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DISFUNÇÕ
ES
SEXUAIS
(SEÇÃO II- PÁG.
423).

Ana Luísa da Costa


Mendes- N289341
Carmem Silvia de
Castro- D68GAA8
Juliana Demétrio
Palma- D84HJC3
Lara Luísa Silveira
– N268352
Samara de Freitas
Lima Alexandre-
D665EE9
AS DISFUNÇÕES
2 SEXUAIS: FORMAM UM GRUPO HETEROGÊNEO:
Que, em geral, se caracterizam por uma
INCLUEM: pertubação clinicamente significativa na
Ejaculação retardada, transtorno erétil, capacidade de uma pessoa responder
transtorno do orgasmo feminino, sexualmente ou de experimentar um prazer
sexual.
transtorno do da dor
gênito-pélvica/penetração, ejaculação OS SUBTIPOS SÃO USADOS PARA DESIGNAR O
INÍCIO DA DIFICULDADE, SÃO ELES:
prematura, entre outros.
1. Ao longo da vida;
OBS: Um mesmo indivíduo poderá ter
várias disfunções sexuais ao mesmo 2. Adquirido;
tempo. 3. Generalizado;
4. Situacional;

ALÉM DOS SUBTIPOS CITADOS ACIMA, INÚMEROS OUTROS FATORES DEVEM SER CONSIDERADOS
DURANTE A AVALIAÇÃO DE UMA DISFUNÇÃO SEXUAL, SENDO ESSES: fatores relacionados ao parceiro,
fatores associados ao relacionamento, vulnerabilidade individual, fatores culturais ou religiosos, fatores
médicos relevantes para o prognóstico;
3 INTERAÇÃO BIOLÓGICA, SOCIOCULTURAL E
PSICOLÓGICA
A resposta sexual tem uma base biológica essencial, embora, em geral, seja
vivenciada em um contexto intrapessoal, interpessoal e cultural. Portanto, a
função sexual envolve uma interação complexa entre fatores biológicos,
socioculturais e psicológicos.
OBS: Em muitos contextos clínicos, não se conhece com exatidão a etiologia
de um determinado problema sexual.
O DIAGNÓSTICO DE UMA DISFUNÇÃO
4 SEXUAL:
▹ Requer uma exclusão de problemas que são mais bem explicados
por algum:
▹ Transtorno mental não sexual;
▹ Efeitos de uma substância- droga ou medicamentos;
▹ Condição médica- lesão no nervo pélvico;
▹ Perturbação grave no relacionamento- violência do parceiro...
OBS: Nos casos em que a essência da disfunção sexual for explicável
por outro transtorno mental não sexual (bipolar, de ansiedade,
depressivo, psicótico), deve-se, então, diagnosticar apenas o outro
transtorno mental.
EJACULAÇÃO
5 RETARDADA
Característica Diagnósticas: retardo ou incapacidade de atingir a
ejaculação.
Prevalência: Não é clara em virtude da falta de uma definição precisa
dessa síndrome. Menos de 1% dos homens se queixam de problemas
para conseguir a ejaculação que tenham mais de seis meses de duração.
Desenvolvimento e curso: Permanece relativamente constante até os
50 anos de idade, quando a incidência começa a aumentar de forma
significativa. Homens na faixa dos 80 anos relatam duas vezes mais
dificuldades para ejacular.
Questões diagnósticas relativas à cultura: As queixas variam de
acordo com o país e a cultura, sendo mais comum entre homes nas
populações asiáticas.
EJACULAÇÃO
6 RETARDADA
Consequências funcionais da ejaculação retardada: com frequência, está
associada a sofrimento psicológico considerável em um ou em ambos os
parceiros.
Diagnóstico diferencial
1. Contexto situacional: por exemplo, ejacular durante uma atividade
sexual com o parceiro de um sexo, porém não do outro; homens com
padrões parafílicos de excitação;
2. Doença médica ou lesão: interrupção no suprimento nervoso para os
órgãos genitais, entre outros;
3. Uso de substâncias/ medicamentos: antidepressivos, atipsicóticos,
medicamentos alfa simpáticos e opioides.
4. Disfunção com orgasmo: verificar, na história, se a queixa diz respeito a
ejaculação retardada, senseção de orgasmos ou ambas.
7 TRANSTORNO ERÉTIL
Características Diagnósticas: Falha repetida em obter ou manter ereções
durante as atividades sexuais com parceira.
- Verificar se o problema esteve presente pelo menos por seis meses e se
ocorre na maioria das ocasiões sexuais.
- Os sintomas podem ocorrer somente em situações específicas
dependendo dos tipos de estimulações e parceiros ou podem ocorrer
de forma generalizada em todos os tipos de situações.

