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1. Introdução
A gestão de carreira por parte das organizações e por parte das pes-
soas tem sido objeto de grande discussão em revistas especializadas
e na literatura contemporânea. As discussões tomaram dois rumos:
o primeiro foca o papel da pessoa na gestão de sua carreira e de sua
competitividade profissional e o segundo o papel da organização no
estímulo e suporte ao desenvolvimento da carreira da pessoa.
O objetivo deste capítulo é oferecer uma visão ampla da gestão
de carreira. Será apresentada a evolução do pe·nsamento sobre ges-
tão de carreira e serão discutidos o papel da pessoa e da organização
e as tendências nessa área.
2. Conceituação
Como se trata de um termo bastante utilizado, ao qual se agregam
vários significados, carreira é uma palavra de difícil definição.
Podemos utilizar carreira para nos referir à mobilidade ocupacional,
como o caminho a ser trilhado por um executivo - carreira de
negócios-, ou à estabilidade ocupacional, ou seja, a carreira como
99
organização os carreira passa a idéia de
. militar. Ern alll os e no espaço que pode se_r percorlidlltn
os cas '
essoas na b
.!!!J-~
. - como a carreira . . do no tempo rt'lesma linha de raciocínio u o
Jrofissao, d organiza . d dessa d . , llal!
! .
c·1n1m 110 estrutura O e
1 anen 197 7). parun ° ,
ira e um
1
•• •
a seqüência e atitudes e e0
d tn
, . , lguérn (Van ~ a . a'· fini ção: "Carre .· ·dades relaciona as ao trabalh -
po r .t uinte e . e anv1 0
(.1976) sugere a se~ rn experiências '
associada co soa" . d S h
portamentos, do de vida de urna pe~ cunhada por Lon o~ e tump (l g82)
durante o perfo d íinição de carre1.ra . são contemporanea do tema:
Entretanl'O. a e d . ara orientar a d1scus
111 is adequa ª P
torna-se a ª d e de traba lhos realizados durante a .
. ões ocupa as . . d . V!da
_ . ências de posiç , . d tágios e a ocorrenc1a e transições
c~rreira sao as sequ I uma sene e es . . que
, A carreira envo ve . - . dividuais e expectauvas e imposiçõe d
de uma pessoa . . sp1raçoes m d. s a
sidades, motivos e ª . d . dividuo, engloba o enten 1mento e a
refl etem neces erspecnva o m . . ava.
. ão e da sociedade. Da P to da perspecuva da organização eng! b
orgamzaç .. . rofissional, enquan . . , . . oa
11.açao_ de sua expenencia P
.
. d
decisões hga as a e
spaços ocupac10na1s, mve1s orgamzacion .
_ .. ais,
líticas procedimentos e E t s perspectivas sao conc1hadas pela carre·
po , . ento de pessoas. s a ira
compensação e movim . desenvolvimento e mudança.
contexto de constante aJuste,
dentro de Um
. •mportantes. Em primeiro lugar, não
trata a
1 d f . - encerra conceitos i
Ta e miçao .~ . . de experiências e trabalhos, mas como urna
. ma sequencia 1mear
carreira com~ u . _ _ variar em função das pressões sobre o indiVí-
série de estág10s e transiçoes que va 0 ,. 'd
. . d d 1 , · e do ambiente onde esta msen o. Em segundo lugar
duo, ongma as e e propno . '
• como fruto da relação estabelecida entre a pessoa e a empresa
pensa a carreira . ,
englobando as perspectivas de amba~. Finalmente, trata a carreira como elemento
de conciliação dinâmica das expectativas entre a pessoa e a empresa.
Durante os anos 1970 foram feitas as primeiras tentativas de estruturar a dis-
cussão sobre carreira levando-se em conta a relação entre a empresa e as pessoas.
Um marco desse trabalho é o livro de Douglas Hall (1976) Careers in organizations,
que procura efetuar uma relação entre o sucesso das pessoas em sua carreira pro-
fissional e o desenvolvimento organizacional. Outra obra importante é a de Edgar
H. Schein (1978), Career dynamics, que analisa a relação dinâmica entre pessoa e
empresa com base na construção de processos de carreira. Nessa década, vários
autores procuraram discutir o papel das pessoas, da empresa e do meio social na
construção de carreiras.
