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ARTE
DE
PREGAR
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Igreja de Cristo em Duque de Caxias
EFB – A Arte de Pregar
A Arte de Pregar
Índice
Capítulo 3 - As Ilustrações
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Capítulo 1
A HOMILÉTICA E A PREGAÇÃO
1) INTRODUÇÃO
A Homilética é a arte e a ciência da pregação. A pregação é a comunicação da verdade,
das boas novas por um homem ou uma mulher a outros indivíduos. Na pregação há dois
elementos:
1º) A verdade ou a mensagem; e
2º) A personalidade ou o caráter do pregador.
Não se pode ignorar nenhum desses dois fatores. Para que o homem possa entender de
verdade a mensagem, esta terá que estar revestida de autoridade divina, mas também da
personalidade humana do pegador. Sem a personalidade humana chegaria a ser uma coisa
teórica e abstrata. Por outro lado, um discurso que se pronuncia com eloquência, mas que
não contenha os elementos da verdade, não é pregação.
Esta verdade não deve ser expressa mecanicamente, nem simplesmente pela boca ou
pelo intelecto, mas sobretudo através da personalidade e caráter do pregador. É preciso que
a verdade domine a natureza moral e espiritual do homem que exerce o ministério da
palavra. Ele não deve ser uma máquina, mas um verdadeiro homem cheio do Espirito Santo
e fé. Logo, o efeito de tal vida e de tal pregação será que a alma e o espírito de muitas
pessoas serão impactados pela mensagem, tanto a falada como a demonstrada com a vida.
Isto nos leva ao propósito da pregação, que sempre deve ser persuadir os ouvintes para
que se acheguem a Cristo ou se aprofundem nas verdades bíblicas ensinadas. A mensagem
pode ser dirigida aos crentes ou aos não crentes, mas o propósito não deve mudar. Sempre
devemos persuadir e comover as pessoas que nos ouvem.
2) DEFINIÇÕES DE HOMILÉTICA
Homilética é a disciplina que estuda a ciência, a arte e a técnica de analisar, estruturar,
apresentar e entregar a mensagem do evangelho. Seu objeto de estudo é o sermão: sua
classificação, gênero, tipo, estrutura, etc. Logo, a homilética é a ciência cuja arte é a
pregação e cujo resultado é o sermão.
O termo homilética surgiu durante o iluminismo, entre os séculos XVII e XVIII,
quando as principais disciplinas teológicas receberam nomes gregos:
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3) OUTRAS DEFINIÇÕES:
- Pregação é o ato pelo qual se expõe uma ideia;
- Mensagem é a ideia ou a filosofia de uma pregação;
- Sermão é um discurso de caráter religioso;
- A arte da pregação trata da beleza, organização, criatividade e imaginação no
sermão;
4) OBJETIVO DA HOMILÉTICA
Esta ciência tem como principal objetivo ser uma ferramenta para auxiliar na
confecção de sermões para uma pregação mais eficiente. Isto ocorre porque beneficia:
- o pregador, pois torna mais fácil o desenvolvimento e a efetiva pregação do
sermão; e
A Homilética NÃO É:
- Substituta da vida espiritual;
- Substituta do Espirito Santo; e
- Uma garantia de ministério ungido e eficiente.
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A Homilética É:
- Um auxiliar no estudo e análise do texto;
- Um auxiliar na exposição de ideias;
- Um entendimento de que o sermão tem muito a ver com o caráter e a personalidade
de quem prega; e
- Uma compreensão de que Deus colocou no mundo recursos que devemos aproveitar
ao máximo e, entre estes recursos, está o da ciência da comunicação verbal.
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6) A PERSONALIDADE DO PREGADOR
Que tipo de pessoa deve ser o pregador? Que elementos de seu caráter devem ser
cultivados no desenvolvimento de sua personalidade? Vejamos alguns pontos importantes:
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O exagero é uma forma de mentir. Mudar a verdade é mentira. O pregador não deve
mentir nem mesmo para dar uma ilustração. A vida pessoal do pregador é uma mentira se
ele pretende ser o que não é. A piedade no lar deve acompanhar a piedade no púlpito.
Temos que raiar a verdade diante de Deus e diante dos homens. Se fizermos votos ao
Senhor, devemos pagá-los. Se prometermos cumprir determinada obrigação diante dos
homens em determinado dia, cumpramos essa obrigação. Se não pudermos cumprir?
Devemos ser homens e confessar a impossibilidade de cumprir, pedindo perdão e novo
prazo, novo acordo.
7) OS INSTRUMENTOS DO PREGADOR
Como todo bom artesão, o homem que prega a Palavra deve ter certos instrumentos ao
seu alcance. Estes instrumentos lhe ajudarão a ser cada vez melhor e mais profundo em seu
chamado. Os instrumentos que apresentamos aqui são básicos e ele deve aprender a usá-los
bem.
a) A Bíblia
Logicamente, este é o instrumento mais importante de todos e é exatamente por isso
que o pregador deve ter um bom conhecimento da Palavra. Deve compreender o correto
manejo das Escrituras, estudá-la com cuidado e com um coração aberto para expor a
mensagem com clareza.
Uma das versões bíblicas mais comuns, utilizadas pelos cristãos “protestantes”, é a
versão Almeida Atualizada e Revisada, da Sociedade Bíblica do Brasil. Mas um
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excelente pregador deve ter também várias outras versões disponíveis para seu próprio
estudo, já que muitas vezes outras versões darão maior esclarecimento sobre algumas
passagens - “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que
se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” II Timóteo 2.15.
b) Uma Concordância
A concordância é como dicionário que contém as palavras da Bíblia em ordem
alfabética. Por meio da concordância, o pregador pode pesquisar uma palavra específica
de um texto e achar o local ande se encontra na Bíblia. É de grande ajuda na preparação
de sermões.
Há variados tipos de concordâncias que se pode encontrar. Algumas concordâncias,
como aquelas que vem anexas à Bíblia, não são completas e contêm somente uma
pequena seleção contendo as palavras consideradas mais importantes. Mas o pregador
deve conseguir uma concordância completa das Sagradas Escrituras.
c) O Dicionário Bíblico
O dicionário bíblico é um livro que contém variadas informações úteis: dados
históricos e biográficos e definições de termos que ajudarão o pregador a ter um melhor
embasamento para sua mensagem.
d) Um Manual Bíblico
O Manual Bíblico é um livro que contêm resumidamente informações sobre os livros
da Bíblia, história, cultura, geografia e costumes dos tempos bíblicos. Lida com
curiosidades, biografias, estudos de episódios e se dispõe a sanar as dúvidas mais
frequentes. Enfim, é um depósito de informações e recursos prontos para ser utilizado. Os
mais conhecidos, em português, são o Manual Bíblico de Halley e o Manual Bíblico Vida
Nova.
Obviamente que todos os materiais supracitados, excetuando-se a Bíblia, devem ser
utilizados utilizando-se o filtro do Reino de Deus. Ou seja, devemos fazer como ensinado
pelo apóstolo Paulo em sua carta a Igreja em Tessalônica: “Mas ponde tudo à prova.
Retendo o que é bom” I Tessalonicenses 5:21.
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Capítulo 2
PREPARANDO A MENSAGEM
1) INTRODUÇÃO
Porque se prepara um sermão? Como se inicia a preparação de uma mensagem? Qual
a origem de sua inspiração? Qual o público-alvo? Estas são perguntas importantes e, às
vezes, difíceis de responder, porque há muitos métodos que podem ser usados para o início
de uma mensagem. Quase todo pregador, após algum tempo, desenvolve uma sistemática
particular para preparar mensagens e o aluno deve buscar desenvolver seu próprio método e
estilo.
Nesta lição veremos algumas ideias e sugestões que podem ajudar no preparo de
mensagens.
- Tenha um objetivo. Cada mensagem deve ter um propósito. Sem uma meta, o
pregador não pode iniciar a preparação de uma mensagem. Conhecer bem as
necessidades de sua congregação ajudará a estabelecer o objetivo de sua mensagem.
- Busque uma porção bíblica que corresponda ao objetivo que deseja alcançar. A
Bíblia é uma fonte inesgotável de recursos que falem às necessidades dos homens.
- Tenha um coração aberto à direção do Espírito Santo. Este é o fator mais importante
na preparação de uma mensagem, pois Ele nos auxilia a descobrir as verdades
eternas contidas nas Escrituras e nos orienta em como aplicá-las.
2) ORIENTAÇÕES BÁSICAS
a) Oração
Devemos lembrar que somos representantes de Deus diante do povo. Portanto, o
auditório espera ouvir uma mensagem da parte d'Ele. Não podemos apresentar esta
mensagem sem a unção do Espírito Santo e somente por uma vida de comunhão diária
com o Senhor, através da oração, poderemos ser cheios da presença do Senhor.
b) Estudo
Junto a oração vem o estudo, pois as duas coisas se completam. O homem que só ora e
não estuda dificilmente poderá apresentar uma mensagem clara e inteligível. Já o homem
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que só estuda e não ora trará uma mensagem vazia, sem poder e unção, ainda que bem
formatada didaticamente.
c) Esboço
Para recordar os pensamentos e para poder apresentar a mensagem de uma forma mais
fácil para o entendimento, uma das ferramentas mais eficiente é o conhecido esboço. Ele
é como o esqueleto da mensagem. Será responsabilidade do pregador ungido revesti-lo
com a “carne” que dará alimento espiritual a seus ouvintes.
d) Duração
Uma excelente mensagem é aquela que alcança o seu propósito no menor tempo
possível. Isto significa que o pregador deve preocupar-se com o tempo que será investido
na pregação, portanto o sermão deve ter a duração correta.
Em condições normais, um sermão deve durar entre 30 e 50 minutos. Menos do que
isso prejudica o desenvolvimento da mensagem, mais do que isso prejudica a atenção da
plateia. Durante o tempo em que estiver pregando, faça-o com entusiasmo, fervor,
convicção e firmeza. Tenha em mente que está levando o auditório aos pés de Cristo.
e) Tema Da Mensagem
- É de muita importância ter um tema que você conheça bem. O homem que procura
pregar sobre um tema que ele mesmo não tem profundidade incorrerá em fracasso.
- Deve ter valor espiritual. Você pode desenvolver outros temas interessantes como
temas históricos, científicos ou outros assuntos. Mas isto não é pregar a Cristo em
sua essência, portanto não deve ser o foco principal de um pregador. Deve-se pregar
sobre as coisas que edificam espiritualmente nossos ouvintes, principalmente as
grandes doutrinas bíblicas e sua aplicação à vida diária.
- Deve coincidir com o cerne ou objetivo da mensagem. Não deve-se pregar só por
pregar. Todo sermão deve ter como finalidade principal, não somente repassar meras
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informações bíblicas, mas, sobretudo, estimular os ouvintes a tomar uma decisão que
lhes trará benefício para todas as áreas de suas vidas.
- Não escolha um tema que não esteja de acordo com sua própria experiência. Você
não deve pregar sobre vitória completa se você ainda vive em derrota.
- Deve ser apropriado ao tempo, ao lugar e aos ouvintes. Não é apropriado pregar
uma mensagem evangelística para um grupo de crentes antigos, nem é aconselhável
pregar sobre o crescimento na vida cristã para um auditório de descrentes.
3) O TEXTO
O texto é a porção ou parte da Palavra de Deus em que se baseia a mensagem.
Portanto, é de fundamental importância para aquilo que será pregado, pois ele traz
autoridade e legitimidade ao tema proposto.
- Ajuda o pregador a evitar que sua mente se distraia e que vague por outros rumos.
O pregador deve seguir o fio da meada do texto e se perguntar de vez em quando se
não está divagando.
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- Leia bons livros de cunho espiritual. Leia-os não com a intenção de copiá-los, mas
para aprofundar ideias e inspiração. Bons livros servirão como um tônico para a sua
alma e o seu coração. O estudo da biografia de grandes homens de Deus,
reformadores e líderes de igrejas é uma fonte para o pregador.
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está escrito na Bíblia, falado pela boca desse ou daquele personagem, reflete a
vontade e o caráter de Deus. Exemplo: Nem tudo que os amigos de Jó falaram está
correto.
- Nunca use como texto uma pequena porção de uma passagem que só expressa
uma parte da verdade. Exemplo: “Não há Deus” Salmo 14.1 - “Todo homem é
mentiroso” Salmo 116.11.
d) Interpretando O Texto
Queremos agora considerar algumas regras para a interpretação correta do texto.
- É preciso averiguar se a linguagem do texto é literal ou figurada. Veja João 2.19-
22. Nesta passagem as palavras “templo” e “corpo” se referiam literalmente ao
corpo físico de Cristo. Veja Mateus 26.26. Nesta passagem a palavra “corpo” é
usada não na forma literal, mas figurativa. As palavras “lavando” e “lavar” são
usadas literalmente. Na história de Naamã (II Reis 5) ela é usada em sentido literal,
enquanto que em I Coríntios 6.11, a palavra “lavados” está usada figurativamente.
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entregar a carnalidade), mas também reconhecemos que nem todas as igrejas locais
são carnais.
- É preciso considerar o ensino de toda a Bíblia em conjunto. Nenhum texto deve ser
interpretado à parte do que ensina toda a Bíblia. Você entende melhor a Bíblia
comparando-a consigo mesma. Os homens piedosos de todas as épocas sentiram a
necessidade de ler reverentemente a Palavra de Deus, comparando Escritura com
Escritura. Exemplo: Se com base em Romanos 5.1-11 você for ensinar que a
justificação pela fé nos livra da necessidade da busca por uma santificação diária,
não está bem interpretado, porque contradiz os outros ensinos da Bíblia, tais como I
Tessalonicenses 4.3 e Hebreus 12.14.
- O conhecimento dos costumes do povo para quem a passagem foi escrita é de grande
ajuda para interpretá-la corretamente. Exemplo: Em João 13.14, Jesus disse a Seus
discípulos: “vós deveis lavar os pés uns dos outros”. Para entender este versículo,
temos que saber algo sobre as circunstâncias e a cultura dos judeus. Os judeus
sempre mandavam seus servos lavar os pés de seus hóspedes. Era trabalho de um
serviçal. Jesus o fez e mandou que Seus discípulos fizessem o mesmo. Aqui, uma das
lições importantes, é a necessidade de humildade e a disposição para o serviço.
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evangelhos, pois cada escritor escreve de acordo com sua perspectiva pessoal, além é
claro, da inspiração Divina.
- O próprio texto. Devemos investigar o que exatamente a Bíblia quer dizer naquele
texto. Para isto deve-se lê-lo cuidadosamente, várias vezes, observando a pontuação,
a acentuação, etc.
- Outros livros de estudos, como meios disponíveis para a boa interpretação do texto,
mas não nos esqueçamos de que a própria Bíblia é o seu melhor comentário. E o
Espírito Santo é o seu melhor comentarista.
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Acima de tudo, deve-se ler a Bíblia, não de vez em quando, mas de uma maneira
sistemática e regular. O pregador que lê a Bíblia somente para extrair dali os textos
que vai pregar será um fracasso, pois ele mesmo não se enche das verdades e dos
pensamentos da Palavra.
Nunca se descuide do estudo da Bíblia. Depois, leia bons livros: história, geografia,
biografias, ciências e sermões. Ouça bons pregadores, homens de Deus reconhecidos
por seus frutos. Há milhares e milhares de sermões e estudos bíblicos na internet.
Pesquise. Use-os como ideias e fontes de inspiração, não como muletas gratuitas.
II) O Que Tenho Visto Que Trará Luz Sobre Este Assunto?
O pregador deve ter sempre olhos bem atentos para ver as circunstâncias simples do
dia a dia e das pequenas coisas, as lições úteis. Jesus fazia isto e Seus sermões estão
cheios de ilustrações tiradas daquilo que Ele via e ouvia: “O semeador saiu a semear”
“Olhai os lírios do campo...”, “Dez virgens... saíram ao encontro do noivo...”.
Jesus via, ouvia e usava estas coisas em Suas mensagens. É bom ter um caderno
sempre por perto para anotar aquelas coisas que vemos, que ouvimos e que nos
impressionam. Tais ilustrações serão mais interessantes e apropriadas do que aquelas
que podemos tirar de livros ou de sites da internet.
b) A Organização Do Material
Após averiguar a existência do material, o pregador deve organizá-lo de tal maneira
que tudo convirja para o propósito da mensagem. Para alguns a arrumação é fácil.
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- Para os ouvintes: uma boa parte do efeito da mensagem sobre o auditório depende
da organização dos pensamentos que o pregador deseja transmitir. Se a mensagem
está organizada de forma correta, torna-se muito mais fácil para a congregação
entendê-la e retê-la. Se estiver desordenada, ainda que seja eloquente e emocional,
não será muito bem assimilada pela congregação.
- As divisões do sermão devem ter uma conexão lógica. Não deve exortar antes de
instruir ou dar a aplicação antes da explicação. O argumento para o intelecto deve
vir antes do apelo. Das emoções se chega à vontade. O lado negativo deve vir
antes do positivo e as generalidades antes das particularidades.
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a) A introdução da mensagem
Dificilmente se chega a uma boa mensagem se a introdução for ruim, portanto, para
uma excelente pregação deve-se cuidar para que se tenha uma introdução coerente. O
propósito da introdução é.
- Despertar interesse. Se você não consegue o despertar o interesse no princípio, é
provável que não conseguirá durante todo o tempo em que estiver no púlpito. A
congregação não terá interesse simplesmente porque alguém está lá suplicando para
ser ouvido. Pode até repetir os “aleluias”, “améns”, “glórias a Deus” e bater as
palmas que o pregador insiste em solicitar, mas isso não quer dizer interesse,
entendimento ou empolgação.
- Introduzir o que vem no corpo da mensagem. Lembrando isto: não é bom colocar
toda a mensagem na introdução. Não deve-se apresentar tudo de uma vez.
- Corrigindo ideias falsas acerca do texto. Exemplo: I Timóteo 6.10. Não diz
que o dinheiro é a raiz de todos os males como muitos podem pensar, mas sim
o amor ao dinheiro.
2º) O Contexto – Em uma mensagem sobre João 3.3, o contexto daria uma
introdução interessante.
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4º) Uma Descrição Do Lugar - Muitas vezes o lugar onde as palavras do texto
foram proferidas acrescenta alguns detalhes interessantes para a introdução.
5º) Os Costumes E Cultura Da Bíblia - A igreja local sempre terá interesse nos
hábitos e costumes das pessoas mencionadas na Bíblia.
6º) As Circunstâncias - Saber sob que circunstâncias foi escrito aquele texto
particular que está sendo pregado. Em um sermão sobre Filemom é interessante
mostrar as circunstâncias vividas por Paulo naquele momento. Seu amigo
Filemom era dono de escravos. Um escravo, Onésimo, fugiu para Roma. Ali ele
se converteu e Paulo iria devolvê-lo a seu amo e escreveu a carta para mandá-la
pelo próprio Onésimo a Filemom.
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- Não deve ser rude ou recheada de emoção. Como em uma música ou ópera, é
melhor começar com tons mais leves e ir aumentando gradualmente, de acordo
com o desenvolvimento da mensagem. Os ouvintes crescem junto com a
mensagem e o pregador deve crescer também, levá-los a crescer.
- Não deve ser longa. Uma anciã disse uma vez que seu pastor ocupava tanto
tempo em colocar a mesa e arrumar as coisas, enfeitar aqui e ali, que ela já tinha
perdido o apetite quando a comida chegava.
- Deve ter uma relação vital com o tema. A introdução não deve se referir a um
assunto e a mensagem a outro.
- Deve conter somente um tema. Assim como não se deve tratar de mais de um
tema na mensagem, muito menos se deve tratar de dois assuntos na introdução.
- Deve ser preparada com esmero. Lembre-se que grande parte do êxito da
mensagem depende da primeira impressão que gerará na congregação. A
introdução pode preparar o ambiente para a mensagem ou destruir o interesse dos
ouvintes.
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por uma. E ainda há os que creem que nunca devem ser mencionadas no púlpito. Isto, na
verdade, é bem pessoal e não terá grande influência no resultado final proposto. Portanto,
cada pregador deve se apegar ao modo que mais lhe deixa confortável.
Algumas sugestões com relação a estas divisões seriam:
- Não devem ser extremamente diferentes, pois as divisões devem ser naturais e
lógicas no que diz respeito à ordem e transição de uma para outra.
- As divisões devem apresentar o tema para a igreja de uma maneira clara, definida
e completa. Tenha cuidado especialmente quando o tema não se apresenta muito
claro no texto.
- As divisões negativas devem vir, sempre que possível, antes das positivas.
Obviamente, nem sempre isso é possível, mas sempre que o tema permitir, as
exortações, ensinos e aplicações de caráter negativo devem ser apresentadas
primeiro, para que o pregador possa traçar um plano de fundo que reforçará as
exortações, ensino e aplicações de caráter positivo da mensagem proposta.
I) A Primeira Divisão
A primeira divisão de uma mensagem deve tratar de esclarecer o assunto ou a
doutrina que o sermão quer ensinar. De uma maneira geral, deve responder à
pergunta: “O que é? ”.
Deve-se evitar qualquer equívoco ou parte mal entendida referente ao tema quando a
primeira divisão da mensagem estiver concluída. Em um sentido especial, esta divisão
apela ao intelecto ao invés das emoções ou da vontade.
Como podemos responder à pergunta: “O que é?” nesta primeira divisão da
mensagem?
- Pela definição do tema e seus termos. Se o tema do sermão é a santificação, a
primeira divisão pode trazer a definição da palavra, outros termos que querem
dizer a mesma coisa, erros com relação à santificação e o que ela não é.
- O tema pode ser mais esclarecido, apresentando a relação entre o tema proposto
e um assunto próximo, por exemplo a relação entre a santificação e a justificação.
Isto pode ser utilizado, porém tem que ser treinado, pois facilmente o pregador
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pode acabar por se desviar do tema proposto. Portanto, ao utilizar a relação, deve-
se sempre ter o cuidado de não fugir do tema.
- Por ilustração. A ilustração é para o sermão aquilo que a janela é para uma casa.
Uma casa não deve ser toda janela, nem o sermão inteiro ser somente sobre
ilustrações, mas ela traz maior claridade ao tema. Contudo, faz-se necessário ter
certeza que a ilustração se aplica ao tema e o ilustra.
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frutíferos”, mas quando falava aos atenienses, falava-lhe sobre “seus poetas”. Os
pobres ouviam Jesus com gosto porque lhes falava de uma maneira que eles podiam
entender. Utilizar o máximo possível argumentos bíblicos, porque estes convencem
melhor e estão, naturalmente, revestidos de autoridade.
Que tipos de argumentos podemos utilizar?
- De Causa e Efeito. Isto quer dizer que cada efeito tem uma causa. Nada é sem
causa. Se alguém quer provar a ressurreição de Jesus Cristo, pode usar argumentos
tais como a tumba vazia, a Igreja Cristã, etc. Estes são efeitos. Quais são as
causas? Como foi que a tumba se tornou vazia? Foi pelo poder divino de Cristo.
- Da Refutação. Refutar é mais fácil que provar, como é mais fácil desfazer que
fazer. Na refutação, diga claramente a coisa que você vai refutar e então responda-
a.
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c) A Aplicação e Conclusão
Esta parte da mensagem é muito importante, porque devemos tornar o sermão prático.
Alguns fazem a aplicação prática depois de cada ponto, mas parece natural que haja uma
aplicação prática no final da mensagem. Mesmo assim, se você faz a aplicação prática
depois de cada ponto, seria bom sempre deixar algo para dizer no final do sermão, com
relação a aplicação e compromisso, senão a mensagem terminará monótona e repetitiva.
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TEMA: O ARREPENDIMENTO
I. O QUE É O ARREPENDIMENTO?
II. POR QUE DEVEMOS NOS ARREPENDER?
III. COMO SE ARREPENDER?
1 Porque todos pecamos.
2. Não é somente remorso.
3. E tristeza pelo pecado com a determinação de abandoná-lo
4. Ouvindo a pregação do evangelho.
5. Porque haverá um juízo.
6. É ódio pelo pecado.
7. Porque Deus o exige.
8. Considerando que Cristo morreu por nossos pecados.
9. Confessando e abandonando nossos pecados.
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APLICAÇÃO
Os resultados do novo nascimento.
1. Deixar de pecar e viver vidas justas (Gálatas 5.16)
2. Amar os irmãos (l João 4.7)
3. Andar na luz (l João 1.7).
4. Você já nasceu de novo?
Após ler o esboço acima, estudo o apresentado abaixo. Você perceberá que alguns
pensamentos ou frases estão mal colocados. Corrija o esboço, reescrevendo-o em seu
caderno, sem olhar para o esboço anterior.
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Falar da história de Nicodemos e de como ele chegou a Jesus de noite.
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Capítulo 3
AS ILUSTRAÇÕES
1) SUA IMPORTÂNCIA
Quase não se pode medir a grande importância das ilustrações. Os melhores
pregadores têm sido muito hábeis no uso de ilustrações. As crianças gostam de histórias e
quase não existe alguém velho demais para apreciar uma boa história.
Mais do que qualquer outro, Jesus demonstrou por seu exemplo o valor das
ilustrações. Não é de admirar que as pessoas o ouviam por horas e horas e até por dias
inteiros sem perder o interesse. O trabalho do pregador é, do mesmo jeito que é o de Jesus,
despertar nos ouvintes interesse em ouvir, fazê-los sentir e então praticar. Se eles não podem
entender, muito menos poderão sentir e terminarão por não praticar.
A ilustração auxilia a congregação a interiorizar a verdade do sermão. Pois muitas
vezes podem esquecem o texto utilizado, os argumentos ou a explicação, mas, normalmente,
recordarão da ilustração e, consequentemente, com a ilustração lembrarão a verdade que ela
ensinou.
A aplicação pode ser dividida em duas classes principais:
a) Instrução
Se o tema é a necessidade do estudo da Bíblia, seria bom que na aplicação você
mostrasse como estudá-la com proveito. Às vezes o pregador despede a igreja convencida
e quebrantada, concordando plenamente com as verdades que ele apresentou, mas sem
saber como colocá-las em prática.
b) Persuasão
Não é suficiente que as pessoas sejam convencidas intelectualmente somente, mas é
necessário que recebam as verdades apresentadas no espírito. Entenda que, de maneira
geral, o homem não deixa o pecado porque foi convencido intelectualmente de que
precisa abandoná-lo. Isso é importante, sem dúvida. Mas o homem tem que sentir a
culpabilidade do pecado antes que abandone a prática do pecado de fato. Em outras
palavras, precisam, através do contato com a Palavra, serem persuadidas pelo Espírito, de
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que o seu pecado é afronta direta a Deus e de que é para seu próprio benefício eterno que
elas devem deixar o pecado.
É tarefa do pregador ser este canal pelo qual o Senhor persuadirá os homens. Portanto,
ao pregador atento cabe considerar as reações, as emoções e as atitudes de seu auditório.
Entendendo que, na maioria dos casos, a vontade humana não opera independente das
emoções, mas é impulsionada por elas. A razão não governa a maioria dos homens, pois
suas ações e reações dependem de suas emoções.
Logo, estudar este detalhe na vida humana é importante para conhecer como as
emoções podem impulsionar a ação. Precisamos dar atenção especial aos motivos que
guiam os homens à ação. Pode-se definir estes motivos como as necessidades espirituais,
intelectuais, morais e materiais. O pregador tratará especialmente das fases espirituais e
eternas nestes motivos para guiar os homens à ação.
2) O SEU PROPÓSITO
a) Trazer luz sobre o assunto. Como ninguém quer morar em uma casa sem janelas,
muito menos gostarão de ouvir uma mensagem sem ilustrações. Alguém disse para
certo pregador: “O senhor nos diz o que são as coisas, mas não nos diz a que elas são
semelhantes”.
b) Ornamentar e embelezar o sermão.
c) Trazer convicção.
d) Provar, testar. Pode-se usar uma ilustração para provar um ponto de vista. Jesus falava
do cuidado que Deus tem com as aves e com as flores para provar que Ele tem cuidado
de nós.
e) Despertar o interesse e prender a atenção dos ouvintes.
f) Confirmar ou fortalecer os argumentos apresentados e persuadir os ouvintes a
aceitarem estas verdades.
g) Ajudar os ouvintes a gravarem bem as ideias do sermão.
h) Dar mais vida ao sermão.
g) Trazer explicação, clareza. Jesus deu muitas explicações por meio de parábolas ou
histórias. Ele ensinou o valor da humildade quando falou do fariseu e o publicano; da
perseverança na oração quando falou do juiz e a viúva, do amigo que pediu pão à
meia-noite.
h) Tornar o sermão mais agradável, proporcionando descanso mental aos ouvintes.
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Aías: rasgou a sua roupa nova em doze pedaços e deu dez para Jeroboão,
representando o fato de que Deus havia determinado que dez das doze tribos de Israel
seriam tiradas de Reoboão (l Reis 11.26-40);
Isaías: enquanto pregava durante certa época de seu ministério, andou descalço e
despido como sinal de como o povo de Deus seria levado preso pelos Assírios, Egípcios e
Etíopes (Isaías 20.1-6);
Jeremias: usou muitos sermões visuais, como a parábola do cinto de linho (13.1-11) o
jarro quebrado (13.12-14), o vaso do oleiro (18.1-17), a botija quebrada (19.1-15), os canzis
simbólicos (27.1-22), além da compra de um terreno que simbolizava a esperança na
restauração de Israel depois do exílio (32.1-25);
Ezequiel: usou tanto o método visual e ilustrativo que chegou a se queixar com Deus.
“Ah Senhor Deus! Eles dizem de mim: não é este um fazedor de alegorias?”. (20.49);
Jesus Cristo: quase sempre usava material ilustrativo para apresentar profundos
conceitos de natureza espiritual. As parábolas (52% do Evangelho de Lucas é composto de
parábolas). O uso de uma moeda para ensinar o dever do bom cidadão (Mateus 22.19). A
pregação significativa através de uma bacia e de uma toalha (João 13.1-17). Jesus também
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falou das aves dos céus, dos lírios do campo, do pão, da água. Também usou uma criança
para mostrar que é preciso se tornar como uma delas para entrar no Reino de Deus (vide o
comentário de Mateus ao uso das parábolas por Jesus: Mateus 13.34-35, 53-54).
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não se aplicam aos casos presentes. Algumas, mesmo boas, são de outro tempo e não se
aplicam mais. É bom que as ilustrações tenham relevância e toquem o nosso tempo e
contexto.
Como você pode juntar ilustrações? Seguem algumas sugestões.
a) Tenha os olhos abertos para observar. A Bíblia fala de como Jesus viu que os fariseus
escolhiam os melhores assentos. Ele observava. Falava as ilustrações nos lírios, o
corpo, o sal, a candeia, o odre, o hipócrita, as portas largas e estreitas, os devedores,
etc. Tendo olhos, vejamos; tendo ouvidos, ouçamos.
b) Use o que está disponível. O reino da natureza contém muitos exemplos para
ilustrações. Jesus o fez. Falou da fé que move as montanhas, de rios de água-viva, da
vida e das plantas. Também há muito material para ilustrações na história, na poesia e
nas biografias. As crianças podem ser fontes de muitas ilustrações.
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Capítulo 4
1) MÉTODOS/TIPOS DE PREGAÇÃO
Existem vários métodos/tipos de pregação, contudo nos ateremos aos mais comuns
que são ou já foram utilizados:
b) Sermão memorizado
Alguns dos pregadores mais notáveis usaram este método com muito êxito, que
consiste em escrever e logo memorizar toda a mensagem para pregá-la de cor. Muitos
preferem fazer assim a improvisar totalmente. Não resta dúvida que, em comparação ao
primeiro, este é o método que melhor garante a boa apresentação com relação à
linguagem utilizada. Com certeza tem algumas desvantagens, sendo uma delas a grande
quantidade de tempo que se gasta para escrever e depois memorizar toda a mensagem.
Outra é que ele naturalmente divide a atenção do pregador entre ele mesmo e a
congregação. A maior desvantagem é o perigo de fracassar ou se “enrolar” caso esqueça
uma das partes do sermão. Portanto, não são muitos os que podem empregar este método
de maneira satisfatória. Às vezes também dão a impressão de que o que estão falando não
é original, como se fosse discurso de outra pessoa.
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c) Sermão lido
Este método consiste em ler para a igreja local o discurso que você preparou de uma
maneira completa, escrito com cuidado e esmero. Ao ler seu discurso, o pregador
consegue apresentar uma maior segurança quanto à clareza e alcance dos objetivos da
apresentação, especialmente se ele dedicou tempo para ler várias vezes a composição
antes de fazê-lo em público. Mas há algumas desvantagens neste método.
- Requer muito tempo para escrevê-lo e colocá-lo da maneira que deveria ser, além de
ter que praticar a leitura em vários ensaios.
- Diminui bastante o contato do pregador com seu auditório, já que ele apenas pode
levantar a cabeça de vez em quando para olhar para eles, por estar preso ao seu
manuscrito.
- Como consequência desse item anterior, a atenção dos ouvintes diminui
sensivelmente, o que pode afetar muito o êxito do sermão. Sem dúvida, este método
pode ser utilizado para os principiantes no ministério, especialmente se têm
facilidade e habilidade para escrever.
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2) EVITANDO OS CACOETES
“Cacoete” é o nome que alguns bons autores de manuais de homilética dão em suas
obras para as palavras ou frases interruptoras que o pregador intercala em seu discurso, as
quais têm o objetivo de dar tempo a sua mente para pensar o que vai dizer a seguir.
Tais “cacoetes” não seriam necessários nem achariam acolhida em um sermão escrito,
seja lido ou memorizado. Mas quase sempre acontecem com qualquer um que se atreva a
falar de improviso, se bem que seu uso não possa ser justificado por nenhum motivo, pois
são por demais inconvenientes e de muito mau gosto.
Há alguns cacoetes que são bem recorrentes nos nossos púlpitos: “precisamente”
“verdadeiramente”, “isto é”, “sinceramente”, “honestamente”, “com certeza”, “na verdade”,
“certamente”, “né”, “pois é”, “é”, “prezados ouvintes”, “amados irmãos”, “obviamente”,
“pois bem”, “meus amigos”, “meus queridos”, “haja vista”, “haja visto”.
Podemos acrescentar ainda as seguintes se usadas exageradamente: “Amém, irmãos?”,
“Aleluia!”, “Glória a Deus”, “Louvado seja Deus”, “Quem está entendendo diga amém”,
“Posso ouvir um glória a Deus?”, etc.
Também são “cacoetes” as frequentes e desnecessárias citações de alguma porção
bíblica, como: “todas as nossas obras são como trapos de imundícia”, “posso todas as coisas
naquele que me fortalece”, “a oração do justo pode muito em seus efeitos”, etc.
O famoso “pigarro” (para “limpar” a garganta) antes de iniciar alguma frase também é
um cacoete muito comum.
O uso repetido de tais coisas chega a constituir um abuso, tornam-se enjoadas,
irritantes, quase insuportáveis aos ouvidos da congregação (mesmo que ninguém se
pronuncie a respeito). Contudo, se utilizadas com parcimônia e oportunamente, tais palavras
e expressões servem para acrescentar interesse e colorido à mensagem.
3) A MÍMICA NA PREGAÇÃO
A mímica, ou seja, a arte da expressão por meio dos movimentos corporais e gestos é
muito importante na apresentação do discurso, já que contribui para expressar com mais
facilidade as ideias, sentimentos, intensidade e a ênfase que o pregador deseja imprimir a
sua mensagem. Poderíamos dizer que a mímica faz com que as pessoas “vejam” o que estão
ouvindo.
Sem dúvida, na prática desse apoio é importante cuidar para que os movimentos
corporais, as ações e os gestos sejam naturais e espontâneos e que se adaptem à expressão
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falada. Um exemplo negativo do uso desse recurso era a dublagem, no Brasil, feita em cima
das mensagens da pregadora Joyce Meyer. O que ela falava, as mímicas e as coisas
engraçadas que contava gesticulando não se enquadravam ao tom, a altura e a variação
empregadas pelo dublador em português.
