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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

CAMPUS MINISTRO PETRÔNIO PORTELA


CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ADMINISTRAÇÃO
CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO

GIOVANNA CARVALHO MOREIRA ARAÚJO

OS FATORES QUE IMPEDEM A CONCESSÃO DE CRÉDITO ÀS MICRO E


PEQUENAS EMPESAS:

O caso Equilíbrio Academia.

TERESINA
2017
GIOVANNA CARVALHO MOREIRA ARAÚJO

OS FATORES QUE IMPEDEM A CONCESSÃO DE CRÉDITO ÀS MICRO E


PEQUENAS EMPESAS:

O caso Equilíbrio Academia.

Projeto de Pesquisa apresentado ao Curso de


Administração, da Universidade Federal do Piauí,
como requisito obrigatório para avaliação final da
disciplina Seminário de TCC I.
Orientador: Prof.ª Drª. Evelyn Seligmann Feitosa

Teresina
2017
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 3
1.1 Problema de Pesquisa .......................................................................................................... 3
1.2 Objetivos ............................................................................................................................... 4
1.2.1 Objetivo Geral .............................................................................................................. 4
1.2.2 Objetivos Específicos .................................................................................................... 4
1.3 Justificativa .......................................................................................................................... 4
2 REVISÃO TEÓRICA ................................................................................................................ 5
3 METODOLOGIA....................................................................................................................... 8
4 CRONOGRAMA ........................................................................................................................ 9
5 REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 10
3

1 INTRODUÇÃO

As micro e pequenas empresas (MPE’s) possuem papel fundamental na economia


brasileira. O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) do estado de
São Paulo divulgou que, de cada 50 empresas instaladas no Brasil, 49 são MPE’s. Os pequenos
negócios, formais ou informais, correspondem a dois terços das ocupações do setor privado.
Uma pesquisa realizada pelo SEBRAE de São Paulo concluiu que metade das Micro
e Pequenas Empresas no Brasil encerra suas atividades antes de completar cinco anos de
funcionamento. Entre as causas, as principais são: questões pessoais, políticas e financeiras.
Aproximadamente 24,42% das empresas fecham antes de completar um ano de atividade
(PORTAL IBGE, 2010). Este fator pode ser proveniente, principalmente, da falta de preparo e
análise sobre o negócio a ser investido, cuja ausência pode acarretar na aplicação e/ou utilização
do capital de forma inadequada (KATO,2012).
As Micro e Pequenas Empresas necessitam de recursos para a sua alavancagem
financeira. Elas recorrem aos Bancos para a obtenção destes recursos necessários para
investimentos, capital de giro, dentre outras formas de financiamento.

1.1 Problema de Pesquisa


A falta de informações a respeito das dificuldades enfrentadas pelas MPE’s para
aquisição de crédito é um problema latente. Entender os fatores que barram a liberação de crédito
é de fundamental importância para o crescimento e fortalecimento da atividade empreendedora
no Brasil.
1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivo Geral


Identificar os fatores que impedem a concessão do crédito às micro e pequenas
empresas do setor de serviços junto às instituições financeiras competentes.

1.2.2 Objetivos Específicos


Levantar dados a respeito do financiamento concedido à empresa Equilíbrio
Academia.
Observar os fatores que dificultaram o acesso ao financiamento.
Apontar as dificuldades encontradas pelo gestor da empresa junto às instituições
financeiras.

1.3 Justificativa
Segundo a pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas, a pedido do SEBRAE,
em 2001, o percentual de participação das micro e pequenas empresas no PIB nacional era de
23,2%. No ano de 2011, esse percentual mudou positivamente para 27%, representando mais de
um quarto do Produto Interno Bruto do país. As MPE’s voltadas às atividades de serviço
representavam, em 2011, 44% dos empregos formais gerados para a atividade.
Portanto, entender os fatores que impedem o acesso das micro e pequenas empresas à
aquisição de crédito junto às instituições financeiras competentes se faz necessário pela
representatividade das mesmas no cenário econômico brasileiro.
2 REVISÃO TEÓRICA