A produção dos anos 1980 é muito rica tanto na qualidade das reflexões quan-
to ~a diver~idade dos temas abordados. A principal produção ocorre nos Estados
Umdos deVIdo aos seguintes aspectos:
Há, por parte das pessoas, uma natural resistência ao planejamento de sua vida pro-
fissional tanto pelo fato de encararem a trilha profissional como algo dado quanto
pelo fato de não terem tido nenhum estímulo ao longo da vida. A resistência ao pla-
nejame nto individ ual de carreira é ainda muito grande no Brasil, pois as pessoas
tendem a guiar suas carreiras mais por apelos externos, como remuneração, status,
prestíg io etc., do que por preferências pessoais. Embora não existam até aqui pes-
quisas que confirm em essa afirmação, há a seu favor inúmeras constatações empí-
ricas oriund as de evento s em que esse assunto foi discutido, intervenções em
empres as e trabalh os com estudan tes de nível superior.
Acredi ta-se que tal quadro venha a ser modificado nos próxim os anos graças
a mudan ças de postur a e compo rtamen to exigidas das pessoas pelas empres as e
pelas pressõ es sociais e econômicas. Observa:-se ainda que, em momen tos de crise
e escasse z de empreg o, as pessoas tomam -se natural mente mais preocu padas em
102 I
As pe~~º"~n~ o~g_M'~~çJo_ -
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, J os e instrumentos que
- in c;clh os, mel o .
- a.s .
hu c;cc1 nt 1n <. L
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· ,1,.,n1cnto ina1s e .
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puli t 1cs·1lll•··\-s- e da pnst111·J c1 e ·een
d , Jc crnp t der. Essa s1tuaçao, observada.
os
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p;1r:l ;1 irn1 ,';K ~l11 e~, ca113~·1'l"~rn\·o
vada no Brasi~ _por pesqmsa reali_zada etn
d i mundo, pode sei e . ~. . .- e Pela
lll Ll l . A lrn1n1s t1 açao Co ntab1h dad e (FE A) da Um vers idad
- ·uld ·1dc de Ecunorn1 ;:i , . e . . . , . e
1~ ac. · 250 e 1_· .
1ng e nt es empresana1s no 1rn oo de 1993
k Sãti Pauh, (USP) coin -
e. J , . idn geral, a mu
lan ça de comportamento é de respons
Obscrva-sc que. uc c . b , ·
me d sen vol vim ento. Ca e a empresa estirn a-
bilid,ldc da pessoa, ass im · como seu e - _
, . par a que "l\1-
. . , . d O apo io necessano O indivíduo possa empreend
br e llkt e< e1 to o . , d . . er
seu desenv olvimento e sua ca~r~ua. Essa postura e ca a vez mais 1dentificad
a
nas grandes organ izações brasileiras.eJ· em .
O tí rnlo para que as pessoas p1an suas carreiras tem sido um instrumen.
► es n . , .
to importante para torna- as
, 1 empreendedoras consig o propnas. O planejamen-
. f d
to da carreira az com que as pessoas reflitam sobre seu esenvo lVlm ·
ento e as
.. . , . , d
a empresa. Tal pranca e ca a vez mais . .
pos1c10na para negooa r com d1ssemina-
da nos Estados Um·dos, nO Canadá e nos países europeus e e, 1•dent1.fica .
· ·ti·cos e na Austrália enquanto na Am , .
a1guns pa1,ses asia . , . da em
, enca Latma e Vlsta com
menos freqüência. No Brasil, há poucos .
exemplos de empresas q~e estimulam
e oferecem condições concretas para que
as pessoas possam planepr a carreira.
► Armadilhas prof1 · . .
- · ss10na1 s: ca i-se cm uma armauilh a quand o se executa um
trabalho que d en:ian d a pouco dos pontos fon es e muito dos pontos fracos.
. · part e d o tempo, gera gran de desgaste e pouca saus- .
