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Introdução
Este capítulo introduz e discute as questões refe rentes aos p rocessos de avaliação e
consequentes ações de terapia ocu pacional (TO) e m contextos hospitalares, na tentativa
de oferecer uma sistematização que viabi liza ao leito r refl etir e elaborar programas de
assistência e protocolos clínicos. Todos os procedimentos que configuram o raciocínio
especializado de um terapeuta ocupacional para a promoção de saúde, bem-estar e
aquisição de habilidades, interesses e desempenho na vida diária e para a construção de
relações de produção e participação nos atendimentos em cenários hospitalares e extra-
-hospitalares, bem como em cuidados paliativos, foram denominados de específicos -
ênfase deste capítulo. Em termos gerais, pode-se dizer que o raciocínio é o da recuperação
da pessoa na ou apesar da doença .
A intenção é ressaltar a existência d e uma estrutura teórica generalista que
sustenta, identifica e subsidia as referências da profissão da TO para elaboração de seus
Hospitalares e Cuidados Paliativos
Terapia Ocupacional em Contextos
80
. do que em todo processo, al ém da avaliaçã o .. .
edimentos, assrna 1an in1c1al e
proc b, os objetivos do processo terapêutico em TO S Pracess~ 1
definem-se, tam em, . 1t , . . endo assi a,
. fvo traduz um referencia eonco e proced imental E rn, tod 0
0 processo ava
.
'ª
1 1 · sse ca
t , decisivo e co nsequ e nte de como_o profissional constró·1sua for rnpo de
conhec,men o e mação e
. , . desenvolvim ento de suas açoes.
seu rac1ocrn10 para O . ,
. l'd de de TO e m contextos hospitalares e definida no Grupo Naci
A espec,a I a 0
. • ai em contextos Hospitalares (GNTO) como: na1 de
Terapia Ocupac1on
Especia lidade do terapeuta ocupacional que atua em .institui .
, , . -
hospital ares de saude de pequeno, med,o ou grande port e, seJa. hos Çoes .
. . . . .
.
geral ou especializado, rnclus,ve os hosp1ta1s psiquiátricos e pen,tenciári Plta/
. . - _
Visa contribuir com a proteçao, promoçao, prevenção os.
·1· - d . d.1v1'd uo e da coletividade, recuperação
da saúde e rea b 11taçao o rn . _ , pautado na
. .
concepção de rntegralldade e humanizaça o da assistência à saúde .
, . . /* ( .f . Alern
da assistência terapeut1co ocupac,ona gn o nosso) propriamente d'1ta, a
.
atuação no contexto hospitalar. abrange a gestão, o ensino e a pe ~u~~ .
visando à formação e ao aperfeiçoam ento das competências e habilidades
profissionais no campo de conhecimen to e prática profissional em contextos
hospitalares 1 •
As áreas de atuação compreende m: desempenh o ocupacional em atenção intra-
-hospitalar, desempenh o ocupacional em atenção extra-hospit alar oferecida por hospital
e desempenho ocupacional em cuidados paliativos. ·
Os contextos hospitalares representam uma especialidad e com diferentes categorias
e variadas áreas de atuação. A denominaçã o contextos acarreta a importância subjacente
do ambiente e foi empregada de forma interligada, segundo a orientação da American
Occupational Therapy Association (AOTA)2, em que:
(... ) os dois termos são usados para refletir a importância de se considerar
0
a multiplicidade de variáveis inter-relacionadas que influenciam
desempenho . Compreende r os ambientes e contextos em que as ocupações
. tos sobre a
po d em e ocorrem, fornecem aos profissionais con hec,men
abrangência, subjacência e influência no envolvimento (. ..)2.
