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174Doutrinas BíblicasCAPÍTULO10A Igreja eSua

MissãoDeus. Não vem das obras, para que


ninguém se glorie” (Ef 2.8,9). O trecho de Atos
16.31 expressa a simples verdade: “Crê no
Senhor Jesus, e serás salvo, tu e tua casa”.
É o Senhor quem adiciona diariamente à Igreja
“aqueles que se haviam de salvar” (At 2.47).A
OBRA DA IGREJAA Igreja tem tríplice
objetivo. Todas as funções de um corpo local
de crentes deveria relacionar-se, de maneira
significativa, a um ou mais desses objetivos
cardeais. Se ao examinarmos um corpo local
descobrirmos que suas energi' as estão sendo
consumidas por atividades que não se ajustam a
esses objetivos, tal igreja faria bem em
reacessar suas prioridades. Há uma outra nota a
ser introduzida aqui, por igual modo: é
intenção de Deus trabalhar através da Igreja
entre o primeiro e o segundo advento de
Cristo. Estamos vivendo na era da Igreja. Um
axioma digno de ser ponderado é o que mostra
que qualquer atividade que não alimenta a
Igreja, sem importar quão bem intencionado
seja, não é a maneira de Deus fazer coisas nesta
era. Ele escolheu a Igreja para ser a sua agência
e cumprir seus propósitos no mundo atual.O
primeiro objetivo da Igreja é a evangelização do
mundo. Da mesma maneira que Jesus Cristo
veio para buscar e salvar o perdido, assim
também a extensão de seu corpo nesta era,
a Igreja, deve compartilhar desse interesse
(Mt 18.11). Pouco antes de sua ascensão, Jesus
lançou um solene desafio aos discípulos: que
evangelizassem o mundo, fazendo discípulos
(“aprendizes”, “pessoas ansiosas por apren-
der”), em todas as nações, batizando-os e
“ensinando-os a observar todas as coisas” que
Ele lhes havia ordenado (Mt 28.19,20).Uma
das características da primitiva igreja de
Jerusalém é que ela continuou a crescer. O
Senhor acrescentava diariamente, à igreja,
aqueles que iam sendo salvos (At 2.47).
A Igreja e Sua Missão175Mesmo sob perseguição, a
Igreja Primitiva espalhava a mensagem do
Evangelho, por onde quer que seus
membros fossem dispersos (At 8.4). O livro de
Atos aborda o tema do crescimento, tanto
espiritual quanto numérico, mostrando um
número cada vez maior de centros
estabelecidos, enquanto os crentes, dotados do
poder do Espírito, continuavam a propalar as
boas novas (Stanley M. Horton, TheBook of
Acts, Springfield, Mo.: Gospel Publishing
House, 1981, pág. 13).A Igreja primitiva
também era caracterizada pela ênfase à Palavra
falada. Paulo reconheceu que “aprouve a
Deus salvar os crentes pela loucura da
pregação” (1 Co 1.21). E assim, a obra da
Grande Comissão continua a ser realizada. A
experiência pentecostal é dada aos crentes,
tendo o evangelismo como seu principal
objetivo (At 1.8). O poder do Espírito Santo,
ao descer sobre os crentes, expressa-se não
somente no falar em línguas como a
evidência física inicial ou externa, mas em
poderosos atos sobrenaturais, que confirmam o
testemunho verbal dos fiéis (Mc 16.15,16; Hb
2.4). Os dons do Espírito, tal como a profecia,
também são meios pelos quais o Espírito Santo
costuma convencer os pecadores (1 Co
14.24,25).O segundo objetivo da Igreja é
ministrar a Deus, como diz o catecismo de uma
grande denominação: “A principal e mais
elevada finalidade do homem consiste em
glorificar a Deus e desfrutar dEle para sempre”
(The Westminster LargerCatechism, Richmond:
Presbyteriaii Comittee ofPublication, 1939,
pág. 162). Uma frase repetida com
freqüência na epístola aos Efésios,
especialmente em seu primeiro capítulo, acerca
do propósito dos seres humanos dentro do
universo divino, é que sejamos para o
“louvor de sua [de Deus] glória”. Agostinho,
bispo de Hipona, no Norte da África, de 396 a
430 d.C., declarou que todos os seres
humanos são desassossegados enquanto não
encontram descanso em Deus. Os seres
humanos, à parte de um relacionamento de
adoraCAPÍTULO10A Igreja eSua Missão
176CAPÍTULO10A Igreja eSua MissãoD outrinas
Bíblicasção com o Criador, vivem
desorientados e fora de tom. Fomos criados
para adorar. E verdade que a adoração tem
muitas avenidas de expressão. Em um sentido
bem real, a wVa inteira poàe ser um granàe
Yúno àe louvor a Deus. Os atos normais da
vida, incluindo o arrancar a erva daninha, lavar
o carro e limpar a casa, podem tornar-se um
instrumento de adoração e louvor a Deus. Myer
Pearlman, amado mestre e escritor, costumava
dizer: “Se você tiver de limpar o soalho, tome o
rodo e diga: ‘Não te deixarei ir enquanto não
me abençoares’”. A vida inteira, pois, deveria
ser uma expressão de ação de graças e de
louvor. Entretanto, Deus proveu a Igreja, o
corpo coletivo dos crentes, como instrumento
especial de adoração.Não é possível ler
passagens como os capítulos 11 a 14 de 1
Coríntios sem reconhecer que o ministério do
Espírito Santo é especialmente significativo na
adoração da Igreja. Há, na Igreja, diversas
operações do Espírito, que tanto edificam os
adoradores como enriquecem a adoração a
Deus. A adoração dos crentes é
maravilhosamente abençoada pela presença
manifesta do Espírito Santo. Essas
manifestações geralmente são chamadas dons
do Espírito. No entanto, no texto original de 1
Coríntios 12.1, a palavra “dom” não está
presente, apenas o termo “espirituais”. Esta
palavra “por si mesmo inclui outras coisas
direcionadas pelo Espírito Santo e expressas
através de crentes cheios do Espírito. Mas,
nesta passagem, Paulo está claramente
limitando a palavra para significar os dons ou
carisma graciosos” (Horton, O que a Bíblia
Diz Sobre o Espírito Santo, pág. 225). A
palavra grega, xarísmata, é usada realmente
em 1 Coríntios 12.4,9,28,30,31; 14-1.Os
escritores cristãos primitivos tomavam a
palavra “espirituais” como os dons
espirituais. E assim reconheciam- nos como
os dons sobrenaturais, cuja fonte imediata é
o Espírito Santo (John Owen, The Holy Spirit,
Grand Rapids: Sovereign Grace Publishers,
1971, pág. 16; idem, págs. 208 e 209).
A Igreja e Sua Missão177Está implícito que Deus,
através do Espírito Santo, distribui as diversas
manifestações necessárias à comunidade
adoradora, conforme preferir. Os dons são
outorgados como um todo. É verdade que os
indivíduos, na congregação, podem
desenvolver um ministério que exiba um ou
mais dons, mas nenhum deve ser considerado
propriedade particular do crente, porquanto o
Espírito dispensa suas ministrações para
benefício da igreja, “conforme Ele determinar”
(1 Co 12.11; 14.12,32).Há diversas listas de
dons do Espírito Santo: 1 Coríntios 12.8-10,28;
Efésios 4.11; Romanos 12.6-8. A primeira
lista, em 1 Coríntios 12.8-10, é o mais
completo catálogo de ministérios espirituais
concedido pelo Espírito ao corpo adorador.
Essa lista é, com freqüência, chamada de
“os nove dons do Espírito”. Incluem três dons
de revelação (a palavra de sabedoria, a palavra
de conhecimento e o discernimento de
espíritos), três de poder (fé, milagres e dons de
curas) e três de declaração (línguas, interpreta-
ção de línguas e profecia).Todos esses dons
ocupam-se com a manifestação do caráter,
caminhos e propósitos eternos de Deus. Por
conseguinte, toda palavra ou mensagem de
sabedoria dada pelo Espírito “refletirá os
planos, os propósitos e os caminhos de Deus
para realizar coisas” (David Lim, Spirítual
Gifts: AFresh Look, Springfield, Mo.:
Gospel Publishing House, 1991, pag. 71).
Isso proporcionará discernimento divino para
atender necessidades e solucionar problemas
(At 6.1- 7; 10.47; 15.13-21; 16.35-40, por
exemplo).A palavra de conhecimento preocupa-
se, especialmente, com “a luz [iluminação]
do conhecimento da glória de Deus, na face de
Jesus Cristo” (2 Co 4.6), bem como sobre “o
cheiro do seu conhecimento” (2 Co 2.14).
Esse dom revela aplicações do Evangelho à
vida cristã e, ocasionalmente, revela fatos
que somente Deus conhece. Donald Gee
descreveu-o como “relâmpagos de
discernimento quanto à verdade”, que
penetram além da operação de
nossoCAPÍTULO10A Igreja eSua Missão
178D outrinas BíblicasCAPÍTULO10A Igreja eSua
Missãointelecto desassistido (Donald Gee,
Spiritual Gifts in theWork of the Ministry
Today, Springfield, Mo.: Gospel Publishing
House, 1963, pág. 29).O dom da fé não
destaca a fé ordinária, nem é a fé salvífica.
“O crente ativo e vibrante inclina-se mais por
ver esse dom em ação, quando reivindica o
poder de Deus para as necessidades presentes.
Oração fervorosa, alegria extra- ordinária e
ousadia incomum acompanham o dom da
fé. Pode incluir a capacidade especial de
inspirar fé em outros, conforme fez Paulo a
bordo do navio, durante o temporal” (Lim,
Spiritual Gifts, págs. 74 e 75; ver At 27.25).No
original grego, em 1 Coríntios 12.9,10, há três
conjuntos de plurais: dons de curas, operações
de maravilhas e discernimentos de espíritos.
Esses plurais apontam para uma certa variedade
de manifestações desses dons. Também podem
indicar um dom específico para a cura de uma
enfermidade particular, sendo o que
ministra o dom o agente através do qual o
Espírito Santo opera.Operações miraculosas são
descargas de energia divina em uma categoria
mais ampla do que as curas. No livro de Atos,
tais operações encorajavam a missão da Igreja.
Exemplos talvez incluam o julgamento de
Ananias e Safira, o julgamento de Elimas, o
livramento de Pedro da prisão e a preservação
de Paulo das picadas de uma serpente.Profetizar
significa apenas “falar em lugar de Deus”, em
linguagem conhecida, revelando o progresso
do Reino de Deus. O pecador é convencido ao
ver revelados os segredos do seu coração (1 Co
14-24,25). O dom da profecia produz edificação
e encorajamento aos crentes (At 15.32).Com
as “distinções entre espíritos”, seu uso no
plural indica tambem uma variedade de
expressões do dom. Não devemos crer em todo
espírito, mas submetê-los a teste (1 Jo 4-1).
Dentro da batalha espiritual que ocorre neste
mundo, precisamos distinguir quem é o
inimigo. Mas o espírito humano também pode
ser um ofensor.
A Igreja e Sua Missão179O dom de línguas inclui
tipos ou famílias de idiomas. Na assembléia,
uma mensagem em línguas precisa ser interpre-
tada a fim de produzir edificação. Mesmo
quando a língua importa em oração ou louvor,
deveria haver interpretação. A interpretação,
no entanto, não é necessariamente uma
tradução estrita; antes, dá o sentido ou conteúdo
essencial Jaquilo que é dito em línguas
(Horton, O que a Bíblia DizSobre o Espírito
Santo, págs. 301-303).A igreja espiritual, que
adora, é um poderoso arsenal de poder que
Deus emprega em sua guerra contra as hostes
das trevas. De fato, “qualquer que seja a
necessidade da igreja, o Espírito tem algum
dom para satisfazê-la” (idem, pág. 209).
Mediante a combinação das quatro listas de
Romanos, Efésios e 1 Coríntios, “de diversas
maneiras, é possível chegarmos a um total de
entre 18 a 20 dons” (idem, pág. 210), que
incluem “dons para o estabelecimento e
maturidade da igreja, onde todos os membros
podem receber dons e contribuir para a
edificação do corpo local. Em segundo
lugar, são concedidos os dons para a edificação
do corpo local, através de membros individuais.
Em terceiro lugar, dons para servir e
evangelizar” (idem, págs. 278-280).O último
grupo inclui os seguintes dons:1. Dons
administrativos (1 Co 12.28) - uma
variedade de expressões que ajudam os que
estão em posição de liderança.2. Dons de ajuda
ou feitos de ajuda - inspiram os crentes a
ajudarem uns aos outros ou a tomar o papel
de alguém numa situação difícil.3. Dons de
ministério (serviço, diaconato) - vários tipos de
serviço espiritual e prático, incluindo a
distribuição de ajuda aos pobres, inspirando a
generosidade.4. Dons de governo (orientação,
cuidados, prestação de ajuda) - auxiliam os
líderes a cuidar das almas e levam a 'igreja
a preocupar-se em ajudar a outros sob a
liderança estabelecida por Deus.CAPÍTULO10A
Igreja eSua Missão
180D outrinas BíblicasCAPÍTULO10À Igreja eSua
Missão5. O dom da demonstração de
misericórdia (Rm 12.8) - inspira um cuidado
gracioso e compassivo pelos necessitados em
geral, enfermos, famintos, indigentes e
prisioneiros. E o último na lista de Romanos
12, mas não é o menor dos dons (Mt 25.31-
46).Todos esses dons são necessários. O
Espírito Santo os distribui de acordo com a
necessidade, mas devemos estar dispostos a
responder em fé e obediência. Assim, a assem-
bléia local será edificada tanto espiritual quanto
numericamente. De fato, se há uma resposta
adequada do corpo adorador, mediante a fé,
todos esses dons deveriam estar em operação
na igreja. Tais operações são um privilégio
dos crentes, e mais que isto, pois, conforme as
nuvens de trevas cobrirem a face da terra, a
Igreja precisará de todos os recursos
espirituais disponíveis para resistir ao
assédio do secularismo, materialismo,
ocultismo, filosofias da Nova Era e outros
artifícios sutis de Satanás, cujo propósito é
enfraquecer o nosso testemunho.A história da
Igreja tem mostrado sua dependência de
recursos humanos. Enquanto fundos,
equipamentos, homens e mulheres, materiais e
habilidades técnicas estiverem em
disponibilidade, os projetos poderão ser
levados com toda a expectação de sucesso.
