto, enJ seus
:m? n es~n im1notahiliclade de gove rno, de preceitos, em ~na lythurgia, em suas pra-
leis, de preceitos, q11e o foz independente tiea.. e eerimonia .. , em que, de~lr ~1iclo
<lo mundo e das {H\Í~Õl;)s dos homens? tu<lv o principio ( l ) d'aucturidad e, 1>C foz
semp r e a mc.;ma, sempre sanem , sem- . - --·-- -- - - - - -- - - --
(1~ O prote~lanliswo nfio ê tal o u qual interpreta-
pre catholica, e apostolití-l, sc.mp re a co- ção do Evangellw, nrns so111rntc negação e re~•o lta; e
lumna, e ~u"ltenlaculo da \'crdade, sem- o erro similllaulc :,os magicos d' ,\1 iostcs rcvesllncJo-
se de lod,1~ as appill'Cucias, 111ultiplil'ando-se de mil
pre inaba lavel e inrcncivel, segundo as fórruas difforenlt!:; sob phllut;isni:1s i1111sorios. A ver-
promes!,at. do "eu Divino fun<l,:ido r ? cbd<', qne nos solva e rcrrencra, que importa na vida
~la:- cm , e,. <le:-.la religiaõ, que é o da huuHmidallc e 110 <lcscn,•olvituento social, só se
encontra na religião catholica.
Cjllé se nos apresenta segundo os princi- O homem cstà n'um est,1<.10 puramente de infancia
pio:; de to1 la a Beligic1õ, que rompeu a fluctuando â mercê de todo o vento de tloutrina, abrá-
çando srus chitt1N1cos sonhos, como realidade:; sem
unidad e, ou i.e :.eparo11da catuolicidade? nunca ctwga r à c<l~1de co1uplet-1 da razão senão pela
Ei~-aqui u·rna reJigiaõ, em qnc nada sua cnlracla na egrcja , e pela sua auhcsão ao teslimu-
ba de 1ixt1, em qne se di~puta eternamen- nho n,u ensino 1wlla depositado.
E só 1:nL:10 qut! pelo brilhaate cJarrio da Luz Oi-
te sobre o que seja erro e verdade, sem vina a ~na razão se esclarece e fortiíica, e só então
que tenha criterio, que di:;tinga um do que ellc trilha com passo seguro e fir me o c:1min!lo da
vt-!nl ade. Sim fóra do ensino da cgrcja 11ão tia luz que
outro. esclareç.1 o bowem, nem verdu<lc que o guie ! l
Urna religiaõ qne varia de dogmas, P:1ra crer na verdade e de occessidade couhccel-a,
de leis, de jera rchia , e .<le forma de go- e amnl-a. Ora o proleslaotismo lauto na ordem reli.
gioso corno 1101itica e a total careilcia df'lla; é esta a
verno, :,egundo os paizes, em q11e se acha silenr.iosa paz da ínt.lilforcnça, e csta renunciação es-
estabelecida ! ! tupicla a toda a certezu ria verdadeira lei de lleos, bem
supremo da inlclligcncia, pt'la qual o piucel dcJ_Oan~
Uma religiaô, que, po1· isso que naõ les .acaba de pintar o supplicio dos reprobos.
tem um cbefe commum, euma se mente E o sceplicismo alcvado ao cslado de dogma socia-1.
que nüo é mais qnc um dispar:ile ela segunda ínhocia
d'odios entre os lrnmen<:, um âi.rnaocirtl das aaçõcs.
~
JE]PJ83JL
um sy:itcma, cm qne se tocnon pol' fun- « do,e en1 seurcpre~enta ut emaisnugus-
d nru ent o a inc.lepeJJdencia da ras'1Õ, e a ª to, íl rlrnru a in vcncirelm en le a re vo-
liberdacfo de c rer o qu e l-equer, e de \' Í- « l11c:nii religi osa por uma re,,olm;aõ
ve t· como !,C crê; que .se rc tluziu, c11, re- <' SOt'Íal 1 !
liginõ, n apngar-~c 11111<1 a uma, corno cm Em <p ie se fc,. 11m ~ystcma, que naõ
as ccrcmoni;.,s ~yml>olicas da egrcjn, du- é se uaõ n negn<:ati el e todos os . y:.le 111as,
rnnl e n., trc,n:; da i-e 111.i1w :,anctu, rodas n regeic;nü de toda n doutrina, ~ abi:en-
as 1111.cs <l a fc'·; e c11i polilil'a « d e!-ilrnindo cin de Loda a verdade, a cnreocia de to-
« todo o pr ine;ipio d e.111ctoric.l.1rle (di,. L. do., o~ principiM, que naõ é ~enaõ um
« Blanc na ~u,1 l]i ~toria ela Hc volu çaõ prote!llo contra todo:, os sy rn bolos e con-
<t Franccza) cm s11a fó nur1 mais res peita- tra todas as crenças, em (J ue se estabelece
f: uma mentira que Le\'c por principio o orgulho, sangue cm nome de não sei que lei <.la ontureza as
e por al1me1110 o ronbo, a lu:rnri;1, o es1;irilo de no- mil prêz11s da luxuria e ambirão.
vitfatle que açallon n·uma verdadeira coruetl ia, no na- E uma IIICntira ' que • cm religião, depois ele
moro e c:isamcnto dos seus auclorcs, e n' uma innun- se hn1rer t.lh·erlitlo pnr algum tempo com a duvida
dac;ão, 01111'11111:1 torrenlc nuoca vlst:l d'immoralilladc sticntitica llc ll.1 rlc e 1le ColinglJt okc, a \·imc,s ter-
e corroprãu, se~undo cunvcm os seus mesmos secla- minar imrnt!diatamcotc oo pantheilimocoru a pltl l oso·
I ios. phla ;1Jlc111ã, e por e~sa auic1nill:,çao da personalidt1t.lll
É uma mentira. que s1i não e'>tuhrleceu se não por llivi1w, por essa "doradío d 1 u111a c:>spccic ,lc polypo
horrorosas pcrseguiçõ1:s, ucm se sustenta senão por infinito, de (IUC o hoW(•Ol e a n:1tU l'('1.;\ sb111cute são
leis barbar:is e 5angulnarlas. foci nho ll'insccLo gigantesco, prt!par.:ir a inl'asão do
f: o reino úo llrro cxnmc e doe; mil é uma seitas socialismo.
inaugurado por um llolo1·am,to de \'lctímas hurci:rnas, .É. umo 111t•111ira , que tem :icabodo por objur:ir
cooio dc\'ia :;cr ruais tarde o rl'iuo tia fratct nitladc e de uma m:inríra :ilJsolul'I o solcmoc todo o rhrislianis-
egualdqde. 1110, cahir n•um doismo vago, n •um panlheisnw ridl-
Ê uma moulíra, que, cm politica , gl.lrou o philoso- culo, ou insolente albcismo.
phismo enryrlop11diC'O, e se a rcvolur5o pertcnre a É uma nwnlira , <1uc lem :1c3bndo por itH'ocar
:>stc, como o cath o à 1•idei ra, de qnc foi ,;or teclo, quero um Jopilcr de uronzc, rcndt' r homenagem às cxtra-
i\. que não v~ que n11uolla era de !t'fl or foi uma con- 1•:igancins do p;1ganis1110, po r levantar ,ill:ll'C~ ;1 <lcosa
scqnr11ci,1 r.xccssivo, mas rigorosam1:inlc dodutida dos do pruzcr,ttl,•ploraud o qoc u Crnz do:,lruissc V,rnus.
priuclpios funll:i<los por Lu th<'l'O? t\ revoluçiío fran· r,; ama mnntira, <1u0 trrmlnou por todos os tt ros ,
ccz:i , dii u111 :,abio e profundo cscriplor tios nossos por tod:is as lmpleda1le~. por lodos <1s vicio~. e 1>clo
dias. era ao mesmo ll' IOflC> o Lullwranismo tios Gc- dcsencadc30trnto e sollu1 a de lo•las as paixÕlS.
rnndinos. o C:ihiaismo dl! Hobespiet rc, e o anabap· lfü-aqul o abistUo, a que chega o e~pirilo hu-
tismo de ~Jarat e de Bal)(l!Uf. mano, logo que uma auctoritlatlc divina não íix:i o.s
J~ uma mentira, <pll! nca b:nHlo, como diz Lui;: lllooc, juii;os vat'lllan les.
com toda a nuc1orhl:ulc religiosa fez tias guerr:1, so- Na ha \'Crrladc, em que se creia , aonde náo lta
cincs guerrns de rcligiáo, 1rac1arnl o-sc hoje mais do certeza ou com icção t.lclla. Por mais conllança , que
q11 1: nunca de saber se a Europa qut·r rrjeilar, 011 ser- a razão tc11l111 cm si proprla, não :1d1uille :.uas con-
vir o reino de Ucus, uão entrando a m1ss:l0 e :anclo- copções s(' oiio co111 um;1 rcS't'na <lc dorida, e agra-
ridadc da <'greja menos cm qucsti\o n:is nossas tlis- clnvcl a rehel!ião, a razuo tio homem só crt! na r:izão
put:is polilicas, <10 que nos com•e111íc11loc; ,I' .111gi.b11rg, clr Oeus . ou não crt c111 nada, e csln razão só cllc en-
l>Ct1Jo a.indo certo <[UC os rc\'Oluclu11;1rios 1le tud:is as contra 110 ensino e aurtoridaJe da rgreja.
cõre" c!:.tão aruiaclos co11Lra a ei.;rt•ja, esprcll:1odo O prole~lartlismo cntrc~ou a l ntlo o \'l'nlo de
óccasiiío opportuna para acabaren, com a sohcrauia clo\llriJlil, pl'll'tulu ua,; n1atcrias rr.ll~io~as, dost:i ,·er-
11:t Sancta Sé. r.m que cil les julgam estar a liqucz:1 e délllc lixa e iuabala\'Ci-, crum, Ih 11111, el inconcus-
(1 suslentaculn «.lo Cathc.llcismo. sum, que pareceu a Descartes d •.a!J5nluto oeccssi<latle
t um:i l\!cnlira, que cm su::s relações com to- rnra ba~l·:ir um systcma philosof)hit'I>, qoe certcsa
•fos as hurcsias, de quem dcsct>nd<' po r linha rccl:i, pot.lc acl1,1r rm i.i, que lt'rc a co11 1ir.çào ao espirito,
produziu o s11ci:db111ó. quü néin e uma doulrina, que fe, que vivlfüp1e o coração. que prolc:>ja n vprtlat.lo
11em um sysloiua uo rcsuu,o br111al de todoi. os erro:; politica, que as~eot.i na vrrdadc rl'ligiosa ! ! Que po -
111etbaílsicos sahidos do pedaotismo da esdtola , para dia elle produzir, que não fosse abandono, P regci-
acccnder, nult ir e arrnar toJas as omhiçôcs, de que ção tle toclas as cre nças, que não lu~sc in,liliercnça,
se fazem ageull'S as 111!1s p:ii~<H'S. nrgsção, e dcspreso ti!! 1ol1.1s ~s rcrJades, que não
1:; uma mentira • •que dcpoii, tio ní'gor o Vlg;lrio foi:1:c athuismo e impiedade ! !
,Je Cbrlsto na terra, <lc uegaçuo em negação de prn i~ deste' reino de revolta e Dl'~aç~o. ou . :mlrs des-
testo cm pro testo u(•gou e prolcslou contrn tudo, te desencadeamento d' erros. ,!·impiedade, de blas-
contra Deus, contra todas as leis, coutra a proprie- phemias, de sacrilagios, ~ clcslc rci110 rl'i'goismo, ele
Jadc, contrn o goçerno. con1ra 101\os os fnmlnm cutos, corrupc:ão e d'immoralitlncl!' , qut> 1r111 allega,Lo e pre-
em que assen ta a ~ocit!llntle relisiusn, pollllca, (!o- venido a lerr:i, ele que fói principal chefe, ou' f'l'O-
meslíca e civil , e íazc111lo do alhcismo lE>gal o p1·i mei· mollor Luthéro, frade appsl:ita crgulhoso, coletlro .
ro artigo do seu <liruilo publico , e cm que :1quellcs, \'ingalirn, devasso, co1 rup10, 1t1,morol. rntrcguc à
,,uc protestam hoje co ntra Oeuc; e <·ontra a urdem cml!r1•&gucz, à luxuria, ;1 intemperança S<'m deccncia
social são os fil hos legilirnos cios que prot<'slart1m cm suas 11nla\'l'as, e Ctn .suas ncções, que não lovc
contra o P:ipa; u~slm cc nw estes eram os íilllos cm 1>rjo de dizer que teve confercnd3s tom o diaho, o
linha recta de todos os :mligos 'h<'regcs, u:10 h:n•endo c111e lhe seguira os com,clhos, que gritava do pulpilo
mois differcnça, que a riu uma espingarda de Leían- como um pOS!il'SSO, <1uc 11ão podia p:issa r ~cm mulhe-
cheu-. a um arcab111. cio roda. ( Veja-se a obra inti- res, que nuctorizava n polig:unia cm Fillipo Lan<lgra-
tulada-o prolcslun1is1110, e todas as htirc:;ias em \1(! de Il esse, porque teodo ll'ir ils dietas do iru pcrio
s1111s rclaçocs co111 u socialismo ele ~Ir. Ang. Nicolào. Linha ucccssl(.lis1lc ll'uma segunda mulher ct·inferior
É uma mentira, cm que obliterada a lei da rnri- c1ualidadc, porque a boa C:lruc e o bom vinho lh'im-
dadc christã, os reinos dc::.lc mundo se con,·crtcm ()cdiam de guardar C<'nlineocia; que desejava atar
n'uma arena, cm que os homens se dic;put:im no _ n'um molho o Papa e os Carcloacs parn u1ergulhal ·os
por maxima o estado de revoluçaõ, El de O rei segue-lhe os passos furioso ••.
perpetua agitaçaõ do espirito humano l\las ai d'elle e dos sel!s ! 1 1que a retirada
Nas :iguas, lhe custou fim de.sastro.soh
sern p1·incipio certo, em que se fixe, em
riúra.
que se proélama o direito de tudo exami-
nar e de tudo regéitar, de percorrer o .. ,--~~
circulo- imcnenso de todos os erros, sem
que encontre barreira que o detenha em
seus d esalinos. precipitando-se '.d'abysmo
em aLysmo até sepultar-se no que ha de XLIV.
mais abominavel e horrendo!! Et murmuravit orunis coogrégalio 6liorum
l sraet contra atoysen cl Aron in sutlludine.
( Ccnlinúa) . • , .. mane quoque rus, Jacul per circuitum
castrorum,
li:w<I, rap. 10. v. 2. 13.
~
JE]PJ83JL
Com o vara siogullr, que o ceu empenha pela particula do vreativo-Ó,-e que
A sb prodigios mil obror fa"mosos, sám significativas de alegria e desejo de
Là: solta as aguas ela marmorea penha t
que se realise o Nascimento d~ Messias.
Pieira, 19. TERÇA-PEIRA. - . Resa a Egreja da
feria.
20. QoARTA-FEJRA. -Temporas, e je·
jum, e resa a Egreja da Vigília ou vespe-
ra de S. Thomé.
XLVI.
21. QuINTA·FEIRA. -S. Thomé,-na-
Venit autem lmalec. et pusoabat con- tural da Galilea; foi um dos dose Apos-
tra Israel lo Rlphloctlo,
Tugavlt CJDe Jusue Amalec ct populum tolos de Je~us Cliristo. Depoi~da morte
cjus ln ore gladli. do Di vino, Mestre, e quando jà resusci ta-
Exotl. COJJ, 17. V, 8, :l 3.
do havia apparecido aos outros Aposto-
O povo do Senbor, que apenas linha los, elle não os acreditava, quando Í:,lo
Matado n'agua pura a sede intensa, lhe dhiam; porem se nã o asscnt.in à fé.
Prodiglo, que augmentava a pia crença
teve de ceder à evidenria, e por isso ou-
Das almas, que Díl fé manter com'inha !
viu d o Salvador a l>em significativa ,re-
Com susto vê que d' elle se avisinba preben:.ão: ~ Acreditaste, Thomé, por
Do tropa amalecila força immensa,
que vil-te; hema venturados aquelles, que
Que, sem da gente hebrea ter otTeuça,
não viram e acreditaram. )) Sea fé aqui
Fascr-lbe craa guerra armada vinha!, ••
parece fallecer-lhe, ella depois se tornou
Mas sobe então l\loyses d'am calvo oíleiro tão viva a respei lo de todas as verdades
Ao cume, e para oceu co'as mãos erguidas
da Religião, que a cornmunicou a milha-
Orou pelo seu povo um dla inteiro.
res de pagãos qa lndia, onde lhe tocou ir
Por Deus sàm suas preces atlendidas: pregar. Em Calumina foi repassado com
B o povo do Senhor, sl!m ser guerreiro,
setas, e as:-im deu a vida em abono das
.As forças d' Amalec deixa vencidas.
Púira. verdades, ensioada11 por aquelle, que
(Extr.) tambem a déra por todos os homens.
nUSl!U• 22. SBXTA-FEIRA.-Temporas,jejum,
resa a Egreja da feria.
ANNO CDBISTÃO.
23. SABBAuo. -S. Servulo,-do qual
DESEMBBO.
diz S. Gr~gorio, que sendo paralytico
18. SEGUNDA-FEIRA, - Expectação do d'esde a infaoria) e estando sempre ao
parto de Nossa Senhora em rasão de ave- portico da Egreja de ~. Clemente em
sinhar-se o feliz dia, em que cita havia Ruma, pt1ra el-imolar a sua sw,tentaçào,
de dar a luz o Desejado e E»perado dos tudo i,offria com a maior pacíencia, em-
Patriarchas. Detorminand(l o Concilio de pregando-se se rn pre nos louvores de Deus,
Terento oo a uno de 1.636 que a Festa da e pedind,,-lhe pelo!; bemfeitores, e não
Annunciação de Nossa Senhora, e da In- bemfoitores, até que, convidado pelos
carnação do Verbo Divino fosse celebl'a- canticos dos Anjos, foi gosar as delicias
da oito dias antes do N.ttal, S. Ildefonso do paraíso.
confirmou depois este Decreto, e foi elle 24. DoMINGO. -Do minga á. ª do Ad··
quem deu a esta festividade o titulo de- vento, e d'ella resa boje a Egreja.
Expeclaçao-Tambem n'este dia, oito
ante1-1 do Natal, começa a Egreja a can- Mara11hão, Typ. de J, e. rir. da e. To1'res=rua dos
tar uma d'e:i!>as antifonas ,<lue principiam . Daróetros 1.1. 8;:c'tlnno de iS5Tl,·
~
lHY:JE</ I
ANNO:I
o
Segouda-feira 25 de Dezembro deI 854 N. º 84.
•
OCHRISTIANISMO.
V
I r. eço ti , ~uusc111 rç3 •o.
, !'or 1;,u ~nnQ, ••.••..• ~S00(1.
r . ·" . t t \ • ~!'1:o, m"1.'--~ ••••• • • t.issoo.
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ASSIG)IA-SE:
OCHRISTIANISMO.
. ::-=rr:--
~
JE]PJ83JL
•
•
caminho <Jndc não encontramo1' mais do os fiei!- l-Cglinclo ú voto do mesmo Santo
que abrolhos por colheita, e medo pela Padre m:rnifo,taclo em Gacta e sua Eucy-
,,ida. E como su pportar todo o constran- clit'a de 2 de Pe ve rcfr o d e 18lt9 e agora
gimento dos sentidos, o j11i1.0 de oma repetido, do Pai de Mise ri<"orclins ~fim de
exacta fidelidade, a sernridade ela peni- que se digne ~!-<·l;,rere ro Summo P.onti-
tencia, a austerid ade de umn Yida duro, e ficc na cl icil-lC10 qu e pretende tornar o mnis
penosa, com tanta arnargura e lrist esa, cedo po:-sive l i,,o!Jre o ~li,.terio da Concei-
que um temor exces~i vo poôc inspirar ? ção da Santi~!-Íma \'irg<'m.
1'. O jubilêo q11e aC' lua lm en te se concede
dum o e.;pa<;o d~ tres mezes <'Onlnd o$ do
Continúa ). dia parn elle pu 1· Nós marcado; para a
Nossa Se 1ll:'11·<·amos o), mezcs de Janeiro,
:Feve reiro e Man;o, para as mnis parocbias
Dona José .~ff'omm de iUorael!I 'l'orrCM 1•or
n1ereê ele Ocos o tln. i-,uatR ~é 111,mitollea del-lil Capita l, do i11lcriore da f>f'Ovincia
Bls1t0 do G1·n111- Pi,r{,, tio (.'011c>c•ll10 tio <lo Ama1.onaHleix,1mu:- noj; re~pec ti ,o:s pu-
S. 11'1. n Jnaate rnelor. Co1un1e111lndol' da rocho5 Ul'tcrmina\-oi;.
or,le111 ,te (;lds,u, &e.
M, ""ndic;õei. para se ga nhar o jubi-
A nossos ornados ílioces:incs s:nidc e benção cm lêo ~ão J. 0 a cunfü,!lão e c•o m munb f10, e
Jesus Chrislo. vi~ita 'de l l'('S Igreja,; p OI' !\o-. de~ignadas ,
O Sa nto Padre em sua Eiwyclica e.la- ou urn a dcllas por Ires Ycscs, orando,d1i
tada e m Ho,oa no 1. º de agosto do co r- por alguni t (' 11 1pu :-cgund o a inten<;üo do
rente ann o con('ecle umjnbilêo unirer~al S11mmn Pon 1ilic.·t• pt'la cxa lt açiio e pros-
com as ,ncsrnas faculdade~ co nredidas aos perid ade da lgreja e Sé Apo!\tolic:.i. cx-
confe~f,Ores no j11hilêo publicado por sua tfrpnção cb !'- lt erc~·ias, paz (•ntre os pl'jn-
En cyclica de 2 l de Novembro ele 1851 ripesCatl10li<'O!-, "u nidade d o po\O thris-
com as excep<:õe~ nella mencion;ldas, de tào: 2. 0 tis mo la am, pobres confór me n pie-
que abai.\'.o folla1·emos. O fi m, que le\'e dad e de c·a<la um. Pa ra aque lle fim de!',ig-
em vi~ta com a concessão do nt tnal juhi- namo~; toda:- ns Igrejas \latrizcs e Capel-
)êo, foi va lermo-nos da \1ise ricordia Divi- las publil'U!- do Bi:-paclo . .
na pelo recurso de nollsas ~nppli<-as para A indulge ncia pode i-c1· nppli<'ada por
debellar-mos O mal do i1ulif/crc11ti~1110 C m odo ele 1,nffrn ~io .i!, alma~ du purga torio.
i11c1·,ulutidadn de lltisso sel'ulo, que con- A!'- forllldad es co ncedidn ... aos <'onfos-
fondiodo t1)d os O:t <lireitos divin o~ e lmma- sores "ão 1. 3 PermÍs'-ÜO d<• eM·olher o con-
uos alimentn questões, disco rdias, revol- fe!-sor q•1 c ugracla ,. aos fi eis J e um e outm
tas e rebele.lias impfos. não recu,rndo di- sexo leigo ou E<'C' lei-ia!-! ir·o sen1lar ou 1·c-
'1nle de nenhum crime nenhuma malda- gula1· de 'q11a l'luer ord em que seja, uma
d e e ten ta ti va para fazer <.'ahi r pnr terra, vez qu e o Padre escolu ido tenha faculda-
se pos!-ivel fosse, o edificio de nossa Santa de para confosl'at'. 2. 0 Os <.'nnfessores es-
Rcligi;iCl; ol'igem do.s graudes male-. que tão au tori~ados para al>o;olver d e toda-. as
a.flligecn n sociedade CLrir,li\, e civil, ator- ccn .. u ras e ('.t~os re~crvaclos pnpac~ e Sy no-
mentada e op rimida pelas m,1 is lristesca- dae:,, ~em nl~u ma excepc;áo, commntar
hunidades_. Unamo-nos, nmaclos filhos, votos e pr<1111c1-:,a-; em outras obra~ piit~
aos scn !imen tos de nosso pni com rnum, ( n.-,o sendo .o:; <le ca ... ti<ladc, ingresso ern
e não cessamos <le prof1iga r arp1e lles ter- religiiio, ohrip:a<;iio ;wrnila por terreiro,
rivei~ inimigos dnfé e tra nqu illidade dos ou em seu pre,iuiso, ou que são prc~c1·va-
estados, e por meio de repctidns ~upp licas ti vo d e pcrrndos) dispensar nas irregu la-
pr.çarnol> a Oeos rico em ruisericordia que rida cl es con tra Ljdaspo r "iola<:ào <las ccn-
se digne om·ir nossas orações, fo1,en<lo de- su ras co n, tanto ciue mio lenuüo ~ido le-
sapparecer os males qu e :si flligem a Igreja rn <los ao ff>ro cu nlencioso, ou facilmente
e o E~tado, e que acalm:rndo as dissen- tenhão de ser. Não podem porém osco u-
<;ões entre os príncipes fhristàos lhes ins- fcssorcs absolve r os curnplires, e <li~pen-
pire um ardente 1.êlo pela d efesa e pro- ~ar osseos penitentes da obrigação de de-
pngar.t,n da fé, e doutrioa christü, a rnnis nuncia, e al>~olre l-ns da cxcomuouüo,
fil'm e ba:-e da tranq11illidade publica e fe- su:-pemào, interd1elo ou outra qualquer
licidade dos povos. No meio de nossas scn ten<;a 011 rensura, quando nellas tcohão
orações irnplors1i , de accordo cum todos , incorrido no meadamente ou pelo Sumruõ
...~
_. -~- ,-· ... -
FW AA•)a m
=- = MA -5:A#t:; : 1 9 94:;;;c:_AZ44 1 •
Pontifice, e Santa Se ou por outro Prela- profano<las co m um luxo que de!>honra
do 011 Juiz Eccle!'>iastico. vossos aliares, e com acto!> mais proprios
fü tão tambein 'a utorisauos os Confes- a attrahir voc;sn colera <lo qu e a desafiar
sadores a commutar os obras pias exigidas vossa Mise riconlia; a educaçao cliristã in-
para se lucrar o Jubilêu cm outras pnra teirnwentc desprcsadn, tudo se ape;rende
com a5 pessoas detidn s em cal'cerc, reco- nas cscolns e nas fomilius, menos a reli-
lhidas ou enfol'rnas; assim como dispen- gião que é o maior susteotacu lo da educa-
sat· da commnnbão com os pequenos in- ção; essa religião que inspira os senti-
ca pazes de a receber. mentos mais ternos e ge nerosos, reprime
Apl'OYeitai-vos, amados Filhos, de o vicio, consagra todns virtudes domesti-
uma occasiào ião opportuna parn pul'ifi- cas, e ci ris, mantém os povos e1r1 o bcdi-
cardes vossas almas, e quebrardes essas cncia, dà pe!'lo a autol'i<lade, lirma as leis
vcrgo nh osJs cadejJ:, que vos trn1.em pre- fozendo de 1.l,ts obrig:1<;ão de runsciencia,
sos no pet;:caclo, fazendo-vos cscra vos do ensina ao e!-lposu a união, ao Jil hos ores-
comm11m inimigo, e inimigos de 01ws peito, aos servM n fidelidade, e retendo
recondliae- vos com um Deus ,le in- o hom em pelo fre i(l ele uma cduca<;aõ rc-
finita bo nduçle e ~fo,ericorclia que pelo ligi01.a pre vine as desordens c~là exd ui-
Pai corumum dos fieis \'Os convida com da do ensino na edueação da nt'>ciuade;
os th csou ro dn gn,<;a a entrardes no ca- e que pode rú la!>el' um pobre Pastol' no
minho da ~a l\'a\ao: lcmbrai-ros qu e os meio dc:-te tão perigozo incliífcrcntismo,
prazeres que <li:-fruetaes hoj e, a munlià quand o sua voz ape nas fere os :ires e não·
não exi:-tirão, e que baixado, á ~e p11lt11ra pen1~tra o:- ouv!dos ~ Só vos, :,jcnbor, que
• d e'laparecerá bse fo:,forico br11l1 0 do mun- len<les poder so bre os corações, e c1ue
do, que tan t > vos enca nta, e que nesse
1 podeis ~a lva r o rebanho: escutai-me pois
mom ento ::,e , os a l.,1:eni as po rtas c.le u mé\ ~enhor, e dai va lor üs minhas pala.,ras
e ternidade de tormen tos, partilha daqu el- Mim de qoe naô :-e pereça este poYo, que
1e <JUe não •H'Or.u ra e1n tempo la,·a r-se apesar elos males que venho de deplorar
da 11odoa d.1 culpa pela penitencia; le- conserva todavia o precioso dom da fe.
vanlaÍ-\'os" ha c11d1 o pó d e vosos vel'l ticlos, Te twgo quammws lflis famulis sub-
e purilicadoi, na saud.i vc l pi,<·ina do Sa- veni, fjflQ.~ prctioso sanguinc rcdi111isti.
cramen to dil PeoitenC'fo, rcsti-vos d acan- E para que chegue f, notieia de todos,
di<la c1,tola da gra<:a e rerebenclo a sagradn ordenamos aos Hnve rendos pal'ocuos que
Eucbari:stia penb ur da vida ete rn a, Coll- publiquem esta Nossa Pastoral à estaçaõ
servai ,•ossas ::tlarup,1d,P,, :-empre accesas da \li.,sa Conventual, e a registrem no
nté c1uc !-iejnis ch,11nado~ pelo 01rino Ec;- liHo competente.
po~<> ele vo:.!.ílS a Imas Drns de li~ind,u.Jc Dílda nesta Ci<ladc de Snnta Maria de
ouvi a~ sopplica..; de um pa:..Lor que vos Belcm cio Pnrà Sõb Nosso Signnl e SeHo
pede pelo rebanho, qne con li a., le~ a seu de nossas Armas aos 7 de Dt!sc mbro do
zêlo, Sen.llúr. u homem ioi migo tem 'ie- 1854.
menclo a sü,ania nu vo-.~o rampo, e a mi~ >!:!, J o:e Bispo.
nba müo e fra ca p.:i ra extirpai-a : ,·ejo t•om OConego Mes tre E~cola, AntomoJose
dôr profunda o rl-'h,,n bo esc·111~,r ª" vo:-es de So us,t Loureiro, E~cri rnõ <la Camnm
que o desvia <) d 1) ~atnin lw <l,t :,a lv,1<;út), e Eccle~ia~ticr1.
que apena-. meia dn.,iu dl~ jrn,tos ~eg11c o
vosso caminho, to<lo:.. oa maiss Senhor, L. ~-
desviarào-~c. Omnc., <lecii11a11crunl, simul
i,wtitcs fa cti sunt, nnn csl qui {acint ho- DISCURSO SORIU~ O PAPA.
num, non csl usque tul um1111 P. 13 v. f l'o111ii11wrt'i.o do 11. 33.j
{&. 0 : entregue-; aos nwis vergo nL o'-o çiei- Um religião, qu e auctori~n ( l.) a Pho..
os, esquecerüo-se de lüdas a~ regras da cjo e ~liguei Ccrulario para tra nstornara
Lone:,tidade, ela dect!ncia, e moral publi- constitui~üo da egrcjn u111dar-lbe a 1,ua
ca: O Cl'ÍIU C é prn lÍc.idojà !,Cltl r eUUÇO COU'I forma e naturcso, o seu govr.rno e jt.!t'ar-
escand.,lu, e d elle se faz ga la: o jogo tem
dominado as mais honesta~ fomi liall: e:;- ( 1) ,\uctorcs tio S~isma Grego, que nao se diffe-
rcnça do Se.isma de Lulhero e Galvioo cm quanto aos
friou-se a caridade por que abundou a seus rtrcitos, como adiante so verà sentlo aml>os elle5
iniquidade: as vossns '.iOlemni<lades ~5o um protcslo contra o chrisli~otsmo.
chia de seus poderes e el,tabelecer nas millindo, CLll C podel-se ha ver na egreja
.
was ruínas uma nova lheoria tão al,sur- rn:Hs que um so, corpo, umn so' ,e, r,
um
da, lào e~'ttra vaga nt e. tão co11 traria ao i-6 bapfr.,mo, ai-!\im corno naõ haria mais
bom senso , tão opposta a todas ns ideias qu e um sú l)eus, wo só mediadot· entre
e a todas ni, lt3is phisicas e moracs da nn- Ocos e os homens (J e~ us Christú).
turesa, e dus coudicções necessarias de Omn re\iginõ 1 que nuclôl'isa tt \Vasile
toda a e~pecie de sociedade, e associa<;ão 3. U, e Tooc.lol' l. °, Pedro 1.", auctocralns
bumana, qu e pnrere impossíve l qu e o . da Rus:iia,,, pnra um d'ell es wnfcrfr de
e~pirito humanoa concehes!)e m~srno de- sua propria mnõ o inve!,, tidura co ru o ha-
lirando. mesmo no meio dos seus maiores culo pa:-Lorn l ao i-cu metropolita, e pnrn
desa tin o:.. os ou tros abülirem nos ~eu~ c.-~taclos n d e-
Com effeito é por ella que suppondo pen<lencia do patriardrn gr<!go, crearem
possivel o que hn de mais impos~ivel se palriarcha independente, que therarn re~
concebeu a exi!iilencia d'uma egreja uni- con hecer pelos ~cus bi~pos e afina l aca-
versa l se m chefe, d'um reino sem rei , barem eom c~la nuc-loriJade, e const.i tui-
<l' uma potencia sem governo, d'uru es- rcm llUI .!oll\nC'lO '-JllOdO permauente de-
tado i,em podes· e sem auctoridade com- baixo da ,1ll<'lorid11de de seus prim:ipcs,
mum, <l'um corpo sem cabe<:a, sem um (file se c·or,:-t iluiram chefes suprem os do
pl'incipio d'acção soLrc todos os mem- governo eC'cle:-iai\lÍ co, que d~, rlireito nos
bros, sem a parte principal, em que ,·e- e:-tados ~eraes da Greciu para fazer o mes-
$ide a sun rnzão, u sua forc:n r a sua ,,jcJa e mo; para ('On . . tit11ir um a egrcja n:tcional
movimento, d'u•ua sotie<lade sem ca ri- ú maneiro.da <lu Hu.:sfo por um a <leclal'a-
<lndc de monl, de que cJcrire n sna exis- çnõ rea I ex 1w<l idt1 a 23 e.Ir• j u llrn de 1833 , •
tencia, d'uma associa<;ão sem um centro em quo !'lC !-!llbtr,ihc a admi oi:,frac;aõ <la
a que t udo se iif!t1e e coin que se cor.-cs- cgrcja clacplClle reino i1 iuílucneia do pa-
pon<la, para erníim, sob pretextos fa lsos trii.m:ha gr<•go, pnra confe rir a dirccçaõ
ou redicu los, que pnnham e,,ide nle que d o:- negodo:; eccle:,;ia:;licos a um !"a nelo
sac!'iG cava o bem e o interesso geral da :..111odo per·n,anen tc dch:, ixo da auctori-
rcligii\O e <.la human icfoclc us suas vistas darle do r~i e do mini:..terio crendo para
pa rticula r es, ou antes ú sua arnbi<;::io in- e:,!>e c{foito.
:mciavel abolir (1) a primasia nn cgreja Quo babiloni,, ! ! Que deseo ncerto
l'asgal-a, diviclil-n 10 meio, e leva ntar-se d 'i<l eia ... ! Qt1<' horrive1 cnnfusaõ ! ! Que
co m metade d 'clla acrender a guerra cn- é i.,10, :-enaõ negar a <livindo<le do chris-
ll'C o orient e e occidente, di viclil-os um li:111 ismo, prClfana l-n. dc,-.truil-o, ou fa-
do outro por meio d'<ld1os e inimisades zer d'uurn religia õ di vina uma religiaõ
eterna$; aca uar para sempre com essa hum ana P !
unidade sancta , quo fechn a porta aos Se <'ada gove rno ou cada princi pe
or,·os, f,s he,·e!!Ías. e à.:; di11o.p ulas sem pl·e teu1 di, ci to de co n, tituir chefe da religiuõ.
funestas à ca usa da religiaõ e da socie- d'adminbtrar a egreja . de fazer, que :,;cus
dad~.- com esse vin,mlo d'uniaõ e cari- min,:-tro:- <lcrh·em de si o se u pode r, ou
dade, qne .J. C. quiz simcntar entre os fo1.er d'ellcs outro!, tantos delegados l,CUS,
homem. que intimou co m tanta forGa a 011 outros tantos excrutore~ das suas or-
seus discípulos, que fez con~i~tit• n'ell e o dens, nada obrando senaõ por inlluencia
fundamento e a essencia da sua religiaõ, sua, l'oe naõ dl·bt1ixo da sua aut'loridadc
porque dirigiu votos a seu Eterno Pai, se cada patriarrha pode proclamar-se in-
p edindo-lh e que todo:-os seus dis<'ipulos, dependente, Je, nn ta,~-se rorn flquella
e todos os que n'elle hou vessem de ct·er pal'te dos lli1'pos que lhe saõ sujeitos, se
fo rmassem um só corpo, tives5em um só todos podem fazei-a i,u" e!-lcc·a va, mudar-
es pirito. assim como elle com o Padre lh c a sua forma, o se u governo, a sua
Eterno fazin um sô Deus, corno se lê no c~:,,cucia , e ns ~ua),, lei~, variai-a de mil
evangelho cJe S. J1Jaõ ca p. 17, e como formas dim·re ntc~, a religiaõ nada tem
taõ intimamente ex igia dos fieis o apo:-lo- <l e <li, ino, é urna in~tituiç,,õ humana, que
lo e a sua ep istola aos <l·Epbeso, oaõ nd- ,•aria segundo os paizes, em que s'adop-
('1) Transferil-a <lo papn para os palriarchas ,de-
uc
ta;-o 1'imbu lo l\iccia, que nos manda
pois para os synodos, para terminar pela supremacia cr cr n'uma religiaõ unica., in<livisi~cl e
ingleza, e proleslantlsmo puro. uui,en,al, é uma que nada exprime é um
...~
_. -~- ,-· ... -
•• ;w
,·0cabulo sem sen tido, o cbl'i:-tianismo na6 ou naõ tomasr,e por fundamento as con-'
é. nada, ou e um montaõ d'erros, ele sei- <lições necessarias da sua ex.istencia, sem
tas, 011 d'cgr<'jas particu1are!l, que cada t,s q11aes naõ era possivel a sua conscrva-
um fai e de. ,faz á medida do seu desejo, <·aõ ~ ·
cm que e.ida anctor ou chefe de sei ta im- • Que ? naõ tierá necessario em tocla a
prime. o cunho da sun urnõ ou rnllo da socicda<le um go\·emo? E corno pôde es-
sua origem. te existir sem um chefe, q\l<! lh e pre~ida,
Que instiluiçuà <li vinn se poderà con- de cujo subido logar deM;..1m continuada-
siderar inlrn ren te a nrna religiaõ, que naõ mente ~cotenc:as de!initivas, que dissipem
tendo um chefe c,)mnrnm deve tP.r mui- <lifncaldades de~façam duvidas, e que fi-
to~, e vnrinr i;egundo elles, depender dos xem o 1•spirito por m,•io de regra,; inva-
genios <lo~ povoi., da nnturcsa dos gover- l'iavcis? l
nos, <lo caracter do., sobe1·anos, dn inflo- Que? naõ 1,erj necessar·io em to<la a·
encia do clima, das lei-. e do:,CO!-Lumc~!'. c,ociedàde um, (]UC ,·igie sol,re ella toda,
Q11c institui<;ão diviaa se podun'l jul- quo pro,·idencic, que accuda com medi-
gar in!tere11le a nma religiaõ, qno to111a das p1·omp ta:,; H<.m<.l e a nct•essicladc o exi-
por fundamento a guerrn Oll de~uniaõ gir, que legi:.lc, que decida, que repri-
entre os homens, que quebra todo o Jat;o ma, col.Jiba, qne ra~ti gnc, que assegure
d\iniaõ entre ellc~ ! ! a excco,;aõ da!', lei~, que tlHtotcnha n 0 1·-
Desde o momento, cm qucse estabe- <lem, e., souord iné\çaõ en tre todos ~
lcc:e o principio de que n egreja naõ tem Quer naõ se n't uecessaria ('lll lo<lo o
um chefe, urna auctoridade eminente ('Orpo uuia cabr~a, q11c l'Om111uuiquo a
semp re em act;aõ, e semp re permanente, todo ellc a ac<;uõ, a for<;a, n ,,iclu, e o mo-
a que tud o deve 8Cr sugeito, ou que l'ie vimen to, dé l(ll C o-; 111"mhros !-e naõ po-
<l cixa ele reconhecer aquelle, que desde clen1 separar sE:Hn se lbc :-.ogui,· a anni,p1i-
o principio do cliri:-tiani~mo sempre foi la~aõ e a morte, ou 'iC tn que levem com-
rc,·onheP.ido, qne absurdos que horriveis sigo a pena da sua rcl>elliaõ e do seu
('onscqueocfos n,1ô é necessario dedm.ir crimeP !
. d'elle? ~las porque ~e naõ veem c-. tas Aonde se "rn uma grttncle as~ociaçaõ
conseq uencias? Acnso ser;i porque ellas d'uomcns e~pa lh ados pordi(l'erentes par- .
n aõ s,,õ naturaes, porque naõ i,aô evi- tos, que se pi·opõe ,,bter um um, ~ecn
dentes ele si mesmo? que haj:i um, que pela eruiouncia do la-
Quem e que pode deixar d~ conhe- gar, que oec upa, se oaõ derirn della, co-
cer, que negar á egteja um chefe como mo ela sua fo111e, a grod ucçaõ, a jérar-
parte cnnstituinte d'ella é uma clemencia, chin dos sen~ poderes, as a tlribuic;oes e
ou lima impiedade? re1-pcclivas funct;õc~ dos ~eus emprega-
Se negar-lhe .um chefe é decretar-lhe dos. seu ro~irnf'1"1lo, limites· da suo juris-
a sua morte, é anit]Uillal-a, dar-1 he ou- dfrçaõ, a legitimidade <lo se u CXPr<'icio, à
tro alem .<laquelle, que J. e. lhe deu, {~ vaJida<le dos seus aclos, e as regras inva-
fozcr d'uma ir,sli tui çaõ divina uma insti- l'iayeis <lc toda a ordem e eco n1Hnia nel-
tuiçaõ humana, é profanar a egrejn, é la estabelecida, sem o que tudo soria in-
protestar cúntra ellas é n'uma palavra !-Ó, vasaô de direito-., tl',urpaçaõd'auctorida-
romo clii S. J erooimo, d ecla rar-se inimi- de, enco ntros de poder, conllirtos de ju-
go de J. C. porque é destruir, pelos fun- 1·i:,dicçaõ, sem o lJUC tudo seria anarchia
clamentos n religiaõ, de que elle 'foi o Di- e desordem ! !
vino Fundador. Aonde cstú a soC"icda<le sem um prin-
~las como é que o homem cavou á cipio regulador da wa ac.lmini~.traçaõ, sem
ro<la de si C'-le abysruo? como naõ te- uru ponto, de que tud o pa na, e a que
meu su broergir-sc n ' e lle ? como fez elle tudo se prenda, scni um centro, cum
do mais providente, do mais snbio dos que ludo se correspon<la, e em que tudo
l egislacl oreso mais impru videote, e o mais se resolva ?
iocorn,i c.l crado de todos clles? Se os hom em nunca se a!lsociaram
Como concebeu o e!-i pirito humano en tre si d' um 111od,, fixo e permanente se
que o Divino Fundador do Christianis- não sobre o-.; a11spkios da aut•loridade,
mo, es tál>elecen<lo uma soc iedade lh 'a senaõ sob um poder. que o-. mantenha em
alterasse a natureza, mudasse í.l cssencia, _ ordem, e o~cvndusa por meio de lei~ es-
~
-~..;, . . )~s~:-,
~.oflOl•e;a ~ - 8eMcH10 Leit.e
pel'iaes ao íi m, que se propõe obter, como hases, ern que so é possive1a sua existeo-
podia a cgreja, que lambem é uma socie- cia? e se isto é tão evidente que ninguem
dade, e qne :;e propõe ob~er um fim, pris- pode conte!ltal-o, a consequencia neres-
ciadir cl'esle poder, ou dei.xnr de te,· i1sua ~aria é que a egreja não podedeixar de
frente uma ~uctoridade publica sem que ter um chefe por iostituiçaõ diçina.
honves:-o urn revestido da plenitnde do (Contin,,a).
poder so bre todos, e sem excepçaõ. a que ~
ningncm podf!si.e <lei:ornr d'ol,edece r ~em
crime, ou ~c parar-se <l'elle sem npo,,to- v1lcy,R·. 1' h'()na a d«hj< (lfl' ?7161nk.
lar da egreja 011 p1 o testar contra ella ? !
XL"l'll.
Se .J. C. naõ den ásuaegreja e~ta auc-
••..•••• , f.t , ..~ne consi,rgcus ocdilicavlt
toridade .in!Jere nle ú !ilia coostitui,;aô, elle ~ll:1re 3d radlces rnontl~. et cuioclccim litulos
naõ constituin nenbmna soeiedade, fez ,,,,r duodecím II íbus i.rocl, lnl!Tessns que
M11y5cs medi um nebales ,~wudil in rnLnll'ln:
orna obra que naõ <'Orrcspondc ac1 sc1.1 (ct ruit lhi qu;dn,ginta <liclms etquadrni;ln·
ru nCttibui.
fim, e que fo lhou completa mente em ~eus E.rud. C:11p. 2~. ,, . h, 18.
cffeitos.
i\Jorscs, segunda vez por Deus ch:im:vlo
A ~oberan i.1 é de tal modo inbereote Ao allo cl'esse monte mll:igroso,
ú sociedade, que naõ existe i-oricdade sem l'\!ío querendo i-uhir sem ter o goso
dia. Quer! naõ sera de neccs~idade, que De primeiro lhe haver s.1crlficádo.
o homem ~cja go rcrn ado e dcrigi<lo cm
Por <'lle jnnln ao monlP. e lovanlad,>
seus actos, ciue haja uma lei, ·111e fixe a Allar, que a ncus consogr;i !'C!;peitoso,
sua conclucta, e que Clll sua . . rclaçõe.. com No qual~ cm holocausto ao cêu piedoso,
os outros tenha um juiz, que tome co- De \'lctim:is o sangue e derramado:
nhecimento clns questões, que se ngitam,
E nas raises <la mont:inha santri,
e que :is dicid,t ~em rerlll'~() e sem appcl- Das tribus d' Israel, como em lcrubraoça,
laçào :' Tamhcm dose padrões Moyses levonta.
E comosc realis:-i1·i1 uma e ou tra coisa
se m tuna auclori<lnde suprema, cnjas de- Depois do monte ao ,·iso se abal:wça,
E, tr:rn~ponllo essa onvcw sacro-santa,
cisões não seja licito inf, ingir P Com Deus qnarenta dias là descança.
Sem sentença, se n1 decisüo dos plei- T' fri tCI.
tos que baverin sobre a terra? um con-
flicto perpe tuo, uma guet'rn viva entre os
homens! fft7'ºf'ªº
-- /ta1'a Cld ?., tad.
Separe-se da sociedade esta auctori-
:1adc so berana, e não exbte mais, imme- X °'·111.
1.,
-~
: -,; ~
--- .
Bdlllolen '1!Cllk• lenecRto t...ite
W4UP4 C-QX:XàWfUC :ê Si iii>ft..);:1145 f#SS P&
debell asscm, ll'ata ram de i, npor- lbe o !-i- pa ra q nc flisscm im olados l1 sun· stwlt,~
Jencio dos mo1•tos, e para o fosc l'e111 com ambi<;õo de rcjnar, tudüs os lnnbC'ent~s.,
uma côr <le legalicfade, peitaram Leste- que e.. taram <la sobredi ta cdade p:un.
mu~bas (JllP- jun.,),s·e m ha,erem-lhe ouvi- baixo, e tradi<:i10 ha, que niio pon pilra
d o blmSem ias. Com effeitn foi sen ten cia- mesmo d1lis filhinh os ~e111-.
do a ..no rre r ap~drejado, e ttive a g lo l'ia 2ú. SExn-rnmA- S. Tiiomazdc C;-,n-
de ser o pri meiro u'esse~ mt1itos soldados trH·hery-n :io na~<:eu n 'e~ta cidade mas
de .Jei;;Hs Chri, to, que clerrani.11·:1m o ~cu na <le Londres, e logo se Yerú porque ;1s-
~ tn!!ne
v
em testemu nho <lc cul\\ ie<'ào •
do sim é chnrnad o. Depois de nrna edu,·a-
q ue en!>ina rnrn. <;5o condigna ao seu alto llas<"i,nenlo, foi
27. Q u.,nT\-FErnit. -S. João Evange- ehaneeller <le lnglaterrat exercendo e 1e 0
lbla -G llw <le Zebedeu, foi :-iclrnil~idoao emp rego eüru Hllia justiça e ca rid ode t.:io
Apo~.tola<lo quando npenas linlia 22 an - perfeita!', qne hem se deix3,•a ve r, qu e ..
u os. JesusCb .. i,toon mava tan top,.prcau- era um eleito ele Dl!U<:, o qu,tl o chamo11
sa ue sna innoccn('ia, qne atE- e111 a rwirc a f1tn<'<·i>es
' ~indc1 mai" altas. Vn oO',\ a ~-é de
da <·êa pcr,nitti11, que ~e recu,tai.;se ~obre Cantorberyt e ~cm que elle· o e-,pera~~c ~
seu peito, e fo i tnrnb{'m a ell i-> a q11cm menos ainda !'\olfo·itasse, foi dei l o A rcr.
encarrego11 o rnidad11 de "u,1 ,1iie Santi-.- bispo. tlenriq11c XI o perst-guiu a lroz-
si ma. Em vn1:ia11 ter ras <la l\ ~ia prego u 1n entc eu1 ra~ào de elln ~e oppor tom ~
com gra nd e frueto o Evangelho, q•Jc ul- indepeu{lcndn pi·1)p1·ia de 11m principe
, tim::uncnte re<l11, in a eseripta. Po r or- da Egrcj,1 aos <h!<Tetos, q ne aquelle pro-
dem do imperador D\>ll1Í!:iano fo i de-.ler-- mulgara, eontrnrius aos interesses e di~-
radú para :1 ilha <le Patluuo,, onde, ins- nid.,de da me-.ma Egreja. AnJ011 en~i-
pirado do c~pirito rrofetico, escreveu o g rado e por ulti;no foi cbamado ~1 reger
A pucal) psc, q 11e, cm um e:.tylo sublime, ontrn vez ~1w Di ,)Cl':-e; porem al~nns in-
Ynliciua a histo ria da Egrej() até a con,u- trigante::; ex.cll~l'am Ilenriqne, fa~endo-
ma(;üo dos seculos . Depoi:-. da morte do lhe accreditar, que o t\rccbii,;po machi-
lie u particular perscgu id OI' vt•io pa ra Ephe- nava umu t·onspira<;ài,, quando os mesm os
ro, e aqui por seus trabalhos, fez uma intrigdutcs ronhcC'cram no Hei, q ne não
,·bl'istandade ilore:-ceote em victudcs. leva1·ia a mal, -:1ue <l'elle se di 1-f1!'le:;s1~m,
Cbcgado a ex trema ve lbire as :..! Jn,; p1·a ti- fornm nrmado~ .'t ~é. e o mat:uam, qnan-
cas re<lu,iram-se a repetir: «Fi/!tos amae- do estava no Côro a re:-.ar ,e~p era:-. Fui
vos uns aos outros » e i.. to o repelia t:inlas nm martyr pela manu tenç,10 do!idircitos
veses, qne se 11-; discíp ulos reparê.iodo n'i-;- da Egreja e tcre logar o seu martyrio no
to, e <JUerendo snl.>erqnal a int en<:ilo, que de 11 7 1.
em tanto repe . tir elle ti nha, lh'o 1)ercrun-
o -30. fü.nn.rno. -ílesa hoje a Egrcja da
taram, e elle lhes re .. pondeu : « Po rque oictn va do Nascimento de N. ~. J e!ius
e preceito do Senhor; e executado, como Chrislo.
é justo , ellc só ba:-.ta. » E:,,tando arreba- 3 l. Do~nxco-é vaga-S. Sil\'e~tre-
lado no exla:,is da oração, passo u d,este foi ele Yado ao sum mo poulificado em rn-
<lesleno i, patriu em que pelo baptii-mo siio de :mas virtudes e l~· tl'as :,;erem de to-
nasce mos. dos bem conhe<'i<lt1s. Foi e1le qnem bap-
28. Qu1;>;TA-FmnA.-Os San tos Iono- lisou o impera<lor Coa~lanlino \Jagnú,
ceotes. -Depois que os ~fagos gu iados que deu a paz ú Egreju. C0Bfir111o u o
pela m:ysterioi-.a es trella, ~e dii igin1m a Concilio de Nicêt1, e tez o utra ~ muitns
Betbelem, e dera m a Herodc~ o moti vo cousas, pelai, qut1e<, nao sô merece11 a ,1c-
<la sua \'inda, logo e~te se deixou possuir nera<_:ãú da ggreja mifün nte, mas tambem
de um louco rereio de que lhe . . e ria ti rado a g loria da tdumpbantc, onde foi rere-
das mãos o sccptro pPlo rccecn-nascido, e bido no arrno de 535. '
m ais louco ainda foi, e sobre maneira -[fa boje a tarde 1'e-Deum-laud,,mw;
barbaro, o modo de qu e se lembrou, que na Cathedl'al, afim de que O Eterno l'e-
lhe as~egnraria o rnandü; segund o os da- ce ba os nossos lonvores, por-nos ha ve t•
dos qu e havia colhido dos \1ag,\:-, aquelle r onse rva d ú, e ao mes mo tempo rogar-
que ellc1, cbaroa va ll) rei do:- Jud eus não ~1o-lo para que nos dê um anno bom u
podi~ l er mais <le doi:-anno~, e por tanto prospero.
Jl aranfl~o. 1·y1J. de .,. e. M. da e. Torre,ç =nw dos
expede uma ordem por toda a Judca /Ju1 betros n. 8. =a11110 de 1.854 •
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
'
OCHRISTIANISMO.
rn,.ço o.\ sunsc111rÇA'O. X IJ .\S:m:~.\ -St::
(\
, .
f ~1,0 ad,:1111~<10
I ror un, nnno. •• •. .•. ,8SOOO,
l1 •• sei~ 1111·ti,s .. . ..... 4S:,OO.
trú mc:r..:s., ••••• 2s.,oo.
X l Nn ll uo do C:r u1. n. :;~. ~un "li l'oi;rnrhl~
,, dcs 1, Jo111;o 1•
.\\uts<>s.... , .... ...... s,~o. V
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S o,, ru1I n11intn$ ptrctert v.l salr,rrr.
'
à
S. I.uc. e. O. ç. !\6.
... . .::. --
nh or, como bem os exo r l:t o tncsmo Sa- É soa um, i:-.toé, a Pedro queJ. C.
cerdote do Altissicno com as pala\•1·as- depois da sua rcssu r,·ei<;ã 1, se dirige, e
s"r.sum cm·du etc. Q ual outro Publica no lbe pergun ta, se o ama\'a, se ú amava mai~
con triCo, e Llarnillrndo; elevem estar co m que os ontros. e lendo respondido, qne
mocleslia esperando a misericor<lrn Divi- l\ im, que Ellc bem sa l>in, que o am,,va;
na, como ensina o Evangelista S. Lucas disse-lhe: apasce nta os meus corcleiroi:.
cap. 18. v. 13. Acresce mais., que sa- Pela 2. n e 3. º vez, fazcn<ll)-\be a mes-
bendo-se, que o Saceédotc rnga pelo po- ma pergunta. repe te, ap l"centa as minhas
vo, Lrnvemos dito, e como aftt'ma o Apos- ovelha-,, S. João, cnp. 2 L, \'. ,·. 1;',, 16,
tolo em strn ep i~tola aoii Uel.>reus cap. 5. e 17.
,,. 3. e scg , devem pol' esta causa con- Pedro que :t!,:.im di,tinguo .J. C. tlos
formar sua intenção com as palavras do outrós npo..,tc,lp'-, ·diz 130 ..suet, a p parece
êelehraotc; ain<la mesmos aquelles ou- ~e rnpre o primeiro de toda~ as maneiras,
vintes, que não e-stam no caso <le as en- o pl'imeiro em ro afe~:.ar a fé o primeir'O
tendu; H'laS que lambem par ticipam <le na obrignc.;ào de cxct•ce1· o am•or,f p pri-
suas supplicas pela rasão que apontamos. mcirn de todos oo; apoi,talos que··-vin o
fr. 1 ·. de J. Snlvéldor rci-us<:iwdo d'en tre os morfõs,
nssim: C'Ocno foi f. prir~CÍfa _.\e~trimtinha
( Conlimía) .
de!-.la:v<'r<lade di ,i'nlc de tddo d povo, o
primeir'o qunndo foi preciso pr-eeoc-her o
D!SCUltSO SOBRE O PAP\ • . autnP t'O do:- apostolos, o primeiro ql1e ·
(l'or1ti111wrlío do n. 3l1) l'011fi rmou a fé eum milagre, ú pri,m eiro
:1 <:onvl'l'ler os j11det11"1, o p'rimeiro A,, recc-
Ora i,tn <le qu.1 a rasão nos conyenre,
hel' o.; gentio, , por .roda a parlt? o p1:im~-
e que exige nece~sa riamcnte a natures~
ro. •)]a~ niio µo-..so dizei' tudo. ~o 'direi,
da sociedade_, no l-o mo:,tra claramente o
(lUC tudo roncol're, para e~tahelec:u a sua
craogclbo.
p1·ima in, :-.im tud o, ate as s~1as fa ltas.
Em verdade lemos n'elle, qne alem
âe podt1re., gemes qne J. e. deu a todo<;
O poder dado a 1p11itos leva a restric-
ns apo~tolo", houvu um <l 'clles, quo di'>-
çôo na sn:-i partilha em v<nd4! que o poder
' tin gu i11 e~pecial1nente , i~to é, a <J11ecn con- d ,dn a c-,te !iÓ :-obre todo'-; e sem ~xcep:
ç,\o, en<"el'~l a pl en itude.
ferio poderes, que elle esco lh e- para !,i o
Todo·, re<"ehc m o m e~mo poder, mais
funcfomcuto <ln sua eg rcj:l , isto é·, c11j o
não no mc:.mo g1 á11, oem com a mesma
poder deve exi-..tir n'ella !-emprc nccessa -
ex tcm;iio. ,
riam,ca tc como parte insepcl':Hel d'ella.
E com effeito tíÓ a um que elle diz .J e:.tb Chri,t o começa pelo primeiro,
«Eu te digo, que tu és Pedro; e sob~c ene,tc primeiroclest1 nvo lveo todo. .'. afim
csla pedl'a edilicarei a ininhn cgrcjn, e as de cn, inar no., 11oe a a:rnto ri<lacle et:clesi-
portas do inferno nã o prevalecerão contra a ·tica e.. tabelct"icla primeiramente na pes-
ella. S. Marlh. cap. 1 ô. ,.. '18. soa de ums(> não ,e uxteode a ootrqs se11ão
É :;o a Pedro que cite di5sc « Eu te <'OIO n t on<licJfü.> de ~e,· reduzido ~e rnpre
d ou a chave do meu reino, tuclo o que ao principio d.t Hrn unidude, e que todo,;
ligares sobre à terra ser!, lig.ado tambcrn aq 11cl le:,,i- q uc ti Vl'reri-'1 de a _ex1•rco r, devem
nos c·eus, o t11d0 o ffU C desli~ares so bre a e:,,tar insepar,nclmcnte unidos ao mc'ímo
terra ~cr:t dm,ligado tambem nos ceus. cbefo. · ,
ldcm v. HJ. É pois Pedro e~ tc p 11de1· coni,tituinte
Na noite da ulti ma cca ( legal) ílue qu e é o fundamento da egrt>ja,' ele que
celebrou ('Om os apostulos <lepois de lhe '!ing~em !,e pode tit>pa1·a1· se m desfazei-a.
haveria vado os,pés, e instituido o Sanctis- E em Pe<lrn, como primeiro, e como che-
si mo Sac•rnrnenlo da Eucbar•istia, preve- fe de todos, qu e re, ide a' plenitude do
nindo-os _da grundo at ribu lação, porque pod~ff e juridiçào, ~cm o que nom: podin
haviam de pasi,.ar, e co mo haviam ele fra-
mandar, nem faze r-se obedecer de tedos
qnear n'ella, vc,lrando-se para um só-
0 sem ex.cep(,~O , dimana tào necessoria-
parn Pe<lro, « amorosamente lh e diz: Eu
roguei por ti. pa1·a que a tua fé não fa lte, ruenle dos IC'X IOS citados, que ncnbum
.e tu, d ,•pois de convertido, com firma tens homem de boa fe b'a ttreven't a contes-
j rmãos » S. Lu(las, cep. ~2, y. v. 3'1 o 32'. tal-á; e dizemos ciintlât.que naó
·sJ 1p'od'C
ser cbrist,fo sem confessai-a ou sem crer guinte não pode deixar de ser immotavel
n'ella. ('l) • e infollivel aliá" o~ induzi1-ia a erro.
Com effeito se Jesus Christoapresen- Se lhes confe re o poder d'apasceot_at•
ta Pedro -a todo o collegio apostolico como o seu rehnnho, eUe lua confere a direcção
~tlicerce e fundamento.., sobré que edifü·a e o sopremo go\'erno delle todo sem ex;-
a sua egreja, contra o qual as portas do ceptuaroinguern , sujeítandü-lhe, diz Bos-
inferno não pod1·m prevalecer e de neces-· suet, os cordeirns eas ovelhas, os filhos e
sidade, para ser cbristãó, crer que este as mães, e ainda os rrH~~a1os pastores em
e
fundamento immotavel, ou que hade rela<;ào aos povos, porem ovelhas em r e-
existi,· sempre nella, pois ~eelle vacillas- lação a Pedro; ou, como diz Origines
se (Hl cahisse, como poderia conservnr-se n'nma palavra ~o, conferiu-lhe a sobera-
o edificio, qlle al'isent.i sobre eHe? Como nia da egreja-:;umma verum.-
podia o inferno deixar de prevalecer con- ( Conlinúa).
tra a egreja?
Não sed, pois de necessicla<le dedusir
a conseque~cia, que o poder de Ped!·o e PENSAMENTOS SOBRE A RELlGlÃO.
de ~eus H1Cce~~ores nn egreja e s.upremo,
A HPligiã0 Chl'istan é verdadeira pot•
e superior· a tudo, é de sua nalurel-a ina- t:JUC ell.1 existe. Todo o bomem que se
bala vel, pois queé o fuoaarnento, em que
admirar de:-ta proposiçüo de certo não
ássen ta m todos os outro~?
eonbeceu él hi storia, nem de se u estabe-
Se Je . . u.;· Chi!..to dá a Pedro o poder
lecimenlo, nem de ~eus progressos, nem
<l*atar e desatar, <leabru· efeehar as por-
ele seus triunfoi.;, nem de t-ua perpetui-
tas do seu Heino a quem elle intender, dade.
que deve -;e1· recebido, ouexcluido <l'elle,
Pertendeis q11e os Apo!>tolos fossem
clle o rcvc:ite de Joda a nuctoridadc ne-
gen te gro..~e irn que se dt>ixc1ssem enga-
ccs~aria para .o gove rnar, e o faz seu lo-
nar por Jesus Chrh,to e qne ar.reditassem
gar-lenente snbre a terra. E na verdade
vêr milagres que não existkam ? ~fases-
quem poclerà deixar de ver nas palavras,
ses pretcndidoli imbeci:-. converteram o
de que JeM1s Chris to se serve, a transmis-
mundo, e conven<:eram a i-ua ~aLedoria
são de um poder sobe rano, que nàú de-
de loucnra; i~to já n5o e tão pouco para
pende d'outros, que não n eces~ita senão
imbcci:;. · fi u apo:-. w tudo se appareccr um
de t,,j me... mo para se fazer · respeit,u· e
homem tão podero,o en lrc ·1·ada cento
obedecei'.
ou entre cada <"e111 mil do.r; nosso~ filo~o-
Que segnifica o podei· <l'al,H' e desa-
fos passados, pre,,e ntes e Íntnros. Que-
tnr, de abr·ir e fechar as portas de uma
reis, pelo contrnrin, q11e elles fossem pes-
('asa,
. seaun
o do a maneirn de follnr dos lie-
soas in~truicJas ? ·\-las então, como se dei-
breus, se não é o poder de administrai-a
e ,rovernal-a, :-e não é a faculdade de re-
xariam elles ~ednzi, por fa lsos milagres P
Seria muita parv(iicc t•m homens d'e<1pi-
ceber e· excluir d,ella ! !
rito. Oil'eis que ellc>i- fingiram umn per...
Se .lcsus Cbrii-to manda q11e confirme
sunsão que .não ti11lrnm. ~b~ para que
os seus irmãos, il fe de Pedro <lere ser a
r egra de fe de todos elles, e por conse-
fim ? Seri.i para ganhar aço1les, injul'ias.
maus tratamento:,, lrnmilia<:oens, priva-
(1) « Para um c!Jristão, ( dii o auctor do arligo- <:uens, pri~ocn~. e em lim a ,uo1·1e cruel
O Papa e a l!greja) que acredita 0:1 Uirlndadc dos
livros sànclos, não era preciso mais nada, para saller
que cllcs soffrcram? llaveis de convir
qual devia ser a sna fe a respeito do papa, do qte que era uma ob1- tinaçüo bem <'X lraordi-
abrir estes línos, e responder a quem lhe negasse as naria em um ~ó ho m e m , e d e túdo joad-
prerogativas da Santa se:-acrectilas n'estes livros?- missivel n ' uu,a l'Cuniüo d ~homcn.. . . Te-
Cres que são a palavra de Deos ! Pois lê. lfü.-ahi o
mos vi~to él ob,·a d o-; prel fl ndi<los funda-
que dii Jesus C.hrislo a S. Pedro, e na pessoa d 1 elle
aos papas seus successores. Aqui estão os direitos do dores da religião no vn; elles núo te~m
papa. o•aqul dimanam os seos poderes. Negas estes sido tão t-enaze-,. Ent1·e1 a nto não se pode
J)Oderes? Mas se os m·gas, não crês no qne Deus .dis- explicar t.cnth, pol' 11111a de-; tas tre.s ma-
se. E então como te dizes christão? Como se pode neircls a conduc·ta do'\ Apo!-> lolo.-;; e se to-
ser christão sem acreditar na palavra de Jesus Cbristo?
J)izes que pertences a Jesus Cbristo, e n5o és mais
da :- a:, tres :,;10 ri~i\'el,nente impot,siveis é
que uni_ inimigo dellc. Julgas seguir a sua religião, e preciso por força 1·cc·onhecer c1ue elJes
nao fazes roais do que protestar contra ella, elo que foram ~uscitu<l us e .smlt•ntados p or Deus.
anigaiUa!-a pelos s.eus fundamentos. • ·' Ora, confes~ar i~to, ou confessa r a verda-
~
JE]PJ83JL
«l (O IB rn ma~~ ll à~ lJ ~ m©o
A - 6+.&iMBtA iW.. -C~"'~ ·it::
de <la Heligião Cbt•islan é a mesma coisa, gnlé.s o que penc;a de., tes :-i rrasoado~. e elle
para quem discorre. eucontrnrà nellés l.inln m ateria pit ra n
Todas as Religioens ou seitas separa- crilica, como um homem pre venido ou
das do tronco da Egrejn Catbolil·a, se con·on1piclo a en <'ontrn nas provas d'uma
teem levantadtl e su,tcnta<lo pela protec- t1cligião que concl cmnn os seus ricios.
<;ão dot- g n1ndes ou pelai, paixoens dopo- A nnlure!-a das provas deve occessa-
vo; a Heligiào de J esus Christo e levou-se :iamente ser confol'me à nat11resa d" ,·er-
contra o poder dos g1·andl!,; e as paixocns da<le cine i-e procura. Pc<lil', para r.rêr a
do poro. A differeuc;a é immeosa. Religiüo, prova3 <lo genero daq11ella!, que
Tudo muda sobrn a terra; só a Lei demomtram as ~·el'dc1des matbcmatica.s~
de Dens pennanc<·e immutave1. Vede, é tiio deséll'rasoaclo l'Omo app li~:a1· uma
depois sómente de> estabelecimento do regra de rooral ao calculo da volta ele um
Chri~tian ismo, quanto~· governus, sobre cometa.
toda a ~upedkie da terra, leem . succe- O ignorante püde fazei' tantas ol,jcc-
dido aos que os prere<lerarn; suas fórmas, ,~oens con tra a rntac-ão da terra ao rc<l(H'
seus in\cre.. ses, seu ... princípios, suas re- ;lo sol como contra; verdade da Hevela-
laçoens, tn<lo mudnu, tud o mudarà ain- çào divina. E <'nlrrtanto pnrn qnc ac-
da. Só o governo da Egreja, c,;tahelecido CE>ita uma ~cm difiiculdade e regeita.a ou-
por Deus, tem sobreri,·ido, e ,;obre,•h'erà tra sem rnai.s ra~ào? Porque a pri meira
até o falJ'l do mundo a tudas C!llas vicissi- é muito inuiOcrcnle ás SllilS paixocn:i e á
tudes. Considerado na parle espiritual, outra o obrigaria n renuncii,-las.
é inda no dia d 'hoje o que fo i no seu pri- Tc\'e logclr 11., aldeia de S. .foques,
meiro dia. P io IX é o surce:,,;or legitimo mnitü perto da in!>tit11íç:-i i> real do... Sur-
de S. Ped,·o, c1)m o mc.,mo titulo, corn dos-Mudos, uma \'io lenta expl osaõ de gaz,
as mesmas condicoen,-., com 0!-1 mesmos acompanhada d\1111a <letonac;ào fol'mi <la-
encargos, com o ,;1e,, mo puder que aquel- vel cujo c:.trontlo se fez ouvi,· até àistan-
le a quern Jesus Ch ri-.tu disse: « Tu és <·ias muito alongadus. \"alerio não acre-
pedra, e sobre esta pedra fundarei a mi- ditou e!lta no ti eia, e para se assegurar
nha Egreja, contra a <JUul n11ocn pl'eva- deJla fvi con .. ult.ir o.s alumnos desla casa
Jecerão as porttt ... do inforno. » E as leis, que fora m todos conform ~s em aU1 rmat·
estas ruc1gestos.is l'ai11ha., d.is na çoern.? (JIIC n.rõ Linham OllYido. Logo e) judicioso
tarnhem essas leem :-ido 111ncl.1da~ igual- Vlderio concluiu q11e eslc grande nrruido
mente; não r~tam de pé se não aqu ellas era nma d1imern, e toclo o que podiaol
cujo pe rfeito occorclo roin a l~·i de Oeus dizer-lh e aquelles que, tendo ouvidos,
podi:.i dispensai' w; lioruen· d,· ª·" in:icre- tinham p11dido ouvir, foi in util pnra o
verem nos ~eu"i codigo,;, so n:"io fo:,,:-.e ne- dese nga11ur. H1de!>-V{ls <l,1 !,impl1cidade e
ce!-sario dar-lhei.. dc,de csle muncl1) 11wa ob,tin ac:aô cle \ aleriú ! cn,1s obscnai, a
sancção que as lb,es,e rt!:,,pcitar do:, per- vú:.:-.a (•ondrn·tu e i<leutil'am ente a mc~ma
versos. Pai tid os politi<.: 11:,,, M.'Ítas rc·ligio- quando , ó, regeitues a Hcligiaõ pela auc-
sa~, opi n ioens di, ,·,-.sa .!-, 111do li., egua l m en- tor;d··<lc d,u1ut>llc, qne naõ i.H·<leru conhe-
te mudado; e :-,obre e!1l C im111 en-.o cle,- ce-, i ê j ulga-la m~lhor <lo (Jlle os su1·-
troço de tudo o ciue foi. uma :-ó Vl' l'<lade dos-mu<lo.!, poue111 ouvir o arruido da
fica imrnuta vcl e triunf.1nle: lleritas Do- cxplo~nõ,
min i manet in mtcrnum. Bn mil e oito<·~nlos ann os que n /ilo-
As provas da íleligião tcflm mais ou sopa pro cura , !-Cm deM'étnc;o , a ,·crdade
menos evidencia à propon;àn que t.illas q 11e .Je:,,1b Ch ris to v11io rP\ t' li,, r·ao.!, homens,
se dirigem a um e:.pirilo mais ou menos e gue n-; lic;oeos do muis ~irnples ema
prevenido, a un-1 curnr,f10 mais ou menos cl'a l<lein cn.. inu ao mais simples aldcaõ.
co rrompido. Nào e pois à l'nha ele dare- Dcpoi!, de ter surcc:-.:-ivamente elevado,
sa que :-e de,c atlribuir o pouco olleito de~truidn, propagudo, comba tid o, glori-
que operam. é 111uüa .. vezc!-1, e qua.!,isem- ficado, vi lipendjado mil e mil sy:.temas
pre, ao c:.tado moral daqu clle que ns es- cli,·ersos, clla està inda no dia de boje no
tuda. \'os i-ois um homem bonrado, e ~ell ponto de partida . . . lma procura!
acbaes muito condudenle!'l as rasoensque Pobre ftlosofia ! ningueU\ te pó<.l e accusa r ·
provam que o roubo é um crime. Per- de .fülta de pacieocia e de corngcm; tal-
guntae a um velho habituado à vida dos '1CZ p.or isso criercces~es alguma bencvo ...
~
JBJPJB1f,
lencia se acima de todos estese!-fo rços es- Espanta m-se do g rande nurnero d'in-
tereis se naõ visse domi nnr o teu orgu- cred ulos q ue encer ra a sociedade ; e .e u,
lh o excitn<l o pelo1i lo11rn re.: daq11elles{) ue. pelo passo em que 1.•aõ as coisas, espan-
!'-atisfoitos com ns tua5 vi~tas e-;pera m com- to-me pelo con trario d e qu e não hajam
moda mente , n ' uru esq neeimen lo com- m 11i tos mab. Eu dirijo- me ao pl'imeiro
pleto de todo o deve r, q ue O"i ten.s doc- que ~1em e interrogo-o. Eis--aqui justa:..
tores haja m unan i.ment e eoncordado e íi- mente Lel io que se gaba da sua incredu-
trc si pa1·a lh es mo~trar o fl ue devem crêr lid,1de; bem ! Lcli o sente mo- nos um mo-
e faze r. A tua in.1potencia é o que os en- meolo, e con ve r.~emos. Dize i-me o que
canta, e l u t oma" as ~nac; homenage ns a sa beis de c11ntrario à verdade da Religiaõ.
i;ério! tu naõ é:,di ffici l ou tu es be mlo uct,. Vossos paes , eu o suppo nbo ao menos,
A Religiaõ Ca th olica coni-idera<la nos obedeeen <lo a u m resto do costum e ain-
se us dogm~.(;, é :.ubli me : cadeia c:uysterio- da bastant e geral, fizeram-vos co mungat·
sa qu e li ga o Ccu co m a terra; sancç,H1 :l pri m eira vezP-Sim, ce rta rneate. -
ioaba lavel de todo-; os nossos devere"; e Até all i, naõ tin he is ouvido fu llat' de Rc-
como tal, punbo r ~eguro da pro~peddade ligiaõ sennõ mu ito pouco, e muitas vézes
dos iin pe ri os e da fe licid:icle dos home1is; mais cm mal do q ue em bem , por vossos
o,·jgein eter11a <lê toda :t gra ndesa e de paes qnc deJl a n,1õ ~abem nem dc lla po-
_toda a bell e~a, ella eleva a nossa a lma, d em su ber mais do q ue vós ~abeis ago-
en nol>rece nos~a na turei-a; ella d1vini.~a. ra. -J:;so é bem vcrdade.-Antes, da vos-
por as!-iim dizE> I', todos os nossos pe nsa- sa primeira comrnu nb aõ as-,i:--frsles aos
mentn"i e todo o nosso ser. Um pa leta ca th eciscrros da vos:;a parochia r-Sem
que a hla-;fe ma sem a conh ece r, só pMq ue dnvida .-:VJas o ca tequista nJÕ podia ne-
a ouviu bh\:--femar e qu er fazer como 0 11 - ces~a riam~n te d ize r-vlls mmsdo yoe oquil-
tr(ls , nc1õ :.a be i~to; muitas vezes proc ura- lo que a fraquesa da vossa eclade podia
is in Ltilment e fa zer-lh e eo mprehende1:; com prelt ender. Te r-vos~liiri clle explica-
trabalha r em ajuntar algumas misera ve is . do os dogmas da Fé, m.1s sem tratar de
,1uantia-., entre ter-~e a lgu mas tri~tes h o- vo-los provar; ,·o~ naõ compreh cnderieis
ras, m orrer depois e bir saciar os ver- nada disso; fall ar-'VO'-- hia das virtudes
m es co m sll a ca rn e; eis-aq ui toda a su a christa ns; procura ria faze r-vo- las amar ,
sciencia, tod os os ~ens desej os, todas as e inspira 1·-vos a re1-olu c;:aõ de as praticar;
suas esperanças. Mas fazei-a enca rar, nes- e faze r nascer em VÔ!i o ., mor de Deus e o
te ponto de vista , a um filosofo instruido recúohecime nto q ue lhe deveis por seus
que naõ tem feito d ivorcio completo co m beneHcios; é pois 1-.lo o mni:- que elle po-
a rasaõ, elle a applaud iru e adora r-à. Nao dia fc1zer por vós nesta época da vossa vi-
ºacrediteis comtudo que fica rend ido: a ela ?-Tudo o q ue dizeis é exacto. -Vias
sua alma orgulbúsa tem muitos outros
isto q ue cntao bastn vn n aõ hasta sempre.
pem.lme.ntos; n aõ , cll e naõ $e rend eu ;
porque lhe é preciso entaõ vir aos nos- Vejamos se tendes n prendido mais no
sos tem plos e achar-se a bi co nfu ndido cnnw do~ vo~sos estud os .. Lelio, vos so is
cnm cs:-as boas til ru as q ue levara m as suas um erud ito, eu o :;ei e vos fe licito pot· is-
espc<:ulaçoe ns mais alto, e q ue, devota- sn; mas se-lo-heis ig11almc nte na scion-
mente ajoelbadas, o.ram com fe rvo r a cia da Religiaõ ?-- ~<'.>:- tinb a mos no col-
Aquel le a qu em elln-; se alegram em clrn- l<~gio um capell aô q ue nos fozia uma ins•
.mar o bom Deus. Uma tal co mpanbia o ln1 cçaô pot· ~e innna. -Era pouco no nÍeio
d eshon rava; elle na_õ é feito para crêr o da-. distrn cçoe nc; dos vos:-11-; ou tros estudo:-;
que crêe m os ignoran tes, pa ra praticar o mas em fim , ap roveita:.teq-vos della·? me-
que ell es pratica m; para elleé mic.; ter um clitave i:.. nell a \> núõa esquecieis um quar-
Deus à parle, u m Deus que naõ reconhe- to d' hora depois, se m que ning uem vo-
ça por seus fil hos se naõ os sa bio!S e que la viel'>se lcu1bra r pelo e-,paço d'oito dias-
r egeite todos os qu e naõ leem senaQ u m Eu d evo con vir que nem eu nem os ou-
corac;aõ para o a mar; ti ca rà pois só ern lros lh e <lavamos gra nde nttençaõ.-E
sua cas~ , e se naõ ba nada de melhor a vosi,os outros Oles tres, longe de fo rtificar
faze r, co rnporú para sua maior gloria . . . es~a lic;aõ pelos seus bons cünselhos e exe m-
um discurso muito eloquente cm fa vo r plo~, naô vo-l·os davam elles contrnrios?
da egualdélde do~ homens. _( Continría. )
•---
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JE]PJ83JL
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•
Da Lerra o pàr mals ditoso,
ê ~!tt ~~ ~.it«f.
Gloria l n e"eeltJls Deo J •• •
Jà pl'cstes so encaminhou:
Mas vago 3::,} lo não tendo,
Aos soborbios se acolhemlo,
I. N'um presepe se alojou.
N.is collinas tle nelhlem E n'esse outro que aos armcntos
Cólhe as Oores, Trovador, Oe aposenl o I hes servio,
Que hão-de ornar teu alaúde Nem offlicções, nem tormentos,
ho nascer do RedcmpLor.
A \' irgem l'ura curlio.
E tl 'ouro pondo-lhe as cordas, Sobre os lin~os que trazia,
E magos sons a extr:ihir, N'alla ooilc d'esse dia,
D'loceoso e mirra o perfuma Em que alll se recolheu,
;\ntes d'um hymno se ouvir. o Jlessias 1>romettido,
Que ha o mundo redemido,
Roga ao Nume portentoso 'fiio pobrcmcnle nasceu! ! •.•
Que por seu allo poder
'!'e inspire cantos divinos, 1\ ,
P'ra que ouvido possas ser.
Folgou lcJa a Natureza
Silencio demanda às turbas, Do ned<'mptor ao o.iseer,
Silencio à terra o ao mar; E a aurora mais primorosa
Pois é santo e mui sublime Sorrio-se d'ollo prazer t
O assumplo que vaes cantar.
1.i1 n:is faix:is ,Jo horisonle
n.
ncnasceu ligeiro o só!,
E tu, Dethlem ·ditos:i, conta aos homens Dour :mdo as nmens de praia·
Toa gloria qual 6 1 No 111ais brilhante arreból I
Dize qué do Messias sendo a Patrfo,
AO Cbristào das-lho fê ! O:ls selvas os brotos fé ros
Surgirão elos seus covi.s ,
Conta nos grandes do terrn, à vil soberba,
Qoaes ovelhas, se mostrando
onde foi que nasceu
Do Rei Universal o caro Filho, N'csse tlia t6o feliz!
Que à serpente venceu ! ,\ planta eslcril oulr'ora
Lembra da Natureza o regosijn, Jà fecunda p1·oduzlo;
E a gr11ta com moção, E a nor no calix fechada
Que do Verbo Encarnado o natalicio 'folia formosa se al>r io !
Traz hoje ao coraçãc !
Corn stos delobros os id'los,
Ensina ao mundo inteiro, ôíerrn Santa, Ao natal Jo neclemptor,
Porque <'Slás a folgar ! Fulminados pelo Eterno,
o increcJulo cynismo aterra e prostra DcsalJarào com frai;or !
Com teo psalruo-dear t
Aterra os Anjos descerão
Ili.
Com dolcisono cantar
~Jandàra Ccsar polente, • De Oeus Filho o natalicio
o Romano Imperador Yindo alegres acclamar !
De todo o Imperio entre a gente,
Sujeita a elle Senhor,
V.
l'roccder ao :irrolameolo Aos pegoreiros velnndo,
Em que seu alistamento
o Anjo São Gabriel,
( Paro cio povo saber)
A buma form:l tomando,
e.ida qual constituldo
Nas pl:micics d'Israel,
No lugar onde nascido,
.t\lli devesse fazer. Como o sol, tão luminoso,
Se lhes 1t1ostra grandioso,
Para o fi m que se ordenava, Vos pastores a tremer,
De Nazareth a Belblem,
A taes visões nunca atreitos,
CiJade que perto estava
Tr:inquilli1.ados os peitos,
Da ingrata Jerusalcm,
ri~aria com seu Esposo, 1':t-lbes a ~O\'"a a saber. ••
~
· ---~------~-
l í .;.-ip-·,
aw:r:arrmr:-m:xme '"-"'-
® (tfmma~ua al~a~m@()
1·~ ~ : 1 : J : : . u . i ! w . : r : : ; ; . s ; . ; w u , . . n $Ld!Cf'.!4W
v
,s:c. ~
...~
_. -~- ,-· ... -
ANNOI Segunda-feira 8 de Janeiro de 1855. N. º 36.
OCHRISTIANISMO.
1'1\f.ÇO D.\ SUOSCfl lPÇA'O. X
l'o1· um a11110 .•••••••• 8~000. t.g
... .
,,ogo :r.il,ianta<1o
l • sris uwr.,·~ •...•..t,s;,oo. V
• 1,.~z mczc, ....... ~!;3011.
,Hnls•,s............ ... S~40. W
A
J\
i\011 1·e11I rmirnt,$ ptNlcre st(( s~l111r,·,·.
!:\. l,m·. e. 9 . 1. 56.
~~~~~.!:WWW'
~~-~~·~-~........,~
~ --~-~~cgz·~~~
--~--~-•:·~~·~~·~-~·~~~~==~~~~·~~
-~-~=~
--~•:-~-*'!~---~ ~ ~
OCHRISTIANISMO. acompnnha os :;oi dados q 11e marcham
pas·a a guerra, l'Cclohra seu a rd or, e for-
--:e::,êcxm mex.
ti flca ~na t·or::1 gc' m. Ora Hl i."lo acontece
A MISERiCORDiA DE DEUS. n:i::; cous;1s l1t1manas, o que não de verá
se!' tp1ando emprehenderuos a nossa sa l-
(Contimiarüo do 11. 3ll.)
va<Jio '.l Aqui m11ito mais; porque niio so
O homem, scgun<lo o pcnsal' de S. é para nó:.,, soldnclos de Jesus Cb rbto, uma
Bernardo não pode viver no mundo ,·ida de a.,rnJ10 , e pele.ia~, onrlc não se a l-
sem que lenlia con"iolaçõe~; e se niio é na can<;a viclo ria ~c n5o depois de qua"e so-
virtu de, sustentado po r alguma doçura, hre-llumc.1 nos ex for<iO:-.; cnuw ta m bc [11
com grande diilicu ldade poderà re~i~tir porque a ei-pnança <lo succci,so nos é or-
ao con~trangimcnlo que d'este ella exige. denada, C<imo uma pr Ppa rac;iio es:,encial
É verdade, que este constrangimento, e para là cl.1 ... ga rmos. E na Ycrda<le, se ha
os. mesmos rigore:,; <la penitencia, nada empresas hurmrnas, ciue fa ham e enga-
sa rn para aquclle queanw, e~pcra, e go- nam a e:; pcrar1CJa, e on<le a co11Gn nça no
~a touos os prase res que a virncidade do succe!'ISO é inutil. outro tanto J1ào aco nle-
amo l', e a ternura da confiança pode dar- {'C, q11artdl> es:;a c1_npresa, e &ob re a no.:-sa
Jhe; mas para o que tem um cornçào salvaç,io.
ate rrado, e nm amor tímido, que não Acsperan<~a é uma condiç5o, 11111 meio
con bece a <lnrura que ha cm nos confiar- doi,; uwi~ elli<'r1~es para opcn'II' a no:;sa sal-
mos a Deus, a\ ;"! es::.e é dig no de com- ,·n(;ão. Nà1.> foi em vão que o Apostolo,
paixão! porque o sc11 e~tadn é o mn is fa llando ao., Boi:nanos dh-se-Spe satvi
acabrunhador que imaginar-se pode, e a (acti summ-e a c.~pe1·anr:a q111: nos salv-a.
ma peniten<'ia insuportuvcl. As-,im mui-
tas vesés vemos d 'essas a lma ... 1ue a tris- O qlle i;crá do co ra<:ào timido, que
para fnl'él de i-ib anio a e, perança? ~erà
tesa rôe, e que ú escrupulo dcvol'a, pro -
trn 1 soldado cobardf> , que jà meio fenci-
curar cedo ou tarde na dissipac:;ào dos
do, porqnt> tem e de u ser, fugirà diante
pra~ercs, e na sali:,façãu dus sen tidos,
uma sa tü;fação, que oüo tinham podido <lo inimigo, jnlgél nd.~1-,e ~ema ..ia~lo frnc.o
para oppo r-l be re!-,1.,tenc1a. Sera scnu-
e ncon trar na pieda<le, porque nã o a ti-
lh antc a esses L,ra elitas cle1,1 linad os, em
nham conhec·iclo senãu pela sua austeri-
sua habit a<;ào no <le~e rto, à se l' :r fignra
dcide, e terror que lhes causa\7a l !
do povo chri:-.taõ, e que por t'>Ua funesta
Não é só b to: este temôr de que fal-
lamos, nfw só arrasta ao desa lento, mas
pu'-ilanimida<le, foram a d'aq11elles que
ate mesmo o produz pela fraquesa, que o tenrnr sepulta no desa nimo. Ora se
amedrn111avam com o ou\· ir a voz dP. Deus
causa n'aquelle qoc experimenta ou pas.-
cuj~1 i,,orn naõ podiam ~11pporlar; ora dcs-
sa por 11m ta l c~t'ado. Nas crnpresasord1-
comçoava n.1 a vi:-.la d,h folange~ aguerri-
n arint,, a con fianc;a f~z parte dos meics
das' c,,ntra q•1cm tinham t't combater.
que se em pr ega parn o bom exito, ao
m enos, fuz nas~er a col'agem, e uma no- O'e:i te mücfo, e que essas al,mas de-
va força. Os :;oldadus tímidos, sam meio masiacfamente te moratas, tomadas cobar-
vencidos; ao passo que a confi.anç_a que des peb sua limidei, atorcloacn-~c j,\ com
~
JE]PJ83JL
- - +
1
AJi2L w 22412-
-eoe- l Continuc1)
PENSAMENTOS SOBRE A RELlGlÃ~.
co m·icçaõ. Dominado por seu orgulho, o
<le!->graçado quer antes <lt' ixa r ir tudo do
que confe.~~;;) r o se u erro: ó bem infeliz,
mas bem cul,,avel.
( Cvnlinunçilo do n. 0 35.) Se cu vos cito sabio:-; illnslres que,
Nunca se alre\'e ram a proferi1· algumas depois d'ha ve r es tudado bem e aprofun-
palavras ern menospreso da lei de Deus, dado as provas d11 Rt>ligiào, a acredita-
algumas mofas, alguns elogio:, a auo tores 1·am e pratica ram: vós me citaes outros
couhe,·idos por sna impiedade, algumas ~abios que não quizeram Cl'ê-la, e obri-
citaçoe ns de suas obras qu e tinbam e por gados como estaes d e concluir em vosso
forc;a haviam de tct' por fün eufraquecer, fav o1· dizei.; atr·e,·idamcnte quea recipro-
arrninar inteiramente em vosso e:.pirito a cidade de:-: troe toda a van tugem que DÓ3
confi.,r,ça que poderíeis haver tido em qu eremos ti r~r d e~la pront. Eu lrotan to
vosso ca pellaõ ?-Sou obriga<lo a confes- ha abi uma con, id •raçaõ que vos esque-
sa r que ai1si m acon tecia muitas vezes.- ce. que é que o:- no:.bO" e-. taõ decididos
De sorte que teudes ap rendido todas as con tra tod o o inr ere~~e hum ano e pre-
outras sriencias, e que, a respeito d esta sente, e O!" vosi-o:- e,taô dPcididos a favot•
d" Religiaõ , longe de a estuda r rns ten- do me~mo inte!'e1<:-e. · Ou eu nie enga no
desconliouameotedesviado d ella :>- Ten- beru o•J e'-la im men ...a differeoça anni-
des tl'açado o quadro Liel dos meusannos quila tv<lo o vos~o arra!-oaclo.
pa:-;.;aclos no co llegio. -As vosiMs paixoens
( D"Exauvillcz).
entretan to fortificavam-se , cresccr,!m;
tornara m-se cada vez mais imperio~as; e
quando entr.,stes no mundo, a sua voz omGE\f Ul:\iEDlA TA 00 SOCIALLSMO.
possa nte, o exemplo clu, outros, a falta
absoluta <l'um freio capaz de se lhe!, op- Tudo o homem que ama a ve rdade
pôr. vos persuad iram facilmente a obe- deve tt"1' a t'erteza de a n5o enco ntra r '
1
d ece r-lh e,; foi en tão <fU e altame nte vos n'acJltelle., (file foge m cl'f'llél e qiie naõ se'
hav(1is decla rado iocredulo ? \1a ~ livre di,tingtJE'íD <•ntre ~i :..ennõ na forma d'a-
então do emba 1·aço do!, ,·o.!!sO.s e. ,tudos, borrecel-a e combatei-a.
haveis querido ao menos obrar como ho- Em vão i,e bn~cn a filosofia onde naõ
mem rosoavel, e conbeC'er o qno as:-im exi,te a YPrdade; e cli ...corrcnd o os refor-
rcgeitassc i,;cm exame P E:,,tudaste!-1 enraõ madores <lo mundo europe u a taro gra n-
a Rc ligiaõ ?-De nenhum a sorte : ti ve d ,·s di:-tun,•fas uns dos o utros, cni vaõ se
d'eotrega r-me inteiramente aos estudos h11" .;arà lambt: m ena Mias theorias a filo-
especiaes nm!essario,; para o ge11ero de ~o fia drn, goverooli. cupazes de propor-
,·i<l.t qnc queria exercer.-E quando ler- r iona l' o be m, o bem de todo~ os bens,
mi nastés esses estudo-. e~peciac!, repara'i- q nc é a pa-i e a vil'tude em todas as cl ns--
les o tem po perdido P Havei:- pr<wuraclo se1, da so<·iedJdc.
<lar r asào a ,·ós lllCMDO da VOS!-ia incredu- Ningueru desconbe<·e as differenças
lidade, e:-.tudando a Religião não só nas e...:-euC'ia e:- que !-iCpara r am o~ muitos e di-
o bras dos scw; inimigos, mns ignalmenle versos partidos de:-de o momento ('1) em
oa<s de seus <lellimsorcs ?-Tão pouco: O que Satanaz parece lrr rompido a tripli~
exercicio elo meu e~tt,clo reclamou todo eada cadea que o retinha no inferno; para
o tempo. -Que sabeis vós poi!I <lc Reli- inaugurai· o :,,eu reinado :,.obre a terra.
gião ?-Nada; i,o u obrigado a confes5a-lo. Em França em ~$panha em P1 ,rtugal, na
E entrelaolo, ó Lelio, vós a contestais! e ltal,a, na Aleinnnha, appa l'ece,·am uma
dize is-vos conven cido de que é falsa! eu multidaõ d'ap l)~tolos da civilii,açào, que
svos lamen to ! eu lamtinlo todos aquclles adoptaudo u1JJ aovo projecto, e pregando
que vos i mitam ! urna doutrina particular, cada um arro-
Todo ac1uellc que possue a precisa
instrucçaõ e. discernimento para julgar de {1) f allnmos do anuo <fo 1790.
*'
gou a si o direi lo de evangelizar a seu mú-
wmiw,-~qç A EMxst-4~
~
JE]PJ83JL
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Q,.,..)JIÇ!,.W ... c;&,;fl.:)2.f!C.tm..
® cnw mtl~trll &.\f'J a~w<&o
c:•.;...'t..,.;....a::z& '-~'""t"'IS:•""A ~Jalii.CSC_Jfta _ §__ UiiiliJl!i!!!: #i a ;;;;;ca4 m
• 1
1
para o:~ povo-:; (teht:r1l os Cl\ tes cm rc 11g1-
· . segn n<lo o modo disposto po1· Jesus Chris-
aõ, e dcsvancC'ida'- ac; illn.,ocns rrcaclas to. Enlüo se verá que o socialismo <l'hoje
pelos ·fi[osofus modernos; multiplicados é uma impo~tura, como o vamosdcmons-
os mal es immunsu~. prost rodas w; mas- t1·ar n o !\eguinte arti~o.
sas pol' fa lta ele ali,,nento e furça; ha ho-
mens q1;e conhecem ctta situac;ào e pro-
cu,·am aproveia- la . E nina ve rdade e
fa ltamo,; assim c<>m a franqueza que ,le-
--
O 11oeinlhuuo cl'laojc é u111n hUflOSiu••n c111
sun- orir,;c eu •~ en• Huns eo11seq11cn~i.:1!ol.
vemo'\ e qu e nos é prop1·ia q 11ando es<·re-
vemos cm deffeza <la f'mnilia callwtica. A :i rnbi<;ào e o orgulb o q<ic foram o
Os Proudlt011s cm Franc,:u, o~ ,\lazzíoi:; na man ancial das de:;graças do gcncro h11-
Ital i.i, e os be11s di!'lcipnlus em Portugal n1ano, continuam destruindo o germen
con Lece ran-1 que o povo cst:'lva desenga- da fo li,:idade, preparada por Deos para a
nado, farto e infostia<lo das fabas pro- C!-pecic e pnra o inclividuo, ou parn o ho ~
messas de fclici<lade qu e lhe~ prome tte- mem, parn as fami lias, para ns n.ir;ocn:i
rnm; conheceram tarube in que rena~cc e pam lodo o mundo.
no coração so1•1al um !<Cntimento re ligio- -- Ana lisa ndo-se cuidijdosnmente toda'!
so, que fa1. su . . pirar J)l' la rcl,giaô ela Egre- as tlieorias e si~lcmns que desde a maio;
ja Catholil'a: lembra a·am-se q ue todo.;; o~ remota anliguídade se aprcseotarnm ~11c-
povos <l.a Eurnpa uma ve1. jà ~e levanla- res..ivameute para fortilicar os direitos,
ram em ma.,!-n para pedir o im perio da ac<;ocos e interesses, com despreio cloi,
religíaü evangelica, e q11e senaõ o leem principios indií'ectiveis da , erdadc.rclcr-
fei to muilas \'ezes é porque o re<'cio do na, athar-sc-ha scmpl'e uma identidade
que succcdeu entaõ, o:- <·ontem e a mc- palpa\'e l, por mais qne as paforras se
<lronla; porque ai nda pareec a algun~ que alterem em sua esscoein , cm seu objecto
o im perio du Chrtslianismo naõ é pQssi- e na injusli<;a de suat- pl'etcnçucns. Sería-
vcl :;-em a inqni:-ic;aõ, porque ainda dura mos demaiiado extensos se pr~tendessc-
a irop,·e~snõ que receberam do~ filosofos, mos reprodu2.ir quan to n historin nus
peln q11c1l ollrnr:n os parochot- e M frades apre:;enta cm co n1irmação cl'e~ta yerdadc
co mo barba ros e crueis; conheceram G- e tardariamos muito em d1egar ao ponto
na lmeote '111c no daa cm <pie se rcalisa5se prinrip,11 que boje nos inle res!-a ana lisar
essa especie de rcN!Ín que in,pin1 e que paru dc:-cobr1t· o :1bsu rdo do sor.ialismo,
:.en1 inoti\'o nem f11n<l,11nenlo :dgum :-e que nada menos p1·ctencle, que im•td1·ar-
<liz de,..,poli:,mo sace rdotal, era o ultimo :-,c cn:.inado e robu~teciclc com a dontriua
de S UilS rep r'e~cntaçocn.., Glo~ofica.;; e por <lo Eqrngellw.
esta call !:iíl !,<! adiê~ntnrarn parc1 árlula r o~ Í~ {!!,ta nma sce na que se se obscn·a
po\'os segundo n se ntid o rdigiu"'o que só no el-pa<;o inclifinido da.lS i<lcat., move
forma seusde:-;E"jo~, e lhes <lisi.c nim «ten- :'t compai~.:ão, e ao riso aos hom ens sa-
des rnznô, todos os refol'mi-;tas fo ,·am uns bios e de corarão rccto; ma., quando se
. . . .
m1se rayc1s 1tnp1os, qu1.3 vo.; cngn nnn11n Yê <fUC os ac lor~s lrocam a vestidura thea-
para ,·os tonrnr eada , ez mais infe lizes; trnl, por uma rn~ticlurn !-C ria e se incul-
por isso nús no-; encarreg;1mos ele vossa carn mc~trc.., <l'uma doutrinn verdadeira-
defeza; nos!>a uni<'a di\'i~a ..cn\ a fé diri'i- mente :-oc•i,,1 e civilisadora, e forntecidos
tcn; com ella voi, daremo., o reinado da pe)ac; circunstancias que i;u:-,lcntaru um
jusliç,t segundo Chrii, to, por que o socia- <lei-gosto e um tcdiu qua~i gemi. prome-
li~mo que vos cm,inamo:-. e o mc:imo que tem com onfazi pro pria dos chnrlataeus
ensina o Evange l liu. » ~ana r touas as doenças, e ser, indO-M! da
Infeliz Enropa se le11s m,i lcs le obri- liypocl'csia de .la11scnio nistematiza t· um
gam a soffrer ct-tes no\'o:, med iC'os; tua gove rno paternal segundo o mollo <1uc
agonia não ~e ra longu, ett!rdade, pol'em cn~ina e di~põc o Evangelho; esta farsa
morrerus ou será:; ;, c::erarn <lo mai,; vil <lia Lo li ca po<lc produzi t' couscq uencfos de
dos LJ t'aono!-. Só ha 11rn Cãtninho pnrn uma na torci',a tam pat•Licula1· que obscn-
remedia r O!- inale:,, prt>~entcs e futuros, é r~ça o fogo destruidol' da i m picdad~ e. o
a religião callwlica en-.inada pur seus li- cgoismo a quem clln su b~titue.
gitimos pa~lo re:~, e mini11ti·os, praticada Principiaremos por mosh 'éll' quenin-
com inteir, liberdatie e indepeodencin cla n5o ha um seculo qnc l'Ompeu · na
[l@':'_..
il> <n [[l l Hl~ Illl ~ ~ ll~ill1i,o :,...
--.:::s:.,.:;--a.:;--3~. ; . . : : l i i . ~ - ~.::s;,,.;,.
Europa a ºgra nde revoluc;üo qu e banhou Instituindo J esus Cbristo uma socie-
toda a sua le r ra e m snng ue, e cscanda li- <lad e religio~a enca rrega <la de en:..inar a
:-ou o mu ndo ron1 ~eu.;de lictos; tudo isto todos os homens estes preceitos, fund on
cm nom e <ln lwmmiidadc e do f,·nternicla- u rnn sociedade 11ni1;1er:;a l <JUe de maneira
dc que se acha \·a r ilipen <.l fo du, cscra vi~a- algum a tem o mcno l' po nto de contacto
da ou d esconb e<"ida por o nscenclen te e com as pretençoe ns r icl icubs do socialis-
em ino elos pri11eipios ca th olico . . ; ele sc, rtc mo mo<lerno. E' rnnlude q ne ninguem
que entti<,, e m n ilo ma i:. depoi, , a l''.! ligião pode rrer na fé da Egreja se rn a fozc 1·.ox-
cbristan fo i ol hada como o u ni co in cl, n- tensiva n sociedade c:a tbo lira , e ainda di-
ven ieu lc <pie enco nlra va a h11manid.,de, zemos mai:1, po rq,1e a c:u·ida <le q ue é a
pa ra rccou ... truir-se fe lizme nte pela fra- plcniluda da lei ( 1) f,1z pa lpita r o corac~~o,
ternidade natural, e o Eva nge lho o ini- é1on<l c se a:-tila pelo bem de lo<la a llu-
migo da civili:ia<;,io, <lo .1 di aota mcnlú e rna nida <le. g:.ta pala,·ra (2) in<lictt co m
do progresso. A'-sim e1nprchende ram us ba~ta nle cla ridade o d ogma ca tll olico , e
refor
. ma dores da reco m lru<'fio das na-
<'()C OS cn ropca'-, com<'c;:rndo po1· at,1<•a r a
. lembru aos hom<.'ns q ue s~w u ma mesma
ca rn e e mcmhr(1;; de mn mesmo co t'po.
religi."io, cle~pojar a Egrcja , pur.,e~11ir :-.eus cujn \"Ída jàmai-; se co111plctn rá cm q uan-
min istros, c..,ra rn ccr. r da d CJ11t rinn eva n- to qoe n <li,,i~i'io rcim11· entre ellcs. Assirn
gclic,1 ~ co rro mpendo as "ma,..sas- ~ os po- é q ue para os corac;oc ns \'erdadeiràm entc
vos. P ore m agora q11 P. os po..- o"' dc"<'O- <.•;1tho lü·o-; <.'X Í~te um aruol' e inlcre~se
hriram O!> se us cmbw,te, e nr tificío, e Ps- predom inan te , que e o da humanidade,
tão d ispO.!'>IO:i a co ndcrnnn r todo.; os deli- a quem ~e su bord inam to<lo~ os cffci tos
rios e fan,ns ricJi cu l,H; co m qu e ice m , i<l11 e interesses pessoaes.
Ct!ganados, ge a pre.!',c atnn1 os nov i, .. imoi, Por i:i~o i,;e lhes pergu nt a mos qual e o
fon.a otcs em :-cena politi<'á, e, neo berta- pa rtido politico :1 que pertence1u, clenm~
tlos co m a bJpocre .. i,t a ina i-. l'Píinad i,, !,e responder com Tertuliano: iVós somos cs-
coloca m a parenl em<~ nl•· do lad o ela-; rie- t, anhos as vo:,~as foc<:ocrn;
• e contendas . .
tima,; mald ize m os ~C tl 'l verdu~o~. e porque nnssú primeira dit•isa é n republica
q nercn cJo app1·ovc itnr-~o do ~e nli mento do grmero lmma,w.
religioso q ue rena~re eo1110 11ni1·0 reC'nrso D'este c·osmopoli hlnis1no cre:-ido pclcr
<~ aliv io da hn ma nidri d~ a flil'I H, a11n o1wi- Ernn~elho, rc~ult? um novo direito so-
am o ~e11 í:-.te,na -.ot·ial 1·011H> fi lho clu re~ cia l, cujo prim ei ro caracte l' corn;iste eru
ligi:111 do E;·,rngcll.w, e prn prio dn.s que reguln r oi. cl e \'Cl'CS n i10 só de home m a
pi·ofos:,am e e,ti111 a1 n o Cb ri, tianis mo. homem, 1-uas ta ml>em de fo mi1i a n fa mi-
Tal é a sagnc·iclacle ,·om <J IIC o t-oc· ia- lia, <l e nac:iw, a nnc;úo d e cada individ uo
li"lllº pl'e teruJ,• 'iUl•~ lituir n lilo!-o{ia ím- com w<lo:,, e de todoi; com cacla iodi, i-
p ia, ' e e nga na r 110\'a111c ut e os inC'a111 0~ cl uo, de sorte qu e rcsnlta nm.1 vel'dadei-
!-Cr\'indo..:~c da dot;nra e <'a ri da d <? <Jn e a rc1 frn tern idade. ~cm q ue por clla ~e cx.-
E"rcja Hprendeu do bolllem divino; co- lioga a nacionalickidc, ou sem q ue a 11ni-
o d .
m ,> se i,, ual' l1'l 1H:11rns :;e po · c . .:-:cm 1rmn- cladc s0cial Ycoha a ser o mesmo que a
11a r co111 a frate rnicl,1de e amo r q ue o uni<l,de religio~a.
Eva n"ellH>rcco n1 ru e11cla nos chri . . 1.iõm. Ei!i a p r; leuc;~o estu pi,la do pan theis-
En tr: mo-, ne!-tc denodado lahyr iuto d e rno sol'iali:.ta q ue prelende hoje sacl' iÜ-
norissimns ideas, e d escub ram o'- o arlifi- cn r a indepcndcncia como sacrifi cou an-
c:io co m I uc se ncba di:.po~lu '> seu sis- t ~~ os direitos da.damilias c co mmunida-
tema. d~s uo idolo de sua ambição , qu e cha-
Nenh um melhodo nos parece mais mou e$[ado , e que j,'t não basta para sa tis-
proprio p,1ra de~c(,brir o snfü.m.a, qn e foze r as i-uas torpes e co rrompidos pai-
xoens, idea b em distiocla por cert o dü
.tpreseotar ro m clarid.,cle a cl unt r.'~ª ~íl n
da Egreja seg,rndq o Evnnge lho; (01 a 1, t o q ue encerra a doutrina de J esus Chrblo,
q11 ~ nos prop o'-C tn us e~ne rcndo o pre-
quando pela <'ari<lade pl'etcndc for mar
um a fa mi lia<le irmaons, po re111 sem a 1uea·
sente ar ligo.
ç:-ir a d i:..tincção civil ·e soc~al d os porns,
. . Amm·lÍs a Da11s a ao pro.Timo co1110 a ti
que pelo co ntrario for tifi ca ela mesma
,,;es mo. ( 1) .
{1) S. Paulo :ios romanos, cap. 13, v. 10.
(1) s. ~1a1J1eus1 cap. 22, v. 39 e 40. (2) A cilriúade.
•
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
lj o ião , de Lo<la a pa t l'ia e d e toda a fami- vifü,n<;.ào Gea anatema tizado o culto ca-
li~. Tal é a theoria tlo no, o socinlbmo tb olico,, A rP.forma social não é possi-
europeu. , ·el em qunnto se não aca bar com o Chris-
A expcriencia de trcs scculos emina tiani:-rrio; g uel'l'a de roorle aos priúeipios
á geração presente o que valem as pala- e lrnm Prn. npo:.tl)licos. » E hoj~ se quer
vras pom posas e hem soa utes prnnuncia- fundar uma republi ca conferada de todos
das pelos inimigos da religião, se as pala- o~ bom~rn, o povos, e organizal-os,-a l\1a1.-
vras humanidade e fraternidade en tre os :z.iqi, com e~tí's m es mo.:. pdncipios da re-
inclividuos ela n o:-sa e~pecie, qu e leem ligião qu e elle . . ~em concl emnado, e de-
servido d e pretexto aos refo,.madot·es até poi-. qu e as massas teem sido enfraq~1eci-
hoje, uão ti veram outro sentido senão fa- das na fé e viciadas até ao ponto de fo-
zer que todo.. concorre-.secn n sa tbfazer o miliarizarem-Hc com os exces1-os que 'nüo
e(T'oismo d'uns tan tos hypoc,·itos vicia d os e admittem as tribus a inda a.i. mais helva-
c~1Tompidos, é bem cert.o que só va riam gen~ d,).., bomen:,, mai.-. barbaros e iocivis.
os octore!; qu and ,1 boje se apella para a Pouc·o reflexiona quem rn'ic, descobre
/wmanidadeefl'alcrnidade dos povos, afim em ludo i-;tu um surcesso providencial,
<le ap, esentar Clll .scena outros noYos pn- que d a ri'1 resultado~ fovoraveis à buma-
triarcas tnm cheio!> de bypl)c re~ia e mal- ui<lade depoi.. 1ue o fogo re\'olucionario
cfade co m o O!, primeiros, e os que <lepoi~. cnn,nrn ir 0 •1 mia,c; was fütidos da escola
lhes succedel'a m. reformndora , que começou ha mais de
Não ba mais l[Ue um systema de or- tre .. 5crnlos a abalar os ali<·erces sociaes, o
ganiso<;ào social, ju)',ta, bencficn e univcr~ os agitou ate que apparecen,m os patri-
sal, cujos princípios apparecem no Evao- a rcas do stwiali:,rno.
•l'elbo e cujas forma" se appre~en tam na É ce, te,, i,im e certo que a religião de
Êga-ejà, Parocbia, dioceze, cLristandade, J esus Chr~to recebeu e cun..,el'va a vida
eis-aqui uma organ ii:mçi'tn trina da socie- de toda .. as sociedade... cl,, mundo; é certo
dade r eligio!,a : fami tia , nacionalidade , que ao ata cai-a a impiedade íilo~o fica tor-
human idade; e is- aqui um socialismo evan- n o u impos..,ivcl a o rd em, a paz, e todo o
gelico, conforme cm tud o ao modelo da bom gov erno; é ª""i ,o me-.mo ce rto, que
~ociedade religiosa que fundou o Verbo a agon ia pesada e ailicli vn da Europa in-
<li vino. teira não ~e concluirú em quanto que a
A rnrdadc sa nta do Curistianismo e religião lbc uii ,1 aplique O:, ..,eus medica-
n pureza dn !llOral do Eva ngelho, não ne- mento,; e ç , m cll ei, re.., titua u força de que
ce:-sitam d e novas pl'ovas para se apre- carecem ·,uus ca bec,:.1!-i, e se us mem bros,
se ntare m no mundo c:orno a nnica taboa i!-,llJ é, os gove rnos e os gov<'l'nado:-; po-
<la sa lva~ão que n misericor<lia de Deos rem 1.-.to nunca :-e con,eguir:t pelo cami-
offerece ao~ mottaes desterrados pela nbo queempreh enderam Prondboo, Maz-
culpa, e a nniea lei reguladora de ~uas ac- zioi e rornpanhciros; o ~c u . . i ..temaé im-
çoens e direitos. Apezar disso a impie- mornl e ímpio , os :,.cus passos anti-sociaes
dade q ue a te m comba tido nos ultimos e anti-<·a lh tili r(>s, a:- ~uns te ndenrias se
seculo~, vem hoje a dar um testemunho dirigem ao int,• re.,;,e pessoal, ao cgoismo:
publico que a confirma mnis a mais no ndornnn<lo C:-,le <"OrD bellcza, apparentes,
meio do furo r dos exce~sos e Yicios. q ue ciehaixo de dive rsas c•ondic•çoens ori-
Que quer dizer esse empenho de que- ginaram a pobreza, a mi,eria e os crimes
rer reconstrufr novaruenie os povos da que peza111 boje so bre t·1<la.. à~ l'lasses da
Europa, sislernalizando toda a politica soc·icdade, e m ais parti<'ularrnente sobre
debaixo de ideas.que se que1·eru atlribuir a do~ l1 aha lh a<lo rc:.. e prole<' l<t rios, não é
às maximas e priocipios evangcliC'oS ? Não , .m,~i rei q11c dê re..,ultad o:,, <li versos.
ba muito qu~ cm nome da bumanidnde, A :-.ocicdade u01veri-al é possível~ jà
da liberdade e do progresso se cond~rn- foi cnnlaec·ida de facto, seu principio cons-
n ava ei,ta religião sa nta, se proscrevia o tiluti vu, exi..,tc, elle é a a lm a e a vida do
seu culto, !-e perseguiarn os saC'erdotes e Chri:;tiani:--mo , com eHe os homens se
demoliam <>s temp los. Tanto no norte une m e amam como irmãos, porque a
como no meio dia da Europa , se arrnrou is,o o, obriga el'>lt> preceito, amaràs a teu
uma ban<leira infernal em que se liam p1·n.1:imo. quer di1.tt' amarás a todos os
es1as palavras fataes: «Em nome da ci- -homens conw a ti mesmo; com cllc se es..
0
~ ~ & . . ! e~ . ~ ~~ -
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4 IIPlC*8'\9l~tMCT'!'!!'=:7ef t:t__..if-=1-W.t 4 « o ·h* :t, Z,:.fAt? .: b ! >- z;;;:,
auctc..risa o individuo, famil ia, nem ocs- na ilha desta <'idade, dirigindo-se pri-
.t ado, a' obrar cm prejuiso dos outros. meiramente à de S. João Baptisla de Vi-
D'ou tra rnrte concede ,to homem, i1 fa- ohaes, e dahi à d,· N. S. da Luz d:1 ,·ilia
do Paçc de Lum iar, depois ir.'! a de S.
milia, às provinciai, e aos estados a liber-
Jo1,é <Ío Lugar d o~ lndi.,, . t:hegando alé a
dade d'acc;ão para procurar o bem estar e
ponta extrema ela ilha ri lgreja ele S. J osé
a felicidade.
Eis-aqui o socialismo do Evangelho, de Hiba-mar, e dali voll r1 ndo á capital
que coudemna esse furor politicó, e que irà fiotllmente a freg11ezia <le S. Joaquim
será uma.verdade no momento em que se do Baeanga, para onde emba rcou no
permitta obrar rom independencia aos dia 5 do corren te.
homen~ a quem disse Jesos Christo: !de -Por i'\ viliO de 30 de Nove mbro findo
foi o He vm Sr. Cone.gn Elen therio Ma r-
o preguac o meu Evangelho 4/Jor todo o
ques da Sil va Rosa approvado para Len-
mundo. . te da cadt•Íra de Liturgia· do Seminario
episcopa l desta Diocei,e propo:-to por S.
(R. G.)
Exc. Be"m. pelo tempo d e tres annos
(A Familia Calholica ). em conformidade do decreto n. 1221,
que organizou o me:,mo Seroinario.
Envinn•os o~ nossos cordiaes para-
b('n .., ao Hv. Sor. Con :•go Roza.
l'flln8!!1tea•lo da .Jus,iça. - A li--ta lri pliec pa ra a cs1·olha d'um
R~laçáo das pessoas desparflndas por decreto des- senador peln provinc·ia de Matto Grosso
ta data. conta em seu :-eio o nome do Exm. e
Para conegos honorarios da imperial Revm. Sr. Bi-,po daquella Dioce~e, D.
Jose Antonio <los Rei~-e na ele Goyap
capella:
a<·h;i-~c incluído o du Re vm. Sr. Conego
O vigario Vicente Ferreira d'Ol ivei- Leal.
ra, o dito .José de Souza Lima, o padre - Chegárào ~\ tôrte dolmperioasbnl-
Manoel de Brito Coutinho, o dito Jcr.ié las pontificia1, d 'e recçàu dos bispados do
Mendes de Paiva, o dito Quintiliano José Ce~rà e Diamant ina.
do Amaral, o dilo Mariano Leite da Cu- - No dfa 8 de Novembro passado fal-
nha Escobal'. lereu em Lisboa o Exrn. Sr. Arcebispo
Para conego honorario d.i Sé Metro- de Palmyra, em <'onsequencia do desen-
politana: volvimento d' um cirro oo estomago,. que
O viga rio Gonçalo Vieira de Mello. o levou ao tumulo cm poucoi,; dias. O
Para conegos honorarios da Sé de illm,lre fin .. clo havia sido Ar<'ebispo Pri-
Olfo<la: maz da Jndia, e fôra ultim amente Com-
O vigario Manoel Joaquim XavierSil7 missa rio da Bu lla e Pl'c,vcdo1· da S. Casa
,qeira, o dito J0sé Rufin o Pacheco. da Mii,ericordia.
Para conegos honorarios da Sé de S. (Do E cclesiastico).
Paulo:
O ~igario João Nepomuceno de 1\ssis Mal'a11hão, Typ. de .1. C. !lt. da e.
To1-res=rüd tlos
-
Salgado, o padre Domiciano Pereira Leite. Barbeiros • u8,=am,o etc 1855, ·
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
ANNOI Segum!a-feira I !J de Janeiro de 1855.
OCHRISTlANISMO .
-~ - - ..
'IJ ,:-.:,1(, \.\ r,
l!
t'·>r um m,r,,1 • 1 ... . . . S~MO. f1
I , " " ' 1111·1.,·, ... .... hs~111•.
.
l •.1go :r,1wnhH 1~' l " li n. llh '.!""' •••• • •• !,)~1\ult.
, .\, ui~,.,, .... ..•....... ~:"l10.
!
.,
.."' t\ibh Ju1:,1;l.
.~
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tt •
.\ º'' «·eul tu1ima~ µ,,,·fll·,•,. ,.r<f 5t1ll'it1ºc'.
:-... Lrn:. t·, ~>. ', !~.
•
OCHRISTIANISMO. lúo M,l1t•1,.iw, 1p:c o Pac Eterno pc, d oa
ao~ f1l?('<',1dol'c... , c·n11du,. 01; c 1Tai1los no
H.'l'ditdi• iro t':i1ninlw. C' fo rtal ece ao!'> j11s-
C]D"ICJ..,. ...m • e... - - -~!!iii ~ - lo~. () 111c:-ll1'l ,! t>~1 1,; Cl11 j..,1 0, q 11e é :-acri-
Co11/11111.•1râo ,lo 11. 37,. , n<'a<l,1 , (lt'd u Ú H'U Ere, llll P:i c, com (nn-
Em \i1 0 1-olc:1111c Snl'rifi1•Ít> !-e ,dl'e rerc la~ \\J~e.". q11n1itas ~nn1 :is Chagas que,
ao Pan Et e rno 11111n of!~·rcnda t,10 pre1· io- c1111nro.,c, ~0ffreu, que lan<·c :-c11:- t1lhos <l c
{1a , sn 11tn, e exccll'~nle, que d e ce1 to nüo 1r1Í-'er iro , di~, parn M pohrc•s li oai c11'-, li~
podl! hu\'er outra maior; por quanto C) rra[Jclo-o:- dos i11C'c11di,,s pcq1r l1111~. E
se u m e.-;Jl"10 sa nti ,.;-. iu1n Filho hunrnnudo, par.• co1H·lui1· os clllgios ele liin c ln\ ado
qu e a prol d,,s t ri, tes filli os de Adam !\O Sat·ri{frio, diz 111aÍ:,, o illu~trc Sn nto:-
offerl:!ccuo'AradaC1·uz., éoque !-ie Lhe C1Hn este Milrnrne Sal'ri íi1·io se con-,e(l'ue
e,
ol.!eni.cc n'e., le Ea1·riü1·io, ('OtOÜ j:t ha ,·e- <le Deus-n.1i...,J!l'Ü'ordi.a -p(•rd ac>-c i-al-
(D ').'i <l1 cto. O grn11ile v.,101·, e c:-ti111a<:ÜO vação; e nem lrn outro t .iõ dli ca1., e p o-
d'11ma ~<'> \I i,:--a cxcNie sP bre maneira uo dernso, para se altan<:ar (·oi•a... tüo i01-
ao nggn•gaclo de tPclas as\ irtudc~. e o bras po1·tanl1?1-, e neceM·arius ao htfmem, pal'a
heroicas, quaulü é .s uperior a dignidade sua maior í'elit:idade n'e:.-ta, e na outra
<lc filh o, [1 qu.ilidade de .. ervo, como dis- , icla.
se o Apn~tolo ~,. P.,ulo, explicando nos ÜU<;:, mos à S. Cregorio ~bguo, e ve-
de Corinthio a 1•xecllenrin de Cliri1-, to so- jamos o q11e nos cfo~ a rcsp<iito:-ao con-
bre todas ai, crcalura!-><lo c~11, e du terra'. sagrar o Sacea·<l ote a irnm t1cubda lJ o~tia
fonumcrnvei:-; sam os pccca <los do 11lun- os <·cm, se rasga m, e d'cll cs L>ai.xam· es-
' do; na ma lícia graves; pore1u oSacl'ificio q11aclrõe!-i d 'anjos, que unem mal'avilho-
<la ~lis,a é sati,fac~~lO supe1·abnndante, !'iamen te o l'c lest ia l <:om o terreno, e a
porcp1e o que 11'ollc se oll'crece é incom- Eg,·eja triumphanlc com a militante. Á
para\'clmcntc mai,, que a divida , ele que S. Ba.:-ilio, refere S . Grcgori o Naiia nzcn o,
era ma., devedorc.. ; maxime. quando é não somente as~ii-liam os anjo~. quando
mi,tc r acred it ar <JLH~ muito ll1His :,grada celebrava, <'()tn o turuliem serviarn l1 Mis-
á Oe11s c,te Sc.1rrificio du :-.cu Un ige nilo so E' ª"~im q 11c tere m os lam bem ta ntas
FilLo. offereeidu em favor dos pcn:a<l o- te~remunhas, e fi·l' ,\Cs c.l., po11C'a dcH'O(jàO
rcs, que dcsagl'ach11n a5 olfoo:.a., dos 1nes- co m que m,sisticnos, ou celebramos t.ão
mos peccadore.s. Por o Sacriliciu <la \li...- rci-pei 'arei Sal·rrfü·i o, quantos i-a1u os
sa, di1, S. L ourenço ,}\J:-tiniano, se dá à anjo1-1 q11é, 1,c ach,nn c11 laõ prese nte:.. E'
Deu!, bourn, aos unjo~ alegria, aos <les- pnl' isso q11e cfo,se o priincil'O Alexandre
rerrados ccu, ;'1 Hcligiào culto, ao!'> Gen- papa: o maior e mais excell cute Sacri-
tios fé, aos fiei'> goso, ao:; povos uniflo. e ft cio que lia, e tem ha çi<lo no mundo, e
it virtude eonsta11cia. ~a ocrtt,iào em '> ua ~1is:-a ; a<,:-im, pois, dl!ve ser mnior a
que, se celebra tiio angu .. lo Sal'rilicio os devoção e reverencia no:. que o as::istem,
c!éus se abrem, o:; anjos :-.e adm iram, os ou celel.m.1m. Cnm muila devoção, e es-
Santo&!;e enchem de praser, o inferno pi rit o fervoroso, cl i.;emos nós, de, e mos
treme e chora, e tod.~ « Egr<>j.1 sa nta se assistir, il celebrn<;ào ,lo i ucruen lo Sacri-
..,Jcgra ·c triumphu. E pore:,le :,a<.'rifr<'io, ficio; como he Cili vc ramus pre~entcs ao
.
cruenlo tfa Cl'Uz no Monlc Col rnrio; p,or E quando elles se j11lgam os unitos,
quanto na substancia é o mesmo Sacri- que po,;suem a bussn da i,ciencia, en tão
.Ocio. Sam m11i1 os os fru r tos que pode- toma ndo um lom pilbago rico, e dando-
mos consegui,· ouvindo devotnmente o :,,e ares de exdw,i,·i, las o.i.; letn1s, pensa m
santn ~.ia crificio <la Mis!;a: B.i: opere O{'C- te r tor:,d o a mern d o., ,eu" fins, que são
1·al:s , nl .:an<;amos augmento de 0 ra{;a pe- o triun fo rlo e n u con tra .i ,·erdade.
los merecimen tos de Jestb Chri~to. E c ,,i; A~billl é que a guerra feita Íl religião
opere opem11li11 , segundo o maior ~r..1u de é uma gu<·rra infomectrait;oeira , porque
<lisposic;iiu, e opeeat;nõ affoc: tuosn d e cada os se us ini migo, uno c,111),ltll apreseota1·-·.-c
urn. Porque o ouvir Missn é obra boa, fr.1nra 111enlt' , dizend•.> o que querem, e
meritorin, e sati~fa toria; e porque n'ella u!-tn ndo da lealdade no~ argumcn lo~.
se apli ca a sa tisfaçaõ supel'ab11nd.intc dos E. . te, novo:- fariseus não cnmh:item o
infinitos .mcrc~mentos de Jesus Chri~to; catboli<'i.;mo <·om a rnsflo e o ruriocinio,
consegui roos dou~ meios de sa ti~fase r pe- porque ,e as,i111 e fh.cs~e m. jit ha muito
las culpas que comcttemos. qu e não IHl\t!ria in cTed ulos e ímpios.
O Altissimo Senh or homaoado, que Elles combaten1-no por meio~ hypocrit:is
foi sacdfi c:ado por º" homens, e qu e e o e insidio~o .. , po,. me io de ~o fi , ma!l e ca-
adyoaado do11 1>ecca<lore~ intcrc C! do por lu rn nia~, por meio da m,intira e do r-idi-
o '
todos aquelles que o,1vem com <levoc;aõ e culo. E como f"IO e!-<'ar neo do bom senso
r espeilo, e offcrec:c m tão solemne, e pro- e da ra:-i'\o , dwmum-se racio1111li.stas e/i-
Yci toso ~acrifi1·io. loso/os. ·
Fé, esperança , e caridc1de, !-am as Oa clezJooye secu los, queJe~us CJ1ris-
tres vil'tu<les qu e exercitamos quando 10 app,u'(•ce11 entr e os bomen~. e lhes
co m atlenr,aõ ~ ,•euer;l<;.aõ ouvimo~ ~li:..,a. pregou nma rel igião, que !-Cndo o com-
A fé, crendo os prin<:ipues rn y:.lerios da plemen to da lei ve llrn, l O<'O U a perfei-
SS. Trindade, Eocarnaçaõ, e Eucllarblia, ção; e e~t,l religião, s('mprê p u ra no dog-
que taõ clarame nte se expressam cm a 1w1, na moral e na cli:-.riplinu, ca rnei-ma
Missa. A esperança co m a prenda m:1i.s q.ue hoje exi:.te cocn o nome de catholi-
certa de nossa gloria. E a caridade, ofle- c1:-mo.
rccea<lo o ~acrifi cio pelos vivos, e de-
fun ct(,s.
º:ª aqui ~emo., um facto, qu e é ne:-
ce:,,.sorh) e,Kam rnar.
Offerecemos á Deus o mais qu e Lhe Todo o bomem, ou seja "bristão , ou
podíamos dar-que é o seu Sa ntis~imo pagãc , ou mahomelano, f>U dei!.t:-t, ou
Filho humanado; e assim Lhe damos a th cu, m as qu e F5emc e t•aciocine, tem
graças pelos Di \•inos bene ficias recebidos. oeces~a riamente de parar junto de~te fac-
Fr. P--. de J. to-O Clwistirmismu-; nü o póde ser in-
(Continua). se m,hel a essa mu<lanc~a, que u111 homem,
a qocm os judeu!l crll<·ifü·ara m, veio ope-
O VATJl[OI.,1(;18.UO E O S SEUS Il'(IDIGO.S rar no mundo, e qne mud ou a forc re-
r. ligio1,a, mora l e ~oci;:i l de todo!- os povos.
A verdade, po1· mais que a queiram Ora o Cbri, tianbmo exi l e ba dcze-
encobrir, por fim ~emp re npparece su- nm•c sl!culo!-1, sempre o 1ne:-mo nos se us
perior a tódos os erros e sofismas. princípios. consequencia~ e fins.
Se aqui se esconde, aco lá brilha em Aqui offe ret'e-SE' logo à mente dü pen-
todo o seu esplen<lol'. sador uma rdll'xào. Um facto, que dura
Poderà ~im por algum tem po offus- tão lnngo tcrnpo se n:i alternçào nos ~cus
car-se, mas nunca predominar o erro por piin<'ip1oc., na~ suas <·on~en uencias. e nas
longo tempo, nem cm to<la a parte. ~uas c·ircun .. tanc·ia,, clt· vo/,' nece!--~ariamcn-
E se isto é exa clo, não o é menos, que te iw r tid o como verdam,iro , porque ,i
os seus inimigos quasi nunca a a taca m mentira e o erro não reinam tanto temp o.
abertamenle, mas ordinariamente scr- Ainda nutra rin•n m,tancia ha notar.
, cm-se das armas <l o dolo e men tira para O erro pôde dura r algum lem po, quan d<"'
triunfarem . Mos tram-se animado~ do ning11em •J cc.,u,ba tc. \ la:. 'luando uma
zelo, imparcialidade e desintere~11e, para qu alq uet' dl1ct1·ina é combatida por di-
oceultarcm a ,·erdade, e fazerem reinar vcr"O~ mudos, rm diversos loga rcs, c m
o erro. diverso~ tempos, e por di ver~o~ homen~~
~ ,~ ,...,~ - ~·~ &;- -..,...u.. ~~-
dotados de <liíl'\!re ntes opinioen~, inte- do11trinas, fo raru ·Jogo condemoados po1·
t·esses e paix.oern,, e apei>at' disi,o t•lla lri- diversos papas e concílios, e comha tidos
unfa sempre. n~\O pôde i>C r um e rro; por por diffc rc ntes homens, que profes~ava m
que se o fosso , dcve riamos então renegar a snn don lri ntt.
da rasão h uma na. Ora uma c rcnc;a tam comba tida e
Ora O ca tb olieismo cslri nes!\e caso. se mpre t,·jumfonlc, não pocle deixu r de
Teve oppo~ilores c.l c todas as cl:w,cs e ser a n11ica verdadci,·a.
orde ns, que se i,. ei·ri rarn de di Ocre nl es Ain<l., mais. Durante tres seculos, os
meios, ém varios tempos e logare:., n o q ue seguiam es~a crenc;a eram couclem-
Jongo espaço de d t:zenovc secu los; mas naclos .\ mo r! e1 pn!!sando por tor·men tos
clle ai nda hoje exi -. te ci>m a rne.·m1a fé, q ue so o 1wmea.l-os . cawin lwr.r or. (?s
com a mesma do11 l1·ina, e com o~ me:-- f
perseguidores oÜ el'eernm r? messas, ri-
mos pr in cip ios. quczas o prazerns a os e lrn lào~, como
I, to hunrnnnmco te não !-e pôde <'<I O- premio da ~na apo:ila!iia_, e clles· tutl o re-
<·eher. Mas !,e i:--to a~:.im me:-.mo f~>'>" C C'lli>ara111, e antes qu en am morrer por
nh ra <l'liomen.;. <ltH ia ~er abe oçoad.1 tnl .,q ucllu r renc;a. O :-an g11c do:- chri~t5os
obra , e aca tada de lod os. pl'lld11iia novos <'rentes ela religião <.lo
L'\ l'el i.-.·ià u <:h 1•i1o1tan-<:ath uli ca teve por crucificado.
<:On lra<lil'rc)J'e1'1 ao, ~l' U ' <log ma~ e ;', :-ua Certamente uma l'eligift o com lacs
moral no :-et•ulo l Sirn:w \lago. \l cnan- <.•ircunstancias e pre<l~c·adus , nà? po<l~ ser
dro, Nicolau , CPrintu <,1 e Ebion: obra <l'hoinens, mass11n c., bra d um rlcos.
No ri Saturni110, 13a-.ilide-.. os Gno:-ti-· ( Conti,11,a) .
('os. os Va 1cnliniano .. , \J J rciuo.i.. tas, Mun- ar,i;ea:;i- .- --
tanista-. e En<"ra tit,,c; : ·
Nv IH os No v,1cia n1)'i , S.ibelliano'-. OS 1\:!AUS LlVHOS.
Pa uliaa istas, e ~fon id.1c1h:
Ter tuliimo, com a sua r os tu mada cm-
i\o IV o-. O,,natil- La, , t\ri.ino,, ,1al·e-
pbase, d1 amou fab ricado ra da m orle à
<lonio[,, , Appolit1ct ri.. tas, e Pri .. ,·illi.,u1., t,t.-.:
1·011ve1·~a<;ão sediciosa 'JllC Leve o <lemo-
No V os Pd agi,rnos, Ne:-to ri .i 11os e nio co m Eva quando tra tou <le seduzi- la ,
Eutyd1innos:
e cl1amu11- lhe assim porqne suas ímpias
No vr O!'i Ago_11etc1 s, C m. D,·fc1hul'c.-. pal av ras foram o principio e o inst r u-
dos T rcs Cnpit11los: n w n lo da n1o rtt• tempora l e eterna a que
No YJI os :\l,1nt1th (' lit ni;, e Paulil' i,r n o!> : Adàú, Em e tod a a ~ua poi;tel'idado fo-
~o \ IU o:. lc·onoc·la..,ta, :
ram con<le rooa do~-vcrb11111 (l}dificalorium
No .IX Sergio , <' Forio:
No XI Btininga rj o, i? Cerul.,ri n:
mo,·ti.s. Ta l eo t itnl o que m e recem os
liHos pervc c:,o:,; e irrE'ligio:-os que a bomi-
'No XII Tr,rn·p 1il ino, n, Pctrohn, , ia-
nam os fi p cn ,eRui11H1'! ne, t<' di .. ('11 rso pe-
nos, Aba clarclo, e os Wald1·n:-.e..;:
las rnina:-. e e:-.tra go:. q ue teem eau~aclo ao
No XÍU o.. Alhigen .. es, 1• o.. Bc•g11in u:-i: n1undo, e ft!, alnw:- que 11ii-.c1·a, elm cnte
No XlV Ju~o \V i«lt·f. k c m feito perder e se perderão no futu-
No X\' João llus , e J,•ronimo de ro, ~e Dous com ~cvero~ ca ~tigos de 1-,11a
P rnga :
j11:-. ta ira não enfrotu· as iuft 111tas pcn nus
No XV I Lu d1e1·0, Calvino, Zuinglio, inciigemt1-i e estl'ang.•iras, que in:-nhau1 a
Socioo, e out ro~ muitos:
religião e corrom pe m os coi.lu m e~ do
No XVll os Armin i nos, os Jctn .. cni:,- <..:h ri~Liani1trn o: verbum red1ficn1tn·r'u111 mor-
tas, os Quieti-. ta ,;, e os Kokc· rs:
tis. Se olhamos parn o~ tempos antigos e
No XVill o~ ;\ppella o tes, e os en cy- considera mos a., inn um era, eis herc ...ias
c1opedi~ta~, e os fil«,:-ufos rat•ionali~ta'-, e que uma s apoz da~ outras let~ m combati-
finalmente no sec ul u XIX um a d l tHna do a fé, !ICduúdo grande1; Ln lentos, ro u-
de seitas impfos e a bom iraHvei:., em cujo bado à egreja naçoens io tei,·as, ar racan-
n ume ro cntrnm os péd l'ciros livres , t·ar- do de seu grcrnio uma grande pa rte do
booa rios, illu m inado:,, suria li-. ta~ e l'.um- m undo; ac ua re m os infe lizmente cc r·to,
munii;tns. que se int1·oduzil'a m e sustc nta 1·a m co m
Todos este:- l.i Pr Pge~ e inimigos da re- o recu l'so de todos os muu ., lfrros, os
ligião C'n th olica appareccnttn e m di, er:-os quaes n un ca deixa ram d e d ar aos inno-
tempos; e apen.ts e1-ip..ill1;tram as .:iUits vadores rcLcldcs o desejado fr ucto d'cs-
-~ A#Ui&MbkW &
® <IHll!n1l~il'l.Hll!UtW(l)t1
tal r onrÜio, e m tal secu lo naõ succedc- « Á gcole, que alé aqui tens conduside,
raõ as coisas como· no-las que1· fazer acre- « Oiràs, que do metal mais precioso
<< F:il>t·ique um candelalJro magestoso
ditar oincredulo; 1,e1·ia precii o estar rnuito « A golpes de l!larlello construido.
Ye rsado na inteJlige ncia e manejo da theo-
ria da rcvelaçaõ christa n, saber conser- « Qua lance braços lres para cada lado,
var-se in\' enci vcl no facto desta mesma <1 8 cada lJraço uma açucena Lenha,
cc Em que d'artc o primor st•ja notado.
r evelaçaõ, c,aher tirar partido do acon te-
cimento para a firme crença d as coisas « E lá no cimo racla qual suslenha
reveladas, sa lier finalmente compara,· o « A llanrn, em que urn miuislro (l neus miado
resultado ele Lodos os moti vos de creduli- « O lume sacro·sauto lhe entretenha.
<lade, e saber appliear parte por pa rte e
di:-,tinctamente a força <le cada motivo.
E quero sou besse tudu isto, deveria jul-
gar·se :,eguro e resguardado contra a se-
ducçaõ d ' um mau livro ? Ab ! por certo
tJUe naõ; p11rque apesar de toclas ns duvi- El edges Tabm1aculum juxla ell'.emplar
das, o sarcasmo, as obj eçoens su btis, os qnod tlbi in monte mo11s1ra111,n est.
cargos apparentes .trazom se mpre comsigo Bxod. rn/J 2G. v. 30. '
um naõ ::.ei que capaz d e offw,car e con- Querendo Deus que riada se omittisse
fundir o inlendi ruen to, ainda o mais bem A.' pom1>a d' essc culto, que lhe é (!t1tlo,
disposto; porque as paixoc n~ de quem le Fallant1o com l\loyses, que de JlOm grado
teem um rivo interesse em imhuir-sP das As ordens lhe escutara, assim lhe disse:
ideias d.os li \.TOS sedu ctore..,; a sobe rba « Quisera que tamucm se construisse
que forceja po r expellir o jugo da fé e o cc Um rico Tchcrnaculo Sagrado.
captiveiro d a intellige nria, a vaidade que <e Que, ao mod~lo cgual, que le hel mostrado,
encontra um manancial o nde pode pro- << O povo o desarmasse, e coodusisse:
ver-se de conhecimento~ que a façam bri- « C'um \'én Jogar nlli hn-dc formar-se
lhar em a!-.seu1bleas <~ reunirte n, de des- << O'amor pr•o Testemunho verdadeiro,
preocup,1dos e íncrnd11tn~, a iní'ontine11- <e ll que o-SantaSanctorum-hn-úe chainnr-se.
cia, a avarn~a, a ira, que i-en tecn miti-
« E fóra d'esse véu ba-ue primeiro
ga r·sc-lh e o terrur de hem rn e recido~ cas- <e A tuesa dos pãc5 asmos colloc.ir-sc,
tigos; e fin a lm ent e porque para que o « E defronte tia mesa o Candieiro.»
homem naõ fique pervertido pela leitura
ímpia e oh!-cena de ntn mau livro é in-
dispensave l uma grac;a e1, pecial e divina, e
urna particular .e pri vi legiada assistencia
de Dens, e pensaria louca n,ente aq uellc
que esperasse semelhante assi~tencia no
acto em que o desp resa e calca aos p.es as Facies ct altare M li11ui, sNim... facies•
que íu usus ejus lclle1c~ ad ~u~cipicnoos Ci~
)eis da sua egreja, collocnndo-se a par ncrcs. Faclcs ct vcctes ollaris tle líguís si,tim
Ouos.
daquelle~ que o imultam e blasfe illam, e E;cotl. cap. i1. 11. 1. 36,
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
-·· d 1 'F&
co ncedeu a muitas orde ns religin.;a", e roco . . , para ou<l e fo r;to mnodados, e on-
Egrcjas pa rl it•t1lares fúze r do my.ste ri o cla <lc. apeMt!' dos torm ent os jt1 soffridos,.