Portanto, as expressões corporais devem seguir alguns princípios:
- Ser naturais. Isto quer dizer que os trejeitos, ações e gestos devem nascer dos
pensamentos e emoções próprios do pregador. Não devem ser emprestados,
premeditados ou estudados de antemão. Também não se deve tentar imitar ninguém,
pois é fácil cair no ridículo quando se faz isso.
4) A APRESENTAÇÃO PESSOAL
A apresentação pessoal e o aspecto físico do pregador devem ser considerados na
apresentação da mensagem. Uma aparência e postura incorreta podem causar uma
impressão tão ruim nos ouvintes a ponto de tirar-lhes a atenção, desviar seu interesse e
prejudicar o proveito do sermão.
Para o bem de todos, é importante levar em consideração alguns detalhes:
a) Aspecto Físico
Antes de tudo, apresente-se o mais decente possível no que se refere ao vestuário.
Deve estar bem banhado, com roupa limpa e arrumada. Evite estar despenteado, a lapela
do paletó dobrada ao contrário, a gravata torta, faltando botões na roupa, botões mal
fechados, roupa amassada, etc. Procure ver também se os sapatos estão limpos.
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Um bom hálito e um bom perfume também são desejáveis, ainda que dificilmente,
durante a pregação alguém sentirá a ausência destes itens, mas, provavelmente, após o
sermão, é comum o contato mais direto com aqueles que ouviram, seja para comentar o
que foi dito, expressar alguma necessidade ou solicitar algum tipo de oração.
b) Posição no púlpito
Ao pregar, adote uma posição natural, procurando dominar-se de tal modo que não
fique teso, por um lado, nem se movendo excessivamente por outro. Não fique passeando
o tempo todo de um lado para o outro do palco, e, quando parado, evite ficar dobrando
uma ou as duas pernas uma após a outra ou mexendo os pés como se eles não quisessem
ficar parados nas plantas. Nunca fique se balançando para frente, para trás ou para os
lados, como se fosse o pêndulo de um relógio de parede.
Faça os gestos que forem necessários, mas jamais cruze os dedos, limpe as unhas ou
“acaricie” um dos botões de sua roupa como se estivesse tentando arrancá-lo. Tampouco
fique arrumando constantemente seus óculos (se os usa). Não brinque com seu lenço,
nem coloque suas mãos nos bolsos, muito menos brinque com objetos que se movem em
seus bolsos, como chaves, dinheiro, celular, etc. Por falar em celular, nunca pregue com o
seu ligado em seu bolso.
Também evite encostar-se no púlpito e nunca coloque suas mãos na cintura, deixando
seus braços em forma de orelhas de jarro. Se estiver usando paletó, não fique abrindo e
fechando os botões, nem fique constantemente subindo as calças, dando a impressão de
que estão frouxas.
Com um pouco de atenção para estas coisas, você conseguirá uma aparência e uma
posição correta e decente.
5) A VOZ NA PREGAÇÃO
É óbvio que sem a voz é fisicamente impossível pregar. Portanto, deve-se ter muito
cuidado com esta ferramenta e utilizá-la da melhor maneira possível quando pregamos a
mensagem do Senhor. Seguem-se alguns concelhos e indicações bem simples:
- A voz deve ser audível, isto é, que se possa ouvir em todos os recantos do local.
Deve-se evitar falar baixo a ponto de que muitos tenham de ficar adivinhando o que
estamos tentando dizer.
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- A pronúncia das palavras deve ser clara. Isto se consegue tomando um cuidado
especial com ela, para que não haja palavras faladas pela metade ou cortadas. Muitas
vezes a má pronúncia é consequência de uma velocidade excessiva ao falar.
- Ainda que a voz deva aumentar ou diminuir sua tonalidade e volume de acordo com
a expressão que tenhamos de imprimir ao que dizemos, não pode-se permitir uma
alteração de volume de forma que a voz vai se extinguindo à medida que chega ao
final do parágrafo ou frase. Desta forma, o pregador inicia a frase em um volume
audível e a termina quase sussurrando. A repetição disto durante o sermão cansa a
congregação e dificulta o entendimento do que está sendo pregado. Isto tem relação
direta com a respiração, o pregador deve aprender a controlar a respirar e se
expressar ao mesmo tempo.
- Atitude pretensiosa. Pode ser manifestada por gestos, expressões ou palavras com as
quais o pregador dá a impressão de que ele é muito capaz para a tarefa que está
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exercendo. Se ele usa uma linguagem ou expressões que sabe muito bem serem
incompreensíveis para auditório, mostra com isso uma atitude pretensiosa. O
vocabulário deve ser adequado aos ouvintes, até para que seja compreensível a
ministração.
- Uma atitude indiferente. Esta se expressa muitas vezes quando o pregador quase não
levanta seu rosto para olhar para o auditório, como se estivesse pregando para si
mesmo.
- Atitude egoísta. Pode ser vista principalmente quando o pregador faz muitas alusões
a sua própria pessoa, a seus êxitos, a sua educação, sua espiritualidade, etc.
Apresenta vários planos grandes e pessoais, e é sempre o exemplo máximo a ser
seguido: como ele ora, ele lê, ele prega, ele, ele, ele. O foco não é Cristo na boca
deste pregador, mas a si mesmo. Está atitude é uma das mais perniciosas para a
mensagem. Logicamente não é proibido que uma experiência pessoal seja repassada
ao auditório, mas não deve ser exagerar, principalmente se é a mesma congregação
que lhe ouve sempre.
- Atitude descuidada. Não comece pedindo desculpas pela pobreza do sermão que vai
pregar ou falando de generalidades, coisas de pouca importância, sem qualquer
conexão com a mensagem. O descuido que você teve em se preparar ficará evidente
de primeira e o auditório nunca desculpa o pregador descuidado. Se você teve pouco
tempo para se preparar, não diga: “Irmãos, eu só soube ontem que pregaria, por
isso...”, ou “Eu ia pregar outra coisa, mas o Espírito Santo me mandou mudar a
mensagem de última hora, por isso se não sair muito bem...”. Bom, se Espírito Santo
mandou “mudar a mensagem”, com certeza a “nova mensagem” vai ser profunda,
completa e muito melhor do que a primeira. Se diz que só soube na última hora, por
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isso não se preparou bem, então a culpa será de quem lhe convidou. Mas, nesse caso,
a culpa é sua que aceitou, pois se aceitou de última hora, é porque se garante, e nesse
caso, não pode dar justificativa
7) CONSELHOS PRECIOSOS
- Descanse bem todas as noites e barbeie-se todas as manhãs.
- Mantenha um coração puro e renove o colarinho limpo.
- Em sua vida brilhe a luz do evangelho e em seus pés sempre brilhe os sapatos.
- Não deixe passar oportunidades, mas mande passar suas camisas e seu terno.
- O mar Cáspio fica bem entre a Europa e Ásia, mas a caspa fica mal na gola da sua
camisa ou paletó.
- O pregador pode até ser pobre nas finanças, mas não de vocabulário.
- Contente-se com o que tem, mas não com o que é; você pode crescer mais.
- Perdoe as dívidas dos seus devedores, mas não se endivide, principalmente com pessoas
que estarão na plateia, lhe ouvindo, e ganhe os seus credores.
- Unhas esmaltadas podem ser criticadas, mas sujas são sempre apontadas.
- O pecador ir à frente é sempre melhor do que ser empurrado para frente.
- A consistência é mais forte do que a eloquência.
- Busque a Deus antes e morra para você mesmo diante Dele, para estar vivo diante dos
homens.
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Capítulo 5
A VARIEDADE NO SERMÃO
1) INTRODUÇÃO
Um aspecto muito importante deste ministério é o de providenciar para nossos
ouvintes uma boa variedade na pregação. A monotonia na pregação é algo que temos que
evitar se quisermos ter êxito no ministério cristão. Esta variedade desejada pode ser obtida
observando-se as seguintes sugestões.
b) Usar todo tipo de textos bíblicos. O pregador deve pregar usando toda a Bíblia, não
somente os Salmos ou os Evangelhos. Se queremos ter um ministério frutífero,
devemos buscar os “tesouros escondidos” de toda a Bíblia e prepará-los para entregar
a congregação.
- O expositivo - é aquele que se baseia numa porção bíblica que vai ser explicada a
fundo, extraindo da própria passagem os pontos principais da mensagem.
Mais à frente falaremos mais a fundo sobre estes principais tipos de sermões.
2) PLANEJANDO A PREGAÇÃO
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Uma das principais razões para que haja tanta monotonia e falta de qualidade em
muitos púlpitos é a falta de planejamento. Um dos passos mais saudáveis que um pregador
pode dar é dedicar-se à confecção de um plano definido.
Uma das grandes tragédias do púlpito é que muitos pregam sem seguir um plano e
esperam que no momento certo o Senhor lhes dará aquilo que devem dizer. Mas nem o
Senhor, nem o Espírito Santo podem honrar a preguiça. Alguns alegam que um plano
atrapalha a direção do Espírito Santo. Mas isto está longe de ser verdade. O Espírito Santo
não está limitado a dirigir o pregador somente quando ele está fazendo seu plano de
pregação. Além do mais, o espírito Santo sabe tudo, não está limitado pelo tempo. Ele sabe
o que a igreja precisará daqui a dois, três, seis meses.
4) CONSIDERAÇÕES
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Depois dos assuntos tratados até aqui, alguém poderia sentir-se amedrontado ou
inibido, pensando que é muito difícil pregar bem. Lembre-se, sem dúvida, que essas
recomendações servem unicamente para melhorar o bom, que é sua fé, sua paixão, seu
compromisso, o chamado que você já recebeu do Senhor para pregar a Palavra.
As coisas que recomendamos observar, são úteis e, por isso, é bom levá-las a sério
para uma maior eficácia no ministério e para a glória do Senhor. Porém, o essencial é a
preparação espiritual, como expressou o grande pregador Carlos H. Spurgeon, quando disse:
“Jesus disse, a vida é mais importante que o alimento e o corpo mais que as vestes”.
Do mesmo modo, a parte espiritual da mensagem é mais importante do que esses
detalhes. Pregadores corretos em suas maneiras podem ser muito pobres espiritualmente ou
no conteúdo do sermão, enquanto pregadores com muitos defeitos de expressão têm sido
grandes profetas do Senhor. Mas, se for possível, procuremos alcançar o melhor, unindo ao
essencial ao que é auxiliar, ao que é complemento.
5) PRÁTICA
Sendo a Homilética uma matéria eminentemente prática, desejamos que o aluno utilize
seu tempo para preparar bons sermões. Portanto, iremos à prática:
a) Exercício I
Dedique tempo de seu estudo diário para compor sermões sobre um ou mais temas que
serão indicados adiante (ou sobre qualquer outro escolhido pelo aluno), fazendo uso dos
conhecimentos adquiridos durante este estudo até aqui.
Temas que sugerimos:
1 Confissão do Pecado.
2. A Vida Eterna.
3. O Castigo Eterno.
4. O Perdão de Deus.
5. A Tentação e o Cristão.
6. Vitória sobre o inimigo.
7. A Grande Comissão.
8. A Obra do Espírito Santo.
9. O Dízimo.
10. O Cristão e a Oração.
11. A Santificação do Cristão.
Busque o texto apropriado para o tema que escolher.
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b) Exercício II
Agora escreva o sermão de acordo com o tema e o esboço escolhido acima. Ele, ao ser
lido, deve ter uma duração entre 5 e 10 minutos no máximo. Durante a aula o aluno lerá
seu discurso para o professor na presença dos outros alunos.
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Capítulo 6
Todo ministro deve familiarizar-se com o maior número possível de tipos e formas
para apresentar a Palavra de Deus. Isto proporcionará uma variedade adicional ao ministério
e o tornará muito mais interessante para uma congregação que talvez tenha que lhe escutar
uma semana atrás da outra.
Isto lhe ajudará a apresentar um ensino mais amplo das verdades da Bíblia. O
ministério de qualquer pregador se enriquece com uma boa versatilidade.
1) TEXTUAL
Como o próprio nome sugere, este estilo baseia-se normalmente em um único texto ou
uma porção bem curta da Bíblia. Portanto, implica escolher uma afirmação apropriada das
Escrituras, investigá-la, analisá-la, descortinar a verdade que a passagem contem e, depois,
apresentá-la de uma maneira ordenada e progressiva, que seja facilmente assimilada pelos
ouvintes.
