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SEMINÁRIO BÍBLICO DE TEOLOGIA CRISTÃ DO RIO DE JANEIRO

Seminário Interdenominacional – Entidade Mantenedora: COMUNIDADE CRISTÃ


VIDA NOVA
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PNEUMATOLOGIA 2

INTRODUÇÃO:

Por quê estudar a Doutrina do Espírito Santo

1. A religião cristã apresenta duas fazes ou aspecto: o


histórico e experimental. O cristianismo não é
primariamente uma filosofia de vida. Seus fatos e
experiências estão sujeitos ao tratamento filosófico e
à interpretação

1.1. A revelação que se dá em Jesus Cristo nos revela


Deus em termos concretos, humanos e históricos. O
Cristianismo deve ser reconheci como matéria de
história. Jô:1:17 “veio” (gr. vieram a existência) por
intermédio de Jesus e não através dEle o mesmo
verbo em 1:3

1.2. Ela transcende a história . Ele é super-histórico


ou trans-histórico. É obra do Espírito Santo revela o
Cristo universal e espiritual aos homens de todas
as raças e climas. Sem o Espírito isso não se dá,
pois esta religião oferece uma experiência viva

2. Na história do pensamento cristão não se lhe tem


dado muita importância a esta doutrina ou um
tratamento apropriado. Nos primórdios da História
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da Igreja a doutrina da Pessoa de Cristo ocupou o


centro do pensamento e controvérsias

2.1. No Cristianismo temos três doutrinas


relacionadas em sua essência: a divindade de
Cristo, a personalidade do Espírito Santo e a
doutrina da Trindade. No NT a ordem geral de
tratamento é esta: Primeiro Cristo e Sua obra;
depois O Espírito Santo e Sua Obra

3. A doutrina do Espírito Santo tem sofrido


deturpações.

3.1. Sacramentalismo: ex opera operato mediação de


um sacerdote (cerimônias).Submeter a obra do
Espírito Santo a procedimentos ou práticas
estabelecidas a oficiais da igreja. A obra esta
submetida a dignatários da igreja

3.2. A religião espontânea: Deseja reproduzir


exatamente, à letra em em todos os pormenores, a
religião do NT. Chegando afirmar que os que não
realizam os mesmos eventos relatados no NT “não
tem o Espírito”.

3.3. Identificar a espiritualidade com um tipo


emocional de religião. A espiritualidade tem a ver
com o homem todo e não só com as emoções. O
sentimento tem o seu lugar próprio no
Cristianismo mas não constitui o todo da religião.

3.4. Atividade religiosa: Há muita atividade


religiosa que tem pouca ligação com a obra do
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Espírito de Deus. Deve-se procurar qual é a


vontade de Deus

3.5. Colocar a organização no lugar do poder


espiritual. Temos que lembrar que o poder do
Espírito da liberdade; já a tendência da
organização é suprimir a liberdade. A organização é
boa desde seja baseada em formas e princípios
cristãos e seja guiada pelo Espírito de Deus

O ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO

Existem dois tipos de religião no Antigo Testamento:

1. Representado pela lei mosaica, escrita em tabuas de


pedra e superentendida por sacerdotes cujo oficio
proveio do fato de serem descendente de outros
sacerdotes. O seu compromisso era ritualístico sem
nenhuma exigência morais ou espirituais para
exercerem o sacerdócio. Era uma religião legalista,
racial, externa e institucional
2. Representado pelos profetas, que poder ser descrito
como de caráter espiritual, pessoal e profético. Os
líderes deste tipo de religião não desfrutavam de
nenhuma posição oficial no sistema religioso
estabelecido no Israel nacional. Eram líderes
religioso em virtude de um chamado divino e
realizavam a sua missão por força de liderança
pessoal e pela influência moral e espiritual. Em
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regra, eram os censores duma estabelecida ordem de


coisas, tanto da religião como do estado. Eles
tomavam a sua comissão como um fardo do Senhor
(Cf. Is:14:28, 16:1; 17:1; 22:1; 23:11) Esta religião é
o lado místico, que representa o acesso direto da
alma individual à presença de Deus e a experiência
individual da perene presença de Deus.

