Você está na página 1de 60

PRINCÍPIOS BÁSICOS

DOUTRINÁRIOS

A BASE DO DISCIPULADO CRISTÃO

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 1


PRINCÍPIOS BÁSICOS DOUTRINÁRIOS

Graça e Paz vos sejam multiplicadas!

É com prazer que disponibilizamos a você este material de estudo da Bíblia, pois, é de
suma importância que tenhamos o conhecimento acerca de Deus e dos aspectos gerais
relacionados à sua obra.
Nestas lições estudaremos alguns princípios básicos a respeito do que nos diz as
Escrituras concernentes ao cristianismo, à conduta cristã, Deus, Jesus Cristo, o Espírito Santo,
entre outros princípios doutrinários que servirão como base para seu crescimento espiritual.
Dividimos os assuntos em 04 (quatro) temas: Doutrinas, Transparência Cristã, Liturgia e
Missões.
Jesus disse em Mateus 7. 24-25: “Todo aquele, pois, que escuta as minhas palavras e
as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha. E
desceu a chuva e correram rios, e assopraram os ventos, e combateram aquela casa, e não
caiu, porque estava edificada sobre a rocha”. Portanto, meu desejo é que você tenha uma base
sólida, fundamentada na Palavra de Deus.
Que sejamos iluminados pelo Espírito Santo para a compreensão e o entendimento das
Escrituras, que é a Palavra de Deus. Disse Jesus: “Errais, não conhecendo as Escrituras, nem
o poder de Deus” – Mateus 22. 29.

Deus abençoe sua vida!

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 2


SUMÁRIO:

DOUTRINAS
Lição 1: A Bíblia --------------------------------
Lição 2: Deus -----------------------------------
Lição 3: Jesus Cristo --------------------------
Lição 4: O Espírito Santo --------------------
Lição 5: O Pecado -----------------------------
Lição 6: A Salvação ---------------------------
Lição 7: Noções de Escatologia ------------

TRANSPARENCIA CRISTÃ
Lição 7: O Cristão -----------------------------
Lição 8: A Conduta Cristã -------------------
Lição 9: A Oração -----------------------------
Lição 10: O Jejum -----------------------------

LITURGIAS
Lição 11: O Culto ------------------------------
Lição 12: O Batismo em Águas ------------
Lição 13: A Ceia -------------------------------
Lição 14: O Dízimo ----------------------------

MISSÕES
Lição 15: Discípulo Gerando Discípulo ----
Lição 16: Seitas e Heresias ------------------

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 3


DOUTRINAS

LIÇÃO 1 – A BÍBLIA
“Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e luz para o meu caminho”.

Após o ingresso do pecado na raça humana, o homem perdera a comunhão plena que
possuía com Deus (Gênesis 3); Então, houve a necessidade de Deus se revelar ao homem de
forma específica; E assim, Deus moveu o coração de algumas pessoas que, sob a supervisão
do Espírito Santo, nos deitaram em letras as Palavras de Deus, formando um único compêndio
de revelação Divina, que hoje conhecemos como: A Bíblia Sagrada.
O Apóstolo Pedro assim afirma:
“Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens
santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” – 2 Pedro 1. 21.
A Bíblia, como a conhecemos, é chamada de: Escrituras (João 5. 39); Palavra de Deus
(Hebreus 4. 12; 1 Pedro 4. 11); e Lei (Gálatas 4. 4). O termo “Bíblia” significa “coleção de
pequenos livros”.
A Bíblia é a Palavra de Deus e através dela, o Senhor se dá a conhecer aos homens.
Isto se chama revelação divina.
Deus fala conosco através da Bíblia. Lendo-a, você passa a conhecer melhor ao Senhor,
entende sua vontade e obtêm as orientações para uma vida abençoada (Salmos 119).

“A Bíblia se constitui na única regra de fé e conduta do cristão. Ela contém a


mente de Deus, o estado espiritual do homem, o caminho da salvação, a condenação
dos impenitentes e a felicidade dos justos” – Alfalit (Bibliologia).

DIVISÕES DA BÍBLIA:

AT - NT – Toda Bíblia
Antigo Novo
Testamento Testamento
39 livros 27 livros 66 livros
929 260 1.189
capítulos capítulos capítulos
23.214 7.959 31.173
versículos versículos versículos

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 4


INFORMAÇÕES IMPORTANTES ACERCA DA BÍBLIA:

1. Deus é o seu autor;


2. O Espírito Santo é o seu intérprete;
3. Jesus Cristo é o assunto central;
4. Não existem 02 bíblias; Ela é uma só.
Jesus disse em Mateus 22. 29: “Errais por não conhecer as Escrituras e nem o poder de
Deus”. Portanto, precisamos fazer da Bíblia nosso livro de meditação diária (Salmos 1. 3).

ORIENTAÇÕES PARA LEITURA DA BÍBLIA:

1. Antes de ler, faça uma oração;


2. Quando estiver lendo, observe atentamente os fatos, os dados, os
acontecimentos e as ideias que aparecem no texto;
3. Sonde o texto cuidadosamente;
4. Descubra tudo o que o texto quer dizer;
5. Descreva com suas palavras o texto bíblico;
6. Busque a intenção do autor do texto;
7. Explique para você mesmo, o que o texto quer dizer.
Fonte: Alfalit (Hermenêutica)

Portanto, nunca deixes de ler a Bíblia ou meditar nela. A Palavras de Deus é alimento
(vida) para nossa alma (Mateus 4. 4). Quando tiveres dificuldade na interpretação de algum
texto, busque a orientação do Espírito Santo, ele te iluminará. Invista no conhecimento bíblico.
E que o temor do Senhor paire em seu coração (Salmos 119. 11).

“Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam
as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo” – Apocalipse 1. 3.

QUESTIONÁRIO:

1) Mencione, pelo menos, três títulos dado à Bíblia:


2) Quais os idiomas originais em que a Bíblia foi escrita?
3) O que significa o vocábulo Bíblia?
4) Em quantos anos a bíblia foi formada?
5) Quantos escritores, humanos, escreveram a Bíblia?

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 5


Anotações Gerais:

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 6


LIÇÃO 2 – DEUS

Estudar sobre Deus requer muita atenção, pois dada sua infinitude, nem todos os papeis
existentes no mundo poderiam conter suas obras. Deus é a maior expressão de amor que a
humanidade pode experimentar (1 João 4. 8).
Deus é um ser supremo, infinito, existente por si mesmo, criador e sustentador de todas
as coisas que há no mundo, visíveis e invisíveis (Genesis 1. 1; Colossenses 1. 16). Sua
natureza é espiritual (João 4. 24).
Deus é único (Deuteronômio 6. 4). Ele pode se apresentar na forma do Pai (Jeová);
Filho (Jesus Cristo) e Espírito Santo (Consolador). Cognominamos isso de Trindade (Três em
um).
Para entendermos melhor sobre a trindade, analisemos a figura geométrica de um
triângulo:
 Peça única;
 Possui três lados;
 Todos os lados com as mesmas dimensões.

Deus é único (triangulo), com três representações (lados): Pai, filho e Espírito Santo.
Ambos com as mesmas características ou atributos (dimensões iguais). Isso é trindade
(Mateus 28. 19; 2 Coríntios 13. 14; 1 João 5. 7).

Vejamos alguns dos atributos EXCLUSIVOS divino:

 ONIPOTÊNCIA: Cujo poder não tem limites (Salmos 91. 1; 147. 13-18; Mateus 28. 18);
 ONIPRESENÇA: Capacidade de estar presente em todo lugar em qualquer momento
(Salmos 139. 7-12);
 ONISCIÊNCIA: Esta palavra não se encontra nas Escrituras, todavia ela nos ensina o
fato de Deus ter conhecimento de todas as coisas (Salmos 139. 1-6; 147. 5).

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 7


 ETERNIDADE: Aquele que subsiste eternamente, ou seja, que é de eternidade a
eternidade (Salmos 102. 12; João 8. 58; Hebreus 13. 8);
 IMUTABILIDADE: Que não muda, nem sofre variação, inalterável (Malaquias 3. 6);
 SANTIDADE E PERFEIÇÃO: Ele é absolutamente isento do pecado e perfeitamente
justo (Levítico 11. 44-45; Salmos 85. 13).

Deus ainda possui atributos MORAIS, os quais mencionamos abaixo:


1. Deus é amor (João 3. 16; 1 João 4. 8);
2. Deus é bom (Salmos 25. 8; 106. 1);
3. Deus é misericordioso e clemente (Êxodo 34. 6; Deuteronômio 4. 31;
Lamentações 3. 22);
4. Deus é compassivo (2 Reis 13. 23; Salmos 86. 15);
5. Deus é paciente e tardio em irar-se (Êxodo 34. 6; Números 14. 18);
6. Deus é verdade (Deuteronômio 32. 4; Salmos 31. 5);
7. Deus é fiel (Êxodo 34. 6; Deuteronômio 7. 9);
8. Deus é justo (Deuteronômio 32. 4; 1 João 1. 9).

Portanto, Deus é maravilhoso e para descrevê-lo é necessário experimenta-lo.


Tenha sua experiência!

QUESTIONÁRIO:

1 – Qual a definição sobre Deus?


2 – Qual a definição de trindade?
3 – Qual a figura geométrica que ilustra a trindade?
4 – Cite 03 atributos exclusivos de Deus.
5 – Cite 03 atributos morais de Deus.

Anotações Gerais:

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 8


LIÇÃO 3 – JESUS, O CRISTO

Jesus é uma pessoa real e maravilhosa! Isaias profetizou que seu nome seria
“Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade e Príncipe da Paz” (Isaías 9. 6);
Durante sua estadia na terra realizou milagres, curou enfermos, libertou pessoas da opressão
do maligno, alimentou multidões, ensinou o caminho da verdade, praticou a justiça, e além
disso, não fazia acepção de pessoas (Mateus 4. 23; Atos 10. 34; Romanos 2. 11).
Nasceu em Belém de Judá (Miquéias 5. 2; Mateus 2. 1), de uma virgem chamada Maria,
que estava desposada com José (Mateus 1. 18). Seus pais eram pessoas humildes e
habitavam em Nazaré, Cidade da Galiléia (Mateus 21. 11). Ali ele cresceu e desenvolveu-se, e
quando atingiu a maioridade, saiu pelas regiões de Judá para anunciar o Evangelho (boas
novas) do Reino de Deus (Mateus 4. 13-17). Sua missão era “buscar e salvar o que se havia
perdido” (Lucas 19. 10). No entanto, os Judeus (seus patrícios) não o receberam como seu
“salvador” (João 1. 11). Daí, a promessa da salvação se estendeu para todos os povos (João 1.
12).
Os Evangelhos segundo, Mateus, Marcos e Lucas relatam sua biografia. O Apóstolo
João, valoriza a deidade (divindade) de Jesus, como sendo o Cristo (ungido) de Deus.
Jesus desfez de sua glória, veio a este mundo e morreu na cruz em prol a salvação da
humanidade (Filipenses 2. 5-11); Assim sendo, somente em Cristo temos a garantia da vida
eterna (João 3. 16-18).
O sangue vertido por Jesus na cruz do calvário tem poder purificador (1 João 1. 7).
Isaías, o profeta, declarou: “ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se
tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão
como a branca lã” (Isaías 1. 18). Para obtermos o perdão dos pecados, precisamos suplicar a
Jesus (1 João 2. 1-2).
Jesus, após a sua morte, ao terceiro dia, ressuscitou dentre os mortos e foi visto por
mais de quinhentas pessoas, que ainda nos dias do Apóstolo Paulo, algumas delas estavam
vivas (1 Coríntios 15. 6).
Após sua ressurreição, antes de ser assunto aos céus, disse aos seus discípulos, que
deveriam dar continuidade em sua missão (Mateus 28. 19-20; Marcos 16. 15-20).
Para conhecermos mais sobre Jesus, é preciso ler a bíblia e, principalmente, recebê-lo
em nossas vidas (João 5. 39; 8. 32, 36).
Portanto, não perca tempo, venha para Jesus, pois ele está de braços abertos para
recebê-lo!
“E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” – João 8. 32.

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 9


Anotações Gerais:

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 10


LIÇÃO 4 – O ESPÍRITO SANTO

Antes de Jesus ser assunto aos céus, disse aos seus discípulos que não os deixariam
órfãos, antes, enviaria o Espírito Santo, para estar conosco e habitar em nossos corações
(João 14. 18). Portanto, o Espírito Santo é o “substituto” de Cristo na terra (João 14. 16).
Muitos pensam que o Espírito Santo é uma força ativa da natureza ou um produto do
pentecostalismo; No entanto, a bíblia nos apresenta o Espírito Santo como uma pessoa com
base nas declarações abaixo:

 Possui nome próprio - Consolador (João 15. 26);


 Possui personalidade (João 16. 7);
 Possui sentimentos (Efésios 4.30; Thiago 4. 5; Romanos 14. 17);
 Possui ofícios – O Espírito Santo é: Mestre na arte de ensinar (João 14. 26); Agenciador
missionário (Atos 13. 2, 4); Conselheiro (Atos 15. 28); Embaixador (Romanos 8. 26).