Gircu mei, ão de :, <;:;so Senhol' u ma fo, ta 1150 nífrouxa ram no Sn nlo empenho de
particula r, no 1. " dom ingo depois <la a nnun cia n• m a boa nova .\quell e~ q ue n a-'
Epiphania. ê )s prop1·ios p1·0Lestan1 c~. qnc da la nt o odeavHm r nmo o no me de d 1ris-
depl)is do s('i, rn a, aboliram n ma ior pa r- tún. Conta -:--e <] t lt! na me,ma hora de St'U
te das f~i;ti vid.1des, corn,e n aro hoj e no mnrl yri u, np parcc:eram cm t\ lemcr nel' á
calen<larío d~ sua novn lit urgia a memo- ~ob r e d it a San ta Sa ut ha todos radian tes
ria do S::mti~:-imo No me ele .Jesus. Éq ne <le l,iz. Eiri Snnta C, uz de Cnirnl>ra se
n c~tc nom ~ e~tü o s11 lw r<1n c, r emed io a gu:,rdavnm cm Drrrancle ,·enor,ll',\O a),ru-
,, b ~
tod os os ma les d c, ta \'id,,, e um penho r ,~as relíquia!) d c:.les herocs do t:Liri ~lia-
de eterna feli cidade . rns n1 0 .
15. S 1WC'\'l>.\ -l'E11n.-~.~ ~Jnm·o- No- l 7. QuA1n·.\-FmJ:.\-S. Antonio Abha-
bre Homano, ~endo educa do na Santa lei de. ·-Üt",ce ude ntc <lc noLn•s Paes, en-
de Deus, tüo acu mul ado foi da di vinn tra udo nu Eg reja por occa1-iüo e 1il q ue sé
grflça que cansou a ad mira<;ào de seu lia no E,.rngcll10 as ~eguin tes paiav fas de
mestre Eu ty chio. En::>inando a obse r ,·a n- Jei;us Curisfn :--;e que1cs SCl' p erfeito , 1
cia de to<lao; as vit'tndes, e rn pelos mes- vae, e \'en<l P tudo que tens, e dà aos po-
tre,,, propo61l>ao.,d i~ci pnlo1-, com<) exem- .l>res- vo ltou para casa e cxerntou o que
plo. Se11do Plc1ci<lo Monge lançado em mandu\'a o Evangelh o. Aco muludo de
um lago , e logo a rreba tado pelas aguas, tod as ª" r i1·tude:.. en tregnu-!,e muito ao
Mauro por ordem do S. Padre a tirou-i;e estudo das S3grndas E~cr ipturai;. Com-
so bre as uguas, e pelos cn bellos aga rrou batend o os hereges, pa.,:,ava li ma viela de
seu com pa nh eiro t, a:ieodo-o para ter ra. jejum e cil icio. Tendo -.ido po r varias
lod o <l cpoi.; pa ra a França por ordem do vezel'I acon11n etidtf d1• ten tações lw rriveis
m e:..mo S. P.1dre fiencditto ahi brilh ou a todas venceu at é q ur- aJi n.i l Deus o cha-
e m toda~ as ridud es, d a ndo g rande i m- mou µara lhe dar a cnrôa a tanto m e recida.
puh,o a di:wiplinn. Cheio de Santidade, e 18. Qml\'Tà-.fEmA. - Cadeira de S. Pe-
refolgente d e milagres, ci:n igt.-o u pa ra o dro em Roma. - Co mo os t 2 Apo:;Lol os,
Ceu no anno ele 565, tend o 70 de edade. rect.i hcndo o d,) rn da-. ling1 H1:,;, pelo influ-
16 . T En<JA-FJ~JRA. - S. Be rnrclo - 0;; xo el o füpirito Santo, para preg:-i rem o
Mart yres <le ll arroros. A 16 de Janeiro Eça ngelho , , c e, palha, ..e m pelo o m undo,
de 1220 ga ulrnra m cm Ma1·rocos u tão de- o r •·ineipe do., t\pn -. ro lo:,, s.· Pedro, fui
sej ada pt1 lma do mar tyrio os cinco d eno- p.trn Ro ma, on<l1• pn•gando o Chrislfa-
dados su l<l.a <l o:, <l a milit:i a d e Ch ri:,to ni:.mo, <li;,,~ipou a, t rc\'a, , e manifo::> tou o
(Otbon, BerArdo, Pc,lro , Acu n)io e A<lju- ca mi uh o <la :-ia lv·nçâo.
to ), entre o~ porl uguezcs tão veoerncl us, 19. SExn-FBm.\ -S. Can1llo IV-rei
não 110 pela trad i<;ão nos Lcncficior:, por <lc1 Di na nia1Ta, na,ce11 nu 111cado elo sc-
sua in tcrces:..ào impetrados, mas porq ue culo 11. Ainda moço gan hou ran tus vic-
tem a sua biogra fia mai-. de u ma relação luda . . , q u,,nta:,, fc,ra,u ª" b..: talha... Affu-
com a :i ua hi~Loria . Discí pulos predilec- geat uu º" pirn la:,, q uc infe, lava m ns cos-
tos ao Se t·afico Pa triarcba , forào por eHe ta .. , vc111·1•u o ~ e, t.,cm,, e fez. da provinC'ia
man<lad os, ou an tes, ob tiveram cl'e ll e li- da SPrn hia 11,na provin cia d.1 Dma ma t·ca.
ce nça de irero prega r o Eva nge lho aoi; Pertl'ncia-lbo o thruno por mo rte <lc seu
cegos scq aa:ies d e Mufa ncd e, e co mo por pat?, ui.1-1 o:- C<1t tc,õc..;. e. . polin,·am-no d ;t
este tempo ainda os bouvessem nas Jlcs- corôa culluc.indo-a na cn becn d e seu ir- O
J,>anbas, para-aqui se dirigi ram, e primei- mão Uar,;uJcl. U,,nuto bem longe de bos-
(C ,~ illín a~ Ilíl :ll àYü~ Sí.f@o
fffWD!!i'€7Mtitifififi· ffi!#JLA -'fli't'll'!1!':C : : : * " P " I ~
ti1isar esta usurpação, fui o mais obedi- mo, q11e abaixan<lo a sua c~pn<la d e jm-
ente v..1ssallo dQ u-,nrpa<lor. A providen- tic:a, lance sohrc nos o b.d»amo <l e :ma
cia vigia rn os merct:irnentos cl'esle Hei, in{inita misericordia.
c1ue a in voca\'a nas horas amnrgas de 21. Do.m~co 3." <l epoisdnEpiphania .
sua ci;c rnvidào. Bcrauld morrr.u, e Ca- S. Ignez, ua~<'eu eni Horrw, no fim do sc·-
11uto, corondo Rei, perdon aos inimigos, culo 3. °, de pae~ nobres e , i, t110~0:-. Lin-
que lhe vem de raslos pedir grnça. Ca- da, e notavel pela sua cx<'~llente cdnca-
lllllO não tinha um pen.samento adminis- <;aõ, Proropio, filho do go ye rna<lor 1·0111a -
trati vo, urna medida real, que lhe . não no quiz, esposa-la. lg11cz clc!- pre~a-lhe as
viesi-c <lo <:ornç5o, amoldada pelo Chr_is- olfertas P. o cora<;aõ que taõ apa ixüna<lo
tiauimw. As suas <:onqui, tas approvéita- se lhe offcrecin. Procopio, halda<.l os os
ram n1ais ao reinado de Dens, que á sua carinhos, e ameaças, consc,g11e foliar- lhe ,
gloria <le Rei. Cnda palmo de terra, que como :-e <la sua cloq 11cncia pcndcslie o t--Cll
conquistava, el'a logo múcada pela ~en- Lriumfo. A Virgem <lcclara-•-ll1e esposa
<lalia do·-rn b,sionn rio-a quem con (1ava <le Je!-> u.., Cbri:ito, e deprime, ret iran<lo-
n C'ivili~açaõ de Curlan<lia, Samageeia, e. se, a orgulhosa al1ircz.dc:-et1 pretenden-
E ~tonia. Ca~on eorn A<lelai<le de Flimdres, te. S(•guem-sc as irnpo:-ic~õcs <lispo li t'as
dign~ consorte das suas , irtudes, 'mais do governa<l o r, C(IH! uma a se u íi!hc , e
· ta~·<l e co roados pelo filh o Carlos o-Bom cli,presa ei-se trnl a:-. li(•o 1·onsorcio d.1 111u-
que a Egreja collocou no catbalogo <lo:, lh er ·co111 a DiYi ndade. Igt1ez c~lú na prc-
Santo~. Canuru r>lcvou o Sacerdocio ;:io :-e·nça do Gorcrnado1· , e perante um au-
maior espl endor da sna digni<ladc. Fun- <litorio pagaõ dedura-se Espo!·a <le Jesw;
dou lwspillles e ~1o:oteiros com as suas Chrit- lo ! ... A douze!lé\ de Uaumôs é car-
rendas. A 5ua devoção, com ~·l aria San- rega da <lc cndêa-; e naõ c1e.,cora; arrnslnm-
tis~ima, era fcr\'orosa, e occu}Java nas n'a aos aliares <los ü.h,los, e a m:irtJL' in-
orações as esca!:iSU!. Lorai,, que lhe sobra- ' oca<) Deus dosChristaõs. Prornpio quer
vHm dos negocios. Instigado pelo zelo re- por-lhe nrnô-; im:nltuc!-la:-, i;a indo-lhe ·ao
1.igioso, quii ubrignr us povus a pagar o. encontro n'uma prac;a: a mort e su~pen-
dizimo à Egreja. Os povos in~1igndos por de-lue 0 brnc;o . Morto, se u cndaver é
seu irmão Ulaf, revoltaram-&c. Um dia abiaçado pelo P.ie, <JUC naô pede ,in-
asi,i.,tia C... nuto aos o{fü:iosd ivinos, quan- ga nça, mas sopplica de joelhos n Jgoez a
do os con~pirado .., entraram no templo. vida de s~u filh o. Ü l'I olhos da virgem li-
O Hei não tren1cu: j .. eluou mais proximo . tam-:--e no céu, e Procopio r cl'lu~rita. Pu-
no altar e exclamou: ~Senhor! eu vos bliça-se a maravilha. Correm os sate r-
offere<,:o com jubilo o que me rei,ta d~1 doios <los idolos. Grita m contra a uiagia
vida. Morro por cau!,a da rn~~a Egreja; de lgnez, e incita m o p<l\'O a castiga-la
fasei que estes ·rebeldes !--e arrep~ndam con1 a mol'Lc. (_) povo l'llgE', ·como o leuõ
um dia, que eu dou-lhes o meu perdão.» do circo, pela vil'lima. O gove rnad or
As settas que_ partiam de t, ,dos os lados quer :-alvar a que deu dda a se u {iluo,
vararnm-lbe o peito, e o \1anyr enC'oi,tou ma .~ , tetncnu o ,,:, i1'a1- d o tumulo, fo ge, e
a face morta ao lado do altar. N'esse mes- remelle o juizo a A-.. paze,s c11 teuea'ie. O
mo dono os Dinamarque-;es prO:,lraram- ju iz, incitado pela pll'bc, <:onclemna Jgnez
5e no tlJrnulo do ~eu Bei ass.1M, inado, pc- a ser queimada. Lant;ada no :,,eio das la-
<lindo-Jbe affastasse n pe:- te , e a fome que va redas, as lavareda:- abrem o seio de fo-
os devorava. go, e a virgem està irnpa:--sivel e int:,cta.
20. S,tBBAno. -S. SchabtÍã1J-Nasceu Bradam os saC'qr<lotes contra a magia dos
cm Narbonna, pouco mais ou menos em demonios. O juiz manda que o algoz a
255. Mililou no rernpo de Diocleciano, decnpit~ no mêio da fogueira. Treme-lhe
e profundameote d:irü,tào, fingiu-se ze- o cutello na rnaõ: lgnez ar.ima-o: «Naõ
loso no paganismo, para mais a M1 lvopro- tem3s-diz ella-dar-me urna morte que
tcge1· seus irmaõs perseguidos. Denun- serà para mim o principio de eterna vi-
ciado, reC'onbecido, e expulso d'entr~ os da.» E fui. Do alto da sno gloria aquella
seus companheirosd'armas, fo i ch,batado Virgem martir foi um manaucial de pro-
no circo, onde morreu Marlyr. E o Ad- digios sobre o povo, que a mar1.yrisárn.
vogado contra a pe6 tc. Elles nos queira
Maranhão, 1'yp. de .1. e, !\J; <J<i e. 'fo1-re;;=rr1a dos
,•aler, e pedir jnnt'> ao throno do Ahissi- Um bciros n. 8.=amw de 1855.
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
J\NNO I Seguntla-fen·a 22 de Janeiro de J855. N.º 38.
O. CHRISTIANIS.MO.
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c:rncl e~lado, qIh; é a <'ofl~l'ffUr rn·ia ne- Naô no1; limitamo..; pnr<1;m a e~ta,;duns
c-essnria do ten1nt' immodcrauu. E,te u-- - prov.,-., ir,•mui. mni,adiante. Fallaremos
ta.do é ba,tantP perigo!-O e f,111e-;l11, <' !l<H"a parlic·ul.., llH'lll•• d',,cj'tt•!f I fré\Cp1esa , que
nos conver1<'er11rn~d'i-,~o, pmleriamo~ de- opera o temo l' 110 cor,H;aü d'.,quclle, <]Ue
m onstrn;·. quanto e,sn tri:.. tc,a e injurio- com e.:tct'~H, a dle i-c ent rega, fraquc~a,
sa n Ocns, qne ama, cp1t• nos O !lin.:1111os qu e o i-cc~i,,ariamentc à augmcntada pela
com o corac;ão alegre e contentc- Ilila- tri ~tt1.-.a . E quti ex.i... tc e-.tu frnqucsa, é o
rem datorem diligil Dms. Cor. L 8 , e que a Sagr.1d,1 g..,crjptura s11Hi1·itH.1tem~n-
que a aleg ri.t de no,-.o curn<;aõ as~al>OGe llJ n o-lo mui,lra : E 1w t,·iste.~a, diz o Sa-
as ofl'ertas com quo o hr ind:Hnos. C'ómu bin , q11e fl alma acha sun fi·aquesn , e aba-
poderr.i ap7,a1·ccc1· perante Deus? dil"lia o time11/o. Proli. 15. Bani a t,·isrcia. diz
San to Pontilice Aarnõ, p~ra excu!,al'-se elle, de vos1>0 co1·11t;"º, nn·emc.~.~ne-a pa1·a,
de offerccer o ,m cri6cio d,) seu rn ini:-tcl'io, longe ele 1•Ós <.'omo um 1nal l'njas pro.\'i-
cm um te.rapo de luto; como poderei agra- a1td.1de de-veii, 1·ct·ear P lemer. Eporquei>
dar L 11 R, ,.om um ,:01·nçao tao cheio ele Por,111c ,: (JCÍll /1·i:;le:w qne muitos pc1·c-
tristf'!ifl? Li\'ilieo 1 O. E no \'crdade nnda cc111 , Hccl. 1 O. As:,im ,:01110 a ll'aça c01·-
é menos agrada vel à um par., qae com tn , e rnulilisa o:; vestidos; assim como o
ternura ama :,,elh filhos, como \'e-los ,io bi.co ,·oc, ç11(,·nq11ecc, e cmiso111c a 111adei-
de l'rc·dor de i.i, ~e1npre tri:itonhos, naõ 1·0; a.~sim La111bc11i a ll'Ístesn dv ltc111cm .
corre~pnndendo arn, !-CU!, carinhos, e ufo- roe e c11f~·aq11ece seu cm·açao. Pro\', 25 .
gos, sCOJÔ co m temor, lriste1ia , e ~ilc n- Se o temor e a lri:-te.,a. que ella pro-
cio ! Ora Deus, qu e a nosso l'Cspeito, ns- duz !-i~m taõ fune,to:1 <lmante o c urto es-
sume a qualidade de Pae., e que pela 5na paço <.l a ,·iJa. nnde tant o uma <'OlDO ou-
tern ura , é na frase de Tertulli,rno, maior tra :iam mode ra<lai, p111' tau1 ,,s rem ed ios;
Pae, que os Paes da tc1·1·a, 1rnõ cxigil'à o qu e ..e,·a quando na .. portn-. do tumo-
qae c:orre!-poudarnos ao,; seus carinhos lo, onde Indo rect,bra t·orcs l t1ô ,·iva,, e
com confiarn;a, e alegria? a~1gcnentn a i,up1·e~!li1Õ ~ O q11c se rà pois
Esta tri:-tc"a é d ema is a mais co ntra- d acl'rn lle , que durante o ,·ut'l'IO ela i-.m, \'i-
ria a picdJd<', de q uem dá ao mundo da naõ tem ali mentado ~t' a.-iõ pensamen-
uma idea terrível, e d c~gostos.i. E na rea- to-. <l~ terror; qn 1• naõ tem lidoo ult'oHli-
lidade, o qne pen~a rà ucn homem, q ue men to, para as~irn diser, alPm do paõ
naõ coob~ce as do9urasda "ir tnde, e t)aõ d'am argura , e que naõ tem con hecido a
-~
-,; ~ -·
altec.~ •=nedito ~it•
eac
<D <J.HilUill ~'fU ~ 11U~ !'íl..~.:::1)ç;
:---.-..::Sf!'!h-x ~~ ~~~ - ..;.:.....;.;..:~.=..-:::nr::rru:: ;41 :::uz,~L-U t
Deui;, sc n,,·õ pelo.'> ,en. rig!• l't!" ? C·Hno naõ 'fllESE ("}.
:i'excl.11 nuràm t•II ·:-. ?l .. Comoº" JuJe u., s,w6 o !l"apn inf,~llh·e1 ~
cnfraq11c<' i<lus, ü <lesa ni 111adoi,: .,As nos-
Quiil :idhuc qureris cxamrn, quod apud
sas i11iqflidadc.~ pc~am sobre nôs, 1w11· (JCa - Sedem .1postoLicam factutn est ?
tJ,.unlwm, r. nos La ,,çam na fraqocsu: resta- S. Agosti11 fw.
1·â 1,a1·a nús alguma e.~,,e1·n11ra de nice,:?
Ezcch. 23. De vc rc,.uos rH,is parn a boa Disse1·tacão. :,
cc·onci111ia de n o,:-n -.ah,,t:.iõ • i;rgui r os
Eis-aqu i umn qu estão, so b cujo peso
pas!'.>O., do fü•t Pl'ul'e ta- ;/;:;ericvrcliam , el
judiaium contaóo tibi Do11,ine-l\l)s, Se- VPj o ve rlia ,·c m-80 as mio lias Cracas fo n;as.
nh or , cantaremos, e te<.: ercmos louvores Porc.yne po r uma parte a escacez de mi-
a vossa mi~ericorc.l i.i, e ju-.tic;a . nhas i<l~~1s, e ptH' outra as gra ndes d cspu-
T. tas , c1ue se tem H\sci l,,do en tre os sn biof,
uns negando , 011tf'tls ailirman<lo a infal-
OFFEnECIMENTO. libilidadc do Humano Pon ti fiL'c , me fascm
Sem jamnio,; peo!-ar que C!ite meo pe- libiu e pt:l'ple'-<> ~obre os meios , quepo-
<JUeno lrn halbo viesse pu1· vcnlUl'll a ter d t•rei ernp reg.11· pat'a leva r ao fim a mi-
a:- homas <le \'er a luz, cu o tinhn con- uba tanifo. O amor pol'e111 d cl cump rir
dem nado n defl nba r sua exi-,Le11cia no obcnenteme nle co1110 diM·ipu lo com C!'i le
fuo<lo da minha ea ~, , cCl:l de e,tudun te,· e devei·, 111e a ni ma, P c<, ndu~indo-mo tal-
não en, pn1H'O que elle jh l.1011v es~c appa- \'ez de argumento cio argn meoto, ou de
rccido. tendo hl nt~vol o e 1·ompas:-i,·o aco-
1
nuc.toridac.lc em auetondaclc, uabilitar-
lbimculo, perante as rc . . pt•i"lavcis e sa pi-
en ti ,i,, ima.., prc-.c11<,a1-, do meu Kxro. P rela- me-ei n mostrar-vos o c1uc deprehcnde
<l-> e Exam inadores. a minh·1 nca nLadn intclligen eia <la pre-
\l..is o ,1f.tt1, q11c no, ali1neota a ,·ida sente maleria, nliá~ lào \'asta, quão deli-
<le mnc;o, eom N;o 11 de aN·cncler no meo cada. ~la!i antceipn<lamente vo,.; previno
espil·ito um cl,•. .ejo; eu tinha conlrnbido g ue não terei~ ~a ti ,ft•ilas vossas cxpcrta-
nma di\ ida, di\.id 1 podero . . a , po rem gra- c;õcs; nf10 por f.,lt,1 ele q11e um lente deli-
ta ao rnro t·ora<;úo; Mm snluc;ão cr·a tanto genle cm cxtre-mo, e ~crsadu baslanle
mais diílicil, quanfo rn:ii.., tomava focre- na sc:ien('ia da ggreja, não prc le ndesse
mento cm mim a 1dea de ser grato. O
iu,truir- me, cmpreg,rnclo coru li berali-
Jllm. e Hc, m. Sr. Dr. .lonqmm Pereira
Serva, digoo lente d'fo, 1i1u1ções <·trnnni- dade todo .; os seos c~forc;os, não: a mi-
cas, füra p,1r.1 mim. durn11te o tempo qnc nha <lcbil .iptidúo ó !\Ó q11e1n me lw ser-
ouvi suas prelec;õe... , um ni oclelo de de- ... ido de lroneco.• >
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
~ <TJlilinil~Utl~it a~W®o . &
t21Pl!i1lai!.tv..t:.?i,4-~~i:mt::?l&SL~~~ ~ - . . ; ~ . . . - : . · ! ' 1 , J : ' 1 W , , · · ~· - J ~ ' f . . : h 5 . W ~
•
coloridas e amortecidas; io!->inuar qu e ain- voçoen:-., maceraçoens, recato, recolhi-
da se não viu uma re~po-.ta a respe ito de mento e vida chl'istan, um prurito impio
tal livro que tem ferido crnel mente a 1·e- de espalhar du vidas so bre ce rtas narra-
ligiào; estabelec:er pol' meias p:.dav ra:; cer- çoens da Sagrada Escriptura e ela rnnera-
tos antecedentes <londe dimanam conse- ve l antigu idade, uma arte maligna de
qaencias irreligiosas; elogia r e 1·ecom- exaltar como heroes os impe rado res os
u1end ar os heterodoxos para fornili.t ris,a· ímpios, os filosofos licencioso,;, os secta-
o leitor com suas doutrinas; abater a re- rios perve r~os qu e offend eram o cbris-
pu lnçào <lüs paes e mães ebrislans para Lianismo, e de deprimir como insensatos
debilitar sua auctot'idade; em s ummn co- aos principes religioi,o~, a tantos douto-
lori-111 , adorna- lo, illumina- lo e p1·ep a- res e pa<lrcs da Egreja , que eom a espa-
r<1-lo suave men te com um artificio capaz ct.1 e a penna, com a scieneia e a an ctori-
d e prod11zi1·, ~eg nndo a frase de David, dade <lo 1-weptro o propag'ru·.1m e defen-
um po<lero:-is,imo e sagaz encantamento deram. Saõ o~ livros º" <JU<i acostuma-
ãqu elles que parn i-illa ete rna desgraça se ram as lingua-; do11 bapti ~ados a cha mar
entrega m a laes leit uras. fa natismo ao zelo d as oLnas, :-upe rstiçaõ
Pela ex perieucia cli1·ca,os q ne os da m- à pompn do culto, hypo r rio;ia :ln bom
oos e r uín a~ c,uhado!- por taes livros são exem plo. escra\'idúo h obP.d i,·n<·ia aos
inexpl icavei-., e iinrnensos, e que á :,,Ími- príncipes, liherdude ~, lieeoça e ao desen-
lhaotJ,• Je um a tor rente talam e arrasa m freio da-, paixoem. o~ li vros üualmente
o carupo da Eg reja catbolica e ameaça m são respürn;;.1 veis p1lr esse cyni:1imo espan-
com ui.n a cata,trofe inaudita. Que m re- toso Cl)m que se não perdôa ;1b d evoçoens,
conheceria hoje a Europa catholicu pelo aos altares nem ao.1, Sant os, com que se
C( HC era an te-, que a in ouodassc estator- esca rnecem as io.,.titui<;oens .. de Chrislo,
rerite e lb e fizesse m liio cr u a gue1·ra uin com que se menospresam e poem em <lu~
sem nu ,ne ro de envenenadas pe nna'-? vida as prerog,tli vas de sua Saotissima
·re!·rivel foi p or cerl() a revolução reli- \IJàe e, oh dor! com que alternaliva-
,g if)sa do lutheranis1no e ralvinis1110; po- m enle e :-em cessar se emprega a lingua
rem não ha a menor duvida d t>. que nem cm nb~ce nidadti.,. mu]diçoens e bla.,fem ias
L uther<> nem Calvino reuniram tantol'! se- co ntra o terrivd e sa nto nome de Deus ...
c1u::.nes quantos sãos ú" de"ic,ido~, vac il- E ter- '-e-ba _por indiff ·rente qualqne1·
)antes, deístas, filo,ofo ._ , tol era ntes e in- leitura? Lerá um ,uini .. tro da Egreja ,
diffe rentes separados da ve r<l<td~ pelos li- u,u bou,cm a pn~tolicn, cujo dever écon-
vro1, sed1.ict1)re:. de no-.'iC>'> dias. Se não h., cl11zi1 pt• l1) ram in ho da salvaçaõ as almas,
canto d a terra onde IHl Õ retumb .. m as lerà, dizemo., nós, M-.as curruptivas pro-
maximas anti-('hri... tan..; e licencio ..m;, são dll!·c:nen-- para h11,car e ap licat· um an-
essas maxima'I bebidas em lae:. livros. Se 1idot11 p ropo n·in rÍa do a ~eu veneno, e rtl-
tan tas pessoa., se tcem iiepa rad,> inteira- novará <·em Vt•Ze1-t ao lêr a inteoc;aõ pura
m e nte dos ternplos e du u.,o do, Sacra-· d P. dcíf<·ndl'r <1 c:au ...n de Oeos e livrar do
rnenlos; tem sido depois que se entrega- prc<·ipici11 ª" a11na,; lerá inv ocando pri-
ram a taes lêitu ras. Se o :-exo dchil quer meiro<> di vi rw auxilio para rrnõ contra-
lambem d<Jgmafr.,ar, liC íl d cb.t""e me<lin hir a infct·ç~õ <·0111 a l<'ilura, leri, e chora-
ba tant as pes,oa ,;; que i,e julga in íil1hnfo . , r:, os d e lcime ntu:, de ~ua rdig,aô sa ntis-
e dese mpoeirados, ...e o porn ha ix.(l e . . tà sim a, e horr.ori-.r1 1·-:se-ha do q~1e lê; dfri-
engolfado n'uma deprav,i<;aõ t1 hre n<:a girú a se1 1 O~o.c:; uma ~u pli,·a para qu e ~ua
que nada lh e falta pam competir com a j u~la ira naõ a l>y..:,u e a q ue rH com mer-
hrutalidé)de de um populacbo bem dis- eeia larn iniquam ente r.om -.eu•, t<1lentos:
tante de nossos climai-, a ninguem senuõ lel'fl co m os olbo~ do e~pi rito fi.<vs .sem-
nos ma lvad1)s e immund os livros se <leve pre na!) doctrina" e ma~ima1-t d o Eva nge-
tudo is'-'º · Saõ eHes Oli que teem difun<li- Ihn, se n •indo-i,e delle <·omo forti:-si moes-
<lo por toda a parte uma dolorosa aver- cudo con tra a perve r.-;aõ; e apezar de tudo
saõ à Egreja, um <lespreso e:ica ndaloso i s.,o, o livro impiu lhe d e> ixarú na alma
pelo sacel'ch cio, uma apatbia c:,tudada impres:,uen~ diíifrer-, de apaga r, encbel-
no que tocn a religiaõ, nrna prcJfis~aõ oos- o-ua de ob. . curid.,de e duvida, farà vo-
tinada d e imp udico celibato, um go:ito cillnr sua {e, e naõ poucas v~zc.., llle t ra-
infernal de escarnecer dos milagres, de- rà à memo ria no retil'o de sua bãbitaçaõ,
~
JE]PJ83JL
n.a orac_:a"ó e no estudo as bla..,fomias de das e idoneas que vos pos.c:arn illuci<lar
Vi,llaire, a mol'llal'idadc <le Bayle, os da malecia: indinai-vos sempre para o
pol'alogi~mos de flelvecio. e ns luclibrici- 1.ido da maio!' :-e~uranca e senaõ tendes
dades ele tanto!- filhos l(•gitimos u e Epi- a maior c('rtcza <le f)ll~ naõ ha perigo ,
c111·a , como passarn m pela imaginac_:aõ pelo amor de \'O!-'\as almas e por quanto
de .lermn·ino no de-,ertn ns d11n1.ellns ro- ,·o:, interei-sa a amisadc divirrn uaõ vo:inven-
lll(lnas. Áprc,cn lnriam o... acp1i alguns fuc- tul'cis a ler uma ~Jlahn, porque no livro
tO'-, se ao; . . im o j 1ilgassc1u os prcc·i..,o, fac- da ,·ida nnil e:-IÚ c.,cripta ttmá uuic:a pcs-
to,; cn O!-.ll'ndos pela ex periencia de pessoas !?Oa d ',1 qutdles que lcc· rn livremente toda
que lia m 11ni1·aniente poJa c;,u<:a e in te- a casra de li, ru~. Chl'il'lnõs ao fogo, :io
resse:,; d ivinos, para perguntar depois o fogo com os li\•ros e e;:.rriptos imtlios e
que snccedc rá a quem lê esse d ilu vio de immoraes. n. e.
volumes e folhetos por t•cga te1oc1·idade, (11 Familia CatltoliL'a).
por ceio ou po r corrup<;aõ de affcclos e
talv e'r, por dcsprc1-o fo rm al da lei <rno o
prohil>e. de:-preso guc nu nea deixa do DO.II M·l1YOE /,JOAQlllil! DA SJLV/flllA,
7,or .llt•r<·,: de IJeOti ,. ct,, S.111/a ~(f Aposto/ira,
ser !'>eg11ido da ir., e ab;11Hlono de Ocos. JJ,:~po do .llara11!u'ío. do Cow,ellw de Sua 11/tt-
Causar-rnh -hia horror o ver :t no..,so grstade O h1111crmtor. Co111me11d11dor t(ll Or·
1ac.lo 11rna !>Crpentfl ou m,pide que nos es- dcm dt• Christo, d:, cí. d:.
preitaSM'; pnrcm ml:ito ,n ais sem com pa- A lgrPj,1 do Maranhão Graça e paz da pnrLc tle Ocos
rac;aõ cle,'c:·ia bu1'1'0J'Í.:a1·-nos, o ver junto Pai.Ire, e d:.. ele Jc:.us Christo Nosso Seuhor.
de nús. 011 ~aber que ern 1ws!>a ca ~a PX Í'>- O lt>mpo da CJU nresma, amados (i-
tin um liHo pcrver!lo de que se pode l.1n- lhu<;, e <li ...tina<.lo a um solemue j<·j um
c:ar maõ i.\ todo o momento. de qunl'Cnla c.lin'i, que se oh~c r va cm to-
Dcrnria ho1Tori~ar-noo.; , porc1ne :-o da .i .lgrejn Çh1 i"tfi nntes da {e:,La da Pos-
desde uo~sa i11 fi11H·i,1 ~, le~semn ... , pervur- ch,1a . a cx.. mp lo <l" qnc protiron o nos-
ter-5e-hia no,so coraçaô, e derramar ia s11 l)j ,·irar> \J,-...,tl'e. que an te-; de cornple-
em n os~a alma o H neno uw,·tifüro: e :-e
1
ta l' t) grande saC' rifir•io d.1 nossa r e<lem-
50010"1 paes 011 maen:. é d1 .. r,! . . de familiá
.