Af I d · · d hospital. Qes·
r ,cu an o-se, ainda, a classificação de porte e de complexida de de ca ª- genera 1·15ta
f
ta orma, encontram-s e descritos, neste documento estrutural, como funça_o d sujeito,
de um terapeuta ocupacional , a avaliação e a ação nos aspectos pessoais ~ ·n,ento
da ocupação d O b. d O desenvo v,
e am ,ente. As ações decorrentes correspon em ª ão da 5
de habilid d •d a prevenÇ
. a es e competencia s, a recuperação das funções perdi as,
A
'ficos, ben1
disfunções e pe d f . . . tos especi
.. r as unciona1s por meio de técnicas e de procedimen
co mo a utilização de , . .
recursos tecnicos ou tecnologias de apoio.
• eia. eo
~ A ssisten o
pesar de ser usual no Bras·1 .. ara definir a a enfatizar
processo, a auto . ' a utilização do terapêutico ocupacional, ~ rn TO, Pª'ª
r> ra optou por uma dºf' erenciação de processo terape. utico I econvida.
rocesso terapêutico e ã
n o o uso do recurso, como o terapêutico ocupaclona
Cap ítulo 4 ❖ Avaliação e I t -
n ervençao de Terapia Ocupacional em Contextos Hospitalares 81
Na d efin ição de competê ncias do terapeut a ocupacio nal nos contexto s
hospita la re s, segu nd o ° Conselh o Federal de Fisiotera pia e Terapia Ocupaci onal
(COF FITO), ve ri fica -se que:
·
· izar
auxi. liar a pess oa a m·inim • -
a rnte rrup çao da rotin a pela inte rna ção, cons
. d , rmas
trurn 10 °
nto,
hosp itala r e com a con diçã o de adoecime
mais _ad~ptativas de lidar com o cont exto · 1 Os
hosprtahzação e sofnme · tos e sua rede socia ·
bº . . nto, caus ado pelo afas tam ento de seus obje · ncia
o Jetrvos incluem a orie nt açao - d O f . .iar/c uida dor qua nto aos cuid ado s e a importa
amil
Capítulo 4 ❖ Avaliação e I t . - d .
n e, vençao e Terapia Ocupacional em Contextos Hospitalares 83
Contexto Ambiente
Perfil ocupacional
Análise do Plano de
desempenho intervenção
ocupacional
" Implementação
; da intervenção
Colaboração ,
entre terapeuta e Revisão da
cliente intervenção
Apoio à saúcfe e
1
participação na vida através
do envolvimento
na ocupação
Resultados
Ambiente Contexto
Participação
ABVD == atividades básicas da vida diária; AIVD == atividades instrumentais da vida diária; AVO== atividodes da
vida diária. Adoptada de: AOTA, 201 52•
Capítulo 4 ❖ Avaliação e Interven çã o de Terapia Ocupacional em Contextos Hospitalares 85
Sugere-se associar a Figura 4.1 e a Tabela 4.1 à Figura 4.2, que representa a relação
terapêutica como lugar de experiências e trocas sustentadas em diferentes contextos e
ancoradas pelo processo participativo. A experiência vivenciada e construída na relação
terapêutica pode ser ampliada para outros contextos.
Em estudo de revisão sobre a produção de conhecimento no campo das práticas
hospitalares em TO, em que a análise detalha as ações de terapeutas ocupacionais
em grupos temáticos e em subcategorias, Galheigo 16 apontou para uma produção
predominantemente composta por relatos de casos e descrição de experiências com
utilização de diferentes paradigmas teóricos e múltiplas organizações de serviços. As
mudanças nas produções sobre as ações da TO no HG indicaram uma tendência mais
voltada a ações integralizadas, ou às áreas de contextos, que as intervenções em clínicas
específicas. Assinalou ainda a mudança nessas produções, como o afastamento do padrão
de especialidades médicas para o desenvolvimento de programas de interconsulta ou
de programas especializados para população-alvo em TO. O conceito de contextos
em TO refere-se à multiplicidade de condições que, inter-relacionadas, influenciam o
desempenho de uma pessoa .
Contextos Cenários
( Cultural ( Artístico )
Processo
Experiências
colaborativo
Comp1:1rtilhamento Virtual
colal:>orativà
[ Social Auton0rnia
Sujeito Terapeuta
Componentes Político )
[ Familiar
( Econômico )
a u _.
