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justiça para todos
1a edição, 2016
A presença de uma introdução feita por alguém tão ilustre e competente como o
dr. R. J. Rushdoony quase me dissuade de tentar escrever este prefácio. Contudo, darei
apenas algumas explicações e farei agradecimentos.
O livro do dr. Morecraft pode ser considerado um texto sobre a relação Igreja-
Estado, e nele o autor refuta críticas e desmistifica questões de um modo simples e
bíblico. Com certeza esta obra será de grande utilidade para os cristãos brasileiros, que
vivem num país onde o mito de que “religião e política não se misturam” é perpetuado
em livros, nos púlpitos e nas conversas do dia a dia.
Na verdade, o preconceito, procedente de ignorância, é tão grande para com o
assunto que este livro corre o risco de ser pouco lido pelo fato de o título revelar seu
conteúdo. Porém, assim como o autor, reconhecemos a soberania e supremacia de Deus
em todas as coisas, inclusive em conduzir os seus a toda a verdade. Que seja do agrado
de Deus utilizar este “Com liberdade e justiça” para nos livrar do “ateísmo político”.
[1]
Resolvi preservar os exemplos dados pelo autor, em vez de adaptá-los ao
cenário brasileiro, posto que uma das tantas coisas demonstradas neste livro é a
aplicabilidade universal da Palavra de Deus, que não está restrita a nenhum período da
história nem a determinada nação ou região. Além do mais, os exemplos não são de
todo diferentes da nossa realidade aqui no Brasil.
Por fim, gostaria de agradecer à secretária do dr. Morecraft, Zemmie Fleck,
pela solicitude em atender os meus muitos pedidos.
A teologia da política
Dr. Rousas John Rushdoony
Uma área de estudo muito negligenciada nos dois séculos passados ou mais é a
teologia da política. O pensamento político tem se tornado secularizado e humanista a
ponto de que falar sobre a relação entre Deus e política ser para muitos introduzir um
fator estranho na discussão. Segundo vários pastores, a extensão da preocupação
política pela Igreja deveria ser limitada a orar pelas autoridades. Essa é uma redução
miserável do significado da fé.
O ponto de partida do pensamento bíblico é o fato da criação. “No princípio,
criou Deus os céus e a terra” (Gênesis 1.1). O Deus criador não é alguma divindade
não partidária que tolere igualmente uma variedade de religiões e filosofias. Ele é o
Deus trino; é o Pai de Jesus Cristo. Deus o Filho, em sua existência eterna, é aquele por
quem todas as coisas foram criadas. João começa seu evangelho fazendo tal
identificação:
No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era
Deus.
Ele estava no princípio com Deus.
Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que
foi feito se fez. (João 1.1-3)
Assim, política não pode ser uma esfera neutra. Num universo que é totalmente
criação de Deus, não pode existir nenhuma esfera neutra, e nenhum pensamento ou
átomo neutro. Todas as coisas estão sob Deus e o seu governo.
Além do mais, somos claramente informados: aquele que é o bendito e único
Soberano, Reis dos reis e Senhor dos senhores (2 Timóteo 6.15) é o nosso Senhor Jesus
Cristo. Significa que, primeiro, não pode existir nenhum sistema político religiosamente
neutro. Todos estão submissos a Cristo ou contra ele. Pode existir liberdade religiosa,
mas não neutralidade. Imaginar que Deus tenha deixado algumas áreas de sua criação
fora do seu propósito e governo não tem base na Escritura.
Segundo, significa que devemos ter uma teologia de política, baseada sobre
toda a Palavra de Deus. Tal teologia deve aplicar a Escritura a cada faceta da vida
política. Deve enfatizar o dever a Deus de todos os que ocupam algum ofício. A
Constituição dos Estados Unidos fornece um voto de ofício; os que ajudaram a escrever
a Constituição consideravam os votos como um fato bíblico; um voto coloca o ofício, o
oficial, e a ordem social, sob Deus.
Terceiro, porque a ordem social é um fato moral, e a moralidade é um ramo da
teologia, uma falta de fé entre o povo, e uma indiferença à ordem teológica pelo Estado,
logo significarão uma decadência moral e, então, o colapso social.
Quarto, um governo civil não é uma igreja e, assim, não se deve envolver nas
questões da igreja ou em doutrinas eclesiásticas, porém, deve afirmar uma fé bíblica, se
quiser evitar o colapso social. A política divorciada de Deus e de sua Palavra não pode
fornecer uma ordem moral válida. Pelo contrário, ela se torna uma força corrosiva que
leva a decadência. Isso não significa que basta um credo para o Estado. Afinal, não são
poucas as igrejas que professam grandes credos e não creem em nenhum deles. Uma
teologia de política sadia deve começar na vida das pessoas e manifestar-se nas
igrejas. Se não estiver no povo nem na Igreja, não estará no Estado.
Quinto, em termos da Escritura, a Igreja e o Estado são ministros sob Deus. A
Igreja é um ministro de graça, e o Estado, um ministro de justiça. Observe que em
nenhum caso devemos limitar os ministérios. Embora a igreja seja o principal meio do
ministério da graça, não ousamos esquecer que a graça de Deus alcança homens por
meio de vários canais. O mesmo é verdade quanto ao governo civil; o mundo seria um
lugar sombrio e terrível se a justiça existisse somente dentro do maquinário do Estado.
Nossos pais administravam rotineiramente a justiça em nós, assim como as igrejas, os
patrões e uma variedade de grupos e pessoas. Para ser eficaz, a graça e a justiça devem
estar presentes em cada esfera da vida. Não devemos restringir a obra de Deus aos
canais oficiais! Fazê-lo é limitar a Deus, uma coisa perigosa de se tentar. Precisamos
ver a natureza ministerial do governo civil sem limitar a justiça ao Estado.
Na década de 1600, Richard Steele escreveu The Religious Tradesman [O
comerciante religioso], uma aplicação da Escritura ao mundo dos negócios. Começou
declarando que a religião, significando o cristianismo, é “o maior negócio da vida”.
Qualquer teoria de política que negligencie a fé bíblica como sua premissa resultará em
engano e produzirá desordem social.
Joe Morecraft, III escreveu um estudo de teologia política. E nos diz que a
liberdade e a justiça têm como sua premissa necessária o cristianismo, e que sem essa
fé, a sociedade termina em escravidão e injustiça. Escreve com habilidade, inteligência
e franqueza. Sua fé não é limitada, nem sua trombeta soa escapismo. Antes, com fé no
Deus trino e soberano, Morecraft é um guerreiro da verdade.
CAPÍTULO UM
Aqui está a base bíblica para uma visão cristã da política. Permita que ela
modele todas as suas visões sobre candidatos, legislação, política pública e todas as
questões críticas que enfrentamos hoje.
Podemos entender Romanos 13.1-7 claramente, apenas quando lemos essa
passagem à luz de Romanos 12.1-2 e no contexto dos capítulos 12 e 13.
Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o
vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso
culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-
vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a
boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (Romanos 12.1-2)
Quando nos tornamos cientes de que somos recipientes da misericórdia
salvadora de Deus em Cristo, isso terá um impacto dramático sobre a inteireza das
nossas vidas. Entregaremos nossas vidas e pensamentos incondicionalmente ao serviço
de Jesus Cristo, tornando-nos mais e mais renovados e governados por sua Palavra
revelada. Esse é o ponto principal de Romanos 12.1-2.
Romanos 12 e 13 salientam o fato de que essa devoção total a Jesus Cristo
controlará toda a nossa vida, por dentro e por fora. Governará nossos relacionamentos
com outros cristãos na igreja (12.3-16) e com não cristãos no mundo (12.17-21). Além
do mais, essa devoção se manifestará em nossas visões políticas (13.1-7) e em nossas
interações com as pessoas em geral (13.8-10).
Se cremos que a misericórdia de Deus nos faz uma reivindicação total, e que
nossa devoção ao governo de Cristo tem de ser sem limites, isso fará uma diferença na
forma como olhamos para a autoridade e as exigências do governo civil, e na natureza e
extensão da nossa lealdade ao governo civil.
Envolvimento completo na política e pensamento cuidadoso e correto sobre
questões políticas não são opções para o cristão. A vida cristã como um todo tem de ser
dedicada ao Senhor. Toda ela tem de ser governada por sua Palavra. Cada faceta da
existência humana tem de ser dedicada àquele que é o Soberano dos reis da terra
(Apocalipse 1.5).
Ser descuidado ou omisso em questões políticas é ser descuidado e omisso em
nossa obediência a Cristo, e ser ingrato quanto a sua misericórdia redentora, que, tendo
nos comprado, exige tudo o que temos, tudo o que somos e tudo o que fazemos — “não
sois de vós mesmos… porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a
Deus no vosso corpo” (1 Coríntios 6.19-20).
Romanos 13.1-7 apresenta dois deveres: (1) o dever dos cidadãos para com o
governo civil e (2) o dever do governo civil para com Deus. Visto que o governo civil
foi instituído e autorizado por Deus para a manutenção de sua ordem moral e para a
punição de criminosos que violam essa ordem, o governo civil está obrigado a
submeter-se a Deus, assim como os cidadãos estão obrigados a submeterem-se ao
governo civil. O que não significa dizer que o governo civil nunca possa ser criticado,
a despeito do que faça. Nem significa que deva ser obedecido, não importa o que exija.
Nossa lealdade primária deve ser sempre a Deus em Cristo. A lealdade a Deus
excede e determina todas as outras lealdades. Portanto, se as exigências do Estado
(governo civil) entram em conflito com as exigências de Deus, a lealdade do cristão a
Deus deve ter precedência sobre sua lealdade ao Estado. Quando proibidos, pelas
autoridades municipais, de pregar o evangelho, Pedro e João, não obstante tal
proibição, continuaram a pregar o evangelho, respondendo: “Antes, importa obedecer a
Deus do que aos homens” (Atos 5.29). (Veja também Atos 4.19s; Êxodo 1.17, 20;
Daniel 3.16s.)
A Igreja e os cristãos têm uma responsabilidade profética para com o governo
civil. Como fizeram Isaías, Jeremias, Daniel e Elias, devemos chamar o governo civil
ao arrependimento, quando aprova legislações e institui políticas contrárias à lei de
Deus.
Elias confrontou o Rei Acabe, porque o rei tinha deixado os mandamentos do
Senhor (1 Reis 18.18). Encontramos servos de Deus dirigindo-se aos poderes políticos
nessa mesma forma profética e corrigindo-os por seu afastamento da lei de Deus. O
exemplo mais familiar é João, o Batista, repreendendo Herodes por seu adultério e, por
isso, perdendo sua cabeça. Martinho Lutero disse que a Igreja é chamada a “lamber a
pele” do Estado, isto é, mantê-lo limpo.
Porque se diz do Estado que ele é um “ministro de Deus”, não significa que o
Estado deve ser obedecido a despeito do que faça. Dizer que o Estado é um “ministro
de Deus” não é dizer que ele é necessariamente isso em todos os pontos.
Por meio do pecado o Estado pode tornar-se o oposto do que deveria ser, assim
como ministros na igreja, ao ensinar heresia, podem tornar-se “anjos de luz” (2Co
11.14), que devem ser combatidos, evitados e expulsos da igreja. No livro de
Apocalipse, um Estado anticristão, como Roma com Nero em seus últimos dias, é
chamado de uma “besta” (Apocalipse 13), porque é uma ameaça à liberdade, à justiça e
à Igreja de Cristo.
Não há nada em Romanos 13.1-7 que não seja ensinado no Antigo Testamento.
A doutrina de Paulo sobre o governo civil, inspirada pelo Espírito Santo, está
firmemente fundamentada na perspectiva do Antigo Testamento inspirado pelo Espírito
Santo. Em seu livro, Theonomy in Christian Ethics [Teonomia na ética cristã],[2]
Greg Bahnsen apontou os paralelos políticos entre o Antigo e o Novo Testamento:
(1) Deus soberanamente aponta e remove governantes políticos. (2) A
governantes políticos não se deve resistir. (3) Eles são portadores de
títulos religiosos. (4) Agem por Deus na execução de penas de morte. (5)
Devem deter o mal e honrar o bem. (6) Devem governar de acordo com a
lei de Deus. (7) Estão sujeitos a crítica sempre que desobedecem à lei de
Deus.
Esses paralelos entre Romanos e o Antigo Testamento provam que a Bíblia é
unificada em seu ensino sobre a natureza e o papel do governo civil. O Antigo e o Novo
Testamento não estão em contradição quanto a esse assunto. O Novo constrói sobre o
Antigo. Portanto, o assunto política é uma questão altamente espiritual, um assunto
“espiritual” é um assunto “produzido pelo Espírito”, isto é, uma verdade retirada da
Palavra de Deus, que foi produzida pelo Espírito (1 Coríntios 2.13).
A supremacia de Deus
O poder da espada
Esse poder do Estado concedido por Deus é mencionado em Romanos 13.4: “…
a autoridade é ministro de Deus para teu bem. Entretanto, se fizeres o mal, teme; porque
não é sem motivo que ela traz a espada”. Qual é esse poder da espada? Qual é seu
propósito? Como é usada sem motivo?
Uma espada de metal não é usada para passar manteiga num pão. A “espada”
representa o uso, pelo Estado, de força legal e, quando necessário, de força mortífera,
para desempenhar sua função definida por Deus. Deus mesmo deu ao governo civil a
autoridade para usar a força legal (mortal) para reforçar sua lei e proteger os
benfeitores, dos malfeitores.
Deus coloca a espada na mão do Estado e diz: “Use isto de acordo com minha
definição de certo e errado, para manter minha ordem moral e proteger os cidadãos que
cumprem a lei”. A espada, então, significa coerção. Portanto, para administrar a justiça
e manter a paz, o Estado recebeu o poder de coerção, a fim de suprimir os malfeitores.
Esse é um dever inescapável num mundo caído. Quando um governo civil
renuncia a essa responsabilidade, o malfeitor suprimirá e coagirá o benfeitor. Quando
uma nação se recusa a suprimir os atos de ilegalidade, como definidos pela Bíblia
(pois somente o Criador pode definir o que é ilegal e o que é legal), o cidadão que
guarda a lei é que é reprimido e aterrorizado, enquanto a ilegalidade reina suprema.
A razão pela qual o Estado deve usar, com frequência, a coerção legal para
manter a ordem moral de Deus é que a única forma de pessoas iníquas serem impedidas
de atos ilegais é coagindo-as por força legal, algumas vezes mortal, a fim de deter sua
atividade ilegal. Deus não deu ao Estado o poder da espada para converter o mundo ao
cristianismo. E a espada não foi dada para conquista. O propósito da espada não é
conquistar o mundo para a América. Essa é a visão islâmica de Gaddafi, Khomeini e
Hussein, porém, é anticristã.
O propósito da espada pode ser definido de três formas. Primeiro, o propósito
da espada é capacitar o Estado a proteger os benfeitores, dos malfeitores. Se há de
fornecer essa proteção, o Estado precisa ter força superior à do malfeitor. Se alguém
procura nos ferir com uma metralhadora, o Estado não será de nenhuma ajuda se tiver
apenas um espanador.
O Estado piedoso deve ter força superior à força de homens e nações perversos.
Esse é o ensino do próprio Jesus:
Ou qual é o rei que, indo para combater outro rei, não se assenta primeiro
para calcular se com dez mil homens poderá enfrentar o que vem contra
ele com vinte mil? (Lucas 14.31)
Segundo, uma república cristã com uma espada em sua mão é um terror santo
para os malfeitores. Romanos 13.3 diz justamente isso: o poder da espada é para
despertar terror no coração dos que ao menos projetem quebrar a lei. Quando não mais
desperta terror no coração dos malfeitores, um governo civil não tem mais capacidade
de proteger seus cidadãos que guardam a lei, dos que os prejudicariam.
Terceiro, o poder da espada é para ser usado com o propósito de administrar a
justiça de Deus, assegurar que a ordem de Deus seja mantida, e que a reparação seja
feita sempre que a lei de Deus for violada. Quando crimes são cometidos contra a lei
de Deus, a reparação tem de ser feita a Deus, à sociedade, e à vítima do crime (ou a sua
família), para que a paz e a ordem continuem. A função do Estado é punir os erros
cometidos e corrigi-los.
A espada deve ser usada com este propósito: punir o criminoso e assegurar à
vítima a reparação e a compensação que merece como resultado da injúria sofrida.
Além do mais, a espada deve ser usada para satisfazer a justiça de Deus e vindicar a
ordem da sua criação.
Em nossa sociedade hoje, mais pessoas estão falando sobre o valor da
reparação, mas poucos sabem o que é a verdadeira reparação à vítima de um crime.
Obrigar que os criminosos paguem multas à corte judicial (o Estado) não é reparação.
A reparação é feita à vítima ou a sua família.
Em nossa cultura não é a vítima que é protegida e objeto de piedade, mas, sim,
o criminoso. Por essa razão, a Bíblia instrui o sistema judiciário a não mostrar
misericórdia para com o criminoso. O Estado não tem a opção de perdoá-lo pelos
crimes cometidos. O criminoso precisa receber a punição que merece, se a justiça há de
ser feita. Por quê? Porque mostrar misericórdia para com o criminoso é não mostrar
misericórdia pela vítima.
Recentemente, numa grande cidade americana, a filha de um pregador foi
violentamente estuprada, torturada e assassinada. Em vez de receber a pena de morte
que merecia, a corte sentenciou o assassino a viver na prisão. “As misericórdias dos
ímpios são cruéis” (Provérbios 12.10, ARC). Quando a lei de Deus é rejeitada nos
tribunais, a vítima é a brutalizada. Quem pagará agora o quarto e as refeições (a vida)
do assassino daquela jovem? Serão os pais da vítima, seus amigos e parentes — por
meio dos impostos.
Pelo restante da vida do assassino na prisão, o dinheiro ganho com muito custo
pela família entristecida da vítima, será direcionado ao sustento e conforto do
assassino. Isso é compaixão? Não, é perversão!
O fundamento da tributação
Isso é o que acontece à nação sempre que vira as costas a Deus, em favor do
homem, como a fonte da lei: o crescimento, em grande escala, da burocracia regulando
tudo, a socialização da agricultura e da indústria, os projetos políticos de lutas injustas
entre homens e mulheres, o estabelecimento de um sistema opressor de tributação que
roubará um décimo ou mais da renda dos cidadãos.
Este foi um dos sinais de que Israel tinha rejeitado a Deus e de que Deus
estava julgando Israel: a cobrança de impostos da décima parte de suas rendas. Noutras
palavras, quando o Estado o tributa em um décimo da sua renda, ou mais, Deus
considera que esse Estado está agindo como Deus, pois o próprio Deus exige apenas
um décimo. Nos Estados Unidos, em 1991, a soma total de impostos pagos pela média
dos trabalhadores por cidade, distrito, estado e nacionalmente, além de tributação sobre
vendas e outros, era a renda total de janeiro a junho de cada ano. Isso evidencia uma
sujeição involuntária, isto é, escravidão ou trabalho forçado em favor do Estado, na
metade de nossas vidas, a cada ano. Você se alegra em ser um escravo do Estado? O
que tem feito a respeito disso?
A natureza da tributação
Visto que tributação humana é idolatria, imitando o verdadeiro Deus, ela busca
abranger todas as coisas. Há uma tentativa de cobrir todas as áreas da vida, sem deixar
“buracos”. Em alguns estados, pipoca coberta por caramelo é tributada, enquanto
pipoca com manteiga, não. Noutros estados, cubos de gelo em bebidas alcoólicas são
tributados, enquanto cubos de gelo em bebidas leves, não. Poderíamos continuar a ver,
mais e mais, impostos sobre áreas específicas da vida, uma vez que o objetivo do
Estado que pensa ser Deus é o total controle e a total tributação, pois acredita possuir a
propriedade e a soberania total.
Durante o governo “conservador” de Ronald Reagan e George Bush, os
americanos experimentaram a maior tributação jamais imposta a eles. Espera-se pagar
mais impostos no futuro. Por quê? Porque para uma nação que crê que seja Deus, a
única maneira de obter o controle total sobre todos nós é impondo uma tributação total,
o que é coerente com a crença implícita de que o Estado seja proprietário de tudo e de
todos.
Assim, torna-se óbvio que a tributação humanista não é apenas idólatra e de
todo envolvente, como um polvo, mas também destrutiva e empobrecedora do homem.
R. J. Rushdoony e Edward Powell escreveram um excelente livro chamado
Tithing and Dominion [Dízimo e domínio], que trata da questão dos impostos. Meus
comentários sobre a tributação são grandemente influenciados por esse livro. É uma
obra perspicaz em seus insigths como fica demonstrado na citação seguinte:
O que significa dar a Deus o que é de Deus? O que pertence a Deus? Tudo!
Portanto, o princípio fica estabelecido aqui: dar a Deus o que lhe é devido, isto é, tudo.
Aqui, somos convocados, por Jesus, a darmos para Deus absolutamente tudo, com uma
fidelidade sem reservas em tudo que fizermos.
Ora, o princípio do argumento de Jesus é este: Visto que a imagem de César
está na moeda em questão, ela pertence a César. E visto que carrega a imagem de Deus,
seu Criador, César pertence a Deus. Sendo imperador de Roma, César deve dar a Deus
o que lhe é devido: tudo o que César é e possui. Chefes de Estado, portadores da
imagem de Deus, devem dar a Deus o que lhe é devido: obediência à sua vontade
revelada, reconhecimento de sua supremacia e total lealdade ao seu comando.
Jesus determina a seus questionadores, em algumas palavras: “Deem a César o
que lhe é devido. Essa é a sua moeda. Seu reino é opressor e injusto. Seu governo e
impostos são antibíblicos. Ele precisa ser impedido. Seu reino deve ser transformado e
cristianizado. Mas isso deve ser feito da minha maneira, não da forma de vocês. A
revolução não atingirá os meus objetivos. Se vocês não pagarem esse imposto, os
soldados de César vão colocá-los na prisão, e então vocês não poderão ajudar a
ninguém, mas serão apenas um fardo para sua família. Portanto, paguem o imposto”.
A lealdade a Cristo tem prioridade sobre todas as outras formas de lealdade.
Por isso, essa advertência de Jesus sobre o denário é relevante. Tributos humanos
devem ser pagos, exceto quando pagá-los nos impede de obedecermos a Jesus.
Logo, como podemos derrubar nosso atual sistema tributário?
Em primeiro lugar, substituindo cada líder político que vota pensando que o
Estado tenha originalmente o domínio e a soberania sobre nossas vidas, renda, bens e o
futuro. Um líder assim é mais adequado a uma nação comunista que aos EUA.
Em segundo lugar, começando a obedecer, você mesmo, ao sistema tributário
de Deus do sábado cristão e do dízimo. Dando-lhe o imposto do seu tempo e da
utilização da sua terra. Seja o que você tenha de reajustar, mudar, ou a que renunciar, dê
a Deus o que lhe é devido. Passe os domingos descansando e adorando junto com sua
família e amigos cristãos. Dê ao Senhor 10% da sua renda.
Em terceiro lugar, a única forma de abolir o imposto de renda e reconstruir o
sistema tributário dos Estados Unidos é por meio de evangelismo. Não há outra maneira
de fazê-lo. Revolta tributária não o fará. Nossos atuais políticos não aceitariam isso.
Nem os atuais eleitores o fariam.
Numa sociedade que acredita que o Estado tem o direito de propriedade,
soberania e controle sobre nós, a única coisa que nos levaria de volta ao imposto per
capita de Deus ― e não a outros tributos civis ― é o seguinte: nós, como a Igreja de
Jesus Cristo, e como cidadãos cristãos, no poder de Deus, persuadirmos homens e
mulheres a crerem que todo domínio e autoridade pertencem a Jesus Cristo (Mateus
28.18), não ao homem ou ao Estado.
Até que os cidadãos norte-americanos parem de olhar para o Estado com seu
senhor e salvador, e até que se oponham a essa visão, não haverá mudança no atual
sistema tributário ou no rumo suicida do nosso governo civil. Caso contrário, o Estado
crescerá cada vez mais onerosa e opressivamente.
Escrever cartas aos congressistas e senadores é importante, mas não o
suficiente. Reclamar do imposto de renda não é o suficiente. Não podemos esperar por
socorro, a menos que trabalhemos pessoalmente, semana a semana “rogando” (2
Coríntios 5) às pessoas que se tornem verdadeiros cristãos, que creiam que Jesus
Cristo tem todo o domínio, soberania e a salvação que é recebida por meio da graça
através da fé.
Jesus Cristo é o Senhor e o Salvador do mundo. Essa é a verdade que
extinguirá o imposto de renda; quando os cidadãos dos Estados Unidos começarem a
crer novamente nisso.
CAPÍTULO SEIS
O homem foi criado por Deus para cultura, isto é, para “cultivar” o jardim
(Gênesis 2.15), para multiplicar-se e ter domínio sobre a terra (Gênesis 1.28). Não
pode fugir do seu chamado, embora os homens não regenerados pervertam isso,
enquanto os homens regenerados o fazem para a glória de Deus e em submissão ao
domínio de Deus.
Agora discorramos sobre a relação da religião com a cultura. Trata-se
de algo semelhante à relação entre fé e obras. As obras surgem a partir da raiz da fé e
são expressão dessa fé. “A fé sem obras é morta”, conforme Tiago 2.26. A cultura é a
religião externalizada. É resultado e expressão da religião das pessoas.
Então, todas as culturas são profundamente religiosas e nunca podem ser não
religiosas. (Não se trata de afirmar que sejam todas teístas. Por exemplo, o humanismo,
como reconhecido pela Suprema Corte dos EUA [Torcaso vs. Watson], é uma religião
não teísta, que acredita apenas no homem).
Cada aspecto da vida de uma nação refletirá — e não poderá deixar de refletir
― a religião dos seus cidadãos, seja ela qual for. A neutralidade religiosa na política
― e em cada faceta da cultura e vida de uma nação — é um mito. Visto que a religião
(fé) envolve tudo, toda a atividade humana terá as cores da religião (fé) que alguém
sustente. Não há ações culturais neutras, assim como não há “obras” neutras; elas são
“boas obras” ou “más obras”, feitas para a glória do Deus da Bíblia ou para a glória de
um ídolo (o não deus). Henry Van Til escreveu sobre essa questão:
As chaves e a espada
A relação entre Igreja e Estado
Os Estados Unidos crescerão em direção a uma renovada grandeza ou cairá no
caos e esquecimento, conforme sua resposta a uma pergunta: Qual a relação entre Igreja
e Estado? Não se trata de um exagero, pois o problema diz respeito a soberania e
salvação. Há alguma instituição humana soberana sobre todas as demais? Alguma
instituição humana poderia trazer salvação à sociedade? Quem ou o quê é a origem da
ordem social? De quem provém a palavra de autoridade para a Igreja e o Estado? A
quem todas as instituições e indivíduos devem obediência total: a Cristo ou a César?
O humanismo e o cristianismo dão duas respostas completamente diferentes a
essas perguntas. O humanismo atribui soberania e salvação ao homem e ao Estado. O
cristianismo declara que ambos residem exclusivamente no Deus trino:
Eu sou o SENHOR, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a
outrem. (Isaías 42.8)
Porque o SENHOR é o nosso juiz, o SENHOR é o nosso legislador, o SENHOR é
o nosso Rei; ele nos salvará. (Isaías 33.22)
E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe
nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos
salvos. (Atos 4.12)
Essas duas religiões estão envolvidas numa guerra total uma contra a outra nos
Estados Unidos da América, incluindo todas as suas instituições políticas, sociais,
educacionais e eclesiásticas. Esse conflito vai muito além de um debate escolástico,
sectário — é uma questão de vida ou morte. É a diferença entre a liberdade e a
escravidão, entre o severo julgamento de Deus e a prosperidade sob a autoridade de
Deus.
Se o homem é a origem do poder soberano e da salvação, então, por meio do
Estado, avançará em sua reivindicação de jurisdição total e total controle de uma esfera
após outra, até que toda a sociedade humana, incluindo a Igreja, seja dominada.
Então, o que é que a Bíblia, a Palavra de Deus, ensina-nos a respeito da
política, isto é, sobre a relação entre Igreja e Estado?
Ambos, Igreja e Estado, estão estreitamente relacionados, uma vez que têm
algo em comum. Ser coerente significa estar conectado logicamente, formando um todo
unido ou ordenado. Por coerência entende-se a qualidade ou estado do relacionamento
ordenado das partes.
Tal coerência não implica numa confusão de instituições e funções. Nem
implica em que o Estado possa utilizar seu poder para impor, a seus cidadãos, uma
denominação cristã em particular. Nem significa que toda a sociedade deva estar sob
uma Igreja institucional.
A estreita relação entre Igreja e Estado existe pelo que ambos têm em comum.
Ambos estão submissos a Deus e são responsáveis perante sua Palavra revelada. O
cabeça da Igreja não é o Estado, mas é Deus, por meio de Cristo (Efésios 1.22; 5.23). A
liderança de Estado não é da Igreja, mas pertence a Deus, por meio de Cristo
(Apocalipse 1.5, Provérbios 8.15; Daniel 2.20).
A Bíblia deixa inequivocamente claro que o domínio de Cristo inclui o cenário
político, quando Cristo é chamado “o Soberano dos reis da terra”, em Apocalipse 1.5.
No Salmo 2.10-12, Deus dá esta ordem a todas as autoridades políticas:
Agora, pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos advertir, juízes da
terra. Servi ao SENHOR com temor e alegrai-vos nele com tremor.
Beijai o Filho para que se não irrite, e não pereçais no caminho;
porque dentro em pouco se lhe inflamará a ira.
Tanto a Igreja quanto o Estado são responsáveis diante de sua origem, que é o
Deus vivo, o Senhor dos exércitos. A Igreja nasceu na mente de Deus e foi dada a seu
povo para ser o corpo de Cristo (Efésios 1.3). Assim também, o governo civil nasceu
na mente de Deus e foi dado à humanidade a fim de manter a ordem divina (Gênesis
9.6).
E Romanos 13.1 declara mais especificamente:
Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não
há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que
existem foram por ele instituídas.
Então, a autoridade do Estado é derivada de Deus, e não da vontade da
maioria.
O magistrado é, portanto, responsável perante Deus pelo modo como
administra esse poder. O governo civil é totalmente responsável diante do seu Criador
por todos os seus projetos, ações e legislação. O governo civil é obrigado a governar
somente em conformidade com os termos da vontade e da autoridade de Deus. Isso
igualmente é verdade quanto à Igreja em sua esfera.
A questão é a seguinte: uma nação abençoada por Deus não é uma democracia,
ou seja, uma nação governada pela maioria. Uma nação abençoada por Deus é uma
república, ou seja, uma nação governada por uma constituição baseada na lei de Deus.
“Feliz a nação cujo Deus é o Senhor” (Salmo 33.12).
Tanto a Igreja quanto o Estado têm prescrições específicas definidas pelo
próprio Deus na Bíblia. Ambos são limitados em suas funções, poderes, e a fonte de
verdade e lei (Isaías 33.22). Deus não só estabeleceu essas duas instituições, mas lhes
deu instruções escritas na Bíblia acerca de seus deveres e de como devem cumpri-los
de forma justa e eficaz, para que assim sua ordem da criação seja respeitada e mantida.
Ambos são limitados em suas funções.
O Estado deve ser um temor para os transgressores, um vingador da ira de
Deus sobre os injustos (Romanos 13.3). As funções do Estado não incluem saúde,
educação e bem-estar. Essas são responsabilidades da família e da diaconia da Igreja.
A Igreja deve ser um ministro do evangelho — a portadora das boas novas de Jesus
Cristo e do seu reino para um mundo perdido, que pertence a Deus (Mateus 28.19).
Ambos são limitados em seu poder. A Igreja não tem autoridade para aplicar a
pena de morte, embora possa administrar a disciplina da igreja (Mateus 18.15), e
inclusive a excomunhão (1 Coríntios 5.1-13). O Estado tem a autoridade concedida por
Deus para utilizar a espada (força legal, mortal) e para cobrar impostos de forma justa
e bíblica.
A autoridade do Estado não substitui a utilização justa do poder por parte do
pai, dos mais velhos, do diretor, ou do empregador. O Estado pode fazer uso do poder
apenas na administração de sanções civis e não por meio de decretos de controle
burocrático e governamental da sociedade, da economia, da Igreja, da escola ou da
família. Seu poder não deve ser utilizado para restringir ou delimitar o poder
concedido por Deus aos indivíduos cristãos, às famílias, igrejas, escolas ou empresas:
noutras palavras, a Igreja e o Estado estão circunscritos cada um a sua jurisdição.
A Igreja, diretamente subordinada a Cristo, seu Rei, é um domínio
independente, assim como o Estado. A igreja é uma instituição independente, com suas
próprias funções e leis. E o Estado tem sua própria esfera. Deve ser o ministro da
justiça para todos. Tanto a Igreja quanto o Estado são responsáveis por Cristo e sua lei.
Nem Igreja, nem Estado são soberanos supremos sobre o homem. Nem podem usurpar a
plena autoridade de Cristo sobre a vida.
Podem exercer autoridade somente dentro da jurisdição que lhes foi concedida
por Cristo, o Rei. Rejeitar essa delimitação é um suicídio político, cultural e
eclesiástico. A jurisdição da Igreja limita-se à pregação e ao ensino da Bíblia. A
jurisdição do Estado precisa ser limitada à administração da justiça, tal como definida
pela lei bíblica.
Isso nos conduz a uma delimitação final a respeito da Igreja e do Estado: a
fonte de verdade e de direito de ambos. A Igreja e o Estado devem confessar: O
Senhor é o nosso Legislador! (Isaías 33.22, Tiago 4.12). Visto que há um só Deus
(Deuteronômio 6.4), somente pode haver uma lei. Um único Deus absoluto e imutável
significa uma única lei absoluta e imutável, igualmente obrigatória tanto para a Igreja
quanto para o Estado.
Deuteronômio 6.4-9 é “a declaração de uma ordem moral absoluta a que o
homem deve se conformar”, escreveu R. J. Rushdoony.[30]
Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR. Amarás,
pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua
alma e de toda a tua força. Estas palavras que, hoje, te ordeno
estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos…
Este capítulo surgiu pela primeira vez como um artigo em The Counsel of Chalcedon
vol. V, Nº 8, de outubro de 1983.
Se quando pensa em Larry McDonald, você só pensa em anticomunismo, você
não o compreendeu bem. Sua fervorosa vocação e o objetivo de sua vida eram
preservar e restabelecer a constituição dos Estados Unidos e a herança bíblica distinta
que lhe deu origem e a carregou de significado. Larry McDonald viveu e morreu
defendendo-a contra qualquer um que conspirasse para destruí-la, dentro ou fora do
nosso país.
Larry compreendia que a preservação e o avanço do legado desse modo de
vida, e do Estado de direito da constituição são absolutamente essenciais para a
liberdade e a justiça de todos. Para uma nação garantir sua própria segurança,
liberdade e prosperidade sob a bênção de Deus, seu governo civil deve limitar-se à
administração fiel da função que Deus lhe atribuiu na Bíblia, refletida em nossa
Constituição: a administração da justiça — e não de saúde, educação e bem-estar, mas,
sim, de castigo dos ímpios e proteção para os que cumprem a lei.
Porque os magistrados não são para temor, quando se faz o bem,
e sim quando se faz o mal. Queres tu não temer a autoridade?
Faze o bem e terás louvor dela, visto que a autoridade é ministro
de Deus para teu bem. Entretanto, se fizeres o mal, teme; porque
não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus,
vingador, para castigar o que pratica o mal. (Romanos 13.3-4)
Como alguém pode saber se Deus já começou ou não a lançar seu juízo sobre a
sociedade? Há algum sinal de que o julgamento já começou? A resposta pode ser
encontrada em Isaías 3.1-5:
Nota do Editor: O Dr. Larry McDonald, de Atlanta, Geórgia, era membro do Congresso
dos EUA quando de sua morte. Estava a bordo da Korean Airlines Flight 007
(Companhia Aérea Coreana no Voo 007), quando o avião foi derrubado pela Rússia
comunista. Duzentos e sessenta e nove pessoas perderam a vida. Visto que nem o avião,
nem os corpos nunca foram encontrados, há alguma especulação quanto ao avião ter de
fato pousado; e a Rússia manteve em segredo os fatos que cercaram esse voo
malfadado. Mesmo que os Estados Unidos — repetidamente — apoiem uma queda do
sistema comunista, não temos exigido que a verdade seja revelada quanto a esse
incidente.
