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da Costa
M a r i a de Fátima Barrozo da Costa
Projeto de
Pesquisa
D a d o s I n t e r n a c i o n a i s de C a t a l o g a ç ã o na P u b l i c a ç ã o (CIF)
ENTENDA E FAÇA
( C â m a r a B r a s i l e i r a d o L i v r o , SP, B r a s i l )
C o s t a , M a r c o A n t o n i o F. d a
P r o j e t o de Pesquisa : e n t e n d a e faça / M a r c o A n t o n i o F. da C o s t a ,
M a r i a de F á t i m a B a r r o z o da C o s t a . 2. e d . — P e t r ó p o l i s , RJ : Vozes, 2 0 1 1 .
Bibliografia
ISBN 978-8S-326-2448-2
de Fátima B a r r o z o da. I I . T í t u l o .
2 5 6 8 9 - 9 0 0 P e t r ó p o l i s , RJ
Sumário
Internet; http://www.vozes.cotn.br
Brasil
T o d o s os d i r e i t o s r e s e r v a d o s . N e n h u m a p a r t e desta o b r a p o d e r á ser
e m q u a l q u e r s i s t e m a o u b a n c o d e d a d o s s e m p e r m i s s ã o e s c r i t a da E d i t o r a . Capitulo 1 11
Editores Capitulo 3 59
J o s é M a r i a da Silva
J o ã o Batista K r e u c h Elaboração de C i t a ç õ e s
Capitulo 6 95
Editoração: Sheila F e r r e i r a N e i v a
Elaboração de Referências Bibliográficas
Projeto gráfico: Lara Kuebler
Capa: G r a p h i t
Referências Bibliográficas 109
ISBN 978-85-326-2448-2
Apêndices 117
2. C h e c k - L i s t F i n a l p a r a P r o j e t o s d e Pesquisa 129
3 . P r o b l e m a s m a i s C o m u n s E n c o n t r a d o s e m P r o j e t o s d e Pesquisa 133
4. Webgrafia 135
Este l i v r o f o i c o m p o s t o e i m p r e s s o p e l a E d i t o r a Vozes L t d a .
5. M o d e l o d e T e r m o de C o n s e n t i m e n t o L i v r e e Esclarecido — T C L E 1 39
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO
DO CONHECIMENTO
Aldous Huxiey
Ciência
A palavra c i ê n c i a t e m o r i g e m n o l a t i m scientia e significa co-
n h e c i m e n t o , o u seja, u m saber que se a d q u i r e pela l e i t u r a e m e d i t a -
ção, i n s t r u ç ã o , e r u d i ç ã o , sabedoria ( F E R R E I R A , 2 0 0 4 ) .
Saviani ( 2 0 0 0 , p . 19), ao falar sobre a i m p o r t â n c i a dos gregos
para a c o n t e x t u a l i z a ç ã o d o c o n h e c i m e n t o , e x p l i c a :
[...] E m g r e g o , t e m o s t r ê s p a l a v r a s r e f e r i d a s a o f e n ó m e -
n i f i c a o p i n i ã o , i s t o é, o s a b e r p r ó p r i o d o s e n s o c o m u m ,
periência c o t i d i a n a , u m claro-escuro, m i s t o d e v e r d a d e
e x p e r i ê n c i a d e v i d a . É n e s s e s e n t i d o q u e se d i z q u e o s
c o n s e l h o s . F i n a l m e n t e , episteme s i g n i f i c a c i ê n c i a , i s t o é,
o c o n h e c i m e n t o metódico e sistematizado.
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Essas r e l a ç õ e s não são estáticas, mas s i m e x t r e m a m e n t e dinâ- • Verificável — L i m i t a - s e ao que se p o d e p e r c e b e r ;
micas, e é isto que confere o m o v i m e n t o constante da ciência. O • Falível e I n e x a t o — C o n f o r m a - s e c o m a aparência e c o m o que
h o m e m s e m p r e se p r e o c u p o u e m e n t e n d e r o m u n d o ao seu r e d o r e se o u v i u dizer.
as suas r e l a ç õ e s . O ser h u m a n o p r é - h i s t ó r i c o não conseguia e n t e n -
d e r os f e n ó m e n o s da natureza. Mais tarde veio a fase d o m i s t i c i s m o , C o n h e c i m e n t o T e o l ó g i c o : Apoia-se e m d o u t r i n a s que c o n t ê m
o u seja, os seres h u m a n o s passaram a buscar e x p l i c a ç õ e s para esses p r o p o s i ç õ e s sagradas. E u m c o n h e c i m e n t o s i s t e m á t i c o , p o r é m , suas
f e n ó m e n o s através das crenças e s u p e r s t i ç õ e s , até q u e , a p a r t i r d o evidências n ã o são verificáveis ( L A K A T O S e M A R C O N I , 2010).
s é c u l o X V / X V I , essa p r o c u r a o c o r r e u p a r t i n d o de respostas que Características desse t i p o de c o n h e c i m e n t o :
pudessem ser c o m p r o v a d a s . G a l l i a n o ( 1 9 8 6 , p . 17) d i z que " o co- • Valorativo — Apoiado em doutrinas, crenças;
n h e c i m e n t o leva o h o m e m a a p r o p r i a r - s e da realidade e, ao m e s m o • Infalível e E x a t o — Suas evidências não são verificáveis.
t e m p o , a p e n e t r a r nela".
N a o b t e n ç ã o d o c o n h e c i m e n t o estão presentes t r ê s e l e m e n t o s : C o n h e c i m e n t o F i l o s ó f i c o : É caracterizado u n i c a m e n t e na p r ó p r i a
• U m s u j e i t o que busca conhecer (sujeito c o g n o s c e n t e ) ; razão h u m a n a , o u seja, p r o c u r a d i s c e r n i r e n t r e o c e r t o e o e r r a d o ,
• U m o b j e t o de estudo ( o b j e t o de c o n h e c i m e n t o ) ; t e n d o esta razão h u m a n a c o m o f u n d a m e n t a ç ã o ( L . A K A T O S e M A R -
• O conhecimento. C O N I , 2 0 1 0 ) . Características desse t i p o de c o n h e c i m e n t o :
• V a l o r a t i v o — A p o i a d o na razão;
—_ _ .
• N ã o Verificável — Seus resultados não p o d e m ser c o n f i r m a d o s
O c o n h e c i m e n t o n ã o p o d e ser t r a n s p o r t a d o , t r a n s f e r i d o (transfere-se
nem refutados;
i n f o r m a ç ã o ) . Ele é u m p r o d u t o h u m a n o , p o r t a n t o , a l o c a d o n o c é r e b r o
• Racional — Enunciados logicamente organizados e correlacionados;
humano.
• Infalível e E x a t o — Suas hipóteses não são verificáveis.
C o n h e c i m e n t o C i e n t i f i c o : E u m c o n h e c i m e n t o sistemático. Carac-
Os t i p o s d e c o n h e c i m e n t o
teriza-se pela capacidade de analisar, de explicar, de desdobrar, de
Esse c o n h e c i m e n t o , gerado a p a r t i r das práticas sociais, p o d e ser
j u s t i f i c a r , de i n d u z i r e de p r e d i z e r ( R U I Z , 2 0 0 6 ) . Características
de vários t i p o s :
desse t i p o de c o n h e c i m e n t o :
• Real — L i d a c o m fatos;
C o n h e c i m e n t o p o p u l a r (senso c o m u m ) : É o que c o m u m e n t e cha-
• Verificável — L i m i t a d o às hipóteses que p o d e m o u não ser
m a m o s de c o n h e c i m e n t o d o p o v o . E o a c ú m u l o de t r a d i ç õ e s e
comprovadas;
e x p e r i ê n c i a s vividas. N ã o leva e m conta a fundamentação científica
• Sistemático — Logicamente ordenado;
( L A K A T O S e M A R C O N I , 2010). É o conhecimento adqmrido
• Falível — Pelo fato de não ser d e f i n i t i v o ;
pelas pessoas através d o convívio social c o m o u t r o s indivíduos (o
• A p r o x i m a d a m e n t e exato — Novas hipóteses p o d e m alterá-lo.
senso c o m u m t e m o r i g e m nas múltiplas r e l a ç õ e s e n t r e os f a m i l i a -
res, os amigos, na r u a e até m e s m o na escola). Características desse
t i p o de c o n h e c i m e n t o : O conhecimento c i e n t i f i c o se o r i g i n a d o desejo h u m a n o de
• V a l o r a t i v o - Baseia-se e m t r a d i ç õ e s ; investigar. A r i s t ó t e l e s , 23 s é c u l o s atrás, a f i r m a v a que " t o d o s os
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h o m e n s , p o r n a t u r e z a , desejam conhecer". A p r o d u ç ã o d o c o n h e c i - B o r d i e u ( 1 9 9 9 ) aponta que u m m é t o d o não deve ser escolhido
e m t o d a s as s u a s d i m e n s ó e s , é o q u e d e n o m i n a m o s m e t o d o l o g i a . É
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d o indivíduo q u e a realiza q u a n t o d a s o c i e d a d e na q u a l A s m o n o g r a f i a s ( C O S T A e C O S T A , 2 0 0 9 ) p o d e m ser classifi-
esta se d e s e n v o l v e . Q u e m realiza a p e s q u i s a pode, cadas c o m o :
n u m n í v e l m a i s e l e m e n t a r , a p r e n d e r as b a s e s d o m é - • M o n o g r a f i a de C o n c l u s ã o de C u r s o T é c n i c o — aplica-se e m
t o d o científico o u , n u m nível m a i s a v a n ç a d o , a p r e n d e r
cursos t é c n i c o s de nível m é d i o .
r e f i n a m e n t o s t é c n i c o s d e m é t o d o s já c o n h e c i d o s .
• M o n o g r a f i a de Graduação — aplica-se e m cursos regulares de
graduação.
Para s e fazer pesquisa é n e c e s s á r i o :
• M o n o g r a f i a de Especialização — aplica-se e m cursos de espe-
C o n h e c i m e n t o d o assrmto;
cialização.
Curiosidade;
• M o n o g r a f i a de M e s t r a d o ( A c a d é m i c o o u Profissional) o u D i s -
Criatividade;
Paciência; s e r t a ç ã o — aplica-se e m cursos de m e s t r a d o .
^A
E a atividade básica da ciência na s i
busca de conhecimento
F i g u r a 2 - D i v i s ã o d a p e s q u i s a científica, s e g u n d o T o g n e t t i
Graduação e
Especialização
Pe qu a h ' ./)d° loado|- '•^^ A m e s m a a u t o r a t a m b é m aponta algumas características que u m
::fÍ5^vH;:4vT)í
t^:.^^iT. :-^:=^s^ fvtestrado l^ag^t^gi
— A *4*| cr - pesquisador deve t e r :
[D etaçaop^^ ,.|Te ep-Tit'- T
• C o n s c i ê n c i a C r í t i c a : Saber d i s t i n g u i r o essencial do a c i d e n t a l ,
Figura 1 - C a m i n h o s da produção d o c o n h e c i m e n t o o i m p o r t a n t e do secundário;
16 17
• C o n s c i ê n c i a O b j e t i v a : É o r o m p i m e n t o c o m todas as posições
CAPÍTULO 2
subjetivas pessoais e m a l fundamentadas d o conhecimento
vulgar;
O PROJETO DE PESQUISA
• O b j e t i v i d a d e : O trabalho científico é impessoal. Não aceita
m e i a s - s o l u ç õ e s o u s o l u ç õ e s apenas pessoais;
• R a c i o n a l i d a d e : A razão deve ser o " ú n i c o j u i z " nas decisões da
pesquisa.
18 19
alcance vai depender dos recursos dispo- • T é c n i c a : Regras científicas para a c o n s t r u ç ã o d o p r o j e t o ;
níveis. Assim, devemos reconhecer que a • I d e o l ó g i c a : Relaciona-se às escolhas d o pesquisador, sempre
construção de um projeto de pesquisa não t e n d o e m vista o m o m e n t o h i s t ó r i c o ;
é um processo linear; por conseguinte, o • C i e n t í f i c a : Ultrapassa o senso c o m u m através d o m é t o d o c i e n -
ato de escrevê-lo também não o será, pois tífico.
é reflexo do próprio processo de cognição
Elementos pós-textuais
• R e f e r ê n c i a s bibliográficas ^ Escolha d o t e m a
• Bibliografia (opcional)
• G l o s s á r i o / D e f i n i ç ã o de t e r m o s ( p o d e ser colocado como
elemento pré-textual) Pergunta-se: O Q U E V O U PESQUISAR?
• Apêndices (opcional)
• Anexos (opcional) Escolher u m t e m a nada mais é d o que escolher u m assunto,
d e l i m i t a d o , sobre o qual será d e f i n i d o u m p r o b l e m a de pesquisa.
Elementos d e u m projeto d e pesquisa E aconselhável que o t e m a selecionado r e f l i t a o a m b i e n t e d o pes-
quisador, o u seja, a e m p a t i a e n t r e o t e m a e o indivíduo que vai
desenvolvê-lo é p o n t o p r i m o r d i a l para a qualidade da pesquisa.
Exemplos:
O título deve r e f l e t i r a pesquisa c o m o u m t o d o . D e v e ser cla-
• D e s e n v o l v i m e n t o de s o f t w a r e para o ensino da q u í m i c a ;
r o , preciso, e se possível deve i n f o r m a r exatamente a natureza da
• Novas tecnologias e capacitação d o c e n t e ;
• I n f o r m á t i c a e o e n s i n o - a p r e n d i z a g e m de ciências;
' N o caso de p e s q u i s a c o m a b o r d a g e m q u a l i t a t i v a é p r e f e r i v e l a d o t a r o t e r m o
"pressuposto". Nas abordagens quantitativas utiliza-se o t e r m o "hipótese". • Avaliação de l i v r o s didáticos de ciências;
23
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• A p r i m o r a m e n t o de processos de gestão educativa; C o m a delimitação adequada do t e m a , passamos a t e r o nosso o b -
• P r o d u ç ã o de vídeo para o ensino de ciências; j e t o d e e s t u d o , que é exatamente a parte da realidade que vamos
• N o v a estratégia para avaliação de softwares educativos; pesquisar.
• Avaliação de processos de gestão.
Problema (pergunta o u perguntas de pesquisa)
O t e m a e s c o l h i d o deve:
• R e p r e s e n t a r u m a questão relevante, cujo m e l h o r m o d o de
s o l u ç ã o se faz p o r m e i o de u m a pesquisa científica; Pergunta-se: QUAL A R E A L I D A D E Q O E M E INTERESSA E S T U D A R ? Q U A L
• Ser factível e m relação à c o m p e t ê n c i a d o pesquisador, a i n f r a - A Q U E S T Ã Q Q U Q U E S T Õ E S Q U E M E I N T E R E S S A M D E S S A PARTE D A
e s t r u t u r a disponível e ao t e m p o e recursos para a pesquisa. REALIDADE?
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E x i s t e m recursos financeiros disponíveis para a realização da A p e r g u n t a é realística?
pesquisa? O assunto é a m p l o o u l i m i t a d o ?
O t e m p o é adequado para a e x e c u ç ã o d o p r o j e t o ?
Pessoa ( 2 0 0 5 , p . 4 7 ) u t i l i z a a expressão p e r g u n t a de p a r t i d a , e
diz q u e ela "sugere o mote, a impulsão de t o d o o processo, t a l q u a l
Regras para a formulação d e p r o b l e m a s
o m o t o r de a r r a n q u e de u m veículo é responsável p o r dar a p a r t i d a
a p r o v o c a r o seu m o v i m e n t o . [ . . . ] Sem u m a p e r g u n t a de p a r t i d a
válida, f u n c i o n a l , o p e r c u r s o da dissertação torna-se mais árduo,
cansativo e susceptível a p o s t e r g a ç ã o e desistência".
D e v e s e r v i r c o m o u m i n s t r u m e n t o para a o b t e n ç ã o de novos S a l o m o n ( 2 0 0 0 , p . 3 4 3 ) , u t i l i z a n d o a classificação de perguntas
conhecimentos; elaborada p o r L a r r o y o ( 1 9 7 5 ) , apresenta n o Q u a d r o 2 os t i p o s de
D e v e t e r aplicabilidade social; i n t e r r o g a t i v o s e seus possíveis vínculos.
D e v e ser d e l i m i t a d o ;
Deve ser claro e p r e c i s o ; Q u a d r o 2 - T i p o s d e i n t e r r o g a t i v o s e possíveis vínculos
c o n h e c i m e n t o descritivo.
m e n t o interpretativo.
1 . I n t r o d u ç ã o : O n d e o pesquisador faz a apresentação d o t e m a .
Por q u ê ? Refere-se à c a u s a l i d a d e , a o m o t i v o . Leva a o c o n h e c i -
São os antecedentes d o p r o b l e m a .
m e n t o explicativo.
2. S i t u a ç ã o - P r o b l e m a : E a caracterização d o p r o b l e m a , a q u i l o
que r e a l m e n t e interessa ao pesquisador. D e v e i n c l u i r a d e l i - Quando? Refere-se a o t e m p o . Leva a o c o n h e c i m e n t o histórico
26 27
E x e m p l o s de p e r g u n t a s de pesquisa: Hipótese o u hipóteses
1 . M a t e r i a i s didáticos multimídia c o n t r i b u e m para a aprendiza- Pergunta-se (estudos com abordagem quantitativa): O QUE ESPERQ
g e m de alunos d o ensino m é d i o ? Q U E A C Q N T E Ç A C Q M A M I N H A I N T E R V E N Ç Â Q SQBRE A R E A L I D A D E
2. Os professores de ciências d o ensino m é d i o estão d e v i d a m e n - ESTUDADA ( a n t e c i p a u m a relação causa-efelto)?
te capacitados para a prática d o c e n t e da b i o s s e g u r a n ç a ?
n a , a n i m a l e a m b i e n t a l . Está v o l t a d a e s p e c i f i c a m e n t e p a r a ambientes
E m p e s q u i s a s c o m a b o r d a g e m q u a l i t a t i v a , as h i p ó t e s e s , n a r e a l i d a d e ,
Lembre-se:
a d q u i r e m a característica d e p r e s s u p o s t o s (o próprio t e r m o "hipótese
N ã o são os resultados de pesquisas que alavancam a ciência,
é s u b s t i t u í d o p o r " p r e s s u p o s t o " ) , o u seja, u m b a l i z a m e n t o n o c o n f r o n -
mas s i m as perguntas f o r m u l a d a s para
t o c o m a realidade empírica. Q t e r m o "hipótese t e m u m a conotação
o d e s e n v o l v i m e n t o das pesquisas.
enràlzãda na a b o r d a g e m q u a n t i t a t i v a (MINAYQ, 1996).
28 29
N í v e l d e C o n h e c i m e n t o : Baseado na m e m o r i z a ç ã o , n o armazena-
m e n t o de i n f o r m a ç õ e s . C o m p o r t a vários graus de c o m p l e x i d a d e ,
desde u m a simples i n f o r m a ç ã o isolada, c o m o u m a data, u m n o m e
até o c o n h e c i m e n t o de u m a t e o r i a o u e s t r u t u r a . O que se deseja é
a l e m b r a n ç a o u a r e t e n ç ã o da i n f o r m a ç ã o a p r o p r i a d a .
• Verbos que d e v e m ser u t i l i z a d o s : D e f i n i r , identificar, n o m e a r ,
O b j e t i v o G e r a l : Pode ser d e f i n i d o c o m o a q u i l o que queremos
r e p e t i r , inscrever, listar, apontar, descrever (e o u t r o s ) .
alcançar ao t é r m i n o da pesquisa. O o b j e t i v o geral deve ser claro,
preciso e possível de ser a t i n g i d o . E x e m p l o s :
Nível de Compreensão: Baseado n o e n t e n d i m e n t o . I n c l u i a
• Analisar a influência de materiais didáticos multimídia na
translação (passagem de u m a m e n s a g e m de u m a l i n g u a g e m para
a p r e n d i z a g e m de alunos d o ensino m é d i o .
o u t r a ) , a i n t e r p r e t a ç ã o ( e n v o l v e o e n t e n d i m e n t o de i n t e r p e l a ç ã o
• D e s e n v o l v e r u m s o f t w a r e para o processo de ensino da biosse- das partes o u e s t r u t u r a da m e n s a g e m ) e a e x t r a p o l a ç ã o (envolve
gurança e m cursos de nível m é d i o . p r e d i ç ã o de c o n s e q u ê n c i a s da m e n s a g e m ) .
• D e s c r e v e r a atual situação dos acidentes n o t r a b a l h o na cons- •Verbos que d e v e m ser u t i l i z a d o s : descrever, discutir, organizar,
t r u ç ã o c i v i l n o m u n i c í p i o d o R i o de Janeiro. i n t e r p r e t a r , d e f i n i r , debater (e o u t r o s ) .
30 31
N í v e l d e A v a l i a ç ã o : É o nível de m a i o r c o m p l e x i d a d e , pois B a r r a l ( 2 0 0 3 ) oferece alguns itens i m p o r t a n t e s que p o d e m fazer
i m p l i c a atividades de j u l g a m e n t o , isto é: uso de c r i t é r i o s e de pa- p a r t e de u m a boa j u s t i f i c a t i v a . São eles:
d r õ e s que p e r m i t a m apreciar o g r a u de precisão, efetividade, eco- a) A t u a l i d a d e d o t e m a : Inserção d o t e m a n o c o n t e x t o atual.
n o m i a o u suficiência de p o r m e n o r e s . Neste nível, o a l u n o apresenta b ) I n e d i t i s m o d o t r a b a l h o : P r o p o r c i o n a r á mais i m p o r t â n c i a ao
seu p o n t o de v i s t a , o seu j u l g a m e n t o p a r t i c u l a r sobre o assunto assunto.
t r a t a d o . Capacidade de j u l g a r o v a l o r de u m m a t e r i a l ( c o n t e ú d o ) c) Interesse d o a u t o r : V í n c u l o d o a u t o r c o m o t e m a .
c o m u m dado p r o p ó s i t o . d ) Relevância d o t e m a : Importância social, jurídica, política, etc.
• Verbos q u e d e v e m ser u t i l i z a d o s : Julgar, apreciar, c o m p a r a r , e) P e r t i n ê n c i a d o t e m a : C o n t r i b u i ç ã o d o t e m a para o debate na
avaliar, validar, analisar, d e m o n s t r a r (e o u t r o s ) . sociedade.
c a r a l g o , é necessário, a n t e s , q u e c o n h e ç a m o s o q u e q u e r e m o s a t i n g i r .
Algumas instituições aceitam q u e os o b j e t i v o s específicos s e j a m
c o l o c a d o s na m e t o d o l o g i a ( d e s e n h o metodológico). Nesse caso, eles
p a s s a m a ser p r o c e d i m e n t o s a ser e x e c u t a d o s .
32 33
Para Silva e Menezes ( 2 0 0 1 , p . 3 0 ) , nesta fase, o pesquisador T e s e s e d i s s e r t a ç õ e s : U t i l i z e teses e dissertações da área, c o n -
deverá r e s p o n d e r às seguintes q u e s t õ e s : Q u e m já escreveu e o que cluídas e m instituições de ensino reconhecidas.
j á f o i p u b l i c a d o sobre o assunto? Q u e aspectos j á f o r a m abordados?
Q u a i s as lacunas existentes na literatura? Pode ser u m a revisão t e ó - Jornais e revistas não indexadas não sãojontes corjiáveis,
rica, empírica o u histórica. porque, muitas vezes, já trazem opiniões embutidas.
H i t c b c o c k e H u g h e s ( 1 9 9 5 , apud M O U R A et a l . 1998) a p o n t a m A internet pode ser uma opção, desde que o site seja oficial
(mesmo assim, seu uso deve ser restrito):
que a revisão d e l i t e r a t u r a :
• A m p l i a e refina o conhecimento existente;
E m p r o j e t o s d e m o n o g r a f i a s d e g r a d u a ç ã o e especialização, a r e v i -
• A j u d a a d e f i n i r e c l a r i f i c a r as q u e s t õ e s da pesquisa;
s ã o d a l i t e r a t u r a / r e f e r e n c i a l t e ó r i c o p o d e ser f e i t a p a r c i a l m e n t e n a
• P e r m i t e a identificação de lacunas e de ái-eas p o u c o exploradas;
própria introdução, q u a n d o se c o n t e x t u a l i z a o t e m a d a p e s q u i s a , o u
• A j u d a a esclarecer aspectos teóricos, metodológicos e anabticos;
t a m b é m , na justificativa.
• P e r m i t e a identificação de debates atuais e controvérsias.
