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Disfunções sexuais
Antonio Carvalho
Aline Sardinha
Diana Soledade do Lago Camera
Ao apresentar a parte inicial deste material ao(a) seu(a) cliente, ele(a) terá uma visão geral
sobre o funcionamento sexual e sobre as disfunções sexuais e seus sintomas. No entanto, é
importante deixar claro que a psicoterapia não será focada apenas nas disfunções. Durante
o tratamento, a dupla terapêutica deve atuar no sentido de identificar os mitos, crenças
e pensamentos do paciente acerca de si e do ambiente externo que estejam mantendo a
disfunção, bem como identificar o que mais lhe traz prazer, aumentando sua capacidade
de fantasiar e erotizar, ou seja, de trazer para a relação sexual estímulos concretos ou
imaginários que excitem sexualmente os parceiros.
Dica ao terapeuta
Você deve buscar toda a história da sexualidade e do funcionamento sexual daquele casal.
0 sistema de crenças do(a) próprio(a) cliente, de sua família e dos(as) companheiros(as)
que teve ao longo da vida, pode ser determinante para entender os fatores predisponentes.
Investigar a existência de eventos críticos no contexto sexual também pode revelar fatores
que desencadearam o desenvolvimento da disfunção sexual.
usar medicamentos para a ereção, entre outros. Quando você faz sexo
experimentando muitos sentimentos ruins, é possível que fique preocu-
pado com o seu desempenho e muito atento às suas sensações e respos-
tas sexuais, deixando de focar nos estímulos eróticos, no contato com o
parceiro e no prazer. Todas essas estratégias que aparentemente ajudam
a enfrentar a situação, no fundo, acabam por manter o problema em
longo prazo. Isso porque esses mecanismos tendem a reforçar os pensa-
mentos sobre fracassar novamente, atrapalhando a experiência do prazer
e até mesmo a resposta sexual adequada. Tudo isso mantém a disfunção,
como podemos observar na figura a seguir.
Dica ao terapeuta
Ao expor os passos do tratamento, você deve ficar atento para não promover embates com
o cliente. É de grande importância conhecer os valores pessoais, culturais e religiosos do
mesmo. Deve ficar claro que as técnicas e estratégias serão propostas de acordo com esses
valores, de forma que o paciente não se sinta constrangido ou pressionado a ir de encontro
com o que acredita. Você também deve estar atento ao potencial de reestruturação cognitiva
que a psicoeducação possui, para que se possa respeitar o ritmo do cliente em confrontar
suas crenças desadaptativas.