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Em Atos 1:8, está o versículo chave deste livro significativo.

Pois ele
mostra, simultaneamente, o poder e o programa da Igreja de Jesus
Cristo. O poder é o Espírito Santo. O programa é a evangelização do
mundo.
ANALISE DA GRANDE COMISSÃO:
1. MATEUS – como evangelizar
2. MARCOS – a ação de evangelizar
3. LUCAS – objetivo
4. JOÃO – por que evangelizar
5. ATOS – capacitação

Três verdades sublimes são destacadas por Jesus aqui:

Em primeiro lugar, a origem do poder (At 1.8). “Mas recebereis poder ao descer
sobre vós o Espírito Santo…”. O poder prometido por Jesus não é uma
energia, mas uma pessoa. A igreja não precisa de algo, precisa de alguém. O
poder que reveste a igreja não vem da terra, emana do céu. Não é um poder
humano, mas divino. Não procede daquilo que o homem faz, mas é resultado
daquilo que o Filho de Deus glorificado fez. Porque Jesus sobe, o Espírito
Santo desce. Porque Jesus concluiu sua obra, o Espírito Santo começou sua
dispensação. O Espírito Santo não veio para ficar esporadicamente com a
igreja, mas para sempre. Ele não veio para estar ao lado da igreja, mas na
igreja. A igreja é a morada do Espírito Santo. Cada crente, de per si, é o templo
do Espírito Santo. Sem o poder do Espírito Santo a igreja não prega com
poder, não vive com ousadia, não testemunha com autoridade nem colhe frutos
abundantes. Resta claro que não basta apenas os crentes terem o Espírito
Santo, é necessário o Espírito os ter. Não é suficiente ter o Espírito Santo
presente, é preciso tê-lo presidente. Não basta ouvir falar do Espírito Santo, é
preciso ser revestido com o poder do Espírito Santo.

Em segundo lugar, o propósito do poder (At 1.8). “… e sereis minhas


testemunhas…”. A igreja precisa de poder, mas poder para que? Primeiro, para
sair do campo da especulação teológica para o campo da ação missionária. Os
discípulos estavam preocupados com tempos ou épocas (At 1.6,7), mas Jesus
muda o foco deles para a necessidade de poder para testemunhar. Segundo,
poder para perdoar. Havia uma barreira antiga e intransponível de inimizade
entre judeus e samaritanos, mas a agenda da igreja deveria passar por
Samaria, quebrando os muros da inimizade. Onde o Espírito Santo age,
convertendo corações a Cristo, inimizades são desfeitas. Terceiro, poder para
morrer. A palavra “testemunhas” significa literalmente, “mártires”. A igreja
precisa de poder para morrer para si mesma, para o mundo, para o pecado e
pelo evangelho. Sem poder a igreja produz covardes que recuam diante do
sofrimento, mas no poder do Espírito Santo, a igreja aduba a sementeira do
evangelho com o sangue dos mártires. Quarto, poder para pregar até aos
confins da terra. Sem o poder do Espírito Santo a igreja ficará presa entre
quatro paredes; ora com medo dos que estão lá fora, ora desfrutando do
conforto de seu próprio comodismo.

Em terceiro lugar, a extensão do poder (At 1.8). “… tanto em Jerusalém como


em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra”. Somente pelo poder do
Espírito Santo a igreja sairá do comodismo para ir além de suas próprios
fronteiras, rompendo barreiras geográficas, culturais, raciais e linguísticas. Sem
o poder do Espírito Santo não haverá investimento nem esforço missionário.
Sem o poder do Espírito Santo a igreja cuidará de si mesma em vez de ir aos
confins da terra levando a esperança do evangelho. Sem o poder do Espírito
Santo a igreja criará uma agenda para si mesma, para apascentar a si mesma,
para discutir os seus próprios assuntos e negligenciará a grande comissão. Oh,
que Deus desperte sua igreja para buscar esse poder até que ele venha!

John Stott
Não pode haver vida sem o doador da vida, nem entendimento sem o Espírito
da verdade, nem comunhão sem a unidade do Espírito, nem caráter
semelhante a Cristo sem o fruto do Espírito, nem testemunho efetivo sem o seu
poder. Assim como um corpo sem respiração é um cadáver, a igreja sem o
Espírito é morta.

Sem a presença do Espírito Santo neste mundo, nã o haveria:

a) A criação,
b) O universo,
c) Nem a raça humana (Gn 1.2; Jó 26.13; 33.4; Sl 104.30).
d) Não teríamos a Bíblia (2Pe 1.21), nem o NT (Jo 14.26, 1Co 2.10)
e) Nenhum poder para proclamar o evangelho (1.8).
f) Não haveria fé
g) Nem novo nascimento
h) Nem santidade
i) Nenhum cristão neste mundo.

1. O poder do Espírito

Há uma série de termos para “poder” no Novo Testamento. Lucas


empregou dynamis em At 1.8, mas tem também exousia, thronos, bia,
ischys, energia, kratos e keras. Será que existiu algum motivo especial
para que Lucas usasse a palavra dynamis ao invés de qualquer outra, ou
ele a escolheu aleatoriamente? Vejamos:
 Exousia é uma palavra usada com muita freqüência no Novo
Testamento. A rigor é traduzida como “autoridade”. Contudo,
geralmente era empregada num contexto político (cf. Rm 13.1-3).
 Thronos indicava, a priori, a sede do governo, mas depois passou
a significar a pessoa que detinha semelhante posição de
autoridade ou força.
 Bia está associada ao emprego da força coerciva.
 Energia é poder no seu exercício; força em ação.
 Ischys significa força física.
 Kratos tem um sentido semelhante ao de ischys, mas se refere
mais ao exercício da autoridade.
 E keras (lit.: chifre), por sua vez, indica força e, juntamente com
kratos, formam as duas palavras do NT cujo significado fica mais
perto de exousia e dynamis. Contudo, dynamis tem um sentido
todo exclusivo. É a palavra do poder sem fronteiras, por assim
dizer. Ela é a palavra por excelência para se referir ao poder do
Espírito Santo. Portanto, Lucas sabia muito bem que ao escolher
 dynamis estava utilizando o termo que melhor representava a ação
poderosa do revestimento do Espírito na vida do crente e da igreja.
“… permanecei, pois na cidade”, disse Jesus aos discípulos, a
quem Ele havia comissionado para evangelizar o mundo, “até que
do alto sejais revestidos de poder…” (Lc 24.49; At 1.8).
1. Pessoa de qualquer nação – “toda carne” (At 2.17)
2. Pessoas de ambos os sexos – “filhos e filhas” (At 2.17)
3. Pessoas de qualquer idade – “vossos mancebos e vossos velhos” (At
2.17)
4. Pessoas de qualquer camada social – “ os meus servos e as minhas
servas” (At 2.18)
5. Os judeus – o povo escolhido por Deus (At 1.13,14)
6. Os samaritanos – o povo misto e menosprezado (At 8.17)
7. Os romanos – o povo tido como suficiente (At 10.44-46)
8. Os gregos – os povos gentílicos (At 19.6)
9. Os anônimos e desconhecidos – dos quase 120 irmãos batizados no
Espirito Santo no dia de Pentecostes, somente doze deles são
mencionados por nome (At 1.13-15). Os demais não são nominados.
10.Quem já tem o Espírito Santo – “..habita convosco...” (Jo 14.17);
“Recebei o Espírito Santo” (Jo 20.22)
11.“A tantos quantos Deus nosso Senhor chamar” (At 2.39).

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