CAPÍTULO NOVE
E prosseguia:
Mas, e quanto aos direitos do feto e à compaixão pelo feto com Síndrome de
Down? A compaixão do ímpio é cruel! Além disso, parece que os médicos envolvidos
consideravam o tribunal estadual outorgante dos direitos, senhor e doador da vida. A
Suprema Corte Federal dá e a Suprema Corte tira, bendito seja o nome da Suprema
Corte Federal (cf. Jó 1.21)
O boletim do “Comitê do direito à vida” da Geórgia, de maio de 1983, trazia a
seguinte manchete: “14 nascidos vivos em três anos no Hospital Midtown”. O artigo
assinalava:
Observe duas ênfases desse texto. Em primeiro lugar, a vida, incluindo a vida
pré-natal, é vista como um dom de Deus. (“Substância ainda informe”, no hebraico, é
golem, literalmente traduzido embrião ou feto). Em segundo, Davi insiste em enfatizar a
ininterrupta continuidade de sua personalidade desde sua existência como embrião até
sua vida adulta. Em 139.13, declara: “Tu me teceste no seio de minha mãe”. Em 139.15,
acrescenta: “Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado”.
Davi podia falar de si mesmo como tendo um “Eu” fora do útero, mas também no
interior do útero, apontando para o fato de que o “Eu” existia como ser humano mesmo
em seu estado embrionário.
Esse texto não ensina que o feto tem menos valor que uma criança após o
nascimento, como sustentado, de forma imprecisa, no relatório sobre aborto, pela
Presbyterian Church in the United States (1973). A exposição do texto a seguir foi
extraída do relatório sobre aborto da Presbyterian Church in America (1978):
O termo yeled no versículo 22 nunca se refere, em lugar nenhum, à
criança ainda sem forma humana reconhecível, ou a um incapaz de existir
fora do útero. O possível uso aqui, como a interpretação em questão
exige, é ainda menor, pelo fato de que se o escritor quisesse falar de um
embrião ou feto não desenvolvido, havia disponível para ele uma outra
terminologia. Existia o termo golem (Salmo 129.16), que significa
“embrião, feto”. Mas nos casos de morte de um feto, a Escritura o designa
comumente não por Yeled, nem mesmo por golem, mas por nefel (Jó 3.16,
Salmo 58.8; Eclesiastes 6.3), “um aborto”. Portanto, o uso de yeled no
versículo 22, indica que a criança em vista não é resultado de um aborto
espontâneo, como a interpretação em questão supõe; pelo menos essa é a
interpretação mais natural, na ausência de considerações decisivas em
contrário.
Além disso, o verbo yatza no versículo 22 (“sair”, traduzida por “partir”
na KJV) não sugere, em si, a morte da criança em questão, e é geralmente
utilizado para descrever nascimentos normais (Gênesis 25.26, 38.28.30;
Jó 3.11; 10.18; Jeremias 1.5; 20.18). Com a possível exceção de Números
12.12, que quase certamente se refere a um natimorto, tal termo jamais se
refere a um aborto espontâneo. O termo que o Antigo Testamento
normalmente utiliza para aborto e aborto espontâneo, tanto de humanos
quanto de animais, não é yatza mas skakol (Êxodo 23.26; Oseias 9.14,
Gênesis 31.38, Jó 2.10, 2 Reis 2.19, 21; Malaquias 3.11). A interpretação
mais natural da frase weyatz'u yeladheyha, portanto, será não um aborto
induzido, não a morte de um feto, mas um nascimento prematuro induzido,
em que a criança nasce viva, mas antes do tempo previsto.
Devemos também observar que o termo ason (dano), encontrado tanto no
versículo 22 quanto no 23, é indefinido em sua referência. A expressão
“lah” (para ela), que restringiria os danos apenas à mulher, em distinção
do filho, não está presente. Dessa forma, a interpretação mais natural
seria considerar o “dano” como sendo tanto da mulher quanto da criança.
O versículo 22, portanto, descreve uma situação em que nem a mãe nem a
criança ― ou ambos ― sofrem algum "dano", isto é, em que a mãe sofre
uma lesão e a criança nasce com vida. O versículo 23 descreve uma
situação em que algum dano ocorreu ― contra a mãe, contra criança, ou
contra ambos […] Um aborto induzido dificilmente poderia ser descrito
como uma situação em que “não haja dano”. O versículo 22, portanto,
descreve, não um aborto induzido, mas um nascimento prematuro
induzido.
Sob essa luz, as traduções que utilizam a palavra “aborto” ou equivalente
são tanto imprecisas quanto enganosas. O sentido dessa passagem aparece
na seguinte paráfrase: “E se os homens brigarem e um ferir uma mulher
grávida, de forma que a criança acabe nascendo prematuramente, mas nem
a mãe nem a criança sofrerem algum dano, ele certamente será multado de
acordo com o que o marido da mulher o obrigar; e pagará conforme os
juízes determinarem. Mas se a mãe ou a criança sofrerem algum dano,
então darás vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão,
pé por pé, etc”.[38]
Conclusão
A posição que defende que “o aborto não é uma solução desejável, embora
possa ser, por vezes, uma opção necessária”[39] vai de encontro à Palavra de Deus.
Sustentar essa posição ou aceitar o aborto por razões sócio-econômicas ou
psicológicas é ignorar flagrantemente o mandamento de Deus de proteger a vida humana
por causa da santidade que ele lhe concedeu: “Não matarás” (Êxodo 20.13).
A Palavra de Deus declara plena e ininterrupta continuidade da personalidade,
tanto antes como depois do nascimento. O aborto, o homicídio intencional de um
nascituro, é a destruição dessa continuidade. O aborto dá fim à vida de um indivíduo,
de um portador da imagem de Deus que está sendo divinamente formado e preparado
para exercer uma função concedida por Deus neste mundo.[40]
De acordo com a Bíblia, aborto é assassinato. E assassinato é um crime
passível de pena de morte.
O ódio de Deus aos abortistas está claro quando declara: [Deus abomina]
“mãos que derramam sangue inocente” (Provérbios 6.16, 17).
O Senhor declarou:
Por três transgressões dos filhos de Amom e por quatro, não
retirarei o castigo, porque fenderam as grávidas de Gileade, para
dilatarem os seus termos. Por isso, porei fogo ao muro de Rabá.
(Amós 1.13s)
Essa é uma linguagem forte. Mas devemos sentir a repulsa de Deus ao aborto.
Temos de reconhecer completamente seu horror e criminalidade. Portanto, qual deve
ser a nossa resposta a este holocausto moderno — a matança de fetos? A Bíblia
responde em Provérbios 24.10-12:
Se te mostras fraco no dia da angústia, a tua força é pequena.
Livra os que estão sendo levados para a morte e salva os que
cambaleiam indo para serem mortos. Se disseres: Não o
soubemos, não o perceberá aquele que pesa os corações? Não o
saberá aquele que atenta para a tua alma? E não pagará ele ao
homem segundo as suas obras?
Em obediência a esse provérbio inspirado por Deus, devemos:
1. Perceber a urgência da situação: a cada ano mais de um milhão e meio de
bebês em gestação são abortados.
2. Perceber que o juízo de Deus está sobre uma nação que permite ou aceita o
assassinato, a menos que ela de fato se arrependa. Números 35.33 adverte:
Assim, não profanareis a terra em que estais; porque o sangue
profana a terra; nenhuma expiação se fará pela terra por causa do
sangue que nela for derramado, senão com o sangue daquele que
o derramou.
3. Comunicar aos agentes públicos e legisladores eleitos que Deus tem seus
próprios padrões morais, que devemos honrá-los, e que uma das normas desses padrões
condena o aborto.
4. Ensinar e organizar nossos amigos cristãos para permanecerem abertamente
firmes em favor da sacralidade da vida humana em nossas próprias comunidades e
diante de nossos legisladores estaduais.
5. Envolver-nos em ministérios de gravidez de risco em nossa igreja local,
aconselhando mulheres com gravidez indesejada.
6. Verificar com as agências cristãs de adoção locais as possibilidades de
adoção de recém-nascidos rejeitados.
7. Considerar a possibilidade de ajudar a cuidar de meninas com gravidez
indesejada, em nossa casa.
8. Ensinar nossos filhos sobre a sexualidade no casamento, sobre como a vida
humana é sagrada e a alegria e a beleza da castidade pré-conjugal.
9. Saber se o nosso ginecologista faz abortos. Se o faz, deixar de ser seu
cliente e incentivar outros cristãos a fazerem o mesmo.
10. Realizar funerais de crianças que morrem antes de nascer.
11. Estar alertas ao envolvimento da instituição March of Dimes no holocausto
moderno.[41]
12. Mostrar que a Planned Parenthood Federation [Federação do
planejamento familiar] é cúmplice nesse holocausto.
13. Escrever cartas sobre o holocausto aos editores de jornais e políticos
eleitos.
14. Orar o Salmo 58 contra os abortistas.
15. Distribuir cópias deste livro. Você pode adquirir mais publicações em
nosso sítio: www.editoramonergismo.com.br.
CAPÍTULO DEZ
Em seu último romance, Devota, publicado no início do século 20, escrito aos
72 anos, ela desenvolve a tese “de que é traição para uma mulher abandonar a sua
esfera que divinamente lhe foi concedida”.[47] (Essas são as descrições da típica
mulher cristã do sul há cem anos. Poucas mulheres têm sobrevivido à devastação do
século 20).
Aliás, considere-se o que a rainha Victoria disse em 1870:
A rainha é a mais ansiosa para engajar alguém que possa falar ou escrever
acompanhando essa loucura terrível dos “direitos das mulheres”, com
todos os horrores resultantes, em que seu sexo frágil é pressionado,
esquecendo todo o senso de sensibilidade feminina e recato.
Onde foi que se originou essa visão moderna e humanista da participação das
mulheres na política? Surgiu do igualitarismo anticristão do Iluminismo (na verdade,
Obscurantismo) europeu do século 18, que levou a Europa a sair de seu fundamento
cristão em direção ao humanismo e à sangrenta Revolução Francesa de 1789, que
buscou erradicar o cristianismo da França com seu grito de guerra: “Liberdade,
fraternidade, igualdade”.
Essa crença revolucionária acredita que as leis e os direitos humanos devem
ignorar todas as distinções de sexo e tratar ambos os sexos com plena igualdade em
todos os aspectos. Essa teoria radical dos direitos humanos, em que a maioria das
pessoas do nosso país crê, incluindo a maior parte dos cristãos, ensina que
todo ser humano é naturalmente independente, não deve nada à sociedade
civil ou eclesiástica exceto o que for admitido livremente por “contrato
social”; isso é devido à igualdade intrínseca de todos os humanos, a
menos que ele ou ela perca a liberdade em razão de crime.
Se essas proposições forem verdadeiras, então, de fato, sua aplicação às
mulheres seria indiscutível. ― Pode-se citar a Declaração de
Independência, na concepção que estes radicais defendem:
“Consideramos estas verdades autoevidentes; que todos os homens são
iguais por natureza e inalienável direito à vida, à liberdade e à busca da
felicidade”.
É verdade que esse documento, interpretado racionalmente, ensina algo
totalmente diferente da igualdade absurda defendida pelos radicais, que
exigem para cada membro da sociedade todas as características
[privilégios, liberdades e direitos] que qualquer um tenha. Os sábios de
1776 discerniam que os homens não são naturalmente iguais em força,
talento, virtude ou habilidade; e que os diferentes tipos de seres humanos
naturalmente herdam bem diferentes conjuntos de direitos e privilégios…
Mas o que eles queriam ensinar era que num sentido muito importante
todos são naturalmente iguais. ― É a igualdade representada na grande
máxima da constituição britânica que: “perante a lei todos são iguais”.
[48]
Essa é a igualdade por meio da qual a organização social é possível —
igualdade de todo consistente com a ampla diversidade de habilidades
naturais, virtudes, posição, sexo, bens herdados, que são fatos inexoráveis
revelados em todos os lugares. No entanto, em lugar disso… nossa
política moderna ensina agora, sob o mesmo nome, a igualdade apregoada
dos jacobinos… que absurdamente reivindicava a todos os seres humanos
os mesmos aspectos de poder e direitos. — Nossos pais valorizavam a
liberdade, mas a liberdade que pleitearam era privilégio de cada pessoa
de fazer essas coisas para as quais apenas a lei e a providência de Deus
lhes dava uma correta moral.