Esse . o , na .maior
_ trabalh
façao, minando a energia· • , conc.uzrn ·
l · d o a uma situação · ·b·rn <l o
d e estresse e in1
.
o . dese nvolv im ento • Ex1·s tem d 01.s tipos .
de arm ad ilh a: a que se percebe ime-
diatamente
. . e a q ue· e- .nota d a vá ri.os anos após nela term os entrado , sendo esta
~,u _u o pior ~ue a prim eira. Em um ambi ente de grande compet itividade pro-
fi ss ional, cair em um a armad ilh a pode traze r mui tas difi culd ad es ao processo
de desenvolvimento.
► Falta de foco: as pessoas só se in co modam co m a ca rreira quando sentem des-
~o~forto profissi onal. O processo que envolve a instalação do desconforto pro-
Ílss10nal, a percepção, a ação de mudança e a saida da situação de desconforto
demora de dois a cinco anos . Isso significa que, durante o período de descon-
forto, o autodesenvolvimento fica estagnado ou ocorre lentamente.
► Alternativas restritas: visão limitada das alternativas de desenvolvimento pro-
fissional tanto na empresa quanto no mercado .
: Figura 1.
: Etapas do processo Estabelecimento ~e
: de planejamento objetivos de carreira~
: de carreira
/ ~ Identificação de
oportunid?des de - - -
tmt>1ementaç,,
-~at;,~ / ~~ora
Plano de ação
►
2
º passo - conhecimento do mercado: o mercado, dentro e fora da empre-
sa, _deve ser sempre analisado observando-se as opções, as tendências, as limi·
taçoes e as alternativas de desenvolvimento profissional. Verifica-se, por meio
de pesquisas que as pe · . ra-
' ssoas onentam suas carreiras considerando o organog
ma da empresa ou seu plano de cargos e salários. Esse é um grande equivoco,
A gestão de carreira 1 105
pois o orga nogram
pensa em · ª e os ca rgos refletem O
· carre ira a cabeça d passado ou o presente. Quando se
► 31! pass o b'
. - o 1etivos de eve. estar no · ·
· aman h-a, e não no ontem.
la , carr eua· um .
' as pessoas a iniciar su f1 _· ª parte significativa da literatura estimu-
por m, po d· e condu zi-l a re . exao estªbe1ecendo objet
é
ivos de carreira. Isso ,
pessoa estabelece O ob· as. ao nsco de fec har demai.s o
foco . Por exemplo: uma
mas nem sequ er é po ~etiv . ,
o de chegar
l ao cargo .x na empresa Y em cinco anos ,
.· ss1ve saber se
cinco anos. Po rtant o ut' . ª emp . . .
' 11iza r-se de qual resa . f
Y e o cargo X ex1st
.
lrão daqm a
esse referencial semp .. .
que r 1 e erenc1al externo é perigoso, p01s .
. . . re se1á move diço O , . . f
md1v1du al. A reco m d _ ,
en · umco re erenc1.al que não muda e, o
aspecto pessoal utiti· açao e pr .
l acur ar estab elece r objetivos centrados no
feliz pro fi ssion alme zanc t d
o-se de p
. . erguntas d O tipo: . " .
n e aqui a Como posso estar mais
conh ecim ento p . cmco 7" p
b anos. ara responder , é essencial o auto-
Reco menda-s . d a1a sa er o que f ,
ara a pessoa feliz profissionalmente .
e _ª ~n
re levantes: [am11iar social
ª que os objet ivos sejam pensados em todas as dimensões
► º ~ . .
4 ' 'pes soa,1 econom1 co-fmanceira etc.
st
p~ss o - e ratégias de carreira: uma vez definido
seguinte será· "Q l , o obietivo a pergunta
_ . · ua e a estratégia para alcançá-lo?" Rothwell Je Kaza '
prop oem com o principais t , . nas (1988)
. .. es rategias o crescimen .
do,. a diversificação com a to na empresa ou no merca-
agregaçao- de . . des . mço
. _es ,
novas responsabilida ou atnb
ª integração com a agregação de nova área de trabalho na empresa
ou novas
ocup açõe s fora dela, a revisão com a desaceleração
ou o reforço de determina-
das áreas de atuação e, finalmente, a combinação de
todas as estratégias.
