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A COMUNICAÇÃO DA PALAVRA DE DEUS

INTRODUÇÃO

Texto: Romanos 10.13-15

            “Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, porém,
invocarão aquele em que não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como
ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão se não forem enviados? Como está escrito:
Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas!” (NAA)

O que é Hermenêutica?
Hermenêutica é a ciência e arte de interpretar textos. A hermenêutica é a ciência que
estabelece os princípios, leis e métodos de interpretação. Em sua abrangência trata da teoria
da interpretação de sinais, símbolos e leis de uma cultura.

O que é a Homilética?
É uma ciência cuja arte é a pregação, e que busca como resultado o preparo de um
sermão bem elaborado e apresentado.

Origem da palavra
Homilética é palavra de origem grega - “homiletikos” (ato de pregar sermões, homílias,
de falar elegantemente na oratória eclesiástica). É a arte de falar bem.

1 – PREGAÇÃO

1.1 – A Pregação
            De maneira simples, é falar um sermão, é fazer uma prédica (latim “pregationis”).

1.2 – O Objeto da Pregação


O objeto da pregação é a Palavra de Deus. Toda pregação precisa ser bíblica.
Então podemos afirmar que pregação é a comunicação ou transmissão oral da verdade divina
com a finalidade de persuadir os ouvintes. Pregar é anunciar a salvação de Deus em Jesus
Cristo. A base da mensagem ou o seu fundamento é a Palavra de Deus, a verdade divina que
precisa ser proclamada, pregada e não discutida.
A mensagem é o Evangelho (a boa notícia) em sua plenitude: a salvação e os princípios do
Reino de Deus.

1.3 – O Valor da Pregação

A pregação é coisa importantíssima na história da Igreja. Deus usou os profetas na velha


dispensação e os apóstolos na nova dispensação. Da Reforma até os nossos dias, temos tido
pregadores que têm abalado a sua época (Is 52:7). A pregação deve ocupar o centro do culto,
isto é, o espaço mais importante do culto.
Por meio da pregação a graça de Deus se manifesta sobre a vida dos homens. “Como crerão se
não há quem pregue?” Rm 10.14.

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Se a pregação é tão importante, quem prega deve aprender como melhor se preparar para
transmitir a mensagem de Deus. Para isto, precisa estudar homilética e desta forma conhecer
a arte da homília.

1.4 – A Eficácia da Pregação

A eficácia da pregação depende principalmente da obra do Espírito, que ocorre em três


instâncias: na preparação do sermão, na entrega da mensagem e na recepção da mensagem
por ocasião da pregação.
A eficácia da pregação depende da capacitação do Espírito para a tarefa (2 Co 3.5-6). É o
Espírito Santo quem confere poder à pregação (1 Co 2.4-5 e 1 Ts 1.5).
A eficácia da pregação depende da ação iluminadora do Espírito Santo na preparação do
sermão e da unção do Espírito na entrega da mensagem.

2 – O PREGADOR

2.1 – O Agente da Pregação

A palavra grega correspondente a pregador é “keryx” – arauto. A palavra “kerygma” designa


proclamação ou anúncio do Reino de Deus. Portanto o pregador é aquele que anuncia o
Evangelho de Cristo. O pregador é o arauto, a voz de Deus para os homens.

2.2 – A Eficácia da Pregação Com Relação ao Pregador

Se o Espírito Santo não assistir o pregador no seu labor exegético, o resultado do seu trabalho
será insuficiente, por maior que seja o seu conhecimento e por mais diligente que seja o seu
trabalho.

Diante disso o pregador deve:

·        Consagrar-se – Preparar-se para a pregação do Evangelho é dever sagrado. Para isso o


pregador deve dedicar-se ao máximo, para que possa alcançar os melhores resultados. Separar
tempo para reflexão, oração e jejum se lhe for possível.

·        Estudar a mensagem – Uma das maiores tragédias nos púlpitos de nossas igrejas é a má
preparação dos pregadores, especialmente daqueles que, além de não estudarem, deixam de
se dedicar à pregação. Sua mensagem, consequentemente, é desorganizada, sem nexo,
perdida em uma Bíblia tão grande, perfeita e boa, deixando o público ouvinte carente de
compreensão da Palavra de Deus.

2.3 – As Qualidades do Bom Pregador

Para que a verdade divina seja transmitida com resultados é necessário para o pregador:

a)    Ter íntima comunhão com Deus – Um ardente amor ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo
manterá o pregador ligado ao Céu e “as coisas que são de cima” (Cl 3.1). Ter amor a Palavra de
Deus e temor.

