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D o l l a r
Assistente d o diretor d o Archival Research and Evaluation Staff (F1SZ), Mational Archives a n d
Records Administration.
O
Balanço
c i a . Os arquivistas
1
suben-
-
n a S e g u n d a Conferência Européia
sobre Arquivos, realizada e m Ann
Arbor, Michigan, e m maio de
1989. Reconhecendo a impor-
tende que, na medida e m que se
tância d a s tecnologias de
r e g i s t r a o começo d o f i m d o
informação n o s a n o s d e 1 9 9 0 , a
século X X , a p r e s e n t a m - s e p o n t o s
conferência d e m a n d o u p o r u m
de vista divergentes sobre o q u e
estudo d o impacto delas, sobre
os arquivistas fazem e quão
princípios e práticas d e a r q u i v o s . E m
satisfatoriamente o fazemos. Este tema
a c o r d o c o m e s t a solicitação, p o r t a n t o ,
é ao mesmo tempo interessante e bem-
este escrito examina este impacto sobre
vindo, particularmente q u a n d o está
o s princípios e práticas d e a r q u i v o s . 2
A c e r v o , R i o d e J a n e i r o , v . 7 , n* 1-2. p. 3 - 3 8 . J a n / d e z 1 9 9 4 - pag.3
A C E
P
IMPERATIVOS TECNOLÓGICOS
segunda parte consigna o impacto
d e s s e s i m p e r a t i v o s tecnológicos s o b r e
oucas pessoas negariam que a
princípios arquivísticos básicos (teoria)
t e c n o l o g i a d e informação está
e a prática arquivística. O e s c r i t o c o n c l u i
p r o v o c a n d o u m a revolução d a
com u m a discussão d e p o r q u e o s
informação tão p r o f u n d a e difusa
arquivistas devem se tornar ativamente
quanto a revolução industrial, a
envolvidos na mais ampla comunidade
d e s c o b e r t a d a impressão e d o s t i p o s
de t r a t a m e n t o d a informação.
móveis ou o desenvolvimento da
Antes de prosseguir, devo comunicar-
escrita . 4
Como partícipes dessa
lhes as quatro perspectivas que se
revolução, e s t a m o s m u i t o próximos d a s
c o l o c a m n e s t e t r a b a l h o . P r i m e i r o , há
mudanças q u e d e l a r e s u l t a m para
uma emergente mudança g l o b a l d a s
compreendé-las c o m p l e t a m e n t e o u p a r a
comunicações, q u e s e p r o c e s s a d a
p r e v e r a s u a f o r m a f i n a l , não o b s t a n t e ,
5
informação i m p r e s s a p a r a a eletrônica.
p a r a o s propósitos d e s s e trabalho
Segundo, à luz dessa mudança
i d e n t i f i q u e i três generalizações s o b r e a s
emergente, o trabalho enfoca os
mudanças q u e n o s c e r c a m e q u e e u
r e g i s t r o s eletrônicos q u e estão s e n d o
denomino de imperativos tecnoló-
criados hoje ou aqueles que
gicos . 6
Esses imperativos são: a
p r o v a v e l m e n t e serão c r i a d o s n a próxima
n a t u r e z a mutável d a documentação; a
década. T e r c e i r o , e m b o r a eu tenha
natureza mutável d o t r a b a l h o e a
procurado levar e m consideração
mudança d a própria t e c n o l o g i a .