A liberdade natural que os homens modernos defendem é a licença
absoluta: o privilégio de realizar aquilo que a vontade corrupta deseje
[…] Os fundadores do nosso país poderiam ter adotado as sublimes
palavras… Lex Rex, a Lei é o rei. — Porém agora… a suprema lei é a
vontade ou capricho da maioria das pessoas, a sugestão do demagogo que
for mais ardiloso para seduzir.[49]
Não sou ingênuo quanto a este sermão ser aceito por algumas pessoas, ou a
respeito de como isso afetará a reputação da nossa igreja; e assim, não prego sobre este
assunto de um modo despreocupado, pois acredito que a eleição de 2008 será uma das
eleições mais destrutivas da nossa história, seja quem for o eleito. E o apoio
entusiástico a Sarah Palin da parte dos cristãos evangélicos e reformados é o mais
desconcertante. Doug Phillips está totalmente correto ao dizer que
a aceitação generalizada de uma convicta pró-vida [antiabortista]
republicana cristã, autoproclamada mãe feminista de um bebê e quatro
filhos, como candidata ao cargo mais alto do país é o evento singular
mais perigoso para a consciência da comunidade cristã dos, pelo menos,
últimos dez anos. ― Para vencer uma eleição, acabaram vendendo a
essência do que é certo e do que é verdade a respeito daquilo que define
o que é a família em nossa geração! Uma vez que esse limite é
ultrapassado, será praticamente impossível um arrependimento
generalizado de volta a esse fundamento.
Assim como Jesus é o cabeça de todo homem, seja ele solteiro ou casado,
salvo ou perdido, sem importar se é reconhecido como tal, assim também o homem é o
cabeça da mulher. A palavra usada para o sexo masculino na primeira frase — “Cristo
é o cabeça de todo homem” — é a mesma palavra usada na segunda frase — “e o
homem é o cabeça de uma mulher”. Sobre isso Wayne Mack escreveu:
Cristo é o cabeça de todo homem, seja um cristão ou não, seja marido ou
não. Da mesma forma, no plano de Deus, o homem deve ser o cabeça da
mulher seja marido ou não, sendo a mulher esposa ou não. Ele [o
apóstolo] está tratando da relação entre os sexos e afirma muito
claramente que o cabeça da mulher é o homem. Não está se limitando a
dizer que o cabeça da mulher é o marido.[51]
Portanto, assim como Deus tem autoridade sobre Cristo, Cristo tem autoridade
sobre todos os homens; e o homem tem a autoridade dada por Deus sobre a mulher.
Assim como o homem é o reflexo da imagem de Deus, a mulher é o reflexo da imagem
de Deus em sua função de contraparte do homem, completando-o. Assim como a
fidelidade da vida do homem traz louvor e honra a Deus, a vida fiel da mulher traz
louvor e honra ao homem submisso a Deus. A mulher é a glória do homem, porque ele é
incompleto sem ela: “No Senhor, todavia, nem a mulher é independente do homem, nem
o homem, independente da mulher. Porque, como provém a mulher do homem, assim
também o homem é nascido da mulher; e tudo vem de Deus” (1 Coríntios 11.11-12).
Contrariando todas as teorias radicais da igualdade humana, que
fervilham ao nosso redor dando aos seres humanos autonomia intrínseca e
absoluta, a Bíblia nos ensina que existem ordens de seres humanos
naturalmente desiguais quanto a seus direitos herdados, assim como em
suas características físicas e mentais; que Deus não estabeleceu que um
ser humano fosse orgulhosamente independente, mas pôs todas as coisas
subordinadas a autoridade: a criança submissa a sua mãe, a mãe a seu
marido, o marido submisso aos magistrados eclesiásticos e civis, e estes,
por sua vez, submissos à Lei cujo guardião e vingador é o próprio Deus.
[52]
II. A razão para a submissão funcional das mulheres no lar, na Igreja e no Estado
está na ordem da criação e na natureza do envolvimento de Eva na Queda
Eva caiu porque foi enganada por Satanás, enquanto Adão pecou sem ser
enganado (1 Timóteo 2.14). Isso significa que seja qual for sua capacidade, a mulher
não é essencialmente apta para ser líder oficial na igreja ou no Estado. Ela ouviu a
Satanás e pecou antes de Adão, a quem deu o fruto proibido. Eva foi a líder e Adão foi
quem seguiu. Como Hendricksen afirmou:
Ela guiou, quando deveria ser guiada, ou seja, ela guiou no
caminho do pecado, quando deveria ter seguido a vereda da
retidão […] Portanto, que nenhuma de suas filhas a siga
invertendo a ordem divinamente estabelecida por Deus.[58]
Eva foi enganada ao liderar quando deveria ter seguido. Assim, vemos o que
acontece com a inversão de papéis entre homens e mulheres: desastre! Adão tinha a
responsabilidade de liderar, e estava apto para tratar das tentações de Satanás. Ele não
foi enganado. Ele pecou deliberadamente contra um conhecimento mais profundo. Não
foi concedido a Eva o papel de líder e ela, na verdade, estava despreparada para
discernir as mentiras de Satanás. Foi enganada por Satanás.
Satanás viu que a melhor maneira de seduzir Adão era por meio de Eva. A
mulher representa a graça e a beleza humana num sentido especial. O que é belo na
criação aparentemente a fascina mais do que fascina o homem, (Gênesis 2.9; 3.6). Sua
apreciação da beleza e suas sensibilidades estéticas eram mais suscetíveis e alertas às
impressões daquilo que era atraente. Isso não significa que a mulher seja
instintivamente menos santa ou mais pecadora.
Em seu livro, The Language of Love [A linguagem do amor], num capítulo
intitulado: “Os homens realmente têm um cérebro defeituoso?” —, Trent e Smalley
explicam que entre a 18ª e a 26ª semana de gestação, acontece algo que distingue para
sempre os sexos. Pesquisas observaram um banho químico de testosterona e outros
hormônios vinculados ao sexo lavando o cérebro de um menino. Isso não ocorre com o
cérebro de uma menina. Aqui está o que acontece:
O cérebro humano é dividido em duas partes, ou hemisférios,
ligados por tecido fibroso… Os hormônios e substâncias
químicas vinculados ao sexo encharcam o cérebro do menino
fazendo que o lado direito recue um pouco, destruindo parte da
conexão das fibras. Um das consequências é que, na maioria dos
casos, um menino começa a vida com o cérebro orientado mais
ao lado esquerdo.
Porque não passam por esse banho químico, as meninas
preservam a posição inicial muito mais num processo bilateral
em sua mente. E enquanto os impulsos elétricos e informações
percorrem indo e vindo pelos dois lados do cérebro de um bebê
menino, essas mesmas informações podem atravessar mais rápido
e podem ser menos interdidatas no cérebro de uma menina. —
Isso que ocorre no útero somente cria as condições para homens
e mulheres, “especializando” duas maneiras diferentes de pensar.
E essa é a principal razão pela qual homens e mulheres precisam
tanto um do outro.
O lado esquerdo do cérebro abriga mais os centros lógicos,
analíticos, reais e agressivos, de pensamento. É o lado do
cérebro que a maioria dos homens utiliza na maior parte do
tempo quando acordados. É o lado do cérebro que gosta de
conquistar 800 quilômetros por dia nas viagens de férias com a
família; que prefere fórmulas matemáticas a romances do tipo
água com açúcar e geralmente favorece o pensamento analítico
“preto no branco”. É o lado do cérebro de um homem que o faz
não poder aguardar a última publicação de um manual de “faça
você mesmo” com a última técnica de reparos; que faz memorizar
médias de gols e as tabelas dos jogos; que o faz gostar de sentar-
se por horas, assistindo a jogos, um atrás do outro, e gritando
com os juízes.
Por outro lado, a maioria das mulheres passa a maior parte dos
seus dias e noites no lado direito do cérebro. É o lado que abriga
o centro das emoções, bem como as bases relacionais, a
linguagem e as habilidades da comunicação; permite que elas
façam trabalhos com detalhes minuciosos; tenham imaginação
brilhante; e que as faz dedicarem-se por uma tarde inteira à arte e
à boa música como algo realmente agradável. O lado direito é
que as faz parar em marcos históricos propositalmente; que
apenas vagamente as faz preocuparem-se com futebol ou fórmula
1, a não ser que conheçam pessoalmente os jogadores ou suas
esposas… e preferem ler a revista Caras à Quatro Rodas, já que
a Caras é mais relacional.[59]
Alguns têm tentado usar Gálatas 3.28 para refutar a nossa posição: “não pode
haver judeu nem grego, nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos
vós sois um em Cristo Jesus”. Contudo, esse versículo não está dizendo que essas
distinções não tenham nenhum significado; ao contrário, está dizendo que as bênçãos da
salvação são igualmente desfrutadas por todos que estão em Cristo por meio da graça
mediante a fé, seja qual for a raça, a condição social ou o sexo. Embora as
responsabilidades do governo da igreja e do Estado estejam sobre os ombros dos
homens, os privilégios de salvação na igreja são igualmente compartilhados e
desfrutados por homens e mulheres. Não existe conflito entre Gálatas 3 e 1 Coríntios 14
ou 1 Timóteo 2 . O texto de Gálatas 3 demonstra os privilégios da salvação partilhados
por todos os crentes em Cristo; e 1 Coríntios 14 e 1 Timóteo 2 expõem os deveres e
responsabilidades de que nem todos os crentes compartilham.
As mulheres, em vez de restringidas e limitadas pelas exigências do
ordenamento social de Deus, ao contrário, são de fato livres da exigência de governar
ao entregarem-se inteiramente à alta vocação de ser uma auxiliar idônea. A respeito
disso Susan Hunt e Peggy Hutcheson escreveram: “Quando as mulheres insistem na
intercambialidade dos papéis… todos perdem”.[60]
Para uma visão mais ampla, deve-se salientar que a nem todos os membros
masculinos da igreja também é permitido exercerem um cargo ou votarem na igreja e
isso pelas implicações da situação.
Em ambos os Testamentos, vemos o princípio da maturidade e da piedade na
liderança (Êxodo 12, Isaías 3, I Timóteo 3, e I Tessalonicenses 5.12s). Em Isaías 3,
aprendemos duas coisas sobre um governo nas mãos de homens imaturos e ímpios: (1).
É prejudicial à sociedade; e (2). É um sinal do juízo de Deus sobre a sociedade. O
Senhor declarou a respeito da desobediência de Israel: Dar-lhes-ei meninos por
príncipes, e crianças governarão sobre eles. (Isaías 3.4). Paulo disse a Timóteo a
respeito dos que lideram a igreja:
… que governe bem a própria casa, criando os filhos sob
disciplina, com todo o respeito (pois, se alguém não sabe
governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?) (1
Timóteo 3.4, 5)
Tito 2.3-5 nos mostra mais outras responsabilidades das mulheres cristãs no
lar e na igreja: Quanto às mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias em seu
proceder, não caluniadoras, não escravizadas a muito vinho; sejam mestras do bem,
a fim de instruírem as jovens recém-casadas a amarem ao marido e a seus filhos, a
serem sensatas, honestas, boas donas de casa, bondosas, sujeitas ao marido, para
que a palavra de Deus não seja difamada.
Observemos: (1). As mulheres mais velhas devem ser sérias e respeitosas em seu
procedimento, como modelos para as mais jovens. (2). As mulheres mais velhas devem
incentivar e ensinar as mais jovens a serem fiéis mulheres cristãs, esposas, filhas, mães
e donas de casa. (3). As casadas devem amar seus maridos e filhos. Devem ser
sensatas, honestas, boas donas de casa. E (4). As esposas devem ser submissas a seus
maridos para que a palavra de Deus não seja difamada.