Características Associadas que Apoiam o Diagnóstico: muitos homens


com esse transtorno, podem apresentar baixa autoestima, baixa
autoconfiança e senso diminuído de masculinidade. Podem ocorrer
situações de medo ou evitação de encontros sexuais.

Obs: Cada um dos 5 fatores citados, pode contribuir de maneiras


distintas para os sintomas apresentados por diferentes homens com
esse transtorno.
8 TRANSTORNO ERÉTIL
Prevalência: Há aumento expressivo relacionado à idade, tanto na
prevalência como na incidência de problemas relacionados à ereção, em
particular depois dos 50 anos de idade.
- Cerca de 20% dos homens receiam ter problemas eréteis na primeira
experiência sexual, ao passo que, 8% vivenciaram problemas de ereção
que impediram a penetração durante a primeira experiência sexual.

Desenvolvimento e Curso: Descobriu-se que a falha em atingir a ereção na


primeira tentativa sexual está associada a relação sexual com uma parceira
desconhecida;
- Uso concomitante de álcool e drogas;
- Falta de vontade de ter relação sexual e pressão dos pares.

A remissão da maioria desses problemas é espontânea, sem intervenção


profissional, embora alguns homens continuem enfrentando problemas
episódicos.
9 TRANSTORNO ERÉTIL
Fatores de Risco e Prognóstico:
- Temperamentais: Traços neuróticos de personalidade podem estar
associados a problemas de ereção em universitários.
- Traços de personalidade submissa podem estar associados a problemas
de ereção em homens com idade igual ou superior a 40 anos.
- Problemas de ereção são comuns em homens com diagnóstico de
depressão e transtorno de estresse pós-traumático.
- Modificadores do curso: fatores de risco para transtorno erétil
adquirido incluem idade, tabagismo, sedentarismo, diabetes e desejo
diminuído.

Consequências Funcionais do Transtorno Erétil: pode interferir na


fertilidade e produzir desconforto individual e interpessoal. Dificuldade de
desenvolver relacionamentos íntimos.
10 TRANSTORNO ERÉTIL
Diagnóstico Diferencial
1. Transtornos mentais não sexuais: Existe a possibilidade de ocorrer
transtorno erétil acompanhado de transtorno depressivo grave.
2. Função erétil normal: Deve incluir considerações sobre a função erétil
normal em homens com expectativas excessivas.
3. Uso de substância/medicamentos: É importante averiguar se o
problema erétil é secundário ao uso de substâncias ou medicamentos.
4. Outra condição médica: Um dos aspectos mais difíceis do diagnóstico
diferencial de transtorno erétil é a exclusão de problemas de ereção que são
plenamente explicáveis por fatores médicos.
TRANSTORNO DO ORGASMO
11 FEMININO
▹ Características Diagnósticas: caracteriza-se pela dificuldade de atingir
o orgasmo e / ou pela intensidade muito reduzida das sensações
orgásmicas.
OBS: As mulheres apresentam ampla variabilidade no tipo ou na intensidade
da estimulação que produz o orgasmo.
- Para o diagnóstico de transtorno do orgasmo feminino, os sintomas
devem ser experimentados em quase todas ou em todas as ocasiões
de atividade sexual e devem ter duração mínima de
aproximadamente seis meses.
OBS: Em muitos casos de problemas de orgasmo, as causas são
multifatoriais ou não podem ser determinadas.
Se o transtorno do orgasmo feminino for mais bem explicado por outro
transtorno mental ou é resultado de estimulação inadequada, o
diagnóstico do transtorno do orgasmo feminino não é aplicável.
TRANSTORNO DO ORGASMO
12 FEMININO
▹ Características Associadas que Apoiam o Diagnóstico: A satisfação
sexual global, contudo, não está fortemente correlacionada com a
experiência orgásmica. Muitas mulheres relatam níveis elevados de
satisfação sexual, mesmo que raramente ou nunca tenham tido um
orgasmo.
▹ As dificuldades orgásmicas nas mulheres ocorrem frequentemente
associadas com problemas relacionados ao interesse e à excitação
sexual.
▹ Prevalência: As taxas relatadas de problemas orgásmicos em mulheres
variam amplamente, de 10 a 42%, dependendo de vários fatores como
idade, cultura, duração e gravidade dos sintomas. A variação na forma
como os sintomas são avaliados como duração dos sintomas, exerce
também, influência nas taxas de prevalência.
TRANSTORNO DO ORGASMO
13 FEMININO
▹ Desenvolvimento e curso: Muitas mulheres aprendem a ter o orgasmo
à medida que experimentam uma ampla variedade de estimulações e
adquirem um conhecimento maior sobre seus corpos.
▹ Fatores de Risco e Prognóstico:
1. Temperamentais: fatores psicológicos, como ansiedade, preocupação
com a gravidez, podem interferir na capacidade de uma mulher para ter
orgasmos.
2. Ambientais: problemas de relacionamento, saúde física e saúde mental,
fatores socioculturais como, normas religiosas, o papel do gênero, exercem
influências na experiência do orgasmo.
3. Genéticos e fisiológicos: fatores fisiológicos, uso de medicamentos e
condições médicas podem influenciar a experiência do orgasmo.
TRANSTORNO DO ORGASMO
14 FEMININO
▹ Diagnóstico diferencial:
1. Transtornos mentais não sexuais: podem explicar um transtorno do
orgasmo feminino: transtorno depressivo.
2. Disfunção sexual induzida por substância/ medicamento: o uso de
algum medicamento pode explicar as dificuldades para atingir o
orgasmo.
3. Outra condição médica: caso o transtorno do orgasmo feminino seja
causado por esclerose múltipla, lesão na medula espinhal.
4. Fatores interpessoais: fatores como violência do parceiro, perturbação
grave no relacionamento, o diagnóstico de transtorno do orgasmo
feminino não é aplicável.
5. Outras disfunções sexuais: O transtorno do orgasmo feminino pode
ocorrer em associação com outras disfunções sexuais como, transtorno
do interesse, excitação sexual feminino.
TRANSTORNO DO INTERESSE/Excitação
15 Sexual Feminino.