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b)    Ser cheio do Espírito – O pregador deve viver com o coração cheio de amor pelas almas.
Somente alguém cheio do Espírito é capaz de manifestar a graça e o poder de Deus. Ser cheio
do Espírito é viver na dependência de Deus todos os dias.

c)    Ter certeza de seu chamado – Quando se sabe para que Deus o chamou, se tem
autoconfiança para cumprir seu propósito.

d)    Ter vida de oração – A oração deve fazer parte da vida de todo crente, quanto mais da
vida do pregador.  O pregador deve orar como se tudo dependesse de Deus e trabalhar como
se tudo dependesse dele;

e)    Ser ele mesmo – Nada de imitação. Ex.: Davi rejeitou as armas de Saul, na sua luta contra
Golias, porque não sabia manejá-las, preferiu as suas, ainda que simples (1 Sm 17:39);

f)     Deve conhecer profundamente a palavra de Deus – Aquele que prega a Palavra de Deus
deve conhecê-la bem (2 Timóteo 2:15);

g)    Ser culto (Leitor compulsivo) – É necessário não conhecer apenas teologia, mas ter
conhecimento em outras áreas como: psicologia, filosofia, sociologia, direito, geografia,
história, etc.

h)    Conhecer o povo a quem está pregando - Estar atento a necessidade da comunidade na


escolha e transmissão da mensagem. Não se faz uma mensagem relevante sem ter
conhecimento da realidade do povo a quem está pregando.

i)     Humildade – Não seja o pregador excessivamente humilde. Precisa crer no sucesso de seu
trabalho e naquilo que defende. Deve pregar com confiança, sabendo que Deus o usará apesar
de ser falho. Não pense o pregador que é infalível.

j)      Ser corajoso – Não deve ter medo de pregar a Palavra de Deus. Deve crer sempre que
Deus o capacitará em qualquer situação.

k)    Desejo de sempre melhorar – Corrija-se, procure melhorar, dedique-se aos estudos


seculares e teológicos, busque melhorar na arte da homilia a cada dia. Ouça outros
pregadores. Não seja perfeccionista, pois isto é doença.

2.4 – Pregando com Propósito

Qual é o alvo da pregação? O alvo da pregação é salvar ou é edificar os ouvintes. Conforme o


propósito de sua mensagem ela será:

a)    Evangelística – apelo para salvação. Busca a salvação dos não-regenerados.

b)   Doutrinária – edificação do corpo de Cristo que é a Igreja. Instruir a igreja.

c)    Confortadora/devocional – busca imprimir força, fé, graça e consolo aos corações


turbados.

d)   Ética – busca o aperfeiçoamento da conduta cristã.

e)    Missionária – busca despertar novos apaixonados por missões.

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f)     Pastoral – busca levar orientação a igreja em momentos específicos.

O pregador deve manter um equilíbrio, não caindo em extremos, isto é, só pregando um tipo e
esquecendo-se do outro.

2.5 – Pregamos também com a nossa postura

A postura do pregador à frente da comunidade cristã tem muita importância. A sua linguagem,
os seus métodos também. Nunca se deve pregar sem estar preparado intelectualmente,
moralmente e espiritualmente. Nada de improvisações.
O que falamos no púlpito marca de tal modo a vida dos ouvintes que o pregador tanto pode
ajudar na restauração de vidas como prejudicar os que atravessam crises e precisam de todo
carinho e brandura.

2.6 – O Pregador e as Formas de Comunicação

Pregar o Evangelho é comunicar as boas novas ao mundo. É ensinar as verdades divinas


através da comunicação. E comunicação é o resultado da interação de três elementos básicos:
emissor, mensagem e receptor.
Para se comunicar o pregador pode fazer uso de diversos veículos de comunicação e também
de uma variedade de modos ou métodos de comunicação.

·         Comunicação Sonora;

·         Comunicação Visual;

·         Comunicação Escrita

·        Comunicação Áudio e Vídeo

·        Comunicação Redes Sociais/Internet

3 – DESENVOLVENDO UM BOM SERMÃO

3.1 – Oração Fundamento Imprescindível Para o Pregador

Como Começar e Terminar um Sermão?


No que se refere à pregação no púlpito, NÃO fugir desta regra: começar e terminar com
oração.
No que se refere a construção do sermão antes de ser pregado, NÃO fugir desta regra:
começar, prosseguir e terminar com oração.

3.2 – Três Passos Iniciais Para se Desenvolver um Bom Sermão

Cada sermão será diferente do outro. Varia de acordo com os objetivos da mensagem e o
material à disposição.

·        A primeira coisa é saber o que se quer pregar. Muitos sobem no púlpito sem saber o que
realmente querem falar para a comunidade.

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 Precisa-se conhecer a realidade da Igreja e seu contexto social.
 Qual o tema se quer abordar?

·        A segunda coisa é analisar o texto bíblico que será tomado como base para a pregação. O
texto realmente fundamenta o que deseja pregar?

 Precisa-se estudar bem o texto. Conhecer o contexto do mesmo.


 Ele fundamenta o seu tema?

·        A terceira coisa é desenvolver o sermão.

 Deve-se ter em mãos bons materiais para estudos aprofundados. Exemplos: Bíblias de
estudos, comentários bíblicos, livros que abordam o tema proposto, etc.

3.3 – A Bíblia Fundamento Imprescindível Para o Sermão

            A Bíblia é o ponto de partida de um sermão. É ela a única fonte autêntica e infalível de
revelação de Deus ao homem. É dela que sai a ideia bem fundamentada para o sermão, pois
contém mensagem para todos os homens, de todos os níveis sociais, culturais e étnicos, bem
como para qualquer de suas necessidades. De seu texto extrai o pregador seu sermão.

