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SEMINÁRIO BÍBLICO DE TEOLOGIA CRISTÃ DO RIO DE JANEIRO

Seminário Interdenominacional – Entidade Mantenedora: COMUNIDADE CRISTÃ VIDA NOVA


Caixa Postal 46024 CEP 20560.970 – Rio de Janeiro/RJ

PEQUENO CURSO DE HOMILÉTICA

I - CONCEITOS BÁSICOS -

1. Comunicação: Ação, efeito ou meio de comunicar, aviso,


participação, ligação, comunhão.

2. Dicção: Dicção - Maneira de dizer ou pronunciar, expressão, arte de


recitar.

3. Exegese: Interpretação, explicação ou comentário (gramatical,


histórico, jurídico, etc.) de textos, principalmente da Bíblia.

4. Eloqüência: Capacidade de falar e exprimir-se com facilidade; dom


da falar com fluência.

5. Fonação: Conjunto dos fenômenos que concorrem para a produção


da voz.

6. Hermenêutica: Princípios de interpretação bíblica; arte de


interpretar os livros sagrados e os textos antigos.

7. Homilética: Eloqüência de púlpito, de cátedra; arte de pregar


sermões, não se abstendo do aprimoramento das habilidades
oratórias. É a ciência que ensina os princípios fundamentais dos
discursos em público.

HOMILÉTICA SIMPLIFICADA
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8. Lógica: Ciência do raciocínio; coerência; raciocínio encadeado;


ligação de idéias.

9. Oratória: Arte de falar em público eloqüentemente ou em


consonância com as regras da retórica; peça dramática religiosa.

10. Persuasão: Ato ou efeito de persuadir; convicção; crença. Vem de


Persuadir: Levar a crer ou aceitar, aconselhar, induzir.

11. Pronúncia: Articulação do som das letras, sílabas ou palavras.


Maneira especial de pronunciar os sons de certa língua.

12. Pregação: É a comunicação verbal da verdade divina com o fim


de persuadir. Tem em si dois elementos: a verdade e a personalidade.

13. Retórica: A arte do uso eficiente das palavras em falar e escrever

14. Sermão: Um discurso religioso formal, baseado na Palavra de


Deus, e que tem por objetivo salvar os homens.

15. Tema: É a matéria de que trata o sermão; a idéia central do


sermão; o assunto apresentado no sermão.

II - PRINCÍPIOS DE HOMILÉTICA

1. A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO

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"Tanto a preparação quanto a exposição são enriquecidas com o grau


de conhecimento do pregador. Os conhecimentos não são a principal
razão de um sermão, mas são o esqueleto que lhe dá forma... O
pregador não precisa deixar de ser espiritual pelo fato de enriquecer
seus sermões com conhecimentos gerais. Se o sermão estiver cheio
da graça de Deus, então os conhecimentos nele inseridos resultarão
em benções. A homilética apresenta as regras técnicas, e ensina
como o pregador pode tirar proveito dos conhecimentos, ordenando os
pensamentos e dosando-os com a graça divina.

Todo pregador deve adotar um sistema de estudo, para seu maior


aproveitamento no ministério da Palavra..."1

"O que se vai dizer é resultado do que sabemos, sentimos, pensamos,


cremos e desejamos transmitir...

Cultura é aquilo que a gente sabe, resultado de nossa vivência, da


sedimentação do que somos, sabemos, das influências que sofremos
e de tudo que realmente nos estruturou. Ser um homem culto em
nossos dias, isto é, capaz de pensamento original e ter digerido as
informações do mundo em que vivemos, é uma equação diferente da
que se apresentava no passado. Pouco a pouco a "explicação" do
mundo foi, cada vez mais, passando para a área científica..."2 Por isso
o importante é manter os "pés no chão".

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Para falar de um tema qualquer é preciso dominar o assunto, a ponto


de torná-lo de uma simplicidade quase alarmante e dar a impressão
ao auditório de que o estamos desvendando juntos, realizando uma
agradável excursão intelectual ou humana, participando os dois, nós e
o ouvinte, do que vai surgir. O que vale mais é a gente ser a gente
mesmo."3

Assim, a primeira e grande obrigação do pregador é a LEITURA,


constante, sistemática dos assuntos que ele aborda em suas prédicas
e de cultura geral.

