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A Cosmovisão Cristã Sobre Governo
A Visão do Mundo Cristão Sobre Governo, Direitos autorais 1989 e 2004, A Coalizão
Para o Reavivamento, Inc. Todos os direitos reservados. Escritos nos Estados Unidos
da América.
Para distribuir mais de 25 cópias impressas, uma permissão por escrito deve ser
obtida da
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Conteúdo
O que é Coalizão Para o Reavivamento?
A Respeito dos 17 Documentos (esferas) da Cosmovisão
Prefácio
Afirmações e Negações
Os Fundamentos dos Governos
Jurisdições dos Governos
A Natureza e as Responsabilidades do Governo Civil
O Relacionamento Cristão Com o Governo Civil
Limitações dos Governantes
Um Chamado à Ação no Governo
Ações Gerais
Ações Específicas - COR Sphere Document
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A Coalizão Para o Revivamento (CR) é uma rede de líderes evangélicos de todas as
principais denominações e perspectivas teológicas, que compartilham a visão e o
compromisso com a renovação, renascimento e reforma da Igreja e da sociedade nos
EUA. Pessoas de tradição anabatista, arminiana, luterana, calvinista e wesleyana
estão representadas entre os líderes da CR. Pré-, A-, e Pós-Milenistas estão
cooperando uns com os outros, compartilhando a entusiasmante tarefa de fazer com
que a vontade de Deus seja feita na terra como no céu, na medida em que é isso seja
possível a partir de agora e constantemente até a segunda vinda de Cristo.
Pentecostais e não-pentecostais, teólogos da aliança e dispensacionalistas, juntaram-
se de braços dados na oração e no trabalho duro de ver o renascimento, a renovação
e a reforma da Igreja Cristã e da cultura americana.
A visão da CR é ver os cristãos em toda parte fazendo tudo que podem no poder do
Espírito Santo para levar todo pensamento cativo à obediência de Cristo (2 Coríntios
10:5), em todos os aspectos da vida. Para isso, temos desenvolvido uma série de
documentos sobre cosmovisão que estabeleçam o que acreditamos ser os pontos
fundamentais e essenciais da visão do mundo cristão e da vida, de maneira completa.
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pretendemos fazer isso através de publicações, e através de seminários e escolas de
formação nas principais cidades do mundo. A CR também irá trabalhar em
cooperação com outros grupos de redes cristãs para ajudar a unificar os pastores nos
grandes centros populacionais em torno da visão de mobilizar seus cidadãos para
"fazer com que a vontade de Deus seja feita em sua cidade assim como no céu" para
qualquer grau que seja possível antes do retorno de Cristo. Acreditamos que os EUA
e outros países podem dar a volta por cima e mais uma vez serem nações cristãs,
como foram anteriormente. Acreditamos que, sempre que os pastores de qualquer
cidade do mundo se unem em unidade para que Cristo seja Senhor de todas as
esferas da vida, e o Espírito conduz a estratégia, e mobilizam seu povo num exército
espiritual unificado; suas cidades se tornam "um cidade edificada sobre um monte" e
um “lugar onde reina a justiça".
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A Cosmovisão Cristã Sobre o Governo
Prefácio
Herodes acreditou nas palavras de seus súditos. Ele caiu diante da Grande Desilusão
- a crença de que aqueles que governam são deuses, governantes independentes,
andando sobre a terra. Não demorou muito tempo para Deus lembrar ao rei Herodes
e aos povos de que Ele reina nos céus e na terra e que todos os governantes estão
sujeitos a Sua Soberania e Suas Leis. Herodes tornou-se refeição de vermes: "E
imediatamente um anjo do Senhor o feriu, porque ele não deu glória a Deus, e comido
pelos vermes, morreu" (Atos 12:23). Deus não é contra os governantes. Ele não se
opõe ao governo. Na verdade Ele o estabeleceu! Toda autoridade é "estabelecida por
Deus" (Romanos 13:1). Deus é contra o homem assumindo o papel de Deus. Deus
diz claramente: "Eu não vou dar a minha glória a ninguém" (Isaías 42:8). Deus não
aceita usurpação ao Seu lugar: "Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o
Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há
Deus. E quem proclamará como eu, e anunciará isto, e o porá em ordem perante
mim, desde que ordenei um povo eterno? E anuncie-lhes as coisas vindouras, e as
que ainda hão de vir."(Is 44:6,7).
O primeiro mandamento nos lembra: "Não terás outros deuses diante de mim" (Êxodo
20:3). William Penn escreveu certa vez: "Os homens devem ser governados por Deus
ou então vão ser governados por tiranos." Nós não somos feitos para nos tornarmos
deuses. Nossos pais não podem tomar o lugar de Deus na família e governá-la
independentemente Dele. Nossos professores não podem tomar o lugar de Deus e
ensinar como se não houvesse autoridade que lhe concede sentido em todos os fatos
do universo. O governo civil pode tomar o lugar de Deus legislar e governar
independentemente de Seu Supremo Governo (Isaías 9:6,7 - Romanos 13:1-7).