▹ Características Diagnósticas: Para que os critérios do transtorno sejam


atendidos, deve haver ausência, frequência ou intensidade reduzida de
pelo menos três entre os seis indicadores. São eles: Ausência ou redução
do interesse pela atividade sexual, ausência ou redução dos
pensamentos ou fantasias sexuais/eróticas, nenhuma iniciativa ou
iniciativa reduzida de atividade sexual...

▹ Existem diferentes perfis de sintomas entre as mulheres, e também


diferentes formas de expressão do interesse e da excitação sexual. Em
outras mulheres, as características principais podem ser a incapacidade
para ficar sexualmente excitada e para responder aos estímulos sexuais
com desejo e a ausência correspondente de sinais de excitação sexual
física.
TRANSTORNO DO INTERESSE/Excitação
16 Sexual Feminino.

▹ Prevalência: A prevalência do transtorno é desconhecida. Pode variar


substancialmente em relação a idade, ambiente cultural, duração dos
sintomas e presença de sofrimento.
▹ Desenvolvimento e curso: Por definição, o transtorno sugere que a
falta de interesse ou de excitação sexual esteve presente durante toda a
vida sexual da mulher.
▹ Alterações adaptativas e normais no funcionamento sexual podem
resultar de eventos relacionados ao parceiro, interpessoais ou pessoais
e podem ter natureza transitória. No entanto, sintomas persistentes por
aproximadamente seis meses ou mais constituem uma disfunção
sexual. Ocorrem mudanças normais no interesse e na excitação sexual
ao longo da vida.
TRANSTORNO DO INTERESSE/Excitação
17 Sexual Feminino.

▹ Fatores de Risco e Prognóstico:


▹ Temperamentais: Incluem experiências e atitudes negativas acerca da
sexualidade e história anterior de transtornos mentais.
▹ Ambientais: Incluem dificuldades de relacionamento, funcionamento do
parceiro sexual e história do desenvolvimento, como relacionamentos
precoces com cuidadores e estressores da infância
▹ Genéticos e fisiológicos: Aparentemente, as mulheres sofrem forte
influência de fatores genéticos sobre a vulnerabilidade a problemas
sexuais. Algumas condições médicas (p. ex., diabetes melito, disfunção da
tireoide) podem ser fatores de risco para o transtorno do
interesse/excitação sexual feminino.
TRANSTORNO DO INTERESSE/Excitação
Sexual Feminino.
18 ▹  Questões Diagnosticas relativas à cultura: Embora os níveis mais baixos
de desejo e de excitação sexual observados em homens e mulheres de
países do Leste Asiático em comparação com grupos euro-americanos
possam refletir menos interesse por sexo naquelas culturas, ainda
permanece a possibilidade de que as diferenças entre esses grupos sejam
um artefato das medidas usadas para quantificar o desejo.
▹ Se deve considerar o fato de que culturas diferentes poderão
patologizar alguns comportamentos e outros não.
▹ Questões Diagnosticas Relativas ao Gênero: Por definição aplica-se
somente às mulheres e às dificuldades com o sofrimento causado pelo
desejo sexual em homens devem ser consideradas sob o título transtorno
do desejo sexual masculino hipoativo. 
▹ Consequências Funcionais do transtorno do interesse/ excitação sexual
feminino: Com frequência, as dificuldades com interesse ou excitação
sexual estão associadas à redução na satisfação com o relacionamento.
TRANSTORNO DO INTERESSE/Excitação
19 Sexual Feminino.
▹ Transtornos mentais não sexuais, há “redução acentuada no interesse ou no
prazer em todas ou quase todas as atividades na maior parte do dia, quase todos os
dias”, podem explicar a falta de interesse/excitação sexual.
▹ Uso de substancias/ medicamentos: O uso de substâncias ou de medicamentos
pode explicar a falta de interesse/excitação sexual;
▹ Outras condições medicas: O diagnóstico não se aplica aos casos em que os
sintomas sexuais são considerados efeitos de outra condição médica (p. ex.,
diabetes melito, doença endotelial, disfunção da tireoide;
▹ Fatores interpessoais: perturbação grave do relacionamento, violência do parceiro,
ou outros estressores significativos explicarem os sintomas de interesse/excitação
sexual.
▹ Outras disfunções sexuais: A presença de outra disfunção sexual não exclui o
diagnóstico. É comum as mulheres experimentarem mais de uma disfunção sexual.
▹ Estímulos sexuais inadequados ou ausentes: Estímulos inadequados ou ausentes
que contribuem para o quadro clínico podem representar evidências para
tratamento clínico, porém não cabe o diagnóstico de uma disfunção sexual.
TRANSTORNO DA DOR GÊNITO-
20 PÉLVICA/PENETRAÇÃO
▹ Características diagnósticas: Transtorno da dor gênito-pélvica/penetração refere-se
a quatro dimensões de sintomas comórbidos comuns:
1) Dificuldade para ter relações sexuais; pode variar desde incapacidade total para
experimentar penetração vaginal em qualquer situação (p. ex., relação sexual, exames
ginecológicos, inserção de absorvente interno). Pode também estar presente a dificuldade
para fazer exames ginecológicos necessários.
2) Dor gênito-pélvica; refere-se à dor que acomete locais diferentes na área gênito-pélvica.
A localização da dor, bem como sua intensidade, deve ser avaliada.
3) Medo de dor ou de penetração vaginal; é um relato comum de mulheres que sentem dor
regularmente durante a relação sexual e podem levar a mulher a evitar situações
sexuais/íntimas.
4) Tensão dos músculos do assoalho pélvico; pode variar de espasmo semelhante a um
reflexo do assoalho pélvico em resposta às tentativas de penetração vaginal a proteção
muscular “normal/voluntária”.
TRANSTORNO DA DOR GÊNITO-
21 PÉLVICA/PENETRAÇÃO
▹ Características Associadas que Apoiam o Diagnóstico: está frequentemente
associado a outras disfunções sexuais, particularmente desejo e interesse sexual
reduzidos. Às vezes, o desejo e o interesse são preservados em situações sexuais que
não são dolorosas e não exigem penetração. Mesmo quando mulheres com o
transtorno relatam interesse ou motivação sexual, tendem a evitar situações sexuais
assim como exames ginecológicos, a despeito de recomendações médicas, também é
uma atitude frequente. Elas também relatam com frequência que os sintomas
diminuem de forma significativa seus sentimentos de feminilidade. Além dos subtipos
“ao longo da vida/adquirido.

▹ Prevalência: A prevalência é desconhecida. No entanto, aproximadamente 15% das


mulheres norte-americanas relatam a presença de dor recorrente durante a relação
sexual.
TRANSTORNO DA DOR GÊNITO-
22 PÉLVICA/PENETRAÇÃO
▹ Desenvolvimento e curso: O desenvolvimento e o curso do transtorno não são claros.
Como, em geral, as mulheres não procuram tratamento até que tenham algum
problema no funcionamento sexual, pode ser difícil caracterizar o transtorno como ao
longo da vida ou adquirido.
OBS- Nos casos em que é difícil definir se os sintomas são ao longo da vida ou
adquiridos, é útil determinar a presença de qualquer período de relações sexuais
bem-sucedidas, sem dor, sem medo e sem estresse.
▹ Fatores de risco e prognóstico:
a) Ambientais: A violência sexual e/ou física foi frequentemente mencionada como
preditora dos transtornos dolorosos sexuais dispareunia e vaginismo definidos pelo DSM-
IV
b) Genéticos e fisiológicos: As mulheres que experimentam dor superficial durante a
relação sexual muitas vezes relatam o início da dor depois de uma história de infecções
vaginais.
TRANSTORNO DA DOR GÊNITO-
23 PÉLVICA/PENETRAÇÃO
-Questões diagnósticas relativas à cultura: No passado, a educação sexual inadequada e
a ortodoxia religiosa foram frequentemente considerados fatores predisponentes
relacionados à cultura para o diagnóstico de vaginismo do DSM-IV.