2. PREGAÇÃO BÍBLICA

"Pregação bíblica, em poucas palavras, é a proclamação da Palavra


de Deus à congregação. Na realidade, proclamar a Palavra de Deus
significa muito mais do que simplesmente ler a Bíblia e atribuir uma
lição prática à passagem lida. A pregação bíblica envolve a cuidadosa
remoção do texto de seu engaste original, transferindo-o para a
situação atual da igreja. Para efetuá-lo, o ministro precisa
compreender não somente as Escrituras mas também a sua
congregação - o mundo dos tempos bíblicos e o mundo de sua igreja,
bem como as semelhanças e diferenças entre ambos esses mundos.

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Visto que o sermão serve de ponte entre o passado e o presente, e


não constitui meramente um comentário sobre o texto, não se deve
confundir a pregação bíblica com exegese gramatical, histórica ou
teológica. Ela vai além disso, a fim de proclamar a passagem bíblica
como normativa para a fé e prática cristã, de modo que informa,
desperta, assegura e sustém a congregação em sua vida de fé. No
entanto, a pregação bíblica precisa centralizar-se na passagem bíblica
e não nalgum problema pessoal ou questão contemporânea..."4

3. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE INTERPRETAÇÃO BÍBLICA

3.1 - Princípio de Interpretação Gramatical

"A pregação bíblica começa com a exegese do texto, e a exegese


segue os princípios gramaticais. Ela procura entender o significado
verbal do texto analisando a função e o sentido das palavras
empregadas...

Visto que a Bíblia foi escrita em hebraico e grego (e algumas partes


em aramaico) o ministro que não conhece essas línguas se encontra
numa posição desvantajosa. Não basta achar num dicionário o termo
equivalente em português a uma palavra hebraica ou grega...

O ministro que não possui adequadas habilidades lingüísticas pode


fazer uso de tais auxílios lexicais como comentários, concordâncias e

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dicionários teológicos, contando que contanto que compreenda o seu


objetivo e saiba como incorporar as informações no sermão."5

3.2 - Princípio de Interpretação Histórica

"A exegese histórica dimana.., da convicção de que a revelação divina


era um produto de determinada cultura. Isto não nega, de modo
algum, a inspiração da Bíblia; antes confirma o caráter histórico da
revelação bíblica...

Visto que a Bíblia é um documento histórico e a igreja é um


movimento histórico, a exegese histórica é importante tanto para
compreender a mensagem bíblica como para determinar seu
significado na atualidade. Questões de data, autoria, antecedentes e
circunstâncias são essenciais à tarefa de preparar sermões bíblicos.
Quanto mais conhecermos as condições político-religiosas e socio-
econômicas sob as quais foi escrito certo documento, tanto melhor
poderemos compreender a mensagem do autor e aplicá-la de acordo
com isso."6

3.3 - PRINCÍPIO DE INTERPRETAÇÃO TEOLÓGICA

"O ministro também deve compreender e explicar um texto


teologicamente. Não somente deve estar inteirado do que esse texto

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está dizendo em primeiro plano, mas também da teologia que elucida


o texto."7

Isto significa que o pregador deve conhecer as tradições, a filosofia, a


maneira de pensar, a "Cosmovisão", as idéias acerca de Deus e da
religião na época em que aquela mensagem foi escrita.

4. A APLICAÇÃO DA MENSAGEM BÍBLICA

"...A mensagem do texto precisa ser traduzida para a linguagem da


congregação e apresentada de tal maneira que se veja claramente
que corresponde a situação contemporânea. Para realizar isto, o
ministro precisa ser versado não só nas Escrituras, mas também nas
ciências sociais, especialmente as que tem que ver com a conduta
humana...

É importante que o ministro esteja ciente das questões


contemporâneas e de seu impacto sobre o pensamento, as emoções e
a conduta da Igreja...