a l g u m a s d a s diferenças e n t r e a s visões
européias e n o r t e - a m e r i c a n a s sobre N a t u r e z a mutável d a documentação
d a s t e c n o l o g i a s d e informação s o b r e o p e s s o a s r e c o n h e c e r o q u a n t o é mutável
próximo século. C m última análise o s a n a t u r e z a d a documentação. O p a p e l
arquivistas. c o m o outros profissionais, parece ter estado sempre conosco, e
estão n a v e r d a d e s e m p o d e r p a r a r e s i s t i r dez anos depois que se proclamou a
pag 4, j a n / d e z 1 9 9 4
V o
m i t o . O p a p e l não a p e n a s
8
persiste cas e atualizadas onde os valores de
t r a n s p o r t a m c o n s i g o t o d a a informação
que a eles s e requer ser c o m p r e e n d i d a . Relacionados com os documentos
Contudo, é claro que as tecnologias de eletrônicos v i r t u a i s estão o q u e s e
informação estão n o s c o n d u z i n d o a u m a denomina de documentos eletrônicos
n o v a e r a d e 'documentação' p a r a a q u a l nào-lineares o u d o c u m e n t o s hiper-
não e x i s t e m m a i s análogos a o p a p e l . mídia . O s d o c u m e n t o s e m p a p e l são
13
p a g 6. j a n / d e z 1 9 9 4
V O
R
Mudanças d e t e c n o l o g i a básicos - d o c u m e n t o o r i g i n a l e o r d e m
o r i g i n a l , proveniência e a r q u i v o s c o m o
É u m f a t o inevitável q u e a rápida
depósitos c e n t r a i s - e q u a t r o práticas
mudança tecnológica é u m a condição
arquivísticas básicas, o u s e j a : avaliação,
básica d a v i d a m o d e r n a a s s i m c o m o a s
organização e descrição, referência e
inovações tecnológicas estimulam
preservação.
o u t r a s inovações. E s t a m o s c e r t o s d e
q u e a s t e c n o l o g i a s d e informação d e C O N C E I T O S ARQUIVISTICOS BÁSICOS
h o j e serão d e s l o c a d a s p e l a s d e amanhã,
Documento original e ordem original
q u e serão m a i s rápidas, m a i s p o d e r o s a s
e flexíveis, e m a i s b a r a t a s . O l a d o O conceito tradicional de documento
p»g.8, j a n / d e i 1 9 9 4
é c h a m a d a metadata. ou dados sobre r e g i s t r o s eletrônicos n e m e x i g e n e m
dados, porque e l a define as caracte- i m p l i c a n u m conteúdo i n t e l e c t u a l .
rísticas d e r e g i s t r o s e s e u u s o , e n t r e
E m b o r a a preservação d a o r d e m o r i g i n a l
outras coisas.
d e r e g i s t r o s eletrônicos não tenha
Embora a ordem original seja um
qualquer conseqüência, a docu-
corolário p a r a o s d o c u m e n t o s o r i g i n a i s ,
mentação d a s relações lógicas é a b s o l u -
é um conceito enraizado firmemente na
tamente crucial. Afortunadamente, no
noção d e q u e u m a organização é c o m o
a m b i e n t e eletrônico, a s relações físicas
'um todo orgânico, um organismo
e lógicas são separáveis.
v i v o ' . A localização física o u o r d e m
1 7
a s s e g u r a q u e a s relações e n t r e o s A tendência p a r a o d e s e n v o l v i m e n t o d e
a recuperação. informação i n t e r a t i v a r e s s a l t a a i m p o r -
tância d a apreensão d a s relações lógicas
O ponto central na ordem original, é
d e s i s t e m a s d e r e g i s t r o s eletrônicos. A o
c l a r o , é o d e q u e a localização física d e
l i d a r e m c o m r e g i s t r o s eletrônicos o s
um documento e m relação a o u t r o
arquivistas podem abandonar o
i m p l i c a e m conteúdo i n t e l e c t u a l . C o m o
conceito de ordem original, masas
o s r e g i s t r o s eletrônicos não e x i s t e m
relações lógicas subjacentes de
c o m o e n t i d a d e s físicas d i s t i n t a s e c o m o
informação d e v e m s e r m a n t i d a s .