“As finanças podem ser definidas como a arte e a ciência de gerenciar fundos.”
(GITMAN, 2004, p. 34). Ainda de acordo com Gitman (2004), a administração financeira
preocupa-se com as tarefas dos administradores financeiros, pois são os administradores que
devem gerir os assuntos financeiros de quaisquer empresas, sejam: financeiras ou não, publicas
ou privadas, grandes ou pequenas, com ou sem fins lucrativos.
Na administração financeira existem diversas tarefas a serem desempenhadas, como:
planejamento, avaliação de investimentos e fundos para financiamentos, desta maneira,
“a função financeira compreende os esforços despendidos objetivando a
formulação de um esquema que seja adequado à maximização dos retornos dos
proprietários das ações ordinárias da empresa, ao mesmo tempo em que possa
propiciar a manutenção de certo grau de liquidez” (ARCHER; D'AMBROSIO,
1969, p. 367).
Conforme Kato (2012, p.26) “a administração financeira é responsável por obter e
utilizar eficientemente os recursos necessários para o bom funcionamento da empresa”.
Ainda para Kato (2012), a função financeira nas empresas tem como objetivo a
captação de fundos para manter o negócio em operação, utilizando-os da melhor forma.
Finanças, para Maximiano (2008), é a área que realiza a gestão do capital na empresa. Tendo por
objetivo a proteção e a utilização eficaz dos recursos financeiros da organização, ao passo em que
mantém liquidez para fazer frente aos seus compromissos.
A administração financeira abrange decisões como: investimento, quanto a melhor
alternativa de aplicações de recursos; financiamento, referente a escolhas de fontes de recursos
quando necessário; a destinação dos resultados, trata da avaliação de alternativas para aplicação
dos resultados da organização; e por fim, controle, pois abrange o acompanhamento e avaliação
dos resultados financeiros da organização.
A capacidade que a empresa possui de trabalhar com recursos de terceiros denomina-
se alavancagem financeira. Segundo Gitman (2010), pode ser definida como a capacidade da
empresa em usar encargos financeiros fixos para a maximização dos efeitos de variações no lucro
antes dos juros. Observa-se, ainda, conceito de financiamento, definido por Chiavenato (2005)
como uma operação onde a empresa visa obter recursos de terceiros para capital de giro, ativos
circulantes temporários ou permanentes e investimentos.
Para Silva (2008), crédito é um instrumento de política de negócios a ser utilizado por
uma empresa comercial ou industrial na venda de seus produtos ou por um banco financeiro, na
concessão de empréstimos, financiamentos ou fianças.
Como afirma Filion (1990), a maioria das tentativas de definição dos tipos de
empresa nos mais variados países foi feita não apenas por razões fiscais. Para os países em geral,
a definição do que são as micro e pequenas empresas é um elemento de base para a elaboração de
políticas públicas de tratamento diferenciado dos tipos de empresa (Filion, 1991).
Através da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, foi introduzido no
ordenamento jurídico pátrio o novo Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte,
substituindo a Lei n° 9.841, de 5 de outubro de 1999. No capítulo II, Artigo 3°, encontra-se a
definição, para os efeitos desta lei, das micro empresas e empresas de pequeno porte como a
sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o
empresário devidamente registrados no registro de empresas mercantis ou no registro civil de
pessoas jurídicas.
A lei ressalta, ainda, que no caso da micro empresa, esta precisa auferir em cada ano-
calendário, uma receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais). Já
para a empresa de pequeno porte, é necessário que esta aufira, em cada ano-calendário, a receita
bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$
3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais).
O quadro abaixo apresenta um quadro comparativo a respeito dos parâmetros
adotados por algumas instituições brasileiras:
Quadro 1. Classificação do porte da empresa segundo o faturamento.
MICROEMPRESA PEQUENA EMPRESA
BNB Até R$ 360.000,00 Acima de R$ 360.000,00 até R$ 3.600.000,00