Atualmente, o Espírito Santo está na terra, habitando no coração de todos aqueles que
receberam Cristo Jesus como seu salvador (João 14. 17); Sua missão prioritária é convencer o
mundo do pecado, da justiça e do juízo (João 16. 8-11). É ele quem nos capacita para
pregarmos o Evangelho (Lucas 12. 12), nos ajuda em nossas fraquezas e intercede por nós
junto ao Pai com gemidos inexprimíveis (Romanos 8. 26).
O Espírito Santo é conhecido como o “Espírito de revelações” (Lucas 2. 26; Mateus 2.
12; 1 Coríntios 14. 26). Assim sendo, nada está oculto aos olhos dele (Daniel 2. 22).

OS SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO.

 Água (Tito 3. 5);


 Pomba (Mateus 3. 16);
 Vento (João 3. 8);
 Fogo (Salmos 78. 14);
 Chuva (Salmos 72. 6);
 Óleo (Isaías 61. 1);
 Penhor (2 Coríntios 1. 22).

O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO.

O batismo com o Espírito Santo é uma das experiências mais gloriosas na vida de um
Cristão. É visto como uma capacitação sobrenatural dada por Deus ao crente objetivando

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 11


poder, graça e ousadia na Palavra, para o cumprimento do imperativo deixado por Jesus aos
seus discípulos em Marcos 16. 15ss (Leia ainda: Atos 1. 8).
Não podemos associar a experiência do Batismo com o Espírito Santo com a plenitude
do Espírito Santo, pois são cousas distintas. A primeira refere-se ao revestimento de poder
para um fim específico (Lucas 24. 49; Atos 1. 8); Já a segunda, refere-se a “dose plena” do
Espírito Santo na vida daquele que crê em Jesus e o recebe como seu Senhor e Salvador
(João 14. 17).
Precisamos ter em mente que o batismo com Espírito Santo e o batismo em águas são
experiências distintas; Pois, com visto anteriormente, o batismo em águas simboliza
“sepultamento de pecados” e não, “revestimento de poder”.
Nota: Uma pessoa pode receber o batismo com o Espírito Santo mesmo antes de ser
batizada em águas - Veja: Atos 10. 44-47.

COMO POSSO SABER SE FUI BATIZADO COM O ESPÍRITO SANTO.

O batismo com o Espírito Santo é evidenciado pelo “falar em outras línguas” (Atos 2. 4).
Essas “línguas estranhas” são de natureza divina, sendo que em alguns casos, ela pode ser
humana, ou seja, “estranha” para quem fala (Atos 2. 7-8).

PROPÓSITOS DO BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO.

1) Revestimento de Poder (Atos 1. 8);


2) Glorificar o nome do Senhor (Atos 2. 11);
3) Edificação pessoal (1 Coríntios 14. 4).
O batismo com o Espírito Santo é uma promessa (Atos 2. 39). Desta forma, precisamos
busca-lo para recebê-lo.

REQUISITOS BÁSICOS PARA RECEBERMOS O BATISMO COM ESPÍRITO SANTO

1. ARREPENDIMENTO.
Arrepender-se do pecado é o passo inicial para esta experiência gloriosa (Atos. 2. 38). A
bíblia nos ensina que a “um coração quebrantado e contrito não desprezarás o Senhor”
(Salmos 51. 17) . Medite em: Provérbios 28.13 e Thiago 5. 16.

2. PERSEVERANÇA.
Tem que haver perseverança na busca pelo batismo com o Espírito. Jesus orientou seus
discípulos a “ficarem em Jerusalém até que do alto fossem revestidos de poder” (Lucas 24. 49).
Não devemos desanimar em busca-lo.
Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 12
3. FÉ.
A promessa do batismo com o Espírito Santo é para aquele que crê (Atos 2. 39). O
escritor anônimo aos Hebreus descreve – “Sem fé é impossível agradar-lhe; porque é
necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos
que o buscam” (Hebreus 11. 6). A fé é a “ponte que nos liga ao sobrenatural”.
Portanto, valorize essa essência viva. Busque sempre a renovação espiritual, e que esta
graça Divina permaneça ativa em nossos corações.

A BLASFÊMIA CONTRA O ESPÍRITO SANTO.

A blasfêmia contra o Espírito Santo é algo com que devemos nos preocupar. Jesus
disse que todo pecado que o homem cometer será perdoado, exceto a blasfêmia contra o
Espírito Santo (Marcos 3. 29; Lucas 12. 10). Entendemos que a blasfêmia contra o Espírito
Santo é quando atribuímos às obras Dele (Espírito Santo), como de responsabilidade maligna,
ou seja, do diabo. O contexto nos mostra Jesus expulsando os demônios, e os fariseus diziam
que Ele (Jesus) expulsava os demônios pelo príncipe dos demônios (Belzebú), ou seja, que a
atuação de Cristo não era divina, e sim, maligna. Desta forma, blasfemavam.
Portanto, o Espírito Santo é um ser sensível e não devemos entristece-lo (Efésios 4. 30).
Busquemos manter o posicionamento como servo de Deus e andarmos de forma a agradar ao
Senhor (Salmos 103. 1). É o Espírito Santo quem nos conduzirá ante a presença de Cristo no
dia da sua gloriosa vinda (Apocalipse 22. 17). Maranata – Ora, vem, Senhor Jesus!

Anotações Gerais:

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 13


LIÇÃO 5 – O PECADO
“Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte,
assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram”.
Romanos 5. 12.
O pecado é uma mal que se espalhou pela humanidade a partir da desobediência de
nossos primeiros pais - Adão e Eva (Gênesis 3). Porém, seu originador foi o diabo (1 João 3.
8).
O pecado é a causa de todos os problemas existentes no mundo. Com seu ingresso, a
raça humana passou a experimentar coisas que não faziam parte do plano original divino para
a humanidade, tais como:

 Morte física (Hebreus 9. 27);


 Morte espiritual (Efésios 5. 14);
 Morte eterna (Apocalipse 20. 15);
 Perda da comunhão divina (Isaías 59. 2);
 Doenças no corpo e na alma (Mateus 9. 2);
 Engano (Hebreus 3. 13);
 Aflição (Salmos 38. 18);
 Escravidão (João 8. 34); Entre outros...

O que é Pecado?

 Pecado é originalmente - Errar o alvo. A Bíblia nos diz em 1 Coríntios 10. 31: “Portanto,
quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus”. Assim
sendo, todas as vezes que fizermos algo que, não seja para a glória de Deus, estamos
pecando.

A Bíblia também nos traz outras referências sobre o que é pecado, à saber:
- Transgressão da Lei Divina (Romanos 2. 23);
- Omissão na prática do bem (Tiago 4. 17);
- Toda Iniquidade (1 João 5. 4).

Todos são pecadores?

O pecado é um mal tão abrangente, que a Bíblia define sua universalidade...


- “Todos Pecaram” (Romanos 3. 23);

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 14


- “Não há nenhum justo” (Romanos 3. 10, 11);
- “Não há quem não pegue” (Eclesiástes 7. 20) .

Quem pode nos libertar do pecado?

Os nossos pecados são perdoados através da pessoa do Senhor Jesus Cristo. Ele foi
enviado por Deus ao mundo para morrer na cruz do calvário em nosso favor (João 3. 16). João,
o batista, declara que Jesus é o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1. 29).
Portanto, devemos confessar a ele todas as nossas culpas (1 João 1. 9).
O fato de Jesus perdoar, não significa que estaremos imunes das consequências
promovidas pelo pecado. Então, o melhor a se fazer, é não pecar (1 João 2. 1).
O perdão de pecados está relacionado a nossa postura com relação aos que nos
ofendem. Jesus disse que se não perdoarmos aos homens as suas ofensas, também nosso
Pai não nos perdoará (Mateus 6. 15). Assim, sendo o perdão é um ato recíproco.
Existem muitas pessoas que perderão seu direito à vida eterna, por não liberarem
perdão ao próximo.
Existem pecados que precisam ser confessados a congregação (Atos 19. 18), outros ao
seu próximo (Thiago 5. 16). Contudo, todos devem ser confessados perante o Senhor, após
serem acertadas (Mateus 5. 23-24).
Omitir pecados, atrai maldições (Josué 7) e impede a benção divina sobre nossas vidas
(Provérbios 28. 13).

PASSOS PARA VENCERMOS O PECADO:

1. Identifique-o (Provérbios 27. 12; Mateus 13. 33a);


2. Fuja (1 Tessalonicenses 5. 22);
3. Previna-se (Efésios 4. 27);
4. Resista a ação do diabo (Tiago 4. 7).

Não podemos brincar com o pecado! Jesus disse: “Vigiai e orai, para que não entreis em
tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mateus 26. 41).
Portanto, não vamos permitir que o pecado nos domine. Que nossa natureza caída
esteja crucificada em Cristo (Gálatas 2. 20).

“O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que


as confessa e deixa, alcançará misericórdia” – Provérbios 28. 13.

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 15


QUESTIONÁRIO:

1. Originalmente, o que é pecado?


2. Cite algumas das consequências do pecado na humanidade?
3. Quais as outras definições de pecado segundo a Bíblia?
4. Como cristãos, estamos imunes ao pecado? Explique.
5. Quais os passos para vencermos o pecado? Cite-os.

Anotações Gerais:

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 16


LIÇÃO 6 - A SALVAÇÃO

“Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo, tu e a tua casa”.


Atos 16. 31.

Quando falamos sobre este tema, logo nos perguntamos – O que é salvação?
Abaixo, analisaremos alguns conceitos para uma clara compreensão do assunto.
Vejamos:

Nos dicionários da língua portuguesa, a palavra significa:


• Ato ou efeito de salvar-se; adquirir-se de novo; resgatar; libertar-se de um ônus
resgatando-o; livrar do cativeiro do pecado.

Com base no latim, grego e hebraico, a palavra significa:


• Ação ou resultado de livramento; preservação de algum perigo ou enfermidade,
subentendendo segurança, saúde e prosperidade.

Para entendermos o sentido da Salvação é necessário analisarmos seus dois aspectos:


Divino e humano.

Aspecto Divino: É caracterizado pela participação de Deus na regeneração (Tiago


1.18); na adoção (Romanos 8.14-17); na justificação (Atos 13.39) e na santificação (I
Tessalonicenses 4.3-4).

Aspecto Humano: É caracterizado pela participação do homem no arrependimento


(Atos 2.38) isto é, sentir tristeza pelo pecado a ponto de deixá-lo; e por intermédio da Fé
oriunda do coração (Romanos 10.8-10).

I - ASPECTOS DIVINOS DA SALVAÇÃO

Justificação.

É o ato instantâneo de Deus em justificar o pecador, ou seja, Deus pela sua própria
vontade o declara inocente, ou seja, absolve o pecador de sua culpa e declara-o justo (Atos 13.
39); Lemos em Isaías 43. 25: “Eu, eu mesmo, sou o que apaga as tuas transgressões por amor
de mim, e dos teus pecados não me lembrarei mais”.

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 17


Fontes da nossa Justificação

"A GRAÇA"- Um favor imerecido que:


Provém de Deus (Hebreus 4.16): É do trono da graça que emana a bondade de Deus
em redimir a humanidade através de Jesus Cristo.
Manifesta em Cristo (João 1.14): Sua encarnação é a expressão da grande graça divina.

Fundamentos da justificação

O fundamento da nossa justificação está expresso na justiça de Deus, que é


manifestado de três formas:
Por sua santidade (Miquéias 6.8): Sua justiça está intimamente ligada à sua honestidade
e retidão de caráter.
Por sua graça (Efésios 2.7): Ninguém, jamais, conseguiria atribuir justiça a si mesmo, a
não ser por intermédio da graça de Deus (Efésios 2. 8)
Outro fundamento da justificação humana e a sua fé em Cristo Jesus (Romanos
3.22; 5. 1), pois, através do seu sacrifício, nossos pecados foram julgados.

Instrumento Divino da justificação

O sangue de Jesus Cristo (Romanos 3.25): Somente o sangue de Cristo satisfaz as


exigências da parte de Deus para salvação do pecador (Hebreus 9.23-28).

Efeitos da justificação

Paz (Romanos 5. 1). O justificado experimenta a paz com Deus, com o próximo e
consigo mesmo.
Fruto (Filipenses 1.11). Agora pela justificação, produzimos frutos em abundância (João
15. 5); Frutos de louvor (Hebreus 13.15) e de justiça (Tiago 3.18).
Prosperidade (Provérbios 4.18). A prosperidade que nos referimos é a satisfação plena
que obtemos em Deus.

Regeneração

É um ato divino, pelo qual o homem experimenta uma radical mudança no seu interior, e
que gradativamente tende a transparecer. Também pode ser definida corno: Tomar a ser
gerado, ganhar nova vida, reconstrução, reorganização e reviver (Tiago 1. 18).

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 18


Conceitos Bíblicos sobre Regeneração

Novo Nascimento ou Recriação: Em Adão, somos nascidos fisicamente sob a natureza


do pecado, mas em Cristo, somos nascidos novamente como participantes da natureza divina
em retidão e justiça, permitindo ao pecador ser uma nova criatura, um novo homem (2
Coríntios 5.17; Efésios 2. 10; 4.24; João 3.3-5; 1 João 5.1). .
Lavagem ou Purificação: Esta é a situação do homem sem Deus: Extraviado (Romanos
3.12; Tito 3.3); concupiscente (1 Pedro 4. 2); imundo (Isaías 64.6); doente (Isaías 1 .5-6);
necessita de uma lavagem espiritual num todo (espírito, alma e corpo (1 Tessalonicenses 5. 3).
Desta forma, o homem é purificado pela palavra de Deus (Efésios 5.26) e pelo sangue do
cordeiro (Apocalipse 1.5).
Ressurreição Espiritual: Graça divina que o capacita a não experimentar a segunda
morte (Separação eterna de Deus), uma vez que todos nascidos em Adão estavam
condenados à morte (Romanos 5.12). Contudo, em Cristo somos livres da condenação eterna
(Efésios 2.5,6).
Renovação Espiritual: Esta renovação se compreende em dois aspectos: Primeiro, nos
despimos do velho homem com seus feitos em seguida, nos vestimos do novo homem que se
renova para o conhecimento (Colossenses 3.10).
Transladação Espiritual: O homem nascido em Adão (fisicamente) está, por natureza,
sob o reinado ou domínio do diabo; Entretanto, com a regeneração, o homem é transportado
para outro reinado, outra dimensão de vida, tendo Cristo como Rei e Senhor da sua vida
(Colossenses 1. 13).

A Necessidade da Regeneração.

O Pecado de todos. O pecado ao entrar no mundo, contaminou toda raça humana e


consequentemente, todos pecaram e carecem da glória de Deus (Romanos 3.23).
A Perdição espiritual de todos: Com o pecado, o homem tornou-se espiritualmente
perdido, sem o direito à vida eterno com Deus; E somente, por meio do novo nascimento
espiritual é que o homem poderá ter tal direito (João 3. 3).
Todos estão debaixo do Juízo Divino: O homem, na sua velha natureza, será julgado
e condenado (Hebreus 9. 27); No entanto, Cristo veio ao mundo para nos livrar de tal
condenação (Romanos 8.1; João 5. 24).
Somente os filhos de Deus têm Direito à herança: Todos aqueles que reconhecerem o
sacrifício de Cristo, receberem como seu Salvador e se submeterem a Sua vontade, recebem o
direito de filho (João 1. 12; Romanos 6.16-17; Gálatas 4. 7).

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 19


Os meios da Regeneração.

A obra do Espírito Santo: O Espírito Santo é quem coopera com a palavra de Deus na
regeneração (João 16. 7-11).
A palavra de Deus: A palavra é como semente que germina na alma humana, dando-
lhe nova vida (1 Pedro 1.23; Tiago 1.18).
A vontade de Deus: Não é a vontade de Deus que o homem pereça (João 6. 39); A
regeneração tem origem no próprio Deus (João 1. 13; Tiago 1. 18).
A Obra de Cristo: Sua obra expiatória na cruz foi o remédio eficaz para desfazer todo o
pecado (Efésios 1.5-6).
A ressurreição de Cristo: Sua ressurreição nos garante a regeneração (1 Pedro 1. 3).

Os efeitos da Regeneração.

Acesso ao reino de Deus: Com o novo nascimento ou regeneração espiritual, o homem


passa a ter acesso ao Reino de Deus, a saber, a vida eterna (João 3. 5).
Vida Vitoriosa: Somente após a regeneração encontramos em Cristo os meios eficazes
de vencermos o mal, isto é, pelo seu poder, somos mais que vencedores (Romanos 8. 37). O
Consolador (o Espírito Santo) mora dentro de nós e nos ajuda vencer as tentações e as
investidas do diabo.
Desapego às coisas do mundo: Após a regeneração, os efeitos se tornam visíveis
através da mudança de comportamento do individuo, ou seja, antes vivia escandalosamente,
hoje, não mais escandaliza, pois vive para glória de Deus (João 17. 14; Romanos 12. 2).
Filiação Divina: Nem todas as pessoas do mundo são filhos de Deus, somente as
regeneradas (João 1. 12-13; Gálatas 3. 26; 1 João 3. 1a). Analisaremos melhor este assunto
no tema a seguir.

ADOÇÃO
No Direito Civil, é o ato jurídico no qual um indivíduo é permanentemente assumido
como filho por uma pessoa ou por um casal que não são os pais biológicos do adotado.
(Romanos 8.14-17).
Direitos e deveres: Assim como na vida secular, tal é na vida espiritual, o filho adotivo
têm direitos e deveres (Romanos 8.17).
Dos privilégios: Estar para sempre com o Senhor (1 Tessalonicensses 4.17); herdar
todas as coisas com Cristo (Romanos 8. 17) e reinar com Ele (Apocalipse 20. 4).
Instrumento da Adoção: A soberania de Deus (Efésios 1. 5); A redenção de Cristo
(Gálatas 4. 5); A Fé (Gálatas 3. 26); O Espírito Santo (Romanos 8. 26); A promessa de Deus

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 20


(Romamos 9. 8; Gálatas 3. 29); A Graça de Deus (Efésios 1. 7); A caridade (amor) de Deus
(1João 3. 1a).
As Condições para Adoção Divina: Um novo nascimento - regeneração (João 3. 7). Crer
em Jesus Cristo (João 1. 12); Apartar-se do mundo (2Coríntios 6. 14-18); Ser guiado pelo
Espírito Santo (Romanos 8. 14).
As bênçãos da Adoção: Um novo nome (João 1. 42; Apocalipse 2. 17); Uma nova família
(Efésios 2. 19); Uma nova herança (1Corintios 2. 16); Uma intimidade com o Pai (Hebreus 4.
16; 10.19-22; Efésios 3. 12; 2.18; João 10. 9).
Reflexos individuais como adotivos: Obediência ao Pai (1Pedro 1.14) Semelhança com
o Pai (Mateus 5. 44, 45, 48; Efésios 5. 1); Promover a glória do Pai (Mateus 5.16).

SANTIFICAÇÃO

É um processo gradativo na vida do novo convertido e biblicamente significa: Separação para o


uso exclusivo de Deus (Romanos 1. 1; Êxodo 19. 6,22).
É a vontade de Deus que sejamos SANTOS (1 Tessalonicenses 4. 3 1 Pedro
1. 15-16).

Através da santificação é possível:

Agradar a Deus: A santificação disciplina as ações da carne, tornando possível viver de


modo a agradar a Deus.

Participar das preciosidades Celestes (Hebreus 3. 14).

Tornar aptos para servir a Deus (1 Tessalonicenses 1. 9b): Servir a Deus é nosso dever,
porém, devemos servi-lo corretamente, para que nosso serviço seja aceitável diante Dele.

Entrar na presença de Deus: A santificação nos proporciona um livre acesso a presença


de Deus (Hebreus 12. 14).

Instrumentos da santificação
O sangue de Jesus Cristo: O sangue de Jesus nos purifica de todo pecado (1João 1.
7,9).
A palavra de Deus: Somos santificados pela palavra, ela nos adverte a não pecar contra
Deus (SaImos 119. 11)

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 21


O Espírito Santo: Ele á um dos agentes da Santificação (Romanos 15. 16).

Áreas de Santificação

Espírito: O Espírito está relacionado ao intelecto. O Apóstolo Paulo declara em Romanos


12. 2 que devemos oferecer ao Senhor um culto com raciocínio (Entendimento). Não será
possível agradar a Deus se esta área da nossa vida não estiver santificada (João 4 .23, 24).

Alma: A alma é a sede dos desejos humanos (Mateus 15. 19); E o nosso desejo deve
ser a glorificação do nome do Senhor (Mateus 5. 16).

Corpo: O templo ou morada do Espírito Santo (1 Coríntios 6. 18, 19); Cada membro do
nosso corpo precisa ser santificado, dedicado e usado no serviço do Senhor, do contrário, o
pecado profana esse santuário (1 Coríntios 6. 20 b). O corpo pode ser santificado: Utilizando-o
sabiamente (1 Tessalonicenses 4. 4); Controlando-o (Tiago 3. 2); Mortificando-o (2 Coríntios 4.
10); Vigiando (Lucas 21. 36); Abstendo-se da aparência do mal (1 Tessalonicenses 5. 22).

As Bênçãos da Santificação
O que vive separado para Deus, recebe bênçãos, dentre elas: Segurança de uma vida
eterna (João 3. 16; Mateus 25. 44); Orações respondidas (Isaías 59. 2); E, o privilégio de ver a
glória de Deus (Hebreus 12. 14). Permita o Senhor nosso Deus, que cada um de nós, seus
servos, encontre a graça necessária, para submeter-se à plena vontade de Deus, vivendo em
completo estado de santificação, até a vinda do senhor Jesus Cristo (1 Tessalonicenses 5.23).

ASPECTOS HUMANOS DA SALVAÇÃO.


Até então temos estudado sobre os aspectos divinos da salvação. A partir de agora,
iremos estudar os aspectos humanos da salvação, ou seja, o que o homem precisa fazer para
ser salvo.

ARREPENDIMENTO
É o principal, ou seja, o ponto de partida com o qual se inicia a magistral caminhada da
vida cristã, e é definida como: Um ato pessoal e consciente de contrição que permite a criatura
humana dar meia-volta em relação aos atos pecaminosos e reprováveis aos olhos de Deus
através de uma orientação direta e interior do Espírito Santo (João 16. 8); É sentir tristeza pelo
pecado a ponto de deixá-lo ou rejeitá-lo; É diferente de remorso (ex. de Judas - Mt 27.5), pois o
remorso faz sua própria justiça.

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 22


Necessidade de Arrependimento
“Porque todos pecaram” (Romanos 3. 23): O pecado afasta o homem da
comunhão (Gênesis 3); porém, através do arrependimento é possível a reconciliação.

Como deve ser o Arrependimento


- Com confissão (Lucas 18.13,14; 2 Samuel 12. 13; SaImos 51);
- Com lágrimas (Mateus 26. 75);
- Com oração (Lucas 23. 42);
- Com Fé (Lucas 7. 50);
- Com conversão (Atos 13. 19).

Bênçãos advindas do Arrependimento.


Perdão dos pecados (Hebreus 12. 12); Salvação (João 5. 24; Lucas 17. 30,31); Vida
nova (2 Coríntios 5. 17); Alegria plena (Lucas15. 7,10,32).


Significa crer e confiar, e abrange toda personalidade humana, envolvendo o intelecto,
as emoções e a vontade (Hebreus 11. 1; Romanos 10. 9,10).

Intelecto
Consiste na crença racional de certas verdades bíblicas concernentes a Deus e a Cristo,
não sendo suficiente para a salvação (Tiago 2. 19).

Emoção
Consiste em confiar e comover-se (agitar-se) diante das informações captadas pelo
intelecto.

Vontade
Consiste na aceitação das verdades bíblicas e na dedicação às obrigações referentes à
salvação (Romanos 10. 9,10).

Portanto, aprendemos que Cristo é a maior expressão do amor de Deus, e a salvação,


como plano divino para o homem, é algo que precisa ser entendido, pois, sem esse
entendimento, o alicerce da vida espiritual fica fragilizado.

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 23


QUESTIONÁRIO:

1- Defina o que é Salvação?


2- Quais os dois aspectos da salvação?
3- Quais os efeitos da regeneração?
4- O que significa ser santo?
5- Quais as áreas de santificação?

Anotações gerais:

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 24


LIÇÃO 7 – NOÇÕES DE ESCATOLOGIA

Neste assunto será abordado de forma resumida a volta de Jesus sob dois aspectos, o
tribunal de Cristo, o milênio e o juízo do grande trono branco.

I- Arrebatamento da Igreja
É o primeiro aspecto ou etapa da volta de Jesus, muito esperada ao longo de milênios
na era crista sob promessa do próprio Jesus. (Jo 14.3).

II- Testemunho das escrituras.


- Poderá ocorrer a qualquer momento, esse dia virá corno ladrão (2Pe 3.10).
- Só os salvos o contemplarão e com Ele darão entrada ao céu.
- Os mortos salvos ressuscitarão primeiro e os salvos vivos serão transformados (1 T8
4.16,17).
- Este fato ocorrerá em fração de segundo, num abrir e fechar de olhos (1 Co 15.51).
- O mortal e corruptível se revestirão imortal e incorruptível (1 Co 15.52,53), pois o autor da
vida os capacitara desta natureza.
- Seremos semelhantes a Cristo (l Jo 3.2)
- Para satisfação de Cristo (Jo 17.24).

III- O Tribunal de Cristo e Bodas do Cordeiro


Após o arrebatamento no período de sete anos, antes da segunda etapa da volta do Sr.
Jesus Cristo, dar-se-á no céu o Tribunal de Cristo e as Bodas do Cordeiro. Aqui na terra dar-
se-á a grande tribulação, tempo de horror para o mundo gentílico e aperturas para Israel.

IV - Relatos Bíblicos
- o tribunal de Cristo é só para os salvos, serão julgadas as obras, terá lugar no céu (2 Co
5.10).
- Também será manifesto as fontes de suas motivações para tais obras (1 Co 3.11-15).
- Após o Tribunal dar-se-á as bodas do cordeiro, consumando a união eterna de Cristo com
a igreja. (Jo 17.24)
- Todos os salvos do antigo e novo testamento estarão presentes à mesa da grande ceia que
o próprio Cristo nos servirá (Mt 8.11).

V- Manifestação de Cristo em Glória.


- Logo após as bodas do Cordeiro, dar-se-à a segunda etapa da volta de Jesus. Desta vez
Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 25
todo olho o verá (Mt 24.30), parousia.
- Em At 1. 11 fala de sua vinda.
- Jesus e Pedro também falaram de sua manifestação em glória (Mt 24.37-39; 2 Pe 3~ 10).

1- Significado da sua manifestação.


- Revelar a Israel salvando-o do exército inimigo sob regência do anticristo.
- Revelar ao mundo a igreja antes espezinhada pelos homens, porém hoje glorificada. .
- Em Zc 12.10 disse que Israel centralizará suas atenções em Cristo e sobre Ele se
lamentará.
- Enquanto que os ímpios de toda terra clamarão aos crentes apavorados que caiam sobre
eles, porque chegou o grande dia da Ira do cordeiro (Ap 6.16,17).
- Cristo destruirá o exército (e armas do ante-cristo) miraculosamente por meio da palavra
que sairá da sua boca (Ap 19.21).
- O falso profeta e o anticristo, serão lançados no lago de fogo e satanás (a besta) será
preso por mil anos (Ap 19.20; 20.2).

VI- O Reino Milenial de Cristo.


Com sua manifestação em glória, aniquilando o exército inimigo de Israel, prendendo
satanás e lançando o anticristo e o farão profeta. No lago de fogo, será instalado o reino
milenial de Cristo aqui na terra, isto é, por mil anos.

1- Característica do reino milenial


- Não haverá antagonismo entre os homens.
- O progresso e a ciência atingirão o Em proposto.
- Fronteiras entre países serão abertas.
- Casas não precisarão de fechaduras.
- Moléstias (Câncer, AIDS, ..... ) não ceifarão mais vidas como se vê hoje.
- Nações não necessitarão de exércitos e armas.
- Suas armas serão transformadas em instrumentos agrícola.
- A sede do governo de Cristo será em Jerusalém,
- Todas as nações buscarão conselho a Cristo,
- Será um reinado de paz por ser Cristo, o Príncipe da Paz, o Rei governante (Is 65.18-22;
2.2-4; Is 9.6).

VII- O Juízo do Trono Branco


- Após o milênio em que satanás for solto por um pouco de tempo (Ap 20,7-10), Cristo será o

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 26


juiz por excelência (At 17.31).
- Será aberto vários livros, a exemplo o da vida, quem não se achar escrito ali o seu nome,
será lançado no lago de fogo (Ap 20.15).
- Os salvos estarão presentes sem risco (Rm 8.1).
- Ninguém poderá suborná-lo, pois há de julgar o mundo com retidão, justiça (At 17.31),
- Depois do juízo cumpre-se a palavra de Paulo (ICo 15.27), porque todas as coisas sujeitou
debaixo de seus pés.
- Finalmente (Ap 21) Cristo e a Igreja, num só cortejo, darão entrada à vida eterna, que será
adornada, entre muitas coisas, por um novo céu e urna nova terra, onde habita a justiça de
Deus.
- No novo céu e nova terra, Deus sendo tudo em todas as coisas.
« Dá para perceber um frescor, uma sensação deliciosa, inexprimível, que silencia em nosso
interior, que dá vontade que isso fosse hoje, aleluias! Lutemos, firmes na rocha, para não
perdemos esta grande benção.

ANOTAÇÕES LIVRES:

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 27


TRANSPARÊNCIA
CRISTÃ

LIÇÃO 7 – O CRISTÃO

“E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja, e ensinaram muita gente; e em
Antioquia foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos”.
Atos 11. 26.

O que me torna um Cristão não é o fato de possuir uma Bíblia, nem ainda por frequentar
os cultos de uma determinada denominação evangélica; Vai muito além do cumprimento de
regras de uma religião. Ser Cristão é servir e seguir a Cristo.

Quando a igreja primitiva nasceu (no Pentecostes – Atos 2) por volta do ano 30 d. C; até
então eles não possuíam este codinome. Somente no ano 43 d. C, na cidade de Antioquia, foi
que os discípulos foram chamados pela primeira vez de Cristãos (Atos 11. 26).

Para se tornar um Cristão, você precisa, primeiramente, receber Cristo Jesus em sua
vida por meio da aceitação. Lemos em Romanos 10. 9: “Se com a tua boca confessares ao
Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo”.

O Cristão é aquela pessoa que se submete aos ensinos de Jesus e vive conforme as
orientações deixadas por ele por meio da sua Palavra. Em João 8. 31-32 lemos: “Se vós
permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; E conhecereis a
verdade, e a verdade vos libertará”.

Sendo um Cristão, você passa a fazer parte de uma família (a família de Jesus) que é a
sua IGREJA.

O QUE É IGREJA?

Denomina-se igreja o corpo místico de Cristo (Colossenses 1. 18). Um grupo de pessoas


lavadas e remidas pelo sangue de Jesus, que experimentaram a salvação em Cristo. Aqui, não

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 28


se trata de indivíduos, pois, individualmente somos seus membros (1 Coríntios 12. 19). No
entanto, coletivamente formamos o corpo de Cristo (1 Coríntios 12. 20).

Por força de expressão, costumamos chamar o templo, de Igreja. Aqui o conceito não
está errado, desde que o levemos em consideração sob o ponto de vista de uma organização e
não de um organismo.

Apesar de haverem inúmeras denominações (Ex. Assembleia de Deus, Batista,


Quadrangular, etc) a Igreja de Cristo é única (Efésios 4. 4); tendo milhares de membros
espalhados pelo mundo, incluindo os que morreram na esperança de encontra-se com Cristo
(1Tessalonicenses 4. 13-17).

A IGREJA E SEUS SÍMBOLOS

Na bíblia encontramos algumas comparações sobre a Igreja. Vejamos:

1 – A Igreja como: Noiva de Cristo (Efésios 5. 24-27).


2 – A Igreja como: Templo (morada) de Deus (1 Coríntios 3. 16; Efésios 2. 20-22; Mateus
16. 18).
3 – A Igreja como: Corpo de Cristo (1 Coríntios 12. 14-14; 27).

Portanto, a Igreja é o corpo, e Cristo, o cabeça, ou seja, aquele que comanda nossas vidas.
“Posso todas as coisas naquele que me fortalece” – Filipenses 4. 13.

QUESTIONÁRIO:

1 – O que significa ser um Cristão?


2 – Em que cidade os discípulos foram chamados pela primeira vez de Cristãos?
3 – O que é Igreja?
4 – Quais os símbolos da Igreja encontrados no Bíblia?
5 – Qual a sua relação com a Igreja?

Anotações Gerais:

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 29


LIÇÃO 8 – CONDUTA CRISTÃ

“E digo isto, e testifico no Senhor, para que não andeis mais como andam também os
outros gentios, na vaidade da sua mente.”
Efésios 4. 17.

Ao aceitar Jesus como o salvador da sua vida, você passa a ter uma nova identidade
espiritual, torna-se filho de Deus (João 1. 12). Como filho, devemos nos submeter às condições
que Ele (Deus) nos orientou através da sua palavra – “Porque noutro tempo éreis trevas, mas
agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz” – Efésios 5. 8. Cognominamos isso de
CONDUTA CRISTÃ.

A conduta cristã fala-nos do comportamento que o Cristão deve exercer em todos os


aspectos da sua vida (Social, pública, moral, religiosa e espiritual) de modo que, o nome do
Senhor Jesus Cristo seja glorificado (Salmos 103. 1-2; 1 Pedro 1. 13-16). A conduta cristã se
resume em refletirmos o caráter de Cristo.

Jesus nos deixou a incumbência de sermos o “sal da terra e a luz do mundo”. Lemos em
Mateus 5. 13 16 – “Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar?
Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do
mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; Nem se acende a
candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa.
Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e
glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus”.

A luz fala do nosso testemunho. Como Cristão, devemos dar bom testemunho (1 Tm. 3. 7).
O sal é cloreto de sódio, e um de seus símbolos é, a graça de Deus na vida do Cristão.

Duas são as funções do sal: Temperar e conservar.

1. O sal como tempero: Serve para dar sabor. Seu excesso pode ser prejudicial à
saúde do corpo e sua ausência, tornará o alimento insípido. Desta forma, o Cristão (como sal)
precisa ter bom relacionamento com as pessoas (Hebreus 12. 14).

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 30


2. O sal como conserva: O próprio termo define – conservar. Como Cristão,
precisamos conservar a comunhão com Cristo, e manter o corpo em santidade e honra (1
Tessalonicenses 4. 4), livre do poder (domínio) do pecado (João 8. 36).

O diabo (que é o nosso adversário) tem agido com muita sutileza, seu desejo é nos
desmoralizar. Ele fermenta a ideia de que, por estamos em um mundo moderno e globalizado,
as coisas que eram tidas como pecado antigamente, hoje, já não nos fazem mal algum. Isso é
uma mentira! A palavra de Deus é eterna (Mateus 24. 35) e suas doutrinas são preceitos
imutáveis (Salmos 119. 44; 142).

A palavra de Deus nos adverte dizendo: “Sede sóbrios e vigiai, pois o diabo, que é o
vosso adversário, ele anda ao derredor rugindo como leão buscando a quem possa tragar” – 1
Pedro 5. 8.

Portanto, que possamos, como testemunhas de Cristo, refletir o Seu caráter; E que as
pessoas do mundo vejam o brilho de Deus estampado em nossa face.

“Então voltareis e vereis a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, e
o que não o serve” – Malaquias 3. 18.

QUESTIONÁRIO:

1 – O que é a conduta Cristã?


2 – Quais as características do Cristão, citadas por Jesus em Mateus 5. 13-16?
3 – O que representa a luz na vida do Cristão?
4 – O que representa o sal na vida do Cristão e quais as suas propriedades?
5 – Como o diabo tem agido nestes dias?

Anotações Gerais:

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 31


LIÇÃO 9 – A ORAÇÃO

“Pedis, e não recebeis, porque pedis mal”...


Tiago 4. 3.
Saber orar é algo fundamental para aqueles que se tornam discípulos de Cristo, pois, a
oração, é o principal meio de comunicação do homem com Deus.

O QUE É ORAÇÃO?
Oração é uma prece ou súplica dirigida a Deus (Salmos 65. 2; 141. 2; Provérbios 15.
29). A oração não é monólogo, e sim, diálogo (Jeremias 33. 3). Quando oramos dialogamos
com Deus, que nos ouve e responde.

É falar com Deus, é adoração, é cultuar. É para o crente como uma chave que abre as
entradas dos tesouros celestiais que são oferecidos ao ser humano através de Jesus Cristo.

COMO DEVE SER A ORAÇÃO?


- A oração deve ser sincera (Hebreus 10. 22);
- A oração deve ser dirigida com fé (Hebreus 11. 6; Mateus 21. 22);
- A oração deve ser pautada no nome de Jesus (João 16. 23-24).

TIPOS DE ORAÇÕES EXISTENTES:


- Oração oculta (1 Samuel 1. 12-13);
- Oração secreta (Mateus 6. 5-6);
- Oração pública (Lucas 18. 10-14);
- Oração intercessora (Jó 42. 8; 1 Timóteo 2. 1).

Existe um jargão popular que diz: “De joelhos é melhor!”. No entanto, ao analisarmos as
Escrituras nos deparamos com algumas variantes. Vejamos:

- Orando de joelhos (1 Reis 8. 54);


- Orando inclinado ou prostrado (Gênesis 24. 26-27);
- Orando em pés (1 Reis 8. 14; 55);
- Orando assentado (Atos 2. 1-4).

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 32


Lembre-se: O posicionamento não influencia na qualidade da oração; O fator
determinante está em nos aproximarmos de Deus com sinceridade, fé e devoção ao nome de
Jesus.

COMO ORAR?

Analisaremos o método ensinado por Jesus em Mateus 6. 5-15.


“Não como os hipócritas” – v. 5. Existiam um grupo de religiosos que ao orarem
desejavam ser vistos e ovacionados pelos homens, quando na verdade precisamos ser vistos
(contemplados) por Deus.
“Entra no teu aposento e fecha a porta” – v. 6. Jesus ensinava sobre a
intimidade que deve haver na oração, pois, o aposento retrata esse sentido, e não
obstante, quando orarmos devemos fechar a porta da dúvida, da incredulidade, da falta
de fé, etc.
“Não useis de vãs repetições” – v. 7. Na oração, não é necessário repetições
desnecessárias, tendo em vista que Deus é conhecedor das nossas necessidades.
“Vosso Pai sabe do que necessitais” – v. 8. Aqui está claro a oniciência de Deus. Ele
conhece todas as nossas necessidades e é poderoso para supri-las.
“Portanto, orareis assim” – v. 9. Jesus está ensinando seus discípulos à maneira
correta de falarmos com Deus. Este é apenas um modelo, uma diretriz dos aspectos que
envolvem a oração. Vejamos:
- Adoração – v. 9 “Pai nosso que estás no céu”;
- Reverência – v. 9 “Santificado seja o teu nome”;
- Súplicas – v. 10 “Venha teu reino”;
- Rogos – v. 10 “Seja feita a tua vontade”
- Pedido de provisões – v. 11 “O pão nosso de cada dia dai-nos hoje”;
- Pedido por perdão – v. 12 “Perdoe nossas dívidas (ofensas)”;
- Demonstração de amor ao próximo – v. 12 “Assim como perdoamos nossos devedores
(ofensores)”;
- Pedido de proteção/libertação – v. 13 “Não nos deixes cair em tentação”;
- Pedido de livramento – v. 13 “Livra-nos do mal”;
- Reconhecimento da onipotência de Deus – v. 13 “Teu é o reino, o poder e a glória para
sempre”.
Lembre-se: Na oração precisamos abrir o nosso coração para Deus; Contar a Ele todas
as nossas necessidades, e sobre tudo, confiar, pois em Hebreus 11. 6 lemos: “Aquele que se
aproxima de Deus, precisa crer, que Ele existe, e é o galardoador daqueles que o buscam”.

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 33


ONDE ORAR?
No quarto (Mateus 6. 6); No Templo (Atos 3. 1); Em todo e/ou qualquer lugar (Jonas 2.
1).

QUANDO ORAR?
Na prosperidade (Atos 10. 2); Na adversidade (Atos 16. 25); Na enfermidade (Tiago 5.
14); Enfrentando perigo (Mateus 14. 30; Lucas 22. 42); No tempo das trevas (Jonas 2. 1);
Diante das necessidades (Filipenses 4. 6; Mateus 7. 7); Sempre (1 Tessalonicenses 5.11); Em
todo tempo (Efésios 6. 16).

POR QUEM ORAR?


Para todos os que estão em eminência, ou seja, no Poder (1 Timóteo 3. 2); Pelo próximo
(João 17. 20); Pelos nossos inimigos (Mateus 5. 44); Enfim, por todos os homens (1 Timóteo 3.
1).
Portanto, não sejamos como os fariseus, que nos dias de Jesus, faziam belas e
prolongadas orações somente para serem vistos e ovacionados pelos homens; Que
cheguemos diante de Deus com humildade, reconhecendo que ele é o Senhor e nós, os seus
servos.
“Orai sem cessar” – 1 Tessalonicenses 5. 17.

OBSTÁCULOS À ORAÇÃO
Dúvida (Mc 11.24; Tg 1.6,7); indisposição para perdoar (Mc 11.25); iniqüidade no
coração (SI 66.18) ~ orar fora da vontade de Deus (1 Jo 5.14); falta de perseverança (Dn
10.12,12; Mt 7.7,8).

SUCESSO ATRAVÉS DA ORAÇÃO.


Abraão (Gn 20.17), Ana (1 Sm 1.9,10,19,20), Esdras (Es 10.1), Elias (1 Rs 17.17-22),
Elizeu (2Rs 4.32,33), Ezequias (2 Rs 19.15) Davi (Sl 55.17, Daniel (Dn 6.10), os crentes
primitivos (At 4.31), Paulo e Silas (At 16.16-18), Jesus (Jo 11.41-44), Martinho Lutero (3h/d),
João Wesley (2h/d), Pr Cho (4h/d).

CONCLUSÃO
Nem sempre todas as respostas de Deus às orações são agradáveis, mas seu fim são
como mananciais inesgotáveis de bênçãos, ou seja:

- Quando oramos pedindo paciência vem tribulação, porque é pela tribulação é que vem

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 34


a paciência (Rm 5.3).

- Quando pedimos para que sejamos submissos e obedientes vem sofrimentos, isto
porque pelo sofrimento é que nos tornamos submissos e obedientes (Hb 5.8).

- Quando pedimos vitória vêm às lutas e tentações, porque é pelas lutas. E tentações
que obtemos vitórias (1Jo 5.4). Quando pedimos mais comunhão com Deus e logo quebram os
laços humanos e naturais, porque é desprendendo aqui é que podemos andar sozinho com ele
(Is 51.2).

- Quando pedimos forças e surgem as fraquezas, porque é a nossa fraqueza que o


poder divino se aperfeiçoa (2 Co 12.9).

- Finalmente, o cristão que ora, compreende que não pode viver sem Deus (At 17.28);
deseja mais e mais de Deus em sua vida diária; reprova em si toda e qualquer coisa que
impeça a oração (SI 66.18), confia na proteção divina (SI 46), portanto todos os aspectos
negativos (Mt 6.5) e possíveis obstáculos devem ser removidos para que a chave possa abrir
as entradas dos tesouros celestiais que nos são oferecidos em Cristo Jesus.

Anotações Gerais:

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 35


LIÇÃO 10 – O JEJUM

O Jejum juntamente com a oração, é uma arma secreta que possuímos para combater o
inimigo de nossas almas e fortalecer a nossa vida espiritual. Ex. de pessoas que jejuaram:
Moisés (Ex 34.26) ~ Jesus (Mt 4,2); Elias (l Rs 19.8); Ana (I Sm 1.7 )~ Davi (2 Sm 1.l2); a
nação de Israel (Lv 23.27); os discípulos de João (Me 2.18; Lc 5.33); Paulo (At 9.9). (Afligir a
alma)

I - Ensino Bíblico sobre Jejum.

1- Tipos de Jejum.
1.1- Jejum Típico - É a abstinência de alimento sólido podendo digerir apenas liquido
(água). Em Mt 4.2 Jesus teve fome após 40 dias de jejum. Os estudiosos acreditam que pelo
menos água Ele tomou.
1.2- Jejum Parcial - É a abstinência de certos alimentos durante um determinado
período de tempo.
1.3- Jejum Completo ou Absoluto - É a abstinência total de alimentos sólidos e
liquido (At 9.9). Não pode ser muito prolongado devido aos riscos de saúde.

II - Duração do Jejum.
- A duração é relativa, varia de acordo com a disponibilidade de tempo e condições de
saúde.
- Jejum dos judeus ia de um pôr do sol a outro (Jz 20.26).
- Ester, suas servas e os judeus na Pérsia, jejuaram por três dias (Et 4.16).
- Elias, Moisés e Jesus jejuaram quarenta dias ( lRs 19.8~ Ex 34.28; Mt 4.2).

III - Perigos do Jejum.


- De natureza física quando praticado abusivamente sem orientação especifica, inclusive
como alimentar após jejum ..
- Jejum sem oração é mera privação de alimento e não tem valor diante de Deus.
- O problema da hipocrisia (Mt 6.16; Lc 18.12).
- O legalismo, praticá-lo só para fazer número, média.

IV - Por que Jejuar?


- Por causa do estado cadente moral e espiritual da nossa nação.
- Por causa dos nossos problemas individuais e coletivos (Dn 10.2,3)
Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 36
- Por causa da aflição que nos assola (Ana - 1 Sm 1.7; Davi - 2 Sm 3.35; Israel - 1 Sm 7.6).
- Por causa das decisões a serem tomadas (Jesus para iniciar seu ministério público-Mt
4.2; Paulo antes de atuar como missionário - At 13.2). Demonstrando dependência e confiança
nas promessas divinas.
- Por causa da esperança da vinda do noivo: Vem depressa amado meu (Ct 8.14) 0
Espírito e Igreja dizem Vem. (Ap 22.17).
- Para manifestar nossa adoração e gratidão a Deus pêlos beneficias recebidos e
reconhecimento do senhorio de Cristo.

V- Como Jejuar?
- Estipule o tempo de duração, a princípio, tempo mais curto.
- Comece abstendo-se apenas de alimentos sólidos.
- Planeje algum tempo para oração no decorrer do mesmo.
- Dê lugar ao arrependimento no coração (Davi - SI 69.10).
- Escolha alguns versículos especifico ao objetivo do Jejum para meditação. Jejue com
propósito especifico / Ex: Ester - Et 4.16,17 era para salvar os filhos de Israel da tirania de
Naamã; Jesus - Mt 4.2 para vencer o inimigo e inaugurar seu ministério.
- Jejue com atitude de perdão. Ira, amargura, ciúmes, discórdia e medo aflorarão durante o
mesmo.
- Jejue não como os hipócritas (Mt 6.16) contristados, rostos desfigurados, ... sê para
aparecer. .
- Jejue divorciado da falsa piedade (Mt 6.17,18) ou seja: não deixe transparecer que está
jejuando.
Portanto em face dos efeitos trazidos, devemos jejuar regularmente, sabendo ainda que
sua maior obra está no reino espiritual, que só no porvir receberemos seu real valor.

ANOTAÇÕES LIVRES:

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 37


LITURGIAS
LIÇÃO 11 – O CULTO

Muitos aderem um conceito errôneo acerca do culto, como sendo um momento de busca
e recebimento; quando na verdade é um momento de entrega e devoção (Romanos 12. 1).
O termo “culto” é originária de um vocábulo latino que significa adoração ou homenagem
que se presta ao um ser supremo. Ele pode ser individual ou coletivo (1 Coríntios 14. 26) e
precisa ser voluntário e consciente (Romanos 12. 1).
Todo culto possui uma liturgia. A liturgia das Assembleias de Deus no Brasil é composta,
basicamente, pelos elementos descritos conforme abaixo:
- Oração – Louvor – Testemunho - Oferta e Palavra.
Não existe culto sem adoração. Adorar significa, render culto à divindade. Assim sendo,
a adoração consiste nos atos e atitudes que reverencia a majestade do grande Deus, criador
dos céus e da terra.
Adorar a Deus não é responsabilidade de alguns; Todas as coisas foram criadas para o
louvor de sua glória (Salmos 98. 4-9; 150. 6).

COMO DEVE SER A ADORAÇÃO?

1. Espontânea (Zacarias 4. 6b);


2. Consciente (Romanos 12. 1);
3. Em Espírito e em verdade (João 4. 23-24);
4. Com maturidade (1 Coríntios 13. 11);
5. Ordeira e decente (1 Coríntios 14. 40).

Se negligenciarmos o dever da adoração poderemos sofrer drasticamente (ver Atos


12.21-23). Observemos as palavras do sábio Salomão: “Guarda o teu pé quando entrares na
casa de Deus” ... (Eclesiastes 5. 1).
Portanto, o culto é o momento de entrega total ao Senhor em adoração e louvor ao Seu
nome, reconhecendo Sua grandeza e majestade (Salmos 29. 2).
Lembre-se, a adoração não terminará aqui, continuará no céu, eternamente (Apocalipse
4. 3-11). Aleluia!!!
Anotações Gerais:

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 38


LIÇÃO 12 - O BATISMO EM ÁGUAS
O batismo em águas é uma das ordenanças do Senhor Jesus Cristo para sua Igreja
(Mateus 28. 19); É também conhecido como o novo nascimento espiritual (João 3.5-6). É um
ato da regeneração obrado pelo Espírito Santo na vida dos que recebem Cristo Jesus e
desejam professar publicamente sua fé (Tito 3. 5).
Os dicionários comuns definem o batismo como sendo um sacramento da igreja, pelo
qual é afastado o pecado original. Entretanto, seu significado original é mergulhar ou imergir.
“O ato do batismo se constitui num testemunho público de que aquele que se submete
foi regenerado pela fé em Jesus Cristo. Assim, pelo batismo, o novo crente dá prova de haver
morrido para o mundo, para ser sepultado e ressuscitado para uma nova vida em Cristo. No
entanto, devemos compreender que se o crente por uma circunstância inesperada, vier a
morrer antes de ser batizado em águas, a sua posição de salvo continua inalterada” - (Alfalit,
Teologia Sistemática).
O batismo em águas não deve ser ignorado, tendo em vista que é uma ORDEM DIRETA
de Jesus a todos os seus discípulos (Mateus 28. 19). Negligenciar o batismo é correr o risco de
perder a salvação (Marcos 16. 16).

A IMPORTÂNCIA DO BATISMO EM ÁGUAS.

O batismo em águas é importante para:


1. Cumprirmos um mandamento Divino (Mateus 28. 19);
2. Tornarmos discípulos de Jesus (Mateus 28. 19);
3. Tornarmos membros do corpo de Cristo, que é a sua Igreja (1 Coríntios 12);
4. Tornarmos membros de uma congregação local (Hebreus 10. 25);
5. Exercermos atividades (ofícios) na congregação local (Hebreus 2. 12).

O batismo em águas é tão importante quanto um registro de nascimento. Uma pessoa


não registrada não pode usufruir dos seus direitos como cidadão. Assim também, quem não
experimenta o batismo em águas, não poderá usufruir dos direitos congregacionais (Santa-
Ceia, Ministério, Liderança de departamentos, etc.). Os irmãos da Igreja Primitiva, davam
testemunho de sua decisão a Cristo por meio do batismo (Atos 2. 38; 8. 35-38; 10. 47-48).
Portanto, não permita que o “modernismo” interfira na sua decisão pessoal. Batize-se e
faça parte da família de Jesus – A Igreja (Mateus 12. 46-50).

I - Determinações Bíblicas sobre Batismo.


Batismo não salva. Foi omitido deste plano (Jo 3.16; 5.24; At 4.12), mas é de grande
Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 39
importância, vejamos:

1- Jesus foi exemplo (Mt. 3.13-16), Ele fez questão de ser batizado para cumprir a
justiça de Deus (Mt 3.15), foi batizado aos trinta anos (Mc 1.9; Lc 3.23) servindo de base para
não batizar crianças nem inconsciente,

2 - É ordem de Jesus. (Mt 28.19; Mc 16.15,16) Ele mandou batizar todos que cressem
em seu nome. Mesmo sendo dispensável para salvação, é indispensável para que o crente viva
na terra como membro da igreja local, que é também de Cristo.

II - O exemplo da igreja primitiva


- Os que aceitavam a palavra eram batizados (At 2.41).
- Os que receberam a mensagem de Filipe em Samaria foram batizados (At 8.12,13),
- Assim também o etíope (At 8.38)
- Os gentios de Cesárea (At 10.48).
- Lidia (At 16.14,15). '
- O carcereiro de Filipos (At 16.32,33)
- Crispo (At 18.8).

III - Características Físicas do Batismo.


- Deve ser ministrado em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo (Mt 28.19).
- Deve ser um ato público como testemunho de fé (Cl 12, 12). Tem que ser completa (Rm 6.4;
Cl 2.12) imersão simboliza morte, sepultamento e ressurreição. Morte porque não comungamos
mais com o mundo; Sepultamento é dizer para o mundo que renunciamos a vida velha; e
Ressurreição é uma nova vida que se levanta disposta a sujeitar e obedecer a Cristo.

IV – O verdadeiro fator do crescimento.


Cada novo crente que se batiza, é mais um soldado que acrescenta ao exército do
Senhor.

V- Requisitos Básicos para o Batismo.


- Arrependimento - (At 2.38; Mt 3.1,2,5,6) é o pré-requisito para a 'conversão/salvação
(At 3.19).
1.
- Crer em Jesus (Mc 16.16; At 8.37) é uma questão de consciência, de inteiro coração,
crer que Jesus é o Salvador, e não uma mera influência.

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 40


- Assimilar os fundamentos da doutrina. Antes de ser batizado, o novo convertido deve
ser informado de alguns pontos elementares da fé que abraçou, bem como seus principais
compromissos para com a igreja de que agora passará a fazer parte. Ex: Observância dos
costumes local, contribuição, serviço, etc ..

- Para o Candidato
-- O batismo requer um ministrante. A bíblia não explica a necessidade de o ministrante ser
um pastor ou um evangelista, mas dado sua importância cada igreja preocupa com isso.
- O batismo requer água em volume tal para imersão do candidato.

CONCLUSÃO

Todos que têm se arrependido dos pecados, aceitando o plano da redenção em Jesus
Cristo e informado do significado do batismo, devem deixar transparecer para o mundo, num
ato público e consciente do batismo, sua nova vida (caráter), firmeza de propósito com
responsabilidade e fidelidade para corri seu Senhor.

O batismo em águas é uma das ordenanças bíblicas destinada à igreja (Mc 16.16),
através do qual o novo crente confessa pública e conscientemente sua decisão em sujeitar-se a
urna vida de obediência a Cristo, bem como integrar-se definitivamente ao seio de urna
comunidade evangélico, tornando membro efetivo da igreja local.

Anotações Gerais:

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 41


LIÇÃO 13 – A CEIA
TEXTOS: Mt 26.26-29; 1 Co 11.23-25.

INTRODUÇÃO CEIA DO SENHOR

É a segunda e última ordenança deixada pelo Senhor Jesus Cristo à sua igreja, na
véspera de sua morte expiatória, quando participava da última ceia, (Mt 26.26-30) como rito
distintivo da adoração cristã. Consiste na participação solene do pão e vinho, os quais sendo
apresentados ao Pai (Deus) em memória do sacrifício inigualável de Jesus Cristo. Vejamos a
seguir os pontos chaves dessa ordenança.
A ceia é o momento em que todos os membros se reúnem com o propósito de
participarem da comunhão do “corpo” e do “sangue” de Jesus Cristo.
A ceia é uma das ordenanças do Senhor Jesus à sua Igreja (Lucas 22. 19; 1 Coríntios
11. 24-26). Ela é tão importante na vida de um membro que, negligencia-la, seria o mesmo que
assinar o próprio atestado de óbito espiritual (João 6. 53).
Assim como o corpo físico precisa de alimento, também nossa alma precisa alimentar-
se. Jesus disse em João 6. 55: “Porque a minha carne verdadeiramente é comida, e o meu
sangue verdadeiramente é bebida”. O Apóstolo Paulo ainda declara em 1 Coríntios 11. 30: “Por
causa disso há entre vós muitos fracos e doentes” ... Somente na ceia encontramos
substâncias essências a saúde espiritual.
Os elementos que compõe a ceia são: Pão e vinho. O pão representa o “corpo de Cristo”
(Mateus 26. 26), e o vinho representa o “sangue de Cristo” (Mateus 26. 27-28).

Comemoração
- No dia 4 de junho o povo americano (Norte) recorda de maneira especial o evento que
o fez um povo livre.
- Em Ex 12.14, 25-27, o povo judeu recorda o grande livramento concedido por Deus a
eles no Egito.
- Também cada vez que os Cristãos se congregam para celebrar a ceia do Senhor,
estão comemorando de um modo especial a morte expiatória (substituta) de Cristo, o evento
culminante de sua vida, para libertação do pecado e para salvação deles. (Mt 26.26-29; 1Co
11.23-26).

Objetivo: Mostrar ao Novo Discípulo todo o significado da Ceia do Senhor e Sua importância
para a nossa vida Espiritual. O Senhor Jesus instituiu duas ordenanças a serem observadas
pela igreja: O batismo, que deve ser observada uma só vez, sendo o sinal de início da vida
Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 42
cristã. A outra ordenança é a Ceia do Senhor, ordenança que deve ser observada em toda a
vida do crente como sinal de sua comunhão contínua com Jesus.

A ceia do Senhor aponta para uma refeição de comunhão na presença de Deus no futuro. É
sobre esse momento que o Senhor Jesus está falando quando disse: “E digo-vos que, desde
agora, não beberei deste fruto da vide até aquele dia em que o beba de novo convosco no
reino de meu Pai” (Mateus 26.29). Será um momento de grande alegria, de temor e de
reverência diante da presença do Senhor. Em Apocalipse 19.9, o apóstolo João também fala
sobre este momento como momento de grande alegria: “E disse-me: Escreve: Bem-
aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são
as verdadeiras Palavras de Deus”.

Devemos neste momento ter plena certeza da presença do Senhor em nosso meio, pois a ceia
do Senhor reflete o propósito de Deus mostrado desde Gênesis ao Apocalipse, que é trazer
seu povo a comunhão com ele e termos a alegria resultante desta comunhão. Vamos então
procurar entender um pouco mais dos significados da Ceia do Senhor, de todo o seu
simbolismo e importância da ceia do Senhor. Antes de falarmos de seu simbolismo, porém é
preciso especificar sobre a questão da presença de Cristo nos elementos. É apenas simbólica
e não literal no pão e no cálice. Há então a presença simbólica de Jesus nos elementos (pão e
cálice) e também espiritual em nosso meio e nos abençoa espiritualmente nesta cerimônia.

I - SIGNIFICADOS PRESENTES NA CEIA DO SENHOR:

A MORTE DE CRISTO: Nela está presente um simbolismo da morte do Senhor por nós.
Quando partido, o pão simboliza o seu corpo e quando bebido o cálice simboliza o seu sangue
derramado por nós. Este é o motivo que ao participar da ceia do Senhor, nós também estamos
proclamando a morte dele por nós, bem como sua ressurreição e volta (1 Co 11.26).

PROCLAMAMOS QUE SOMOS PARTICIPANTES DOS BENEFÍCIOS DA MORTE DO


SENHOR: (Mateus 26.26). Tais benefícios são apenas para aqueles que estão em comunhão
com o Senhor Jesus.

ELA TAMBÉM É ALIMENTO ESPIRITUAL: Há alimento e refrigério espiritual concedido por


Jesus à nossa alma quando participamos da ceia do Senhor. Podemos entender isso pelas
suas palavras (João 6.53-57). Isso está simbolizado e pode ser experimentado na ceia do
Senhor.

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 43


A UNIDADE DOS CRISTÃOS: (1 Co 10.17). Quando participamos da ceia do Senhor há um
sinal nítido de unidade entre os cristãos.

JESUS AFIRMA SEU AMOR POR MIM: O fato de participarmos da ceia do Senhor quer dizer
que somos amados por ele, pois só podemos participar desse momento pela obra que ele fez
por nós (Rm 5.8).

ELE AFIRMA QUE TODAS AS BÊNÇÃOS DA SALVAÇÃO SÃO PARA MIM E QUE EU O
AMO. QUEM É QUE PODE PARTICIPAR DA CEIA DO SENHOR?

Existe uma questão que paira na mente de muitos cristãos: quem pode participar da ceia do
Senhor? Pode ser antes do batismo ou não?

Biblicamente, a ceia do Senhor deve ser ministrada apenas aos que creem verdadeiramente
em Cristo, que demonstraram verdadeiro sinal de conversão e permanência na fé Cristã.
Devem ser batizados, pois o batismo é o sinal externo do início da vida cristã.

Não podemos deixar de esquecer que deve sempre haver o autoexame antes de participar
da ceia do Senhor (1 Co 11.27-29). Devemos refletir em nosso relacionamento com Deus e
com nossos irmãos (Mt 5.23-24).

Que cada um de nós possamos participar da ceia do Senhor e receber da sua graça e da sua
presença, bem como vivermos este momento com o Senhor no seu reino no futuro.

PROPÓSITOS DA CEIA.

1. Unir o corpo de Cristo - que é a Igreja (Salmos 133. 1; 1 Coríntios 12. 12);
2. Recordarmos o sacrifício feito por Jesus (1 Coríntios 11. 25);
3. Proclamarmos a mensagem da Cruz (1 Coríntios 11. 26);

QUEM PODE PARTICIPAR DA CEIA.

Essa questão varia de denominação para denominação; Para isso, precisamos entender
o costume da instituição local. Em suma, apenas os membros do corpo de Cristo, isto é, quem
experimentou o batismo em águas, podem participar da comunhão do corpo e do sangue de
Cristo (Atos 2. 41-42).

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 44


DOUTRINA DA TRANSUBSTANCIAÇÃO.

A doutrina da transubstanciação é um ensinamento equívoco sobre os elementos da


ceia. Nesta, argumenta-se que, após as palavras de consagração do pão e do vinho, eles são
convertidos na substância do corpo e do sangue do Senhor. Isto está ERRADO!
Quando Jesus disse em Mateus 26. 26-28, ... “isto é o meu corpo” ... outrossim, ... “isto é
o meu Sangue” ..., ele ainda não havia morrido; Isto significa que os elementos (pão e vinho)
são apenas símbolos do corpo e do sangue de Jesus.
Precisamos entender que, apesar de algumas instituições realizarem a “Santa Ceia do
Concerto”, biblicamente falando, isso é um erro, pois a ceia deve ser experimentada por
pessoas concertadas, ou seja, em comunhão com Deus e com o próximo – Leia 1 Coríntios 11.
27-29.
Portanto, se você é um membro do corpo de Cristo e está em comunhão com Deus e
com a comunidade local, não deixe de participar deste momento célebre em sua vida, pois as
benções do Senhor, advindas da Ceia, irão lhe acompanhar por onde quer que fores.

II - Responsabilidade (1 Co 11.27)

Aquele que comer este pão e beber do cálice indignamente será réu do corpo e do
sangue do Senhor. Quem se acha digno de participar da ceia do Senhor? Quem acha que é
digno, pode ser um dos indignos, pois não somes nada (Rm 7.18; Jo 15.5), dependemos de
tudo. É o Senhor que nos torna digno de participar. Mas que indignidade Paulo fala?
- Paulo não está falando ela indignidade das pessoas, mas indignidade das ações, isto é:
Prática de algumas coisas que impeçam de claramente
Apreciar o significado dos elementos (pão e vinho) e de aproximar em atitude solene
meditativa, reverente e adoração à Deus, a exemplos dos coríntios, era a embriaguez.

III- Instrução
A ceia do Senhor nos leva a duas lições fundamentais no evangelho.
A Encarnação - Ao participar do pão. Lembramos do verbo que se fez carne e habitou
entre nós (Jo 1.14); também do pão que desceu do céu e dá vida ao mundo Jo 6.33; finalmente
o pão partido é seu quebrantamento na morte de cruz conforme Is. 53.5.6b· foi o meio divino
para transporte dos nossos pecados.

A Expiação - Ao participar do vinho, lembramos do sangue do Senhor


derramado na sua morte, como novo concerto, pacto ou aliança que estava sendo firmado
que purificaria e vivificaria as almas necessitadas.

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 45


Inspiração - Ao participarmos do pão e vinho, pela fé, nos inspira comunhão com Deus,
bem corno nos assegura podermos receber o Espírito de Cristo e sermos o reflexo do seu
caráter.
Segurança - Este cálice é o novo testamento do meu sangue (1 Co 11.25). Isto quer
dizer corno no antigo testamento, todo pacto era firmado ou selado com sangue (Ex 24,3-8), e
da mesma forma o sangue de Jesus (Hb 9.14.24), foi bastante suficiente para que Deus
firmasse o pacto de perdoar e salvar todos que vierem até Ele (Mt 26.28).

Observações Finais

- Ceia do Senhor não sofre transubstanciação.


- Não tomar a ceia por motivo de viagem, trabalho, doença, se achar indigno, etc, não é
pecado, mas se tomá-Ia indignamente é pecado (1 Co 11.27.29).
- Pressa em celebrar a ceia e seus efeitos.
- O celebrante da ceia deve levar a igreja a uma atitude de adoração e não lastimar pela
morte de Cristo, nem a desespero (causando medo; ditados: RX de Deus; certas Histórias;
Etc.).
- Portanto devemos celebrar a ceia do Senhor em clima de festa, em atitude de meditação,
reverência e adoração, pela libertação que o Senhor Jesus pelo seu próprio sangue nos
proporcionou do cativeiro do pecado, em satanás, inclusive pela certeza que Ele nos deu de
que um dia participaremos com Ele desta mesma ceia no céu.
- Não choremos de tristeza tendo Jesus corno coitado, mas choro de alegria, tendo-o mais
que um herói, que pelo seu sangue nos garante a vitória sobre satanás, o mundo e o pecado.

