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Resposta: Se existe alguma coisa que vai desencadear um debate espontâneo, ou talvez
uma verdadeira briga, é uma discussão que envolve política – até mesmo entre os
cristãos. Como seguidores de Cristo, quais devem ser a nossa atitude e envolvimento
com a política? Tem sido dito que "religião e política não se misturam" – será que isso é
realmente verdade? Podemos ter opiniões políticas fora das considerações da nossa fé
cristã? A resposta é não, não podemos. A Bíblia nos dá duas verdades sobre a nossa
postura em relação à política e governo.
II. Segundo, devemos compreender o fato de que o nosso governo não pode nos
salvar! Só Deus pode.
A. Nunca lemos no Novo Testamento sobre Jesus ou qualquer um dos
apóstolos gastando qualquer tempo ou energia em ensinar os crentes a
reformar o mundo pagão de suas práticas idólatras, imorais e corruptas
através do governo.
B. Os apóstolos nunca convidaram os crentes a demonstrar desobediência
civil e protestar contra as leis injustas ou esquemas brutais do Império
Romano. Em vez disso, os apóstolos ordenaram os cristãos do primeiro
século, assim como nós hoje, a proclamar o evangelho e viver vidas que
dão evidência clara do poder transformador do Evangelho.
C. Não há dúvida de que a nossa responsabilidade ao governo é obedecer às
leis e ser bons cidadãos (Romanos 13:1-2).
D. Deus estabeleceu toda a autoridade e Ele faz isso para o nosso benefício,
"para louvor dos que praticam o bem" (1 Pedro 2:13-15). Paulo nos diz
em Romanos 13:1-8 que é responsabilidade do governo exercer
autoridade sobre nós, coletar impostos e manter a paz.
E. Onde temos uma voz e podemos eleger nossos líderes, devemos exercer
esse direito através do voto para aqueles cujos pontos de vista mais se
parecem com os nossos.
O propósito original da igreja, dado por Deus, não se encontra em ativismo político. Em
nenhum lugar na Bíblia temos o comando de gastar nossa energia, nosso tempo ou
nosso dinheiro em assuntos governamentais. A nossa missão não reside na mudança da
nação através de uma reforma política, mas na mudança de coração através da Palavra
de Deus. Quando os crentes acham que o crescimento e a influência de Cristo podem de
alguma forma se aliar com a política do governo, eles corrompem a missão da igreja. O
nosso mandato cristão é espalhar o evangelho de Cristo e pregar contra os pecados do
nosso tempo. Só à medida que os corações dos indivíduos em uma cultura são alterados
por Cristo é que a cultura começa a refletir essa mudança.
Os crentes de todas as épocas têm vivido, e até florescido, sob governos antagônicos,
repressivos e pagãos. Isso era especialmente verdadeiro sobre os crentes do primeiro
século que, sob regimes políticos impiedosos, sustentaram a sua fé sob imenso estresse
cultural. Entendiam que eles, e não os governos, eram a luz do mundo e sal da terra.
Aderiram ao ensinamento de Paulo de obedecer aos seus governantes, até mesmo
honrar, respeitar e orar por eles (Romanos 13:1-8). Mais importante, entenderam que,
como crentes, a sua esperança residia na proteção que apenas Deus fornece. O mesmo
vale para nós hoje. Quando seguimos os ensinamentos das Escrituras, nós nos tornamos
a luz do mundo, como Deus planejou que fôssemos (Mateus 5:16).
Os cristãos em muitos países nesse mundo são oprimidos e perseguidos. Eles sofrem
sob governos que nada podem fazer para mudar e governos que odeiam a sua fé e
tentam silenciar suas vozes. Esses crentes pregam o evangelho de Jesus Cristo
arriscando as suas próprias vidas. Nos EUA, os cristãos foram abençoados com o direito
de falar e escolher seus líderes sem temer por si ou suas famílias. Nos EUA, nas últimas
eleições, cerca de 2 de cada 5 cristãos autoproclamados encararam esse direito como
garantido e não votaram. Cerca de 1 em 5 cristãos elegíveis para votar não são sequer
registrados.
Nos dias de hoje, há muitos que querem excluir o nome e a mensagem de Jesus Cristo
completamente do olho público. Votar é uma oportunidade de promover, proteger e
preservar um governo que teme a Deus. Deixar de usar essa oportunidade significa
deixar que pessoas que queiram rejeitar o nome de Cristo alcancem o seu objetivo. Os
líderes que elegemos – ou que nada fazemos para remover do poder – têm grande
influência sobre as nossas liberdades. Ele podem escolher proteger o nosso direito de
louvor e de compartilhar o Evangelho, ou podem restringir esses direitos. Podem liderar
a nossa nação rumo à retidão ou a um desastre moral. Como cristãos, precisamos nos
erguer e estar dispostos a seguir o nosso comando de cumprir as nossas obrigações
cívicas (Mateus 22:21).