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6 aulas sobre fundamentação
teológica e os princípios de
plantio de igrejas
AULA 1 – O CONTEXTO
Minicurso construído em três colunas
- Fundamentação teológica e bíblica
- Modelos e estratégias
- O coração, vida e dinâmica do plantador
Contexto Teológico
A natureza da igreja é multifacetada
- Natureza interna: existência, guarda e refúgio
- Natureza externa: influência, proclamação e intervenção.
Se a igreja proclama a sua fé, mas não a guarda, perde a sua essência.
Se a igreja guarda e sua fé, mas não a proclama, perde a sua missão.
Duplo chamado: A igreja é chamada em Cristo para a salvação e enviada
por Cristo para a missão.
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Romanos 1:25 – “pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e
servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém”.
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Conceito bíblico – Plantar igrejas
- Razões teológicas – É desejo de Deus que o seu povo se junte em igrejas locais.
Três perigos
Pragmático – Plantar igrejas sob a orientação das metas e resultados visíveis, não da
fidelidade bíblica.
Teológico – Plantar igrejas centradas em si mesmas, que guardam, mas não procla-
mam o evangelho.
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AULA 2 – ELEMENTOS ESSENCIAIS NO PLANTIO DE IGREJAS
1 Tessalonicenses 1:5 – “porque o nosso evangelho não chegou até vós tão
somente em palavra, mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo e em plena
convicção, assim como sabeis ter sido o nosso procedimento entre vós e por amor
de vós.”
Na teologia paulina, o evangelho é Cristo, sua natureza (quem Ele é) e sua missão
(o que Ele fez, faz e fará).
Somente o Espírito Santo consegue convencer o ser humano que ele está perdido
e precisa de Deus.
A convicção de que está no lugar certo, na hora certa, fazendo a vontade de Deus.
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6º Elemento – Procedimento (ginomai)
A presença dos seis elementos (evangelho, palavras, poder, Espírito Santo, plena
convicção e procedimento) produziram o que Paulo descreve no verso 6:
“Com efeito, vos tornastes imitadores nossos e do Senhor, tendo recebido a pala-
vra, posto que em meio de muita tribulação, com alegria do Espírito Santo”.
O plantio de igrejas não deve ser definido pela habilidade humana, mas pelo
poder e desejo de Deus em salvar vidas.
O plantio de igrejas não deve ser definido pelos resultados e metas, mas sim pela
fidelidade às sagradas Escrituras.
O plantio de igrejas não deve ser definido pelos assessórios teológicos, mas pela
pregação do evangelho.
- “Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos
amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com
Cristo, - pela graça sois salvos” (v.4,5)
- “e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais
em Cristo Jesus; para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua
graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus” (v.6,7).
- “porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de
Deus” (v.8)
- “Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus
de antemão preparou para que andássemos nelas” (v.10)
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Em Cristo
Em Cristo somos unidos ao Pai e recebemos tudo o que Ele nos preparou.
Com Cristo
Se “em Cristo” fala a respeito de nossa união com Deus, “com Cristo” trata da
nossa relação com Deus e uns com os outros.
Por Cristo
Vivemos “em Cristo” para a santidade, “com Cristo” para a comunhão e “por
Cristo” para a missão.
Gálatas 1:1 – Paulo se apresenta como apóstolo, não por homens, mas “por Cristo”.
1 Coríntios 4:10-13 – “por causa de Cristo” nós somos loucos, fracos, desprezíveis;
sofremos fome, sede e nudez; somos esbofeteados e não temos morada certa; nos
afadigamos, trabalhamos com as próprias mãos; mesmo em sofrimento bendize-
mos, suportamos e procuramos conciliação; somos considerados lixo do mundo e
escória de todos.
Filipenses 1:29 - “por Cristo” nos foi concedida a graça de sofrermos por nossa fé.
A maior e mais bíblica motivação para nos envolvermos com a missão é Cristo.
Por Cristo, devemos fazer discípulos em todas as nações, ser sal e luz em toda parte,
testemunhar do evangelho aos que nos rodeiam, ser uma bênção em nossa rua,
plantar igrejas nos confins da terra.
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A natureza da igreja
O Templo
Êxodo 25:8 “E me farão um santuário, para que eu possa habitar no meio deles”.
O Sacrifício
Levítico 17:11 – “Porque a vida da carne está no sangue. Eu vo-lo tenho dado
sobre o altar, para fazer expiação pela vossa alma, porquanto é o sangue que fará
expiação em virtude da vida”.
Jesus Cristo é apresentado na Palavra como o Cordeiro de Deus que vem saciar a
justiça de Deus que prescreve a morte pela desobediência e rebelião.
Isaías 53:7: “Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro
foi levado ao matadouro [...]”
- Ele é Cordeiro totalmente puro, portanto este sacrifício é absoluto, não precisa
de complemento.
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O Sacerdote
Era o homem que devia se aproximar de Deus, o quanto possível, para oferecer a
Deus o sacrifício requerido, pelo pecado do povo.
Jesus Cristo apresenta-se não apenas como um sacerdote, mas como o Sumo
Sacerdote. Ele é o Sacerdote e o sacrifício.