3.3.1 – Outras áreas que fundamentam um bom sermão

·        As necessidades da congregação – sua realidade e necessidades.

·        A inspiração inesperada – uma palavra gerada de modo sobrenatural pelo próprio Deus,
mas que deve ter base bíblica.

·        A experiência pessoal do pregador – ajuda a dar crédito na mensagem.

·        Um planejamento ou plano de trabalho – dá direção a igreja.

3.4 – O Que é Texto Bíblico?

            A palavra texto vem do latim “textus” que significa “tela ou ponto” – termo este que
vem da palavra “texcere” que significa “tecer”.
            Texto Bíblico são as palavras bíblicas usadas pelo orador, tornando-as base do seu
sermão. Pode ser uma frase (Deus é amor. Jesus chorou, etc.), um versículo, um capitulo, uma
perícope[1] ou um livro da Bíblia.
            Segundo Egger "o próprio vocábulo "texto" (do latim textus = tecido, entrançadura) diz
que se trata de um conjunto de elementos ligados entre si pela unidade e pela coerência da
expressão... quando as palavras e as frases estão interligadas a expressão é definida como um
texto (unitário); quando ao contrário, alguns elementos carecem de conexão, estamos na
presença de diversos textos, ou de seguimentos fragmentados de texto, ou de uma sucessão
sem sentido de palavras."[2]

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3.4.1 – O Valor do Texto Bíblico
Na leitura bíblica, assumimos o compromisso com a explanação do texto em epígrafe. O
ouvinte fica frustrado quando ouve a leitura do texto bíblico e constata que ele não foi nada
mais que um pretexto.

·        Para o pregador:

a)    Dá-lhe garantia e autoridade;

b)    Leva-o à oração e pesquisa para descobrir o seu significado.

·        Para o ouvinte:

a)    Desperta o seu interesse;

b)    Ajuda-o na compreensão da mensagem e dá-lhe crescimento espiritual.

3.4.2 – Como Escolher o Texto Bíblico?

a)    De acordo com o objetivo do sermão;

b)    Que seja claro;

c)    Curto – textos longos tornam a leitura enfadonha. Pode-se selecionar uma parte menor
para leitura, e os outros detalhes da história ficam para serem narrados ao longo da
mensagem;

d)    Em geral positivo e não negativo;

e)    Evitar conteúdo pomposo e repugnante;

f)     Não desprezar os muitos conhecidos (Bartimeu, Zaqueu, Filho Pródigo, etc.)

3.4.3 – Como Interpretá-lo?

a)    De acordo com o sentido geral da Bíblia (lembre-se a Bíblia interpreta a si mesma);

b)    De acordo com o seu contexto;

c)    Encarando o sentido gramatical, lógico, histórico e figurado.

3.5 – Materiais Para o Desenvolvimento do Sermão.

3.5.1 – Adquiridos com antecipação:

a)    Conhecimento das Escrituras;

b)    Cultura geral;

c)    Cultura teológica;

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d)    Outros conhecimentos.

3.5.2 – Adquiridos na preparação da mensagem:

São oferecidos pelas fontes que estão sendo consultadas na hora, tais como: dicionários,
comentários bíblicos, etc.

3.5.3 – Adaptados durante a construção da mensagem:

Diz-se que mais da metade das mensagens pregadas em nossos púlpitos são adaptados. Trata-
se do aproveitamento das ideias e pensamentos alheios não literais, porém modificados ou
aperfeiçoados pelo pregador, no preparo do sermão. Isto é comum no mundo cientifico. O
pregador deve na medida do possível citar as fontes consultadas.

4 – CONSTRUINDO O SERMÃO

4.1 – Divisões do Sermão

Um sermão bem organizado, dividido corretamente com linhas claras e definidas, é preferível
a um que divague por toda a Bíblia, e aborde vários pontos teológicos. Para facilitar a
exposição da mensagem, adotam-se divisões na construção do sermão.

Um sermão é dividido da seguinte maneira:

·        Introdução.

·        Transição

·        Título – (nome que se dá a mensagem).

·        Divisões do Tema

 Título 1 – (deve estar ligado ao título dá mensagem)

§  Subtítulo (deve estar ligado ao título 1).

 Título 2 - (deve estar ligado ao título dá mensagem)

§  Subtítulo (deve estar ligado ao título 2).

 o  Título 3 - (deve estar ligado ao título dá mensagem)

·        Conclusão

4.2 – As Divisões do Sermão

4.2.1 – Introdução:

A)   É a entrada do sermão;

B)   O anúncio do que se pretende dizer;

C)   Preparada com antecipação;

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D)   Apresentada com firmeza, segurança e clareza;

E)   Breve e interessante;

F)   A última parte do sermão a ser feito.

Pode-se introduzir com uma ilustração, com uma manchete de jornal, com a declaração direta
dos objetivos, ou seja, a necessidades elementares dos ouvintes.
Fontes para ilustração: Texto, contexto, ilustração, testemunho, etc.

4.2.2 – Transição:

Explicação do texto básico (pano de fundo do texto escolhido) e passagem para o tema.

4.2.3 – Título:

Deve ser o resultado do tema (assunto) que deseja falar.


