Você está na página 1de 24

CAPÍTULO

Avalia ção e Interve nção


de Terapia
Ocupa cional em
Conte xtos Hospit alares
Solange A. Tedesco

Introdução
Este capítulo introduz e discute as questões refe rentes aos p rocessos de avaliação e
consequentes ações de terapia ocu pacional (TO) e m contextos hospitalares, na tentativa
de oferecer uma sistematização que viabi liza ao leito r refl etir e elaborar programas de
assistência e protocolos clínicos. Todos os procedimentos que configuram o raciocínio
especializado de um terapeuta ocupacional para a promoção de saúde, bem-estar e
aquisição de habilidades, interesses e desempenho na vida diária e para a construção de
relações de produção e participação nos atendimentos em cenários hospitalares e extra-
-hospitalares, bem como em cuidados paliativos, foram denominados de específicos -
ênfase deste capítulo. Em termos gerais, pode-se dizer que o raciocínio é o da recuperação
da pessoa na ou apesar da doença .
A intenção é ressaltar a existência d e uma estrutura teórica generalista que
sustenta, identifica e subsidia as referências da profissão da TO para elaboração de seus
Hospitalares e Cuidados Paliativos
Terapia Ocupacional em Contextos
80
. do que em todo processo, al ém da avaliaçã o .. .
edimentos, assrna 1an in1c1al e
proc b, os objetivos do processo terapêutico em TO S Pracess~ 1
definem-se, tam em, . 1t , . . endo assi a,
. fvo traduz um referencia eonco e proced imental E rn, tod 0
0 processo ava
.

1 1 · sse ca
t , decisivo e co nsequ e nte de como_o profissional constró·1sua for rnpo de
conhec,men o e mação e
. , . desenvolvim ento de suas açoes.
seu rac1ocrn10 para O . ,
. l'd de de TO e m contextos hospitalares e definida no Grupo Naci
A espec,a I a 0
. • ai em contextos Hospitalares (GNTO) como: na1 de
Terapia Ocupac1on
Especia lidade do terapeuta ocupacional que atua em .institui .
, , . -
hospital ares de saude de pequeno, med,o ou grande port e, seJa. hos Çoes .
. . . . .
.
geral ou especializado, rnclus,ve os hosp1ta1s psiquiátricos e pen,tenciári Plta/
. . - _
Visa contribuir com a proteçao, promoçao, prevenção os.
·1· - d . d.1v1'd uo e da coletividade, recuperação
da saúde e rea b 11taçao o rn . _ , pautado na
. .
concepção de rntegralldade e humanizaça o da assistência à saúde .
, . . /* ( .f . Alern
da assistência terapeut1co ocupac,ona gn o nosso) propriamente d'1ta, a
.
atuação no contexto hospitalar. abrange a gestão, o ensino e a pe ~u~~ .
visando à formação e ao aperfeiçoam ento das competências e habilidades
profissionais no campo de conhecimen to e prática profissional em contextos
hospitalares 1 •
As áreas de atuação compreende m: desempenh o ocupacional em atenção intra-
-hospitalar, desempenh o ocupacional em atenção extra-hospit alar oferecida por hospital
e desempenho ocupacional em cuidados paliativos. ·
Os contextos hospitalares representam uma especialidad e com diferentes categorias
e variadas áreas de atuação. A denominaçã o contextos acarreta a importância subjacente
do ambiente e foi empregada de forma interligada, segundo a orientação da American
Occupational Therapy Association (AOTA)2, em que:
(... ) os dois termos são usados para refletir a importância de se considerar
0
a multiplicidade de variáveis inter-relacionadas que influenciam
desempenho . Compreende r os ambientes e contextos em que as ocupações
. tos sobre a
po d em e ocorrem, fornecem aos profissionais con hec,men
abrangência, subjacência e influência no envolvimento (. ..)2.
Af I d · · d hospital. Qes·
r ,cu an o-se, ainda, a classificação de porte e de complexida de de ca ª- genera 1·15ta
f
ta orma, encontram-s e descritos, neste documento estrutural, como funça_o d sujeito,
de um terapeuta ocupacional , a avaliação e a ação nos aspectos pessoais ~ ·n,ento
da ocupação d O b. d O desenvo v,
e am ,ente. As ações decorrentes correspon em ª ão da 5
de habilid d •d a prevenÇ
. a es e competencia s, a recuperação das funções perdi as,
A
'ficos, ben1
disfunções e pe d f . . . tos especi
.. r as unciona1s por meio de técnicas e de procedimen
co mo a utilização de , . .
recursos tecnicos ou tecnologias de apoio.

• eia. eo
~ A ssisten o
pesar de ser usual no Bras·1 .. ara definir a a enfatizar
processo, a auto . ' a utilização do terapêutico ocupacional, ~ rn TO, Pª'ª
r> ra optou por uma dºf' erenciação de processo terape. utico I econvida.
rocesso terapêutico e ã
n o o uso do recurso, como o terapêutico ocupaclona
Cap ítulo 4 ❖ Avaliação e I t -
n ervençao de Terapia Ocupacional em Contextos Hospitalares 81
Na d efin ição de competê ncias do terapeut a ocupacio nal nos contexto s
hospita la re s, segu nd o ° Conselh o Federal de Fisiotera pia e Terapia Ocupaci onal
(COF FITO), ve ri fica -se que:

Ava~iação: procedim ento que identifica as habílidades e limitações do


; paciente/cliente/usuário para a realização das atividades da vida diária
\ atividades instrumentais de vida c:liária, atividades ~ducac-ion; i ~) -Je trabalho: '
lúdicas, de lazer, ~escanso, sono e~pãrfídpa ç~o ~~ciâl;- incluindo: fatores do-
' cliente, tais como as e~truJur~s e ~unções corporai~ ; padrões de desempenho
\ (hábito s, rotinas, papéis e padrões de comportamento); contextos e
1
ambientes (cultural, físico, ambiental, social e espiritual) e as demandas das
.' atividades que afetem o desempenho ocupacional, entre outros, e favorece
, diagnóstico terapêutico ocupacional e elaboração do plano terapêutico 3 •

Neste capítulo foram definidos como recursos ou tecnologias de apoio os


procedim entos de avaliação para compone ntes (físico, cognitivo , sensorial, psicossocial e
emocional), incluindo sua funciona lidade e alteração, que são de interesse e desenvolvidos
para diferentes áreas e ações profissionais, modelan do raciocínios procedimentais a partir
da doença, do adoecim ento, dos déficits, das limitações e das incapacidades. Pode-se dizer
que, aqui, o raciocínio é o da recuperação da doença do sujeito-alvo atendido. É comum
encontrar, em publicaç ões sobre relato de experiências, descrições de avaliações de
componentes, como a avaliação de aspectos sensoriais, motores e cognitivos, objetivan do
minimizar déficits observad os, prevenir agravos e preservar a funcionalidade. O propósit o
da ação terapêut ica correspo nde à minimiza ção ou redução de incapacidades globais
decorrentes do adoecim ento, tanto na abordag em curativa, paliativa ou termina14, quanto
nos modelos integrad os de cuidado e concepções de qualidad e de vida 5•
Outro fator importan te para uma sistematização é a distinção entre: Avaliação da
Efetividade do Serviço, Avaliação do Paciente, Avaliação do Processo Terapêutico e
Avaliação do Desfecho ou Resultado da Intervenção, bem como discrimin ar a utilização
de instrume ntos padroniz ados de avaliação para pesquisa clínica. Diferente mente do
que se costuma encontra r na literatura médica sobre a pouca utilização de instrume ntos
de avaliação padroniz ados pelo clínico, constatam-se vários relatos de experiência de
terapeutas ocupacio nais brasileiros utilizand o escalas de avaliação padronizadas.
A avaliação da estrutura ou da efetivida de do serviço refere-se à organização e ao
funciona mento do próprio serviço, seus recursos físicos e humanos e como vêm sendo
disponibilizados, tanto no que concerne à equipe, à efetivida de e à produtivi dade, assim
como ao custo-be nefício e ao custo-efe tividade.
A avaliação do paciente abrange os aspectos clínicos e funcionais, incluindo as ativi-
dades básicas de vida diária (ABVDs) relacionadas ao autocuid ado, como alimentar-se,
banhar-se, vestir-se, arrumar-se, mobiliza r-se e manter controle sobre suas eliminações.
Já as atividades instrume ntais de vida diária (AIVDs) indicam a capacidade da pessoa de
cond uzir uma vida indepen dente na comunid ade onde vive, bem como a capacidade
Para preparar refeições, realizar compras, utilizar transport e, cuidar da casa, utilizar o
Hos italar es e Cu idado s Palia tivos
Terap ia Ocupacional em Contextos p
s. Com o exe
, . s fina nças e tom ar seus med icam ento mplo h
f ne adm inist rar as prop na es de vida diár ia e o índi ce de Katz 6. As a ' á
te 1e
O
' . _ d ativ idad . va 1lações
. -
o formulário de aval1açao as perf orm ance funcional d e um
. _ . . d h, mui to na TO (ver Aval1açao .da .
funcionais sao ut1lrza as a da perf orm ance das hab1 l1da des de auto cuid ado d'1ante)a
r -0 , . , . a
área deli mita da e Ava iaça ia a Clas sific ação lnter n . ·
. _ M dial da Saú de (OMS),. em refe renc . acionai
Para a Org aniz açao un iona l com pree nde as dife rent es fun •
. .d d (CIF) , a capa cida de func. . . . _ Çoes e
de Funciona 1I a e 1c1p açao. .de cada Pes soa no
anis mo, assi m com o as at1v1dades e a part .
estru tura s d o org at1v1dades no dia a dia.
reali za suas
. t soci opol ítico, ou seja ' a form a com que . . ..
seu am b 1en e ou 1mp• oss1 b1lldades no dese mp enho
. 'dad e func iona l refe re-s e às dific ulda des _ •
A rncapacr
Katz , a aval laça o da capa cida de cognitiva
7