Um ministro pode fazer esmerada exegese de um texto bíblico e


diminuir no entanto, a significação de seu estudo fazendo observações
superficiais sobre a vida contemporânea. A igreja necessita de
penetrantes análises e críticas do mundo de hoje em dia."8

5. A APRESENTAÇÃO DO SERMÃO

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"Em que deve o pregador basear-se para pregar? Em manuscritos?


Notas? Em nada? Ao prepararmos e apresentarmos o sermão,
normalmente pensamos em quatro opções: 1.Improviso - nenhum
preparo específico; 2. Extemporâneo - idéias preparadas; 3.
Manuscrito - pensamentos e palavras preparados; 4. Memorização -
pensamentos e palavras preparados e decorados. Uma vez que os
números um e quatro são extremos e raramente usados, concentrar-
nos-emos nos outros dois métodos...

Na maioria dos casos, a pregação manuscrita força o pregador a fazer


um preparo mais completo e preciso. Aqueles que escreveram seus
sermões antecipadamente, podem analisá-los com mais exatidão
antes de usá-los.

Uma vez que os pregadores extemporâneos não selecionam suas


palavras com antecedência - selecionando apenas as idéias - eles
poupam grande quantidade de tempo na preparação do sermão...

A pregação extemporânea, contudo, em geral é pregação mais


relacional do que manuscrita. Henry Ward Beecher dizia que um
sermão escrito estende uma mão revestida de luva para as pessoas;
sermão não escrito estende uma palma de mão incandescente. Uma
luva pode ser mais perfeita do que a mão cicatrizada e calosa, mas
não é tão calorosa nem tão sensível.

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Ler os sermões limita o contato dos olhos do pregador com o auditório.


Como afirmava Phillips Brooks, a pregação é a verdade através da
personalidade. Ora, os olhos transmitem a personalidade. Assim,
qualquer coisa que interfira com o contato dos olhos do pregador,
impede que a personalidade seja bem sucedida, e interfere com a
pregação.

A maioria dos homiléticos concorda em que a maneira ideal de pregar


um sermão é fazer primeiro um manuscrito, e depois preparar um
esboço - quer o pregador use esse esboço no púlpito ou o decore...

Muitos pregadores levam um manuscrito ao púlpito, mas lêem apenas


partes dele, pregando o restante dele de improviso. Por exemplo, as
ilustrações e o apelo não se prestam bem para a elocução manuscrita
e provavelmente devam ser pregados de improviso...

Nenhum método isolado serve para todos. E, obviamente, tanto a


pregação manuscrita como a improvisada possuem vantagens e
desvantagens significativas... Descubra o que fica melhor para
você..."9

6. A ESTRUTURA DO SERMÃO

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Três são as partes essenciais que formam a estrutura de um sermão:


Introdução; Desenvolvimento, plano ou corpo e Conclusão.

"A estrutura propriamente dita é a organização do sermão com suas


divisões técnicas, que servem para orientar o pregador na
apresentação da mensagem."10

Um sermão precisa ter UNIDADE, ORDEM, SIMETRIA E


PROGRESSÃO.

6.1 - A INTRODUÇÃO

"A introdução é a parte do sermão que serve como ponto de contato


entre o pregador e o auditório. Normalmente, a introdução é a última
parte a ser feita na preparação,.. Tendo uma idéia geral do sermão,
devidamente estruturada, pode então preparar eficazmente a
introdução.

A introdução deve conter outros aspectos não técnicos. São aspectos


psicológicos. Para começar um sermão, o pregador deve saber
discernir o tipo de auditório, ao qual falará. Deve desenvolver a
habilidade de preparar o seu auditório espiritual e psicologicamente
para ouvir o sermão que irá apresentar. Em outras palavras, 'a
introdução de um sermão deve fazer com que os ouvintes sintam boa
disposição para escutar o pregador; deve fazer com que lhe prestem

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atenção, e que fiquem desejosos de receber a mensagem que o


predicante deseja apresentar."11

Uma boa introdução deve ser:

1. Breve (em torno de 5 minutos)

2. Apropriada, de acordo com o tema do sermão.

3. Interessante.

4. Simples. Sem arrogância, sem prometer muito.

5. Cuidadosamente preparada.

6.2 - O DESENVOLVIMENTO

Dentro da estrutura do sermão, o desenvolvimento é a parte principal.