Não se pode n0gar a cxistê m.ia de cultu ras clínica s di stintas , di fi culta ndo
os em outro idiotilizaçã0
ele termo s e con ce itos prese ntes nos instrum e ntos con struíd
se r concm·a CitJe
influe ncia m as p rá t icas atu ais. Prim e irame nte, a d efini çã o d e TO, qu e pod e
terrno e,:Uª cJa
co mo um a profiss ã o qu e se utili za da ocupa ção para tratar. Ocupa ção é um 0 1
im ocupar e que, na lín gua ing lesa, signific a buscar um espaço . Em TO s· ~ L.tr1cJo
d o lat , . 'd
O
,ior a'9n1ficaue,
, . t d
t· a m t)e. m 1z res pe ito a pessoa assum ir o e mpo e sua p rop ri a v1 a com ma
d.
e inde pe ndê ncia poss íve l. O va lor do termo oc upac ion a l. traduz a
inte raçã o da p Utonom ia
essoa e
ern To 0 m
suas ações-at ividad es e o ambie nte. No caso da necess id ad e da interve nção
irnp ' esse
va lo r subjeti vo vem acresc er uma série de difi.culdad es, sendo uma da s mais or tant ,
ava liar adequ adame nte seus resulta dos' e,,
a de defini r uma n1etod o logia qu e possa 7
·_
A TO, para o paciente cl ínico interna do, compr eende uma série de aproxim
de pr:~::s e
métod os de prática, como descrito nos diferentes capítu los deste livro. A prática
fi . 1 · , nio proced · sos
t ·tI u1· seu rac1oc1
d e ava 1iações t ran sita na ~,orma com que o pro ss1ona cons . 1menta1
da estrutu ra em que o serviço de TO está inserid o.
e na organi zação do serviço e
Em uma análise dos desafio s e das possib ilidade s da avaliaç ão
em TO de 1997
2011, Ma galhãe s, Nascim ento e Rezen de prenun ciaram uma evoluç
18 ão nos estudo s eaª
existência de um
utiliza ção de avaliaç ões no Brasil. Esta análise parte do entend iment o da
rio teórico-
inte resse cresce nte nos proces sos avaliativos como traduç ão de um repertó
avaliação como
-técn ico e científico, no qual encon tramos pouca atençã o aos recurs os de
ão presentes
eleme nto centra l e incons istênci a quanto às bases e aos objetiv os da profiss
se avaliava e 0
até a décad a de 1990, repres entado pela incong ruênci a entre o que
uma dificu ldade
que se propal ava como objetiv o da TO, caract erizan do, nesse períod o,
possibil idade de
de traduz ir os concei tos teórico s em instrum entos de avalia ção com
de ampl iação
reprod utibili dade e valida de de seus constr uctos. Até um panor ama atual
os procedimentos
dos estudo s de recurs os e instrum entos de avaliaç ão que exemp lificam
entre o que se
especi alizad os da profiss ão, como també m aprese ntam maior congru ência
aval ia e o que se trata.
HG, tornando
Esse raciocí nio també m se aplica aos serviço s, isto é, à estrutu ra do
mensurá-la. As
necess ário definir qual é a qualid ade desse tipo de serviço , e como
de efetividade na
pesqu isas realiza das sobre as interv enções em HG focam a avalia ção
, assim como
reduçã o de sintom as da doenç a ou dos déficit s decorr entes do adoec imento
um objeto de ação
de dias de intern ação para o pacien te. Contu do, a TO é consti tuída de
de seus familiares
mais amplo , que inclui ações mais subjet ivas dos pacien tes, assim como
e profiss ionais.