dest as ativi dade s, incl uind o as ABVDs. Para Para


ção em TO, uma vez que é fund ame ntal
do paci ente é fund ame ntal para a inte rven io
des no dia a dia e a com pree nsão do própr
a aqui siçã o e O dese mpe nho de habi lida
à aval iaçã o do paci ente clínico internad o,
roce sso tera pêut ico cola bora tivo ª. Qua nto
P o de aval iaçõ es func iona is, por apresentarem
pare ce have r um inte ress e mai or na utili zaçã
iaçã o de qualidade de
prog ress o do paci ente, e na esco lha de um inst rum ento de aval
0
e sup lem enta r~ . ,__
vida em situ açõe s de cuid ados pali ativ os
ficar as mud anç a que ocor rem em seu
No proc esso tera pêu tico, o obje tivo é veri
os padroJ1~ os-p éle cont ribu ir de diversas
decu rso. A apli caçã o de ~eJ nst rum ent ção
e trata men tos, e assi m auxi liar na identifica
form as para a aval iaçã o de inte rven ções
deco rren te do próp rio processo,
º-ª-LY~ prov avel men te asso ciad as à mud anç a
o, por
zar qua is mud anç as são prod uzid as, com
nece ssita ndo -se de, obv iam ente, cate gori
9 10
exem plo, as esca las OTTOS e SAOF • •
da inte rven ção refe re-s e ao impacto da
A aval iaçã o do resu ltad o ou do desf echo
o
ssita ser circ unsc rito, tant o para seu significad
inte rven ção sobr e a pop ulaç ão-a lvo e nece
odu tibil idad e.
prát ico e teór ico, com o tam bém para a repr
esco lhe uma aval iaçã o sele cion ando a sua
Para Cottrel 11 , um tera peu ta nc.u__pac iona l
oe
icul dad~ a con diçã o do paci ente,_o.. temp
apli cabi lida de qua nto t á'cilidad e ,.9ü ~íf
e-fo rrnâ ião-d o tera peu ta, sua expertise e
suas
a exte nsão da apli caçã o, ã sex peri ênci ~s--d os
de pesq uisa s das esca las, incl uind o os estud
base s teór icas, assi m com o os resu ltad os
de conf iabi lida de e de vali dade .
ital gera l (HG), dev e ser capa z de atuar
O profissional, espe ciali zado em TO no hosp
por uma equ ipe espe cial izad a em diferentes
em toda s as cate gori as de aten dim ento , com te
ar, ser orie ntad o pela polí tica de saúd e vigen
açõe s e, tam bém , uma equ ipe mult idisc iplin
saber
qua da. É fund ame ntal a este profissional
no país e poss uir capa cita ção técn ica ade e
oco los (gui as de orie ntaç ão) de avaliação
identificar a nece ssid ade de dese nvo lver prot
cond utas.
tivo s da TO em con text os hospitalares:
De Cario e Luzo desc reve ram corn o obje
12

·
· izar
auxi. liar a pess oa a m·inim • -
a rnte rrup çao da rotin a pela inte rna ção, cons
. d , rmas
trurn 10 °
nto,
hosp itala r e com a con diçã o de adoecime
mais _ad~ptativas de lidar com o cont exto · 1 Os
hosprtahzação e sofnme · tos e sua rede socia ·
bº . . nto, caus ado pelo afas tam ento de seus obje · ncia
o Jetrvos incluem a orie nt açao - d O f . .iar/c uida dor qua nto aos cuid ado s e a importa
amil
Capítulo 4 ❖ Avaliação e I t . - d .
n e, vençao e Terapia Ocupacional em Contextos Hospitalares 83

de manutençã~ do~ papéis s~ciais e ocupacionais da pessoa, devendo, também, atentar-se


para a reorgani~açao d~ coti d iano e a prevenção de limitações funcionais, auxiliando a
equipe no maneJo terapeutico do caso.
Traduzindo esses objetivos para a dimensionalidade de uma avaliação, o profissional
da TO precisa avaliar a rotina antes e após a internação (ver Avaliação de Kohlman das
habilidades de vida adiante), as estratégias de enfrentamento e adaptação do paciente,
familiar e cuidador, os papéis sociais e ocupacionais (ver Escala da performance do papel
na atividade adiante) 13, além das avaliações funcionais.
Assim co1T10 a variedade e a pluralidade de raciocínios e estratégias podem facilitar
a indicação dos procedimentos especializados, também podem represen tar uma
desvantagem. A diversidade nem sempre induz a um desenvolvimento sistemático do
conhecimento científico ou mesmo facilita os processos de indicação e encaminhamento
especializado para os profissionais de outras áreas de atuação e para a própria demanda
do público-alvo. Nesse panorama, encontram-se questões que reafirma m o conhecimento
empírico: apesar da multiplicidade de práticas, constata-se a dificuldade de descrição,
sistematização e consequente estudo e pesquisa sobre os procedimentos especializados
em TO. Isto não invalida ou empobrece a utilização de protocolos cl ínicos contendo
avaliações multiprofissionais e levantamento de problemáticas, promovendo a ampliação
de conhecimento e ações na área clínica. Por outro lado, parece haver um consenso 1
quanto à promoção da saúde e do bem-estar, assim como a otimização de ações sobre a
participação de acordo com a CIF 14 •
Outro consenso refere-se à preocupação com as situações de estreitamento e
limitações das experiências de vida, tanto relativas às rotinas, aos hábitos e ao cotidiano,
bem como à forma com que poderia representar nas avaliações processuais 15•
A formação do terapeuta ocupacional abrange a gestão, o ensino ~ a p.esq sa, ujos
propósitos particularizam-se na construção e no desenvolvimento de habilidades ara a
experiência de vida cotidiana com independência, autonomia e suporte n-ece-ssarios para
~s produções almejadas e ela eessoa, com procedimentos de avaliação e intervenções
individuai; ;-grupai~. A figura 4 .1 representa a articulação entre avaliação e intervenção.
Acolaboração entre terapeuta e cliente é central para a natureza interativa da prestação
de serviços2• Além do núcleo central da Figura 4.1 evocar o processo colaborativo na
relação terapêutica como eixo da profissão, apresenta a importância do contexto e do
ambiente para a participação/ descrita na Tabela 4.1.
A apresentação das áreas de domf nio reforça a proposta, aqui desenvolvidéj, de que é
fundamental o profissional saber o que avaliar? e Como avaliar? Simultaneamente, chama
ª atenção do profissional para a avaliação do contexto e a avaliação dos componentes.
Como associar a este raciocínio, as avaliações q ue acontecem no processo tera pêutico
e que trazem, sempre, a percepção subjetiva do sujeito-alvo? Como avaliar a dinâmJca da
realização de atividades no processo terapêutico, incluindo o uso e ritmo do material (livre
e estruturado) e a dinâmica que ocorre na relação e no fazer?
Terapia Oc upacional em Contextos Hospitalares e Cuidados Paliativos
84

Contexto Ambiente

Perfil ocupacional
Análise do Plano de
desempenho intervenção
ocupacional
" Implementação
; da intervenção
Colaboração ,
entre terapeuta e Revisão da
cliente intervenção

Apoio à saúcfe e
1
participação na vida através
do envolvimento
na ocupação

Resultados
Ambiente Contexto

Figura 4.1 Processo de terapia ocupacional.

Tabela 4.1 Domínios da terapia ocupacional.


Áreas de Fatores do Habilidades de Padrões de
Contextos
ocupação cliente desempenho desempenho
AVO Valores Sensoriais e Hábitos Cultural
perceptuais
ABVD Crenças e Motoras e praxias Rotinas Físico
espiritualidade
AIVD Funções Regulação Cotidiano Social
biológicas emocional
Repouso e ritmos Imagem e Cognitivas Papéis Pessoal
desono vivência corporal ocupacionais
Educação e Estruturas do Sociais e Rituais e ritmo Espiritual
formação corpo comunicação
Trabalho e Tempo e espaço Temporal
emprego
Brincar e vida Virtual
lúdica
Lazer Intersubjetivo

Participação
ABVD == atividades básicas da vida diária; AIVD == atividades instrumentais da vida diária; AVO== atividodes da
vida diária. Adoptada de: AOTA, 201 52•
Capítulo 4 ❖ Avaliação e Interven çã o de Terapia Ocupacional em Contextos Hospitalares 85

Sugere-se associar a Figura 4.1 e a Tabela 4.1 à Figura 4.2, que representa a relação
terapêutica como lugar de experiências e trocas sustentadas em diferentes contextos e
ancoradas pelo processo participativo. A experiência vivenciada e construída na relação
terapêutica pode ser ampliada para outros contextos.
Em estudo de revisão sobre a produção de conhecimento no campo das práticas
hospitalares em TO, em que a análise detalha as ações de terapeutas ocupacionais
em grupos temáticos e em subcategorias, Galheigo 16 apontou para uma produção
predominantemente composta por relatos de casos e descrição de experiências com
utilização de diferentes paradigmas teóricos e múltiplas organizações de serviços. As
mudanças nas produções sobre as ações da TO no HG indicaram uma tendência mais
voltada a ações integralizadas, ou às áreas de contextos, que as intervenções em clínicas
específicas. Assinalou ainda a mudança nessas produções, como o afastamento do padrão
de especialidades médicas para o desenvolvimento de programas de interconsulta ou
de programas especializados para população-alvo em TO. O conceito de contextos
em TO refere-se à multiplicidade de condições que, inter-relacionadas, influenciam o
desempenho de uma pessoa .

Avaliação e raciocínio procedimental


Nos últimos 1O anos, nas produções de terapeutas ocupacionais no Brasil, pode-se
identificar crescente interesse em descrições de métodos para avaliar a efetividade de
práticas desenvolvidas como também avaliar populações em diferentes contextos e
estruturas de serviços.

Contextos Cenários
( Cultural ( Artístico )

( Ambiental [ Atividades · ) ( Coletivo )

Processo
Experiências
colaborativo

Comp1:1rtilhamento Virtual
colal:>orativà
[ Social Auton0rnia

Sujeito Terapeuta

Componentes Político )
[ Familiar
( Econômico )

Figura 4.2 Processo terapêutico em terapia ocupacional.