Ele é também chamado de esqueleto do sermão, que deverá ser
recheado com comentários apropriados das divisões pertinentes ao
tema.

A manutenção da seqüência lógica do sermão, especialmente na


passagem da introdução para o corpo, depende principalmente de
duas coisas, a saber: uma ordem própria nas divisões e transições
fáceis de um pensamento para outro.

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Por outro lado é bom lembrar que as divisões devem obedecer a uma
ordem ascendente, no sentido de um movimento progressivo durante
o sermão.

6.2.1 - A ILUSTRAÇÃO - A ilustração é para o sermão o que são as


janelas para uma casa. O objetivo principal da ilustração é facilitar a
compreensão do assunto ou mensagem. .

Quais os motivos que nos devem levar a usar ilustrações?

1o) Por causa do interesse humano.

2o) Clareza

3o) Beleza

4o) Complementação.

A ilustração nunca deve ser a parte principal do sermão. É tão-


somente uma janela. Esta nunca é mais importante do que a casa.12

6.3 - A CONCLUSÃO

A conclusão idealmente deve conter quatro partes: 1) uma frase


objetiva; 2) um breve resumo ou sumário; 3) um apelo e 4) uma ou
mais frases finais.

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A conclusão é basicamente a junção dos fios do sermão. É a


concentração dos principais raios do sermão num só ponto.

Não convém apresentar material novo na conclusão.

Ao fazer o apelo, os pronomes se tornam muito importantes. Usem os


pronomes "vós" e "nós". Incluam-se nele.

O apelo pode ser feito de muitas maneiras. Nem sempre precisa tomar
a forma de um convite que requeira uma resposta visível.

A frase ou frases finais constituem a última parte da conclusão. As


últimas três frases do sermão devem ser muito bem preparadas,
escritas por extenso e, se possível, decoradas.

Alguns não sabem como e quando terminar. Nunca se deve dizer:


"Para terminar..." ou "Terminando..." e então ficar divagando durante
mais cinco minutos. Não se deve manifestar hesitação ou incerteza.13

7. ESPÉCIES DE SERMÃO

Existem três tipos principais de sermões:

7.1 - SERMÕES TÓPICOS, ou sermão temático. A divisão deriva-se


do tema ou assunto apresentado e é independente do texto bíblico
escolhido. No sentido técnico, o sermão tópico é aquele que deve sua

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estrutura e sobretudo divisões ao desenvolvimento da verdade que


está em volta do tema.

"o pregador pode exercer sua capacidade analítica e imaginativa, para


usar diferentes modos de dividir o assunto que deseja apresentar. O
sermão tópico envolve criatividade e versatilidade da parte do
pregador."14

7.2 - SERMÕES TEXTUAIS, aqui a estrutura e/ou divisões do sermão


são tiradas do texto bíblico escolhido. Consiste em selecionar alguns
versículos, um versículo, ou mesmo uma parte de um versículo como
texto.

O mais comum é o pregador usar a divisão natural do texto, onde a


distinção das idéias está no texto e apenas deve ser posta em
destaque. Este tipo de divisão permite ao pregador usar as próprias
palavras do texto. Exemplo, I Cor. 13:13 apresenta três divisões
naturais, cujo tema tirado do texto, fica a critério do pregador.

Outra divisão que pode ser usada é a textual analítica. Este tipo de
divisão baseia-se em perguntas: quem? que? quando? por que?
como? e, onde? O tema do sermão textual analítico é tirado da idéia
geral do texto. Exemplo: Lucas 19: 1-10: a) foi uma visita inesperada;
b) foi uma visita transformadora; c) foi uma visita salvadora.

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7.3 - SERMÕES EXPOSITIVOS.

"O sermão expositivo está diretamente ligado ao sermão textual, com


a diferença de que o seu desenvolvimento é feito sob as regras da
exegese bíblica, e não abrange um só versículo, mas uma passagem,
um capítulo, vários capítulos, ou mesmo um livro inteiro.