2) TÓPICO OU TEMÁTICO
Com este tipo de sermão, o pregador apresenta um tópico específico a congregação.
Por exemplo, pode utilizar o tema: “Justificação”. A partir daí, seu objetivo é, em primeiro
lugar, descobrir o que a Bíblia revela sobre este assunto ou tema. Em seguida, organiza as
referências da Palavra e os pensamentos em um formato ordenado para desenvolver o tema
tão completa e fielmente quanto possível.
Uma Concordância Temática é de imenso valor quando se está preparando uma
mensagem de tal natureza. Nela, pode-se encontrar rapidamente cada referência da Bíblia
relacionada com o tópico em questão. Se não tiver uma concordância, nem puder conseguir
uma, então, tente obter uma boa Bíblia com referências e notas de rodapé. Isto também lhe
capacitará para seguir um tema concreto através das Escrituras.
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3) POR TIPOS
Esta é a arte de descobrir e comunicar a verdade que está escondida por trás da
superfície dos diversos “tipos” e “figuras” existentes na Bíblia. Um “tipo” é uma pessoa,
objeto, símbolos proféticos de algo que já ocorreu ou ainda ocorrerá, etc.
Por exemplo, o Cordeiro Pascoal em Êxodo é um tipo de Cristo. Cada detalhe deste
Cordeiro Pascoal falava profeticamente do papel redentor que Cristo desempenharia como o
“Cordeiro de Deus” (João 1.29). Cada símbolo profético teve seu cumprimento quando
Cristo morreu pelos pecados do mundo.
Os tipos bíblicos, normalmente, vêm designados como “sombras das coisas que hão de
vir” (Hebreus 8.5; 10.1). Tais pessoas, símbolos, objetos ou atos lançam uma sombra sobre
o futuro, retratando um problema ou solução que tomará forma no futuro.
A Lei de Deus foi uma sombra das coisas boas-novas que seriam apresentadas.
Representava uma sombra das coisas melhores que viriam em Cristo (Hebreus 10.1).
Os “Dias Santos” do Antigo Pacto eram também sombras das coisas vindouras
(Colossenses 2.17). Aqueles Dias Santos não eram completos em si mesmos. Parte do
propósito de seu cumprimento era projetar um retrato profético das coisas que ainda teriam
de vir.
A interpretação e exposição dos tipos da Bíblia é uma tarefa altamente especializada
que requer habilidade por parte daqueles que são maduros e especializados em assuntos
bíblicos. Os principiantes deverão evitar pregar sobre os tipos mais profundos, já que as
interpretações feitas sem muita perícia podem conduzir a algum tipo de erro infeliz.
Um conhecimento profundo e consciente de toda a Bíblia é essencial para aqueles que
buscam expor o significado dos tipos. Tais ensinamentos deverão ser substanciados e
sustentados por toda a Bíblia.
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- Ilustram doutrina. Nunca baseie sua posição doutrinária sobre o ensino dos tipos, eles
devem ilustrar a doutrina, não iniciá-la.
4) EXPOSITIVO
Mediante este método expõe-se o significado e a verdade contidas em uma passagem
particular da Escritura. Traz-se à luz aquilo que está bem escondido por trás da superfície.
Este é um excelente método de ensinar o temor completo da verdade bíblica (Atos 20.27).
Pode-se pegar um livro da Bíblia e explicar seu significado, capítulo por capítulo.
Talvez se estude um capítulo completo, seguindo versículo, explicando o significado e a
verdade envolvida a medida que vai-se evoluindo na leitura.
Esta é uma ferramenta que fará que a congregação se familiarize com cada parte da
Bíblia, sendo exposta a toda a verdade que Deus deseja comunicar-lhes para o
enriquecimento e aperfeiçoamento de suas vidas espirituais.
5) BIOGRÁFICO
Uma biografia é uma história da vida de uma pessoa. Portanto, este método envolve o
estudo das vidas dos muitos personagens que encontramos na Bíblia. Cada biografia
registrada na Bíblia, contém um significado importante para nós. Cada vida tem algo que
nos ensinar.
O estudo dos personagens da Bíblia é muito prático e envolvente. Escolha um
personagem particular. Leia cada referência que apareça na Bíblia relacionada a ele. Tome
notas de cada pensamento que lhe venha à mente.
Comece a reunir esses pensamentos em ordem cronológica.
- Estude o nascimento do personagem.
- Considere as circunstâncias em que ele foi criado.
- Enfoque os tratamentos de Deus em sua vida.
- Como reagiu diante dos mesmos?
- O que aprendeu com eles?
- Se teve êxito na vida, o que o tornou próspero?
- Se sua vida terminou em fracasso, em que se equivocou?
- Que podemos aprender de sua vida?
Todas estas são coisas informativas e interessantes que podemos aprender com as
vidas ricas dos homens e as mulheres que encontramos na Bíblia.
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6) ANALÍTICO
Este sermão se relaciona com a análise detalhada de um tema para extrair o maior
conteúdo de sua verdade. Assim que partindo dessa verdade, deve-se ensinar os princípios
pertinentes envolvidos.
7) ANALÓGICO
Grande parte da Bíblia está escrita em forma de analogia. Ensina uma verdade a partir
de um caso paralelo. Os escritores usam com frequência um tema natural a partir do qual
ensina uma verdade espiritual. Envolve a comparação de funções semelhantes, o processo
de raciocinar a partir de casos paralelos. O sermão analógico procura comunicar a verdade
contida em uma analogia.
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Capítulo 7
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semelhante. Isto não é bom. A recomendação para nós é bem clara. “Prega a Palavra!”
(II Timóteo 4.2).
b) Escolhendo um texto
I) Leia a Bíblia Regularmente
Se alguém almeja ser um pregador capaz, profundo e eficiente, deve-se dedicar
intensamente a ler as Escrituras regularmente. Tome como determinação desenvolver
bons hábitos com relação à leitura. Tire tempo especial cada dia para lê-la. Sempre tenha
uma Bíblia pequena em mãos, para que, caso haja momentos livres, possa ser utilizado na
leitura da Palavra de Deus.
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2º) Completo. O texto deve formar sempre uma declaração completa da verdade.
Alguns pregadores simplesmente tomam uma frase de um versículo e a utilizam
sem contar com seu contexto. Isto é desonesto! Chama-se “adulterar a Palavra de
Deus” (II Coríntios 4.2). Isto deve ser evitado a todo custo, pois conduz a um
manejo desonesto e antibíblico de seu tema. Em consequência, estará de desviando
da verdade e desviando também os seus ouvintes.
4º) Inclusivo. Ainda que breve, o texto deverá ser também inclusivo. Um resumo
adequado do que se deseja compartilhar. Quando estiver lendo o texto para a
congregação, todos deverão adquirir uma ideia razoável da área da verdade de Deus
que será apresentada.
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O texto deve ser pego literalmente ou deve ser entendido em seu sentido figurado? O
escritor quer dar a entender que o texto é literal, ou que deve ser entendido em seu
sentido figurativo?
2º) O Contexto Cultural. O texto sofreu influência da cultura do tempo em que foi
escrito? As pessoas, para quem as palavras originais foram escritas, teriam um
ponto de vista diferente do que nós em nossa atual situação? Se for o caso, qual
deveria ser o significado equivalente agora?
3º) Contexto Histórico. Quando a frase foi escrita? Qual era a influência reinante?
Acaso tiveram os eventos alguma influência especial, no que se disse para o
momento em que foi escrito?
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4º) Contexto Geográfico. Onde estava o autor quando escreveu? Quem eram e onde
estavam as pessoas para as quais ele escreveu? A sua localização geográfica teve
alguma influência no que foi escrito?
5º) Contexto Bíblico Total. Tenha em mente que “Toda a Escritura é divinamente
inspirada” (II Timóteo 3.16). Cada parte tem que ser fielmente interpretada para
que concorde com o todo.
Reforçamos que nenhuma passagem deve ser privada de seu contexto, pois deve ser
interpretada à luz do que ensina as Escrituras em seu contexto particular e global. A
Bíblia tem que interpretar a Bíblia e a exposição de um texto deverá estar sempre de
acordo com o que ensina a Palavra.
3º) Auxilia a tirar o máximo proveito do material disponível porque o reduz a sua
substância mais relevante e essencial.
4º) Ajuda a recordar tudo o que se deseja falar e a apresentá-lo de uma maneira
progressiva e ordenada com a menor dependência possível de notas escritas.
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3º) Faça-as Para Que Sejam Compreensíveis. Tente descobrir cada aspecto sobre o
que deseja falar.
4º) Concentre-se nas Ideias. Condense seus pensamentos em frases breves. Aprenda a
cristalizar os pensamentos e expresse-os em frases concisas. Pratique a redução e a
expressão de um conceito em uma oração com sentido completo.
5º) Faça Notas Condensadas. Recorde que as notas se encontram para ajudar a sua
memória. Até mesmo só uma palavra significativa pode relembrar algo que se
deseja realçar e se quer compartilhar com a congregação.
I) Introdução
A introdução pode ser a parte mais importante da mensagem já que, se não conseguir a
atenção de seus ouvintes neste período inicial, com certeza eles prestarão pouca atenção
ao restante do sermão.
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- Não Deve Ser o Ápice Da Mensagem. Não comece a dar passos que lhe sejam
impossíveis de manter durante o resto da mensagem. Pelo contrário, faça com
que sua apresentação seja modesta e, então, sua audiência será agradavelmente
surpreendida quando descobrir que o sermão é muito mais interessante do que
eles esperavam. Desenvolva o tema de forma crescente.
- Não Deve Ser Muito Longa. Lembre-se de que é somente a introdução, não o
sermão. Teve um pregador que, depois de 35 minutos falando disse: “Meus
irmãos, Deus tem muito mais coisas para nós nesta noite. Agora preste atenção
no primeiro ponto da mensagem...!”.
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- Deve Ter Uma Relação Óbvia Com O Tema. A introdução deverá conduzir ao
tema; como consequência, sempre deve estar vitalmente relacionada a ele.
- Deve Ser Cuidadosamente Preparada. Uma vez que a introdução tem uma
importância vital para ganhar a atenção dos ouvintes, ela seguramente exige um
cuidado todo especial. Tente colocar-se no lugar do auditório. Pergunte-se:
“Qual coisa, nesse sentido, alguém poderia fazer para ganhar minha atenção? De
tudo o que me proponho a dizer, que aspecto concreto captaria meu interesse?”.
Usando a imaginação desta maneira, pode-se determinar o melhor estilo que
deveria ter a introdução.
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Introdução
O mundo já conheceu muitas pessoas famosas por ter amado muito. Mas eu desejo
lhes falar Daquele que, sem dúvida, é O que amou mais do que todos, o Próprio
Deus!
Ele ama a todas as raças do mundo com o amor da mais alta qualidade, o qual Lhe
impulsionou a fazer o maior sacrifício possível.
Corpo da Mensagem
A. O GRANDE AMOR DE DEUS POR TODO O MUNDO
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Conclusão:
Deus lhe oferece agora o maior presente possível... vida eterna em Cristo! Que
loucura seria rejeitar ou tratar com descuido um presente tão maravilhoso! Aceite a
Cristo sem demora!
Introdução
Com certeza todas as pessoas desejam possuir paz e segurança interior. Há muitos
fatores na vida que podem nos roubar a paz. Um deles é a enfermidade. É difícil
manter a paz interior quando se padece de uma enfermidade grave. A mente se
enche de incerteza e desespero. Aqui temos a história de uma pessoa vivendo tal
situação, pois padecia de uma enfermidade grave.
Mas em um dia maravilhoso ela encontrou-se com Jesus Cristo e sua vida foi
restaurada completamente e, somente então, desfrutou da verdadeira paz. Este
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mesmo Jesus pode também abençoar sua vida hoje. Vejamos esta história e
descubramos como ela recebeu a cura, a mesma que você também pode receber da
mesma maneira.