O Uso da Palavra no Antigo Testamento:

1. 378 casos no AT, que podem ser divididos da


seguinte forma:

Fenômenos físicos: 131 casos: ar em movimento,


vento

Referência fisiológica: 39 casos - o hálito dos animais


e homens o ar em movimento no corpo, o principio da
vida

Conotação psicológica: 74 casos - indica os aspectos


emocionais ou mentais da experiência dos seres
humanos: ira, pena, temor, etc

Aspecto sobre-natural: 134 casos - assinala a


influência que operam sobre o homem desde fora e de
além da natureza. Inicialmente estes “espíritos” podiam
ser bons ou maus, concebiam-se sob o domínio de
Deus; até que, por último se reserva o termo espírito
para sua fonte divina, como o Espírito de Deus.

Definição de Espírito
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Na LXX, o equivalente hebraico de pneuma é quase


sempre “ruah”; em três ocasiões, apenas, pneuma
traduz ne samâh, “hálito”. Além disto no qaue diz a
respeito às traduções, de rûah, predomina, isto porque
em 377 ocorrencias de rûah no texto massorético,
pneuma traduz 264 delas, sendo que a tradução mais
freqüente depois desta é anemos “vento”, que se
emprega 49 vezes. A idéia por detrás de “ruah” é o fato
extraordinário de que uma coisa tão intangível cimo o
ar possa movimentar-se; ao mesmo tempo, não é tanto
o movimento por si que desperta atenção, mas sim, a
energia que semelhante movimento manifesta. O
significado básico de “rûah”, portanto, é mais ou
menos “soprar” (DITNT. Vol. II)

Aspectos Diferentes da obra do Espírito Santo


Discerníveis no AT

1. O espírito representa a energia ou poder invisível. O


Espírito de Deus é a energia ou poder atuante de
Deus a operar no mundo. Não se deve pensar que
tal energia é separada de Deus, embora há texto que
parecem apresentar esta idéia. Tal poder não existe
sem Deus. Nalguns lugares Espírito é
especificamente sinônimo da presença de Deus cf.
Sl:139:7 O Deus do AT é transcendente, mas o
Espírito O prende na esfera da criação e O torna real
e ativo na criação e mais particularmente no homem.
2. Aparece a idéia de espírito como poder num
contraste expresso em Is: 31:1-3; Zc:4:6
3. O AT representa o Espírito como operando em a
natureza e concedendo poderes extraordinários ao
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homem naquilo que ordinariamente pensamos ser a


sua vida natural Gn:1:2; Jo:26:13 Gn:2:7 Jo:27:3;
33:4
4. Oferece poderes especiais aos homens. Embora estes
“poderes” pertencem ao reino natural. Todavia, são
poderes sobrenaturais no sentido de serem dons de
Deus e que tais dons são concedidos para um
propósito ou finalidade divina: Ex:313ss; 35:30ss;
Jz:14:6; Jz:11:29; Jz:6:34.
5. Inspira profetas. A religião profética era de iniciativa
divina e soberania divina. Buscava colocar a vida
humana sob o controle divino, tanto a vida
individual como coletiva. Os profetas eram
vocacionados por Deus cf. 1a.Sm:3:1-9; 1a Rs:17:2;
Is:1:1; 6:1 ss; Jr:1:1 Falavam em nome de Deus.
Denunciavam os que profetizavam em seus próprios
nomes ou tomavam seus sonhos como mensagens
divinas: Ez: 13:3. Em Nm:11:25 nos aclara ao dizer
que a coisa que fazia do homem um profeta era o
fato de Deus haver posto nele o Seu Espírito
6. Referência à vinda do Messias: O material
predizendo a vinda do Messias vem dos profetas. Nas
cerimônias de unção dos profetas, sacerdotes ou
reis, que era executada por um profeta significava
que esta pessoa estava sendo separada para uma
obra em favor de Jeová e ungido por Ele. Isto podia
estar significando um relacionamento com o Espírito
Cf. 1a.Sm: 16:13 Também é visto no AT que os
escritores de aquela época esperavam Um ungido
todo especial, o Ungido de Deus Cf. 1a.Sm 2:10;
Sl:2:2; Is:11:2. Nos capítulos de Isaías 40-66 surge a
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figura do Servo do Senhor.Cf. 42:1; 59:21;


61:1(Lc:4:16)
7. Na vida do individuo religioso. Entre aquilo que se
diz sobre o profeta e este aspecto existe uma linha
muito tênue. Para efeito de compreensão podemos
afirmar que como indivíduo tem a ver com Deus e
Deus com ele para o seu próprio bem em tudo o que
lhe diz respeito, ao passo que como profeta. Deus
tem que ver com o homem como Seu representante
para com os outros homens, cf. Sl:139:7; Sl:51:10-
11 (palavras intensas religião pessoal)
8. A Promessa duma época futura: o Espírito estará
com todo povo de Deus e em todos eles. Cf. Jr:31:31;
32:35; Ez:11:19-21; Jl:2:28
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O ESPÍRITO SANTO NO NOVO TESTAMENTO

O Uso e estatística da palavra “espírito”

335 vezes é usada a palavra “espírito”

220 vezes falam simplesmente de “Espírito” ou “o


Espírito”

91 vezes é usada a palavra “Espírito Santo”

19 vezes é usada a palavra “Espírito do Senhor” ou “o


Espírito do Pai, “Espírito de Deus

05 vezes é usada a palavra “ Espírito de Cristo”

Diante dessas informações o que podemos concluir.

1. A idéia de Espírito é ampla


2. o contexto onde é citada a passagem deve ser a fonte
de explicação
3. Os escritores sagrados pareciam não ter problemas
em usar discriminadamente a palavra, pois os
leitores originais podiam entender os seus uso.

O Espírito Santo nos Evangelhos Sinóticos

1. Em geral não pode ser encontrada a doutrina do


Espírito Santo de uma forma desenvolvida e clara
que facilite a sua compreensão. A razão disto está
ligada ao fato que os evangelhos estão
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prioritariamente em apresentar a vida e obra de


Jesus. Podemos afirmar que esta doutrina aparece
como co-adjuvante ou mero acessório. Mas isto não
deve nos limitar ao seu estudo pelo contrário é uma
motivação a mais.
2. Logo se evidencia, que Lucas nos dá um relato mais
pormenorizado da atividade do Espírito Santo
durante a vida de Jesus do que Mateus e Marcos.
3. Os evangelhos sinóticos tratam o Espírito Santo em
relação com Jesus, mostrando que se tratava da
esperada era messiânica, esta era caracterizada pela
acessibilidade do Espírito de Deus. E Jesus é o
Messias devido de estar revestido com o Espírito de
Deus em forma sem precedentes. Ele é o único
depositário do Espírito Santo, como também o
único dispensador. A obra principal do Espírito
Santo nos Sinóticos esta na sua relação com Jesus.

O Espírito Santo e Jesus

1. O Espírito Santo estava ativo somente em Jesus,


duma maneira total, já que o Espírito esta sujeito a
pessoa de Jesus. Ele era como o canal através de
quem toda subseqüente experiência do Espírito de
Deus seria providenciada. O dom do Espírito
prometido para o tempo do fim ao povo de Deus,
depende do cumprimento da missão designada ao
Messias.
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2. O Espírito Santo está quase ausente dos lábios de


Jesus, está quase vitalmente relacionado com os
acontecimentos maiores da vida de Jesus. Nós
encontramos cinco vezes o termo Espírito Santo ou
equivalente na boca de Jesus

2.1. Lc:11:13 - única em Lucas, paralelo em


Mt:7:11

2.2. Mt:12:28 - existe uma pequena divergência


em Lc:11:20

2.3. Mc:12:36 - Mt:22:43 - a fonte de inspiração


de Davi

2.4. Mc:13:11; Mt:10:20; Lc:12:12 Instruções de


Jesus ao seus seguidores frente à perseguição.

2.5. Mc:3:29; Mt:12:31; Lc:12:10, blasfêmia


contra o Espírito Santo

3. Quando passamos das palavras de Jesus ao


relato da sua vida, encontramos a atividade do
Espírito Satno quase no seu ponto crucial.

3.1. A concepção de Jesus foi uma obra especial


do Espírito Santo, Mt:1:18-25; Lc:1:26-38 sem o
auxilio de pai humano, cumprindo-se a profecia
de Is:7:14; este foi o primeiro sinal de que Jesus
era o Messias, o Filho de Deus. Todos os
acontecimentos que envolveram o nascimento de
Jesus serviram para indicar que a nova era estava
chegando, que o Messias estava por vir: o
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ressurgimento de profetas, o nascimento de João


o Batista, os pastores e magos; os anjos cantando
e anunciando a vontade de Deus. Tods estes fatos
estavam contidos na esperança messiânica dos
judeus. Houve um novo auge da profecia.
3.2. Batismo e Tentação de Jesus (Cf. próximos
itens)
3.3. Lucas marca mais que outro evangelista a
importância do Espírito Santo como ativador de
toda a vida e de todo o ministério de Jesus, Lc:4:1
e 14. Lucas veicula persistentemente a chegada
da era messiânica com a dádiva do Espírito Santo
e faz isto de várias e sutis formas. Unicamente em
Jesus reside o Espírito Santo na sua plenitude, e
as profecias de Is:61:1, se ergue em Lc:4:18
3.4. Neste contexto da ação do Espírito Santo
no ministério de Jesus encaixassem as
declarações de Jesus a respeito de sua atividade
de exorcismo e curas (Mc:3:22-29; Mt::12:22-32;
Lc:11:14-23. A afirmação de Jesus em Mt:12:28
implica pelo menos dois significados
3.4.1. Jesus não era um exorcista como os demais
de sua época. Sua capacitação dada pelo Espírito
Santo era singular. A ação dos demais exorcistas
de sua época não tinha a mesma importância que
a sua cf. Mt:12:27; Lc:11:19
3.4.2. A presença do Reino, sendo trazido por
Jesus, é intimamente ligada à atividade do
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Espírito Santo no ministério de Cristo. Esta


afirmação de Jesus reveste-se da doutrina vetero-
testamentária da ação do Espírito Santo nos
últimos dias e informar a doutrina dos demais
escritores do Novo Testamento , que
compreenderam a época de sua geração como o
início dos “últimos dias”. Por isso, negar o
Espírito Santo no ministério de Jesus é
atribuído ao diabo, é negar a irrupção do Reino de
Deus, negar a intervenção de Deus na história
para iniciar os últimos dias e colocar-se, assim,
além do alcance do perdão de Deus
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O ESPÍRITO SANTO NO NOVO TESTAMENTO.

1. Os Evangélios Sinóticos: Em geral não


encontramos esta doutrina em formas desenvolvida,
deve-se ao fato da situação que pretendem manar.
1.1 Logo se evidência, que Lucas nos dá
um relato mais pormenorizado da atividade
do Espirito durante a vida de Jesus do que
Mateus e Marcos.
1.2 Os sinóticos tratam o Espírito Santo
em relação com Jesus, mostrando que se
tratava da esperada era do reino messiânico,
era caracterizada pela acessibilidade do
Espírito de Deus. E Jesus é o messias devido
de estar revestido com o Espírito de Deus em
forma sem precedentes. Ele é o único
depositário do Espírito como também o
‘’único dispensador. A obra principal do
Espírito Santo nos sinóticos esta na sua
relação com Jesus.
2. O Espírito Santo e Jesus: O Espírito Santo estava
ativo somente em Jesus, duma maneira total, já que o
Espírito estava sujeito a pessoa de Jesus. Ele era como
o canal através de quem toda a subsequente
experiência do Espírito de Deus seria providenciada. O
Dom do Espírito prometido para o tempo do fim ao povo
de Deus depende do cumprimento da missão designada
ao Messias.
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2.1 O Espírito Santo esta quase ausente


dos lábios de Jesus, esta quase vitalmente
relacionado com os acontecimentos maiores
da vida de Jesus. Nós encontramos 5 vezes o
termo Espírito Santo ou equivalente na boca
de Jesus.
2.1.1. Lc:11:13®inicia em Lucas®fim em Mt:7:11
2.1.2. Mt:12:28®uma pequena divergência em
Lc: 11:20
2.1.3. Mc:1236-Mt:22:43, a fonte da
inspiração de Davi
2.1.4 Mc:13:11; Mt 10:20; Lc: 12:12 instruções
de Jesus aos seus seguidores frente a
perseguição.
1.1.5 Mc: 3:29; Mt 12:31; Lc 12:10.

2.2 Quando passamos das palavras de


Jesus ao relato da sua vida, encontramos a
atividade do Espírito Santo quase no seu
ponto crucial.
2.2.1 A concepção de Jesus foi uma obra
especial do Espírito santo Mt:1:18-25; Lc:1:26-
38 sem o auxilio de pai humano cumprindo-se a
profecia de Is:7:14; este foi o primeiro sinal de
que Jesus era o Messias, o filho de Deus. Todos
os acontecimentos que envolveram o nascimento
de Jesus serviram para indicar que a nova era
estava chegando, que o Messias estava por vir: o
ressurgimento de profetas, o nascimento de
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João Batista, os pastores e magos; os anjos


cantando e anunciando a vontade de Deus.
Todos esse fatos estavam contidos na esperança
messiânica dos judeus Novo auge da
profecia.
2.2.2. (Batismo e Tentação item 2.2.7)
2.2.3. Lucas marca mais que outro evangelista a
importância do Espírito como ativador de toda a
vida e de todo o ministério de Jesus Lc:4:1 e 14.
Lucas veicula persistentemente a chegada da
era messiânica com o Dom do Espírito Santo e
fez isto de variadas e suteis formas. Unicamente
em Jesus reside o Espírito na sua plenitude, e a
profecia de Is:61:1, se ergue em Lc:4:18.
2.2.4. Neste contexto da ação do Espírito Santo
no ministério de Jesus encaixassem as
declarações de Jesus a respeito de sua atividade
de exorcismo e curas (Mc:3:22-29; Mt:12:22-32;
Lc:11:14-23). A afirmação de Jesus em Mt:
12:28 implica em pelo menos dois significados:
2.2.4.1 Jesus não era um exorcista como as
demais de sua época. Sua capacitação pelo
Espírito Santo era singular. A ação dos
demais exorcistas de sua época não tinha a
mesma importância que a sua (Mt:12:27;
Lc:11:19)
2.2.4.2. A presença do reino.
Sendo trazida por Jesus é intimamente
ligada à atividade do Espírito Santo no
ministério de Cristo. Esta afirmação de
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Jesus reveste-se da doutrina vétero-


testementária da ação do Espírito nos
últimos dias (Vd. D.I.T.N.T. V.II p.125-126)
e informar a doutrina das demais escritores
do N.T; que compreenderam a época de sua
geração como o início dos “últimos dias”.
Por isso, negar o Espírito no ministério de
Jesus, e atribuido ao diabo, é negar a
inupção do Reino de Deus, negar a
intervenção de Deus na história para iniciar
os “últimos dias e colocar-se, assim. Além
do alcance do perdão de Deus.
2.2.5.Marcos tem maneiras de demonstrar de
que Jesus está plena e singularmente dotado
com o Espírito Santo no seu papel de Filho e
Servo de Jeová. Primeiro concede grande
importância à luta contra Satanás Mc:1:12),
como também nas curas e no exorcismo
(Mc:3:20-30, 1:27)
2.2.6.Vejamos a ação do Espírito na atividade
profética de Jesus. Além da declaração de Jesus
registrada em Mc: 6:4 e pail de que Ele era um
profeta, temos Lc: 4:21 e Mt:12:1ss, onde Jesus
atribui aos seu ministério o cumprimento de
profecias do Antigo Testamento relativos a um
amplo ministério cuja ênfase seria a profecia. As
declarações “Eu porém vos digo...” no Ensino do
Monte (Mt:5:22ss.), mostram a consciência de
Jesus sobre sua inspiração e autoridade
proféticas, como cumprimento da promessa em
Dt:18:15, 18-19; (cp. Atos:3:22ss.). O
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entendimento do At. É claro, quanto a ser o