Quando entramos na cabine de votação, não devemos fazer como a maioria dos
cristãos professos nos Estados Unidos, hoje - deixar a Bíblia do lado de fora da cabine
de votação. Em lugar disso, como cristãos, desejamos que todos os nossos pensamentos
e ações sejam levados cativos pela Palavra de Deus. Assim, a questão sobre como
precisamos votar, não é se tal pessoa sairá vitoriosa, nem votaremos para que uma tal
pessoa derrote seu adversário, mas, sim, consideraremos: tal candidato ao cargo atende
às qualificações bíblicas para magistrados civis ou não? Você está disposto a ser fiel a
Cristo em outubro deste ano?[64]
1. O Contexto Histórico
Outra vez Israel caiu na apostasia. Outra vez o povo se arrependeu e clamou
ao Senhor por libertação do seu pecado e do juízo que seu pecado trouxe sobre eles
(4.3). Por graça e em resposta ao clamor de Israel por libertação, o Senhor mostrou-se,
mais uma vez, um Deus de misericórdia e fiel à aliança, fornecendo a Israel
libertadores como uma grande mulher chamada Débora e seu marido, além do general
Baraque, a quem Deus usaria para derrotar os inimigos de Israel; e dando-lhes vitória e
paz.
2. A importância de Débora
Débora põe à sombra qualquer mulher de hoje com cargo público! Juízes 4.4
descreve-a como uma profetisa, mulher de Lapidote, [que] julgava a Israel naquele
tempo. Foi designada por Deus e cumpriu suas funções: atendia debaixo da palmeira
de Débora, entre Ramá e Betel, na região montanhosa de Efraim; ou seja, no coração
do território israelita, onde a vida ainda ocorria com alguma tranquilidade (4.5). Os
filhos de Israel subiam a ela a juízo (4.5). Débora também era talentosa como
compositora e cantora, e foi coautora, com Baraque, da canção registrada em 5.1s,
cantando-a junto com ele.
Embora fosse uma "profetisa", ou seja, uma porta-voz inspirada pelo Espírito
de Deus, com o dom divino da profecia, aplicando a justiça; e uma libertadora de
Israel, pelo menos no sentido espiritual e moral; além de ser uma personalidade
popular em todo o Israel, a Bíblia destaca o fato de que Débora era uma mulher ... a
mulher de Lapidote. Ela se identifica como uma mãe em Israel (5.7). É muito
interessante notar no hino de Débora (5.24) que, em vez de identificar-se como a
mulher mais bendita em Israel, a quem Deus tinha levantado como juíza e libertadora de
Israel, Débora identificou a Jael, que não tinha nenhuma outra posição além de ser a
mulher de Heber, o queneu, [como] bendita sobre as mulheres.
3. A Importância de Baraque
Baraque significa "relâmpago". Historicamente os rabinos o têm identificado
como Lapidote, o marido de Débora. Seja qual for o caso, ela não governaria sem
Lapidote, estando sempre associada a ele (4.4, 6, 9; 5.1, 12) Embora fosse uma juíza
em Israel, Débora pediu a Baraque que liderasse os exércitos de Israel na batalha
contra Sísera. Recusou-se a exercer ela própria o papel de comandante-em-chefe do
exército de Israel. Contudo, concordou em estar presente na batalha como uma figura
popular e símbolo da libertação de Deus.
Por que o Senhor levantou Débora, uma mulher, para julgar e libertar Israel?
Essa é uma pergunta apropriada à luz da legislação mosaica, da ordem social de Deus
que convocou homens para liderar a família, a Igreja e o Estado. Como podemos
explicar, então, o caso de uma juíza, profetisa e salvadora de Israel? Há, pelo menos,
duas respostas a essas duas questões:
Deus estava usando essa mulher, Débora, para humilhar Israel, especialmente
sua liderança masculina, para que Israel olhasse totalmente para Deus como seu
Libertador, que engrandece sua própria força e humilha a força humana, utilizando uma
mulher como seu instrumento para derrotar os inimigos de Israel e salvar seu povo.
Foram estas as palavras de Débora ao general Baraque – o qual lhe pedira que, como
uma figura popular e símbolo da presença de Deus, fosse à batalha com ele:
Certamente, irei contigo, porém não será tua a honra da
investida que empreendes; pois às mãos de uma mulher o
SENHOR entregará a Sísera. E saiu Débora e se foi com Baraque
para Quedes (Juízes 4.9).
Na verdade, Deus salva o seu povo e derrota seus inimigos por meio de duas
mulheres piedosas: Débora e Jael (5.24).
Para algumas pessoas, a pior coisa que poderia acontecer em 2008 seria a
eleição de Obama para a presidência dos Estados Unidos. A realidade da situação é
que, seja quem for o eleito neste outono[66], a pior coisa que pode acontecer é a
continuação e intensificação do juízo de Deus caindo sobre nós, em razão da nossa
apostasia nacional, de longa data.
Justamente nesta manhã, recebi um e-mail de Doug Phillips que não só
confirma que a eleição [de Sarah Palin] seria um sinal do juízo divino sobre a nossa
nação, mas que também apresenta um outro ponto de vista intimamente relacionado:
Creio que a questão Sarah Palin não é apenas um juízo, mas é uma grande
bênção do Senhor. Não preciso de jeito nenhum explicar para vocês como
é um juízo. Deixem-me expor as minhas ideias sobre por que ela também
seria uma bênção.
Sob meu ponto de vista, esse assunto tem forçado longas questões. E
revelou a verdadeira lealdade de líderes cristãos aos partidos políticos,
acima da exegese histórica, saudável e bíblica. É o que está separando os
homens das “mulheres-homens”, e as mulheres dos “homens-mulheres”…
Os argumentos pobres, ilógicos e ridículos de homens que deveriam saber
mais, abriram a porta para que tivéssemos uma base para elaborar
argumentos inteligentes, bíblicos e sistemáticos, em defesa da ortodoxia e
de uma visão bíblica de família. Nunca tivemos uma oportunidade melhor
para tratar desse caso, e devemos continuar a fazê-lo.
Este não é um tempo de apenas encorajamento ― devemos lutar, articular,
defender e aproveitar essa oportunidade histórica. Tendo lido muitos dos
argumentos produzidos por antissufragistas antes da aprovação da emenda
19, fiquei triste com o fato de que havia poucas vozes claramente bíblicas
naquela época. Desta vez, pudemos tratar da questão. Pelo menos,
deixamos um registro de uma época menos emotiva.
Em segundo lugar, a eleição de mulheres a cargos públicos, como oficiais
mulheres na igreja, serve para humilhar os homens norte-americanos e os
homens cristãos. Onde estão hoje os homens cristãos nas principais
batalhas que temos lutado em favor do futuro da nossa nação? Como Gary
DeMar acertadamente questiona: “Por que Sarah Palin busca liderar o
PTA [Parent Teacher Association ― Associação de Pais e Mestres]?
Onde estavam os homens dignos? Por que ela se candidatou à prefeitura
de Wasilla? Onde estavam os homens dignos? Como ela conseguiu vencer
um governador em exercício nas eleições primárias e foi eleita
governadora? Onde estavam os homens dignos nesse longo processo
eleitoral? ― A candidatura de Sarah Palin é uma acusação contra muitos
homens que têm feito concessões em seus princípios”.
Homens desta congregação, onde VOCÊS estão nesta batalha pelo futuro da
América?
Becky responde:
Talvez a artimanha de Satanás para dividir os cristãos nessa questão saia
pela culatra. Talvez haja alguns homens cristãos tão distraídos em levar
adiante seus próprios negócios, ou pensando que cumprem seu dever civil
simplesmente por meio de um voto (isso, se estiverem com tempo)[67],
que agora sejam grandemente incentivados a fazer algo e a concorrer às
eleições locais, estaduais ou nacionais. Talvez isso acabe resultando em
que uma mulher corajosa, mas equivocada, os envergonhe! Há homens
reagindo às opções desastrosas que enfrentamos nesta eleição? Eu os
desafio a dar aos eleitores uma alternativa: em lugar de uma mulher
concorrendo; candidatem-se ou pelo menos, financiem e promovam
homens firmes que possam concorrer. - Se abandonasse sua candidatura
por estar convicta de que foi chamada a reinar noutra esfera, sendo rainha
de seu lar e do coração de seu marido, Sarah Palin faria muito mais pela
reconstrução da nossa nação do que qualquer coisa que espere realizar
num cargo público, optando pelas abundantes riquezas à sua disposição e
confessando corajosamente o domínio de Deus sobre sua vida como
esposa e mãe. Meu coração ficou apertado quando assistia ao noticiário e
vi uma menina por trás do jornalista que fazia a reportagem. A menina
segurava um cartaz: “Quando crescer, quero ser como Sarah Palin”.
Multiplicar isso quantas vezes? - e pensem no futuro…
Orem para que Sarah Palin honre a Deus com sua vida. Orem para que igrejas
evangélicas e reformadas não sejam varridas pela maré da opinião pública, mas
estejam firmes sobre a sólida rocha da Bíblia. Orem para que os cristãos voltem a suas
raízes. Orem para que Deus levante homens cristãos em posição de influência no
governo civil. Orem para que os homens não abdiquem mais de seu papel de governar o
lar. Orem para que as igrejas escolham ministros, presbíteros e diáconos que sejam
verdadeiros, profundos e firmemente reformados pela Palavra de Deus. Orem para que
os cristãos americanos aprendam a votar e governar como cristãos, permanecendo
cativos à Palavra de Deus. Orem para que Deus nos faça crescer grandemente em
número.
Para encerrar, se vocês acham que a nossa posição sustenta uma visão inferior
sobre as mulheres, ouçam estas palavras comoventes de Robert L. Dabney, atribuindo
às mulheres cristãs uma das maiores honras e responsabilidades na restauração da
república americana. Dabney escreveu logo após a devastação do Sul na “Guerra entre
os Estados”[68], em seu artigo The Duty of the Hour [O dever deste momento]:
[…] Nunca antes o bem-estar de um povo foi tão dependente de suas
mães, esposas e irmãs, como aqui e agora. Declaro abertamente que
abaixo de Deus, minha principal esperança para meu arruinado país está
em suas mulheres. No início da guerra, quando a corrente do nosso nobre
sangue começou a correr desenfreadamente no campo de batalha, eu disse
a um cidadão honrado do meu Estado, que essa situação tornava-se tão
comum que os nossos melhores homens estavam sendo sacrificados e que
por isso não havia razão para esperar outra coisa senão que as fibras e
medula do povo do Sul acabassem sendo permanentemente
menosprezadas. E sua resposta foi: ‘Não há perigo, enquanto as mulheres
do Sul forem o que são. Tenha a certeza de que as mães não permitirão
que os filhos desses touros-mártires sejam menosprezados’.
Mas desde então, esse inesgotável rio de sangue cresceu tornando-se uma
inundação. O que é pior, o restante dos sobreviventes, poucos,
subjugados, desanimados, quase desesperados e, infelizmente,
desonrados, porque não desprezaram a vida, na situação em que nos
deixaram, estão sujeitos a todas as influências externas, que podem ser
malignas e concebidas para minar os alicerces de sua masculinidade e
degradá-los a ponto de tornarem-se escravos. Se as nossas mulheres não
lhes derem suporte, eles afundarão. A menos que os “anjos” que regem e
alegram seus lares saibam reanimar sua autoestima, aceitando sua
determinação, sustentando sua honra pessoal, os homens se tornarão
completamente escravos tal como seus inimigos desejam. Fora de suas
casas, tudo conspira para deprimi-los, tentá-los e seduzi-los. ― Só dentro
de suas casas lá está, sob os céus, um raio de luz ou calor, para impedir
seu congelamento em desespero.
Lá, em suas casas, é o seu domínio. Lá é você que reina com o cetro de
afeto, e não os nossos conquistadores. Nós lhes rogamos, exerçam esse
suave império em nome dos princípios, do patriotismo, da religião que
herdamos de nossas mães. Ensinem aos que são do nosso sexo destemido
e valoroso que só por um amor imortal desses, o amor de uma mulher
querida, merecem ou devem ganhar. Aquele que for fiel a essa coroa e
com o seu favor. Deixem que o desgraçado que as trai seja exilado para
sempre do paraíso dos seus braços. Então seremos salvos, salvos de uma
degradação mais imunda que uma sepultura. Que seja de vocês o dever de
proteger, mais que uma vestal resguardada por vigias, a chama sagrada da
nossa virtude agora tão sufocada. Sua missão é discreta, realizada na
privacidade do lar e pelas suaves porções de amor todos os dias. É esse
o trabalho mais nobre que um mortal pode realizar, pois fornece as pedras
polidas, com a quais o templo de nossas liberdades pode ser reparado. ―
Esse é o seu trabalho; a casa e a lareira são o cenário de sua indústria.