Corpo da Mensagem
A. ESTA MULHER NÃO TINHA PAZ
1. Tinha estado enferma sem interrupção durante doze anos.
2. Tinha gasto todo seu dinheiro. Agora não tinha nenhum centavo!
3. Estava decepcionada e frustrada.
4. Parecia que ninguém podia ajudá-la. Seu caso se parece com tantos que hoje
em dia estão sós, frustrados e inseguros.
C. SUA SALVAÇÃO
1. Os discípulos não puderam ajudá-la. Nem sequer conheciam sua necessidade.
Há vezes em que nenhum ser humano tem como nos ajudar. Somente Deus
pode ocupar-se de nossas necessidades mais profundas.
2. Cristo exigiu sua confissão. “Quem me tocou?”, ele já sabia, mas desejava sua
confissão pública. Romanos 10.10 diz: “Porque com o coração se crê para
justiça, mas com a boca se confessa para a salvação”.
3. Cristo a chama de “filha”. Aceitou-a como um membro da família de Deus.
4. Disse-lhe: “vai-te em paz”. A partir de então, a paz de Cristo, passa a fazer
parte de sua vida. A incerteza e a ansiedade se desvaneceram por completo.
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5. Foi sua fé que a restaurou (Lucas 8.48). Deus deseja que todos sejam
restaurados, Perfeitamente sãos de espírito, alma e corpo.
Conclusão:
Saiu como uma pessoa transformada. Você também pode ser transformado se vier a
Cristo com fé!
2) O SERMÃO EXPOSITIVO
Aqui nos ocuparemos da arte de expor uma passagem da Palavra. Expor significa
interpretar e explicar, representar uma matéria em detalhes.
Por exemplo, o pregador decide expor o Evangelho de João, capítulo por capítulo.
Começando com o primeiro capítulo, procura-se interpretar e explicar o significado de cada
versículo. Uma forma de aplicar é ocupar-se de um capítulo a cada semana e, assim, no
período de algumas semanas, termina-se de expor o livro.
a) Vantagens da pregação expositiva
Este é um método excelente para se ensinar a Bíblia. Há muitas vantagens, além de ser
um bom estilo para se aperfeiçoar e cultivar. Aqui estão algumas das vantagens deste
método:
I) É Um Método Bíblico
Jesus mesmo usou-o frequentemente. Ele pegava uma porção das Escrituras do Antigo
Testamento e interpretava seu significado diante de Seus ouvintes.
Pedro também se utilizou o método expositivo no dia de Pentecostes. Tomou alguns
dos textos que se referiam ao Rei Davi e explicou o verdadeiro significado deles diante
de uma grande multidão. Mostrou cuidadosamente as implicações proféticas destas
Escrituras e a maneira como elas sinalizavam para Cristo, demonstrando que Ele era o
Messias.
Outra vez encontramos Estêvão utilizando este método de pregação expositiva no
Capítulo 7 de Atos. A Bíblia está cheia literalmente de excelentes exemplos da pregação
expositiva.
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para ser uma epístola viva. Não só se exige dele que pregue a verdade, mas que também
pratique-a e demonstre-a. Tem que ser um exemplo vivo de tudo o que prega.
1º) Clareza
Significa a qualidade do que é claro ou inteligível, aquilo que se percebe bem.
Limpidez, transparência. Bom timbre.
Portanto, assegure-se de que sua fala é compreendida com facilidade. A finalidade da
pregação expositiva é transformar as passagens citadas em algo tão fácil de compreender
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quanto possível. Portanto, não tente ser deslumbrante, nem exibir seus conhecimentos.
Trate de compartilhar o Pão da Vida de maneira que toda sua audiência possa seguir
facilmente a ênfase que você está dando.
2º) Consistência
Significa o estado de uma coisa que promete durar ou não ter mudança, perseverança.
Portanto, faça com que os comentários tenham consistência com o tema que se está
expondo. Evite a tentação de vagar por vários devaneios e histórias que lhe possam
ocorrer. Manter-se fiel ao seu tema reforça a mente de sua audiência. Não tema fazer
alguma repetição. Certa quantidade de repetição é necessária a fim de fixar uma verdade
nos corações das pessoas.
3º) Coerência
Significa ligação, harmonia, conexão ou nexo entre os fatos, ou as ideias.
Portanto, assegure-se de que seus pensamentos têm uma unidade ou coerência clara.
Uma pessoa que fala com incoerência, é aquela cuja pregação carece de tanta unidade,
que apenas é possível compreender o que está dizendo, pois fala português, mas suas
ideias estão sendo apresentadas de maneira desconexa.
Deixe que a expressão de seus pensamentos tenha uma unidade óbvia. Não vague de
pensamento em pensamento. Seja claro e conciso. Assegure-se de que seus pensamentos
têm relação e estão bem unidos, sustentando-se completamente uns aos outros.
4º) Continuidade
Significa a qualidade daquilo que é contínuo, cronológica ou fisicamente. Ligação
ininterrupta das partes de um todo.
Portanto, deve haver uma progressão clara do pensamento. As afirmações devem estar
se movendo continuamente em direção ao objetivo proposto. Cada ponto deverá seguir
claramente o anterior. Seus comentários devem fluir livremente de um texto para o
próximo com unidade, correspondência e progressão claras. Siga progredindo
paulatinamente até sua meta final.
5º) Concisão
Significa qualidade do que é conciso, breve, precisão, exatidão, apuro.
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Portanto procure ser conciso. É muito melhor deixar a audiência com o desejo de
continuidade, do que com o desejo de que você tivesse terminado vinte minutos antes.
Evite a tentação de falar por falar. Não adquira o hábito de divagar. Um bom exemplo
de conselho foi dado a pregadores, uma vez, desta forma:
“LEVANTE-SE! FALE! CALE-SE! ”.
6º) Compreensão
Significa o ato de compreender. Faculdade de compreender; percepção.
Este ponto aparenta contradizer o anterior no qual se aconselha ser conciso.
Entretanto, não há contradição, pois trata-se de cobrir o tema tão plenamente quanto
possível, mas no menor tempo necessário para isso.
É certamente possível e desejável expor a Palavra completa e tão brevemente quanto
possível. Ser compreendido não requer se fale tanto que sua audiência se canse do som de
sua voz. Trate de unir as duas coisas!
7º) Concludente
Significa aquele que conclui, que prova ou demonstra o que alega; convincente.
Portanto, jamais deixe de concluir satisfatoriamente a mensagem, pois aqui está o
ponto mais importante. Qual a conclusão de tudo o que foi exposto? Qual é o resultado
final? O que as suas palavras conseguirão?
A conclusão desejada deve dominar a mente e a fé do pregador desde o início.
Desenvolva o ministério em fé, crendo que o Senhor cumprirá seus objetivos através da
ministração da Sua Palavra. O pregador deve lembrar que não é sua responsabilidade
conseguir o resultado desejado, pois esta é a tarefa de Deus.
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Capítulo 8
b) Miquéias 6.8.
O QUE DEUS ESPERA DO CRISTÃO.
I) Que pratique a justiça.
II) Que ame a misericórdia.
III) Que ande humildemente com o Senhor.
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1º SERMÃO
OS GIGANTES SEMPRE VOLTAM
Pr. Tito Oscar (Bispo da Igreja Nova Vida)
Introdução
- Israel viveu a maior parte de sua história lutando para conquistar o direito de ser o povo de
Deus!
- O jovem Samuel, que vivia sob a orientação do sacerdote Eli, viu os Filisteus derrotarem o
seu povo e levarem a Arca da Aliança!
- Um dia, surge um jovem chamado Davi, que desafia o chefe dos Filisteus, o gigante
Golias!
- Com a derrota de Golias o povo pensou que a paz estava garantida!
- Mas eles perceberam mais tarde que os gigantes sempre voltam!
- Por isto todo o cristão deve estar preparado com a armadura de Deus para enfrentar as
investidas dos gigantes!
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2º SERMÃO
A FORÇA DO OLHAR
Pr. Tito Oscar (Bispo da Igreja Nova Vida)
INTRODUÇÃO
- Stanley Jones ao analisar a atitude cristã diante do sofrimento humano afirmou: “A vida
muitas vezes se apresenta como disse Simão Cirineu: Saímos de casa num dia sem
nuvens, com os pássaros a gorjear. A vida parece cheia de esperança e promessa. Mas, de
repente, encontramo-nos no meio da tragédia; as circunstâncias põem sobre nós uma cruz
pesada e somos obrigados a subir em um calvário”.
- O grande desafio do cristão é saber como enfrentar estes momentos de crise!
- O texto de Miquéias contém lições importantes para quem deseja vencer os desafios da
vida!
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- O quadro descrito pelo profeta Isaías ainda tem cores nos dias de hoje (Isaías 1.10-17).
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- Miquéias 7.18
- Em quarto lugar esse olhar renova a nossa esperança
- Miquéias 7.19.
CONCLUSÃO
- Jesus ao falar sobre as ansiedades da vida, deixou um remédio muito eficaz!
- Ele mandou simplesmente que olhássemos para os lírios do campo!
- Onde você estiver lendo esta mensagem, você pode levantar seus olhos e contemplar a
graça libertadora de Deus! ,
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Capítulo 9
1) EXTENSÃO DO SERMÃO
O sermão deve ser curto ou longo? Como decidir entre os dois? Observe a fisionomia
dos ouvintes, se eles aparentam cansaços e apatia, é bom caminhar para a conclusão.
O que é melhor? Um sermão curto sem conteúdo, ou um sermão longo com
profundidade bíblica? Nenhum dos dois. Observe o auditório!
2) ILUSTRAÇÕES
As ilustrações jocosas, alegres e descontraídas cabem melhor no início do sermão.
Seja mais solene ao concluir. Use preferivelmente ilustrações verdadeiras, polidas na
experiência do dia a dia.
3) DICÇÃO CORRETA
Comer os “S” finais e introduzir sons vocálicos reflete pouca cultura e desprestigia a
língua portuguesa. Exemplos:
- Jesus, e não Jesuis.
- Nós, e não nois.
- Fomos, e não fumus... e muitos outros.
- Diga preletor e não preleitor.
- Vamos e não vamus etc.
- Entender as coisas e não entender as coisa... etc.
4) TOM DE VOZ
Com sua voz o pregador denuncia sua convicção. Gritar e esmurrar o púlpito não
convencem, nem escondem o caráter do pregador. MODULE e ALTERE a voz. Fale alto,
baixo, rápido, vagarosamente. Voz monótona dá sono. Voz estridente cansa.
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6) APLICAÇÃO PRÁTICA
Seja prático nas aplicações. O que melhor dizer? “Levemos Jesus ao mundo (isso é ser
genérico)”, ou “ao chegar à sua casa hoje, pegue o telefone e ligue para a sua mãe e diga-
lhe: mamãe, eu amo você e Jesus também lhe ama...”.
7) ESBOÇO DO SERMÃO
Memorize o máximo possível o esboço do sermão. Cada vez que o pregador deixa de
olhar nos olhos dos ouvintes, parcela deles se desliga. Mantenha os ouvintes plugados! Não
dê a impressão de que você está recitando, seguindo um roteiro, tendo que parar de vez em
quando para “se lembrar” do assunto. Se usar o recurso de projeção num telão, não fique
demasiado de costas, lendo. Tenha o mesmo texto que está no telão impresso com você para
não ter que se virar a todo instante para ler.
8) GESTOS
Os gestos do pregador reforçam os verbos. Gesticulação sem propósitos denuncia o
nervosismo do pregador e não causa bom efeito nos ouvintes.
9) O USO DO MICROFONE
O microfone é um amigo do pregador! Não dê pancadas nele antes de usá-lo. No caso
de dificuldades de conviver com ele, faça um curso e aprenda o recurso. Peça ajuda de
pessoas mais experientes. Mais à frente falaremos um pouco mais sobre este tema
específico.
10) AUTENTICIDADE
Pregue, de preferência, os seus sermões. Mas, caso vá pregar um sermão de outro
pregador, diga a fonte. Omitir é feio, é desonesto! Alguém pode descobrir o plágio e você
cair em descrédito.
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11) APELO
“Apele sem apelação”. Diga claramente o que você pretende que o ouvinte faça em
reação ao sermão recém-apresentado. No caso de não haver manifestações, não ameace o
auditório com as pragas infernais!
Outra coisa: não apele exageradamente para as palmas. Têm pregadores que a cada
cinco minutos ou menos exigem que o auditório dê uma forte salva de palmas para Jesus.
Um auditório que está sendo bem tocado pela mensagem vai bater palmas sozinho, sem
precisar de muito apelo.
13) MOVIMENTAÇÃO
Caminhar em excesso na plataforma durante o sermão é um bom exercício para o
pregador, mas uma excelente maneira de arremessar o auditório para fora do sermão.
Movimente-se com cuidado e moderadamente. Procure aquietar-se!
14) A EMOÇÃO
O pregador pode chorar. Há ocasiões que isto é inevitável durante o sermão. O choro
deve ser espontâneo e natural, não mero artifício de comunicação. Mas se o chorar ocorre
em todas as ocasiões e se tornar um hábito do pregador, é preciso averiguar a real origem
dessa emoção. Sugere-se ao pregador que procure ajuda profissional especializada.
15) CHAVÕES
A grande massa cristã (evangélica) produziu a sua própria gíria. Chavões circulam no
meio do povo como axioma teológico. Cabe ao pregador fugir dessas expresses inócuas, tais
como: “amém, irmãos?”; “Uma bênção…”; “Que Maravilha!”; “O toque de Deus!”; “Quem
está entendendo diga amém!” e outras.
Usá-las no sermão reflete pobreza de exegese bíblica e falta de vocabulário. Usar uma
dessas expressões uma vez ou outra não tem problema. O problema ocorre quando elas são
usadas a todo instante, vinte, trinta ou quarenta vezes numa única mensagem.
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16) DESCULPAS
Ao pregador não cabe o pedir desculpas pelo conteúdo da mensagem que foi, ou será
apresentada. Desculpar-se não é bom nem antes nem depois do sermão. A falsa humildade
revela verdadeiro desleixo.
17) TIQUE
O Pregador, nervoso, repete o mesmo gesto. Leva a mão ao nó da gravata, pigarreia,
arruma os óculos no rosto... Todo o gesto repetido desperta a atenção do ouvinte e desvia-o
do sermão. Controle-se. Observe-se a si mesmo! Antes que os adolescentes façam piadas de
você!
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Bem-aventurado o pregador que modela sua voz e só fala gritando de vez em quando,
moderadamente e quando absolutamente necessário.
Bem-aventurado o pregador que sabe como e quando encerrar o se sermão.
Bem-aventurado o pregador que se inclui entre os ouvintes.
Bem-aventurado o pregador cujos sermões são articulados e lógicos.
Bem-aventurado o pregador cujos sermões constituem uma unidade, têm propósito definido,
sendo cada palavra bem pensada e meditada.
Bem-aventurado o pregador que raramente emprega o pronome “eu”.
Bem-aventurado o pregador que sabe que foi chamado por Deus.
Bem-aventurado o pregador que conhece e prega a Palavra.
Bem-aventurado o pregador que vive a mensagem que prega.
Bem-aventurado o pregador que é Cristocêntrico.
Bem-aventurado o pregador que reconhece a sua dependência do Espírito Santo.
“Pregar o Evangelho de Jesus Cristo é o mais alto privilégio e a aventura mais sedutora
jamais comissionada ao homem, pois o propósito final de toda pregação do Evangelho é
a evangelização, a real conversão para Cristo”.
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Capítulo 10
COMUNICANDO-SE EM PÚBLICO
a) Microfone De Lapela
Este tipo de microfone praticamente não apresenta grandes problemas quanto à sua
utilização; ele é preso na roupa por uma presilha tipo “jacaré” de fácil manuseio. É muito
útil quando se pretende ter liberdade de movimentos na tribuna. Para usá-lo bem, basta
atentar aos itens que passaremos a comentar.
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IV) É perigoso fazer comentários alheios ao assunto tratado no sermão, quando se está
próximo de qualquer microfone, porque sempre poderão ser ouvidos. No caso do
microfone de lapela o problema passa a ser muito mais grave por causa da sua alta
sensibilidade. Ele permite captar ruídos a uma considerável distância. Isto sem
contar que, preso na roupa, sempre o acompanhará.
V) Talvez não seja necessário fazer este tipo de comentário, mas como já
presenciamos inúmeros ocorridos desagradáveis, vale a pena alertar o orador para
que não se esqueça de retirar o microfone quando terminar de falar e for sair da
tribuna.
b) Microfone De Pedestal
Este tipo de microfone exige maiores cuidados para sua melhor utilização. É um
microfone mais comum e encontrável na maioria dos auditórios. Veja agora o que deverá
fazer para evitar problemas e melhorar as condições de sua apresentação.
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V) Fale naturalmente, não grite, isso mesmo, aja como se estivesse conversando com
um pequeno grupo de amigos. Isso não quer dizer que deverá falar baixinho, sem
energia; ao contrário, transmita sua mensagem animadamente, com vibração, mas
sem gritar.
VI) Se for preciso segurar o microfone com a mão para se movimentar na tribuna, o
cuidado com a voz deverá ser o mesmo; nesse caso não movimente a mão que
segura o microfone e deixe-o sempre à mesma distância.
c) Microfone De Mesa
O microfone de mesa requer os mesmos cuidados já mencionados, com a diferença de
normalmente ser apoiado sobre uma haste flexível. Ao acertar a altura não vacile, faça-o
com firmeza e só comece a falar quando tiver posicionado da maneira desejada.
Se lhe oferecerem um microfone no momento de falar, antes de aceitar ou recusar,
analise algumas condições do ambiente. Se os outros falaram sem microfone e se a sala
não for muito ampla e permitir que a voz chegue até os últimos ouvintes, sem
dificuldade, poderá recusá-lo. Se alguns oradores se apresentaram valendo-se do
microfone ou se sentir que o tamanho da sala e a acústica impedirão sua voz de chegar
bem até os últimos elementos da plateia, aceite-o.
Se o microfone apresentar problemas e você perceber que eles persistirão, desligue-o e
fale sem microfone. Não peça opinião a ninguém sobre essa atitude. A apresentação é sua
e pregador é o responsável pelo seu bom desempenho. O microfone deve ajudar a
exposição. Se, ao contrário, atrapalhar, é preferível ficar sem ele.
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- Defina objetivos - Antes de mais nada, identifique um ou dois pontos que deseja
comunicar. Depois, pense na melhor maneira de obter impacto com eles.
- Não decore, não leia - Exceto poucas pérolas criteriosamente escolhidas, frases
memoráveis ou exemplos que, com certeza, funcionam, seja o mais espontâneo
possível. Não ensaie a ponto de dizer sempre as mesmas coisas da mesma forma.
Para não se desorganizar, use notas breves.
- Fale com uma pessoa de cada vez - Embora pareça absurdo discursar para um só,
olhar e falar para indivíduos na plateia ajuda a manter a naturalidade. Fale com cada
pessoa só o tempo em que o contato for confortável, em geral, uns 15 segundos.
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- Tente não pensar em suas mãos e expressões faciais - Concentre-se no que deseja
comunicar e deixe a comunicação não verbal correr solta. Prestar atenção nos gestos
gera inibição ao constrangimento.
- Vá com calma - Algumas pessoas no auditório podem querer tomar notas. Colabore
indo devagar. Faça pausas. Guie o auditório delineando os itens mais e os menos
importantes. Lembre-se que seu objetivo é ajudar o público a entender e não
apresentar informações em tempo recorde.
b) Cuidados Importantes:
- Nunca chegue na hora. Chegue antes da hora.
- Cuidado com a aparência.
- Prepare-se para toda sorte de imprevistos. Queda de luz; bêbados; desmaios;
esquecer o sermão; barulhos e etc.
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- Elogiar a si mesmo.
- Cansar os ouvintes com sermões constantemente longos.
- Afastar-se do texto e do tema da mensagem.
- Cravar os olhos no chão ou no teto.
- Fixar o olhar exageradamente em algum ouvinte em particular.
- Permanecer rígido, imóvel, como uma estátua.
- Encerrar o sermão após o horário estabelecido para o término do culto (em ocasiões
normais).
- Abotoar e desabotoar o paletó a todo instante.
- Iniciar cada frase com um pigarro ou tossindo.
- Permanecer o tempo inteiro com o dedo indicador em forma acusadora.
- Dar socos na mesa ou no púlpito.
- Jogar a Bíblia sobre o púlpito.
- Ficar olhando o relógio o tempo todo.
- Desculpar-se por não estar preparado.
- Repetir várias vezes: “Logo vou terminar”. Se disser, então termine logo.
- Se expressar sendo presunçoso ou arrogante.
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Capítulo 11
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2) Erros gramaticais e ortográficos devem, por princípio, ser evitados. Alguns, no entanto,
como ocorrem com maior frequência, merecem atenção redobrada. A seguir, veja os mais
comuns do idioma e use esta relação como um roteiro para fugir deles:
- “Mal cheiro”, “mau humorado”. Mal opõe-se a bem e mau a bom. Assim: mau cheiro
(bom cheiro), mal-humorado (bem-humorado). Igualmente: mau humor, mal-
intencionado, mau jeito, mal-estar.
- “Fazem” cinco anos. Fazer, quando exprime tempo, é impessoal: Faz cinco anos. / Fazia
dois séculos. / Fez 15 dias.
- “Houveram” muitos acidentes. Haver, como existir, também é invariável: Houve muitos
acidentes. / Havia muitas pessoas. / Deve haver muitos casos iguais.
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- “Existe” muitas esperanças. Existir, bastar, faltar, restar e sobrar admitem normalmente
o plural: Existem muitas esperanças. / Bastariam dois dias. / Faltavam poucas peças. /
Restaram alguns objetos. / Sobravam ideias.
- Para “mim” fazer. Mim não faz, porque não pode ser sujeito. Assim: Para eu fazer, para
eu dizer, para eu trazer.
- Entre “eu” e você. Depois de preposição, usa-se mim ou ti: Entre mim e você. / Entre
eles e ti.
- “Há” dez anos “atrás”. Há e atrás indicam passado na frase. Use apenas há dez anos ou
dez anos atrás.
- “Entrar dentro”. O certo: entrar em. Veja outras redundâncias: Sair fora ou para fora, elo
de ligação, monopólio exclusivo, já não há mais, ganhar grátis, viúva do falecido.
- “Venda à prazo”. Não existe crase antes de palavra masculina, a menos que esteja
subentendida a palavra moda: Salto à (moda de) Luís XV. Nos demais casos: a salvo, a
bordo, a pé, a esmo, a cavalo, a caráter, etc.
- “Porque” você foi? Sempre que estiver clara ou implícita a palavra razão, use por que
separado: Por que (razão) você foi? / Não sei por que (razão) ele faltou. / Explique por
que razão você se atrasou. Porque é usado nas respostas. Ele se atrasou porque o
trânsito estava congestionado.
- Vai assistir "o" jogo hoje. Assistir como presenciar exige a: Vai assistir ao jogo, à missa,
à sessão. Outros verbos com a: A medida não agradou (desagradou) à população. / Eles
obedeceram (desobedeceram) aos avisos. / Aspirava ao cargo de diretor. / Pagou ao
amigo. / Respondeu à carta. / Sucedeu ao pai. / Visava aos estudantes.
- Preferia ir “do que” ficar. Prefere-se sempre uma coisa a outra: Preferia ir a ficar. E
preferível segue a mesma norma: É preferível lutar a morrer sem glória.
- O resultado do jogo, não o abateu. Não se separa com vírgula o sujeito do predicado.
Assim: O resultado do jogo não o abateu. Outro erro: O prefeito prometeu, novas
denúncias. Não existe o sinal entre o predicado e o complemento: O prefeito prometeu
novas denúncias.
- Não há regra sem “excessão”. O certo é exceção. Veja outras grafias erradas e, entre
parênteses, a forma correta: “paralizar” (paralisar), “beneficiente” (beneficente), “xuxu”
(chuchu), “previlégio” (privilégio), “vultuoso” (vultoso), “cincoenta” (cinquenta),
“zuar” (zoar), “frustado” (frustrado), “calcáreo” (calcário), “advinhar” (adivinhar),
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- Soube que os homens “feriram-se”. O que atrai o pronome: Soube que os homens se
feriram. / A festa que se realizou... O mesmo ocorre com as negativas, as conjunções
subordinativas e os advérbios: Não lhe diga nada. / Nenhum dos presentes se
pronunciou. / Quando se falava no assunto... _/ Como as pessoas lhe haviam dito... /
Aqui se faz, aqui se paga. / Depois o procuro.