Espírito de Deus o capacitador de profetas
(At:2.); esse também era o conceito de judaismo
contemporâneo a Jesus, cujos rabinos alegaram
que o Espírito fora retirado nos tempos de
Malaquias e seria dado novamente apenas nos
últimos dias. Assim sendo, Jesus apresentou-se
como profeta escatológico (Vd. 1 Jeremias
Teologia do Novo Testamento. P.84-87; 130-134,
ed. Paulina)
2.2.7 A ação do Espírito na morte e
ressurreição de Jesus. Os evangelhos não
declaram explicitamente que Jesus foi
ressurreto pelo Espírito de Deus, mas o
testemunho do restante do NT. É claro a
esse respeito e, se nos evangelhos não está
claro, está implicíto (At:2:32; Rm 1:4). O
que ressalta porém, a este respeito, e a
afirmação de Hb.9:14, única em todo o NT.
De que Jesus ofereceu-se em sacrifício “pelo
Espírito eterno”; verdade, porém, facilmente
compreensível a luz da atividade do Espírito
Santo.
2.2.7.1. Batismo e Tentação de
Jesus: Os três evangelistas narravam a
descida do Espírito Santo, como pauta. (Vd.
Teologia do NT. J Jeremias. Ed. Paulinas p.
85-86 Pouba), assim que Jesus saia da
água após Ter sido batizado por João (Mt
3:13-17 )
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2.2.7.2. O batismo era-lhes ( aos


evangelista) porque representava a unção
de Jesus com o Espírito para o ofício e
tarefa do Servo Messiânico do Senhor.
2.2.7.3. Marcos começou seu
evangelho com o relato do Batismo de
Jesus, com a pregação de João Batista
pregando para o arrependimento as pessoas
eram batizadas por este no Jordão em
expectação do cumprimento que ele
proclamava. Mas quando Jesus foi
batizado, Marcos deixa bem claro que a
idade do cumprimento já tem conhecido.
2.2.7.4. O silêncio foi quebrado,
Deus volta a falar. Os escritores rabinicos
reiteradamente afirmam que o Espírito
Santo tenha-se retirado de Israel logo dos
últimos profetas (Ag; Zc; Ml). Batismo
quebrou o silêncio, como também a
prolongada ausência do Espírito Santo.
2.2.7.5. O relato sinótico
emprega o artificio rabinico do Bath-gol
(Filha da voz ou eco), para expressar a
significado divino do evento (batagol=
substituto da palavra de Deus antigamente
dada pelo espírito a um profeta). Vd. J
Jeremia, Teologia do NT. P.121-134.
2.2.7.6. As palavras proferidas
pela “voz dos céus” (Mc 1:11) identificam
Jesus como o Servo do Senhor, já descrito
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nos cânticos de Isaías a esse respeito: “Tu


és o meu F º amado, em ti me comprazo (Mc
1:11; Mt 3:17; Lc :3:22) Refere-se a Is 42:1.
Na versão de Is lida por Marcos, que não
era a LXX, “huiós aparece em lugar de pâis,
e agapetós de ekletós. Lembram também o
Sl 2:7. Proclamação significa: o que se
prometeu em Is. 42:1, que Deus poria seu
servo o seu Espírito; acabou de se cumprir.
2.2.7.7. Jesus ao querer ser
batizado ele estava aceitando o papel de
Servo Sofredor; sendo esta a razão pela qual
se batizara (Mc 1:4; Is :53:6). Na qualidade
de homem Representativo leva ao batismo
de arrependimento os pecados do mundo,
como os carregaria mais tarde ao batismo
da cruz.(Mc 10:38, Lc 12:50). O batismo de
Jesus é então pre-inicio da sua morte, (Mt
3:14) Jesus é batizado, morre por causa da
diakaiosyne, pela justificação do povo de
Deus (Cf. Is. 53:11).
2.2.8. Após o seu batismo, segue-se a atentação
(Mt 4:1-11; Mc 1:12-13; Lc 5:1-13). Nos relatos
de Mateus e Marcos, o Espírito levou a Jesus
ao deserto ficando em suspenso qual o
relacionamento Jesus – Espírito durante sua
estada lá. Em Lucas, porém, Jesus é descrito
como estando “cheio do Espírito” tanto em sua
ida, como em sua saída do deserto e inicio de
suas tarefas ministeriais.
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Introdução
1 A tendência de muitos é enfatizar apenas a
atuação de uma das pessoas da Trindade.
2. Agora é a dispensação do Espírito, como se
o Pai e o Filho estivessem inativos.
3. Mas,
3.1. Meu Pai trabalha até agora...
3.2. A Trindade está presente na vida do crente. Rm
8:9
3.3.Ora devemos ser submissos a Deus (Tg
4:7,8), ora ao Filho (Gl 2:20; II Co 5:15), ora ao
Espírito Santo (Ef 5:18; Gl 5:16,17).
3.4. Economia da Trindade.
3.5. Papel do Espírito Santo como TUTOR
(paracletos). Jo 14 e 16.