86 l c , ,, p,a Ou ,pat inn,11f'm eo n1,,x los Ho~p, ti! IMP~ e C. u1<fados P..11id tivos

a u _.
Não se pode n0gar a cxistê m.ia de cultu ras clínica s di stintas , di fi culta ndo
os em outro idiotilizaçã0
ele termo s e con ce itos prese ntes nos instrum e ntos con struíd
se r concm·a CitJe
influe ncia m as p rá t icas atu ais. Prim e irame nte, a d efini çã o d e TO, qu e pod e
terrno e,:Uª cJa
co mo um a profiss ã o qu e se utili za da ocupa ção para tratar. Ocupa ção é um 0 1
im ocupar e que, na lín gua ing lesa, signific a buscar um espaço . Em TO s· ~ L.tr1cJo
d o lat , . 'd
O
,ior a'9n1ficaue,
, . t d
t· a m t)e. m 1z res pe ito a pessoa assum ir o e mpo e sua p rop ri a v1 a com ma
d.
e inde pe ndê ncia poss íve l. O va lor do termo oc upac ion a l. traduz a
inte raçã o da p Utonom ia
essoa e
ern To 0 m
suas ações-at ividad es e o ambie nte. No caso da necess id ad e da interve nção
irnp ' esse
va lo r subjeti vo vem acresc er uma série de difi.culdad es, sendo uma da s mais or tant ,
ava liar adequ adame nte seus resulta dos' e,,
a de defini r uma n1etod o logia qu e possa 7

·_
A TO, para o paciente cl ínico interna do, compr eende uma série de aproxim
de pr:~::s e
métod os de prática, como descrito nos diferentes capítu los deste livro. A prática
fi . 1 · , nio proced · sos
t ·tI u1· seu rac1oc1
d e ava 1iações t ran sita na ~,orma com que o pro ss1ona cons . 1menta1
da estrutu ra em que o serviço de TO está inserid o.
e na organi zação do serviço e
Em uma análise dos desafio s e das possib ilidade s da avaliaç ão
em TO de 1997
2011, Ma galhãe s, Nascim ento e Rezen de prenun ciaram uma evoluç
18 ão nos estudo s eaª
existência de um
utiliza ção de avaliaç ões no Brasil. Esta análise parte do entend iment o da
rio teórico-
inte resse cresce nte nos proces sos avaliativos como traduç ão de um repertó
avaliação como
-técn ico e científico, no qual encon tramos pouca atençã o aos recurs os de
ão presentes
eleme nto centra l e incons istênci a quanto às bases e aos objetiv os da profiss
se avaliava e 0
até a décad a de 1990, repres entado pela incong ruênci a entre o que
uma dificu ldade
que se propal ava como objetiv o da TO, caract erizan do, nesse períod o,
possibil idade de
de traduz ir os concei tos teórico s em instrum entos de avalia ção com
de ampl iação
reprod utibili dade e valida de de seus constr uctos. Até um panor ama atual
os procedimentos
dos estudo s de recurs os e instrum entos de avaliaç ão que exemp lificam
entre o que se
especi alizad os da profiss ão, como també m aprese ntam maior congru ência
aval ia e o que se trata.
HG, tornando
Esse raciocí nio també m se aplica aos serviço s, isto é, à estrutu ra do
mensurá-la. As
necess ário definir qual é a qualid ade desse tipo de serviço , e como
de efetividade na
pesqu isas realiza das sobre as interv enções em HG focam a avalia ção
, assim como
reduçã o de sintom as da doenç a ou dos déficit s decorr entes do adoec imento
um objeto de ação
de dias de intern ação para o pacien te. Contu do, a TO é consti tuída de
de seus familiares
mais amplo , que inclui ações mais subjet ivas dos pacien tes, assim como
e profiss ionais.
que pode ser
Avaliar signifi ca uma verific ação, uma aquisi ção de algum tipo de valor
rar algum tipo de
d escrito, explor ado, estima do ou mensu rado. Avaliar é, també m, compa
progre sso. _
fen ôme no trazen do, implic itamen te, a ideia de algo em anális e para um
Na lite ratura especi alizad a da TO, alguns termo s são utiliza dos para
especi ficarª açao
em geral, refere-s ~
avaliat íva . Eva/ua tion (avalia ção) é um dos termo s mais amp los que, , · sa
ao proces so d e obte r e interp retar dados qualit ativos e quanti
tativo s necessar_io ão
so de ava!i~Ç a
interv enção . Inclui desd e o plan ejame nto e a docum entaçã o do proces de in1crar
ações. Determ ina a cond ição do pacien te antes razo
aos resulta dos e s uas implic
vos em longo p
terapia , a necessidade de tratam ento e o estabe le cimen to de objeti
Capítul o 4 ❖ Avaliação e Inter . . 87
alares
vençao de Terap ia Ocupaciona l em Contextos Hospit

e durante o processo terapêutic o. Assessmenc- (testar) refere -se ao uso de ferramentas


·1· das d t
uran e o processo d e ava 1·iaçao ~
ecíficas ut ' iza , co mo testes instrumentos
sso de ava liação ~ documentam
esP
padronizado: ou protocolos que fazem parte do proce
tratamento em cu rto prazo . Essa
as n,odificaçoes .du.ra nte o pro.cess_o : os objetivos de
ção entre ava li ação e coleta
busca pela prec1os1dade term in olog 1ca evide ncia a distin
óstico e a ava liação do próprio
de dados, entr: ~ro~:sso ava liativo e proc esso diagn
processo terapeut1co .
st 2
s gerais, para avaliar o paciente,
Roge rs, Holm e Gold ei,~ etal. º definiram que, em linha
ósticos. Os de triagem são curtos
existem instrumentos de tnagem e instrumentos diagn
inares sobre um problema em
e objetivos e procuram fornecer informações prelim
mais extensa. Os instrumentos
potencial ou a ind icação da necessidade de uma avaliação
pontos fortes e fracos da pessoa e
diagnósticos possibilitam um claro delineamento dos
, na descrição dos instrumentos
auxiliam nas diretrizes para ª intervenção. De modo geral
buscava-se a identificação das
denominados pela autora de diagnósticos em TO,
pessoa, enfocando a natureza do
habilidades ou a identificação das disfunções de uma
no que se refere ao que a pessoa
desempenho individual em toda a sua complexidade,
faz, ao que precisa fazer e ao que quer fazer.
os em descritivos, ava/iativos
Quanto à finalidade, os instrumentos podem ser classificad
e preditivos.
a no contexto atual em
No descritivo, procura-se uma v,sao objetiva da pesso
ou padrão. É considerada a forma
comparação a alguma norma predeterminada, escala
sa, mensuração e registro em
mais simples de avaliação, pois requer observação preci
ao longo do tempo, e possui
apenas urna ocasião. O avaliativo analisa as mudanças
ações que exigem alto índice de
formato mais complexo, por implicar a sequência de aplic
de comparações. O preditivo
confiabilidade e validação nos resultados, pois necessitam
de que a pessoa estará em dada
consiste em assertiva acerca de como e por consequência
situação, em algum pont o de seu futuro.
ao fato de que as predições,
Em TO, o tipo preditivo é o menos utilizado, devido
m critérios de medidas e relações
baseadas em probabilidade e testes estatísticos, exige 1

o comp lexas ao se verificar a área do dese mpe nho ocupacional2 •


que se tornam muit
umentos de avaliação em TO
No Brasil, a repercussão de estudos referentes a instr
validação e confiabilidade de
representa-se na produção científica nos estudos de
instrumentos padronizados.
componentes ou contextos,
O uso de instrumentos padronizados para avaliar
o estudo e o desenvolvimento de
processo terapêutico e desfechos clínicos, bem como
se destacando progressivamente
escalas para avaliação de aspectos referentes à TO vêm
s dificuldades sejam assinaladas.
dentro e fora do meio acadêmico, embora numerosa
ica de suas intervenções, em que
Entre as dificuldades referidas, a principal é a característ
há sempre o envolvimento de difíceis delimitações.
TO encontra-se no campo da
Até o momento, a principal função das escalas em
clínica é baseada na premissa de
Pesquisa clínica. A relação entre a pesquisa e a prática
re os quais, a formação teórico/
que o bom tratamento depe nde de múltiplos fatores; dent
88 Terapia Ocupacional em Co ntextos Hospita lares e Cuidados Paliativos

clínica do terapeuta ocupaciona l, a eficácia da metodologia empregada e O env O1V1rn .

do paciente nesse processo. ento


Nas políticas de saúde tem-se discutido a necessida de de incrementar a ef .
' . . et1vid
dos serviços hospitalares, implemen tando a qua lidade de serviços. Aqu i, devern-s ªde
, · t'I' d e fa2e·r
dois questionamentos: Qual é o indicador c1inico u I iza O para medir as ações de
· d' t I' · ,· To no
HG? Quais avaliações podem traduzir os proce imen os c rn1cos teoncos?
Apesar desta dificu ldade, é comum, em descrições de serviços, a afirma tiva so
. . t . t d bre o
atendimento em TO trazer benefícios para o pacien e in~ ema O no HG, considerando-se
que promove desde melhor ambientação~ e tra nsform açao~ do, tempo de internaçã ,
. . o ate as
intervençõ es especial izadas na restauraça o e na recuperaç ao f1s1cas, emocionai s e s ..
oc1 a1s2i
Relatos de experiência apontam para a eficácia dos procedimentos da TO na melh oria. ·
. ~
das condições gera is de autonomia, autocurdado, reduçao do estresse e facilitação Para
situação de continuidade dos cuidados pós-alta do paciente internado no HG.
Othero e Costa23 em descrição de serviços em cuidados paliativos, mencionaramque
1

o trabalho do terapeuta ocupacional inicia-se com a avaliação, cujo objetivo é traçar um


panorama da história de vida do paciente, da família e do cuidador; avaliar sua condição
atual em termos da capacidade funcional e desempenho ocupacional, assim como das
habilidades, dos interesses e do repertório de atividades. Essa avaliação permitiria a
elaboração de um plano de tratamento, cujo objetivo seria o de resgatar as potencialidades
e o desempenho de cada pessoa.
As discussões sobre os contextos hospitalares parecem partir da mesma questão.
O período de internação em um hospital, por si só, pode representar um momento de
crise para o paciente e seus familiares, ao mesmo tempo em que a maioria dos pacientes,
encaminhados para TO, estaria em uma fase de mudança importante na sua condição
de saúde e doença, como a mudança de um padrão funcional, corporal, pessoal,
existencial e, principalmente, relacional. Nos contextos hospitalares, cada condição
pode ser avaliada e circunscrita a uma ação especializada. Seria fundamental que todos
os pacientes que sofrem mudanças no seu desempenho ocupacional, entre o antes e o
decurso da hospitalização, tivessem uma avaliação de alta hospitalar para um programa

' especializado, assim como uma avaliação do ambiente extra-hospitalar, tanto no que se
refere às adaptações ambientais necessárias, quanto à avaliação do cuidador.
A OMS define cuidados paliativos como uma abordagem holística com intuito
de melhorar a qualidade de vida dos doentes com problemas associados às doenças
potencialmente fatais e à sua família, recorrendo à prevenção e ao alívio do sofrimento,
por meio da identificação precoce, da avaliação adequada e do tratamento dos diversos
problemas, sejam físicos, psicológicos, sociais ou espirituais 24. Além da necessidade
da avaliação dos sintomas e da dor, é imperativa uma avaliação multidimensional de
qualidade de vida 25 .
· as
Para Queiroz 26, durante o processo de avaliação em TO, consideram-se: as queix
d0 . ,. . d• eia no
paciente, os aspectos sensorro-motores e cognitivos, 0 grau de 1ndepen en
dese mpen ho ocupac1on · a,1 a presença de sintomas incapacitantes e o dec I'líll·o físico e
- d e T,erap,· a Ocupaciona
Capítulo 4 ❖ Avaliação e Int ervençao
·
l em Contextos Hospitalares 89

cidade do paciente na tomada de


psíquico, ressalta nd o, ainda , a avaliação sobre a capa
decisões e sua relação com o dese mpe nho ocupacional.
em situação de terminalidade,
O que se perc ebe na prática clínica, com pacientes
a e a percepção da família e do
é a discrepância entre a avaliação da equi pe clínic
ipalmente de intensidade da dor
próprio paciente no que se refere aos sintomas, princ
e seu suportar.