O sermão expositivo é o que faz a exegese do texto escolhido. É o


desenvolvimento de uma verdade contida em uma passagem bíblica.
É um método que exige estudo e tempo da parte do predicante na
preparação do que vai expor... Objetivamente, um sermão expositivo
significa colocar fora, mostrar, exibir uma verdade contida num
determinado texto das Escrituras."15.

III - ORATÓRIA

1. REQUISITOS NECESSÁRIOS A UMA BOA ORATÓRIA

1.1 - Influência Pessoal

1.2 - Dicção

1.3 - Timbre (inflexão, correto uso da voz; agradável)

1.4 - Gesticulação (oportuna e efetiva)

1.5 - Correção Gramatical

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1.6 - Expressividade

1.7 - Persuasão

1.8 - Comunicação

2. INFLUÊNCIA PESSOAL

Os cientistas do comportamento afirmam que nos comunicamos


sempre que o contato com alguém seja feito. Com freqüência a
comunicação mais eficiente é não-verbal. O significado da mensagem
está na pessoa e não nas palavras. Conquanto as palavras possam
ser transferidas de uma mente para outra, o significado não pode ser
transferido. Conseqüentemente, crê-se que todas as comunicações
são mudadas 70 a 90% pela pessoa que recebe.

3. COMUNICAÇÃO

"A falha na comunicação afasta muitas pessoas das igrejas...

A monotonia na pregação é uma falta grave, principalmente porque


existem muitas maneiras de se variar a comunicação da mensagem.
Os meios de comunicação (multimídia) estão se aprimorando na
variedade de comunicar. Eles sabem que um comercial, filme, novela
ou programa esportivo monótono não conquista audiência,..

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A má comunicação começa com uma voz irritante, fraca, estridente,


aguda ou grave demais. Assim como as boas vozes produzem
convicção as vozes defeituosas geram dúvidas e rejeição.

Em questão de comunicação a convicção é vital...

'Prega mal quem não tem capacidade de encarar os seus ouvintes e


olha para tudo, menos para as pessoas, e estas desejam uma perfeita
comunicação com o pregador. A comunicação do pregador deve ser
com pessoas, não com galerias imaginárias, corredores, paredes,
ventiladores, planos ou qualquer outro objeto no santuário.'

Ignorar a arte da boa comunicação é condenar-se a si mesmo como


pregador. É pregar uma mensagem que não pulsa com o vigor da
realidade. Há pregadores que em nome do conteúdo pecam na
comunicação, isso porque não conseguem se libertar das
anotações."16

4. COMO APRENDER A FALAR?

"... A fala é o resultado de tantos fatores que é preciso zelar por ela
com o máximo de cuidado. Falar já é algo de fabuloso. Falar bem
requer, logicamente, um aprendizado, um contínuo aperfeiçoamento,
porque falar bem representa ser bem, sentir bem, querer bem, fazer
bem, ter dentro de si reservas a transbordar. Para isso não é preciso

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ser um intelectual ou um cientista. Qualquer pessoa, mesmo uma


pessoa analfabeta, pode transmitir algo que nos enriqueça em
experiência ou conhecimento."17

"A fala deve ser aprendida, mas aprendida mesmo! Falar bem com
boa voz não é um dom natural. Parece sê-lo muito raramente quando
pessoas que nunca aprenderam a utilizar da melhor maneira sua voz e
sua fala, seu gesto e sua capacidade de comunicar-se, dão a
impressão de serem grandes oradores natos. Mas nunca se poderá
dizer até que ponto eles seriam muito melhores ainda, se tivessem
recebido uma orientação esclarecedora. O fato de uma coisa dar bom
resultado não significa nunca que não possa dar resultado melhor."18

"Nunca é demais repetir que a voz é o homem, que a voz é "espelho


da alma"; que se vê melhor a pessoa ouvindo-a; que "a voz carrega
consigo toda a história do homem e da Humanidade".1

HOMILÉTICA SIMPLIFICADA

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