Não obstante, falham a despeito de todas as
coisas. Por outra parte, alguns tem começado
com quase nada, mas com uma tremenda confi-
ança em Deus e a dependência dos dons e do
Espírito Santo, e até o impossível tem sido
feito.E grande coisa aprendermos a usar os
recursos humanos disponíveis, ao mesmo
tempo em que defendemos do Espírito Santo.
Os dons do Espírito ainda são os meios
primários de edificar a Igreja espiritual e
numericamente. Nada mais pode fazê-lo (idem,
pág. 307).Há um terceiro objetivo da Igreja
neotestamentária: edificar um corpo de santos
(crentes dedicados), nutrindo-os a fim de que se
conformem à imagem de Cristo. O evangelismo
é a conquista de novos convertidos; a
adoração é a Igreja
A Igreja e Sua Missão181voltada para Deus; a
nutrição é o desenvolvimento dos novos
convertidos em santos maduros. Deus
preocupa-se grandemente em que os recém-
nascidos cresçam na graça (à base de Ef 4.11-
16; cf. 1 Co 12.28; 14.12). Paulo enfatiza
repetidamente o anelo de Deus pela maturidade
espiritual dos crentes (1 Co 14.12; Ef 4.11-13;
Cl 1.28,29).Como pode alguém saber que está
crescendo à imagem de Cristo? Como pode
uma igreja medir seu sucesso ao produzir a
maturidade cristã em seus membros? Gálatas
5.22-26 oferece um belo conjunto de virtudes
chamado “o fruto do Espírito”: amor, alegria,
paz, paciência, bondade, benignidade,
fidelidade, mansidão e domínio próprio (ver
“The Acts of the Sinful Nature and the Fruit of
the Spirit”, em The Full Life Study Bible,
Grand Rapids: Zondervan Bible Publishers,
1990, pág. 395). Os que exibem tais carac-
terísticas de caráter são declarados como
quem está cumprindo a lei ou instrução de
Cristo. Precisamos tomar parte ativa nisso.
Lemos em 2 Pedro 1.5-11:Por isso mesmo, vós,
reunindo toda a vossa diligência, associai com a
vossa fé a virtude; com a virtude, o
conhecimento; com o conhecimento, o
domínio próprio; com o domínio próprio a
perseverança, com a perseverança, a piedade;
com a piedade, a fraternidade; com a
fraternidade, o amor. Porque estas coisas,
existindo em vós e em vós aumentando,
fazem com que não sejais nem inativos, nem
infrutuosos no pleno conhecimento de nosso
Senhor Jesus Cristo. Pois aquele a quem estas
coisas não estão presentes é cego, vendo só o
que está perto, esquecido da purificação dos
seus pecados de outrora. Por isso, irmãos,
procurai, com diligência cada vez maior,
confirmar a vossa vocação e eleição;
porquanto, procedendo assim, não tropeçareis
em tempo algum. Pois, dessa maneira é que vos
será amplamente suprida a entrada no reino
eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus
Cristo.A tareia da Igreja não terminará
enquanto não ajudar seus membros a crescerem
espiritualmente, a fim de que os vários dons do
Espírito equilibrem-se à exibição dos vários
aspectos do fruto do Espírito (1 Co
13).CAPÍTULO10A Igreja eSua Missão
182Doutrinas BíblicasCAPÍTULO10A Igreja eSua
MissãoA Igreja tem uma vocação que se
dirige para o alto. Disse Paulo: “Prossigo
para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação
de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3.14). Hebreus
3.1 lembra que somos santos irmãos,
“participantes da vocação celestial”. Efésios
1.3,4 declara: “Bendito o Deus e Pai de nosso
Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou
com todas as bênçãos espirituais nos lugares
celestiais em Cristo, como também nos
elegeu nele antes da fundação do mundo,
para que fôssemos santos e irrepreensíveis di-
ante dele em caridade”. A Bíblia não está se
referindo à predestinação, mas dizendo que a
Igreja foi escolhida como um corpo
predestinado a ser santo. Todos os que preferem
crer tornam-se parte da Igreja e compartilham
de seu destino. Na Igreja, “a posição do
crente e suas bênçãos são espirituais,
celestiais e eternas” (Ernest Swing William,
Systematic Theology, vol. 3, Springfield,
Mo.: Gospel Publishing House, 1953, pág.
107)

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