Hebreus 2:17: “Por isso mesmo, convinha que, em todas as coisas, se tornasse
semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas
referentes a Deus e para fazer propiciação pelos pecados do povo”.
Cristo em sua cruz é o Templo. Não precisamos mais de paredes ou rituais para
nos encontrarmos com Deus.
Cristo em sua cruz é também o Sacrifício. Não precisamos mais imolar animais
pelos nossos pecados.
Cristo em sua cruz é o Sacerdote. Não precisamos de homens que façam esta
intermediação, nos apresentando a Deus.
Hebreus 4:14 – “Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacer-
dote que penetrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão”.
A expressão “firmes” (krateo) é a mesma usada para alguém que agarra outro
para salvá-lo. É preciso guardar a fé para proclamar a fé.
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As marcas de Cristo são as marcas de sua igreja
Estas são algumas marcas da igreja, marcas de Cristo na vida do seu povo.
Maturidade – A igreja local se apropria das marcas bíblicas de uma igreja de forma
mais plena. Ela tem os recursos teológicos, humanos e materiais para se sustentar,
e toma suas próprias decisões. A participação do plantador, se houver, é de con-
sulta sob demanda. Se permanecer na liderança, está submisso à autoridade da
liderança local. Uma igreja madura procura oportunidades de evangelização e
multiplicação. Lida com vocacionados.
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Eclesiologia de uma igreja local
Espera-se que nas fases de desenvolvimento e maturidade, a igreja local tenha uma
definição bíblica e prática comum em cinco áreas essenciais:
- Culto público
- Sacramentos
- Liderança
- Doutrina
- Missão.
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10 Conselhos
Ore e envolva outros na oração. Deus ouve as orações. Em Mateus 17:21 Jesus
nos lembrou que nos embates mais difíceis devemos nos preparar com oração e
jejum.
Tenha uma clara eclesiologia. A ausência de uma clara eclesiologia irá cobrar um
preço alto, que virá em forma de conflitos externos e internos. Tenha uma clara
eclesiologia desde a fase pioneira.
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Igreja mãe. A igreja é plantada a partir de uma outra igreja, já estabelecida, que
funciona como mãe daquela que está sendo plantada. Há pontos fortes, como o
envolvimento dos recursos teológicos, humanos e estratégicos da igreja mãe,
como também o vínculo eclesiástico. Em outras palavras, a força da igreja mãe
torna-se a força da igreja filha, em Cristo Jesus. A capacidade de alcance é nor-
malmente uma limitação, pois este modelo funciona melhor em regiões onde a
igreja mãe tem livre e fácil acesso.
Grupo base. A igreja é plantada a partir de um grupo de irmãos e irmãs que inten-
cionalmente se juntam para iniciar uma nova igreja. O grupo base normalmente
tem uma liderança que provê a orientação missiológica e prática. Há pontos positi-
vos, e um deles é a força comunitária. Há sempre um grupo pensando, orando,
refletindo, tomando decisões e se envolvendo com o projeto do nascimento da
nova igreja. Outro ponto positivo é que este Grupo Base pode moldar a igreja que
está para nascer, tendo já as marcas de Cristo desde o início. Uma limitação pode
ser observada quando o Grupo Base experimenta problemas em duas áreas: rela-
cionais e de liderança. Em outras palavras, se o Grupo Base enfraquece, toda a
igreja que está nascendo irá experimentar o sofrimento.
Plantador enviado. Este modelo é mais usado quando o alvo é uma região com
acesso mais difícil, e há recursos humanos capacitados para serem enviados. É
também o modelo mais usado em missões distantes (regionais ou nacionais) e
missões transculturais. É importante que o plantador enviado tenha não apenas
convicção vocacional e maturidade cristã, mas também o devido preparo linguísti-
co, antropológico e missiológico. Um ponto forte é a capacidade de plantar igre-
jas em regiões extremamente distantes e distintas. Uma limitação é o isolamento
do plantador enviado. É preciso pensar em acompanhamento pastoral.
Dois conselhos
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O coração do plantador
- Coração ensinável.
- Ardor evangelístico.
- Temor ao Senhor.
Três conselhos:
- Descanse no Senhor.
- Relacionamento
- Evangelização
- Discipulado
- Ajuntamento
- Treinamento de líderes
- Multiplicação
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O processo composto por seis partes pode ser dividido em dois blocos, do ponto
de vista da orientação vocacional. Evangelistas tendem a atuar bem no primeiro
bloco (relacionamentos, evangelização e discipulado); e pastores e mestres no
segundo (ajuntamentos cúlticos, treinamentos de líderes e multiplicação).
Estratégia 4 – Expor a Palavra, sobretudo a Palavra. Expor de tal forma que seja
ela inteligível e aplicável para quem ouve (At 14:14-18; At 17:23 em diante).
Estratégia 5 – Testemunhar do que Cristo fez em sua vida (At 22:1-21; At 26:4-23).
Estratégia 9 – Orar pelos irmãos, pelas igrejas plantadas e pelos gentios ainda
sem Cristo, levando-as também a orar (At 20:36).
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Três conselhos sobre as estratégias:
Que sejamos usados pelo Senhor para que o evangelho se torne conhecido, trans-
formando vidas que se ajuntem ao redor de Cristo formando igrejas locais.
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REFERÊNCIA
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