-Questões diagnósticas relativas ao gênero: Por definição é aplicável somente às


mulheres, mas existem pesquisas relativamente recentes sobre a síndrome de dor pélvica
urológica crônica em homens, sugerindo que o sexo masculino pode experimentar
problemas semelhantes.

-Consequências funcionais dos transtornos da dor gênito-pélvica/penetração: As


dificuldades funcionais do transtorno estão frequentemente associadas a interferências na
satisfação quanto ao relacionamento e, às vezes, na capacidade de conceber por meio da
relação sexual peniana/vaginal.
TRANSTORNO DA DOR GÊNITO-
24 PÉLVICA/PENETRAÇÃO
▹ Diagnóstico diferencial:
▹ Outra condição médica; em alguns casos, o tratamento da condição médica
pode aliviar o transtorno da dor gênito-pélvica/penetração.
▹ Transtorno de sintomas somáticos e transtornos relacionados; podem
também ser diagnosticadas com uma fobia específica.
▹ Estímulos sexuais inadequados; Situações sexuais em que as preliminares
ou a excitação não são adequadas podem criar dificuldades de penetração,
dor ou evitação. A disfunção erétil ou ejaculação prematura no parceiro
masculino pode resultar em dificuldades de penetração. Essas condições
devem ser avaliadas cuidadosamente.
TRANSTONO DO DESEJO SEXUAL MASCULINO
25 HIPOATIVO

Características Diagnósticas: Característocas que apoiam


Desejo baixo, falta de desejo para o o diagnóstica:
sexo como também a deficiência / - A falta de receptividade do
ausência de pensamentos ou fantasias homem às iniciativas da
sexuais são imprescindíveis para o parceira deve ser considerada
diagnóstico. nas avaliações de baixo
Obs: A forma de expressão do desejo desejo sexual.
sexual pode variar entre homens. - Além dos subtipos e fatores
Tais características devem ser que podem contribuir de
persistentes ou recorrentes por no maneiras distintas para os
mínimo seis meses. sintomas apresentados por
diferentes homens.
TRANSTONO DO DESEJO SEXUAL MASCULINO
26 HIPOATIVO

Prevalência: A preevalência deste Desenvolvimento e curso:


transtorno varia de acordo com os Há um declínio normal no desejo
países e com o método de avaliação . sexual relacionado à idade.
A falta de interesse persistente pelo Como as mulheres, os homens
sexo, com duração de seis meses ou identificam uma grande
mais, afeta apenas uma pequena variedade de desencadeantes do
proporção de homens com idades desejo sexual e descrevem uma
entre 16 e 44 anos. ampla gama de razões pelas
quais decidiram se envolver em
atividade sexual.
TRANSTONO DO DESEJO SEXUAL MASCULINO
27 HIPOATIVO

Fatores de risco e Prognóstico: Questões relativas à Cultura:


- Temperamentais: sintomas de Há variabilidade significativa nas
humor e ansiedade como os taxas de prevalência de baixo
sentimnetos de um homem em desejo sexual nas diversas
relação a si mesmo, sensação de culturas, variando de 12.5% em
estar conectado emocionalemnte; homens do Norte Europeu a 28%
- Ambientas: consumo de álcool, em homens do Sudoeste Asiático.
homofobia autodirigida, Questões relativas ao
problemas interpessoais, atitudes; Gênero: Os homens relatam
- Genéticos e fisiológicos: distúrbios intensidade e frequência
endócrinos, idade, hipogonadismo. significativamente mais elevadas
de desejo sexual em comparação
com as mulheres.
TRANSTONO DO DESEJO SEXUAL MASCULINO
28 HIPOATIVO
Diagnóstico Diferencial:
- Transtornos Mentais não sexuais: como o transtorno depressivo maior,
que apresenta interesse ou prazer acentudamente diminuídos em
todas ou quase todas as atividades;
- Uso de substância/medicamento: uso de algum medicamento pode
explicar a falta de desejo sexual;
- Outra condição médica: hipogonadismo, diabetes melito, disfunção da
tireoide;
- Fatores Interpessoais: pertubação grave do relacionamento, ou outros
estressores.
- Outras disfunções sexuais: a presença de outra disfunção sexual não
exclui o diagnóstico de transtorno do desejo sexual masculino
hipoativo.
EJACULAÇÃO PREMATURA
29 (PRECOCE)
▹ Características ▹ Características ▹ Prevalência:
diagnósticas: que apoiam o Em termos
manifesta-se pela
diagnóstico: internacionais,
ejaculação que
sensação de falta mais de 20% a
ocorre antes ou logo
de controle sobre 30% dos homens
após a penetração
a ejaculação e com idades entre
vaginal.
demonstram 18 a 70 anos
▹ O tempo de latência apreensão a demonstram
ejaculatória respeito da preocupação com
intravaginal de 60s é incapacidade a rapidez da
um ponto de corte prevista para ejaculação.
adequado para o retardar.
diagnóstico de
▹ Lembrar dos
ejaculação precoce.
fatores relevantes.
EJACULAÇÃO PREMATURA
30 (PRECOCE)
▹ Desenvolvimento e ▹ Fatores de Risco e Questões
Curso: a ejaculação Prognóstico: relativas à
prematura ao longo da ▹ cultura: o que
Temperamentais: pode
vida começa durante as constitui uma
ser mais comum em
primeiras experiências latência ejaculatória
homens com transtorno
sexuais masculinas e normal é diferente
de ansiedade,
persiste durante toda a em muitas culturas. E
especialmente fobia
vida do indivíduo. podem ser
social.
Alguns podem explicadas por
experimentar esse ▹ Genéticos e fisiológicos: a
disfunção pode estar fatores culturais ou
transtorno durante os religiosos e
encontros iniciais, mas associada a polimorfos
do gene transportador de diferenças genéticas
adquirir controle entre populações.
ejaculatório ao longo dopamina e serotonina.
do tempo. Doença da tireoide.
EJACULAÇÃO PREMATURA
31 (PRECOCE)
▹ Questões relativas ▹ Marcadores Consequências
ao gênero: é um diagnósticos: é Funcionais: pode
transtorno que monitorada em estar associado a
acomete indivíduos ambientes de pesquisa autoestima
do sexo masculino. A com a parceira, usando diminuída, sensação
percepção do que instrumentos de de falta de controle e
vem a ser aceitável medição de tempo. consequências
pode ser diferente Mede-se o tempo entre adversas para o
entre os homens e a penetração relacionamento.
suas parceiras intravaginal e a Sofrimento pessoal.
sexuais. ejaculação.
32 EJACULAÇÃO PREMATURA
(PRECOCE)
Diagnóstico diferencial:

- Induzida por medicamento/substância: Se os casos de ejaculação


prematura forem exclusivamente pelo uso, intoxicação ou abstinência
de substância, o diagnóstico deve ser de disfunção sexual induzida por
substância/medicamento.

- Preocupações ejaculatórias que não preenchem os critérios


diagnósticos: homens com latências ejaculatórias normais que
desejam latências mais prolongadas e aqueles com ejaculação
prematura episódica.
DISFUNÇÃO SEXUAL INDUZIDA POR
SUBSTÂNCIA/MEDICAMENTO
33 CID-10-MC:
CID-9-MC:
Aqui, atribui-se um código específico Aqui, atribui-se um código específico
para o transtorno por uso de para o transtorno por uso de
substância. substância.
O nome da disfunção sexual induzida O nome da disfunção sexual induzida
por substância/ medicamento INICIA por substância/ medicamento INICIA
com a substância específica, que com a substância específica, que
presumivelmente esteja causando a presumivelmente esteja causando a
disfunção sexual. disfunção sexual.
O nome do transtorno deve ser Ao registrar o nome do transtorno
seguido pela especificação do início: comórbido por uso de substância deve
inicio durante a intoxicação, início ser listado em primeiro lugar, seguido
durante a abstinência, e pelo da palavra “COM”.
especificador da gravidade: leve, Citar exemplo.
moderada, grave.
CÓDIGOS DA CID-9-MC E DA CID-10-MC PARA AS
DISFUNÇÕES SEXUAIS INDUZIDAS POR
34 SUBSTÂNCIA/MEDICAMENTO ESPEC.

Especificar a gravidade atual:


Leve: ocorre em 25 a 50% das ocasiões de atividade sexual;
Moderada: ocorre em 50 a 75% das ocasiões de atividade sexual;
Grave: ocorre em 75% ou mais das ocasiões de atividade sexual.
DISFUNÇÃO SEXUAL INDUZIDA POR
35 SUBSTÂNCIA/MEDICAMENTO
▹ Características ▹ Características que Prevalência:
Diagnósticas: apoiam o diagnóstico: Aproximadamente 25 a
Perturbação na As disfunções sexuais 80% dos indivíduos que
função sexual que podem ocorrer em tomam inibidores da
apresenta relação associação com intoxicação monoaminoxidase,
temporal com início causada pelas seguintes antidepressivos
do uso de alguma classes de substâncias: tricíclicos, entre outros,
substância/medicame álcool; sedativos, opioides, relatam efeitos
nto, o aumento ou a hipnóticos ou ansiolíticos, colaterais sexuais.
descontinuação. estimulantes.
Há diferenças na
▹ Os problemas sexuais incidência de efeitos
associados incluem colaterais sexuais entre
problemas com desejo alguns antidepressivos.
sexual, ereção, ejaculação...
DISFUNÇÃO SEXUAL INDUZIDA POR
36 SUBSTÂNCIA/MEDICAMENTO
▹ Desenvolvimento e curso: O Diagnóstico diferencial: Muitas
tempo para início de alguma condições mentais, como os
disfunção sexual após o começo transtornos depressivo, bipolar, de
do uso de antipsicóticos ou de ansiedade e psicótico, estão
drogas é desconhecido. associadas a perturbações na função
▹ É provável que os efeitos sexual, desta maneira, pode ser difícil
adversos da nicotina e do álcool diferenciar uma disfunção sexual
somente surjam depois de vários induzida por substância/medicamento
anos de uso. de uma manifestação do transtorno
mental subjacente.
Se atentar ao início ou descontinuação
de uma substância ou medicamento.
OUTRAS DISNFUÇÕES
37 SEXUAIS