- O peixe tem muito “espinho”. Peixe tem espinha. Veja outras confusões desse tipo: O
“fuzil” (fusível) queimou. / Casa “germinada” (geminada), “ciclo” (círculo) vicioso,
“cabeçário” (cabeçalho).
- Não sabiam “aonde” ele estava. O certo: Não sabiam onde ele estava. Aonde se usa com
verbos de movimento, apenas: Não sei aonde ele quer chegar. / Aonde vamos?
- “Obrigado”, disse a moça. Obrigado concorda com a pessoa: “Obrigada”, disse a
moça. / Obrigado pela atenção. / Muito obrigados por tudo.
- O governo “interviu”. Intervir conjuga-se como vir Assim: O governo interveio. Da
mesma forma: intervinha, intervim, interviemos, intervieram. Outros verbos derivados:
entretinha, mantivesse, reteve, pressupusesse, predisse conviesse, perfizera, entrevimos,
condisser, etc.
- Ela era “meia” louca. Meio, advérbio, não varia: meio louca, meio esperta, meio amiga.
- “Fica” você comigo. Fica é imperativo do pronome tu. Para a pessoa, o certo é fique:
Fique você comigo. / Venha pra Caixa você também. / Chegue aqui.
- A questão não tem nada “haver” com você. A questão, na verdade, não tem nada a ver
ou nada que ver. Da mesma forma: Tem tudo a ver com você.
- A corrida custa 5 “real”. A moeda tem plural: A corrida custa 5 reais.
- Vou “emprestar” dele. Emprestar é ceder e não tomar por empréstimo. Vou pegar o livro
emprestado. Ou: Vou emprestar o livro (ceder) ao meu irmão. Repare nesta
concordância: Pediu emprestadas duas malas.
- Foi “taxado” de ladrão. Tachar é que significa acusar de: Foi tachado de ladrão. / Foi
tachado de leviano.
- Ele foi um dos que “chegou” antes. Um dos que faz a concordância no plural: Ele foi
um dos que chegaram antes (dos que chegaram antes, ele foi um). Era um dos que
sempre vibravam com a vitória.
- Ministro nega que “é” negligente. Negar que introduz subjuntivo, assim como embora e
talvez: Ministro nega que seja negligente. / O jogador negou que tivesse cometido a
falta. / Ele talvez o convide para a festa. / Embora tente negar, vai deixara empresa.
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- Tinha “chego” atrasado. “Chego” não existe. O certo: Tinha chegado atrasado.
- Queria namorar “com” o colega. O com não existe: Quer namorar o colega.
- O processo deu entrada “junto ao” STE. Processo dá entrada no STF. Igualmente: O
jogador foi contratado do (e não “junto ao”) Guarani. / Cresceu muito o prestígio do
jornal entre os (e não “junto aos”) leitores. / Era grande a sua dívida com o (e não
“junto ao”) banco. / A reclamação foi apresentada ao (e não “junto ao”) Procon.
- Chegou “a” duas horas e partirá daqui “há” cinco minutos. “Há” indica passado e
equivale a faz, enquanto “a” exprime distância ou tempo futuro (não pode ser
substituído por faz): Chegou há (faz) duas horas e partirá daqui a (tempo futuro) cinco
minutos. / O atirador estava a (distância) pouco menos de 12 metros. / Ele partiu há
(faz) pouco menos de dez dias.
- Blusa “em” seda. Usa-se de, e não em, para definir o material de que alguma coisa é
feita: Blusa de seda, casa de alvenaria, medalha de prata, estátua de madeira.
- A artista “deu à luz a” gêmeos. A expressão é dar à luz, apenas: A artista deu à luz
quíntuplos. Também é errado dizer: Deu “a luz a” gêmeos.
- Estávamos “em” quatro à mesa. O em não existe: Estávamos quatro à mesa. / Eramos
seis. / Ficamos cinco na sala.
- Sentou “na” mesa para comer. Sentar-se (ou sentar) em é sentar-se em cima de. Veja o
certo: Sentou-se à mesa para comer. / Sentou ao piano, à máquina, ao computador.
- Ficou contente “por causa que” ninguém se feriu. Embora popular, a locução não existe.
Use porque: Ficou contente porque ninguém se feriu.
- O time empatou “em” 2 a 2. A preposição é por O time empatou por 2 a 2. Repare que
ele ganha por e perde por. Da mesma forma: empate por.
- À medida “em” que a epidemia se espalhava... O certo é: À medida que a epidemia se
espalhava... Existe ainda na medida em que (tendo em vista que): É preciso cumprir as
leis, na medida em que elas existem.
- A moça estava ali “há” muito tempo. Haver concorda com estava. Portanto: A moça
estava ali havia (fazia) muito tempo. / Ele doara sangue ao filho havia (fazia) poucos
meses. / Estava sem dormir havia (fazia) três meses. (O havia se impõe quando o verbo
está no imperfeito e no mais-que-perfeito do indicativo.).
- Andou por “todo” país. Todo o (ou a) é que significa inteiro: Andou por todo o país
(pelo país inteiro). / Toda a tripulação (a tripulação inteira) foi demitida. Sem o, todo
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quer dizer cada, qualquer: Todo homem (cada homem) é mortal. / Toda nação (qualquer
nação) tem inimigos.
- “Todos” amigos o elogiavam. No plural, todos exige os: Todos os amigos o elogiavam. /
Era difícil apontar todas as contradições do texto.
- Favoreceu “ao” time da casa. Favorecer, nesse sentido, rejeita a: Favoreceu o time da
casa / A decisão favoreceu os jogadores.
- Ela “mesmo” arrumou a sala. Mesmo, quanto equivale a próprio, é variável: Ela mesma
(própria) arrumou a sala. / As vítimas mesmas recorreram à polícia.
- Chamei-o e “o mesmo” não atendeu. Não se pode empregar o mesmo no lugar de
pronome ou substantivo: Chamei-o e ele não atendeu. / Os funcionários públicos
reuniram-se hoje: amanhã o país conhecerá a decisão dos servidores (e não “dos
mesmos”).
- Vou sair “essa” noite. É “este” que designa o tempo no qual se está ou objeto próximo:
Esta noite, esta semana (a semana em que se está), este dia, este jornal (o jornal que
estou lendo), este século (o século 20).
- A temperatura chegou a 0 “graus”. Zero indica singular sempre: Zero grau, zero-
quilômetro, zero hora.
- A promoção veio “de encontro aos” seus desejos. Ao encontro de é que expressa uma
situação favorável: A promoção veio ao encontro dos seus desejos. De encontro a
significa condição contrária: A queda do nível dos salários foi de encontro às (foi
contra) expectativas da categoria.
- Comeu frango “ao invés de” peixe. “Em vez” de indica substituição: Comeu frango em
vez de peixe. Ao invés de significa apenas ao contrário: Ao invés de entrar, saiu.
- Se eu “ver” você por aí... O certo é: Se eu vir, revir, previr. Da mesma forma: Se eu vier
(de vir), convier; se eu tiver (de ter), mantiver; se ele puser (de pôr), impuser; se ele
fizer (de fazer), desfizer; se nós dissermos (de dizer), predissermos.
- Ele “intermedia” a negociação. Mediar e intermediar conjugam-se como odiar. Ele
intermedeia (ou medeia) a negociação. Remediar, ansiar e incendiar também seguem
essa norma: Remedeiam, que eles anseiem, incendeio.
- Disse o que “quiz”. Não existe z, mas apenas s, nas pessoas de querer e pôr: Quis,
quisesse, quiseram, quiséssemos; pôs, pus, pusesse, puseram, puséssemos.
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- O homem “possue” muitos bens. O certo: O homem possui muitos bens. Verbos em uir
só têm a terminação ui: Inclui, atribui, polui. Verbos em uar é que admitem ue:
Continue, recue, atue, atenue.
- A tese “onde”... Onde só pode ser usado para lugar: A casa onde ele mora. / Veja o
jardim onde as crianças brincam. Nos demais casos, use em que. A tese em que ele
defende essa ideia. / O livro em que... / A faixa em que ele canta... / Na entrevista em
que...
- Já “foi comunicado” da decisão. Uma decisão é comunicada, mas ninguém “é
comunicado” de alguma coisa. Assim: Já foi informado (cientificado avisado) da
decisão. Outra forma errada: A diretoria “comunicou” os empregados da decisão.
Opções corretas: A diretoria comunicou a decisão aos empregados. / A decisão foi
comunicada aos empregados.
- “Inflingiu” o regulamento. Infringir é que significa transgredir: Infringiu o regulamento.
Infligir (e não “inflingir”) significa impor: Infligiu séria punição ao réu.
- A modelo “pousou” o dia todo. Modelo posa (de pose). Quem pousa é ave, avião,
viajante, etc. Não confunda também iminente (prestes a acontecer) com eminente
(ilustre). Nem tráfico (contrabando) com tráfego (trânsito).
- Espero que “viagem” hoje. Viagem, com g, é o substantivo: Minha viagem. A forma
verbal é viajem (de viajar): Espero que viajem hoje. Evite também “comprimentar”
alguém: de cumprimento (saudação), só pode resultar cumprimentar. Comprimento é
extensão. Igualmente: Comprido (extenso) e cumprido (concretizado).
- O pai “sequer” foi avisado. Sequer deve ser usado com negativa: O pai nem sequer foi
avisado. / Não disse sequer o que pretendia. / Partiu sem sequer nos avisar.
- Comprou uma TV “a cores”. Veja o correto: Comprou uma TV em cores (não se diz TV
“a” preto e branco). Da mesma forma: Transmissão em cores, desenho em cores.
- “Causou-me” estranheza as palavras. Use o certo: Causaram-me estranheza as palavras.
Cuidado, pois é comum o erro de concordância quando o verbo está antes do sujeito.
Veja outro exemplo: Foram iniciadas esta noite as obras (e não “foi iniciado” esta noite
as obras).
- A realidade das pessoas “podem” mudar. Cuidado: palavra próxima ao verbo não deve
influir na concordância. Por isso: A realidade das pessoas pode mudar. / A troca de
agressões entre os funcionários foi punida (e não “foram punidas”).
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- O fato passou “desapercebido”. Na verdade, o fato passou despercebido, não foi notado.
Desapercebido significa desprevenido.
- “Haja visto” seu empenho... A expressão é haja vista e não varia: Haja vista seu
empenho. / Haja vista seus esforços. / Haja vista suas críticas.
- A moça “que ele gosta”. Como se gosta de, o certo é: A moça de que ele gosta.
Igualmente: O dinheiro de que dispõe o filme a que assistiu (e não que assistiu), a prova
de que participou, o amigo a que se referiu, etc.
- É hora “dele” chegar. Não se deve fazer a contração da preposição com artigo ou
pronome nos casos seguidos de infinitivo: É hora de ele chegar. / Apesar de o amigo tê-
lo convidado... / Depois de esses fatos terem ocorrido...
- Já “é” 8 horas. Horas e as demais palavras que definem tempo variam: Já são 8 horas. /
Já é (e não “são”) 1 hora, já é meio-dia, já é meia-noite.
- A festa começa às 8 “hrs”. As abreviaturas do sistema métrico decimal não têm plural
nem ponto. Assim: 8 h, 2 km (e não “kms”), 5 m, 10 kg.
- “Dado” os índices das pesquisas... A concordância é normal: Dados os índices das
pesquisas... / Dado o resultado... / Dadas as suas ideias...
- Ficou “sobre” a mira do assaltante. “Sob” é que significa “debaixo de”: Ficou sob a
mira do assaltante. / Escondeu-se sob a cama. “Sobre” equivale a “em cima” de ou “a
respeito de”: Estava sobre o telhado. / Falou sobre a inflação.
- Lembre-se: O animal ou o piano têm cauda e o doce, calda.
- “Ao meu ver”. Não existe artigo nessas expressões: A meu ver, a seu ver, a nosso ver.
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