que pode ser
Avaliar signifi ca uma verific ação, uma aquisi ção de algum tipo de valor
rar algum tipo de
d escrito, explor ado, estima do ou mensu rado. Avaliar é, també m, compa
progre sso. _
fen ôme no trazen do, implic itamen te, a ideia de algo em anális e para um
Na lite ratura especi alizad a da TO, alguns termo s são utiliza dos para
especi ficarª açao
em geral, refere-s ~
avaliat íva . Eva/ua tion (avalia ção) é um dos termo s mais amp los que, , · sa
ao proces so d e obte r e interp retar dados qualit ativos e quanti
tativo s necessar_io ão
so de ava!i~Ç a
interv enção . Inclui desd e o plan ejame nto e a docum entaçã o do proces de in1crar
ações. Determ ina a cond ição do pacien te antes razo
aos resulta dos e s uas implic
vos em longo p
terapia , a necessidade de tratam ento e o estabe le cimen to de objeti
Capítul o 4 ❖ Avaliação e Inter . . 87
alares
vençao de Terap ia Ocupaciona l em Contextos Hospit
' especializado, assim como uma avaliação do ambiente extra-hospitalar, tanto no que se
refere às adaptações ambientais necessárias, quanto à avaliação do cuidador.
A OMS define cuidados paliativos como uma abordagem holística com intuito
de melhorar a qualidade de vida dos doentes com problemas associados às doenças
potencialmente fatais e à sua família, recorrendo à prevenção e ao alívio do sofrimento,
por meio da identificação precoce, da avaliação adequada e do tratamento dos diversos
problemas, sejam físicos, psicológicos, sociais ou espirituais 24. Além da necessidade
da avaliação dos sintomas e da dor, é imperativa uma avaliação multidimensional de
qualidade de vida 25 .
· as
Para Queiroz 26, durante o processo de avaliação em TO, consideram-se: as queix
d0 . ,. . d• eia no
paciente, os aspectos sensorro-motores e cognitivos, 0 grau de 1ndepen en
dese mpen ho ocupac1on · a,1 a presença de sintomas incapacitantes e o dec I'líll·o físico e
- d e T,erap,· a Ocupaciona
Capítulo 4 ❖ Avaliação e Int ervençao
·
l em Contextos Hospitalares 89
Adaptação Tran scu ltural dos Protoco los de Avali ação do Mode lo Sa nt'Anna, Bl ascovi-Assis e
Lúdico
Magalhães 36
Capítul o 4 ❖ Ava liação e Intervenção de Tera pia Ocupacional em Contex tos Hospita lares 91
o estudo de t ra du ção e adaptação tra nscu ltura l da Ava liação Cog ni tiva Din âmi ca de
Terapia Ocupacion al Loew enstein (DLOTCA-G), para uso na popu lação geriátri ca bras il eira,
sinaliza o interesse de ava liações espec ializadas e o interesse nas avaliações cog nitivas
fundam entais para a compos ição de protocolos cl íni cos em HG. Cons iste em uma bateria
de avaliação cognitiva, que fornece à TO informações sobre as habili dades cognitivas
básicas necessári as ao dese mpenho das atividades dlárias .
35
do Comportam ento Lúdico de Ferland, tem sido utilizado para avaliar as atit udes, os
interesses e as ações como características do desempen ho ocupacional que compõe m o
brincar de crianças em situação de hospitalização.
Tedesco 17 avaliou como a TO em saúde mental representava um instrument o de
trabalho no campo da interconsu lta em HG, propondo que a estrutura de serviços de TO
em HG funcionasse como serviços de consultoria. Assim, descreveu o impacto que esse
tipo de assistência exercia sobre o funcionam ento ocupaciona l dos pacientes internados
em HG, bem como as percepções que as equipes de saúde (interconsultores e enfermeiros)
possuíam quanto aos benefícios dessa assistência. Analisou, igualmente , o funcionam ento
ocupacional anterior e posterior à intervençã o da TO em pacientes internados, verificando
o impacto sobre o funcionam ento ocupacional dos pacientes atendidos por, no mín imo,
cinco sessões, utilizando o . SAOF como descritor. A comparação entre as médias de
desempenho das dimensões do SAOF antes e após a intervençã o revelou aumento do
desempenho em todas as dimensões do funcionam ento ocupacional, posteriorm ente à
intervenção. A relação das questões de cada uma das sete áreas avaliadas apresentou
melhora significativa da primeira para a segunda aplicação, observando-se aquisição e
mudança de estratégias pessoais no fazer atividades com o terapeuta .
