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HOMILÉTICA
INTRODUÇÃO
Deus
Pregador Ouvinte/comunidade
Os pregadores dirigiram-se, á Deus e transmite ao ouvinte a mensagem levando-o a Deus.
Os problemas da homilética
Falta de preparo adequado do pregador;
Unidade corporal na prédica;
Vivência real do pregador na fé cristã;
Aplicação prática às necessidades existentes na igreja; equilíbrio na seleção dos
textos bíblicos;
Prioridade da mensagem na liturgia; um bom planejamento ministerial; interesse dos
ouvintes.
Aplicações da eloquência:
Os requisitos essenciais do sermão se dividem em dois grupos: os que são comuns a todos os
discursos, a saber - ponto, unidade, ordem e movimento; e os que são peculiares ao sermão, a
saber - fidelidade textual, tom evangélico e elemento didático. Os Requisitos do Sermão como
discurso: Ponto: é o termo técnico para designar o assunto do sermão. Todo sermão deve girar
em torno dessa ideia principal e central, procurando sempre dar-lhe ênfase e destaque. Esse
ponto de referência determina uma gravitação de todas as partes para um determinado centro.
Unidade: consiste na relação das partes com o ponto. A unidade, disse Dabney, "é tão
necessária à forma como à beleza". Para que o sermão tenha unidade, necessário é que tenha
um só assunto e um só propósito, e também que o pregador evite qualquer espécie de
digressão. A unidade se consegue mediante a subordinação das ideias secundárias a uma ideia
geral. Ordem: a ordem, considerada a primeira lei do céu, consiste na relação das partes entre
si: "bons pensamentos podem ocorrer a qualquer pessoa; o que geralmente falta é a arte de
organiza-los convenientemente". Assegura Schaff que "a disposição natural, clara, lógica, é
em si, meio sermão". Vinet por sua vez diz que, "o discurso mal disposto é obscuro, e o que é
obscuro é fraco". A associação de ideais: Princípio básico da memória constitui um recurso
de que se utiliza o pregador para estabelecer uma boa ordem em seu sermão, podendo assim
retê-lo e reproduzi-lo mais facilmente. Leis da associação Simultaneidade (tempo)
Continuidade (lugar) Semelhança (analogia) Antítese (contraste) Causalidade (relação de
causa e efeito) Movimento: o movimento se relaciona com a elocução. É o que comunica ao
discurso vivacidade, entusiasmo e beleza. É o segredo da eloquência. O movimento depende
da boa disposição da matéria, o que dará coerência ao desenvolvimento do sermão, evitando
que ele sofra qualquer solução de continuidade. Para que haja no sermão o necessário
movimento convém estudar cuidadosamente as transições ou ligações entre as suas diversas
partes. As transições devem ser apropriadas, lógicas e naturais.
Requisitos peculiares do sermão (1) Fidelidade textual: este requisito decorre da própria
missão do pregador, que é pregar a palavra de Deus. Para esse fim, deve ele fazer uma boa
exegese do trecho bíblico que vai servir de base do sermão, e nunca se desviar do texto assim
interpretado. Isso dará unidade ao seu sermão, e também variedade à sua prédica, visto que,
nas Escrituras, não existe uma passagem inteiramente idêntica a outra passagem. (2) Elemento
didático: Este requisito também se relaciona com a missão do pregador, porquanto Cristo
mesmo ordenou aos seus discípulos: "ide, pois, ensinai todas as nações". Não quer dizer,
porém, que devemos reduzir o sermão unicamente ao ensino ou a uma simples aula, visto que
ele, por sua natureza e propósito, apresenta características que lhe são próprias. Entretanto, o
pregador tem sempre a obrigação de ensinar. Para ensinar é preciso saber, e para saber é
preciso estudar. Portanto, a preparação de sermões exige estudo e preparação. Isto é, 90 % de
transpiração e 10 % de unção, sendo que o contrário deve ser verdadeiro na
elocução(pregação) do sermão: 90 % de unção (oração e dependência de Deus) e 10 % de
capacitação própria. (3) Tom evangélico: é o que diferencia um sermão de qualquer outro
discurso, estabelecendo nítida distinção entre eloquência sagrada e secular. Algumas
condições devem ser levadas em conta: a) a espiritualidade do pregador; b) o propósito que
tem em vista; c) o assunto que trata, incluindo o modo de considerá-lo e a matéria empregada
em sua ampliação. (4) O Texto todo sermão deve basear-se em um texto bíblico, pelas
seguintes razões: 1. Porque a missão do ministro do evangelho é pregar a Palavra de Deus; 2.
Porque é das sagradas Escrituras que o ministro deriva sua autoridade para falar às suas
plateias; 3. Porque é uma exigência imposta pelo conceito homilético do sermão: "não é o
sermão que determina o texto, mas o texto que determina o sermão" (Vinet).
Valor do texto: o texto das Escrituras dá ao sermão autoridade, unidade e variedade: a)
autoridade por ser a palavra de Deus; b) unidade, por ser um só texto; c) variedade, por ser um
texto diferente dos demais textos. Preceitos para a escolha do texto: a) Deve ser texto da
Bíblia; b) Deve ser a palavra de Deus (isto porque existem textos que expressam o caráter, a
vontade ou o pensamento de Deus, visto que na Bíblia, também encontramos a palavra do
homem e mesmo de Satanás; c) Deve ser usado com o sentido e contexto que se encontra nas
Escrituras, isto é, para que não se anule os dois primeiros preceitos, por isso o pregador não
deve atribuir ao texto uma interpretação de acordo com a sua preferência, mas segundo os
princípios da verdadeira exegese bíblica; d) Deve ser um texto de sentido claro: não se
recomenda, por exemplo, que se pregue sobre passagens que vão dar inúmeras interpretações.
Exemplo: 1 Pe. 3:19 (aos espíritos em prisão); e) Deve ser um texto isento de qualquer
inconveniente: segundo Burt existem textos que não são apropriados para servirem de base
para o sermão. Exemplo: 2 Pe. 2:22 (cão e a porca). Uma boa sugestão: em referência à
escolha do texto, sugerimos ao pregador os seguintes recursos: a) Que faça uma lista de textos
bíblicos e de assuntos a que poderá recorrer nas ocasiões de necessidade; b) Que procure
corresponder às condições e exigências de seu auditório, tendo consciência do seu contexto;
c) Que ore a Deus, buscando orientação a fim de que seja acertada a sua escolha. Embora é
preciso dizer que mesmo os txtos mais difíceis de se pregar não podem ser menosprezados,
pois, o pregador precisa estar pronto para pregar toda a Bíblia. Aconselha-se que os textos mis
difíceis sejam utilizados com prudência sabendo qual auditório estará presente..