Um título bem elaborado atraí o ouvinte. É lamentável quando o título deixa de cumprir sua
função e, em vez de anúncio adequado passa a servir tão-somente de chamariz, isso acontece
quando a mensagem não corresponde ao título. Outras vezes o título cai no esquecimento,
não tem nada a ver com a mensagem.

4.2.4 – Divisões:

A)   As divisões devem ser lógicas, relacionadas com o texto e o tema, separadas umas das
outras.

B)   Quanto a quantidade? Duas no mínimo e quatro ou cinco no máximo. Melhor que sejam
sempre três.

C)   Quanto a ordem? Começar do argumento mais fraco.

D)   Nesta parte do sermão são apresentadas as provas da verdade que se pretende ensinar.

E)   A passagem de uma divisão para outra deve ser feita de maneira sutil. As divisões devem
adaptar-se perfeitamente uma à outra e, se possível, proceder uma da outra, em
desenvolvimento natural.

Muitos costumam anunciar minuciosamente as divisões do sermão. Não é obrigatório, embora


seja importante ter essa divisão em mente quando se está pregando.

4.2.5 – Conclusão:

A)   É o desfecho final, portanto deve ser muito bem preparada;

B)   Deve ser breve;

C)   Preparada antecipadamente;

D)   Deve apresentar uma recapitulação das divisões;

E)   Deve apresentar uma aplicação final e prática.

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F)   Deve concluir através de apelos veemente para aceitação da verdade;

·        Apelo pode ser direto. Afirmação ou pergunta: Ex.: “Você precisa...” “Você que precisa...”.

·        Apelo pode ser indireto. Reflexivo: “Gostaria que você pensasse...”.

Obs.: Aplicação "é a arte de persuadir e levar o ouvinte a não só entender a verdade, mas,
sobretudo, pô-la em pratica com sua própria vida".
Como e quando usá-la? No final do sermão ou no fim de cada divisão.

5 – O PREGADOR E O PÚLPITO

5.1 – A Duração do Sermão

Não pode ser muito curto e nem muito comprido. O melhor tempo gira em torno dos (30)
trinta minutos. Cuidado para não cansar os ouvintes.

Um sermão é dividido da seguinte maneira com relação ao tempo:

·        Introdução – 3 à 5 minutos aproximadamente

·        Transição – 1 ou 2 minutos aproximadamente

·        Divisões do Tema - 20 minutos aproximadamente

·        Conclusão – 2 à 4 minutos

5.2 – O Decoro no Púlpito

Ao ocupar o púlpito, conscientize-se o obreiro de que está num lugar santo; que dali ele vai
orientar a adoração e ministrar a santa Palavra de Deus; que todos estão com a atenção
voltada para ele. Por conseguinte, deve portar-se com dignidade e reverência, para que receba
de Deus as bênçãos, e contribua para que outros sejam abençoados, e também seja exemplo a
todos.

5.2.1 – Cuidados que o pregador deve ter no púlpito

·        Apresentação pessoal – o pregador deve apresentar-se bem vestido (sem exageros).
Barbeado, cabelos feitos, sapatos limpos, gravata e colarinhos bem ajeitados.

·        Ao assentar-se – Quando assentar-se atrás do púlpito, seja discreto, a fim de dar exemplo
a fiéis e infiéis. Não fique alheio ou distraído com relação ao que se passa ao redor.

·        Com relação aos companheiros – Havendo no púlpito companheiros ou visitantes, deve o


pregador evitar distraí-los, conversando ou dando atenção demasiada à conversa deles, pois
além de parecer mal, tal procedimento prejudica grandemente os trabalhos e tira a autoridade
do obreiro para advertir aos infratores da ordem.

·        Ao mostrar fraquezas morais e espirituais do auditório – Inclua-se entre os faltosos,


usando o pronome “nós”, para evitar ressentimentos e resultados danosos.

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·        Aceite com naturalidade e considerações os elogios que lhe forem dirigidos, não dando
respostas jocosas ou repreensivas.

5.2.2 – O Que Não se Deve Fazer no Púlpito

·        Deveríamos nunca precisar pedir desculpas. Mas para isso precisa estar inspirado por
Deus e ter cuidado com as palavras;

·        Jamais levar suas dúvidas para o púlpito. Nossa missão é compartilhar a fé e nunca abalar
a fé dos ouvintes.

·        Olhar várias vezes no relógio;

·        Fechar a Bíblia antes de terminar o sermão;

·        Contar anedotas ou piadas;

·        Se mover demasiadamente;

·        Pregar com as mãos no bolso;

·        Assentar-se de maneira deselegante: pernas abertas, braços estendidos para os lados,


pernas cruzadas com joelhos elevados;

·        Mexer-se ou coçar em demasia, como se estivesse em um lugar privativo;

·        Ficar ajeitando as calças, como se estivessem caindo;

·        Com o olhar voltado para o teto, para a Bíblia ou qualquer outro lugar que não o
auditório;

·        Ficar preso ao esboço do sermão;

·        Preencher espaços com “améns” e “aleluias”, de maneira descabida.