a armazenagem vigente dos sinais
eletrônicos que compreendem um Proveniência
diferentes,... . 21 q u e m a u t i l i z a , p o r q u e a informação d a
adesão a e s s e p r i n c i p i o t e m s i d o f r a n c a informação c o n t e x t u a l d e s s e t i p o , m a s
d o c u m e n t o s a r q u i v i s t i c o s . I s s o não é informação c o n t e x t u a l f o r n e c i d a p e l a
eletrônicos. D e f a t o , é v i r t u a l m e n t e t o r n a - s e a i n d a m a i s diluída q u a n d o o s
i s s o , c o m o já s e o b s e r v o u a n t e s , é d e p a r a a s r e d e s d e informação i n t e r o r -
pag. 10. j a n / d e z 1 9 9 4
R
A c e r v o , R i o d e J a n e i r o , v. 7 , n» 1-2. p. 5 - 3 8 . j a n / d e z 1 9 9 4 - pag. 11
A C E
pag. 12, j a n / d e z 1 9 9 4
R V O
A
Avaliação
ram que precisavam acrescentar
fim de lidar c o m o florescente
manipulabilidade computacional e o
aumento de documentos em
potencial relacionai do computador à
p a p e l contemporâneos n o
idéia d e v a l o r i n f o r m a c i o n a l . Além 2 9
anos de 1 9 4 0 e 1 9 5 0 , o s arquivistas
disso, eles acrescentaram conside-
desenvolveram r e g r a s d e orientação
rações técnicas em relação à
p a r a a seleção d e d o c u m e n t o s d e v a l o r
legibilidade e portabilidade d o s docu-
arquivístico. D e n o m i n a d o s d e critérios
mentos legíveis p o r máquina a o s
de avaliação, e s s a s r e g r a s d i s t i n g u i r a m
critérios d e avaliação . 30
arquivístico . 27
avaliação e m e r g i r a m . Primeiro, as
limitações i n e r e n t e s d o s d o c u m e n t o s
Os arquivistas avaliadores dos
legíveis p o r máquina (necessidades
documentos e m papel descobriram que
d o c u m e n t a i s e exigências d e e q u i p a -
o t r a b a l h o m a i s e f i c a z e s t a v a n a s séries
mento) levaram os arquivistas a advogar
documentais. Contudo, para documen-
a avaliação d e s s e s d o c u m e n t o s tão logo
tos legíveis e m máquinas era um
fossem criados. Segundo, os arquivistas
arquivo . 2 8
Como a maior parte d o s
p r o p u s e r a m a introdução d e critérios d e
sistemas computacionais nos anos de
avaliação n o próprio p r o j e t o d e s i s t e m a s
1970 e 1980 utilizava um ciclo de
de aplicação d o c o m p u t a d o r , a f i m d e 3 1
p r o c e s s a m e n t o d e d a d o s seqüencial d e
a s s e g u r a r a manutenção a d e q u a d a d o s
imput, processamento e output. os
r e g i s t r o s e d e t o d a a documentação
arquivos legíveis p o r máquina g e r a l -
relevante . 3 2
p a m a noção d e u n i c i d a d e d a p r o c e s - administração d o c i c l o d e v i d a d a
s a b i l i d a d e e ligação c o m p u t a c i o n a l . informação e l e t r o n i c a m e n t e r e g i s t r a d a 34
d e n t r o d o próprio p r o j e t o d e s i s t e m a s
A avaliação arquivística n o nível d o s d e informação p o d e ser ao mesmo
s i s t e m a s d e informação terá pouca tempo útil p a r a a s n e c e s s i d a d e s d e
pag.14. j a n / d e z 1 9 9 4
R V O
pa9.16. j a n / d e z 1994
R V O
p o s s i b i l i d a d e d e p e r c o r r e r milhões d e
mesmos. O pressuposto subjacente do
c a r a c t e r e s d e informação t e x t u a l e m
serviço d e referência d e s s e t i p o é d e
apenas poucos minutos e localizar a
que os pesquisadores usam os arquivos
informação específica q u e e l e s d e s e j a m
porque estão interessados nos
s e m t e r q u e c o n f i a r n a indicação d e
documentos e desejam gastar a
conteúdo. U m p o d e r o s o e v e l o z a p o i o
quantidade de tempo requerida para
c o m p u t a c i o n a l d e relevance feedback 39
a c h a r a q u e l e s específicos q u e a l m e j a m .
t o r n a desnecessário a o s a r q u i v i s t a s
uma suposição que não está
e s c r e v e r e m r i c a s descrições d e séries
c o m p r o v a d a , p a r a d i z e r o mínimo,
que incluem termos de acesso ao
r i a m e d i d a e m q u e a mudança d o s
assunto para registros textuais.