(Este f o r m a t o n ã o é a d e q u a d o p a r a m o n o g r a f i a s d e m e s t r a d o e d o u -
torado).
J á o r e f e r e n c i a l t e ó r i c o p o d e ser chamado de q u a d r o t e ó r i c o ,
q u a d r o r e f e r e n c i a l , m a r c o t e ó r i c o , f u n d a m e n t a ç ã o t e ó r i c a o u qua-
U m e s t u d o p o d e t e r revisão d e l i t e r a t u r a (o q u e já f o i p u b l i c a d o s o b r e
d r o c o n c e i t u a i . A d o t a - s e a expressão r e f e r e n c i a l t e ó r i c o q u a n d o a
o a s s u n t o ) e r e f e r e n c i a l teórico ( b a s e teórica a d o t a d a p a r a análise d o s
revisão de l i t e r a t u r a assume u m c a r á t e r e s p e c í f i c o , o u seja, q u a n d o r e s u l t a d o s ) . Esta c o n f i g u r a ç ã o , e m b o r a c o r r e t a , n ã o é normalmente
apresenta estudos d i r e t a m e n t e v i n c u l a d o s ao p r o b l e m a de pesquisa encontrada.
p r o p o s t o , o u q u a n d o faz u m a revisão sobre u m a d e t e r m i n a d a t e o -
r i a , o u p e n s a m e n t o c i e n t í f i c o , que irá n o r t e a r o processo de análise
dos resultados. kr Procedimentos metodológicos M
L i v r o s : Use l i v r o s a c a d é m i c o s sobre o assunto de pesquisa. L i - Descrever o t i p o de pesquisa que será realizada, que p o d e ser:
v r o s clássicos não p o d e m ser esquecidos.
PESQUISA T E Ó R I C A
Artigos publicados em anais de congressos: Busque p o r Trata-se da pesquisa que é "dedicada a r e c o n s t r u i r t e o r i a , c o n -
artigos recentes (até 5 anos) e m c o n f e r ê n c i a s o u congressos nacio- ceitos, ideias, i d e o l o g i a s , p o l é m i c a s , t e n d o e m vista, e m t e r m o s
nais e i n t e r n a c i o n a i s da área. imediatos, a p r i m o r a r fundamentos teóricos" ( D E M O , 2000, p.20).
34 35
PESQUISA DESCRITIVA os pesquisadores e participantes representativos da situação
É a mais t r a d i c i o n a l das pesquisas. Ela descreve as características o u d o p r o b l e m a estão envolvidos de m o d o c o o p e r a t i v o o u
de u m a d e t e r m i n a d a p o p u l a ç ã o o u u m d e t e r m i n a d o f e n ó m e n o , participativo ( T H I O L L E N T , 2008).
e os i n t e r p r e t a . N ã o busca i n t e r f e r i r e n e m m o d i f i c a r a realidade
estudada ( R U D I O , 2 0 0 2 ) . • P E S Q U I S A P A R T I C I P A N T E - Para Brandão ( 1 9 9 9 ) , trata-se
de u m t i p o de pesquisa p o r m e i o d o qual se busca a p l e n a
PESQUISA E X P L I C A T I V A participação da c o m u n i d a d e na análise de sua p r ó p r i a realida-
É a pesquisa que busca esclarecer que fatores c o n t r i b u e m de de, c o m o o b j e t i v o de p r o m o v e r a participação social para o
a l g u m a f o r m a p a r a a o c o r r ê n c i a de a l g u m f e n ó m e n o . b e n e f í c i o coletívo.
36 37
Abordagem C c o n t e x t o p a r a d i g m á t i c o ' dessas abordagens, o u seja, a visão
D e f i n i r se a pesquisa terá abordagem quabtativa e/ou quantitativa. realista/objetiva ( q u a n t i t a t i v a ) e a visão idealista/subjetiva (qualita-
N a l i t e r a t u r a e n c o n t r a m o s e x p r e s s õ e s d o t i p o "pesquisa qualita- t i v a ) , p o d e ser observado n o Q u a d r o 3.
t i v a " , o u " m é t o d o q u a n t i t a t i v o " . C o n s i d e r a m o s que essas expressões
n ã o são adequadas, pois o que d e f i n e , na realidade, essa escolba, é Q u a d r o 3 - A b o r d a g e n s quantitativas e qualitativas e p o n t o s d e vista
A estatística descritiva (média, desvio padrão, entre outros), assim como Papel d o s sujeitos T e n d e a servir-se d o s Tende a comunicar-se
sujeitos c o m os sujeitos
percentagens, podem ser utilizadas em pesquisas com abordagem quali-
tativa como meio de "potencialização" de significados. Natureza dos dados Qbjetivos Subjetivos
39
38
Objetivismo Construtivismo As pesquisas c o m a b o r d a g e m qualitativa se o r i g i n a r a m de d i -
Ontológico
versas disciplinas e enfoques t e ó r i c o s e m e t o d o l ó g i c o s (FLICK,
Construção da reali- Os f a t o s sociais são u m a A r e a l i d a d e é construí-
2 0 0 9 ; F L I C K , 2 0 0 4 ) . N a v a r r e t e ( 2 0 0 9 , p . 2 2 ) a d a p t o u u m estudo de
realidade objetiva da socialmente
dade
Patton ( 1 9 9 0 ) , que favorece a c o m p r e e n s ã o dessas r e l a ç õ e s , c o m o
Objetivos Estudos confirmatórios E s t u d o s exploratórios mostrado no Q u a d r o 4 ( c o m adaptações).
40 41
O local da pesquisa
Teoria d e Sistemas Multidisciplinar Como e por que funciona Descrever o l o c a l onde a pesquisa será realizada e j u s t i f i c a r a
u m sistema c o m o u m t o d o .
escolba.
43
42
3. A m o s t r a g e m p o r c o n g l o m e r a d o s : O pesquisador seleciona t r o s de d o c u m e n t a ç ã o , i n t e r n e t , l i v r o s , artigos, legislações, imagens,
c o n g l o m e r a d o s , e n t e n d i d o s esses c o m o escolas, empresas, e n t r e o u t r o s . U m a questão polémica refere-se ao uso da i n t e r n e t
b a i r r o , e n t r e o u t r o s . P o s t e r i o r m e n t e pode aplicar uma amos- c o m o f o n t e de dados. Informações obtidas de sites não oficiais d e v e m
t r a g e m estratificada. ser tratadas c o m cuidado, p o r é m aquelas originadas de sites oficiais
( g o v e r n o , universidades, entre outros) p o d e m ser usadas de f o r m a
• N ã o p r o b a b i l í s t i c a : É aquela e m que a seleção dos e l e m e n - e q u i l i b r a d a . N ã o existe u m a p o r c e n t a g e m m á x i m a o u m í n i m a de
tos da p o p u l a ç ã o para c o m p o r a amostra depende ao m e n o s , r e f e r ê n c i a s o r i u n d a s de i n t e r n e t , e o b o m - s e n s o d o pesquisador é
e m p a r t e , d o j u l g a m e n t o do pesquisador. D i v i d e - s e e m : que v a i , na realidade, prevalecer.
1 . A m o s t r a g e m p o r c o n v e n i ê n c i a : O pesquisador seleciona os Q u a n d o u t i l i z a m o s a r t i g o s , as boas práticas m e t o d o l ó g i c a s r e -
m e m b r o s da p o p u l a ç ã o mais fáceis e disponíveis. c o m e n d a m que eles t e n b a m n o m á x i m o cinco anos de publicação.
2. A m o s t r a g e m i n t e n c i o n a l : O pesquisador usa seu j u l g a m e n t o A r t i g o s clássicos não t ê m idade. U m a p e r g u n t a clássica na área da
para selecionar m e m b r o s da população que possam f o r n e - m e t o d o l o g i a é:
cer i n f o r m a ç õ e s relevantes.
3. A m o s t r a g e m p o r quotas: O pesquisador seleciona pessoas a
O que é mais i m p o r t a n t e : citar artigos o u livros?
p a r t i r de categorias p o r ele definidas ( p o r e x e m p l o : alunos,
professores, idade, sexo, nível de i n s t r u ç ã o , e n t r e o u t r o s ) .