·        Não inclua no sermão testemunhos absurdos para explorar a sensibilidade ou emoção


dos ouvintes.

·        Dar murro no púlpito.

6 – TIPOS DE SERMÕES:

6.1 – Temático ou Tópico

É aquele cujas divisões são extraídas do tema. Dividi-se o tema e não o texto de onde é tirado.
Está ligado obrigatoriamente ao título, isto é, ao assunto. Tudo que esse sermão recebe do
texto é sua idéia central. Exemplo:

Texto: Lucas 24:13-35

INTRODUÇÃO.

TRANSIÇÃO.

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TEMA: Bênçãos Da Presença De Cristo (v.29).

DIVISÕES:

1 – (está oculta a palavra – tem) PAZ – Estavam tristes e abatidos (v.17).

2 – (tem) CORAGEM – Fugiam de Jerusalém (v.13) e agora voltavam imediatamente (v.33).

3 – (tem) VITÓRIA – (1 Co 15:57).

CONCLUSÃO.

6.1.1 – Vantagens ao elaborar um sermão temático

 Permite que se discuta qualquer assunto julgado necessário;


 Possui maior amplitude de desenvolvimento;
 Permite ao pregador prosseguir rumo ao alvo do sermão;
 Contribui para desenvolver no pregador a criação literária;
 Ajuda a sequência de argumentos lógicos;
 Possui mais harmonia entre as partes por ser mais lógico;
 É geralmente mais claro, mais fácil de ser compreendido.

6.1.2 – Desvantagens ao elaborar um sermão temático

 Pode encorajar o pregador a enveredar por assuntos seculares, perdendo de vista o


objetivo;
 Por não exigir muito esforço, pode levar o pregador ao comodismo e à
superficialidade, pela não-aplicação aos estudos;
 Pode introduzir o pregador a divagações e generalidades;
 Exige estilo mais acurado, não se prestando muito ao pregador de pouca cultura;
 Exige maior imaginação e vigor intelectual, visto ser nele indispensável o emprego de
figuras de linguagem ou pensamentos;
 Exige maior conhecimento de lógica e dialética, uma vez que se presta muito aos
assuntos apologéticos;
 Exige do pregador comprovações escriturísticas ou bíblicas em todas as suas
afirmações ou negações, o que não é fácil.

6.2 – Textual

É aquele cujas divisões são tiradas do texto. Dividi-se o texto e não o tema. Tanto o tema
quanto as divisões são derivadas do texto e seguem rigorosamente sua ordem natural. Embora
as divisões sejam extraídas do texto, devem ficar intimamente relacionadas com o assunto e
uma com as outras. Exemplo:

A) Texto: 1 Pedro 2:9-10.

INTRODUÇÃO.

TRANSIÇÃO.

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TEMA: Privilégios Dos Crentes.

DIVISÕES:

            1 – (está oculta a palavra – ser) GERAÇÃO ELEITA;

            2 – (ser) SACERDÓCIO REAL;

            3 – (ser) NAÇÃO SANTA;

            4 – (ser) POVO ADQUIRIDO.

CONCLUSÃO.

B) Texto: João 14:1-6.

INTRODUÇÃO.

TRANSIÇÃO.

TEMA: O Que É Jesus Para O Homem? (v.6)

DIVISÕES:

            1 – (estão ocultas as palavras – Ele é o) CAMINHO;

            2 – (Ele é a) VERDADE;

            3 – (Ele é a) VIDA.

CONCLUSÃO.

C) Texto: Apocalipse 1:1-3

   INTRODUÇÃO.

   TRANSIÇÃO.

   TEMA: Atitudes Do Homem Com A Bíblia.

   DIVISÕES:

               1 – (Estão ocultas as palavras – o homem deve) LER;

               2 – (o homem deve) OUVIR;

               3 – (o homem deve) GUARDAR.

   CONCLUSÃO.

6.3 – Expositivo

É o resultado da exegese ou exposição completa de um texto das Escrituras. A essência da


exposição é a explicação. A pregação expositiva é explicação aplicada.

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O sermão é expositivo quando, independentemente do tamanho da passagem bíblica em
pauta, tem não apenas as divisões principais procedendo do texto, mas todo material
sermônico explanando constantemente o texto escolhido.
O selo de garantia de um sermão expositivo não é o tamanho do texto básico, mas a
profundidade com que ele é tratado.
A natureza essencial da pregação expositiva, portanto, é pregação que aplica a passagem de
uma maneira que leve a igreja a uma aplicação verdadeira e prática da passagem.
Uma mensagem expositiva trata de uma só passagem básica da escritura. Referencias a outros
versículos sempre apontam diretamente para a passagem em destaque, ilustram-na e
confirmam seu ensino.
Uma mensagem expositiva tem integridade hermenêutica. Ela é fiel ao texto. Isto quer dizer
que ela repete os elementos importantes do texto com o mesmo equilíbrio e a mesma
intenção do autor original.
Uma mensagem expositiva tem aplicação, que não viole o propósito, o significado ou a função
do texto em seu contexto original. Repetindo: sem aplicação não há pregação expositiva, só
exposição. Só informação, não mensagem.
O aspecto mais importante da pregação expositiva é que ela combina a revelação de Deus e
Sua vontade. Considerando a subjetividade do pregador, as limitações da mente humana, os
efeitos do pecado até sobre os nossos melhores pensamentos, e os danos que o subjetivismo
está causando na teologia moderna, é mais provável que um sermão contenha algum erro, de
julgamento ou sobre um fato, do que não o tenha. Por esta razão, quanto mais perto nos
ativermos à Palavra revelada de Deus, menos suscetíveis seremos ao erro. Com isto não quero
dizer que a mensagem expositiva é o único tipo válido de sermão. Só estou dizendo que,
quanto mais próximo nos mantivermos da Escritura em seu contexto, menos probabilidades
teremos de errar, e tanto mais certa será a declaração da verdade divina.
Outro aspecto importante da pregação expositiva é que ela ensina a Palavra de Deus no
contexto escolhido pelo Espírito Santo.