Sempre que qualquer governo na terra ultrapassa seu próprio “magisterium”, nós
"Devemos obedecer a Deus antes que aos homens" (Atos 5:29; Daniel 3:16-18; 6:10).
Mas nós não agimos como se “alguém” fosse Deus? Nós queremos que o estado de
eduque os nossos filhos, que cuidem de nós quando ficamos doentes, para
estabeleçam abrigos para nós quando ficarmos idosos, para nos protejam de nós
mesmos, que cuidem dos pobres, e nos sustente quando estamos desempregados. O
homem muitas vezes faz do estado - governo civil - um ídolo. Talvez não afirmar
categoricamente dizer que adoramos o Estado, mas a Bíblia diz que sabe no que as
pessoas acreditam "pelos seus frutos" (Mateus 7:20). Deus é a única autoridade
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máxima e independente. Este deve ser nosso ponto de partida ao discutirmos o papel
que Deus tem nos assuntos dos homens, especialmente no que diz respeito à sua
soberania no governo civil. "Através de mim reinam os reis e governantes e decretam
justiça" (Provérbios 08:15). Quando um governante decreta quer por palavras ou por
obras que ele é independente do governo de Deus ou que a justiça dele é definida de
acordo com suas leis auto-proclamadas, então Deus age em juízo. Podemos não ver
Sua sentença da mesma forma que vemos em Nabucodonosor ou Herodes, mas o
tempo traz todas as coisas à luz. Quando o homem escolhe ser um governante
soberano independente de Deus, conduz inevitavelmente sua nação à escravidão. O
deus auto-proclamado vai acabar governante com mão de ferro. Como Samuel
Rutherford disse, temos Rex lex ou lex Rex.1
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Afirmações e Negações - O Fundamento dos Governos
2. Afirmamos que "o governo", no singular, usado como afirmação para “governo final
e soberano”, deve se referir ao Trino Deus, o único que tem autoridade plena e
independente (direito de governar), potência (capacidade de governar), e jurisdição
(esfera de governo) (Isaías 9:6,7). Negamos que qualquer indivíduo, grupo ou
instituição humana deve afirmar ser o governo com a implicação de atender a
condição de autoridade independente e ilimitada em poder e competência jurídica.
3. Afirmamos que a Bíblia é a norma autoritária e infalível sob qual todos os aspectos
do governo civil deverão ser realizados e que Deus mantém o homem responsável
para reger-se por esse padrão. Negamos que qualquer autoridade final, fora da Bíblia
(por exemplo, a razão, a natureza da experiência, opinião da maioria, opinião da elite,
etc.) deve ser aceito como o padrão do governo para qualquer indivíduo, grupo ou
jurisdição.
5. Afirmamos que Jesus Cristo é o Rei dos reis e Senhor dos senhores, e que Ele tem
toda autoridade no céu e na terra, e que todos os governos em todos os lugares da
operam com a Sua permissão e são obrigados a seguir as Suas Leis. Negamos que
qualquer forma de governo que exalta o indivíduo, a igreja, ou o estado acima de
Jesus Cristo é consistente com os padrões bíblicos de Deus para o governo. 7 “A
Cosmovisão Bíblica de Governo”
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7. Afirmamos que Deus criou muitos tipos de governos, que Ele deu a cada um sua
própria jurisdição limitada, que todos são responsáveis perante Deus, e que entre
estes estão o auto-governo (o que fortalece todos os governos institucionais),
governo, família, governo da igreja, e governos civis (local, estadual, nacional).
Negamos que qualquer governo humano tenha jurisdição total e absoluta sobre todo e
qualquer indivíduo, grupo ou governo (família, igreja ou civil).
10. Afirmamos que existe uma separação jurisdicional entre a Igreja e o Estado.,
porém, negamos que existe uma separação absoluta entre Igreja e Estado, se por
isso que se fazer entender que Deus e Sua Palavra devem ser absolutamente
separados do governo civil.
11. Afirmamos que Jesus Cristo, apóia a separação de competências entre a Igreja e
o Estado estabelecido no Antigo Testamento, reconhecendo e apoiando a
competência legítima, mas divinamente limitada do governo civil, como nos
ordenou".... a César as coisas o que de César, e a Deus o que é de Deus"(Mateus
22:22). Negamos que a Igreja deva rejeitar o governo civil e defender um estado
controlado pela igreja (eclesiocracia) situação na qual as regras da igreja sobrepõem-
se sobre o estado.