2. O extremismo pentecostal sobre o Espírito


Santo fez com que os não-pentecostais se
omitissem sobre a ação do próprio Espírito na
vida da igreja e na do crente.
2.1. Os dons espirituais operacionais foram
esquecidos. Supervalorizamos a pregação e a
evangelização.
2.2 . O formalismo litúrgico e rotineiro tomou
conta de nossas igrejas que necessitam de
“retiros espirituais” para alguma compensação.
2.3 A vida operacional se sobrepõe à quotidiana.
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2.4. Virou moda a “caça às bruxas”.


2.4.1. Bater palmas, dizer amém, desejar a paz
de Deus etc são atitudes “suspeitas”.
2.4.2 A “caça” virou uma síndrome na
denominação.
2.4.3. Queremos tratar dos sintomas, sem
cuidar das causas.
2.5. Apesar de tudo isto, o N.T. deixa
claro que o Espírito Santo atua na vida da igreja e
na do crente.

O Espírito Santo e a igreja


1. O Espírito Santo cria a Igreja, vide Sturz,
aula de Teol. Sist. III – O Espírito Santo e a
Igreja( 7.4.80)
2. No dia de Pentecostes a igreja nasceu sob a
presença do Espírito. At 2.1-4.
3. Cada membro é introduzido no corpo pelo
Espírito. I Co 12.13
4. Como “edifício”, a igreja é o santuário do
Espírito. Ef 2.20-22.
5. O Espírito unifica a igreja. Ef 4.3.
6. O ensino mais completo a respeito do
Espírito e sua relação à igreja universal
encontra-se em Efésios. Quanto à igreja local,
encontra-se em I Coríntios.
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7. Distribui dons a cada crente. I Co 12.7-11


7.1. Isso leva a igreja ao cumprimento de sua
missão tridimensional.
7.2. Embora Ele distribua os dons, nós
devemos desenvolvê-los. Rm 12.6-8; Parábola
dos Talentos.
7. 3. Deve ser a força motriz das atividades
diversas da igreja.
7.4 . Deve orientar as decisões da igreja.
Democracia espiritual verso Democracia
jurídica.

O Espírito Santo e o Crente


1. Obra geral
1.1. Auxilia (ilumina) na compreensão
( aceitação) das Escrituras. Jo 16.13 c/ 14.26.
1.2.Está ao lado como um tutor (paracletos). Jo
14.16,26; 16.7.
1.3.É nosso guia. Rm 8.14; Gl 5.18.
1.4. Interpreta nossas orações. Rm 8.26.
2. Diversas são as maneiras do N.T. expressar
a atuação do Espírito Santo na vida do crente:
2.1. Enchimento. Ef 5.18.
2.2. Andar (peripateo). Gl 5.16.
2.3. Viver no Espírito.
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3. Basicamente todas essas expressões têm


um significado básico: SER SUBMISSO AO
ESPÍRITO.
4. Paralelamente temos outras expressões no
N.T. levando-se em conta o signo básico:
4.1. Cristo vive em mim. Gl 2.20.
4.2.Negar-se a si mesmo. Lc 9.23.
4.3.Sujeitar-se a Deus. Tg 4.7,8.
4.4. Viver para Cristo. II Co 5.15. etc.
5. O Substrato dessa idéia está na própria
Teleologia Cosmológica – Para quê todas as
coisas foram criadas?
5.1. Is. 43.7 – para a glória de Deus.
5.2. Ao se afastar de Deus, o homem se afasta
também desta básica finalidade. Rm 3.23.
5.3. A vida no evangelho consiste, então, no
retorno a este estado original da criação.
6.1. Fruto do Espírito. Gl 5.22.
6.2.Fruto, no singular.
6.3.É do Espírito Santo e não do homem. Vide Rm
7.18.
6.4.É possível o crente obedecer a Palavra de Deus
sem a ação do Espírito Santo?
6.5Pregamos geralmente que o fruto é do homem.

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