Para encerrar este capítulo, apresenta-se uma breve revisão de instrument os
especializados, desenvolvidos para a avaliação do processo terapêutico ou para diferentes
áreas do desempenho ocupaciona l, em estudo ou em desenvolv imento para o uso
transcultural, sinalizando a dimensão e a importânci a desse tema, do qual muitos estudos
ainda são necessários.
é: (4) para funciona m e nto oc upa cio na l co mpete nte, (3) para sa ti sfat ó ri o, (2 ) para alg um a
disfunção ocupacio nal e (1) pa ra di sfun cional.
A administração d a OPHl-11 é d esignada para pacientes d e TO capazes de respo nd e r
sign ificativam ente a uma entrevist a de história de vida, além dos outros fatore s també m
importa ntes, co mo: idade, estado emocion al e psicológi co e habilidad es cognitiva s e
lingu ísticas.
que represent am a organiza ção de múltiplas tarefas, de acordo com a função requisita da .
Esse in stru mento fo i desenvol vido para descreve r a percepçã o dos papéis de pacientes
idosos, inclu indo um exame da participa ção de papéis antigos e atuais, mudança nos
papéis e o valor ou sua importân cia.
A ava liação da mudança do papel (RCA, role change assessment) é organiza da em
torno de seis categoria s de papéis: relaciona mentos, autocuid ado e mantene dor do lar,
produtividade, lazer, organiza cional, saúde e bem-esta r.
O uso do instrume nto com populaçõ es de pacientes psiquiátr icos favoreceu uma
reestrutur ação das categoria s. A revisão consistiu em 43 papéis distribuíd os nas seis
categorias : nove em relaciona mentos, nove em autocuid ado, três em produtiv idade,
11 em lazer, oito organiza cionais e três em saúde e bem-esta r.
As definições dos papéis foram simplific adas e acrescen tadas na lista da entrevist a.
Como exemplo: papéis de relaciona mento (esposo[a ], pais, avós, filho[a], irmãos, outros
parentes, am igos, vizinhos, animais de estimaçã o), papéis de autocuid ado e mantene dor
do lar (cuidado próprio, cozinhar, governan ta, lavar e passar roupas, comprad or, motorista ,
jard ineiro e pessoa que faz conserto s gerais) e papéis de produtiv idade (trabalha dor,
cu idador e estudante ).
Além dos anteriore s, são listados: papéis de lazer (artesão, pessoa que tem um
hobbie, músico/a rtista, esportist a, dançarin o, coleciona dor, jogador, turista ou viajante,
leitor, frequenta dor de eventos) ; papéis organiza cionais, classifica dos de acordo com o
tipo de organiza ção (religiosa, civil, política, geriátrica , social, autoajud a, educacio nal e
profi ssional), e papéis de saúde e bem-esta r, represen tando uma reconcei tuação da
categoria de cuidado da saúde. Os papéis são de "recebed or de cuidado de saúde" e
"recebedo r de cuidado terapêut ico ou terapia'~
ARCA fo i desenvol vida como um guia de entrevist a semiestr uturada. O entrevist ador
pode rearra njar as qu estões para facilitá -las para um cliente, caso consider e necessár io,
assim como mai s qu estões pode m ser adi ci onad as pa ra fa cilitar a avaliação da pa rti cipa çã o
e O Padrão dos papé is do pacie nte.
