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LEONARDO C. MENEZES
RIBEIRÃO PRETO
2022
LEONARDO C. MENEZES
RIBEIRÃO PRETO
2022
AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE
TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS
DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE.
Ficha Catalográfica
FEA-RP USP
MENEZES, Leonardo C.
1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................7
1.1 PROBLEMA DA PESQUISA...................................................................................8
1.2 OBJETIVOS............................................................................................................9
1.2.1 Objetivo Geral......................................................................................................9
1.2.2 Objetivos específicos...........................................................................................9
2 REFERENCIAL TEÓRICO......................................................................................10
2.1 HISTÓRICO DAS FUSÕES E AQUISIÇÕES.......................................................10
2.2 CONCEITUAÇÃO DAS F&As...............................................................................12
2.3 CLASSIFICAÇÃO DAS FUSÕES.........................................................................14
2.4 PRÁTICA DO PROCESSO DAS F&AS NAS EMPRESAS..................................17
2.4.1 Objetivos das F&As............................................................................................20
2.4.2 Mecanismos de defesa no planejamento das F&As..........................................20
2.5 OPERAÇÕES DE FUSÕES E AQUISIÇÕES NO BRASIL..................................22
2.5.1 F&A no Brasil na década de 90.........................................................................22
2.5.2 F&A no Brasil no ano de 2006 à 2015...............................................................23
2.5.3 F&A no Brasil a partir de 2016...........................................................................25
3 METODOLOGIA......................................................................................................29
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES............................................................................30
4.3 A AQUISIÇÃO DA VERO INTERNET..................................................................31
5 CONCLUSÃO..........................................................................................................34
REFERÊNCIAS...........................................................................................................35
7
1 INTRODUÇÃO
1.2 OBJETIVOS
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Década de A onda dos Anos Essa onda teve como forte característica a
80 80 expansão empresarial, não em decorrência a
investimentos em novas plantas ou na própria firma,
mas por conta da aquisição de outras firmas, em
razão de o baixo valor das ações no mercado de
capitais tornar a aquisição mais barata do que novos
investimentos. O crash da Bolsa de Nova York em
outubro de 1987 contribuiu às firmas estrangeiras
comprar firmas americanas, o que resultou em uma
explosão de aquisições hostis. Ademais, essa onda
apresentou um grande número de transações entre
firmas de mesmo porte. O boom das F&As dos anos
80 na economia norteamericana visava
principalmente à expansão internacional das
grandes corporações multinacionais, enquanto nos
anos 90 esta atividade pode ser vista como uma
adequação inteligente a ambientes de negócios em
constante mutação, adequação determinada por
mercado em retração, reformas governamentais e
mudanças tecnológicas.
Fonte: Elaboração do autor a partir de (STIGLER, 1950; TRICHES, 1996; CAMARGOS; BARBOSA,
2003).
12
Sob a ótica jurídica, de acordo com a Lei das Sociedades Anônimas (Lei
Nº 6.404/76), no artigo 228: “Fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais
sociedades para formar sociedade nova, que lhes sucederá em todos os direitos e
obrigações (BRASIL, 1976).
Os autores Capron e Hulland, (2003) conceituam a aquisição estabelecendo
uma relação com o marketing, uma vez que compreende-se que a aquisição é a
captura de novos recursos no marketing, a exemplo das marcas e/ou força de
vendas, que a firma tem dificuldade de desenvolver internamente, bem como os
recursos que não permitem comprar como recursos independentes no mercado
externo.
Hitt, Ireland e Hoskisson (2002) enfatizam as motivações que levam à uma
operação de aquisição, sendo elas:
Função Vertical Resultante da união entre firmas que fazem - Ampliar controle
parte da mesma cadeia produtiva, podendo sobre as atividades
ser para cima (montante), em direção aos
- Proteger o
fornecedores, ou para baixo (jusante), em
investimento principal -
direção aos distribuidores. A aquisição
Facilitar a distribuição
vertical pode ser progressiva, ocorre quando
dos produtos
uma companhia adquire outra que compra
seus produtos, e regressiva, ocorre quando - Assegurar matérias-
a companhia adquirida é fornecedora da primas (eventualmente
adquirente. a custos mais baixos)
Camargos e Barbosa (2005) ainda elencam fatores que motivam uma decisão
de aquisição ou fusão de empresas, os quais são:
Aumentando de
Sinergias Normalmente
Estratégica importância nos
Operacionais amigável
anos 1990
Sinergias
financeiras, Um fenômeno dos
Diversificação Hostil ou amigável
impostos e anos 1960 e 70
incentivos
Fonte: Elaboração do autor a partir de GRINBLATT & TITMAN (2005)
competição interna e sub-regional, entre outras, uma vez que resultam da abertura
comercial multilateral, da integração regional, da estabilização e da reforma do
Estado que diversos países vêm experimentando (OLIVEIRA, 2006).
países como o Brasil, a garantia expressiva de saldos comerciais, o que gerou uma
melhora no cenário econômico do país como um todo, apesar da baixa taxa de
crescimento nacional. Além disso, as baixas taxas de juros mundiais fizeram com
que investidores em geral procurassem investimentos que asseguravam mais
retorno e, por isso, mais arriscados.
Além disso, o desenvolvimento empresarial brasileiro teve importância neste
cenário. Após um período marcado pelo afastamento gerencial, a abertura
econômica e a estabilização fizeram com que empresas do país se desenvolvessem
gerencialmente. De acordo com notícia da revista exame, o lucro das ações que
compunham o Bovespa passou de 23 bilhões para 81 bilhões, nesse mesmo
contexto o endividamento caiu consideravelmente, atingindo o nível de dois anos de
geração de caixa em média para o pagamento de dívidas (SAVASTANO, 2006).
