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COMPLEXO QRS

Beatriz Mangabeira- T81

MORFOLOGIA DO COMPLEXO QRS mais rápido (100ms) do que o átrio


(120ms). Isso se dá porque o
 A direção do vetor de despolarização
estímulo chega ao ventrículo a
ventricular, que é o eixo cardíaco:
partir de um ponto central (nó AV)
entre -30° e 90°
e a partir de lá tem uma rede de
 Duração: menor ou igual a 100ms, ou
fibras do sistema his-purkinje que
seja, 2,5 quadradinhos
são altamente eficientes na
condução da atividade elétrica
 Amplitude:
o Não há número específico, mas
existem critérios para baixa
voltagem (baixa amplitude) e alta
-> duração de 2,5 voltagem (alta amplitude)
quadradinhos (normal) o O que aumenta a
amplitude/intensidade do
o Irei olhar onde o QRS é mais longo complexo QRS:
o QRS entre 100-120 ms é  Hipertrofia
considerado uma zona ventricular/sobrecarga de
intermediária ventrículo direito ou esquerdo
o O QRS é considerado alargado  Pacientes jovens, magros e
quando ele tem mais de 120 atletas -> não é patológico
milissegundos  Biotipo
o OBS: o complexo QRS só tem o Baixa voltagem:
duração normal de até 100 ou até  É dito que o QRS tem baixa
120 ms quando preencher dois voltagem quando a amplitude
critérios: total do QRS (ou seja, parte
 Ritmo de origem positiva e parte negativa) são,
supraventricular, ou seja, que em todas as derivações frontais,
nasce no nó sinusal ou no átrio e menores do que 0,5mV (ou
chega até o ventrículo pela 5mm); ou no plano
porta de entrada normal, que é horizontal/precordial, quando
o nó atrioventricular. Se isso não todas as derivações têm
ocorrer, não será um QRS de amplitude do QRS menor do que
duração normal 1mV (ou 10mm)
 Sistema de condução intacto: o  Não precisa ter os dois
sistema His-Purkinje (feixe de His, critérios. Pode ter os dois,
ramo direito e ramo esquerdo) mas é necessário um ou
devem estar intactos, ou seja, outro
não pode haver um bloqueio de
ramo nem esquerdo nem direito
 Se não tiver essas duas
condições, o QRS será alargado.
Ex: bloqueio de ramo,
marcapasso no ventrículo direito
ou ritmo ventricular
o O ventrículo tem uma massa maior
do que o átrio, mas despolariza
Beatriz Mangabeira- T81

->No plano horizontal, V1


tem 5mm de amplitude no QRS; V2 tem 5mm; V3, V4, V5 e V6 tem menos que 5mm. Com
isso, todas as derivações do plano horizontal têm menos que 10mm de amplitude total do
QRS -> BAIXA VOLTAGEM NO PLANO HORIZONTAL

o Causas de baixa voltagem:


 Qualquer causa/alteração que diminui o contato entre o vetor elétrico e o
eletrodo de superfície (as causas abaixo menos as 3 últimas) ou que diminui de
fato a intensidade do vetor de despolarização ventricular (como infarto,
cardiomiopatia dilatada e hipotireoidismo)
 Obesidade  Infarto extenso do miocárdio
 DPOC, enfisema  Hipotireoidismo
 Derrame pericárdico  Cardiomiopatia dilatada
 Doença infiltrativa, como
amiloidose ou hemocromatose

Direção: D1+ e D2+ -> eixo cardíaco normal // Duração: em D1 tem 2,5 mm de duração,
ou seja, 100ms de duração -> normal // Amplitude: não tem baixa amplitude, se olhar as
derivações do plano frontal (como D1), várias dela tem mais que 5mm (só D1 tem
aproximadamente 10mm); no plano horizontal, vários tem mais que 10mm (ex: V4, V5)
Beatriz Mangabeira- T81

Direção: D1- e aVF+ -> desvio do eixo para direita/ duração: 120ms -> duração
aumentada do complexo QRS, ou seja, o QRS tá alargado/ Intensidade: no plano frontal
todas as derivações possuem menos que 5mm, ou seja, é uma baixa voltagem no plano
frontal; no plano horizontal todas as derivações possuem amplitude menor que 10 mm, ou
seja, baixa voltagem no plano horizontal -> baixa amplitude/voltagem do complexo QRS

PROGRESSÃO DE ONDA R
maior que é negativa se trata da
 Se trata da direção normal do onda S, não da onda R), até que ele
complexo QRS no plano fica predominantemente positivo até
precordial/horizontal V4.
 O vetor também vai normalmente em o Se ele não ficar com a parte
direção ao ventrículo esquerdo. Assim: positiva maior que a negativa até
o Se afasta de V1, onde tende a ser V4, existe uma progressão tardia da
negativo onda R, ou também chamada de
o Vai em direção a V4, V5 e V6, onde progressão lenta da onda R. Ou
o complexo QRS vai ser positivo seja, quando o complexo QRS
começa negativo em V1 e ainda
tá predominantemente negativo
em V4, ocorre uma transição tardia
da onda R
 Causas de uma transição tardia da
onda R ou progressão lenta de onda
R:
o É inespecífico, ou seja, várias coisas
podem causar. Portanto, a
importância da transição tardia é
apenas demonstrar que existe
 Então, o normal no plano horizontal é alguma coisa alterada
o QRS começar negativo em V1, o Infarto prévio de parede anterior
progressivamente vai tendo uma o Perda de intensidade dos vetores
onda R maior e uma onda S menor para VE
(então observe que em V1, essa onda o Troca de eletrodos no plano frontal
Beatriz Mangabeira- T81

o Dextrocardia, pneumotórax,
variação anatômica

Ex: V1 começou negativo, e em V4 ainda


tá predominantemente negativo, só em
V5 que passou a ser positivo

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