Inicialmente, o desempe nho atual é avaliado e m cad a ca te goria . Posterior mente,
efetua-se uma discussão geral da participa ção e m cada pape l d e ntro d a categoria e os
Pacientes classificam suas participa ções. O avaliad o r e xplora o próximo papel até que
todos os papéis, dentro de uma categoria , tenham sido consider ados, por exemplo :
Cu id;:ido s Pa liMivo s
94 Te rapia Ocup acion al em Cont extos Hospl tr1 larcs e
comportam ento ocupaciona l. A adaptação é descrita como uma resposta ativa por
demandas específicas do meio ambiente42_
A BaFPE é também compatível com o Modelo da Ocupação Humana 37 , principalme nte
por descrever como comportam ento ocupaciona l é motivado, organizado e
O
.\ ,,t ,ulrn.,
1 l'/\ t..', " "'- <'in m se nos modelos de avéí liação interativa ou
1, ,, d 1 ,,.1 •1\h1' d,,
,!in,1n ,i,,, ! .r, ,n ,,11.,, .'"1\' 11,11,, ,, tlv,, t''-1ílbr.1Pce o grau do desemrwnho sem assistência,
1_
0
tti',, t' ,, qu,1 ntid,hh' d,, ,,1;,l~t{\ n\ ln 11tlll1ada para melhorá-la e o rrsult,1do no desempenho
d,1 t.11"1,, Pt'l~tt'' i\)I ,, int<'I v1 1 n, .10.
•\ \' >'\~ ~ t' por 26 tarefas : cinco de movimentos fun cionais (MOB), três de
u)m~,\)~\"
,n1h'I, uici.~dti (AVD~) e 18 de AIVDs.
l'\' k • t~t<." de o in stru n,ento ter sido feito para avaliar quais os ti pos de assistência são
n ,'CE'Ss,11 i,,s para Llll'l paciente retornar à comunidade (PASS-C) ou permanec
er (PASS-H), 0
instrumen to possui ênfase nas AIVDs.
Ambas as versões da PASS incluem as mesmas tarefas, os critérios das subtarefas e as
n1esmas medidas. Somente a tarefa de materiais difere na aplicação em instituição ou no
domicíl io.
Todos os 26 itens de tarefas da PASS consistem em critérios de referência das subtarefas
utilizados pelo terapeuta para classificar o desempenho.
A independência no desempenho da tarefa é classificada utilizando-se um
modelo de aval iação interativa. Quando um paciente torna-se incapaz de proceder
independentemente em uma tarefa, o terapeuta utiliza um sistema de estímulos
graduados em nove categorias para facilitar a sua continuidade. O tipo e o número de
etapas são documentados em uma subtarefa apropriada.
Essa combinação de avaliação interativa e preparação graduada fornece um perfil
do desempenho do paciente, identificando o ponto exato da quebra ou do colapso da
tarefa, o tipo e a quantidade de assistência que o paciente necessita para completar, com
sucesso, a tarefa durante a testagem.
O terapeuta solicita, verbalmente, o desempenho das 26 tarefas e observa a
necessidade de uma assistência, caso aconteça a quebra do desempenho. Os tipos de
assistência são nove: suporte verbal, verbal não diretivo, verbal diretivo, gestos, rearranjo
da tarefa ou do meio, demonstração, orientação física, suporte físico e assistência total.
De acordo com a assistência oferecida, os itens da PASS apresentam três categorias
distintas: independência, segurança e resultado (qualidade e processo). Cada categoria é
pontuada numa escala ordinal pré-definida de 4 pontos {O, 1, 2 e 3).
Foram estabelecidas categorias para a mobilidade do desempenho funcion al, para
as atividades de cuidado e vida diária e para as AIVDs. As tarefas e as especificidades
das tarefas exploradas nesses instrumentos foram delineadas. Os itens do teste do
desempenho foram desenvolvidos para cada categoria, excluindo -se o tran sporte, tendo
sido ac rescentado o máximo possível de especificações para cada ta refa-13.