SEBRAE Acima de R$ 60.000,00 até Acima de R$ 360.000,00 até R$ 3.600.000,00


R$ 360.000,00
BNDES Menor ou igual a R$ 2,4 Maior que R$ 2,4 milhões e menor ou igual a R$ 16
milhões milhões
Fonte: BNB - http://www.bnb.gov.br/documents/80786/208762/programacao_fne_2014.pdf/9215941f-0b33-4b14-
a2df-4493debe48ac ; SEBRAE - http://www.sebrae-sc.com.br/leis/default.asp?vcdtexto=4154; BNDES -
http://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/financiamento/guia/quem-pode-ser-cliente.
Para Munier (1995), é a natureza da empresa, mais do que seu tamanho, que deve ser
levada em conta se queremos evitar erros analíticos (p. 775; livre tradução).
Apesar de não possuir fundamentação legal, o SEBRAE adota como um dos critérios
o número de empregos gerados. No setor da Indústria, as micro empresas devem compreender até
19 empregados, já as pequenas empresas podem possuir de 20 a 99 empregados.
Para as empresas dos setores de comércio e serviços, as micro empresas podem possuir até 9
empregados e as pequenas empresas devem compreender de 10 a 49 empregados.
Segundo estudos do Banco Mundial (2000) a respeito do acesso das micro e pequenas
empresas ao financiamento, dentre os principais fatores que impedem o desenvolvimento, está a
dificuldade de financiamento.
Na economia nacional, estas dificuldades que as micro e pequenas empresas
encontram para a obtenção de crédito decorrem basicamente de dois pilares básicos: o alto custo
financeiro e as fortes restrições de acesso ao crédito, segundo Carvalho & Abromavay (2004).
3 METODOLOGIA

Visando atender aos objetivos propostos, este trabalho caracteriza-se como um


estudo de caso, de caráter exploratório e descritivo, onde buscou-se conhecer os aspectos que
dificultaram a concessão de crédito para a empresa Equilíbrio Academia.
Entrevista com o gestor por meio de um roteiro semiestruturado. Para Roesch (1996),
estas têm como objetivo fundamental a busca do entendimento do significado que os
entrevistados atribuem a questões e situações em contextos. Da transcrição das respostas foram
obtidos subsídios para identificar as razões, segundo os gestores, das ausências ao trabalho por
parte dos associados.
Aplicação de questionário com os associados, com questões abertas e fechadas.
Segundo Roesch (1996), estas têm como objetivo fundamental a busca de um entendimento
acerca do “significado que os entrevistados atribuem a questões e situações em contextos que
não foram estruturados anteriormente a partir das suposições do pesquisador”.
4 CRONOGRAMA

BIMESTRE/ETAPAS Bimestre 1 Bimestre 2 Bimestre 3 Bimestre 4 Bimestre 5 Bimestre 6

Escolha do tema X
Levantamento
X
bibliográfico
Elaboração do projeto X

Coleta de dados

Análise dos dados


Organização do
roteiro/partes
Redação do trabalho

Revisão e redação final

Entrega da monografia

Defesa da monografia
5 REFERÊNCIAS

ARCHER, S. H.; D'AMBROSIO, C. A. Administração Financeira. São Paulo: Atlas, 1969

CARVALHO, C. E.; ABRAMOVAY, R. Diagnóstico da oferta e da demanda de serviços


financeiros. In: SANTOS, Carlos Alberto dos. (Org). O sistema financeiro e as micro e pequenas
empresas: diagnósticos e perspectivas. Brasília: Sebrae, 2004. p. 14-45.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração Financeira: Uma abordagem Introdutória. Rio de


Janeiro: Elsevier, 2005.

FILION, L. J. Vision and relations: elements for an entrepreneurial metamodel. In:


ANNUAL BABSON ENTREPRENEURSHIP RESEARCH CONFERENCE, 10., Apr. 1990.

FILION, L. J. Vision et relations: clefs du succés de l’entrepreneur. Montréal : Éditions de


l'entrepreneur, 1991.

GITMAN, Laurence Jeffrey. Princípios da Administração Financeira. 10. ed. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2004.

KATO, Jerry. Curso de Finanças Empresariais: Fundamentos de Gestão Financeira em


Empresas. São Paulo: M. Books, 2012.

MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Introdução à Administração. 7.ed. São Paulo: Atlas,
2008.

MUNIER, F. Théorie évolutionniste de la firme et innovation technologique : une


application à la PME vers une acception générique de la théorie de la cohérence. Actes du
Deuxième Congrès Francophone de la PME (Paris). 1995, p. 775-777.

SILVA, José Pereira da. Gestão e Análise de Risco de Crédito. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2008.

LEI COMPLEMENTAR Nº 123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006 – Disponível em:


http://www2.camara.leg.br/legin/fed/leicom/2006/leicomplementar-123-14-dezembro-2006-
548099-publicacaooriginal-63080-pl.html

CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DE EMPRESAS – Disponível em:


http://www.sebrae-sc.com.br/leis/default.asp?vcdtexto=4154

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