Mas os produtos que vocês produzem são as almas dos homens, que
devem compor o tecido de nossa igreja e de nosso Estado. Os políticos,
os profissionais, são apenas os mais baratos, grosseiros trabalhadores
comuns que pegam e movem os tijolos prontos para o seu lugar. Vocês são
as verdadeiras artistas, que os revestem de forma adequada e com beleza;
e, portanto, sua tarefa é a mais nobre.[69]
A respeito disso, R. J. Rushdoony escreveu no último capítulo de seu livro,
Intellectual Schizophrenia [Esquizofrenia intelectual]:
O fim de uma era é sempre um momento de turbulência, guerra, catástrofe
econômica, cinismo, ilegalidade e angústia. Mas também é uma época de
elevados desafios, criatividade e de intensa vitalidade. E por causa da
intensificação dos problemas, e do seu alcance mundial, nunca houve uma
época que enfrentasse tamanha complexidade e comovente crise.
CAPÍTULO ONZE
O que esses provérbios nos dizem? Quando abandonam a Lei de Deus revelada
na Bíblia, o magistrado civil e/ou os eleitores vão enaltecer políticos ímpios, a
legislação e as políticas; mas quando o magistrado civil obedece à lei de Deus, está
protegendo os cidadãos, trabalhando contra os transgressores e os criminosos. Quando
os líderes que buscam pessoalmente e na política estar em conformidade com a lei
revelada de Deus, os cidadãos se alegrarão pela liberdade, justiça, prosperidade e
segurança; mas quando os líderes políticos tentam governar sem a lei de Deus ou em
oposição a ela, o povo geme sob a tirania desses líderes. Onde não há revelação de
Deus que governe os que governam, o povo não tem limites e é incontrolável; mas
felizes são aqueles pelos quais a Lei de Deus é honrada.
Em Romanos 13.1-7, somos apresentados a três princípios fundamentais da
política cristã: a origem do governo civil (13. 1-2); a função do governo civil (13.3-5);
e os poderes do governo civil, (13.4-7). Esses princípios se originam com Deus. Sua
função é proteger os bons cidadãos causando terror aos malfeitores. Seus poderes são:
o poder de um ministro de Deus, o poder da espada e o poder para tributar. Cada um
desses conceitos deve ser definido biblicamente e aplicado de forma consistente.
Em primeiro lugar, visto que a origem do governo civil está no Deus Todo-
Poderoso e visto que todos os governos civis são responsáveis perante a origem de sua
autoridade e poder, o novo governo tem de reconhecer a supremacia do Deus da Bíblia
em todas as coisas e estar mais preocupado com cumprir a vontade de Deus do que a
vontade dos eleitores. Significa que o governo deve tomar medidas imediatas quanto a
confessar publicamente que o Deus da Bíblia é a única fonte de justiça para a lei, a
liberdade e o governo. O governo civil deve empenhar-se em restringir o papel
imperialista do judiciário federal e suas tentativas de descristianizar os Estados
Unidos. Para cumprir essas duas coisas, o novo governo deve incentivar a aprovação
da “Ato de restauração da Constituição de 2004” (S. 2082), que diz:
[...] a Suprema Corte não tem competência para rever, por meio de
recurso, writ of certiorari [petição de revisão], ou por outros meios,
qualquer matéria em que se busque recurso contra um elemento do
governo federal, estadual ou local, ou contra um oficial da União, dos
Estados ou do governo local (atuando, ou não, em caráter oficial), em
virtude de um reconhecimento básico e oficial de Deus como a fonte
soberana de direito, liberdade ou governo.
Deve-se fazer todo o esforço para regular todas as esferas do governo civil
por seus poderes definidos e funções descritas na Constituição dos Estados Unidos, em
conformidade com a intenção original de seus autores.
O novo governo deve trabalhar para desmontar todas as burocracias federais,
cargos ministeriais, políticas e legislação que não estejam de acordo com a visão de um
governo constitucional baseado e delimitado pela Palavra de Deus, especialmente nas
áreas de saúde, educação, assistência social, recursos humanos e naturais. O presidente
deve deixar claro que, sob sua administração, o governo civil não usurpará poderes e
competências não concedidas pela Constituição dos Estados Unidos e que fará a
aplicação plena da Décima Emenda:
Os poderes não delegados aos Estados Unidos pela Constituição, nem por
ela negados aos Estados, são reservados aos Estados ou ao povo.[77]
Em segundo lugar, visto que ao governo civil é dada por Deus a função
singular de proteger os cidadãos que cumprem a lei e de aterrorizar os criminosos e o
comportamento criminoso, devem-se aumentar os esforços para defender os mais
indefesos dos nossos cidadãos, os nascituros. O presidente deve tomar medidas
imediatas para proibir o aborto como um crime capital. Todas as leis que proíbem o
aborto deveriam se firmemente defendidas e diligentemente executadas. O novo
presidente deveria designar para o judiciário federal apenas os juízes pró-vida e que
serão defensores da Lei de Deus, visto que os juízes que não o sejam, são matadores
profissionais em favor do status quo humanista.
Em terceiro lugar, visto que o poder do governo civil é o poder de um
ministro de Deus (Romanos 13.4), que tem a autoridade para só aprovar e fazer cumprir
as leis com base na Lei de Deus conforme a Bíblia - o único padrão infalível pelo qual
se pode distinguir entre o bom e mau comportamento (Romanos 13:.3) -, o novo
governo não deve aprovar nenhuma lei nem estabelecer normas que não estejam
fundamentados na Lei de Deus contida na Sagrada Escritura. Uma cultura que aceita a
homossexualidade é vista por Deus como moralmente destruída e sob seu juízo
(Romanos 1.26s), o novo governo deve trabalhar duro para desencorajar e proibir o
comportamento homossexual, assim como a união civil de pessoas do mesmo sexo.
Em quarto lugar, visto que seu poder inclui o poder da espada,
o governo civil precisa trazer imediata, justa e severa punição sobre os
criminosos condenados. Esse poder não tem de ser visto como um agente
de transformação social, nem como um conselheiro familiar ou conjugal,
mas, sim, como o que administra a justiça e apenas a justiça
(Deuteronômio 16.20). Tem de ser cego diante de raça, riqueza, posição
econômica ou gênero. Todas as pessoas têm de ser iguais perante a lei.
Nem rico nem pobre, nem negro nem branco, nem trabalhador nem
administrador, devem receber tratamento preferencial por qualquer ramo
do governo. Além do mais, visto que… o crime, na maioria dos casos,
deve ser tratado pelos governos estaduais e locais. O governo federal
acaba sendo reponsável pelo crescimento da delinquência cada vez mais
destrutiva a cada ano, na medida em que ― na sua forma de legislar, em
suas ações judiciais, em seus regulamentos e no seu exercício do Poder
Executivo ― interfere na competência das pessoas para prender, julgar e
penalizar os infratores acusados em suas comunidades. Somos a favor do
direito irrestrito dos estados e municípios de executarem criminosos
condenados por crimes capitais e exigir a reparação às vítimas dos
criminosos, as quais não atentam contra a vida ou a integridade física de
outros. A interferência federal nos processos criminais locais deve ser
delimitada pelo que é constitucionalmente exigido.[78]
Contudo, noutro sentido, este clichê popular, “Você não pode legislar
moralidade”, é ingênuo. Por que digo isso? Toda lei e legislação estão baseadas na
compreensão de algum legislador a respeito do que é certo e errado, ou seja,
conforme o padrão moral que ele tem. Um legislador apresenta um projeto de lei por
pensar que seja "bom" para o povo da Geórgia. E vota contra outro projeto de lei por
achar que seja "ruim" para o povo. O que o legislador está fazendo? Está usando suas
próprias convicções morais como base para aprovar ou rejeitar a lei. Toda a lei e
legislação estão promulgando padrões morais, isto é, moralidade legislada. A questão,
portanto, não é se os senhores vão legislar moralidade, pois o farão cada vez que
criarem uma lei; mas sob qual padrão moral promulgarão essa lei: do homem caído ou
de Deus? Além disso, toda moralidade repousa sobre profundas convicções religiosas
a respeito de Deus e da vida. Como alguém disse (a quem cito sarcasticamente):
Nenhuma sociedade solucionou ainda o problema de como
ensinar moral sem religião.[80]
Portanto, uma vez mais, a questão não é se a religião será mesclada às leis
desta honrada Casa; mas qual religião será promulgada aqui: a de Satanás ou a de
Deus? A escolha é dos senhoress!
Em nome de seus próprios interesses faço-lhes um apelo; em
nome de suas preciosas casas e celeiros, de suas ricas fazendas e
cidades e de suas economias do passado e esperanças no futuro,
exorto-os: Os senhores nunca estarão seguros se não mantiverem
fielmente todos os direitos da coroa de Jesus, o rei dos homens.
Em nome de seus filhos e do legado da preciosa civilização
cristã que receberam de seus antepassados; em nome da igreja
cristã, exorto-os: seu santo direito, sua liberdade religiosa, não
podem ser mantidos por homens que, quanto a questões civis,
negam lealdade ao Rei. Em nome da própria alma dos senhores e
de sua salvação; em nome da adorada e preciosa vítima do
sacrifício cruento de sangue e agonizante de onde os senhores
obtém todas as suas esperanças de salvação; pelo Getsêmani e
pelo Calvário, exorto-os, cidadãos dos Estados Unidos:
navegando no vasto mar da política há outro rei, Jesus somente; a
segurança do Estado só poderá ser assegurada no caminho de
uma humilde fidelidade de toda a alma à sua pessoa e obediência
à sua lei.[81]
Originalmente publicado em Faith For All of Life [Fé para toda a vida] pela Chalcedon
Foundation, Vallecito, CA. Mar/Abr 2005.
Os princípios bíblicos da reconstrução cristã funcionarão no século 21? Sim e não!
Sim, eles funcionarão, porque são verdadeiros. São extraídos da eterna e todo-
suficiente Palavra de Deus e, portanto, aplicáveis em todos os tempos e a todas as
culturas, mesmo no século 21 e nos Estados Unidos.
O que é Reconstrução Cristã? Embora o rótulo possa ser uma novidade, (e não
estamos defendendo rótulos), os pressupostos, a cosmovisão, a teologia, a ética, a
estratégia e o propósito da reconstrução cristã são tão antigos quanto a Bíblia. A
Reconstrução Cristã não é nova nem radical; ao contrário, está enraizada no
cristianismo histórico de forma geral; e, em particular, na Reforma Protestante: por
exemplo, no livro de Martin Bucer, De Regno Christi. O extremismo está nos olhos de
quem vê; e a religião e a cosmovisão da Bíblia sempre foram consideradas
radicalismos por parte dos que não acreditam nelas. Ignorando o assunto, alguns
cristãos têm apoiado os críticos da Reconstrução Cristã, por não estarem cientes de que
esse movimento interdenominational, transnacional e transracial é parte de sua herança,
como cristãos.
A Reconstrução Cristã é fiel ao Mandato da Criação de Gênesis 1.28 e à
Grande Comissão em Mateus 28.18-20, que envolve ganhar pessoas, (evangelismo e
discipulado), ganhar famílias (plantação de igrejas e educação cristã), e ganhar culturas
(missões mundiais, evangelização do mundo e reconstrução cristã da sociedade
humana). Esse “Mandato” e “Comissão” compõe uma unidade. Ambos não podem ser
colocados um contra o outro. A Grande Comissão é uma declaração de Cristo que
reafirma o Mandato da Criação visando o homem decaído e necessitado de redenção.
Portanto, devemos estar comprometidos com nada menos do que fazer das nações do
mundo discípulas de Cristo.
A Reconstrução Cristã é o trabalho de reedificar e renovar cada ideia,
atividade, relacionamento, motivação e instituição da existência humana e da
sociedade, pela Palavra e pelo Espírito de Deus, começando pelo coração humano.
Nossa motivação é a pessoa de Cristo. Nosso fundamento é a obra de Cristo. Nosso
poder é o Espírito de Cristo. Nosso padrão é a humanidade de Cristo. Nossa proteção é
o Pai de Cristo. Nossa autoridade governante é a divindade de Cristo. Nossa estratégia
é a Palavra de Cristo. Nossa esperança é a vitória de Cristo. Nosso mandato é a Lei de
Cristo. Nossa comida são os sacramentos de Cristo. Nosso objetivo é a glória de
Cristo. (Extraído de um artigo apresentado na Reformed Presbyterterian Church in the
United States).