6.3.1 – Vantagens ao elaborar um sermão expositivo

 Poderemos estar mais confiantes de estar pregando a vontade de Deus ao expormos


sua Palavra.
 Na pregação expositiva ficamos limitados à verdade bíblica. O subjetivismo fica
minimizado. O medo que todos temos (ou deveríamos ter) ao subir ao púlpito, de nos
tornarmos portadores do erro, é diminuído quando sabemos que nosso sermão é um
veículo para a verdadeira Palavra de Deus.
 À medida que pregamos através da Escritura, nós proclamamos "todo o conselho de
Deus", e não somente nossos assuntos preferidos.
 Geralmente o contexto da passagem inclui sua própria aplicação.
 Frequentemente a Bíblia fornece uma estrutura literária que pode servir de base para
o esboço do sermão.
 Podemos inserir assuntos delicados na sequência expositiva sem sermos inoportunos.
Todo pastor sabe como é difícil tratar de certas questões melindrosas, em especial
quando a comunidade as identifica com certos membros.

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 Dá ao pregador uma oportunidade muita boa de fornecer um modelo de estudo
bíblico.

6.3.2 – Desvantagens ao elaborar um sermão expositivo

 A mais óbvia é que ela torna necessária um estudo profundo do texto.


 Não nos é permitido pinçar um versículo já usado antes, nem tirar algumas doutrinas
que vislumbramos aqui e acolá. 
 Somos obrigado a batalhar por um entendimento da passagem toda.
 Não podemos deixar de lado palavras significativas, construções sintáticas ou
doutrinas.
 É necessário conhecer bem os princípios hermenêuticos.

Exemplos:

A)   Texto: Ester 4:1 a 5:3.

INTRODUÇÃO.

TRANSIÇÃO.

TEMA: O Que Fez Ester Para Chegar À Presença Do Rei?

DIVISÕES:
            1 – DECRETOU UM JEJUM (4:16a);

            2 – ARRISCOU A VIDA (4:16b);

            3 – PREPAROU-SE DIGNAMENTE (5:1).


CONCLUSÃO.

B)   Texto: Mateus 15:21-28


INTRODUÇÃO.

TRANSIÇÃO.

TEMA: Como Alcançar As Bênçãos Divinas?

DIVISÕES:

            1 – CLAMANDO A JESUS (v. 22);

            2 – HUMILHANDO-SE DIANTE DE JESUS (v. 26 e 27);

            3 – TENDO FÉ EM JESUS (v. 28).

CONCLUSÃO.

7 – ILUSTRAÇÕES E FIGURAS DE LINGUAGEM

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7.1 – Seu valor

·        Necessárias pelo interesse que despertam nos ouvintes;

·        Quebra a monotonia;

·        Embeleza o estilo e facilita a compreensão (ajuda na comunicação);

·        Método usado por Jesus em Mt 6:25-34. Jesus também usou em outras ocasiões como a
cruz, o batismo, a ceia do Senhor;

·        Esclarece a verdade apresentada.

7.2 – Fontes:

·        Lar;
·        Igreja;
·        Sociedade;
·        Campo;
·        Cidade;
·        Trabalho;
·        Viagens;
·        História da humanidade;
·        História bíblica;
·        História imaginária (contudo histórias reais sempre são melhores);
·        Testemunho (depoimento próprio ou de outros a favor do evangelho).

7.3 – Como usá-las

·        Limitar o número;
·        Ter variedade;
·        Ser claro;

7.4 – Onde usá-las no sermão

·        Na introdução;
·        Nas divisões;
·        Podendo ser relembrado na conclusão.

7.5 – Principais figuras de linguagem

·        Comparação ou símile – Consiste em comparar uma coisa a outra. Jesus usou este
critério: “O reino dos céus é semelhante a...” (Mt 13.44, etc.);

·        Metáfora – Neste tipo dizemos que uma coisa é a outra – uma comparação na qual não
se usam as palavras “como” e “semelhante”. O Senhor Jesus usou esta forma: “Vós sois a luz
do mundo” (Mt 5.14).

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·        Metonímia – Esta figura consiste em tomar a parte pelo todo e vice-versa; o geral pelo
particular e o particular pelo geral. “Rachel chora pelos seus filhos” (representando os filhos de
Israel); “Pregar a Israel” (ao povo, não a Jacó). “Pregar o Evangelho a toda a criatura” (humana,
não a todos os seres vivos).