pc;:10 jt>ju<H1 qrmrenla dias, e quarenla
ou me!-11 rcs enral'l'egad ,.., de , igir1 1· pe lA noifr:-; e,t<·s <li.1 ... ~ão de Ycrda<lci ra pe-
,~ondoeta da jn\'cnl udP, o lionor polo!, nit 1•n1·ia , 11orc1ue d111ante c·lles macPra-
m a11i, liH11s dr\"e ,cr "C lll liu.ite!'o. l) ma mos o 1w,,o ' ,·u1·1 o, e douramos a l'el.,el-
cn~ualida<le púclc Í:11.e l· O'> rah ir em :-w1i. dia da no ~a C'êll'ne, para qth' por meio
mnos, e sua <lrpravaraõ --era <prt:--i in l:il i- de• unia c11nf1~...r.o .,jlll'\'ra <le 110!-"0s pcc-
ve l; toda a c:u lpa I c1·nliirà ...11b1 e n indo- n1do~ po . .samo . . :ilc·a1H,;:tl' de Deoc; o pcr-
lente e u101·1al clc:-cuido d'aq11t 1l" q ul' naõ d:111 cl"cllc,, _{' de 1ni1.cri<'lll dia, por que
.iil" lo11 pa ra long(l o , cncuo. E , ós ou- lall'he m flt''-le t " rnpo a Santa Tgr·cja c:0-
tro~, ó jovens, que no 111 f' ÍO clu apn.,la,ia 1110 \foi pi.1, J.' d1•po,i taria dos thiderc!-,
un i~Cl';,tll cori...('rv;,e, r1inda um ro!-to do qu, r fl('cbe u de .)c,n., Chri ~to, a hrc os
1
te mor de Dro~, ,·ós <rnlrus<lom.e lla~ inda ~eu ... thP:.nun,-., e cl1-pen1;.l ª" :inas fa ltas,
hem comportM:la'i, :.ipeznr doi- laço~ cp1e que ,él'\ c·on le,..ão C'U lll lll\l C(1t:a<;ÜO con t ri-
se extcndern n \'O:,~o sexo, vós ou tras <'a- to, e bu111ilhad11, e pn,c11 r5o l)él tisfoze r a
zada:, com po~co u~o e.lo mundo e naõ mui Deu.,, 1•11111pdndo as :;rl uda veis penitenci-
acrbolnda virtude, horrori~a i-rns quando as, que llac, ~rw impo~tas por ~cus ~liuis-
nm dome~tico, nm g.i l:111teadü r, um an1i- tro:i, para (JIIC possúo élSSi ui preparados
~o ou hospedcqn c en tend e mais tln mun-. rerc Ler dignn mente em seus peitos a Je-
danns vaidadt!s que da relig iao. ,·ier rc- i-.u~ Cb ri:-to, (]II C :-e i1 nrn11 lou por nos, e
com rucnda r-,·os um d'csle!I lirros, ga hat·- q1.1 c é a no:-~a Pa:-c·hoa, como nos ensina
rns o seu nuctor ou c.lizer-VO!< que todos o São Paulo. O jejDm qua resmal e tão
lce,n, 011 o d eixar fü·a r cm vosi,,n c.11.n ••• a ntigo <'OtUO o Chri:,,ti,H1i-.111 0, clle data
Ilorrori'lai-,·os, tremei, deixai aos d isso- <lo tempo <lo;,; L'\p O!>t ulos, e entre as leis
lutos suas infornaes pag ina,;, e persnadi- crdesb-,ticas por certl} q 11 c ~e não co n he-
,o~ que o as.~alto é f, , O!-Sa rcligiaõ e ho- Cê nenhuma ne m mai:i tiao t..1, ucm mais
ne~tidadc. Ilorrori,a:-,o~, e ü ,to q ue e re~pcit,1 vpl tau lo pel.1 sua an tig uidade, e
t í1n1 facil ca hir t ltl rêdc, nunca !~ is coisa uo1rcr~u lidJde, t•onao 1•!!lo &en prN;o, e
su~pcita i em reco rrer a pessoas illust ra- ya for, e pelo~ beus e:,pirituae~, que ella
·D <n lil ~IHi ~ ir ll à
~ - '-li ·- J+:::C:::..,1'~-;-;,o-~~ ~.r. . ~,;..,1-·,.:,· -~ ,;t ~
~ iJ: ~ m·?),)
~ ~ ~ ~ ~ . t ~ : ! ~ . J . . . . ~ G i h ·:tEN$iiLi&i5:. 18 ~
r1
nos trai. Nós m1o nos fazemos ago ra car- cio das c<1nsciencir1s de se us subditos,. e
, .gp de Vo" fallar da excel!cncia do jçjum, para prcv~11ir a transgre~!>ÜO <la Lei. Da
jà em ou! ra oceasião algu1n a cousa Vos mesma maneira Nós tendo em conside-
disse mos n e~lc l'e!> peito, al'Jun lmente isó ra<;ào as diíliculdades, que cxperime ntãG
Vos leml,ra remo-., qnc foi a intemperan- os Fieis desta Diocese em obter a li me ntos
ça com o orgulho, e n <lcso hedien cia, magrni; parn poderem cuu1prir o precei-
que prreipito n os no-.sos primei ros pais, t o da ab~tinencia das rumes n~, tempo da
e loda n ~ua po:-.terid,1de, no abysmo do quaresma pela notoria escassez., que h a
pec<'adu. ca1ha fatal do ,;em nnmero de de peixe, qoc alem de se r pouco, · ,,em
rua los, :,ob w, qu ,1es geme m os. Jesus Chris- ao merca<lt> cm IJorasirrcgn lares ~egundo
to1 Verd~1d ·iro Deos, e verdad.e iro lio- as urnrés, não sem grande detri mento do
mem, p,or seus meritos, e soffi•irnen tos regimc n <lo1nestico da, Fa,nilias, pelo
sati~foisuperabundantemen le a !'leu Eter- que se veem ou!'igados a lran.<.gredir o
no l\1i por lodos l1Ó!-i , e verdade, mas é pre<'eilo recorrendo à <:ornida dc1 caroe,
tH•<·e,;sario, para t111e no ... 1-ieja applicndo ·q11e se tem.torn ado a mais u, 11al, e con-
o fr11clo de si ias :-a , i.,f~•<.:Õc-; em repa rnçào . sidcr.rn<lo t:,mLem, que ó preceito elo
de no.;sos crim es, q11e fa ça mos· peniten - fejnm se pode cumprir co m a alirnenra-
cia po r ·ell~s, e que ,, lnrnando- nos co- <;30 de carnE', quando pnra iss1J Lia <·a usas
pias viva!> do i-c1 1 procediu,ento, c·oodcm- justas, e rationa veis; attcndendo, que o .
nem o:, Os nO:.~OS eurpo:; á alguma ITIO!'ll· podeL' Nos foi <lado não para destruir, mas
fica<;ôo em. pena tloli tw,,o-; delictos; e para e<li!icar, e qoe devemos ter a maior
porque o peC'cado no sen 11 r de S. Ago~li- so llicitude em prevenir a~ folias, e pecca-
nhe, ou ha-dc ;,,er punido rni:-te \lundo, <los, e usando das foculd,1de-;, que Nos
ou no outro, é ucwessa rio, qnc procure- forão concedidas pelo SS. Padre Pio 9. 0 ,
mos !-i.ili,faze r a ju:-ti<;a Di \. ioa fazendo e que acompanliárà() as Bulia:, de Nossa
d igno~fru<'lo~ dt~ penilencin. e mortifican- Çoofirmução, dispen.,amos ben ig namen-
<lo a Do~i.;n carnt• : e a. pen itern·ia :,ein o te em o ~enhor aos Fieis de uru e outro
jejum, d iz S. Ba~ilio, é in frnci uo,a. sexo .Jestn No:,:,a Diore~c o preceito da
Nos primeiros 1-,enalos d o Cliris ti:ini:,- abstinenc·ia d as ·c arnes na Quaresma des-
mo, quando os Fiei.., Cl'Üo ma i!'I fe r voro- te anno, com ª" cl edàrações, e modift-
sos, o jPj11m da qnare~n, a ;e ob)'íerv<1vn caçõe~, que se seg uem: ·
com o maio r rigor; \) <; f'Llri· lãos ~e ab.., ti- I Que a di.., pen., a c.le comPr carne é so
nhão <l e <·arhes , de lt~i te, d e " ' os, de vi- pn,rn os <'Í nc•o pri nH•irns dias de · cada se-
nho, e n.io tomavào 11 0 di,1 . ,en,,o uma ª·
m a na, e que <'OID comi<la de carne não
refei<:ão ao pôr do ~o i, e na Jgn•j,1 do Ori- ~e po<lerú 1PÍ'iturar peixe de qualidade al-
ente era aind,1 maior o ri!{or; d u rante n gum a.
qnaresm~1 não se t01n ,1,·a ot11ro <1limento, U Que no~ dous 11ltimos<l ias de cada
<Jl.le não fos~e pãc>, frutas se.l'(' ,t S, e legu - se1nann , i,-to é, Oi-\!i ~cxl a:-. feira-;, e nos
me", e não se bebi<1 ~e nfto ngua: e u,lú 5abliadns, ~o dever,'! gtwrdar a alHincncia
fi céH'a n a ob·,ervan<·ia do jej111u, e na ab~- do1 carne; e o mesmo i,,e oh:-ervará noi-
ti11eneia dn ., <',ll'O<!~, o tomp1imeutu d o:; primeirns quatro dia:. <la Quaresma, eern
preceitos qu i1t'e...'tlw c~ , ia-se rnai-. longe; tudo., o- ~ele dias da Se1Nrna Sa nta.
o Povo se abstioli.1 d.i -. j ogo-., e eh s di- TU Que p•: r c:-ta di :pen,n ~e não deve
vertimento,,., param 11H•s1no o e~ lrepito entender, que liq11c tirada d obrrgação do
do fôro, e nlé e..,tavão :-m,1ieo ..o, º" casa- jejum p.ira aquc lle:-,, que o podem, e ele-
men tos. Mas a lgn•ja como uma \Jài ter- vem guardar, por não ~er incompativel
n a, e previdente, te111 deixado ao~ Bi,pos a comicfa êle carne com a ob-.e rvan cia do
o poder de moderar e!>te r1go1· por cau- jejum, co mo por varias yeze~ o tem cleci-
sas grave..;, pooilero-.as, e por ist--o ai.go- di<lo a Santa Jgreja.
mas veze-- di!-> peosa o Bispo à toda a sna IV Que e:-.ta di..;:pensa é conc·ed ida em
Diocese alg ulna parte eh.a ab!-ltioene ia pela favor dos mo r adoreíi <lei-ta Cida<l e~ e de
falta, e e~ea..,!>ez da~ comida.. magra", do. Lodo o m. . pa<lo, mai, :-.ómente para a qua-
que temoc; exemplo!> na no:,;:--a Igreja Bra- resma do p re,ente anno; e jamais se po-
sileira, aonde alguu~ Preladoi; rccom- dern e n tender prorogad a pai a os annos
mendaveis pelo S(' ll fa lwr, e pela sua pie- futuros, !iE'tn que expre:.sa mente a Con-
dade; terg u~ado dc.., te pod,:r Cf.ll beneG- c e dàt11c:,5,
~
JE]PJ83JL
-
E para que theguc á noltr:ia d~ lodos
$ 8 fU.1#
~foudatnos aos ílc,' crcn<los Parocbos, que la,1d<lad1.?-;, que de ve mos to mor como n\'i...
publiquem e:-; te No,;so M,i uclame nto úes- sos de Deos~ conw m qne Lrnmilhado~
ta ç:10 da ~Iis~a con ventmd e o registem reco rra mos à :-11a mh,e ri:!01·di.i . e implo-
nos Livros de ~uas Paroçhias. remo.'- da ~ua d c mcncfo, qne :,u.,pendo <>
Da(h-, no P..i<;o Episcopal de S. Lui1.do seu b1·a~o, e reli,·e do meio ele· r'ft'.)s ôs
~Jaranhão so u Nosso Signal e Sello da duros flagellqs <le Mm ira, cnm que 11os
Noss.l Chanrell:H·ia ao~ 'ú <l o mcz <l c Ja- esl à ca.-.tiga n<l,,, e :-e <'ompade, a de :.cu~
neiro de 185 5. E eu o Conego Arcipres- filh os, fozendo tcr111inar a epidemia, e
te Caadi<lo Poreirn de Lemús, Secreta- descer a chuva duCco. A~ im que, or<le-
rio do Bi.,pado, e da Gamara Episcopal, namo:., que on Nossa Santa Igreja Cathe-
que o sub-crcri. dnil. e nas Parod1ias, ~ noi-Co m'('J1lo:: des-
1lla11ocl, Bispo <lo ~fot·anhão. tã Cidade ..e f.içào prece:, publicas, cm
qu anto n ão \llan<lurmns o co nLrãriu, ad ri-
laud,1111 mnrtalitnlem, el 11d1":lc11da111 p luui-
DO.li M ANOR D J OA QU /11 DA sn VE IRA, am, co r, tinuanclo a di·ter-!'>C\ 11M, ~Iis:-.u!i as
po,· A/atê de Dt'os & . &.. & . Or<1<:õe~. qu e Detei'n1i1a mos f' m No:,sa
Continua ndo a epide mia das hexigas Pol't un., cfo 9 d11 r urrPn tr.. l•\ta ~cl'~l inti-
a produzir grande mortalidnde na Po- mada ªº" Bd.... P... ro t· ho~. e Preludos <la6
pulnçf10 d 'e~la Capit al, <Jlle soffre alem Bcligiôe ... , 'JllC de fi e:1re m inteirados a~-
cfo,to todas as con:.cquênl•ia"' ele unia sel·- signar:'1 0 111> \'er:Hi d.a 1t, e~ ma ... D... <la ue~ta
ca rigorm,a , H 'tn qu e appareçf,o indi,·ios Cidadf' de Süo Lui1. do \lara11li ào ~ol,
por ora ele modHn r aq nella, e cel'l:-a r c~ta, No:-.so Sig nal e Sellodas No~i.as Armas aos
conve:11 l'CCOl'l'Cr à mi:-ericorclia de Dcos, 12 de Jaueiro de 18:35.
e pedir- Lbe com fervorosas preees, que Luga ,· + do Sello.
retire do mei o de nos os Oagcllos de sua
Jlfanncl, Bi~po do ~laranhflo.
ira, e se co ropndec;a de seu Po vú. que foi
reinidu co m o sangue pred oso de seu Fi- (Do BcdcsÍtlstico) .
lho Unigc nÍl<l; e porhso ~1aodam os, que
nas Tgrcja ~de~ta Ciclc1c.le cm todas as \lis-
sas, qu e oPllas se .celebra rem as~im so- <lfD!l\(OISl-!Hl fil!lll>UJ..Ut@~ ~º
Jcmne!i, c Jmo pL'ivadns, ..e digào as or·a ·
1 Cmcur. rn. -1. 3 Serção. - Mi11islerio
çõc-., que traz o \fo,'lal Homarw na \li ~'ía dos 11egncios da Jnstir;a. -Rio de Janeiro
pro vilondtt rno1·talitaJe l)el lempo,.e pc.~ti- em 19 de Dezembro de 1856.
lc11lia?, el ad pcte1UÜtm 'p luu iam , exr cpto Exm. e Re rm. Sr. - Co nslando que
nos dius de primeira classe pelo que loca alguns Ch•rigo:,1 Hflgulares !,Ollicitão e ob-
às \iJj;.;..a~ solerunes, e privadas, e de se- lem Bre te~ dc'ScruJar izaçfw !\o mente pa rn
gunda dc1!-.~e, pelo CJUC re.,peila às sulem-
se libe1·tarem <l,1 di sl'ipliaa "lauslrnl, que
ocs sorn ente. J:;sta Nos1-a Portaria ~erà
intimada à todos os l1cferencJos Parocbos, pe1.a so bre ~ua~ indina<;ões, e muitas ,·c-
Prelado'! das Religiões, e Capellàes das ze~ com o intuito mt•nr1s 011bre <' pie<loso
diilerenlc:.. lgreja1, e Capellas, que, de fi- de alcançar l3eni> fi cios El'clesia:,ticos; e
. carem inteirados, a"l'>ignar.'lõ no ver-.o coo vindo prcqrnir o ahthO e OS inconve-
d'csta. Dada ne!'tta Cidade de São Lui1 do nient e~, qu e cl 'clle de\•em re),ult ar, ~lan-
Maranhão sob Nosso Sigoal. e Sello de da S. M u frnp l'.' rador, que nas propos-
No~s as Armas aos 9 de Janeiro de 1855. ta", qne V. E~r. Renn. fizer ~ubir a Sua
Jl,fanpol, Bispo do Maranhão. Imperial Pre~cnc:a para OY ditos Benefi-
cias dec:h1l'e se alguru dos propostos e
DOJJ MANOEL, JOAQU!tll DA SILVEIRA, egrcs:-.o, e qual foi !>Ua con<luctn corno
por illerrc de Deos &. &. &. Regular. ·
Não havendo a menor apporencia de Deos G m,rde a V. Ext·. íl vm. -José
declinar a epidemia da s bexigas, que as- 1'/wmat Nabuco rl'A rauj p.-Sr. 13_ispo do
. sola e:,ta Capit31, e ao contral'io augmeo- ~laranbão.
tanclo todos os dias o numero dos mor-
Maranhão, Typ. de .,. e. il/. tla e. To1Tcs=rua dos
tos, e continuando a secca, quo ha tanto l)m M 1·<13 n. 8. = anno de 1855
ANNOI Segunda-feira 29 de Jarwiro de J855. N•.~ •.)o
Uh -U M
•.} i,} .
~ ~~~~:::c:a:,~!l
~ ~~:.. .._......,,m,f !tfSL 4W IC#"t e:n:,oc:v,oc Q g; M ii FT - --Mi Y
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'OCBRISTIANISMO .
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F:illou o Sn rnmo Pontifice, di1.ia re- leLrada d o~ sa nctos pad res, aonde exal-
n elon, Lão grande e tã o respP.it:n·el pol' tam como à porfia o principado da ca-
seu sabe r. como por suas vi rludes, todtt deira apostoliea, o prin<·ipado ·principal,
a dh;cussão é prohibidn aos bi,;pos, que a fonte da uni<lade, e no logal' de Pedro
dc,·cm recon bel·c r e acceitar o dec:rclo o eminente gl'án <la cadeira sace rdotal.
pura e simplesmente. (Fenelnn aos se u A Egreja Mai, que tem na sua maõ o
syn. prnv. dos bi-.pos cm 16:)D). cuidado de tonas as demais egl'cjas, o
Fatiou fiomo. ja an tes tinhn dif'IO S. chefe do episcopado donde pal'tem os
Ago:; tin~o, terminou a que:,lüo, as:,Írn r,1ios do go ,·erno. a cadeira principal, a
lermiua~se o erro. cadoirn unica, na qual todos gun rdam a
E' de nece!>11id ade re<;onbe"e,· na voz unidade. Nestas pnlovras ouvit· a S. Op-
do Pc1pa a ,oz d~, Egreja, porque ubi csl lato, S. Agm,ti nho, S. Cyprianno, S. lre-
Pnpn, ibi est Ecclesia: dii.ia S. Atnbl'O- neo, S. Prospero, S. Ahito, S. Theodo-
sio; e esta ncce:-~idade de que , e m a so- reto, o concilio ele Cbalc:e<lúnia, e os de-
bernoia inlierenle a qualquer !-oc·icda<le mais, n Afri('a, a:; Ga lliéls, a Gl'ecia, a
só pode :-.e1· exercida pelo seu C' hefc, e Asia, o Ol'iente e o Occidenle todos uni-
que a Egn'ja nào pódc pa5sar se m uo,a dos.
nuctoridadc sempl'c permanente, hem - « Uma V<'Z (JllC cn trnrn nos <lesignios
prP. em ,u:c;üo, q ue decida todas as ques- de Deu., , pcrUliltir que se levan tassem
lÔ1?s, e a <J'IC rodos guardem re:-peílo e i-ch,ma, e heresias oaõ bavia con1>tituir,ão
oÍ>etlienrn,; e ~e o Papa e, segundo a mail) firme pai·a ~usten tar-sc, nero mais
crern;a dt: todos os calholiC'Os, o chcfo da furte para o~ nbatcr.
Egn!ja, srgue-i-e qne ~ll e é iofollivel por P or esta c·on~titufraõ tndo crfortc na
r1uc a infidl1bilid..1cle não é 011! rn coi.;a egreja porque m• lla ll;cln é di vino, e tu-
senão o ex~n:iciu <lc!i.sa au<:t,H icla<le su- <lo cslà un ido, e eo mo cada pnrte é divi-
pl'ema a <Jl>O todos c~tão obrigados a obe- na, a :-;ua •iniaõ t:Hnbem e clivina, e o seu
decer, e que não pode errar, porque complexo é ta l que <"ada parle obra com
Ocos lhe conÜ01J o eu~ino do mnndo, e ã a forc;a do todo. . . Por i-;1-0 noi;:.,os pre-
g uarda do deposito tlc1s vcrd:1des revela- cleces~ores db,.,e ram que ,,hrav.,m em no-
<lai,; é po1· is:.o que aquelles mesmo,; que me de S. Pedro pela auctoridade dnda a
pa:·cce di:.pulare111-1l1a, , econhccem-na todos o~ bb,pos na p~!'l:..C1:.\ de S. Ped,·o,
como O!> ontn>ii, porrp1e é , c1d ,dcira- corno dg,u·ios d,, S. Pedro e a:-.:..im o dis-
mente rccouuel'el-a cstal>dccercomu prin- l'>eram ainda quando obrJ,alll por sua
cipio certo, <JIIC tb sua., <l e<'i, õc•, clogma- AUcloridade ordi11ada e ~11bnrdinada por
tiCa!> ~ao l<'i ua Egreja, de <f lJ~ fôr.t rrirne fltle ludo foi po.,lo primeirarue11 le en, S.
e l!ere.-..ü, all'a t-l,1r- uos: e , erdacleira mcn- Pedro, e a c1>1To:..pondencia em todo o
te t:cco11l.11,c1.!l-a. c:oofc.ssar que e.;tamos corpo d,, cgl'eja é tal que o que f.. z cada
obrigado~ a :.t1bJt'llar-n m, à h ll.t ~lll('lori- bi:-po, segun<ll) a regra e o e,piri to da
dadc t-1::111 n ~e l'\n, e que !ieru ci,.ln obc<li- unidaue catholi,·a, roda ç1 egreja. todo o
cocia <lei.\ .11110., de .-.cr ca tbolic:o-.; é ver- episcopado fazem com ellc. •
<la<lcirau1c11le rcconbe<·t•l-a ,·onf1·~,ar,1ue Se pois, segundo Bo~,uet, o poder da
uus full..t nn c~Lido do poder de Do,>,, e egreja se co1u·enlt·n tndo no <·l11•f, elo epis-
curno :,cu l,1gu r- tcncntc snbl'c a !erra. copado, se uin~u em pode· e\('1'1·el-o M.·m
.Era e:-.ta ~,,ber.:n ia, \H I Mt prcrna nuc- C']llC' o dtirive ckllc, se é l lle qu ,•con . . tilu e
1
toriclade cl,1 l•:gn•j.i roam n.i, que fez Mm a for,;a da E>grcja, e foz que Pi ia ~rja uma
que 130-.suet, depoi:. <le ler rn1l"ltrndo t•om obra d h•iua, qu em pnd C' <lll\ idar um tno-
invt!uc1vci:; arg111ne11los dnluzic.los dn l•:-.- menlh de que .i au<·t111'idauc do chefe da
cri ptura qu e rc.. . 1<lia no P.1p:1 tl pl<•ni1udc egr<:ja e sup1 ema e infi,11 i, el, ,. que ellc
elo poder e d.1 au1·to, idac.le npo~to li l~a, e rendeu 11m .solemnc tc:, timuolw a es ta
que a at1<'lorid..1de ecC' le,w:..lica, c:,tabc- ,·errfo<le ! ! que re1·onlwccu a sua neces..i-
leci<la primcirua\cale n a pe:-soa d'um l->Ó, dade na egreja e que arreditou nclla,
nã o se extcndcu ao~ 0111ro-; ~e naõ com a como nus lJ ()je crêinos !
condiçaõ de ser recluzid.1 ~c,np rc ao prin- Era ainda C!-ila in fallib1lidad<', qne elle
cipio da :,u., uoida<le, naõ podendo uin- reconbei::ia, qunn do ehtaheleri.l com la n-
guem exen·e l-a 1-c-m que a d erive do seu lo apparato de r:i~ões, e te:-timunbos a
chefe, e.x.clarna: « e:ita e a cadeira toõ e·~- mdcfoctibilidade da Sancta Sé, e chama-
Ili . . ® \n IIl llHl ;, U ll J1 !3 ll ~H.'.U ©o •
-- ~~ ~ ~ ~ --~ ~-™'-~'i.-. ~ ~ ~
va à egrej:ú:1c Roma, a eg1•ejn virgem, a clava testemunbo Flem·y, quando decla-
ca d ei r·a ete r na o a mest ra da ve rdade, rava que esta Egreja nunra tio lrn errado,
cprn ndo estabeleC'ia como 11 m fac to indu- e q ue esperava que Deus não pe r mitisse
hitavel, que os de<;retos dngma lic:os do que o Cl't'O preva lecesse nel la, como suc-
P onti fice foram sempre considerados co- cedeu nas U!Jlras 'lés apostoli ca, d ' An tio-
mo leis da egrcja. qu ia, Alexandria, e Jerusa lem, po r que
Era es ta snp1·em::i auctoridade de que Deus C:füse-orei por ti.
elle <lava testimun lrn, qu ando fazia a ce- E ra ainda e~ta infallibilidad e de que
lebre e vã l 1. )<lislinçnõ entre cadeira ;:ipos- ell e dava lestimunbo , quando ctn vinha
tolica e aq uelle que se sentia nella, con- que o papa não era menos nosso su periot·
cedendo àque lla o <1ue parêcia. negar a no espirit ua l, q ueol'e i no temporal. F le u-
este sem ver que da inclt> fec·Liuilida<le da ry cfo,sc so bre as liberdades di.t egreja ro-
sé, se segu ia a indefeC'tihili<lade da pessoa , mana.
e por conseguin te a stHI info lli hilidade. E ra e'- ta infallibilid ade, ou suprema
Era e~la suprema aut"toridade, que auttoridade da egl'ej.:i rotN\nn , d~ que
1150 e~ lá sujeita a e r ro , q 11e elle rcconLe- dava 1e1-1 imunbo lit>rea~ rel na sua histo ria
cia,· q uando por a rgu rnentns invf'n<'Í \ eis, 1
ecclesiaslic-a, qu ando d ee larn va, que o
d izia que a promess., da infa ll ibilidade julgarnenln do . . bi·pos senaõ pod ia exe r-
fôra feita á un iversalidade dos papa~, e ('er sobr e o julga mento do papa, mas so-
OàQ a cada U ffi <lH p~r i,,i,. dandn as<.irn bre as materias, que elle julgou.
·testemunho de gne a infnllibilicfode fõra Era f'sta inf.tllibilid ade ou s1.1prema
promellida .i Egrcja Homaoa. nuctoridadeda cg-rej::i romnna, ele que da-
Era ainda e:-.ta mfolibilida<le, que e11e va te:- timuobo Barniel, quan do ern 180:í
reconhe~ia. douti'Ínando e eusi rrnndo o .. recolhia os factos e o:; te.,1 im unhC>s de 18
mundo, q uando estabelecia que a Egreja :--eculos, que o mo ... tra,1 a rn , e a~~~gurava ,
cslà fundada na sua a uctOl'idade, e que o e1ue naõ lia um só e:xeo1plo de re<:!ama-
poder do Papa é sup rem11, e que ne!Je. ção cont ra as del' i...Õe1-, do pa pa , fa llando
r e~ide a pleni tude da ~uttorídacle apo~- como d1efe supremo da egreja-ou ex-
to'lica. cathedra-Part. 1. tap. 5: e q 1Je quando
Era esta infallibilidade, ou suprema O)) bi:-.pos e!--lào re,m idos , e ahi não està
aul!to ridade <la Egreja Bomana, de que Pedro, nhi não e .. là a egreja. -]biclero.
dava testemu n ho (:2). TournelJ, quando Era es ta infallibilidacJ e, o u suprema
confo,;snvn que se não podia duvidar del- aur loridade da egrejn roma 11 a; q ue reco-
1a, á vi,;ta dos te·le1011nlios, qu e juncta- n hecia Fray,si now,, hi:-.po de Deri.nopo-
ram Bcllanu ino e ou l r c s, s1.1 pposto não lis, quan<ln <leelarava que, em nome des-
fo~~e po~sive l ha r inouizal-os com a de- sa famosa decla ração elo clero d e 1682,
claração do clero de 1682. ou cle!-sas C'eld>re~ lil1erdade~ gn llica nas,
Era csla in fa llibi lidadc , ou suprema fôra procla ni ada a rlr plora~·e l con:-til ui-
anclol'idade da ggreja Homana, c.J e que çi'lo <·iviI d11 <·lero, a Pgr eja de Fra nça
(1) n esta distincção entre a Pgr<'ja de noma e o transtorna da de ('Í ID ~1 para ba ixo , e o
Paoa, entre a co1deira e o que aella se senta com o pontiiice ro mano p1, rM·g11i<lo. d e,pujado ,
fim c1e conceder àque1la o que se nega a este pode e afHrolh ado en tre <'adêas, a cuja so m-
rcspon<Jcr-sC'-lhe com Fenelon. vossa opinião é cbi- bra se pozeram ~erupre to<los os fllh os re-
rnerica, ella ê opposta às promessas de Jesus Cllrísto,
feitas ao chefe da rgreja, olla é inteiramente desco- beldes da eg reja, parlaruentarios , jaoc;e-
nhecida à tradição, ella é, cm fim. nova, pode dizer- nistas e in nuva d ti rei,,.
se <.lesta chim cra o qut• S. Agostinho clizia a Julinno, Era es ta iafa llibi lidade ou sup rema
o que ,•os dizeis e estranho, o que vós dizeis e novo, auctor idade da egn•ja <lt> Roma, de q ue
o que vc'i!i dizeis e falso·, o que vós tlizeis é estranho,
d ava lestimunbu o <· lei'<> ga lli('ano c m
e nos o ouvimos com surpresa, o <JUC vos dizeis e no-
vo e nós o regeila~os o que \'Ós dizeis e falso e nos o 1682 qua~<lo declarava , em cun lradic-
refutamos. çaõ com os sem, prioci pioi;, qu e na egreja
(2) Non cl isslmulantlum cst in tanta testimoDiorum <l e Roma exi~tia u m poder so hera no ell.1
mole, quac Bellarminus ct a!lil congcrmH, nvs recog- tu do o que re:- peita à rül igiào, e -.e elle e
nosccrc aposto!icac seclis, seu roo1. 8cclesiac certam
soberano, ao nde e~tà ou tro, que lhe seja
infallibilcm auctor itatem; at longe difficilius cst ea
conciliar~ cum dcdaraliooc cleri gallicani, a qua rc- su perior? ..
ccdere nobis noo permillitur. lTourncly Tract. de Era e~ta infa ll ihilidade que reco nhe-
~ccl., part. 2, qucst. 5, art. 3.) cem todo&os e:icri p tore~g;-l 11ica nos, q ua n-
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
do professa ru o prin<'ipio-<le q ne o su m- poder e da auc: loriclade como pastor su--
m o pontifirado é o fundn mento da egr,!ja, premo, como bi:-po dos bispos, corno
qne tem resi!,lido, re~i:;te, e n~:,,i),tid1 às aquellc a qnem per tenc!e o coo hecimento
concussõe:; d o inferno e do mmido Ítilei- da fe, e a deei~ào d e tn<las as cousas!
ro al'madas co ntra Piie; é e:-.ta infalli bili-· Em toda:- as <-•d ade;; da Egreja sempre
dade, de que elles dão testimunho, quan - se reconheceu nn Eg,.ejn de Homa um po-
do reconherem « que o papa foi eoo:;ti- d er supe rior a lud,n, um poder para nos
« t uido porJ. C. pastor universa l de todo servir mos da expressão d'um concilioge-
«o reb,mho, e que gos~ de suprema auc- ral (1) de que naõ ha rec url>o para $U pe-
« torida<le d<i o apascenta r, reger, e gn- ri or, e este poder supremo que decide
<< \'ernar, » se ndo, por Í:,so. impossíve l, tu<lo em ultimn insta o,·ia é taõ oer.essario
que uma su vez e d esvie
J . <l' um pà!',lo . sau- na Egre,ja, é laõ intonle:,,lHvel, que naõ
cla vel. ha um so ca tbolico, que naõ acredite nel-
Ern ainda esl;1 infallihilidade que re- le, q ue o naõ reco nh et;a, q11e lbe naõ
conherem to<los os doutores e cscriptor~~ rencla :-olemne:-; lt!l'> limunhos de respei to;
gallicanos q,·,. ndo :-e veem obrigados a e como pod ia deixar de ser as~im, se no
<ledarar. que nüo honve um :-ó Papa que momento em que e., te p<•de r !-e desco-
se declartisse lier ege, ou que induzisse a nhecesse a Egn·ja t iaõ ex.i, tia nH1is, po r
erro a Egreja , e ({Ue toda), as heresia:,, q:.te naõ sei que Pº"~ª ex i:-. ti r a lg uma so-
todm os erros con t ra a fé l et-'m recebido ciedade sem que lenha e m l'>i rue,ma, co-
de fü.11n.1 1, golpe m11rtnl, e que é ella que mo inhe,·ente á sua co ns titui<,aô, uma
os tem arra:-.t.ido e condeurni\do a t(1dos . rnagi~tratu ra 1-,uprerna, a c1ue tud o seja
É e:,ta infallibilid,1d~ on e1>te poder s11bje1to P!
supremo, que não reconbecc su peric)ri- (Continúa).
d ad<' sobre a terra, que refunne ou inva-
lid e os se u~ juízos, que o elero de França
.
reconhPC'ia em 162(3, q_uando confessava
q11c a fé perm1rnecen1 se mpre immutavel
no~ :-;uc·cessore:,, de S. Pedro, e qne o dom
~ t Gifo i. t'i<i!? c$ f(~t~11fts.
<la inerrnncia era ioh ereale á Egreja de
llorna. Appllea! quoque od t~ Aaron Fratl'em taum
E' em fim e . . ta soberania, ou supre- cum !iliis suls de medio lilloru111 Isroel ut sa-
ce1<1olio fut1ganiur nuhi.
ma e infalli vel f)Ul'luridade da Egreja ro- Vc~ti••s que hls omnibus Aaron Fralrein
mana que elle:-. tod<?~ reC'onbe ee m, quan- 111um ct fl ll os cjus cum eo.
~
JE]PJ83JL
ANNO CHRISTÃ.O. nascente Egreja, se tornou o mais zeloso;.
.JtlNEJHO. iucansavel~ e illustre prnp.igado r <l 'ella
(conforme o sen tido da p1•ofecia, que J a-
22. Sr.GuxoA.-1:Emi1.. - S. Vicento.- cob, abençoando a seu~ filho-., dirigiu a
Nasccu em Saragoçn de uma das mais Benjamim, n cuja tribu pcrle1wia Pau-
ill mi lres familias de lfespa oha. Educado, lo), de um lobo arrebalaclor, que iõra
por Yalerio, bispo d'aqu ella cidade, l>em na manhã da vida , se trno~fo rmou cm
cedo, como Diacooo, exerceu o mini:ite- um pa~tor so m ei to cm propor ciona L' a,
_l'io da palav ra, CJU0 o ve lho bispo lbe re- ovelhas o pil <.to espil'ilual d<!qut? careciam.
nunciou. Eram imperadores Dioclecia- Quanto pc~de a graça! e quam glorioso é
no, e Maximiáno , o a proví ncia de Sa ra- para aquellc que eslà no e n o acudir aos
goça , era gove rnada por Daciano, o mais doces chamamen tos d 'e lln !
t enaz persegu idor dos christãos em [lcs- N'este úia foi aanos, que na Capclla
p anb a. Vice nte foi preso. Aqui princi- lmperi.il do Rio de Janeiro foi Sagr.,do
piam os p rodíg ios <lo martyrio., em que tarubcm um i-ucccssur<le S. Paulo, o no-.;~o
translnza cooperação da graça infinita de Prelado Diocesa no.
Jesus Christo. Os geoeros de llagellos, 26. SExTA-FEIR.\-S. P olyca rpo-Ris-
que turturaram Vicente, e os repetidos po de Smyrna e discípulo do Evêlogelista
triumpbol'> do ~lartyr sohre as tortura~. é S. J o5o. Co mo linba com c r~nclo rnm n1-
uma cadeia de milagres, que n5o podia guns dos Apusto los, era te~1en1un ho da
deixar ele prender o e~pirito dos infiois. Tra<li<;ão, e po1· isso foi cha mado ú Uoma
Viram-se admira vcis co nversões nas les- por occ.i~ião d3s dU\·idas, <111 e no Ponti-
tcmunhas occu la res d 'aqu ell e longo e va- Ü<·ado de S. Aniceto se sus<-·itarnnt a re~-
riado martyrio ! Nasceram arnito~ fructos peito da celebração da pc'l:'choa , e alli rc-
d'aqucllas arvores rcga <l.ts pelo sa ngue do dusiu à fé algun s, que a ha,·ü1m a hj11ra-
Martyr ! Quau<lo Daciauo perplexo di- do, illudidos pelos lJel'csiarclias, Mar-
ant.e da opinião pubJica, que declarnva cion, e Valentino. Na Ú. ª perscguil:ão
divino aqu ell e· martyr, o manda soltar depois <l.e Nero, no meio de uma iuguei-
das alge mas, e la11<;ar em cama d e dilici- ra, a que foia1·rojadoviro, colheu a pal-
as, é então, qu e Vicente expira.. A dis- ma do ma rtyrio.
cripçaõ dos tot·mentos d 'este jm,to, é ele 27. S.umrno-S. J oão Clirisosta mo-
naturesa tal que repugna ao coração do assim chamado por cau:-a de sua encan -
homem imagina- lo~. tadora eloquencia, na!',<·cn em Antiochia.