Anotações Gerais:

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 46


LIÇÃO 14 – O DÍZIMO

“Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e
depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do
céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a
recolherdes” (Malaquias 3. 10).

O termo “dizimo” se refere à 10ª (décima) parte /.Do latim= DIZIMU= Décima parte.

É um ato regular pelo qual o cristão, procurando ser fiel à sua fé, crença, põe à
parte, pelo menos dez por centos de suas rendas, como um reconhecimento das dádivas
divinas e que Deus é Senhor de todas as coisas. (Sl 24.1; 50.10,11; 1 Co 10.26; Ag 2.8; Os
2.8,9; Ez 18.4)
Dar o dízimo não é fazer negociata com Deus, nem tão pouco comprar seus favores,
mas significa devolver os tributos 'a fonte de todo bem (Sl 124.1).
Quando um crente recusa entregar o dízimo é porque ainda não reconheceu o
senhorio e bondade de Deus.
Dar o dízimo faz parte da adoração cristã, ao contribuir para obra de Deus com os
dízimos e ofertas (1 Co 16.1-4).
É uma questão de fé, isto é: com convicção que Deus é senhor de todas as coisas e
espontaneamente tributa o que é devido. Sem fé simplesmente legalismo, pois sem fé é
impossível agradar a Deus (Hb 11.6).

I - No Velho Testamento

O dízimo foi uma ordenança divina para a nação de Israel (Deuteronômio 14.22;
Malaquias 3.10) no intuito de objetivar o sustento aos Levitas/Sacerdotes que não tiveram parte
nas divisões das terras na conquista de Canaã (Números 18. 21, 24). Deus havia separado
este grupo de pessoas para que tivessem os devidos cuidados com o Templo (casa de Deus),
a liturgia do culto e a adoração. Desta feita, se os israelitas não dizimassem eram
acusados/tidos aos olhos de Deus como “ladrões” (Ml. 3. 8), pois estariam roubando o
sustendo de quem dependia do Templo.
- Era utilizado para manutenção da tribo de Levi, que fora separada para o serviço elo
sacerdócio (Nm 18.21-32; Dt 14.22-29). - O dizimo aparece pela primeira vez na bíblia através
de Abraão (Gn 14.20) e posteriormente por Jacó (Gn 28.20-22) não sendo até ai como lei, mas
uma atitude espontânea para com Deus.

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 47


- Nos dias de Moisés (Lv 27.30-32) era urna instituição oficial para os judeus; em Dt
14.22,23 fala da instituição de um segundo dizimo com a participação de toda família, uma vez
por ano; em 2Cr 31.2-21 na história de Israel.
- Os dizimistas estavam sob as seguintes promessas:
1°) Mantimento na casa do Senhor. Não faltarão meios para dar prosseguimento ao seu
trabalho (Ml 3.10a),
2°) Bênçãos imprevistas de natureza espiritual (Ml 3.10,)
3°) Produtividade nos campos e nos negócios (Ml 3.11)
4°) Reconhecimento das bênçãos divinas por parte do mundo, toma-se portanto um bom
testemunho (M1 3.12).

II - No Novo Testamento.
No Novo Testamento, encontra-se apenas uma referência ao dizimo, quando o Senhor
Jesus exortava aos escribas e fariseus por omitir as coisas mais importantes da lei, corno: a
justiça, a misericórdia e a fé, o qual dava idéia de estar de acordo com o dizimo, mas a saber,
não era °
mais importante (Mt 23.23; Lc 11.42).

Na Nova Aliança, os Cristãos primitivos tinham tudo em comum (At. 2.44), conforme nos
diz o texto sagrado, eles vendiam suas propriedades e depositavam o dinheiro aos pés dos
Apóstolos (At. 4. 34). Desta feita, não havia necessitados entre eles (At. 2. 45).

Atualmente, entregar os dízimos é importante para:


1. Manutenção do templo;
2. Sustento dos obreiros;
3. Socorro aos necessitados.

Não obstante a estas coisas, a prática dos dízimos e das ofertas atrai as bênçãos de
Deus sobre as nossas vidas. Lemos em 2 Coríntios 9. 6 “Que o que semeia pouco, pouco
também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância ceifará”.
Assim sendo, seja você também um dizimista/ofertante fiel, para que sejas participante
dessas grandes bênçãos de Deus para sua vida.
“Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado” (Tiago 4. 17).

III - O que é Oferta?


- Tanto no novo como no velho testamento, a idéia de oferta é a mesma, isto é: A

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 48


pessoa doa parte de seus bens ou rendas para manutenção da obra de Deus, suprindo
necessidades individuais ou coletivas, construção de templo, etc ...
- Não tem limite de quantidade, nem frequência para ofertar.
- Deve ser feita voluntariamente, implicando vontade e decisão (1 Cr 29.5)
- Com alegria, não com tristeza, nem por necessidade, segundo disposto no coração ( 2 Co
9.8) e de acordo com as condições financeiras (1 Co 16.2).
- Deve ser por fé e obediência. A fé não duvida das promessas, e a obediência proporciona
o cumprimento dessas promessas.

IV - No velho Testamento.
- Para Construção do templo (1 Cr 29.1-9)
- Caim e Abel (Gn 4.3-5)
- O povo de Israel (Ex 35.22)
- Na dedicação do Tabernáculo (Nm 7.2-88)
- Na reconstrução do Templo (Ed 1.4~ 3.5~7.16; 8.28).

V- No Novo Testamento.
- Na igreja primitiva (At 4.32; 2 Co 8.7)
- A igreja da Macedônia (2 Co 8.1-15)
- No sustento do ministério cristão (1 Co 9.1-13)

CONCLUSÃO
Corno cristão, salvo em Cristo, certo de que um dia irá morar no céu, deve-se mostrar
sua gratidão e adoração à Deus, pelos grandes benefícios recebidos, através dos dízimos e
ofertas voluntários, com fé e por amor.

Anotações Gerais:

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 49


MISSÕES
LIÇÃO 15 – DISCÍPULO GERANDO DISCÍPULO

É nosso dever, como discípulos do Senhor Jesus, pregarmos o evangelho a todas às


pessoas do mundo (Marcos 16. 15). Isto faz parte da missão integral da Igreja na terra.

Fomos chamados por Deus para darmos continuidade em sua missão – “buscar e
salvar o que se havia perdido” – Lucas 19. 10. Isto se refere às pessoas que perderam a
comunhão com Deus e hoje vivem no pecado (Isaías 59. 2). Por conta disso estão longe do
caminho da salvação. Jesus disse em João 14. 6: “Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida”... É
nosso dever, conscientizarmos as pessoas sobre a necessidade de retornarem ao caminho
(que é Jesus) para encontrarem o descanso de suas almas. Jesus disse em Mateus 11. 28-30:
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o
meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso
para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”.

Evangelismo Pessoal

Evangelizar é: Comunicar o evangelho, no poder do Espírito Santo.

Comunicar significa tornar comum o conhecimento.

Em 1 Coríntios 9. 16 Paulo diz que foi enviado para evangelizar. Como discípulos de
Jesus também fomos chamados para evangelizar e testemunharmos de Jesus a todos os
homens (Atos 1. 8).

O Apóstolo Paulo, mesmo com dificuldades, pregava o evangelho (1 Coríntios 2. 1-5). É


importante sabermos que falar de Jesus não é uma tarefa simples, em algumas situações
enfrentaremos dificuldades e oposições (Apocalipse 1. 9)
É o Espírito Santo quem nos capacita para comunicarmos o evangelho. Vemos no livro
dos Atos dos Apóstolos que Ele:

• Dá poder (1. 8);


• Encoraja (4. 31);
• Cria oportunidades (8. 20, 10. 9);

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 50


• Quebra as barreiras (10);
• Mostra a quem se dirigir (16. 6-10);
• Prepara os corações (16.14);

Existem 02 conceitos de evangelização:

- Verbal: Evangelizando com palavras;


- Pessoal: Evangelizando com nosso testemunho.

Tanto uma pratica quanto a outra é fundamental para a evangelização. Na maioria das
vezes os conceitos se fundem, ou seja, só seremos convincentes em nossas palavras, se
dermos testemunho próprio do que falamos. Exemplo: Como falar contra o pecado, se
vivermos em pecado? Jesus adverte em Mateus 7. 5: “Hipócrita, tira primeiro a trave do teu
olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão”. Palavras e ações devem andar
juntos na evangelização.

COMO POSSO EVANGELIZAR?

Jesus é o nosso maior exemplo... No episódio entre Jesus e a mulher samaritana (João
4), aprendemos algumas técnicas da evangelização:

 Ir em busca das almas (pessoas) -v. 3;


 Demonstrar interesse pelas almas (pessoas) – v. 7;
 Despertar as curiosidades das almas - v. 7-9, isto é, chamar a atenção das pessoas com
um assunto que implica na realidade;
 Dar na medida certa, ou seja, não satura-los com o excesso de palavras.

O QUE DEVO FALAR?

Devemos falar de JESUS. Um dos conceitos do termo evangelizar é CRISTIANIZAR.


Falar de Jesus é mostrar as pessoas os propósitos de sua vinda ao mundo; sua renúncia, o
sacrifício que ele fez pela humanidade, o plano de salvação para o homem...

Para falarmos de Jesus precisamos, prioritariamente, conhecê-lo. Ler a Bíblia Sagrada é


uma das maneiras de conhecermos a Jesus. Em João 5. 39 lemos as palavras do próprio
Cristo: “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de
mim testificam”.

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 51


Jesus ainda nos adverte em Mateus 22. 29: “Errais, não conhecendo as Escrituras, nem
o poder de Deus”. O discípulo de Jesus precisa estudar a Bíblia constantemente.

CONDIÇÕES GERAIS:
Analisaremos abaixo as condições gerais sobre o aspecto da evangelização.

Por que evangelizar?


• Ele nos ordenou (Marcos 16.15; João 15. 14) (Atos 4. 18-20; Romanos 1.14);
• É uma característica do crente (João 15. 5, 8, 16; Lucas 13. 6-9);
• É um privilégio dos salvos (2 Coríntios 5. 20); João 15.14;1 Pedro 1. 12);
• Por amor as vidas (2 Coríntios 5. 14);

Qual a importância do evangelismo?

Evangelizar é importante para:

- Difundirmos o Evangelho de Cristo;


- Levarmos a luz (Jesus) para aqueles que andam em trevas;
- Conversão das almas;
- Crescimento da igreja local.

O Apóstolo Paulo indaga: “Como ouvirão, se não há quem pregue?” – Romanos 10. 14.

Quais as formas de evangelização?

• Realizando estudos bíblicos;


• Distribuindo folhetos;
• Realizando visitações (isto é, indo de casa-em-casa);
• Pregando em praças públicas; coletivos e outros;
• Enviando mensagens por telefone ou correspondências;
• Por meio das artes: Música, teatro, etc..

Tipos de pessoas que deve evangelizar?


- Os nãos cristãos; e
- Os desviados do evangelho.

Qual deve ser o meu comportamento no ato da evangelização?


Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 52
- Procure estar bem apresentável;
- Seja educado ao abordar alguém;
- Seja breve em suas palavras;
- Seja objetivo;
- Não ofereça resistência;
- Seja humilde;
- Pergunte se a pessoa deseja informar o nome para intercessão;
- Convide-a para participar do culto;
- Agradeça a atenção.

Vimos nesta lição a importância do evangelismos para o crescimento da igreja, que é o


corpo de Cristo. Devemos nos conscientizarmos das nossas obrigações como discípulos do
Senhor Jesus. Diz-nos o Apóstolo Paulo: “Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que
me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho” – 1
Coríntios 9. 16.

Que Deus em Cristo vos abençoe!

Anotações Gerais:

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 53


LIÇÃO 16 – SEITAS E HERESIAS

SEITAS E HERESIAS
Será abordado neste assunto, algumas das seitas de maior vulto, sobre os seguintes
aspectos: Fundação, principias doutrinários e refutação.

I - Espiritismo
É o mais antigo engano religioso (Dt 18,9-14). Sua forma moderna, como conhecida
hoje, teve seus idealizadores em Margaret e Kate Fax, de Hydeville, estado de Nova Iorque,
1847, e como reformista, teve o francês Allan Kardec por volta do ano de 1856.
O espiritismo é dividido em quatro facções:

1) Espiritismo comum - Quiromancia (adivinhação pelas linhas das mãos);


cartomancia (adivinhação através de cartas); grafologia (estudo da personalidade
pela escrita); Hidromancia (adivinhação por meio da água); Astrologia (influências
dos astros).

2°) Baixo espiritismo - Vodu, candomblé, umbanda, quibanda e macumba.

3°) Espiritismo científico ou alto espiritismo - Ecletisrno (método filosófico)


esoterismo; teosofismo.