► 5º pass o - plano de ação: após a definição da
estratégia, é importante a ela-
bora ção de um plano de ação . O plano de ação deve
conter metas de curto
praz o, indic ador es de sucesso, fatores críticos para
o sucesso e uma avaliação
dos recu rsos de tempo , dinheiro e aperfeiçoamento
necessários.
► 6 2 pass o - acompanhamento do plan
o: a avaliação dos resultados das estra-
tégias de carreira deve ser um processo contínuo .
Para isso, os objetivos ou
meta s fixados representam um padrão de mensuração
essencial. Além disso , é
imp orta nte avaliar a consistência das ações e dos próp
rios objetivos ou metas
quan to a valores e interesses, demandas da empresa
e da ocupação , demandas
do amb iente , praticidade, disponibilidade de informaçõ
es e recursos, compati-
bilid ade com a vida familiar, lazer e interesses pessoais
e nível dos riscos envol-
vidos. Muitas dessas questões não poderão ser resp
ondidas com precisão, mas
servirão para indic ar necessidades de revisão do plan
ejamento de carreira.
de exploração,
. ~uran te a id ade ad ulta, as pessoas podem viver vários ciclos
que melhor se adapte
cn st ah zac;ão ou especi fi cação de modo a encon trar a carreira
arrastar-se além dos
a suas necessidades, interesses e habilidades . Ta l processo pode
educaciona l. Uma
30 anos nas pessoas que continuam invest indo em seu processo
na chamada crise
escolh a mais definitiva da carreira ocorre por volta dos 40 anos,
da meia-idade (Ha ll , l976; Super e Bohn , 1972).
tem sido bem
Van Maane n (1977) afirm a que a abordage m dos soció logos
o , nacio nalidade ,
diversa. Eles acreditam que diferenças de raça, classe , sexo, religiã
não só na escolha da
educação , familia ou área de residê ncia têm papel importante
os sociólogos, desta-
carreira mas també m na construção de expectativas. Dentre
cional e organiza-
cam-se três catego rias de abordagem: sociologia industrial, ocupa
nciadas pelas ques-
cional. Tais categorias influenciam-se mutu amen te e são difere
gados e pelo grupo
tões que procu ram responder, pelos modelos de análise empre
operários, sociologia
de pessoas com que trabalham - sociologia industrial com
e sociologia organi-
ocupacional com todos os membros de determinada atividade
pson, 1974) . Os
zacional com gerentes e profissionais dessa área (Salaman e Thom
escolha de carreira
sociólogos contr ibuíra m com uma visão crítica do processo de
ão no mund o do
analisando como as pessoas apreendem normas e valores de atuaç
a e como a ideolo-
trabalho, como o status de uma ocupação influencia sua escolh
inada carreira.
gia dá supor te a pequenas relações entre pessoas dentro de determ
nut n) b cl L,. :1 rcl tl<;,1L) qur as pessn:,s csta lwle<.:em com u trabalho ou com a ca r-
rl'il"I• nJo
• •
· ·
e: 1)f1·c, 11 ( 1ct r nn11llsmo 1 uu t ras duas c:.\l ego ri as, já que os ·in d.1v1'd uos
Las
pc,rkrn I rnn cc1r. mud ar ou ,tl :1va11c3r a carre ira . As relações que as pessoas esta-
ht-lcrc m cu ni su:1 ucupnc,;:,n nu n im empresas formam tambêm um ciclo a cujas
L' l ap,is 1111 rst:'lgins puclcm ser as-;LicL1das J t: 1cr m inad as ca rncterfsticas.
()s I n's ciclns sCh) dcsnilllS 11:1 Figur:1 2. Perce be-se c.iue há momentos na vida
l' lll '-llll' . dcvid n :) id:idr, rcl a~·:1o pnifi~sicinal e sil uaçào fa mili ar, as pessoas recebem
gr.uidr rnnj untn de pressões. l:sscs 111 0111c n1 ns, arrese n1ados na Figura 2, tendem a
l':'ü' rcc r gr:ind c i11ílu011Ci;1 nas drr isCws ~oh rc prn jf los de viela pessoal e profissional.