23. T nnçA-PRJRA, - 0.~d esposo rios de St>ndo pelo imperador Areadi o elcva<lo à
N. Senhora. com S. J o:.é, o artista des- dig nid,,de de Bi:,,po de Con~tan tin11 pla,
eondcnte dos reis <lc I . . mel-é um bem cm breve iucorrcu no d e.,agrado, ou nn-
conh ecido cpi:.odio, que deu asos á criti- tes na indigna<;iio de E11doxia, por i.,;so
ca dus Phal'iseus. que ell t· Dão t eoclo medo do fonta:,01a dos
2li. QuAnn-1:mRA-S. Ti,not bcu-ori- ro~pci lm, bnmano~ ~e atrcrnua increpa1·-
undo de pae gen tw, e mã e Judia, jà t•u l- lue alg11 n:, e~ca nda los. De!,{radado pri-
tivava a Religião Cbri·..:ft, quando S. Pau- meirn vez, é re:.titui clo ú !-ua :,,é em l' ú ll-
lo, vei o à LJ.!.ll'Ía onde elle ha bitava. Ou- ~eq ueocia de, n 'c:,le ~eo tid o, fa..,e 1·0 po\' O
vindo S. Paulo a fama <lc :-twi; "irtudes, nm a ge ral .!.f>Oit;ão, q11c' de <'erl o, cite
chamou-o para companla•iro de :.tia pe- não pro ru oycu. Foi segu nda vez dester-
rigrinaçào. Vindo para Ephe~o. nhi foi rado para a Armeoia; e qnan<lo e111 vir-
Timotbeu orden.idl) llbpo, por S. Pé1t1lo, tude de um det·retu do Papa lnnoce11cio
e encarregado <lo got"ern11 d'es,a Egreja. 1. ", era outra vez re,tituiclo à sua sé, os
Receben duas Epis1ola:-. d e::-,, P.111lú, uma soldados, que u c:,,cultaH11n tunto o in-
C:-icl'Ípla de Laodic·ea, e nutra de Homa. su lt nracn, que à furc;a de ~oU'rer, m o rre u.
Pretende m.lo Titnotlieu a fa..,t,1 r as idea<. de A Egn•ja núo o cvnta entre os :,e11s mar-
idola tria, que e utãu gr:, rnrn o povo con- tyres, ma~ dú-luc uiu mui di~tin cto Jogar
fiado nos :,eus pastorac~ 011idadus, foi poc· no me io elos sclJs Dourtores.
elle apedrejado, morrendo na~ vi~inhaa- 28. Do.\11:'\GO-Ú , A<lcpois <la Epifania.
ça!:i d 'Jspbeso nas Calendas de Fevereirn. S. Gonçalo; na:,ccu cm Portuga l, e .foi o
25. Q uJ;\'"fA-FEIM, -Conv eri-ão de S. e!!pelho dos per1grino!', anc1clioretas e
Paulo. -:De um freoetico perseguidor da pregadores. lwbmdo nos ~àos principiof
~
lHY:JE</ I
- © <n lll ma~Ht1lil ~ a s}m JJQ
~
Corporac;ão Capitular. T crminad~, qtrn !iberemur ln corpore. era p,avls cogi1a11onibus munllemur
io m~n te. Per Domlnum 1ws1ru01 J esulll Chrislum J?lliu rn
foi esta cerem(?nia, pre~idicla por gran<;ie tt1um, qui 1ecum vivlc et cegnat ln uuitate Splrltus Sancti
Oeus,,per umnla 8<I!tula sa:cnlorum. Amca.
concun10 de povo, $airam as duas Ima-
TRADUCÇÃO.
gens do Redemptor do Mundo, a per- ,.... r..:......... .
correr ab ruas do Sol, da Cruz, e de San- o•8Pmaveo1nrado S. :-cbaMião, grande foi a vos~a fé,
to Antonio, em cujo atiro te,~ loga r uma ln1erc1·d~I p•,•oos·ao SgNilOR, para que mer, çamos ser sal·
vos, " livre~ •la peste, e ,1d er,1t1eu,1a, que rPi11:\o oeste tem 110.
oração adequada, i l volta das Santas Ima- V Ora, por oós 8 ,·111,He,Hurallo :- ~ba~rião,
gens ap seu Templo•. e a.calamito~a qua- n. Par~ que nos r.ç.mos olg11ose1as pri•messas<.leChristo
ORAÇÃO.
dra em que no~ achamoi •. a braços co m
Gonce,lei- oos. Omnipo1•nte e mlsericorctlo~o Deo11, nõs
a peste das bexigai,, e receiosos de urna Vo.~ ,o~amos: que l)el ln1e, cessão ao Bemaven mradn S..
assmtadora !:>ecra. O orado•· foi o He vm. Sebastião V,·s~o \1ar1yr s11jamo~ lh•re~ de tod~R as advi: r~I
dades no orisso corpo, t pur ticaúns .fds 1oás cogi1açl'le·, na
Sr. Cunego Magistral Dr. Ma nuel Tava- uassa alma. Por Nosso ~enhor Jc us Chrh 1t1 V1,~so Fillit) ,
que com Vosco vive e 1eioa em 0 11 ill«dl' uo Espl rito Sanw
res da Silva; sobre o ~eu discu1·so nada D1•cs 1>or torlos os :-eculos dr,,1 S, cul v:.. :\men, .
diremo~, porque ~o mos i-uspeito~. o pu- i" Exc [\évm " ~r l}ispo Dioce~aoo 1) . M~noel Joaquim
blico :,aberú ava lia-lo. D1·poi:, qu e o Ora- ela 'iilveira conreue 11io, • t1 i ,s oe ru,lu!gencias á 1ot10 ' fiel,
que cooo fé rha e ,lev<,c;ão fP(•i t , ,·s•a oração lodos os dias
dor acabou de fo liar, a procisi-ào conti- clnran1e a .. pulemia. que uo~ ffirg('.
nuou, e entl'Ou p1-tra a Egreja dos Fra'n-
ciscanos, onde :,e fü,eram v~sperassole~-
nes, orando por e~sa occasião o· ~evin,
- l\laranbâo 20 d•· Jao•1r<• dP !855.
-
~-i1a1·anltâo~,'fyp. de.,.~ li. <lq , -. ToJtl·es=;n~.a !'P
- · 1.fo1 bet ros n.18. =:.:C\nno de ~8Õ5; · · ··
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ANNOI Segmu!a-fcira 5 de Fevereiro de 1855. m-;»e N.º 40.
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OCHRISTIANISMO ••
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s. Luc. e. \1 . , • :,e;,
d a lava, à vnracitlode d a pci-tc, e a laba- Porqu e u C'ai>tigo, :,inda qu e ª" mais elas
reda dcVai>Laclora do raio! Eis o que é a vc .. e, seja rc:-errndo pa ra a , ida futura ,
ira d e Ocos; ell u nflo tem por orige w, 011 d e é m ai11r, a-..-,im l' O mo o.hem de qu e
como n do bomem, os fal:, o~ pontos <l' hon... i-c ~º"ª nn Sion Sa n la; toda, in acrrnt eco
ra, e tu<las essas ninharia~, qu e muitas lambem, .q ue a ira de Deu:,, pune Oh cul-
veses se ntencea m a ffi () rte centeonre., de pados mc.,1110 oei-te m undo, brandindo
victi111a1i, não tcu'd o por juizcs mais que já a p eMe, ji1 él i-t>c·c·n , llll niil o utros 11a-
~a be(;as esca ndccentes, e por executor d e ge llos, t11doi- de linl'l'Í Veis cúnscquendas.
seos plano., negl'Os, mais que a ponta I•: c:o mt ud o 11ãu é i:-111 m ais q t1e um pre-
agu<,:ada de um punhal. Vede pois a dif- lu d io d,, \"erdndciro ca:- ligo . Lance m os
fe ren<;a: a primeira snppõc a deiio rd em n os...as ,·i~ta~ para trai . Lú vão nas azas
do clemc11lo /,omem , e n1 i pôr- lb c ter- d,,s sec ul o:- qu e se ~um irão a o aby.smo d.o
mo. re!)tabclecendo o cquilihrio do todo, pa..,aclo, là vãoe,<t> mplos mui fri ..~a ntes da
uma vez desa busada a hum anitl ade; a se- ira do St> nhúr :.olm"o pn,·o rcbdde. Ve-
gunda .. • . decidi pot· vós mesmos. des nli ú µouca,; leg un:-de Jerusalem aquel~
o llom cm' a planta m ais p reciosí'I, le mar de co r anl ipatbica. que não ali-
que o Senhor fez nascer no jardim da menta em seo se.io de a ndai. e sal o mais
çreação, dc vêra i)o~ via de regrJt, po1:i1>1>0 i:nesq_ui oJw ser vi vo; cujo ,dit o p.-e.s,tilenle
=·
foz morrei· ate ns arebj nha s, qne po1· so- rcm 111arc~1dos na fronte c•om ci,;tes epi-
bre ellc esrnM:úo ~ Pois bem, é umn li- 1Lie tos:-Yanglorif1 , lnurura , nm b1<;.f10,
<;ilÓ, e:;cripta em <:éll'aclcres indelcvc is, jncred11 li<ltidc ! Que,n guanl., enf' bello
que o passadu lr•go11 ao futuro; é um c:urnp1·1mcn to, e . . la$ honra:-.de P a11thco11 ,
111anlo de çlc~lr ui<;ii o, cou1 que a ira <le .\s cinzns dos snbios da rasà,> é o r~ulho !
Dco~ c~1·ondeo :101, olhos do nni\'cr-.o o Nem umn lagrima de i;au<lade , nein uma
íi'.>co da 1m mornlidaue ! i'\ li, depois qne pren, nem um.a flor soh,e ::;eos tu111uloi:..!
o~ 1-.i ios nün dt!Í:\.ayão pedra $UU l'CI pt•clrn, 11e111 mesmo a brisa ~<1 bre ell es hafojn !
a :igua do A.,phaltita foz c,quecer os os- (~' worrer du ns ve1,. inoner JHH'a a vida.,
st)<i d i!s gera<·,iQ~ ('ondemna<l ,,, deixa ndo e cnorrt>r pat'.l os corac:ões. Só alguma
re:,,lnr ~ornr~ te, pela :,;un liidion<lcz, uma alm a de pliilo.wpho, oliás t:Ão arid a co mo
lembram;a para os que rego:- e i-urdo, se o rod1edo, que recebe os raios vcrticaes
ioo~Lrnm aos avi•,os cl',\<111elle, que tudo do so\ eq11iaP~ial, é quem de ,•cz cm
pode! quando lhe consngra uma lcm brauc:a,
1\cp1 ll.1 pobre. .Jcrnsalem ele hoje, lc111branc·n \e,·a, <' de' que n ão participa
ser.\ por venl11ra n ine.,ma rfrn, gn,u<lee o coroçüo. E q1111ndn lil appa re-cem pe-
florncente c·icl ,d1! <lü tempo do-;S:,l,)n,õos, r.rnt e o 1liro110 c\cebo, nüo li a cio lhpai-
com ~ua magn ilicr.m·ia prodigio,a? ~ão xâo, rn•m clt•n1c11c·1a p.11·a t>llc:-; follrna ó
por c:~rlo: .lcl'tl·aleni fu i ingr at.1, .Jern~a- n njo o livro das se ntCn(;a.'I, e ~1 J)l'i111cira
lcm ~011ten<'i0t1 o sco libertador e ela 1111- léh·1111a <h 11,i:-.a r:,, ei:-. rrém 1-ct~ nomes
rn.inidade, <i11,pio 111> rn,lo da , enfade, c.-..<.·rip to-., e t!m "'<'guimenlo esta phrnse
n1wifi..·1111 a inn<H't'lh'Í.,; .lc1·u .. ,d,,m l~; i I re111cndr1: -n jH..,I i,;a de Deos os cn n<lcm -
,· ondt!-lllll,H.la; curnpno-,c o or,wulo. o n a, M J,1 ira O'\ ta i-tiga ! L\ hi o ultimo de-
crnne fl,i all'ci!!acln na Je . . l ruit'fw ! ! E liu- 1,l'11gano; .il1i c·~tá o -leito <l r rn.,as <JlHl se
" '
je? ú qnc re!,la da op11fonta r·apitul, cm- . fu1jurn a Y..iidaôe, e o orgulho !
de o rei fnl bi,1 ol'gullw,u recebi., o:; t.•orlc- Desc•nganemo nns poi,, :-ó tre.'> e:.rn-
jos da, nações: Ah! apena:, um scniu- <lo!i ~e oppnt!m t·om van t~g(•m a ira d-e
lan,·o des...a an11g,1 opule1wia r e~tn, paril Deo'-, e ,ão elle~ :-<f cre11<:t1, a esf'artmÇ,<t,
rhornr ~co r-npti·vcir ,, a . . 0111 hra cll'.' ~uu · o a11101·, y11c :-.é\O· ati comlituida~ ba:,es ela
grn n<l e,,1 , l' a ,c1~11nh., dü -.11tl a1·tu.iJ ni- , irtmle.
b.iliJade ! I~ íui a ir:-i de Ueo,, quem foz. ~hrunuii.o 2í de.Jnnciro de 1855 . .
eaht r seo~ lrmplos, d;· ..uliur ~na ... to1·rnl-l,
-..ce-
e ni,elar ç,,m o pu\'iruento das ruas os M. Pacheco ela S .
!.en, pala cio~ snherhos: o ferro e a l'l1.tma,
cmpuoli,1<lo .. pt>la mfio do homem, fonr in
i u~l'o~ Ín' tn11ue11lo , <l~ crie ~e :,erril, a · n:uscunso SOURE o PAP) .
jm;l iça 11uprc01,, !
(Juc1lqtll'I' doe, n<·tos poi;i mcno-; re,!- (Co11 t i/11((1rão do 11. 39.)
to.;, q ue pnljl';11t1n!--, i.;eria ba:-ta11te para Que ft,z. o d el'o G:illir:rno, pois, pela
,·oltt,r :-.ob,·c, ri(, .. ;1 C'<>le r.1 d,> 'l\)do-Podc- s11 a dcclarução <lc 1682 ?
ro:.o, tendn tl!e nu datl(I uma ra ...;io.qne l. ° Contt·~:di . . ,e a dou trin a d.i ·,11 .1 tn f'.,-
devera :--c r uo~~n luz. p,, ra ~egui r•mo~ po1· ma l~g;'c>ja s,,lcm n,•mcn l0 e~1ab<' lle1·1da
,ucio dai- l l'cva~ dei.ta , itla; ma5 que é p1dt1 declar.i <;:iL; ela a:..~c mblea do dero de
feito dc ...!-'a ra.,ào, dnm mt1gnifi<.·o, e i'CVe . '162G. ( t) .
1i:_\dor da supremac·i,, do ho1uein so bre a
terra ? E:-sa ra,,1õ tem .. j<.{,) ~obre p11j ,da
2. o l>esronltcccu a co n . . tit11içào ina·rn,
tla EgTtija , nfftn<leu grav emen te <h ~irei-
po1· un) se m numefo <lA crro!-1, to<lus fl•ios lo~· da sa11cl;1 bé, e e:itabcleccn prnwipios
e inrou~cq11c11les, e em vez de· se r o nos-
so baslaô, e quem llü:.. 1-ub1nerge na ne- ( 1) O cloro ele Frauça ria sua 35sen1 ble:i de l 626
grura tia:- fol,.i.s <·ren<;ns .. . . mr1s filie di- chama,·a.áo rapa cállt'~a ,·i<;ivcl tla l•gri•ja l.nhcr~ol,
se mo:,? ,\ r,1L,1ô? "\:,o; clla mio é q ue tem , igarlo tle r>cus na terr:i, bispo dos \.ll'i(>Os e cio!:. p:\-
levado o home u1 :, gi-anclC' ~er ie <le dco;;é\- INarchn'.l; c111 uma palana, o sncccssor lle S. PNJro,
tio ol-. que fo~e.m tlma cu clea de fe rro,.e m ·- cm quem teve prinripio o apostolado e episcopado, o
sol>rc quem teve priucipio a F.Jrcja, <lauúo·lhC as
que frca pre-a gra ndt! parte dos ·nomes chan:s tio ccu com a infalliuilid.ulc úa F~. que se tem
de certoc.; pc1-.~01ur~a11s, para :-;ercin e!>cnr- vis10 durar iromutavcl cm ~eus succcssores ate os nos-
necidos, da pO!>tt:nrludc :;en~nta, para ~e- so~ clia5. ·
- w -&me e;;::
fa lsos, e distrnctivos da unidade ecclesi- p orque sem p1·e se julgou neccs$a ria a ad-
astica. hesào <lo Papa parél a validade cl'elles.
Com efl't!ÜO o p,·incipin de que par·te o mesmo protestante ~lo~beim mos ...
:iquella declnr,, (;:io fote em frente, se é tra a fo lsida<lP., ou ab:-urdo de sir'n ilhante
que não anniqui la, a suprnmacia dc1 Egre- principio na soa e~cell ente <lisert:u;ão. -
ja1 por<1'ie suppõe, que pode ha ve r um De Ga llorum appellationibus ad Concili~
uoncilio sem e consentimento do Papa, e um universro unitatem Ecclesh:espeoJabi-
queaquelle'se pôde declarar superior a lem co llen ti hos;.
este, e cnl~o aond e está a sua sH prema- 3. 0 Poz-se em contrr1di<i10 disse Úru
cia. on superiol'iclade s.o bre todos os famoso escriptor, com os 1ô padres da
.
b ispos ')
I Egreja e bi!'-pos dos 3 primeiros seculos.
Suppõe ainda que S(! pode appellar Poz-se em contradição, com os ,19
<l'clle para um concilio geral, para .o fim Concilios geraes desde o de Nicea em 325
de provocar da assemblea dos bispo5 ti.na ·ate o de Trento em 1563.
decisaõ sobre um p·o nh; jà decidido por P oz-se em <'ontradic<;5o com todo!i os
elle , e que é uma similhante appe llaçào san tos padres e doutore~ da Egrcja desde
na impossil>ilidade manifesta ele rennit· o primeiro concilio geral até osecu lo 16,
um concilio geral para a solu ção de cada com a mesma L1:greja Galli<:aoa e rom os
qtiestào se não um meio dilatorio, ·e um seu~ mais famosos dl)uctores del'lde S.
pretexto pnra r·ccuzar a submissão devi- . lrinêo a t e hoje, e com os mais famosos
da ao chefe da Egreja, e parn tornar in- es<.•riptores protestan tei;, qn e tcem reco-;
lerminavei1- todas as qucs~ões , o que acar- rihe"ido a necessidade de uma auctorida-
retn ria males infinitos à Eg_reja, e à so- cle suprema e infallivel no chefe da
ci~dadc. EgreJa.
Em qualquer dos caws, em que pàra . P oz-se em <.'.Onl ra<lição com lodn ·a
a aucto.riclade e a supremacia do Pontifice tradiçüo com toda a Egreja catl.10lica e o
sobre todn à ~greja , e a obdiencia (]Ue que é peior ainda cauzou inCinitos males
lhe é d e vida P eis aqui porque si rnilh an- à R~ligià() dando as:-im um lestemuoho
te~ appellaçoes tecQ) sidp probibid,ls da evidente de que se ófastara <ln verdade,
man eira a mais solcrune por muitas bul- e q1!e parrôci,,ara o erro.
ias d ós Papas, que foram recebidas por Fez com que Bos,i;uet r e~co n esse .a
toda a Egreja, e q11e c~>nsliluem um di- dístinl'<;ões mísera,·eis imr5r11 prias do . seu
reito. de que ninguem se. pode npartar, engenlw, e sabe r. qn P o de:-me ntiam,' que
nem contreverteL' sem crime e sem he- mo:--Lravam o contra rio do que elle per-
resia. (2) E' pois o principio d'aquella Leodia estabeleter, que ~ô·servil'am p}l ra
declaraçüo um erro capital que se oppõc mo;,,trar, qu e ellc não ti1iha ~enào sop liis-
à <'onc;tituiç~o da Egreja p dc:-troe a sua mas a oppo r-lh c. dando n~~im, talvciscm
unidade, e por is~.o., com jw,tiíicada ra- o ft i1c1e r rrwior realc·e á \'erdade.
zão , foi prosc·dpto· pelos Papas lnnocen- Ftz que um Fray,:-inous pose~s~ em
cio XI e Alexa n(Jre Vlll. cool~adi.~flO o ~e u e~piríto <'om u !sCU co-
Eis aqui porque i\ clcru tri na con traria raçàü <la udo a:,~im te. . te111u nh9 tia fraque-
· ,'lquelle principio do clero Gallicano se sn h11mana, e que ô dom tia fo rt.al csn.
apoia em toda a hb,toria (3) do~ Conci lios faltá :1 lgumas vezes uas alu1ct!i mais su:-
(~) Porque compromeltcria a Fc, e a faria \•acil- bl imes.
lnole. . . Fez que Ber<'a •tél, para fazer pas~qt•
. (3) Eis o que diz do concilio de Nicéa-0 Synodus
cl
11omnna ad clcrum moo. Orient. (~lnnsi Cone. T. a ,·erdade, a enl'nl>ri!sSC n'uma esf,ccie de ·
Vll col. H !10) Pa-tres apuil Nicaearn congrega li con- ~év , ou ::tpf!ill'Pnte contradic(iâ<1 :
tlrtnalionem 1·crum atque auctorilalcm s. nomauae Fez co m que Tuurnely_gdtasse con-
Eccl'esiae detulerunt. v concilio de Epheso atê mes- tra a oppressào, que ~e lhe fazia, con-
mo di1 igiu ao Papa um auto do suas deliberações
fes~ando que era al'l'a.--.tndo a dar tesli -
(Mansi Cone. T. ú. col. 1'130-38} no qual se- lê: Nc-
ccsse est ul omnla quae consecuta sunt,. sanclitali munho à verdade sem embargo da lei
:1igniílcentur. O concilio de Chalcedonia e o palrjar- civi l, que o' prohíbia pelo numero e peso
. cha Anatoli9 dirigiram-se da m?sma sorte ao Papa • de te1-1imuuuos, <]l!e o· moi-lravam:
1,eão, e sollicitar:un nos termos mais rcspeitaveis a Eez que se int roduzisse uma língua..
~ua adhcsão e confirmação: Leão M. Epist. XCVIU,
CI, CV . e d. Bali. O sexto concilio ccumenico fez ou.
gem, on modo de designar o ch~fe da
tro tanto: Mansi Cone. T. XI. col. 907-9. Egrejo, q.ue mc-receu a censura (que se
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não estão d 'e lla m en us ,·om c11cidus. ~ <lu (:on1 luze:, bUllid e nlê'> para di,·idit·
Di:-,sc, u ni ol>jed o de, Í:,o, porquf) c;c 11m.1 <]U C:. tao, a :,ubmclle:.'-C:, u11 r C on <i-
sa p crg untas!,C a <p111 lqw·r do... fii .,1w d 'a- lio G1!r.1 l. Pc ro ni.1n no <'ita<lo pelo Car-
qnelia na<:ilo, -.e ti nh a o d11·, 1lo d '.1<'t'l•i lar, deal Ür:,i-Oe tt,Jm Pon tit: Lib. l, Cap.
ou r egei la r tt tn rit'.{' I e lo d11µ1Jl'\ Iit·o pon ti- 1 :3. url. :\ Horn. 1772.
fi cio, ou é1i11.da de " ded.a rar h el'et i, •u , se ~las não l,C crciti , q 1,1c pos'i,1 exi, tir
qui.se r, ell<' 111of'11 1l1, e :-e I ini d ,, pergu n - n 'cllt?s n go vl'l'u o O'U n l'>oburnr,ia da Eg, c-
ta, porc111c a p1·i1H1•ira d ..... !-U .. -. q unlitla- ja , poi,;. ( a lem d o~ i1wo m cnien ll'., i11 he-
dc~, ou d o!> !->E.!lh a l t11Lulos :-crà o l>orn ren les a t•... tas n~ ... em l,l ea:. de b1~po•, ,. c·ll~~
.!iC nso. - Coucfr de t\ lai. . l1<•.-cio Pa pa. rigo:,, dt> q11e cl izS. (;, egorin ~Ji.i,1112., no,
Que ~ P.ipa fo ll t•, qu e ::,e dirija ao!> que n unta , ira nenh 11 111a eu 11 gn:gc.1 cla
h ispos gu ll ira11os, cfü. un1 Cl'ICJ iptor d 'e1, la sem perigo. nolll a<·ah.1da c:0111 ex1t.i fL•-
naçüo, e , erá , 11:. bi· pí).., doccii, i, Slld vóz, liz l'>en illdo ant e!'> para .1g rtl\ al' O:- m,,li.:?s
co rrê rem ao nrnrl iri o eu, 1c. . ten11111bo de do q ue para fazei-o:, d c:-apa rcc er , ev ita n-
obediencia, e ub-.cquio a Fé. d o ellc, pori.,... o , q uant•> pocl~, a sua re-
Q un11 do poi:. ~e reu ni ra m o-. bi-, pos
união ) se !-t~ n'e~t<1s assc,n l>lem, re:,idi-;sé
nos concilil,~gc1:1 e~ nflo fvi porque :,e cl u-
a soberania ou go \'el'O o da Eg,·eja, co mo
"idas!>e ela decizão <l u Papa, o~ po1q ue
podcssl:'lll f u7,t:ll' 11 ina dc·á,àn t <H1 trn ria
1
ellns so se podem convoca r <le i.eculos a
à<1 uel la, que jú esta foita pelo cliefo ela ~ec ulos , c ~fa1ia a Egreja por todu e:-tc
.Egl'eja. temp o pl'i vada d'ella, ou , po r o utra não
!:,e no:, co neilios ~e exam i nam os d e- teria a Egreja llObel'an ia, :,e e lla uão i csi-
cretos dogma tícQs doo pont,fict:~ não é~ dis~c no ~cu d 1cfe, por q ue tu<lu a ~ocic-
dade necessita d'uma · soberania sempre tic-os aqnelle logar in1ponantissirno, f{UC
em acção. s'attribne n1•s fan i-11,s pl'ofono.; aos Reis. •
Uma soberania periodica, e intermit- Con,..11le" e Lpperadores, tomando <l'.el~
tente. que ora exi11te, ora não existe eum lPs as epor:has a sua denominaçaõ; coor-
vocahulo ~em sentido, ou, antes, é uma denando-se os su<'eessoi- relativamente aos
contradicç;ã.o formal " po . .iti,a, porque a flnnosdo seu poutificad<>, reflectind~, cm
soberania existo se mpre em aclo, obran- fim, 1wlle· toda a hi . . tol'ia <la Jtgrrjà; 'de
<lo incessaQ temente, exercitando-se ~em man ,· irn qne, para o~ que con,agram a
intel'ropção: se perdeu e~La qual idiide smi Hd miracaõ ao <'XI raordim1rio e ao rua!!-
• I'
perdeu a sua natureza, e deixou d'exis- nifi<·o, a snc~es-.áõ do bispo de Roma e
tir. nm fnc·to Ja primeira itnpl\rtaocin.
Sendo pois os Concilios podere!i· in- E na ~·erd«ldc em tod,, a pa,rte no~
lermillentes, ou d'intPt'vallos, e não :-.Ó annae.'l er.desia,.,ti<'os o encontrnmos pre-
intennillente;e:, mai- extremamente ra- se nte a tudo, intervindo ern tudo, vendo
ros, e ainda puramente a,·cidentae,o; ou tudo, l'f',.g' lll,tndll tudo, decidindo ludo, e
dependentes de certas circun~tancias se m t.l·• todo..; os lado-. fixando-se os olho.s
cono·1
0 •e0Hçâo
0 pcriod ica e le!!a
V
l, co1110 er:t ndle.
possivel que lhe perlencc11:,c o Governo da E <·orno pndia dE>ixar ele ser assim?
Egre.tn? Que outro hi1,po tem l1avido no mun-
Conforir por tanto à ggreja esta so- do, q1w l'enha ~id,o reeunb eddo de todos
hcrauia é o mesmo yu e privai-a d'e)Ja, ae
os hi ,po . . e toda 'i as ('gl'ejas, que fosse
ou não lhe co11forir nenhuma; privar o jnlg-ado ,upc rior a tod .... ? I\ quem pois
seu Chefe d'excn:ital-a é aniq uilal-a pe- se odia rerorr,•rse naõa t> ll e, como auc-
los fundamentos. tori .. ado p.-1ra mandar ~obre tuda a Egre- .
Dev e pois a S0berania <la Egreja em ja . e influir f!tn todo o corpo? A qnem ·
todos os tempos ter sido ex:~rcída pelo ~eu se naõ a·elle send c, tronco, qu e só podia
Chefe: coovem por tanto julgal-a, ou influir ~obre o, ,·amo ... ? Q u<"mé.que .póde
avalial-a pelos seus actos; convem, que ter ncçaõ ext,~r~nt' e geral n' uma socieda-
1,e examine pela tradição, pep lei-temu- de senaõ o Chefe della ?
. nho dos padres, dos bi spos, dos Conci- O cbri.-,tiani . . urn, cfo;., iminado pelo
lios, e d 1e:;criptores ecclcsias.icos, con- glo bo vem a .se r o me.srno que uma na-
vem &a ber se o Papa tomou c~nhccimen- çaô, que naõ tem f'X i, tencia, poder, con-
lo de todos o~ negocios pe:tenceotes ;') sideraçaõ, e nem ~inda nome, senuõ em
religi;:iõ, e que peso 1,e deo á,decisões, se virtnde d,l .,ohera nia, que a r~pre-.enta, e
foi ~on-,iderado c1)mO supr(lho Juiz da lhe dà utnc1 personalich,de moral entre
Fé, e s11prcmo arbitro 'de tcdas as· qu es- os povos.
Lõe-.,' em o ma pa lavra só, ~ semp re se Oe!>trni e-,ta s,i her:rn ia, fazei qne naõ
reputou como chefe da Egrtja haja 11111, que pela sua ,,11<'1.o rid.ide man-
A prima:,,ia do Pé.1pa, o, a sua supre- tenlw o co mplf'xo e a uni:io de todai, as
ma auctorida<le é taõ clara(1entc estabe- parte-. de . . te gran<le todo, que c()mmnni-
lecida no Evangelho, é taõ'oecessa ria na qtJe a todo ~lle a :,,ua a,·çaõ, qne fa<;a gi-
E•rreja, é taõ roustaote da tradiçaõ e ao rai', para a-,r,;im me explic 1r, o 11:}esmo
te~temunho dos Santos P.Hhs, tem ~ido sang ue até às ultim,,s extre niida d es dás
reconhecida taõ~olcmnem<nle pelosCl) n- t,nas vcins, e q11e re~ultanl P parali·sa l' o
cilios Gürae., ; os Pontífice tem gosado seu movimento, entorpecel'-se todo elle
d elta em raruanha pleuitudl desde tn, priu- e apagar-se-lhe a vida. ·
cipi():- dq Gbri... tiani smo, 9ie 11aõ ha he- · Eb-aqu~ porqlle os pap;:ts se mpre fo-
rc•Ye , m1õ ba ::,cismatico, q.ic lhe naõ te- ram con.·;idei-ado:-, c·«11no o·, J.J l'imeiro., agen-
nh0a rendido te~temunho. · te... d e tu<l11s º"' n~gocio1-o ecdesiasticos;
A pl'esença real do Sunmo Po11tifi'cc, e porque toda a lii, toria e.ccle~fa~tica é
para me ),,ervir d'uma exp·essaõ do Con- um mon,11nento pen,n.ne e autbentico
de d e Mai~tre. vê-se em ~<lo~ os seculos., d e!'!sa verdade tnõ ft1clrnda par;,t o theo-
cm toda~ a:. Egrejas e ea toda s as par- l,.,g,,. e urnit ,! m.;ds pre,cio~a para o bisto. .
tes do l.Uundo: é o faoto, JllC maii. bl'ilha pador eerlel'l1c1 . . tLc~,, s~gun do e$te, desde
11a historia do Chri~tü,1i ~mo, re cupe- a Ol'igem dt1,Jlgr eja ate º"' uosso., dia:., o
rando os J}ontifke,s ~o:; 1nnaes ecclesias- fio nuri-c;,1 intenompido d,.J pou tific.ido
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µara lhe pedir a pu ulicac;iio da hulla re- leva n acnid1lc1r (f UC n puhli <':t<;aõ <l.a bul-
lativa a esta decbüo' <logmat ica. ia serú tah•cz a.d iad.1 por ê1lg1111:, <lias.
4 .\ artilharia <lo t'a,tello de S. An- « Foi na ma n u ã:i do <lia 6 q ClC foi af-
gclo, :rnoun<"io1l a tudn a cidade a pro- Jix.a c.Ja a dcdnra<.;üo do ,~ard ca l vigario, e
dan1.t1<~ão do derre to, e pa recia que ocs- apena!- <'orn:11 a no lil·ia lndús ,'tcucliram a.
t rond v dos tiros ia lev:-ir t,os nrnb remo- lê-la. Tudo); os <'o ra<;Ões lr:,t-bor<larnm
tos p orns a noticia dc.~te grnn<le successo. do alc~ria, e logü c!omeçarnm os pnipa-
« Depoi'> da mi,!-a pon Liü cal, á qual rativ os para ;i fe1,ta do dia 8.
as~i!-tirarn nas trihunas S. A. H. a prio- «S. Exc. o cardeal , ig:t ri o orclena~Tt
c(•zn de Sax.onia, o corpo diplomatico, e a oh-en-ac;ão <.! e um jejum l'ig')f'Oi,O no
cslil dn-maior do e.xel'cito franc P.z <le oc- dia 7 , ve1-pc1n da fc:-1<1. I~"'ª detcrmina-
cupar;ão, e n'uú'l lng H re:-crv:1tlo o 1,e- <;ào foi acolhida co1n su ti~foc:ão, e a pie-
cretar'in e o~ cuthclhefros particularc~ da dade romana torn o11-n < xten~irn :Hé ús
1
cungregac;üu e.h.traol'dinarié, da lmmac11- pessoas que por lei e:-.taõ <li pensadas.
la<fa Conce u;:1o, can tou-se o Te-Dcum no « O ~a nlo pache niando11 que o dia da
meio da en1oc;ão ge mi. fosta fosse di..,pensado d e ab . . tinc ncia e
« Depois o San to Padre, lc\':ulo cm jejum, a que era obrigado \Íslo St' r ::.cxta
proci...~ào n'umA cadeiri11ba ú C'npella de fo ir.i du advento.
Sixto [V, co1·ouu <·om u111a cMoil de o u- 1< A e:.la resol(l(;ão do i>oherano ponti-
ro 1rnu cli ~tada d e pedras pn•cio:,;a"l .i ima- {lcc elitn lig:ul I Ull'li\ coinridcncia pelo
gem da , írge111, qu e 1:eprcsenla a Con- n:cnos curio:.u.
cCÍ<i:àO.