12. Afirmamos que o governo eclesiástico, a Igreja (como instituição com seus
líderes), tem poderes judiciais legítimos dentro de sua jurisdição (1 Coríntios 6,
Mateus 18), e que os cristãos deveriam resolver suas controvérsias no âmbito do
Corpo de Cristo, seguindo os procedimentos de reconciliação estabelecidos na
Escritura. Negamos que os cristãos devem levar outros cristãos aos tribunais civis, e
que o Estado deveria usurpar a competência legítima e ordenada por Deus dos
tribunais eclesiásticos. 8 Documento Esfera CR
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A Natureza e as Funções do Governo Civil
13. Afirmamos que há uma distinção fundamental entre o Estado (ou seja, o governo
civil) e sociedade, e que a sociedade abrange todas as instituições governamentais,
dos quais o governo civil é um deles. Negamos que o Estado (governo civil) deve ser
considerado co-extensivo com a sociedade.
14. Afirmamos que Deus exige em todos os lugares que os governos civis sejam
responsáveis por proteger os direitos ordenados por Deus, à vida, liberdade e
propriedade privada, e para manter a paz através de seus poderes legítimos.
Negamos que a vida, liberdade e propriedade privada são direitos definidos pelo
homem ou concedidos pelo estado.
15. Afirmamos que o governo civil tem o poder da espada ordenado por Deus para
punir os malfeitores e promover o bem, e que este poder inclui a pena capital.
Negamos que ao governo civil é dado poder absoluto ou jurisdição flexível para o uso
da espada para aprofundar o seu poder e influência, e que pode, com razão se abster
de usar a espada em casos de pena capital, tal como descrito nas Escrituras.
17. Afirmamos que as nações têm o direito de manter sua soberania nacional.
Negamos que seja sábio trabalhar para a construção de um governo mundial, sob o
qual todas as nações serão coagidas a abrir mão de sua soberania nacional.
18. Afirmamos que os governos civis têm a autoridade dada por Deus e a
responsabilidade de construir e manter uma forte proteção militar para proteger seus
cidadãos de ameaças externas, e que é justo e sábio para eles fazê-lo. Negamos que
seja bíblico o pacifismo absoluto, que procura desarmar os policiais locais ou de
manter um exército nacional equipado com o melhor armamento e recursos
disponíveis. 9 A concepção cristã do mundo de Governo
19. Afirmamos que os governos civis em todos os lugares devem seguir uma ordem
moral bíblica para que os cidadãos possam servir em seus chamados por Deus, e que
devem tratar todos os cidadãos como juridicamente iguais, ou seja, iguais aos olhos
da lei. Negamos que os governos civis deve usar qualquer método para coagir ou
apontar para uma "sociedade igualitária" para fazer que sejam funcionalmente,
posicionalmente, e/ou economicamente iguais.
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20. Afirmamos que o governo civil tem autoridade ordenada por Deus para cobrar
impostos pessoais (não impostos sobre propriedades) para sustentar suas obrigações
jurídicas relatadas biblicamente. Negamos que os impostos devam ser coletados para
financiar programas fora do propósito limitado de um governo bíblico.
22. Afirmamos que o governo civil deve manter justos encargos e padrões. Negamos
que qualquer governo civil venha deixar de cumprir sua obrigação em manter os
encargos e padrões de uma forma justa ao emitir qualquer tipo de moeda fiduciária.
23. Afirmamos que é obrigação do governo civil proteger a Igreja do nosso Senhor
Jesus Cristo. Negamos que o governo deva ser neutro em relação ao cristianismo e a
trate como igual a todas as outras religiões.
24. Afirmamos que os cristãos em todos os lugares devem orar por seus líderes civis
e honrar os cargos que eles ocupam. Negamos que os cidadãos devam desrespeitar
aqueles que ocupam cargos políticos.
25. Afirmamos que todos os cidadãos devem pagar impostos pelos serviços
prestados pelo governo civil, e que a Igreja, a Noiva do nosso Senhor Jesus Cristo é
completamente livre de pagamento de imposto e não simplesmente isenta (está
ultima pode estar implícita a autoridade do governo de dar ou retirar esta isenção,
dando a soberania ao estado em vez da Igreja). Negamos que o estado tenha
qualquer direito ou autoridade de cobrar imposto da igreja e que deva exigir dos
cidadãos a pratica de obrigações que não sejam bíblicas ou garantidas pela
constituição.
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e luz em sua sociedade caso não estejam mantendo seus membros cientes das
ameaças que os rodeiam e pela manutenção de seus postos na igreja a qualquer
custo, mesmo vendo males como a invasão do “estatismo”, decadência moral,
manipulação da mídia e do socialismo na sociedade e na mente do povo cristão.