·        Hipérbole – Esta figura engrandece ou diminui exageradamente o valor real das coisas ou
idéias. O apóstolo João utilizou-a: “Nem todo o mundo poderia conter os livros que se
escrevessem” (Jo 21.25).

·        Parábola – É uma narração alegórica que encerra doutrina moral. Pode ter valor ou
sentido celestial, como vemos na Bíblia. Uma forma de narrar uma verdade através de uma
história.

·        Fábula – É uma narração alegórica, cujos personagens geralmente são animais, e encerra
sentido moral. Por exemplo: “O Lobo e o Cordeiro”, “O Elefante e a Formiga”.

·        Alegoria – Funciona à base de personificação. Não deixa de ser uma forma de metáfora
quanto ao sentido que imprime ao caso.

·        Analogia – Em literatura, analogia é a semelhança entre duas coisas sob certos aspectos.
É o processo pelo qual o espírito, observando as relações e semelhanças das coisas, se eleva ao
descobrimento da razão dessas relações e semelhanças. Por exemplo, as relações que existem
entre as línguas neolatinas.

·        Anedota – É conto sucinto, rápido, de uma particularidade histórica ou aventura curiosa e
divertida. A anedota precisa ser bem escolhida.

·        Prosopopéia – É a figura de retórica onde falam pessoas ausentes ou mortas, e coisas
inanimadas. Encontramos esta figura na Bíblia: “Os céus declaram a glória de Deus e o
firmamento anuncia a obra de suas mãos” (Sl 19.1).

·        Episódio biográfico – É um tipo muito utilizado para ilustrar sermões. São pequenos
testemunhos de alguém conhecido por todos.

·        Pleonasmo – Emprego desnecessário de uma palavra. Uma ênfase desnecessária. Ex.:


“Ele desceu para baixo”. “Ela cantou uma canção”.

8 – O Desenvolvimento da Oratória Cristã

A mensagem hebraica era a Palavra de Deus, transmitida pelos profetas, rabinos, sacerdotes,
escribas e outros ao povo hebreu. Não havia preocupação com a oratória, mesmo sob
influência dos romanos. Chega o Cristianismo, e as coisas mudam, face aos novos objetivos. A
retórica vai contribuir com a forma, isto é, com as regras.

·        Os primeiros cristãos – apresentavam o Evangelho na forma simples de homilia, dado o


tamanho das congregações, como as nossas menores de hoje. Entretanto, já procuravam os
pregadores cristãos estruturar suas mensagens nas bases da retórica grega e oratória romana.

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Nos sermões de Paulo, pelo que se lê em Atos dos Apóstolos e em seus escritos epistolares,
encontramos evidências de que ele conhecia bem retórica.

·        O segundo século – encontramos ainda a influência da retórica nas mensagens cristãs de
Clemente de Alexandria (160-220), Tertuliano (150-220), comprovada através de seus escritos.
É, contudo, Orígenes (185-250) quem dá início à aplicação da retórica nos sermões, ou oratória
sacra. Sendo ele grande hermeneuta (intérprete de textos), começa uma dissertação formal,
que muito contribui para o discurso cristão.

·        O Renascimento e a Reforma – o retorno ao estudo do grego e do latim, pelos


humanistas, teve início uma nova era nos estudos da homilética, desenvolvendo-se o método
escolástico (princípios filosóficos de grande efeito didático na época). O mais importante foi o
famoso e erudito Desidério Erasmo (1457-1536), com o livro O Pregador do
Evangelho, publicado em 1535, que muito adicionou à arte de pregar.

·        A homilética moderna – começa a desenvolver-se e expandir-se em todos os campos no


Século XIX, junto com a literatura de vasto alcance. Hoje, abrange todo o mundo civilizado e
cristão. O livro mais destacado sobre o assunto foi A Arte de Pregar, de John A. Broadus, em
1870, nos Estados Unidos. Esta obra é grandemente utilizada ainda hoje.

8.1 – A Pregação e a Retórica

Pregar é falar, obviamente. Assim, pregar bem é falar bem. Os pregadores de renome
souberam usar, com muita eficácia, a voz e os recursos naturais, intelectuais e retóricos.
George Whitefield foi um grande pregador, orador de muita retórica, e influenciou grandes
auditórios com sua poderosa e eloquente mensagem. Fazia-se entender até pela expressão do
rosto; diziam que sua voz parecia música, e seus gestos, paixão. Por isso afirmamos que a
técnica da eloquência não deve ser descuidada pelo pregador.

·        O uso da voz e a fala em público:

 Não principie o pregador sua mensagem em tom demasiadamente alto


– especialmente ao ar livre, em ambiente muito espaçoso ou que não lhe seja
familiar; e maior ainda deve ser o cuidado se não houver bom sistema acústico ou
eletrônico para difusão da voz. É difícil abaixar a voz, mesmo quando se percebe que
o tom está muito alto.
 Não permita que a voz decaia repentinamente na primeira ou última sílaba das
palavras ou no final do período – para que não se tornem as últimas palavras
inaudíveis.
 Lembre-se de abastecer cuidadosamente os pulmões – evitando falar enquanto estão
vazios.
 Mantenha sempre a cabeça erguida – e não permita que nada (colarinho, gravata,
posição do pescoço) oprima sua garganta.
 Fixe frequentemente a vista nos ouvintes – mudando de direção normalmente,
modificando a voz e o olhar discretamente para os distraídos.
 Procure variar o tom de voz – para evitar a monotonia e não causar sono no público.
Às vezes imprima força na voz e velocidade.