4°) Espiritismo Kardecísta - Tem corno tese:


- Possibilidades de comunicação com espíritos desencarnados. - Crença na re-
encarnacâo
- Crença na pluralidade dos mundos habitados.
- A caridade como virtude única, aplicada tanto aos vivos corno aos mortos.
- Deus embora exista, é um ser impessoal, habitando num lugar longínquo.
- Mais perto dos homens estão os espíritos guias.
- Jesus foi um Médium e reformador judeu, nada mais que isso.

Refutação:
- Deus é um ser pessoal (Jo 17.3; Sl 116.1,2)
- Deus é um ser único (Dt 6.4; Is 45.5;18; Jd 25)
- Cristo foi, é e sempre será superior aos homens (Hb 7.26).
- É profeta, sacerdote e rei e nunca um médiun (At 19.24; Hb 7.26,27; Fp 2.9-11).
- A expiação foi um ato voluntário de Deus (Tt 2.14).
- A expiação é adquirida pelo sangue de Cristo (Ef 1.7); e alcançada pela fé (At 10.43).
Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 54
- A igreja foi fundada por Cristo (Mt 16.18); jamais será vencida (Mt 16.18) e guardada
pelo senhor (Ap 3.10).
- A Bíblia é a palavra de Deus (SI 12.6); por inspiração divina (1 Pe 2.20,21).
- O inferno foi preparado para o diabo e seus anjos (Mt 25.41).
- O homem está ordenado morrer uma só vez, depois vindo o juízo (Hb 9.27).

II - Mormonismo
Conhecida também pelo nome: Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias,
dado à aparente semelhança doutrinária. Foi fundada no início do século XIX por Joseph
Smith, filhos de pais presbiterianos, Estados Unidos, que aos quatorze anos começou a ter
visão, onde o pai e o filho comissionando-o a restaurar a igreja.

1- Princípios Doutrinários
- A bíblia é incompleta como guia, foi introduzido erro nela. - Deus quando chegou no
Éden, trouxe consigo Eva, uma de suas esposas.
- Jesus não foi gerado pelo Espírito Santo.
- A igreja foi literalmente expulsa da terra.
- Crêem no batismo pelos mortos corno forma de colocá-los em liberdade.
- O matrimônio é um contrato sagrado de natureza eterna.
- O castigo eterno é o nome da punição que Deus aflige e não em relação ao tempo.

Refutação
- A Bíblia é divinamente inspirada (2Tm 3.16); pura (SI 19.8); santa, justa, boa (Rm 7.12);
perfeita (Sl 19.7); verdadeira (Sl 119.142). .
- Deus 000 é Adão (Gn 1.26,27); não é homem (Nm 23.19); é espírito (Jo 4.24); é
imutável (Ml 3.6); é eterno (SI 102.26,27).
- Jesus foi gerado por obra e graça do Espírito Santo (Le 1.35).
- A igreja foi estabelecida e fundada por Cristo (Mt 16.16,18); é vitoriosa (Mt 16.18); será
salva da grande tribulação (Ap 3.10); será glorificada (Ef 5.25-27). . .
- Sobre o batismo pelos mortos 000 há nenhuma referência bíblica, nem na história
eclesiástica. O que existe é a ressurreição dos mortos (ICo 15.29,30; Dn 12.2)
- Sobre o matrimônio não é sacramento divino, nem de natureza eterna, pois no céu
seremos corno anjos (Mt 22.30).
- Sobre o castigo eterno, se não for literalmente eterno. o gozo dos salvos não será eterno
também. Como explicar Jo 6.51. lJo 2.17 e Mt 25.46.
- A volta de Jesus em glória será em Israel, e não nos Estados Unidos conforme crêem.

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 55


III - Adventismo do Sétimo Dia
Teve início na pessoa de Guilherme Miller, pastor Batista, Nova Iorque - EUA, meados do
século XIX, que mais tarde reconheceu seu erro, em prever ou fixar data para a volta de Jesus
Cristo, baseando em Dn 8,14, confessando-o publicamente, porém sua idéia (errada) foi levada
à frente por Joseph Bates e Helen Whíte responsáveis pela completa fundação da igreja, cujo
nome é: Adventismo do Sétimo Dia, - O adventismo faz guarda do sábado, um cavalo de
batalha. - Jesus cumpriu toda lei, respeitou e cumpriu o sábado com judeu (Mt 5.17,18), pois
guardar o sábado estava relacionado com os judeus, mas só Jesus conseguiu cumprir toda lei.
- Nos ensinos de Jesus (Mc 2.27,28) Jesus aboliu o sábado, fazendo-se senhor dele,
respeitando o decálogo, condenou o cerimonialismo, cumpriu, aboliu e mudou o sábado, -
Quanto a necessidade de descanso, pode fazé-lo em um dia por semana, seja qual for. Veja o
que Paulo diz em Rm 14.5,6.

1- Outras Doutrinas
- Estado da alma após a morte - Ensinam que após a morte do corpo, a alma é reduzida
ao estado de silêncio, inatividade, inconsciência. Mas a Bíblia nos diz o contrário, vejaLc 16.22-
30 e Pv 6.9,10 denotando o .estado de consciência.
- Destino final dos ímpios - Ensinam que o pecado e os' pecadores serão exterminados
para não mais existirem. A Bíblia refuta em Dn 12.2 com a segunda ressurreição e seu destino.
- A doutrina da expiação - Ensinam que Cristo em 1844 começou a purificação do
santuário, e permanecerá inacabada, discordam que a expiação foi feita/efetuada na cruz. A
Bíblia refuta mostrando que a expiação foi feita uma vez por todas (Hb 7.22), para sempre um
único sacrifício (Hb 10.14), com uma única oferta (Hb 10.14), a sal vacão é perfeita e imediata
(Io 5.24~ Rm 8.1; lJo 1.7)

IV- Testemunhas de Jeová


Fundada por Charles Taze Russel, 1872, EUA Foi simpatizante do adventismo por algum
tempo.
Atualmente é uma das seitas heréticas que mais cresce nos EUA, Inglaterra, México,
África, Japão, Bolívia, Brasil e Chile.

Suas Doutrinas
- Satanás deu origem 'a doutrina da trindade,
- Cristo não é eterno,
- Cristo há de vir não em forma visível,
- O arrmagedon terminou em 1914,

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 56


- O juízo final começou na primavera de 1918,
- A alma humana não existe,
- O inferno como suplicio não existe,
- O número de salvos destinados ao céu é apenas de 144 mil.

Refutação
- Referências bíblicas que comprovam a existência da trindade divina: Gn 1.26, 3.22; 11.7; Is
6.8~ Mt 3.16,17; 28.19; ICo 12.4-6; 2Co 13.13,Ef 4.4-6; lPe 1.2; Jd 20,21; Ap 1.4,5.
- Individualmente, a existência de cada pessoa da trindade: Pai (Ex 20.2); Filho (Jo 28.20); e
o Espírito Santo (At 5.3,4).
- Cristo é eterno (Ap 22.13)
- Cristo será visto por todos na sua segunda vinda (At 1.11; Mt 24.30).
- O armagedom será após o arrebatamento, isto é, no final da grande tribulação.
- O juízo final será após o milênio (Ap 20.11-15).
- A Alma como elemento distinto do corpo e do espírito (Hb 4.12~ 1 Ts 5.23; 10 12.10; 1Pe
2.11).
- O inferno (Geena) lugar de suplicio (Mt 5.22,29,30; Lc 12.5) e tártaro= suplício eterno ( 2Pe
2.4; Dri 12.2).
- A bíblia não define o número de salvos (Fp 3.20; Ap 7.9,10). Os 144 mil são judeus
escolhidos para pregar o evangelho do reino, serão guardados durante seu ministério, muitos
serão salvos através da pregação (Ap 7.1-8, 14.1-5).

V- Outras Seitas.
1 - Bahaismo - Seita de origem pérsico-maometana, fundada por Bahá-A11an no
meado do século XIX. Ensina que Bahá-Allan é o novo mensageiro para esta época. É o
prometido por Moisés, Jesus e outros. São panteístas: Deus é tudo e tudo é Deus.

Refutação
Conforme At 1.8 todos são chamados para ser mensageiro de Deus hoje Qv.Lt 20. 28).
Pecado existe (Rm 3.23~ 5.12)

VI- Ciência Cristã


Fundada por Mel)' Baker Eddy, 1879. Ensina que a bíblia só pode ser entendida
mediante estudos escritos por Mery Eddy; Deus é um princípio divino e não um ser pessoal;
Jesus não era filho de Deus num sentido diferente dos homens; a crucificação de Jesus foi um
gesto de afeto e bondade práticos apenas para com a humanidade.

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 57


Refutação
A bíblia é um livro perfeito como guia de vida, fé e prática (Ap 22.18,19). Deus não é um
principio divino, mas um ser pessoal, espiritual (Jo 4,24; criador (Ec 12.7) autor da vida (Gn
2.7), verdadeiro (Jo 3.33). Jesus é o filho de Deus por geração (Hb 1.5; SI 2.7; Jo 1.14)~ os
crentes são filhos de Deus por adoção (Rm 8.15,23; Gl 4.5,6; Ef 1.5). A crucificação de Cristo
foi para salvar o homem do pecado (Mt 1.21; Rm 6.6).

VII- Evolucionismo.
Fundada por Charles Darwin, inglês, meados do século XIX. Ensina que o homem como
os animais, possuem um principio comum. O homem de hoje é um macaco em estado mais
desenvolvido. A bíblia refuta em Gn 2.7.

VIII- Só Jesus
Este movimento tem suas raízes em Sabélio, um presbítero da igreja Cristã no norte da
África, século m. No inicio do século :XX, foi ressurgido na pessoa de John S. Scheppe,
'ensinando que o verdadeiro batismo tinha de ser ministrado s6 em nome de Jesus, e que
Jesus é a única divindade, o Pai, o Espirito Santo são apenas aspectos do caráter ou nome
dado a Jesus. A bíblia refuta mostrando a trindade divina, formada de três pessoas distintas,
que dão testemunhos entre si (.Mt 3.17; Hb 3.7-11; Jo 16.14,15~ 16.13~ Ex 20.2; Zc 4.6; Jo
14.12~ 14.16). Quanto ao batismo vide Mt 28.19.

IX- Seicho-no-iê
Fundada por Masaharu Taniguchi, em 1930, no Japão. É urna mistura de Xintoísrno,
Budismo e Cristianismo. Ensina que Cristo na Judéia, Buda na índia e o Xintoísmo no Japão
são manifestações de amenominakanushi. Todos são irmãos filhos do mesmo Deus. Ensina
que o homem é perfeito; o pecado é corno doença; o homem pode viver no reino do céu desde
que não exista doença, males, dores; a salvação é compreender como a doença se cura,
porque é possível ter uma vida financeira, confortável e porque se pode ter harmonia no lar.

Refutação
A Bíblia refuta, não há outro Deus (Is 44.8); Jesus é salvador (Mt 1.21); céu é
maravilhoso (Ap 21.4); a alma que pecar, morrerá (Ez 18.20); o homem é imperfeito (Fp 3.12).

X- Ecumenismo
Suas bases foram lançadas no conselho mundial das igrejas, visa unir todos os
segmentos da igreja corno um meio de mostrar a unidade da cristandade, um só rebanho, sob

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 58


tutela de um só pastor, o papa. . O ecumenismo pode ser um instrumento de satanás para
levantar na terra a super igreja, que para suporte espiritual ao ministério do anticristo após o
arrebatamento da igreja. Estejamos apercebidos, tendo como ponto de atenção e
convergência, a pessoa de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

XI- Catolicismo
- A igreja católica, menciona o ano 33 d.c; corno data de sua fundação, corno todo
cristianismo, atribui sua origem fundada por Jesus Cristo. Mas quanto o aspecto eclesiástico e
doutrinário. É difícil fixar data, pois isso foi acontecendo aos poucos.
- A degeneração do catolicismo começou no inicio do século - IV, quando Constantino
foi o imperador e fez do cristianismo a religião oficial do Império, fazendo a si mesmo benfeitor
do mesmo.
- O começo da decadência doutrinária, moral e espiritual, começaram quando milhares
de pessoas foram batizadas e recebidas como membros sem terem experimentado a real
conversão bíblica, os quais traziam consigo seus deuses dizendo ser o mesmo Deus dos
Cristãos.
- Por volta do ano 600 d.c, foi instituído o papado, uma só pessoa com todos os poderes
eclesiásticos. Daí surgiu a adoração a Maria corno rainha do céu e mãe de Deus.
- Suas doutrinas: Oração pelos mortos, purgatório, culto das imagens, canonização,
indulgências, sacerdote não casa, introdução dos sete sacramentos, adoração da hóstia, Pedro
é fundador da igreja, e outros dogmas.

Refutação
Purgatório não existe, pois o sangue de Jesus purifica de todo o pecado (lJo 1.7,9).
Maria não é medianeira (1 Tm 2.5; lJo 2.1). Transubstanciação; a bíblia diz que é apenas em
memória (1 Co 11.24). Livros apócrifos (sete), sem inspiração divina.

ANOTAÇÕES LIVRES:

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 59


BIBLIOGRAFIA:

- Bíblia de Estudo Pentecostal;


- Bíblia de Estudo Alfalit;
- Pequena Enciclopédia Bíblica de Orlando Boyer;
- Dicionário Teológico – CPAD;

Princípios Básicos Doutrinários – A Base do Discipulado Cristão 60

Você também pode gostar