Os a r t i g o s para s e r e m p u b l i c a d o s p a s s a m p o r avaliação d e pareceris- |
Essa s e l e ç ã o p o d e ser p o r conveniência o u i n t e n c i o n a l .
tas, o q u e n e m s e m p r e a c o n t e c e c o m os livros, p o r t a n t o , u m a m o n o - 1
T e n d e n c i o s i d a d e : Inerentes ao p r ó p r i o pesquisador.
(abordagem qualitativa).
estudado;
• A d o t a r u m a p o s t u r a ética.
44
Q u a d r o 5 - A l g u n s p r o b l e m a s , d e o r d e m psicológica, ser e s t r u t u r a d o c o m perguntas abertas e / o u fecbadas. U m ques-
e n c o n t r a d o s na fase d a e n t r a d a e m c a m p o t i o n á r i o não deve ser m u i t o l o n g o para não cansar o r e s p o n d e n t e ,
e, a l é m disso, n ã o favorecer a respostas rápidas, m u i t a s vezes sem
Problemas No q u e consiste
significado. Os questionários p o d e m ser enviados p e l o C o r r e i o , mas,
Ideias d e intrusão n a O pesquisador é visto c o m o u m agente nesse caso, d e v e m acompanbá-los todas as i n s t r u ç õ e s básicas para
propriedade indevido. É visto c o m o u m elemento q u e seu p r e e n c b i m e n t o .
" n ã o é d a casa".
A g r a n d e v a n t a g e m d o q u e s t i o n á r i o , c o m o i n s t r u m e n t o de co-
S e n t i m e n t o d e invasão da O pesquisador é sentido c o m o u m agente leta de dados, é a sua capacidade de a t i n g i r u m g r a n d e n ú m e r o de
privacidade d e desequilíbrio d o f u n c i o n a m e n t o da pessoas. C o m o desvantagem, t e m o s a ausência da o b s e r v a ç ã o d o
instituição.
pesquisador n o ato d o p r e e n c b i m e n t o , o que faz d o q u e s t i o n á r i o
Ideação p a r a n o i d e O pesquisador é imaginado c o m o agente u m instrumento frio.
i d e n t i f i c a d o r das limitaçóes e d e f e i t o s d a
O u t r a d e s v a n t a g e m é que m u i t a s vezes as pessoas p r e e n c b e m
instituição.
u m q u e s t i o n á r i o c o m o i n t u i t o não de c o l a b o r a r c o m a p e s q u i -
Expectativa de u m retorno O pesquisador é sentido c o m o u m agente sa, m a s s i m d e se v e r l i v r e d o p e s q u i s a d o r . O s questionários
imediato a j u d a n t e o u s a l v a d o r d a Instituição p a r a
d e v e m ser e l a b o r a d o s e m u m a l i n g u a g e m s i m p l e s e o b j e t i v a .
f o r n e c e r soluçóes d e p r o b l e m a s teóricos e
práticos a esta. Q u a n d o b o u v e r t e r m o de difícil c o m p r e e n s ã o deve ser c o l o c a d o
seu s i g n i f i c a d o .
Resistências d o p e s q u i - O p e s q u i s a d o r se s e n t e u m i n t r u s o n a i n s t i -
sador t u i ç ã o e o b s e r v a d o r crítico d o s p r o b l e m a s .
T o d o q u e s t i o n á r i o d e v e s e r v a l i d a d o , o u s e j a , a n t e s d e aplicá-lo a o s s u -
F o n t e : A d a p t a d o d e T u r a t o (2008, p.324)
j e i t o s d a p e s q u i s a , d e v e ser f e i t o u m pré-teste c o m u m g r u p o m e n o r ,
n o s e n t i d o d e i d e n t i f i c a r possíveis falhas d e l i n g u a g e m e d e c o m p r e -
Para que os dados sejam corfiáveis, os instrumentos de coleta e n s ã o . Esses d a d o s o b t i d o s n o pré-teste n ã o d e v e m s e r c o n s i d e r a d o s
devem ter validade (mede o que pretende medir) efidedignidade n o p r o c e s s o d e análise.
(oferece constantemente os mesmos resultados, quando aplicado
à mesma amostra).
A n t e s de i n i c i a r o processo de e l a b o r a ç ã o de u m questionário
Descrever os i n s t r u m e n t o s que serão utilizados para a coleta de p e r g u n t e a si m e s m o :
dados: questionários, entrevistas, observações, entre outros. E i m p o r - 1 . Q u e p r o b l e m a ( p e r g u n t a ) desejo responder?
tante explicitar c o m o o i n s t r u m e n t o será usado o u aplicado, não se es- 2. Quais b i p ó t e s e s eu preciso testar?
quecendo de descrever a fase de pré-teste ( C O S T A e C O S T A , 2 0 0 9 ) .
3. Quais os o b j e t i v o s a alcançar?
E x i s t e m dois t i p o s de p e r g u n t a s : as abertas e as fecbadas. N o
• Questionário
Q u a d r o 6, de a c o r d o c o m A m a r o et a l . , 2 0 0 5 , apresentamos algu-
E u m i n s t r u m e n t o de coleta de dados, aplicado q u a n d o se q u e r
mas vantagens e desvantagens de cada u m a .
a t i n g i r u m g r a n d e n ú m e r o de indivíduos ( V I E I R A , 2 0 0 9 ) . Pode
46 47
Quadro 6 - Algumas vantagens e desvantagens D i g a q u a l o seu g r a u de c o n c o r d â n c i a e m relação às q u e s t õ e s
dos diferentes tipos de perguntas que se seguem:
A o r d e m e a q u a n t i d a d e d a s p e r g u n t a s s ã o f a t o r e s i m p o r t a n t e s , já q u e
T o d o q u e s t i o n á r i o deve ser acompanbado de u m a C a r t a E x p l i -
p o d e m afetar o interesse d o r e s p o n d e n t e , afetando, dessa f o r m a , a c a ç ã o , que deve c o n t e r :
q u a l i d a d e da informação. • A p r o p o s t a da pesquisa;
• I n s t r u ç õ e s de p r e e n c b i m e n t o ;
Q e n v i o d e questionários via c o r r e i o o u e-mail, e m b o r a t e n h a a v a n t a - • I n s t r u ç õ e s para d e v o l u ç ã o ;
g e m d e atingir u m g r a n d e número d e pessoas, possui a d e s v a n t a g e m • I n c e n t i v o para o p r e e n c b i m e n t o ;
da baixa taxa d e r e t o r n o . J o b b e r (1995, p.l 77) a p o n t a q u e a notifica- • Agradecimento.
ção a n t e r i o r p e l o c o r r e i o c o n v e n c i o n a l o u eletrônico, o u p o r t e l e f o n e .
48 49
A b e r t a o u nao e s t r u t u r a d a : As perguntas sao feitas na m e d i d a
Observações
e m que a conversa vai t r a n s c o r r e n d o . Não existe u m r o t e i r o de
Procure selecionar pessoas que realmente têm o conhecimento neces-
entrevista. sário para satisfazer as suas necessidades de informação.
E s t r u t u r a d a : As perguntas são feitas a p a r t i r de u m f o r m u l á r i o Faça um pré-teste. Procure realizar uma entrevista com alguém que
c o m perguntas p r e v i a m e n t e estruturadas. poderá fazer uma crítica de sua postura e do roteiro antes dfe se en-
contrar com o entrevistado de sua escolha.
S e m i e s t r u t u r a d a : Realizada c o m perguntas estruturadas abertas.
A entrevista pode ser realizada pessoalmente, por telefone ou via
D e p r o f u n d i d a d e : É "uma entrevista não estruturada, direta, pessoal, internet. As duas últimas formas possuem a desvantagem de não se
em que um único respondente é testado por um entrevistador altamente poder captar gestos e expressões corporais, fatores importantes, prin-
treinado, para descobrir motivações, crenças, atitudes e sensações subjacentes cipalmente nas pesquisas com abordagem qualitativa.
São boas práticas de coleta de dados q u a n d o se u t i l i z a a e n t r e - Seja objetivo, entrevistas longas podem se tornar cansativas para o
vista: entrevistado.