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 Não se descuide do auditório – não se distraia com nada.

·        O uso excessivo ou descuidado do órgão fonador:

 O descuido no uso ou o abuso da voz pode causar laringite (inflamação da laringe)


  Pode causar debilidade à saúde o falar muito, falar muito alto ou com a cabeça
curvada para baixo; falar ou cantar quando se está rouco ou quando os órgãos
fonadores estão cansados.

·        Expressão Corporal – É o que o famoso orador e político Cícero chama de “sermos
corporis” (sermão do corpo ou fala do corpo). Inclui a expressão do rosto e a postura. A
expressão corporal deve ser sugestiva, mais que imitativa. Jamais deve o pregador fazer o
gesto antes de falar. O movimento corporal não deve ser excessivo, com muita frequência. Isto
leva também a monotonia. Em todos estes atos deve haver vida e liberdade para que as
atitudes se revistam de poder comunicativo. Às vezes um gesto é mais expressivo que muitas
palavras. Por exemplo: o dedo colocado nos lábios para pedir silêncio. É melhor, mais
expressivo do que dizer: “Não fale!” Os gestos incluem:

 A expressão do rosto – tristeza, alegria, entusiasmo, angústia, etc.


 Postura – em pé parada, andando, sentando-se, pondo-se de pé, dirigindo, etc.

·        Evite o nervosismo – Um pouco de nervosismo até pode ajudar a emoção, mas o excesso
traz desequilíbrio emocional capaz de comprometer a atuação do pregador.

 Pode tirar a voz – prejudicando o funcionamento dos órgãos fonadores.


 Pode tornar o corpo rígido – especialmente na zona do peito e da garganta, em
prejuízo da boa fonação.
 Atrapalha a respiração – causa fadiga e impede a adequada irrigação do cérebro com
oxigênio, podendo até provocar desmaio.

·         A postura emocional é fundamental – A humildade como sentimento natural do homem
falível, deve combinar-se com a posição de um embaixador do Reino de Deus. O pregador
pode e deve deixar transparecer suas emoções quando o Espírito Santo lhe tocar o coração.
Deixá-las vir a tona é sinal de honestidade. Pregador que não tem sentimento é superficial. O
pregador manifesta o que á através da mensagem que prega. Crê no que prega, e prega o que
vive, e vive o que crê.

Ajudas adicionais:

1. SEQUENCIA SUGERIDA NA PREGAÇÃO: 


 
1. Saudação 
2. Leitura atenta do texto:   
3. Reflexão a partir do versículo ou texto destacado:    
a)  Entender as palavras.   
b) Explicar o significado para os primeiros leitores/ouvintes e para nós. 
c) Como este texto aumenta minha fé?  
d) O que muda ou é incrementado na minha vida (cristã, cotidiana), por este texto?   
e) Conclusão e aplicação.

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2. BIBLIOTECA BÁSICA DO ESTUDANTE DA BÍBLIA:

a) Bíblias de Estudo
b) Dicionário Bíblico
c) Concordância Bíblica

Bibliografia

BLACKWOOD, Andrew W. A Preparação de Sermões. São Paulo: ASTE.


BRAGA, James. Como Preparar Mensagens Bíblicas. São Paulo: Vida.
CRANE, James D. O Sermão Eficaz. Rio de Janeiro: JUERP.
DANTAS, Anísio Batista. Como Preparar Sermões. Rio de Janeiro: CPAD, 1999.
FREEMAN, Harold Nuevas. Alternativas en La Predicación Bíblica. El Paso: C.B. de Publicações.
KOLLER, Charles. Pregação Expositiva Sem Anotações. São Paulo: Mundo Cristão.
LACHLER, Karl. Prega a Palavra. São Paulo: Vida Nova.
LIEFELD, Walter L. Exposição do Novo Testamento. São Paulo: Sociedade Religiosa Edições Vida
Nova, 1988.
LLOYDE-JONES, D. Martyn. Pregação e Pregadores. São José do Campos: Fiel.
STOTT, John R. W. O Perfil do Pregador. São Paulo, Sepal.
OSBORNE, Grant R. Espiral hermenêutica: A uma nova abordagem à interpretação bíblica;
Editora Vida, São Paulo

[1] Perícope à Passagem da Bíblia utilizada para leitura durante culto ou sermão. O vocábulo


remonta ao termo grego ‘perikopês; "ação de cortar em volta; divisão dos capítulos dos livros
santos; capítulo determinado", o qual derivou do verbo ‘perikóptó’, "cortar em volta

[2] EGGER, Wilhelm. Metodologia do Novo Testamento. São Paulo: Ed. Loyola, 1983, p.23

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