Os cristãos reconstrucionistas buscam pensar, viver, relacionar-se e
influenciar outros de forma consistente com os princípios fundamentais da Bíblia:
1. O Deus Trino da Bíblia é o único Deus vivo e verdadeiro, o Criador do
universo, além dele não há outro (Isaías 45.21).
2. A Bíblia é a revelação inerrante e a autenticação pessoal do caráter e da
vontade de Deus (2 Timóteo 3.16-17). Abrange todos os aspectos da vida e é completa
em sua autoridade divina, perante a qual todos os seres humanos são responsáveis
(Salmo 119.128).
3. A humanidade, à parte da graça salvadora de Deus, está caída e em rebelião
contra Deus, rebelião que é castigada por Deus, na história e na eternidade (Romanos
1-2).
4. A única esperança de salvação do homem caído em pecado e do juízo agora
e na eternidade está na pessoa e obra do Senhor Jesus Cristo (Atos 4.12).
5. A fé em Cristo, o arrependimento do pecado e a obediência à Lei de Deus
são a maneira designada por Deus pela qual as pessoas e as nações podem escapar da
ira e da maldição divina em razão de seus pecados (João 3.16; Atos 17.30; João
15.14). Essa fé, o arrependimento e a obediência são totais, exigindo tudo que uma
pessoa seja e tenha (Romanos 12.1-2). Exigem uma renovação completa da mente,
levando cativo todo pensamento a Cristo (2 Coríntios 10.5). Como povo redimido de
Deus, ele nos chama a proclamar seu senhorio e a servi-lo fielmente em todas as
esferas da vida (Romanos 10.9).
6. As únicas alternativas à Lei e ao Evangelho da Bíblia são a morte, a
escravidão, o caos e a ignorância (Romanos 6.23). Portanto, as nações ou indivíduos
que vivem em rebeldia contra Deus e sua Lei são suicidas e corrompidos (Provérbios
8.36).
7. Deus prometeu vitória ao Reino de Cristo na história, contra toda a
oposição e por meio da Palavra e do Espírito de Deus (1 Coríntios 15.24-25). Essa
vitória é o propósito para o qual trabalhamos e oramos:
Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre
abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho
não é vão. (1 Coríntios 15.58)
Em nenhum momento da história humana essas verdades reveladas jamais
foram provadas como falsas. A Palavra de Deus jamais será destruída. Será sempre
relevante, abrangente, normativa e final em sua autoridade. Por desobedecerem a ela,
pessoas incrédulas e sociedades ficarão em pedaços.
Como representantes de Cristo neste mundo, devemos proclamar essas
verdades às nações, refutando seus compromissos religiosos e chamando-as à rendição
incondicional ao Senhor Jesus Cristo como a única esperança do mundo para a paz.
Dessa forma, devemos demostrar, a partir da Bíblia, como essa paz ― pessoal e
nacional ― pode ser obtida. Isaías 2.3 o apresenta:
Irão muitas nações e dirão: Vinde, e subamos ao monte do SENHOR e à
casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos
pelas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e a palavra do SENHOR, de
Jerusalém.
[1] Expressão utilizada por Stoffels, para referir-se à eliminação de Deus dos assuntos humanos. Veja R. J.
Rushdoony, Sovereignty (Vallecito, CA: Ross House Books, 2007), p. 193-201.
[2] Greg Bahnsen, Theonomy in Christian Ethics (Phillipsburg, NJ: Presbyterian and Reformed Publishing
Company, 1977), p. 317-401.
[3] Presbyterian Heritage, Vol. I, Nº. I (Atlanta Christian Training Seminars).
[4] John Whitehead, The Second American Revolution (Elgin, IL: David C. Cook Publishing Co., 1982,), p. 97-98.
[5] A. A. Hodge, Popular Lectures On Theological Themes (Philadelphia: Presbyterian Board of Education, 1887),
p. 285-287.
[6] Christianity and the Constitution (Grand Rapids, MI.: Baker Book House, 1987), p. 113-143.
[7] E. C. Wines, The Hebrew Republic (Uxbridge, MA: American Presbyterian Press, 1980), p. 63.
[8] Jogo de palavras: might makes right. [N. do T.]
[9] George Orwell, 1984 (São Paulo: Companhia das Letras, 2009), p. 311-312.
[10] Política de aproximação diplomática entre Soviéticos e Norte-Americanos. [N. do T.]
[11] Internal Revenue Service — Serviço de arrecadação interno. [N. do T.]
[12] R. J. Rushdoony e E. A. Powell, Tithing and Dominion (Vallecito, CA.: Ross House Books, 1979), p. 57.
[13] The Roots of Inflation (Vallecito, CA.: Ross House Books, 1982).
[14] E. L. Hebden Taylor, The Myth of Religious Neutrality in Politics, p. 1, não publicado.
[15] Walter James, The Christian In Politics, Oxford University Press, 1962, p. 191.
[16] The Myth of Religious Neutrality in Politics, p. 1.
[17] Bernard Zylstra, Challenge and Response, p. 2.
[18] F. N. Lee, The Central Significance of Culture (Nutley, N. J.: Presbyterian and Reformed Publishing Co.,
1976), p. 121.
[19] Ibid., p. 123.
[20] H. Van Til, The Calvinistic Concept of Culture (Nutley, N. J.: Presbyterian and Reformed Publishing Co.,
1972), p. 27.
[21] R. J. Rushdoony, The Institutes of Biblical Law (Nutley, N. J.: Craig Press, 1973), p. 4.
[22] Thornwell’s Theocracy in Presbyterian Heritage, Vol. 1, No. I (Atlanta, GA: Atlanta Christian Training
Center).
[23] R. Walton, Fundamentals for American Christians [Princípios fundamentais aos cristãos americanos],
Vol. 1 (N. H.: Plymouth Rock Foundation), p. 44.
[24] R. J. Rushdoony, The Institutes of Biblical Law (Nutley, N. J.: Craig Press, 1973), p. 1.
[25] Greg Bahnsen, Theonomy in Christian Ethics (Nutley, N. J.: Craig Press, 1977), p. 549.
[26] Rushdoony, The Institutes of Biblical Law, p. 18.
[27] Ibid., p. 667.
[28] Greg Bahnsen, Theonomy In Christian Ethics, p. 401-433.
[29] Confissão de fé de Westminster, XXX, artigo 2.
[30] lnstitutes Of Biblical Law, p. 18.
[31] Liberty and justice to all. Últimas palavras do juramento à bandeira dos Estados Unidos. [N. do T.]
[32] James H. Thornwell in Presbyterian Heritage, Vol. I, No. I, Atlanta Christian Training Seminars.
[33] A. A. Hodge, Popular Lectures On Theological Themes [Exposições populares sobre temas teológicos]
(Philadelphia: Presbyterian Board of Education, 1887), p. 285-287.
[34] The Washington Times, 16 de junho de 1983, p. 12a.
[35] João Calvino, As institutas. I, XVII, IV. Edição clássica (São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2006), p. 209-210.
[36] Geber (homem). Verbete 310a in R. Laird Harris (org.), Dicionário Internacional de Teologia do Antigo
Testamento (São Paulo: Vida Nova, 1998), p. 242.
[37] Report of the Ad Interim Committee on Abortion, Minutes of the Sixth General Assembly of the Presbyterian
Church in America, 1978.
[38] Ibid.
[39] PCUS Report on Abortion, 1973. [Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos, Relatório sobre Aborto, 1973].
[40] PCUS Report on Abortion, 1973.
[41] March of Dimes. Organização criada por Frank Roosevelt em 1938 de combate à poliomelite, mas que nas
últimas décadas tem promovido abortos de fetos deficientes. [N. do T.]
[42] Richard M. Weaver, The Southern Tradition At Bay, ed. by George Core e M.E. Bradford (Washington, DC:
Regnery Gateway, [1968] 1989), p. 273.
[43] Ibid, p. 274.
[44] Ibid, p. 275.
[45] Ibid, p. 395.
[46] Augusta Evans Wilson, A Speckled Bird (New York: G.W.: Dillingham Co., 1902), p. 119-120.
[47] Richard M. Weaver, The Southern Tradition At Bay, p. 279.
[48] Dabney, Discussions: Evangelical and Theological [Debates evangélicos e teológicos] (London: Banner of
Truth Trust, [1891] 1967), 2:114-16.
[49] Dabney, Discussions: Secular [Debates: Secular], ed. por C. R. Vaughan (Sprinkle Publications, [1897]
1979), 4:6-7.
[50] Bill Einwechter, Sarah Palin and the Complementarian Compromise: A Response to Our Brothers Al
Mohler and David Kotter [Sarah Palin e o compromisso complementarista: uma resposta aos nossos irmãos Al
Mohler e David Kotter], 8 de Setembro 8 de 2008.
[51] Wayne Mack, The Role of Women in the Church (Cherry Hill, NJ: Mack Publishing, [1972] 1973), p. 13.
[52] Dabney, Discussions [Debates], 2:107.
[53] Douglas Jones e Douglas Wilson, Angels in the Architecture, p. 113ss.
[54] Ibid., p. 116-117.
[55] Dabney, Discussions, 2:106.
[56] William Hendriksen, New Testament Commentary: Thessalonians, Timothy & Titus [Comentário do Novo
Testamento: Tessalonicenses, Timóteo e Tito] (Grand Rapids, MI: Baker Book House, [1955–1957] 1979), p. 109-10.
[57] Dabney, Discussions, 2:111-112.
[58] William Hendricksen, Comentário do Novo Testamento — 1 e 2 Timóteo e Tito. 1ed. (São Paulo: Editora
Cultura Cristã, 2001), p. 142.
[59] Gary Smalley & John Trent, The Language of Love (CA: Focus on the Family, 1998), p. 35-36.
[60] Susan Hunt e Peggy Hutcheson, Leadership for Women in the Church (Atlanta, GA: Christian Education and
Publications, 1991), p. 10-11.
[61] Dabney, Discussions, 2:106.
[62] “Anciãos nas portas”. Cf. Deuteronômio 21.19s; 22.15; 25.7; Rute 4.1, 2; Provérbios 31.23. [N. do T.]
[63] Einwechter, Bill. Sarah Palin and the Complementarian Compromise: A Response to Our Brothers
Al Mohler and David Kotter [Sarah Palin e o Compromisso Complementarista: Uma Resposta aos Nossos Irmãos Al
Mohler e David Kotter] 8 de Setembro 8 de 2008.
[64] Orig. “novembro”, quando ocorrem as eleições nos Estados Unidos. [N. do T.]
[65] Trust and obey for there's no other way. Referência ao refrão original do hino “Crer e observar” de John H.
Sammis e Daniel B. Towner (trad. Salomão Luiz Ginsburg), nº 110-A do hinário da IPB, Novo Cântico. [N. do T.]
[66] Outono. As eleições dos EUA, no hemisfério norte, são em novembro, quando ainda é outono. [N. do T.]
[67] O voto nos Estados Unidos não é obrigatório. [N. do T.]
[68] “Guerra de Secessão”, conflito civil dos Estados Unidos entre os anos 1861 e 1865. [N. do T.]
[69] Dabney, Discussions, 4:120-122.
[70] Singer, C. Gregg, A Theological Interpretation of American History, p. 150.
[71] Rushdoony, R.J., Roots of Reconstruction, p. 427.
[72] Ibid, p. 391.
[73] Ibid, p. 393.
[74] Ibid, p. 426.
[75] Ibid, p. 925-926.
[76] Governo de George W. Bush.
[77] http://www.embaixada-americana.org.br/government/ch7.htm [N. do T.]
[78] U.S. Taxpayers Party Platform, 1992
[79] Rushdoony, R.J. Politics Of Guilt And Pity (Fairfax, VA: Thoburn Press, 1978), p. 114.
[80] Devlin, Sir Patrick in The Enforcement of Morals, p. 25, (London: Oxford University Press, 1959), citado por
R.J. Rushdoony em Politics Of Guilt And Pity, p. 141.
[81] Hodge, Archibald Alexander. Popular Lectures On Theological Themes, p. 287, (Philadelphia: Presbyterian
Board of Publication and Sabbath-School Work, 1887).
[82] Salmo 2.12.
[83] Apocalipse 1.5.
[84] Dabney, Robert L. Dicussions. Vol. IV, p. 5.