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1. INTRODUÇÃO
2. ORGANZAÇÃO E PLANEJAMENTO
3. OBJETIVOS E CONTEÚDO
4. ESCOPO DA AÇÃO
* Propiciar a realização harmoniosa e pacífica dos jogos, mediante a integração das estruturas
e processos já aprovados em grandes eventos, tais como o Carnaval, Reveillon, Festivais de
Música (Rock in Rio, Festival de Verão, FIFA Fan Fest), Jogos Pan-americanos e Parapan-
americanos Rio 2007;
São três os grandes eixos de ação a serem trabalhados pelas estruturas governamentais:
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3º Eixo- Ameaças Internas
Greves, Manifestações
A realização pacífica e segura da Copa de 2014 nas doze cidades-sede só será possível com o
trabalho de todas as instituições envolvidas, integradas em um sistema cooperativo e
funcionando como uma verdadeira rede de Segurança Pública.
A SESGE/MJ deverá coordenar todas as tarefas operacionais afetas aos órgãos de Segurança
Pública, objetivando a adoção das medidas necessárias em nível federal, estadual e municipal.
As Forças Armadas e a Força Nacional de Segurança Pública atuarão de acordo com as suas
atribuições constitucionais e legais.
No que se refere às medidas de segurança nos locais de interesse, a FIFA, através da Gerência
Geral de Segurança do Comitê Organizador da Copa do Mundo FIFA Brasil 2014, terá
responsabilidade pelas ações de segurança privada nos perímetros privados dos locais de
interesses, ou seja, perímetro externo e interno dos estádios, escritórios da FIFA/COL, hotéis
das seleções e da família FIFA, campos oficiais de treinamento e centro de treinamento de
seleções. Se, por qualquer motivo, a segurança no interior de um estádio ou outro local sob a
responsabilidade da FIFA não for garantida por esta entidade, as autoridades públicas de
segurança assumirão e avocarão a responsabilidade e o controle dessas áreas.
Integração de Sistemas
Será a base de um plano nacional de combate à violência, cujo modelo será o mesmo adotado
na Copa do Mundo.
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Forjada em conceitos militares, a doutrina de Comando e Controle apresenta um modelo de
estratificação do comando em cadeia, envolvendo basicamente três componentes: autoridade,
processos e estrutura. Esses Centros terão a finalidade de proporcionar uma imagem fiel e em
tempo real do panorama local e global dos eventos e dos recursos envolvidos nas operações e
incidentes relacionados à segurança pública, defesa civil, segurança privada e mobilidade
urbana, a fim de embasar a tomada de decisão por parte das instituições.
Haverá também um Centro Integrado de Inteligência, coordenado pela ABIN. Tal estrutura será
responsável pelo levantamento de informações de interesse da segurança dos grandes
eventos, em parceria com às demais forças de segurança pública das três esferas de Governo.
Defesa Civil
Serviços Médicos
O Brasil ainda não tem tradição com esse modelo integrado de segurança nas instalações
esportivas, no qual os órgãos de segurança pública fazem a segurança da cidade e das vias
públicas, até a porta dos estádios, e as equipes de segurança privada desempenham suas
funções de segurança patrimonial e de vigilância no domínio territorial do estádio. Esse
modelo inaugurará um novo conceito de atuação conjunta das forças públicas e privadas.
A segurança de todos os usuários do estádio de futebol deve ser priorizada acima de tudo
durante o projeto e na administração, independente do volume de recursos disponíveis. As
Normas de Segurança FIFA devem ser adotadas para garantir que os Eventos FIFA sejam
seguros.
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O grau de luxo e conforto implementado durante a construção de um estádio dependerá dos
recursos financeiros disponíveis, mas a exigência fundamental a ser satisfeita independente
dos recursos disponíveis é que o estádio seja seguro sob todos os aspectos para os seus
usuários, sejam eles o público, os jogadores, as autoridades, os representantes da mídia, os
funcionários ou outros.