GCina prophf>('Íél C'Jllf' p<ícle ler-se no
« A' noite illum in()u-se toda a riJacle.
a Ci,ilt a t:alhol it·n» (l'aderne ta cio pri-
A m11nicipnlida<le mvnd:,rn illumi na r o
rneil'o -.ablmdt, d<• julho) foi ta ha ma is de
cu pula do ' ' atic<1no, Q º"' palacios do Ca-
um :;eculo, diz <pie o dogma da lmma-
pitolíü, c,nde <lua~ nrd1e!'otras ex1•cutarnro
c11la<la Con<·eiçaõ -,edi proelnmaclu n ·u rua
até ;'I noite trecho1, e~col Ilido" elo, melho-
scm.ina ...e111 "<'Xl.1~ fu it.i-e n ·urua épo-
res autore1-. IJouvc urna academia na :-;a-
<'a en, que hri ele li ave l' um a gran de re-
la dl)s comenad,ll es. c·m li nora d,, Con-
vol uc;fw na Chin.1, g1·ancfo,; alwlos e tal-
cci<,·àt>. S. Exc. o ca rdea l \Yi .. emo n leu
vez. a ruioa do irnp er io <lllo uwoo, gran-
um discur~o muii o eloquente na pre.-,e n-
des g-1erra::.\! n Lre o, p 1·i nt'j pt''- d.11·ii,.taõ~ etc
ca ele uma numerosa ..i~~emhléa d e car-
clcacs, bispos preladus e outra:. 1:c:isoas
Btt .. ta yêr o nu, ir pan1 ~e c·onliec·cr que as
ultima~ p a 1l1•i. da propbe,·ia se e.-.taõ rea-
- di~tinctas.»
li-.a ndo. U.i, ia p()rém uma dillii·uldade
Em tuna corresponden,·ia de Roma cuin rcla<:aõ il :-emann :,,em:.c:·x-feira. Ape-
publicadc3 no U11i11e1·s ltH,C aind t1 o 5e- nai,. h:t,·ia tllll meio d1• so h Cl' t>!-.la duvida,
guin le~ que era ú t'i-l'•O em qn c o nata l cahisse
« Fechado o con:,i,torio :-ccrcto ele 30 n 'uma . . c•d,1-ft•ira , e .po1· c-;~e fac to este
de nofembrn, o i-:a nlo padl'e con\'idara dia fw,~e Jii,.pcnsa<lo da ah..,tinc11t' ia, dc-
O!i cardcaes a rellnircm- ...e no dia 1,u~uiat\! :-ap1 arc•,'cndo a.-~iiu o rar.H'te,· particular
-...,.. na sala con-.i,Lorial, ,oba /,\ln prc,idcncia. ele~,,_. <lia; Le ei-lli u cxpJit·M,:aõ que <l.1 va
E,ta assembléa celc brou-~c co111 effeito. O prnprio je~uÍl il (jllí• publicou a p1·opue-
ums o que ahi se pa:.:-.o u ning uem o ~abc. . ria. Oré1 Chia <'l)ill(·icltrneia naõ :-e .dà ei, te
Uni .!a mente hc licito :-uppo r que o objec- anno. ma:, h e d urn q11 e a cli,pen~a con-
to dessa as:-emhléa t~.,i o mei;mo que o dus cetlidn pelo su 111mo ponl ilicc rnali:iu a Jet-
outras t·euniões epi..,copaes. que t1 prece- tra ci,la condi,:.1ô.
• <leram, sendo oe~!ia otca-.ifw que o ~acro 11 ~o ~a bba<lo Dd e d l'zcmbro, o so-
collecrio
v emittio o scn voto para o grande berano pnntifice r"unio 0111 cnn ..isro rio
acto de 8 c.le dezembro. si111i-p11blito, a que concon cr~11n todos
« Logo no dia seguinte S. Exr. o car- os ('<ll'deaes, arC'ehi,po:, e l,i-,po.... o ~a nto
deal vjgario publicon ama declara<;ào re- padl'C pr11 n1111<·io u 11111 di-.,·ur,o; clcpui:, S.
la ti va à l1ntnat'ulnda Cooceiçào. No ton-se Esr. o ca rdeal tle Bonaltl lhe dirigio, ccn
que ne .. ta dedarac;ã-o o eroiuente cardeal r1ome de tudcbo:- hi:-pos 1·e1111i<lo:. ccn Ro-
não se referia á b111la, mas ~iõ1plcsmen te ma, u exprc,saõ d o quanto er;\m gl'atos
a u m ven era vel e augusto decreto, o que á sua generosa Lto~pit.did,,clc. • .
« No d o mingo, 1 O de dezembro, teve· Origines, q.ue escreveu no 3. 0 seculo,
lugar a consagraçaõ da basilica de S. Pau- djz, que S. Pedro é II fundamento do cdi-
lo extra-mu,.os, que Pio IX celebrou com firio, e a pedra solida, sobre a qual Je-
a maio,~solemnidade. sus Ch.,i,to instituiu a s~a Egreja, e re-
« Todas as grandes riliquias de Roma pete na epistola· aos romanos, que a a11c-
estiveram em expo!iiç;iõ antes ou depois toridade soberana- sum ma rerum-d'a·
da fest a na ordem indicada porum avi:-,o pascentar as o velh as foi d ~da a Pedr0.
especial do cardeal viga rio. As deS. Pe- S. Optato cl1z, que fôra constituída
dro (as insigoes reliquias da Santa Face, uma uni ca cadeil'a na Egreja, para que
da lança , da Cruz, dos Santos Joaõ Bap- todos soubesse m com quem d evia m estar
tista e Lourenço, martyres, etc.) estive- unidos.
ram expostas dura'nte quatro dias no al- S. Cypriano diz que quando Cbristo
tar do Santíssimo, e o summo pontifice ~isse a Pedro que apascentasse as suas
celebrou alissa nesse altar no dia 6. » ovelhai-, lhe co nfiara todo o rebanho-hie
(Diario de Pernambuco). qui audierit pasce oves meas, ei creditnrn
cst omne ovile: em outro logar a ccres-
cen ta, que de Pedro dim.ma a ordenação
DISCURSO SOBRE O PAPA. d o:; hi!i pos e a formação da Egreja, e que
se b a heresias e sei- mas é porque nem lo-
2. 3 PARTE.
dos e!,tão voltados o u unidos com o sa-
Entre uma infini<lad e de lestimunhos cerdote de Ocos, coru aquelle pontifice
que mostram a suprema auc toridade da qne julga na Egreja em Jogar de Jesus
Egreja de Roma em todos os secu los do Cluisto. E:-.tc rue~mo Cypriano julga tãe
chrii,tianismo, apenas re firirei um outro firme a Eg reja d e Roma, que a sLfppõc
mais nota vel, porque seria nunca acaLar inaccessivel á :,ugge:,lào dos h e reges e ~cis-
referil-os todos. ma t icos: os nova cianos , diz elle, ousem
Para proceder mos co m alguma or- pa!;sar o mar, levar cartas dos sci-;mati-
d~m começ:Hci: 1. º pelo~ dos sanctos pa- cos e profanos à cadeira d e S. Pedro, à
dres e escriptorel, ecclcsia~ticos: 2. º pelos Egreja principal d a qual emanou a uni-
r ecu rsos d os bispo~ para Roma: 3. º pelos d ade do sacerdocio, sem pensa r que se
teslimnnbos do.-. con<'ilim,. /.!. º pelas acções dirigem a este~ mei-mos romanos, de quem
dos Pap~s, que mo:.tram que obravam S. Pau lo louvou a fé, e nos quaes não po-
sobre toda a Egreja como tendo suprcorn de a perfidia Ler accesso.
auctoridade sobre e lla. S. Jerunymo diz que Jesus Chn-.to
Terà o primeiro logar na Qrdem d os dera a prima:,Ía a Pedrn, para con:-erva-
tesli.muohos dos pad res saocto Ireneo, <;ào da unidade, e que e lle é, por isso o
que, ha~·endo tractado co m os disci pulos fundamento da Egreja-foter duodeeim
dos apostolos, appellava já para a reg ra onus e ligi tur, nt constituto capile tolla-
da fé da Egreja de l\oma, e confessava es- tur occasil) cbismatis. ·
te primado <lil'ector tornado tão celebre N'um loga r cham a a Pedro viga rio de
na Egreja, como d eve ndo reunir-se a ellc Cbristo e confirmador da fé dos cbristãos,
todos os cbri.,tãos espalhados em todas as e n 'ou tro diz, que tirar à Egrcja esta pri-
partes do universo-ctd ba ne enim Ecclc- masfo, ou e~cluir della uma auctoridade
siam proph:r potiorem principalitatem eininente i.o bre todos é enchei-a de sds-
necesse est omnem con\enire ecclesiam, mas e de heresias, é acabar com a Egre-
hoc e:-.t eo:s, qui sunt undique fideles. j~, porque não podem fazer todas as
T ertuliano no fim do seculo 2. º ex- Egrejas particulares d o Universo uma i,C:,
clama: « Eis que me chega um edicto, e Egreja se m e:- ta rem unida!-1 a umo só ca-
« um edicto peremptol'io, dimanado do beça; e é por is~o que elle declara que· e
« Sucnrno Pontifi ce, elo bi:-,po dos bispos.» inimigo de J esus Gliristo aquelle que se
O mesmo TerluJia no Ião proximo á tra- levanta ('nntra o fundamento, em que elle
di<;ão apo:-lolica, e tão solicito em reco- assentou o christianismo.
lhei-a, antes da sua queda, dizia: « O Se- S. AgoslioLo não é menos explicito,
nhor d e u as chaves a Pedro e por elle à porqu e diz, qu e Pedro po-r causa da sua
.Egreja.)) MenJento claves Dominum Pe- prim asia representava toda a Egreja....-
tro, et per eucp ecclei,í~ rcliquisse. cujtJS ecclesire Petrus Apostolus proptcr
8ibllotec.1Pút,tlka6enedtloblte
npostolatus sui primatnm univesam re· S. Ambrosio reconhece no Papa a
prcseotaba t ecclcs,am. a11ctoridade da Egreja e diz, que aonde
Em outro logar reco nllcce que por eslá a Egreja està o Papa, bto é, o seu
r.ausa de1>ta primasia a Egrcja de Roma poder supremo.
íõra sempre consi<leracla como a cadeira O oriente e o occjdeote é todo con-
npostolica, de qnt:! ninguem ~e podia se- forme n~sta linguagem, é todo conforme
parar. E!lte mc:-mo padre. escrevendo aos em reconhecet· o Papa como unico pas-
bispos <la Tbc1'salia urna carta que dedi- tor do univ·ersal n·l,anho de Jesus Christo
cou ao Papa Bonifaeio 1. º ex.plica-se as- com suprema auctoridade de o apascen-
sim: « A formação da Egrt'ja univeral no tar, e de o reger, e governai•, em reco-
« seu nascimento teve prinl'ipio <ln digni- nhecei-o como legitimo snccessor de S.
« dade do bema,·enturado Pedro, na pes· Pedro, como suecedendo-lue na sua auc-
« soa <lo qual se acha o regimento e a tol'idadc.
« summa dessa. D S. Athanasio diz, que o Pontifice Ro-
« Posto que cl'aquella fonte brotou o mano occupa na Egreja um logar subli-
« rio da disciplina ecdesia:,,tica em todas me, porque tem a seu cuidado vigiar so-
« as Egrejas ú medida do progresso da bre todas as Egrejas, e annullar o que se
« cultura religio~a. faz cm detrimento dellas.
e Os canones do concilio de Nicea não S. Clirísostomo l'ct•onbece em Pedro
« attestam coi~a diver~a; pni~ que elle não a auctoridade de .Je::;u:; Cbri~to, e o apel-
« se allreven a cooforic-luc coü,a alguma lida a sua lingua.
« entendendo bem que coi~a nenhuma ( Contintfo).
« lhe podia conferir de mntsdo qne o que
« já possuía , além de que 1·onbece11, que
ANNO CHRISTÃO.
« tndo lhe tinha si<lo ,co n<·cdi<lo nas pa-
FE'7EBEIRO.
ll l<lvras do Senher. E por lctnlo indubi-
(1 tavel que esta EgrPjh para com todas as 5. SEGUNDi-FEIRA. - Santa Agueda,
u outra:,; Egl'ejas e:;palbada~ pelo mundo Viq;E>m o Martyr.-Natural de Catanea.
ct é, para as...,im me Pxp\icar, a cabe<;a dos ou <"omo outros querem cie Palermo na
« seus mesruoi. memlJros: dt1 qual t,,do Sirilia; padeceu o martyrio na per~egui-
ci aquelle, '1ºª se devide ao mesmo mo- <;aõ de Decio, pelo anno de 250. Qnin-
ci mento ~e affa!->ta da Beligião cbrhtã, não ciano. Pr<>lor da Sirilia ardia em amo1·
a lendo come~ado a ter exi ... teneia se não por elb; e vtindo fru.~trad')s os varfos ar-
a ne:-ta uniea e comparta con1,lrncc;àn.» tiücios por elle empregados para seduzi-
Em outro Ioga,· courutra entre as la, trocou em furor o amor, exgotando
muita .. rasõe:-, que o clctern na Egn•ja Ca. turlnras, que lhe fisessc m o martyrio, o
tholica a succe!,são dul'i bi!'Ôpw, <le lfo111a: quanto era pos1,i,·el, doloroso, e descen-
« esc11tamol-o. ~foita:- c·oii-a., me deteu1 do mc!-mO a al>jerta l)ilrbari<l:,de <lo man-
• (Jna Egreja: o eon.,entimento do .. povos dar-l!Jc a1npulnr um cios peito~; naõ teve
« e das oaçõe,: a anrtoridade, que e~ta porem o gosto de om•ir-lhe soltar um ai;
« Egreja tem adquiri<l1>, aucloridac1e prin- antes n'aq uella firme, e empavida lin-
e1 tipiada com auilagre~, nutrida com a guagem, de que achamos muitos exem-
« esperança, a11g-meotada t'Om a carida- plos nns Actas dos MartJa·ei;, lhe ouviu
« de, e fortificada ct>lll antiguidade. De- elle umn iocrepaçaõ ucm eloquente por
« tem-me a :.ucces~ào conticrnada dos bis- e:-ta ultima tyrannia.
a pos, que até agora occupraram a Se de 6. TEnç.i-FmnA. -·Chagas de N. S.
« S. Pedro, & quem .lesu~ Cbri~tu, depuh .Je!!US Chri~to-É esrn uma festividade ao
« da sua resurrci<_:;1o incumbiu ú governo mesmo tempo jubilofa, e de luto para o
« das suas ovelbns, i~to é, delem-me esta <.'hristaõ, a quem por urna pa1·te recorda
« unidade sanda, que foz que na Egreja essas adoraveis fontes cl'ondc manou o
a haja um só pastor, um :-.ó Papa, um so prcc;o da 1:edernpçaõ dus Lrnmem, e po1·
u chefe supremo, de que procede a sun ontt•a as acerbai) dorm; e eaffa·outo!!a mor-
cr aoctoridade. a sua catholicidade, ou a te, que o Hederoptol' soffreu para e!las se
« sua universalidade, ou que elln se en- abrirem ! ...
" contra em todos os tempos, e cru todos • 7. QuARTA-l!EIRA.-S. Remualdo , fi-
" os Ioga res. i lho dos Condes de Ravena-desengann-
,-0) <fHO tI1 tl ~'1' l! A Wll ~ ID ®~
WWW»AEJLZWFA ~!:::!4.e:~set~.&..SW;aa:z_. ·~-~~ :z :.,::;;:,, ili'~aQ
theologia, fl1i orden:1do pre... by lc1·0 pe\o Pas.. ado:, trc.. dfas , iu S. Bento a alma <lc
Ilispo de Pariz, na ioten<;âo<lc o emprega r sua irmü :-.ubir ao c·c11 :-ob n fo r ma <lc
no emino <la juve ntude de s11a ui oceze , po- 1111rn pomba, e mandou rouclu:,i r se l1 cn ·-
rem Deus o destina va a outros mai~ a rclu .:. darer pat'a Cassino, onde foi depo6it::ido
os. eu leis trab(tlb os. Reti,·011-.;c primeira- 110 fll<Hll u ~e pnlchrn, que para si ltwv ia
mente à uni ermo a fim <lcdc~prnnderseu prt' paritdo, cem que ef.l'ecti,,.i mentc vetu
C!\pirito de l11dos 01' laços terrenos; e on- a tie r i,cp1 iltado. A mor:tc ele Santa Es-
contrando-se ali co m ~- Pelix de , alois cboJa.,ti c·a fui em 560.
viveram jnntos por (!spa<;o dr 3 anno!, pas- 11. Du,11~GA-<la Sexagcsima. ·-Resa
sados nos mai:; lc r vorozos oxercil'iO$ <la ::\ Egreja do OLlicio <la Do minga.
Tirtu<le. Repelind,>-~e 11ma ,·is~o .inaloga
:..1 ou tra cp1 ejà em Pariz, ,w ferupo clt> cele-
brar se11 ,p1·iroeiro sncrHicio, IÍa \'Ía tido, <nmm<Dí'Jll<Cà m~~u.llll:r)~ ~ º
pa rtil'ào a i11bos pura Rom o, e icn petra rn m - Na ~ex la-feirn, 2 J o ronenle, teve
do Papn Innoctml'i o 3. º a approHH;:':lo do luga r a pro(· i~iio de pen il c1H·in. fci la por
Instil uto da ord r ni da S. S. Trincb<le da S1;a l~:\C'. lh•rm , depo i:- d rl tridur>, qnc
Redcrnp <;f10 dos ca pli vos. Por süll 1clo e m, Ca tlt edrnl, pcnrntE' a Jmn g,•111 do SJ1:-
iocanrnvcl act ivida<lc logo se fundaram Nrron Uo,1 .J usr~ 011r,; P.\ssos, b., \ ia i-id o jà-
muit os mostei ros e boi-r;itae!- em Prança , iirrn II nc·ia<lo. En1 todo· os tres dias, que
Heli pnnlta e ltalia; e ch·pois <le ha, cr a:-.- 11ro~, r~<lo~ iJlltea ",l ng e"t.i dc Di,inn, i,m-
~icn emprcgndo 1nin Yi<la cm bcncfiC'io do plora, ,1111os o M' tl a 111or, pcdinclo-ll.1c
pro.ximo, pasAou n gosa r o Jesr.a nc;o eter- c·ltu vns, e a E' Xtin c;úo da pc..,lc q 11c tem
no no dia 27 <l e Dezembro de ·1213. clcrnra<lo c·en tcnas de VÍt'limas , ,1drnira-
D. SEX1'A- l"J'.JRA . - Santa Apoll onia, mos o concurso do fi ei:-, q1H! lembrando-
·virgem e Mart yr-nntm·.il de Alexandria, ~c <ln j11:-li<;n de um Dens ultr.ijado. \'Í-
e jà <l c cdade avan<;a<la foi ac<'tti-ndr, co- nham ilOS pé,- d1\ g .. tandar te dn Hedcmp-
mo chri:.tan, durnnta a pcri-egui,;ão de <;:°H> chnrnr .. ua"' c•ulpas, e iiuplora1· seu
Del'io, pelo nnno 250: e como clla rec n- penlâl). A 1101,:;sa adinira<;ú> porem ~u-
:;ai-se n<lornr os JdoloS', e- nõo ce,:;~a~se de hi11 de ponto, qu ando pel'rorrendo as
confc~~a,· publil'aniente, que .Je~rn; Chris · ru a, p111· 011de Iran .. irou i\ proci:;saõ, vi.-
to cm verdadc11·0 Deus, quel>raram-lbe mo:- t1p01,<1 lrnagen1,<lo IJ 1, ruem-Deus-
primciramcnle l<1dos os dclltt!S, e por nl- 11rna nn rlli daõ <lc crent e,, q11e co m um
tim () <'Oll:-.11mido ~eu corpo em uma fo- Cll ll1 g.t no,,:.,,, bem a, .1liamo:, para majs
gu eira, vooo 1'Cll e!,pirilo ao Ceu. tfe~Ta de dez uiil pessons.
círcu1rn,tnncta de bfU urnrtyrio-de lue Aqui tendes, incred11los, , um . <les..
,
+«e
@ ~ID!lHrnHrll~K,llID!Il :&o
~iMbéi 4&""'9 ? 1 l etter:• t 2tffi •,•·•-&iJ:#§ r s-:sa 8!
·'1
HWl -.
mint ido aos vossos sofhmas. Visteis co- ~im os capcllães. Ei:. porque o me~tre de
mo . n Cruz foi exaltada, corno a porfia ceremonia ... da calhedral, sem ordem do
queria o povo ir ao lado do Beroe do cabido e de ningu em , porque não era
G,JJgotlrn ? Por mais que f:,çais, acreditae, pfeciso, fez descer a e, lanle parn o l ugar
q ne naõ eslú no poder do homem, faserces- onde cantão os capell àcs.
sar aqueHn crem;a, que sendo planfa<la «.V . Ex<'. Revma. podia com um ace-
pela 8egunda Pessoa da SS. Trindade,foi no fazer i,nbir a estante, levantar o Pate,·
regada, e germinou com o seu sangue, e Noste,·, dar as henção., para as lições,
de tantos outros ~hlrtyres, que tomando mo1,trando de-.te modo que se mandou
a Cruz, como baiila para a eternidade levantar \1 hymno foi pnrque as5im or-
deixaram se11ada com o seu sangue, a <hna o c.:eremooial·, ronlra o uso de.,la
He ligiaõ unica, que sabe con=,olar o ho- ~é: tudo obedeceria, e segu iria sua or-
mem, ainda nos ma is apertados transes dem. \1a:- V l~xc. Hcvma .• que nunca
ele sua escabrosa vida. te m c·onsu ltndo o ('ahid1,. quando mesmo
Sua Exc. Re vm . concedeu 4Ü dias de o direito o rec1>mm enda, <·on lra toda a
lodu lgencia1, a. lodos o~ que acompanha- espectação, e p()r 11m .w to inaudi to n os
ram a procissaõ , e assi ... tiram as prece:;.
' Estas ainda conlintrnm, porque ainda os
fost'o1, da igr..ja Pauli, taria, impoz silen-
cio aos actos religio:-oi.;, e a brio cfo,cussão
nosi-os rogos naõ tocanim o eseaoda li:;ado com o <.;abi<lo, empl'esta nd,1-lhe em p le-
coraçaõ do Senhor. no auditorio intern;õe:,; que o cabido jú-
.Notas do 11101 • .- alt·~·111. Cnl•h-ao ele S. Pn11•
mab teve •
lo, e ele ~ua Exe. Hevnan. seu Dignissii- « O N1hitl ,, Exm. e Revm. Sr. sem-
n1 Prelado;
« Exm. e Hevm. Sr.-0 cabido da pre deu provas, e procurou manifestar
ca tbe<lral desta impériàl ,·i<lade, extre- ra"goi, <l~· :-ua pr11clenC'ia. e de tPda a
llldfnente rnagoé1do pe lo foC'tO inaudito
deferern•ia á sagrnda pt>-.soa de V. Exc.
pratica<lo em a noite ·do Natal com gera l Hevma. <le. . de o eornec,n de :-;e u governo.
« Apre:-entando-~e um governaclol' do
escanclalu do poro, reunido para asl:iistir
o officio e os augustos my~terios do nasci- bispado J.!.Hn1 l•1mar conta d elle ~e m pro-
c11ra<,:ào a111 hen tii:n , como 1nanda o di-
mento do Salvador do mundo, vem res-
peitosnu)ent,d1 presenc;ade V. Exc. Rvma, reito, o e;, b icli) pulou r'>nr torlas as forma-
expôr sua magoa, esupplicor alguma ex-
' i<l,1d t•, da lt-i. e \1 goven1ud \> r tomou pos-
sr. fL,h i " <lia ... o .nP . . 1nc1 governador do
p1icaçno da parte de V. Ex<'. Revma., que
hi p,1do ,, pn·:-.ent,.u doc·H111cnto authent i-
tire toda e qualcp1er s11., peita 110 publi<:o
c·o, e~ -.(' pe r..,ou e 111 r,it ili1·ar ar.tos irre-
desta <:apitai pela!- palavra~ pronunciadas
g11lare:-.. u c·ab1do, para evitar c:-canda los,
por V. E.xc. Hevrna. pernnte Deos, e pe-
1:11·ilainer1te ratifi t uu o que ,lntes se ha-
rante os fieis ali <'ongregadoc;.
vi.1· fei10.
« [~xm. e Hcvm. Sr. - É -.ahid(i e de-
term inado nos estal11to... , c·unformr ª"" ru- « Y. Ex,·. n l'\ mn., r0mando o ~o-
bri<'as dq cerenionial. que quando o:- vc• rn o da dioc•,~,f'. q11iz e::<hulbar um dos
. l~xmf-. Srs. bi:-pn:s ec1pit11l.io mntin.-1.; os 1ilt'11il,r<•"' do <·ahidn r1n bMlefi<'i11 dP. que
conegüs d evt> m c11nt-<1r a, li<;ões· d ,s n<,e- e hv <1 1•unH'ni t> nle111 nle inq~. . tido, o cn-
turnos, al i:1s nurn•a . V. Exr. Hevma. c,1- bid ·~ que d t-< vi,, to m.i r a pei i.o suqenta r
(0eço u naqnc ll a noite por <'apitular ma- o:- dirc,ito, d1· um d ,· -"('lJ:, dil-{no:- mem-
tina!), e a (!:,lan t e :-uuio itll lng..ir ('01Hpe- 1>1·1,:;, sn .. tt·ntai· além <li""" O· direito, da
teote para as lições; os COOl'gos p<irém c·nrô ,, º"' di n·ito:- do padro.,do que o
ouvirão. contra· o cohtume, o arc.,di,,go apre..,(' nto11. pur mt>rn deforC'nda deixou
levantar o Liymno e a pri meira anã do a o per·eguido o !'-tl:-lcntar M> por !-Ó sua
primeiro noct11rno~ e tndo o <·ôro enten- p, ,içaô c•anonl<'a, :-na <•tillar,aõ regular.
deu então que V. Exc. ~{enna. rn,1od•,.u « l!at'lo:- naõ mcm1 ... lr111 tes se hé1Õ da-
pelo mestre de ccremonrnr; que o pres1- do l'Oltl outro. . membro. . do c•abido, que
<lente do côrn levantasse o hymno e con- com igual ~ilendo Lew !:la bi<lo s.up porlaJ.'
tinuasse, porque ta l vez est ivesse incom- Mta -. dôr ·s. (i)
moclado e não pudesse capitular mais o ( 1) Um con('gO foi proctssado por aodar de secular
officio. Ora, capitulando ou t ro que não crn l!ia de copiosa chuva; p.rocrssou se outro por an-
V. Exc. Revm. , e:;tava en tendido que os dar com fivelas amarnllas; e fiu~lmente suspendeu-se
a ou1ro do tixerricio de confessar e pregar porque s~
·c onégos não devião can•.ar as lições) e - não aprcscutou a S. Exc. Revma. 1 não obslá,ite ter
~
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<< O cabido, que primeiro de\'eria co- sem considerar quem a ocrupa bem ou mal. Por ou-
nhece i' e fazer r egi!)trar em ~eus archi- tro l:iclo a illustraçao. os princípios de civilidade
formão o caracter de homrns velhos, que sabem pe-
,·os os regulamentos que V. Exc Revma. sar o alto grão com que as leis e os canones da Jrrre- •
se dignou forma\is.11· pnr,1 regímen de seu ja os distinguem. Mesquinhos sentimentos de ;clio
o desfeitas estão, grnç:i$ a DP.os, muito Jong<: do ca-
clero, até boje ignora officialmente se- bido, e esta corporação não os possuc e 11[10 os Icei
melhantes regulamentos. aprescnta<lo até :io presrnte. l.ogo procla111a11do-sc
Por ordem <lo Hcvrn. ,·i•r«rio o-eral
e<
cn~ publico um procedin,cnto que o cabido não tem,
é injuria-lo e feri-lo no fumlo da alma.
<le V. Exc. He,1 ma, se tem ~~'iih1d~ de . (( Ô cabido, pois. espera u111a rcparaçiío á sua
todos o~ rnelll bros <lo cabido certidões honra ullrajalla, e V. lixe. llevma., tfio caricioso co-
uio se proclama, não deixará de reíleclir em sua cons-
compt·oba to rias de suas desobrigas, amea- ciencia que offendeu ao senado da Jgr<'ja Paulistana,
çando-se-lhes çom proce~sos se naõ se com quem deve estar sempre t'Slrnitameute uoido;
:10~S1?nallo da Igreja Paulista na , quej:í foi superior no
. prestaõ n essa inno\'açaõ ta õ singular! csnirilual a V ltxc. lle,•ma, cm quanto era simplt•s
cc O c.. hidu que deveria saber oilici,d- sacerdote f' viga rio da vara de llü; que serup ro hon-
mente o aclo taõ solerune do 111fl1ws pas- rou e distinguio a V. Exc. ílevma., recebendo-o com
lodo o amor e respeito quando invcslillo d,1 episco-
toral, a ~abi<la de V. Exr. Re,·ma. para 1> 1do; que se111p1c vigia, onstanicmcntc rm cooscrrar
a Yh,i-ta, naõ tem até h<,je em seus arcbi- a dignidade que as l!!ii. lhe conferem.
vos uma participa<:aõ, um aviso, uma des- <(Se~porem V Ex<'. nevma., o que não ó de cs-
pcrar ,:uão quizer ciêatrizar com o balsamo da carida-
pedida ao menos; sendo antes notorio a de esta f1•ri(la mortal <1oc abria no cora('flo do cabi-
todo o ruundo que V. Exc. Revma. Je do, pt-rlllíltirà que leve111os nossa justa tlôr perante o
th rono do mrlhor dos 1,oLH!ranos do mundo, de <JU cm
queixàra il ~a:1ta Se de que naõ achou no esperaremos lenitivo e a quem pediremos um meio
cabido deS. Pau lo quem oquizesseacom- 1>ara obslnr a rcproducção de um facto inamlilo que
paub.tr; e qnc por isso levára doui. mino- poz em consternação o cabido, os fieis desl:i citlade.
e :iinda mais a Igreja, cujos aclos solemoissimos ~e
ristas; nenlrnm vigario gera l; o que na õ e inlerrompérão.
exacto, pois e publico que um membro « Dí'us guarde a V. Ex.e. Hevma. por muitos :rn-
nos. S. Paulo, em cabido. aos 27 <.la dezembro de
do cabido oLiereceu-se para acompanbar 185/i.-Exm. e nevm. Sr. o. Anlonio Joaquim de
µ V. Exc. Revma., que naõ aceitou tal Mello! bispo deita dioeesc. -Jliriclis J osé M oroes,
o!l'erecimento; e que ning uem se recu~a- arcediago prt:>sidenle-J º"q,.tim At1selmo de O li-
vcir11, .a rciprcste- 11Ja11oct Emvgdio Bcr11ardcs-
r1a a acompanhar a V. Exc. Revma. des- J 0<1qu11n 111 anoel l101tçalvcs d e, Andrade. - Fidc-
de que fosse convidado. tis Al11ttres Sigmaringti d e Mora es.-Joaqitim
do M011lc Carmello.- 1 [dcf,mso Xavier Ferreira
« Sempre solicito em mostrar e ma- secretario do cabido. » '
nife~tar em. publico sua adbe!>ào ft sa"'ra-
o RESPOSTA.
<la pessoa de seu Exm. prclildo, naõ se «:mms. e Revms. Srs. -Quando, recebendo o
officio que vv SS. nos dirigirão com cinta de 27 do
recuso u o cabido, quando convidado pe- con't·nLc, <le\'iamos pensar que linha por fim reparar
lo Hevm. vigario gera l a fazer por tres o esc:uulalo e maceira a mais i11:1olente com que fomos
tratados por um membro do e,. bido, em nome cio ca-
dias, contra o co:-lumc? e a expen~as da bido. perante o cabiJo, que impassivel. Lu1lo testt•mu-
fabrica. preces pul)l i<'a~ na ida e na vulta nbon st>m o mais pequeno sigual de re1>rovação. nes-
<la vi:-ita de V. Exc. Rev rna. sa memoravel noite e111 que celebra,·amos a vigilia (1)
do Nascimento do Nosso Sah•ador; quando espcrava-
« Finalmente,;senhor. o cabido vê qnolicliana- mos a repar:1('ão do desprezo que de nos se frz. que-
rneote 11uc \ 1 • Hxc. Revma. lira cr.pcllães cio i;cniço rendo e fazendo 1.apilular o Rcvm. :ircediago, estan-
tia ca thcllr;1l; toncede licenças ale aos moços do coro, tlo nó::. capilulan<lo. ucui p<'deodo allega r desc.uido ou
sem ao mcuos consultai' se elles fazem ou não falia igooraucia. porque nosso ceremonius, conforme nos
ao serviço publico; que por permissão de V. l!xc. ccrtHicou, fez ol>servilr tal inrompclf.ocia; sim, quan-
Uevma. os mesmos capellães do <'Õro, e diversos ou- do islo espera vamos, paso\ltmos vendo que o fim <lo
tros sí111pliccssaterdotes, usão de insígnias ele ·que só dit o ollido é exigil' de nôs completa reparação pela
gozào os me.mbros do cabido, em vínude de um bre- offensa qut> fizemos, e uão a querendo dar, que o lllm.
ve ponliílcio. e Hevm. cabido levaria t.ua uova e :iotigas queixas pe-
« Tudo isto que cm outras êpbcas seria bastante rante S. l\J. J. A'vaute, Jllms. e llevms. senhorest
1pr~ fazer chegar uma qm'ixa aos pés do throno, o prosiga-se a obra comt('ada desde 1852. /\ veuia es-
cabido tem supportado com uma pacieucia evangeli- tà dada S. M. 1., tão alto rollora<lo, v11 muito abaixo
ca. l\las avancar V. Exr. Bevma .. como avaucou cm de si este triste jogo de pai'!.ões. e, cheio de justiça,
a referida noite de Natal, 11 face da igreja e do.publí- não me julgarà sem dar-me a libcrd:ide de lambem n
co ili ustrado, que o cabido quiz desfeilear a V. r~x e. meu turno 11prescntar os factos rom suas verdadeiras
llcv. , é irrogar uma injuria que nfto lcm qualificação côres. Ocos guarde a VV. SS, Hesideocia episcopal,
na ordem social e moral. 28 de dezembro de 1854-Autonio, l.lispo diocesa-
. _ « o cabido, cioso de sua dignidade e de sua po- no. -111111. e Rt>vm. sr. conego arcediago Fidelis Jose
s1çao, oao se Lem&afastado uma so linha tio compor- de Moraes e Revms~ Srs. membros tlo cabi<Jo.
tamento que lhe impõe ó dever de obediencia, aca- (Ca,.,a p111•ticu lm·.-Jor11al do Com~rcrcio) .
tamento e respeito à alla digoicl:ide que V. Exc. nvm.
occupa. Póde V. Exc. ncvma . não ter aO'eicoados no (1. l Túo pcrtur bijd1· está S Exc., auc não aueode que essa
cabido; ma& a corporação sabe distinguir ohomem
<la dignida<le, e tributar a esta o que lhe co111petc,
~olcmnidadc uão é a da Vioiliu do
cm o dia aoteCPrtente l
Natal, q1te já ·se rezára
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