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A inversão pode ser vista como um estado natural ou uma compulsão patológica.
Pessoas que escolhem pessoas sexualmente imaturas (crianças) como objeto sexual são
consideradas aberrações isoladas. Também é válido para relações sexuais com animais.
A utilização da boca como órgão sexual é tida como perversão se entrar em contacto com os
órgãos genitais da outra pessoa.
O substituto do objeto sexual é uma parte do corpo geralmente desadequada para fins sexuais
(pés, cabelos) ou um objeto inanimado (roupa interior). Comparação justificável com fetiche.
Torna-se patológico quando o fetiche passa a tomar o lugar do alvo normal. A escolha do
fetiche é um efeito tardio de uma impressão sexual.
O sadismo e o masoquismo ocupam uma posição de especial interesse entre as perversões. Para
alguns autores, esta agressividade constitui um vestígio de desejos canibalescos.
“Quem sente prazer em infligir dor aos outros durante uma relação sexual terá também
tendência, na maioria das vezes, a sentir como prazer toda a dor que eventualmente sofra
durante essa relação.” Um sádico é simultaneamente um masoquista.
“O estudo das perversões levou-nos à noção de que o instinto sexual tem de combater
determinadas forças mentais que se lhe opõem, das quais se destacam a vergonha e a repulsa.”
A única forma de obter informações sobre a vida sexual dos psiconeuróticos é através de uma
investigação psicanalítica (procedimento de J. Breuer – 1893). A psicanálise remove sintomas
de histeria utilizado como substituto dos processos mentais, desejos que são impedidos de
atingir a satisfação por uma atividade física admissível. Estes processos são mantidos num
estado inconsciente. A psicanálise demonstrou que os sintomas são um substituto de impulsos.
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De acordo com o senso comum, o instinto sexual está ausente na infância e só é despertado na
puberdade, no entanto, Freud argumenta que existe atividade sexual precoce em crianças,
nomeadamente ereções, masturbação, etc.
O motivo para esta desconsideração remete à peculiar amnésia que se estende sobre os
primeiros anos da maioria das pessoas até ao sexto ou oitavo ano de vida, sendo ela a
responsável pelo facto de habitualmente não se atribuir grande importância ao papel da infância
no desenvolvimento da vida sexual.
As Inibições Sexuais
Acredita-se que estes obstáculos podem ser resultado das forças educativas. Mas, para Freud,
este desenvolvimento é condicionado organicamente e fixado pela hereditariedade, e pode
surgir sem o impacto da educação.
Estas construções que são significativas para a dita normalidade de um sujeito, emergem às
custas dos próprios impulsos sexuais infantis, cujos não são estancados nem no período de
latência, mas que ao invés, a sua energia é desviada. A este desvio de forças instintivas de alvos
sexuais para novos alvos dá-se o nome de sublimação.
Numa primeira instância, a atividade sexual serve funções necessárias à preservação da vida
(por exemplo, o mamar), vindo mais tarde a afastar-se das delas.
O chuchar é tomado como uma amostra das manifestações sexuais infantis. A sucção alia-se a
uma absorção da atenção e conduz ao adormecimento ou, então, a uma reação motora
semelhante a um orgasmo. Será desta forma que muitas crianças passam da sucção à
masturbação.
O autoerotismo será outra manifestação, onde a criança procura satisfazer o próprio corpo.
Uma zona erógena remete a uma parte da pele na qual estímulos de certo tipo provocam uma
sensação de prazer. Ora, acontece que o alvo sexual do instinto infantil, consiste em obter
prazer através de estímulos apropriados das zonas erógenas escolhidas.
Em referência ás zonas genitais, as atividades sexuais destas zonas erógenas, pertencem aos
órgãos sexuais e constituem o início de uma posterior vida sexual "normal".
É possível distinguir três fases da masturbação infantil: a 1ª, existente em crianças recém
nascidas; a 2ª ao aparecimento da atividade sexual (por volta dos 4 anos); e a 3ª corresponde à
puberdade.
A masturbação, referente à 1ª fase desaparece após um curto período, sendo por volta dos 4
anos que esta atividade genital volta a reaparecer, persistindo até ser mais uma vez suprimido,
ou então continuar interruptamente. São os constituintes desta 2ª fase que deixam impressões
inconscientes na memória de uma pessoa e que determinam o desenvolvimento do seu carácter.
A excitação sexual dos tempos de bebé volta a ocorrer nos anos da infância, sendo que este
reaparecimento é determinado por causas internas e externas. Em relação às causas internas,
marca-se a influência da sedução que ensina a criança a obter satisfação das zonas genitais.
Ao mesmo tempo que a vida sexual da criança começa a florescer, começam também a definir-
se os primeiros sinais de uma atividade resultante do instinto do conhecimento ou indagação.
Complexo de castração: ocorre quando os rapazes sentem falta de um pénis nas mulheres.
Inveja do Pénis: quando as raparigas percebem uma diferença entre os órgãos sexuais
masculinos e femininos.
Se numa idade precoce, uma criança testemunhar um ato sexual entre adultos, ela poderá
compreendê-lo como uma espécie de mau trato, sendo que esta impressão poderá conduzir a um
posterior desvio do objeto sexual.
Ás organizações da vida sexual em que as zonas genitais ainda não assumiram o seu papel
predominante dá-se o nome de pré-genitais. A primeira fase desta organização é a oral, onde a
atividade sexual ainda não está separada da ingestão do objeto.
Também a escolha do objeto sexual irá ocorrer em duas fases, por volta dos dois e cinco anos de
idade e mais tarde na puberdade, determinando a configuração definitiva da vida sexual. A
escolha do objeto na puberdade tem de renunciar aos objetos infantis.
A excitação sexual surge como reprodução de uma satisfação vivida por ação de processos
orgânicos; mediante um estímulo apropriado e periférico das zonas erógenas; como expressão
de "instintos" e; por meio de agitação rítmica do corpo (excitação mecânica). As sensações de
prazer sentidas por certas agitações podem ser confirmadas pelo gosto, por exemplo, que uma
criança sente ao baloiçar-se.
Várias pessoas relatam que sentiram os primeiros sinais de excitação genital enquanto
brincavam, por exemplo, aos puxões ou à luta com os amigos.
Apesar de estas fontes influenciaram todos os indivíduos, elas não têm a mesma intensidade em
toda a gente.
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TENSÃO SEXUAL
A sensação de tensão traz consigo um certo desprazer, sendo acompanhada por uma
pressão para alterar a situação psíquica que tem um efeito impulsionador completamente
contrário à sensação de prazer.
TEORIA DA LÍBIDO
(NOTA: DEFINIÇÃO DE LÍBIDO)
A DESCOBERTA DO OBJETO
No início da satisfação, o instinto sexual encontrava no seio da mãe um objecto sexual
exterior ao próprio corpo da criança, só mais tarde perde esse objecto pois começa a ser capaz
de criar uma representação completa da pessoa a quem pertence esse órgão que lhe dá
satisfação.
Conceitos: