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SEMINÁRIO BÍBLICO DE TEOLOGIA CRISTÃ DO RIO DE JANEIRO

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Caixa Postal 46024 CEP 20560.970 – Rio de Janeiro/RJ

Introdução

A Disfunção Erétil, antes conhecida por impotência, é a


incapacidade de se obter ou manter uma ereção adequada para a
prática da relação sexual. Não deve ser confundida com a falta ou
diminuição no "apetite sexual", nem como dificuldade em ejacular ou
em atingir o orgasmo.

A Impotência Sexual não pode ser encontrada nas classificações


internacionais de doenças com este nome genérico. Na realidade o
DSM.IV aborda o problema subdividindo o tema em vários tópicos.
Fala-se em Transtornos do Desejo Sexual, Transtorno da Excitação
Sexual, Transtornos do Orgasmo e Transtornos de Dor Sexual.

Milhões de homens no mundo passam por esse problema da


impotência sexual e as estatísticas mostram uma incidência de até 5%
nos homens de 40 anos e até 25% nos de 65 anos.

DISFUNÇÃO ERÉTIL
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De modo geral, quase todos aqueles que são sexualmente ativos já
experimentaram um episódio de impotência pelo menos uma vez na
vida.

De qualquer forma o ser humano teme muito qualquer tipo de


Impotência Sexual, qualquer rebaixamento em seu desempenho sexual
e esse medo tem grande base cultural. Isso provavelmente porque a
impotência sempre foi um assunto cercado de muitos tabus.

Mas, o que realmente significa a impotência? De modo geral podemos


dizer que a Impotência Sexual é uma disfunção sexual que incapacita o
homem a obter ou manter a satisfação sexual. Alguns urologistas
acreditam que, de um modo geral, as causas da impotência são 70%
dos casos ocasionados por problemas psicológicos, assim distribuídos:
95% dos casos atinge pessoas com 20 anos, 70% aos 48 anos, 30%
entre os 60 e 70 anos. Os restantes 30% dos casos seriam decorrentes
de problemas orgânicos.

Seja qual for sua natureza, orgânica ou psicológica, a Impotência


Sexual costuma ter cura e, obviamente, o primeiro passo para a cura
será um diagnóstico correto. Um dos exames realizados para estes
diagnósticos é a eletroneuromiografia, ou teste de intumescência
peniana noturna, realizada com auxílio de um equipamento
denominado Rigiscan, em laboratórios de sono. Como todo homem
tende a ter ereção dormindo, esse aparelho mede a qualidade e a

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quantidade da ereção durante o sono. A grosso modo, se as ereções
espontâneas noturnas forem satisfatórias, isto significa fortemente
que o distúrbio tem fundo psicológico. Outro recurso usado para o
diagnóstico é o Duplex scan ou ecodopler peniano, um equipamento
usado para medir o fluxo arterial do pênis e identificar eventuais
obstruções.

Não se sabe exatamente por que ocorrem as ereções noturnas e


matinais. Determinados especialistas sugerem que o paciente tome
sucessivos copos d'água antes de deitar, para ver se acorda com
ereção na manhã seguinte, atestando assim a origem emocional da
impotência queixada. Este método dá certo porque a bexiga cheia
provoca um estímulo nervoso reflexo que favorece a ereção. Outro
método menos popular para se conseguir uma ereção nos casos de
impotência que precisam ser melhor esclarecidos são as injeções
intracavernosas isto é, dentro do corpo cavernoso do pênis, de
substâncias como a prostaglandina E1 e a fentolamina, as quais
aumentam o fluxo sangüíneo das artérias, diminuem o calibre das
veias e relaxam a musculatura local, produzindo a ereção. Este exame
é feito no consultório e o remédio faz efeito em 10 a 20 minutos, e os
pacientes com problemas psicológicos respondem positivamente a este
exame.

DESEJO SEXUAL

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veja em PsiqWeb a parte de Desejo Sexual

O desejo sexual é um fenômeno subjetivo e comportamental


extremamente complexo. Contribuem para a gênese do desejo sexual
as fantasias sexuais, os sonhos sexuais, a iniciação à masturbação, o
início do comportamento sexual, a receptividade do companheiro(a),
as sensações genitais, as respostas aos sinais eróticos no meio
ambiente, entre outros fatores.

Muito ao contrário do que pensam alguns, o desejo sexual do ser


humano adulto e consciente não se compara à simples pulsões
fisiológicas, como é o caso da fome ou da sede. Considera-se que o
desejo sexual seja um complexo vivencial formado por três
componentes principais; a biologia, a psicologia e a socialização.
Todos três interagindo continuamente uns com os outros.

1 - Impulso Sexual
O desejo sexual que se experimenta no corpo e que estimula a
atividade sexual mais ou menos independente da estimulação
externa, provavelmente é o resultado da ativação das redes neurais do
sistema nervoso central e será percebido como Impulso Sexual,
vulgarmente definido pela palavra "tesão". Trata-se pois, de um
aspecto predominantemente biológico do desejo sexual.

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Esse Impulso Sexual corpóreo é fruto de algum processo neuro-
endócrino envolvendo hormônios e neurotransmissores, o qual
permite à pessoa reconhecer essa pulsão e se masturbar ou, de outra
forma, procurar avidamente alguém (até inespecificamente) para ter
relações sexuais.

A força e freqüência das manifestações desse Impulso Sexual


aumentam muito após a puberdade e, em muitos casos, surge um
certo desconforto na falta de oportunidade de ter atividade sexual
efetiva. Mas, é bom ressaltar sempre, esse Impulso Sexual tem força
de atuação muito pessoal e ocorre diferentemente entre as diferentes
pessoas. Pessoas com grande Impulso Sexual costumam procurar
mais tenazmente oportunidades de comportamento sexual e podem
sentir-se mais calmos após um orgasmo. Pessoas com baixo impulso
sexual podem passar com facilidade períodos de abstinência sexual
sem sentir irritação. Após a maturidade sexual da juventude, bem
como no adulto jovem, as manifestações do Impulso Sexual vão
diminuindo gradativamente, até desaparecerem quase completamente
na velhice.

As manifestações comuns desse Impulso Sexual, tanto no homem


como na mulher, se caracterizam por determinadas sensações
genitais, pela sensibilidade erótica aumentada em relação à parceiros

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em potencial, por exacerbação das fantasias sexuais e pelo
comportamento sexual mais evidente.

2 - Motivação Sexual

A Motivação Sexual é o aspecto psicológico do desejo sexual e a


Aspiração é o aspecto sócio-cultural do desejo. Como vimos acima, as
manifestações do Impulso Sexual são características e pessoais em
cada pessoa. A Motivação Sexual é um determinante muito mais
importante na freqüência de nossa atividade sexual do que a o
Impulso Sexual, ela representa a vontade de comportar-se
sexualmente e implica na iniciativa, na receptividade ou nas duas
coisas.

Motivação Sexual é, portanto, a vontade de aproximar-se de outra


pessoa com intenções sexuais, a vontade de tomar iniciativa ou
receber a iniciativa da outra. Trata-se de um atributo psicológico por
excelência. Podem haver situações onde existe o Impulso Sexual
biológico mas, mesmo assim, não há Motivação Sexual para iniciar o
comportamento sexual. Na depressão, por exemplo, principalmente
em seu estágio inicial, pode estar comprometida muito mais a
Motivação Sexual que o Impulso Sexual.

Participa da Motivação Sexual a avaliação íntima do(a) parceiro(a).


Sendo positiva a avaliação do(a) parceiro(a), havendo facilidade para

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intimidade psicológica, a vontade da pessoa de ter comportamento
sexual é intensificada e persistente. Na afeição amorosa o Impulso e a
Motivação Sexual podem coexistir e se somam.

Quando o parceiro é avaliado de forma negativa e a intimidade


psicológica não é estabelecida, quando há sentimentos de mágoa,
decepção e incompreensão, normalmente perde-se a Motivação
Sexual. As decepções da vida conjugal são as fortes responsáveis pela
perda da Motivação Sexual, muito embora a pessoa frustrada possa
continuar sentindo as manifestações de seu Impulso Sexual. Essa é a
fórmula mais eficaz para a traição conjugal.