Avaliação, instrumentos de avaliação e


protocolos clínicos
to os recursos e instrumentais
Para Magalhães • , tanto o processo de avaliação quan
21 28

fatores descritos, com ênfase no


utilizados pelo profissional depe ndem de alguns
ais e da sua formação, perspectivas
profissional, como seu cam po de atuação, fatores pesso
embasam a prática e os contextos
sobre a profissão, referências e modelos teóricos que
profissão se insere. Em estudo de
histórico, cultural, econômico e social, nos quais a
l, Magalhães 28 mencionou uma
revisão sobre o uso de instrumentos de avaliação no Brasi
, em que predominavam tanto o
grande mudança no panorama após a década de 1990
a adequação para os conceitos
uso de instrumentos criados em outras áreas, sem a devid
ação. Relatou, como fatores de
da TO, quanto o uso de roteiros particulares, sem valid
Funcionalidade, Incapacidade e
evolução, a utilização da Classificação Internacional da
para a utilização de instrumentos
Saúde (CIF), os estudos de validação e confiabilidade
r conhecimento e aplicação do
padronizados desenvolvidos em outras culturas e o maio
29
Modelo Centrado no Cliente •
esso contínuo que abrange
Para Watanabe e Watson , a avaliação da TO é um proc
30

Além da linha base de informação


desde as etapas iniciais até o desfecho do tratamento.
o de um diagnóstico diferencial.
para o tratamento, contribui tamb ém para a formulaçã
a para se obte r informações do
Sugeriram a utilização de entrevista semiestruturad
e atividades do cotidiano, afir-
funcionamento pré-mórbido nas áreas de trabalho, lazer
habilidades de coping (habilidades
mando que os terapeutas ocupacionais avaliavam as
s de vida, condição médica e
de enfrentamento), baseados nas circunstâncias atuai
acional eficaz do paciente.
ambientes sociais e nos estad os de funcionamento ocup
ralmente, o Role Checklist para
Cordeiro, Camelier, Oakley et a/. adaptaram, transcultu
13

0 uso em língua portu gues a, obte ndo os índices de validação


e confiabilidade para sua
ais é um instrumento que avalia as
utilização. A Lista de Identificação de Papéis Ocupacion
nte e no futuro, considerando,
alterações dos papéis ocupacionais no passado, no prese
pessoa a cada um desses papéis.
Para posterior intervenção, a importância atribuída pela
is, definindo a produtividade e
Estes consistem nas posições ocupadas nos grupos socia
ção da identidade
ª Participação na sociedade, contribuindo para a constante reformula
ritas como estudante, cuidador,
Pessoal e organizando suas tarefas diárias, desc
membro de família, religioso,
trabalhador, voluntário, serviços domésticos, amigo,
Passatempo/amador e participante em organizações.
90 Terapia Ocupacional e .
em ontextos Hospitalares e Cu idados Paliativos

Chave s, Oliveira Forlen t / 3, .


, za e a . 1oca 11zaram sete t estes com tradução para o português,
nd
assevera o a necessidade de sistematizar e ampliar os protocolos de ava liação no Brasil,
O
para reconhecimento clínico e ci entífi co da TO (Quadro 4.1).
Al ém dos arti gos anteriormente descritos, exi st em publicad os os artigos apresentados
na Tabela 4.2.

O Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade (PEDI) aval ia as capaci dades


n O
fu cionais e desempenho, monitora o progresso no desempenho funcional e avalia o
p rog resso terapêutico ou reabilitativo. Pode, ainda, se r usado como medida referenciada
por critéri o de condição funcional. A população-alvo compreende crianças com
deficiência com idades entre 6 meses a 7 anos e meio, podendo ser aplicado em crianças
de idade superior, em caso de atraso em seu desenvolvimento funcion al. O tempo entre a
administração e a pontuação é de cerca de 45 a 60 minutos.
A Medida Canadense de Desempenho Ocupacional (COPM) avalia o desempenho
ocupacional (autocuidado, produtividade, lazer) por meio de entrevista sem iestrut urada
que identifica mudanças na autopercepção do cliente ao longo do tempo. A COPM é
projetada para detectar mudanças na percepção do cliente em relação ao desempenho
ocupacional. Identifica as áreas com prejuízos e mensura as alterações durante o tempo 33,

Quadro 4.1 Testes com tradução para o português.


1) Entrevista da História do Desempenho Ocupacional (EHDO);
2) Autoavaliação do Funcionamento Ocupacional (SAOF, se/f-assessmentofoccupational functioning);
3) Lista de Identificação de Papéis Ocupacionais;
4) Loewenstein Occupational Therapy Cognitive Assessment (LOTCA);
5) Escala de Observação Interativa de Terapia Ocupacional (EOITO);
6) Classificação de Idosos quanto à Capacidade para o Autocuidado (CICAC);
7) Avaliação da Coordenação e da Destreza Motora (ACOORDEM).

Tabela 4.2 Artigos sobre testes publicados no Brasil.


Artigo Autores
Inventá rio de Avaliação Pediátrica de Incapacidade (PEDI, do Mancini 32
inglês, Pediatric Evaluation of Disability lnventory)

Medida Canadense de Desempenho Ocupacional (COPM, do Magalh ães, Mag alhães e


ing lês, Canadian Occupational Performance Measure) Cardoso 33

Abordagem Motora Cognitiva (CO-OP, do ingl es, Cognitive Araújo 34


Orientation to Dai/y Occupatíonal)

Bateria de Avaliação Cog nitiva Dinâmica para Terapeutas Nove ll i, Marques e


Ocupacion ais Loewen stein (DLOTCA-G) Matteuci et af.35

Adaptação Tran scu ltural dos Protoco los de Avali ação do Mode lo Sa nt'Anna, Bl ascovi-Assis e
Lúdico
Magalhães 36
Capítul o 4 ❖ Ava liação e Intervenção de Tera pia Ocupacional em Contex tos Hospita lares 91

o estudo de t ra du ção e adaptação tra nscu ltura l da Ava liação Cog ni tiva Din âmi ca de
Terapia Ocupacion al Loew enstein (DLOTCA-G), para uso na popu lação geriátri ca bras il eira,
sinaliza o interesse de ava liações espec ializadas e o interesse nas avaliações cog nitivas
fundam entais para a compos ição de protocolos cl íni cos em HG. Cons iste em uma bateria
de avaliação cognitiva, que fornece à TO informações sobre as habili dades cognitivas
básicas necessári as ao dese mpenho das atividades dlárias .
35

o estudo de adaptação transcultu ral dos protocolos de avaliaçã o do Modelo Lúdico,


realizado por Sant'Anna, Blascovi-Assis e Magalhães , a partir do instrument o de Ava liação
36

do Comportam ento Lúdico de Ferland, tem sido utilizado para avaliar as atit udes, os
interesses e as ações como características do desempen ho ocupacional que compõe m o
brincar de crianças em situação de hospitalização.
Tedesco 17 avaliou como a TO em saúde mental representava um instrument o de
trabalho no campo da interconsu lta em HG, propondo que a estrutura de serviços de TO
em HG funcionasse como serviços de consultoria. Assim, descreveu o impacto que esse
tipo de assistência exercia sobre o funcionam ento ocupaciona l dos pacientes internados
em HG, bem como as percepções que as equipes de saúde (interconsultores e enfermeiros)
possuíam quanto aos benefícios dessa assistência. Analisou, igualmente , o funcionam ento
ocupacional anterior e posterior à intervençã o da TO em pacientes internados, verificando
o impacto sobre o funcionam ento ocupacional dos pacientes atendidos por, no mín imo,
cinco sessões, utilizando o . SAOF como descritor. A comparação entre as médias de
desempenho das dimensões do SAOF antes e após a intervençã o revelou aumento do
desempenho em todas as dimensões do funcionam ento ocupacional, posteriorm ente à
intervenção. A relação das questões de cada uma das sete áreas avaliadas apresentou
melhora significativa da primeira para a segunda aplicação, observando-se aquisição e
mudança de estratégias pessoais no fazer atividades com o terapeuta .
Para encerrar este capítulo, apresenta-se uma breve revisão de instrument os
especializados, desenvolvidos para a avaliação do processo terapêutico ou para diferentes
áreas do desempenho ocupaciona l, em estudo ou em desenvolv imento para o uso
transcultural, sinalizando a dimensão e a importânci a desse tema, do qual muitos estudos
ainda são necessários.