Todas as partes do estádio, incluindo entradas, saídas, escadas, saídas de emergência, tetos e
todas as áreas e salas públicas e de acesso restrito devem satisfazer as normas de segurança
locais adequadas e as recomendações internacionais de melhor prática, quando homologadas.
Corredores e escadas de acesso para torcedores devem ser adequadamente sinalizados, assim
como todos os portões de acesso das áreas de torcedores ao campo e às saídas do estádio.
Todos os espaços públicos, como passagens, corredores, escadas, portas e portões devem ser
mantidos desobstruídos para a livre circulação de espectadores. As saídas do estádio e todos
os portões das áreas de torcedores para o campo devem dar acesso ao lado externo do estádio
e devem permanecer destrancados enquanto o público estiver no estádio. Para impedir a
entrada clandestina ou intrusos em dias sem jogos, deve haver dispositivo de travamento
interno de operação simples e rápida.
• Todas as saídas devem ser guardadas por funcionários especialmente designados para
evitar abusos e assegurar rotas de fuga imediata em caso de evacuação de emergência. As
saídas jamais devem ser trancadas durante a permanência de torcedores no estádio.
Um estádio moderno deve contar com câmeras de segurança a cores fixas internas e externas
com movimentos de inclinação e rotação. As câmeras devem monitorar todas as aproximações
do estádio e todas as áreas públicas internas e externas, inclusive os eixos de transportes,
estações ferroviárias, áreas de estacionamento e vias expressas.
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Todo estádio deve ser equipado com um centro médico para atendimento aos espectadores. O
ideal é, no mínimo, um centro médico por setor, mas a quantidade, dimensões e a localização
dessas salas devem estar em conformidade com as autoridades de saúde locais. O estádio
deve contar com desfibriladores uniformemente distribuídos, de fácil acesso e em localização
segura. As autoridades locais e a administração do estádio lidarão com situações de catástrofe
de massa em conjunto.
Orientação e estacionamento
Os estádios devem ser projetados para permitir a chegada, circulação e saída tranquila e
eficiente de milhares de pessoas e veículos em um curto espaço de tempo.
Deve haver sinalização clara e compreensível em toda a proximidade, ao redor e por todo o
estádio, indicando o caminho para os diferentes setores. A sinalização deve ser visível e clara
para guiar os espectadores às instalações sanitárias, pontos de vendas e outros serviços
existentes.
O perímetro externo de um estádio moderno deve ser delimitado por uma cerca localizada a
certa distância. As primeiras verificações de segurança e, quando necessárias, revistas
corporais serão feitas nessa cerca externa. A segunda verificação será realizada nas catracas do
estádio. deve haver espaço suficiente para o movimento livre dos torcedores entre a cerca do
perímetro externo e as catracas do estádio. As dimensões do espaço são determinadas pelas
autoridades locais.
Deve-se ter em mente que, enquanto o processo de entrada pode ocorrer ao longo de uma
hora ou mais, na saída, todos desejarão sair mais ou menos ao mesmo tempo. O espaço de
circulação próximo aos portões de saída deve ser suficiente para prevenir o esmagamento de
espectadores e permitir a saída confortável.
Em todas as situações, deve ser possível evacuar o estádio no tempo máximo acordado com as
autoridades de segurança local. devem ser tomadas medidas preventivas para evitar
aglomerações nas entradas. Este objetivo pode ser alcançado com um sistema de barreiras
para afunilar o acesso dos espectadores aos pontos de entrada.
Todos os locais de estacionamento devem ser no próprio estádio, permitindo o acesso direto
dos espectadores. Os estacionamentos ao redor do estádio devem ter iluminação adequada e
sinalização clara, com setores identificados por números ou letras e devem ser vigiados contra
invasão ilegal.
Estacionamento VIP
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Deve haver, próximo à entrada VIP e separado dos estacionamentos comuns, espaço de
estacionamento suficiente para ônibus e carros utilizados pelos VIPs. Preferencialmente, estes
veículos devem estacionar dentro do estádio.
Deve haver uma área privada e protegida com acesso de entrada e saída para ônibus dos
times, carros de participantes dos jogos e ambulâncias do estádio em segurança, longe do
público, da imprensa e de pessoas não autorizadas.
Vestiários, toaletes e áreas de banho deverão ter segurança masculino e feminino nestes
locais.
GESTÃO DE MULTIDÃO
Gestão é sinônimo de administração e pode ser definida como a ciência social que estuda e
sistematiza as práticas usadas para administrar negócios, pessoas ou recursos com o objetivo
de alcançar metas desejadas.
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Saqueando/Pilhando; Pessoas cometendo crimes de saques e danos.
Mais importante que procurar uma classificação no meio acadêmico é o responsável por
esta multidão, seja um ente privado ou público, conhecer previamente o público com que esta
lidando e ter a capacidade de enfrentar os problemas decorrentes caso uma multidão
espectadora mude de comportamento e passe a ser agressiva ou em fuga, por exemplo.
COMPORTAMENTO DA MULTIDÃO
• TAMANHO E DENSIDADE
Definições de tamanho e densidade são tão importantes para uma boa gestão de multidão que
seu cálculo deveria ser acompanhado por um colegiado. Superestimar ou subestimar o público
reunido em grandes eventos conforme os interesses prejudicam a aplicação de boas práticas
de segurança.
MOVIMENTO EM EMERGÊNCIA
EVACUAÇÃO
METODOS E PROCEDIMENTOS
a. Planejamento inadequado
b. Multidão excitada;
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d. Falha ou risco no ambiente
TREINAMENTO E SIMULADOS
ACESSO
Antes mesmo de chegar ao local do evento algumas medidas podem ser necessárias como o
controle do trânsito e do estacionamento. O acesso deve ser controlado e possuir entradas
suficientes para dar vazão ao público em horário de pico. Sistemas de segurança como MAG &
BAG(magnéticos e bolsas) são demorados e devem possuir estações suficientes. A cobrança de
ingresso, mesmo em eventos gratuitos, deve ser obrigatória. Eventos abertos ao público sem
controle de entrada podem acabar em superlotação e um consequente desastre. No acesso
também deve ser feito o controle de itens proibidos como armas de fogo e objetos que
possam ser usados em agressão como pilhas, mastros de bandeiras ou que possam incitar a
violência como faixas preconceituosas.
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
Possuir uma quantidade adequada de saídas de emergências pode parecer algo óbvio, mas a
história demonstra que nem sempre é respeitado. Manter todas as saídas destrancadas e com
stewards apontando a saída é uma boa prática.
Estádios e arenas possuem uma área enorme e grande parte do público presente. Por
familiaridade e instinto as pessoas procurarão a saída por onde entraram. As normas
brasileiras estão tendendo a adotar que 2/3 das saídas de emergências estejam localizados na
mesma face da entrada principal por este motivo. Sinalização e iluminação de emergência
complementam a orientação do público para tomar uma saída de emergência.
SERVIÇOS DE SEGURANÇA–SECURITY
Uma grande concentração de público irá trazer pessoas com diversos objetivos, inclusive de
furtar, brigar e algumas vezes até matar. Possuir um pessoal capacitado para lidar com
situações de controle de multidão é requisito primordial para uma efetiva gestão de multidão.
Uma proporção adequada entre a quantidade de seguranças e a de público preserva o
ambiente e demonstra força para aqueles que estejam propensos acometer desvios.
A equipe de segurança não deve estar preparada somente para verificar situações de security,
mas também de safety.
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SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO
Dentro de qualquer análise de risco para um evento o incêndio sempre aparecerá como uma
emergência prioritária de ser tratada mesmo sendo de probabilidade baixa, suas
consequências são devastadoras. Organizadores de eventos à céu aberto e em estádios
tendem a negligenciara segurança contra incêndio com a desculpa de que se não edifícios não
há o que queimar e estruturas de concreto não pegam fogo respectivamente. Porém simples
equipamentos como geradores podem incendiar e provocar um grande volume de fumaça
intoxicando as pessoas próximas e gerando pânico.
A temporalidade de um evento com multidão pode ser de poucas horas ou as vezes de dias.