Bateria BH
A escala BH é baseada na teoria psicanalítica e tarnbém em avaliações expressivas,
tendo como proposta avaliar a área psicológica da função humana 4 1• A bateria BH eu · n1
..a
instrumento estrutu rado para registro das projeções dos pacientes de forma si 5t ernatic ·
L_ d
❖ Avaliação e Intervenção de Terapia Ocupacional em Co ntextos Hos pitalares 97
Capítul o 4
A autoexpres são é defin ida como a uti lização de vári os e stil os e ha bilidad es para
expressar pensamen tos, sentiment os e necessid ades.
Em avaliação expressiva , o terape uta bu sca a uxili ar o pacie nte a reconhece r sua s
emoções, autoconce ito, autoconh eci rne nto, sua re lação co m o utros, suas ha bilid ades de
1 1
comuni cação e os mei os de expressão qu e prefe re. É uma avaliação proj etiva dese nvolvid a 1 1
para uso clín ico, com posta por um inst rumen to est rut urado para docume ntar de mane ira
sistemática as projeções do pacie nte .
A aval iação contém duas at ividades com uma esca la de classificação ind ividu al:
mosa ico e pintu ra a de do. Essas duas at ividades têm métodos de administra ção
estruturado s, lugare s específico s pa ra colocação de ma te riais, in struções e te m po para sua
execução. Além d isso, a m bas possuem critérios específi cos para a aná li se das res postas e
das prod uções dos pacientes.
Para sua adm inistraçã o, o paciente é convidado a entrar na sa la, com os materiais
previame nte dispostos sob re a mesa . O terapeuta explica o procedime nto da ativid ade,
bem como os motivos e o bjetivos do teste. As duas atividades são gravadas e ocorrem
seguidame nte. Na primeira, o terapeuta observa o procedime nto utilizado pelo pac iente
na composiçã o de um mosaico. A segunda atividade, pintura a dedo, tem o tempo
cronometrado e o terapeuta solicita ao paciente explicar sua pintura.
Cada aplicação é completa e pode ser separada como em um subteste, mas, juntas,
constituem uma bateria. Cada subteste é pontuado de duas formas: observaçõ es durante
o desempenh o (análise do processo) e observaçõ es após o desempen ho (análise do
produto). As observaçõ es são pontuadas em escala de classificação.
li! g
1 98
Terap ia Ocupacional em Contextos Hospitr1lares e Cuidados Pr1 ll<1tlvos
1 1
Para a admin ist ração, 0 terapeuta orienta, observa e pontua os aspectos avaliados
durante a execução das atividades. Para cada comportamento (26) listado nas três áreas,
existe uma tabela de ,pontuação específica que resulta em subtotal de pontos, que no
final do teste resultara na somatória. A pontuação total é classificada numa escala de s
pontos: O para normal, 1 para mínimo, 2 para médio, 3 para moderado e 4 para severo.
ficas
Referências bibliográ s Hospitalares (GNTO).
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Terapia Oc up aci on al em Co nte xto YX
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Fix a e est ab ele ce os Pa râm etr os Assistencia al e dá ou tra s pro vid ên cia s. Diário
de 20 12 . ter ap eu ta oc up aci on a/
na s div ers as mo da /id
ad es pre sta da s pe lo
r/i mp ren sa/ jsp /vi sua fiz
1 :22 7. Di spo nív el em : htt p:/ /pe squ isa .in .go v.b /11 12 01 6.
;se ção : 21
Oficia/ da Un ião, 20 12 1&p agi na= 22 7& tot a/A
rquivos=232. Ac ess o em
12 &j orn al= tiv e
ind ex .js p ?d ata =0 6/ 06 /20 ica / fra me rk for pa //ia
wo
uti c rat io an d de fin ed ph ase s: pro po saf of eth
Th era pe
4. As hb y M, Sto ffe ll B. 24.
jun 1;302(6788): 13 22 -13 bre viv en tes
car e. BM J, 19 91
/i JC, Sa nto s MA . Qu ali da de de vida de so
fta re/ ou t-
EA, Ma tro pie tro AP, Vo co/ Te or Pe sq, 20 09
5. Ol ive ira -C ard oso
óss ea (TM O) : um est ud o pro spe cti vo . Psi df.
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