: Figura 2. A3 C, , -,. B1
: Ciclos de influência Alta 1
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Baixa
pressio ,,
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Essas fases, ou ciclos, vêm sofrendo alterações nos últimos anos, motivadas
basicamente por dois fatores: aumento da longevidade das pessoas e redução da
oferta de empregos. Observa-se o aumento da expectativa de vida das pessoas gra-
ças aos avanços da medicina. Os futurólogos acreditam que as pessoas nascidas
após o ano 2000 poderão contar com uma expectativa de vida de 120 anos. Tal afir-
mação está baseada em tendências como o contínuo avanço da medicina e a dispo-
sição da humanidade para investir cada vez mais em pesquisas ligadas à saúde e em
formas de disseminar rapidamente as conquistas desse campo; o aumento da preo-
cupação da humanidade com o meio ambiente e a busca de maior qualidade de
vida; e a maior consciência das pessoas de si próprias, buscando manter sua inte-
gridade física, psíquica e social.
Futurologias à parte, a maior longevidade não é algo episódico, mas uma ten-
dência importante que influi decisivamente na vida e na construção de expectativas
e projetos. Alterações importantes de -padrões comportamentais em decorrência
110 1 As pessot1s n"' or~ini~1i_~<:, __ --- -- - - -- -- ---
--- --- - - - . - _ --
.
. fissional , que era aos 4{) an .
la carreira pro r ~
. ct-11 . .; cr11hsr n8 . ' das : o ::í r1c e e 50 us
di:-St' 1,1 po l t • pa rao s ano s. O me sm o ien om eno Pod "'
• d scnvolv\U os,
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, dia e l . l ·.
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dcslt1cP11-~ r. t11 • ' · ., . com pessoí3 da classe me da a ta. os pa no s de ª h·
l tH ) íl t ,,s,1 S d d
. i•mite de reti ra a a vida pro·vO-
sn id cn11 1tl·,H () 1 ·lcc iat11 55 ano s con1 0 data-a.1 ser fi
s-
i · , que cc;1c1 K ºO pas ref orm ula dos , um a vez o11
scnt ;ll nn , · ·_ l cJ pca drl de l 9° , . sar. am
. . el e vita li cIa de. Po r outro lado. , a complexidac
• 1 ·1tr mcal1 L)'.-- e a l t
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pna s, .
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·d d • • a rev er alg uns aspect os importantes de
( '! fator da longev , a e é suficiente par
. . a
.
cxpcc1a11vas e pro. Jet . Se ant eno rmente um pessoa de 40- anos começava a pen.
os. . oietos de ascensao , de mv . .
sar cm aposentado1.·ta, amalme .
nte cu 1uva pr J estrmento ern
des cnvolvm1ento
. . oal e VIsuah.za um 1argo horizonte à frente.
pess . · - para pensar com ma is clareza
A refl exão sobre tendênoas oferece mumçao
_ 1hd . . ades d d .
sobre as poss1b e esenvo1VI·mento e seu dimens10namento no tem po.
s. o papel
...... ....... ........da empres na gestão de carreira
.. ... ..... ........a.........................................
Quando as pessoas falam de planos de
carreira, têm em mente projetos que
absolutamente claras as possibilidades deixarr,
de desenvolvimento profissional ou
tam com precisão esse horizonte. Assoc apo n-
ia-se, portanto, à noção de plano de
ra a idéia de uma estrada plana, asfalta carrei-
da e bem conservada que , trilhada
soa, a conduzirá ao sucesso, à riqueza pela pes-
e à satisfação profissional. Quand o
para a realidade das empresas, verifica-s se olha
e que a carreira é um a sucessão de
cimentos inesperados de parte a parte, aconte -
ou seja, tanto para a pessoa quanto
empresa. Deve-se pensar a carreira, por para a
tanto, como um a estrada sempre em
trução pela pessoa e pela empresa. Desse cons-
mo do, ao olh ar para a frente, se verá sem -
~re O caos a ser ordenado e, olhando-s
e para trás, será possível enxergar a estr
Ja const~íd_a. U~a empresa que adm ada
inistra de forma compartilhada as car
seus profiss10na1s terá diante de si vár reiras de
ias estradas em construção.