Para que um casal continue a ter relações sexuais de índole


amorosa, é preciso que suas identidades sexuais não sejam
conflitantes. Nas intimidades da cama o casal deve partilhar a mesma
tonalidade sexual. Muitas pessoas perdem a Motivação Sexual porque
não se sentem à vontade com gênero do sexo do(a) parceiro(a). É por
isso que alguns casais manifestam reciprocamente um grande apreço,
um pelo outro, mas são sexualmente insatisfeitos.

No ser humano maduro a vontade de ter relacionamento sexual


sempre reflete algum tipo de apreço pelo parceiro e o sentimento de
compatibilidade sexual. A análise de fatores psicológicos como esses
ajuda a explicar grande parte dos problemas de falta Motivação

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Sexual na população e como as manifestações de Impulso Sexual
podem ser diminuídas.

3 - Aspiração Sexual

A última dimensão do desejo sexual, sua parte social, repousa na


Aspiração Sexual. Historiadores, sociólogos, filósofos, teólogos e
antropologistas lembram que a vida sexual também sofre a influência
de forças culturais, as quais muitas vezes são mais importantes do
que os aspectos biológicos ou psicológicos.
Em algumas culturas o sexo ainda é considerado algo pecaminoso,
algo que deve ser combatido constantemente, que deve ser
repudiado... Muitas pessoas assim influenciadas passam a reprimir
seus desejos e experimentar situações fortemente conflitivas, com
uma grande plêiade de conseqüências emocionais.
Aspirações Sexuais brotam da conjunção entre razões psicológicas e
circunstâncias culturais. Elas se compõem de nosso dinamismo
psíquico colocado à mercê dos valores culturais solidamente
impressos em nossa personalidade. Elas variam em temática e
potência entre as pessoas, vão desde os auto-enganos que impomos a
nós mesmos sobre nossas vidas sexuais, perdendo a noção entre o
culturalmente recomendado e o pessoalmente possível, até as
questões ditas de consciência, as quais reprimem sentimentos e
comportamentos por toda a vida. Essas idéias fazem parte do

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processo de socialização da pessoa desde tenra idade até sempre. Veja
a parte de Desejo Sexual

Como acontece a Ereção

A ereção masculina é apenas uma das 3 fases que compõem o ato


sexual. Inicialmente há a fase do desejo, seguida pela fase de
estimulação-ereção e finalizando com o orgasmo. A ereção, em seu
resultado final, é um acontecimento circulatório (vascular) que se
inicia pela atividade neurológica, portanto, para ter início deve haver
uma complexa interação de eventos neurológicos e vasculares.
Normalmente a ereção se inicia por uma estimulação psicológica
(percepção, desejo etc.) no sistema nervoso central que passa a
controlar o chamado sistema nervoso autônomo e este, através da
inervação simpática e parassimpática, acaba por resultar na ereção
do pênis.

Outras vezes o início da estimulação é prioritariamente peniana.


Terminações nervosas e receptores corpusculares presentes por toda
a glande, são onde tem início o reflexo estimulação-ereção. Os sinais
neurológicos aferentes do pênis (aferentes porque vão do pênis ao
cérebro e não ao contrário), atravessam o componente sensorial de
um nervo genital, chamado nervo pudendo, o qual entra pela medula
na altura do sacro (osso da pelve), de medula caminhando até o
sistema nervoso central. Assim sendo, há possibilidade de uma ereção

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acontecer apenas por mecanismo reflexo (na medula) sem haver uma
representação tipicamente cerebral.

Portanto, estímulos sensoriais que partem do próprio pênis,


iniciando um arco reflexo, pode causar a ereção e são muito
importantes para a continuidade desta sob circunstâncias propícias e
ajudando a mantê-la durante a atividade sexual.
De forma geral, é o Sistema Nervoso Autônomo (SNA) o maior
responsável pela parte neurológica da ereção. Dentro deste SNA a
ação parassimpática permite a ereção promovendo o relaxamento de
músculos lisos e dilatando as artérias do pênis. O aumento do fluxo
sanguíneo no pênis leva à expansão dos espaços lacunares e
aprisionamento do sangue por compressão das vênulas. Trata-se de
um processo conhecido como mecanismo veno-oclusivo corporal,
responsável pela tumescência e rigidez da ereção. O sistema
Simpático, componente do SNA agirá de forma contrária,
proporcionando a flacidez do pênis.