m e i o s i m p r e s s o s p a r a o s eletrônicos s e
Referência t o r n a m a i s p r o n u n c i a d a n a década d e
1 9 9 0 , o s p e s q u i s a d o r e s têm a e x p e c -
U m a função i m p o r t a n t e d e u m p r o g r a m a t a t i v a d e serviços eletrônicos r o t i n e i r o s
de a r q u i v o s é t o r n a r o s d o c u m e n t o s p a r a informações específicas, n e s s a
acessíveis a o s p e s q u i s a d o r e s através d o circunstância, u m a questão crítica p a r a
q u e é g e r a l m e n t e c h a m a d o d e serviço o serviço d e referência d e a r q u i v o s é
de referência. O serviço d e referência como mudar para u m serviço de
dos a r q u i v o s , t a l c o m o é geralmente referência r e l a c i o n a d o à d e m a n d a q u e
praticado hoje. é relacionado ao se ajuste às expectativas dos
estoque nesses registros de acesso aos p e s q u i s a d o r e s e à n e c e s s i d a d e de.
arquivos que se espera que os informação, e não a o s d o c u m e n t o s per
pesquisadores usarão q u a n d o vêm se. O s a r q u i v i s t a s d e v e m t e r o l h o s l i v r e s
s o l i c i t a r s e u a u x i l i o . E s t e serviço e x i g e p a r a o serviço d e referência e começar
que os pesquisadores busquem a focalizar a necessidade de desenvolver
inventários e i n s t r u m e n t o s d e p e s q u i s a , uma estratégia d e s t e serviço para
identifiquem caixas de documentos que informação eletrônica. O s a r q u i v i s t a s
i e l e s e s p e r a m q u e p o s s a m a t e n d e r às d e v e m começar p o r c o l o c a r questões
suas necessidades, verifiquem os d e s s e t i p o : Q u a i s são a s características
documentos e percorram caixas de comuns d o s grupos de pesquisadores?
documentos de papel até que Q u e e l e m e n t o s d o serviço d e referência
e n c o n t r e m o q u e estão p r o c u r a n d o o u são d e m a i o r importância p a r a e l e s ?
concluam que elas não contém a U m a v e z r e s p o n d i d a s t a i s questões o s
informação q u e d e s e j a m . A q u a n t i d a d e a r q u i v i s t a s p o d e m começar a r e o r i e n t a r
de tempo exigida para achar a o serviço d e referência p a r a serem
informação d e s e j a d a o u c o n c l u i r p e l a relacionados à demanda e fornecerem
b u s c a d e o u t r o s d o c u m e n t o s está e m serviços q u e vão de encontro às
função, e m g r a n d e p a r t e , d o v o l u m e d o s necessidades dos pesquisadores.
A visào p r o s p e c t i v a d e a r m a z e n a g e m transferência l u c r a t i v a d e s i s t e m a s
d e s c e n t r a l i z a d a o u d e distribuição d e c o m p l e x o s d e informação (metadata e
l o n g o p r a z o d o s d o c u m e n t o s eletrôni- registros) através d e n o v a s t e c n o l o g i a s ,
cos, substituindo a armazenagem de o q u e ajudará a m i t i g a r o s p r o b l e m a s
a r q u i v o s c e n t r a l i z a d o s , exigirá também d e obsolescência tecnológica.
a redefinição d o serviço d e referência
Terceiro, os arquivistas terão d e
arquivística e práticas arquivísticas e m
desenvolver uma sensibilidade cada vez
pelo menos três áreas. P r i m e i r o , o
maior à necessidade de proteger a
serviço d e referência arquivística d e v e
privacidade pessoal e de evitar o uso
concentrar-se mais e m facilitar o acesso
i n a d e q u a d o d a informação arquivística.