• Agendá-la c o m a n t e c e d ê n c i a ; D u a r t e ( 2 0 0 2 , p . 1 4 5 ) , analisando a i m p o r t â n c i a d o l o c a l o n d e se
r e a l i z a m as entrevistas, aponta q u e :
• P r o c u r a r seguir a o r d e m p r e e l a b o r a d a ;
Entrevistas realizadas em locais de trabalho, por
• T o m a r n o t a o u gravar, se possível;
exemplo, geralmente trazem problemas difíceis de
• Facilitar a e n t r e v i s t a , d e i x a n d o o e n t r e v i s t a d o à v o n t a d e ;
solucionar: situações externas, frequentemente as in-
• N ã o i n f l u e n c i a r nas respostas. terrompem (um telefonema "importante", uma decisão
"urgente", a secretária, recados, etc), fazendo com que
o entrevistado perca o "fio da meada" [...].
SI
so
o corte das entrevistas (paralisação) éJeito quando E s t r u t u r a d a , q u a n d o o observador segue u m d e t e r m i n a d o r o -
as irjormaçõesfornecidas pelos entrevistados começam t e i r o de o b s e r v a ç ã o .
a se repetir sistematicamente. Esse é o ponto de recorrência, Simples, q u a n d o o o b s e r v a d o r está i n s e r i d o na realidade es-
ou ponto de saturação ( M A L H O T R A , 2001). t u d a d a , mas não segue n e n b u m r o t e i r o de observação e n e m
participa.
• G r u p o focal (Focus group) P a r t i c i p a n t e , q u a n d o o o b s e r v a d o r está i n s e r i d o n o c e n á r i o
Õ G r u p o f o c a l é u m a t é c n i c a de entrevista coletiva que envolve de e s t u d o , p a r t i c i p a dessa realidade. Pode baver o u não u m
u m a discussão o b j e t i v a e m e d i a d a sobre u m t e m a o u questão espe- r o t e i r o de o b s e r v a ç ã o .
cífica. A i n t e r a ç ã o e n t r e os p a r t i c i p a n t e s ( g e r a l m e n t e e m t o r n o de
10 a 12) favorece e i n f l u e n c i a , s o b r e m a n e i r a , a discussão. Os dados Observações
gerados, que p o d e m ser o b t i d o s a p a r t i r de m a n e i r a e s t r u t u r a d a o u A n t e s d e iniciar o processo d e observação, p r o c u r e e x a m i n a r o locai e
g u n d o B a r b o u r ( 2 0 0 8 ) , F l i c k ( 2 0 0 4 ) e K r u e g e r ( 1 9 9 4 ) , são: f e i t a s d e m a n e i r a s i s t e m á t i c a e p l a n e j a d a e as e v i d ê n c i a s c o l e t a d a s
• E n v o l v i m e n t o de pessoas. d e v e m s e r d o c u m e n t a d a s a t r a v é s d e f o t o s , a p o n t a m e n t o s , relatórios,
S3
Os d a d o s d e m e d i ç ã o são f o r m a d o s p o r u m v a l o r numérico e p o r u m a i Q u a l q u e r q u e seja a técnica a d o t a d a p a r a a análise d o s d a d o s , n ã o |
u n i d a d e d e m e d i d a ( l O m ; 30s; 4h). Os d a d o s numéricos possuem e s q u e ç a d e justificá-la. I
u m v a l o r n u m é r i c o e u m a característica (3 a l u n o s ; 8 e n t r e v i s t a d o s , 9
questionários).
É i m p o r t a n t e q u e , na etapa de análise dos dados (GIBBS, 2 0 0 9 ) ,
sejam definidas as categorias, que p o d e m ser: analíticas o u c o n c e i -
Os dados, q u a n t o às f o n t e s , p o d e m ser caracterizados c o m o : tuais e e m p í r i c a s o u operacionais, q u e t ê m c o m o objetivos:
• P r i m á r i o s — A q u e l e s levantados p e l o p r ó p r i o pesquisador; • C o n s t r u i r u m a interface e n t r e a coleta de dados e a análise;
• Secundários — Aqueles j á existentes. • D e l i m i t a r o c o n j u n t o da i n f o r m a ç ã o q u e se p r e t e n d e analisar;
• R o t u l a r as unidades de i n f o r m a ç ã o t e n d o e m vista as necessi-
N a e l a b o r a ç ã o d o p r o j e t o descrevemos c o m o serão analisados os dades d o t r a t a m e n t o analítico.
dados o b t i d o s , o u seja, q u a l a t é c n i c a q u e será utilizada:
• Estatística — A p l i c a d a aos estudos c o m a b o r d a g e m q u a n t i t a t i v a As c a t e g o r i a s p o d e m ser d e f i n i d a s p r e v i a m e n t e a p a r t i r d e p e r c e p -
( M I N G O T I , 2005).
ções d o p e s q u i s a d o r s o b r e a r e a l i d a d e a ser e s t u d a d a , o u p o s t e r i o r -
• Análise de C o n t e ú d o — O q u e está sendo d i t o n o texto^ ( B A R -
m e n t e , já c o m os d a d o s disponíveis. C o n s i d e r a m o s q u e a definição
D I N , 2008).
posterior das categorias p o d e facilitar u m a m e l h o r compreensão da
• Análise de D i s c u r s o — C o m o algo está sendo d i t o n o t e x t o
r e a l i d a d e , já q u e e m e r g e m d a s falas e d o c o n t e ú d o d a s r e s p o s t a s
( O R L A N D I , 2009; O R L A N D I , 2005).
(FRANCO, 2 0 0 5 ; RICHARDSON, 1999). Q u a n d o se c o l o c a m c a t e g o r i a s
D i s c u r s o d o Sujeito C o l e t i v o — Visa expressar o p e n s a m e n t o de
p r e v i a m e n t e , existe a c h a n c e d e q u e a l g u m a s falsas interpretações
u m a c o l e t i v i d a d e , c o m o se esta fosse a emissora de u m discur-
d e u m a r e a l i d a d e , a n t e s d e se t e r d a d o s disponíveis, p o s s a m ser
so ( L E F R È V E e t a l . , 2 0 0 0 ) .
c a r r e a d a s p a r a a p e s q u i s a , e, d e s s a f o r m a , i n f l u i r n e g a t i v a m e n t e n o
• I n t e r p r e t a ç ã o das Falas — I n t e r p r e t a ç ã o das falas dos sujeitos, à
estudo.
l u z das p e r c e p ç õ e s d o pesquisador, t e n d o c o m o pano de f u n d o
a revisão de l i t e r a t u r a e / o u r e f e r e n c i a l t e ó r i c o a d o t a d o . N ã o
segue regras preestabelecidas, c o m o nas técnicas a n t e r i o r e s
A escolba dos i n s t r u m e n t o s de coleta de dados e as técnicas de
( O R L A N D I , 2007; MYERS, 2004).
análise aplicadas a esses dados d e f i n e m o d e s e n v o l v i m e n t o ade-
• Triangulação — Utilização d e múltiplas fontes de coleta de da-
quado da pesquisa. Rosa e A r n o l d i ( 2 0 0 8 ) a p o n t a m q u e e x i s t e m
dos, e / o u d i f e r e n t e s pesquisadores, e / o u diferentes teorias,
grandes lacunas para se executar satisfatoriamente essas etapas da
e / o u d i f e r e n t e s m é t o d o s , e / o u diferentes sujeitos, n o estudo
pesquisa, e isso, segundo as mesmas autoras,
do mesmo fenómeno ( N A V A R R E T E , 2009; T U R A T O , 2008;
É reflexo da fragilidade conceituai d e m u i t o s cursos
M I N A Y O et a l . , 2008; E L I C K , 2004; B A U E R e G A S K E L L ,
d e m e t o d o l o g i a , q u e n ã o e n f r e n t a m u m a necessária
2004; D E N Z I N , 1984).
discussão e p i s t e m o l ó g i c a ( e s t u d o crítico d o c o n h e c i -
54 55
O b s . : N a fase d e análise dos dados, p r o c u r e seguir o princípio da
p a r c i m ô n i a . Esse p r i n c í p i o f o i p r o p o s t o p e l o frade e filósofo inglês
G u i l b e r m e de O c k a m (ca. 1 2 8 5 - 1 3 4 7 ) e diz que se existe mais de
Pergunta-se: Q U A L Q M A T E R I A L B I B L I Q G R Á F I C Q C I T A D Q N Q PRQJETO?