Causas Orgânicas

Alguns fatores orgânicos que podem provocar a Impotência Sexual


são doenças vasculares que causam entupimento das artérias e veias,
prejudicando a chegada do sangue ao pênis, também as patologias
que comprometem o sistema nervos, como por exemplo a Diabetes, a
falta do hormônio masculino testosterona, que começa a declinar a

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partir dos 45 anos de idade, ou mais raramente distúrbios como o
priapismo (ereção continuada por muito tempo), o qual pode causar a
coagulação do sangue dentro do corpo cavernoso, levando à
impotência irreversível. A impotência orgânica pode ainda ser
decorrente de rompimento da estrutura peniana, uma espécie de
fratura do pênis por algum acidentes.

Outro problema vascular associado à Disfunção Erétil é a


insuficiência veno-oclusiva, situação que ocorre quando o corpo
cavernoso se enche de sangue mas não distende o bastante para
comprimir as veias contra a parede do pênis. Com isso, o sangue não
é represado no pênis o suficiente para garantir a ereção. Também as
assimetrias do corpo cavernoso, decorrentes de má formação
congênita podem contribuir para a impotência, bem como o fumo, o
álcool e alguns medicamentos, todos apontados como prováveis
causadores da Disfunção Erétil.

As Alterações Hormonais que produzem diminuição dos níveis


normais de testosterona do sangue, podem inibir a ação do estímulo
sexual no cérebro do homem, diminuindo o seu interesse pelo sexo.
Já está amplamente divulgado por vários trabalhos médicos, que a
testosterona não atua nos mecanismos de obtenção ou manutenção
na ereção.

Alterações Neurológicas

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Sendo a atividade sexual de natureza neuro-psico-endócrina, as
Alterações Neurológicas podem interferir em sua performance tanto a
nível cerebral, passando pelos nervos que conduzem o estímulo sexual
pela medula, pelos nervos pélvicos, até os delicados nervos penianos.

O comprometimento neurológico pode ser provocado por diabetes,


alcoolismo, esclerose múltipla, lesões na coluna vertebral ou
complicações de acidente vascular cerebral (AVC), isto é, derrames
cerebrais.

Alterações Arteriais

As Alterações Arteriais são as mais freqüentes dentre as causas


orgânicas e dizem respeito ao estreitamento das artérias,
conseqüentemente diminuindo o fluxo do sangue no pênis. Se o
sangue não entra com a pressão adequada no pênis a ereção fica
irremediavelmente comprometida. A arteriosclerose costuma obstruir
significativamente as artérias do pênis. Esta situação de oclusão
circulatória é também comum na hipertensão arterial, no aumento do
colesterol, no stress, nos fumantes e nos diabéticos.

Alterações dos Corpos Cavernosos

As Alterações dos Corpos Cavernosos como a fibrose e a fístula para


o corpo esponjoso, impedem que ocorra o mecanismo de pressão do

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sangue necessário para encher o pênis. Na fibrose o pênis não
consegue se distender e na fístula o sangue que chega ao pênis logo
retorna para o organismo. Na fase de flacidez as fibras musculares
penianas ficam contraídas e se relaxam no momento da ereção.

A ansiedade, através do aumento nos níveis de adrenalina no


sangue, proporciona a contração da musculatura lisa do pênis e
também das artérias penianas, impedindo que ocorra a ereção. O
envelhecimento também produz um enrijecimento dos tecidos do
corpo esponjoso e também da musculatura lisa do pênis, dificultando
a ereção.

Neurotransmissores

Para que o estímulo neurológico dos nervos do pênis cheguem às


células dos corpos cavernosos é necessária uma integridade de
neurotransmissores. Dessa forma as alterações dos
neurotransmissores podem impedir que ocorra a ereção. Os
neurotransmissores mais importantes na fisiologia da ereção são o
óxido nítrico, o GMPc e o PDE-5.

