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A manutenção

constante e a
continuidade nos
negócios
Silvestre, G. C. S.;
SST A manutenção constante e a continuidade nos negócios /
Gisleine Costa Serra Silvestre
Ano: 2020
nº de p.: 9 páginas

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A manutenção constante e a
continuidade nos negócios

Apresentação
Como o plano de continuidade de negócios deve envolver toda a organização,
tornar as estratégias mais ilustrativas por meio de esquemas como o fluxograma
aumenta a capacidade de assimilação pelos indivíduos da organização e mesmo
pelos parceiros e terceiros, que em muitas das estratégias serão responsáveis por
certas ações.

A formação do fluxograma pode ser mais complexa e elaborada; porém, é de


fácil compreensão mesmo por indivíduos que não tenham relação direta com a
elaboração e acompanhamento das estratégias.

Análise das estratégias e manutenção


constante
Importante analisar todas as estratégias possíveis e mais adequadas considerando
o tempo, custos e recursos envolvidos através dos fluxogramas. Após a
determinação das estratégias, sua aprovação, testes e simulações, podemos avaliar
o efetivo desempenho buscando falhas e adequando suas diretrizes.

O processo de manutenção precisa ser constante com revisões anuais ou


semestrais, acompanhando as mudanças e inovações do negócio, e as estratégias
precisam ser cada vez mais específicas e alinhadas com a realidade da
organização.

É interessante notar que pouco tempo atrás não se debatiam temas como esse de
riscos e continuidade de negócios. Contudo, com o passar dos anos, ele se tornou
um tema bem usual não somente em debates, mas também no desenvolvimento de
táticas e tecnologias para garantir essa segurança às organizações.

Podemos relembrar, por exemplo, dos atentados terroristas de 11 de setembro nos


Estados Unidos de 2000, quando centenas de companhias foram devastadas e
muitas simplesmente desapareceram por não possuir planos e estratégias para a
continuidade de seus negócios. Esse atentado propagou prejuízos em todo o mundo.

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Desde então, com a ocorrência de novas catástrofes e eventos inesperados em
diversas localidades do mundo, reafirmou-se a implacável necessidade da gestão
de riscos e gestão da continuidade de negócios. Começou a surgir a visão de planos
de contingência em vez de contar com a própria sorte. Passaram a ser adotados
padrões para esses planos e elaboradas normas e diretrizes hoje bem conhecidas e
utilizadas como guia neste material, que são as normas da ABNT e do BSI.

A continuidade de negócios
A continuidade dos negócios pensa de forma preventiva num conjunto de
estratégias e planos capazes de permitir e garantir que os serviços, processos
e informações essenciais da organização sejam mantidos ou mesmo que as
interrupções que venham a ocorrer afetem de forma quase imperceptível os
negócios. Então, ao elaborar as estratégias de continuidade de negócios, não
podemos esquecer-nos de:

• Levantamento dos riscos:

Ter o levantamento dos riscos em mãos, para poder classificá-los e definir as


prioridades.

• Coletar e analisar informações:

Coletar e analisar o máximo de informações e dados sobre os aspectos da


organização, seus objetivos e metas a fim de conhecer suas características
únicas e o envolvimento dos riscos e impactos.

• Reuniões:

Realizar reuniões para a troca de visões e experiências.

• Responsabilidades:

Atribuir responsabilidade a pessoas, líderes e grupos.

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• Treinamento:

Conscientizar e treinar os indivíduos envolvidos para a proveitosa execução


de suas responsabilidades.

• Avaliar:

Avaliar e acompanhar os resultados de forma constante.

Esses itens anteriores relembram o que vimos no ciclo estratégico do GCN:


entender a organização e os processos; determinar e desenvolver as estratégias
pensando nas ações que podem ser tomadas antes, durante e após as possíveis
ocorrências; e, então, testar essas estratégias.

Implementação de estratégias
Selecionamos questionamentos para reflexão nesse processo de elaboração,
como quanto tempo de interrupção seria tolerável, de que forma os riscos afetam
a organização, o que poderia ser feito para tornar as possíveis interrupções quase
imperceptíveis e promover o retorno das operações, quais custos a implementação
das estratégias pode gerar e quais custos nenhuma ação tomada pode trazer.

Para esse último questionamento, mediante o histórico e eventos que observamos


ao redor, as consequências podem ser devastadoras e inclusive decretar o fim do
negócio.

Destacamos os principais recursos da organização que necessitam de estratégias


específicas em suas particularidades:

PESSOAS

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INTALAÇÕES

TECNOLOGIA

INFORMAÇÕES

SUPRIMENTOS

PARCERIAS

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EMERGÊNCIAS

Citamos aspectos e necessidades de cada um desses recursos e sugerimos


direções para a formação das estratégias. Para as pessoas envolvidas na
organização, precisamos considerar que todos, de alguma maneira, relacionam-
se com os negócios dela e é preciso garantir formas de reter o conhecimento e os
talentos que esse recurso fornece.

Quanto às instalações, deve-se manter mais de uma estrutura de trabalho que


seja acessível e, ao mesmo tempo, não tenha riscos de ser atingida pela mesma
ocorrência que pode haver na outra.

Estratégias que envolvem a tecnologia propriamente dita geralmente são bem


complexas e precisam ser desenvolvidas de modo bem detalhado. Para garantir um
bom resultado de continuidade de negócios, precisamos visualizar todas as formas
de tecnologia que se manifestam dentro da organização, nos seus diversos modos
e resultados.

As parcerias sempre contribuem para o sucesso da organização.

Fonte: Plataforma Deduca (2020).

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Muitos processos não podem continuar sem que tenha os suprimentos necessários
disponíveis. Mesmo em situações normais, esse recurso não pode falhar. Então o
conhecimento preciso da necessidade desses suprimentos para cada operação
e suas circunstâncias forma um diferencial na elaboração das estratégias
direcionadas para ele. Proteger as parcerias é proteger também os interesses
envolvidos nos negócios.

Para as emergências civis, vimos basicamente que a busca de conhecimento


especializado é um diferencial, e conhecer formas de ações imediatas, como
acionamento das autoridades competentes, é uma forma de acelerar o
restabelecimento da normalidade.

Fechamento
As organizações e seus negócios permanecem em constante mudança e inovação,
procurando adequar-se cada vez mais rapidamente ao competitivo mundo
corporativo. Diante dessa visão, o plano e as estratégias para o GCN também
devem permanecer em constante mudança.

Para acompanhar estas mudanças e adequarem-se a ela, as empresas poderão


formar fluxogramas para cada uma das estratégias de modo a aprimorar sua
compreensão e execução. Até mesmo alguns itens dentro das estratégias que
tenham muitas particularidades podem e devem ter fluxogramas próprios.

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Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 15999-1: Gestão de
continuidade de negócios. Rio de Janeiro, 2007. Versão corrigida 2008.

ISO 31000: 2018. Gestão de riscos – princípios e diretrizes. Rio de Janeiro, 2018.

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