DISFUNÇÃO DINFUNÇÃO
PÁGINA 450.
SEXUAL DSM-5.
SEXUAL NÃO
ESPECIFICADA. ESPECIFICADA.
1. RELATO DE UM CASO
CLÍNICO DE DISFUNÇÃO
SEXUAL FEMININA.
Rev. bras. psicoter. 2017; 19(3):63-76
-Felícia* mulher de 32 anos, solteira, mora sozinha e trabalha como pesquisadora. Filha mais
velha de sua progênie, obteve poucas informações sobre sexualidade em seu ambiente
familiar.

Seu primeiro relacionamento amoroso ocorreu quando tinha 17 anos, contudo, por considerar-se muito jovem e ter o desejo de casar-
se virgem, obtinha prazeres somente por meio de carícias, masturbação e sexo oral. No entanto, a descoberta de relações
extraconjugais por parte de seu namorado resultou no término do relacionamento dois meses depois.
As novas experiências sexuais de Felícia voltaram a ocorrer aos 19 anos com um novo namorado, mas, como este não conseguia ter
ereção, continuava a procura de prazer mediante carícias, masturbação e sexo oral, culminando, novamente, no término de seu
relacionamento após dez anos de duração.
Aos 29 anos e com um novo e atual namorado, teve sua primeira e única relação sexual com penetração satisfatória. Porém, desde
então, a obtenção do prazer sexual voltou a ocorrer através de preliminares devido a inúmeras queixas de dores a qualquer
introdução vaginal.
38
39

DISFORIA
DE
GÊNERO
(SEÇÃO II- PÁG.
451)

Ana Luísa da Costa


Mendes- N289341
Carmem Silvia de
Castro- D68GAA8
Juliana Demétrio
Palma- D84HJC3
Lara Luísa Silveira
– N268352
Samara de Freitas
Lima Alexandre-
40 Referem-se aos indicadores
biológicos de masculino e
Designação inicial logo no
feminino. DESIGNAÇÃO DE
SEXO/SEXUAL EX: cromossos sexuais,
nascimento como homem
GÊNERO ou mulher.
gônodas, hormônios
sexuais.

É utilizado para denotar o Indivíduos que, de forma


papel público transitória ou persistente,
GÊNERO desempenhado como TRANSGÊNERO se identificam com um
menina ou menino, homem gênero diferente do de
ou mulher . nascimento.

Refere-se à identificação de
Indivíduo que busca ou que
um indivíduo como homem,
passa por uma transição
IDENTIDADE DE mulher, ou,
ocasionalmente, alguma
TRANSEXUAL social, masculino para
GÊNERO feminino ou feminino para
categoria diferente de
masculino.
masculino e feminino.
41 DISFORIA DE GÊNERO
- Refere-se ao descontentamento afetivo/cognitivo de um indivíduo com o
gênero designado.
- O DSM-5, foca a disforia como um problema clínico, e não como identidade
por si própria.