Revisão dos instrumentos padronizados de


avaliação de processos de terapia ocupacional

Entrevista da história do desempenho ocupacional


A entrevista da história do desem penho ocupacion al li (OPHI-II, the occupational
Performance history interview li) é uma revi são do orig inal OPHI, desenvolvi do 15 anos
antes. Nessa versão, enfoca-se o esta beleci mento da relação t erapêutica, possibilitan do
ª avaliação de detalhes e informações Intimas, consideran do fa tos passados e objetivos
futuros da pessoa. Est abelece uma estrutura para a intervençã o terapêutica . Com
al C e Cuidados Paltativos
92 Terapia Ocu pacion ern onte xtos Hospitalares
es
e de • . • ia de vida
or 1 no ta nd o m ud an ças e tran siçõ
a fina/ idad ava 1,a r a hist co mp eta, se discernir
te s
importan ' mais que uma sim
. pl es d arca ça
-
o, ne ss a versão busca-
em tera pe uta
ua nd o ou da vi da d · te é fundam ental, mostrando ao
q qua I aspecto O pa cien men te, as
tu .
nã o re pr es en tam, necessa ria
q ue os mom entos d e ru P ra para o pacient. . - e id era
_ za ça o, m as o qu e o paci ente cons
. adas pe/ a d oença ou a hosp,tah
mte rru pço es caus
u ma mudanca . 37. colher in fo rm . . ..
ações sob re
t d nv ol vi da pa ra
s · a, dese da
Possui entrevis ta emies rutura . . nh o da pe ss oa . A OPHl-1/ e drvrdr
d h ' desem pe . g scales) e
autocu·d 1 ad o a 1storra do .ficaça-o (ratm
trab alh o, lazer e • ca la s de cl as s,
a ent revi·s ta sem,estruturada, es
em três partes ·· um
ia de vida. ativ idade e esco
lhas ocupa-
narra tiva da histór s te m át ic as :
cinco área rtamento
é organizada em ionais e compo
A prim eira parte diária, pa pé is oc up ac
ev en to s cr íti co s de vida, rotina
cionais,
na l em lo ca is de finidos (setting) . ca çã o : escala de iden
tidade
ocupacio s de cl as si fi
três escala na l.
se gu nd a pa rt e é composta de
ca la de co m po rt amento ocupacio
A acional e es três
io na l, es ca la de competência ocup da in fo rm aç ão colh id a em
ocupac nversão
s pr om ov em um meio de co pe lo qual uma pess
oa tenha
As esca la m ed e o gr au
upacional, o: valores, intere
sses,
idas . A pr im ei ra, identidade oc tiv a, po r ex em pl
med acional posi lo qual uma pess
oa
iz ad o um a identidade ocup ed e o gr au pe
intern al ional, m
A se gu nd a, co mpetência ocupac up ac ional que seja pr
od utivo e
confiança. comport am en to oc
ambiente
pa z de su st en tar um padrão de l m ed e o im pacto do meio
é ca ocupaciona
rio . P or fim , o comportamento
satisfa tó
nal da pessoa . , que envolve
a construção
na vida ocupacio iva da hi st ór ia de vi da
ciente e
PHl-11 é a narrat a da vida do pa
Á parte fina/ da O breve repres en ta çã o gr áf ic
I,
a lin ha do te mpo como uma de vi da . D if er entemente da OPH
de um sua história
de um a co nc isa narrativa da se pa rar avaliações pa
ssad as e
a descrição demarca çã o pa ra
HJ -11 nã o em pr ega um ponto de
a OP
s das áreas
es en te s. m co nd uz ir a entrevista atravé
pr peutas po de flexível da
tração, os tera Pela natureza
Para sua adminis e voltar en tr e as ár ea s.
em qu al qu er sequência, ou ir ex periência do entr
evistador.
temátic as ad ap tá ve l à
r facilmente s com o
entrevista, está
prevista para se
nv er sa ou um a série de consulta
volve a conduç
ão de uma co en to, o terapeuta de
ve
A en tr ev is ta en o do in st ru m
stória de vida .
Antes da utilizaçã trevista .
paciente so br e su a hi
pe ss oa , qu e irão auxiliar a en
ntes sobre a ilizar a
lh er al gu m as in formações releva ou tr os in st ru m entos antes de ut
co
o terapeuta po
de administrar te. Aqui, pode se r útil
gu ns ca so s, br e o pa ci en
Em al iminares so
nt id o de o b te r informações prel
OPHl-11, no se s13 •
ic aç ão de P ap éi s Ocupa ci onai a ve rsã o mais ab
reviada
a Lis ta de Id en tif 60 m in , e um
core é de 45 a
po pa ra a ad m inistração e o es
O tem 30 min . au
om e, ap ro xi madamente, 20 a ua çã o de 4 po nt os, indicando o gr
co ns cala de pont
re é ob ti do po r meio de uma es st em a de cl as sificação dos es
cores
O es co ecido . O si
do pa ci en te pa ra cada item forn
de adaptação
C'l pítul o 4 ❖ Avr1 1iação e lnterv011<,. ~o de fPrnpi;i 0< upariona l l"m Con te xtos Hosp ita lares 93

é: (4) para funciona m e nto oc upa cio na l co mpete nte, (3) para sa ti sfat ó ri o, (2 ) para alg um a
disfunção ocupacio nal e (1) pa ra di sfun cional.
A administração d a OPHl-11 é d esignada para pacientes d e TO capazes de respo nd e r
sign ificativam ente a uma entrevist a de história de vida, além dos outros fatore s també m
importa ntes, co mo: idade, estado emocion al e psicológi co e habilidad es cognitiva s e
lingu ísticas.

Ava liação da mudança do papel


Roge rs e Holm basea ram-se nos compone ntes do desempe nho de papel ocupacio nal,
38

que represent am a organiza ção de múltiplas tarefas, de acordo com a função requisita da .
Esse in stru mento fo i desenvol vido para descreve r a percepçã o dos papéis de pacientes
idosos, inclu indo um exame da participa ção de papéis antigos e atuais, mudança nos
papéis e o valor ou sua importân cia.
A ava liação da mudança do papel (RCA, role change assessment) é organiza da em
torno de seis categoria s de papéis: relaciona mentos, autocuid ado e mantene dor do lar,
produtividade, lazer, organiza cional, saúde e bem-esta r.
O uso do instrume nto com populaçõ es de pacientes psiquiátr icos favoreceu uma
reestrutur ação das categoria s. A revisão consistiu em 43 papéis distribuíd os nas seis
categorias : nove em relaciona mentos, nove em autocuid ado, três em produtiv idade,
11 em lazer, oito organiza cionais e três em saúde e bem-esta r.
As definições dos papéis foram simplific adas e acrescen tadas na lista da entrevist a.
Como exemplo: papéis de relaciona mento (esposo[a ], pais, avós, filho[a], irmãos, outros
parentes, am igos, vizinhos, animais de estimaçã o), papéis de autocuid ado e mantene dor
do lar (cuidado próprio, cozinhar, governan ta, lavar e passar roupas, comprad or, motorista ,
jard ineiro e pessoa que faz conserto s gerais) e papéis de produtiv idade (trabalha dor,
cu idador e estudante ).
Além dos anteriore s, são listados: papéis de lazer (artesão, pessoa que tem um
hobbie, músico/a rtista, esportist a, dançarin o, coleciona dor, jogador, turista ou viajante,
leitor, frequenta dor de eventos) ; papéis organiza cionais, classifica dos de acordo com o
tipo de organiza ção (religiosa, civil, política, geriátrica , social, autoajud a, educacio nal e
profi ssional), e papéis de saúde e bem-esta r, represen tando uma reconcei tuação da
categoria de cuidado da saúde. Os papéis são de "recebed or de cuidado de saúde" e
"recebedo r de cuidado terapêut ico ou terapia'~
ARCA fo i desenvol vida como um guia de entrevist a semiestr uturada. O entrevist ador
pode rearra njar as qu estões para facilitá -las para um cliente, caso consider e necessár io,
assim como mai s qu estões pode m ser adi ci onad as pa ra fa cilitar a avaliação da pa rti cipa çã o
e O Padrão dos papé is do pacie nte.
Inicialmente, o desempe nho atual é avaliado e m cad a ca te goria . Posterior mente,
efetua-se uma discussão geral da participa ção e m cada pape l d e ntro d a categoria e os
Pacientes classificam suas participa ções. O avaliad o r e xplora o próximo papel até que
todos os papéis, dentro de uma categoria , tenham sido consider ados, por exemplo :
Cu id;:ido s Pa liMivo s
94 Te rapia Ocup acion al em Cont extos Hospl tr1 larcs e

ador para o pac ie nte, escla rece ndo


espo sa, avós , filho/filha. O pa ssad o é d efinido pelo avali
com o será inter preta do du rante a e ntrev ista .
o ganh os, perd as, aum e ntos ou
O avali ador ident ifica qual quer mud ança de pape l, com
e do prese nte. O paci ente confi rma
dimi nuiç ões relac iona das à com para ção do passa do
essa s mud ança s e classifica seu valor.
parti cipaç ão atual , parti cipaç ão
Cada pape l é class ifica do pelo paci ente em term os de
lhe for perc ebid a.
no pass ado e a cono tação de algu ma mud ança que
para dete rmin ar mud ança s da
As pont uaçõ es são com para das (pass ado/ prese nte)
parti cipa ção nos papé is.
escal a de três pont os, indic ando
As mud ança s perc ebid as são classificadas em uma
tiva.
uma cono taçã o posit iva, neut ra/se m-m udan ça ou nega
de instr ume ntos de men sura ção
Uma revis ão da litera tura de papé is tardi os de vida e
de papé is e de uma lista princ ipal de
de papé is cond uziu à ident ifica ção de seis categ orias
orias . Essa nova lista foi subm etida
papé is espe cífic os desig nado s para uma das seis categ
tria (um clínico, uma enfe rmei ra e
ao julga men to de quat ro clínicos perit os em geria
ar a abra ngên cia das categ orias e a
dois terap euta s ocup acion ais), instr uído s para critic
dos papé is.
indic ação de papé is em cada uma, além das defin ições
a casu ística iden tifica sse papé is
Dura nte a testa gem -pilo to da RCA, requ ereu -se que
essem adeq uada men te avali ados
que aind a eram man tidos ness a versã o e que não estiv
papé is foram acre scen tado s. O pape l
no instr ume nto. Com o resul tado, na revisão, algu ns
na social; diret or ou coor dena dor na
de pais foi acre scen tado na categ oria de famí lia e
nizaç ões especiais foram som ados à
categ oria traba lho, e interesses profi ssion ais e em orga
categ oria orga nizac ional .

Avaliação da pe rfo rm an ce fun cio na l de um a


área de lim ita da
delim itada (BaFPE, the bay area
A avali ação da perfo rman ce func ional de uma área
func tiona l perfo rman ce evalu ation )3 é um teste
9 padr oniz ado dese nvol vido , inici alme nte,
iona r em uma taref a orien tada e em
para avali ar com o um pacie nte/c lient e pode ria func
itiva , afeti va e do dese mpe nho em
locais de inter ação social. Prom ove a avali ação cogn
de inter ação socia l 4 º.
relaç ão às ativi dade s da vida diária e das habi lidad es
nas teori as de com port ame nto
A BaFPE é uma avali ação func ional base ada
41

turas de refer ência func iona is. O


ocup acion al, adap tação e resta uraç ão de estru
ente s pode m dese nvol ver-s e p e la
dese mpe nho funci onal pode ser med ido e os paci
adap tativ o poss a ser p ratic ado.
expo sição a situa ções em que um com port ame nto mais
diári a, jog os, re pous o e sono
A nece ssida de da man uten ção entre atíví dade s de vida
d o com port a m e nto ocup acio · n a l. Esse ta mbe, m
é, enfat izada na estru tura de re,er i: • ·
encra
ilid a d es e há bitos nece ssá rios pa ra
e º . '.oco no pape l ocup acion al e na aqui sição d e hab
fac1l1tar o dese nvol vime nto e o seu dese mpe nho.
A d isfun çã 0 e, d e fi n,·d a com o a falta ou perd a das habi lidad es adqu irida s, send o
pré-r equi sito para a aqui sição do
que O com po rtam ento func ional é cons idera do
Cap ítulo 4 ❖ Avaliação e Interve nção de Terapia Ocupaciona l em Co ntextos Hospitalares 95

comportam ento ocupaciona l. A adaptação é descrita como uma resposta ativa por
demandas específicas do meio ambiente42_
A BaFPE é também compatível com o Modelo da Ocupação Humana 37 , principalme nte
por descrever como comportam ento ocupaciona l é motivado, organizado e
O