Diabetes

O Diabetes é uma das causas mais comuns de disfunção erétil. Os


diabéticos, devido às lesões vasculares e nervosas produzidas pela

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doença, têm maior chance de desenvolver a impotência. A alteração
neurológica da Diabetes (neuropatia), incidindo sobre o pênis leva à
uma diminuição na velocidade de condução dos impulsos elétricos
pelo pênis a qual, juntamente com as alterações vasculares também
produzidos por essa doença, resultam em quadros de séria disfunção
erétil. A incidência de Disfunção Erétil entre os diabéticos está entre
50 a 60% dos pacientes com mais de 50 anos.

Hipertensão Arterial

O próprio tratamento da hipertensão arterial pode ter, pela ação dos


medicamentos utilizados, a disfunção erétil. A Hipertensão Arterial
não tratada, por sua vez, também facilita e acelera a deposição de
gordura nas paredes das artérias, endurecendo-as tal como no
processo da arteriosclerose. As artérias penianas são muito finas e
qualquer estreitamento pode ser suficiente para prejudicar o fluxo
sangüíneo necessário à ereção.

A própria performance sexual acanhada já é suficiente para, através


de um ciclo vicioso, proporcionar mais Disfunção Erétil. Havendo
alguma demora para se completar a ereção, alguns pacientes
experimentam séria ansiedade, dificultando mais ainda o mecanismo
da ereção.

Medicamentos

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Alguns medicamentos podem ser causa de Disfunção Erétil em
qualquer idade e, calcula-se, a incidência desse tipo de disfunção é de
25%. As drogas que mais freqüentemente prejudicam a ereção são o
fumo, o álcool e a maconha. Dentre os medicamentos, os anti-
androgênicos usados nos tratamentos de tumores malignos da
próstata são aqueles mais comprometedores, seguidos pela
finasterida, também usada na hipertrofia da próstata e para crescer
cabelo, beta-bloqueadores, descongestionantes, metil-dopa,
bloqueadores dos canais de cálcio usados na hipertensão arterial,
tranqüilizantes, sedativos, cimetidina usado na úlcera péptica, e a
digoxina para insuficiência cardíaca. Existem várias outras
substâncias e medicamentos igualmente nocivos à ereção.

Causas Emocionais

Uma vez excluídas as causa orgânicas, a ansiedade, juntamente


com a insegurança e ao medo de não cumprir direito o seu papel
podem levar o homem a não conseguir a ereção, principalmente os
jovens. O homem é culturalmente educado para ser "macho" e sua
auto-estima pode estar diretamente ligada a sua capacidade sexual.
Por isso, o próprio medo do fracasso faz descarregar na corrente
sangüínea grande volume de adrenalina, hormônio secretado pela
glândula supra-renal que ativa certos neurotransmissores e inibe

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outros, entre os quais aqueles responsáveis pelo mecanismo da
ereção.

Em pessoas mais maduras a deficiência de ereção também pode


estar relacionada a dificuldades em criar vínculos afetivos com a
parceira ou ainda a conflitos intrapsíquicos. A liberação da mulher
moderna também assusta homens mais maduros e contribui para o
aumentar sua insegurança.

A impotência causada por problemas psicológicas, especialmente na


faixa etária entre os 35 e 40 anos, também pode ser conseqüente às
crises existenciais, comuns nessa idade. Trata-se de uma fase de
reavaliação da vida, da profissão, do casamento... Há maior risco de
se desenvolver um quadro depressivo. Atualmente um dos fatores
importantes na inibição da ereção tem sido o medo de se contrair
AIDS.

De qualquer forma, psicologicamente falando, o temor, o medo e a


ansiedade, são as grandes causas das dificuldades da ereção. A
desinformação sexual também pode ser considerada a grande inimiga
da performance sexual do homem moderno. Normalmente o cidadão
comum é pleno de mitos e crenças distorcidos de nossa cultura.
Vimos essas questões ao tratarmos das "Aspirações Sexuais", logo
acima. Normalmente e paradoxalmente, é o medo de falhar que faz

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com que o homem falhe e quanto maior for o medo, mais facilmente o
homem ficará impotente.