Neste meio tempo as pessoas irão procurar atender suas necessidades fisiológicas. Não
oferecer ou oferecer pouca quantidade de serviços sanitários e de alimentação podem gerar
problemas. Deste uma briga na fila do banheiro até desmaios por falta de alimentação e
hidratação.
As barreiras estão para a gestão de multidão assim como os extintores estão para a segurança
contra incêndio. Limitam e conduzem o fluxo da multidão, mas mais importante, evitam o
esmagamento.
O sistema de comando e controle na gestão de multidão funciona como um cérebro com todas
as outras ferramentas auxiliando na tomada de decisão e na sua execução. Fica fácil
compreender ao relacionar com o corpo humano as funções de cada um; o video
monitoramento seriam os olhos, a comunicação, os ouvidos, a informação, a boca e os serviços
de segurança e saúde os braços e pernas da gestão de multidão.
Para que o sistema de comando e controle funcione realmente como um cérebro é preciso
que tenha este poder de decisão, que estejam presentes nele as pessoas das agências (polícia,
bombeiro e serviço médico) que possam decidir e que estejam integrados como se fosse uma
rede de neurônios em que a mensagem é transmitida.
Visão do Vigilante
Vigilantes em Ação
Bebidas Alcoólicas
Controle de Acesso
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Revista privada feita por agente de segurança privada
Introdução
Posse de armas
Entorpecentes
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ANEXO I
ASSUNTO: Revista Privada realizada por vigilantes a serviço de empresas de segurança privada.
Vale lembrar que a busca pessoal, como regra, por constituir violação à privacidade e à
intimidade da pessoa, protegidas pelo art. 5°, X da Constituição Federal, é ato vedado pelo
nosso ordenamento jurídico, exceto quando há permissão da própria pessoa ou nos casos em
que a lei ampare a busca pessoal contra a vontade do agente.
E a principal norma que rege o assunto é o Código de Processo Penal. Dispõe o referido
diploma que:
• (...)
• Art. 242. A busca poderá ser determinada de ofício ou a requerimento de qualquer das
partes.
• Outro aspecto importante, é que o referido diploma prevê tanto a busca pessoal
quando a busca domiciliar involuntárias como ações exclusivamente estatais, a serem
realizadas através das autoridades judiciárias ou policiais. E as forças policiais são unicamente
aquelas que constam do art. 144 da Constituição Federal:
• I - polícia federal;
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• IV - polícias civis;
• Desta forma, podemos concluir que a revista preventiva feita por seguranças de
shows, casas noturnas, ou mesmo as revistas repressivas feitas nas saídas de lojas de
departamento são ilegais, eis que realizadas por agentes não estatais, que não detém poder de
polícia ou mesmo qualquer delegação estatal para o exercício da atividade policial, esta que é
ação típica de estado e, por isso, indelegável.
• Se, no ato da compra do ingresso, de forma verbal ou escrita, for posta como condição
para acesso ao estabelecimento o consentimento do consumidor de que seja realizada uma
verificação dos seus pertences pessoais, com o fim de evitar a entrada de armas, drogas e
produtos não desejados pelo dono do estabelecimento (como, por exemplo, bebidas), tal
negociação se dá no âmbito privado e tem validade, desde que o segurança privado não
exceda o que foi acordado no ato da compra do ingresso. Havendo recusa do cliente em ter
seus pertences verificados, tem o dono do estabelecimento o direito de negar sua entrada,
mas jamais revistá-lo contra a sua vontade.
• Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão
prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.
• Vale lembrar ainda que, tanto os organizadores de festas e eventos, como os donos de
lojas, podem utilizar de mecanismos de controle e vigilância eficazes, tais como portais de
raios-X, portas giratórias com detector de metal, câmeras de segurança, selos magnetizados
embutidos nos produtos - para que estes emitam sinal sonoro quando da saída sem passar
pelo caixa -, etc. Enfim, vários são os meios de tornar eficiente o trabalho do segurança
privado, de forma que não seja necessária a busca pessoal privada que, como dito, é ato ilegal
e pode configurar até mesmo o crime de constrangimento ilegal.
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