28. Afirmamos que o cristão em geral e os lideres de igreja em particular, tais como os
profetas do velho testamento, tem o mandato de Deus de manter a responsabilidade
da sociedade para com Deus de acordo com Sua Palavra em cada esfera das
atividades da nação. Negamos que Deus esteja preocupado somente com a
moralidade privada.
29. Afirmamos que o Povo de Deus, não importa qual seja sua nacionalidade,
constituem a “nação santa” (1 Pedro 2:9)
Limitações no Governo
30. Afirmamos que aqueles que governam, seja na família, igreja ou na esfera civil,
são ministros de Deus e por isto estão sujeitos as suas Leis. Negamos que seja
moralmente certo para o governo terreno estabelecer leis que venham contra os
princípios bíblicos, e que seja moralmente correto o governo terreno governarem
independente destes princípios.
31. Afirmamos que qualquer cidadão seja capaz de governa a si mesmo e que o
poder e burocracia do governo civil seja mantidos o menor e mais localizado possível.
Negamos que seja sábio ou benéfico para os cidadãos que os poderes
governamentais se tornem gradualmente centralizado. 11 A Cosmovisão Cristã do Governo
32. Afirmamos que, porque o homem foi criado à imagem de Deus e portanto tem o
valor e a dignidade de Deus, e que o governo civil existe para o beneficio dos seus
cidadãos e não o contrário. Negamos que o indivíduo exista por causa do governo
(estado).
33. Afirmamos que o governo civil é estabelecido em parte para proteger a liberdade
dada ao povo, por Deus. Negamos que o governo civil tenha um poder legítimo de
subjugar o individuo para cumprir os desejos do estado.
35. Afirmamos que é Deus quem define a justiça e que a compreensão maior e
definitiva de justiça deve ser encontrada somente na revelação bíblica, e que qualquer
definição de justiça encontrada na revelação geral deve estar de acordo com a
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bíblica. Negamos que a justiça deva ser redefinida pelo estado e que o estado possa
forçar a evolução e o aumento das definições arbitrárias da justiça na sociedade.
36. Afirmamos que os funcionários civis devam ser responsáveis por seus pecados e
crimes, e que existe um relacionamento entre a retidão da vida pessoal e de sua
habilidade de governar (1 Timóteo 3). Negamos que a vida pessoal não seja levada
em consideração quando a pessoa deseja ou já ocupa cargo publico.
Por causa das convicções acima, conclamamos a todos os homens e mulheres que
tenham Cristo como seu salvador pessoal a se juntar a nós e:
2. Reexaminar suas próprias teorias e práticas de governo e pedir à Deus que nos
mostre onde estamos nos desviando.
4. Orar para que Deus encha todo o seu povo com o poder do Espírito Santo para que
possamos trazer nossas teorias e práticas de governo a uma maior conformidade com
Sua vontade revelada em uma base permanente e consistente.
Tendo lidado com nossos pecados e falhas e nos colocando de acordo com a Bíblia e
nos unindo aos irmãos, nós nos comprometemos à:
2. Influenciar os que estão no governo para que concordam com nossas afirmações e
negações, e que implementem estas propostas em seus trabalhos.
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3. Mobilizar e recrutar nossos recursos cristãos e trabalhar em união com outras
esferas profissionais dentro e fora das mesmas, para vermos o comportamento do
corpo de Cristo e nossa nação transformada para cada vez mais se aproximar da
visão da realidade e moralidade apresentada para nós nas Escrituras Sagradas. 13 A
Cosmovisão cristã do governo
Ações Específicas
4. A CR incentiva todos os cristãos que têm esse peso em seus ombros de clamar
pela restauração de nossos governos civis em todos os níveis da Justiça de Deus,
para participarem ativamente de um dos muitos bons grupos de ação política
atualmente em vigor, ou a envolver-se em seu partido político local.
6. Uma vez que ninguém sabe o dia nem a hora do retorno de Cristo, a CR
recomenda que cada família tenha uma noite para discutir, orar, e então escrever os
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seus planos em linhas gerais, para os próximos 25 anos em relação à formação dos
filhos e netos, planos para o ministério, as possibilidades de emprego, projetos, férias
e como ajudar sua igreja e sua cidade naquilo que eles gostariam que fossem (14 COR
document). Nós recomendamos isso para contrariar a mentalidade muito doentia que
conquistou grande parte do cristianismo, afirmando que em poucos anos o mundo
será destruído ou então que Cristo vai voltar logo, e assim fogem da
responsabilidade, em vez de invadir os portões do inferno. Temos que tirar a Igreja
Cristã de uma posição mental de "vítima" e levá-la à uma mentalidade de
"conquistadora".
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