Você está na página 1de 24

III.

As Transformações
da Puberdade
Caroline O. Nascimento, João Vitor Lopes, Leonardo Massarenti, Leonardo
Morandi, Lucas Moscoso, Mateus Ribeiro, Nathalia Prates, Raquel Cruz, Victor
Ariel, William Svet e Yasmin Barbosa.
Introdução

- Do instinto sexual ao objeto sexual;

- Homem X Mulher;

- Instinto sexual e função reprodutiva.


Primado das zonas genitais e o pré prazer
PUBERDADE:
- Manifesto crescimento dos genitais externos;

- Ao mesmo tempo, genitais internos avançam a ponto de fornecer produtos sexuais, ou


acolhê-los para formar um novo ser.

APARELHO GENITAL:

- Colocado em movimento a partir de estímulos, por 3 caminhos: exterior (excitação das


zonas erógenas); interior orgânico; vida psíquica.

➔ Todos levam à excitação sexual.


Primado das zonas genitais e o pré prazer
EXCITAÇÃO SEXUAL:

- Manifestada por 2 tipos de sinais: somáticos e psíquicos;

- Psíquico: tensão peculiar (entre os vários sinais físicos está, primeiramente, uma série
de modificações nos genitais, com o sentido inequívoco de preparação para o ato sexual,
como a ereção do genital masculino e o umedecimento da vagina);
Primado das zonas genitais e o pré prazer
TENSÃO SEXUAL DO PRÉ PRAZER:

- Fenômeno sexual ocorrido quando duas pessoas interagem e sentem atrações sexuais;
- Antes do ato sexual;
- Essa tensão sexual gerada é prazerosa, estimulada pelo toque em alguma zona
erógena;
- A sensação de prazer gera o desejo de mais prazer.
Primado das zonas genitais e o pré prazer
MEIOS DO PRÉ PRAZER:

- Primeiramente, ocorre uma estimulação apropriada, havendo o aumento da tensão


sexual, o que move a energia motora até o ato sexual.

TIPOS DE PRAZER:

- Prazer preliminar, no qual é o prazer gerado pela excitação da zona erógena;


- Prazer final, que corresponde ao prazer de evacuações de substâncias sexuais.
Teoria da libido
PULSÕES E ENERGIAS

- “A pulsão seria, então, uma força psíquica que empurra o organismo para descarregar
uma pressão dada numa determinada região ou órgão, ela é uma excitação que
precisa de descarga."
- "Se estivéssemos num quadro em que as pulsões fossem díspares em sua natureza,
também poder-se-ia supor diversos tipos de energia, uma para cada tipo de pulsão."

FULGENCIO, Leopoldo. A teoria da libido em Freud como uma hipótese


especulativa. Agora: estudos em teoria psicanalítica, v. 5, p. 101-111, 2002.
Teoria da libido
LIBIDO

- A libido é uma energia sexual que funciona como uma energia de


investimento - uma moeda psíquica
- "[...] a Libido é uma força motivadora da vida e, como tal, transpassa
todas as instâncias da Psiquê humana, dela dependendo as
motivações para a vida e para a existência de um indivíduo."

SANTOS, Samantha. Teoria da Libido: definição, fases e libido


saudável. Psicanálise Clínica, Campinas, 04 set. 2021. Teoria
Psicanalítica.
Teoria da libido

SENSO COMUM

- A sexualidade não é libido


- Energia das pulsões sexuais
- Não é uma referência empírica
objetiva > Explicação para fatos
psíquicos
Fases de desenvolvimento
Comportamento > teoria da energia sexual (libido) sendo
genital
latência
investida em diferentes objetos em diferentes períodos
fálica

- Oral (0 – 18 meses)
anal

- Anal (18 meses — 3 anos)


oral
- Fálica (3 anos — 5 anos)

- Período de Latência (6 anos até a

pré-adolescência)

- Genital (adolescência e idade adulta)


Teoria da Libido

- O desenvolvimento;

- 4 fixações;

- Neuroses obsessivo-compulsivas;

- O que é uma libido saudável?


Diferenciação entre homem e mulher

- Puberdade: separação entre caracteres femininos e masculinos;


- Inibição da sexualidade é diferente entre F/M;
- Na infância, atividade autoerótica é igual em ambos os sexos;
- Libido: natureza masculina; noção de bissexualidade.
Diferenciação entre homem e mulher
ZONAS DIRETRIZES NO HOMEM E NA MULHER:

- Zonas erógenas: mulher - clitóris; homem - glande;


- Masturbação feminina relacionada ao clitóris;
- Espasmos clitoridianos no processo sexual.
Diferenciação entre homem e mulher
- PUBERDADE: meninos - avanço da libido;
meninas - onda de repressão;
- Superestimação sexual masculina;
- Transmissão da excitação do clitóris para
partes vizinhas - momento de anestesia;
- Causas erógenas e psíquicas;
- Mudança de diretriz da atividade sexual
feminina - propensão à neurose (histeria).
O encontro do objeto

- Definição de Objeto na perspectiva freudiana:

“Encontrar um objeto é na realidade reencontrá-lo.” (FREUD)

- Influência dos acontecimentos da infância e as relações parentais na hora de

escolher/encontrar o objeto sexual.