uma e x p l i c a ç ã o p a r a u m a dada o b s e r v a ç ã o , devemos adotar aquela
mais simples. Esse p r i n c í p i o t a m b é m é conbecido c o m o a "Navalba
de O c k a m " ( F E R R E I R A , 2001). São aquelas referências ( l i v r o s , a r t i g o s , sites, d o c u m e n f o s , e n t r e
o u t r o s ) utilizadas n o d e s e n v o l v i m e n t o d o p r o j e t o de pesquisa e r e -
ferenciadas de a c o r d o c o m o sistema adotado na instituição ( A B N T ,
k Limitações da pesquisa
A P A , V A N C O U V E R , outros).
k . Cronograma 1
São aquelas referências ( l i v r o s , a r t i g o s , sites, d o c u m e n t o s , e n -
tre o u t r o s ) utilizadas n o d e s e n v o l v i m e n t o d o p r o j e t o de pesquisa,
E l e m e n t o f a c u l t a t i v o q u e visa e x p l i c a r a l g u n s t e r m o s u t i l i z a d o s n o
56 57
Apêndices fe CAPÍTULO 3
outros.
a e x e c u ç ã o d o p r o j e t o , o u seja, n a m o n o g r a f i a . A l g u m a s instituições,
58 59
I - a capacitação de pessoal para a prática p r o f i s s i o n a l avançada M a r a n h ã o , A c r e , Piauí, Alagoas, Amapá, R o n d ô n i a e R o r a i m a não
e t r a n s f o r m a d o r a de p r o c e d i m e n t o s e processos aplicados, p o r p o s s u e m M P . A f i g u r a 1 m o s t r a a distribuição de p r o g r a m a s de P ò s -
m e i o da i n c o r p o r a ç ã o d o m é t o d o científico, h a b i l i t a n d o o p r o f i s - G r a d u a ç ã o n o Brasil e m 2 0 0 9 ( G e o C a p e s , 2 0 1 0 ) .
sional para atuar e m atividades t é c n i c o - c i e n t í f i c a s e de inovação; Distribuição d e P r o g r a m a s PG p o r Nível
( C a p e s , c o m u n i c a ç ã o p e s s o a l , p o r e - m a l l , e m 11 d e a g o s t o d e 2 0 0 9 ) :
A P o r t a r i a n . 17 M E C / C a p e s de 2 0 0 9 esclarece que o t r a b a l h o
final de u m M P p o d e r á ser apresentado e m d i f e r e n t e s f o r m a t o s ,
1. A s d i s s e r t a ç õ e s m a i s a n t i g a s e m c u r s o s d e m e s t r a d o p r o f i s s i o n a l
tais c o m o :
d a t a m d e 0 1 / 0 2 / 1 9 9 9 , e são d o m e s m o P r o g r a m a :
• Dissertação;
U N I C A M P (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE C A M P I N A S )
• Revisão sistemática e a p r o f u n d a d a da l i t e r a t u r a ;
Á r e a : Q U A L I D A D E / E N G E N H A R I A DE P R Q D U Ç Ã Q
• Artigo;
• Patente;
• R e g i s t r o s de p r o p r i e d a d e i n t e l e c t u a l ; A u t o r : ELISEU C A R L Q S BQER, D e f e s a : 0 1 - 0 2 - 1 9 9 9
• Projetos t é c n i c o s ; Título: A R e d u ç ã o d o s E s t o q u e s e m P r o c e s s o s q u e U t i l i z a m as T é c n i c a s
62 63
A u t o r : MARCELO A N T Ô N I O AGUILAR, Defesa: 01-02-1999 i
Funções d o s m a t e r i a i s didáticos
Título: M o t i v a ç ã o H u m a n a n a s O r g a n i z a ç õ e s - A n á l i s e Crítica d o C o m - 1
Fornecer informação;
p o r t a m e n t o H u m a n o n o C o n t e x t o das Teorias e Técnicas M o t i v a c i o -
Motivar o processo educativo;
nais A p l i c a d a s e m Organizações.
Exercitar habilidades;
Proporcionar simulações;
2. A t é 3 1 / 1 2 / 2 0 0 8 f o r a m d e c l a r a d o s , p o r p r o g r a m a s d e MP, 1 4 . 7 4 6 ;
Avaliar c o n h e c i m e n t o s e habilidades;
trabalhos d e conclusão d e curso.
P r o p o r c i o n a r a m b i e n t e s p a r a a expressão e criação.
64 6S
Para que o m a t e r i a l didático seja eficaz não basta ser apenas u m • A t i v i d a d e s Interativas — O c o n b e c i m e n t o é c o n s t r u í d o de m a -
b o m m a t e r i a l e n e m ser u m m a t e r i a l de elevada base t e c n o l ó g i c a . n e i r a pessoal, a p a r t i r dos p o n t o s de vista dos demais alimos
O u t r o s e l e m e n t o s d e v e m ser considerados: ( c o n s t r u ç ã o social d o c o n b e c i m e n t o ) .
• Os o b j e t i v o s e d u c a t i v o s que p r e t e n d e m o s alcançar;
• Os c o n t e ú d o s que serão u t i l i z a d o s ; A questão d a avaliação d o M a t e r i a l Didático
• As c a r a c t e r í s t i c a s d o s a l u n o s que utilizarão o m a t e r i a l
didático: interesses, c o n b e c i m e n t o s prévios, e x p e r i ê n c i a e ba- Q u a l q u e r p r o d u t o de M e s t r a d o Profissional, seja na área da e d u -
de A p r e n d i z a g e m i n c l u e m conteúdo multimídia, conteúdos instrucionais, objeti- Q u a n d o consideramos a avaliação de materiais didáticos, deve-
v o s de e n s i n o , s o f t w a r e i n s t r u c i o n a l e s o f t w a r e e m g e r a l e pessoas, o r g a n i z a ç õ e s m o s sempre focar a sua eficácia didática, o u seja, a sua f u n c i o n a l i -
o u eventos referenciados durante u m ensino c o m suporte tecnológico (IEEE
dade c o m o m e i o f a c i l i t a d o r da a p r e n d i z a g e m . Esta eficácia depende
a p u d W I L E Y , 2 0 0 0 ) . Esses o b j e t o s d e v e m t e r c a r á t e r i n t e r a c i o n i s t a , p r o p i c i a n d o
basicamente de dois fatores: as características dos materiais e a
ao a l u n o u m a d i v e r s i d a d e d e t i p o s d e m a t e r i a i s , f a v o r e c e n d o u m a a p r e n d i z a g e m
autónoma e significativa. f o r m a c o m o estão sendo u t i l i z a d o s ( M A R Q U E S , 2 0 0 7 ) .
66 67
o u t r o s p r o d u t o s , desde que c o m as devidas adaptações, está c o n f i -
É i n t e r e s s a n t e q u e n o p r o j e t o d e M e s t r a d o Profissional c o n s t e m esses
g u r a d o e m t r ê s fases:
e l e m e n t o s . E m b o r a isto n ã o seja o n o r m a l , a inclusão desses itens f a -
cilitará, s o b r e m a n e i r a , o d e s e n v o l v i m e n t o d a d i s s e r t a ç ã o e d o p r ó p r i o
• A fase d o desenbo pedagógico d o m a t e r i a l ;
p r o d u t o , a g r e g a n d o o q u e se c h a m a d e v a l i d e z . • A fase de e l a b o r a ç ã o d o m a t e r i a l n o f o r m a t o de site;
• A fase de e x p e r i m e n t a ç ã o e avaliação d o m a t e r i a l e m situações
S u g e s t õ e s de t e m a s para o M e s t r a d o Profissional na área da educativas reais.
Educação
• D e s e n v o l v i m e n t o / o u avaliação de sites educacionais; FASE D O D E S E N H O P E D A G Ó G I C O
• D e s e n v o l v i m e n t o / o u avaliação de softwares educativos (aulas Esse m o d e l o , c o m as d e v i d a s a d a p t a ç õ e s , p o d e s e r a p l i c a d o a o u t r o s [
virtuais, por exemplo); m a t e r i a i s d i d á t i c o s , r e s p e i t a n d o - s e , o b v i a m e n t e , as c a r a c t e r í s t i c a s d e [
• P r o d u ç ã o de D V D s educativos; cada u m . I
• Produção de peças teatrais vinculadas a temas de interesse coletivo;
• Produção de cartilhas vinculadas a temas de interesse c o l e t i v o ;
Passo 1 . S e l e ç ã o d o m ó d u l o e análise de necessidades
• P r o d u ç ã o de histórias e m q u a d r i n h o s ;
• Determinar o tópico/tema do módulo;
• P r o d u ç ã o de l i v r o s didáticos o u paradidáticos';
• D e s c r e v e r o p o r q u ê e o para quê desenvolver esse m ó d u l o ;
• D e s e n v o l v i m e n t o de t é c n i c a s de r e c r e a ç ã o ;
• I d e n t i f i c a r as características e c o n b e c i m e n t o s prévios dos des-
• Avaliação, e m o u t r o s c o n t e x t o s , de materiais didáticos j á exis-
tinatários.
tentes;
• Avaliação de estratégias de gestão educativa;
Passo 2 . P l a n e j a m e n t o didático d o m ó d u l o
• Estudos, c o m f o c o p r á t i c o , sobre novas f o r m a s de gestão na
• Estabelecer os o b j e t i v o s de a p r e n d i z a g e m ;
Educação;
• Selecionar e organizar os c o n t e ú d o s ;
• Estudos, c o m f o c o p r á t i c o , sobre qualidade e m E d u c a ç ã o ;
• Planejar as atividades;
• E s t u d o s , c o m f o c o p r á t i c o , s o b r e c u r r í c u l o e avaliação da
• E l a b o r a r os c r i t é r i o s e e x e r c í c i o s de avaliação.
aprendizagem;
• D e s e n v o l v i m e n t o de m a t e r i a i s didáticos para alunos surdos e
cegos; FASE D E E L A B O R A Ç Ã O D O M A T E R I A L N O F O R M A T O D E SITE
68 69
• I n c o r p o r a r os í c o n e s de links e ativá-los; N e s t e capítulo t r a t a m o s apenas de alguns p r o d u t o s aplicados à
FASE D E E X P E R I M E N T A Ç Ã O E A V A L I A Ç Ã O D O M A T E R I A L
Passo S. E x p e r i m e n t a ç ã o d o p r o t ó t i p o d o m ó d u l o e m c o n t e x t o s
educativos reais
• Publicar o p r o t ó t i p o e x p e r i m e n t a l d o m a t e r i a l na I n t e r n e t e
em C D - R O M ;
• D e t e r m i n a r c o m quais sujeitos o u g r u p o s será realizada a ex-
perimentação;
• E x p e r i m e n t a r e coletar dados através de entrevistas, questio-
n á r i o s , o b s e r v a ç õ e s , e n t r e outras f e r r a m e n t a s .
Passo 6. Análise e r e e l a b o r a ç ã o d o m a t e r i a l
• Análise dos dados e propostas de m e l h o r i a s para o m a t e r i a l ;
• R e e l a b o r a ç ã o das d i m e n s õ e s didáticas e t e c n o l ó g i c a s (cores,
links, ícones, entre outros).
Passo 7. E d i ç ã o e uso d o m a t e r i a l
—— '
Importante
Nos projetos de Mestrado Profissional, a parte q u e trata d o s
r e f e r e n t e s a o d e s e n h o p e d a g ó g i c o d o p r o d u t o a ser g e r a d o , o seu
de validação.
70 71
APÊNDICE 3
Duas coisas são infinitas: o universo e a
absoluta.
Albert Einstein
• T í t u l o m a l elaborado, e m desacordo c o m o t e m a ;
• P r o b l e m a ( p e r g u n t a de pesquisa) elaborado de f o r m a c o m p l e x a ;
• Hipóteses f o r m u l a d a s de f o r m a inadequada;
• O b j e t i v o geral m a l e l a b o r a d o ;
• O b j e t i v o s não iniciados c o m v e r b o n o i n f i n i t i v o ;
133
• Citações e m desacordo c o m o sistema de normalização escolhido; APÊNDICE 4
• Apropriação de textos de terceiros, sem citar a f o n t e ; o que já fiz não me interessa. Só penso no
que ainda não fiz.
• Parágrafos extensos;
P a b l o Picasso
• Afirmações de verdades sem a devida fonte bibliográfica;
• C r o n o g r a m a incompatível c o m o desenvolvimento da pesquisa; Ao utilizar "buscaiáòres" de pesquisa, coloque o objeto do seu estu-
do entre aspas. O n ú m e r o de documentos encontrados será menor,
• Referências bibliográficas elaboradas em desacordo c o m o m o d e l o
mas c o m m a i o r qualidade. Para fazer uma busca exata, coloque u m
de normalização adotado.
p o n t o final na palavra a ser pesquisada.
•ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA D E T E C N O L O G I A E D U C A C I O N A L
bttp://www.abt-br.org.br
• BIBLIOTECA D I G I T A L D A UFRGS
bttp://www.lume.ufrgs.br
• BIBLIOTECA DIGITAL DA U N I C A M P
bttp://libdigi.unicamp.br
• B I B L I O T E C A D I G I T A L D A USP
b t t p r / /www.teses.usp.br
• B I B L I O T E C A D I G I T A L D E TESES E D I S S E R T A Ç Õ E S (PUC-SP)
bttp: / / www.sapientia.pucsp.br
• BIBLIOTECA N A C I O N A L
bttp://www.bn.br .
• BVS: B I B L I O T E C A V I R T U A L E M S A Ú D E / E D U C A Ç Ã O
PROFISSIONAL E M SAÚDE
b t t p : / / w w w . bvseps. epsj v. fiocr uz. br
134 135
• C E N T R O D E C I Ê N C I A S D A E D U C A Ç Ã O D A UFSC / L I N K S NATURE
SOBRE T E C N O L O G I A E D U C A C I O N A L b t t p : / / w w w . hature . c o m
http: / / www.ced.ufsc.br/links/tecedu.btml
P E R I Ó D I C O S CAPES
• CIÊNCIA H O J E O N L I N E h t t p : / / w w w . periódicos. capes. gov. br
b t t p : / / w w w . c i e n c i a . o r g . b r 'A-"
P O R T A L D E ACESSO L I V R E D A CAPES
• DISCOVERY CHANNEL b t t p : / / acessolivre.capes.gov. br
bttp://www.discovery.com
PORTAL D O J O R N A L I S M O CIENTÍFICO
• FUNDAÇÃO O S W A L D O CRUZ bttp: / /www.jornalismocientifico.com.br
b t t p : / / w w w . f i o c r u z . br
P O R T A L P A R A P E R I Ó D I C O S D E L I V R E ACESSO N A
• F U N D A Ç Ã O S I S T E M A E S T A D U A L D E ANÁLISE D E D A D O S INTERNET
(FUNDAÇÃO SEADE) bttp://livre.cnen.gov.br
b t t p : / / www.seade.gov.br
P U B M E D : Mecanismo de busca bibliográfica da N E M (U.S.
•GOOGLE ACADÉMICO National L i b r a r y o f M e d i c i n e )
b t t p : / / scbolar.google.com. br bttp: / /www.pubmed.gov
136 137
•TESES ( A C E S S O L I V R E - V Á R I O S PAÍSES) APÊNDICE 5
h t t p : / / ulisses.sibul.ul.pt/ulisses/portal/btml/documentacaoa-
Um homem não é infeliz porque tem am-
cademica.btm bições, mas porque elas o devoram.
Montesquieu
•TESES E D I S S E R T A Ç Õ E S - S A Ú D E P Ú B L I C A
bttp://tbesis.icict.fiocruz.br
•TESES - F U N D A Ç Ã O O S W A L D O C R U Z
b t t p : / / t e s e s , i c i c t . fiocruz. b r Modelo deTermo de Consentimento
•WEB D O G O V E R N O BRASILEIRO Livre e Esclarecido - TCLE
bttp://www.brasil.gov.br
1 i8 139
Confidencialidade; A s informações obtidas através dessa pesquisa
serão confidenciais e asseguramos o sigilo sobre a sua participação.
Os dados não s e r ã o divulgados de f o r m a a possibilitar sua i d e n t i f i -
cação. Os resultados serão divulgados e m apresentações o u p u b l i -
cações c o m fins c i e n t í f i c o s o u educativos.
Pesquisador responsável:
E n d e r e ç o e telefones de c o n t a t o :
E n d e r e ç o d o CEP ao q u a l o p r o t o c o l o f o i s u b m e t i d o :
Local e data:
Nome:
Assinatura:
Q u a n d o se t r a t a r d e m e n o r d e i d a d e , o T C L E d e v e r á ser
assinado p e i o p a i o u m ã e , o u o r e s p o n s á v e l l e g a l .
140