Culturalmente estimula-se o temor do homem ser rejeitado se não


apresentar uma ereção rápida e eficiente tão logo seja solicitada.
Homens mais maduros querem ter a mesma qualidade e rapidez de
reação erétil que tinham aos 20-25 anos. Por mais boa vontade que
tenham é irrefutável o fato de que, à medida que aumenta a idade,
tornam-se diferentes as condições dos sistemas nervoso e do aparelho
circulatório. Além disto, aumentam as exigências na qualidade dos
estímulos com o passar dos anos.

Também os fatores externos e conjunturais capazes de levar ao


estado conhecido leigamente por Esgotamento, tais como o
desemprego, as dívidas, a falta de dinheiro, a insegurança social e
familiar, enfim, as razões que colocam a pessoa em continuado estado
de alerta e estresse, também podem afetar a ereção, principalmente
do ponto de vista da Motivação Sexual (veja acima). O Estresse é a
doença do homem moderno e acomete praticamente todas as pessoas
que lidam com algum tipo de responsabilidade profissional. Pode ser
causa de Disfunção Erétil em homens de qualquer idade, agindo
sozinho ou acompanhando alguma patologia. O stress é das
principais causas de disfunção erétil entre os homens que operam no
mercado financeiro.

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Outro fator agravante da função sexual no homem brasileiro é o
verdadeiro pavor que sente de submeter-se à terapia sexual,
psicológica ou, simplesmente, de discutir o problema com
profissionais adequados. Culturalmente as pessoas têm medo de
serem tomados por loucos, por fracos ou masculinamente
incompetentes, preferindo acreditar que seu mal é de origem orgânica,
vai passar com o tempo, que uma injeção milagrosa ou operação será
a salvação do problema.

Psiquiatricamente, a Depressão emocional, através de seu sintoma


básico e universal que é a perda da capacidade de sentir prazer
(anedonia), tem sido a maior responsável pelas queixas de impotência
por Disfunção Erétil ou mesmo por Ejaculação Precoce.

Causas Mistas

Na prática urológica, um pouco diferente da prática psiquiátrica, a


grande maioria dos pacientes apresenta uma causa orgânica
associada à uma causa psicológica. Qualquer homem com Disfunção
Erétil, jovem ou idoso, fica preocupado com a sua performance, antes,
durante ou após o ato sexual.

De modo geral, todo paciente com alguma Disfunção Erétil tem


algum fator psicológico associado, seja como causa da disfunção ou
como conseqüência. Tanto faz ser o diabético, o hipertenso ou

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qualquer outro paciente. Junto com doença principal, haverá também
o medo e a expectativa de ter que conviver com a impotência. A
preocupação excessiva que a pessoa tem em relação à sua
performance sexual também é causa comum de Disfunção Erétil,
principalmente se o homem já começar a relação achando que vai
falhar ou que não vai conseguir satisfazer sua parceira.

No momento em que o paciente tem uma patologia que leva a


impotência, quase sempre se soma à esta patologia o fator emocional
que contribui para agravá-la ainda mais. O medo que qualquer
homem experimenta ao passar por um ou mais fracassos sexuais
provoca nele uma enorme sensação de inferioridade com um impacto
psicológico que o acompanha 24 horas por dia. Com isso, advém
também problemas de relacionamento familiar, matrimonial,
profissional, financeiro, social, etc.

Segundo o DSM.IV o diagnóstico de Transtorno Erétil Masculino deve obedecer


os seguintes critérios:

Critérios Diagnósticos para F52.2 - 302.72


Transtorno Erétil Masculino

A. Incapacidade persistente ou recorrente de obter ou


manter uma ereção adequada até a conclusão da
atividade sexual.

B. A perturbação causa acentuado sofrimento ou

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dificuldades interpessoais.

C. A disfunção erétil não é melhor explicada por outro


transtorno do Eixo I (outro que não Disfunção Sexual),
nem se deve exclusivamente aos efeitos fisiológicos
diretos de uma substância (por ex., droga de abuso,
medicamento), ou de uma condição médica geral.

Especificar tipo:
Tipo Ao Longo da Vida
Tipo Adquirido

Especificar tipo:
Tipo Generalizado
Tipo Situacional

Especificar:
Devido a Fatores Psicológicos
Devido a Fatores Combinados

DISFUNÇÃO ERÉTIL

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