. Para uma empresa
mllhares de profissionaisque trab · ·
alha com centenas, milhares ou até
dezenas de
. , sen , l · ·
a 1mposs1ve conc1har as diferentes
carreira dessas pessoas c
.d d . . expectativas de
.
turas de carreira ou instruom as necdess1 a es organ1zac10nais sem diretrize
Çã d . - . - s, estru·
0 e carreiras. Tal sist . me nto s e ges tao , isto
pessoas devem b .
ema n - d .e, sem um sistema de admínístra-
. ao eve ser ent
o
como forma de nga•tonament e se enca. endido como uma moldura na qual as
orgamzar poss1b . ..
ihdade ixar, mas como a estruturação de opç -
nejar a carreira dentro d s e oes ,
. . a empresa . como suporte para que seja possível
pla-
.Diversos autores têm apresentado dif
do sistema de administraça~ d er . . -
. ent es -
0 e
carreiras: pos 1ço es acerca da caracterizaçao
A gestão de carreira 1 111
5.1 PRINCÍPIOS
O sistema deve estar assentado sobre princípios que representam os compromiss os
acordados entre a empresa e as pessoas. Embora possam ser revistos ao longo do
tempo para ajustar-se a novas necessidade s, está pressuposto que sua alteração seja
lenta, uma vez que dificilmente ocorre uma situação em que todos os princípios
sejam integralmen te revistos a um só tempo. Os princípios garantem, portanto , a
consistência do sistema de administraç ão de carreiras ao longo do tempo .
i\l g11n1a~ pr S'-l 1:IS pnn- hcm o desrnvulvirncnto de ca rreira como responsabih-
d:1dr rlrin1;1ria rn1 n:r lu~iv:1 dn nnprcs~,. II;'\ 4ucrn ache que a asce nsão na carreira
(' 1u11:1 qucst:1n dr ~nrt1· , hasLandn estar 11tl lugar certo na hora ce rta. Por sua vez,
0 Lllrn~
acrcditan, que, para r~m:r carrrira, devem pul ar de empresa em empresa,
u111:1 w .: q11i: "sa11tn ele l':IS:1 rn\o fa z 11111:Jgrc" . Outrns pessoas não vêem sentido em
prns:1r nll pl:11wj:1mrntr1 de r:irrcira, u11ia ve z que não é possível prever o futuro . E,
fin :drnrntc, h(1 :14uc-lcs que illl efetuar sua aulo-av~liação , atitude inerente ao pro-
cesso dr plancj~1111c111u ele carrcir:-1, 11 :)() tem coragem de encarar a si próprios ou
rclut;rn1 cm fn zn as mudanças nccessCtrias no pl ano de ca rreira.
Nas empresas, a baixa aprtência por mudanças é , raduzic.la por expressões do
tipo: ''Nós sabemos o que é melhor para nossos empregados", "Um sistema dessa
nnturc za é muito custoso'', ''Esse sistema pode despertar expectativas irreais em
nossos empregados" etc . Além disso, há a resistência dos gestores em assumir o
papel de mediadores entre as necessidades da empresa e as expectativas de seus
subordinados, e a falta de legitimidade do sistema, devido à forma corno foi desen-
volvido e implementado, faz com que seja encarado como mais um modismo da
empresa. Aliada a todos esses fatores, a resistência da empresa também se dá pela
falta de persistência, com o abandono gradativo do sistema à medida que deixa de
trazer resultados imediatos (segundo Hall e Gutteridge, são necessários pelo menos
cinco anos para sua consolidação).
Hall (1986) afirma que as resistências serão cada vez mais brandas à medida
que as pessoas forem pressionadas a fazer uma revisão da própria posição em rela-
ção à carreira e que as empresas descobrirem o paralelismo que há entre seu suces-
so e o sucesso das pessoas que para elas trabalham .
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