desempenhado. Destacam-se as habilidades para o desempenh o do comportam ento


ocupacional descritas como comunicaç ão e habilidades de interação, habilidades
processuais (planejame nto e solução de problemas) e as habilidades de percepção
motoras.
A versão atual da BaFPE é uma escala acompanha da de dois subtestes: a Task Oríented
Assessment (TOA), que consiste no desempen ho de cinco tarefas, avaliando habilidades
funcionais em tempo cronometra do, e a Social lnteraction Scale (SIS), definida como uma
observação do comportam ento que inclui autoavaliação.
O subteste TOA avalia uma habilidade para ação no meio ambiente com objetivos
definidos e contém cinco tarefas utilizadas para colher informaçõe s sobre o desempenh o
cognitivo e as áreas afetivas do paciente.
A SIS é utilizada para avaliar sete categorias de comportam entos a respeito das
interações sociais, verbais ou não verbais.
Os dois subtestes podem ser administrad os separadam ente. A TOA inicia-se com
uma entrevista de pré-avaliaç ão para obter informaçõe s sobre o funcionam ento atual ou
passado e também para explicar o que o paciente estará fazendo durante a avaliação. A
testagem dos materiais para as cinco tarefas é feita pelo examinado r antes dó teste. A
pessoa é avaliada por meio de 12 parâmetros funcionais durante cada tarefa . Os escores
variam de (1) disfunção ou inapropriação até (4) quase sempre funcional ou apropriado.
O desempenh o do paciente é avaliado pelo terapeuta durante a tarefa, utilizando uma
tabela de classificação individual. Um cronômetro é utilizado como marcador e solicita-se
ao paciente interrompe r o teste caso o tempo máximo permitido seja ultrapassado.
A SIS deve ser administrad a e completada após 24 horas da aplicação da TOA, para
a obtenção de uma avaliação confiável dos dois tipos de funcionam ento; porém, sua
administração é opcional.
Na SIS, o paciente é avaliado em uma escala de 5 pontos por sete parâmetros
funcionais e de cinco situações sociais. Érecomenda da uma observação mínima de 1Omin.
As classificações variam entre pontuação (1) A avaliação não foi possível devido ao grau de
disfunção e (2) a (5), usados para pontuar um desempen ho contínuo, sendo (2) Disfunção
ou inapropriação e (5) Quase sempre funcional ou apropriado.

Avaliação da performance das habilidades


de autocuidado .
A avaliação da performanc e das habilidades de autocuidad o (PASS, performance
assessment of self-care skil/s) 38 é um instrument o de observação projetado para avaliar as
modificações no desempenh o ocupaciona l (MOB), as atividades de cuidado pessoal da
vida diária (AVDs) e as AIVDs.
, 1 ,1
\ ' 1.lf ' l,1 \ \ \lj •, \111' \ I.I 1•1 11 1 • ' 1 1
,,11 ••, 111 •••1dl ,11.11 (1•, 11 ( 11id,Hlm l\ 11í;11 1vm

.\ ,,t ,ulrn.,
1 l'/\ t..', " "'- <'in m se nos modelos de avéí liação interativa ou
1, ,, d 1 ,,.1 •1\h1' d,,
,!in,1n ,i,,, ! .r, ,n ,,11.,, .'"1\' 11,11,, ,, tlv,, t''-1ílbr.1Pce o grau do desemrwnho sem assistência,
1_

0
tti',, t' ,, qu,1 ntid,hh' d,, ,,1;,l~t{\ n\ ln 11tlll1ada para melhorá-la e o rrsult,1do no desempenho
d,1 t.11"1,, Pt'l~tt'' i\)I ,, int<'I v1 1 n, .10.
•\ \' >'\~ ~ t' por 26 tarefas : cinco de movimentos fun cionais (MOB), três de
u)m~,\)~\"
,n1h'I, uici.~dti (AVD~) e 18 de AIVDs.
l'\' k • t~t<." de o in stru n,ento ter sido feito para avaliar quais os ti pos de assistência são
n ,'CE'Ss,11 i,,s para Llll'l paciente retornar à comunidade (PASS-C) ou permanec
er (PASS-H), 0
instrumen to possui ênfase nas AIVDs.
Ambas as versões da PASS incluem as mesmas tarefas, os critérios das subtarefas e as
n1esmas medidas. Somente a tarefa de materiais difere na aplicação em instituição ou no
domicíl io.
Todos os 26 itens de tarefas da PASS consistem em critérios de referência das subtarefas
utilizados pelo terapeuta para classificar o desempenho.
A independência no desempenho da tarefa é classificada utilizando-se um
modelo de aval iação interativa. Quando um paciente torna-se incapaz de proceder
independentemente em uma tarefa, o terapeuta utiliza um sistema de estímulos
graduados em nove categorias para facilitar a sua continuidade. O tipo e o número de
etapas são documentados em uma subtarefa apropriada.
Essa combinação de avaliação interativa e preparação graduada fornece um perfil
do desempenho do paciente, identificando o ponto exato da quebra ou do colapso da
tarefa, o tipo e a quantidade de assistência que o paciente necessita para completar, com
sucesso, a tarefa durante a testagem.
O terapeuta solicita, verbalmente, o desempenho das 26 tarefas e observa a
necessidade de uma assistência, caso aconteça a quebra do desempenho. Os tipos de
assistência são nove: suporte verbal, verbal não diretivo, verbal diretivo, gestos, rearranjo
da tarefa ou do meio, demonstração, orientação física, suporte físico e assistência total.
De acordo com a assistência oferecida, os itens da PASS apresentam três categorias
distintas: independência, segurança e resultado (qualidade e processo). Cada categoria é
pontuada numa escala ordinal pré-definida de 4 pontos {O, 1, 2 e 3).
Foram estabelecidas categorias para a mobilidade do desempenho funcion al, para
as atividades de cuidado e vida diária e para as AIVDs. As tarefas e as especificidades
das tarefas exploradas nesses instrumentos foram delineadas. Os itens do teste do
desempenho foram desenvolvidos para cada categoria, excluindo -se o tran sporte, tendo
sido ac rescentado o máximo possível de especificações para cada ta refa-13.

Bateria BH
A escala BH é baseada na teoria psicanalítica e tarnbém em avaliações expressivas,
tendo como proposta avaliar a área psicológica da função humana 4 1• A bateria BH eu · n1
..a
instrumento estrutu rado para registro das projeções dos pacientes de forma si 5t ernatic ·

L_ d
❖ Avaliação e Intervenção de Terapia Ocupacional em Co ntextos Hos pitalares 97
Capítul o 4

A autoexpres são é defin ida como a uti lização de vári os e stil os e ha bilidad es para
expressar pensamen tos, sentiment os e necessid ades.
Em avaliação expressiva , o terape uta bu sca a uxili ar o pacie nte a reconhece r sua s
emoções, autoconce ito, autoconh eci rne nto, sua re lação co m o utros, suas ha bilid ades de
1 1

comuni cação e os mei os de expressão qu e prefe re. É uma avaliação proj etiva dese nvolvid a 1 1

para uso clín ico, com posta por um inst rumen to est rut urado para docume ntar de mane ira
sistemática as projeções do pacie nte .
A aval iação contém duas at ividades com uma esca la de classificação ind ividu al:
mosa ico e pintu ra a de do. Essas duas at ividades têm métodos de administra ção
estruturado s, lugare s específico s pa ra colocação de ma te riais, in struções e te m po para sua
execução. Além d isso, a m bas possuem critérios específi cos para a aná li se das res postas e
das prod uções dos pacientes.
Para sua adm inistraçã o, o paciente é convidado a entrar na sa la, com os materiais
previame nte dispostos sob re a mesa . O terapeuta explica o procedime nto da ativid ade,
bem como os motivos e o bjetivos do teste. As duas atividades são gravadas e ocorrem
seguidame nte. Na primeira, o terapeuta observa o procedime nto utilizado pelo pac iente
na composiçã o de um mosaico. A segunda atividade, pintura a dedo, tem o tempo
cronometrado e o terapeuta solicita ao paciente explicar sua pintura.
Cada aplicação é completa e pode ser separada como em um subteste, mas, juntas,
constituem uma bateria. Cada subteste é pontuado de duas formas: observaçõ es durante
o desempenh o (análise do processo) e observaçõ es após o desempen ho (análise do
produto). As observaçõ es são pontuadas em escala de classificação.

Avaliação de Kohlman das habilidades de vida


A avaliação de Kohlman das habilidade s de vida (KELS, Koh/man evaluation of living
skills) foi desenvolvi da para avaliar as habilidade s básicas de vida, e é administra da pelo
uso de uma combinaçã o de entrevista e itens de desempen ho ocupacion al.
Trata-se de uma avaliação de administra ção rápida para promover informaçõ es sobre
a habilidade da pessoa no funcionam ento e nas atividades da vida diária, no que se refere
à independên cia, trabalho e lazer.
Considera-se a KELS como um critério de referência que descreve o índice de
desempenh o da pessoa, sendo que os itens do teste são elaborado s para refletir as
etapas de aquisição da habilidade em avaliação. Avalia 17 habilidade s de vida diária
categorizadas em cinco áreas: autocuida do, segurança e saúde, manejo de dinheiro,
transporte e uso de telefone, além de trabalho e lazer.
Para sua administra ção, indica-se uma combinaç ão de entrevistas , observaçã o e
execução de tarefas simples. A organizaçã o, a administra ção e a pontuação podem ser
completadas em 30 a 45 min, permitind o ao terapeuta ocupacion al desenvolv er planos
de interven ção e auxiliar n~ planejame nto do tratamento .
Todas as tarefas são elaborada s para simular o meio ambiente do paciente. São
fornecidos o método (ta refa ou e ntrevi sta), o equipame nto necessá rio, os procedim e ntos

li! g
1 98
Terap ia Ocupacional em Contextos Hospitr1lares e Cuidados Pr1 ll<1tlvos

administrativ os e os critérios específicos de classificação para cada ite m. Os ite ns a se rem


pontuados são: independênc ia e necessidade de ass istênda. Os cri té rio s de pontuação
específica são dados para cada ite m, de modo a indicare m os radrõe s mínimo<; para viver
independent emente na comu nidade.
A independência é definida como o gra u de competê ncia exig ido para d ese mpen har
uma habilidade básica de vida, de modo a manter a seguran ça e a saúd e da pessoa, sem
assistência di reta de outras pessoas 44 •
Para pon tuar os resultados, cada seção marcada com necessidade de assistência recebe
um ponto, excluindo-se trabalho e lazer, que são pontuados com 0,5. Independen te é
pontuada com zero. Um escore total menor ou igu al a 5,5 indica que a pessoa é capaz
de viver independent emente, e uma .pontuação total de 6 ou mais indica necessidade de
assistência para viver na comunidade.
Um estudo de valid ade convergente da KELS com uma bateria de medidas cogn itivas,
afetivas, executivas e funcionais demonstrou a sua validade para avaliar a capacidade
dos idosos em viver de forma segura e independent e na comunidade após períodos de
hospitalizaçã o 45 .

