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Eletrocardiograma

Definição -

Exame rotineiro;

Importante para diagnosticar patologias cardíacas na


emergência;

Mutável conforme a clínica do paciente;

Mostra o ciclo cardíaco em tempo real;

Fácil execução;

Não gera riscos para o paciente.


Tempo - eixo X, cada quadradinho 0,04 segundos.

Amplitude- quanto de potencial foi gerado, eixo Y, cada


quadradinho é 0,1 mV.

Cálculo dos vetores/eixo cardíaco normal

Onda- representação gráfica do potencial


eletrico gerado pelo coração.

Onda P- despolarização atrial.

QRS- despolarização ventricular.


Para avaliar o eixo, usa-se o complexo QRS - avalia a
Onda T- repolarização ventricular. altura (positivo ou negativo) em DI e AVF e transpõe o
vetor na derivação perpendicular.
Segmento PR- não ocorre atividade elétrica
(para dar tempo do enchimento ventricular). Com o vetor resultante, verifica se tem deslocamento para
Pode estar aumentado em bloqueios direita, esquerda ou normal.
atrioventriculares.
Normal: -30° e 90°;
Segmento ST- tem carater isoelétrico.
Desvio para esquerda: -30° e -90°;
Ponto J- final da onda J e começo da linha-
verificar se está com supra ou infra. Desvio para a direita: 90° a 180°.
Para a determinação do eixo, devemos considerar a Intervalo PR- varia com a idade, em adultos
predominância do QRS, se positivo, negativo ou isoelétrico normalmente é de 0,12 s a 0,20 s. Valores maiores
nas derivações DI e aVF, o que permitirá inferir em qual que 0,20 s pensar em atraso de condução (BAV 1 °
quadrante está o QRS. grau).

Complexo QRS - dura de 0,05-0,11 s, não devendo


passar de 2,5 quadradinhos. Varia de 1-3 mm.

Segmento ST - tolera-se desnivelamento de no


máximo 1 mm.

Onda T- onda arredondada e assimétrica, positiva na


maioria das derivações, amplitude não bem definida.

Intervalo QT - duração total da sístole ventricular,


O eixo elétrico para a direita ou para a esquerda sendo maior em mulheres do que em homens, varia
muitas vezes não está relacionado com patologias e conforme a FC.
sim com o biotipo.
Índice de SOKOLOV-LYON
Brevilíneos - eixo tende a ficar horizontalizado
devido ao fato de o coração repousar uma Utiliza-se da soma a amplitude da onda S na derivação
maior parte sobre o diafragma. V1 com a da onda R na derivação V5 ou V6 (sempre a
maior das duas).
Longilíneos- ocorre o inverso, tornando o eixo
verticalizado. Se a soma for igual ou maior que 35 mm, a HVE estaria
presente.
Eixo que desvia para esquerda- IC.
Esse critério de voltagem é de valor mais duvidoso em
Quando os dois negativos- cuidar pra ver se não indivíduos menores de 30 anos, ocorrendo mais falso-
inverteu os cabos. positivos. Em crianças, adolescentes e adultos jovens
podem-se ver grandes ondas R, sem existir HVE.

S em V1 + R em V5 ou V6 (usa-se a maior) ≥ 35

mm ( 7 quadrados grandes);

R em aVL ≥ 11 mm.

Amplitudes e intervalos normais

Onda P- arredondada, monofásica com amplitude de


(0,25 - 0,30 mV - em DII), pode ser positiva ou
negativa (aVR). Se passar de 2mm - suspeitar de
sobrecarga atrial.
Origem e condução do impulso elétrico cardíaco: Como determinar a FC?

Eixo Y (amplitude) - os quadrados maiores (linha


grossa) possuem 0,5 mV de amplitude, ou seja, cada
um dos cinco quadrados menores que compõem um
quadrado maior tem 0,1 mV.

Eixo X (tempo) - o quadrado maior representa 0,20


s, e cada quadrado menor dos cinco que o compõem
representa 0,04 s

O estímulo origina no nó sinusal (ou nó sinoatrial) com


frequência cardíaca (de 50 a 100 BPM).

A partir da propagação do estímulo para os feixes internodais


o átrio direito é ativado, seguido pelo septo interatrial e pelo
átrio esquerdo, composto dos feixes internodais anterior,
médio e posterior e do fascículo de Bachmann.

Quadrado pequeno= 1500/número de quadradinhos


entre intervalos R-R.

Quadrado grande= 300/número de quadradão, entre


intervalos R-R.

Ritmo sinusal
Após a ativação atrial, a onda de despolarização chega ao nó Originado no nó sinusal, conduzido aos
AV, onde sofrerá um retardo fisiológico de aproximadamente ventrículos com intervalo entre 120 ms e 200
20-40 ms (manifestado no ECG como o intervalo PR). ms.

Depois desse atraso, o impulso segue pela porção penetrante Presença de ondas P positivas nas
do feixe His e seus ramos direito e esquerdo. derivações DI, DII e aVF e a mesma onda
P negativa em aVR.
Depois o impulso elétrico vai para as fibras de Purkinje e
acontece a sístole. Onda P procedendo o QRS e com mesma
morfologia
Sobrecarga ou crescimento atrial

Doenças que causam crescimento do atrio, causam


mudanças na onda P, seja aumento do AD, AE ou dos
dois.

A onda P é positiva em todas as derivações menos


em aVR.
Sobrecarga Atrial esquerda

Doenças que causam crescimento do atrio, causam


mudanças na onda P, seja aumento do AD, AE ou dos
dois.

A onda P é positiva em todas as derivações menos


em aVR.

Aumento da duração da onda P (>0,10s);


Presença de entalhes separados por mais de
0,03s em DI e DII (principalmente).
Desvio de eixo elétrico de P para esquerda.

Sobrecarga Atrial Direita

Quando ocorre sobrecarga ou aumento do AD:

Aumenta a onda P (>2,5mm em DII e VI);


Onda P mais apiculada;
Desvio do vetor médio de P para a direita
(60°-90°).
Causas:
Patologias que ocorre:
Insuficiência mitral;
Lesão valvar com hipertensão pulmonar; Estenose mitral;
Miocardiopatia dilatada; Miocardiopatia dilatada;
Cor pumonale. Cardiopatia hipertensiva.

Avaliação do complexo QRS:


Sobrecarga ventricular direita

Sobrecarga ventricular esquerda

Ocorre o aumento da amplitude do QRS.

Bloqueio de ramo

É um atraso na condução do estímulo elétrico pelo


sistema de condução, isso pode gerar alterações
morfológicas e duração do complexo QRS.

O QRS é aumentado quando é maior que 0,12s, podendo


ser pelo ramo direito ou pelo esquerdo.

Bloqueio de ramo esquerdo

Atraso de condução do estímulo elétrico.

Tal atraso promove uma reorganização da condução


do estímulo com alterações características de
despolarização e repolarização do ventrículo
esquerdo.
Bloqueio de ramo direito

Atraso na condução do estímulo elétrico em qualquer porção desse ramo. Dessa forma a porção inicial do QRS não
sofre alterações, porém quando passa da esquerda para a direita pelo septo, desencadeia ativação lenta e anormal,
alterando a parte final do QRS.

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