Ainda no ano de 2006 outro importante marco foi a evolução vivenciada nos
mercados de capitais que impulsionaram as empresas a buscarem novas fontes de
financiamento, o que possibilitou empresas menores como Lupatech, Cyrela e
Perdigão a realização de operações em seus setores de atuação. Antes as
empresas ainda vistas como de alto risco, como a exemplo da Gol linhas aéreas,
que operava em um setor altamente regulamentado e muito instável no país e veio a
conseguir emitir títulos perpétuos no mercado externo (FERNANDEZ, 2003).
Ainda que a melhora percebida no ano 2006 tivesse gerado muitos resultados
positivos no cenário de financiamento, a pesquisa Fusões e Aquisições no Brasil
Experiência e Estratégia realizada pela Deloitte Touche Tohmatsu (2006), indicou
que 78% das empresas que atuaram neste mercado financiaram a aquisição com
recursos próprios sendo apenas 17% destas financiadas por empréstimos.
As movimentações ocorridas no Brasil de F&A, a participação de empresas
nacionais foi inferior ao de empresas estrangeiras, como ilustrado na Tabela 4. No
período compreendido entre 1992 e 2006, das 4.032 operações que tiveram
registros, 1.803 foram transações domésticas (42,55%), contra 2.434
transfronteiristas (57,45%).
Tabela 5: Número de operações de F&A no Brasil (1992-2006)
Doméstica
Transfronteiriças Total A/C B/C
Ano s
(B) (C) (%) (%)
(A)
1992 37 21 58 63,79 36,21
25
Uma pesquisa feita pelo site Monitor de Mercado (2021) aponta que as fusões
e aquisições bateram recorde no primeiro semestre do ano. Segundo a KPMG
(2021), foram 1.014 operações ante 804 no mesmo período de 2020, quando o total,
no ano, foi de 1.963 registros. O crescimento foi 59% superior em relação a 2019.
Além disso, o último trimestre apresentou o melhor resultado do ano: foram 602
negócios concluídos.
3 METODOLOGIA
principais autores sobre o assunto, que tipos de impactos podem ser verificados na
empresa adquirida após o processo de F&A.
Relaciona-se um estudo de revisão narrativa, em que foram utilizados artigos
acerca do assunto da viabilidade financeira das operações de fusões e aquisições
no Brasil nas bases de dados Google Acadêmico e Scielo.
Posteriormente é realizado um estudo de caso sobre a análise dos impactos
do processo de fusão e aquisição em duas empresas brasileiras, no intuito de
identificar as motivações que levaram ao processo de fusão e quais benefícios foram
trazidos pelo mesmo. Trata-se de um estudo de caso de natureza exploratória,
sendo analisadas as aquisições da Vero Internet.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Segundo o site Telesintese (2019) assim que fundada, a Vero propôs ações
de aporte em tecnologia, serviços e fixação da marca como parte integrante do
plano de crescimento da companhia, que projetou um investimento de R$ 750
milhões em cinco anos, contados a partir de 2019.
A operadora de banda larga publicou balanço operacional e financeiro de
2021 em março/2022, apontando alta expressiva na base de clientes, nas receitas
líquidas e um investimento de R$ 360,6 milhões relacionado a atividades de fusões
e aquisições (FUSÕES E AQUISIÇÕES, 2022).
Segundo matéria publicada no Teletime (2022), o montante representou 65%
do investido pela provedora ao longo do ano passado (R$ 554,8 milhões). Sem
incluir a mais recente aquisição da Giganet (que será refletida nos balanços de
2022), foram cinco transações fechadas pela Vero em 2021, adicionando 179,6 mil
assinantes à base da operadora.
Ainda 84,5 mil clientes foram ativados de forma orgânica pelas empresas da
holding (sendo 27,5 mil no quatro trimestre). No todo, a base de assinantes da Vero
fechou dezembro com 612 mil acessos, em alta de 75,9% em um ano. Já o Ticket
médio dos clientes cresceu 6,3%, para R$ 110,58 (TELESINTESE, 2019).
As cifras possibilitaram avanço de 99,1% nas receitas líquidas da empresa,
para R$ 420,7 milhões. Isso refletiu em Ebitda ajustado de R$ 203 milhões no ano,
com alta de 109% e margem de 48,3%. Considerando desembolsos não recorrentes
e outros fatores, o Ebitda1 em 2021 seria de R$ 189,8 milhões, com margem de
45,1% (PONTOISP, 2022).
1
Lucro da companhia antes dos descontos com impostos, juros, amortização e depreciação
33
2
Títulos representativos de dívida emitidos por empresas com o objetivo de captar recursos para
diversas finalidades
34
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
<https://econpapers.repec.org/article/eeefinlet/v_3a36_3ay_3a2020_3ai_3ac_3as15
4461231930282x.htm> Acesso em 02 de julho 2022.
PIESSE, J., LEE, CF., LIN, L., KUO, HC. (2006). Fusão e aquisição: Definições,
motivos e respostas do mercado. In: Lee, CF., Lee, AC (eds) Encyclopedia of
Finance. Springer, Boston, MA.
TELESINTESE. VERO vai investir R$ 750 milhões para chegar a 200 cidades.
Portal de Telecomunicações, Internet e TICs, 2019. Disponível em:
<https://www.telesintese.com.br/vero-vai-investir-r-750-milhoes-para-chegar-a-200-
cidades/> Acesso em 05 de dezembro de 2022.