Avaliação abrang ente de terapia ocupac iona l


As bases psicodinâmic as dos trabalhos desenvolvido s por Fidler e Fidler46 e os
trabalhos de Mosey e Cronin 47, na teoria das habilidades adquiridas, fundamenta m as
bases teóricas da avaliação abrangente de terapia ocupacional (COTE, comprehensi ve
occupational therapy evaluation) desenvolvida para ser aplicada em pacientes adultos que
utilizam serviços psiquiátricos de crise em regime de curta duração 48 •
A finalidade da aplicação é identificar os comportame ntos que ocorrem com pacientes
em tratamentos e que são particularme nte pertinentes à prática da TO, refletindo a ênfase
no desempenho ocupacional.
Os objetivos são identificar, definir, avaliar e pontuar os comportame ntos observados
no paciente. A escala promove, a partir dos resultados encontrados , um guia para o
planejament o do tratamento.
A COTE inclui 26 comportame ntos, divididos em três áreas: comportame ntos gera is,
comportame ntos interpessoais e comportame nto nas atividades.
Na primeira área, estão listados oito comportame ntos que descreverão o funcio-
namento geral do paciente (aparência, expressão, responsabili dade, pontualidad e, entre
outros).
Na segunda área, estão listados seis comportame ntos que avaliam a interação com
outras pessoas durante atividades estruturadas ou não estruturadas (ind e pendência,
interação, sociabilidade, cooperação, entre outros) .
Na terceira área, e ncontram-se 12 comportame ntos que re lacionam o d ese mpen ho na
atividade, em que co nstam : conce ntra çã o, resolução d e proble mas, intere sse na atividade,
complexidad e e organização d e tare fa s, ap rend iza do ini cia l, e ntre o utros.
Capítulo 4 ❖ Avaliação e lnt - d · ·
ervençao e Terapia Ocupacional em Contextos Hospitalares 99 1

1 1

Para a admin ist ração, 0 terapeuta orienta, observa e pontua os aspectos avaliados
durante a execução das atividades. Para cada comportamento (26) listado nas três áreas,
existe uma tabela de ,pontuação específica que resulta em subtotal de pontos, que no
final do teste resultara na somatória. A pontuação total é classificada numa escala de s
pontos: O para normal, 1 para mínimo, 2 para médio, 3 para moderado e 4 para severo.

Avaliação de habilidades motoras e processuais


9
Para Fisher4 , a avaliação é focada nas áreas de limitação percebidas como problemá-
ticas ou relevantes para O paciente. O enfoque é que os resultados da avaliação pro-
porcionem conhecimento do grau de dificuldade na realização de tarefas.
A finalidade é examinar a relação entre as habilidades motoras (usadas para produzir
movimento) e processuais (usadas para organizar logicamente uma série de ações) e,
também, o desempenho das tarefas. Outro objetivo é estabelecer o estágio atual de com-
petência para a tarefa e prognosticar o desempenho nas atividades de vida diária. Avalia,
simultaneamente, a habilidade para realizar as AVDs, as AIVDs e o desempenho global.
A avaliação de habilidades motoras e processuais (AMPS, assessment of motor and
process skills) consiste de 56 tarefas, sendo 16 de habilidades motoras e 20 de habilidades
processuais. Essas tarefas são organizadas hierarquicamente em relação ao grau de
desafio necessário para sua execução.
As rotinas normais dos pacientes são identificadas por meio de uma entrevista.
Subsequentemente, o terapeuta sugere cinco ou seis tarefas selecionadas pelo paciente
para serem desempenhadas. O terapeuta observa e classifica o desempenho.
A AMPS tem duração de 30 a 60 minutos para ser administrada. Cada item de
habilidade motora e processual é classificado em uma pontuação d~ 1 a 4: (1) significando
que o déficit é severo o suficiente para resultar em prejuízos ou na quebra da tarefa, e (4)
significando que inexiste evidência de um déficit que afeta a desempenho.

Escala da performance do papel na atividade


A escala da performance do papel na atividade (RAPS, role activity performance
sca/e) é descrita pelos autores como um instrumento de avaliação e pesquisa usado
por terapeutas ocupacionais, sendo desenvolvida para r:nedir um amplo alcance de
funcionamento de papéis 50 •
A RAPS pode ser utilizada para coletar dados da história da pessoa em relação aos
papéis nas atividades, ter utilização diagnóstica e orientar planos de tratamento e,
também, mensurar resultados de tratamento em TO.
Good-Ellis, Fine, Spencer et al. 5º apontaram para a necessidade urgente de estudos de
eficácia e efetividade da TO para justificar a continuidade da abertura e manutenção de
se rviços
· de tratamento.
Para a autora, apesar dos terapeutas ocupacionais tradicionalmente avaliarem o
desempenho de habilidades nos papéis de vida, a informação não é coletada com a
especificidade necessária para avaliar os resultados da intervenção.
10 0 Te ra pia Oc up aci on al em
C
Cuidado s Paliat ivos
on tex tos Hospitalares e
. -
ao,
A RAPS é co m po s t ª po r urna en tre v·,s t ª se m,·es tru tu ra da e um a esca la de class rficaç
.
co m a fin ali da d e d e av ah ar a história d d es em pe nh o do pa pe / nas a tiv i da de s, po r um
°
pe río do de ate, 18 m es es qu e an te c d . - bilita nd o um a a v a li aç ão
e em sua apl,ca çao, possi
re tro sp ec tiv a d o d es er np en ho do paciente41 .
, . . ed uc aç ão , m aneJ o do lar,
A es ca la avalia 12 pa pe is. trabalho ou equivalentes ' .
ig os , papel
. ionamento co m am
re Iac io na m en to. s fami/',ares nu c 1ea re s ou amplos, relac · d o co m a
t · · •• lazer, autocontrole, cw da
pa re nt a/ ,. re la ci on am en os sociais, at,v,dades de
, ~ • , reabilitação.
sa ud e hi gi en e e ap aren c,a, a 1em de settings de
'

ficas
Referências bibliográ s Hospitalares (GNTO).
Ca rta de Sã o Pa u/o. Sã
o
Terapia Oc up aci on al em Co nte xto YX
1
· Gr up o Na cio na l de
pid=sites&srcid=ZGVm
em : htt ps ://d oc s.g oo g/e.co m/ vie we r?a = v& DkzOWY2N
Pa u/o : GNTO; 20 11 . Dis
po nív el
vc 3B hb G/h dG /2b 3N8Z3g6NWUzNGN/M
kYWR
hvc3BpdGFsYXJjdW/
VsdGRvbWFpbnxOb2
Dg 0M Q. ac ion al:
(AOTA) . Es tru tur a da
prá tic a da ter ap ia oc up
era py As soc iat ion : ww w. rev ist as.
2 - Am erica n Oc cu pa tio na / Th po nív el em
v Te r Oc up Un iv Sã o Paulo, 20 15;26 :1-49. Dis
do mí nio & proces s. 3ª ed . Re 21 /03 /20 16 .
d/ 97 49 6/9 64 23 . Acesso em : ho
us p.b r/r to/ art ic/ e/ do wn /oa uç ão nº 41 8, de 4 de jun
era pia e Te rap ia Oc up aci on al (COFFITO). Re sol s Oc up aci on ais
de Fisiot pê uti co
3. Co ns elh o Fe de ral is Te rap êu tic os Fis iot era
Fix a e est ab ele ce os Pa râm etr os Assistencia al e dá ou tra s pro vid ên cia s. Diário
de 20 12 . ter ap eu ta oc up aci on a/
na s div ers as mo da /id
ad es pre sta da s pe lo
r/i mp ren sa/ jsp /vi sua fiz
1 :22 7. Di spo nív el em : htt p:/ /pe squ isa .in .go v.b /11 12 01 6.
;se ção : 21
Oficia/ da Un ião, 20 12 1&p agi na= 22 7& tot a/A
rquivos=232. Ac ess o em
12 &j orn al= tiv e
ind ex .js p ?d ata =0 6/ 06 /20 ica / fra me rk for pa //ia
wo
uti c rat io an d de fin ed ph ase s: pro po saf of eth
Th era pe
4. As hb y M, Sto ffe ll B. 24.
jun 1;302(6788): 13 22 -13 bre viv en tes
car e. BM J, 19 91
/i JC, Sa nto s MA . Qu ali da de de vida de so
fta re/ ou t-
EA, Ma tro pie tro AP, Vo co/ Te or Pe sq, 20 09
5. Ol ive ira -C ard oso
óss ea (TM O) : um est ud o pro spe cti vo . Psi df.
du la 4.p
do tra ns pla nte de me df/ ptp /v2 5n 4/a 18 v2 5n
8. Di spo nív el em : htt p:/ /w ww.sc ie/ o.b r/p s qu an to à
de z;2 5(4 ):6 21 -62
ins tru me nto CIC Ac : cla ssi fic açã o de ido so
bo raç ão e va lid aç ão
do Dis po nív el
6. Al me ida MHM. Ela Un iv Sã o Pau/o, 20 04
se t-d ez; 15 (3) :11 2-1 20 .
uid ad o. Re vT er Oc up
ca pa cid ad e pa ra o au toc 39 48 /15 76 6.
ist as. usp .br /rt o/a rti cle /do wn foa d/1 ion al. 3• ed .
em : ww w. rev
mo de los de int erv en
çã o em ter ap ia oc up ac
ita çã o co gn itiv a e
ia, rea bil
7. Katz N. Ne uro ciê nc
Sa nto s; 20 14. rfo rm an ce
Sã o Pa ulo : da ily oc cu pa tio na l pe
. Us o da co gn itiv e ori en tat ion to 53 .
8. Ar aú jo CRS, Ma ga /hã
es LC, Ca rdo so AA
im en to da co ord en
aç ão . 20 11 ;22 :24 5-2
(3)
orn o do de se nv olv
co m tra nst .
(CO -O P) co m cri an ças wn loa d/4 64 15 /50 17
sta s.usp.br/ rto /ar tic lel do
tas k ob ser va tio n sca le
l em : ww w.r evi
Dis po n íve
Jay ara m G. Oc cu pa tio na / the rap y
9. Ma rgo lis RL, Ha rris
on SA, Ro bin so n HJ,
ps yc hia tric pa tie nts
. Am J Oc cu p Th er, 19 96
k gro up fun cti on of
d for rat ing tas
(OTTOS): a rap id me tho
ma y;S0(S ):3 80 -38 5. · · 1e d
ud o de ins tru me nto s de av ali aç ão em t era pra oc up ac ron a . a
sen vo lvi me nto e est
1o. Te desco SA. O de iv 5 Ca mi lo, 20 02 ;8(3): 17 -26 .
Te r Oc up Ce ntr o Un
a ed Th ç •

ych oso cia l Oc cu pa tio na l Th era py Pa pe rba ck • 1 . oro ,ar e.


s in Ps
11 . Co ttre l RPF . Pro act ive Ap pro ac he
5/ack lnc.; 2000. .
u · / b 'I' xto s ho sp ita lar es. 1• ed
12 . De Cario MMRP , Luzo MCM Terapia Oc pa cro na : rea 1 ,ta çã o f(s/ca e co nte
·
São Pau/o : Roca; 20 04 .
A Oa kley F. Ja rdi m JR C ian po rtu gu es e
13. Co rde iro JR, Ca me lier 'th ~o ss- cu /tu ral rep rod uc lbl llty of the bra zl/
st for p~ rso n Oc cu p Th er,
version of the role ch ec klí
2007 jan-feb;61 (1 ):3 3-4
0. Dis po n(v e: : ~ . \;~~ic
· p./
ob
/w ww
str uc
.ud
tlv
c.e
e pu
s/g
/m on a ry dls ea se . Am J
ru po s/c nd eu to/ do cs /P
or tug ue se _
Ro/e_Checklist_AJOT.pdf.
Capítul o
4
❖ Ava liação e Interve nção de Tera pia Ocupacional em Co ntextos Hospitalares 101
nd
14 organização ~u ial de S~úde_(OMS) . Classificação Internacion al de Funcionalidade, Incapacidade e
· Saúde (CIF) . Sao Paulo: Universidad e de São Paul o; 2004. Disponível em: http://www.inr.pt/ uploads/
docs/cif/ CIF_port_ %202004.pdf.

