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d the fishermen of St. Bneuc: Bay. n:
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(ed.). Power, action and bellef: a new
socio/ogy of knowledge? London: Routledge &
de, atentando para o caráter construído e
contextual de toda a tecnologia. A pers-
Kegan Paul, 1986. p. 196-229.
pectiva sociológica da tecnologia veio a
COLUNS, Harry. Stages in the Empirical Pro- ser desenvolvida somente no fim do sécu-
giam of Relativism. Social Studies of Science, v. lo passado, levando alguns pesquisadores
11, n. 1, p. 3-10, 1981.
a romperem com a maneira tradicional
COLUNS, Randall; RESTIVO, Sal. Develop-
men~ Diversity and Conflict in the Sociology of de se estudar a tecnologia e seus desdo-
Science. The Sociological Quarterly, v. 24, n. 2, bramentos sociais. Três desafios a foram
i 16.5-200, 1983.
enfrentados: a) superar a perspectiva in-
! ºRR·CETINA, Karin. Epistemic cultures:
wthesciences makes knowledge. Cambrid- dividualista da tecnologia; b) abandonar
ge.Harvard University Press, 1999.
IATOlJR B . o determinismo tecnológico; c) abdicar
deJan. ' runo. Jamais fomos modernos. Rio
euo: Ed. 34, 1994. da perspectiva que separava a produção
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lório: a Prod _ • eve.
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vida em Jabora-
tecnológica de sua base social (Bijker;
1illeiro: R uçao dos fatos científicos. Rio de HugHes; pinch, 1987). A resposta a esses
eI\Une Dumará, 1997
ià;--•Ciência em - · desafios deveria possibilitar a abertura da
1-0 eengenbe· açao: como seguir cientis-
·Unesp, 2~~s sociedade afora. São Paulo: caixa-preta da tecnologia, fazendo com
que a produção tecnológica passasse a
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A NTON I() V• -- ·
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DIC IO NÁRI O DE TRABALH O E TECNOLOG IA
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ANTONIO D. CATTANI & LORENA HOLZMANN
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DICIONÁRIO DE TRABALH O E TECNOLOGIA
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& LORENA H OLZMANN
AN'fONIO D· CATTANI
truçao '
. - tempora 1 do conhecimento tec- ciência e tecnologia, é que tal relação não
renciaçao moderno
nológico entre pré-moderno e é mais hierárquica, que não há um locus
emergem novas formas relacionadas . (a) de onde a iniciativa tecnológica parta.
da lado da diferenciação, como nsco Atualmente, a própria atividade de ino-
a ca . t te
tecnológico, aparentemente inexis e~ vação tecnológica serve de substrato para
em sociedades pré-modernas, e (b) a fnc- si mesma e suas potencialidades não são
ção entre o global e. o local (Rip, 20?3). mais restritas ao estado da ciência: elas se
6. Esses estudos discutiram tambem ou- apresentam como resultado interativo do
tro ponto importante na sociedade mode~- processo tecnocientífico horizontalizado,
na, qual seja, o caráter da relação entre ci- uma consequência no plano do sistema
ência e tecnologia e, com isto, a sociologia parcial da ciência e tecnologia da diferen-
da tecnologia repensou o modelo linear de ciação funcional da sociedade moderna.
relacionamento entre estes âmbitos. Cada Nesse sentido, qualquer abordagem que
vez mais essas grandes áreas de produção
busque um "caminho natural para a ino-
de conhecimento se tornam indissolúveis e
vação" simplificaria o processo, reprn du-
trazem consequências recíprocas. Ao mo-
zindo modelos hoje pouco analíticos.
delo linear de inovação tecnológica, que
No caso da discussão da estabilização
afirma que a tecnologia é fruto da ciência,
dos artefatos tecnológicos na hiS tória da
atualmente se aceita que a ciência também
tecnologia, a tendência a tratar da esta-
pode se desenvolver em função das con-
bilização como um fenômeno determi-
sequências do conhecimento tecnológico.
Nesse sentido, atualmente os sociólogos da nado pelo sucesso dos empreendimentos
tecnologia estão muito menos propensos foi paulatinamente criticada - existiria
em pensar a tecnologia como subordinada uma cadeia processual linear que iria da
à ciência. Diferentemente, tem-se reconhe- pesquisa básica ao uso da tecnologia d(
cido ciência e tecnologia como dimensões forma relativamente estável, sem se leva
que se relacionam de maneira horizontal. em conta fenômenos de ordem econômic,
Como afirma Barnes (1982: 166), "tecno- e social. Para se contrapor a esse modele
logia e ciência poderiam sobreviver como a sociologia tem apresentado o fenômen
formas independentes de atividades insti- tecnológico de maneira "multidirecional
tucionalizadas, mas elas estão de fato en- O que se assume em contraposição a
redadas em um relacionamento simbiótico, modelo linear é que não haveriçt somen
em uma interação mutuamente benéfica". uma direção para o fenômeno tecnológ
co, ou seja, haveria outras possibilidad,
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