Disforia de Gênero em Crianças: Disforia de Gênero em Adolescentes


- Incongruência acentuada entre o e Adultos:
gênero experimentado/expresso e o - Incongruência acentuada entre o gênero
gênero designado de uma pessoa; experimentado/expresso e o gênero
- Com duração de pelo menos seis designado de uma pessoa;
meses; Com duração de pelo menos seis meses;
- Manifestada por no mínimo seis dos Manifestada por no mínimo dois dos
critérios citados. critérios previstos.
42 DISFORIA DE GÊNERO
Características Diagnósticas:
- Apresentam incongruências acentuadas entre o gênero do
nascimento X gênero expresso/experimentado, (componente
central do diagnóstico).
- Deve haver evidências de sofrimento causado por essa
incongruência, mas esse sofrimento não se limita ao desejo de
simplesmente pertencer ao outro gênero, mas o desejo de ser de
outro gênero diferente do designado.
- A disforia de gênero manifesta-se de formas diferentes em grupos
etários distintos.
43 DISFORIA DE GÊNERO
Características que Apoiam o Diagnóstico:
-Devemos nos atentar no momento em que surgem sinais visíveis
de puberdade.
-As características variam de acordo com o sexo e a idade. Citar
exemplos.
- Antes da redesignação de gênero, adolescentes e adultos com
disforia de gênero estão sob risco elevado de ideação suicida,
tentativa de suicídio e suicídio. Após a redesignação de gênero, a
adaptação pode variar, e o risco de suicídio pode persistir.
44 DISFORIA DE GÊNERO
Prevalência:
Para indivíduos do sexo masculino ao nascimento, a prevalência varia de
0,005 a 0.014%; para indivíduos do sexo feminino ao nascimento, de 0,002
a 0,003%.
É provável que essas taxas estejam modestamente subestimadas, tendo
em vista que nem todos os adultos que pretendem fazer tratamento
hormonal e cirurgia de redesignação de gênero procuram clínicas
especializadas.
45 DISFORIA DE GÊNERO
Desenvolvimento e Curso:
Visto que a expressão da disforia de gênero varia com a idade, há grupos de
critérios separados para crianças versus adolescentes e adultos. Os critérios
para crianças são definidos de maneira mais comportamental e concreta do
que aqueles para adolescentes e adultos.
- Prejuízos como rejeição da escola, desenvolvimento de depressão,
ansiedade e abuso de substâncias podem ser consequências da disforia
de gênero.
-Tanto entre indivíduos do sexo masculino como entre indivíduos do sexo
feminino ao nascimento com evidências de persistência da disforia de
gênero, quase todos sentem atração sexual por indivíduos do seu sexo de
nascimento.
DISFORIA DE GÊNERO
46 Desenvolvimento e Curso:
- Disforia de gênero de início precoce: começa na infância continua na
adolescência e na vida adulta; ou, ainda, pode haver um período intermitente
em que cessa a disforia e esses indivíduos se identificam como gays ou
homossexuais, ocorrendo, em seguida, a recorrência da disforia de gênero.
- Disforia de gênero de início tardio: ocorre ao redor da puberdade ou bem
mais tarde na vida. Alguns desses indivíduos afirmam ter sentido desejo de
pertencer ao outro gênero durante a infância sem tê-lo verbalizado para
outras pessoas.
Ginecofílicas: Indivíduo do sexo Androfílicos: Indivíduo do sexo
feminino que sente atração física masculino que sente atração
por mulheres. física por homens.
47 DISFORIA DE GÊNERO
Consequências Funcionais:

Pode se desenvolver em todas as idades depois dos primeiros 2 a 3 anos de


infância, e frequentemente interfere nas atividades diárias.

-Consequências como: preocupação com desejos transgêneros, dificuldade


de relacionamento, funcionamento na escola e trabalho, isolamento,
marginalização econômica, desemprego, discriminação...

Além disso, o acesso dessas pessoas aos serviços de saúde mental pode ser
impedido por barreiras estruturais.
DIAGNÓSTICO
48 DIFERENCIAL

NÃO CONFORMIDADE COM OUTRAS APRESENTAÇÕES


TRANSTORNO
OS PAPÉIS DO GÊNERO. CLÍNICAS
DISFÓRMICO CORPORAL.

TRANSTORNO ESQUIZOFRENIA E OUTROS


TRANSVÉSTICO. TRANSTORNOS PSICÓTICOS.
DISFORIA DE GÊNERO
49 Comorbidade:
Em crianças: apresentam níveis elevados de problemas emocionais e
comportamentais- transtornos de ansiedade, do controle de impulsos;
Em crianças na fase pré-puberal: quantidade maior de problemas
comportamentais e emocionais por conta da crescente não aceitação do
comportamento variante de gênero por outras pessoas;
Em crianças mais velhas: rejeição social pelos pares, o que pode resultar
em mais problemas comportamentais;
O transtornos do espectro autista é mais prevalmente em crianças com
disforia de gênero encaminhadas para atendimento clínico do que na
população em geral.
Adultos com disforia de gênero podem apresentar problemas coexistentes
de saúde mental, mais comumente os transtornos de ansiedade e depressão.
OUTRAS DISFORIAS DE
50 GÊNERO

DISFORIA DE DISFORIA DE
PÁGINA 460.
GÊNERO DSM-5.
GÊNERO NÃO
ESPECIFICADA. ESPECIFICADA.
OBRIGADA PELA ATENÇÃO!

Ser livre é conseguir Seja gentil! Sucesso é o acúmulo de Não deixe a diversidade se
flutuar entre a diversidade pequenos esforços, transformar em
e a multiplicidade, sem repetidos dia e noite adversidade
perder a própria identidade.

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