15 Maximino V, Tedesco S. ~~tina, hábitos, cotidi ano: no banal e no sutil, a t rama da vid a. ln: Matsukura
' T, salles M. Cotidian_o, Atividade Human a e Ocupação: perspectivas da terapia ocupacion al no campo
da saúde mental. Sao Carlos: EdUFSCar; 20 16.

16 _ Galheigo SM . Domínios e_t~máticas no ca mpo das prá ticas hospitalares em terapia ocupa cio nal: uma
revisão da literatura brasileira de 199 0 a 2006. 2007 dez;l 8(3):11 3- 121. Disponível em: www.revi stas.
usp.br/ rto/article/ download/ 14014/ 15 832.

17. Tedesco AS. Aç~es -~e _terapia ocu~acional (TO) em saúde mental no contexto de um serviço de
interconsulta ps1qu,atnca em hospital geral (HG) [Tese]. São Paulo : Escola Paulista de Medicina-
Unifesp; 2013.

18_ Magalhães LC, Nascimento VCS, Rezende MB. Avaliação da coordenação e destreza motora -
ACOORDEM: etapas de criação e perspectivas de validação. Rev Ter Ocup Univ São Paulo, 2004
abr;l 5(1 ):17-25. Disponível em: www.revistas.usp.br/rto/article/download/13933/15751.
l9. American Occupational Therapy Association (AOTA). Occupational therapy practice framework:
domain and process. Am J Occup Ther, 2002 nov-dec;56(6):609-639. Disponível em: https://www.
polk.edu/wp-content/ uploads/OTFramework2ndEdition.pdf.
20. Rogers JC, Holm MB, Goldstein G, McCue M, Nussbaum PD. Stability and change in functional
assessment of patients with geropsychiatric disorders. Am J Occup Ther, 1994 oct;48(10):914-918.
21. Hagedorn R. Occupational Therapy: perspectives and processes. Edinburg: Churchill Livingstone; 1995.
22. Uchôa-Figueiredo LR, Negrini SFBM (orgs). Terapia Ocupacional: diferentes práticas em hospital
geral. Ribeirão Preto: Legis Summa; 2009.
23. Othero M, Costa D. Propostas desenvolvidas em cuidados paliativos em um Hospital Amparador -
Terapia ocupacional e psicologia. Rev Prat Hosp, 2007;9(52):157-160.
24. Davies E, Higginson IJ. (eds.) The Sollid Facts: palliative care. Copenhaggen: WHO; 2004.
25. McGill Quality of Life Questionnaire. 1997. Disponível em: http://www.npcrc.org/files/news/mcgill_
quality_of_life.pdf.
26. Queiroz MEG. Atenção em cuidados paliativos. Cad Ter Ocup UFSCar, 2012;20(2):203-205. Disponível
em: www.cadernosdeterapiaocupacional.ufscar.br/index.php/cadernos/article/download/623/378.
27. Magalhães LC. Avaliação de terapia ocupacional: o quê avaliar e como avaliar. ln: Congresso Brasileiro,
5º Simpósio Latino Americano de Terapia Ocupacional. Belo Horizonte: Associação Brasileira dos
Terapeutas Ocupacionais; 1997.
28. Magalhães LC. Transtornos da coordenação motora e da aprendizagem. ln: Souza ACA, Galvão CRC.
Terapia ocupacional fundamentação e prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2007. p. 314-337.
29
· Law MC. Client-centered Occupational Therapy. 1ª ed. Thorofare: Slack lnc.; 1998.
3
o. Watanabe D, Watson L. Psychiatric consultation-liaison: role of the occupational therapist. ln: Cottrell
R. Proactiveapproaches in psychosocial occupational therapy. Thorofare: Slack lnc.; 2000.
31
· Chaves GFS, Oliveira AM, Forlenza OV et ai. Escalas de avaliação para terapia ocupacional no Brasil.
RevTer Ocup Univ São Paulo, 201 o set-dez;21 (3):240-246. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/
rto/article/viewFile/14110/15928.
32
· Mancini MC. Inventário de avaliação pediátrica de incapacidade (PEDI). 1ª ed. Belo Horizonte:
UFMG; 2005.
33. M
agalhães LC, Magalhães LV, Cardoso AA. (org.) Medida Canadense de Desempenho Ocupacional.
8
elo Horizonte: UFMG; 2009.
34. A
raújo CRS. Efeitos da terapia motora cognitiva no desempenho de atividades de crianças com
st
t~a_n orno do desenvolvimento da coordenação (Dissertação) . Belo Horizonte: Escola de Educação
:,s,~a, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Universidade Federal de Minas Gerais; 2010. Disponível
ri~·. http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/handle/ 1843/BUOS-8L4NLW/ela rice_
e,ro_soares_ara_jo_disserta_o.pdf?sequence= 1.

l
o dos Paliat ivos
10 2 Ti . os Hosp italares e Cuida
erap1a cu pacio na l em Co ntext
. . nsc ult ura l da
ve lli MM PC , Ma rqu es NCF M tt . nd es RS , Me de iro s AS et ai. Ad ap tação tra
35 . No
yn am · ' L a eu ci ~ , Me for Ge ria tric
ba ter ia DLOTCA-G (D t cu pa tio na l Th era py Co gn itive As sessm en t
gu a ic -~wenS ein Oc po nív el em:
Po pu lat ion ) pa ra a lín r Oc up UF SC ar, 201 5;23(2):25 1-2 60. Dis
po i ~guesa . Ca d Te nlo ad/ 872/606.
ww w. ca de rno sd ete ra
.
l.u fsc ar. br/ ind ex .p hp /ca de rno s/ art icl e/d ow
p,a oc up ac 1o na tocolo s de
,
M, Bla sco vi- A 551.5 SM -
LC. Ad ap taç ão tra ns cu ltu ral do s pro
36. Sa ntA nn a MM • Ma ga lha es Dis po nível em :
av ali aç ão do M O d IO
L. .
up Un iv Sã o Pa ulo , 2008 ap r;l 9(1 ):34-47.
e Oc
ud i~o. Rev Ter ad/ 14026/ 15 84 4
ww w r . t ,c/ e/d ow nlo
· ev,s as.usp.b r/r to/ art . rk an d co nte nt. Am
rG Bu rke JP A d I O fh an oc cu pa tio n, pa rt 1. Co nc ep tua l fra me wo
37 . Kie lho fne Th ' · mo e um
JO -581.
cc up er, 19 80 sep;34(9):5 72 erv iew too ! for ev alu
ati ng
le Ch an ge As se ssm ent (Version 2.0): an int
38 . Th e Ro
· Ro ge rs JC, Ho_lm MBrgh : Un pu bli sh ed; 1995.
P, tts bu ult ing
o lde r ad ult s. 2ª ed. Palo Alt o: Co ns
y Are a Fu nc tio na l Pe rfo rm an ce Evaluation.
39 · Bi co me r J, Wi llia ms S. Th e Ba
87.
Ps yc ho log ist s Press; 19 Slack lnc .; 1997.
on ary for Oc cu pa tio na l Therapy. Th oro far e:
40 . Ja co bs K. Qu ick Re fer en ce Di cti alt h: an int eg rat ive ap
pro ac h.
en ts in Oc cu pa tio na l Th era py Me nta l He
41 . He mp hil l-Pearson B. Assessm
2008. p Th er, 1978
Th oro far e: Slack lnc .; ad ap tiv e responses. Am J Oc cu
tow ard a sci en ce of
Cla rke Sla gle lec tur e:
42 . Kin g LJ. Ele an or
au g;3 2(7 ):4 29 -43 7. Ph ila de lph ia:
ac km an 's oc cu pa tio na l the rap y. 9° ed.
d Sp
km an CS. Wi lla rd an
43 . Wi lla rd HS, Sp ac
Lip pin co tt; 19 98. search; 1979.
ati on of liv ing skills. Seattle: KELS Re
44. Mc Go ur ty LK. Ko
hlm an ev alu Liv ing Sk ills as a
ati on of the Ko hlm an Ev alu ati on of
CB, Na ik AD. Co nv erg
en t va lid un ity . Ar ch Phys
45 . Bu rn ett J, Dy er e sà fel y an d ind ep en de ntl y in the co mm
er ad ult s' ab ilit y to liv .ni h.g ov/ pm c/
sc ree nin g too ! of old 2. Dis po nív el em : htt ps :// ww w. nc bi. nlm
nov;90(11 ):1 94 8-1 95
Me d Re ha bil , 20 09
art icl es /PM C2 85 55 51
/. hia try. Mi ch iga n:
py : a co mm un ica tio n process in ps yc
era
JW. Oc cu pa tio na l Th
46. Fid ler GS, Fid ler
Ma cm illa n; 19 63. .; 19 70.
h. Th oro far e: Sláck lnc
me s of R·e fer en ce for Me nta l He alt
47. Mo se y A, Cr on in
A. Th ree Fra rap y ev alu ati on
, Sh ort MJ . Co mp reh en siv e oc cu pa tio na l the
TF, Mi se nh eim er AM
48. Br ay ma n SJ, Kir by 0.
er, 19 76 feb;30(2) :94-10 Sta r Press; 1994.
sc ale. Am J Oc cu p Th ills : us er ma nu al. Fo rt Collins: Th ree
d Pro ces s Sk
se ssm en t of Mo tor an an ce scale. Am J
49. Fis he r AG. Th e As s A. De ve lop ing a rol e ac tiv ity pe rfo rm
itti
e 5B, Sp en ce r JH, DiV
50 . Go od -Ellis MA , Fin
1 (4) :23 2-241.
Oc cu p Ther, 19 87 ap r;4

Você também pode gostar