O encontro do objeto
- O encontro do objeto marca a vida da criança a partir da
mamada - o encontro do seio já é um encontro parcial do
objeto sexual;

- O seio é o objeto de seu primeiro desejo e satisfação e,


quando retirado, ocorre o período de latência;

- Ao longo desse intervalo, a criança aprende a amar outras


pessoas - que a ajudam em seu desamparo e satisfazem suas
necessidades, em busca de restabelecer a felicidade perdida;
O encontro do objeto
- Tais relações são inteiramente baseadas de acordo com o modelo e em prosseguimento
da sua relação de lactente com a mãe.
- A evolução do psiquismo infantil a partir das experiências e discernimentos naturais,
leva com que esse objeto seja gradativamente complementado no sentido de,
posteriormente, se tornar um objeto total, isso ocorre no período fálico, em torno dos 3
aos 5 anos.
A puberdade e o encontro do objeto
- O objeto vai ser redescoberto a partir do contato com novos processos identificatórios,
dessa forma o objeto inicial será substituído;
- Quando a atividade sexual se desprende da ingestão de alimento, resta um elemento
importante desse primeiro e mais relevante de todos os vínculos sexuais;
- Esse elemento ajuda a preparar a escolha do objeto em busca de restabelecer a
felicidade perdida.
A escolha do objeto sexual
- A puberdade é caracterizada por uma troca subjetiva de objetos, onde o termo
“brincar” será modificado para o “sensual”;
- Essa escolha compete ao jovem o seu momento de alforria da autoridade parental e a
fomentação da sua sexualidade adulta (FREUD, 1997).
A escolha do objeto sexual
“Mas a escolha do objeto é realizada primeiramente na imaginação, e a vida sexual do
adolescente não tem outra opção, praticamente, senão entregar-se a fantasias, ou seja, a ideias
não destinadas à concretização (...) Mas a investigação psicanalítica mostra que o indivíduo ainda
luta intensamente com a tentação do incesto em seu desenvolvimento e que muitas vezes sucumbe
a ela na fantasia e até mesmo na realidade (...) o impulso sexual da criança em relação aos
pais, geralmente já diferenciado graças à atração pelo sexo oposto - o do filho pela mãe e o
da filha pelo pai. Simultaneamente com a superação e repúdio dessas fantasias claramente
incestuosas, sucede uma das realizações psíquicas mais significativas e também mais dolorosas da
época da puberdade, o desprendimento da autoridade dos pais, através do qual se cria a oposição
-tão relevante para o avanço cultural - da nova geração em face da antiga.”
O encontro do objeto sexual

“É verdade que um excesso de carinho será prejudicial por acelerar o amadurecimento sexual e
também por "mimar" a criança, tornando-a incapaz de, na vida futura, renunciar
temporariamente ao amor ou satisfazer-se com uma medida menor dele. Pais neuropáticos, que
se inclinam muitas vezes ao carinho desmesurado, são os primeiros a despertar no filho, com suas
carícias, a predisposição à doença neurótica. Vê-se, por esse exemplo, que pais neuróticos
podem transferir seu distúrbio para os filhos por caminhos mais diretos que o da
hereditariedade.”
O encontro do objeto sexual
MEDO INFANTIL:

“As próprias crianças se comportam, desde os primeiros anos, como se o seu apego às pessoas
que delas cuidam fosse da natureza do amor sexual. O medo das crianças não é outra coisa,
originalmente, senão a expressão da falta que sentem da pessoa amada; por isso têm medo
de todo desconhecido. Temem a escuridão porque nela não se vê a pessoa amada, e se
tranquilizam quando podem segurar a mão desta na escuridão.”
“As crianças que tendem à ansiedade são afetadas por histórias que não deixam impressão nas
outras; e tendem à ansiedade somente aquelas com instinto sexual muito forte ou
desenvolvido prematuramente, ou tornado exigente pelo mimo excessivo. Nisso a criança se
comporta como o adulto, que transforma sua libido em angústia quando não pode satisfazê-la; e
o adulto, quando fica neurótico por causa da libido insatisfeita, comporta-se como uma criança
em sua ansiedade, começa a temer quando fica só, isto é, sem uma pessoa de cujo amor acredita
estar seguro, e a querer atenuar essa angústia com as medidas mais pueris.”
O encontro do objeto
EFEITO POSTERIOR DA ESCOLHA OBJETAL INFANTIL:

“Mesmo quem conseguiu evitar a fixação incestuosa da libido não escapa inteiramente à
sua influência. Uma nítida ressonância dessa fase de desenvolvimento ocorre quando a primeira
paixão séria de um homem jovem - algo frequente- é uma mulher madura, e a de uma garota é
um homem mais velho e possuidor de autoridade, que são capazes de reavivar neles a imagem da
mãe e do pai, respectivamente.”
“O homem busca sobretudo a imagem mnêmica da mãe, que o domina desde o começo da
infância; harmoniza -se plenamente com isso que a mãe, ainda viva, se oponha a essa nova
versão dela e a trate com hostilidade. Sendo tão importantes as relações infantis com os pais na
futura escolha do objeto sexual, é fácil compreender que toda perturbação desses laços infantis
acarreta graves consequências para a vida sexual após a maturação; mesmo o ciúme de quem
ama sempre tem raiz infantil ou, pelo menos, reforço infantil. Desavenças entre os pais, seu
casamento infeliz, determinam séria predisposição a um desenvolvimento sexual perturbado ou
adoecimento neurótico nos filhos.”
Obrigado!
Trabalho feito com base em:
Sigmund Freud - três ensaios sobre a teoria da sexualidade, análise fragmentária de uma
histeria (“O caso Dora”) e outros textos (1901-1905).

Você também pode gostar