aos documentos do que e m resgatar
A facilitação d o a c e s s o às informações
a r q u i v o s . O s a r q u i v i s t a s d e referência
arquivísticas g u a r d a d a s n u m s i s t e m a d e
terão d e d o m i n a r a s complicações d e
informação d e u s o c o m u m deve ser
s i s t e m a s c o m p l e x o s d e informação a
acompanhada p o r u m forte senso de
f i m d e q u e p o s s a m a j u d a r o s usuários a
responsabilidade que assegure que a
definir claramente as suas necessidades
informação s i g n i f i c a t i v a não f i q u e i n a d -
de informação e a s s i s t i - l o s a c o n q u i s t a r
vertidamente comprometida, o u torne
o a c e s s o a o s sistemas. Isso significa,
acessível o q u e d e a l g u m m o d o p r e j u d i -
geralmente, que os arquivistas de
q u e o u t r o s indivíduos. A s s e g u r a r q u e a
referência funcionarão c o m o gate-
p r i v a c i d a d e d o s cidadãos não s e j a v i o l a -
keepers cujo conhecimento especia-
d a será u m a t a r e f a c a d a v e z m a i s
l i z a d o e m s i s t e m a s d e informação será
necessária p a r a os arquivistas na
inestimável p a r a o s p e s q u i s a d o r e s .
p a s s a g e m d a informação i m p r e s s a p a r a
Segundo, o s a r q u i v i s t a s terão q u e s e
a eletrônica.
e n v o l v e r n a formação d e padrões d e
t e c n o l o g i a d e informação a f i m d e Preservação
assegurar que sejam encaminhadas
A última a m p l a c a t e g o r i a d e c o n c e i t o s
i m p o r t a n t e s questões arquivísticas. O
e práticas d e a r q u i v o s o n d e o i m p a c t o
serviço d e referência r e d e f i n i d o i m p l i c a
d a s n o v a s t e c n o l o g i a s d e informação
n a promoção d o a c e s s o através d a
exige o repensar e a modificação
adoção d e i n s t r u m e n t o s e m o d e l o s d e
o p e r a c i o n a l é a retenção arquivística
i n t e r f a c e d e software que facilitam o
p e r m a n e n t e . C o m o o b s e r v o u J a m e s M.
acesso. O instrumento de software
0 ' T o o l e n u m e n s a i o r e c e n t e , a noção d e
fundamental aqui provavelmente será
permanência, p e l o m e n o s n o s E s t a d o s
u m s i s t e m a d e diretório d e m e i o s d e
Unidos, não é d e m o d o a l g u m algo
informação, o q u a l conterá informação
absoluto 4 0
. Através dos tempos o
decisiva sobre u m s i s t e m a d e infor-
significado da permanência tem
mação e também facilitará uma
vagueado entre a permanência d a
pag.18. j a n / d e z 1994
V
o
pag,20, j a n / d e i 1 9 9 4
nformação, têm a função d e c o n s t r u i r as l i n h a s t r a d i c i o n a i s q u e s e p a r a m a s
lima ponte entre os sistemas de d i s c i p l i n a s . E s s a p a i s a g e m e m mutação
s o f t w a r e d e o u t r a f o r m a incompatíveis . 45
oferece aos arquivistas a oportunidade
Estendendo desse modo a inteligi- d e r e d e f i n i r n o s s a função n o s e n t i d o d e
Dilidade d o s d o c u m e n t o s eletrônicos. que não m a i s s e j a m o s vistos como
Diversos g o v e r n o s ( o s E s t a d o s U n i d o s , curadores passivos do passado,
o Canadá e o R e i n o U n i d o ) e a s Mações preocupados apenas com os docu-
U n i d a s estão s e e n c a m i n h a n d o p o r e s s a mentos históricos. E s t a redefinição
direção p e l a adoção d e m o d e l o s para exige que os arquivistas s e e n c a m i n h e m
ambientes de 'sistemas abertos'. no s e n t i d o d e u m f l u x o c e n t r a l d e
informações pelo forjar de novas
O
CONCLUSÃO
relações c o m a s c o m u n i d a d e s d a s
objetivo global desse trabalho bibliotecas e museus, e outros
é dizer que os arquivistas e s p e c i a l i s t a s d e informação, e a j u d e m
d e v e m r e e x a m i n a r crenças e a elaboração d e u m a a g e n d a c o m u m .
práticas há m u i t o e s t i m a d a s n a m e d i d a Esta agenda deveria incluir, de qualquer
em que r e d e f i n e m a s u a função e f o r m a , c o m p o n e n t e s d e administração
responsabilidade n a revolução d a de arquivos e d o c u m e n t o s para m o d e l o s
informação eletrônica que está d e t e c n o l o g i a d e informação e p r o j e t o
emergindo. Nessa revolução as d e s i s t e m a s d e informação q u e a u x i l i e m
t e c n o l o g i a s estão a l t e r a n d o a p a i s a g e m a elaboração do programa para
da comunidade de manejo da a d m i n i s t r a d o r e s e usuários d o s s i s t e m a s
informação à medida que vão d e informação eletrônica, e a s s e g u r e o
desaparecendo a s distinções entre a c e s s o a o s d o c u m e n t o s eletrônicos d e
p a s s a d o e p r e s e n t e e s e vão a p a g a n d o v a l o r arquivístico através d o s t e m p o s .
A c e r v o , Rio d e J a n e i r o , v. 7 . n° 1 - 2 , p. 5 - 3 8 , j a n / d e z 1 9 9 4 - pag.21
A C E
segundo . 6
Em contraste, os computa- u m a b a s e d e d a d o s d e 15 gigabytes ou
d o r e s p e s s o a i s q u e u t i l i z a m o chip Intel c e r c a d e 1 5 milhões d e páginas e m
80386 r e a l i z a m várias c e n t e n a s d e m e n o s d e três m i n u t o s . 8
m i l h a r e s d e s s a s operações p o r s e g u n d o .
U m Connection Machine d e nível básico
paralelo maciço no qual muitos vinte por cento ao ano, esse mesmo
pequenos processadores, cada um com computador se venderia por cerca de
uma pequena memória própria, US$ 5 0 . 0 0 0 no a n o 2000. Nessa base,
f u n c i o n a m s i m u l t a n e a m e n t e , alcançan- o mais poderoso Connection Machine
d o a s s i m u m a utilização e f i c i e n t e t a n t o (65.000 processadores) se venderia por
d a memória q u a n t o d a c a p a c i d a d e d e cerca de US$1.000.000 no a n o 2000.
processamento. Ainda que cada Inteligência a r t i f i c i a l
processador seja muito menos podero-
Na última década, o d e s e n v o l v i m e n t o d e
s o d o q u e o chip n u m video game, u m a
computadores muito velozes e
grande ordem de processadores pode
relativamente não-custosos, c o m a s
executar paralelamente centenas de
capacidades de armazenagem enorme-
milhões de instruções de ponto
mente aumentadas, fomentou aplica-
flutuante p o r segundo.
ções drásticas d o u s o d e t e c n o l o g i a s d e
Connection Machine . 1
O menor • artificial intelligence) direcionadas à
6 0 milésimos d e s e g u n d o s . U m a b a s e
A s t e c n o l o g i a s d e inteligência a r t i f i c i a l
d e d a d o s d e 1 1 2 megabytes representa
podem geralmente ser divididas e m
c e r c a d e 1 0 . 0 0 0 páginas, c a d a u m a d a s
processamento d a linguagem natural,
quais c o m 1.200 palavras aproxi-
robótica e s i s t e m a s d e c o n h e c i m e n t o .
madamente. Esse m e s m o sistema pode
O processamento d a linguagem natural
c o n d u z i r u m a p e s q u i s a comparável d e
se relaciona fundamentalmente c o m
(fatos), g e r a l m e n t e concordante, de
especialistas numa área c o m r e g r a s "Novos m e i o s d e a r m a z e n a g e m
p o u c o d i s c u t i d a s d e u m b o m juízo (isto
Q u a s e d e s d e o começo o s c o m p u t a -
é, b o a suposição) q u e f o r a m d e s e n v o l -
dores têm c o n f i a d o nos meios de
v i d a s p o r indivíduos e x p e r i e n t e s .
pag.26.jan/dez 1994
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